15 direito tributário - sistematização de pontos de tributário para tj_s

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DIREITO TRIBUTÁRIO DIREITO TRIBUTÁRIO (Ponto 15) --------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------- 15 - Administração tributária: Fiscalização, sigilo, auxílio da força pública, excesso de exação. Dívida ativa: inscrição, presunção de certeza e de liquidez e consectários. Certidões negativas. Secretaria da Receita Federal. --------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------- 1. ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA: Conceito: é conjunto de ações e atividades integradas e complementares entre si (da administração pública tributária) que objetivam garantir o cumprimento pela sociedade (especialmente contribuintes, mas não só eles), da legislação tributária (ou seja, das regras tributárias), através de determinados mecanismos como a presença da fiscalização tributária, ora facilitando o cumprimento das obrigações tributárias, ora criando e mantendo no contribuinte a percepção do risco (medo) sobre um provável inadimplemento (descumprimento das obrigações tributárias). Kiyoshi Harada: “administração tributária é a atividade do poder público voltada para a fiscalização e arrecadação tributária, (...) que objetiva verificar o cumprimento das obrigações tributárias, (...) deflagrar a cobrança coativa e expedir a certidões comprobatórias da situação fiscal do sujeito passivo”. Fundamento: essas ações estão juridicamente fundamentadas na legislação tributária (leis e normas diversas) e materialmente por num sistema de informações fornecidos pelo Fisco e pelos próprios contribuintes e terceiros, mediante varias modalidades de declaração. Princípios gerais da Administração tributária: na Administração Pública prevalece o regime jurídico de Direito Públicos, com a consequente indisponibilidade do interesse público, legitimando a Administração Tributária a exercer adequado exercício de suas funções, mas preservando os direitos dos administrados. Nesse sentido, as prerrogativas servem não como privilégios, mas como um poder-dever (ônus) para o fiel cumprimento dos deveres legais e institucionais. Podemos citar como princípios: (a) Legalidade; (b) supremacia do interesse público; (c) indisponibilidade do interesse público; (d) impessoalidade; (e) presunção relativa de validade ou legalidade; (f) proporcionalidade; (g) procedimentos fiscalizatórios adequados. .

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DIREITO TRIBUTRIO

DIREITO TRIBUTRIO (Ponto 15)----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------15 - Administrao tributria: Fiscalizao, sigilo, auxlio da fora pblica, excesso de exao. Dvida ativa: inscrio, presuno de certeza e de liquidez e consectrios. Certides negativas. Secretaria da Receita Federal.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------1. ADMINISTRAO TRIBUTRIA: Conceito: conjunto de aes e atividades integradas e complementares entre si (da administrao pblica tributria) que objetivam garantir o cumprimento pela sociedade (especialmente contribuintes, mas no s eles), da legislao tributria (ou seja, das regras tributrias), atravs de determinados mecanismos como a presena da fiscalizao tributria, ora facilitando o cumprimento das obrigaes tributrias, ora criando e mantendo no contribuinte a percepo do risco (medo) sobre um provvel inadimplemento (descumprimento das obrigaes tributrias).Kiyoshi Harada: administrao tributria a atividade do poder pblico voltada para a fiscalizao e arrecadao tributria, (...) que objetiva verificar o cumprimento das obrigaes tributrias, (...) deflagrar a cobrana coativa e expedir a certides comprobatrias da situao fiscal do sujeito passivo.Fundamento: essas aes esto juridicamente fundamentadas na legislao tributria (leis e normas diversas) e materialmente por num sistema de informaes fornecidos pelo Fisco e pelos prprios contribuintes e terceiros, mediante varias modalidades de declarao.Princpios gerais da Administrao tributria: na Administrao Pblica prevalece o regime jurdico de Direito Pblicos, com a consequente indisponibilidade do interesse pblico, legitimando a Administrao Tributria a exercer adequado exerccio de suas funes, mas preservando os direitos dos administrados. Nesse sentido, as prerrogativas servem no como privilgios, mas como um poder-dever (nus) para o fiel cumprimento dos deveres legais e institucionais. Podemos citar como princpios: (a) Legalidade; (b) supremacia do interesse pblico; (c) indisponibilidade do interesse pblico; (d) impessoalidade; (e) presuno relativa de validade ou legalidade; (f) proporcionalidade; (g) procedimentos fiscalizatrios adequados.Tpicos norteadores: as atividades desenvolvidas pela administrao tributria podem ser divididas em 3 tpicos norteadores:ADMINISTRAO TRIBUTRIAFISCALIZAO identificar o cumprimento das obrigaes tributrias;

DVIDA ATIVA fase de cobraa judicial do tributo exequvel;

CERTIDO documentos atestadores da situao fiscal do contribuinte.

1.1. FISCALIZAO: Conceito: a ao estatal (da Administrao tributria) que busca identificar o cumprimento ou no, das obrigaes tributrias, e punir o comportamento violador, e ao mesmo tempo, em carter pedaggico, dissuadir o contribuinte omisso no inadimplemento obrigacional. Jos Jayme de Macdo Oliveira: a fiscalizao ato de empreender exame e verificao, de controlar a execuo ou funcionamento, tudo com vistas ao fiel atendimento das obrigaes tributrias a cargo dos contribuintes.Fundamento: A fiscalizao um poder-dever cometido s entidades impositoras dos tributos outorgada pela Constituio Federal e autorizada pelo CTN. Nada mais bvio que as prprias entidades polticas (sujeito ativo) titulares dos crditos, tenham o direito e o dever de verificar se as normas legais que lhe conferem o crdito esto sendo cumpridas pelo sujeito passivo:CF Arts. 145 e 150 CF/88 O poder de fiscalizar decorre do prprio poder de instituir e tributar previsto na CF.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------CTN - Art. 194: estabelece a competncia e os poderes das autoridades administrativas que exercem a funo fiscalizatria e que esto adstritos s regras da legislao tributria.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Art. 194. A legislao tributria, observado o disposto nesta Lei, regular, em carter geral, ou especificamente em funo da natureza do tributo de que se tratar, a competncia e os poderes das autoridades administrativas em matria de fiscalizao da sua aplicao.Pargrafo nico. A legislao a que se refere este artigo aplica-se s pessoas naturais ou jurdicas, contribuintes ou no, inclusive s que gozem de imunidade tributria ou de iseno de carter pessoal.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Aspectos a serem considerados no artigo 194 e pargrafo nico:1) Expresso legislao tributria: compreende o conjunto de leis tributrias, decretos e instrues regulamentares, portarias, pareceres normativos, ordens de servio e demais atos administrativos tributrios. No entanto, a interpretao do dispositivo deve obedecer ao princpio da estrita legalidade, de modo que s a lei tributria pode conferir competncia para fiscalizar e impor obrigaes principais, cabendo s demais regras dispor sobre aspectos procedimentais, ou simples obrigaes acessrias.2) Regular, em carter geral, ou especificamente em funo da natureza do tributo de que se tratar, a competncia e os poderes das autoridades administrativas em matria de fiscalizao da sua aplicao Regular em carter geral aplicar a lei a todos de forma generalizada. Especificamente reduzir seu campo de aplicao a casos determinados. Segundo o art. 194, essa escolha entre o carter geral ou especifico da fiscalizao (competncia e poderes das autoridades sobre fiscalizao), deve ser feito em razo da natureza do tributo e no de forma aleatria.3) A legislao a que se refere este artigo aplica-se s pessoas naturais ou jurdicas, contribuintes ou no, inclusive s que gozem de imunidade tributria ou de iseno de carter pessoal a legislao sobre fiscalizao tem aplicao generalizada, de modo que, ela todos devem se submeter: (a) Pessoas naturais a despeito de sua capacidade tributria ou civil (art. 126, I CTN); (b) Pessoas jurdicas independente de sua regularidade (art. 126, III, CTN); (c) Contribuintes ou no; (d) Empresas imunes (art. 14, III, CTN); (e) Empresas isentas (art. 175, nico, CTN);Embora a lei d essa amplitude de competncia fiscalizatria administrao tributria, ela deve ser fiel ao campo de interesse da Administrao, sem promover a extrapolao da sua competncia administrativa. Luciano Amaro ressalta a necessidade de haver pertinncia entre o trabalho da fiscalizao e a situao da pessoa fiscalizada.Obs.1:No confunda o caput do art. 194 que fala que a Legislao tributria regular o carter geral ou especfico da competncia e poderes das autoridade (destinado ao sujeito ativo), com o pargrafo nico, do art. 194 que diz que a legislao sobre fiscalizao se aplica a todos (destinado ao sujeito passivo). Obs.2:STJ A lei pode impor obrigaes acessrias s empresas, ainda que no sejam contribuinte do tributo (REsp. 89.967/RJ, 2 T. rel. Min. Ari Pargendler, j. 28-04-1998).-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------CTN - Art. 195: estabelece a obrigao do contribuinte de exibir seus controles fiscais e contbeis fiscalizao:- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Art. 195. Para os efeitos da legislao tributria, no tm aplicao quaisquer disposies legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigao destes de exibi-los.Pargrafo nico. Os livros obrigatrios de escriturao comercial e fiscal e os comprovantes dos lanamentos neles efetuados sero conservados at que ocorra a prescrio dos crditos tributrios decorrentes das operaes a que se refiram.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Aspectos a serem considerados no artigo 195 e pargrafo nico:1) Expresso no tm aplicao quaisquer disposies legais: tem o efeito de anular qualquer restrio legal ou infralegal ao poder-dever que tem a autoridade fiscal de examinar quaisquer livros, papeis, ou documentos fiscais ou comerciais do sujeito passivo.2) Expresso examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papis e efeitos comerciais ou fiscais: (2.1.) a fiscalizao abrange todos esses materiais sejam eles comerciais, fiscais ou que possuam tais efeitos; (2.2.) mercadorias, livros, arquivos, documentos, papis so todos os materiais compreendidos e necessrios aos pontos objeto da investigao fiscalizao. Assim determinou o STF em sua smula 439: Esto sujeitos fiscalizao tributria ou previdenciria quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigao.3) Pargrafo nico prazo para conservao de documentos obrigatrios: at que ocorra a prescrio dos crditos tributrios das operaes a que se refiram. - O dispositivo, no estabeleceu o prazo prescricional de 5 anos previsto no art. 174 do CTN, uma que a prescrio pode sofrer interrupo, que tornaria sem sentido o dispositivo.Luciano Amaro: a meno do CTN prescrio abrange a decadncia.4) Medidas coercitivas de exigncia do tributo: so inadmissveis segundo o STF. (a) STF - Smula 70; (b) STF - Smula 323; (c) STF - Smula 547.5) Recusa do contribuinte exibio de seus livros e papis autoridades fiscal: vislumbram-se trs possibilidades, que podem ocorrer simultaneamente: (I) O lanamento por arbitramento (art. 14, CTN): Nesse caso, ante a inrcia do contribuinte em detrimento do errio, a Administrao lana mo de uma presuno em matria tributria, logo, s admitida no curso do processo administrativo, que garanta seu direito ampla defesa; (II) Incorrer em crime contra a ordem tributria (art. 1, I da lei 8.137/90); (III) Incorrer nas penas do art. 330 do Cdigo Penal: 6) Lei posterior ocorrncia do fato gerador, ampliando os poderes de investigao das autoridades fiscais analisando o teor do 1, do art. 144 do CTN, temos duas situaes a se considerar:Art. 144. (...) 1 Aplica-se ao lanamento a legislao que, posteriormente ocorrncia do fato gerador da obrigao, tenha institudo novos critrios de apurao ou processos de fiscalizao, ampliado os poderes de investigao das autoridades administrativas, ou outorgado ao crdito maiores garantias ou privilgios, exceto, neste ltimo caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributria a terceiros.Primeira situao se a nova lei posterior ao fato gerador e que institui novos processos de fiscalizao, ampliando os poderes de investigao das autoridades administrativas, regular procedimentos, prerrogativas ou formalidades adstritos atividade do lanamento, sem alterar, criar ou extinguir direitos materiais (como os elementos estruturais da obrigao tributrias: hiptese de incidncia, base de calculo, alquota, sujeio passiva e fato gerador), ela pode ser aplicada de imediato e aos casos em andamento (como as normas processuais em geral). Isto porque, aspectos formais ou procedimentais que cercam o lanamento no influem, com poder de deciso, ao ponto de afastar a lei vigente poca do lanamento, de modo a determinar a aplicao da lei pretrita vigente no momento no fato gerador.Neste ponto cabe uma observao: a aplicao imediata da lei no necessariamente se confunde com a retroatividade da lei. Dessa distino, resulta o entendimento que, quando se est falando de um modo geral do 1, art. 144, CTN, trata-se do carter retroativo da lei (mantendo-se os aspectos materiais regidos pela lei da data do fato gerador), e quando se est diante da instituio de critrios ou aspectos meramente formais, seria caso de aplicabilidade imediata e no hiptese de aplicao retroativa da lei.STJ - (...) com base no art. 144, 1, do CTN, inferindo-se, desse dispositivo, que as leis tributrias procedimentais ou formais tm aplicao imediata (EDcl. No AgRG no REsp. 558.633/PR, 1. T. rel. Min. Francisco Falco, j. 06-12-2005).Segunda situao - se a nova lei posterior ao fato gerador e que institui novos processos de fiscalizao, ampliando os poderes de investigao das autoridades administrativas, regular procedimentos, prerrogativas ou formalidades adstritos atividade do lanamento, alterando, criando ou extinguindo direitos materiais (como os elementos estruturais da obrigao tributrias: hiptese de incidncia, base de calculo, alquota, sujeio passiva e fato gerador), ela NO PODER ser aplicada de imediato e NEM aos casos em andamento. 7) Artigos importantes do CC sobre livros obrigatrios: Arts. 1.179, 1.180, 1.190, 1.191, 1.192, 1.193, 1.194.Conservao de livros em microfilmes: segundo o STJ, a conservao dos livros apenas em microfilmes, no atende exigncia do art. 195 do CTN, devendo os mesmo serem mantidos at a prescrio dos crditos tributrios respectivos (REsp. 63.585).8) Escritrio de contabilidade e a delimitao do conceito de casa (art. 5, XI, CF/88): para o STF o conceito constitucional ampliativo, e comporta qualquer compartimento privado no aberto ao pblico, onde algum exerce profisso ou atividade, como escritrio profissional. Trata-se da aplicao do princpio constitucional da inviolabilidade do domiclio, do direito intimidade frente ao poder de polcia conferida administrao tributria. Portanto, a administrao tributria, mesmo com fora policial, no pode sem autorizao judicial, ingressar em escritrio de contabilidade contra a vontade de seu titular, para apreender documentos, livros, registros fiscais e contbeis e memria de computadores.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------CTN - Art. 196: estabelece que as diligncias de fiscalizao sero documentadas para que se identifique o incio do procedimento e fixe o prazo mximo para sua concluso. , portanto, procedimento (e ato) formal.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligncias de fiscalizao lavrar os termos necessrios para que se documente o incio do procedimento, na forma da legislao aplicvel, que fixar prazo mximo para a concluso daquelas.Pargrafo nico. Os termos a que se refere este artigo sero lavrados, sempre que possvel, em um dos livros fiscais exibidos; quando lavrados em separado deles se entregar, pessoa sujeita fiscalizao, cpia autenticada pela autoridade a que se refere este artigo.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Aspectos a serem considerados no artigo 196 e pargrafo nico:1) Publicidade da ao fiscalizatria art. 37, CF/88: a ao fiscal ato pblico que se projeta sobre o lanamento, que ato administrativo vinculado (art. 3, CTN). Disso resulta que a atividade fiscalizatria obedece a formalidades, como a reduo a termo e obedincia a prazo mximo para sua concluso.Decreto n. 70.235/72, (que regula em rbita federal o processo administrativo de determinao e exigncia de crditos tributrios da Unio), em seu art. 7, 2, estabelece o prazo mximo de 60 dias, prorrogveis por igual perodo, para a durao do procedimento de fiscalizao.2) Pargrafo nico - Incio da fiscalizao e o prazo de sua concluso: se d por meio de um registro feito no livro fiscal do prprio sujeito passivo ou em documento separado.3) Importncia da fixao dos prazos de incio e fim da fiscalizao: serve para nortear a decadncia (art. 173, nico, CTN) e a denncia espontnea (art. 138, nico, CTN).DECADNCIA: aqui o termo inicial da ao fiscalizatria, funciona como uma antecipao para a contagem do prazo decadencial (nos moldes do nico do art. 173, CTN), ou seja, o prazo prescricional que somente seria contado a partir do 1 dia do exerccio seguinte quele em que o lanamento poderia ter sido efetuado (inc. I, do art. 173, CTN), passa a ser efetivamente contado antes, na data da providncia preparatria de constituio do crdito tributrio (ao fiscalizatria). Vejamos o teor do art. 173 do CTN:Art. 173. O direito de a Fazenda Pblica constituir o crdito tributrio extingue-se aps 5 (cinco) anos, contados: (...)I - do primeiro dia do exerccio seguinte quele em que o lanamento poderia ter sido efetuado;II - da data em que se tornar definitiva a deciso que houver anulado, por vcio formal, o lanamento anteriormente efetuado.Pargrafo nico. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituio do crdito tributrio pela notificao, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatria indispensvel ao lanamento.Exemplo prtico:1. Regra geral do inciso I do art. 173: O direito de a Fazenda Pblica constituir o crdito tributrio extingue-se aps 5 (cinco) anos, contados: do primeiro dia do exerccio seguinte quele em que o lanamento poderia ter sido efetuado.

1 dia do exerccio seguinte, portanto ano de 2011, comea a contar o prazo decadencial, para constituir o crdito tributrio.Fato gerador ocorrido em fevereiro de 2010

Exerccio de 2011Exerccio de 2010

2. Regra especial do pargrafo nico do art. 173:O direito de a Fazenda Pblica constituir o crdito tributrio extingue-se aps 5 (cinco) anos, contados: O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituio do crdito tributrio pela notificao, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatria indispensvel ao lanamento.A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligncias de fiscalizao lavrar os termos necessrios para que se documente o incio do procedimento, na forma da legislao aplicvel, que fixar prazo mximo para a concluso daquelas. Os termos a que se refere este artigo sero lavrados, sempre que possvel, em um dos livros fiscais exibidos; quando lavrados em separado deles se entregar, pessoa sujeita fiscalizao, cpia autenticada pela autoridade a que se refere este artigo (Art. 196 e nico).Ocorre a notificao do contribuinte de uma medida preparatria de lanamento, a temos:

ABRIL DE 2010 - NOTIFICAO DO CONTRIBUINTE de uma medida de lanamento: E daqui que se dar a contagem do prazo decadencial e no mais conforme o inc. I.Fato gerador ocorrido em fevereiro de 2010

Exerccio de 2011Exerccio de 2010

Note que, caso a contagem do prazo decadencial j tenha sido iniciada, por conta do inc. I do art. 173 do CTN, a medida preparatria do nico do art. 173, no ir interromper ou suspender o prazo decadencial j iniciado.DENNCIA ESPONTNEA: outro aspecto a ser considerado quanto ao termo inicial da ao fiscalizatria, que serve para a denncia espontnea (art. 138, CTN), isto porque, para que ela seja considerada vlida necessrio que seja oferecida antes do incio de qualquer procedimento administrativo fiscal, que se j tiver iniciado: (1) excluir a espontaneidade do sujeito passivo em relao aos atos anteriores, e a de terceiros envolvidos nas infraes verificadas, (2) torna ineficaz eventual consulta que venha a ser formulada, naquilo que tiver sido de fiscalizao.Art. 138. A responsabilidade excluda pela denncia espontnea da infrao, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depsito da importncia arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apurao.Pargrafo nico. No se considera espontnea a denncia apresentada aps o incio de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalizao, relacionados com a infrao.Portanto, ocorrendo qualquer medida de fiscalizao ou simples notificao feita pela autoridade fiscal, solicitando para que livros fiscais sejam exibidos dentro do prazo estabelecido em lei, este fato, j pes fim ao direito espontaneidade da confisso tributria do sujeito passivo.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------CTN - Art. 197: estabelece a obrigao das pessoas citadas de prestarem informaes quando solicitadas, mediante intimao escrita e independentemente de ordem judicial, a respeito de terceiros por interesse da fiscalizao.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Art. 197. Mediante intimao escrita, so obrigados a prestar autoridade administrativa todas as informaes de que disponham com relao aos bens, negcios ou atividades de terceiros: I - os tabelies, escrives e demais serventurios de ofcio; II - os bancos, casas bancrias, Caixas Econmicas e demais instituies financeiras; III - as empresas de administrao de bens; IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais; V - os inventariantes; VI - os sndicos, comissrios e liquidatrios; VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razo de seu cargo, ofcio, funo, ministrio, atividade ou profisso.Pargrafo nico. A obrigao prevista neste artigo no abrange a prestao de informaes quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razo de cargo, ofcio, funo, ministrio, atividade ou profisso.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Aspectos a serem considerados no artigo 197 e pargrafo nico:1) Intimao escrita de ndole administrativa e no judicial. Observe que o CTN claro ao dizer que a intimao escrita necessria para as pessoas enumeradas nos incisos de I a VI, independentemente de edio lei ordinria que as obrigue. Contudo, conforme o inc. VII, para quaisquer outras pessoas ou entidades no previstas naqueles incisos h a necessidade de lei.2) Pargrafo nico resguarda o sigilo profissional, vedando a quebra do sigilo, a prestao de informaes, mesmo que intimadas administrativamente (advogados, mdicos, psiclogos, sacerdotes), j que se tornam depositrias de confidncias.3) Observe ainda que o inc. I autoriza que a autoridade fiscal requisite s instituies financeiras, informaes protegidas por sigilo bancrio, sem necessidade de autorizao judicial. O referido dispositivo referendado pelo art. 6, da LC 105/2001:Art. 6o As autoridades e os agentes fiscais tributrios da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios somente podero examinar documentos, livros e registros de instituies financeiras, inclusive os referentes a contas de depsitos e aplicaes financeiras, quando houver processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso e tais exames sejam considerados indispensveis pela autoridade administrativa competente.O teor dos dispositivos alvo de crticas pela doutrina e foi objeto de cinco ADins ainda no julgadas (ADins. 2.386, 2.397, 2.390, 2.406, 2.389) e que permanecem vlidas em funo da presuno de constitucionalidade das leis.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------CTN - Art. 198: trata da manuteno e da quebra do sigilo das informaes obtidas em decorrncias das operaes fiscais.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Art. 198. Sem prejuzo do disposto na legislao criminal, vedada a divulgao, por parte da Fazenda Pblica ou de seus servidores, de informao obtida em razo do ofcio sobre a situao econmica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negcios ou atividades. 1o Excetuam-se do disposto neste artigo, alm dos casos previstos no art. 199, os seguintes: I requisio de autoridade judiciria no interesse da justia; II solicitaes de autoridade administrativa no interesse da Administrao Pblica, desde que seja comprovada a instaurao regular de processo administrativo, no rgo ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informao, por prtica de infrao administrativa. 2o O intercmbio de informao sigilosa, no mbito da Administrao Pblica, ser realizado mediante processo regularmente instaurado, e a entrega ser feita pessoalmente autoridade solicitante, mediante recibo, que formalize a transferncia e assegure a preservao do sigilo. 3o No vedada a divulgao de informaes relativas a: I representaes fiscais para fins penais; II inscries na Dvida Ativa da Fazenda Pblica; III parcelamento ou moratria.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Aspectos a serem considerados no artigo 198 e seus pargrafos:1) Art. 198 caput sigilo fiscal: busca preservar a posse das informaes, econmicas, financeiras, negociais, de atividades e mesmo patrimoniais disposio da autoridade lanadora, como uma decorrncia do direito fundamental privacidade e do direito ao sigilo na comunicao de dados (art. 5, X e XII). - Note que a Administrao tributria pode ter acesso aos dados fiscais, o que no pode divulg-los, sob pena de configurar quebra indevida de sigilo fiscal ou de dados.2) Art. 198, 1 - trata de trs excees especficas que admitem a divulgao de informaes colhidas pela administrao tributaria: 1 caso: o 1 do art. 198, faz referencia aos casos do art. 199 CTN, quais sejam: (Inc. I) processo judicial de qualquer natureza civil ou penal; (Inc. II) quando outro rgo da Administrao pblica solicita informaes para a Administrao tributria, para apurar a prtica de infrao administrativa (ex.: Banco Central quando apura ilcito cambirio e requer informaes Receita Federal). Uma condio para que a solicitao seja acatada que existe na entidade solicitante, processo administrativo instaurado regularmente.2 caso: requisio de autoridade judiciria no interesse da justia;3 caso: solicitaes de autoridade administrativa no interesse da Administrao Pblica, desde que seja comprovada a instaurao regular de processo administrativo, no rgo ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informao, por prtica de infrao administrativa.3) Art. 198, 2 - trata da troca de informaes sigilosas entre entidades da Administrao Pblica. (1) intercmbio de informaes sigilosas; (2) Tambm exige processo regularmente insaturado; (3) a entrega deve ser feita pessoalmente a quem solicitou; (4) exige-se que seja feita mediante recibo que formalize a transferncia das informaes; (5) deve-se preservar o sigilo.H o entendimento de que a regra do art. 198, 2, no autoaplicvel pois depende de regulamentao por lei ou convnio.Troca de informaes entre Unio e outros pases deve ser feito mediante acordo ou tratado internacional, o que depende de regulamentao, no sendo auto aplicvel o art. 198, 2, do CTN. Desse modo, no pode a fazenda pblica federal e estadual realizar a permuta de informaes com estados estrangeiros sem essa regulamentao. 4) Art. 198, 3: alterado pela LC 104/2001, que trouxe ressalvas ao princpio do sigilo fiscal, possibilitando a divulgao de informaes sobre representao fiscal para fins PENAIS, dvida ativa, parcelamento ou moratria.Por esta regra, se um agente do fisco divulgar o contedo de uma dvida fiscal inscrita na divida ativa no estar cometendo falta administrativa. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------CTN - Art. 199: versa sobre assistncia mtua entra as fazendas Pblicas.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Art. 199. A Fazenda Pblica da Unio e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios prestar-se-o mutuamente assistncia para a fiscalizao dos tributos respectivos e permuta de informaes, na forma estabelecida, em carter geral ou especfico, por lei ou convnio.Pargrafo nico. A Fazenda Pblica da Unio, na forma estabelecida em tratados, acordos ou convnios, poder permutar informaes com Estados estrangeiros no interesse da arrecadao e da fiscalizao de tributos.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Aspectos a serem considerados no artigo 199 e pargrafo nico:1) Art. 199 caput e nico texto autoexplicativo.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------CTN - Art. 200: trata do auxlio policial que as autoridades administrativas podero requerer e conceder mutuamente, com a finalidade de exercer suas atividades fiscalizatrias.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Art. 200. As autoridades administrativas federais podero requisitar o auxlio da fora pblica federal, estadual ou municipal, e reciprocamente, quando vtimas de embarao ou desacato no exerccio de suas funes, ou quando necessrio efetivao d medida prevista na legislao tributria, ainda que no se configure fato definido em lei como crime ou contraveno.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Aspectos a serem considerados no artigo 200:1) Art. 200 os atos que embaracem a fiscalizao, ainda que no configurem crime ou contraveno, ensejam o auxlio de fora pblica federal, estadual ou municipal. O prprio agente fiscal avoca o aparato repressor sem necessidade de superior hierrquico. Obs.: fiscalizao policial o aparato policial dever ser utilizado apenas para auxiliar a atuao da autoridade fiscal, que a nica competente para desempenhar a atividade fiscalizatria, de modo que o contribuinte (ou no) no pode ser fiscalizado pela polcia, mas por esta apenas protegido. A funo de fiscalizar lhe vedada, seja Civil, Federal, investigador, agente, escrivo ou delegado. Os arts. 904 e 908 do regulamento do Imposto de Renda dispe que a fiscalizao tributria competncia exclusiva do servidor pblico competente (Auditor Fiscal da RFB). 1.2. DVIDA ATIVAConceito: o crdito pblico (ou crdito tributrio inscrito). Soma de todos os valores que a Fazenda Pblica tem para receber de terceiros, seja de natureza tributria (dvida ativa tributria) ou no tributria (dvida ativa no tributria).(I) O conceito de dvida ativa do art. 201 do CTN:- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Art. 201. Constitui dvida ativa tributria a proveniente de crdito dessa natureza, regularmente inscrita na repartio administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por deciso final proferida em processo regular.Pargrafo nico. A fluncia de juros de mora no exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do crdito.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Aspectos a serem considerados:1) A dvida ativa o crdito pblico (recursos) decorrente do inadimplemento da obrigao tributria que ocorreu com o fato gerador (crdito este no suspenso, no extinto, no excludo). Neste caso, como a Fazenda pblica no pode simplesmente deixar de receber (h uma necessidade de cobrana judicial do sujeito ativo diante da indisponibilidade do interesse pblico envolvido), ela far a inscrio do crdito em dvida ativa, procedimento que conferir relao jurdico-tributria EXEQUIBILIDADE.Dvida ativa = crdito tributrio no pago + inscrioAps a inscrio em dvida ativa, pode ser promovida a ao judicial de cobrana do crdito, denominada de ao de execuo fiscal (L 6.830/80).Pargrafo nico do art. 201, CTN mesmo havendo a incidncia de juros de mora, incrementando o valor do crdito tributrio, tal fato no impede que se inscreva o ttulo como dvida ativa e se deixe de execut-lo, porquanto a liquidez do crdito permanece inclume.Obs.: art. 185 do CTN havendo a inscrio da dvida ativa, inicia-se a presuno de fraude prevista no art. 185 - presuno absoluta (juris et de jure) (II) O conceito de dvida ativa do art. 2 da lei 6.830/80 (LEF):Art. 2 - Constitui Dvida Ativa da Fazenda Pblica aquela definida como tributria ou no tributria na Lei n 4.320, de 17 de maro de 1964, com as alteraes posteriores, que estatui normas gerais de direito financeiro para elaborao e controle dos oramentos e balanos da Unio, dos Estados, dos Municpios e do Distrito Federal. 1. Qualquer valor, cuja cobrana seja atribuda por lei s entidades de que trata o artigo 1, ser considerado Dvida Ativa da Fazenda Pblica. 2. A Dvida Ativa da Fazenda Pblica, compreendendo a tributria e a no tributria, abrange atualizao monetria, juros e multa de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato.CUSTAS PROCESSUAIS: embora a lei no insira como dvida tributria, o STF entende que trata-se de taxas (ADin 1.3785/1997) logo dvida ativa tributria.A inscrio do crdito qualificada pela LEF em seu art. 2, 3 como ato de controle administrativo de legalidade com o objetivo de apurar a liquidez e certeza da dvida para a constituio do ttulo executivo extrajudicial a partir da expedio da certido do termo de inscrio (art. 202 CTN)Suspenso do prazo prescricional - art. 2, 3 da LEF: o STJ entende ser inaplicvel no caso de dvida ativa tributria, uma vez que a LEF lei ordinria e o art. 146, III, b da CF/88 exige LC (REsp. 881.607/MG, 2 T, rel. Min. Eliana Calmon-2008). (III) INSCRIO: quando o credito tributrio no pago s entidades administrativas dentro do prazo legal ou quando h uma deciso administrativa ou judicial determinando o seu pagamento, aquele crdito, converte-se em dvida ativa tributria da Fazenda Pblica, atravs do procedimento denominado inscrio nos livros da repartio competente para tal atividade.No devemos confundir A dvida ativa com dvida pblica:DVIDA ATIVADVIDA PBLICA

Crdito do Estado a ser cobrado executivamente.Dbito do Poder pblico para com terceiros.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------CTN - Art. 202: trata do que dever compor o termo de inscrio da dvida ativa.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Art. 202. O termo de inscrio da dvida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicar obrigatoriamente: I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsveis, bem como, sempre que possvel, o domiclio ou a residncia de um e de outros; II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; III - a origem e natureza do crdito, mencionada especificamente a disposio da lei em que seja fundado; IV - a data em que foi inscrita; V - sendo caso, o nmero do processo administrativo de que se originar o crdito.Pargrafo nico. A certido conter, alm dos requisitos deste artigo, a indicao do livro e da folha da inscrio.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Aspectos a serem considerados no artigo 202 TERMO DE INSCRIO DA DVIDA ATIVA:1) Termo de inscrio de dvida ativa (TIDA): o documento que formaliza a incluso de recursos tributrios exigveis no cadastro de Dvida Ativa.Certido de Dvida Ativa (CDA): um ttulo executivo extrajudicial (art. 585, VII, CPC que fundamentar a ao judicial de cobrana: Execuo Fiscal), e reporta-se ao Termo de Inscrio em Dvida Ativa (TIDA), que a precede e lhe d sustentao.Livro da Dvida Ativa: a inscrio da dvida ativa, formalizada pelo termo detalhado, perfaz-se no livro da dvida ativa, junto Procuradoria Judicial. Note que esse cadastro da dvida ativa no mais feito por meio manual ou mecnico, mas armazenado em sistemas eletrnicos de dados.Termo de inscrio de dvida ativa (TIDA)Livro da Dvida Ativa: a inscrio da dvida ativa, formalizada pelo termo detalhadoCertido de Dvida Ativa (CDA):Inadimplemento da Obrigao Tributria

2) O nome do devedor: decorrncia lgica do princpio da reserva legal no plano da sujeio passiva. - Observe que o nome dos responsveis no indispensvel, na CDA, j que pode ser feito em momento posterior, qual seja na TIDA (art. 121, II CTN + art. 135, caput , III CTN). Isto chamado de redirecionamento contra o responsvel independentemente do nome dele constar na certido. Logo, pode no constar da certido, mas sempre dever constar do termo.STJ Art. 2, 5, I, L. 6.830/80. (...) A corte, luz do princpio da economia processual visando emprestar maior efetividade a prestao jurisdicional, admite a possibilidade de o juiz singular, sendo a certido de divida ativa omissa, determinar a comprovao da responsabilidade patrimonial secundria de outrem que no consta do ttulo executivo (REsp 272.236/SC -2001).3) O montante exequvel deve-se mostrar o valor originrio da dvida (quantia devida) e os elementos de clculo de sua evoluo no tempo (juros de mora).Questes sobre o tema:3.1.Maneira de calcular os juros: entende-se que basta a referncia ao valor originrio da dvida e a indicao dos elementos necessrios para o clculo de sua evoluo no tempo, ou seja, no preciso a memria discriminada e atualizada de clculo (como exigida em execuo de dvida ativa art. 604 CPC). - Ver: art. 2, 5, II, da lei 8.630/80 LEF.3.2.Perodo de apurao das infraes: no requisito essencial do TIDA por inexistir previso legal nesse sentindo (REsp 361.977/SC, 2T-2002).3.3.Exteriorizao do quantum debeatur: indicador numrico total do montante tributrio pretendido pela Fazenda Pblica, e que hoje deve ser expresso em quantidade de taxa SELIC criada pela lei n. 9.250/95 (vlida a partir de janeiro de 1996). - Note que neste ponto a lei permite que se expresse esse valor de vrias formas e no apenas em Selic, ou na antiga e extinta UFIR.STJ perfeitamente legal a utilizao da UFIR para indicar o valor do titulo executivo que conserva a caracterstica de liquidez da dvida (REsp 106.156, 1 T-1997) UFIR hoje extinta.Questo/PFN qualquer valor cuja cobrana seja atribuda por lei Unio poder inscrever-se como dvida ativa da Fazenda Pblica Federal, para fins de execuo fiscal (item considerado correto).3.4.Protesto de CDA em cartrio como medida demarcatria dos juros de mora: parece ser desnecessria, pois o termo a quo para a aferio dos juros de mora do contribuinte no depende do protesto do titulo, ou seja, no preciso protestar para induzir o devedor em mora, bastando o seu no pagamento integral no vencimento (art. 161 CTN)PGFN Portaria 321/06: dispe que CDA at R$ 10.000,00 podem ser levadas a protesto antes do ajuizamento da ao de execuo fiscal.4) A origem, natureza e o fundamento legal do crdito (da dvida): segundo o STJ, os requisitos do art. 202 no so mera formalidade, mas requisito imprescindvel para a ampla defesa do executado, sob pena de nulidade da CDA. Portanto, obrigatria: (a) a descrio do fato constitutivo da infrao, ensejadora da cobrana judicial (fato gerado pressuposto de fato), no sendo suficiente a meno genrica multa de postura geral como origem do dbito, (b) a indicao dos dispositivos legais segundo os quais se exigem o tributo ou a multa.5) A data da inscrio: serve para conferir segurana jurdica cobrana judicial, em especial das dvidas ativas no tributrias, as quais se aplica no caso de suspenso da prescrio o art. 2, 3 da LEF (e no o dispositivo prprio de dvida tributria segundo entendo o STJ, j que a CF/88 exige LC para tratar de prescrio, e a LEF lei ordinria).6) A meno ao processo administrativo que se originar o crdito (sendo o caso): a expresso sendo o caso do inciso V, do art. 202 do CTN, deve ser entendida no como uma opo, mas como uma condio, considerando que o art. 202 trata de requisitos que visam dar segurana e viabilizar o controle judicial de legalidade do ttulo (requisito formal obrigatrio art. 2, 5, VI, LEF). STJ A lei 6.830/80 exige que conste da CDA o nmero do processo administrativo-fiscal que deu ensejo cobrana. Macula a CDA a ausncia de alguns dos requisitos. O extravio do processo administrativo, subtrai do Poder Judicirio a oportunidade de conferir a CDA, retirando do contribuinte a amplitude de defesa. Equivale o extravio inexistncia do processo, perdendo o ttulo a exequibilidade (REsp. 686.777 2 T. mi. Eliana Calmon- 2005).7) A indicao do livro e da folha da inscrio (art. 202, nico do CTN): exigncia meramente formal j que a cobrana do tributo e quase todo o procedimento se faz por meios eletrnicos e informatizados. O art. 2, 5, II, da LEF no faz essa exigncia o que refora a sua dispensabilidade. (note que na prova objetiva continua sendo requisito obrigatrio, j que consta expressamente do CTN e no foi refutado pelos Tribunais).-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------CTN - Art. 203: trata das consequncias do erro ou omisso dos itens obrigatrios do TIDA e da CDA (art. 2, 8, II, da LEF).- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Art. 203. A omisso de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo, so causas de nulidade da inscrio e do processo de cobrana dela decorrente, mas a nulidade poder ser sanada at a deciso de primeira instncia, mediante substituio da certido nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poder versar sobre a parte modificada.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Aspectos a serem considerados no artigo 203:1) Erro ou omisses de itens obrigatrios - temos duas situaes:Do Termo de inscrio na dvida ativa - causa nulidade da inscrio e do processo de cobrana (art. 202 + art. 203 - 1 parte CTN).Da Certido de dvida ativa poder ser emendada ou substituda at a deciso de 1 instncia (art. 202 + art. 203 - 2 parte CTN).2) Interpretao mitigada do art. 203 pelo STF: abrandou o entendimento rigoroso sobre a decretao de nulidade diante da ausncia de requisitos formais do TIDA e da CDA, de modo que deve-se atentar mais para a substncia do ato e no seus defeitos meramente formais e que no comprometem a essncia do documento, desde que o mesmo permita a defesa do executado, exercida com ampla defesa (entendimento aplicvel ao processo judicial e extrajudicial) . O STJ segue esse entendimento:STJ A pena de nulidade da inscrio e da respectiva CDA prevista no art. 203 do CTN, deve ser interpretada cum granu salis. Isto porque o insignificante defeito foral que no compromete a essncia do ttulo executivo no deve reclamar por parte do exequente um novo processo com base num novo lanamento tributrio para a apurao do tributo devido, posto conspirar contra o principio da efetividade aplicvel ao processo executivo extrajudicial. (...) a nulidade da CDA no deve ser declarada por eventuais falhas que no geram prejuzos para o executado promover a sua defesa. Estando o titulo formalmente perfeito, com a discriminao precisa do fundamento legal sobre que repousam na obrigao tributria, os juros de mor, a multa e a correo monetria, revela-se descabida a sua invalidao, no se configurando qualquer bice ao prosseguimento da execuo (Ag. 485.548/RJ 1 T -2003).A nulidade deve ser reconhecida somente quando no for possvel a identificao do dbito, com todos os seus elementos, impedindo ou dificultando a defesa. Dai ser a nulidade do art. 203 RELATIVA, afirmando o carter instrumental do processo.3) Cobrana maior do que o devido CDA: neste caso a CDA (ttulo executivo extrajudicial) no deve ser declarada nula e sim retirada o excesso, o que pode ser feito nos prprios autos (REsp 193.663/SP 2 T. -19998). Nesse caso, como o valor realmente devido menor, haver uma substituio da CDA, com consequente readequao da garantia (penhora sobre bem de valor inferior).4) Limites material e processual para a emenda ou substituio da CDA:Limite processual a deciso de primeira instncia (havendo embargos do executado at que sobrevenha sentena que o julgue poder a Fazenda Pblica promover a emenda ou substituio da certido nula). Em resumo, pode haver a correo do ttulo pela Fazenda Pblica em duas oportunidades, quando: (a) no prazo assinado pelo juiz, quando este constatou o vcio ao despachar a petio inicial; (b) enquanto no forem julgados os embargos do executado, at a sentena dos embargos. Caso a execuo no tenha sido embargada (com a garantia), deve ser considerado como prazo, o momento imediatamente anterior lavratura do auto de arrematao ou de adjudicao, conforme o caso.Limite material impedimento de correes despropositadas (meros erros de transcrio ou reproduo do que j est inscrito), ou seja, aqueles que no atingem os elementos essenciais da certido.As emendas devem se limitar a erros afetos inscrio e certido, no se estendendo ao lanamento a que se interliga a CDA (pode haver o ajuste do termo ao lanamento e no o contrrio). Lanamento e inscrio no se confundem. So autnomos, independentes, com objetivos prprios, contedos e naturezas particulares. O lanamento visa a constituir o crdito, enquanto a inscrio visa a aparelhar a fazenda Pblica para a execuo forada. Desse modo, havendo impropriedades do lanamento, no cabe correo o ttulo executivo.STJ Inadmissvel a substituio de CDA referente cobrana de IPTU e taxas lanadas sobre are a maior, por isso que no se trata, de simples correo de erro material ou formal do ttulo executivo, mas de modificao do prprio lanamento, com alterao do valor do dbito, o que no guarda apoio no art. 2, 8 do lei 8.630/80 (REsp 87.768/SP 2 T-2000)5) Parte final do art. 203 - devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poder versar sobre a parte modificada: reabre-se o trintdio para oferecer os embargos, apenas para a parte modificada, em face do novo ttulo (entendimento recomendado para concursos).(2 posicionamento minoritrio) A LEF no estabelece limitaes ao conhecimento de novos embargos como o fez o art. 203, o que gera entendimento pelo qual, haveria derrogao da parte final do art. 203 do CTN pela LEF, pondo fim limitao defesa na hiptese de devoluo de prazo, e consequentemente qualquer limitao defesa na hiptese de devoluo de prazo. Tambm fundamenta esta posio a alegao de que o tema em anlise ser questo de direito processual, o que foge exigncia de reserva de Lei Complementar tributria, permitindo que a LEF trate do assunto, o que seria mais adequado do que o CTN, que mostra-se como diploma de direito materialContagem do prazo de 30 dias - situaes prticas:(a) Quando no houve a interposio de embargos: intima-se o executado da ocorrncia da substituio da certido nula, e o prazo ser cotado normalmente;(b) Quando o prazo de embargos estiver em curso: a substituio ou emenda do ttulo interrompe o prazo, que recomeara a contar da intimao do executado;(c) Quando j apresentados os embargos execuo: intima-se o embargante para no prazo de 30 dias aditar os embargos j opostos e pendentes de julgamento, devolvendo-lhe, portanto, o prazo na ntegra.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------CTN - Art. 204 (art. 3 da LEF): O fisco prescinde de documento estranho CDA para provar o dbito do sujeito passivo, j que a CDA ttulo lquido, certo e imediatamente exigvel, habilitando a Fazenda a pleitear seu crdito tributrio. Desse modo, assumindo o papel de credor, no precisa provar a certeza e liquidez do crdito tributrio (presuno relativa jris tantum) para executar judicialmente o sujeito passivo, pois j o faz com a CDA (dvida regularmente inscrita). Aplicao do princpio da inverso do nus da prova- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Art. 204. A dvida regularmente inscrita goza da presuno de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pr-constituda.Pargrafo nico. A presuno a que se refere este artigo relativa e pode ser ilidida por prova inequvoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Aspectos a serem considerados no artigo 203:1) Dvida regularmente inscrita o ato de inscrio em dvida ativa confere dvida ativa a presuno relativa de liquidez e certeza, outorgando ao ttulo os efeitos de uma prova pr-constituda.

1.3. CERTIDES NEGATIVAS:Conceito: documento que comprova a inexistncia de dbito de determinado contribuinte, em face de certo tributo a certo perodo de tempo.CTN - Art. 205: somente a lei pode determinar a apresentao de CND para a prova de quitao de dbitos tributrios - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Art. 205. A lei poder exigir que a prova da quitao de determinado tributo, quando exigvel, seja feita por certido negativa, expedida vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informaes necessrias identificao de sua pessoa, domiclio fiscal e ramo de negcio ou atividade e indique o perodo a que se refere o pedido.Pargrafo nico. A certido negativa ser sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida e ser fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requerimento na repartio.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Aspectos a serem considerados no artigo 205:1) Hiptese em que a prova de quitao exigvel previstas no prprio CTN e na CF/88: Art. 130 CTN, Art. 191 CTN, Art. 191-A CTN, IV,Art. 192 CTN, Art. 193 CTN, Art. 195, 3 CF/88.Fora dos casos previstos em lei teremos as sanes polticas que so repelidas pela jurisprudncia do STF (Smulas 70, 323, 547). Da porque a CND deve ter como limites: o exerccio da atividade profissional, o fundamental da Repblica atinente aos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, e o princpio da legalidade. STF - (...) violncia que o Estado pratica, pelo ato de seus agentes, negando ao comerciante em dbito de tributos a aquisio dos selos necessrios ao livre exerccio das suas atividades (RMS 16.727/RJ, 1 T-1967).2) O Fisco no pode se negar a emitir a CND com vistas a obrigar o contribuinte a pagar determinado tributo, j que a CND tem a finalidade de aferir uma situao fiscal e no regularizar uma situao fiscal. Se o Fisco quer tributar ou que o contribuinte regularize sua situao deve procurar os meio prprios e legtimos.3) Art. 205, nico - Prazo de 10 dias para a expedio da CND: so dez dias e no dez dias teis, contado na forma do art. 210 do CTN. No obedecido o prazo pode ser impetrado MS, por ato abusivo violador de direito liquido e certo-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------CTN - Art. 206: trata da certido positiva com efeitos de negativa ou certido de regularizao, que no a mesma CND, mas que possui os mesmos efeitos.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certido de que conste a existncia de crditos no vencidos, em curso de cobrana executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Aspectos a serem considerados no artigo 206:1) Certido positiva com efeitos de negativa - como vimos anteriormente a CND o documento que prova a quitao de dbitos tributrios, ou melhor, comprova a inexistncia de dbito de determinado contribuinte, em face de certo tributo a certo perodo de tempo. Contudo, pode ocorrer uma situao em que o sujeito passivo no concordou com o pagamento de um tributo e se valeu de algum mtodo de suspenso de crdito tributrio (art. 151 do CTN), ou seja, no h quitao dos dbitos tributrios, mas apenas suspenso dos dbitos tributrios. Nessa hiptese, caso ele precise de uma certido negativa, o Fisco emitir certido com os mesmo efeitos da CND (mesmo tendo, apenas o crdito suspenso), que a chamada de certido positiva com efeitos de negativa ou certido de regularizao, na qual constar o crdito com exigibilidade suspensa, mas produzindo os mesmos efeitos da CND, j que o requerente no est irregular perante o Fisco.Trs SITUAES autorizam a emisso de certido positiva com efeitos de negativa: (1) Quando o crdito estiver com a exigibilidade suspensa: por fora do art. 151 do CTN; (2) Quando h crditos no vencidos crdito tributrio j constitudo mas cujo termo final para o cumprimento espontneo da obrigao ainda no se consumou no tempo; (3) Quando h crditos em curso de cobrana executiva em que tenha sido efetuada a penhora.Obs.: vale lembrar uma situao em que o crdito no est mais suspenso, mas na qual no h execuo fiscal ajuizada, e onde o contribuinte pode oferecer bens penhora, com a inteno de receber certido positiva com efeitos de negativa para usufruir dos efeitos do art. 206/205 e obter a suspenso da exigibilidade do crdito tributrio. Neste caso, abrem-se trs possibilidades: (1) Ao anulatria de dbito fiscal: com o depsito judicial; (2) Mandado de segurana: com pedido de liminar; (3) Medida cautelar: h entendimentos do STJ, que sinalizam a possibilidade da propositura de medida cautelar para antecipar a prestao de garantia em juzo com vistas obteno de certido positiva com efeitos de negativa (AgRg no REsp 811.136/RS, 2 T-2006) e entendimento contrrio (REsp. 700.917/RS, 1 T, -2006).2) Hiptese em que a prova de quitao exigvel previstas no prprio CTN e na CF/88: Art. 130 CTN, Art. 191 CTN, Art. 191-A CTN, IV,Art. 192 CTN, Art. 193 CTN, Art. 195, 3 CF/88.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------CTN - Art. 207: trata da dispensa da certido negativa, independentemente de disposio legal, diante da necessidade de prtica de ato indispensvel frente possibilidade de caducidade ou perecimento de direito.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Art. 207. Independentemente de disposio legal permissiva, ser dispensada a prova de quitao de tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de prtica de ato indispensvel para evitar a caducidade de direito, respondendo, porm, todos os participantes no ato pelo tributo porventura devido, juros de mora e penalidades cabveis, exceto as relativas a infraes cuja responsabilidade seja pessoal ao infrator.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Aspectos a serem considerados no artigo 207:1) Aplicao prtica do art. 207 do CTN - Situaes de urgncia de atos ou negcios que devem ser realizados/concretizados com celeridade, nas quais o contribuinte no tem tempo para requisitar e conseguir liberao da certido de tributos.2) Diluio da responsabilidade entre os participantes do ato se houver m-f nessa dispensa prvia de certido, seus autores devem responder pelas penalidades cabveis.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------CTN - Art. 208: cuida da responsabilidade pessoal do funcionrio que expedir CND, contra a Fazenda Pblica, com erro, feito com dolo ou fraude. Nesse caso ele fica responsvel pelo pagamento da dvida tributria que falsamente tentou encobrir com a certido - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Art. 208. A certido negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pblica, responsabiliza pessoalmente o funcionrio que a expedir, pelo crdito tributrio e juros de mora acrescidos.Pargrafo nico. O disposto neste artigo no exclui a responsabilidade criminal e funcional que no caso couber.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Obs: h entendimento de que o art. 208 deve ser entendimento com moderao, entendendo-se que a responsabilidade deva ser entendida como solidria, j que nem sempre os salrios do mesmo so hbeis para satisfazer vultosos crditos tributrios, o que seria incompatvel com o ideal de justia.

1.4. DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS DO CTN Tratada nos arts. 209 a 218 do CTN, mas teceremos comentrios apenas aos arts. 209 e 210 por serem os demais de pouca importncia para o direito tributrio ou autoexplicativos.

CTN - Art. 209: Fazenda Pblica sem qualificao: conceito amplo, compreende as pessoas polticas de direito pblico interno e as entidades estatais da Administrao Pblica submetidas ao regime de direito pblico (autarquias e fundaes pblicas). Esto excludas as entidades paraestatais (sociedades de economia mista e empresas pblicas).- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Art. 209. A expresso "Fazenda Pblica", quando empregada nesta Lei sem qualificao, abrange a Fazenda Pblica da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Obs.: Territrios federais no tm fazenda pblica prpria e seus crditos e dbitos so integrados na fazenda Pblica da Unio. Mas se forem divididos em Municpios a estes competem os tributos municipais (art. 147 CF/88).-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------CTN - Art. 210: trata dos prazo do CTN e legislao tributria.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Art. 210. Os prazos fixados nesta Lei ou legislao tributria sero contnuos, excluindo-se na sua contagem o dia de incio e incluindo-se o de vencimento.Pargrafo nico. Os prazos s se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartio em que corra o processo ou deva ser praticado o ato.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Aspectos a serem considerados no artigo 210:1) Conforme o art. 96 do CTN, o art. 210 tem aplicao a todos os prazos do CTN e a toda legislao tributria.2) Contnuos: sem interrupo aos sbados, domingos ou feriados, excluindo-se o dia de incio e incluindo o de vencimento (regra tipicamente processual). Ver ainda: Smula 310 do STF e art. 184, 2, do CPC.3) Pargrafo nico dia de expediente normal: e no dia til (expediente completo) e no meio expediente ou Pontos facultativos.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Art. 211. Incumbe ao Conselho Tcnico de Economia e Finanas, do Ministrio da Fazenda, prestar assistncia tcnica aos governos estaduais e municipais, com o objetivo de assegurar a uniforme aplicao da presente Lei.Art. 212. Os Poderes Executivos federal, estaduais e municipais expediro, por decreto, dentro de 90 (noventa) dias da entrada em vigor desta Lei, a consolidao, em texto nico, da legislao vigente, relativa a cada um dos tributos, repetindo-se esta providncia at o dia 31 de janeiro de cada ano.Art. 213. Os Estados pertencentes a uma mesma regio geoeconmica celebraro entre si convnios para o estabelecimento de alquota uniforme para o imposto a que se refere o artigo 52.Pargrafo nico. Os Municpios de um mesmo Estado procedero igualmente, no que se refere fixao da alquota de que trata o artigo 60.Art. 214. O Poder Executivo promover a realizao de convnios com os Estados, para excluir ou limitar a incidncia do imposto sobre operaes relativas circulao de mercadorias, no caso de exportao para o exterior.Art. 215. A lei estadual pode autorizar o Poder Executivo a reajustar, no exerccio de 1967, a alquota de imposto a que se refere o artigo 52, dentro de limites e segundo critrios por ela estabelecidos.Art. 216. O Poder Executivo propor as medidas legislativas adequadas a possibilitar, sem compresso dos investimentos previstos na proposta oramentria de 1967, o cumprimento do disposto no artigo 21 da Emenda Constitucional n 18, de 1965.Art. 217. As disposies desta Lei, notadamente as dos arts 17, 74, 2 e 77, pargrafo nico, bem como a do art. 54 da Lei 5.025, de 10 de junho de 1966, no excluem a incidncia e a exigibilidade: I - da "contribuio sindical", denominao que passa a ter o imposto sindical de que tratam os arts 578 e seguintes, da Consolidao das Leis do Trabalho, sem prejuzo do disposto no art. 16 da Lei 4.589, de 11 de dezembro de 1964; II - (Revogado pelo Ato Complementar n 27, de 08.12.1966); III - da contribuio destinada a constituir o "Fundo de Assistncia" e "Previdncia do Trabalhador Rural", de que trata o art. 158 da Lei 4.214, de 2 de maro de 1963; IV - da contribuio destinada ao Fundo de Garantia do Tempo de Servio, criada pelo art. 2 da Lei 5.107, de 13 de setembro de 1966; V - das contribuies enumeradas no 2 do art. 34 da Lei 4.863, de 29 de novembro de 1965, com as alteraes decorrentes do disposto nos arts 22 e 23 da Lei 5.107, de 13 de setembro de 1966, e outras de fins sociais criadas por lei. Art. 218. Esta Lei entrar em vigor, em todo o territrio nacional, no dia 1 de janeiro de 1967, revogadas as disposies em contrrio, especialmente a Lei n. 854, de 10 de outubro de 1949. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------1.5. SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL.A Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) um rgo especfico e singular, subordinado ao Ministrio da Fazenda, que tem como responsabilidade a administrao dos tributos federais e o controle aduaneiro, alm de atuar no combate sonegao,contrabando, descaminho, pirataria e trfico de drogas e animais.A Secretaria da Receita Federal (SRF) foi criada pelo decreto n 63.659, de 20 de novembro de 1968, substituindo a Diretoria-Geral da Fazenda Nacional, criada por Getlio Vargas, em 1934Com a lei n 11.457, de 16 de maro de 2007, ocorreu a fuso entre a Secretaria da Receita Federal (SRF) e a Secretaria da Receita Previdenciria (SRP), sendo criada a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB). Na ocasio da fuso, o novo rgo foi apelidado pela imprensa de "Super Receita"- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - DECRETO N 63.659, DE 20 DE NOVEMBRO DE 1968.Define a estrutura e as atribuies da Secretria da Receita Federal e d outras providncias.Art. 1 At que seja aprovada a estrutura Central do Ministrio da Fazenda, ficam definidas, nos trmos dste decreto, a estrutura e as atribuies da Direo-Geral da Fazenda Nacional, que passa a denominar-se Secretaria da Receita Federal.Art. 2 A Secretaria da Receita Federal o rgo central de direo superior da administrao tributria da Unio, diretamente subordinada ao Ministrio de Estado da Fazenda.Art. 3 Compete Secretaria da Receita Federal: a) atuar como rgo de Planejamento, superviso, coordenao, avaliao e controle da administrao da receita tributria federal; b) propor medidas de aperfeioamento e regulamentao do Cdigo Tributrio Nacional, e outras de poltica fiscal e tributria que devam ser submetidas considerao superior: c) dirigir, superintender, orientar e coordenar os servios de fiscalizao, cobrana, arrecadao, recolhimento e controle dos tributos e demais rendas da Unio, salvo quando tais atribuies forem cometidas a outros rgos; d) interpretar a legislao fiscal relacionada com suas atribuies, baixando ato nomativos; e) proceder previso da receita tributria federal e promover o acompanhamento e controle do comportamento da arrecadao em suas variaes globais, setoriais e regionais, tomando medidas necessrias para mant-las nos nveis previstos na programao financeira do Governo; (f) estudar os efeitos da poltica tributria no complexo industrial e no comrcio interno e externo do Pas; (g) remeter Comisso de Programao Financeira, demonstrativos da Receita Tributria arrecadada; (h) movimentar o pessoal dos rgos subordinados em atendimento s necessidades do servio; (i) articular-se com outras reparties federais, estaduais e municipais, bem como demais entidades de direito pblico ou privado, visando integrao do Sistema Tributrio Nacional, mediante permuta de informaes, mtodos e tcnicas e de ao fiscal conjunta; (j) desincumbir-se dos encargos resultantes de delegao e competncia do Ministro de Estado ao Secretrio da Receita Federal.Art. 4 A Secretaria da Receita Federal ter seguinte estrutura bsica: (a) Coordenao do Sistema de Arrecadao; b) Coordenao do Sistema de Fiscalizao; c) Coordenao do Sistema de Tributao; d) Centro de Informaes Econmico-Fiscais. Pargrafo nico. Esto sob a superviso da Secretaria da Receita Federal os seguintes rgos: a) Conselho Superior de Tarifas; b) Conselhos de Contribuintes; c) Comisso de Planejamento e Coordenao do Combate ao Contrabando.Art. 5 Os atos que dispuserem sobre a organizao interna dos rgos da Secretaria da Receita Federal, compreendero: a) atribuies genricas das diferentes unidades administrativas; b) regionalizao dos servios; c) atribuies especficas aos servidores investidos nas funes de superviso e de chefia; d) fixao da quantidade de servidores, de acrdo com as reais necessidades de funcionamento de cada unidade administrativa efetivamente comprovadas, em consonncia com os objetivos de trabalho.Pargrafo nico. No Regimento Interno, ser conferida competncia s diversas chefias para proferirem despachos decisrios, observada a legislao em vigor, o que no impedir a autoridade superior de avocar a si, a qualquer momento e a seu critrio, a deciso de qualquer assunto.Art. 6 Ficam extintos os seguintes rgos do Ministrio da Fazenda: a) Departamento de Rendas Internas; b) Departamento de Rendas Aduaneiras; c) Departamentos do Imposto de Renda; d) Departamento de Arrecadao; e) Comisso de Eficincia; f) Seo de Organizao.Art. 7 Permanecem em vigor as atribuies dos rgos referidos nas letrasa,b,ced, do artigo anterior, at a regulamentao mencionada no artigo 14.Art. 8 Com a extino dos rgos mencionados no artigo 6, o Ministro da Fazenda promover a redistribuio dos servios, funes, acervo e pessoal aos rgos mencionados no artigo 4.Art. 9 Os atuais cargos de provimento em Comisso do Quadro de Pessoal do Ministrio da Fazenda, de Diretor-Geral da Fazenda Nacional, smbolo 1-C, de Diretores dos Departamentos de Arrecadao, Rendas Aduaneiras. Imposto de Renda e Rendas Internas, smbolo 2-C ficam transformados, respectivamente, em Secretrio da Receita Federal. Coordenadores dos Sistemas de Arrecadao, de Tributao, de Fiscalizao e do Centro de Informaes Econmico-fiscais, mantidos os mesmos smbolos.DAS DISPOSIES FINAISArt. 10. At que seja aprovada a estrutura central do Ministrio da Fazenda, ficam sob a coordenao do Secretrio da Receita Federal os seguintes rgos, mantidos os atuais encargos e atribuies que lhe so prprios: a) Administrao do Edifcio; b) Biblioteca da Fazenda; c) Centro de Treinamento e Desenvolvimento do Pessoal do Ministrio da Fazenda CETREMFA; d) Diretoria da Despesa Pblica; e) Diviso do Material; f) Diviso de Obras; g) Servio de Comunicaes; h) Servio de Estatstica Econmica e Financeira; i) Servio do Pessoal; j) Servio do Patrimnio da Unio; l) Delegacias Fiscais do Tesouro Nacional.Art. 11. Para efeito de dotaes oramentrias a Secretaria da Receita Federal passa a ser considerada como unidade oramentria.Art. 12. Fica o Ministro da Fazenda, autorizado, dentro dos limites do respectivo crdito, a expedir atos relativos s transferncias de dotaes oramentrias ou de crditos adicionais que se fizerem necessrios em decorrncia deste Decreto.Art. 13. As modificaes conseqentes ao disposto neste Decreto no devero acarretar aumento de despesa.Art. 14. O Ministro de Estado promover no prazo de 60 (sessenta) dias, obedecido o disposto no Decreto n 62.459, de 25 de maro de 1967, os atos de regulamentao dos rgos mencionados no artigo 4 observado o disposto nos artigos 5 a 13.Art. 15. ste Decreto entra em vigor na data de sua publicao, revogando-se as disposies em contrrio.Braslia, 20 de novembro de 1968; 147 da Independncia e 80 da Repblica.A. COSTA E SILVAAntnio Delfim Netto- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - LEI N 11.457, DE 16 DE MARO DE 2007.DispesobreaAdministraoTributriaFederalCAPTULOIDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASILArt. 1o A Secretaria da Receita Federal passa a denominar-se Secretaria da Receita Federal do Brasil, rgo da administrao direta subordinado ao Ministro de Estado da Fazenda.Art. 2o Alm das competncias atribudas pela legislao vigente Secretaria da Receita Federal, cabe Secretaria da Receita Federal do Brasil planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas a tributao, fiscalizao, arrecadao, cobrana e recolhimento das contribuies sociais previstas nas alneas a, b e c do pargrafo nico do art. 11 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, e das contribuies institudas a ttulo de substituio. 1o O produto da arrecadao das contribuies especificadas no caput deste artigo e acrscimos legais incidentes sero destinados, em carter exclusivo, ao pagamento de benefcios do Regime Geral de Previdncia Social e creditados diretamente ao Fundo do Regime Geral de Previdncia Social, de que trata o art. 68 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000. 2o Nos termos do art. 58 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, a Secretaria da Receita Federal do Brasil prestar contas anualmente ao Conselho Nacional de Previdncia Social dos resultados da arrecadao das contribuies sociais destinadas ao financiamento do Regime Geral de Previdncia Social e das compensaes a elas referentes. 3o As obrigaes previstas na Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, relativas s contribuies sociais de que trata o caput deste artigo sero cumpridas perante a Secretaria da Receita Federal do Brasil. 4o Fica extinta a Secretaria da Receita Previdenciria do Ministrio da Previdncia Social.Art. 3o As atribuies de que trata o art. 2o desta Lei se estendem s contribuies devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos, na forma da legislao em vigor, aplicando-se em relao a essas contribuies, no que couber, as disposies desta Lei. 1o A retribuio pelos servios referidos no caput deste artigo ser de 3,5% (trs inteiros e cinco dcimos por cento) do montante arrecadado, salvo percentual diverso estabelecido em lei especfica. 2o O disposto no caput deste artigo abranger exclusivamente contribuies cuja base de clculo seja a mesma das que incidem sobre a remunerao paga, devida ou creditada a segurados do Regime Geral de Previdncia Social ou institudas sobre outras bases a ttulo de substituio. 3o As contribuies de que trata o caput deste artigo sujeitam-se aos mesmos prazos, condies, sanes e privilgios daquelas referidas no art. 2o desta Lei, inclusive no que diz respeito cobrana judicial. 4o A remunerao de que trata o 1o deste artigo ser creditada ao Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeioamento das Atividades de Fiscalizao - FUNDAF, institudo pelo Decreto-Lei no 1.437, de 17 de dezembro de 1975. 5o Durante a vigncia da iseno pelo atendimento cumulativo aos requisitos constantes dos incisos I a V do caput do art. 55 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, deferida pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, pela Secretaria da Receita Previdenciria ou pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, no so devidas pela entidade beneficente de assistncia social as contribuies sociais previstas em lei a outras entidades ou fundos. 6o Equiparam-se a contribuies de terceiros, para fins desta Lei, as destinadas ao Fundo Aerovirio - FA, Diretoria de Portos e Costas do Comando da Marinha - DPC e ao Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria - INCRA e a do salrio-educao.Art. 4o So transferidos para a Secretaria da Receita Federal do Brasil os processos administrativo-fiscais, inclusive os relativos aos crditos j constitudos ou em fase de constituio, e as guias e declaraes apresentadas ao Ministrio da Previdncia Social ou ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, referentes s contribuies de que tratam os arts. 2o e 3o desta Lei.Art. 5o Alm das demais competncias estabelecidas na legislao que lhe aplicvel, cabe ao INSS:I - emitir certido relativa a tempo de contribuio;II - gerir o Fundo do Regime Geral de Previdncia Social;III - calcular o montante das contribuies referidas no art. 2o desta Lei e emitir o correspondente documento de arrecadao, com vistas no atendimento conclusivo para concesso ou reviso de benefcio requerido.Art. 6o Ato conjunto da Secretaria da Receita Federal do Brasil e do INSS definir a forma de transferncia recproca de informaes relacionadas com as contribuies sociais a que se referem os arts. 2o e 3o desta Lei.Pargrafo nico. Com relao s informaes de que trata o caput deste artigo, a Secretaria da Receita Federal do Brasil e o INSS so responsveis pela preservao do sigilo fiscal previsto no art. 198 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Ver tambm:lei n 10.593/2002

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