direito tributário – esquematizado, 10.ª edição · assim, são destinatários do trabalho os...

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  • AEDITORAFORENSEseresponsabilizapelosvciosdoprodutonoqueconcernesuaedio(impressoeapresentaoafimdepossibilitaraoconsumidorbemmanuse-loel-lo).Nemaeditoranemoautorassumemqualquerresponsabilidadeporeventuaisdanosouperdasapessoaoubens,decorrentesdousodapresenteobra.Todososdireitosreservados.NostermosdaLeiqueresguardaosdireitosautorais,proibidaareproduototalouparcialdequalquerformaouporqualquermeio,eletrnicooumecnico, inclusiveatravsdeprocessosxerogrficos,fotocpiaegravao,sempermissoporescritodoautoredoeditor.

    ImpressonoBrasilPrintedinBrazil

    DireitosexclusivosparaoBrasilnalnguaportuguesaCopyright2016byEDITORAFORENSELTDA.UmaeditoraintegrantedoGEN|GrupoEditorialNacionalRuaConselheiroNbias,1384CamposElsios01203-904SoPauloSPTel.:(11)5080-0770/(21)[email protected]/www.grupogen.com.br

    Otitularcujaobrasejafraudulentamentereproduzida,divulgadaoudequalquerformautilizadapoderrequereraapreensodosexemplaresreproduzidosouasuspensodadivulgao,semprejuzodaindenizaocabvel(art.102daLein.9.610,de19.02.1998).Quemvender,expuservenda,ocultar,adquirir,distribuir,tiveremdepsitoouutilizarobraoufonogramareproduzidoscomfraude,coma finalidadedevender,obterganho,vantagem,proveito, lucrodiretoou indireto,parasiouparaoutrem,sersolidariamente responsvel com o contrafator, nos termos dos artigos precedentes, respondendo como contrafatores oimportadoreodistribuidoremcasodereproduonoexterior(art.104daLein.9.610/98).

    Capa:DaniloOliveiraProduodigital:Geethik

    Fechamentodestaedio:26.02.2016

    CIPBrasil.Catalogao-na-fonte.SindicatoNacionaldosEditoresdeLivros,RJ.

    Alexandre,RicardoDireito tributrioesquematizado /RicardoAlexandre.10.ed. rev.,atual.eampl.RiodeJaneiro:Forense;SoPaulo:MTODO,2016.

    IncluibibliografiaISBN978-85-309-7035-2

    1.Direitotributrio-Brasil-Snteses,compndios,etc.I.Ttulo

    07-1867 CDU:34:351.713(81)

    9.ed.,1.tir.:fev./2015;2.tir.:mai./2015;3.tir.:set./2015.

    mailto:[email protected]://www.grupogen.com.brhttp://www.geethik.com

  • Umprofessorsempreafetaaeternidade.Elenuncasaberondesuainflunciatermina.

    HENRYADAMS

    minhame,Sonia,pelahistriadevida,peloamor,peladedicao;

    Aosmeusirmos,JaquelineeJnior,que,mesmoadistncia,mantm-sepresentes;

    EvelynePeixoto,porsuperarosonhadornacertezadaconcretizaodosonho;

    ACristianoPimentel,pordisponibilizaroseubrilhantismoparaoenriquecimentodaobra;

    ProcuradoriadaFazendaNacional,ReceitaFederaldoBrasileaoMinistrioPblicodeContasdePernambuco,pelos

    anosdeexperinciaquemehabilitaramachegarataqui;

    Eprincipalmenteaeles,meusalunos,presenciaisemRecifeevirtuaisemtodooBrasil,incentivadores

    edestinatriosdetodootrabalho.

  • NotadaEditora:oAcordoOrtogrf icofoiaplicadointegralmentenestaobra.

  • Desde a primeira edio desta obra, confessei a pretenso de enfrentar diretamente a rpida efrequente evoluo da legislao e da jurisprudncia tributria brasileira. O objetivo principal era apreparaoemaltonvelparaasprovasdeDireitoTributriodosmaisimportantesconcursospblicosdoPas.Desdeaquelaedioinaugural,fuisurpreendidopeloscaminhostrilhadospelaobra.Apardeatender seu objetivo, tornando-se material de referncia na preparao para concursos, o nossoesquematizadoganhouomundoacadmico,ehojemedoorgulhodeseradotadocomolivrotextoeminmerasuniversidadesdoBrasil.Almdisso, temsidocadavezmaisutilizadoporprofissionaisqueprecisamconhecercomooordenamentojurdico-tributrioentendidopelosrgosconstitucionalmentelegitimadosadizerodireitoaplicvelacadacaso,compoderescoercitivoseaforadacoisajulgada.

    Estaobradestina-sea todosaquelesquebuscamentenderoDireitoTributriobrasileiroda formacomofoilegisladoetendoporparmetrosuainterpretaojurisprudencial,principalmentenombitodoSuperiorTribunaldeJustiaedoSupremoTribunalFederal,guardiesdaleifederaledaConstituioFederal,respectivamente.Assim,sodestinatriosdotrabalhoosprofissionaisquelidamcomoDireitoTributrio,osestudantesquenoqueremsealhearprticae,claro,oscandidatosacargoseempregosnoserviopblico.

    Nessalinha,se,conformeafirmamosnorte-americanos,aConstituioealeisooqueaSupremaCorte diz que elas so, o objetivo desta obra , tomando o STF e o STJ como guias, dizer o queefetivamentesooCdigoTributrioNacionaleaConstituioTributriaBrasileira,possibilitandoaoestudante,aoprofissionaleaocandidatoacargoouempregopblico,umamaiorsegurananabuscadaconsecuodosrespectivosdesgnios.

    Tenho tambm o orgulho de haver introduzido uma novametodologia, hoje copiada por inmerosmanuaisdedireito.Falodacitaonoprpriotextodolivroenoapenasemexercciosdefixaodaquiloque,emsaladeaula,apelidocomojurisprudnciadebanca.Trata-sedealgoquemeajudoumuitonapreparaoparaosvriosconcursospblicosquepessoalmentefiz.NoslivroseCdigosqueutilizei,sempreescrevianotaesdotipoparaaESAF,assim,jparaoCESPE,aFGVeaFCCoentendimento correto desta outra forma. Tais anotaes, que tanto contriburam para minhasaprovaes,passaramaconstardolivro,paracolaborarcomasaprovaesdosmeusleitores.

    Essa tcnicade ter asprovascomo referncia foi completadacoma introduodeumcadernodequestesparaqueoprofissional,oestudante,ocandidatoafiramoseusnveisdeaprendizagem.

    Acadaedio,oobjetivoderadicalatualizaojurisprudencialacompanhadodeumarevisocompara-brisaseretrovisor.Peloretrovisor,vejooquepassouduranteotempotranscorridoentreaedio

  • anterior e a que est sendo lanada, fazendouma revisode questes, decises judiciais e novidadesdoutrinrias. Pelo para-brisa, tento olhar para o futuro e introduzir no texto as novidades queprovavelmenteserocobradasnofuturo.

    Adotando este mtodo, nesta dcima edio, merecem destaque, dentre outras, as mudanas einseresrelativasaosseguintespontos:

    AadaptaodediversostpicosaoNovoCdigodeProcessoCivil(Lei13.105/2015);AEmendaConstitucional87/2015easnovidadesrelativasincidnciadoICMSnasoperaesinterestaduais(item13.2.2.5);AdecisodoSTFacercadaconstitucionalidadedarequisiodiretapelasautoridadesfiscaisdedadosprotegidosporsigilobancrio(itens2.6.3,12.2.1e12.2.2.2.2);O detalhamento da imunidade das sociedades de economiamista que atuam na rea de sade(item2.13.4.1);A aprovao, com mudana de redao, da converso da Smula 724, do STF, na SmulaVinculante52(item2.13.4.3);ArejeiodoprojetodeconversoemSmulaVinculantedoEnunciado730daSmuladoSTF,apesardamanutenodoentendimentonelaveiculado(item2.13.4.3);Anovaredaodotpicorelativonormaantielisofiscal,comoaprofundamentodasteoriasdaconsideraoeconmicadofatogeradoredobusinesspurposetest(item5.6);A readequao de parte do item 6.6.2 (Responsabilidade de terceiros decorrentes de atuaoirregular)aosentendimentosmaisrecentesdoSTJ;Asuspensodaexigibilidadedocrditotributrioemvirtudedeinterposiodereclamaoourecursoadministrativointempestivoouincabveleainaplicabilidadedamesmateoriaquandoareclamaoouorecursonoquestionamolanamentotributrio(item8.3);Aadaptaodoitem9.1.1.7.1smaisrecentesdecisesdoSTJ,relativasrepetiodeindbitodeICMScobradosobreaprestaodeserviosconcedidos;O entendimento do STF no sentido da inaplicabilidade da SmulaVinculante 8 cobrana decrditosdenaturezanotributria(item9.1.5.4.3);O entendimento do STJ no sentido da manuteno da fluncia do prazo prescricional mesmoquando o devedor excludo de programa de parcelamento continua a pagar as parcelasvoluntariamente(item9.1.6.1.3);ApacificaodajurisprudnciadoSTJnosentidodanecessidadedeexaurimentodasdilignciasfiscaisnabuscadebenspenhorveis como requisitoparadeclaraoda indisponibilidadedosbensdoexecutado(item11.2.3);AaplicaodoprincpiodadivisibilidadedaleideformaapossibilitaracobranadoIPTUpelaalquota mnima quando da decretao de inconstitucionalidade de progressividade fiscalestabelecidaanteriormenteaoadventodaEC29/2000(13.3.1.1);As diferenas entre os tratamentos dados pelo STJ ao imvel rural includo em rea dePreservaoPermanente(APP)eobjetoderestrioadministrativadeproibiodeconstruireo

  • imvelruralinvadidopeloMSTnotocanteaofatogeradordoITR(item13.3.1.4);A no incidncia do IPI na alienao de produto que no passou por novo processo deindustrializaoapsodesembaraoaduaneiro(item13.1.4.5);AmudanadeentendimentodoSTFacercadaincidnciadoIPInaimportaoporpessoafsicadebemparausoprprio(item13.1.4.5);OdetalhamentodadiferenciaoentreasbasesdeclculodeIPTUeITBI(item13.3.2.5).

    Comosempre,agradeopelaindispensvelajudadoscolegasconcurseirosdetodooBrasilque,com suas crticas e sugestes, tm dado uma colaborao incalculvel para manter o nossoesquematizadoatendendoaosanseiosdeseuexigentepblico-alvo.

    [email protected]

    mailto:[email protected]

  • AEditoraMtodo,desdeasuacriao,sempretevecomoobjetivoforneceromelhorcontedoaosestudanteseprofissionaisdoDireito.Paraatingiressepropsito,buscaosautoresmaiscapacitadoseprestigiadosdomercado,voltadosespecialmenteparaaelaboraodecontedojurdicodirecionadoaestudanteseprofissionais.

    Acreditando sempre namelhoria qualitativa e na evoluo do processo de ensino-aprendizagem ebusca pela informao, nesta 9. edio do consagrado livro Direito Tributrio Esquematizadoinclumos trechos de videoaulas para introduzir ou complementar determinado tema abordado peloProfessorRicardoAlexandre.Dessaforma,pudemosintegraraexposiodecontedoimpressocomaoral,conferindodinmicaaoprocessodeconstruodoconhecimento.

    O acesso s aulas simples: pormeio deQRCodes ouURL, posicionados em alguns pontos dotexto,possvelvisualizarasvideoaulasemseucelularoucomputador.Essespontosestoindicadosnosumriopelosmbolo:

    Procureporquadroscomoomodeloabaixo:

    Esperamos que aproveitem essa nova ferramenta de aprendizagem e desejamos sucesso em seusestudos!

    http://goo.gl/McdO34

  • 1.11.21.3

    1.3.11.3.21.3.31.3.41.3.5

    1.4.11.4.2

    1.4.2.11.4.2.2

    1.4.31.4.3.11.4.3.21.4.3.31.4.3.4

    1.4.41.4.4.1

    1.4.51.4.5.11.4.5.21.4.5.3

    1.4.61.4.6.11.4.6.21.4.6.31.4.6.4

    LISTADEABREVIATURAS

    1. NOESINTRODUTRIASOdireitotributriocomoramododireitopblicoAtividadefinanceiradoEstadoDefiniodetributo

    Prestaopecuniria,emmoedaoucujovalornelasepossaexprimirPrestaocompulsriaPrestaoquenoconstituisanodeatoilcitoPrestaoinstitudaemleiPrestaocobradamedianteatividadeadministrativaplenamentevinculada

    1.4 OsTributosemespciesAdeterminaodanaturezajurdicaespecficadotributoOsimpostos

    AcriaodosimpostosOsimpostoseoprincpiodacapacidadecontributiva

    AstaxasTaxasdepolciaTaxasdeservioAbasedeclculodastaxasTaxasepreospblicosNotasdistintivas

    AscontribuiesdemelhoriaOclculodacontribuiodemelhoria

    OsemprstimoscompulsriosCompetncia,casoseformadeinstituioDestinaodaarrecadaoRestituio

    AscontribuiesespeciaisContribuiessociaisContribuiesdeSeguridadeSocialeoutrascontribuiessociaisContribuiessociaisgeraisContribuiesdeIntervenonoDomnioEconmicoCIDE

  • 1.4.6.5

    1.4.6.5.11.4.6.5.2

    1.4.6.61.5

    1.5.1

    1.5.2

    1.5.31.5.41.5.5

    1.5.6

    1.5.7

    1.5.8

    2.12.22.3

    2.3.12.3.2

    2.42.5

    2.5.12.5.22.5.32.5.4

    2.62.6.12.6.2

    2.6.2.1

    ContribuiesdeinteressedascategoriasprofissionaisoueconmicasContribuiescorporativas

    ContribuiosindicalContribuiescorporativasparaocusteiodasentidadesdefiscalizaodoexercciodeprofissesregulamentadas

    AContribuiodeIluminaoPblicaCOSIPClassificaesdoutrinriasdostributos

    Quantodiscriminaodasrendasporcompetncia:federais,estaduaisoumunicipaisQuantoaoexercciodacompetnciaimpositiva:privativos,comunseresiduaisQuantofinalidade:fiscais,extrafiscaiseparafiscaisQuantohiptesedeincidncia:vinculadosenovinculadosQuantoaodestinodaarrecadao:daarrecadaovinculadaedaarrecadaonovinculadaQuantopossibilidadederepercussodoencargoeconmico-financeiro:diretoseindiretosQuantoaosaspectosobjetivosesubjetivosdahiptesedeincidncia:reaisepessoaisQuantosbaseseconmicasdeincidnciaAclassificaodoCTN

    2. LIMITAESCONSTITUCIONAISAOPODERDETRIBUTARArelaotributriacomorelaojurdicaAsgarantiascomorolnoexaustivoQuandoasgarantiasconfiguramclusulasptreas

    AslimitaesqueconstituemgarantiasindividuaisdocontribuinteAslimitaesqueconstituemproteoaoutrasclusulasptreas

    Princpiosouregras?Alegalidade

    DemaismatriassujeitasreservalegalExceesaoprincpioLegalidadeedelegaolegislativaLegalidadeemedidaprovisria

    PrincpiodaisonomiaAcepesdoprincpioAisonomiatributrianajurisprudnciadoSupremoTribunalFederal

    Acontribuioprevidenciriadosservidoresinativos

  • 2.6.2.22.6.2.32.6.2.4

    2.6.32.7

    2.7.12.7.1.12.7.1.2

    2.7.22.7.2.12.7.2.22.7.2.3

    2.7.32.7.3.12.7.3.2

    2.82.8.12.8.22.8.32.8.42.8.5

    2.92.10

    2.10.12.10.2

    2.10.32.10.3.12.10.3.2

    2.112.122.13

    2.13.1

    2.13.32.13.3.1

    DiscriminaodeservidoresdediferentesesferasDiscriminaocombasenafunoouocupaoexercidaDiscriminaoentreasempresaslucrativasedeficitriasOSimplesDiscriminaoentreempresascombasenaatividadeexercida

    IsonomiaecapacidadecontributivaOprincpiodanosurpresa

    PrincpiodairretroatividadeIrretroatividadeeCSLLIrretroatividadeeIR

    PrincpiodaanterioridadedoexercciofinanceiroExceesanterioridadedoexercciofinanceiroAnterioridadeerevogaodebenefciosfiscaisAnterioridadeemedidasprovisrias

    PrincpiodaanterioridadenonagesimalounoventenaNoventenaemedidasprovisriasExceesnoventena

    PrincpiodonoconfiscoAconfiguraodeconfiscoPerspectivasdinmicaeestticadatributaodopatrimnioPenadeperdimentoeconfiscoTaxaseprincpiodonoconfiscoMultaseprincpiodonoconfisco

    PrincpiodaliberdadedetrfegoVedaesEspecficasUnioAProteoaopactofederativo

    OprincpiodauniformidadegeogrficadatributaoVedaoutilizaodoIRcomoinstrumentodeconcorrnciadeslealPrincpiodauniformidadedatributaodarendaPrincpiodavedaosisenesheternomas

    IsenesheternomasconstitucionalmentepermitidasOcasodaisenodecorrentedetratadointernacional

    PrincpiodanodiscriminaobaseadaemprocednciaoudestinoExignciadeleiespecficaparaconcessodebenefciosfiscaisImunidades

    Diferenciaodeinstitutosassemelhados 2.13.2 Imunidadeseisenes

    ClassificaesdoutrinriasdasimunidadestributriasQuantoaoparmetroparaconcesso:imunidadessubjetivas,

  • 2.13.3.22.13.3.32.13.3.42.13.3.5

    2.13.42.13.4.12.13.4.22.13.4.3

    2.13.4.42.13.5

    2.13.5.12.13.5.2

    2.13.6

    3.1

    3.1.13.1.1.1

    3.1.1.23.1.1.3

    3.1.23.1.3

    3.1.3.13.1.3.23.1.3.33.1.3.4

    3.1.3.4.13.1.3.4.2

    3.23.2.1

    3.2.1.13.2.1.2

    objetivasemistasQuantoorigem:ontolgicasepolticasQuantoaoalcance:geraiseespecficasQuantoformadepreviso:explcitaseimplcitasQuantonecessidadederegulamentao:incondicionadasecondicionadas

    AsimunidadestributriasemespcieAimunidadetributriarecprocaAimunidadetributriareligiosaAimunidadetributriadospartidospolticos,sindicatosdetrabalhadoreseentidadeseducacionaiseassistenciaissemfinslucrativosAimunidadetributriacultural

    ImunidadetributriadamsicanacionalDetalhamentodoobjetodaimunidadeTributosabrangidos

    DemaisimunidadesprevistasnaCF/1988

    3. COMPETNCIATRIBUTRIA&LEGISLAOTRIBUTRIACompetnciaparalegislarsobredireitotributrioecompetnciatributriaDiferenas

    CompetnciaparalegislarsobredireitotributrioOCdigoTributrioNacionalcomonormageralemmatriatributriaTeoriadarecepoAregulaodaslimitaesconstitucionaisaopoderdetributarAsdisposiessobreconflitosdecompetncia

    CompetnciatributriaArepartiodacompetnciatributria

    AcompetnciatributriaprivativaAcompetnciatributriacomumCompetnciatributriacumulativaBitributaoebisinidem

    BisinidemBitributao

    LegislaotributriaAsleis

    AleiemsentidoestritoAsmedidasprovisrias

  • 3.2.1.33.2.1.43.2.1.53.2.1.6

    3.2.23.2.2.1

    3.2.2.1.1

    3.2.2.1.2

    3.2.2.1.3

    3.2.2.1.43.2.33.2.4

    3.2.4.13.2.4.2

    3.2.4.3

    3.2.4.4

    3.33.3.13.3.2

    3.3.2.13.3.2.1.1

    3.3.2.1.2

    3.3.2.23.3.2.3

    3.3.3.13.3.3.2

    3.3.3.2.13.3.3.2.2

    AsleisdelegadasAsresoluesdoSenadoFederalOsdecretoslegislativosOsdecretos-leis

    TratadoseconvenesinternacionaisOart.98doCTN

    OimpactodotratadointernacionalsobreodireitointernoOstratadosinternacionaisealegislaotributriasupervenienteAvisodoSTFTratadosnormativosecontratuaisealegislaotributriasupervenienteAvisodoSTJOAcordoGeralsobreTarifaseComrcio(GATT)

    OsdecretosAsnormascomplementares

    OsatosnormativosexpedidospelasautoridadesadministrativasAsdecisesdosrgoscoletivosesingularesdejurisdioadministrativaaquealeiatribuaeficcianormativaAsprticasreiteradamenteobservadaspelasautoridadesadministrativasOsconvniosqueentresivenhamacelebraraUnio,osEstados,oDistritoFederaleosMunicpios

    VignciaeaplicaodalegislaotributriaValidade,vignciaeeficciaNoesgeraisVignciadalegislaotributrianoCTN

    VignciaespacialAextraterritorialidadeprevistaemconvniodecooperaoAextraterritorialidadeprevistaemnormageralnacional

    VignciatemporalOart.104doCTNeoprincpiodaanterioridade

    3.3.3 AplicaodalegislaotributriaPrincpiodairretroatividadenoCTNExceeslegaisaoprincpiodairretroatividade

    AleiexpressamenteinterpretativaAleimaisbenficaacercadeinfraesepenalidades

  • 4.14.2

    4.2.14.2.2

    4.34.3.14.3.24.3.3

    4.54.5.1

    5.15.25.35.4

    5.4.15.4.25.4.35.4.4

    5.4.4.15.4.4.25.4.4.3

    5.55.65.7

    5.7.15.7.25.7.3

    5.7.3.15.7.4

    6.1

    4. INTERPRETAOEINTEGRAODALEGISLAOTRIBUTRIANoesGeraisdeinterpretaoCritriosdeinterpretao

    InterpretaoquantofonteInterpretaoquantoaosefeitosouresultados

    InterpretaodalegislaotributrianoCdigoTributrioNacionalAinterpretaonecessariamenteliteraldedeterminadosinstitutosAinterpretaobenignaemmatriadeinfraesPrincpiosdedireitoprivadoeprincpiosdedireitopblico

    4.4 OprincpiodopecunianonoletIntegraodalegislaotributria

    Discricionariedadeinterpretativaelimitaesaousodastcnicasdeintegrao

    5. OBRIGAOTRIBUTRIAConsideraesiniciaisObrigaotributriaprincipalObrigaotributriaacessriaTeoriadofatogerador

    FatogeradordaobrigaoprincipalFatogeradordaobrigaoacessriaFatogeradoreprincpiodalegalidadeOmomentodaocorrnciadofatogerador

    FatogeradordefinidocombaseemsituaodefatoFatogeradordefinidocombaseemsituaojurdicaAssituaesjurdicascondicionadas

    Evaso,elisoeelusotributriaNormageralantielisofiscalElementossubjetivosdaobrigaotributria

    SujeitoativodaobrigaotributriaSujeitopassivodaobrigaotributriaSolidariedade

    CaractersticasdasolidariedadeCapacidadetributriapassiva

    5.8 Domicliotributrio

    6. RESPONSABILIDADETRIBUTRIAConsideraesiniciais

  • 6.26.36.4

    6.4.16.4.2

    6.4.2.16.4.2.2

    6.56.5.1

    6.5.1.16.5.1.2

    6.5.26.5.36.5.4

    6.5.4.1

    6.5.4.26.5.4.3

    6.66.6.16.6.2

    6.76.7.1

    7.17.1.17.1.27.1.37.1.47.1.5

    7.1.5.17.1.5.27.1.5.3

    7.1.6

    ModalidadesderesponsabilidadeResponsabilidadeportransfernciaResponsabilidadeporsubstituio

    SubstituiotributriaregressivaSubstituiotributriaprogressiva

    AconstitucionalidadedasistemticadasubstituioprogressivaAquestodarestituio

    DisciplinalegaldaresponsabilidadeporsucessoAresponsabilidadedoadquirentedebensimveis

    OcasodaapresentaodecertidonegativaOcasodaarremataoemhastapblica

    AresponsabilidadedoadquirenteouremitentedebensmveisAresponsabilidadenasucessocausamortisAresponsabilidadenasucessoempresarial

    Aresponsabilidadenafuso,incorporao,transformao,cisoeextinodepessoasjurdicasOscasosdeextinodasociedadeAresponsabilidadedoadquirentedefundodecomrcioouestabelecimento

    ResponsabilidadedeterceirosResponsabilidadedeterceirosdecorrentesdeatuaoregularResponsabilidadedeterceirosdecorrentesdeatuaoirregular

    ResponsabilidadeporinfraesResponsabilidadepessoaldoagente

    6.7.2 Dennciaespontneadeinfraes

    7. CRDITOTRIBUTRIOELANAMENTOCrditotributrioelanamento

    CompetnciaparalanarLanamentocomoatividadevinculadaLegislaomaterialeformalaplicvelaoprocedimentodelanamentoTaxadecmbioaplicvelaoprocedimentodelanamentoAlteraodolanamentoregularmentenotificado

    ImpugnaopelosujeitopassivoRecursodeofcioerecursovoluntrioIniciativadeofciodaautoridadeadministrativa

    ErrodedireitoeerrodefatoPossibilidadedealteraodolanamento 7.2 Modalidadesdelanamento

  • 7.2.17.2.2

    7.2.2.17.2.2.2

    7.2.37.2.4

    8.18.28.38.48.58.6

    8.6.28.6.3

    8.7

    9.19.1.1

    9.1.1.19.1.1.29.1.1.39.1.1.4

    9.1.1.4.1

    9.1.1.4.2

    9.1.1.4.39.1.1.59.1.1.69.1.1.7

    9.1.1.7.19.1.1.7.29.1.1.7.3

    LanamentodeofciooudiretoLanamentopordeclaraooumisto

    RetificaodedeclaraoLanamentoporarbitramento

    LanamentoporhomologaoouautolanamentoModalidadesdelanamentoeautonomia

    8. SUSPENSODAEXIGIBILIDADEDOCRDITOTRIBUTRIOConsideraesiniciaisDepsitodomontanteintegralReclamaeserecursosnoprocessoadministrativofiscalLiminaremmandadodeseguranaLiminaroututelaantecipadaemoutrasespciesdeaojudicialMoratria

    8.6.1 MoratriaparceladaeparcelamentoDiferenciaoCrditosabrangidospelamoratriaMoratriaindividualedireitoadquirido

    Parcelamento

    9. EXTINODOCRDITOTRIBUTRIOConsideraesIniciais

    PagamentoCumulatividadedasmultasPagamentoepresunescivilistasLocaleprazoparapagamentoEfeitosdamoraemdireitotributrio

    Jurosdemora,multademoraecorreomonetriaDiferenasTermoinicialdaflunciadejurosedamultademoraProcessoadministrativodeconsulta

    FormadepagamentoImputaoempagamentoPagamentoindevidoerepetiodeindbito

    RestituiodetributoindiretoRestituiodejurosemultasTermoinicialdaflunciadejurosecorreomonetrianarestituio

  • 9.1.1.7.4

    9.1.1.7.59.1.1.7.69.1.1.7.7

    9.1.29.1.39.1.4

    9.1.5.19.1.5.29.1.5.39.1.5.4

    9.1.5.4.19.1.5.4.2

    9.1.5.4.3

    9.1.69.1.6.1

    9.1.6.1.1

    9.1.6.1.29.1.6.1.3

    9.1.6.29.1.79.1.89.1.99.1.109.1.119.1.12

    10.110.1.110.1.2

    PrazoparapleitearrestituionombitoadministrativoPrazonaextinonocontenciosadocrditoPrazonaextinocontenciosadocrditoPrazoparapleiteararestituionombitojudicial

    CompensaoTransaoRemisso

    9.1.5 DecadnciaRegrageralRegradaantecipaodecontagemRegradaanulaodelanamentoporvcioformalRegradolanamentoporhomologao

    AtesedoscincomaiscincoOentendimentoatualdoSuperiorTribunaldeJustiaOprazodecadencialeascontribuiesparaaSeguridadeSocial

    PrescrioInterrupodoprazoprescricional

    OdespachodojuizqueordenaracitaoemexecuofiscalOprotestojudicialeaconstituioemmoraAconfissodedvida

    SuspensodoprazoprescricionalConversododepsitoemrendaPagamentoantecipadoeahomologaodolanamentoConsignaoempagamentojulgadapelaprocednciaDecisoadministrativairreformvelDecisojudicialpassadaemjulgadoDaoempagamentoembensimveis

    10. EXCLUSODOCRDITOTRIBUTRIOConsideraesiniciais

    IsenoAnistia

    11. GARANTIASEPRIVILGIOSDOCRDITOTRIBUTRIO

  • 11.111.2

    11.2.111.2.211.2.311.2.4

    11.3

    11.3.211.3.311.3.411.3.511.3.6

    12.112.2

    12.2.112.2.2

    12.2.2.112.2.2.2

    12.2.2.2.112.2.2.2.212.2.2.2.3

    12.312.4

    12.4.212.4.3

    13.113.1.1

    13.1.1.113.1.1.213.1.1.313.1.1.4

    AquestoterminolgicaAsgarantiascomorolnoexaustivo

    RendaepatrimniodosujeitopassivorespondendopelocrditotributrioPresunodefraudenaalienaoouoneraodebensourendasApenhoraon-lineExignciadeprovadaquitaodetributosAsgarantiasindiretas

    OsPrivilgios 11.3.1 Regrageral

    RegrasaplicveisaosprocessosdefalnciaeconcordataRegrasaplicveisaosprocessosdeinventrioearrolamentoRegrasaplicveisaosprocessosdeliquidaojudicialouvoluntriaAutonomiadoexecutivofiscalConcursodeprefernciaentrepessoasjurdicasdeDireitoPblico

    12. ADMINISTRAOTRIBUTRIAConsideraesiniciaisFiscalizao

    PoderesdasautoridadesfiscaisOsdeveresdasautoridadesfiscais

    OdeverdedocumentaroinciodoprocedimentoOdeverdemantersigiloesuasexcees

    AtransfernciadosigiloAdivulgaodasinformaesApermutadeinformaessigilosasentreentestributantes

    DvidaativaCertidesnegativas

    12.4.1 CertidespositivascomefeitosdenegativasDispensadaapresentaodecertidonegativaResponsabilidadeporexpediodecertidocomerro

    13. OSIMPOSTOSPREVISTOSNACONSTITUIOFEDERALImpostosfederais

    ImpostosobreaImportaoIIFatogeradorBasedeclculoContribuintesLanamento

  • 13.1.1.5

    13.1.1.613.1.2

    13.1.2.113.1.2.213.1.2.313.1.2.413.1.2.513.1.2.6

    13.1.313.1.3.113.1.3.213.1.3.313.1.3.413.1.3.513.1.3.6

    13.1.413.1.4.113.1.4.213.1.4.313.1.4.413.1.4.513.1.4.613.1.4.713.1.4.813.1.4.9

    13.1.513.1.5.113.1.5.213.1.5.313.1.5.413.1.5.513.1.5.6

    13.1.613.1.6.113.1.6.213.1.6.3

    RegimesaduaneirosespeciaiseregimesaduaneirosaplicadosemreasespeciaisVisogeraldoimposto

    ImpostodeExportaoIEFatogeradorBasedeclculoContribuintesLanamentoRegimesaduaneirosespeciaisnaexportaoVisogeraldoimposto

    ImpostodeRendaIRPrincpiosconstitucionaisaplicveisaoIRFatogeradorBasedeclculoContribuintesLanamentoVisogeraldoimposto

    ImpostosobreProdutosIndustrializadosIPISeletividadeNocumulatividadeImunidadesIncentivonaaquisiodebensdecapitalFatogeradorBasedeclculoContribuintesLanamentoVisogeraldoimposto

    ImpostosobreOperaesFinanceirasIOFIOFsobreoouroFatogeradorBasedeclculoContribuintesLanamentoVisogeraldoimposto

    ImpostosobreaPropriedadeTerritorialRuralITRProgressividadeImunidadedaspequenasglebasPossibilidadededelegaodafiscalizaoecobrana

  • 13.1.6.413.1.6.513.1.6.613.1.6.713.1.6.8

    13.1.7

    13.2.113.2.1.1

    13.2.1.2

    13.2.1.313.2.1.413.2.1.513.2.1.613.2.1.7

    13.2.213.2.2.113.2.2.2

    13.2.2.2.1

    13.2.2.2.2

    13.2.2.313.2.2.413.2.2.513.2.2.613.2.2.713.2.2.813.2.2.913.2.2.10

    13.2.2.10.113.2.2.10.2

    13.2.2.10.313.2.2.1113.2.2.12

    FatogeradorBasedeclculoContribuintesLanamentoVisogeraldoimposto

    ImpostosobreGrandesFortunasIGF 13.2 Impostosestaduais

    ImpostosobreaTransmissoCausaMortiseDoaoITCMDAfixaodealquotasmximaspeloSenadoFederalVinculaoeprogressividadeDefiniodoEstado(ouDistritoFederal)competenteparaacobranaFatogeradorBasedeclculoContribuintesLanamentoVisogeraldoimposto

    ImpostosobreaCirculaodeMercadoriaseprestaodeServiosICMSOconceitodemercadoriaOsserviostributadospeloICMS

    AtributaodosserviosdetransporteesuasdiversasviasServiosdecomunicao,serviosdevaloradicionadoeatividadespreparatrias

    SeletividadeNocumulatividadeOICMSnasoperaesinterestaduaisOICMSnasimportaesICMSeoperaesdeleasingICMSeasoperaesdecomodatonaimportaoAtributaoconjuntademercadoriaseserviosImunidades

    ExportaesCombustveiselubrificantesderivadosdepetrleoeenergiaeltricaOutrasimunidades

    ICMSsobrecombustveiselubrificantesConcessodebenefciosfiscaisdeICMS

  • 13.2.2.1313.2.2.1413.2.2.1513.2.2.1613.2.2.17

    13.2.313.2.3.113.2.3.213.2.3.313.2.3.4

    13.313.3.1

    13.3.1.113.3.1.213.3.1.3

    13.3.1.413.3.1.513.3.1.613.3.1.713.3.1.8

    13.3.213.3.2.113.3.2.213.3.2.313.3.2.413.3.2.513.3.2.613.3.2.713.3.2.8

    13.3.313.3.3.113.3.3.213.3.3.313.3.3.413.3.3.513.3.3.613.3.3.7

    FatosgeradoresBasesdeclculoContribuintesLanamentoVisogeraldoimposto

    ImpostosobreaPropriedadedeVeculosAutomotoresIPVADisposiesconstitucionaissobreoIPVAFatogerador,basedeclculoecontribuintesdoIPVALanamentoVisogeraldoimposto

    ImpostosmunicipaisImpostosobreaPropriedadePredialeTerritorialUrbanaIPTU

    ProgressividadefiscalemrazodovalordoimvelProgressividadeextrafiscalDiferenciaodealquotasdeacordocomousoealocalizaodoimvelFatogeradorBasedeclculoContribuinteLanamentoVisogeraldoimposto

    ImpostosobreaTransmissodeBensImveisITBIDefiniodoMunicpiocompetenteparaacobranaAimunidadenoseventossocietriosImunidadenatransfernciadecorrentedereformaagrriaFatogeradorBasedeclculoContribuinteLanamentoVisogeraldoimposto

    ImpostosobreServiosdeQualquerNaturezaISSRegimedealquotaseconcessodebenefciosdoISSIsenoheternomanasexportaesFatogeradorBasedeclculoContribuinteLanamentoVisogeraldoimposto

  • 14.114.214.314.414.514.6

    14.6.1

    14.6.214.6.3

    14.714.7.1

    14.7.214.8

    15.115.215.315.415.5

    15.5.115.5.2

    15.615.715.815.915.10

    15.10.1

    15.10.215.10.315.10.415.10.515.10.6

    14. REPARTIOCONSTITUCIONALDERECEITASTRIBUTRIASNoesgeraisTerminologiaadotadaEspciesderepartioTributoscujasreceitasestosujeitasRepartioImpostoscujasreceitasnosorepartidasCasosderepartiodiretaprevistosnaConstituioFederalde1988

    RepartiodiretadoIOF-OurocomoDistritoFederaloucomosEstadoseMunicpiosRepartiodiretadereceitasdaUniocomosEstadoseoDistritoFederalRepartiodiretadereceitasdaUniocomosMunicpios

    14.6.4 RepartiodiretadereceitasdosEstadoscomosMunicpiosCasosderepartioindiretaprevistosnaConstituioFederalde1988

    OsfundosdeparticipaoedeincentivoaosetorprodutivodoNorte,NordesteeCentro-OesteOfundodecompensaodesoneraodasexportaes

    Garantiasderepasse

    15. OSIMPLESNACIONALConsideraesiniciaisConceitoDefiniodeMicroempresaMEouEmpresadePequenoPorteEPPAscondiesdeenquadramentodiferenciadoporEstado,DFouMunicpioVedaesopo

    VedaoplenaVedaoparcial

    OpopeloregimeExclusodoregimeTributosincludosnasistemticaTributosnoincludosnasistemticaTributosSujeitosaRegrasEspecficas

    OImpostodeRendaretidonafontesobrerendimentosdeaplicaesfinanceirasOImpostodeRendasobreosrendimentospagosaossciosOISSretidonafonteAbatimentodabasedeclculodoISSdosmateriaisfornecidosISSeICMScomvalorfixoPossibilidadedeconcessounilateraldeisenooureduodaCOFINS,

  • 15.10.715.1115.1215.1315.14

    15.1515.1615.1715.1815.1915.2015.21

    PIS/PASEPeICMSparaprodutosdacestabsicaMenoralquotadeIPTUparaoMicroempreendedorIndividualMEI

    SubstituiotributriaeexportaoDesoneraodaaquisiodebensparaoativoimobilizadoPercentuaisdeIncidnciaeRepartiodasReceitasOMicroempreendedorIndividualMEIeasistemticaderecolhimentoemvaloresfixosObrigaesacessriasacargodooptantePrivilgionocumprimentodenovasobrigaesResponsabilidadetributriasolidriadossciosnadissoluodasociedadeinativaDomicliofiscaleletrnicoFiscalizaocompartilhadaProcessoadministrativofiscalProcessojudicial

    15.22 InstnciasdegernciadoSimplesNacional

    BIBLIOGRAFIA

    APNDICE

  • AC AoCautelar

    ADCT AtodasDisposiesConstitucionaisTransitrias

    ADI/ADIN AoDiretadeInconstitucionalidade

    AFRF Auditor-FiscaldaReceitaFederaldoBrasil

    AgR/AgRg AgravoRegimental

    AGRRE AgravoRegimentalemRecursoExtraordinrio

    AGU Advocacia-GeraldaUnio

    AI AgravodeInstrumento

    ALALC AssociaoLatino-AmericanadeLivreComrcio

    AMS ApelaoemMandadodeSegurana

    ANTT AgnciaNacionaldeTransportesTerrestres

    BACEN BancoCentraldoBrasil

    CAERD CompanhiadeguaseEsgotosdeRondnia

    CB ConstituiodoBrasil

    CC CdigoCivil

    CDA CertidodeDvidaAtiva

    CESPE CentrodeSeleoePromoodeEventos

    CF ConstituioFederal

    CIDE ContribuiodeIntervenonoDomnioEconmico

    CLT ConsolidaodasLeisdoTrabalho

    CNPJ CadastroNacionaldasPessoasJurdicas

    CNPL ConfederaoNacionaldasProfissesLiberais

    COFINS ContribuioparaoFinanciamentodaSeguridadeSocial

    COMSHELL SociedadedePrevidnciaPrivadadaShelldoBrasilLTDA

    CONFAZ ConselhoNacionaldePolticaFazendria

    COSIP ContribuioparaoCusteiodoServiodeIluminaoPblica

    CPC CdigodeProcessoCivil

    CPF CadastrodasPessoasFsicas

    CPMF ContribuioProvisriasobreMovimentaoFinanceira

    CRC ConselhoRegionaldeContabilidade

    CREA ConselhoRegionaldeEngenharia,ArquiteturaeAgronomia

    CRECI ConselhoRegionaldeCorretoresdeImveis

    CRJ Coordenao-GeraldaRepresentaoJudicialdaFazendaNacional

    CRM ConselhoRegionaldeMedicina

    CSLL ContribuioSocialsobreoLucroLquido

    CSRF CmaraSuperiordeRecursosFiscaisdoMinistriodaFazenda

    CTN CdigoTributrioNacional

    DARF DocumentodeArrecadaodeReceitasFederais

    DF DistritoFederal

  • DIRF DeclaraodeImpostodeRendaRetidonaFonte

    DJU DirioOficialdaJustiadaUnio

    DL Decreto-Lei

    DRJ DelegaciadaReceitaFederaldeJulgamento

    EC EmendaConstitucional

    ECT EmpresadeCorreioseTelgrafos

    ED EmbargosdeDeclarao

    Edv EmbargosdeDivergncia

    EmbInf. EmbargosInfringentes

    EREsp EmbargosdeDivergncianoRecursoEspecial

    ESAF EscoladeAdministraoFazendria

    FCC FundaoCarlosChagas

    FETRANSPOR FederaodasEmpresasdeTransportesdePassageirosdoRiodeJaneiro

    FINSOCIAL ContribuioparaoFundodeInvestimentoSocial

    FPE FundodeParticipaodosEstados

    FPM FundodeParticipaodosMunicpios

    GATT AcordoGeralsobreTarifaseComrcio(GeneralAgreementonTariffsansTrade)

    HC HabeasCorpus

    ICM ImpostosobreaCirculaodeMercadorias

    ICMS Imposto sobre Operaes relativas Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes deServiosdeTransporteInterestadualeIntermunicipaledeComunicao

    IE ImpostosobreaExportao

    IEG ImpostosExtraordinriosdeGuerra

    IGF ImpostosobreGrandesFortunas

    II ImpostosobreaImportao

    IN InstruoNormativa

    INSS InstitutoNacionaldoSeguroSocial

    IOF ImpostosobreOperaesFinanceiras

    IPI ImpostosobreProdutosIndustrializados

    IPMF ImpostoProvisriosobreaMovimentaoFinanceira

    IPTU ImpostosobreaPropriedadePredialeTerritorialUrbana

    IPVA ImpostosobreaPropriedadedeVeculosAutomotores

    IR ImpostosobreaRendaeProventosdeQualquerNatureza

    IRPF ImpostodeRendadasPessoasFsicas

    IRPJ ImpostosobreaRendadasPessoasJurdicas

    ISS ImpostosobreServios

    ITBI Imposto sobre a Transmisso Inter Vivos, a Qualquer Ttulo, por Ato Oneroso, de BensImveis,porNaturezaouAcessoFsica,edeDireitosReaissobreImveis

    ITCMD ImpostosobreaTransmissoCausaMortiseDoao

    ITR ImpostosobreaPropriedadeTerritorialRural

    IVA ImpostosobreoValorAgregado

    LC LeiComplementar

    LD LeiDelegada

    LEF LeidasExecuesFiscais

    LINDB LeideIntroduosNormasdoDireitoBrasileiro(antigaLeideIntroduoaoCdigoCivilLICC.EmentadadaaoDecreto-lei4.657/1942pelaLei12.376/2010)

    LRF LeideResponsabilidadeFiscal

    LTDA SociedadeporQuotasdeResponsabilidadeLimitada(SociedadeLimitada)

  • MC MedidaCautelar

    MF MinistrodaFazenda

    Min. Ministro

    MP MedidaProvisria

    MPOG MinistriodoPlanejamento,OramentoeGesto

    NCM NomenclaturaComumdoMercosul

    NT Notributado

    OAB OrdemdosAdvogadosdoBrasil

    PAF ProcessoAdministrativoFiscal

    PFN ProcuradoriadaFazendaNacional

    PGBLs PlanosGarantidoresdeBenefciosLivres

    PGE Procuradoria-GeraldoEstado

    PGFN Procuradoria-GeraldaFazendaNacional

    PIS ProgramadeIntegraoSocial

    QO QuestodeOrdem

    RA RegulamentoAduaneiro

    RE RecursoExtraordinrio

    Rel. Relator

    REsp RecursoEspecial

    RIPI RegulamentodoImpostosobreProdutosIndustrializados

    RISTF RegimentoInternodoSupremoTribunalFederal

    RMS RecursoOrdinrioemMandadodeSegurana

    ROMS RecursoOrdinrioemMandadodeSegurana

    RREE RecursosEspeciais

    RTJ RevistaTrimestraldeJurisprudncia(doSTF)

    S.A. SociedadeporAes

    SAT SeguroAcidentedeTrabalho

    SEFAZ SecretariaEstadualdeFazenda

    SELIC SistemaEspecialdeLiquidaoedeCustdia

    SENAC ServioNacionaldeAprendizagemComercial

    SENAI ServioNacionaldeAprendizagemIndustrial

    SISCOMEX SistemaIntegradodeComrcioExterior

    SRF SecretariadaReceitaFederaldoBrasil

    STF SupremoTribunalFederal

    STJ SuperiorTribunaldeJustia

    TCE TribunaldeContasdoEstado

    TCU TribunaldeContasdaUnio

    TFR TribunalFederaldeRecursos

    TIPI TabeladeincidnciadoImpostosobreProdutosIndustrializados

    TIT TribunaldeImpostoseTaxas

    TJ TribunaldeJustia

    TRF TcnicodaReceitaFederal(hojeAnalistadaReceitaFederaldoBrasil)

    TRF TribunalRegionalFederal

    UFIR UnidadeFiscaldeReferncia

    VUNESP FundaoparaoVestibulardaUniversidadeEstadualPaulista

  • 1.1

    Sumrio:1.1Odireitotributriocomoramododireitopblico1.2AtividadefinanceiradoEstado1.3Definiodetributo:1.3.1Prestaopecuniria,emmoedaoucujovalornelasepossaexprimir;1.3.2Prestaocompulsria;1.3.3Prestaoquenoconstituisanodeato ilcito;1.3.4Prestao institudaem lei;1.3.5Prestaocobradamediante atividade administrativa plenamente vinculada 1.4Os tributos em espcies:1.4.1 A determinao danaturezajurdicaespecficadotributo;1.4.2Osimpostos;1.4.3Astaxas;1.4.4Ascontribuiesdemelhoria;1.4.5Osemprstimoscompulsrios;1.4.6Ascontribuiesespeciais1.5Classificaesdoutrinriasdostributos:1.5.1Quantodiscriminaodasrendasporcompetncia:federais,estaduaisoumunicipais;1.5.2Quantoaoexerccioda competncia impositiva: privativos, comuns e residuais; 1.5.3 Quanto finalidade: fiscais, extrafiscais eparafiscais; 1.5.4 Quanto hiptese de incidncia: vinculados e no vinculados; 1.5.5 Quanto ao destino daarrecadao: da arrecadao vinculada e da arrecadao no vinculada; 1.5.6 Quanto possibilidade derepercussodoencargoeconmico-financeiro:diretoseindiretos;1.5.7Quantoaosaspectosobjetivosesubjetivosdahiptesedeincidncia:reaisepessoais;1.5.8QuantosbaseseconmicasdeincidnciaAclassificaodoCTN.

    ODIREITOTRIBUTRIOCOMORAMODODIREITOPBLICO

    clssicaadivisododireitoentreosramospblicoeprivado.A principal caracterstica do direito privado a predominncia do interesse dos indivduos

    participantes da relao jurdica. Mesmo havendo normas jurdicas de aplicao cogente ao casoconcreto,havernecessariamenteasubjacnciadointeresseindividual.

    Assim, a ttulo de exemplo, num casamento existe um conjunto de regras do direito de famliaconsideradas normas de ordem pblica a cuja observncia no se podem furtar os cnjuges. Noobstante, h claramente, subjacente ao interesse da manuteno da ordem pblica, o interesse dosindivduosparticipantesdarelaojurdica instaurada,oquesituaoconjuntodenormasaplicveisnasearadodireitoprivado.

    http://goo.gl/McdO34

  • Emdireitoprivado,portanto,pelasubjacnciasemprepresentedointeresseprivado,aregraalivremanifestaodavontade,aliberdadecontratual,aigualdadeentreaspartesdarelaojurdica(osinteressesprivados sovislumbrados comoequivalentes).Almdisso, a regra emdireitoprivado adisponibilidadedosinteresses,podendoosparticularesabrirmodeseusdireitos,ressalvadosaquelesconsideradosindisponveis,pois,comojdestacado,anecessriasubjacnciadointeresseprivadonoexcluiaexistnciadedisposiescogentesrelativasordempblica.

    Quandosepassaatratardedireitopblico,aanlisepartedepremissasbastantediferentes,quasequediametralmenteopostas.

    Osprincpiosfundamentaisdoregimejurdicodedireitopblicoso:a)asupremaciadointeressepblicosobreointeresseprivado;eb)aindisponibilidadedointeressepblico.

    Nessalinha,emvirtudedoprimeiroprincpio,quandoh,numarelaojurdica,umpoloocupadopeloEstado,agindonestaqualidade(comoenteestatalbuscandoaconsecuodefinspblicos),eoutroocupado por particular defendendo seus direitos individuais, considerada normal a atribuio devantagensaoEstado.Humdesnivelamento,umaverticalizaonarelaojurdica.OEstadocompareceumpoucoacima;oparticular,umpoucoabaixo.

    Explique-se melhor este ponto. Se um particular, proprietrio de um estabelecimento comercial,desejaexpandirseusnegciose,paraisso,vcomofundamentalaaquisiodoprdiovizinho,tambmpertencenteaoutroparticular, anicapossibilidade suadisposiooacordo.Seovizinhonoseinteressarpelaspropostasdovisionriocomerciante,onegcionoseaperfeioar.

    Ambos so particulares. Ambos defendem seus interesses individuais. A relao jurdica horizontalizada, e nenhum deles pode impor sua vontade ao outro, pois o ordenamento jurdico noasseguraaprepondernciadequaisquerdosinteressesemjogo.

    Imagine-se agora a duplicao de uma rodovia entre as cidades A e B. Suponha-se que, numdeterminadopontodotrajetodanovapista,existaumimvelpertencenteaumparticularqueutilizadocomoresidnciafamiliar.Novamente,humapessoa(oEstado)precisandodeumimvelpertencenteaoutra (o particular). Nesse caso, a inexistncia de acordo no impedir que o Estado adquira apropriedade.Mesmocomapossveldiscordnciadoparticular,oordenamento jurdicopossibilitaaoEstado utilizar-se do instituto da desapropriao. Aqui a relao jurdica verticalizada, ou seja, oEstadocomparecenumasituaodesupremacia,poisaduplicaodarodoviaatendeaosinteressesdetodaa coletividade.Dessa forma,o interessedoparticular, embora legtimo, ceder emhomenagemsupremaciadointeressepblicosobreoprivado.

    O segundo princpio, a indisponibilidade do interesse pblico, traz como consectrio aimpossibilidadedeosagentespblicospraticarematosquepossammenoscabaropatrimniopblicoouointeressepblico.

    Assim,seumparticularAcontaparaumparticularBahistriadesuadesditosavida,comtodasasnuancespossveiseimaginveisdesofrimentoepenria,para,aofim,arrematarcomumpedidodeperdodeumadeterminadadvida,Bpoderlivrementetomaradecisoquemelhorlheaprouver.Seupatrimnio(ocrdito)plenamentedisponvel,nohavendoqualquerrestrioconcessodoperdo

  • (remisso).Todavia, se B um fiscal de tributos e o crdito que A deseja ver perdoado um crdito

    tributrio, o perdo no poder ser concedido. O crdito tributrio parte do patrimnio pblico e,justamenteporisso,indisponvel.

    Algunspoderiamseperguntarcomopossvel,dianteda indisponibilidadedo interessepblico,aconcesso de perdo por intermdio de lei, algo to comum no direito brasileiro. Ocorre que, nessasituao,operdoestsendoconcedidopeloprprioEstadoou,emfacedoprincpiodemocrtico,peloprpriopovo,verdadeirodestinatriotericodetodasasaesestatais.

    Oponto crucial que, aomenos na teoria, no parlamento esto os representantes do povo.Dessaforma, a concesso de qualquer benefcio fiscal por lei significa que o povo quis o proveito dobeneficirio.

    Seguindoesseraciocnio,pode-sedizerqueopatrimniopblicoindisponvelapenasparaaquelesmeramente obrigados ao cumprimento das ordens dadas pelo povo, consubstanciadas em leis.Mas oprprio povo tema prerrogativa de dispor de tal patrimnio que, emltima anlise, pode ser vistocomoseupatrimniopormeiodasleisqueelabora,pormeiodeseusrepresentanteslegtimos.

    Tudo o que foi exposto deixa claro que o direito tributrio , inequivocamente, ramo do direitopblicoequeaelesointeiramenteaplicveisosprincpiosfundamentaisinerentesaoregimejurdicodedireitopblico.

    A supremacia do interesse pblico sobre o interesse privado facilmente vista pelo fato de aobrigao de pagar tributo decorrer diretamente da lei, sem manifestao de vontade autnoma docontribuinte(foiproprietriodeumimvelnareaurbana,temquepagarIPTU,querendoouno)epelasdiversasprerrogativasestataisquecolocamoparticularnumdegrauabaixodoentepbliconasrelaesjurdicas, como, por exemplo, o poder de fiscalizar, de aplicar unilateralmente punies e apreendermercadorias,entretantosoutros.

    Jaindisponibilidadedointeresseedopatrimniopblicovisualizada,demaneiracristalina,nasemprepresenteexignciadeleiparaaconcessodequaisquerbenefciosfiscais.Porserextremamenteoportuno,transcreve-seopedaggicoart.150,6.,daCF:

    6.Qualquersubsdioouiseno,reduodebasedeclculo,concessodecrditopresumido,anistia ou remisso, relativos a impostos, taxas ou contribuies, s poder ser concedidomediante lei especfica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matriasacimaenumeradasouocorrespondente tributooucontribuio, semprejuzododispostonoart.155,2.,XII,g.

    So claros os termos do dispositivo. Todos os institutos citados enquadram-se na definio debenefciosfiscais,dependendodaediodeleiespecficaaimplementaodequaisquerdeles,afinal,comojafirmado,sopovopodedispordopatrimniopblico.

  • 1.2 ATIVIDADEFINANCEIRADOESTADO

    OEstado existe para a consecuo do bem comum. Para atingir talmister, precisa obter recursosfinanceiros,oque faz,basicamente,deduas formas,quedoorigemauma famosaclassificaodadapelosfinancistassreceitaspblicas.

    Paraobterreceitasoriginrias,oEstadosedespedastradicionaisvantagensqueoregimejurdicodedireitopblicolheproporcionae,demaneirasemelhanteaumparticular,obtmreceitaspatrimoniaisouempresariais.Attulodeexemplo,cite-seumcontratodealuguelemqueolocatrioumparticulareolocadoroEstado.Oparticularsomenteseobrigaapagaroaluguelporquemanifestasuavontadeaoassinarocontrato,nohavendomanifestaodequalquerparceladopoderdeimprioestatal.

    Naobtenodereceitasderivadas,oEstado,agindocomotal,utiliza-sedassuasprerrogativasdedireito pblico, edita uma lei obrigando o particular que pratique determinados atos ou se ponha emcertas situaes a entregar valores aos cofres pblicos, independentemente de sua vontade. Comoexemplo,aquelequeauferiurendimentoserdevedordoimpostosobrearendaeproventosdequalquernatureza(impostoderenda)independentementedequalquermanifestaovolitiva.

    Registre-se,poroportuno,quetantonasreceitasoriginriasquantonasderivadasexistemhiptesesemqueosujeitopassivo(devedor) tambmenteestatal, sendoanotadistintivaentreasespciesdereceita ora estudadas o regime jurdico a que esto essencialmente submetidas (direito pblico ouprivado)enoospolosdarespectivarelaojurdica.

    Aclassificaooraanalisadapodeseresquematizadadaseguinteforma:

    Atualmente, com a concepo de Estado mnimo que tem sido globalmente adotada, tornandoexcepcionalaexploraodeatividadeeconmicaporpartedoEstado,perderamimportnciaasreceitasoriginrias,tendocomoconsequnciaaconcentraodaarrecadaoestatalprecipuamentenasreceitasderivadas.

    A excepcionalidade da explorao de atividade econmica por parte do Estado decorrente deprevisoconstitucionalexpressa(CF,art.173):

  • Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituio, a explorao direta de atividadeeconmicapeloEstadosserpermitidaquandonecessriaaosimperativosdasegurananacionalouarelevanteinteressecoletivo,conformedefinidosemlei.

    Nestaobra,oobjetodeestudoseroasreceitasderivadas,especificamenteamodalidadetributos.Antes,entretanto,umesclarecimentoextremamentenecessrio.

    lugar-comum se afirmar que o Estado tributa para conseguir carrear recursos para os cofrespblicos,possibilitandoodesempenhodesuaatividadefinanceira,tudoembuscadoseudesgniomaior:obemcomum.Essavisocorreta,masincompleta.

    No perodo clssico das finanas pblicas (Estado Liberal dos sculos XVIII e XIX), a regrafundamental, quase que absoluta, era a no interveno do Estado na economia. Foi nessa poca queAdam Smith apontou a existncia de uma mo invisvel domercado, que se responsabilizaria pelotimo funcionamento da economia, automaticamente corrigindo os desvios, propiciando as condiesnecessriasaocrescimentoeconmicoemelhoriadascondiesdavidaemsociedade.

    Nessa linha, o liberalismo entendia que o Estado no deveria intervir no domnio econmico, deformaqueostributosdeveriamserneutros,ouseja,apenasumaformadeobtenodemeiosmateriaispara as atividades tpicas do Estado (Estado Polcia), jamais um instrumento de mudana social oueconmica.

    Nesse perodo, no se tinha como princpio da tributao a isonomia.Os desiguais eram tratadosigualmente, de forma que cada contribuinte estava sujeito mesma carga tributria, sem se cogitar apossibilidadedeaferioindividualdacapacidade.

    FoisnofinaldosculoXIXqueamopoderosaevisveldoEstadopassouaserutilizadacomoinstrumentoparacorreodasdistoresgeradaspeloliberalismo.

    Oshumoresdaeconomiavariavambruscamenteentreadepressoeaeuforia.Asfasesdepressivassempre eram acompanhadas por epidemias de desemprego, agravadas pelos efeitos que a RevoluoIndustrialeseualtondicedemecanizaotrouxeramsobreomercadodetrabalho.

    Adentra-se, ento, no perodo moderno das finanas pblicas, caracterizado pela interveno doEstadonodomnioeconmicoe social.Saidecenao liberalismo.EntraemcartazoEstadodoBem-EstarSocial(WelfareState).

    Precisandointervir,oEstadopassaaperceberquedispunhadeumapoderosaarmaemsuasmos:otributo.

    O tributopassa a ser, semprequepossvel, graduadode acordo comacapacidade econmicadocontribuinte. Ressalte-se que, na Constituio atual, o princpio vincula apenas a instituio deimpostos,oque,conformeserexplicitadonomomentooportuno,noimpedesuaaplicaonotocantesdemaisespciestributrias.

    Nessanovafase,oEstadotambmpercebequenenhumtributocompletamenteneutro,pois,mesmoqueobjetiveexclusivamentearrecadar,acabagerandoimpactossobreofuncionamentodaeconomia.

    Assim, o Estado passa a aproveitar esses efeitos colaterais dos tributos, instituindo-os com oobjetivodeintervirnodomnioeconmicoenaordemsocial.

  • Num passado recente, a ttulo de exemplo, o Estado, visando a estimular o desenvolvimento daindstriaautomobilsticanacional,emvezdesimpleseradicalmenteproibira importaodeveculos,recorreuaoimpostodeimportao,majorando-lheasalquotas,deformaainibirasoperaes.

    Verifica-sequeoefeitodamedidasobreaarrecadaotributriarelativamenteimprevisvel,pois,apesardoaumentodealquota,provvelqueasimportaescaiametalvezaarrecadaototal,mesmocomanovaalquota,tambmvenhaacair(alis,nessecaso,oEstadoestar,indiretamente,desejandoessaquedadearrecadaodoimposto).

    Namesma linha,muitocomumque,emalgumapocadoano,sejadivulgadaanotciadequeasgrandesmontadorasdeveculosiropromoverdemissoemmassaou,nomnimo,friascoletivas,emvirtudedeumaestagnaoeconmicaqueestejacausandoquedanasvendas.Temendooimpactosocialda medida, o governo chama para a negociao os representantes da indstria e dos empregados,propondoumareduodaalquotadoIPIparaqueoveculosetornemaisbarato,omercadoautomotivoganheflegoeosempregossejammantidos.Novamente,oimpactosobreaarrecadaoimprevisvel,pois a queda da alquota pode ser compensada pelo aumento das vendas (inclusive, tal aspecto irrelevantedopontodevistadoobjetivoprecpuodogovernonocaso:manterosempregos).

    muito importante ressaltar que esses tributos tambm arrecadam,mas a finalidade arrecadatriaficanumsegundoplano,dadooobjetivoprincipaldasmedidas.

    Assim,existemtributoscujafinalidadeprincipalfiscal,ouseja,arrecadar,carrearrecursosparaoscofrespblicos(ex.:ISS,ICMS,IRetc.).Htributos,contudo,quetmporfinalidadeprecpuaintervirnumasituaosocialoueconmica.afinalidadeextrafiscal(comonosexemploscitados,noIOF,noIE, no ITR etc. em momento oportuno, ser detalhada a maneira como estes e outros tributos soutilizadosdeformaextrafiscal).

    Tambmnoscasosdetributoscomfinalidadefiscal,afinalidadeextrafiscal,noobstantesecundria,far-se- presente.Analise-se, a ttulode exemplo, o impostode renda.Trata-se um tributo claramentefiscal,masaprogressividadedasalquotas,apesardeterumafinalidadearrecadatria(exigirmaisdequempodecontribuirmais)acabatrazendoumefeitosocialinteressante.

    Quemganhapouconadapaga(iseno);quemganhamuitocontribuisobumaalquotade27,5%.Emcontrapartida,partedaarrecadaoutilizadaparaprestarserviospblicose,emregra,quemusataisservios(educaoesade,porexemplo)soaspessoasisentas,umavezqueasquepossuemmaiorrendanormalmente tmplanosprivadosdesadeepagamporeducaoparticular.Dessa forma,o IRacaba tendouma funo extrafiscal embutida: redistribuir renda (alguns,mais romnticos, chamam-no,porisso,deimpostoRobinHoodtiradosricosparadaraospobres).

    Ao lado dessas duas finalidades (fiscal e extrafiscal), a doutrina cita uma terceira, em que, narealidade,objetiva-setambmaarrecadao.Adiferenaresidenofatodealeitributrianomearsujeitoativodiversodapessoaqueaexpediu,atribuindo-lheadisponibilidadedosrecursosarrecadadosparaoimplementodeseusobjetivos.Comoexemplo,podemsercitadasascontribuiesprevidencirias,que,antesdacriaodaSecretariadaReceitaPrevidenciria(hojepartedaReceitaFederaldoBrasil),eramcobradas pelo INSS (autarquia federal), que passava a ter, tambm, a disponibilidade dos recursos

  • 1.3

    1.3.1

    auferidos.Tem-seaafinalidadeparafiscaldatributao.possvelconcluir,portanto,que,naparafiscalidade,oobjetivodacobranadetributoarrecadar,

    mas o produto da arrecadao destinado a ente diverso daquele que institui a exao. Por bvio, obeneficiriodosrecursossempreserumainstituioquedesempenheumaatividadetipicamenteestatal(comoo casodo INSS)oude interessedoEstado, comoosdenominados servios sociais autnomos(SESI,SESC,SENAI,SEBRAE,SEST,dentreoutros).

    Hojeemdia,amaioriadostributostradicionalmentedefinidoscomocontribuiesparafiscaistemporsujeitoativoaprpriaUnio,noseenquadrandona tradicionaldefiniodeparafiscalidade (emvirtudedanoatribuiodacondiodesujeitoativoaobeneficirio).

    Assim,possvelseafirmarque,atualmente,ofenmenodaparafiscalidadesomentesecaracterizapelodestinodoprodutodaarrecadaoapessoadiversadacompetenteparaacriaodotributo.Noobstante, em concursos pblicos tem-se adotado o entendimento clssico, considerando corretas asassertivas que incluem como elemento do conceito de parafiscalidade a delegao da capacidadetributriaativa.

    A ttulo de exemplo, no concurso paraAuditor doEstado deMinasGerais, realizado em2005, aESAF considerou correta assertiva que afirmava textualmente o seguinte: Quando a lei atribui acapacidadetributriaativaaentediversodaquelequedetmacompetnciatributria,estar-se-diantedofenmenodaparafiscalidade.

    Registre-sequeabancanoafirmouseraparafiscalidadedependentedadelegaodacapacidadetributriaativa,masasseverouquequandoadelegaoestpresenteexisteparafiscalidade.

    DEFINIODETRIBUTO

    Adoutrinaricaemdefiniesdetributo.Attulodeexemplo,LucianoAmarodefinetributocomoa prestao pecuniria no sancionatria de ato ilcito, instituda em lei e devida ao Estado ou aentidadesnoestataisdefinsdeinteressepblico.

    Paraosobjetivosdestaobra,torna-seimportanteressaltarque,noobstanteascrticasdadoutrina,adefiniode tributo tem sede legal.o art. 3. doCdigoTributrioNacional que traz a definiooficialdetributo,lavradanosseguintestermos:

    Art. 3.Tributo todaprestaopecuniria compulsria, emmoedaou cujovalor nela sepossaexprimir,quenoconstitua sanodeato ilcito, instituda em lei e cobradamediante atividadeadministrativaplenamentevinculada.

    Paraumcompletoentendimentodotema,taldefiniodeveseranalisadaemtodososseusaspectos.

    Prestaopecuniria,emmoedaoucujovalornelasepossaexprimir

    impossvelnopercebercertaredundncianaredaododispositivo.Prestaespecuniriassojustamenteaquelasemmoeda.Algunsentendemqueaexpressooucujovalornelasepossaexprimir

  • constituiriaumaautorizaoparaainstituiodetributosinnatura(embens)ouinlabore(emtrabalho,emservios),umavezquebenseserviossosuscetveisdeavaliaoemmoeda.

    Seguindoesseraciocnio,seaalquotadoimpostodeimportaoincidentesobredeterminadabebidafossede50%,oimportador,aoadquirirmilgarrafas,poderiadeixarquinhentasnaalfndegaattulodetributo; ou, como j aceito por alguns Municpios, seria permitido ao devedor de IPTU quitar suasdvidas pintando prdios pblicos ou podando algumas rvores espalhadas pela cidade.As situaesbeiramocmicoeilustramaimpossibilidade.

    Apesar de a Lei Complementar 104/2001 ter acrescentado o inciso XI ao art. 156 do CTN,permitindoadaoempagamentodebensimveiscomoformadeextinodocrditotributrio,nosepodetomaraautorizaocomoumaderrogaodadefiniodetributonopontoemqueseexigequeaprestao seja emmoeda, pois o prprio dispositivo oferece a alternativa ou cujo valor nela [emmoeda]sepossaexprimir.Assim,lcitoentenderqueoCTNpermiteaquitaodecrditostributriosmedianteaentregadeoutrasutilidadesquepossamserexpressasemmoedas,desteque taishiptesesestejamprevistasnoprpriotextodoCdigo,quenoseuart.141afirmaqueocrditotributriosomenteseextinguenashiptesesneleprevistas.

    FoinaesteiradesteentendimentoqueaESAF,noconcursoparaprovimentodecargosdeAuditor-Fiscal do Tesouro do Municpio de Natal/RN, considerou incorreta a seguinte assertiva: A LeiComplementarn.104/2001,aopermitiradaoempagamentodebensimveis,comoformadeextinodocrditotributrio,promoveuaderrogaodoart.3.doCTN,queconfereaotributoumaprestaopecuniriaemmoedaoucujovalornelasepossaexprimir.

    Inicialmente adotando uma interpretao bastante restritiva do art. 141 do CTN, o Supremo, nojulgamentodaMedidaCautelar naADI1.917, considerou inconstitucional lei doDistritoFederal quepermitia o pagamento de dbitos das microempresas, das empresas de pequeno porte e das mdiasempresas,mediantedaoempagamentodemateriaisdestinadosaatenderaprogramasdeGovernodoDF.Umdosfundamentosdadecisofoiareservadeleicomplementarparatratardeextinodocrditotributrio(Pleno,ADI1.917-MC,rel.Min.MarcoAurlio,j.18.12.1998,DJ19.09.2003,p.15).

    Posteriormente, no julgamento da ADI 2.405-MC o Tribunal, por maioria de votos, afirmou serpossvel a criao de novas hipteses de extino do crdito tributrio na via da lei ordinria local(Pleno, ADI 2.405-MC, rel. Min. Carlos Britto, j. 06.11.2002, DJ 17.02.2006, p. 54). Os principaisfundamentosparaojulgadoforamosseguintes:

    a)opactofederativo,quepermiteaoenteestipularapossibilidadedereceberalgodoseuinteresseparaquitarumcrditodequetitular;e

    b)adiretrizinterpretativasegundoaqualquempodeomaispodeomenos,umavezqueseoentepodeatperdoaroquelhedevido,medianteaediodeleiconcessivaderemisso(omais),pode,tambm,autorizarqueaextinodocrditosejafeitadeumaformanoprevistanoCdigoTributrioNacional(omenos).

    No julgamentodomritodaADI1.917(Pleno, rel.Min.RicardoLewandowski, j.26.04.2007,DJ24.08.2007,p.22),oSTFreafirmouseuentendimentorelativoinconstitucionalidadedapreviso,em

  • 1.3.2

    leilocal,deextinodocrditotributriomediantedaoempagamentodebensmveis,squedestafeita apenas emvirtudeda reservade lei federal para estipular regrasgeraisde licitao (seumenterecebeempagamentoumbem,est,naprtica,adquirindotalbemsemlicitao).Repise-sequeadaoempagamentoembensimveissomentepossvelporqueestprevistaemleinacional(oCTN).

    Peloexposto,nasprovasdeconcursopblico,deve-semantero tradicionalentendimentodequeocrdito tributrionopodeserextintomediantedaoempagamentodebensmveis tendoemvistaareservadeleinacionalparadisporsobreregrasgeraisdelicitao.Noobstante,emalgumasquestesj temsidoabordadaaevoluodoentendimentodoSTFaoadmitiraprevisoemlei localdenovashiptesesdeextinodocrditotributrio.Attulodeexemplo,oCESPE,noconcursoparaprovimentodecargosdeJuizFederaldoTRFda1.Regio,comprovasrealizadasem2009,consideroucorretaaseguinteassertivaOSTFpassouaentenderqueosEstadoseoDFpodemestabeleceroutrosmeiosnoprevistosexpressamentenoCdigoTributrioNacionaldeextinodeseuscrditostributrios,mximeporquepodemconcederremisso,equempodeomaispodeomenos.

    Perceba-sequeabancaadotouexpressamenteosegundofundamentoapontadoacima,defendidopelotributaristaLucianoAmaroeexpressamenteencampadoporalgunsMinistrosdoSupremonasrazesdosseusvotos.

    Noobstantetalraciocnio,entende-sequeaexpressooucujovalornelasepossaexprimirpossuitambmautilidadedepermitirafixaodovalordostributospormeiodeindexadores(comoaUFIRUnidadeFiscaldeReferncia,hojeextinta).Nessecaso,ajustificativaadotadabastanterazovel,poiscom uma mera operao aritmtica possvel a converso imediata entre o indexador utilizado e amoedacorrenteadotadanoPas,oqueprovaqueoindexadoralgocujovalorpodeserexpressoemmoeda.

    H discusses tambm sobre a possibilidade de pagamento de tributo com ttulos da dvidapblica.Talhiptesedeextinoconfigura,a rigor,compensao tributriaprevistanoart.156, II,doCTN.O raciocnio simples: seocontribuintepossuium ttulodadvidapblicacontradeterminadoente federadoedeve tributoa estemesmoente, asobrigaes se extinguematomontante emque secompensarem. Da caracterizao da hiptese como compensao decorre a necessidade de leiautorizativaparaautilizaodos ttulosdadvidapblicanaextinodocrdito tributrio (CTN,art.170).

    Prestaocompulsria

    Otributoreceitaderivada,cobradapeloEstado,nousodeseupoderdeimprio.Odeverdepag-lo,portanto,impostopelalei,sendoirrelevanteavontadedaspartes(credoredevedor).

    verdadequesomentealeipodeobrigaralgumafazeroudeixardefazeralgumacoisa(CF,art.5.,II);assim,todaobrigaotemaleiporfonte(aomenosmediata).

    Ocorre que so comuns os casos em que as obrigaes tm por fonte imediata o contrato, cujacelebraodependedamanifestaodevontadedocontratante.Assim,o locatrioobrigadoapagaraluguel,porqueassinouorespectivoinstrumentodecontrato,manifestandolivrementesuavontade.

  • 1.3.3

    Emse tratandodeobrigao tributria,contudo,a lei fontediretae imediata, de formaque seunascimentoindependedavontadeeatdoconhecimentodosujeitopassivo.Aregra,semexceo,acompulsoriedade(obrigatoriedade)enoavoluntariedade.Assim,oproprietriodeimvellocalizadona rea urbana do Municpio deve pagar o respectivo IPTU, no havendo espao para se falar emmanifestaodevontadenonascedourodaobrigao.

    Prestaoquenoconstituisanodeatoilcito

    exatamente neste ponto que reside a diferena entre tributo e multa. Apesar de ambos seremreceitas derivadas, a multa , por definio, justamente o que o tributo, tambm por definio, estproibidodeser:asano,apenalidadeporumatoilcito.

    Esquematicamente,tem-se:

    Aqui, uma importantssima observao. O dever de pagar tributo conforme ser detalhado emmomentooportunosurgecomaocorrncia,nomundoconcreto,deumahipteseabstratamenteprevistaem lei (o fato gerador). Portanto, se algum obtm disponibilidade econmica ou jurdica derendimentos,passaaserdevedordoimpostoderenda(CTN,art.43),mesmoseessesrendimentosforemoriundosdeumatoilcito,ouatcriminoso,comoacorrupo,otrficoilcitodeentorpecentesetc.

    Ajustificativaparaoentendimentoque,nessescasos,noseestpunindooatocomotributo(apunioocorrernaesferapenale,seforocaso,naadministrativaecivil).Acobranaocorreporqueofato gerador (obteno de rendimentos) aconteceu e deve ser interpretado abstraindo-se da validadejurdicadosatospraticados(CTN,art.118,I).

    AlgunsentendemqueoEstado,aotributarrendimentosoriundosdeatividadescriminosas,estariaseassociando ao crime e obtendo, imoralmente, recursos de uma atividade que ele mesmo probe.Entretanto, seria injustocobrar impostodaqueleque trabalhahonestamenteeconcederumaverdadeiraimunidade ao criminoso.Nessa linhade raciocnio, oSupremoTribunalFederal, ao julgarumcasosobretrficoilcitodeentorpecentes,entendeuque,antesdeseragressivamoralidade,atributaodoresultado econmico de tais atividades decorrncia do princpio da isonomia fiscal, de manifestainspiraotica(HabeasCorpus77.530-4/RS).

    Esta possibilidade conhecida na doutrina como princpio do pecunia non olet (dinheiro nocheira).Aexpresso,hojetopopularentreostributaristas,surgiudeumasituao,nomnimo,curiosa.

  • 1.3.4

    Umdosmaisbem-sucedidos imperadores romanos,Vespasiano, instituiuum tributosemelhanteatualtaxaasercobradopelousodosmictriospblicos(latrinas).Seufilho,Tito,noconcordoucomfatogerador tomalcheiroso.Ao tomarconhecimentodas reclamaesdo filho,Vespasianosegurouumamoedadeouroelheperguntou:Olet?(Cheira?).Titorespondeu:Nonolet(Nocheira).

    Noimportava,portanto,seofatogerador,lnalatrina,cheiravamal,odinheirodelprovenientenomantinhaocheirodaorigem.AsabedoriapopularexplicariaopensamentodeVespasianodeoutraforma:dinheirodinheiro.

    Aplicando a lio histrica neste estudo, possvel afirmar que no importa se a situao malcheirosa(irregular,ilegaloucriminosa):seofatogeradorocorreu,otributodevido.

    Assim, a ttulo de exemplo, para evitar o que aconteceu a Al Capone (condenado e preso porsonegao fiscal), o criminoso teria de informar os rendimentos do crime na declarao entregue ReceitaFederal,sobpenaderespondertambmpelasonegaofiscal.

    Porfim,umltimopontoquemerecedestaqueacorrelaoentreaproibiodetributodecartersancionatrioeoprincpioqueprobea instituiodetributocomefeitodeconfisco (detalhadonoitem2.8).

    O raciocnio bastante simples. A Constituio Federal, no seu art. 5., XLVI, b, prev apossibilidadedequealei,regulandoaindividualizaodapena,adote,entreoutras,adeperdadebens.Trata-sedeformalautorizaoparaaexistnciadeconfisconoBrasil,mastosomentecomopunio.

    Ora, considerandoqueo tributonopode se constituir em sanopor ato ilcito e queo confiscosomente admitido no Brasil como pena, h de se concluir que o tributo no pode ter carterconfiscatrio,justamenteparanosetransformarnumasanoporatoilcito.

    O entendimento foi expressamente adotado peloCESPE, quando, no concurso para provimento decargosdeAuditor-FiscaldaReceitaEstadualdoEstadodoEspritoSanto, comprovas realizadas em2009,consideroucorretaaseguinteassertiva:Oprincpiodanoutilizaode tributocomefeitodeconfisco d-se, principalmente, pela falta de correspondncia entre a punio de um ato ilcito e acobranadeumtributo.

    Namesmalinha,aFundaoCarlosChagas,noconcursoparaprovimentodecargosdeAgenteFiscalde Rendas do Estado de So Paulo, promovido em 2009, considerou correta assertiva que afirmavaseremidentificveisnoconceitolegaldetributo,previstonoart.3.doCTN,osprincpiosdalegalidadeedavedaoaoefeitodeconfisco.Ora,obviamenteoprincpiodalegalidadesaltaaosolhosquandooCdigoafirmaqueotributoprestaoinstitudaemlei;joprincpiodavedaoaoefeitodeconfisco(no confisco), conforme explicado, alm da expressa previso constitucional, tambm reside naproibiolegaldequeotributoconfiguresanoporatoilcito,constantenoconceitodetributo.

    Prestaoinstitudaemlei

    Essaumaregrasemexceo:otributospodesercriadoporlei(complementarouordinria)ouatonormativodeigualfora(MedidaProvisria).Issodecorredoprincpiodemocrtico:comoaleiaprovadapelos representantesdopovo,pode-sedizer, aomenos teoricamente,queopovospagaos

  • 1.3.5

    tributosqueaceitoupagar.Tal ideia, no direito norte-americano, manifestada no brocardo No taxation without

    representation (no haver cobrana de tributos sem representao). A representao exigida pelasentenaexatamenteaaprovaodacobranapormeiodosrepresentantesdopovo(legalidade).

    Umaltimaobservaoimportante.Emboranohajaexceolegalidadequantoinstituiodetributos, existem vrias excees ao princpio quanto alterao de alquotas, conforme apontado noesquemaabaixo:

    O detalhamento das excees, com seus respectivos limites, feito no Captulo 2, no item 2.5.2,relativoaoprincpiodalegalidade.

    Prestaocobradamedianteatividadeadministrativaplenamentevinculada

    Avinculaodaatividadedecobranado tributodecorredofatodeeleser institudopor leieseconfigurarcomoumaprestaocompulsria.Aautoridadetributrianopodeanalisarseconveniente,se oportuno cobrar o tributo.A cobrana feita demaneira vinculada, sem concesso de qualquermargem de discricionariedade ao administrador. Mesmo que o fiscal, o auditor ou o procurador sesensibilizemcomumasituaoconcreta,devemcobrarotributo.

    muitoimportanteregistrarque,almdosentidoacimaanalisado,aspalavrasvinculado/vinculadaaparecememDireitoTributriocomdoisoutrossignificados.Emprovasobjetivasdeconcursopblico,muitoscandidatostmsidoprejudicadosporconfundirtaisacepes.

    No obstante os conceitos serem aprofundados nos momentos oportunos, desde j se prope acuidadosaanlisedoseguinteesquema:

  • Adefiniodetributo,acimadetalhada,nopossuiqualquerelementorelativodestinaolegaldoprodutodaarrecadao.Aocontrrio,inclusive,afirmadonoart.4.doCTNquetaldadoirrelevanteparadefiniranaturezajurdicaespecficadotributo.Apesardisto,nosjulgadosemquefoidiscutidaanaturezajurdicadascontribuiesdestinadasaoFundodeGarantiaporTempodeServioFGTS,oSuperiorTribunaldeJustiaentendeuqueofatodeaarrecadaonoserdestinadaaoerrio,devendosercarreadascontasvinculadasdosempregados,quepoderosacarseussaldosemcasodedespedidasem justa causa, demonstraria que a exao no tem carter tributrio (REsp 981.934/SP).Posteriormente,oTribunalsumulouseuentendimentonosseguintetermos:

    STJ Smula 353 As disposies do Cdigo Tributrio Nacional no se aplicam scontribuiesparaoFGTS.

    Registre-se que o art. 9. da Lei 4.320/1964 traz uma outra definio de tributo em que,expressamente,seexigequeoprodutodaarrecadaotributriasejadestinadoaocusteiodeatividades

  • 1.4

    gerais ou especficas exercidas pelas pessoas jurdicas de direito pblico. Numa prova subjetiva deconcursopblicoemque sejanecessrio fundamentaroposicionamentodoSTJ, conveniente citarodispositivo.Nasprovasdedireitofinanceiro,quenormalmentesofiisseguidorasdasdisposiesdaLei 4.320/1964, tal norma tambm deve ser utilizada. Nos demais casos, aconselha-se ao candidatoseguirestritamenteadefinioconstantedoart.3.doCTN.

    OprincipalefeitodateseencampadapeloSuperiorTribunaldeJustiafoiodedefinirque,pornoserem tributos, as contribuiesparaoFGTSno esto sujeitas aoprazoprescricional de cinco anosestabelecidonoart.174doCTN.Seriamaelasaplicveisosartigos23,5,daLei8.036/1990e55doRegulamentodoFGTS(aprovadopeloDecreto99.684/1990),naparteemqueressalvamprivilgiodoFGTSprescriotrintenria.RaciocinavamdeformasemelhanteoTribunalSuperiordoTrabalho(Smula 362) e o Supremo Tribunal Federal, tanto na sua Primeira Turma (RE 134.328), quanto naSegunda(RE120.189).

    Noentanto,aojulgarRecursoExtraordinriocomAgravo(ARE)709212/DF,comrepercussogeralreconhecida,oPlenriodoSupremoTribunalFederaldecidiuqueasnormasquepreveemaprescriotrintenriaso incompatveiscomodisposto incisoXXIX,doartigo7,daCF/88,queprev,paraoscrditos resultantesdas relaesde trabalho,aaplicaodoprazoprescricionaldecincoanos,atolimitededoisanosapsaextinodocontratode trabalho.este,portanto,oprazoprescricionalaplicvelparaacobranadascontribuiesparaoFGTS.

    Contudo,reconhecendoquesetratavadeumamudanacomseverasrepercussesmateriaisque,sedotadadeeficciaretroativa,poderiatrazersriosdanosseguranajurdica,oSTFdecidiudarefeitosprospectivosdeciso,deformaqueelapassouaseraplicvelapartirdodia13denovembrode2014,datadojulgamento.

    Paraosobjetivosdessaobra,fundamentalressaltarqueoSupremoTribunalFederalnomudouoseu entendimento no sentido de que as contribuies para o FGTS no so tributos, o que foiclaramentedestacadonovotodoMinistroGilmarMendes,relatordoprocesso.Assim,hdeserepisarque o fundamento para aplicao daprescrioquinquenal ao FGTS (CF, art. 7, XXIX) no possuiqualquercorrelaocomasnormasdoCdigoTributrioNacional.

    OSTRIBUTOSEMESPCIES

    http://goo.gl/Z9SveZ

  • A controvrsia sobre a classificao dos tributos em espcies fez com que surgissem quatroprincipaiscorrentesarespeitodoassunto:aprimeira,dualista,bipartidaoubipartite,queafirmaseremespciestributriassomenteosimpostoseastaxas;asegunda,atripartida,tricotmicaou tripartite,quedivideos tributosem impostos, taxasecontribuiesdemelhoria;a terceira,apentapartidaouquinquipartida, que a estes acrescenta os emprstimos compulsrios e as contribuies especiaisprevistas nos arts. 149 e 149-AdaConstituioFederal e a ltima, aquadripartida, tetrapartida outetrapartite, que simplesmente junta todas as contribuies num s grupo, de forma que os tributosseriamimpostos,taxas,contribuieseemprstimoscompulsrios.

    OCdigoTributrioNacionalCTN,noseuart.5.,dispequeos tributosso impostos, taxasecontribuiesdemelhoria,claramenteadotandoateoriadatripartiodasespciestributrias.

    AlgunsentendemqueaConstituioFederalsegueamesmateoria,aoestabelecer,noseuart.145,que a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios podem instituir impostos, taxas econtribuiesdemelhoria.Odispositivo,na realidade,no restringeas espcies tributrias s trsenumeradas, mas apenas agrupa aquelas cuja competncia para criao atribudasimultaneamenteaostrsentespolticos.Trata-se,portanto,denormaatributivadecompetncia enodenormaqueobjetivelistarexaustivamenteasespciesdetributoexistentesnoordenamentojurdicobrasileiro.

    Neste ponto, importante perceber que, ainda na Seo que trata dos Princpios Gerais doSistema Tributrio Nacional (arts. 145 a 149-A), a Constituio Federal estatui outras regrasatributivas de competncia. Os emprstimos compulsrios esto previstos no art. 148, como decompetnciaexclusivadaUnio, o que justifica o fato de no haverem sido citados no art. 145, queenumeraapenasostributoscujainstituiopossvelatodososentespolticos.Raciocniosemelhanteaplicvelaosarts.149,queprevcomodecompetnciaexclusivadaUnioascontribuiesespeciais(comexceodaquefinanciaaprevidnciadosservidorespblicos,queobviamentepodeserinstitudapor todos os entes federados), e 149-A, que atribui exclusivamente ao DF e aos municpios acompetnciaparacriaodacontribuioparacusteiodoserviodeiluminaopblica.

    Ao se deparar com o tema, o Supremo Tribunal Federal tem adotado a teoria da pentapartio.Apesardisso,extremamenteimportantedeixarclaroquemesmoosadeptosdateoriadatripartiodostributosentendemqueascontribuiesespeciaiseosemprstimoscompulsriossotributos,possuindonaturezajurdicadetaxasouimpostos,dependendodecomoaleidefiniuoseufatogerador,conformeanalisadoaseguir.

    Graficamente, as duas teorias de maior relevncia prtica no direito brasileiro podem servisualizadasdaseguinteforma:

  • 1.4.1 Adeterminaodanaturezajurdicaespecficadotributo

    Nos termos do art. 4. doCTN, a natureza jurdica especfica do tributo determinada pelo fatogerador da respectiva obrigao, sendo irrelevantes para qualific-la a denominao e demaiscaractersticasformaisadotadaspelalei,bemcomoadestinaolegaldoprodutodesuaarrecadao.

    Aanlisedofatogeradordotributofeitasobaticadaclassificaodostributoscomovinculadosounovinculados(aquiseadotaaexpressovinculadonumsentidocompletamentediferentedaqueleutilizado na definio de tributo, pois a atividade de cobrana de todo e qualquer tributo semprevinculada).

    Para classificar um tributo qualquer quanto ao fato gerador, deve-se perguntar se oEstado temderealizar,paravalidaracobrana,algumaatividadeespecficarelativaaosujeitopassivo(devedor).Searespostafornegativa, trata-sedeumtributonovinculado; se forpositiva,o tributovinculado (poissuacobranasevinculaaumaatividadeestatalespecificamentevoltadaaocontribuinte).

    Assim,todososimpostossonovinculados.Sealgumobtmrendimentos,passaadeverimpostode renda; sepresta servios, deve ISS; se proprietriodeveculo automotor, deve IPVA.Repare-seque,emnenhumdessescasos,oEstadotemderealizarqualqueratividadereferidaaocontribuinte.Daaassertiva, correta e muito comum em doutrina, de que o imposto um tributo que no goza dereferibilidade.Alis,justamentepelofatodeserumtributonovinculadoaqualqueratividade,deixadeser argumento juridicamente relevante (apesardepoliticamente s-lo) afirmarque no sedevepagarIPVA,casoasrodoviasestejamesburacadas.

    Note-sequeoCTN,emseuart.16,defineimpostocomosendootributocujaobrigaotemporfatogeradorumasituaoindependentedequalqueratividadeestatalespecfica,relativaaocontribuinte.Ora,pelo exposto, essa seria uma definio precisa de tributo no vinculado. Portanto, o imposto , porexcelncia,otributonovinculado.

    J as taxas e contribuies de melhoria so, claramente, tributos vinculados, como se passa ademonstrar.

    Oart.145,II,daCFdeixaclaroque,paraacobranadeumataxa,oEstadoprecisaexerceropoderdepolciaoudisponibilizaraocontribuinteumserviopblicoespecficoedivisvel.

    Damesmaforma,acobranadacontribuiodemelhoriadependedeumaanterioratividadeestatal. necessrio que o ente federado (Unio, Estado, Distrito Federal ou Municpio) realize uma obra

  • pblicadaqualdecorravalorizaoimobiliria.Registre-sequeaescoladabipartiodasespciestributrias,baseadanaclassificaodostributos

    como vinculados ou no vinculados, entende que somente existem duas espcies de tributos: os quepossuemnaturezadeimpostos(novinculados)eosquepossuemnaturezadetaxas(vinculados).Paraosadeptosdateoria,tantoostributosqueodireitobrasileirodenominataxas,quantoaquelesoficialmentetratadoscomocontribuiesdemelhoria,teriamnaturezadetaxas,porqueigualmentevinculadosaumaatividadeestatal.

    Aclassificaoesposadapordoutrinaminoritriae,apesardenoserseguidaformalmentepelodireitobrasileiro, foiobjetodequestodaprovadoconcursoparaProcuradorFederal,aplicadapeloCESPE em 2006. A banca, expressamente invocando a teoria dualista, considerou correta a seguinteassertiva: NoSistemaTributrioNacional, para efeitos didticos, os tributos so divididos em duasclasses:tributosquetmnaturezadeimpostos,ouseja,novinculadosaumacontraprestaoestataletributosquetmnaturezadetaxa,compostapelostributosvinculadosaumacontraprestaoestatal.

    De qualquer forma, se adotada a teoria tripartida, como o faz o Cdigo Tributrio Nacional, oproblemada identificaodanatureza jurdicaespecficado tributoestaria resolvido.Seo tributo forno vinculado, um imposto; se for vinculado, ou taxa ou contribuio de melhoria. Como o fatogerador desta contribuio inconfundvel (valorizao imobiliria decorrente de obra pblica), aclassificaoestariaimuneaequvocos.

    Esquematicamente,a infalvel tcnicadeidentificaodanaturezajurdicadostributospoderiaservisualizadadaseguinteforma:

  • a)

    b)

    Todavia, apesar de tecnicamente superior, a doutrina adotada pela escola tricotmica traz algunsproblemasprticos,inviabilizando,porvezes,algumasmanobrasqueamalsinadasedearrecadatriadoEstadopareceexigir.Doisexemplosratificamaafirmao:

    apsaEmendaConstitucional33,aConstituiopassouapreverque,comexceodoICMS,doIIedoIE,nenhumoutroimpostoantessefalavanenhumoutrotributopoderincidirsobrealgumas operaes, dentre elas as relativas a combustveis no Pas (CF, art. 155, 3.). Oprincipalobjetivodaalterao foipossibilitara incidnciadadenominadaCIDE-combustveis(CF, art. 177, 4.). Na linha da escola tricotmica, a manobra no seria possvel, pois talcontribuio, tendo por fato gerador uma situao independente de qualquer atividade estatalespecficarelativaaocontribuinte,seriaumimposto;eacobrana,inconstitucional.entendimentopacficoe sumuladodoSTFqueoserviode iluminaopblicanopodeserremunerado mediante taxa (Enunciado da Smula Vinculante 41). A fundamentao para oposicionamentoqueoservio,sendodecartergeral(utiuniversi),ouseja,prestadoapessoasindeterminadas (ou, aomenos, indeterminveis), no atende aos requisitos de especificidade edivisibilidade, devendo ser remunerado com a arrecadao dos impostos.Visando a driblar oentendimento, foi promulgada a EC 39/2002, que conferiu competncia aos Municpios e aoDistrito Federal para instituir uma contribuio para o custeio do servio de iluminaopblica.Novamente,na linhadaescola tricotmica,acobranaseria impossvel,umavezque,

  • emvirtudedeofatogeradordaexaoserumaatividadeestatal(serviodeiluminaopblica),o tributo vinculado, no podendo ser considerado imposto. Tambm no seria possvelconsider-loumacontribuiodemelhoria,que temfatogeradorpeculiar.Restariadizerqueanovaexaoavelhataxadeiluminaopblica,travestidanumaroupagemdecontribuio.Tambmaquipairariaasuspeitadeinconstitucionalidade,pois,apesardeaprevisodecorrerdeEmendaConstituio,seriaplausvelatesedequeviolarialimitaoconstitucionalaopoderdetributar e garantia individual do contribuinte consistente na impossibilidade de cobrana detributodestinadoespecificamenteacustearserviopbliconoespecficoouindivisvel.

    Assim, v-se que a adoo da pentapartio das espcies tributrias, antes de ser tecnicamentesofrvel,bastanteconvenienteaosinteressesarrecadatriosestatais.

    Nesse ponto, surge um problema difcil de contornar. Ao comparar as contribuies parafinanciamentodaseguridadesocialathojecriadascomosimpostos,percebe-sequeosfatosgeradoresnoservemparadistinguirasduasfigurastributrias(porexemplo,ofatogeradordoImpostodeRendadasPessoasJurdicasIRPJpraticamenteidnticoaodaContribuioSocialsobreoLucroLquidoCSLL), as diferenas perceptveis so, apenas, o nome ea destinao do produto da arrecadao.Contudo,ambossocritriosconsideradosirrelevantespelocitadoart.4.doCTN.

    A nica maneira de diferenci-los e de salvar a teoria da pentapartio considerar que anormatividade do art. 4. foi parcialmente no recepcionada pela Constituio Federal de 1988, nosendomaisaplicvelscontribuiesespeciaiseaosemprstimoscompulsrios(estesssedistinguemdas demais espcies pelo fato de serem ou, ao menos, deverem ser restituveis pelo destino daarrecadao).

    Umltimoaspectodignodenota.EmvirtudedeaConstituioFederal,noart.145,2.,proibirqueastaxastenhambasesdeclculoprpriasdeimposto,pode-seconcluirque,almdofatogerador,torna-senecessrio,tambm,avaliarabasedeclculoparadecifrarsuanaturezajurdica.Dessaforma,umcotejoentrebasedeclculoefatogeradoromelhormtodoparaodeslindedaquesto.

    Em concurso pblico, a questo dos aspectos a serem considerados para identificar a naturezajurdicaespecficadotributotemsidocobradadetrsformas:

    1.Demaneiraliteral.Exemplo:

    (ESAF/PROCURADORFORTALEZA/2002) Paraconhecimentodanaturezaespecficadasdiversasespcies tributriasprevistasnoSistemaTributrioNacional,essencialoexamedofatogeradordarespectivaobrigao,tendoemvistaque,luzdoCdigoTributrioNacional,anaturezajurdicaespecficadotributodeterminadapelofatogeradordarespectivaobrigao, sendo irrelevantes para qualific-la: a denominao e demais caractersticas formais adotadas pela lei e adestinaolegaldoprodutodasuaarrecadao.(CERTO)

    2.Fazendoumaanlisecombinadadoart.145,2.,daCFcomoart.4.doCTN.Exemplo:

    (PROCURADORDOESTADORN/2002)Anaturezajurdicaespecficadeumtributodadapelocotejoentreoseufatogeradoreasuabasedeclculo.(CERTO)

    3. Em questes de nvel mais elevado, exigindo que o candidato conhea que a adoo da

  • 1.4.2

    classificao pentapartida dos tributos, como faz o direito brasileiro, implica, necessariamente, ainaplicabilidade s contribuies especiais e aos emprstimos compulsrios do art. 4. do CTN.Exemplo:

    (CESPE/JUIZFEDERAL/TRF5/2006)ConsoanteoCTN,anatureza jurdicaespecficado tributodeterminadapelo fatogeradordarespectivaobrigao,sendoirrelevantes,paraqualific-la,tantoadenominaoedemaiscaractersticasformaisadotadaspela lei quantoadestinao legaldoprodutodasuaarrecadao.Todavia, comoadventodaConstituiode1988, os emprstimos compulsrios e as contribuies sociais assumiram o status de espcies tributrias. Algumasdessas exaes, todavia, tm fato gerador idntico ao dos impostos, o que torna inaplicvel a citada regra do CTN.(CERTO)

    Osimpostos

    Como dito anteriormente, os tributos podem ser vinculados ou no vinculados, dependendo danecessidade ou no de o Estado realizar alguma atividade especfica relativa ao contribuinte paralegitimar a cobrana. Quando o tributo vinculado, o ente tributante competente para institu-lo justamenteaquelequerealizaarespectivaatividadeestatal.Assim,quemrealizaaobradaqualdecorrevalorizao imobiliria cobra a contribuiodemelhoria; quemprestao serviopblico especfico edivisvelouexerceopoderdepolciacobraataxa.

    Os impostos so, por definio, tributos no vinculados que incidem sobre manifestaes deriqueza do sujeito passivo (devedor). Justamente por isso, o imposto se sustenta sobre a ideia dasolidariedadesocial. As pessoas quemanifestam riqueza ficam obrigadas a contribuir com o Estado,fornecendo-lheosrecursosdequeesteprecisaparabuscaraconsecuodobemcomum.Assim,aquelesque obtm rendimentos, vendem mercadorias, so proprietrios de imveis em rea urbana, devemcontribuirrespectivamentecomaUnio(IR),comosEstados(ICMS)ecomosMunicpios(IPTU).Estesentesdevemusar tais recursosembenefciode todaa coletividade,de formaqueosmanifestantesderiqueza compulsoriamente se solidarizem com a sociedade. Em resumo, as taxas e contribuies demelhoriatmcarterretributivo(contraprestacional)eosimpostos,cartercontributivo.

    importante perceber que os impostos no incorporam, no seu conceito, a destinao de suaarrecadaoaestaouquelaatividadeestatal.Alis,comoregra,avinculaodesuareceitaargo,fundo ou despesa proibida diretamente pela Constituio Federal (art. 167, IV). Portanto, alm deserem tributosnovinculados, os impostos so tributos de arrecadao no vinculada. Sua receitapresta-se ao financiamento das atividades gerais do Estado, remunerando os serviosuniversais (utiuniversi) que, por no gozarem de referibilidade (especificidade e divisibilidade), no podem sercusteadosporintermdiodetaxas.

    AcompetnciaparainstituirimpostosatribudapelaConstituioFederaldemaneiraenumeradaeprivativaacadaentefederado.Assim,aUniopodeinstituirosseteimpostosprevistosnoart.153(II,IE,IR,IPI,IOF,ITReIGF);osEstados(eoDF),ostrsprevistosnoart.155(ITCMD,ICMSeIPVA);osMunicpios(eoDF),ostrsprevistosnoart.156(IPTU,ITBIeISS).Emprincpio,essaslistassoexaustivas (numerus clausus); entretanto, a Unio pode instituir, mediante lei complementar, novosimpostos,desdequesejamnocumulativosenotenhamfatogeradoroubasedeclculoprpriosdos

  • 1.4.2.1

    discriminadosnaConstituioFederal(art.154,I).achamadacompetnciatributriaresidual,quetambm existe para a criao de novas fontes destinadas a garantir a manuteno ou expanso daseguridadesocial(art.195,4.).Emambososcasos,ainstituiodependedeleicomplementar,oqueimpossibilitaautilizaodemedidasprovisrias(CF,art.62,1.,III).

    Almdacompetnciaresidual,aUniodetmacompetnciaparacriar,naiminnciaounocasodeguerraexterna,impostosextraordinrios,compreendidosounoemsuacompetnciatributria(CF,art.154,II).

    Nousodessacompetncia,denominadaextraordinria,aUniopoderdelinearcomofatogeradordos Impostos Extraordinrios de Guerra IEG praticamente qualquer base econmica no imune,inclusiveasatribudasconstitucionalmenteaosEstados,MunicpioseDistritoFederal(arts.155e156).Assim, seria possvel, em caso de guerra externa ou sua iminncia, a instituio de um ICMSextraordinrio federal.Noseriaumcasode invasodecompetnciaestadual,poisaUnioestariausandocompetnciaprpria,expressamenteatribudapelaConstituioFederal.Tem-se,aqui,onicocasodebitributao(cobranadomesmotributo,sobreomesmofatogerador,pordoisentestributantesdiversos) constitucionalmente autorizada.Dessa forma, possvel afirmar que, no tocante a impostos,somenteaUniopossuicompetnciatributriaprivativaabsoluta,pois,nocasodeguerraexternaousua iminncia, est autorizada a tributar as mesmas bases econmicas atribudas aos demais entespolticos.

    Portanto,acompetnciaprivativaparaacriaodeimpostospodeservisualizadadaseguinteforma:

    ORDINRIA EXTRAORDINRIA RESIDUAL

    IPTU,

    ITBI,

    ISS

    ITCMD,

    ICMS,

    IPVA

    II,

    IE,

    IR,

    IPI,

    ITR,

    IOF,

    IGF

    Impostosextraordinrios

    deguerra

    Novosimpostos

    Requisitos:

    -leicomplementar;

    -novosFatosGeradores

    eBasesdeClculo;

    -nocumulat ividade.

    Municpios(CF,art .156) Estados(CF,art .155) Unio

    (CF,arts.153e154,IeII)DFcompetnciacumulat iva(CF,art .147)

    Acriaodosimpostos

    AConstituioFederalnocria tributos, apenas atribui competnciaparaqueos entespolticosofaam.Damesmaformaqueospenalistasdizemquenohcrimesemleianteriorqueodefina,pode-seafirmarquenohtributosemleianteriorqueodefina.Assim,apesardeaConstituioFederalatribuir Unio a competncia para a criao do imposto sobre grandes fortunas (art. 153, VII), a inrcialegislativafazcomqueessetributonoexistanoatualordenamentojurdico.

  • 1.4.2.2

    Enfim,paraquesejamcriados tributos,oente tributantedeveeditar lei (ouatonormativode igualhierarquia, diga-se, Medida Provisria) instituindo-os abstratamente, ou seja, definindo seus fatosgeradores,basesdeclculo,alquotasecontribuintes.

    No tocante a impostos, todavia, a Constituio Federal exige que lei complementar de carternacionaldefinaosrespectivosfatosgeradores,basesdeclculoecontribuintes(art.146,III,a).Paraestaespcietributria,aamplitudedaautonomialegislativadesfrutadapelosentestributantesmenor,vistoquecondicionadaporlegislaonacional.Tudoissovisaaassegurarauniformidadedaincidnciatributriaemtodooterritrionacional,deformaadarconcretudeaoprincpiodaisonomia.

    Apesar disso, importante ressaltar que o STF entende aplicvel ao exerccio da competnciatributria a regra de que, quando aUniodeixa de editar normas gerais, osEstados podemexercer acompetncia legislativaplena, conformedispeoart.24,3.,daCF (RE191.703-AgR/SP).OcasosubmetidoaoTribunalreferia-seaoIPVA,que,portersidoprevistoapenasnaConstituioFederalde1967(EmendaConstitucional27/1985),sequerfoimencionadonoCTN,editadoumanoantes.

    Osimpostoseoprincpiodacapacidadecontributiva

    Deacordocomoart.145,1.,daCF, semprequepossvel,os impostos terocarterpessoaleserograduadossegundoacapacidadeeconmicadocontribuinte,facultadoadministraotributria,especialmenteparaconferirefetividadeaessesobjetivos,identificar,respeitadososdireitosindividuaisenostermosdalei,opatrimnio,osrendimentoseasatividadeseconmicasdocontribuinte.

    Tecnicamenteteriasidomelhorolegisladorconstituintetersereferidocapacidadecontributivaenocapacidadeeconmicadocontribuinte.Istoporquequemmanifestariquezademonstracapacidadeeconmica,massvezestalriquezanopodeseratingidapelopoderdetributardoEstado.Socasosemqueacapacidadeeconmicanocoincidecomacapacidadecontributiva.A ttulode exemplo,omilionrioturistaamericanoquepassafriasnoBrasilpossuicapacidadeeconmica,masnopodeterseusrendimentostributadosnopas,nopossuindo,porconseguinte,capacidadecontributiva.

    Aredaoadotada,contudo,apesardenoseramaisprecisa,noserevelaerrada,umavezque,aoqualificaracapacidadeeconmicacomaexpressodocontribuinte,olegisladorconseguiu,porviatransversa,preveratributaocombasenacapacidadecontributiva.

    Olegisladorconstituinte,naredaododispositivo,adotouaclassificaodosimpostoscomoreaisoupessoais.Assim,soreaisosimpostosque,emsuaincidncia,nolevamemconsideraoaspectospessoais, aspectos subjetivos. Ou seja, incidem objetivamente sobre determinada base econmica,incidemsobrecoisas.Attulodeexemplo,tm-seoIPTU,oIPVA,oITR,oIPI,oICMS.Dessaforma,seumsujeitopassaumanointeirojuntandodinheiroparacomprarosonhadotelevisor,vaipagar,embutidonopreo,omesmovalordeICMSqueomilionrioadquirentedeumaparelhoidnticoparaoquartodaempregada.Ao contrrio, sopessoais os impostos que incidem de forma subjetiva, considerando osaspectos pessoais do contribuinte. Nessa linha de raciocnio, a incidncia do imposto de renda personalizada,levandoemcontaaquantidadededependentes,osgastoscomsade,comeducao,comprevidnciasocialetc.

  • 1.4.3

    Olegisladorordinrio,aoelaborarasleisqueinstituamimpostos,deveobrigatoriamenteverificarapossibilidadedeconferircarterpessoalaotributo.Havendoviabilidade,apessoalidadeobrigatria.A finalidade clara do dispositivo dar concretude ao princpio da isonomia, tratando diferentementequem diferente, na proporodas diferenas (desigualdades) existentes. umamaneira de buscar ajustiasocial(redistribuirrenda)utilizando-sedajustiafiscal(pagamaisquempodepagarmais).

    AConstituionoimpeaaplicaodoprincpioatodosostributos,masapenasaosimpostos,esomentequandopossvel.

    Justamenteporisso,oCESPE,noconcursoparaProcuradorFederal,realizadoem2002,consideroucorretaaseguinteassertiva:Emboraoprincpiodaisonomiaaplique-setambmesferatributriaeseaproximeemmuitodoprincpiodacapacidadecontributiva,nemtodosostributossodelineadosnaleiemfunodacapacidadeeconmicadoscontribuintes.

    Namesma linha de raciocnio, a ESAF, no concurso para Procurador doMunicpio de Fortaleza,tambm realizado em 2002, considerou incorreta, por tentar submeter regra todas as espciestributrias, a assertiva: Em consonncia com os princpios gerais ditados pelaConstituio Federal,referentesaoSistemaTributrioNacionalsemprequepossvel,ostributosterocarterpessoaleserograduadossegundoacapacidadeeconmicadocontribuinte(grifou-se).

    J aFundaoCarlosChagas, seguindo a literalidade, tem sidomais incisiva e, no concursoparaAdvogadodaDESENBAHIA,nomesmoanode2002,consideroucorretaaafirmao:certoqueoprincpio da capacidade contributiva encontra-se intrinsecamente ligado ao da igualdade t