resumo do direito financeiro

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  • 8/4/2019 Resumo Do Direito Financeiro

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    RESUMO DO CAPTULO I

    PRESSUPOSTOS DA ATIVIDADEFINANCEIRA

    - O Estado Brasileiro formado por trs esferas de Poder e por trs esferasde Governo:

    Esfera de Poder: Executivo, Legislativo e Judicirio, apesar do MinistrioPublico ter Oramento autnomo.

    Esfera Administrativa: Federal, Estadual e Municipal.

    Objeto do Direito Financeiro: a disciplina jurdica da AtividadeFinanceira do Estado.

    Direito Financeiro: o conjunto de normas jurdicas que regulam areceita, a despesa, o oramento e o credito publico, ou seja, atividadeexigida pela coletividade.

    - A Lei Maior consagra a existncia autnoma do Direito Financeiro, emseu artigo 24, I e II.

    Distino das Cincias das Finanas e do Direito Financeiro:

    Cincias das Finanas: nesta a atividade financeira informativa, no exigida estuda os fenmenos da Receita, Despesa, Oramento e o CreditoPublico.

    Direito Financeiro: encontramos a mesma atividade transformada emDireito Positivo, e para tornar exeqvel. , portanto, exigida.

    - A Atividade Financeira do Estado a procura de meios para satisfazer asnecessidades publicas.

    - A Atividade Financeira do Estado resume-se em Obter, Despender, Gerire Criar que correspondem Receita Publica, Despesa Pblica, Oramento eCredito Publico respectivamente.

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    RESUMO DO CAPITULO II

    TEORIA DA ATIVIDADE FINANCEIRA- Histrico: Escritos de Xenofonte (430 352 ac.) Atenas Grcia.

    Aristteles (384 322 ac.)Ccero: Roma (107 a 42 ac.)

    - Outras Ideologias: SocialistasMarxismo

    Keynesianismo

    Estudo das Atividades Financeiras:

    Finanas Neutras: Sculo XVIII e XIX Estado Liberal e Nointervencionista.

    Finanas Funcionais: Final do Sculo XIX Intervencionista. Instrumentode Ao Poltica, tendente a modelar a conjuntura econmica

    Social.Revelao de caractersticas consistentes da Atividade Financeira:

    1.Presena constante de uma pessoa Jurdica de Direito Publico: Leiespecifica, ou seja, Lei 4.320/64 que estatui as normas de DireitoFinanceiro para a elaborao dos Oramentos da Unio, dos Estados, doDistrito Federal e dos Municpios.

    2. Atividade de Contedo Econmico: Atividade Econmica = geraode bens e servios e Atividade Financeira = fenmeno do ingresso ou sadade recursos exclusivamente financeiros.

    3. Contedo Monetrio:

    4. Instrumentalidade da Atividade Financeira: Compreendem SeguranaPublica Prestaes de servios de ensino, sade, etc....

    5. Instrumentalidade e Poltica econmica: - No se preocupa com

    desenvolvimento da estabilidade econmica, mas sim com o fenmeno depreocupar com a obteno, conservao e gastos dos meios monetrios.

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    RESUMO DO CAPTULO - III

    DESPESAS PBLICAS

    Despesas Pblicas: Aplicao ou dispndio de certa quantia por parte daautoridade ou agente publico competente, dentro de uma autorizaolegislativa para exerccio de fim a cargo do governo e para os rgos

    pblicos.

    Grupos de Despesas:

    Oramentrias: Integra o oramento publico.

    Extra-Oramentria: No integra o oramento publico.

    Aspectos da funo econmica da Despesa Publica:

    - A Despesa Publica assumiu caractersticas marcantes a partir do sculoXIX:

    - No inicio desse sculo era pequeno os gastos pblicos.- No final do sculo o Estado passou a interferir de modo intenso aoatendimento aos cidados

    - Nos pases de Renda Per Capita elevada subsiste forte interferncia dopoder publico no combate a misria, a fome, a velhice e outras carncias detoda ordem.

    - Nos pases subdesenvolvidos aumenta os problemas de toda ordem, pois,a renda sendo irrisria tira o poder do Estado em aplicar seus recursosnesse sentido.

    Art. 212 da Carta Magna de 1988 onde obriga:

    - A Unio aplicar 18% da receita com impostos na educao.- Os Estados, Distrito Federal e os Municpios aplicar no mnimo 25% dosseus impostos.

    Evoluo das Despesas Pblicas: Adolf Wagner em sua obra no final dosculo XIX chamou a ateno para o aumento da despesa publica.

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    Causas Aparentes do Aumento da Despesa Pblica:

    - Desvalorizao Monetria

    - Aumento da Populao- Crescimento do PNB

    Aliomar Baleeiro considera ilusrio pois, o aumento da despesa provoca otambm um aumento da receita, ele aponta:

    - Desvalorizao Monetria- Sistema de Contabilidade Publica- Acrscimo de territrio- Transferncia de atividade privadas para o setor publico.

    Ahumada/Luiz Emygdio

    - Variao Monetria- Escriturao de toada e qualquer despesa- Anexao de territrio- Aumento populacional- Aumento da atividade por parte do Estado.

    Causas Reais Para Francesco Nitti

    - Aumento contnuo da Despesa militar- Grandes Obras Pblicas- Aumento das dividas publicas- Desenvolvimento da Previdncia Social- Participao crescente das classes populares na vida publica.

    Causas do Aumento Real Segundo Wagner, apontados na obra deAliomar Baleeiro:

    - Progresso Tcnico e a cumulao de capital- Alterao do papel do Estado- Influencias de guerras- Causas financeiras

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    RESUMO DO CAPITULO IV

    Classificao das Despesas Pblicas

    - Com o volume das despesas publicas cada vez mais crescente faznecessrio um sistema de classificao dessas despesas.

    - Torna-se fcil e interessante essa classificao, pois:a) Facilita a diviso dos poderes.b) Normatiza a distribuio de despesas e gastos Pblicos.c) Lei 4.320/64

    - HECTOR VILLEGAS Classifica estas despesas utilizando os seguintescritrios:

    a) Administrativo: Estabelecido de acordo com os diversos ramos deadministrao em cada pas

    b) Econmico Despesas de funcionamento ou operacionais so asprprias despesas de custeio.

    - Despesas de Servios. Estado troca um pagamento e recebe aprestao de servios correspondente. Despesas de Transferncias que noproporcionam quaisquer benefcios ao Estado.

    - Despesas Produtivas Visa o desenvolvimento dosmeios de produo e dos servios colocados a disposio ou prestadosaos cidados.

    Estudo das classificaes das Despesas leva em considerao os inmerosaspectos dos quais enunciamos abaixo como classificao doutrinaria queso:

    I Quanto a Forma:- Despesas em espcie

    - Despesas em Natureza: Vide arts. 100, 182 4, III e art. 184Constituio Federal

    II Quanto aos aspectos econmicos em Geral:- Despesa real ou de servios carter permanente

    - Despesas de transferncias redistributivas

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    - Despesas de Exerccio: aquela destinada a obteno e utilizao dareceita a despesa contrada no sentido de sustentar a administrao dodomnio / fiscal principalmente para administrao financeira.

    CLASSIFICAO LEGAL DAS DESPESAS PBLICASClassificao adotada pela Lei 4.320/64 que elaboram o controle dosoramentos e balanos pblicos.

    DESPESAS CORRENTES: - No enriquecem o patrimnio.- necessria a execuo dos servios

    pblicos.

    Dividem em:

    - Despesas de Custeio: Objetiva assegurar o funcionamento dos serviospblicos

    - Despesas de Transferncias: Cria rendimentos para o contribuinte semqualquer contra prestao. Tem o carter redistributivo.

    Exemplo Prtico:

    DESPESAS CORRENTES:DESPESAS DE CUSTEIO:

    - Pessoal Civil- Pessoal Militar- Material de consumo- Servios de Terceiros

    DESPESAS DE TRANSFERENCIAS CORRENTES

    - Subvenes Sociais

    - Inativos- Pensionistas

    DESPESAS DE CAPITAL: - Determinam uma modificao do patrimniopublico atravs de seu crescimento.

    Dividem em:

    - Despesas de Investimentos: No revelam fins reprodutivos

    - Despesas de Inverses Financeiras: Correspondem as aplicaes feitaspelo Estado e suscetveis de lhe produzir rendas.

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    - Despesas de Transferncias de Capital: So as que correspondem adotaes para Investimentos ou inverses financeiras.

    EXEMPLO PRTICO:

    DESPESAS DE CAPITALINVESTIMENTOS.

    - Obras Pblicas.- Equipamentos- Material Permanente

    INVERSES FINANCEIRAS

    - Aquisies de Imveis- Participao em constituio ou aumento de capital de empresas

    ou Entidade civil comercial ou financeira.- Concesso de emprstimos.

    TRANSFERENCIAS DE CAPITAL- Amortizao da divida publica- Auxlios para obras pblicas- Auxlios para equipamentos e instalaes.

    AUTORIZAO DAS DESPESAS PBLICAS:

    - As despesas somente podem ser realizadas mediante previa autorizaolegal conforme prescreve os artigos 165 e 167 da Constituio Federal.

    LIMITES DAS DESPESAS PBLICAS:

    Dispositivos Legais que limitam as despesas pblicas:- Art. 169 - Gasto com pessoal ativo e inativo Constituio Federal

    - Art. 212 Gasto com Educao Carta Magna- EC 29/2000 Gasto com a rea de sade.

    LEGALIDADE DAS DESPESAS PBLICAS:

    - Art. 43 2 I a IV Const. Federal- Art. 63 e 64 da Const. Federal.

    Ato da autoridade em contrario a essa regra importa em crime a serem

    responsabilizados os chefes do Poder Executivo.

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    IMPEACHEMENT Presidente da Republica- Governadores de Estado- Prefeitos.

    Um sistema de classificao oramentria adequada deve ser instrumentode:- Planejamento.- Controle- Tomada de Decises- Comunicao.

    VANTAGENS DE UM SISTEMA DE CLASSIFICAO:

    Para quem Utiliza: a) permite melhor conhecimento do assunto estudadoproporcionando maior facilidade de identificar novas relaes, descobrirtraos comuns e diferencias, alem de identificar as duplicidades de esforos

    b) facilita a uniformizao da terminologia.c) propicia sistematizao adequada de pensamento.d) reduz a pluralidade unidade.

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    RESUMO DO CAPITULO V

    Ingressos/ Receitas Pblicas:

    Evoluo Histrica da Receita Publica:

    Os Doutrinadores dividem a evoluo histrica da receita publica emdiversas fases sendo:

    1. Parasitria: Mundo antigo, Estado vivia de extorso, pilhagem, saque eexplorao do povo vencido ou mesmo os inimigos.

    2. Dominial: Receitas decorrentes da explorao do patrimnio Pblico.Idade mdia, ou seja, so rendas obtidas do domnio real e que constiturama fonte principal das receitas publicas.

    3. Regaliana: Privilgios reconhecidos aos reis principalmente de explorardiretamente determinados servios ou conceder esse direito a terceirosmediante pagamento do Estado de uma determinada contribuio regalias.

    4. Tributria: Estado obtm seus recursos atravs da coao aos cidadosmediante a imposio de tributos, e que passou a constituir fonte principalda receita publica.

    5. Social: Passa a usar o tributo com finalidade extrafiscal onde o objetivode sua criao resolver determinado problema no campo econmicosocial. Nesse sentido procura limitar atravs da legislao tributria aesindividuais, como tabagismo, alcoolismo, alm de exercer controles da

    balana comercial e a manuteno das reservas cambiais.

    Ingressos ou Entradas: Nem todo ingresso constitui uma receita publica,

    pois alguns ingressos podem ser caracterizados como movimento de fundossem qualquer acrscimo ao Patrimnio Pblico. Fica condicionados arestituio posterior ou representam mera recuperao de valoresemprestados ou cedidos pelo governo.Receita Publica: reserva-se ao ingresso que se faz de modo permanente no

    patrimnio estatal e que no esteja sujeito condio devolutiva.

    Receitas Pblicas: a entrada que integrando ao patrimnio publico, semqualquer reserva, condio ou correspondncia no passivo, vem acrescer

    seu vulto como elemento novo e positivo.

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    INGRESSOS /RECEITAS PUBLICAS.(Aliomar Baleeiro)

    1 - MOVIMENTO DE FUNDOS OU DE CAIXA:a) Emprstimos ao Tesouro;

    b) Restituio de Emprstimo do Tesouro;c) Caues, fianas, depsitos e indenizaes de Direito Civil.

    2 - RECEITAS:

    I ORIGINRIAS OU DE ECONOMIA PRIVADA, ou DIREITOPRIVADO OU VOLUNTARIO:

    a) A Titulo Gratuito Doao Pura e simples;- Bens Vacantes;- Prescrio Aquisitiva.

    b) A Titulo Oneroso Doaes de Legado sob condio;- Preos Quase Privados;- Preos Pblicos;- Preos Polticos (taxas)

    II DERIVADOS DE ECONOMIA PUBLICA DE DIREITOPUBLICO OU COERCITIVAS:

    a) Tributos (impostos, taxas e contribuies de melhorias)b) Multas, penalidades e confisco;c) Reparao de guerras.

    CLASSIFICAO DAS RECEITAS SEGUNDO LEI 4.320/64.

    Segundo o artigo 11 da Lei 4.320/64 so elas as Receitas:

    CORRENTES: So aquelas oriundas do poder de imprio do Estado, bemcomo as atividades de natureza privadas relacionadas com a explorao doPatrimnio Estatal por meio de servios, atividades comerciais, industriais,as quais o Estado tem interferido em nosso sistema econmico.

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    CAPITAL: Conhecidas como secundrias, resultam da efetivao dasoperaes de credito, a alienao de bens, amortizaes de emprstimos,abarcando assim os recursos recebidos de pessoas de Direito Publico ouPrivados, destinados a atender despesas classificveis em Despesas de

    Capital e, ainda o Supervit do Oramento Corrente.Exemplos Prticos:

    RECEITAS CORRENTES:- Receitas Tributrias;- Receitas de Contribuies;- Receitas Patrimoniais;- Receitas Agropecurias;- Receitas Industriais;- Receitas de Servios;- Outras Receitas Correntes;- Transferncias Correntes.

    RECEITAS DE CAPITAL:- Operaes de Credito;- Alienao de Bens;- Amortizao de Emprstimos.- Transferncias de Capital- Outras Receitas de Capital

    - Supervit do Oramento Corrente.

    Receitas Oramentrias: Aquelas que integram o Oramento Pblico.

    Receitas Extra-Oramentrias: So aquelas que no podem ser previstasno oramento e tem o carter transitrio.

    Exemplos de Receitas Extra-Oramentrias: So aqueles recursosrecebidos de fianas, caues, descontos em folha de pagamento a favor de

    terceiros, retenes do Imposto de Renda na fonte, Salrios noreclamados, depsitos pblicos pertencentes a terceiros.

    Supervit do Oramento Corrente: Origina-se da diferena positiva entreas receitas e as despesas correntes, ou seja, aquela resultante do

    balanceamento das receitas e despesas correntes.

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    ESTGIOS DA RECEITA:

    Previso: a estimativa de quanto se espera arrecadar durante o exerccio.

    Lanamento ou fixao: a identificao do devedor ou da pessoa docontribuinte. Pode ser objeto da individualizao do contribuinte, osimpostos diretos e aqueles que recaem sobre a propriedade e a renda aainda os indiretos.

    Arrecadao da Receita: est ligado aos pagamentos realizadosdiretamente pelos contribuintes s reparties fiscais e rede bancariaautorizada, e que dividem em Agentes Pblicos e Agentes Privados.

    Recolhimento: Compreende o ato da entrega do numerrio arrecadado pelos agentes de arrecadao s autoridades superiores de queimediatamente dependem, portanto, a entrega do produto da arrecadao

    pelas referidas reparties e estabelecimentos bancrios ao Banco do Brasilpara credito da conta Receita da Unio do Tesouro Nacional ( ou bancosEstaduais para credito da Conta Receita Estadual ou da conta ReceitaMunicipal do Tesouro Municipal, conforme o caso)

    FONTE: o agrupamento de receitas por natureza sob determinados

    cdigos, consoante a vinculao legal dos respectivos dispndios.

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    RESUMO DO CAPTULO - VI

    ORAMENTO PBLICO

    ORIGEM: Joo Sem TerraAno 1215 Carta Magna - Condicionavam a cobrana dos

    TributosScutages ao consentimento do Conselho do Reino.

    No Brasil: Perodo Colonial Explorao aurfera na colnia, pois, no

    inicio o recolhimento era feito com tranqilidade devido a grandeproduo.

    Com o declnio da Produo: Acumulo de dificuldades, na declarao dovalor efetivamente arrecadado aumentando a sonegao, onde provocou aDerrama. E posteriormente a Inconfidncia Mineira.

    - Com a vinda da famlia real em 1808, iniciou o processo de estruturaodo Estado.

    - A Constituio de 1824, no seu artigo 36 1 atribua a Cmara dosDeputados a iniciativa das leis sobre os impostos, onde teve seu primeiroOramento em 1830.

    Ate hoje apresenta grande evoluo, at a concepo do modelo atualfixado pela Constituio de 1988.

    Definio:

    Oramento etimologicamente significa orar, darrumo, planejar na busca de se caminhar com eficincia para se atingireficcia da gesto fiscal.

    Composio do Oramento:- Plano de Custeio dos Servios Pblicos- Plano de Investimentos e inverses Financeiras- Plano de transferncias Correntes e de Capital.- Previso de arrecadao de receitas correntes e de capital.

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    Aspectos diversos do Oramento:

    a) Jurdico: natureza do ato oramentrio luz do Direito. b) Poltico: revela transparncia em proveito de grupos sociais e

    determinadas regies.c) Econmico: efeitos e impactos causados na poltica fiscal.d) Tcnico: Estabelecimento de regras prticas para a realizao dos

    fins indicados:Exemplo: Classificao clara metdica e racional das receitas edespesas pblicas.

    Natureza Jurdica do Oramento:

    - Alguns dizem que a natureza jurdica do oramento no existe uma vezque trar de um simples ato administrativo.- Outros aceitam como Lei, pois concebido como planejamento dereceitas e despesas onde ganha vida perante o direito ao ser jurisdicizado

    por meio de Lei Oramentria Lei 4.320/64 Lei Material.- Entretanto no resta duvida que o oramento lei em sentido formal

    porque que esta previsto na Lei maior de nosso ordenamento, onde atendeaos requisitos do processo legislativo conforme artigo 59 CF.- Logo Lei Ordinria temporria haja vista ser elaborada para vigorarem um determinado exerccio financeiro, que tem a durao de 01 (um)

    ano.- Enfim, sabemos que uma Lei Especial, mas seu contedo de mero atoadministrativo, pois a finalidade do oramento esta no fato de preverreceitas e despender gastos, no podendo versar sobre outra matria queno seja estritamente atinente a uma Lei Oramentria.

    Da elaborao/Autorizao Oramentria:

    - Tradicionalmente a elaborao oramentria inicia-se cerca de 8 (oito)

    meses antes do encerramento do perodo.

    Ciclo Oramentrio:

    1. Iniciativa do Executivo: No caso da Unio o Presidente da Republicaconforme determina o Art. 84, XXIII, Constituio Federal.

    2. Na ausncia da Lei prevalecem as normas do artigo 35 2 daADCT.

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    O Art. 165, 9 CF, dispe sobre exerccio financeiro a vigncia dosprazos para elaborao do PPA, LDO e LOA. Ento, enquanto noaprovada a Lei Complementar prevalecem tais normas:

    a) Projeto PPA Feito para produzir vigncia at o final doprimeiro exerccio financeiro subseqente ao mandato do executivo.Ser encaminhado at 04 (quatro) meses antes do encerramento do 1exerccio financeiro.

    b) Projeto da Lei das Diretrizes Oramentrias (LDO) Em regra encaminhado ate 08 (oito) meses e meio antes do encerramento doexerccio financeiro.

    c) Projeto de Lei do Oramento Anual (LOA) Ser encaminhadoat 04 (quatro) meses antes do encerramento do exerccio financeiroe devolvido para sano, at o prazo para o encerramento da sessolegislativa.

    - O Presidente da Republica ter 15 (quinze) dias teis, a contar da data dorecebimento do projeto para sancion-lo.

    - Poder vetar no todo ou em parte, comunicando o fato em 48 (quarenta eoito) horas ao Presidente do Senado Federal, expondo seus motivos.

    - O silencio importa em sano.

    3. Hipteses de prorrogao do oramento.

    A Constituio silencia quanto a essa hiptese, todavia a Lei 7800 de10/07/1989 em seu artigo 50 Pargrafo nico determina a

    prorrogao do oramento com base nos dados do oramentoanterior na razo de 1/12 (Um doze avos) das dotaes at que o

    novo venha ser publicado.

    4. Apreciao em conjunto pelas duas Casas do CongressoNacional.

    - O artigo 166 da Constituio Federal de 1988, prescreve que osprojetos oramentrios devem ser apreciados pelas duas casas doCongresso Nacional.

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    5. Competncia da Comisso Mista.

    O 1 do artigo 166 da Constituio Federal dispe que o Congresso Nacional dever constituir uma Comisso Mista de Senadores e

    Deputados de natureza permanente para examinar e emitir parecersobre os projetos oramentrios.

    6. Competncia Limitada para apresentao das emendas:

    O artigo 166 3 s admite a aprovao de emendas a LOA, desdeque as mesmas atendam de forma cumulativa aos seguintesrequisitos;

    a) Seja compatvel com o PPA e a LDO.b) Indiquem os recursos necessrios admitidos apenas os

    provenientes de anulao de despesas excludos as queindicam sobre as dotaes para pessoal e seus encargos,servios da divida e transferncias constitucionais.

    c) Sejam relacionados com a correo de erros ou omisses, oucom os dispositivos do texto do projeto Lei.

    PROJETO DA LEI ORAMENTRIA (Cronograma no Congresso)

    31/Ago.LEGISLATIVO EXECUTIVO

    15/Dez.

    SET: Proposta chega ao Congresso Audincias Publicas Regionais

    OUT: Parecer preliminar Emendas ao Oramento

    NOV: Relatrios Setoriais Relatrios Gerais na Comisso Mista

    DEZ: Relatrio Geral no Congresso.

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    RESUMO DO CAPTULO VII

    PRINCPIOS ORAMENTRIOS:

    - So regras que coordenam o ordenamento jurdico e que dirigem asociedade em determinado momento, e sendo assim o Direito Financeiroque tem como estudo principal o oramento, este no poderia ficar a partedesse ordenamento.

    PRINCPIO DA UNIDADE:

    - Segundo esse principio o oramento deve ser uno, isto deve existir

    apenas um oramento e no mais que um para cada exerccio financeiro.- Est consignado na Lei 4.320/64 no seu artigo 2 e o artigo 165 5 daConstituio Federal, pois classicamente, esse princpio reflete anecessidade da administrao ter apenas um nico oramento.

    ORAMENTO FISCAL: Refere aos Poderes do governo, seus Fundos,rgos, Entidades de Administrao Direita e Indireta inclusive FundaesInstitudas e mantidas pelo Poder Publico.

    DE INVESTIMENTOS: Diz respeito s empresas em que o governo diretaou indiretamente detenha a maioria do capital social com direito a voto.

    SEGURIDADE SOCIAL: A Seguridade Social dos funcionrios lotados naadministrao publica, ter um oramento, ou seja, ser destinada umadotao para custeio da previdncia, desde que seja de seus prpriosservidores nos termos do artigo 195 2 CF/88.

    - Aps concluso do Principio da Unidade podemos observar atravs dogrfico demonstrativo abaixo o detalhamento deste principio onde poderser visualizado de forma compreensvel e detalhado.

    ORA 1 ORA 2 ORA 3Fiscalidade 30% 70% 20%Investimentos 50% 5% 30%Seguridade Social 20% 25% 50%

    TOTAL 100% 100% 100%

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    - Como podem ser verificados acima todos eles so elaborados separados,para ao final ser transformado em uma s unidade, da essa nomenclaturaou denominao.

    PRINCIPIO DA ANUALIDADE:- Principio da Anualidade tambm denominada de Periodicidade estaconsignada no Artigo 2 da Lei 4.320/64. No Brasil observa-se tal Principioexpresso tambm no artigo 34 da Lei 4.320/64 que determina que esse

    perodo coincida com o ano civil. Enfim, determina esse principio que oOramento deve ser elaborado para um perodo correspondente a 01 (um)ano. A vigncia peridica do Oramento fundamenta-se nas seguintesrazes:

    a) Previso Oramentria no poderia ter existncia ilimitada sob pena

    de ficar fora do alcance da capacidade humana.b) Sendo peridico h um maior controle quanto sua execuo.c) Sendo assim o contribuinte estar mais protegido, pois se for

    peridico, pode fazer uma reviso na carga tributria e adapt-la asnecessidades do Estado.

    PRINCPIO DA UNIVERSALIDADE:

    Consagra que no oramento deve conter todas as receitas e todas asdespesas da administrao. Portanto refere aos Poderes, seus Fundos, seusrgos e Entidades de administrao direta e indireta. No artigo 165 5da CF observamos quando o Legislador estatuiu a abrangncia da Leioramentria o oramento fiscal de todos os poderes rgos ou fundos, ooramento de investimentos das empresas estatais e o oramento daSeguridade Social tambm abrangente a todos os Poderes, rgos ou

    Fundos.

    PRINCPIO DO ORAMENTO BRUTO:

    - Este Princpio confunde com a Universalidade no Oramento entretanto,no Principio da Universalidade o que observa uma uniformidade detratamento a todos os rgos da Administrao o que fez com que algunsautores inseriram o principio do Oramento Bruto como Universalidade.

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    - Este principio expresso no artigo 6 da Lei 4.320/64 determina que todasas receitas e despesas devem constar da Lei oramentria pelos seus totaisvedadas quaisquer dedues.

    PRINCPIO DA EXCLUSIVIDADE:- Este Principio determinado no artigo 165 8 da CF/88 determina que oOramento em hiptese alguma deva conter dispositivo estranho a previsode receita e a fixao da despesa. Nesse caso o principio expressa que ooramento deve versar somente sobre receitas e despesas, ou seja, na leioramentria proibido inserir qualquer instituto diferente dessa matria.

    PRINCPIO DA PROIBIO DO ESTORNO DE

    VERBAS:

    - Esta assinalado na CF/88 no seu artigo 167, VI e VIII, pois ele veda atransposio, o remanejamento ou a transferncia de recursos de umacategoria de programao para outra ou de um rgo para outro sem previaautorizao Legislativa, bem como a utilizao sem autorizao legislativados recursos do oramento fiscal e da Seguridade Social para suprirnecessidade ou cobrir dficit de empresas, fundaes ou fundos.

    PRINCPIO DA NO AFETAO DA RECEITA:

    - Esta determinada no inciso IV do artigo 167 da CF/88 que estatui avedao do vinculo de receitas com arrecadao dos impostos a rgo,fundo ou despesa, ressalvados a repartio do produto da arrecadao a queestabelece a constituio em seus artigos 158 e 159 (FPE, FPM, FCO,FNO, FNE) e a destinao de recursos para o ensino determinado peloartigo 212 CF/88. Portanto nesse principio verifica a no mutilao dasverbas publicas, liberando o Estado para utilizar sua disponibilidade dentrodos parmetros que ele prprio estabelece como metas, objetivos e as suas

    preferncias e as vezes at a prioridade.

    PRINCPIO DA ESPECIFICAO,ESPECIALIZAO OU DISCRIMINAO:

    - Este princpio previsto no artigo 5 da Lei 4.320/64 determina que ooramento no estabelea dotaes globais para atender as despesas, ou

    seja, deve ser classificado com nvel de detalhamento e de desagregao demodo que venha facilitar a analise por parte das pessoas. Pois no artigo 15

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    da Lei 4.320/64 estabelece que a discriminao das despesas far-se- nomnimo por elementos, entendendo-se que elementos so osdesdobramentos das despesas sejam com pessoal, material, servios, obrasetc...

    - Nesse principio a exceo feita Reserva de Contingncia, pois no artigo91 Dec. Lei 200/67 com redao dada pelo Dec. Lei 900/69 que diz oseguinte: Sob denominao de Reserva de Contingncia o oramento anual

    poder conter dotao global no especificamente destinada a determinado programa ou unidade oramentria cujos recursos so utilizados paraabertura de crditos suplementares quando se evidenciarem insuficientesdurante o exerccio, as dotaes oramentrias constantes do oramentoanual.

    PRINCPIO DO EQUILIBRIO:- Este Princpio determina que em cada exerccio financeiro o montante dasdespesas no deve ultrapassar a receita prevista para o perodo. OEquilbrio considerado por vrios doutrinadores como regra fundamentalem qualquer oramento. Pois sua importncia esta no fato de que este

    princpio constitui um meio de limitar os gastos do governo aos seusingressos. Salientamos que o equilbrio e a previso de arrecadao devemser iguais s despesas:

    Sendo assim a equao seria: R= DNunca: R > DR < D.

    PRINCIPIO DA PUBLICIDADE:

    - Ao contrario daquilo que os cidados pensam, so eles os verdadeirostitulares dos recursos oramentrios, por isso devem tomar conhecimentode todas as etapas que antecedem ou sucedem a aplicao desses recursos.

    - A transparncia deve ser constante nesse principio pois, este o fato queleva as leis oramentrias serem publicadas e divulgadas de forma clara(Principio da Clareza) e precisa (Principio da Exatido) possibilitandoassim o denominado controle social da Administrao Publica.

    PRINCIPIO DA LEGALIDADE:

    - Em toda disciplina temos como principio basilar o da Legalidade e ooramento que vem disciplinado no artigo 5, II CF/88 diz que: ningum

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    ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude delei- Observa-se este principio tambm consagrado no caput do artigo 37 daCF/88 onde menciona o Principio da Legalidade no mbito da

    Administrao Publica, pois, por deduo o Principio da Legalidade tem-seem conta o Principio da Indisponibilidade das receitas publicas. Portanto osbens e o patrimnio publico pertencem coletividade o que faz que aningum seja dado o direito de utiliz-los livremente.

    OS CRDITOS ORAMENTRIOS ADICIONAIS:

    Estes esto regulados pelos seguintes dispositivos:Artigo 167, Inciso V 2 e 3 da CF/88.

    Artigo 40 a 46 da Lei 4.320/64Artigo 72 do Dec. Lei 200/67.So eles os crditos Adicionais: Suplementares

    EspeciaisExtraordinrios.

    CARACTERISTICAS PRINCIPAIS DOS CRDITOSADICIONAIS:

    CRDITOS SUPLEMENTARES:

    - So aqueles destinados a atender reforo de dotao oramentria que semostrou insuficiente para atender as despesas exigidas pelo interesse daadministrao e no podem exceder a quantia fixada como limite pela LeiOramentria.

    - , portanto destinado ao reforo de dotao oramentria j existente.

    Espcie: Suplementares:

    Finalidade: Reforo de Oramento.

    Autorizao: Prvia, podendo ser includa na prpria lei do oramento ouem lei especial.

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    a) - pela imprevisibilidade do fato, que requer ao urgente do PoderPublico.

    b) - Por no decorrer de planejamento e, pois, de oramento.Independem da existncia previa de recursos disponveis. Podem ser

    abertos por Medida Provisria, nos termos do artigo 167 3 CF/88.

    Espcie: Extraordinrios

    Finalidade: Atender despesas imprevisveis e urgentes

    Forma de Abertura: Por meio de Medida Provisria.

    Recursos: Independente de indicao.

    Valor/Limite: Obrigatrio, indicado na medida provisria.

    Vigncia: No exerccio em que foi aberto.

    Prorrogao: S para o exerccio seguinte, se autorizado em um dosquatro ltimos meses do exerccio.

    RECURSOS DISPONVEIS:

    Consideram-se recursos disponveis para fins de abertura de crditossuplementares e especiais:- As Reservas de Contingncia;

    - O Supervit financeiro apurado em balano patrimonial do exerccioanterior;

    - Os provenientes do excesso de arrecadao;

    - Os resultados de anulao parcial ou total de dotaes oramentrias oude crditos adicionais autorizados em lei;

    - O produto de operaes de crdito autorizado em forma que juridicamentepossibilite ao poder executivo realiz-las.

    EXCEES A ALGUNS PRINCIPIOS ORAMENTRIOS:

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    LEGALIDADE: Exceo aos crditos extraordinrios do artigo 167 3CF/88, onde autoriza a abertura desses crditos por Medida Provisria, queno constitui em uma lei.

    ANUALIDADE: Crditos Adicionais: Suplementares;EspeciaisExtraordinrios

    ESPECIFICAO: Reserva de Contingncia;

    EXCLUSIVIDADE: Crditos Suplementares contratao por ARO Lei4.320/64 artigo 7, I e II.

    NO AFETAO: - Transferncias Constitucionais FPE, FPM- Aplicao receita impostos da Unio 18% (dezoito)

    p/cento Estados/Municpios de 25% no desenvolvimento do ensino.- Aplicao receitas de impostos nas aes/servios

    pblicos de sade (EC 29, artigo 198 2 Constituio Federal.

    UNIVERSALIDADE:a) sumula 66 STF, legitima a cobrana do tributo se houver sido

    criado aps o oramento, no antes do respectivo exercciofinanceiro.

    b) Receitas despesas operacionais (correntes) das empresas publicas esociedades de economia mista considerada estatais independentes.

    c) as receitas extra-oramentria no possuem natureza oramentria Observar o artigo 3 - Pargrafo nico da Lei. 4.320/64.

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    Global: Entende-se como empenho global aquele para atender as despesascom montante previamente conhecido, tais como aquelas contratuais ousujeitas ao parcelamento. Exemplos. Contratos de alugueis, prestao deservios de terceiros, etc,.

    Anulao do Empenho/Anulao Despesas:

    A anulao do empenho da despesa far-se- tambm atravs da NOTA DEEMPENHO, com o mesmo numero de vias e destino:

    O EMPENHO dever ser anulado no decorrer do exerccio da seguinteforma:

    PARCIALMENTE: quando seu valor exceder o montante da despesarealizada.

    TOTALMENTE: quando o servio contratado no tiver sido prestado, ouainda quando o material requisitado no tiver sido entregue ou aindaquando o empenho tiver sido emitido de forma incorreta.

    No encerramento do exerccio quando o empenho se referir a despesas noliquidadas, salvo aquelas que se enquadrarem nas condies previstas paraa inscrio em RESTOS A PAGAR.

    2. LIQUIDAO: o segundo ato, ou seja, segundo estagio da despesaem que consiste na verificao de um direito adquirido pelo credormediante o exame dos documentos e ttulos comprobatrios do seurespectivo crdito. Vide Artigo 63 da Lei 4.320/64.

    A finalidade da liquidao apurar:- O que se deve pagar?- Por que se dever pagar?

    - E a quem se paga?

    Deveria, entretanto esta fase do processo da execuo da despesa publicater outra denominao, para no confundir com o pagamento que narealidade, o ato de apurar e liquidar a despesa.

    3. PAGAMENTO: Antes de efetuar o pagamento da despesa, deve passarpelo ordenador da despesa que seria o despacho da autoridade competenteque depois de realizada as duas primeiras fases determinam o pagamento

    da despesa. Este o ultimo estagio da despesa, o ato pelo qual e entregueo numerrio ao credor sendo assim o Estado recebe a quitao de uma

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    SUPRIMENTOS DE FUNDOS/ADIANTAMENTOS.Este regime de adiantamento tambm denominado de SUPRIMENTOINDIVIDUAL ou SUPRIMENTOS DE FUNDOS est previsto no artigo68 da Lei 4.320/64 e no Decreto 200/67 no seu artigo 74 3, poiscorresponde a despesas expressamente definidas em lei e consiste naentrega de numerrio a servidor afianado, sempre precedido de empenhona dotao prpria, para o fim de realizar despesas que no possamsubordinar-se ao processo norma de aplicao.

    utilizado em casos excepcionais quando houver a necessidade de entregarnumerrio ou efetuar despesas no atendveis pela via bancaria, pode serliberado pelas Autoridades Ordenadoras de preferncia os AGENTESAFIANADOS, fazendo os lanamentos contbeis regulares devendoainda regular os prazos para prestao de contas e as penalidades no casode descumprimento. Portanto, destinam na maioria das vezes para realizardespesas urgentes, ou ainda em lugares distantes, todas porm de pequenosvalores e de pagamento imediato a serem feitos pelas reparties publicas.Entretanto neste SUPRIMENTO DE FUNDO, jamais pode ser adquiridos

    materiais destinados as DESPESAS DE CAPITAL, ou seja materialPERMANENTE.ALCANCE: Entende-se por alcance aquele em que o servidor detentor deum suprimento de fundos no tenha efetuado sua prestao de contasdentro do prazo estabelecido em Lei. Sendo assim ele ser declarado emALCANCE, e no ter acesso a outro SUPRIMENTO DE FUNDOS.

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    RESUMO DO CAPITULO IX

    DO CONTROLE DA EXECUO DOORAMENTO.

    - O ciclo oramentrio desdobra-se nas seguintes fases:

    1. Proposta do executivo, sob superviso poltica do Presidente daRepublica, e assistncia de seus rgos Tcnicos.

    2. Discusso e aprovao dessa proposta Pelo Congresso Nacional.3. Sano do Presidente da Republica e execuo por ele e pelos seus

    Ministros.4. Controle de execuo do Oramento e parecer final sobre as contas

    pelo TCU.5. Julgamento das Contas pelo Congresso, que tem competncia para

    recus-las e submeter o chefe do Executivo ao processo deIMPEACHMENT, em caso de atentado a probidade daadministrao, Lei Oramentria, e a guarda e o legal emprego dodinheiro publico.

    TIPOS DE CONTROLES:

    LEGISLATIVO Caracterizado por:

    a) Competncia de um funcionrio nico, demissvel apenas a critriodo parlamento.

    b) Contato contnuo desse funcionrio com a comisso de contas doparlamento.

    c) Eventualmente, contabilidade superintendida por esse funcionrio.

    CONTROLE JURISDICIONAL Caracterizado por:

    a) rgo coligado, composto de membros sem dependncia direta do

    parlamento e do Executivo.b) Processo Judicial de apreciao de contas.

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    que atribuio do Poder Legislativo com o auxilio do Tribunal de Contasconforme preceitua o Artigo 71 da Constituio Federal.

    CONTROLE PRIVADO:- Surgiu com a Constituio Federal de 88 onde dispe que qualquercidado, partido poltico, associao ou sindicato parte legitima para naforma da lei denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunalde Contas da Unio.

    - Existem leis que admitem que as contas antes do julgamento final peloPoder Legislativo fiquem durante 30 (trinta) dias a disposio da sociedade

    para sua apreciao e o posterior parecer.

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    RESUMO DO CAPITULO X

    LEI DE RESPONSABILIDADE FISCALCOMENTARIOS.HISTRICO:

    1988 A CF/88 prevem edio de LC para fixar princpios norteadoresdas finanas publicas no Brasil (art. 163).

    - 1998 (Junho) Emenda Constitucional da Reforma Administrativa n 19determina prazo de 06 (seis) meses para que o executivo envie projeto.

    - LRF Estabelece normas gerais de finanas publicas em mbito Nacionale, portanto, entrou em Vigor em 04/05/2000.

    - Lei de Crimes Fiscais entrou em vigor em 19/10/2000.- Lei de Responsabilidade Fiscal ou Lei Complementar 101 de 04/05/2000

    Trata-se de uma Lei Complementar a nvel nacional onde procura amoralizar a administrao publica que j era catica e de uma grandeingerncia por parte da administrao publica.

    - Entre os conjuntos de normas e princpios estabelecidos pela (LRF)alguns merecem destaqueis dentre eles temos:

    1) LIMITE COM GASTO DE PESSOAL A Lei fixapara essa despesa em relao a RCL para os trs poderes e para cada nvelde Governo.UNIO: 50% da Receita Corrente Lquida. (RCL), sendo:

    2,5% para o Poder Legislativo incluindo do TCU6,0% para o Poder Judicirio.0,6% para o Ministrio Pblico Federal

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    3,0% para custeio de despesas do DF e de ex-territrio.37,9% para o Executivo.

    ESTADOS / DISTRITO FEDERAL 60% da Receita Corrente Lquida(RCL) Sendo:

    3,0% para o Poder Legislativo incluindo os TCEs6,0% para o Poder Judicirio.2,0% para o Ministrio Pblico49,0% para o Poder Executivo.

    MUNICIPIOS - 60% da Receita Corrente Lquida (RCL) Sendo:

    6,0% para o Poder Legislativo incluindo o Tribunal de Contas Municipalonde houver.54,0% para o Poder Executivo.

    MECANISMO DE CORREO DOS DESVIOS:

    - Se a despesa com pessoal exceder a 95% do limite estabelecido ficarvedado ao Poder ou rgo referido que houver incorrido no excesso paratomar as seguintes medidas:

    - Concesso de vantagem, aumento, reajuste ou adequao de remuneraoa qualquer titulo.- Criao de cargo, emprego ou funo.- Alterao de estrutura de carreira que implique o aumento das despesas.- Provimento de cargo pblico, admisso ou contratao de pessoal aqualquer titulo, ressalvado a reposio decorrente de aposentadoria oufalecimento de servidores das reas de educao, sade e segurana.- Contratao de hora extra salvo em situaes previstas na LDO

    OBS: Ultrapassando o limite mximo no quadrimestre o excedente deve sereliminado em 02 quadrimestres (sendo pelo menos 1/3 no primeiro)

    2) LIMITE PARA O ENDIVIDAMENTO PUBLICO

    - Este limite esta previsto pela Resoluo do Senado n 40 de 20/12/2001regulamentado ainda pela Resoluo 43/01.Unio 3,5 x RCL

    Estados/Distrito Federal 2,0 x RCLMunicpios 1,2 x RCL

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    O prazo de reconduo da divida de 15 anos para que atinja o limiteestabelecido, entretanto dever ser eliminados razo de 1/15 avos paracada exerccio.

    DVIDA PBLICA:

    - Divida Publica Consolidada ou Fundada: o montante total apuradoSEM duplicidade, das obrigaes financeiras do Ente da Federaoassumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou ainda tratados e darealizao de operaes de crditos para a amortizao em prazo superior a12 meses

    - Neste caso aplica tambm os precatrios judiciais, pois a partir daVigncia da LRF os Precatrios Judiciais no pagos durante a execuo dooramento em que houverem sido includos integram a Divida Consolidada

    para fins de aplicao dos limites.

    - Regra de Ouro Diz que a contratao de operaes de credito em cadaexerccio fica limitada ao montante da DESPESA DE CAPITAL. Na

    pratica isso significa que os emprstimos somente devero ser destinados agastos com os investimentos.

    3) DEFINIO DE METAS FISCAIS ANUAIS Estedever ser elaborado para os 03 (trs) exerccios seguintes onde devertambm ser demonstrado em relatrios.

    METAS FISCAIS: LDO Anexos de Metas Ficais dentro do processo

    Oramentrio.

    Metas trimestrais para receitas, despesas, resultados nominale primrio e divida publica

    Avaliar o cumprimento das metas no ano anterior Evoluo do patrimnio lquido, origem e aplicao de

    recursos da privatizao, em suas respectivas pocas sehouver.

    Avaliao da situao financeira e atuarial da previdncia ede fundos.

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    - LDO Anexo de Riscos Fiscais Avaliao de passivos contingentes eoutros riscos.

    - LOA Reserva de contingncia para atender passivos contingentes e

    outros riscos e eventos imprevistos- GERAO DE DESPESAS:

    Artigo 16 Deve ser acompanhado de estimativa do impacto oramentrio financeiro para o exerccio em que deva entrar em vigor e nos doissubseqentes.

    GERAO DE DESPESAS OBRIGATRIAS DE CARATERCONTINUADO.

    Artigo 17 Se for despesa obrigatria de carter continuado (despesacorrente, decorrente de Lei, Medida Provisria ou ato administrativonormativo que fixe obrigao legal de execuo por mais de dois exercciosdever:- Ser compensada por aumento permanente de receita ou reduo

    permanente de despesa.

    RELATORIO RESUMIDO DA EXECUO ORAMENTRIA:

    - A LRF prev que o atual relatrio resumido de Execuo oramentriapasse a ser publicado por todos os poderes e pelo Ministrio Publico at 30dias aps o encerramento de cada bimestre devendo conter:

    a) Balano oramentrio que especificar por categoria econmicab) os demonstrativos da execuo das:

    - receitas por categorias econmicas e fonte- despesas por categoria econmica e grupo de natureza da despesa

    - despesas por funo e sub-funo.c) A apurao da receita corrente liquida sua evoluo, assim como a

    previso de seu desempenho ate o final do exerccio.d) As receitas e despesas previdencirias.e) Resultado nominal e primrio.f) - As despesas com juros.

    OBS: O relatrio referente ao ultimo bimestre do exerccio dever tambminformar sobre o atendimento a Regra de Ouro.

    O RELATORIO DE GESTO FISCAL.

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    - Ao final de cada quadrimestre ser emitido e assinado pelos titulares dosPoderes rgos de todos os Entes Federados. Este Relatrio dever Conter:

    1. Comparativo com os limites da LRF dos seguintes montantes:

    a) Despesa total com pessoal, destacando a despesa cominativos e pensionistas.b) dvidas consolidadas e mobiliarias.c) concesso de garantias.d) operaes de credito, inclusive por antecipao de receita.

    2. A indicao de medidas corretivas adotadas ou a adotar, seultrapassados qualquer dos limites.3. Demonstrativos no ultimo quadrimestre do exerccio.

    a) do montante das disponibilidades de caixa em 31 de dezembro.b) da inscrio em restos a pagar das despesas liquidadas

    empenhadas e no liquidadas decorrentes de contratos administrativos oude convnios em andamento.

    04) MECANISMOS DE COMPENSAO PARADESPESAS DE CARATER PERMANENTE.

    - J existente na Lei 4.320/64, a Lei de Responsabilidade Fiscal veio aratificar tal dispositivo que determina ao Governante que este no podercriar uma despesa continuada (por um prazo superior a 02 (dois) anos) semque haja a indicao de uma fonte de receita ou ainda que haja a reduoe/ou anulao de uma despesa correspondente para atender a essa novadisposio.

    05) MECANISMO PARA CONTROLE DEFINANAS PUBLICAS EM ANO DE ELEIO.

    - Neste sentido a Lei impede a contratao de operaes de credito porantecipao de receita oramentria (ARO) no ultimo ano de mandato e

    probe o aumento das despesas com pessoal nos ltimos 180 dias queantecedem o final do mandato.

    INSCRIO EM RESTOS A PAGAR

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    - Nos dois ltimos quadrimestres do ultimo ano de mandato vedado aogovernante contrair operaes de despesas que no possa ser paga nomesmo exerccio.

    - Se isso ocorrer o governante dever assegurar a disponibilidade de caixapara o exerccio seguinte.

    OUTROS ASPECTOS RELEVANTES:

    FISCALIZAO:

    - A verificao da observncia das normas e limites da LRF esta a cargo doPoder Legislativo (diretamente ou com o auxilio dos Tribunais de Contas) edo sistema de controle Interno de cada Poder e do Ministrio Publico.

    - Os Tribunais de Contas alertaro os Poderes, Entes da Federao ourgos quando constatarem que o nvel de gastos esteja prximo aos limitesfixados pela LRF.

    - Compete ainda aos Tribunais de Contas verificarem os clculos dos

    limites de despesa total com pessoal de cada Ente da Federao e de cadaesfera de Poder.

    SANES APLICAVEIS A QUEM NO CUMPRIRAS METAS:

    INSTITUCIONAL:

    1. Suspenso das transferncias voluntrias para aquele governo que

    no instituir prever e arrecadar impostos de sua competncia.2. No caso de limites com despesas de pessoal, se as regras no forem

    cumpridas e enquanto no for feito o ajuste, ou se houver excesso doprimeiro quadrimestre do ultimo ano de mandato ficam suspensas:- Transferncias voluntrias.- Obteno de garantias.- Contratao de operaes de credito exceto para refinanciamento da

    dividae reduo de despesas de pessoal.

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    SANES PESSOAIS:- Prevista pela Lei Ordinria denominada de Lei de Crimes deResponsabilidade Fiscal Lei 10.028 de 19/10/2000, que prev que os

    governantes podero ser responsabilizados pessoalmente e punidos com aperda do cargo, inabilitao para o exerccio do emprego publico, priso emulta.

    CONSIDERAES FINAIS:

    OPERAES DE CREDITO POR ANTECIPAODE RECEITA ORAMENTRIA (ARO) Art. 38 da

    LRF.

    ARO um emprstimo de curto prazo, efetuado para suprir dficitmomentneo de caixa devendo ser reembolsado no mesmo exercciofinanceiro (art. 7, II DA Lei 4.320/64).

    Nesse caso as operaes de credito por ARO devero destinar-seexclusivamente para atender insuficincia de caixa e que a sua contrataoesta condicionada aos seguintes requisitos: (artigo 38 LRF).

    - Pode ser realizada somente a partir do dia 10 do inicio do exerccio, ouseja, em 10/01 de cada exerccio.- Ser liquidado com todos os acrscimos at o dia 10 de dezembro

    perfazendo 11 (onze) meses.- No ser autorizada se forem cobrados outros encargos que no taxa de

    juros da operao, obrigatoriamente prefixada ou indexada a taxa bsica.- a nica modalidade admitida para atender insuficincia para o

    pagamento de despesas com pessoal.

    OBS: So Vedadas:

    - Enquanto existir operao anterior da mesma natureza no integralmenteresgatada.- Ultimo ano de mandato do Presidente da Republica, do Governador deEstado e dos Prefeitos.

    RENNCIA DE RECEITAS: Artigo 14 da LRF.

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    - A renuncia de receitas quais seja anistia, remisso o crdito presumido aiseno em carter no geral, a alterao de alquota ou modificao da

    base de calculo de algum tributo que tenha impacto na diminuio dareceita dever estar acompanhada de uma estimativa de impacto

    oramentrio-financeiro no exerccio em que deva iniciar sua vigncia.- Deve ser demonstrado que esta renuncia ser compensada com o aumentode alquota ou ampliao da base de calculo ou ainda com a criao de umtributo ou contribuio.- Nesse caso o ato que implica na renuncia s entrar em vigor quandoestiver assegurada a compensao.

    SIGLAS:

    RCL Receita Corrente Liquida: - Artigo 2, 1, 2 e 3, IV, a, b, c daLRF.

    ARO Antecipao da Receita Oramentria.

    LRF Lei de Responsabilidade Fiscal

    TCU Tribunal de Contas da Unio

    TCE Tribunal de Contas do Estado.

    TCM Tribunal de Contas do Municpio.

    INDICES RELEVANTES:

    PRAZO PRA RECONDUO DA DIVIDA AO LIMITE: 15 anos.LIMITE ANUAL PARA OPERAO DE CREDITO 16% DA RCL.

    LIMITE PARA AMORTIZAO DE JUROS DA DIVIDA 11,5% daRCL.

    LIMITE PARA CONTRATAO DE ARO 7% da RCL.

    LIMITE DE GARANTIAS: 22% da RCL

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    - Para concluir verificamos que a lio apresentada por esta Lei trata-sesimplesmente de determinar aos Governantes o seguinte ditame: somentefaam seus gastos de conformidade com sua arrecadao, e utilize somenteo fruto de suas receitas para atender suas necessidades, e ainda dispe sobre

    a transparncia devendo sempre ser perseguida e alcanada por todos osadministradores de rgos Pblicos seja em que esfera seja.