direito financeiro
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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO FINANCEIROOrçamento Público – Parte I
Livro Eletrônico
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Manuel Piñon
Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO
Orçamento Público – Parte I ...........................................................................................3
Apresentação .................................................................................................................3
1. Ciclo Orçamentário .....................................................................................................4
1.1. Conceitos Introdutórios ............................................................................................4
1.2. Ciclo Orçamentário Resumido e Ampliado ................................................................5
1.3. Exercício Financeiro x Ciclo Orçamentário ................................................................9
1.4. Planejamento/Elaboração ...................................................................................... 10
1.5. Elaboração, Discussão e Aprovação do Orçamento ................................................ 11
1.6. A Execução do Orçamento ..................................................................................... 18
1.7. Avaliação e Controle ...............................................................................................38
1.8. Prazos do Ciclo Orçamentário ................................................................................ 51
2. Instrumentos de Planejamento .................................................................................53
2.1. Introdução .............................................................................................................53
2.2. PPA (Plano Plurianual) ...........................................................................................56
2.3. LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) .................................................................. 61
2.4. LOA (Lei Orçamentária Anual) ...............................................................................64
3. Créditos Adicionais ....................................................................................................71
Resumo ........................................................................................................................79
Mapas Mentais ............................................................................................................ 86
Questões Comentadas em Aula ................................................................................... 89
Questões de Concurso ..................................................................................................93
Gabarito ..................................................................................................................... 100
Gabarito Comentado .................................................................................................... 101
Referências Bibliográficas ........................................................................................... 117
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Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO
ORÇAMENTO PÚBLICO – PARTE I
ApresentAção
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje nessa aula é avançar mais acerca do estudo do Orçamento Público,
detalhando alguns assuntos e conhecendo um pouco mais acerca do Ciclo Orçamentário, dos
Instrumentos de Planejamento ou Leis Orçamentárias e dos Créditos Orçamentários adicionais.
Hoje, você perceberá, na prática, como aquele volume significativo de conceitos e infor-
mações aprendidos na aula anterior lhe ajudarão bastante, sendo, na verdade, fundamentais
para tenha um execelente aproveitamento do curso. Além disso, você também verá que vai
acertar muitas questões de prova com base naqueles artigos da CF que estudamos. Se puder,
avalie nossa aula ao final.
Boa aula!
Prof. Manuel Piñon
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1. CiClo orçAmentário
1.1. ConCeitos introdutórios
O ciclo orçametário, no sentido amplo, é um processo que abrange as etapas do planeja-
mento ao controle, passando pela elaboração e a própria execução da lei orçamentária anual.
Na verdade, o ciclo orçamentário não é estanque, mas sim um processo dinâmico, flexível
e contínuo, que passa pelas etapas de planejamento/elaboração, discussão/aprovação, exe-
cução, controle e avaliação no que diz respeito à programação de gastos do setor público do
ponto de vista físico e financeiro, integrando planejamento e orçamento.
Plano plurianual – PPAPlanos nacionais, regionais e
setoriais
Lei de diretrizes orçamentárias
– LDO
Elaboração da proposta
orçamentária anual – LOA
Discussão, votação e aprova-ção da lei orçamentária anual
Execução orçamentária e fi-nanceira
Controle e avaliação da execu-ção orçamentária e financeira
Ciclo integrado de planejamento e orçamento
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Os instrumentos de Planejamento e Controle Orçamentários podem ser assim visualizados:
A integração das etapas e também dos instrumentos de planejamento é fundamental,
tendo em vista que o processo orçamentário não algo isolado, já que, por exemplo, a elabora-
ção da proposta de Orçamento Anual (LOA), primeira etapa do ciclo orçamentário, renova-se
anualmente e é resultante das definições da programação de médio prazo (PPA), que por sua
vez detalha o plano de longo prazo (Planos Nacionais, Regionais e Setoriais), de acordo com
as orientações anuais da LDO, refletindo assim a plena integração do processo de planeja-
mento e orçamento.
1.2. CiClo orçAmentário resumido e AmpliAdo
Normalmente, o Ciclo Orçamentário é apresentado em provas de concursos na sua versão
resumida, onde temos basicamente quatro fases. Entretanto, pode aparecer em sua prova
uma referência ao Ciclo Orçamentário Ampliado que, ao incorporar as etapas relativas ao PPA
à LDO, passa a ter oito fases.
Sinteticamente falando, o ciclo orçamentário resumido ocorre em quatro etapas distintas:
1) planejamento / elaboração da proposta orçamentária;
2) elaboração / discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento;
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3) execução orçamentária e financeira; e
4) avaliação/controle.
Elaboração
Avaliação
Aprovação
Execução
Questão 1 (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:
O ciclo orçamentário pode ser definido como um rito legalmente estabelecido, com etapas
que se repetem periodicamente e que envolvem elaboração, discussão, votação, controle e
avaliação do orçamento.
Certo.
Sim, o ciclo orçamentário ocorre nas seguintes etapas:
1) elaboração/planejamento da proposta orçamentária;
2) discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento;
3) execução orçamentária e financeira; e
4) avaliação/controle.
Do ponto de vista administrativo, o planejamento representaria a tentativa do adminis-
trador público de receber e compreender corretamente as demandas da sociedade, estimar
a capacidade de recolhimento de recursos financeiros e alocar os recursos limitados às
ações prioritárias.
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Importante destacar que a fase de elaboração pode ser enquadrada na fase 1 (como aci-
ma) ou como integrante da fase 2 (como no desenho abaixo), já que o parlamento também
colabora com a feitura do mesmo por meio de emendas.
Numa última etapa, o poder público fiscalizaria e controlaria os gastos efetuados a fim
de verificar a acuidade da programação. As informações obtidas pela fiscalização e controle
dos gastos públicos, nas quais estarão destacadas as falhas e os méritos do planejamento
vigente, irão orientar no planejamento para o exercício subsequente.
Veja a seguir graficamente como é RESUMIDO o ciclo orçamentário:
Planejamento
Execução
Controle Elaboração
Questão 2 (CESPE/DEPEN/AGENTE/2015) Julgue:
As fases do ciclo orçamentário podem ser aglutinadas de acordo com suas finalidades e
periodicidades.
Errado.
Na verdade, NÃO podem ser aglutinadas, já que cada fase tem um responsável próprio, finali-
dade diversa e periodicidade que precisa ser atendida.
No conceito mais abrangente de ciclo orçamentário, as etapas relativas ao PPA e à LDO
são incorporadas. Segundo “SANCHES, Osvaldo Maldonado: O ciclo orçamentário: uma rea-
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valiação à luz da Constituição de 1988: Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro: FGV,
v. 27, n.4, pp. 54-76, out./dez. 1993”, o ciclo orçamentário ampliado desdobrar-se em oito
fases, quais sejam:
1- formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
2 – apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
3 – proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de
recursos pelo Executivo;
4 – apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
5 – elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
6 – apreciação, adequação e autorização legislativa;
7 – execução dos orçamentos aprovados;
8 – avaliação da execução e julgamento das contas.
De acordo com a teoria defendida por esse doutrinador, no conceito resumido do Ciclo
Orçamentário existe uma aglutinação inapropriada das fases relativas ao PPA e à LDO, já que
cada uma delas possui ritmo próprio, finalidade distinta e periodicidade definida.
Aproveite para visualizar graficamente como é o ciclo orçamentário numa visão ampliada:
Ciclo / processo orçamentário
Elaboração ExecuçãoAvaliação e
controleDiscussão, votação
e aprovação
1 -Elaboração
do PPA
2 – Discussão,votação e
aprovação do PPA
4 – Discussão,votação e
aprovação da LDO
7 – Execuçãoorçamentária
8 – Avaliação e controle
da execução orçamentária
6 – Discussão,votação e
aprovação da LOA
3 -Elaboração
da LDO
5 -Elaboração
da LOA
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Questão 3 (CESPE/STF/ANALISTA/2013) Com relação aos orçamentos públicos, julgue o
item a seguir.
Nos termos da CF, o ciclo orçamentário desdobra-se em oito fases, cada uma com ritmo pró-
prio, finalidade distinta e periodicidade definida.
Certo.
No conceito mais abrangente de ciclo orçamentário, as etapas relativas ao PPA e à LDO são
incorporadas desdobrando-se em oito fases, quais sejam:
1- formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
2 – apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
3 – proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de re-
cursos pelo Executivo;
4 – apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
5 – elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
6 – apreciação, adequação e autorização legislativa;
7 – execução dos orçamentos aprovados;
8 – avaliação da execução e julgamento das contas.
1.3. exerCíCio FinAnCeiro x CiClo orçAmentário
De acordo com a nossa Norma Geral sobre Direito Financeiro e Orçamento Público, a Lei
n. 4.320/1964, o exercício financeiro deve coincidir com o ano civil, ou seja, inicia-se no dia 01
de janeiro e termina em 31 de dezembro de cada ano. Confira, com grifos nossos:
Do Exercício FinanceiroArt. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
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Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:I – as receitas nele arrecadadas;II – as despesas nele legalmente empenhadas.
Guarde, portanto, que enquanto o exercício financeiro atualmente no Brasil coincide com o
ano civil, ou seja, inicia-se em 1º de janeiro e se encerra em 31 de dezembro de cada ano, o
ciclo orçamentário é mais longo, já que começa no exercício anterior com as etapas de ela-
boração/planejamento da proposta orçamentária e de discussão/estudo/aprovação da Lei
de Orçamento e somente se encerra nos exercícios seguintes com a sua avaliação e controle.
Questão 4 (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:
Para efeitos da LOA, o exercício financeiro tem início com a aprovação da lei, não coincidindo
este com o ano civil.
Errado.
O exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia-se em 1º de janeiro e se encerra
em 31 de dezembro de cada ano, não tendo início com a aprovação da lei, que ocorre no exer-
cício/ano anterior.
Amigo(a), agora vamos conhecer um pouco mais cada uma dessa etapas!
1.4. plAnejAmento/elAborAção
A Constituição Federal determinou a aprovação dos Planos Plurianuais (PPA) que esta-
belecerão, de forma regionalizada, as Diretrizes, Objetivos e Metas (DOM) da administração
pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e as relativas aos programas
de duração continuada.
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O legislador cuidou de garantir a aplicação uniforme dos recursos em todo o território
nacional, exigindo a regionalização dos recursos planejados no PPA e executados com base
nas leis orçamentárias anuais.
Além disso, limitou sua abrangência às despesas de capital, ou seja, das quais resulte um
aprimoramento do serviço prestado pelo Estado ou a criação de um novo serviço, como, por
exemplo, a construção de rodovias, incluídas as despesas decorrentes, no nosso exemplo, o
custo de manutenção da nova estrada.
1.5. elAborAção, disCussão e AprovAção do orçAmento
1.5.1. Elaboração do Orçamento
Feito o planejamento, o Poder Executivo deve encaminhar ao Parlamento o projeto de Lei
de Diretrizes Orçamentárias LDO, inovação da Constituição Federal de 1988, que constitui o
elo de ligação entre planejamento e orçamento.
A LDO compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, que deverão ser compatíveis com
o PPA, orientará a elaboração da lei orçamentária, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Nem toda a programação prevista no PPA tem que estar presente nas LDO, pois o plano
vale por quatro anos, enquanto a LDO, apenas por um ano.
Além disso, a LDO deve ressaltar as prioridades para a lei orçamentária do exercício sub-
sequente. Dessa forma, é comum que a LDO preveja a inclusão no orçamento de apenas uma
parcela do previsto no PPA, muito embora não haja dispositivo legal ordenando a matéria.
Em seguida, a proposta para o orçamento do exercício subsequente é encaminhada ao
Congresso, que deve assegurar a compatibilidade com a LDO e com o PPA.
Essa competência é exclusiva do CHEFE DO PODER EXECUTIVO, função essa exercida pelo
Presidente da República (ou Governadores e Prefeitos). Tenha em mente que a iniciativa é
sempre do Poder Executivo!
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De acordo com o artigo 22 da Lei n. 4.320/1964, no que diz respeito ao seu conteúdo, a
proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo nos prazos
estabelecidos nas Constituições federal e estaduais e nas leis orgânicas dos municípios, será
composta por:
1) Mensagem, que conterá exposição circunstanciada da situação econômico-financeira,
documentada com demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de créditos especiais,
restos a pagar e outros compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação da polí-
tica econômico-financeira do Governo; justificação da receita e despesa, particularmente no
tocante ao orçamento de capital.
Importante registrar que essa mensagem presidencial é o instrumento de comunicação
oficial entre o Presidente da República e o Poder Legislativo usado para encaminhar os proje-
tos do PPA, da LDO e da LOA.
2) Projeto de Lei de Orçamento.
3) Tabelas explicativas sobre receitas e despesas de vários anos, em colunas distintas e
para fins de comparação.
4) Especificação dos programas especiais de trabalho custeados por dotações globais, em
termos de metas visadas, decompostas em estimativa do custo das obras a realizar e dos ser-
viços a prestar, acompanhadas de justificação econômica, financeira, social e administrativa.
Merecem destaque no âmbito da elaboração da proposta orçamentária, as atividades pre-
liminares inerentes à alocação dos recursos, considerando o cenário fiscal, de modo a com-
patibilizar capacidade de financiamento e dispêndio dos recursos previstos, passando pelas
etapas de fixação da meta fiscal, projeção de receitas, projeção das despesas obrigatórias e
apuração das despesas discricionárias.
Para cada unidade administrativa, temos a respectiva proposta orçamentária parcial com
a descrição resumida das suas principais finalidades, que necessita respeitar a política eco-
nômico-financeira, o programa anual de trabalho do Governo e, quando fixado, o limite global
máximo para o orçamento de cada unidade administrativa, sendo acompanhada de tabelas
explicativas da despesa, com a justificação detalhada de cada dotação solicitada.
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As dotações orçamentárias são classificadas de forma a explicitar o montante de recur-
sos empregados nas principais atividades do Estado sob várias óticas, como veremos adian-
te ao longo do curso.
Caso haja necessidade de criação de dotação ou complementação de dotações existen-
tes, pode-se abrir créditos adicionais, cuja iniciativa é sempre do Presidente da República,
ainda que para os créditos que visem a atender os Poderes Legislativo e Judiciário, bem como
o Ministério Público da União.
Todos os Poderes (Legislativo, Judiciário e Ministério Público) elaboram suas propostas or-
çamentárias parciais e encaminham para o Poder Executivo, o qual é o responsável constitu-
cionalmente pelo envio da proposta consolidada ao Legislativo.
Nesse sentido, a LRF reforçou essa autonomia administrativa e financeira dos poderes ao
determinar que o Poder Executivo de cada ente coloque à disposição dos demais Poderes e
do Ministério Público, no mínimo 30 dias antes do prazo final para encaminhamento de suas
propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subse-
quente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.
Entretanto, se tais Poderes/órgãos não encaminharem as respectivas propostas orça-
mentárias dentro do prazo estabelecido na LDO, o Poder Executivo considerará, para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na LOA vigente, ajusta-
dos de acordo com os limites estipulados na LDO.
A CF/1988 não traz nenhuma diretriz em termos de orientação do que deve ser feito para o
caso em que o Poder Legislativo não receba a proposta orçamentária no prazo fixado. Assim,
nos socorremos à velha Lei n. 4.320/1964 que apresenta orientação nesse sentido:
Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente.
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Assim, cabe ao Poder Legislativo apreciar novamente o orçamento em vigência no mo-
mento como se fosse uma nova proposta. Essa solução “meia boca” ignora, por exemplo, os
programas que já se encerraram ou que vem a ser finalizados ao longo do exercício.
Registre-se que também para as Defensorias Públicas da União, Estaduais e do Distrito
Federal também foi assegurada autonomias funcional e administrativa e a iniciativa de sua
proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na LDO, depois da entrada em vigor
da EC – Emenda Constitucional 74/2013, que acrescentou o § 3º ao artigo 134 da CF/1988,
estendendo as mesmas prerrogativas à Defensoria Pública da União – DPU e do Distrito Fe-
deral. Confira:
§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º.§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal.
DICA
Não confunda EC (Emenda Constitucional) com Emenda ou Emenda Parlamentar! A EC é uma alteração da CF, enquanto Emenda ou Emenda Parlamentar, aqui em nossa matéria, é uma modificação nas Leis Orçamentárias.
As emendas aos orçamentos anuais ou aos créditos adicionais, que deverão ser compatí-
veis com a lei de diretrizes orçamentárias e com o plano plurianual, podem objetivar o acrés-
cimo de dotação orçamentária inicialmente proposta pelo Executivo ou a criação de uma nova
despesa, bem como a redução ou supressão de dotação proposta.
Nos casos de redução ou supressão de dotação proposta, não há, obviamente, necessida-
de de indicação de recursos para atender a emenda. Contudo, nos casos em que o parlamen-
tar deseje aumentar os recursos destinados a determinada despesa, ou criar despesa nova, a
Constituição Federal, observando o princípio do equilíbrio, determina que devem ser indicados
os recursos necessários para o atendimento à emenda, admitidos apenas os provenientes de
anulação de outra despesa, excluídas as que incidam sobre dotações para pessoal e seus
encargos, serviço da dívida e transferências tributárias constitucionais.
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1.5.2. Discussão, Estudo e Aprovação
Importante registrar que a fase de discussão e debate entre os membros do Poder Legis-
lativo acerca da proposta enviada pelo executivo é regulada pelo artigo 166 da nossa CF/1988,
abaixo transcrito com grifos nossos:
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na for-ma do regimento comum.
Cabe a uma comissão mista permanente composta por senadores e deputados, deno-
minada de CMO – Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, que tem
o papel de examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA, créditos
adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República, além de
examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previs-
tos na CF/1988 e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária.
Similarmente, nos demais entes federados temos uma comissão permanente comum, já
que tem somente uma casa legislativa, sendo composta por deputados nos Estados e no DF
e por vereadores nos Municípios.
Importante registrar ainda que, enquanto não iniciada a votação, na Comissão Mista (não
é no Plenário) da parte cuja alteração é proposta, o Presidente da República pode enviar men-
sagem para propor modificação nos projetos do PPA, da LDO, da LOA e de Crédito Adicionais.
De acordo com a nossa CF/1988 (artigo 166, § 8º) existe possibilidade de rejeição, ou seja, de
não aceitação do projeto de LOA pelo Poder Legislativo!
As famosas “emendas parlamentares” tem por objetivo servir para aperfeiçoar o que o Po-
der Executivo propôs por meio dos instrumentos de planejamento e orçamento e tem o poder
de influenciar no que tange à alocação do dinheiro público. Elas devem ser apresentadas na
Comissão Mista, que deve emitir um parecer sobre as mesmas, para depois serem apreciadas
no plenário das duas Casas do CN (Congresso Nacional).
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Além das emendas individuais de cada parlamentar, temos também as emendas apre-
sentadas pelas comissões – emendas de comissões permanentes da Câmara e do Senado
(materialmente ligadas à área de atuação) e as apresentadas pelas bancadas – emendas de
bancada – estaduais (para matérias ligadas aos seus estados/DF).
O artigo 63 da nossa CF/1988 regula essa matéria no sentido de que não pode haver aumento
da despesa prevista nos projetos apresentados pelo Poder Executivo. Também não podem as
emendas apresentadas serem incompatíveis com o PPA e com a LDO.
Questão 5 (CESPE/TRT-8/ANALISTA/2016) Julgue:
O legislador tem a prerrogativa de apresentar qualquer tipo de modificação à lei orçamentária
anual, quando essa é submetida à aprovação do Congresso Nacional.
Errado.
Na verdade, existem diversas restrições, como aquelas do artigo 63 da nossa CF/1988 que
diz que não pode haver aumento da despesa prevista nos projetos apresentados pelo Poder
Executivo, não podendo também as emendas apresentadas serem incompatíveis com o PPA
e com a LDO, fora as restrições impostas pelo § 3º do artigo 166 da nossa Carta Magna.
Veja o que nos revela o § 3º do artigo 166 da nossa CF/1988:
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizesorçamentárias;II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:
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a) dotações para pessoal e seus encargos;b) serviço da dívida;c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ouIII – sejam relacionadas:a) com a correção de erros ou omissões; oub) com os dispositivos do texto do projeto de lei (são chamadas de emendas de redação, pois vi-sam melhorar o texto, tornando-lhe mais claro e preciso).
No que diz respeito às emendas parlamentares, a Lei n. 4.320/1964 também apresenta
restrições às mesmas. De acordo com a Lei Geral dos Orçamento, não podem ser admitidas
emenda que:
1) Altere a dotação solicitada para despesa de custeio, exceto se provada, nesse ponto a
inexatidão da proposta.
2) Conceda dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos órgãos
competentes.
3) Conceda dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja anterior-
mente criado.
4) Conceda dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do Po-
der Legislativo para concessão de auxílios e subvenções.
Tem sido frequente a aprovação de emendas parlamentares com recursos provenientes
da Reserva de Contingência e de reestimativas de receitas.
O caso de emendas que objetivem aumentar a previsão de receitas não está, explicita-
mente, previsto na CF/1988, mas podem ser apresentadas e aprovadas sob a proteção do
mandamento constitucional que prevê a aprovação de emendas que sejam relacionadas com
a correção de erros ou omissões.
O Congresso Nacional revisa a previsão, que pode ser maior ou menor do que a do Poder
Executivo. Se for maior, haverá receitas em maior quantidade que despesas e o excesso de
receitas poderá ser utilizado para o atendimento às emendas parlamentares.
Entretanto, se a previsão de arrecadação de receitas feita no Congresso Nacional for me-
nor do que a encaminhada pelo Presidente da República, deverá haver cortes nas programa-
ções de despesa constantes do projeto de lei orçamentária.
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Cabe lembrar que a revisão da estimativa de receitas pode ser feita em qualquer momento
durante a tramitação da lei orçamentária no Congresso Nacional.
Para concluir essa etapa do Ciclo Orçamentário, resta falarmos um pouco acerca da apro-
vação e sanção da LOA.
Após discutidos o projeto de lei, deve haver a respectiva aprovação em cada uma das ca-
sas que formam o Congresso Nacional, que ocorre por maioria simples mesmo, já que é uma
lei ordinária, embora com rito especial.
Guarde que se os prazos para a aprovação de PPA, LDO e LOA previstos na CF/1988 não
sejam respeitados, nossa Carta Magna determina que a sessão legislativa não seja interrom-
pida sem a aprovação da LDO. Assim, não haverá recesso parlamentar se a LDO não for apro-
vada, mas, como tal regra não se aplica à LOA ou ao PPA, pode haver esse recesso mesmo
com a LOA ou PPA ainda pendentes de aprovação.
Com a sanção presidencial, que é a concordância do Chefe do Poder Executivo com o que
foi aprovado no CN, encerra-se a essa fase. Entretanto, caso haja o veto, que é a discordância
do Chefe do Executivo do que voltou do CN, seja ele parcial ou total, o mesmo deve ser apre-
ciado pelo Poder Legislativo, que pode rejeitar ou confirmar o veto.
Anualmente a LDO determina que se o Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) não for sancio-
nado pelo Presidente da República até 31 de dezembro do ano corrente, parte da programa-
ção dele constante poderá ser executada até o limite de 1/12 do total de cada ação prevista
no PLOA, multiplicado pelo número de meses decorridos até a sanção da respectiva lei.
Registre-se, porém, que o limite previsto de 1/12 ao mês não se aplica ao atendimento de
algumas despesas determinadas na própria LDO daquele ano.
1.6. A exeCução do orçAmento
A fase de execução orçamentária e financeira do orçamento público consiste na arreca-
dação das receitas e na realização das despesas, tornando real e operacional o que fora pla-
nejado e programado.
A LOA é organizada na forma de créditos orçamentários suas respectivas dotações or-
çamentárias. Assim, o crédito orçamentário é composto pelo conjunto de categorias clas-
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sificatórias e contas que especificam as ações e operações autorizadas na LOA, enquanto
a dotação é o montante de recursos financeiros com que conta o crédito orçamentário. Em
outras palavras, podemos dizer que para um crédito orçamentário temos uma dotação, que é
o limite de recurso financeiro autorizado para aquele crédito.
Importante ter em mente que os recursos orçamentários seguem o ciclo orçamentário em
sentido amplo, que abrange as etapas do planejamento ao controle, passando pela elabora-
ção e a própria execução da lei orçamentária anual.
Iniciando a execução do orçamento temos a programação orçamentária e financeira que
nada mais é do que a adaptação do fluxo dos pagamentos ao fluxo dos recebimentos, de
modo que a despesa fixada seja “adaptada” ao resultado da arrecadação do ente.
Nessa linha de raciocínio, a mencionada programação visa customizar a velocidade de
execução do orçamento ao fluxo de recursos financeiros, de modo a garantir a execução dos
programas anuais de trabalho, realizados por meio do Sistema Integrado de Administração
Financeira do Governo Federal – SIAFI, com base nas diretrizes e regras estabelecidas pela
legislação vigente.
O SIAFI é do que o principal instrumento de registro, acompanhamento e controle da exe-
cução orçamentária, financeira e patrimonial do Governo Federal.
Guarde que as diretrizes gerais da programação financeira da despesa autorizada na LOA
são fixadas em Decreto.
Nesse contexto, merece menção destacada a previsão no artigo 47 da Lei 4.320/1964, de
que, logo depois de promulgada a LOA, baseada nos limites nela fixados, o Poder Executivo
deve aprovar um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária pode
usar, sendo que essas cotas trimestrais podem ser modificadas durante o ano em função, por
exemplo, das oscilações na receita pública.
Quem aprova a LOA é o Poder Legislativo, mas é o Poder Executivo quem aprova o quadro de co-
tas trimestrais, logo após a promulgação da LOA e com base nos limites nela fixados. Assim,
cabe ao Poder Executivo aprovar um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade
orçamentária fica autorizada a gastar.
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Questão 6 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Para limitar os gastos do governo, um dos
mecanismos utilizados é a publicação de decreto que disponha sobre a programação orça-
mentária e financeira bem como o cronograma mensal de desembolso. Acerca desse assun-
to, julgue o item subsequente.
O ato pelo qual determinada unidade orçamentária ou administrativa transfere a outras uni-
dades orçamentárias ou administrativas o poder de utilizar créditos que lhes tenham sido
dotados caracteriza o que se denomina descentralização de créditos.
Certo.
Exato! A descentralização de créditos ocorre quando uma unidade orçamentária transfere a
outras unidades as dotações orçamentárias. Confira no MCASP, com grifos nossos:
As descentralizações de créditos orçamentários ocorrem quando for efetuada movimentação de parte do orçamento, mantidas as classificações institucional, funcional, programática e econômi-ca, para que outras unidades administrativas possam executar a despesa orçamentária.
O objetivo de se fixar essas cotas trimestrais é assegurar às unidades orçamentárias,
tempestivamente, recursos necessários e suficientes a melhor execução do seu programa
anual de trabalho, equilibrando receita arrecadada e a despesa realizada, para evitar even-
tuais insuficiências de caixa. Além disso, tenha mente que as cotas trimestrais podem ser
alteradas durante o exercício, mas, claro, respeitando limite da dotação orçamentária.
Guarde ainda que, além dos créditos orçamentários previstos na LOA, a programação da
despesa orçamentária abarca ainda os créditos adicionais e as operações extraorçamentárias.
A LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) melhorou ainda mais essa ferramenta orçamentária
ao determinar que a elaboração da programação financeira e do cronograma mensal de de-
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sembolso ocorram no prazo de 30 dias após a publicação da LOA. Veja o seu artigo 8º da LRF
com grifos nossos:
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de di-retrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
Ainda nesse artigo, a LRF ordena que os recursos legalmente vinculados à finalidade es-
pecífica devem ser usados somente para atender ao objeto de sua vinculação, mesmo que
em exercício diferente daquele em que ocorrer o ingresso. Mentalize recurso vinculado como
sendo aquele que possui destinação obrigatória a determinada despesa e, assim, a LRF dis-
põe que se é recurso vinculado, continuará vinculado, mesmo que em exercício financeiro
diverso daquele em que tenha ocorrido o ingresso.
Nessa pegada, após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento da
Despesa (QDD) será definido como sendo um instrumento que detalha, em nível operacional,
os subprojetos e subatividades constantes da lei orçamentária anual, especificando as Uni-
dades Orçamentárias de cada órgão, fundo ou entidades dos orçamentos fiscal e da seguri-
dade social, especificando, para cada categoria, a fonte de recursos, a categoria econômica,
o grupo de despesa e a modalidade de aplicação.
É o ponto de partida para a execução orçamentária.
Importante guardar que Executar o Orçamento é, em verdade, realizar as despesas públi-
cas nele previstas, seguindo aqueles três estágios da execução das despesas previstos na Lei
n. 4320/64: empenho, liquidação e pagamento.
Aqui entra em cena aquela ferramenta usada para limitação dos gastos do Governo Fede-
ral: o famoso “Decreto de contingenciamento dos gastos”, que na mais é do que o Decreto de
Programação Orçamentária e Financeira juntamente com a Portaria Interministerial que deta-
lha os valores autorizados para movimentação e empenho e para pagamentos no decorrer do
exercício, tendo como suporte legal além da Lei n. 4.320/1964 e da LRF, as LDOs de cada ano.
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Execução da Programação Financeira
A Programação Financeira para que seja bem elaborada, exige profundo conhecimento
técnico de finanças e do comportamento da arrecadação dos tributos que compõem a receita,
além, é claro, da própria estrutura do Estado.
Importante registrar ainda que, como a entrada das receitas arrecadadas dos contribuin-
tes nem sempre coincide, temporalmente, com as necessidades de realização de despesas
públicas, existe um conjunto de atividades que têm o objetivo de ajustar o ritmo da execução
do orçamento ao fluxo provável de entrada de recursos financeiros que vão assegurar a rea-
lização dos programas anuais de trabalho e, consequentemente, impedir eventuais insufici-
ências de tesouraria. A esse conjunto de atividades chamamos de Programação Financeira.
A seguir um resumo sistematizado da programação financeira:
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Programação Financeira
MF
STN
Órgão centralDisposição dos recursos $ aos órgãos setoriais em suas contas-correntes do BB (S\A)
Órgão setorialSec. De Administração Geral dos Ministérios Civis e órgãos equivalentes da PR e dos Comandos Militares
*Transferência de recursos $ entre órgão de estruturas administrativas diferentes
UG: UC ou UAMovimentação interna de recursos $ realizado pela OSPF
MIN. “A”Órgão
Setorial
MIN. “A”
UG
MIN. “B”Órgão
Setorial
MIN. “B”
UG
COTA(OB)COTA(OB)
SUB-REPASSE(OB)
SUB-REPASSE(OB)
REPASSE (OB)
Importante destacar que a programação financeira se realiza em três níveis distintos,
existindo uma hierarquia entre eles:
1 – Secretaria do Tesouro Nacional – STN, o órgão central;
2 – Subsecretarias de Planejamento, Orçamento e Administração – SPOAs (ou equivalen-
tes, os chamados órgãos setoriais de programação financeira – OSPF); e
3 – Unidades Gestoras Executoras (UG).
Nessa toada, podemos ver que quem realmente recebe a descentralização do órgão cen-
tral é o órgão setorial que pode descentralizar ainda para a UG, ou seja, quem realiza as des-
centralizações SÃO o órgão central e o órgão setorial.
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A UG – Unidade Gestora é uma UO – Unidade Orçamentária ou uma UA – Unidade Admi-
nistrativa investida do poder de gerir recursos orçamentários e financeiros, próprios ou
descentralizados.
UO – Unidade Orçamentária – tem dotação consignada diretamente na LOA.
UA – Unidade Administrativa – não tem dotação diretamente na LOA, sendo dependente, por-
tanto, de uma UO, que descentraliza o crédito para ela.
Questão 7 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Acerca dos mecanismos de exe-
cução do orçamento, julgue o item seguinte.
As unidades orçamentárias podem corresponder a vários órgãos da estrutura administrativa
ou apenas a uma parte de um único órgão.
Certo.
As unidades orçamentárias podem SIM corresponder a vários órgãos da estrutura admi-
nistrativa ou apenas a uma parte de um único órgão. Confira no Manual Técnico de Orça-
mento – MTO que as unidades orçamentárias (UOs) não correspondem necessariamente
à estrutura administrativa:
Um órgão orçamentário ou uma UO não correspondem necessariamente a uma estrutura adminis-trativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com os órgãos Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios, Encargos Financeiros da União, Operações Oficiais de Cré-dito, Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal e Reserva de Contingência.
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Após a LRF e seu foco nas metas fiscais e do maior controle sobre os gastos públicos,
tanto para equilibrar os orçamentos, como para indicar transparência dos compromissos go-
vernamentais com a dívida pública, de modo a fomentar e manter expectativas claras e ob-
jetivas, a administração pública buscou melhor programar financeiramente a execução das
suas despesas.
Esse processo atende a dispositivos legais que exigem o pronto conhecimento e correção
das discrepâncias entre receita e despesas primárias, bem como monitora o cumprimento
das metas de resultado estabelecidas para determinado exercício, projetando ainda seu com-
portamento para os dois subsequentes.
Questão 8 (CESPE/TRE-PI/ANALISTA/2016) Julgue a assertiva abaixo:
A programação financeira é um instrumento que foi introduzido pela LRF.
Errado.
Na verdade, já existia essa previsão no artigo 47 da Lei n. 4.320/1964. A LRF APENAS melho-
rou ainda mais essa ferramenta orçamentária ao determinar que a elaboração da programa-
ção financeira e do cronograma mensal de desembolso ocorram no prazo de 30 dias após a
publicação da LOA.
Infelizmente, a programação financeira é usualmente submetida à vontade política do go-
verno, já que o orçamento é uma lei autorizativa (não obriga, apenas autoriza a execução dos
programas de trabalho nela contidos).
Na prática, a execução do orçamento deve estar atrelada ao real ingresso de recursos, ou
seja, à medida que os recursos financeiros vão ingressando nos cofres do governo, eles são li-
berados para os órgãos setoriais das secretarias, baseado na programação financeira destes,
para a execução dos seus programas de trabalho. Nessa pegada, acaba ficando a critério do
Governo executar este ou aquele projeto, sem obedecer a qualquer hierarquia orçamentária.
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Questão 9 (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Julgue o item que se segue, a respeito do plano
plurianual (PPA).
A programação financeira tem o objetivo de ajustar o ritmo de execução do PPA ao fluxo pro-
vável de recursos financeiros, de modo a executar os programas de trabalho.
Errado.
Na verdade, a Programação Financeira compreende um conjunto de atividades com o objetivo
de ajustar o ritmo de execução do orçamento ao fluxo provável de recursos financeiros.
Assim, por meio da programação financeira, garante-se a execução dos programas anuais de
trabalho, realizados por meio do SIAFI, com base nas diretrizes e regras estabelecidas pela
legislação vigente.
Não custa lembrar que depois da sanção presidencial à LOA, o Poder Executivo mediante de-
creto estabelece em até trinta dias a programação financeira e o cronograma de desembolso
mensal por órgãos, observadas as metas de resultados fiscais dispostas na LDO.
Guarde que a Programação Financeira se realiza em três níveis distintos, sendo a STN o seu
órgão central, contando ainda com a participação das Subsecretárias de Planejamento, Orça-
mento e Administração (ou equivalentes os órgãos setoriais – OSPF) e as Unidades Gestoras
Executoras (UGE).
Guarde ainda que é de competência da STN estabelecer as diretrizes para a elaboração e for-
mulação da programação financeira mensal e anual, bem como a adoção dos procedimentos
necessários à sua execução. Aos órgãos setoriais competem a consolidação das propostas
de programação financeira dos órgãos vinculados – UGE e a descentralização dos recursos
financeiros recebidos do órgão central. Às Unidades Gestoras Executoras cabem a realização
da despesa pública nas suas três etapas, ou seja: o empenho, a liquidação e o pagamento.
Diante do exposto, podemos concluir que a questão está falsa pois ao afirmar que é para
ajustar o fluxo do PPA.
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Importante informar ainda que, como cada secretaria ou órgão tem um prazo determinado
para a elaboração de seu próprio cronograma de desembolsos, que reflete as saídas de re-
cursos financeiros, a Secretaria de Tesouro, ou correspondente Estadual, Distrital ou Munici-
pal, deve consolidar e aprovar toda a programação financeira de desembolso para o governo,
procurando ajustar as necessidades da execução do orçamento ao fluxo de caixa do Tesouro
(despesas e receitas), a fim de obter um fluxo de caixa mais de acordo com a política fiscal e
monetária do governo.
Todo esse processo, em realidade, ocorre dentro de sistema informatizado, sendo tare-
fa de cada Unidade Gestora (UG) elaborar sua programação financeira e submetê-la ao seu
órgão setorial de programação. O órgão, por sua vez, deve consolidá-la e submetê-la ao ór-
gão central de programação financeira. Dessa forma o sistema permite um acompanhamento
preciso do cronograma de desembolso dos recursos financeiros de cada UG e sua execução.
O cronograma de desembolso é parte da programação financeira de desembolso, já que
representa somente as despesas decorrentes da execução física dos projetos e atividades a
cargo dos ministérios ou órgãos, ou seja, espelha a necessidade de recursos financeiros para
pagamento dessas despesas.
Assim, podemos dizer que a programação financeira é mais abrangente do que o cronograma
de desembolso, pois ela engloba não só as despesas, mas também os ingressos de receitas
no caixa do Tesouro.
A execução orçamentária completa-se com a execução financeira. Esta passa pela pro-
gramação dos recursos financeiros de forma a garantir o atendimento à demanda de recursos
aos órgãos e entidades da Administração Pública direta e indireta.
Sinteticamente falando, a execução orçamentária é a utilização das dotações dos créditos
consignados na LOA, enquanto a execução financeira é a utilização de recursos financeiros.
A correta gestão pública, pautada em uma execução orçamentária e financeira eficiente,
advém da integração coerente entre o que foi planejado e o que será realmente realizado.
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Sendo assim, não há que se falar na alocação de recurso sem ter o entendimento dos concei-
tos de Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual.
A fim de se evitar o comprometimento de recursos orçamentários que poderiam ficar sem
o correspondente financeiro em virtude de frustração na arrecadação da receita, anualmente,
o Presidente da República tem publicado um decreto de contingenciamento, bloqueando re-
cursos, que passam a não estar disponíveis para empenho até segunda ordem.
Na prática, a execução orçamentária e a execução financeira ocorrem, concomitantemen-
te, por estarem atreladas uma a outra. Se existir orçamento e não houver o financeiro, não
poderá ocorrer a despesa. De outra parte, pode haver recurso financeiro, mas não se poderá
gastá-lo, caso não exista disponibilidade orçamentária.
Visando estabelecer, de forma objetiva, inter-relacionamento entre a execução orçamen-
tária e a execução financeira, existe forte integração entre as etapas que compõem os fluxos
e processos pertinentes.
Do lado orçamentário, temos a descentralização de crédito; do financeiro, a movimentação de
recursos. Guarde: crédito para o lado orçamentário e recurso para o lado financeiro. O crédito
é orçamentário, é uma dotação ou autorização de gasto, e recurso é financeiro, dinheiro ou
saldo de disponibilidade bancária.
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Dessa forma, em nível federal, o Ministério do Planejamento (incorporado pelo Ministério
da Economia), via Secretaria de Orçamento Federal – SOF é o órgão central responsável pelo
orçamento, enquanto que o Ministério da Fazenda, via Secretaria do tesouro Nacional – STN é
o órgão central responsável pelo financeiro. Registre-se que tanto os créditos orçamentários
quanto os recursos financeiros podem ser movimentados entre unidade gestoras.
Vale destacar que a movimentação de créditos do órgão central de orçamento para os
órgãos setoriais chama-se dotação, enquanto que a movimentação de recursos do órgão
central de programação financeira para os órgãos setoriais é chamada cota.
A movimentação de crédito entre órgãos distintos denomina-se descentralização externa
ou destaque. Já a movimentação de recursos é conhecida como repasse.
A movimentação de crédito de um órgão para as unidades a ele vinculadas, bem como entre
elas, denomina-se descentralização interna ou provisão, ao passo que a movimentação de
recursos é chamada de sub-repasse.
Questão 10 (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Com relação às classificações e técnicas de
execução do orçamento público, julgue o item que se segue.
A transferência de créditos orçamentários de um órgão público a outro órgão que esteja em
ministério ou estrutura administrativa diferente deve ser feita por meio de repasse.
Errado.
Guarde que quando a descentralização de créditos orçamentários envolver unidades ges-
toras de um mesmo órgão, ou seja, quando tivermos uma descentralização interna, temos
uma provisão.
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Por outro lado, quando a descentralização de créditos orçamentários é realizada entre unida-
des gestoras de órgãos ou entidades de estrutura diferente, temos um destaque.
Questão 11 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Acerca dos mecanismos de exe-
cução do orçamento, julgue o item seguinte.
O órgão público que precisar descentralizar dotações do seu orçamento para unidades ges-
toras de outro órgão público deverá realizar um destaque.
Certo.
Guarde que a movimentação de créditos orçamentários envolve os conceitos de dotação, pro-
visão e destaque.
No caso da dotação, que se refere ao montante de créditos autorizados, temos que ocorre a
provisão quando a descentralização de créditos é interna e o destaque quando a descentrali-
zação de créditos é externa (outro órgão).
Como na questão o órgão público precisa descentralizar dotações do seu orçamento para
unidades gestoras de outro órgão público, ele deve realizar um destaque.
Guarde ainda que nas descentralizações de créditos orçamentários devem ser mantidas
as classificações institucional, funcional, programática e econômica, para que outras unida-
des administrativas executem a despesa orçamentária. Registre-se ainda que essas movi-
mentações ocorrem em tempo real no âmbito do SIAFI.
Questão 12 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Com relação às técnicas de execução financeira
e orçamentária, julgue o item seguinte.
A descentralização de créditos orçamentários deve ser acompanhada da modificação da uni-
dade orçamentária na classificação institucional.
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Errado.
Na verdade, a descentralização de créditos orçamentários não altera a unidade orçamentária
na classificação institucional. Confira no MCASP, com grifos nossos:
Descentralizações de Créditos OrçamentáriosAs descentralizações de créditos orçamentários ocorrem quando for efetuada movimentação de parte do orçamento, mantidas as classificações institucional, funcional, programática e econômica, para que outras unidades administrativas possam executar a despesa orçamentária. As descen-tralizações de créditos orçamentários não se confundem com transferências e transposição, pois:a. Não modificam a programação ou o valor de suas dotações orçamentárias (créditos adicionais); eb. Não alteram a unidade orçamentária (classificação institucional) detentora do crédito orçamen-tário aprovado na lei orçamentária ou em créditos adicionais.
Guarde, portanto, que a execução orçamentária pode ser definida simplesmente como a utili-
zação dos créditos consignados na Lei Orçamentária Anual – LOA, ou seja, a execução orça-
mentária é a utilização dos CRÉDITOS consignados no orçamento.
Por seu turno, a execução financeira, de modo distinto, representa a utilização de recursos
financeiros, visando atender à realização dos projetos e/ou atividades atribuídas às Unidades
Orçamentárias pelo Orçamento.
Lembre-se que todo o processo orçamentário tem seu rito precípuo estabelecido no artigo 165
da CF/1988 que determina a necessidade do planejamento das ações de governo por meio do:
Plano Plurianual de Investimentos – PPA
Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO
Lei Orçamentária Anual – LOA
As etapas seguintes à publicação da LOA, à nível federal, devem estar em consonância com
as normas de execução orçamentária e de programação financeira da União.
Volto a destacar que após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento
da Despesa (QDD) será definido como sendo um instrumento que detalha, em nível opera-
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cional, os subprojetos e subatividades constantes da LOA, especificando as Unidades Orça-
mentárias de cada órgão, fundo ou entidades dos orçamentos fiscal e da seguridade social,
especificando, para cada categoria, a fonte de recursos, a categoria econômica, o grupo de
despesa e a modalidade de aplicação. É o ponto de partida para a execução orçamentária.
De acordo com a Portaria MPOG 42/1999, projeto é um instrumento de programação para
alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no
tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da
ação de governo.
Ainda, a mesma portaria define como atividade um instrumento de programação para
alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam
de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da
ação de governo.
Em termos de União, os valores previstos no Orçamento Público têm as informações orça-
mentárias, fornecidas pela Secretaria de Orçamento Federal, lançadas no SIAFI, por intermé-
dio da geração automática do documento Nota de Dotação – ND, criando-se assim o crédito
orçamentário e, a partir daí, tem-se o início da execução orçamentária propriamente dita.
Nesse sentido, existe no SIAFI uma tabela que vincula cada unidade orçamentária exis-
tente no QDD com uma unidade gestora do SIAFI. Essa unidade gestora será responsável pela
descentralização e/ou pela execução desses créditos recebidos.
O SIAFEM, SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA PARA ESTADOS E
MUNICÍPIOS, por sua vez, é um sistema desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento
de Dados – SERPRO, baseado no SIAFI – Sistema Integrado de Administração Financeira do
Governo Federal, customizado para atender os estados e municípios.
É utilizado para otimizar e uniformizar a execução orçamentária, financeira, patrimonial
e contábil, de forma integrada, minimizando os custos, proporcionando maior transparência,
eficiência e eficácia na gestão dos recursos públicos, facilitando assim a apreciação de con-
tas do Governo pelos Órgãos de Controle Interno do Poder Executivo e de Controle Externo
representados pela Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas.
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Seguindo adiante, a próxima etapa é a do detalhamento do crédito orçamentário. Esse pro-
cedimento normalmente é efetuado pela unidade gestora responsável pela supervisão funcio-
nal dos atos de execução orçamentária. Existem quatro tipos de detalhamento de crédito no
SIAFI: de fonte de recursos – FR, de natureza da despesa – ND, de Unidade Gestora respon-
sável – UGR e de plano interno – PI, formando em seguida a chamada “célula orçamentária”.
Importante guardar que Executar o Orçamento é, em verdade, realizar as despesas públi-
cas nele previstas, seguindo aqueles três estágios da execução das despesas previstos na Lei
n. 4320/64: empenho, liquidação e pagamento.
Não é demais reforçar que as dotações orçamentárias são classificadas de forma a explici-
tar o montante de recursos empregados nas principais atividades do Estado sob várias óticas.
Caso haja necessidade de criação de dotação ou complementação de dotações existen-
tes, pode-se abrir créditos adicionais, cuja iniciativa é sempre do Presidente da República,
ainda que para os créditos que visem a atender os Poderes Legislativo e Judiciário, bem como
o Ministério Público da União.
As emendas aos orçamentos anuais ou aos créditos adicionais, que deverão ser compatí-
veis com a lei de diretrizes orçamentárias e com o plano plurianual, podem objetivar o acrés-
cimo de dotação orçamentária inicialmente proposta pelo Executivo ou a criação de uma nova
despesa, bem como a redução ou supressão de dotação proposta.
Nos casos de redução ou supressão de dotação proposta, não há, obviamente, necessida-
de de indicação de recursos para atender a emenda. Contudo, nos casos em que o parlamen-
tar deseje aumentar os recursos destinados a determinada despesa, ou criar despesa nova, a
Constituição Federal, observando o princípio do equilíbrio, determina que devem ser indicados
os recursos necessários para o atendimento à emenda, admitidos apenas os provenientes de
anulação de outra despesa, excluídas as que incidam sobre dotações para pessoal e seus
encargos, serviço da dívida e transferências tributárias constitucionais.
Ainda de acordo com a CF/1988 em seu artigo 168 “os recursos correspondentes às do-
tações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública,
ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, até o dia 20 de cada mês”.
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A fim de se evitar o comprometimento de recursos orçamentários que poderiam ficar sem
o correspondente financeiro em virtude de frustração na arrecadação da receita, anualmente,
o Presidente da República tem publicado um decreto de contingenciamento, bloqueando re-
cursos, que passam a não estar disponíveis para empenho até segunda ordem.
Com a entrada da Emenda Constitucional – EC 86/2015, apelidada de “EC do orçamento
impositivo”, tornou obrigatória a execução da programação orçamentária relativas às emen-
das individuais à LOA por parte dos congressistas, sendo que tais emendas serão aprovadas
até 1,2% da Receita Corrente Líquida – RCL prevista no projeto de LOA encaminhado ao Con-
gresso Nacional.
Registre-se que esse apelido não corresponde à realidade, uma vez que apenas uma pe-
quena fatia da LOA passou a ser de execução obrigatória, divergindo assim do conceito dou-
trinário de orçamento impositivo, aquele em que a aprovação da Lei obriga o Executivo a
executar a LOA de forma mais amarrada.
Nesse contexto, merece destaque também a chamada “PEC dos Gastos”, que estabelecer
o “Novo Regime Fiscal” trazendo no artigo 111 do ADCT da nossa CF/1988 que:
Art. 111. A partir do exercício financeiro de 2018, até o último exercício de vigência do Novo Regi-me Fiscal, a aprovação e a execução previstas nos §§ 9º e 11 do art. 166 da Constituição Federal corresponderão ao montante de execução obrigatória para o exercício de 2017, corrigido na forma estabelecida pelo inciso II do § 1º do art. 107 deste Ato das Disposições Constitucionais Transi-tórias.
Mastigando essa informação para você, o que a “PEC dos Gastos” trouxe à baila foi que
a partir de 2018 até o fim do Novo Regime Fiscal, a aprovação e execução das emendas indi-
viduais de execução obrigatória terão como limite o valor do exercício anterior acrescido do
IPCA de 12 meses.
O novo Regime Fiscal também inovou ao constitucionalizar os famosos “restos a pagar”,
uma vez que, até então, os resíduos passivos relativos às despesas empenhadas e ainda não
pagas dentro do mesmo ano, só tinha previsão em legislação infraconstitucional, determi-
nando que os restos a pagar podem ser considerados, até o limite de 0,6% da RCL do ano an-
terior, para fins de cumprimento da execução financeira obrigatória de emendas individuais.
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Execução Financeira
A FASE INICIAL da execução financeira ocorre por meio da programação financeira, adian-
te comentada.
Tenha em mente que a execução financeira representa o fluxo de recursos financeiros
necessários à efetiva realização dos gastos dos recursos públicos para a realização dos pro-
gramas de trabalho definidos, ou seja, a execução financeira representa a utilização dos RE-
CURSOS financeiros para atender à realização dos projetos e atividades atribuídos a cada
unidade.
Importante destacar que, em termos de execução financeira, quando falamos em RECUR-
SO, estamos falando de dinheiro ou saldo de disponibilidade bancária (enfoque da execução
financeira), que tem sentido diferente do termo CRÉDITO, que é dotação ou autorização de
gasto ou sua descentralização (enfoque da execução orçamentária).
Lembrando que, nos termos da Lei n. 4.320/1964, o exercício financeiro é o tempo com-
preendido entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de cada ano, no qual a administração promove
a execução orçamentária e demais fatos relacionados com as variações qualitativas e quan-
titativas que tocam os elementos patrimoniais da entidade ou órgão público.
A movimentação de recursos financeiros é feita de três formas: cota, repasse e sub-repasse.
1) Cota: é a movimentação de recursos financeiros do órgão central para os setoriais de pro-
gramação financeira. Está relacionada com os créditos orçamentários e adicionais, da pers-
pectiva orçamentária.
2) Repasse: é a movimentação de recursos financeiros dos órgãos setoriais de programação
financeira para entidades da administração indireta e de entidades da administração indireta
para órgãos da administração direta. Está relacionada com os destaques de crédito (movi-
mentação externa), da perspectiva orçamentária.
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3) Sub-repasse: é a movimentação de recursos financeiros entre unidades gestoras perten-
centes ao mesmo ministério ou órgão. Está relacionada com a provisão de crédito (movimen-
tação interna), da perspectiva orçamentária.
Questão 13 (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) Julgue a assertiva abaixo:
Nos casos em que a descentralização dos recursos financeiros aconteça entre órgãos de
mesma estrutura administrativa, por exemplo, ambos no âmbito do Ministério da Educação,
essa movimentação interna configura um repasse de recursos.
Errado.
Na verdade, descentralização dos recursos financeiros entre órgãos de mesma estrutura ad-
ministrativa configura um sub-repasse de recursos.
Procedidas as demais fases em que as responsabilidades são compartilhadas, encerras-
se o último passo do estágio da despesa, que compreende o pagamento. Ele só será efetuado
quando ordenado após sua regular liquidação.
Quando falamos em dispêndio de recursos financeiros oriundos do Orçamento Geral da
União, importante frisar que se faz exclusivamente por meio de Ordem Bancária – OB, via
Conta Única do Governo Federal, e se destina ao pagamento de compromissos, bem como a
transferência de recursos entre as Unidades Gestoras, tais como liberação de recursos para
fins de adiantamento, suprimento de fundos, cota, repasse, sub-repasse e afins.
Guarde, portanto, que a Ordem Bancária é o único documento de transferência de re-
cursos financeiros.
Em contraste, do lado da entrada dos recursos financeiros, o seu ingresso acontece, nor-
malmente, quando o contribuinte efetua o pagamento de seus tributos por meio de DARF OU
DAE, junto à rede bancária, que deve efetuar o recolhimento dos recursos arrecadados, ao
BACEN, no prazo de um dia.
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Atualmente, por meio do DARF ou DAE Eletrônico e da GRPS Eletrônica, os usuários do
sistema podem efetuar o recolhimento dos tributos federais e contribuições previdenciárias
diretamente à Conta Única, sem trânsito pela rede bancária.
Seguindo essa linha, uma vez tendo recursos em caixa, começa a fase de saída desses
recursos, para pagamentos diversos. O pagamento entre Unidades Gestoras ocorre mediante
a transferência de limite de saque, que é a disponibilidade financeira da UG on-line, existente
na Conta Única.
Ainda no âmbito da execução financeira, merece destaque a Conta Única do Tesouro Na-
cional, mantida no Banco Central do Brasil, acolhe todas as disponibilidades financeiras da
União, inclusive fundos, de suas autarquias e fundações. Constitui importante instrumento de
controle das finanças públicas, uma vez que permite a racionalização da administração dos
recursos financeiros, reduzindo a pressão sobre a caixa do Tesouro, além de agilizar os pro-
cessos de transferência e descentralização financeira e os pagamentos a terceiros.
O Decreto-Lei n. 200, de 25 de fevereiro de 1967, que promoveu a organização da Adminis-
tração Federal e estabeleceu as diretrizes para Reforma Administrativa, determinou ao Minis-
tério da Fazenda que implementasse a unificação dos recursos movimentados pelo Tesouro
Nacional, através de sua Caixa junto ao agente financeiro da União, de forma a garantir maior
economia operacional e a racionalização dos procedimentos relativos a execução da progra-
mação financeira de desembolso.
Tal determinação legal só foi integralmente cumprida com a promulgação da Constitui-
ção de 1988, quando todas as disponibilidades do Tesouro Nacional, existentes nos diver-
sos agentes financeiros, foram transferidas para o Banco Central do Brasil, em Conta Única
centralizada, exercendo o Banco do Brasil a função de agente financeiro do Tesouro, sendo
operacionalizada no SIAFI.
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SIAFICONTA ÚNICA
RECOLHIMENTOS
RECEBIMENTOS
PAGAMENTO
PAGAMENTOS
PAGAMENTOS / RECEBIMENTOS EXTERNOS
GOVERNO
BANCO
EMPRESA
ENTIDADES EXTERNAS
Registre-se ainda que regras dispondo sobre a unificação dos recursos do Tesouro Nacio-
nal em Conta Única também foram estabelecidas pelo Decreto n.. 93.872/86.
Ainda no âmbito da execução orçamentária e financeira, merece destaque a figura do Or-
denador de Despesas, que é aquela autoridade responsável pela emissão de empenho, auto-
rização de pagamento, suprimento ou dispêndio, conforme dispõe o § 1º do artigo n. 80 do
Decreto-Lei n. 200/1967.
Em outras palavras, o Ordenador de Despesas tem como atribuições movimentar créditos
orçamentários, empenhar despesa e efetuar pagamentos.
1.7. AvAliAção e Controle
Superada a fase de execução, cabe agora ao Poder Executivo a obrigação de dar publici-
dade da execução orçamentária até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, sub-
metendo todo o processo à avaliação da sociedade.
Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arreca-
de, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens ou valores públicos, ou sobre os quais a
União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. A mes-
ma ideia é válida para Estados, DF e Municípios.
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Confira a literalidade do parágrafo único do artigo 70 da CF/1988:
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Em termos de União, o Presidente deverá prestar contas ao Congresso Nacional, anual-
mente, até sessenta dias (60 dias) após o início da sessão legislativa. Se as contas do Presi-
dente da República não forem apresentadas ao Congresso Nacional até sessenta dias após a
abertura da sessão legislativa, a Câmara dos Deputados deverá proceder à tomada de contas.
Quer as contas do Presidente da República sejam apresentadas espontaneamente no pra-
zo constitucional, quer sejam tomadas pela Câmara dos Deputados, dentro de sessenta dias
após o seu recebimento, o Tribunal de Contas da União deverá apreciá-las mediante parecer
prévio. O parecer prévio será encaminhado de volta ao Congresso Nacional.
Entramos agora em um tema relevante para o Direito Financeiro e para AFO: a fiscalização
e o controle orçamentário.
Podemos dizer que a avaliação orçamentária integra o controle orçamentário, consistindo
em uma análise da eficácia e da eficiência das ações realizadas, servindo também para ava-
liar os responsáveis da gestão no que diz respeito ao alcance dos objetivos e maximização
da utilização dos recursos públicos.
Quando falamos em análise da eficiência, avalia-se a medida da relação entre os recursos
efetivamente utilizados para a realização de uma meta para um projeto, atividade ou progra-
ma frente a padrões estabelecidos.
Por outro lado, quando falamos em análise da eficácia, avalia-se a medida do grau de alcance
das metas fixadas para um determinado projeto, atividade ou programa em relação ao previsto.
Temos ainda a avaliação da efetividade, que é relação entre os resultados alcançados
(impactos observados) e os objetivos (impactos esperados) que motivaram a atuação insti-
tucional. A efetividade possibilita que seja verificado se um dado programa produziu efeitos
no ambiente externo em que interveio, em termos econômicos, técnicos, socioculturais, ins-
titucionais ou ambientais.
Em suma, de acordo com Alexandre Marinho e Luis Otávio Façanha:
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a efetividade diz respeito à capacidade de se promover resultados pretendidos; a eficiência deno-taria competência para se produzir resultados com dispêndio mínimo de recursos e esforços; e a eficácia remete a condições controladas e a resultados desejados de experimentos, critérios que, não se aplicam automaticamente às características e realidade dos programas sociais.
No âmbito do controle, merece destaque fiscalização orçamentária financeira do Estado,
que possui caráter político no sentido de impedir que o Poder Executivo exceda os créditos
que lhe foram concedidos, o desperdício dos recursos públicos e a dilapidação do patrimônio
público, mas sem atrasar/parar a execução orçamentária para não prejudicar vida da popu-
lação e do próprio Estado.
Nessa mesma linha pensa o Doutrinador Kiyoshi Harada, que disse:
a fiscalização e controle orçamentário serve justamente para coibir abusos do poder público no que se refere ao dinheiro público e sua destinação dentro da melhor destinação e com responsa-bilidade.
A fundamentação legal da fiscalização dos Controles Interno e Externo tem sede no artigo
70 da CF/1988, cujo objeto de análise tem três elementos distintos: legalidade, legitimidade e
economicidade no que diz respeito à despesa pública. Confira a literalidade que pode apare-
cer em sua prova:
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Vale destacar que o foco dessa fiscalização é contábil, financeiro, orçamentária, opera-
cional e patrimonial da Fazenda Pública do Estado, nas três esferas: federal, estadual e mu-
nicipal.
A fiscalização com foco no aspecto da legalidade visa verificar se a despesa está acordo
com as normas previstas na Constituição, na Lei n. 4.320/1964 e na Lei de Responsabilidade
Fiscal.
A fiscalização operacional é relacionada ao procedimento de arrecadação e liberação
de verbas.
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Vale destacar, na fiscalização financeira, a verificação da entrada e da saída de dinheiro,
enquanto que a orçamentária fiscaliza a correta execução do orçamento.
Já a fiscalização patrimonial está relacionada à própria execução orçamentária no senti-
do de mudanças patrimoniais, sendo que as alterações patrimoniais devem ser fiscalizadas
permanentemente pelo Estado.
Sob o ponto de vista da legitimidade verifica-se se houve eficiência do gasto em atender
as necessidades públicas, conferindo se a despesa atingiu o bem jurídico valorado pela nor-
ma ao autorizá-la.
Quando a fiscalização é feita para a avaliar o nível de economicidade alcançado, confere-
-se se despesa foi realizada com o menor custo possível, se houve a melhor relação custo/
benefício para alcançar a finalidade pretendida.
Nessa toada, a CMO – Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização
examinará e emitirá parecer sobre as contas e o Plenário do Congresso Nacional deliberará
sobre sua aprovação. Não há prazo legal para apreciação das contas pelo Congresso.
As contas podem ser aprovadas ou rejeitadas. Se for rejeitada, o Senado Federal irá pro-
cessar e julgar o Presidente da República, funcionando como presidente, o do Supremo Tribu-
nal Federal, exigindo-se quórum de dois terços dos votos do Senado.
Tanto a nossa Carta Magna quanto a própria Lei n. 4.320/1964 determinam a coexistência
de dois sistemas de controle: interno e externo. O controle interno é aquele realizado pelo ór-
gão no âmbito da própria Administração, do próprio Poder, dentro de sua estrutura. O controle
externo é aquele realizado por uma instituição independente e autônoma.
Veja o dispositivo da Lei n. 4.320/1964:
Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá:I – a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;II – a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos;III – o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de re-alização de obras e prestação de serviços.
De acordo com o próprio site do Ministério do Planejamento e Orçamento, que foi incor-
porado pelo Ministério da Economia, “a fiscalização do Orçamento Público é realizada oficial-
mente de duas formas: pelos controles interno e externo.
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Pelo Controle Interno, quando o controle é feito pelos órgãos do próprio Poder Executivo,
especialmente pela Controladoria-Geral da União (CGU) e, ainda, cada Ministério possui um
Assessor de Controle Interno, vinculado tecnicamente à CGU.
O controle interno tem previsão constitucional no artigo 74 da CF/1988, e consiste em um
sistema integrado de fiscalização dos três Poderes com o objetivo de apoiar o controle exter-
no em sua missão institucional.
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orça-mentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e have-res da União;IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
Veja agora os principais pontos da Lei n. 4.320/1964 acerca também do controle interno:
1) O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle: legalidade, fidelidade funcional e
cumprimento do programa de trabalho, sem prejuízo das atribuições do Tribunal de Contas
ou órgão equivalente.
2) O órgão incumbido da elaboração da proposta orçamentária ou a outro indicado na
legislação, caberá o controle estabelecido no cumprimento do programa de trabalho. Esse
controle far-se-á, quando for o caso, em termos de unidades de medida, previamente estabe-
lecidos para cada atividade.
3) No que diz respeito à verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária,
guarde que ela deve ser prévia, concomitante e subsequente.
4) No que diz respeito à prestação ou tomada de contas anual, quando instituída em lei,
ou por fim de gestão, poderá haver, a qualquer tempo, levantamento, prestação ou tomada de
contas de todos os responsáveis por bens ou valores públicos.
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5) É da competência dos serviços de contabilidade ou órgãos equivalentes verificar a exa-
ta observância os limites das cotas trimestrais atribuídas a cada unidade orçamentária, den-
tro do sistema que for instituído para esse fim.
Guarde ainda que, ao tomar conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, o
responsável pelo controle interno deve comunicar o TCU ou ao Tribunal de Contas do Estado,
Município ou dos Municípios, sob pena de responsabilidade solidária do chefe do Poder que
se omitiu a esse respeito.
De acordo com Tathiane Piscitelli, deverão ser verificados:
a) o cumprimento das metas previstas pelo Plano Plurianual, a execução dos programas
de governo e dos orçamentos da União;
b) a legalidade e resultados, quanto à eficácia e à eficiência, relativos aos gastos públicos
realizados por órgãos e entidades federais e também referentes à aplicação de recursos pro-
venientes de subvenções; e
c) o cumprimento dos limites e condições de operações de crédito, avais e garantias, além
de direitos e deveres da União.
O controle da execução orçamentária, previsto na Lei n. 4.320/1964, estabelece três tipos de
controle orçamentário:
1) o de legalidade dos atos (prévio, concomitante ou subsequente);
2) da fidelidade funcional dos agentes públicos; e
3) o cumprimento do programa orçamentário.
Questão 14 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/TÉCNICO/2018) Em relação à atuação contábil, fi-
nanceira e orçamentária da União, julgue o item que se segue.
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Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário devem manter, de forma integrada, sistema
de controle interno, com a finalidade de avaliar o cumprimento das metas previstas no plano
plurianual e a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.
Certo.
Assertiva de acordo com o artigo 74 da Constituição Federal, que trata do controle interno.
Confira, com grifos nossos:
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orça-mentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e have-res da União;IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Pelo Controle Externo, a nível federal, que é exercido pelo Poder Legislativo, com o auxílio
do Tribunal de Contas da União (TCU).
Registre-se que nos outros entes que integram o nosso Brasil, o controle externo é exer-
cido de forma similar, aplicando as disposições federais naquilo que couber.
Nessa toada, para os estados, cabe a sua realização à Assembleia Legislativa, com auxílio
do TCE (Tribunal de Contas do Estado).
Já em âmbito municipal, é exercido pela Câmara Municipal, com auxílio também do TCE
– Tribunal de Contas do Estado (regra geral) ou do Tribunal de Contas do Município (São
Paulo- TCM-SP e Rio de Janeiro – TCM-RJ) ou, quando for o caso, do Tribunal de Contas dos
Municípios, no caso da Bahia – TCM-BA, Pará – TCM-PA e Goiás – TCM-GO.
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Da mesma forma, no DF o Controle Externo é exercido pela Câmara Legislativa com o au-
xílio do TCDF – Tribunal de Contas do Distrito Federal.
Confira na diretamente na CF/1988:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer pré-vio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;II – julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores pú-blicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e man-tidas pelo poder público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer tí-tulo, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo poder público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das con-cessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;IV – realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão téc-nica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, opera-cional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;V – fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;VI – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acor-do, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;VII – prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;VIII – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;IX – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cum-primento da lei, se verificada ilegalidade;X – sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;XI – representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as me-didas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo.
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§ 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades.
A nível federal, nós já temos consciência que é do Poder Legislativo a responsabilidade
pela realização do controle externo, com o auxílio do Tribunal de Contas da União, cujas fun-
ções estão delineadas no artigo 71 e 49, X, da CF/1988.
A fiscalização externa por parte do Congresso Nacional se dá especialmente por uma co-
missão mista permanente de Senadores e Deputados, que nos termos do artigo 166 § 1º da
CF/1988, é constituída para examinar e emitir pareceres sobre os projetos das leis orçamen-
tárias e as contas apresentadas pelo Presidente da República e, também acerca dos planos
e programas previstos na Magna Carta, com acompanhamento e fiscalização das gestões
orçamentárias respectivas.
Vale destacar essa Comissão Mista, no exercício de suas atividades, poderá verificar in-
dícios de despesas não autorizadas e, nessa situação, de acordo com o artigo 72, caput, da
CF/1988, poderá solicitar esclarecimentos à autoridade responsável.
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Entretanto, caso os esclarecimentos solicitados não sejam prestados, ou considerados
insuficientes, a Comissão Mista encaminha o caso para o TCU, a quem será solicitado que, no
prazo de 30 dias, se pronuncie conclusivamente sobre o assunto. Caso o TCU entenda que a
despesa é irregular, a Comissão Mista poderá propor ao Congresso Nacional sua sustação,
desde que possa causar “dano irreparável ou grave lesão à economia pública”, como consta
o artigo 72, § 1º, § 2 º da CF/1988.
Confira a literalidade que pode aparecer em sua prova:
Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de despe-sas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários.§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação.
Vamos agora conhecer um pouco mais sobre o TCU no artigo 73 da nossa CF/1988:
Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96. .§ 1º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfa-çam os seguintes requisitos:I – mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;II – idoneidade moral e reputação ilibada;III – notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública;IV – mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os co-nhecimentos mencionados no inciso anterior.§ 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:I – um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois alterna-damente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento;II – dois terços pelo Congresso Nacional.§ 3º Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impe-dimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40.
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§ 4º O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regio-nal Federal.
Perceba que o TCU, mesmo sendo um órgão que auxilia o Congresso Nacional no Controle
Externo, possui atribuições constitucionais próprias, as quais não dependem de autorização
ou necessariamente de provocação do Poder Legislativo.
Fique atento(a) ao fato de que compete ao TCU apreciar (e não julgar) as contas pres-
tadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio (inciso I). Ou
seja, é da competência exclusiva do Congresso Nacional julgar anualmente as con-
tas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução
dos planos de governo. Para os demais administradores e responsáveis por dinheiros, bens e
valores públicos compete ao TCU o julgamento das contas (inciso II).
Importante chamar a sua atenção também ao fato de que, no caso de contrato, o ato de
sustação será adotado diretamente pelo CN – Congresso Nacional, que solicitará, de imedia-
to, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. Todavia, se o CN ou o Poder Executivo, no prazo
de 90 dias, não efetivar as medidas cabíveis, o Tribunal decidirá a respeito
Devemos guardar também que as decisões do TCU resultarem imputação de débito ou
multa têm eficácia de título executivo extrajudicial, e assim, a dívida passa a ser líquida e certa.
Importante registrar que de acordo com o artigo 75 da nossa CF/1988, as normas esta-
belecidas em sua seção IX, “DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA”,
se aplicam no que couber à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas
dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Muni-
cípios. Confira:
Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, com-posição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.
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Vamos os principais pontos na Lei n. 4.320/1964 sobre o Controle Externo:
1) O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por objetivo verificar
a probidade da administração, a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e o cumpri-
mento da Lei de Orçamento.
2) O Poder Executivo, anualmente, prestará contas ao Poder Legislativo, no prazo estabe-
lecido nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios.
3) As contas do Poder Executivo serão submetidas ao Poder Legislativo, com Parecer pré-
vio do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
4) Quando, no Município não houver Tribunal de Contas ou órgão equivalente, Câmara de
Vereadores poderá designar peritos contadores para verificarem as contas do prefeito e sobre
elas emitirem parecer.
Existe também o Controle Social, que é realizado pela sociedade, tanto nos espaços ins-
titucionais de participação, como Conselhos e Conferências, quanto nos espaços de articula-
ção da própria sociedade, como nas Redes e Fóruns”.
Podemos dizer que Controle Social é a integração da sociedade com a administração pú-
blica, com a finalidade de solucionar problemas e as deficiências sociais com mais eficiência.
Assim, em sendo o controle social a efetiva participação do cidadão na gestão pública,
acaba sendo um mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento da cidadania.
No Brasil, a preocupação em se estabelecer um controle social forte e atuante torna-se ain-
da maior, em razão da sua extensão territorial e do grande número de municípios que possui.
Nessa toada, o controle social revela-se como complemento indispensável ao controle
institucional, exercido pelos órgãos fiscalizadores.
Entretanto, para que os cidadãos possam desempenhá-lo de maneira eficaz, é necessário que
sejam mobilizados e recebam orientações sobre como podem ser fiscais dos gastos públicos.
Além da grande extensão territorial do nosso país, a descentralização geográfica dos ór-
gãos públicos integrantes dos diversos níveis federativos – União, estados, Distrito Federal
e municípios também requer atenção especial, e por isso, a fiscalização da aplicação dos
recursos públicos precisa ser feita com o apoio da sociedade.
Essa participação é importante porque contribui para a boa e correta aplicação dos
recursos públicos, fazendo com que as necessidades da sociedade sejam atendidas de
forma eficiente.
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Em termos Orçamentários, o Controle social deve ocorrer tanto no planejamento como na
execução orçamentária.
Registre-se que a sociedade deve participar não apenas da elaboração dos instrumentos
de planejamento (PPA, LDO e LOA), mas, inclusive, do processo de apreciação e votação nas
casas legislativas.
A sociedade deve se organizar para participar da gestão desses recursos, em conjunto
com os agentes públicos.
Nosso ordenamento jurídico estabelece algumas regras para que as despesas não se
realizem arbitrariamente. Essas regras estão contidas, principalmente, na Lei das Finanças
Públicas, a Lei n. 4.320/1964, na Lei das Licitações, a Lei n. 8.666/1993 e na Lei de Respon-
sabilidade Fiscal, a Lei Complementar n. 101/2000.
Por isso, após participar da elaboração das peças orçamentárias, a sociedade deve acom-
panhar de perto a execução das despesas públicas, para evitar desvio e desperdício dos re-
cursos públicos.
Veja o resumo a seguir:
Importante lembrar que o ciclo orçamentário foi afetado pela EC 95/2016, que instituiu o
NOVO REGIME FISCAL. Após a sua entrada em vigor, durante a elaboração da LOA, na mensa-
gem presidencial devem ser demonstrados os valores máximos de programação compatíveis
com os limites individualizados. Além disso, na execução da LOA fica vedada a abertura de
crédito suplementar ou especial que amplie o montante total autorizado de despesas pri-
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márias que na LOA, sujeitas aos limites individuais, não podem exceder os valores máximos
constantes da mensagem presidencial.
1.8. prAzos do CiClo orçAmentário
Vale deixar registrado que os prazos inerentes ao ciclo orçamentário estão dispostos no
artigo 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da nossa CF/1988,
abaixo transcritos com grifos nossos:
§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obede-cidas as seguintes normas:I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do man-dato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro pe-ríodo da sessão legislativa;III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerra-mento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
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Registre-se ainda que, para os Estados, DF e Municípios, valem os prazos dispostos res-
pectivamente nas suas Constituições Estaduais e nas Leis Orgânicas. Veja abaixo, a título de
exemplo, os prazos do Estado de Minas Gerais:
Ainda no que diz respeito aos prazos do Ciclo Orçamentário, é importante registrar que
caso o Congresso Nacional não receba a proposta orçamentária no prazo fixado, caberá ao
mesmo apreciar novamente o orçamento em vigência e já em execução como se fosse uma
nova proposta orçamentária.
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Como os prazos do Ciclo Orçamentário ainda tem uma regulação provisória via ADCT, em fun-
ção da necessidade ainda não satisfeita de se editar uma Lei Complementar específica para
regular, dentre outras coisas, os mencionados prazos, vivemos hoje, em matéria orçamentá-
ria, a possibilidade de termos algumas incongruências.
Repare que no 1º ano de mandato de um Chefe do Poder Executivo a LDO para o ano se-
guinte é aprovada até o fim da primeira sessão legislativa ainda no primeiro semestre, ou seja,
antes do envio do PPA, que pode ser enviado até 31/08, não havendo neste primeiro ano de
envio e segundo de execução a integração com o PPA.
Outra possível fonte de descoordenação pode ocorrer nesse mesmo ano, com PPA sendo
enviado e aprovado nos mesmos prazos da LOA, o que possibilita que a LOA seja aprovada no
prazo correto e o PPA não, fazendo com que a LOA do segundo exercício do mandato presi-
dencial possa ser executada antes da aprovação do PPA que a orientaria.
2. instrumentos de plAnejAmento
2.1. introdução
Vamos agora conhecer os Instrumentos de Planejamento e Orçamento, também denomi-
nados de Leis Orçamentárias, utilizados na implantação das Políticas Públicas do nosso país.
O artigo 165 da CF/1988 nos revela os três principais instrumentos orçamentários de pla-
nejamento utilizados na implantação das Políticas Públicas:
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:I – o plano plurianual;II – as diretrizes orçamentárias;III – os orçamentos anuais.
Assim, o Orçamento Público é chamado no inciso III de “orçamentos anuais”, também
conhecido como LOA (Lei Orçamentária Anual).
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Nesse contexto, os instrumentos de planejamento e orçamento da Constituição Fe-
deral são:
1) O Plano Plurianual – PPA;
2) A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO; e
3) Lei Orçamentária Anual – LOA.
LOA
LEIS ORÇAMENTÁRIAS
PPA LDO
Esses instrumentos são, na verdade, as leis orçamentárias que regulam, cada uma delas
com especificidades e escopos próprios, o planejamento e o orçamento dos entes públicos
nas 3 esferas de governo.
No âmbito de cada ente, essas leis constituem etapas distintas, porém integradas, de for-
ma que permitam um planejamento estrutural das ações governamentais.
“Professor, qual a relação entre PPA, LDO e LOA”?
Veja na figura abaixo o sentido da seta para visualizar a influência de cada uma em termos
de integração:
LOA – LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL
PPA – PLANO PLURIANUAL
LDO – LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS
Resumidamente, tenha em mente que o PPA, juntamente com a LDO e a LOA são leis insti-
tuídas pelo artigo 165 da nossa Carta Magna de 1988, cabendo ao PPA estabelecer diretrizes
de médio prazo (quatro anos).
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A LDO, que deve ser compatível com o PPA, estabelece, entre outros, o conjunto de metas e
prioridades da Administração Pública Federal e orienta a elaboração da LOA para o ano seguinte.
A LOA, que deve ser compatível com o PPA e com a LDO, contempla os orçamentos fiscal,
da seguridade social e de investimentos das estatais.
A INTEGRAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO
PPA
LDO
LOA
Orientação estratégica, diretrizes, priorida-des e metas.
Prioridades e metas que orientarão a elabora-ção do orçamento.
Dimensão financeira anual.
A palavra chave aqui é INTEGRAÇÃO!
Questão 15 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) O orçamento público, um instrumento fun-
damental de governo, constitui o principal documento de políticas públicas. A respeito desse
assunto, julgue o seguinte item.
O processo orçamentário brasileiro está baseado em instrumentos de curto prazo — a lei or-
çamentária anual (LOA) e a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) — e em instrumento de médio
prazo — o plano plurianual (PPA) —; todos perfeitamente integrados entre si.
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Certo.
Realmente, a LOA e a LDO, que abrangem o período de um ano, podem ser considerados ins-
trumentos de curto prazo, enquanto o PPA, que abrange o período de 4 anos, é considerado
um instrumento de médio prazo, estando esses 3 instrumentos orçamentários integrados nos
termos da própria CF/1988.
Vamos conhecer um pouco mais acerca de cada um desses importantes instrumentos!
2.2. ppA (plAno pluriAnuAl)
O Plano Plurianual (PPA) é um instrumento previsto no artigo 165 da Constituição Federal
destinado a organizar e viabilizar a ação pública, com vistas a cumprir os fundamentos e os
objetivos da República, servindo como instrumento de planejamento de médio prazo do Go-
verno Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas
da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e
para as relativas aos programas de duração continuada.
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DICANesse contexto, guarde para o PPA o mnemônico DOM – Di-retrizes, Objetivos e Metas.
Entenda por Diretrizes a ideia de que o PPA tem um condão abrangente e estratégico, ser-
vindo de plano de voo para os próximos 4 anos.
Já em relação aos Objetivos, a ideia é que o PPA verbalize o que precisas ser modificado,
ou seja, o que a implementação do PPA deseja para o país.
Finalmente, as Metas “tornam as diretrizes e os objetivos menos subjetivos, ou seja, tra-
duzem-nos em aspectos mais quantitativos ou qualitativos, a depender das especificidades
de cada caso.
Importante destacar que o PPA federal não contempla Diretrizes, Objetivos e Metas das
demais esferas de governo, já que cada ente possui seu respectivo PPA.
Importante destacar ainda que enquanto o PPA tem duração de 4 anos, durante a sua
vigência serão elaboradas uma LDO e uma LOA a cada ano, ou seja, 4 LDOs e 4 LOAs que pre-
cisam ser compatíveis com o respectivo PPA.
Nessa pegada, guarde que a vigência do PPA é de quatro anos, mas inicia-se no segundo
exercício financeiro do mandato do chefe do executivo e terminando no primeiro exercício fi-
nanceiro do mandato subsequente, devendo ser enviado até 31 de agosto do primeiro exercício.
O tempo de vigência de um PPA não coincide com o mandato do chefe do Executivo, já que
o PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entra em vigor no segundo ano, somente se
encerrando no fim do primeiro ano do governo seguinte.
Questão 16 (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue o item a seguir.
O período de vigência do PPA compreende o início do segundo ano de mandato do presidente
da República até o final do primeiro ano financeiro do mandato presidencial subsequente.
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Certo.
Está de acordo com o disposto no artigo 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitó-
rias – ADCT da nossa CF/1988, conforme abaixo:
§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obede-cidas as seguintes normas:I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do man-dato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
Por meio do PPA, é declarado o conjunto das políticas públicas, em termos macro, do
governo para um período de quatro anos e os caminhos trilhados para viabilizar as metas
previstas, construindo um Brasil melhor.
O PPA orienta o Estado e a sociedade no sentido de viabilizar os objetivos da República. O
Plano apresenta a visão de futuro para o País, macro desafios e valores que guiam o compor-
tamento para o conjunto da Administração Pública Federal.
Em outras palavras, podemos dizer que no PPA o governo declara e organiza sua atuação,
a fim de elaborar e executar políticas públicas necessárias. O Plano permite também, que a
sociedade tenha um maior controle sobre as ações concluídas pelo governo.
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Importante ter em mente que as despesas de capital a que se refere o PPA são aquelas
que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como, por
exemplo, a construção ou ampliação de um aeroporto.
Atente ao significado do termo, “e outras delas decorrentes”, que tem relação com o fato
de que as despesas de capital acabam gerando despesas correntes ainda dentro do perío-
do de vigência do PPA. Aprenderemos durante o curso que despesas correntes são as que
não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como as
despesas com pessoal, encargos sociais, custeio, manutenção etc. Usando o exemplo da
construção de um aeroporto, após a sua conclusão, teremos diversos gastos com sua manu-
tenção, ou seja, gastos decorrentes da despesa de capital que foi a construção do aeroporto.
Assim, guarde que tanto a construção do aeroporto (despesa de capital) quanto o custeio
com sua manutenção durante a vigência do PPA (despesa corrente relacionada à de capital)
devem constar nesse PPA.
Por sua vez o conceito de programas de duração continuada no âmbito da CF/1988, em
termos de PPA, é ambíguo. Repare que se excluirmos os programas governamentais que tem
prazo de conclusão (investimentos), qualquer outra ação pode, em tese, ser considerada de
duração continuada. Assim, deve-se aplicar uma interpretação restritiva de modo a conside-
rar somente ações finalísticas, não considerando, assim, às relacionadas atividades-meio.
Falando em investimentos, importante destacar que em AFO e Direito Financeiro o seu
significado é diferente do que estamos acostumados em nosso dia a dia, que tem a ver com
aplicação financeira ou com abrir algum negócio. Em nossa matéria, investimentos são um
tipo de despesa de capital que engloba despesas com softwares e com o planejamento e
a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à reali-
zação destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanen-
te, como no caso da construção de um aeroporto.
O Plano Plurianual -PPA deve ser elaborado de forma regionalizada, ou seja, esse instru-
mento central de planejamento deve servir promover, de maneira integrada, oportunidades
de investimentos que sejam definidas a partir das realidades regionais e locais, levando a um
desenvolvimento mais equilibrado entre as regiões do País.
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Ainda no âmbito do PPA, é interessante que saiba que PPA é adotado como referência para os
demais planos e programas nacionais, regionais e setoriais, como o artigo 165 da CF/1988,
assim determina (com grifos nossos):
§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.
Importante destacar que o significado de planos e programas nacionais, regionais e setoriais
de desenvolvimento, elaborados em consonância com o PPA, é diferente daqueles progra-
mas da estrutura programática, que estudamos na classificação da Despesa Pública, já que,
em verdade, os programas nacionais, regionais e setoriais muitas vezes têm duração supe-
rior ao PPA, já que são de longo prazo, como é o caso do Plano Nacional de Educação (Lei
13.005/2014 – PNE 2014-2024), cuja duração é de 10 anos.
Assim, de acordo com a CF/1988 e com a sua banca examinadora, em tese, tais planos e
programas, mesmo que de duração superior, devem ser elaborados em consonância com o
PPA, de duração inferior. Na prática, vale a lei que for sancionada primeiro, ou seja, no exemplo
do PNE, ele foi elaborado em consonância com o PPA 2012-2015 da época, mas, após sancio-
nado, passou a condicionar os PPAs seguintes, como o PPA 2016-2019.
Questão 17 (CESPE/ENAP/TÉCNICO/2015) Julgue:
Conforme determinação da CF, o plano plurianual deve ser elaborado em consonância com os
planos e programas nacionais, regionais e setoriais. A explicação para essa vinculação reside
no fato de que tais planos e programas apresentam maior duração e são mais específicos.
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Errado.
O CESPE inverteu as coisas! São os planos e programas nacionais, regionais e setoriais que
devem ser elaborados em consonância com o PPA!
A Lei n. 13.971/2019, publicada em 27/12/2019, a lei do PPA para o período 2020 a 2023.
2.3. ldo (lei de diretrizes orçAmentáriAs)
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), assim como o PPA surgiu com a CF/1988 e tem
primordial função o estabelecimento dos parâmetros necessários à alocação dos recursos no
orçamento anual, de forma a garantir, dentro do possível, a realização das metas e objetivos
contemplados nos programas do plano plurianual. Veja a sua literalidade, de acordo com o
artigo 165 da CF/1988, com grifos nossos:
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pú-blica federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e esta-belecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
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Veja agora o papel da LDO de modo esquematizado:
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – LDO
Duração da LDO 2º semestre Ano subsequenteAproximadamente 18 meses
Orienta a LOA
Alterações na legislação tribu-tária
Conteúdo principal: metas e prioridades, incluindo despesas de capital para o exercício sub-sequente
Instrumento de planejamentoPolítica de aplicação das agências oficiais de fomentoLDO
A LDO é o elo entre o PPA e a LOA!
O papel da LDO é ajustar as ações de governo previstas no PPA, às reais possibilidades
de caixa do Tesouro Nacional, fazendo o “meio campo” entre o planejamento estratégico de
médio prazo (PPA) e o planejamento operacional (LOA).
De acordo com a Constituição, a LDO deve, no mínimo, identificar os seguintes itens:
• Estabelecer as metas e prioridades da administração, incluindo as despesas de capital
previstas para o exercício seguinte;
• Estabelecer critérios para elaboração da lei orçamentária anual, explicando onde serão
feitos os maiores investimentos, o valor que caberá ao Legislativo, o percentual para aber-
tura de créditos suplementares e outras informações prévias sobre o futuro Orçamento;
• Estabelecer as alterações programadas na legislação tributária, informando quais as
medidas que pretende aplicar na política de tributos;
• Estabelecer os critérios que pretende implantar na política de Pessoal, na lei de cargos
e salários, no ordenamento salarial, na reestruturação de carreiras etc. Importante res-
saltar que serão nulas as despesas de pessoal não previstas na LDO.
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Importante destacar também que o prazo para encaminhamento da LDO ao Congresso
Nacional é de oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro, ou seja, pre-
cisa ser enviada até o dia 15 de abril de cada ano, devendo a devolução ao Poder Executivo
ocorrer até o fim do primeiro período da sessão legislativa, ou seja, 17 de julho, pois a sessão
legislativa não pode ser interrompida sem a sua aprovação.
A Lei de Responsabilidade Fiscal- LRF ampliou a importância da LDO, determinando a
previsão de várias outras situações, além das previstas na Constituição. São elas:
• Estabelecer critérios para congelamento de dotações, quando as receitas não evoluí-
rem de acordo com a estimativa orçamentária;
• Estabelecer controles operacionais e suas regras de atuação para avaliação das ações
desenvolvidas ou em desenvolvimento;
• Estabelecer as condições de ajudar ou subvencionar financeiramente instituições pri-
vadas, fornecendo o nome da instituição, valor a ser concedido, objetivo etc. Impor-
tante ressaltar que serão nulas as subvenções não previstas na LDO, excluindo casos
de emergência;
• Estabelecer critérios para início de novos projetos, após o adequado atendimento dos
que estão em andamento;
• Estabelecer o percentual da receita corrente líquida a ser retido na peça orçamentária,
como Reserva de Contingência.
Além do estabelecimento e definição dos itens acima, a LDO deverá ser acompanhada do
chamado ANEXO DE METAS FISCAIS e do ANEXO DE RISCOS FISCAIS – ARF.
Questão 18 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Com relação ao orçamento público brasileiro,
julgue o item que se segue.
A lei de diretrizes orçamentárias deve prever medidas a serem tomadas nos casos de passi-
vos contingentes capazes de afetar as contas públicas, caso se materializem.
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Certo.
Com o advento da LRF, a LDO ganhou mais atribuições, com destaque para o Anexo de Riscos
Fiscais, onde são avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as
contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se materializem.
A Lei n. 13.898/2019, publicada em 11/11/2019, é a LDO para ano de 2020.
2.4. loA (lei orçAmentáriA AnuAl)
A LOA (LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL) é o orçamento público propriamente dito.
A princípio parece estranho que um orçamento seja uma lei... afinal, frequentemente te-
mos contato com o orçamento em nosso dia a dia como algo informal, tipo quando precisa-
mos consertar algo e pedimos um orçamento ou quando fazemos o orçamento de uma festa
ou o próprio orçamento de uma família. Entretanto, quando se trata de dinheiro público, exis-
tem uma séria de regras para o seu uso e elas precisam estar previstas na legislação. Assim,
esse é um dos principais objetivos do nosso estudo: conhecer tais regras, já que elas serão
cobradas em prova.
Para começo de conversa, guarde que a LOA deve conter exclusivamente duas matérias:
previsão de receita e fixação de despesa. Entretanto, a título de exceção, são admitidas auto-
rizações para créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por ARO – Antecipa-
ção de Receita Orçamentária (Princípio orçamentário constitucional da exclusividade).
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A LOA funciona como instrumento de planejamento operacional, expressando a alocação
de recursos públicos, sendo operacionalizada por meio de diversas ações.
É bom lembrar que a LOA é orientada pelas diretrizes, objetivos e metas do PPA, compreen-
dendo as ações a serem executadas, seguindo as metas e prioridades estabelecidas na LDO.
Importante atentarmos para a palavra previsão para receita, já a receita orçamentária
pode ser arrecadada acima do valor previsto no orçamento público por não existir teto para
a receita!
Por outro lado, em se tratando da despesa, usamos a expressão fixação, por ser prevista
com um limite até o qual poderá ser executada.
A esse limite de autorização de gastos dá-se o nome de dotação orçamentária, que é a ex-
pressão monetária do crédito orçamentário, autorização discriminada para se gastar recursos.
Importante destacar que nossa CF/1988 veda o início de programas ou projetos que não
estejam incluídos na LOA e proíbe a consignação de crédito com finalidade imprecisa ou com
dotação ilimitada.
O projeto da LOA deve ser encaminhado ao Congresso Nacional quatro meses antes do
término do exercício financeiro, ou seja, até o dia 31 de agosto de cada ano, e devolvido ao
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Poder Executivo até o final da sessão legislativa, ou seja, até 22 de dezembro do exercício de
sua elaboração.
Importante destacar ainda que nossa Carta Magna, em seu artigo 165, § 6º, determina
que projeto da LOA a seja acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as
receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia.
Ainda no mencionado artigo da nossa CF/1988 existe a seguinte determinação (com
grifos nossos):
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público;II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder público.
Lei Orçamentária Anual
Orçamento de investimento
Orçamento da Seguridade Social
Orçamento Fiscal
Destaque-se que, como visto no desenho acima, na verdade, trata-se de uma única LOA,
um único documento. Mas, vamos falar um pouco de cada um deles.
No que diz respeito ao orçamento fiscal, que deve ser sempre equilibrado, guarde que ele
deve contemplar as receitas e despesas do Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do
Ministério Público e dos Tribunais de Contas, incluindo seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, com exceção apenas das receitas e despesas que estiverem
no orçamento da seguridade social e de investimento das estatais.
Já o orçamento de Investimento das Estatais, que obrigatoriamente deve integrar a LOA,
como o nome já revela, não trata de todas as despesas e sim apenas dos investimentos e não
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se refere a todas as estatais, mas apenas aquelas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto, ou seja, refere-se apenas às empresas
controladas pela União.
Apenas os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com o plano
plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo cri-
tério populacional. Ou seja, o orçamento da seguridade social NÃO tem essa função!
Em termo de Constituição os conhecimentos acerca do orçamento de investimento das esta-
tais são esses. Se na prova falar “de acordo com a CF... basta saber isso. Entretanto, se consi-
derarmos as LDOs de cada ano e a LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal, que trazem concei-
tos como o de empresas estatais dependentes e de não dependentes, a coisa muda de figura.
Nessa “pegada infraconstitucional”, apenas os investimentos das estatais não dependentes
devem constar no orçamento de investimento, em contraste com as estatais dependentes
que devem constar apenas nos orçamentos fiscal e da seguridade social. Então fique atento
ao comando da questão na prova!
No que diz respeito ao orçamento da Seguridade Social guarde que ela compreende um
conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Importante destacar que o orçamento da seguridade social deve englobar todos os órgãos
que possuem receitas e despesas públicas relacionadas à seguridade social (previdência, as-
sistência e saúde). Por exemplo, o Ministério da Economia possui despesas de assistência mé-
dica relativa aos seus servidores e essa despesa faz parte do orçamento da seguridade social,
mas as demais despesas não relacionadas à seguridade social estarão no orçamento fiscal.
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Órgãos e entidades vinculados diretamente à Seguridade Social independentemente da na-
tureza da despesa, integram o orçamento da seguridade social. Para os Órgãos e entidades
não vinculados diretamente à Seguridade Social somente as despesas típicas da Seguridade
Social integram o orçamento da seguridade social.
No Brasil, o conceito de planejamento de médio prazo, interligado com a LOA (orçamen-
to-programa) foi implementado com a proposta de Plano Plurianual para o período de quatro
anos, cujo grande trunfo reside na introdução do modelo de gerenciamento de programas,
que permite padronizar a linguagem do PPA e da LOA.
O vínculo da LOA com o PPA se dá por meio dos Programas e das Iniciativas do Plano que
estão associadas às Ações constantes da LOA. Deve haver, portanto, uma compatibilidade
entre o PPA, a LDO e a LOA. Contudo, vale ressaltar que a abrangência do PPA e da LDO vai
além da dimensão orçamentária.
A proposta de Plano Plurianual deve ser elaborada pelo Poder Executivo durante o primei-
ro ano de mandato do Presidente da República e, após a votação no Congresso e a sanção
presidencial, o Plano deve orientar a ação de governo.
A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e sua organização,
implementadas por meio de um sistema de classificação estruturado.
Na estrutura atual do orçamento público, as programações orçamentárias estão organi-
zadas em programas de trabalho, que contêm informações qualitativas e quantitativas, sejam
físicas ou financeiras.
Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos
objetivos estratégicos definidos para o período do PPA, ou seja, quatro anos.
A integração das ações orçamentárias com o PPA é retratada na figura a seguir:
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ESTRUTURA DA LOA
Programas
Ações
Subtítulos
Dimensão Estratégica
Programas
Objetivos
Iniciativas
Visão de Futuro.Eixos, diretrizes Estratégicas
Retratam a agenda do governo, organizada por recortes de políticas públicas.
Expressa as escolhas de políticas públicas, orientando a atuação do Governo para o que deve ser feito.
Entregas de bens e serviços (intermediários ou finais) resultante da atuação do Estado ou os arranjos de gestão necessários ao alcance dos objetivos.
Produção pública: bens e serviços ofertados à sociedade ou ao Estado.
Localização do Gasto.
ESTRUTURA DA PPA CONTEÚDO
Aprofundando um pouco mais acerca da LOA em seus aspectos jurídicos, lembre-se que
entendimento predominante é que a LOA é uma lei formal. O embasamento desse entendimen-
to é que, em regra, a simples previsão de despesa na LOA não cria direito subjetivo, não sendo
possível exigir, por via judicial, que uma despesa específica prevista no orçamento seja executa.
Outra ideia que reforça a tese de que a LOA é uma lei formal, é de que diversas vezes deixa
de possuir uma característica essencial das leis: a coercibilidade!
As principais características da LOA, portanto, são:
1 – É uma lei temporária! Têm vigência limitada a um ano.
2 – É uma lei ordinária! Note não apenas a LOA, mas todas as leis orçamentárias (PPA,
LDO e LOA) são leis ordinárias. Os créditos suplementares e especiais também são aprovados
como leis ordinárias.
3 – É uma lei ordinária especial! A LOA possui um processo legislativo próprio, com inicia-
tiva única do Executivo e processo legislativo peculiar ou especial, conforme artigo 165, caput,
e artigo 166, CF/1988.
4 – É o Programa econômico-financeira do Estado, sendo o seu plano operacional deta-
lhado de trabalho, materializando o PPA anulamente.
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5 – É uma Lei autorizativa, ou seja, não gera direitos subjetivos para os administrados.
6 – Tem que ser compatível com o PPA e LDO.
7 – Pode-se dizer que é composta por três suborçamentos: Fiscal de Investimento e da
Seguridade Social (art. 165, § 5º, CF/1988).
8 – Atendendo ao Princípio da Unidade, temos uma só LOA para cada ente político em
cada exercício.
9 -É uma lei de Processo Legislativo Vinculado (prazos do artigo 35, ADCT).
10 -Para a União, deve ser aprovada em sessão conjunta e bicameral.
11 – É uma Lei temporária, periódica e de efeitos concretos.
12 – Suas normas não podem aprensentar abstração e generalidade.
13 -Quanto ao aspecto material é um ato condição.
Importante reforçar que regra geral é que o orçamento público no Brasil é autorizativo, ou
seja, não impositivo, onde temos mera autorização de gastos que serão efetuados de acordo
com a disponibilidade de recursos em função da arrecadação, com exceção das emendas
parlamentares relativas às ECS – Emendas Constitucionais 86, 100 e 105.
Assim, embora a regra geral seja a da não obrigatoriedade de efetivação dos gastos autori-
zados na LOA, grande parte das receitas do Estado rem destinação própria, ou seja, grande
parte das receitas do Estado está vinculada a finalidades específicas. Então, sob essa dife-
rente perspectiva, pode-se dizer que o orçamento público é impositivo sob o ponto de vista
da aplicação dos recursos arrecadados, nos casos em que existe vinculação específica à sua
finalidade. Um bom exemplo para elucidar a questão trazida à baila é caso das contribuições
destinadas ao financiamento da seguridade social, onde todos os valores arrecadados devem
necessariamente devem ser gastos com saúde, previdência e assistência social.
Em suma, guarde, portanto, que, embora o orçamento público no Brasil seja, em regra, au-
torizativo, ele apresenta pouca margem de liberdade para o administrador público, já que uma
grande parte das receitas é vinculada às finalidades para as quais foram criadas.
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A Lei n. 13.978/2020, publicada em 20/01/2020, é a LOA para ano de 2020.
3. Créditos AdiCionAis
Os créditos orçamentários se dividem em créditos iniciais e créditos adicionais.
Chamamos de créditos orçamentários ordinários ou iniciais aqueles constantes de da
LOA, que engloba os orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas
estatais não dependentes.
Assim, o orçamento anual contempla o montante para atender determinada despesa a
fim de executar ações que lhe caiba realizar, ou seja, contempla a dotação orçamentária para
cada despesa.
Nessa pegada, a LOA é organizada na forma de créditos orçamentários (ordinários), aos
quais estão consignadas dotações, sendo definido como crédito orçamentário o conjunto de
categorias classificatórias e contas que especificam as ações e operações autorizadas pela
lei orçamentária, a fim de que sejam executados os programas de trabalho do Governo.
Já o termo a dotação orçamentária corresponde ao montante de recursos financeiros com
que conta o crédito orçamentário.
Resumindo, o crédito orçamentário é portador de uma dotação que constitui o limite de
recurso financeiro autorizado.
Entretanto, na prática acontece que algumas despesas possam ser insuficientemente do-
tadas ou pode ocorrer a necessidade de realização de novas despesas, portanto, que nem
foram computadas na LOA.
Visando dotar a administração pública de um mínimo de flexibilidade em termos de dota-
ção orçamentária, principalmente devido ao lapso temporal entre a elaboração e a execução
do orçamento anual, aos créditos orçamentários iniciais foi autorizado que possam ser objeto
de alterações qualitativas e quantitativas, por meio de créditos adicionais.
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Especiais
ExtraordináriosCrédito Adicionais
Suplementares
OrçamentoOrçamento
Para aquelas situações em que existe a necessidade de nova dotação ou apenas de com-
plementação de dotações existentes, é plenamente possível a abertura de créditos adicionais,
para a qual a iniciativa é sempre do Presidente da República, até mesmo que para aqueles cré-
ditos que atendam os Poderes Judiciário e Legislativo, bem como o Ministério Público da União.
No que diz respeito ainda as emendas à LOA e os créditos adicionais, importante deixar regis-
trado que as mesmas precisam ser compatíveis com o PPA e com a LDO.
Vale destacar ainda, acerca das mencionadas emendas/créditos adicionais, que nada
impede que ocorra acréscimo de dotação orçamentária àquela inicialmente proposta pelo
Executivo, ou até mesmo a criação de uma nova despesa, sendo também possível ainda a
redução ou a supressão de dotação anteriormente proposta.
Falando em redução ou supressão de dotação proposta, nesses casos não se faz neces-
sária a indicação de recursos para atender a emenda, mas nos casos em que um parlamentar
queira incrementar os recursos destinados a determinado tipo de despesa, ou mesmo criar
uma nova despesa, a CF/1988 determina que precisam ser indicados os recursos necessários
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para atender a emenda em tela, sendo admitidos apenas aqueles oriundos da anulação de
outra despesa, nesse caso, excluídas as de pessoal e seus encargos, de serviço da dívida e de
transferências tributárias constitucionais.
Além de possível, tem ocorrido bastante a aprovação de emendas ao orçamento por meio
da utilização de recursos oriundos da Reserva de Contingência e/ou da reestimativa de receitas.
Falando em reestimativa de receitas, é importante destacar ainda que a sua revisão pode
ser feita a qualquer tempo durante a tramitação da
LOA.
Aluno(a), já sabemos que as leis orçamentárias fixam o limite máximo que pode ser gasto
pela Administração Pública em cada dotação.
Entretanto, podem ocorrer, entretanto, omissões de ações necessárias, falhas na previsão
de gastos, fatos posteriores que exijam mudanças de prioridades, ou mesmo arrecadação
superior à prevista, que requeiram do Governo ações rápidas, tanto para adequar a fixação
da despesa a ações e valores que permitam a consecução dos objetivos e metas almejados,
quanto para dar destino às receitas públicas cuja arrecadação supere a previsão inicial.
Então guarde que as adequações das dotações orçamentárias constantes da lei orçamen-
tária anual são feitas por meio dos créditos adicionais.
Em outras palavras, são créditos adicionais as despesas não computadas ou insuficiente
dotadas na lei de orçamento.
Questão 19 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Para limitar os gastos governo, um dos
mecanismos utilizados é a publicação de decreto que disponha sobre a programação orça-
mentária e financeira bem como o cronograma mensal de desembolso. Acerca desse assun-
to, julgue o item subsequente.
Alterações orçamentárias, que se dividem em créditos adicionais e outras alterações orça-
mentárias, constituem formas de modificar a lei orçamentária originalmente aprovada, a fim
de adequá-la à real necessidade de execução.
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Certo.
Realmente, as alterações orçamentárias, que se dividem em créditos adicionais e outras alte-
rações orçamentárias, são as formas de modificar a LOA aprovada para adequá-la à real ne-
cessidade de execução. Assim, enquanto os créditos adicionais são autorizações de despesa
não computadas ou insuficientemente dotadas na LOA, as outras alterações orçamentárias
são efetivadas por meio de anulações de dotações.
Os Créditos Adicionais classificam-se em suplementares, especiais e extraordinárias.
Suplementares ExtraordináriosEspeciais
Créditos adicionais
Importante ter em mente que as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos
projetos que o modifiquem (créditos adicionais) somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de
despesa, excluídas as que incidam sobre:
dotações para pessoal e seus encargos;
serviço da dívida;
transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e o Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
com a correção de erros e omissões; ou
com os dispositivos do texto do projeto de lei.
O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a espécie do mesmo e a classifi-
cação da despesa, até onde for possível.
Vamos agora conhecer as três espécies do gênero Crédito Adicional.
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Créditos Suplementares e Especiais
Os créditos suplementares são destinados ao reforço de dotação orçamentária existente,
enquanto os créditos especiais são destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica.
Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por de-
creto executivo.
É vedada a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa
e sem indicação dos recursos correspondentes.
A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para acorrer à despesa e será precedida de exposição justificativa.
Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
I – o superavit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior, entendido
com a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda,
os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de credito a eles vinculadas;
II – os provenientes de excesso de arrecadação, entendido como o saldo positivo das
diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, consideran-
do-se, ainda, a tendência do exercício. Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, prove-
nientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários
abertos no exercício.
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos
adicionais, autorizados em Lei;
IV – o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibi-
lite ao poder executivo realizá-las.
Os créditos adicionais terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados.
No caso dos créditos especiais e extraordinários, se o ato de autorização for promulgado
nos últimos quatro meses daquele exercício, serão reabertos nos limites de seus saldos, e
incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
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Créditos Extraordinários
Podemos conceituar os créditos extraordinários como sendo aqueles usados para des-
pesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de uma calamidade pública, de uma
eventual comoção interna ou até mesmo de uma guerra.
Importante saber que despesas imprevisíveis não são despesas imprevistas, já que no
caso das imprevistas elas, por uma falha humana, poderiam estar presentes na LOA, mas não
o foram, diferentemente daquelas decorrentes de calamidade pública, de comoção interna ou
de guerra, já que eventos como esses dificilmente seriam previstos de modo a que suas res-
pectivas despesas possam constar na LOA.
A ideia do legislador, ao permitir a adoção de créditos extraordinários para atender às des-
pesas urgentes e imprevisíveis, foi viabilizar os recursos sem a necessidade de sua indicação
prévia, como os demais créditos orçamentários.
Destaque ainda que a não obrigatoriedade da indicação do compensatória de cancela-
mento de créditos equivalentes em montante não contraria o princípio do equilíbrio orçamen-
tário, como disposto no artigo 62 da CF/1988, que autoriza a adoção das medidas provisó-
rias como instrumento a ser usado na abertura de créditos extraordinários, sendo aplicáveis,
nesse caso, além dos pressupostos de imprevisibilidade e urgência, também o de relevância.
Guarde, portanto, que a abertura de créditos extraordinários por meio de medidas provisó-
rias somente deve usado nas situações imprevisíveis, urgentes e relevantes.
Importante destacar que a lei de conversão não tem o condão de convalidar eventuais
vícios da respectiva medida provisória.
A competência para verificar a imprevisibilidade ou não de um crédito orçamentário para o
fim de julgar a possibilidade ou não de ele constar como crédito extraordinário em medida
provisória é do Supremo Tribunal Federal – STF.
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Questão 20 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) O orçamento público é um instrumento de
planejamento e de execução das finanças públicas. No Brasil, a iniciativa de propor as leis
orçamentárias é do chefe do Poder Executivo. Com referência a esse assunto, julgue o item
que se segue.
Sendo necessária para combater os efeitos decorrentes de calamidade pública, uma despesa
pública que tenha sido realizada por meio de crédito adicional ao orçamento originalmente
aprovado será classificada como crédito adicional especial.
Errado.
Na verdade, são os créditos extraordinários que são abertos para despesas não previstas
decorrentes de calamidade pública, enquanto os créditos especiais servem novas despesas.
Guarde as principais características de cada modalidade de crédito adicional no de-
senho a seguir:
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JURISPRUDÊNCIA
O STF firmou entendimento (ADI 408) de que termos como “Guerra”, “comoção interna”
e “calamidade pública” são situações extremas e graves, com consequências imprevi-
síveis para a ordem pública e a paz social, requerendo a adoção de medidas urgentes e
extraordinárias. Seguindo essa premissa jurisprudencial, podemos afirmar que despesas
correntes que não estejam qualificadas pela imprevisibilidade ou pela urgência, não jus-
tificam a abertura de créditos, sob pena de desvio dos referidos preceitos constitucionais.
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RESUMO
Relembre de forma resumida, com funciona o ciclo orçamentário:
Planejamento
Execução
Controle Elaboração
O Ciclo Orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se
planeja, elabora, discute, aprova, executa, controla e avalia a programação de gastos do setor
público tanto no aspecto físico quanto no aspecto financeiro. Veja o ciclo ampliado:
Ciclo / processo orçamentário
Elaboração ExecuçãoAvaliação e
controleDiscussão, votação
e aprovação
1 -Elaboração
do PPA
2 – Discussão,votação e
aprovação do PPA
4 – Discussão,votação e
aprovação da LDO
7 – Execuçãoorçamentária
8 – Avaliação e controle
da execução orçamentária
6 – Discussão,votação e
aprovação da LOA
3 -Elaboração
da LDO
5 -Elaboração
da LOA
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Lembre-se de que o ciclo orçamentário tem duração maior do que um ano (um exercício
financeiro), já que começa no ano anterior, com as fases de planejamento, elaboração, dis-
cussão e aprovação, e só termina depois do fim do exercício financeiro em que é executa, com
a sua avaliação e controle.
2o Ano 3o Ano 4o Ano 1o Ano1o Ano
Último ano doPPA anterior
LDOAnual
LDOAnual
LDOAnual
LDOAnual
LDOAnual
LOAAnual
LOAAnual
LOAAnual
LOAAnual
LOAAnual
PPA 4 anos
Mandato Atual Próximo Mandato
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Instrumentos de Planejamento
PLANO DE AÇÃO
INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO
Políticas públicas e programas de governo
LOALDOPPAPlanejar Orientar Executar
No quadro abaixo podemos ver a base legal do processo orçamentário brasileiro com
destaque para a LRF e para Lei n. 4.320/1964.
Base Legal
Constituição Federal/Estadual
PPA – Define as políticas públicas consubstanciadas nos programas, com metas e indicadores, pelo período de 4 anos.
LDO – Estabelece as metas e prioridades da administração pública para cada ano e orienta a elaboração do Orçamento.
LOA – Disciplina todos os programas e ações no exercício, provendo recursos para a execução das ações necessárias ao alcance das metas.
Lei Complementar de Finanças Públicas/Lei n. 4.320/1964
LRF
LOALDOPPA
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O embasamento legal das finanças públicas no Brasil, após o advento da LRF, pode ser
assim visualizado:
Constituição Federal
Lei Complementar de Finanças Públicas
LRF
LOALDOPPA
PPA
O PPA deve estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para
as relativas aos programas de duração continuada.
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro pode ser iniciado
sem prévia inclusão no PPA, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de respon-
sabilidade.
Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na CF/1988 devem ser
elaborados em consonância com o PPA e apreciados pelo Congresso Nacional.
LDO
A LDO deve compreender as metas e prioridades da administração pública federal, incluin-
do as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da
lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
A CF/1988 determina que a LDO considere as alterações na legislação tributária, mas a LDO
não pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou autorizar tributos, o que deve ser feito por outras
leis. Também não existe regra determinando que tais leis sejam aprovadas antes da LDO.
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A LRF atribuiu à LDO o papel de dispor sobre equilíbrio entre receita e despesa, critérios e
formas de limitação de empenho, condições para transferência de recursos.
LOA
A LOA, embora seja um única Lei e um único orçamento, compreende:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vin-
culados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e
mantidos pelo poder público.
Guarde que os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com
o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, se-
gundo critério populacional.
O projeto de LOA deve ser acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre
as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia.
É vedada a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos
fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir deficit de empresas, fundações
e fundos, inclusive daqueles que compõem os próprios orçamentos fiscal, de investimentos
das estatais e da seguridade social.
A LOA ou Orçamento Público é um documento que prevê as quantias de moeda que, num
período determinado (normalmente um ano), devem entrar e sair dos cofres públicos (receitas
e despesas públicas), com especificação de suas principais fontes de financiamento e das
categorias de despesas mais relevantes.
1 – É o Programa econômico-financeira do Estado, sendo o seu plano operacional deta-
lhado de trabalho, materializando o PPA anulamente.
2 – É um Lei autorizativa, ou seja, não gera direitos subjetivos para os administrados;
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3 – É rígido, em função da forte concentração de receitas vinculadas;
4 – Tem que ser compatível com o PPA e LDO
5 – Pode-se dizer que é composto por três suborçamentos: Fiscal de Investimento e da
Seguridade Social (art. 165, § 5º, CF/1988);
6 – Atendendo ao Princípio da Unidade, temos uma só LOA para cada ente político em
cada exercício;
7 – Em regra, deve atender ao Princípio da exclusividade, devendo contemplar somen-
te duas matérias: previsão de receita e fixação de despesa orçamentária, entretanto, poderá
conter matérias não relacionadas diretamente a orçamento público, de acordo com o dispos-
to no artigo 165, § 8º, da CF/1988, sendo um exceção à exclusividade, nesse caso;
8 – Engloba três funções: alocativa, distributiva e estabilizadora;
9 – É lei ordinária especial (iniciativa única do Executivo e processo legislativo peculiar ou
especial, conf. art. 165, caput, e art. 166, CF/1988);
10 – Lei de Processo Legislativo Vinculado (prazos do art.35, ADCT)
11 – Para a União, deve ser aprovada em sessão conjunta e bicameral;
12 – É uma Lei temporária, periódica e de efeitos concretos;
13 – É Lei quanto à forma, mas não quanto à matéria (STF);
14 – Suas normas não podem aprensentar abstração e generalidade;
15 – Quanto ao aspecto material é um ato condição;
16 – Deve ser regionalizado (art. 165, § 6º, CF/1988)
CRÉDITOS ADICIONAIS: as adequações das dotações orçamentárias constantes da lei
orçamentária anual são feitas por meio dos créditos adicionais. Em outras palavras, são cré-
ditos adicionais as despesas não computadas ou insuficiente dotadas na lei de orçamento.
Os Créditos Adicionais classificam-se em suplementares, especiais e extraordinárias. No
quadro abaixo, guarde as principais características de cada modalidade:
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Espero que você tenha gostado dessa aula e que me dê 5 estrelas na avaliação! Se não
gostou, registre onde podemos melhorar.
Como diria Thomas Edison: “Gênio é 1% inspiração e 99% transpiração”.
Então vamos transpirar agora colocando em prática tudo que aprendemos!
Vamos juntos resolver questões de provas de concursos anteriores!
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MAPAS MENTAIS
Ciclo Orçamentário
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Instrumentos de Planejamento
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Créditos Orçamentários
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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA
Questão 1 (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:
O ciclo orçamentário pode ser definido como um rito legalmente estabelecido, com etapas
que se repetem periodicamente e que envolvem elaboração, discussão, votação, controle e
avaliação do orçamento.
Questão 2 (CESPE/DEPEN/AGENTE/2015) Julgue:
As fases do ciclo orçamentário podem ser aglutinadas de acordo com suas finalidades e
periodicidades.
Questão 3 (CESPE/STF/ANALISTA/2013) Com relação aos orçamentos públicos, julgue o
item a seguir.
Nos termos da CF, o ciclo orçamentário desdobra-se em oito fases, cada uma com ritmo pró-
prio, finalidade distinta e periodicidade definida.
Questão 4 (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:
Para efeitos da LOA, o exercício financeiro tem início com a aprovação da lei, não coincidindo
este com o ano civil.
Questão 5 (CESPE/TRT-8/ANALISTA/2016) Julgue:
O legislador tem a prerrogativa de apresentar qualquer tipo de modificação à lei orçamentária
anual, quando essa é submetida à aprovação do Congresso Nacional.
Questão 6 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Para limitar os gastos do governo, um dos
mecanismos utilizados é a publicação de decreto que disponha sobre a programação orça-
mentária e financeira bem como o cronograma mensal de desembolso. Acerca desse assun-
to, julgue o item subsequente.
O ato pelo qual determinada unidade orçamentária ou administrativa transfere a outras uni-
dades orçamentárias ou administrativas o poder de utilizar créditos que lhes tenham sido
dotados caracteriza o que se denomina descentralização de créditos.
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Questão 7 (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) Acerca dos mecanismos de exe-
cução do orçamento, julgue o item seguinte.
As unidades orçamentárias podem corresponder a vários órgãos da estrutura administrativa
ou apenas a uma parte de um único órgão.
Questão 8 (CESPE/TRE-PI/ANALISTA/2016) Julgue a assertiva abaixo:
A programação financeira é um instrumento que foi introduzido pela LRF.
Questão 9 (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Julgue o item que se segue, a respeito do plano
plurianual (PPA).
A programação financeira tem o objetivo de ajustar o ritmo de execução do PPA ao fluxo pro-
vável de recursos financeiros, de modo a executar os programas de trabalho.
Questão 10 (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Com relação às classificações e técnicas de
execução do orçamento público, julgue o item que se segue.
A transferência de créditos orçamentários de um órgão público a outro órgão que esteja em
ministério ou estrutura administrativa diferente deve ser feita por meio de repasse.
Questão 11 (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) Acerca dos mecanismos de exe-
cução do orçamento, julgue o item seguinte.
O órgão público que precisar descentralizar dotações do seu orçamento para unidades ges-
toras de outro órgão público deverá realizar um destaque.
Questão 12 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Com relação às técnicas de execução financeira
e orçamentária, julgue o item seguinte.
A descentralização de créditos orçamentários deve ser acompanhada da modificação da uni-
dade orçamentária na classificação institucional.
Questão 13 (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) Julgue a assertiva abaixo:
Nos casos em que a descentralização dos recursos financeiros aconteça entre órgãos de
mesma estrutura administrativa, por exemplo, ambos no âmbito do Ministério da Educação,
essa movimentação interna configura um repasse de recursos.
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Questão 14 (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/TÉCNICO/2018) Em relação à atuação contábil,
financeira e orçamentária da União, julgue o item que se segue.
Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário devem manter, de forma integrada, sistema
de controle interno, com a finalidade de avaliar o cumprimento das metas previstas no plano
plurianual e a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.
Questão 15 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) O orçamento público, um instrumento fun-
damental de governo, constitui o principal documento de políticas públicas. A respeito desse
assunto, julgue o seguinte item.
O processo orçamentário brasileiro está baseado em instrumentos de curto prazo — a lei or-
çamentária anual (LOA) e a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) — e em instrumento de médio
prazo — o plano plurianual (PPA) —; todos perfeitamente integrados entre si.
Questão 16 (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue o item a seguir.
O período de vigência do PPA compreende o início do segundo ano de mandato do presidente
da República até o final do primeiro ano financeiro do mandato presidencial subsequente.
Questão 17 (CESPE/ENAP/TÉCNICO/2015) Julgue:
Conforme determinação da CF, o plano plurianual deve ser elaborado em consonância com os
planos e programas nacionais, regionais e setoriais. A explicação para essa vinculação reside
no fato de que tais planos e programas apresentam maior duração e são mais específicos.
Questão 18 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Com relação ao orçamento público brasileiro,
julgue o item que se segue.
A lei de diretrizes orçamentárias deve prever medidas a serem tomadas nos casos de passi-
vos contingentes capazes de afetar as contas públicas, caso se materializem.
Questão 19 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Para limitar os gastos governo, um dos
mecanismos utilizados é a publicação de decreto que disponha sobre a programação orça-
mentária e financeira bem como o cronograma mensal de desembolso. Acerca desse assun-
to, julgue o item subsequente.
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Alterações orçamentárias, que se dividem em créditos adicionais e outras alterações orça-
mentárias, constituem formas de modificar a lei orçamentária originalmente aprovada, a fim
de adequá-la à real necessidade de execução.
Questão 20 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) O orçamento público é um instrumento de
planejamento e de execução das finanças públicas. No Brasil, a iniciativa de propor as leis
orçamentárias é do chefe do Poder Executivo. Com referência a esse assunto, julgue o item
que se segue.
Sendo necessária para combater os efeitos decorrentes de calamidade pública, uma despesa
pública que tenha sido realizada por meio de crédito adicional ao orçamento originalmente
aprovado será classificada como crédito adicional especial.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 21 (CESPE/SLU-DF/ANALISTA/2019) Quanto ao sistema e ao processo de orçamen-
tação, à estrutura programática e a créditos ordinários e adicionais, julgue o item subsecutivo.
Os créditos adicionais especiais são destinados a despesas que sejam urgentes e imprevisí-
veis e para as quais não haja dotação orçamentária específica.
Questão 22 (CESPE/MPC-PA/ASSISTENTE/2019) Na abertura de créditos suplementares, é
vedada a utilização de recursos decorrentes de
a) restos a pagar liquidados.
b) superavit financeiro do exercício anterior.
c) excesso de arrecadação.
d) anulação parcial ou total de dotações orçamentárias.
e) operações de crédito autorizadas.
Questão 23 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) O orçamento público, um instrumento fun-
damental de governo, constitui o principal documento de políticas públicas. A respeito desse
assunto, julgue o seguinte item.
O ciclo orçamentário, período de tempo em que se processam as atividades típicas do orça-
mento público, é constituído das seguintes fases: planejamento, elaboração e aprovação.
Questão 24 (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019) No que diz respeito ao PPA e à LDO, julgue os
itens a seguir.
I – O PPA compreende as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo
as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.
II – A LDO deve dispor sobre as alterações na legislação tributária.
III – A LDO não trata de normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados
dos programas financiados com recursos dos orçamentos.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
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Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.
Questão 25 (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019) No que se refere à elaboração de proposta, à
discussão, à votação e à aprovação de lei orçamentária anual (LOA), assinale a opção correta.
a) Emendas ao projeto de LOA, para que sejam aprovadas, devem indicar os recursos estri-
tamente necessários ao cumprimento do respectivo objeto, admitindo-se apenas recursos
provenientes de excesso de arrecadação.
b) O prazo para o presidente da República enviar mensagem ao Congresso Nacional propon-
do modificação em projeto relativo ao orçamento anual se encerra com o início da discussão,
na comissão mista, da parte para a qual se propõe alteração.
c) As emendas ao projeto de LOA devem ser apresentadas diretamente ao plenário das duas
casas do Congresso Nacional, que sobre elas emitirão pareceres e as apreciarão.
d) As emendas individuais ao projeto de LOA serão aprovadas no limite de 1,2% da receita
corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo a metade desse
percentual destinada a ações e serviços públicos de saúde.
e) A execução orçamentária e financeira das programações relativas às emendas individuais
de parlamentares ao projeto de LOA é facultativa.
Questão 26 (CESPE/MPE-PI/PROMOTOR/2019) Durante a tramitação de um projeto de lei
orçamentária no Congresso Nacional, foi decidida a inclusão, por emenda, de determinada
dotação, para o que foi reduzida, em mesmo valor, outra dotação.
Nesse caso, de acordo com a determinação constitucional, pode ter sido reduzida dotação para
a) pessoal.
b) encargos sobre as despesas com pessoal.
c) amortização da dívida.
d) transferências tributárias constitucionais para estados.
e) investimentos.
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Questão 27 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/TÉCNICO/2018) A respeito de orçamento público,
julgue o item seguinte.
O ciclo orçamentário inicia-se com a elaboração do projeto de lei orçamentária e se encer-
ra com a publicação da lei do orçamento pelo Poder Executivo, após sua aprovação pelo
Poder Legislativo.
Questão 28 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Com relação às técnicas e aos ins-
trumentos utilizados na elaboração e na aprovação do orçamento, julgue o item que se segue.
É vedada a utilização dos recursos provenientes de excesso de arrecadação como fonte para
a abertura de créditos suplementares ou especiais.
Questão 29 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamentá-
ria, julgue o item.
Quanto aos créditos orçamentários adicionais, o crédito suplementar incorpora-se ao orça-
mento vigente, adicionando-se à dotação orçamentária que deva reforçar, ao passo que os
créditos especiais são destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica.
Questão 30 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) De acordo com a Lei Complemen-
tar n.º 101/2000, e suas alterações, e com a Lei n. 4.320/1964, julgue o item subsecutivos.
O superavit financeiro apurado no balanço financeiro do exercício anterior constitui fonte de
recursos para a abertura de créditos especiais e suplementares.
Questão 31 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Com relação ao processo orça-
mentário brasileiro, julgue o item subsequente.
Poderão ser abertos créditos suplementares ao orçamento desde que haja recursos disponí-
veis, ainda que oriundos de operações de crédito autorizadas nos termos legais.
Questão 32 (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Acerca de administração financeira e orçamen-
tária e do orçamento público no Brasil, julgue o item.
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Os créditos extraordinários podem ser abertos ainda que não haja dotações orçamentárias
disponíveis para a realização da despesa.
Questão 33 (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Julgue o item que se segue, relativo ao Sistema
de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF) e aos créditos orçamentários adicionais.
Embora seja admitida para atender despesas imprevisíveis, a abertura de créditos extraordi-
nários depende da indicação dos recursos correspondentes.
Questão 34 (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Julgue o item que se segue, relativo ao Sistema
de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF) e aos créditos orçamentários adicionais.
Os créditos suplementares previamente autorizados na lei orçamentária anual são abertos
por decreto do Poder Executivo.
Questão 35 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) A respeito dos principais mecanismos no plane-
jamento e execução do orçamento público, julgue o item que se segue.
É vedado alterar atributos dos créditos orçamentários sem autorização da lei orçamentária
anual ou de créditos adicionais.
Questão 36 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Com relação à programação e à execução orça-
mentária e financeira e ao acompanhamento da execução, julgue o item que se segue.
Uma alteração orçamentária qualitativa para a abertura de créditos especiais pode resultar na
criação de um programa de trabalho, de uma ação com todos os seus atributos e de um novo
subtítulo de uma ação já existente.
Questão 37 (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Julgue o item seguinte, relativo aos instru-
mentos e ao processo de orçamentação.
Se o presidente da República vetar determinada dotação orçamentária, os recursos corres-
pondentes a essa dotação poderão servir de fonte para a abertura de créditos especiais.
Questão 38 (CESPE/TCE-PB/AUDITOR/2018) No que se refere a vedações constitucionais
em matéria orçamentária dispostas nas normas gerais de direito financeiro da CF, assinale a
opção correta.
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a) A CF não veda a abertura de crédito suplementar ou especial, mesmo sem a indicação dos
recursos correspondentes e a prévia autorização legislativa.
b) O início de programas e projetos não incluídos na LOA é admitido excepcionalmente pela
CF, desde que a sua execução não ultrapasse a previsão orçamentária fixada no exercício
financeiro anterior.
c) A CF veda aos estados e às suas instituições financeiras a realização de transferência vo-
luntária de recursos aos municípios para pagamento de despesas com pessoal.
d) A LOA permite a inclusão de dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despe-
sa.
e) A CF admite a edição de medida provisória para a abertura de crédito extraordinário para
o atendimento de despesas imprevisíveis e urgentes, desde que haja autorização prévia do
Poder Legislativo.
Questão 39 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito do ciclo, do processo e dos princí-
pios do orçamento público, julgue o item subsequente.
As metas e os riscos fiscais são gerados na etapa de planejamento do processo de elabora-
ção do orçamento anual.
Questão 40 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Em cada um dos itens que se seguem, é apre-
sentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, acerca do orçamen-
to público e da programação orçamentária e financeira do Brasil.
No ano 201X, o Departamento de Polícia Federal informou que as dotações orçamentárias
para custear a emissão de passaportes, previstas na lei orçamentária anual daquele exercício
financeiro, teriam sido totalmente utilizadas até o mês de julho, o que o obrigou a suspender
esse serviço. Nessa situação, é necessária a aprovação e a publicação de uma lei de créditos
adicionais do tipo especial para que o serviço de emissão de passaportes seja retomado.
Questão 41 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Acerca dos mecanismos necessários à exe-
cução do orçamento, julgue o item que se segue.
Crédito adicional aberto com base em autorização dada pela lei orçamentária anual corres-
ponde a um crédito suplementar.
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Questão 42 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito do ciclo, do processo e dos princí-
pios do orçamento público, julgue o item subsequente.
Constituído por diversas etapas, desde a proposta orçamentária até a aprovação da lei orça-
mentária, o ciclo orçamentário é, ao longo de todo exercício, um processo intermitente no que
diz respeito a análises e decisões.
Questão 43 (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Acerca dos instrumentos de planejamento e
orçamento, julgue o item a seguir.
No plano plurianual, é vedada a regionalização de metas por meio de critérios que abranjam
territórios maiores que as macrorregiões econômicas.
Questão 44 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Julgue o item seguinte, relativo à programa-
ção e à execução orçamentária e financeira.
O acompanhamento da execução orçamentária federal é competência privativa da Secretaria
de Orçamento Federal.
Questão 45 (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017) Julgue:
O plano plurianual estabelece diretrizes nacionais para as despesas de capital e para os pro-
gramas de duração continuada.
Questão 46 (CESPE/TRE-BA/ANALISTA/2017) O ciclo orçamentário é o período de tempo
em que se processam as atividades típicas do orçamento público. Em sua concepção amplia-
da — adotada pela Constituição Federal de 1988 —, tal ciclo desdobra-se em oito fases. Uma
dessas fases corresponde à elaboração da proposta de orçamento pelo Poder Executivo e a
sua submissão ao Poder Legislativo. Essa fase ocorre
a) juntamente com a proposição de metas e prioridades para a administração pelo Poder
Executivo.
b) logo após a aprovação pelo Poder Legislativo da política de alocação de recursos proposta
pelo Poder Executivo.
c) logo após a apreciação e a adequação da lei de diretrizes orçamentárias pelo Poder
Legislativo.
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d) imediatamente antes da execução do orçamento pelo Poder Executivo.
e) imediatamente após a apreciação e a aprovação do plano plurianual pelo Poder Legislativo.
Questão 47 (CESPE/PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR/2017) Julgue:
Na LDO será estabelecida a política de aplicação a ser executada pelas agências oficiais
de fomento.
Questão 48 (CESPE/TRE-PI/ANALISTA/2016) Julgue:
As expressões sistema orçamentário e processo orçamentário são utilizadas indistintamente
para se referir ao documento orçamentário.
Questão 49 (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:
Para efeitos da LOA, o exercício financeiro tem início com a aprovação da lei, não coincidindo
este com o ano civil.
Questão 50 (CESPE/TCE-PR/CONSELHEIRO SUBSTITUTO/2016) Julgue:
De acordo com a CF, alterações na legislação tributária da União devem ser processadas em
conformidade com princípios e determinações contidos na LOA.
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GABARITO1. C
2. E
3. C
4. E
5. E
6. C
7. C
8. E
9. E
10. E
11. C
12. E
13. E
14. C
15. C
16. C
17. E
18. C
19. C
20. E
21. E
22. a
23. E
24. b
25. d
26. e
27. E
28. E
29. C
30. E
31. C
32. C
33. E
34. C
35. E
36. C
37. C
38. c
39. E
40. E
41. C
42. E
43. E
44. E
45. E
46. c
47. C
48. E
49. E
50. E
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GABARITO COMENTADO
Questão 21 (CESPE/SLU-DF/ANALISTA/2019) Quanto ao sistema e ao processo de orça-
mentação, à estrutura programática e a créditos ordinários e adicionais, julgue o item subse-
cutivo.
Os créditos adicionais especiais são destinados a despesas que sejam urgentes e imprevisí-
veis e para as quais não haja dotação orçamentária específica.
Errado.
Na verdade, os créditos adicionais especiais são destinados a despesas para as quais não
haja dotação orçamentária específica. Já para as despesas urgentes e imprevisíveis deve ser
usado o crédito adicional extraordinário.
Questão 22 (CESPE/MPC-PA/ASSISTENTE/2019) Na abertura de créditos suplementares, é
vedada a utilização de recursos decorrentes de
a) restos a pagar liquidados.
b) superavit financeiro do exercício anterior.
c) excesso de arrecadação.
d) anulação parcial ou total de dotações orçamentárias.
e) operações de crédito autorizadas.
Letra a.
Dentre as alternativas, apenas os restos a pagar liquidados não são fontes de recursos para
abertura de créditos suplementares. Confira na Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos e corre-
lação com as outras alternativas:
Art. 43, § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:I – o superavit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior; (B)II – os provenientes de excesso de arrecadação; (C)III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicio-nais, autorizados em Lei; (D)IV – o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realiza-las. (E)
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Questão 23 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) O orçamento público, um instrumento fun-
damental de governo, constitui o principal documento de políticas públicas. A respeito desse
assunto, julgue o seguinte item.
O ciclo orçamentário, período de tempo em que se processam as atividades típicas do orça-
mento público, é constituído das seguintes fases: planejamento, elaboração e aprovação.
Errado.
O ciclo orçamentário, mesmo em sua versão resumida, tem 4 fases:
1 – Elaboração/planejamento – Realizada pelo Executivo
2 – Estudo/Aprovação – Realizada pelo Legislativo
3 – Execução – Realizada pelo Executivo
4 – Controle/avaliação – Realizada pelo Legislativo
Questão 24 (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019) No que diz respeito ao PPA e à LDO, julgue os
itens a seguir.
I – O PPA compreende as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo
as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.
II – A LDO deve dispor sobre as alterações na legislação tributária.
III – A LDO não trata de normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados
dos programas financiados com recursos dos orçamentos.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.
Letra b.
Vamos avaliar os itens e marcar a alternativa correspondente:
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I – Errado. Já que não é o PPA mas A LDO que compreenderá tais itens. Confira na CF/1988,
com grifos nossos:
Art. 165, § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da adminis-tração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributá-ria e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
II – Errado. Veja acima que a LDO deve SIM dispor sobre as alterações na legislação tribu-
tária.
III – Errado. Já que a LDO deve sim dispor sobre tais normas. Conforme na LRF, com grifos
nossos:
Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição ...[...]e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos;
Questão 25 (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019) No que se refere à elaboração de proposta, à
discussão, à votação e à aprovação de lei orçamentária anual (LOA), assinale a opção correta.
a) Emendas ao projeto de LOA, para que sejam aprovadas, devem indicar os recursos estri-
tamente necessários ao cumprimento do respectivo objeto, admitindo-se apenas recursos
provenientes de excesso de arrecadação.
b) O prazo para o presidente da República enviar mensagem ao Congresso Nacional propon-
do modificação em projeto relativo ao orçamento anual se encerra com o início da discussão,
na comissão mista, da parte para a qual se propõe alteração.
c) As emendas ao projeto de LOA devem ser apresentadas diretamente ao plenário das duas
casas do Congresso Nacional, que sobre elas emitirão pareceres e as apreciarão.
d) As emendas individuais ao projeto de LOA serão aprovadas no limite de 1,2% da receita
corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo a metade desse
percentual destinada a ações e serviços públicos de saúde.
e) A execução orçamentária e financeira das programações relativas às emendas individuais
de parlamentares ao projeto de LOA é facultativa.
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Letra d.
Note que o disposto na alternativa D está em conformidade com o disposto na CF/1988. Con-
fira, com grifos nossos:
Art. 166, § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto en-caminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada. Já que serão admitidos apenas aqueles que forem provenientes de anulação de
despesa, considerando as ressalvas constitucionais do artigo 166, § 3º.
b) Errada. Já que, em verdade, esse prazo se encerra enquanto não iniciada a votação, na Co-
missão mista, da parte cuja alteração é proposta, conforme determina o artigo 166, § 5º, da
CF/1988.
c) Errada. Já que as emendas devem ser apresentadas na Comissão mista que possui
a responsabilidade de emitir parecer, que será apreciado no plenário das duas casas do
Congresso Nacional.
e) Errada. Já que é de execução obrigatória, conforme disposto no artigo 166, § 11, da CF/1988.
Questão 26 (CESPE/MPE-PI/PROMOTOR/2019) Durante a tramitação de um projeto de lei
orçamentária no Congresso Nacional, foi decidida a inclusão, por emenda, de determinada
dotação, para o que foi reduzida, em mesmo valor, outra dotação.
Nesse caso, de acordo com a determinação constitucional, pode ter sido reduzida dotação para
a) pessoal.
b) encargos sobre as despesas com pessoal.
c) amortização da dívida.
d) transferências tributárias constitucionais para estados.
e) investimentos.
Letra e.
Sim, as emendas podem ser aprovadas caso indiquem os recursos, podendo estar relaciona-
da à anulação de dotação de investimentos, como disposto na alternativa e.
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Vamos ver na CF/1988 que as reduções de dotação propostas nas demais alternativas são
vedadas. Confira, com grifos e indicações nossa:
Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:a) dotações para pessoal (letra A) e seus encargos (letra B);b) serviço da dívida; (letra C)c) transferências tributárias constitucionais para Estados (letra D), Municípios e Distrito Federal;
Questão 27 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/TÉCNICO/2018) A respeito de orçamento público,
julgue o item seguinte.
O ciclo orçamentário inicia-se com a elaboração do projeto de lei orçamentária e se encer-
ra com a publicação da lei do orçamento pelo Poder Executivo, após sua aprovação pelo
Poder Legislativo.
Errado.
O ciclo orçamentário realmente inicia-se com a elaboração do projeto de lei orçamentária,
porém não se encerra com a publicação da Lei Orçamentária. Essas são apenas as duas
primeiras etapas do ciclo. Relembre, de forma resumida, com funciona o ciclo orçamentário:
Planejamento
Execução
Controle Elaboração
Em outras palavras, o Ciclo Orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexível, por
meio do qual se planeja, elabora, discute, aprova, executa, controla e avalia a programação
de gastos do setor público tanto no aspecto físico quanto no aspecto financeiro. Veja o
ciclo ampliado:
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Ciclo / processo orçamentário
Elaboração ExecuçãoAvaliação e
controleDiscussão, votação
e aprovação
1 -Elaboração
do PPA
2 – Discussão,votação e
aprovação do PPA
4 – Discussão,votação e
aprovação da LDO
7 – Execuçãoorçamentária
8 – Avaliação e controle
da execução orçamentária
6 – Discussão,votação e
aprovação da LOA
3 -Elaboração
da LDO
5 -Elaboração
da LOA
Lembre-se ainda de que o ciclo orçamentário tem duração maior do que um ano (um exer-
cício financeiro), já que começa no ano anterior, com as fases de planejamento, elaboração,
discussão e aprovação, e só termina depois do fim do exercício financeiro em que é executa,
com a sua avaliação e controle.
Questão 28 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Com relação às técnicas e aos ins-
trumentos utilizados na elaboração e na aprovação do orçamento, julgue o item que se segue.
É vedada a utilização dos recursos provenientes de excesso de arrecadação como fonte para
a abertura de créditos suplementares ou especiais.
Errado.
Na verdade, os recursos provenientes de excesso de arrecadação podem ser utilizados como
fonte para abertura de créditos suplementares e especiais. Confira na Lei n. 4.320/1964,
com grifos nossos:
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos dis-poníveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
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§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:I – o superavit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anteriorII – os provenientes de excesso de arrecadaçãoIII – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicio-nais, autorizados em LeiIV – o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realiza-las.
Questão 29 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamentá-
ria, julgue o item.
Quanto aos créditos orçamentários adicionais, o crédito suplementar incorpora-se ao orçamen-
to vigente, adicionando-se à dotação orçamentária que deva reforçar, ao passo que os créditos
especiais são destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.
Certo.
Realmente, os créditos suplementares são destinados a reforçar dotações já existentes e os
especiais destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.
Questão 30 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) De acordo com a Lei Complemen-
tar n.º 101/2000, e suas alterações, e com a Lei n. 4.320/1964, julgue o item subsecutivos.
O superavit financeiro apurado no balanço financeiro do exercício anterior constitui fonte de
recursos para a abertura de créditos especiais e suplementares.
Errado.
Na verdade, o superavit financeiro apurado no balanço patrimonial (não no balanço financei-
ro) constitui fonte de recursos. Confira na Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos dis-poníveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:I – o superavit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;II – os provenientes de excesso de arrecadação;III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicio-nais, autorizados em Lei;IV – o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realiza-las.
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Questão 31 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Com relação ao processo orça-
mentário brasileiro, julgue o item subsequente.
Poderão ser abertos créditos suplementares ao orçamento desde que haja recursos disponí-
veis, ainda que oriundos de operações de crédito autorizadas nos termos legais.
Certo.
Sim, o produto de operações de crédito autorizadas pode ser utilizado como fonte de abertura
para créditos suplementares. Confira na Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos dis-poníveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:I – o superavit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;II – os provenientes de excesso de arrecadação;III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicio-nais, autorizados em Lei;IV – o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realiza-las.
Questão 32 (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Acerca de administração financeira e orçamen-
tária e do orçamento público no Brasil, julgue o item.
Os créditos extraordinários podem ser abertos ainda que não haja dotações orçamentárias
disponíveis para a realização da despesa.
Certo.
Sim, já que os créditos extraordinários são utilizados para despesas imprevistas e urgentes.
Confira na Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:
Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, como-ção intestina ou calamidade pública.(...)Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos dis-poníveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
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Questão 33 (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Julgue o item que se segue, relativo ao Sistema
de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF) e aos créditos orçamentários adicionais.
Embora seja admitida para atender despesas imprevisíveis, a abertura de créditos extraordi-
nários depende da indicação dos recursos correspondentes.
Errado.
Embora os créditos extraordinários sejam destinados a atender despesas imprevistas, porém
o artigo 43 da Lei n. 4.320/1964 determinou que apenas os créditos suplementares e espe-
ciais dependem da existência de recursos disponíveis. Confira, com grifos nossos:
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, como-ção intestina ou calamidade pública.Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos dis-poníveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
Questão 34 (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Julgue o item que se segue, relativo ao Sistema
de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF) e aos créditos orçamentários adicionais.
Os créditos suplementares previamente autorizados na lei orçamentária anual são abertos
por decreto do Poder Executivo.
Certo.
Note que como já temos autorização na Lei Orçamentária, cumprindo a previsão de autoriza-
ção legal do artigo 42 da Lei n. 4.320/1964, só falta mesmo a abertura por decreto executivo.
Confira na mencionada Lei e na CF/1988, com grifos nossos:
Lei n. 4.320/1964
Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.
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CF/1988:
Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suple-mentares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Questão 35 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) A respeito dos principais mecanismos no plane-
jamento e execução do orçamento público, julgue o item que se segue.
É vedado alterar atributos dos créditos orçamentários sem autorização da lei orçamentária
anual ou de créditos adicionais.
Errado.
Na verdade, tais alterações são autorizadas por atos infra legais. Confira no MCASP, com gri-
fos nossos:
Ressalte-se que, na União, as alterações dos atributos do crédito orçamentário, constantes da Lei Orçamentária da União, tais como modalidade de aplicação, identificador de resultado primário (RP), identificador de uso (IU) e fonte de recursos (FR) não são caracterizadas como créditos adi-cionais por não alterarem o valor das dotações. Essas alterações são denominadas “outras alte-rações orçamentárias” e são realizadas por meio de atos infra legais, observadas as autorizações constantes da Lei de Diretrizes Orçamentárias do exercício financeiro correspondente.
Questão 36 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Com relação à programação e à execução orça-
mentária e financeira e ao acompanhamento da execução, julgue o item que se segue.
Uma alteração orçamentária qualitativa para a abertura de créditos especiais pode resultar na
criação de um programa de trabalho, de uma ação com todos os seus atributos e de um novo
subtítulo de uma ação já existente.
Certo.
Atente ao fato de que apenas nos créditos extraordinários e especiais que se cria um pro-
grama de trabalho, de uma ação com todos os seus atributos e de um novo subtítulo de uma
ação já existente. Confira diretamente no MTO 2018, com grifos nossos:
Nos casos de abertura de créditos especiais ou extraordinários, em que há necessidade de criação de um novo programa de trabalho, deve-se proceder à solicitação de uma alteração orçamentária
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qualitativa. Tal alteração implica a criação de uma nova ação com todos os seus atributos, ou no desdobramento de uma ação existente em novo subtítulo.
Questão 37 (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Julgue o item seguinte, relativo aos instru-
mentos e ao processo de orçamentação.
Se o presidente da República vetar determinada dotação orçamentária, os recursos corres-
pondentes a essa dotação poderão servir de fonte para a abertura de créditos especiais.
Certo.
Guarde que temos 6 fontes de recursos para abertura de créditos adicionais:
1) Superavit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
2) Excesso de arrecadação;
3) Anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais;
4) Operações de crédito;
5) Recursos sem despesas correspondentes; e
6) Reserva de contingência.
Assim, caso o Presidente da República vete determinada dotação orçamentária, os recursos
correspondentes a essa dotação poderão servir de fonte para a abertura de créditos espe-
ciais, conforme item 5 o (recursos sem despesas correspondentes), com base no § 8º do
artigo 166 da CF/1988.
Questão 38 (CESPE/TCE-PB/AUDITOR/2018) No que se refere a vedações constitucionais
em matéria orçamentária dispostas nas normas gerais de direito financeiro da CF, assinale a
opção correta.
a) A CF não veda a abertura de crédito suplementar ou especial, mesmo sem a indicação dos
recursos correspondentes e a prévia autorização legislativa.
b) O início de programas e projetos não incluídos na LOA é admitido excepcionalmente pela
CF, desde que a sua execução não ultrapasse a previsão orçamentária fixada no exercício
financeiro anterior.
c) A CF veda aos estados e às suas instituições financeiras a realização de transferência vo-
luntária de recursos aos municípios para pagamento de despesas com pessoal.
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d) A LOA permite a inclusão de dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despe-
sa.
e) A CF admite a edição de medida provisória para a abertura de crédito extraordinário para
o atendimento de despesas imprevisíveis e urgentes, desde que haja autorização prévia do
Poder Legislativo.
Letra c.
De acordo com o Inciso X, do artigo 167 da nossa Carta Magna, é vedado aos estados e às
suas instituições financeiras a realização de transferência voluntária de recursos aos muni-
cípios para pagamento de despesas com pessoal, bem como a concessão de empréstimos,
inclusive por antecipação de receita – ARO, pelos Governos Federal e Estaduais e suas ins-
tituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Questão 39 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito do ciclo, do processo e dos princí-
pios do orçamento público, julgue o item subsequente.
As metas e os riscos fiscais são gerados na etapa de planejamento do processo de elabora-
ção do orçamento anual.
Errado.
Na verdade, as metas e os riscos fiscais, documentados no anexo de metas fiscais e de riscos
fiscais, integram a LDO.
Questão 40 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Em cada um dos itens que se seguem, é apre-
sentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, acerca do orçamen-
to público e da programação orçamentária e financeira do Brasil.
No ano 201X, o Departamento de Polícia Federal informou que as dotações orçamentárias
para custear a emissão de passaportes, previstas na lei orçamentária anual daquele exercício
financeiro, teriam sido totalmente utilizadas até o mês de julho, o que o obrigou a suspender
esse serviço. Nessa situação, é necessária a aprovação e a publicação de uma lei de créditos
adicionais do tipo especial para que o serviço de emissão de passaportes seja retomado.
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Errado.
Tenha sempre em mente que os créditos suplementares são os destinados a reforçar uma
dotação orçamentária já existente. Assim, caso a dotação para a emissão de passaportes
seja insuficiente, devem ser abertos créditos adicionais suplementares e não especiais como
disse a assertiva.
Questão 41 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Acerca dos mecanismos necessários à exe-
cução do orçamento, julgue o item que se segue.
Crédito adicional aberto com base em autorização dada pela lei orçamentária anual corres-
ponde a um crédito suplementar.
Certo.
Em verdade, o único crédito adicional que pode estar autorizado na LOA é o crédito suplemen-
tar, constituindo-se, assim, em verdadeira exceção ao princípio da exclusividade.
Questão 42 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito do ciclo, do processo e dos princí-
pios do orçamento público, julgue o item subsequente.
Constituído por diversas etapas, desde a proposta orçamentária até a aprovação da lei orça-
mentária, o ciclo orçamentário é, ao longo de todo exercício, um processo intermitente no que
diz respeito a análises e decisões.
Errado.
Em verdade, o ciclo orçamentário é um processo dinâmico, flexível, integrado e contínuo, onde
se planeja, elabora, aprova, executa, controla e avalia a programação de gastos do setor pú-
blico tanto no aspecto físico quanto financeiro.
Questão 43 (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Acerca dos instrumentos de planejamento e
orçamento, julgue o item a seguir.
No plano plurianual, é vedada a regionalização de metas por meio de critérios que abranjam
territórios maiores que as macrorregiões econômicas.
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Errado.
Em verdade, não existe essa vedação, existindo inclusive no manual de elaboração do PPA
federal uma indicação para que os programas possuam metas regionalizadas, sendo que a
regionalização será expressa em macrorregiões, estados ou municípios.
Questão 44 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Julgue o item seguinte, relativo à programa-
ção e à execução orçamentária e financeira.
O acompanhamento da execução orçamentária federal é competência privativa da Secretaria
de Orçamento Federal.
Errado.
Embora seja competência da SOF acompanhar a execução orçamentária, ela não prejudica a
competência de outros órgãos, já que não é uma competência privativa.
Questão 45 (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017) Julgue:
O plano plurianual estabelece diretrizes nacionais para as despesas de capital e para os pro-
gramas de duração continuada.
Errado.
Importante destacar que o PPA federal não contempla Diretrizes, nacionais, já que não contem-
pla as Diretrizes das demais esferas de governo, já que cada ente possui seu respectivo PPA.
Questão 46 (CESPE/TRE-BA/ANALISTA/2017) O ciclo orçamentário é o período de tempo
em que se processam as atividades típicas do orçamento público. Em sua concepção amplia-
da — adotada pela Constituição Federal de 1988 —, tal ciclo desdobra-se em oito fases. Uma
dessas fases corresponde à elaboração da proposta de orçamento pelo Poder Executivo e a
sua submissão ao Poder Legislativo. Essa fase ocorre
a) juntamente com a proposição de metas e prioridades para a administração pelo Poder
Executivo.
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b) logo após a aprovação pelo Poder Legislativo da política de alocação de recursos proposta
pelo Poder Executivo.
c) logo após a apreciação e a adequação da lei de diretrizes orçamentárias pelo Poder
Legislativo.
d) imediatamente antes da execução do orçamento pelo Poder Executivo.
e) imediatamente após a apreciação e a aprovação do plano plurianual pelo Poder Legislativo.
Letra c.
Guarde que o prazo para a submissão da proposta orçamentária ao Legislativo foi definido
pelo artigo 35 do ADCT da CF/1988. Confira:
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerra-mento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
Assim, a proposta orçamentária deve ser submetida ao Legislativo até quatro meses antes do
encerramento do exercício, que é dia 31/08.
Questão 47 (CESPE/PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR/2017) Julgue:
Na LDO será estabelecida a política de aplicação a ser executada pelas agências oficiais
de fomento.
Certo.
Verdade, de acordo § 2º do artigo 165 da CF/1988:
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pú-blica federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e esta-belecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Questão 48 (CESPE/TRE-PI/ANALISTA/2016) Julgue:
As expressões sistema orçamentário e processo orçamentário são utilizadas indistintamente
para se referir ao documento orçamentário.
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Errado.
Em verdade, o documento orçamentário é o Orçamento Público ou LOA – Lei Orçamentária
Anual, que não é a mesma coisa que Ciclo Orçamentário que é todo o processo que abrange
as etapas do planejamento ao controle, passando pela elaboração e a própria execução da lei
orçamentária anual.
Questão 49 (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:
Para efeitos da LOA, o exercício financeiro tem início com a aprovação da lei, não coincidindo
este com o ano civil.
Errado.
O exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia-se em 1º de janeiro e se encerra
em 31 de dezembro de cada ano, não tendo início com a aprovação da lei, que ocorre no exer-
cício/ano anterior.
Questão 50 (CESPE/TCE-PR/CONSELHEIRO SUBSTITUTO/2016) Julgue:
De acordo com a CF, alterações na legislação tributária da União devem ser processadas em
conformidade com princípios e determinações contidos na LOA.
Errado.
Opa! Devem estar de acordo com a LDO e não com a LOA, de acordo com o artigo 165 da
CF/1988:
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pú-blica federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e esta-belecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Orçamento Público (AFO e LRF) – Editora Campus – Autor Augustinho Paludo
Finanças Públicas– Editora Campus – Autores Fábio Giambiagi e Ana Cláudia Duarte de Além.
Orçamento Público– Editora Atlas – Autor James Giacomoni.
Direito Financeiro– 6ª Edição – Editora Método – Autora Tathiane Piscitelli.
Direito Financeiro e Tributário –Editora Atlas – Autor Kyoshi Harada.
Direito Financeiro e Controle Externo – 10ª Edição – Editora Método – Autor Valdecir Pascoal.
Administração Financeira e Orçamentária – 2ª Edição – Editora Juspodium – Autor Giovanni
Pacelli.
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Professor Manuel Piñon
[email protected] Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área de concursos públicos.Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.
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