direito financeiro - v. final · ii - conceito de direito financeiro: ramo autônomo do direito...

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Direito Financeiro Prof. Flávio Bernardes 15/03 I - Atividade financeira Conceito: conjunto de ações do estado com o benéfico de obter receita e realizar gastos. A própria existência do Estado determina o dispêndio de dinheiro. Isso leva à necessidade de captação de recursos. Essa movimentação financeira é o objeto de estudo dentro do direito financeiro. Para isso, é necessário um planejamento, que esta diretamente ligado a gestão publica. O limitador da gestão publica é a lei. Finanças publicas Poder financeiro do Estado. Pode ser analisado sob dois focos: A. Vertical - dentro da visão do estado federal. Descentralização. B. Horizontal - estruturas dos poderes: 3 + MP. Dever e competência tributária: poder de instituir tributos. Poder financeiro: mesma leitura dentro da atividade financeira do Estado. Gestão da atividade financeira do Estado. Essas competências são determinadas pela CF. Autonomia do direito financeiro - dentro da ideia da estrutura federalismo. A) Poder financeiro vertical Descentralizaçã o: divisão interna de funções, divisão de poder, repartição de competências e atribuições. Característica própria do estado federal. A autonomia é o que evidencia a natureza jurídica do ente federado. São autonomias do ente federado: legislativa, administrativa (liberdade gerencial) e política. Município então é tido majoritariamente como ente federado. Federalismo financeiro: distribuição de competências com inclusão do município na arrecadação de impostos e inclusão da repartição de receitas tributárias (repasses constitucionais). Essas autonomias são suficientes para um ente federado?

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Direito Financeiro Prof. Flávio Bernardes 15/03 I - Atividade financeira Conceito: conjunto de ações do estado com o benéfico de obter receita e realizar gastos. A própria existência do Estado determina o dispêndio de dinheiro. Isso leva à necessidade de captação de recursos. Essa movimentação financeira é o objeto de estudo dentro do direito financeiro. Para isso, é necessário um planejamento, que esta diretamente ligado a gestão publica. O limitador da gestão publica é a lei. • Finanças publicas • Poder financeiro do Estado. Pode ser analisado sob dois focos: A. Vertical - dentro da visão do estado federal. Descentralização. B. Horizontal - estruturas dos poderes: 3 + MP. Dever e competência tributária: poder de instituir tributos. Poder financeiro: mesma leitura dentro da atividade financeira do Estado. Gestão da atividade financeira do Estado. Essas competências são determinadas pela CF. Autonomia do direito financeiro - dentro da ideia da estrutura federalismo. A) Poder financeiro vertical Descentralização: divisão interna de funções, divisão de poder, repartição de competências e atribuições. Característica própria do estado federal. A autonomia é o que evidencia a natureza jurídica do ente federado. São autonomias do ente federado: legislativa, administrativa (liberdade gerencial) e política. Município então é tido majoritariamente como ente federado. Federalismo financeiro: distribuição de competências com inclusão do município na arrecadação de impostos e inclusão da repartição de receitas tributárias (repasses constitucionais). Essas autonomias são suficientes para um ente federado?

4a autonomia: financeira. A principal fonte de recursos do Estado é o tributo - discussão da reforma tributaria. O federalismo é clausula pétrea. A autonomia financeira é imprescindível na estrutura do estado e reflexo do poder financeiro vertical. Sem autonomia financeira, há cerceamento da autonomia em si, como um todo. Autonomia financeira: receita suficiente para fazer frente as despesas. O estado tem um gasto mínimo de manutenção da sua estrutura, de execução das funções básicas. Equilíbrio no balanço financeiro. Federalismo cooperativo: dentro do estado financeiro, o município passa a ter competência tributaria. A partir de 46 que se introduz a repartição de receitas tributarias. Chegou-se a conclusão de que apenas dotar os entes federados de competência tributária não é suficiente para chegar a autonomia financeira. Mesmo porque alguns impostos tem característica nacional, e quem tem que cobrar é a união, o que gera concentração da arrecadação na esfera federal. (70% da carga tributaria brasileira) Repartição de receita não e matéria tributaria, uma vez que quando o tributo entra nos cofre ele torna-se receita e sua repartição é matéria financeira. Núcleo constitucional da matéria financeira: arts. 160 em diante. (Mas a matéria começa no 157) Desconstitucionalização do direito tributário? A atividade financeira é decorrência da própria existência do estado. Nesse sentido, não é possível (não se pode) retirar as suas regras gerais do texto constitucional. Mesmo quando analisamos a constituição de um estado unitário, com centralização de poder, essas regras de tributário e financeiro estarão presentes no texto constitucional, mesmo que numa menor dimensão, pois a estrutura de estado fica mais complexa e requer um retraimento mais detalhado das atividades. Estrutura típica de legislação no direito financeiro. A estrutura legislativa no direito financeiro: regras constitucionais, lei complementar, leis ordinárias. A regras basilares são as mesmas para os estados, municípios e união, sob o risco de não se manter uma uniformização da atividade financeira dentro do Estado. (Decorrência do poder financeiro vertical) O dia a dia da atividade financeira é dado pelas leis ordinárias. O poder financeiro vertical é uma consequência natural da forma de Estado adotada (federalismo). B) Poder financeiro horizontal

Dentro de um mesmo ente federado. Autonomia financeira de cada poder. O Brasil adotou a princípio da unicidade do orçamento. Lei orçamentaria: vários orçamentos dentro de um só. Orçamento próprio do MP: “4o poder”. Todos os poderes também possuem funções administrativas, uma vez que decidem sobre seus próprios orçamentos. Necessidade de relacionamento entre os poderes para assuntos comuns, dentre eles, a atividade financeira, em função do orçamento uniformizado. Leis complementares: normas gerais de direito financeiro: • Lei 4320/64: lei federal ordinária recepcionada com status de lei complementar.

Discussão sobre sua modificação porque ela é uma lei quase que de "contabilidade pública". Como houve uma modernização dessas regras, faz-se mister essa atualização.

• Lei de responsabilidade fiscal LC 101: Traz uma aproximação, maior aplicação das

regras constitucionais. Negociações legislativas, com grande reputação política. Em tese, essas funções não deveriam influenciar na função principal de cada poder. Esse relacionamento que revela o poder financeiro horizontal. II - Conceito de direito financeiro: Ramo autônomo do direito público que estuda as normas jurídicas relativas a atividade financeira do Estado. Além do objeto próprio, tem legislação própria e princípios próprios. (Autonomia do ramo) Autonomia didática do direito financeiro. O conceito reflete a ideia de Estado financeiro. III - Estado financeiro: que busca receitas publicas Receita pública: ideia de captação de recursos. • Tributaria – derivada. Não é a única fonte de receita. • Patrimonial - originária. Emprego do próprio patrimônio para auferir receita. (Estado

como sócio da CEMIG e recebe dividendos). • Creditória - empréstimos. Limites para o endividamento. Limites: lei de

responsabilidade fiscal regula o endividamento. Ex: Estado de Minas Gerais. Para pegar empréstimo no exterior é necessária a autorização da União/Estado-país.

Despesa publica - Diferentes mecanismos de gasto. Deve ser também limitado. Despesas correntes

Orçamento (ou planejamento): Planejamento - Longo, médio e curto prazo: plano plurianual, lei de diretrizes orçamentárias e leis orçamentárias. Um possível ponto a se acrescentar seria a fiscalização, controle. Este encampa todas as atividades do estado. TCU: prestação de contas, MP: mecanismos jurídicos, Povo por meio da ação popular (todo o cidadão contra atos da administração publica), um poder fiscaliza o outro por meio do Check and balance, freios e contrapesos. Discussão das leis orçamentarias. 22/03 (monitor) Atividade financeira do Estado – Conjunto de ações previsto em lei com o objetivo de obtenção de receita e realização de gastos na necessidade e interesse público. Fiscalização e controle: muito ligado ao direito administrativo. Tribunal de contas, MP, ação popular, e fiscalização entre os poderes. A. Estado financeiro B. Estado patrimonial B. Estado de policia C. Estado fiscal (moderno) D. Burocracia administrativa fiscal A) Estado Financeiro: Evolução do Estado enquanto ente que exerce a atividade financeira. Divisão segundo Ricardo Lobo Torres. B) Estado Patrimonial: Do século XVI, onde prevalecia o caráter patrimonialista das receitas estatais. Ou seja, toda a receita do Estado advinha do patrimônio do soberano, do príncipe. Todo patrimônio do Estado pertencia ao soberano, que o concedia aos nobres, ao clero, etc. C) Estado de Policia: Principalmente na Alemanha e Áustria do século XVIII relativamente intervencionista. Começava a dar indícios de um liberalismo. Diferenciação entre o patrimônio do príncipe, do soberano, e o patrimônio do Estado. D) Estado Fiscal: Estado Moderno, uma manifestação do:

• Estado de Direito – Regido por leis que não eram publicadas pelo soberano como no Estado absolutista. Já havia um embrião de democracia.

Principais características:

• Burocracia Administrativa Fiscal – Divisão do trabalho para otimização da atividade financeira.

• Tributos – Grande importância para o Estado desde o Sec. XIX.

• Orçamento sofisticado – Passou a ter uma técnica prevista nas leis com o objetivo de mostrar para o cidadão como era gastado. Mais transparente, conseguindo administrar eficientemente os gastos.

Distinção em fases, por épocas:

• Estado Fiscal minimalista – Pouca intervenção estatal. Prestava pouquíssimos serviços públicos (educação, saúde, etc.): atividade arrecadadora e fiscalizadora crescente.

• Estado social Fiscal – A partir dos movimentos sociais – principalmente na Franca – surge o Estado Social fiscal. Todo o arrecadado com tributos era investido em fins sociais (garantindo direitos que se consolidavam como direitos sociais). A despesa publica se relacionava diretamente com a redistribuição de renda. Absolutamente intervencionistas, normas que protegiam os cidadãos (ex. CLT). Entrou em crise na década de 1970: inchaço do orçamento, gastava-se mais do que se conseguia arrecadar. Conceito de extrafiscalidade. (1945 – 1967: JK e Brasília). Grande intervenção estatal no domínio econômico. Lei orçamentaria de gastos públicos para garantir direitos sociais.

• Estado Democrático Social Fiscal – 1989, com a queda do muro de Berlim:

necessidade de diminuir a intervenção estatal e aprimorar a arrecadação tributaria. Aprimoramento do sistema normativo.

Princípios do Direito Financeiro Conceito de principio: Norma capaz de influenciar a cadeia sistêmica de produção normativa. Norma abstrata que induz a criação e aplicação de outras normas de modo a garantir a coerência do sistema jurídico. O direito financeiro possui princípios correlatos com direito tributário e direito administrativo.

a. Legalidade: inserida no texto legal. Art. 165. Tudo que é gasto do Estado deve estar previsto, em ultima analise por meio de lei. No caso do orçamento, deve ser de iniciativa do poder legislativo. Art. 167, Art. 150, I. Previsão da legalidade de maneira geral no ordenamento: art. 5º, II. (ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei) Regime jurídico de direito publico (conjunto de princípios que regem a atividade do Estado). Há exceções.

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais.

b. Economicidade: art. 70, CF. Aspecto orçamentário (gastos) e controle. Gastar pouco com o melhor resultado possível. Auferir o máximo beneficio utilizando a menor quantidade de dinheiro. O controle é feito pelo Tribunal de Contas. (Órgão legislativo)

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

c. Redistribuição de renda: aspecto do estado social fiscal, que tentava distribuir o que era arrecadado para quem precisava. Atrelado ao principio da capacidade contributiva do direito tributário.

d. Desenvolvimento econômico: Um dos objetivos da Republica, art. 3º III. Art. 170

e ss. Relacionado com a extrafiscalidade dos tributos. A extrafiscalidade é a capacidade dos tributos de, além de arrecadar, induzir determinadas condutas. Capacidade de direcionar e intervir na ordem econômica. Por exemplo, redução do IPI.

e. Exclusividade e universalidade orçamentaria: todo gasto e receita tem que

estar previstos na lei orçamentaria anual. Créditos extraordinários e suplementares podem ser adicionados. Art. 167, §2o.

f. Equilíbrio orçamentário: as despesas tem que corresponder as recitas. Questão

do endividamento publico.

g. Não afetação das receitas: Art. 167, IV. As receitas dos impostos não podem ser afetadas previamente a determinados gastos, fora as disposições constitucionais. Caso contrario haveria violação do art. 2º, separação dos poderes (legislativo x executivo). Elas servem para custear de uma maneira geral a atividade do estado. Problema: existem diversos dispositivos constitucionais criando exceções, estas viraram a regra. Art. 176, ADCT, DRU: 20% das contribuições específicas podem ser desvinculadas de seu objetivo. Emendas: 31, 53, entre outras.

Art. 167, IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;

h. Responsabilidade fiscal: Tem como objetivo principal garantir um gasto racional, probo. LC 101/2000 - lei de responsabilidade fiscal, que responsabiliza o gestor publico pelo gasto ineficiente, do dinheiro publico. Não é apenas de cunho patrimonial político. Endividamento publico pode ser sancionado segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal.

05/04 – caderno Jub VALOR PRINCIPIO NORMA Alguns autores seguem este referencial, de Miguel Reale, com algumas variações. Grau de abstração: do mais abstrato para o mais concreto/ positivo. Teoria positivista Kelseniana: Valor não esta englobado no ordenamento jurídico. Caso ele fosse absorvido, seria transformado em norma. O princípio é uma norma como as outras, contudo, com maior abstração, não devendo nunca ser aplicado sozinho dentro de um ordenamento. Valor afeta a análise hermenêutica: dependendo do conceito de justiça as demais concepções filosóficas e ideológicas serão diversas. 1. Justiça (financeira e fiscal). Art. 37 caput – O Estado no seu agir deve se pautar pela eficiência: buscar o que melhor atende no ponto de vista econômico e de resultado. Ex.: “Terceirização” do serviço público ou não. Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: Emenda 42/2003 – Determinou que a atividade tributária é especial do estado: todo o processo deve ser realizado por ele, por servidores concursados. Art. 145 CRFB – Capacidade contributiva; quem tem mais paga mais. Diversas formas de capacidades contributivas – Diversas formas tributárias. Com a tributação, tira-se do cidadão parte de seu patrimônio. O Estado deve tirar de cada um proporcional a sua capacidade de contribuir, de modo a não afetar sua capacidade pessoal ou familiar. Redistribuição: na hora de aplicar os recursos dentro da ideia de Estado democrático de direito, os beneficiados seriam aquelas que pagaram menos. Princípios (2) 2. Equidade – Não pode resultar na dispensa de tributos previstas em lei. Extremo grau de abstração.

a. Equidade financeira – É um plano de custear o Estado de forma isonômica, adequada, de forma a respeitar o cidadão. Equilíbrio que se deve ter ao promover o custeio da atividade econômica do Estado. Releitura dos últimos dois princípios acima. Isonomia em seu aspecto material. Promoção do desenvolvimento econômico é uma forma de propiciar igualdade.

b. Equidade entre regiões – Tratar isonomicamente as regiões. Cada região de acordo com suas particularidades. Quem é desigual deve ser tratado de maneira desigual. Parte dos tributos são direcionados para instituições como BNDS e Banco do Nordeste (repasse obrigatório) para a promoção da igualdade regional. Há ainda repasses voluntários (ex. Estado transfere dinheiro para um município para ajudar no combate à dengue) combatendo a desigualdade regional. Federalismo cooperativo na redemocratização: a solidariedade na arrecadação entre entes federativos é da própria essência do federalismo.

Art. 150, V – incentivos fiscais para combate à desigualdade entre as regiões. Comum nas regiões norte, nordeste. Atrair desenvolvimento econômico reduzindo um dos maiores custos da atividade econômica que é o tributo, o que concede competitividade. Contudo, o maior centro consumidor, atrativo para a empresa, encontra-se no sul e sudeste. As implicações logísticas ainda não compensam. Ex.: Ford na Bahia, Fiat em Pernambuco, discussão de reativar a zona franca de Manaus. Art. 170 - Instituições financeiras devem se pautar pelas diretrizes do art. 192 caput. Principio da simetria constitucional: não só no aspecto Brasil/ regiões e estados, como também no aspecto Estados/ regiões do estado e municípios.

c. Equidade no federalismo – Baseia-se na ideia de atuação solidária. Foco em receita tributária; repartição de receita buscando autonomia financeira, que pressupõe receita suficiente para manter suas despesas (funções constitucionais). Ex. Cidades-polos congregam todo o atendimento de saúde – implica investimentos Estaduais e Federais; políticas públicas, já que saúde é responsabilidade de todos. Impacta a atividade financeira do município, inclusive empresas privadas. Principio da x. Trabalhar com receita E despesas para atingir autonomia financeira. P.S: Judicialização da saúde: pedir remédios para Município, Estado, União.

d. Equidade entre gerações – Despesas e empréstimos públicos: não se pode

adotar políticas publicas que vão gerar, financeiramente, compromisso do entre federado nos exercícios financeiros futuros de modo a, em casos extremos, dificultar ou impossibilitar a sua subsistência. Ex.: Renegociação de dívida publica. Endividamento, ocorre, via de regra, com previsões de pagamento a longo prazo. Ideal seria haver crédito publico. Hoje há comprometimento com despesas passadas, devido a empréstimos que não seriam pagos na própria gestão. Lei de responsabilidade fiscal trouxe limites para essa responsabilidade (ex. despesa com pessoal que impede o funcionamento). Empréstimos públicos e despesas: cargos concursados, por ex.

3. Segurança jurídica – Mais concreto do que os princípios anteriores. Relativização (?), devida a formalismo exacerbado.

a. Legalidade – Muito restrito. Válvula de escape para a legalidade no sentido de lei no seu sentido formal em relação a origem/legislativo: Medida Provisória (desvio de

função dos poderes), que comporta simetria (?). Não se admite MP em direito financeiro, a não ser em casos extremamente extraordinário. Dificuldade na aprovação: leis orçamentárias.

b. Transparência – Lei das informações. Positivada na constituição, em cada

bimestre o executivo tem que publicar um relatório acerca da execução financeira. Controle mais comum é concomitante, aspecto macro, no decorrer da execução orçamentária. Ideia de transparência semelhante na área tributaria.

12/04

c. Anualidade - O ano deve ter o orçamento previsto em avanço: a Lei orçamentária aprovada em um ano deve regular todo o ano seguinte. O planejamento financeiro do Estado se renova ano a ano; programação de ano a ano (dentro da fatia em que tem liberdade). Lei orçamentária tem a previsibilidade do ano. Declaração de imposto de renda. Evolução da atividade financeira dentro do exercício (e. fiscal). Anualidade é Constitucionalmente prevista: sazonalidade. A atividade financeira depende da atividade empresarial (recolhimento de tributos como maior fonte de receita). A LC vincula o exercício fiscal ao ano civil, o que não é imprescindível (ex, nos EUA, RU). Apenas necessário um marco de 12 meses. Não existe mais no direito tributário como no financeiro: o tributo para ser cobrado devia obter prévia autorização ou previsão de receita no orçamento, cujo planejamento era encerrado no primeiro semestre. Assim, a meta do tributo já deveria ser prevista neste primeiro semestre. Tal concepção foi eliminada: a lei tributaria, como lei ordinária equiparada a lei do orçamento, poderia alterar esta ultima, possibilitando a cobrança imediata no exercício seguinte, a anualidade foi substituída pela anterioridade. A maneira anterior era mais favorável à segurança jurídica e ao cidadão que poderia se organizar em relação ao custo extra. Art. 150, III, d) e c). A anualidade impede que se tribute riquezas sem observar o prazo anual. O patrimônio é uma riqueza na qual se baseia a capacidade contributiva (Impostos mensais). A cada ano é reavaliada a capacidade econômica para renovar o custeamento do estado. (Se tem o apto., tem capacidade de mantê-lo). Em 1992. No imposto de Renda pessoa jurídica: Fechamento trimestral, lucro real ... Criticou-se a constitucionalidade: se é anual, deve ser cobrado anualmente. STF entendeu diferentemente: o trimestre garante um período de planejamento, que é o mais importante (de um trimestre para o próximo).

Esta ligada ao planejamento financeiro do estado, que deve se renovar de ano a ano. A anualidade define marcos. Idéia de exercício fiscal. Próprio não só da vida do Estado, mas também da atividade empresarial e pessoal. A lei brasileira vincula o exercício fiscal ao ano civil. Isso, entretanto, não e obrigatório. O principio da anualidade, tal qual existe no direito financeiro, já não existe mais no direito tributário. O STF acabou com o principio. O tributo, para ser cobrado, tinha que ter autorização ou previsão de receita no orçamento. Normalmente, fecha-se o planejamento com o fechamento do primeiro semestre. A idéia e que o estado tinha que realizar um planejamento prévio, com muita antecedência. Isso foi eliminado: a lei tributaria é

ordinária, assim como a da orçamento, e pode modificar a ultima. Principio da anterioridade tributaria. (Art. 150, inciso 3º, alínea c e d da CF) Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios III - cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou:

c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; Reflexo da anualidade do direito tributário: IPTU, por exemplo, é cobrado uma vez por ano, pois a anualidade impede .... Atualmente, a condição econômicas é reavaliada. A anualidade impõe limitações a forma de cobrança do tributo. Se o estado planeja sua riqueza anualmente, o cidadão também o fará da mesma forma. Logo, se o município tentar aumentar a cobrança em espaços menores, isso é inconstitucional. A base dessa argumentação é justamente o principio da anualidade do direito financeiro. Obs.: evolução do imposto de renda da PJ (trimestral). Discussão: renda é conceito constitucional ou infraconstitucional?

d. Unidade do orçamento – Deve-se captar toda a realidade financeira do Estado.

e. Universalidade do orçamento - Toda receita e toda a despesa deve ser prevista no orçamento. Se entrar um dinheiro extra, ele não poderá ser gasto se não estiver discriminado no orçamento. Importância de não se gastar sem previa previsão legal, constitui crime se o fizer. A dotação é ampla.

f. Exclusividade – Principio similar no direito tributário. A lei orçamentaria não deve

ter previsão de outras matérias. E nem a lei que trate de outras matérias, não deve ter assunto vinculado a direito financeiro e tributário. Isso busca a maior transparência na gestão da atividade financeira. Maior possibilidade de “ficar de olho”.

g. Não afetação da receita - Gera divergência dentro da classificação das espécies

tributarias. A diferença maior entre as espécies é a ideia de afetação ou não da receita. A regra geral é de não afetação da receita, isto é, a receita auferida pelo Estado não pode ter carimbo, limitação de quantia ou destinação. O direcionamento dos gastos deve ser objeto de proposta do estado, e aprovada pelo legislador, para que este não fique engessado. (Exceção a não afetação das receitas). Isso foi aprovado porque há uma desconfiança generalizada dos gestores.

Art. 167, inciso IV: traz essa disposição para os impostos. Esse dispositivo foi alterado por duas EC e a receita dos impostos pode hoje ser vinculada a fundos de educação e saúde ou a despesas com a melhoria da arrecadação publica. Nesse sentido, a exceção foi ampliada. O imposto que tem receita vinculada não deixou de ser imposto por causa disso, uma vez que a destinação da receita é objeto do direito financeiro, não tributário.

Exceção: saúde, educação e gestão tributaria e art. 177, CF. Existem contribuições sociais com objetivo de arrecadar para garantir a seguridade social. A recita das contribuições, portanto, deve ser vinculada a estas finalidades. Discussão. Obs: tributo é gênero.

h. Especialidade do orçamento: tratada em três pontos.

• Quantitativa - programação numérica da atividade financeira do estado. Quanto esta previsto para gastar e arrecadar exatamente, em número.

• Qualitativa- analise do orçamento dentro do seu conteúdo. O estado esta planejando seus gastos dentro do exercício. Quanto vai gastar com pessoal, com isso e aquilo e quanto vai arrecadar com outros setores.

• Temporal - vinculado a periodicidade do gasto. Como, por exemplo, no caso de uma obra grande, que estará vinculada a mais de um exercício, deve também estar prevista,a além da lei orçamentaria, na lei de plano plurianual e de diretrizes orçamentarias.

i. Destinação publica do tributo: ligado a ideia de afetação da receita. (Vide acima)

ideia de que a receita deve ser gasta com serviços públicos essenciais. Mas o que realmente são serviços públicos essenciais? Muito vago.

Síntese: • Equilíbrio: orçamentário e financeiro. Equilíbrio ao planejar e executar. Grande norte da

CF em matéria de atividade financeira do Estado: em planejar e executar. Para isso é necessário criar limites, como:

• Responsabilidade fiscal: derivativo do equilíbrio. Não gastar mais do que o

arrecadado. Regulada na CF e na lei de RF. • Igualdade: Justiça e equidade, no EDD, a igualdade deve nortear todas as normas,

segundo art. 5º da CF. • Devido processo legal: necessidade de maior controle da atividade financeira do

estado no seu aspecto qualitativo e não quantitativo. Ir além da concepção formalista, verificar se o mecanismo de arrecadação e de gastos repetiam as diretrizes do EDD

• Ponderação e razoabilidade: referencial teórico. Dworking e Alexy. Nada mais

conveniente do que principio da razoabilidade e proporção. Para o professor, isso é argumento hermenêutico e não jurídico, e devemos buscar novos tipos de referencial teórico, conveniente ao discurso argumentativo.

PRIMEIRA PROVA

19/04 Receita publica Receita x ingresso A receita tem caráter vinculativo naquilo que se refere a integração dos valores ao patrimônio do estado (patrimônio lato sensu, não patrimônio publico). A receita se incorpora ao conjunto de bens e direitos do estado. Alguns entendem também que para ser receita não pode haver nenhuma contra partida de passivo (despesa futura). Empréstimo é, por exemplo, receita com despesa futura. Ingresso: Existe ainda um outro tipo de receita, sao aqueles que entram nos cofres públicos, mas não são de sua titularidade. Nesse sentido, ela não entra como ativo. É o caso, por exemplo, de deposito judicial. Empréstimo compulsório: tributo restituível. A lei que institui este tributo tem que estabelecer quando este empréstimo será devolvido. Não é mais utilizado justamente porque nunca ocorria a restituição. A melhor distinção se baseia no fato de que a receita esta ligada a idéia de titularidade, ainda que tenha contraprestação. O que não é de titularidade do Estado não é despesa, mas ingresso. Obs: diferença entre SELIC e IPCA. O IPCA é aplicado em tributos municipais e diz respeito a taxa de inflação, portanto, é recomposição do valor da moeda (restituição da perda do valor). Classificação A. Receita ordinária: esta estimada no orçamento por se tratar da receita prevista

quanto a sua realização no exercício seguinte. B. Receita extraordinária: ligada a eventos não previsíveis quanto a efetividade da

entrada daquela receita. Por exemplo, uma doação. Não há como fazer uma previsão desse tipo de receita.

Esta vinculada a idéia de previsibilidade e autorização legal. No caso de uma distribuição de dividendos de uma empresa em que o estado é acionista, mesmo não sabendo o valor exato do calor de dividendos, essa receita não deixa de ser previsível. Também é esse caso o da multa. A. Receitas originarias: quando é proveniente da atuação estatal ou da utilização do

seu patrimônio. Ela decorre diretamente do Estado. Todo e qualquer dividendo, por exemplo, é receita originaria. É o caso também de PPP, da utilização do ônibus ou da receita proveniente do aluguel de um imóvel do Estado.

B. Receitas derivadas: vinculadas ao poder de império do Estado, isto é, a lei determina. Ligada a idéia de compulsoriedade.

Paralelo entre preço publico e taxa. O preço publico é facultativo enquanto a taxa é compulsória. O primeiro esta ligado a idéia de contrato administrativo enquanto o segundo esta relacionado a compulsoriedade do tributo. A. Receitas fiscais: vai pro fisco direto da realização das funções publicas. Arrecadação

direta aos cofres públicos. B. Parafiscais: direcionamento de receitas para outras entidades ainda que vinculadas

ao poder publico. A arrecadação tem finalidade de custeio especifico. Por exemplo, taxa ambiental federal, cuja receita vai para o IBAMA.

Obs: extrafiscalidade: direito tributário. Utilização do tributo com a finalidade de política publica. Por exemplo, IOF. Ele aumenta ou diminui de acordo com a demanda do mercado financeiro. Essa distinção quase não é mais usada atualmente. Renúncia de receita (art 14, LRF) Deve ser tratada como despesa. Para incentivar o consumo, o Estado abre mão de um tributo ou diminui este. É toda e qualquer forma de exoneração. Não importa a forma pela qual se reduz a receita, é preciso justificativa e projeto de lei. - medidas compensatórias: o equilíbrio (tanto orçamentário quanto financeiro) deve permanecer. - competência tributaria característica: o seu exercício não é facultativo, mas obrigatório para atingir a idéia de responsabilidade fiscal. O professor discorda dessa visão, pois a CF não institui tributo, ele outorga poder para isso. Quem vai decidir no final teoricamente é o povo no Estado democrático de direito. Tornar a competência tributaria obrigatória é incompatível com esse raciocínio. - Ideias: Se não se cobra, não se precisa de recurso. Assim, não se pode pedir empréstimo etc. 03/05 Classificação legal das despesas (Lei 4.320) Criada com a finalidade de padronização das despesas orçamentárias, para padronizar a contabilização (contas contábeis do orçamento publico). Entre os Entes federados deve-se utilizar a classificação, bem como entre instituições publicas. A padronização dos conceitos de despesas permite comparação entre entes federados. Evita que sejam desrespeitados os limites de gastos impostos pela legislação (“maquiar gastos”).

1. Despesas correntes A) Despesas de custeio - necessárias para assegurar o funcionamento dos entes/serviços políticos, inclusive obras de conservação. B) Transferências correntes: aquelas destinadas a criar rendimentos para indivíduos sem qualquer contra prestação de bens ou serviços, bem como aquelas destinadas a subvenções a instituíres publicas ou privadas em que haja interesse estatal. • Subvenções sociais • Subvenções econômicas - financiam determinadas atividades necessárias ao

desenvolvimento do pais. 2. Despesas de capital: se caracterizam por gerarem modificação no patrimônio publico. Dentre elas, temos três tipos A) Despesas de investimento: são aquelas que não geram rendas ao Estado. Nao gera

acréscimo patrimonial por si só, mas ainda assim são necessários. O investimento clássico são as obras publicas. Aquisição de equipamento para instituições também é despesa de investimento, vez que aumenta o patrimônio, apesar de não gerar renda. Outro exemplo é a participação em um aumento de capital de uma empresa que não vai dar lucro (EMBRAPA, por exemplo), mas necessário para desenvolver um ramo da economia. Esse caso só vale para empresas não rentáveis.

B) Inversões públicas ou inversões financeiras: aplicações feitas pelo Estado passíveis de geração de renda. O Estado coloca dinheiro em um negocio passível de gerar renda. Existe a possibilidade de renda, mas não é certa. Um hospital, por exemplo, não será vendido e, portanto, não vai gerar renda. No entanto, um prédio comercial e passível de renda, com foi o caso, por exemplo, do deslocamento para a cidade administrativa. Aquisições de títulos, participações em fundos, e qualquer outra imersão onde o Estado entra com o recurso e esse pode ser revertido em renda futuramente.

C) Transferências de capital: transferências para investimentos ou inversões a serem

realizadas por outras instituições publico ou privadas, independente de contraprestação destas instituições. O principal exemplo de transferência é a amortização da divida publica. A forma como se da essa transferência é irrelevante, o que importa é que vai acontecer uma transferência a ser destinada a investimento ou inversão. Auxílios financeiros para outras instituições - Ex. BNDES, que recebe recursos do governo para realizar os empréstimos.

As classificações influenciam, por ex., cumprimento de metas.

10/05 e 17/05 Orçamento público: Planejar a vida financeira do Estado, receitas e despesas. O planejamento começa com: A) Plano Plurianual Ideia alemã, modelo de gestão publica. Programas e metas governamentais: Ex. créditos institucionais (realização de despesa a partir do órgão ou da entidade publica, c/ subdivisões, é possível identificar o que cada órgão ou entidade planeja de gasto) ou programáticos (determinado programa social etc.). Ex. do questionamento da Petrobras, que não seria capaz de cumprir a meta. Ex. do metrô e do discurso político (verificar o plano plurianual para verificar os projetos políticos) ex. do programa social que não pode ser iniciado em ano de eleição, exceto se for de execução continuada. Tem 4 anos e estipula metas governamentais de longo prazo (programática). • Planejamento: - desenvolvimento econômico - equilíbrio regional - estabilidade econômica Inclui: • Despesas de capital • Programa de duração continuada: bolsa família (complexo eleitoral). Progaramas

econômicos que ultrapassam exercícios devem estar incluídos. • Planos regionais e setoriais: Quais serão os segmentos econômicos prioritários/ que

pretende-se desenvolver? Ultimamente: infra-estrutura e saneamento. O planejamento é integrado; nele é possível encontrar a politica de investimento do Estado. Ex.: MP dos portos, infra-estrutura do setor produtivo torna o custo Brasil mais alto, devido a problemas de logística (ampliado ainda pelo setor trabalhista). Integração de recursos e esforcos governo-inicativa privada nos portos. Ex2: mudança na lei de contratação para a copa. Demonstra quais serão as prioridades; polos de desenvolvimento regional. Ex: Sergipe como canteiro de Obras; MS, MT com foco agrícola, de grãos, devendo haver escoamento para exportação. Vale construindo ferrovia com dinheiro próprio e subsidio estatal (dinheiro que sai do publico e vai para o privado, direta ou indiretamente).

OSIP: está organizada, tem aportes de recursos, já passou por uma auditoria, consegue receber recursos públicos com maior facilidade. B) L.D.O. – Metas e prioridades para o exercício financeiro

Médio prazo, entre o PPA e Lei Orçamentária. Dentro das grandes metas governamentais, do plano mais a longo prazo, a curto prazo, qual a prioridade ? A lei de responsabilidade tentou transforma-lo em plano trienal, vez que, passando de um exercício para o outro, estar-se a no PPA e Lei orçamentária. A LDO seria um destaque de prioridades do que o governo irá priorizar, no exercício seguinte, na Lei Orçamentária. É factível e necessário: facilitar a gestão publica e o impacto disso no setor privado. Lei aprovada no primeiro semestre que irá direcionar a Lei orçamentária, (prioridades na elaboração do orçamento) sem o mesmo detalhamento desta. A LDO é enviada quase concomitantemente a LO. É uma visão inicial do governo no exercício seguinte em termos de atividade financeira. Pode-se alterar tudo na LO, inclusive alterando a LDO. Uma não vincula a outra. As regras de planejamento de Estado deveriam ser mais rígidas, impedindo que se altere substancialmente o planejamento. A flexibilidade afeta tudo o que já foi realizado nestes setores. A vinculação, no sentido de adequação apenas seria o ideal. Perde-se assim um pouco do interesse. O que interessa de fato é a lei orçamentária. Políticas das agencias de fomentos – Comum em Bancos Estatais (BNDS). Recursos alocados por meio de investimentos em infraestrutura e econômico óleo e gás, financiamentos. É prioridade do governo. Tem que passar necessariamente pelo planejamento do Estado. É uma das razoes para a Uniao captar a maior parte dos recursos. Em MG; BDMG, e Codemig – coordenou a construção da cidade administrativa, participando ativamente. Limitação da LF: interessa ao servidor publico gastos com pessoal. Deve-se garantir que o Estado tenha recursos para cumprir suas funções, o que não ocorre quando seu orçamento esteja comprometido com folha, gastos de custeio. Um dos balizadores do Estado é fomentar a economia. Proposta dos poderes – Regulado na CRFB – Orçamento do poder judiciário, do MP. Os poderes devem ter seus orçamentos delineados na LDO, e depois na Lei Orçamentária. Questão do novo TRF, unificação dos TJs. Cotidiano da administração publica, todo o gasto dessa deve passar pela LDO. Planejamento da execução financeira, por estimativa. Lei de responsabilidade fiscal. C) Leis orçamentarias Orçamento fiscal, seguridade social e investimento em Empresas Estatais. Dentro do orçamento que é único, há duas partes separadas. Uma parte, detalhada, deve ser sobre seguridade social, para que a visualização seja mais clara. A outra parte é o orçamento fiscal. É importante garantir que esta não seja mascarada como despesa de custeio. Servidores Publicos: não mais aposentadoria integral. Possibilidade de entidade de previdência complementar. As despesas de capital nas empresas, da administração indireta, é importante para o setor privado visualizar quanto o Estado vai colocar de recursos na economia. Leva a repercussão direta na movimentação do setor econômico. Lei Formal – não se questiona o conteúdo. Execução: Ou o dinheiro é gasto ou está em caixa. Governo acumula o que pode e gasta nos dois últimos, em razão da eleição.

Natureza jurídica: a) Lei formal b) Lei material

Crítica ao planejamento brasileiro: a lei pode ser alterada por lei ordinária a qualquer momento, podendo-se fazer as adequações necessárias a qualquer tempo. Crédito Publico – O governo pode tomar dinheiro emprestado, é o maior tomador de empréstimo no Mercado Financeiro. Títulos de divida publica para se financiar. Divida interna: quantidade de titulo que o governo emitiu e colocou no mercado financeiro, e que os particulares detém. Existem a custo, médio e longo prazo; quanto mais estável o país, maior o prez dos títulos. Boa parte dos fundos deve investir um percentual em títulos públicos, assim como bancos. Acaba fixando os juros de mercado. • Limites - Devido a irresponsabilidade de gestores, os limites constitucionais são complementados pela LRF. Problema de antecipação de receitas orçamentárias. É um credito com baixo risco de inadimplência, so pode se liquidado no mesmo exercício. A receita deve dar conta do custeio, o que limita o endividamento. • Externo – Capacidade de endividamento deve estar liberada e deve-se obter autorização do Senado Federal. Deve-se evitar o calote, impossibilidade do gestor de pagar dividas. • Principios: Créditos orçamentários: Orçamento com planejamento, previsão de despesas e receitas. Despesas fragmentadas (classificação contábil: como representar despesas e ativos). Contabilidade ligada a lei 4.320: segmentado e planejado. Quando se pretende alocar uma despesa publica, valor de cotação orçamentária: despesa para aquele tipo de gasto. Credito orçamentário dentro da dotação orçamentária: valor separado da dotação. Dotação orçamentária: valores alocados, dentro da despesa, e para aquele tipo de gasto. Dentro da dotação, separa-se credito para, por ex. uma licitação especifica, para depois se realizar. Ex: despesa de pessoal, de custeio. Quando a dotação acaba anteriormente, não podendo fazer pagamento sem dotação, necessários: Créditos institucionais: realização de despesa a partir do órgão ou entidade publica. É possível identificar o que cada órgão ou entidade planeja de gasto. Créditos programáticos: Obs: analise econômica do orçamento pela iniciativa privada, pelas empresas interessadas em determinados setores. Por exemplo, por estarmos em época de copa. Outro exemplo, da Petrobras e sua capacidade de explorar o Pré-sal. Quem divulga esses dados são as empresas privadas interessadas, isto é, o próprio mercado que se interessa. Para saber se o planejamento do Estado esta de acordo Podemos fazer varias leituras do orçamento, de acordo com o interesse político. Critica ao planejamento orçamentário do Brasil: muito maleável, pode ser alterado por lei ordinária.

De todo modo, a leitura é bem simples, e fácil de ser argumentada, com base sempre nas previsões orçamentarias. Esse tipo de despesa entra em despesa de capital, que pode sempre ser questionada mas também justificada por estudos. As despesas são segmentadas e vai existir um plano contábil dentro das empresas privadas. Reformulação pois o Brasil passa a adotar normas internacnais.mno setor publico, a contabilidade publica esta aplicada na lei 4.320. Quando pretende-se realir uma despesa publica, e preciso alocar a dotação orçamentaria. O credito especifico dentro dessa parte é o credito orçamentário. Dotação orçamentaria: existem valores alocados nas despesas para a realização daquele tipo de gasto. Dentro dela, o credito para aquela atividade especifica é separado, é o credito orçamentário. É comum, nesse sentido, leis que aprovam créditos orçamentarias dentro das despesas. Créditos adicionais: dentro da despesa corrente, existe por exemplo o pessoal. O estado faz um planejamento inadequado e, no final do ano, a despesa prevista para o custo com pessoal acaba. Nesse caso, são alocados créditos adicionais. Especificamente aqui, são créditos adicionais suplementares, que possibilitam finalizar o exercicio cumprindo as obrigações. É preciso, claro, justificar o equilíbrio: ocorreu receita a mais, essa despesa vai ser substituída por outra, a receita também foi mal planejada, etc. • Suplementares – Já existem valores dotados, mas estes não foram suficientes para

aquele exercício. Precisa-se finalizar o exercício cumprindo com todas as obrigações. Deve-se justificar/corrigir por meio de receita extraordinária, ou cortar outra dotação, para alocar à aquela especifica (equilíbrio orçamentário do Estado).

• Especiais: existe uma despesa que deveria ter sido prevista mas não foi no orçamento. É preciso então criar a dotação e, em seguida, um credito adicional especial. Isto esta ligado a , ausência de planejamento ou orçamento de grande porte em que a variedade de situações muitas vezes não da para ser prevista no orçamento. Em qualquer dessas situações, é preciso lei prevendo. Para realizar esse remanejamento, é preciso autorização legislativa.

• Extraordinário: despesa não foi prevista, mas também não era previsível (diferença do

especial, que não foi previsto mas era previsível). O extraordinário tem uma exceção especifica permitindo a utilização de MPs, por envolver a ideia de calamidade publica ou forca maior da situação (idéia de imprevisão). Traz muitas consequências administrativas, uma vez que é preciso que o administrador deve decretar o estado de calamidade publica previamente.

Realização da despesa: Previsibilidade orçamentaria: planejamento específico. Quando o gestor vai efetuar o pagamento, esse pagamento é tido como procedimento, que muitas eles se instaura

desde a licitação. O procedimento técnico envolve o empenho e a liquidação para, por fim, realizar o pagamento. • Empenho: reserva da dotação, do credito orçamentário previsto. Solicitação do

empenho, através de um documento. • Liquidação: verificação por parte do adm publico se o empenho foi efetivamente

entregue, executado. Muitas vezes a medição pode não condizer com a realidade. A liquidação é como se fosse uma segunda verificação. Na pratica, isso é raro de ser feito.

• Pagamento: permitido após as duas etapas anteriores. Obs: tomada especial de contas. Procedimento instaurado dentro do TCU para verificar uma possível irregularidade na realização da despesa. Tendência atual: responsabilidade do procurador, pelo seu parecer opinativo. Se o ato era ilegal, quem emitiu a opinião e incentivou o administrador também é responsabilizado.

SEGUNDA PROVA (24/05)

31/05 – Feriado. 07/06 – Jub

• Uma serie de regras constitucionais e infraconstitucionais são de observância obrigatória vez que levam em conta algo de interesse direto do cidadão, qual seja, a gestão dos recursos públicos. Além disso, há um viés político; carga tributária que não traz o retorno esperado, trazendo necessidade do controle da despesa (se esta fosse alta, mas houvesse retorno para o cidadão, não haveria inconformismo tão grande por parte do cidadão à exemplo dos países europeus). – Direitos; tributário, financeiro, administrativo - conjugação. Exemplo de administrativo+financeiro em relação a gastos com pessoal, limitado na Lei de Responsabilidade Fiscal (problema dos cargos em comissão).

• Se os dispositivos constitucionais e infraconstitucional estão sendo observados, o controle depende de fiscalização. Estas atividades são muito valorizadas dentro da administração publica (pela função, pela remuneração e pelo poder de barganha).

Controle e Fiscalização

a) Contábil – Materialização da pessoa jurídica se dá pela contabilidade; toda receita ou despesa deve estar obrigatoriamente contabilizada. O mesmo ocorre com a administração pública. Toda movimentação financeira realizada pelo Estado tem registro contábil obrigatório (daí a necessidade de conceituar e classificar receitas e despesas em Lei). A contabilidade deve expressar cada vez mais a realidade patrimonial das pessoas jurídicas e as realidades das suas funções. Necessariamente ligado ao princípio da transparência: LRF - Envio obrigatório de relatórios bimestrais ao Tribunal de Contas, sendo que estes

devem ser públicos. O TC deve exercer efetivamente o controle, mas não apenas ele, mas também cidadãos, OCIPs e ONGs.

• Documentos sigilosos podem ser sigilosos por apenas algum tempo, devendo ser disponibilizados posteriormente. Segundo o prof. o acesso a certidões positivas deveria ser amplo e irrestrito, vez que permite fiscalizar se o Estado está ou não cobrando.

• Todo registro contábil deve ter valor monetário. • Obs.: Ciência contábil é ciência à parte, com princípios e regras próprios. Contador

tem função não apenas de registro, mas também de controladoria. • Ex. Cruzamento de informações de registros contábeis; entre empresa publica de

capital aberto e órgão público.

b) Financeiro – Dentro do discutido nas leis orçamentárias. Controle da execução orçamentária. Correspondência dentro dos limites, vez que orçamento é apenas previsão. Só pode fazer o financeiro quando houve previsão orçamentária, mas não necessariamente o orçamentário, planejado, previsto, vira o financeiro, o executado. Em sistemas de TI integrados, o lançamento financeiro é também contábil. Onde não há integração, o lançamento financeiro é feito primeiro, e depois enviado para o contador. O financeiro é o gasto, receitas e despesas realizadas no dia-a-dia. Há divergências de interpretação naturais entre fiscal e empresa/gestor e, por vezes, desconhecimento por parte destes.

• Questão: sistema único (?) – favoreceria a unificação e reduziria as divergências. Contudo, há diferentes entendimentos nos TCs da cada Estado.

c) Orçamentário – Entra no mesmo sistema do financeiro; o controle

orçamentário, de previsão, é confrontado com o financeiro, que é confrontado com o contábil. O sistema permite realizar o controle em vários níveis.

• O orçamento está dentro do sistema; o sistema bloqueia, não permite gastos além do orçamento impondo limites ao gestor.

d) Patrimonial – Da evolução patrimonial, com reflexo no contábil (todo bem é

ativo). No caso do Estado: controle físico de bens materiais (Placas e código de barras). Obs.: depreciação do bem (TR).azer ao valor presente, normalmente de bens móveis

• Todos os controles fazem parte do controle financeiro do Estado. Subvenções, subsídios e renúncia fiscal Subvenção - Despesa corrente: Transferência de recursos para entidades que irão cumprir finalidades de interesse público. OCIPs e ONGs. Subsídios – Idem: Transferências para empresas que irão cumprir finalidade econômica. Abrir Mao de valores pela administração para subsidiar a atividade econômica (ex. juros subsidiados; BNDES, é dispêndio) Renúncia fiscal – Deixar de receber, abrir mão de receita publica para beneficiar algo, é considerado receita publica. No caso de renúncia fiscal: para de isenção de impostos. Também tem finalidade econômica, como o subsídio. Controle

a) Interno – Controladorias (Ex. controladoria geral da Uniao/ do Município, etc.). Ouvidoria (não é propriamente um controle, mas apenas captação de informações, controle menos direto, por meio de denúncias). Auditorias

internas.órgao de controle interno, como secretaria. Deve ser complemento de atuação junto com o controle externo. De auxilio ao controle externo com relação a informações, solicitações etc.

• Problema: nomeações políticas. Quando a irregularidade é grave: deve-se denunciar imediatamente para o MP e o TC. Problema dos reflexos políticos. Tem melhorados consideravelmente. O ideal seria um quadro concursado. b) Externo – Tribunal de Contas, MP, (Legislativo, Cidadão, entidades da

sociedade civil). O externo formal é o TC, principalmente, e o MP, em função da independência dos dois órgãos, ainda que associados ao legislativo e executivo. MP: Função de controle da gestão. Controle externo do cidadão via ação popular: é inviável por ausência de capacidade de fundamentação econômica. Sociedades do terceiro setor da sociedade civil: bancadas financeiramente, ainda que motivadas por interesses políticos.

Destinatários Momento de realização

a) “a posteriori” – É a regra, e predomina. Envio de contas após o exercício. Mitigado com previsões constitucionais, com a lei de direito financeiro e LRF.

b) Simultâneo – Enquanto está ocorrendo o ato. Ex.: suspender obra. Transparência:, relatórios no curso do exercício financeiros disponibilizados na internet .

c) Prévio – Difícil principalmente considerando a qtde e dimensão territorial de entes federados. A motivação é quase sempre denuncia, e não controle prévio efetivo. Ex.: Edital com vicio legal.

MP – Especifico (?) e geral. Ambos com poderes, autonomia e independência para apurar irregularidades. Deveria desempenhar um papel importante de fiscalização e controle. Problema da independência dos promotores: não há entendimento fixo e evidente da instituição (conluios políticos). Atuação deve ser uniformizada, não isolada, sob risco de evidenciar perseguição. O problema da fiscalização não é do sistema jurídico que é completo em relação à faculdade de controle. O problema é o efetivo exercício. Funções do TC – Controle institucionalizado, da União, dos Estados e é previsto para os municípios. Contudo, pelo risco de se tornar um elefante branco, apenas RJ e SP tem TCs. Os demais se submetem ao dos Estados. É vinculado ao legislativo mas tem independência de atuação, segundo a Constituicao. Os conselheiros do TC tem todas as prerrogativas do judiciário. Seus membros são qualificados, pela boa remuneração. A concepção prática é boa e o TC efetivamente fiscaliza. Ainda que demore. Todas (?) tem prestação de contas. Todo convenio tem obrigatoriamente prestação de contas específica; transferências voluntarias e subvenções e subsídios; toda circulação de dinheiro publico deve gerar prestação de contas. Há prestação de contas gerais e especificas; estas ultimas no caso de convênios. Seus conselheiros (não) são concursados e (/mas) nomeados pelo (?).

a) Apreciar as prestações de contas b) Atos de admissão e aposentadorias – Revisão de legalidade; de controle nesse

sentido. c) Auditorias técnicas – Há as regulares e as especiais, quando é detectada ou

denunciada uma suspeita de irregularidade. d) Fiscalizar e suspender a execução de obras – Se a regularidade é sanável,

costuma se dar prazo para correção. Quando não é: quando há suspeitas de

superfaturamento ou desvio, o TC tem poder de suspender a obra. Ex. do aeroporto de vitória.

e) Aplicar sanções; Há instrumento de controle efetivo, que funciona. Aplicar multa, determinar a devolução do dinheiro que entenda desviado. Sua decisão é titulo executivo. O único caso em que, fora a CDA tributária, há titulo executivo unilateral.

Problemas práticos do TC: Os Conselheiros não precisam ter formação técnica. A formatação política na nomeação não tem favorecido de forma adequada ao bom funcionamento dos TCs. A influência política é muito grande; todos os conselheiros costumam ser da mesma linha. O conselheiro não é obrigado de seguir o parecer técnico do auditor. Problema: demora no julgamento das contas. Podem ser aprovadas mas rejeitadas na camara. Há sempre a possibilidade de recorrer ao judiciário. L.R.F - Origens - Para consolidar a realidade econômica brasileira a responsabilidade fiscal, da gestão financeira é impescndivel. Parte de problemas vinculados a gestao publica. As normas já existiam do ponto de vista constitucional, mas não era observados. Surgem no mundo diversas leis: EU, USA, diretrizes do FMI. Lei brasileiria inspirada na australiana. Busca de efetividade motivou o surgimento da lei. - Equilíbrio e transparência - Preâmbulo. Premissas básicas; princípios. Trabalha-se cada parte com regras vinculadas a esses dois itens. . a) Receita pública - 11§ 1, 14. Transparência nos relatórios, mais a frente, para controle b) Despesa pública – Gastos com pessoal tem limites obrigatórios e diretrizes. Constitucionalmente há regra para saúde e educação. c) Transferências voluntárias - d) Dívida e endividamento – É um gasto alto. Ex: Estados e Municípios que tem divida na União. Busca-se zerar a divida externa. Divida interna: com instituições financeiras nacionais, e títulos da divida publica, como visto. Se deixar resto a pagar deve deixar dinheiro em caixa para evitar o endividamento. Previsto também limite para despesas de capital. STF. Itamar x FHC: Cláusula de garantia e contragarantia, hoje, prevista na LRF: receitas tributárias próprias (exercício de competência tributária) e transferências constitucionais obrigatórias )(repartição de receitas. Prof.: Essas receitas jamais poderiam ser tocadas vez que são elas que viabilizam a atuação do ente STF acredita serem elas válidas e constitucionais. Correção da segunda prova: Lei formal - posicionamento predominante. Lei material Sui generis Obs.: Manifestação – reequilíbrio econômico financeiro do contrato decorrente do processo licitatório. Após negociado o contrato, quem arca com os custos do reequilíbrio é o Estado. Governo Federal tirou o PIS e COFINS do serviço publico de transporte (9,5%); desoneração. Quando apenas esta é retirada não ocorre nenhum desquilibrio econômico/financeiro no contrato, vez que quem está abrindo mao é a união. Proposta: isenção do ISS, tributo que incide de transporte municipal. – Renuncia de receita, com impacto no orçamento.

21/06 Controle O TCU é vinculado ao legislativo, mas tem independência de atuação constitucionalmente garantida. Ele tem todas as prerrogativas como se fosse judiciário. O TCU fiscaliza direito, apesar disso demorar. Todas as contas publicas são analisadas pelo TCU. E, além disso, todo convenio realizado tem que ter prestação de contas e fiscalização. • Prestação de contas gerais • Prestação de contas especificas Setor multidisciplinar: jurídico, contábil e econômico. Além disso, atos de aposentadoria passam também pelo TCU. Auditoria técnica especial: quando é detectada uma irregularidade e isso gera uma tomada de conta especial. O TCU pode aplicar sanções e multas e a sua decisão é titulo executivo "unilateral". Problemas práticos: os conselheiros normalmente são pessoas comuns, indicadas e sem necessariamente competência técnica. Infelizmente, essa formatação política não tem favorecido o bom funcionamento dos tribunais de contas. O conselheiro não é obrigado a seguir o parecer técnico do auditor. A rejeição de contas do TC pode ser derrubada pelo legislativo. Controle: A) interno: deve ser um complemento de atuação junto com o controle externo.

Mecanismo de auxilio com informações e solicitações. Auditorias internas, controladoras... Problema: nomeações políticas; irregularidade grave - denuncia para o MP ou TC, que gera reflexos políticos talvez não desejáveis.

B) Externo Momento da realização: A) a posteriori B) Simultâneo : enquanto esta sendo realizada a execução financeira. C) Prévio : sempre antes de executar fazer exercer o controle. Muito difícil no dia a dia,

em função da dimensão territorial e a pluralidade de entes federados. O Brasil adota o a posteriori. Ele hoje esta mitigado com algumas previsões constitucionais com a possibilidade de um controle simultâneo, que acontece enquanto

esta sendo realizada a execução financeira. A regra é a posteriori, mas existem mecanismos que permitem concomitantemente o controle prévio e simultâneo. Normalmente, os instrumentos de controle são utilizados quando há denuncia. O MP também é um controle efetivo e deveria, junto com o TC, desempenhar um papel importante nisso. Ele também é um controle formal externo, independente. No entanto, a CF não sistematiza isso no art, 70. Mas quando olhamos as atribuições do MP, esta elencadas a fiscalização. No controle externo, temos o cidadão via acao popular. No entanto, é uma acao difícil , cara e demorada. É uma idéia, portanto, muito relativa. O problema da fiscalização não é do sistema jurídico, mas do exercício das atribuições. Função do TC: A) apreciar as prestações de contas B) Ator de admissão e aposentadoria C) Auditorias técnicas D) Fiscalizar e suspender a execução de obras E) Aplicar sanções LRF: - origens: para consolidar a realidade econômica brasileira, a responsabilidade fiscal era imprescindível. Já existia na constituição mas não era efetivo ou aplicável. Por isso surge a lei de responsabilidade fiscal, a exemplo de vários países. - equilíbrio e transparência: duas premissa básicas. Princípios constitucionais. A LRF versa mais detalhadamente que a CF sobre: A) receita publica B) Despesa publica C) Transferencias voluntárias D) Divida e endividamento : gasto alto. Originou a LRF. Recita tributaria própria e repartição de receitas (transferencias constitucionais obrigatórias) -> Receitas que garantem um funcionamento mínimo de ente.