direito financeiro

120
SISTEMA DE ENSINO DIREITO FINANCEIRO Orçamento Público – Parte I Livro Eletrônico

Upload: others

Post on 21-Oct-2021

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: DIREITO FINANCEIRO

SISTEMA DE ENSINO

DIREITO FINANCEIROOrçamento Público – Parte I

Livro Eletrônico

Page 2: DIREITO FINANCEIRO

2 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Orçamento Público – Parte I ...........................................................................................3

Apresentação .................................................................................................................3

1. Ciclo Orçamentário .....................................................................................................4

1.1. Conceitos Introdutórios ............................................................................................4

1.2. Ciclo Orçamentário Resumido e Ampliado ................................................................5

1.3. Exercício Financeiro x Ciclo Orçamentário ................................................................9

1.4. Planejamento/Elaboração ...................................................................................... 10

1.5. Elaboração, Discussão e Aprovação do Orçamento ................................................ 11

1.6. A Execução do Orçamento ..................................................................................... 18

1.7. Avaliação e Controle ...............................................................................................38

1.8. Prazos do Ciclo Orçamentário ................................................................................ 51

2. Instrumentos de Planejamento .................................................................................53

2.1. Introdução .............................................................................................................53

2.2. PPA (Plano Plurianual) ...........................................................................................56

2.3. LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) .................................................................. 61

2.4. LOA (Lei Orçamentária Anual) ...............................................................................64

3. Créditos Adicionais ....................................................................................................71

Resumo ........................................................................................................................79

Mapas Mentais ............................................................................................................ 86

Questões Comentadas em Aula ................................................................................... 89

Questões de Concurso ..................................................................................................93

Gabarito ..................................................................................................................... 100

Gabarito Comentado .................................................................................................... 101

Referências Bibliográficas ........................................................................................... 117

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 3: DIREITO FINANCEIRO

3 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

ORÇAMENTO PÚBLICO – PARTE I

ApresentAção

Olá, amigo(a) concurseiro(a)!

O nosso objetivo hoje nessa aula é avançar mais acerca do estudo do Orçamento Público,

detalhando alguns assuntos e conhecendo um pouco mais acerca do Ciclo Orçamentário, dos

Instrumentos de Planejamento ou Leis Orçamentárias e dos Créditos Orçamentários adicionais.

Hoje, você perceberá, na prática, como aquele volume significativo de conceitos e infor-

mações aprendidos na aula anterior lhe ajudarão bastante, sendo, na verdade, fundamentais

para tenha um execelente aproveitamento do curso. Além disso, você também verá que vai

acertar muitas questões de prova com base naqueles artigos da CF que estudamos. Se puder,

avalie nossa aula ao final.

Boa aula!

Prof. Manuel Piñon

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 4: DIREITO FINANCEIRO

4 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

1. CiClo orçAmentário

1.1. ConCeitos introdutórios

O ciclo orçametário, no sentido amplo, é um processo que abrange as etapas do planeja-

mento ao controle, passando pela elaboração e a própria execução da lei orçamentária anual.

Na verdade, o ciclo orçamentário não é estanque, mas sim um processo dinâmico, flexível

e contínuo, que passa pelas etapas de planejamento/elaboração, discussão/aprovação, exe-

cução, controle e avaliação no que diz respeito à programação de gastos do setor público do

ponto de vista físico e financeiro, integrando planejamento e orçamento.

Plano plurianual – PPAPlanos nacionais, regionais e

setoriais

Lei de diretrizes orçamentárias

– LDO

Elaboração da proposta

orçamentária anual – LOA

Discussão, votação e aprova-ção da lei orçamentária anual

Execução orçamentária e fi-nanceira

Controle e avaliação da execu-ção orçamentária e financeira

Ciclo integrado de planejamento e orçamento

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 5: DIREITO FINANCEIRO

5 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Os instrumentos de Planejamento e Controle Orçamentários podem ser assim visualizados:

A integração das etapas e também dos instrumentos de planejamento é fundamental,

tendo em vista que o processo orçamentário não algo isolado, já que, por exemplo, a elabora-

ção da proposta de Orçamento Anual (LOA), primeira etapa do ciclo orçamentário, renova-se

anualmente e é resultante das definições da programação de médio prazo (PPA), que por sua

vez detalha o plano de longo prazo (Planos Nacionais, Regionais e Setoriais), de acordo com

as orientações anuais da LDO, refletindo assim a plena integração do processo de planeja-

mento e orçamento.

1.2. CiClo orçAmentário resumido e AmpliAdo

Normalmente, o Ciclo Orçamentário é apresentado em provas de concursos na sua versão

resumida, onde temos basicamente quatro fases. Entretanto, pode aparecer em sua prova

uma referência ao Ciclo Orçamentário Ampliado que, ao incorporar as etapas relativas ao PPA

à LDO, passa a ter oito fases.

Sinteticamente falando, o ciclo orçamentário resumido ocorre em quatro etapas distintas:

1) planejamento / elaboração da proposta orçamentária;

2) elaboração / discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 6: DIREITO FINANCEIRO

6 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

3) execução orçamentária e financeira; e

4) avaliação/controle.

Elaboração

Avaliação

Aprovação

Execução

Questão 1 (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:

O ciclo orçamentário pode ser definido como um rito legalmente estabelecido, com etapas

que se repetem periodicamente e que envolvem elaboração, discussão, votação, controle e

avaliação do orçamento.

Certo.

Sim, o ciclo orçamentário ocorre nas seguintes etapas:

1) elaboração/planejamento da proposta orçamentária;

2) discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento;

3) execução orçamentária e financeira; e

4) avaliação/controle.

Do ponto de vista administrativo, o planejamento representaria a tentativa do adminis-

trador público de receber e compreender corretamente as demandas da sociedade, estimar

a capacidade de recolhimento de recursos financeiros e alocar os recursos limitados às

ações prioritárias.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 7: DIREITO FINANCEIRO

7 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Importante destacar que a fase de elaboração pode ser enquadrada na fase 1 (como aci-

ma) ou como integrante da fase 2 (como no desenho abaixo), já que o parlamento também

colabora com a feitura do mesmo por meio de emendas.

Numa última etapa, o poder público fiscalizaria e controlaria os gastos efetuados a fim

de verificar a acuidade da programação. As informações obtidas pela fiscalização e controle

dos gastos públicos, nas quais estarão destacadas as falhas e os méritos do planejamento

vigente, irão orientar no planejamento para o exercício subsequente.

Veja a seguir graficamente como é RESUMIDO o ciclo orçamentário:

Planejamento

Execução

Controle Elaboração

Questão 2 (CESPE/DEPEN/AGENTE/2015) Julgue:

As fases do ciclo orçamentário podem ser aglutinadas de acordo com suas finalidades e

periodicidades.

Errado.

Na verdade, NÃO podem ser aglutinadas, já que cada fase tem um responsável próprio, finali-

dade diversa e periodicidade que precisa ser atendida.

No conceito mais abrangente de ciclo orçamentário, as etapas relativas ao PPA e à LDO

são incorporadas. Segundo “SANCHES, Osvaldo Maldonado: O ciclo orçamentário: uma rea-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 8: DIREITO FINANCEIRO

8 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

valiação à luz da Constituição de 1988: Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro: FGV,

v. 27, n.4, pp. 54-76, out./dez. 1993”, o ciclo orçamentário ampliado desdobrar-se em oito

fases, quais sejam:

1- formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;

2 – apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;

3 – proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de

recursos pelo Executivo;

4 – apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;

5 – elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;

6 – apreciação, adequação e autorização legislativa;

7 – execução dos orçamentos aprovados;

8 – avaliação da execução e julgamento das contas.

De acordo com a teoria defendida por esse doutrinador, no conceito resumido do Ciclo

Orçamentário existe uma aglutinação inapropriada das fases relativas ao PPA e à LDO, já que

cada uma delas possui ritmo próprio, finalidade distinta e periodicidade definida.

Aproveite para visualizar graficamente como é o ciclo orçamentário numa visão ampliada:

Ciclo / processo orçamentário

Elaboração ExecuçãoAvaliação e

controleDiscussão, votação

e aprovação

1 -Elaboração

do PPA

2 – Discussão,votação e

aprovação do PPA

4 – Discussão,votação e

aprovação da LDO

7 – Execuçãoorçamentária

8 – Avaliação e controle

da execução orçamentária

6 – Discussão,votação e

aprovação da LOA

3 -Elaboração

da LDO

5 -Elaboração

da LOA

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 9: DIREITO FINANCEIRO

9 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Questão 3 (CESPE/STF/ANALISTA/2013) Com relação aos orçamentos públicos, julgue o

item a seguir.

Nos termos da CF, o ciclo orçamentário desdobra-se em oito fases, cada uma com ritmo pró-

prio, finalidade distinta e periodicidade definida.

Certo.

No conceito mais abrangente de ciclo orçamentário, as etapas relativas ao PPA e à LDO são

incorporadas desdobrando-se em oito fases, quais sejam:

1- formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;

2 – apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;

3 – proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de re-

cursos pelo Executivo;

4 – apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;

5 – elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;

6 – apreciação, adequação e autorização legislativa;

7 – execução dos orçamentos aprovados;

8 – avaliação da execução e julgamento das contas.

1.3. exerCíCio FinAnCeiro x CiClo orçAmentário

De acordo com a nossa Norma Geral sobre Direito Financeiro e Orçamento Público, a Lei

n. 4.320/1964, o exercício financeiro deve coincidir com o ano civil, ou seja, inicia-se no dia 01

de janeiro e termina em 31 de dezembro de cada ano. Confira, com grifos nossos:

Do Exercício FinanceiroArt. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 10: DIREITO FINANCEIRO

10 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:I – as receitas nele arrecadadas;II – as despesas nele legalmente empenhadas.

Guarde, portanto, que enquanto o exercício financeiro atualmente no Brasil coincide com o

ano civil, ou seja, inicia-se em 1º de janeiro e se encerra em 31 de dezembro de cada ano, o

ciclo orçamentário é mais longo, já que começa no exercício anterior com as etapas de ela-

boração/planejamento da proposta orçamentária e de discussão/estudo/aprovação da Lei

de Orçamento e somente se encerra nos exercícios seguintes com a sua avaliação e controle.

Questão 4 (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:

Para efeitos da LOA, o exercício financeiro tem início com a aprovação da lei, não coincidindo

este com o ano civil.

Errado.

O exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia-se em 1º de janeiro e se encerra

em 31 de dezembro de cada ano, não tendo início com a aprovação da lei, que ocorre no exer-

cício/ano anterior.

Amigo(a), agora vamos conhecer um pouco mais cada uma dessa etapas!

1.4. plAnejAmento/elAborAção

A Constituição Federal determinou a aprovação dos Planos Plurianuais (PPA) que esta-

belecerão, de forma regionalizada, as Diretrizes, Objetivos e Metas (DOM) da administração

pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e as relativas aos programas

de duração continuada.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 11: DIREITO FINANCEIRO

11 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

O legislador cuidou de garantir a aplicação uniforme dos recursos em todo o território

nacional, exigindo a regionalização dos recursos planejados no PPA e executados com base

nas leis orçamentárias anuais.

Além disso, limitou sua abrangência às despesas de capital, ou seja, das quais resulte um

aprimoramento do serviço prestado pelo Estado ou a criação de um novo serviço, como, por

exemplo, a construção de rodovias, incluídas as despesas decorrentes, no nosso exemplo, o

custo de manutenção da nova estrada.

1.5. elAborAção, disCussão e AprovAção do orçAmento

1.5.1. Elaboração do Orçamento

Feito o planejamento, o Poder Executivo deve encaminhar ao Parlamento o projeto de Lei

de Diretrizes Orçamentárias LDO, inovação da Constituição Federal de 1988, que constitui o

elo de ligação entre planejamento e orçamento.

A LDO compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as

despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, que deverão ser compatíveis com

o PPA, orientará a elaboração da lei orçamentária, disporá sobre as alterações na legislação

tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Nem toda a programação prevista no PPA tem que estar presente nas LDO, pois o plano

vale por quatro anos, enquanto a LDO, apenas por um ano.

Além disso, a LDO deve ressaltar as prioridades para a lei orçamentária do exercício sub-

sequente. Dessa forma, é comum que a LDO preveja a inclusão no orçamento de apenas uma

parcela do previsto no PPA, muito embora não haja dispositivo legal ordenando a matéria.

Em seguida, a proposta para o orçamento do exercício subsequente é encaminhada ao

Congresso, que deve assegurar a compatibilidade com a LDO e com o PPA.

Essa competência é exclusiva do CHEFE DO PODER EXECUTIVO, função essa exercida pelo

Presidente da República (ou Governadores e Prefeitos). Tenha em mente que a iniciativa é

sempre do Poder Executivo!

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 12: DIREITO FINANCEIRO

12 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

De acordo com o artigo 22 da Lei n. 4.320/1964, no que diz respeito ao seu conteúdo, a

proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo nos prazos

estabelecidos nas Constituições federal e estaduais e nas leis orgânicas dos municípios, será

composta por:

1) Mensagem, que conterá exposição circunstanciada da situação econômico-financeira,

documentada com demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de créditos especiais,

restos a pagar e outros compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação da polí-

tica econômico-financeira do Governo; justificação da receita e despesa, particularmente no

tocante ao orçamento de capital.

Importante registrar que essa mensagem presidencial é o instrumento de comunicação

oficial entre o Presidente da República e o Poder Legislativo usado para encaminhar os proje-

tos do PPA, da LDO e da LOA.

2) Projeto de Lei de Orçamento.

3) Tabelas explicativas sobre receitas e despesas de vários anos, em colunas distintas e

para fins de comparação.

4) Especificação dos programas especiais de trabalho custeados por dotações globais, em

termos de metas visadas, decompostas em estimativa do custo das obras a realizar e dos ser-

viços a prestar, acompanhadas de justificação econômica, financeira, social e administrativa.

Merecem destaque no âmbito da elaboração da proposta orçamentária, as atividades pre-

liminares inerentes à alocação dos recursos, considerando o cenário fiscal, de modo a com-

patibilizar capacidade de financiamento e dispêndio dos recursos previstos, passando pelas

etapas de fixação da meta fiscal, projeção de receitas, projeção das despesas obrigatórias e

apuração das despesas discricionárias.

Para cada unidade administrativa, temos a respectiva proposta orçamentária parcial com

a descrição resumida das suas principais finalidades, que necessita respeitar a política eco-

nômico-financeira, o programa anual de trabalho do Governo e, quando fixado, o limite global

máximo para o orçamento de cada unidade administrativa, sendo acompanhada de tabelas

explicativas da despesa, com a justificação detalhada de cada dotação solicitada.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 13: DIREITO FINANCEIRO

13 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

As dotações orçamentárias são classificadas de forma a explicitar o montante de recur-

sos empregados nas principais atividades do Estado sob várias óticas, como veremos adian-

te ao longo do curso.

Caso haja necessidade de criação de dotação ou complementação de dotações existen-

tes, pode-se abrir créditos adicionais, cuja iniciativa é sempre do Presidente da República,

ainda que para os créditos que visem a atender os Poderes Legislativo e Judiciário, bem como

o Ministério Público da União.

Todos os Poderes (Legislativo, Judiciário e Ministério Público) elaboram suas propostas or-

çamentárias parciais e encaminham para o Poder Executivo, o qual é o responsável constitu-

cionalmente pelo envio da proposta consolidada ao Legislativo.

Nesse sentido, a LRF reforçou essa autonomia administrativa e financeira dos poderes ao

determinar que o Poder Executivo de cada ente coloque à disposição dos demais Poderes e

do Ministério Público, no mínimo 30 dias antes do prazo final para encaminhamento de suas

propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subse-

quente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.

Entretanto, se tais Poderes/órgãos não encaminharem as respectivas propostas orça-

mentárias dentro do prazo estabelecido na LDO, o Poder Executivo considerará, para fins de

consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na LOA vigente, ajusta-

dos de acordo com os limites estipulados na LDO.

A CF/1988 não traz nenhuma diretriz em termos de orientação do que deve ser feito para o

caso em que o Poder Legislativo não receba a proposta orçamentária no prazo fixado. Assim,

nos socorremos à velha Lei n. 4.320/1964 que apresenta orientação nesse sentido:

Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 14: DIREITO FINANCEIRO

14 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Assim, cabe ao Poder Legislativo apreciar novamente o orçamento em vigência no mo-

mento como se fosse uma nova proposta. Essa solução “meia boca” ignora, por exemplo, os

programas que já se encerraram ou que vem a ser finalizados ao longo do exercício.

Registre-se que também para as Defensorias Públicas da União, Estaduais e do Distrito

Federal também foi assegurada autonomias funcional e administrativa e a iniciativa de sua

proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na LDO, depois da entrada em vigor

da EC – Emenda Constitucional 74/2013, que acrescentou o § 3º ao artigo 134 da CF/1988,

estendendo as mesmas prerrogativas à Defensoria Pública da União – DPU e do Distrito Fe-

deral. Confira:

§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º.§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal.

DICA

Não confunda EC (Emenda Constitucional) com Emenda ou Emenda Parlamentar! A EC é uma alteração da CF, enquanto Emenda ou Emenda Parlamentar, aqui em nossa matéria, é uma modificação nas Leis Orçamentárias.

As emendas aos orçamentos anuais ou aos créditos adicionais, que deverão ser compatí-

veis com a lei de diretrizes orçamentárias e com o plano plurianual, podem objetivar o acrés-

cimo de dotação orçamentária inicialmente proposta pelo Executivo ou a criação de uma nova

despesa, bem como a redução ou supressão de dotação proposta.

Nos casos de redução ou supressão de dotação proposta, não há, obviamente, necessida-

de de indicação de recursos para atender a emenda. Contudo, nos casos em que o parlamen-

tar deseje aumentar os recursos destinados a determinada despesa, ou criar despesa nova, a

Constituição Federal, observando o princípio do equilíbrio, determina que devem ser indicados

os recursos necessários para o atendimento à emenda, admitidos apenas os provenientes de

anulação de outra despesa, excluídas as que incidam sobre dotações para pessoal e seus

encargos, serviço da dívida e transferências tributárias constitucionais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 15: DIREITO FINANCEIRO

15 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

1.5.2. Discussão, Estudo e Aprovação

Importante registrar que a fase de discussão e debate entre os membros do Poder Legis-

lativo acerca da proposta enviada pelo executivo é regulada pelo artigo 166 da nossa CF/1988,

abaixo transcrito com grifos nossos:

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na for-ma do regimento comum.

Cabe a uma comissão mista permanente composta por senadores e deputados, deno-

minada de CMO – Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, que tem

o papel de examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA, créditos

adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República, além de

examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previs-

tos na CF/1988 e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária.

Similarmente, nos demais entes federados temos uma comissão permanente comum, já

que tem somente uma casa legislativa, sendo composta por deputados nos Estados e no DF

e por vereadores nos Municípios.

Importante registrar ainda que, enquanto não iniciada a votação, na Comissão Mista (não

é no Plenário) da parte cuja alteração é proposta, o Presidente da República pode enviar men-

sagem para propor modificação nos projetos do PPA, da LDO, da LOA e de Crédito Adicionais.

De acordo com a nossa CF/1988 (artigo 166, § 8º) existe possibilidade de rejeição, ou seja, de

não aceitação do projeto de LOA pelo Poder Legislativo!

As famosas “emendas parlamentares” tem por objetivo servir para aperfeiçoar o que o Po-

der Executivo propôs por meio dos instrumentos de planejamento e orçamento e tem o poder

de influenciar no que tange à alocação do dinheiro público. Elas devem ser apresentadas na

Comissão Mista, que deve emitir um parecer sobre as mesmas, para depois serem apreciadas

no plenário das duas Casas do CN (Congresso Nacional).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 16: DIREITO FINANCEIRO

16 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Além das emendas individuais de cada parlamentar, temos também as emendas apre-

sentadas pelas comissões – emendas de comissões permanentes da Câmara e do Senado

(materialmente ligadas à área de atuação) e as apresentadas pelas bancadas – emendas de

bancada – estaduais (para matérias ligadas aos seus estados/DF).

O artigo 63 da nossa CF/1988 regula essa matéria no sentido de que não pode haver aumento

da despesa prevista nos projetos apresentados pelo Poder Executivo. Também não podem as

emendas apresentadas serem incompatíveis com o PPA e com a LDO.

Questão 5 (CESPE/TRT-8/ANALISTA/2016) Julgue:

O legislador tem a prerrogativa de apresentar qualquer tipo de modificação à lei orçamentária

anual, quando essa é submetida à aprovação do Congresso Nacional.

Errado.

Na verdade, existem diversas restrições, como aquelas do artigo 63 da nossa CF/1988 que

diz que não pode haver aumento da despesa prevista nos projetos apresentados pelo Poder

Executivo, não podendo também as emendas apresentadas serem incompatíveis com o PPA

e com a LDO, fora as restrições impostas pelo § 3º do artigo 166 da nossa Carta Magna.

Veja o que nos revela o § 3º do artigo 166 da nossa CF/1988:

§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizesorçamentárias;II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 17: DIREITO FINANCEIRO

17 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

a) dotações para pessoal e seus encargos;b) serviço da dívida;c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ouIII – sejam relacionadas:a) com a correção de erros ou omissões; oub) com os dispositivos do texto do projeto de lei (são chamadas de emendas de redação, pois vi-sam melhorar o texto, tornando-lhe mais claro e preciso).

No que diz respeito às emendas parlamentares, a Lei n. 4.320/1964 também apresenta

restrições às mesmas. De acordo com a Lei Geral dos Orçamento, não podem ser admitidas

emenda que:

1) Altere a dotação solicitada para despesa de custeio, exceto se provada, nesse ponto a

inexatidão da proposta.

2) Conceda dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos órgãos

competentes.

3) Conceda dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja anterior-

mente criado.

4) Conceda dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do Po-

der Legislativo para concessão de auxílios e subvenções.

Tem sido frequente a aprovação de emendas parlamentares com recursos provenientes

da Reserva de Contingência e de reestimativas de receitas.

O caso de emendas que objetivem aumentar a previsão de receitas não está, explicita-

mente, previsto na CF/1988, mas podem ser apresentadas e aprovadas sob a proteção do

mandamento constitucional que prevê a aprovação de emendas que sejam relacionadas com

a correção de erros ou omissões.

O Congresso Nacional revisa a previsão, que pode ser maior ou menor do que a do Poder

Executivo. Se for maior, haverá receitas em maior quantidade que despesas e o excesso de

receitas poderá ser utilizado para o atendimento às emendas parlamentares.

Entretanto, se a previsão de arrecadação de receitas feita no Congresso Nacional for me-

nor do que a encaminhada pelo Presidente da República, deverá haver cortes nas programa-

ções de despesa constantes do projeto de lei orçamentária.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 18: DIREITO FINANCEIRO

18 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Cabe lembrar que a revisão da estimativa de receitas pode ser feita em qualquer momento

durante a tramitação da lei orçamentária no Congresso Nacional.

Para concluir essa etapa do Ciclo Orçamentário, resta falarmos um pouco acerca da apro-

vação e sanção da LOA.

Após discutidos o projeto de lei, deve haver a respectiva aprovação em cada uma das ca-

sas que formam o Congresso Nacional, que ocorre por maioria simples mesmo, já que é uma

lei ordinária, embora com rito especial.

Guarde que se os prazos para a aprovação de PPA, LDO e LOA previstos na CF/1988 não

sejam respeitados, nossa Carta Magna determina que a sessão legislativa não seja interrom-

pida sem a aprovação da LDO. Assim, não haverá recesso parlamentar se a LDO não for apro-

vada, mas, como tal regra não se aplica à LOA ou ao PPA, pode haver esse recesso mesmo

com a LOA ou PPA ainda pendentes de aprovação.

Com a sanção presidencial, que é a concordância do Chefe do Poder Executivo com o que

foi aprovado no CN, encerra-se a essa fase. Entretanto, caso haja o veto, que é a discordância

do Chefe do Executivo do que voltou do CN, seja ele parcial ou total, o mesmo deve ser apre-

ciado pelo Poder Legislativo, que pode rejeitar ou confirmar o veto.

Anualmente a LDO determina que se o Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) não for sancio-

nado pelo Presidente da República até 31 de dezembro do ano corrente, parte da programa-

ção dele constante poderá ser executada até o limite de 1/12 do total de cada ação prevista

no PLOA, multiplicado pelo número de meses decorridos até a sanção da respectiva lei.

Registre-se, porém, que o limite previsto de 1/12 ao mês não se aplica ao atendimento de

algumas despesas determinadas na própria LDO daquele ano.

1.6. A exeCução do orçAmento

A fase de execução orçamentária e financeira do orçamento público consiste na arreca-

dação das receitas e na realização das despesas, tornando real e operacional o que fora pla-

nejado e programado.

A LOA é organizada na forma de créditos orçamentários suas respectivas dotações or-

çamentárias. Assim, o crédito orçamentário é composto pelo conjunto de categorias clas-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 19: DIREITO FINANCEIRO

19 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

sificatórias e contas que especificam as ações e operações autorizadas na LOA, enquanto

a dotação é o montante de recursos financeiros com que conta o crédito orçamentário. Em

outras palavras, podemos dizer que para um crédito orçamentário temos uma dotação, que é

o limite de recurso financeiro autorizado para aquele crédito.

Importante ter em mente que os recursos orçamentários seguem o ciclo orçamentário em

sentido amplo, que abrange as etapas do planejamento ao controle, passando pela elabora-

ção e a própria execução da lei orçamentária anual.

Iniciando a execução do orçamento temos a programação orçamentária e financeira que

nada mais é do que a adaptação do fluxo dos pagamentos ao fluxo dos recebimentos, de

modo que a despesa fixada seja “adaptada” ao resultado da arrecadação do ente.

Nessa linha de raciocínio, a mencionada programação visa customizar a velocidade de

execução do orçamento ao fluxo de recursos financeiros, de modo a garantir a execução dos

programas anuais de trabalho, realizados por meio do Sistema Integrado de Administração

Financeira do Governo Federal – SIAFI, com base nas diretrizes e regras estabelecidas pela

legislação vigente.

O SIAFI é do que o principal instrumento de registro, acompanhamento e controle da exe-

cução orçamentária, financeira e patrimonial do Governo Federal.

Guarde que as diretrizes gerais da programação financeira da despesa autorizada na LOA

são fixadas em Decreto.

Nesse contexto, merece menção destacada a previsão no artigo 47 da Lei 4.320/1964, de

que, logo depois de promulgada a LOA, baseada nos limites nela fixados, o Poder Executivo

deve aprovar um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária pode

usar, sendo que essas cotas trimestrais podem ser modificadas durante o ano em função, por

exemplo, das oscilações na receita pública.

Quem aprova a LOA é o Poder Legislativo, mas é o Poder Executivo quem aprova o quadro de co-

tas trimestrais, logo após a promulgação da LOA e com base nos limites nela fixados. Assim,

cabe ao Poder Executivo aprovar um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade

orçamentária fica autorizada a gastar.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 20: DIREITO FINANCEIRO

20 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Questão 6 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Para limitar os gastos do governo, um dos

mecanismos utilizados é a publicação de decreto que disponha sobre a programação orça-

mentária e financeira bem como o cronograma mensal de desembolso. Acerca desse assun-

to, julgue o item subsequente.

O ato pelo qual determinada unidade orçamentária ou administrativa transfere a outras uni-

dades orçamentárias ou administrativas o poder de utilizar créditos que lhes tenham sido

dotados caracteriza o que se denomina descentralização de créditos.

Certo.

Exato! A descentralização de créditos ocorre quando uma unidade orçamentária transfere a

outras unidades as dotações orçamentárias. Confira no MCASP, com grifos nossos:

As descentralizações de créditos orçamentários ocorrem quando for efetuada movimentação de parte do orçamento, mantidas as classificações institucional, funcional, programática e econômi-ca, para que outras unidades administrativas possam executar a despesa orçamentária.

O objetivo de se fixar essas cotas trimestrais é assegurar às unidades orçamentárias,

tempestivamente, recursos necessários e suficientes a melhor execução do seu programa

anual de trabalho, equilibrando receita arrecadada e a despesa realizada, para evitar even-

tuais insuficiências de caixa. Além disso, tenha mente que as cotas trimestrais podem ser

alteradas durante o exercício, mas, claro, respeitando limite da dotação orçamentária.

Guarde ainda que, além dos créditos orçamentários previstos na LOA, a programação da

despesa orçamentária abarca ainda os créditos adicionais e as operações extraorçamentárias.

A LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) melhorou ainda mais essa ferramenta orçamentária

ao determinar que a elaboração da programação financeira e do cronograma mensal de de-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 21: DIREITO FINANCEIRO

21 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

sembolso ocorram no prazo de 30 dias após a publicação da LOA. Veja o seu artigo 8º da LRF

com grifos nossos:

Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de di-retrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.

Ainda nesse artigo, a LRF ordena que os recursos legalmente vinculados à finalidade es-

pecífica devem ser usados somente para atender ao objeto de sua vinculação, mesmo que

em exercício diferente daquele em que ocorrer o ingresso. Mentalize recurso vinculado como

sendo aquele que possui destinação obrigatória a determinada despesa e, assim, a LRF dis-

põe que se é recurso vinculado, continuará vinculado, mesmo que em exercício financeiro

diverso daquele em que tenha ocorrido o ingresso.

Nessa pegada, após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento da

Despesa (QDD) será definido como sendo um instrumento que detalha, em nível operacional,

os subprojetos e subatividades constantes da lei orçamentária anual, especificando as Uni-

dades Orçamentárias de cada órgão, fundo ou entidades dos orçamentos fiscal e da seguri-

dade social, especificando, para cada categoria, a fonte de recursos, a categoria econômica,

o grupo de despesa e a modalidade de aplicação.

É o ponto de partida para a execução orçamentária.

Importante guardar que Executar o Orçamento é, em verdade, realizar as despesas públi-

cas nele previstas, seguindo aqueles três estágios da execução das despesas previstos na Lei

n. 4320/64: empenho, liquidação e pagamento.

Aqui entra em cena aquela ferramenta usada para limitação dos gastos do Governo Fede-

ral: o famoso “Decreto de contingenciamento dos gastos”, que na mais é do que o Decreto de

Programação Orçamentária e Financeira juntamente com a Portaria Interministerial que deta-

lha os valores autorizados para movimentação e empenho e para pagamentos no decorrer do

exercício, tendo como suporte legal além da Lei n. 4.320/1964 e da LRF, as LDOs de cada ano.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 22: DIREITO FINANCEIRO

22 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Execução da Programação Financeira

A Programação Financeira para que seja bem elaborada, exige profundo conhecimento

técnico de finanças e do comportamento da arrecadação dos tributos que compõem a receita,

além, é claro, da própria estrutura do Estado.

Importante registrar ainda que, como a entrada das receitas arrecadadas dos contribuin-

tes nem sempre coincide, temporalmente, com as necessidades de realização de despesas

públicas, existe um conjunto de atividades que têm o objetivo de ajustar o ritmo da execução

do orçamento ao fluxo provável de entrada de recursos financeiros que vão assegurar a rea-

lização dos programas anuais de trabalho e, consequentemente, impedir eventuais insufici-

ências de tesouraria. A esse conjunto de atividades chamamos de Programação Financeira.

A seguir um resumo sistematizado da programação financeira:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 23: DIREITO FINANCEIRO

23 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Programação Financeira

MF

STN

Órgão centralDisposição dos recursos $ aos órgãos setoriais em suas contas-correntes do BB (S\A)

Órgão setorialSec. De Administração Geral dos Ministérios Civis e órgãos equivalentes da PR e dos Comandos Militares

*Transferência de recursos $ entre órgão de estruturas administrativas diferentes

UG: UC ou UAMovimentação interna de recursos $ realizado pela OSPF

MIN. “A”Órgão

Setorial

MIN. “A”

UG

MIN. “B”Órgão

Setorial

MIN. “B”

UG

COTA(OB)COTA(OB)

SUB-REPASSE(OB)

SUB-REPASSE(OB)

REPASSE (OB)

Importante destacar que a programação financeira se realiza em três níveis distintos,

existindo uma hierarquia entre eles:

1 – Secretaria do Tesouro Nacional – STN, o órgão central;

2 – Subsecretarias de Planejamento, Orçamento e Administração – SPOAs (ou equivalen-

tes, os chamados órgãos setoriais de programação financeira – OSPF); e

3 – Unidades Gestoras Executoras (UG).

Nessa toada, podemos ver que quem realmente recebe a descentralização do órgão cen-

tral é o órgão setorial que pode descentralizar ainda para a UG, ou seja, quem realiza as des-

centralizações SÃO o órgão central e o órgão setorial.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 24: DIREITO FINANCEIRO

24 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

A UG – Unidade Gestora é uma UO – Unidade Orçamentária ou uma UA – Unidade Admi-

nistrativa investida do poder de gerir recursos orçamentários e financeiros, próprios ou

descentralizados.

UO – Unidade Orçamentária – tem dotação consignada diretamente na LOA.

UA – Unidade Administrativa – não tem dotação diretamente na LOA, sendo dependente, por-

tanto, de uma UO, que descentraliza o crédito para ela.

Questão 7 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Acerca dos mecanismos de exe-

cução do orçamento, julgue o item seguinte.

As unidades orçamentárias podem corresponder a vários órgãos da estrutura administrativa

ou apenas a uma parte de um único órgão.

Certo.

As unidades orçamentárias podem SIM corresponder a vários órgãos da estrutura admi-

nistrativa ou apenas a uma parte de um único órgão. Confira no Manual Técnico de Orça-

mento – MTO que as unidades orçamentárias (UOs) não correspondem necessariamente

à estrutura administrativa:

Um órgão orçamentário ou uma UO não correspondem necessariamente a uma estrutura adminis-trativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com os órgãos Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios, Encargos Financeiros da União, Operações Oficiais de Cré-dito, Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal e Reserva de Contingência.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 25: DIREITO FINANCEIRO

25 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Após a LRF e seu foco nas metas fiscais e do maior controle sobre os gastos públicos,

tanto para equilibrar os orçamentos, como para indicar transparência dos compromissos go-

vernamentais com a dívida pública, de modo a fomentar e manter expectativas claras e ob-

jetivas, a administração pública buscou melhor programar financeiramente a execução das

suas despesas.

Esse processo atende a dispositivos legais que exigem o pronto conhecimento e correção

das discrepâncias entre receita e despesas primárias, bem como monitora o cumprimento

das metas de resultado estabelecidas para determinado exercício, projetando ainda seu com-

portamento para os dois subsequentes.

Questão 8 (CESPE/TRE-PI/ANALISTA/2016) Julgue a assertiva abaixo:

A programação financeira é um instrumento que foi introduzido pela LRF.

Errado.

Na verdade, já existia essa previsão no artigo 47 da Lei n. 4.320/1964. A LRF APENAS melho-

rou ainda mais essa ferramenta orçamentária ao determinar que a elaboração da programa-

ção financeira e do cronograma mensal de desembolso ocorram no prazo de 30 dias após a

publicação da LOA.

Infelizmente, a programação financeira é usualmente submetida à vontade política do go-

verno, já que o orçamento é uma lei autorizativa (não obriga, apenas autoriza a execução dos

programas de trabalho nela contidos).

Na prática, a execução do orçamento deve estar atrelada ao real ingresso de recursos, ou

seja, à medida que os recursos financeiros vão ingressando nos cofres do governo, eles são li-

berados para os órgãos setoriais das secretarias, baseado na programação financeira destes,

para a execução dos seus programas de trabalho. Nessa pegada, acaba ficando a critério do

Governo executar este ou aquele projeto, sem obedecer a qualquer hierarquia orçamentária.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 26: DIREITO FINANCEIRO

26 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Questão 9 (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Julgue o item que se segue, a respeito do plano

plurianual (PPA).

A programação financeira tem o objetivo de ajustar o ritmo de execução do PPA ao fluxo pro-

vável de recursos financeiros, de modo a executar os programas de trabalho.

Errado.

Na verdade, a Programação Financeira compreende um conjunto de atividades com o objetivo

de ajustar o ritmo de execução do orçamento ao fluxo provável de recursos financeiros.

Assim, por meio da programação financeira, garante-se a execução dos programas anuais de

trabalho, realizados por meio do SIAFI, com base nas diretrizes e regras estabelecidas pela

legislação vigente.

Não custa lembrar que depois da sanção presidencial à LOA, o Poder Executivo mediante de-

creto estabelece em até trinta dias a programação financeira e o cronograma de desembolso

mensal por órgãos, observadas as metas de resultados fiscais dispostas na LDO.

Guarde que a Programação Financeira se realiza em três níveis distintos, sendo a STN o seu

órgão central, contando ainda com a participação das Subsecretárias de Planejamento, Orça-

mento e Administração (ou equivalentes os órgãos setoriais – OSPF) e as Unidades Gestoras

Executoras (UGE).

Guarde ainda que é de competência da STN estabelecer as diretrizes para a elaboração e for-

mulação da programação financeira mensal e anual, bem como a adoção dos procedimentos

necessários à sua execução. Aos órgãos setoriais competem a consolidação das propostas

de programação financeira dos órgãos vinculados – UGE e a descentralização dos recursos

financeiros recebidos do órgão central. Às Unidades Gestoras Executoras cabem a realização

da despesa pública nas suas três etapas, ou seja: o empenho, a liquidação e o pagamento.

Diante do exposto, podemos concluir que a questão está falsa pois ao afirmar que é para

ajustar o fluxo do PPA.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 27: DIREITO FINANCEIRO

27 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Importante informar ainda que, como cada secretaria ou órgão tem um prazo determinado

para a elaboração de seu próprio cronograma de desembolsos, que reflete as saídas de re-

cursos financeiros, a Secretaria de Tesouro, ou correspondente Estadual, Distrital ou Munici-

pal, deve consolidar e aprovar toda a programação financeira de desembolso para o governo,

procurando ajustar as necessidades da execução do orçamento ao fluxo de caixa do Tesouro

(despesas e receitas), a fim de obter um fluxo de caixa mais de acordo com a política fiscal e

monetária do governo.

Todo esse processo, em realidade, ocorre dentro de sistema informatizado, sendo tare-

fa de cada Unidade Gestora (UG) elaborar sua programação financeira e submetê-la ao seu

órgão setorial de programação. O órgão, por sua vez, deve consolidá-la e submetê-la ao ór-

gão central de programação financeira. Dessa forma o sistema permite um acompanhamento

preciso do cronograma de desembolso dos recursos financeiros de cada UG e sua execução.

O cronograma de desembolso é parte da programação financeira de desembolso, já que

representa somente as despesas decorrentes da execução física dos projetos e atividades a

cargo dos ministérios ou órgãos, ou seja, espelha a necessidade de recursos financeiros para

pagamento dessas despesas.

Assim, podemos dizer que a programação financeira é mais abrangente do que o cronograma

de desembolso, pois ela engloba não só as despesas, mas também os ingressos de receitas

no caixa do Tesouro.

A execução orçamentária completa-se com a execução financeira. Esta passa pela pro-

gramação dos recursos financeiros de forma a garantir o atendimento à demanda de recursos

aos órgãos e entidades da Administração Pública direta e indireta.

Sinteticamente falando, a execução orçamentária é a utilização das dotações dos créditos

consignados na LOA, enquanto a execução financeira é a utilização de recursos financeiros.

A correta gestão pública, pautada em uma execução orçamentária e financeira eficiente,

advém da integração coerente entre o que foi planejado e o que será realmente realizado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 28: DIREITO FINANCEIRO

28 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Sendo assim, não há que se falar na alocação de recurso sem ter o entendimento dos concei-

tos de Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual.

A fim de se evitar o comprometimento de recursos orçamentários que poderiam ficar sem

o correspondente financeiro em virtude de frustração na arrecadação da receita, anualmente,

o Presidente da República tem publicado um decreto de contingenciamento, bloqueando re-

cursos, que passam a não estar disponíveis para empenho até segunda ordem.

Na prática, a execução orçamentária e a execução financeira ocorrem, concomitantemen-

te, por estarem atreladas uma a outra. Se existir orçamento e não houver o financeiro, não

poderá ocorrer a despesa. De outra parte, pode haver recurso financeiro, mas não se poderá

gastá-lo, caso não exista disponibilidade orçamentária.

Visando estabelecer, de forma objetiva, inter-relacionamento entre a execução orçamen-

tária e a execução financeira, existe forte integração entre as etapas que compõem os fluxos

e processos pertinentes.

Do lado orçamentário, temos a descentralização de crédito; do financeiro, a movimentação de

recursos. Guarde: crédito para o lado orçamentário e recurso para o lado financeiro. O crédito

é orçamentário, é uma dotação ou autorização de gasto, e recurso é financeiro, dinheiro ou

saldo de disponibilidade bancária.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 29: DIREITO FINANCEIRO

29 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Dessa forma, em nível federal, o Ministério do Planejamento (incorporado pelo Ministério

da Economia), via Secretaria de Orçamento Federal – SOF é o órgão central responsável pelo

orçamento, enquanto que o Ministério da Fazenda, via Secretaria do tesouro Nacional – STN é

o órgão central responsável pelo financeiro. Registre-se que tanto os créditos orçamentários

quanto os recursos financeiros podem ser movimentados entre unidade gestoras.

Vale destacar que a movimentação de créditos do órgão central de orçamento para os

órgãos setoriais chama-se dotação, enquanto que a movimentação de recursos do órgão

central de programação financeira para os órgãos setoriais é chamada cota.

A movimentação de crédito entre órgãos distintos denomina-se descentralização externa

ou destaque. Já a movimentação de recursos é conhecida como repasse.

A movimentação de crédito de um órgão para as unidades a ele vinculadas, bem como entre

elas, denomina-se descentralização interna ou provisão, ao passo que a movimentação de

recursos é chamada de sub-repasse.

Questão 10 (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Com relação às classificações e técnicas de

execução do orçamento público, julgue o item que se segue.

A transferência de créditos orçamentários de um órgão público a outro órgão que esteja em

ministério ou estrutura administrativa diferente deve ser feita por meio de repasse.

Errado.

Guarde que quando a descentralização de créditos orçamentários envolver unidades ges-

toras de um mesmo órgão, ou seja, quando tivermos uma descentralização interna, temos

uma provisão.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 30: DIREITO FINANCEIRO

30 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Por outro lado, quando a descentralização de créditos orçamentários é realizada entre unida-

des gestoras de órgãos ou entidades de estrutura diferente, temos um destaque.

Questão 11 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Acerca dos mecanismos de exe-

cução do orçamento, julgue o item seguinte.

O órgão público que precisar descentralizar dotações do seu orçamento para unidades ges-

toras de outro órgão público deverá realizar um destaque.

Certo.

Guarde que a movimentação de créditos orçamentários envolve os conceitos de dotação, pro-

visão e destaque.

No caso da dotação, que se refere ao montante de créditos autorizados, temos que ocorre a

provisão quando a descentralização de créditos é interna e o destaque quando a descentrali-

zação de créditos é externa (outro órgão).

Como na questão o órgão público precisa descentralizar dotações do seu orçamento para

unidades gestoras de outro órgão público, ele deve realizar um destaque.

Guarde ainda que nas descentralizações de créditos orçamentários devem ser mantidas

as classificações institucional, funcional, programática e econômica, para que outras unida-

des administrativas executem a despesa orçamentária. Registre-se ainda que essas movi-

mentações ocorrem em tempo real no âmbito do SIAFI.

Questão 12 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Com relação às técnicas de execução financeira

e orçamentária, julgue o item seguinte.

A descentralização de créditos orçamentários deve ser acompanhada da modificação da uni-

dade orçamentária na classificação institucional.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 31: DIREITO FINANCEIRO

31 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Errado.

Na verdade, a descentralização de créditos orçamentários não altera a unidade orçamentária

na classificação institucional. Confira no MCASP, com grifos nossos:

Descentralizações de Créditos OrçamentáriosAs descentralizações de créditos orçamentários ocorrem quando for efetuada movimentação de parte do orçamento, mantidas as classificações institucional, funcional, programática e econômica, para que outras unidades administrativas possam executar a despesa orçamentária. As descen-tralizações de créditos orçamentários não se confundem com transferências e transposição, pois:a. Não modificam a programação ou o valor de suas dotações orçamentárias (créditos adicionais); eb. Não alteram a unidade orçamentária (classificação institucional) detentora do crédito orçamen-tário aprovado na lei orçamentária ou em créditos adicionais.

Guarde, portanto, que a execução orçamentária pode ser definida simplesmente como a utili-

zação dos créditos consignados na Lei Orçamentária Anual – LOA, ou seja, a execução orça-

mentária é a utilização dos CRÉDITOS consignados no orçamento.

Por seu turno, a execução financeira, de modo distinto, representa a utilização de recursos

financeiros, visando atender à realização dos projetos e/ou atividades atribuídas às Unidades

Orçamentárias pelo Orçamento.

Lembre-se que todo o processo orçamentário tem seu rito precípuo estabelecido no artigo 165

da CF/1988 que determina a necessidade do planejamento das ações de governo por meio do:

Plano Plurianual de Investimentos – PPA

Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO

Lei Orçamentária Anual – LOA

As etapas seguintes à publicação da LOA, à nível federal, devem estar em consonância com

as normas de execução orçamentária e de programação financeira da União.

Volto a destacar que após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento

da Despesa (QDD) será definido como sendo um instrumento que detalha, em nível opera-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 32: DIREITO FINANCEIRO

32 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

cional, os subprojetos e subatividades constantes da LOA, especificando as Unidades Orça-

mentárias de cada órgão, fundo ou entidades dos orçamentos fiscal e da seguridade social,

especificando, para cada categoria, a fonte de recursos, a categoria econômica, o grupo de

despesa e a modalidade de aplicação. É o ponto de partida para a execução orçamentária.

De acordo com a Portaria MPOG 42/1999, projeto é um instrumento de programação para

alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no

tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da

ação de governo.

Ainda, a mesma portaria define como atividade um instrumento de programação para

alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam

de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da

ação de governo.

Em termos de União, os valores previstos no Orçamento Público têm as informações orça-

mentárias, fornecidas pela Secretaria de Orçamento Federal, lançadas no SIAFI, por intermé-

dio da geração automática do documento Nota de Dotação – ND, criando-se assim o crédito

orçamentário e, a partir daí, tem-se o início da execução orçamentária propriamente dita.

Nesse sentido, existe no SIAFI uma tabela que vincula cada unidade orçamentária exis-

tente no QDD com uma unidade gestora do SIAFI. Essa unidade gestora será responsável pela

descentralização e/ou pela execução desses créditos recebidos.

O SIAFEM, SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA PARA ESTADOS E

MUNICÍPIOS, por sua vez, é um sistema desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento

de Dados – SERPRO, baseado no SIAFI – Sistema Integrado de Administração Financeira do

Governo Federal, customizado para atender os estados e municípios.

É utilizado para otimizar e uniformizar a execução orçamentária, financeira, patrimonial

e contábil, de forma integrada, minimizando os custos, proporcionando maior transparência,

eficiência e eficácia na gestão dos recursos públicos, facilitando assim a apreciação de con-

tas do Governo pelos Órgãos de Controle Interno do Poder Executivo e de Controle Externo

representados pela Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 33: DIREITO FINANCEIRO

33 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Seguindo adiante, a próxima etapa é a do detalhamento do crédito orçamentário. Esse pro-

cedimento normalmente é efetuado pela unidade gestora responsável pela supervisão funcio-

nal dos atos de execução orçamentária. Existem quatro tipos de detalhamento de crédito no

SIAFI: de fonte de recursos – FR, de natureza da despesa – ND, de Unidade Gestora respon-

sável – UGR e de plano interno – PI, formando em seguida a chamada “célula orçamentária”.

Importante guardar que Executar o Orçamento é, em verdade, realizar as despesas públi-

cas nele previstas, seguindo aqueles três estágios da execução das despesas previstos na Lei

n. 4320/64: empenho, liquidação e pagamento.

Não é demais reforçar que as dotações orçamentárias são classificadas de forma a explici-

tar o montante de recursos empregados nas principais atividades do Estado sob várias óticas.

Caso haja necessidade de criação de dotação ou complementação de dotações existen-

tes, pode-se abrir créditos adicionais, cuja iniciativa é sempre do Presidente da República,

ainda que para os créditos que visem a atender os Poderes Legislativo e Judiciário, bem como

o Ministério Público da União.

As emendas aos orçamentos anuais ou aos créditos adicionais, que deverão ser compatí-

veis com a lei de diretrizes orçamentárias e com o plano plurianual, podem objetivar o acrés-

cimo de dotação orçamentária inicialmente proposta pelo Executivo ou a criação de uma nova

despesa, bem como a redução ou supressão de dotação proposta.

Nos casos de redução ou supressão de dotação proposta, não há, obviamente, necessida-

de de indicação de recursos para atender a emenda. Contudo, nos casos em que o parlamen-

tar deseje aumentar os recursos destinados a determinada despesa, ou criar despesa nova, a

Constituição Federal, observando o princípio do equilíbrio, determina que devem ser indicados

os recursos necessários para o atendimento à emenda, admitidos apenas os provenientes de

anulação de outra despesa, excluídas as que incidam sobre dotações para pessoal e seus

encargos, serviço da dívida e transferências tributárias constitucionais.

Ainda de acordo com a CF/1988 em seu artigo 168 “os recursos correspondentes às do-

tações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos

órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública,

ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, até o dia 20 de cada mês”.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 34: DIREITO FINANCEIRO

34 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

A fim de se evitar o comprometimento de recursos orçamentários que poderiam ficar sem

o correspondente financeiro em virtude de frustração na arrecadação da receita, anualmente,

o Presidente da República tem publicado um decreto de contingenciamento, bloqueando re-

cursos, que passam a não estar disponíveis para empenho até segunda ordem.

Com a entrada da Emenda Constitucional – EC 86/2015, apelidada de “EC do orçamento

impositivo”, tornou obrigatória a execução da programação orçamentária relativas às emen-

das individuais à LOA por parte dos congressistas, sendo que tais emendas serão aprovadas

até 1,2% da Receita Corrente Líquida – RCL prevista no projeto de LOA encaminhado ao Con-

gresso Nacional.

Registre-se que esse apelido não corresponde à realidade, uma vez que apenas uma pe-

quena fatia da LOA passou a ser de execução obrigatória, divergindo assim do conceito dou-

trinário de orçamento impositivo, aquele em que a aprovação da Lei obriga o Executivo a

executar a LOA de forma mais amarrada.

Nesse contexto, merece destaque também a chamada “PEC dos Gastos”, que estabelecer

o “Novo Regime Fiscal” trazendo no artigo 111 do ADCT da nossa CF/1988 que:

Art. 111. A partir do exercício financeiro de 2018, até o último exercício de vigência do Novo Regi-me Fiscal, a aprovação e a execução previstas nos §§ 9º e 11 do art. 166 da Constituição Federal corresponderão ao montante de execução obrigatória para o exercício de 2017, corrigido na forma estabelecida pelo inciso II do § 1º do art. 107 deste Ato das Disposições Constitucionais Transi-tórias.

Mastigando essa informação para você, o que a “PEC dos Gastos” trouxe à baila foi que

a partir de 2018 até o fim do Novo Regime Fiscal, a aprovação e execução das emendas indi-

viduais de execução obrigatória terão como limite o valor do exercício anterior acrescido do

IPCA de 12 meses.

O novo Regime Fiscal também inovou ao constitucionalizar os famosos “restos a pagar”,

uma vez que, até então, os resíduos passivos relativos às despesas empenhadas e ainda não

pagas dentro do mesmo ano, só tinha previsão em legislação infraconstitucional, determi-

nando que os restos a pagar podem ser considerados, até o limite de 0,6% da RCL do ano an-

terior, para fins de cumprimento da execução financeira obrigatória de emendas individuais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 35: DIREITO FINANCEIRO

35 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Execução Financeira

A FASE INICIAL da execução financeira ocorre por meio da programação financeira, adian-

te comentada.

Tenha em mente que a execução financeira representa o fluxo de recursos financeiros

necessários à efetiva realização dos gastos dos recursos públicos para a realização dos pro-

gramas de trabalho definidos, ou seja, a execução financeira representa a utilização dos RE-

CURSOS financeiros para atender à realização dos projetos e atividades atribuídos a cada

unidade.

Importante destacar que, em termos de execução financeira, quando falamos em RECUR-

SO, estamos falando de dinheiro ou saldo de disponibilidade bancária (enfoque da execução

financeira), que tem sentido diferente do termo CRÉDITO, que é dotação ou autorização de

gasto ou sua descentralização (enfoque da execução orçamentária).

Lembrando que, nos termos da Lei n. 4.320/1964, o exercício financeiro é o tempo com-

preendido entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de cada ano, no qual a administração promove

a execução orçamentária e demais fatos relacionados com as variações qualitativas e quan-

titativas que tocam os elementos patrimoniais da entidade ou órgão público.

A movimentação de recursos financeiros é feita de três formas: cota, repasse e sub-repasse.

1) Cota: é a movimentação de recursos financeiros do órgão central para os setoriais de pro-

gramação financeira. Está relacionada com os créditos orçamentários e adicionais, da pers-

pectiva orçamentária.

2) Repasse: é a movimentação de recursos financeiros dos órgãos setoriais de programação

financeira para entidades da administração indireta e de entidades da administração indireta

para órgãos da administração direta. Está relacionada com os destaques de crédito (movi-

mentação externa), da perspectiva orçamentária.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 36: DIREITO FINANCEIRO

36 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

3) Sub-repasse: é a movimentação de recursos financeiros entre unidades gestoras perten-

centes ao mesmo ministério ou órgão. Está relacionada com a provisão de crédito (movimen-

tação interna), da perspectiva orçamentária.

Questão 13 (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) Julgue a assertiva abaixo:

Nos casos em que a descentralização dos recursos financeiros aconteça entre órgãos de

mesma estrutura administrativa, por exemplo, ambos no âmbito do Ministério da Educação,

essa movimentação interna configura um repasse de recursos.

Errado.

Na verdade, descentralização dos recursos financeiros entre órgãos de mesma estrutura ad-

ministrativa configura um sub-repasse de recursos.

Procedidas as demais fases em que as responsabilidades são compartilhadas, encerras-

se o último passo do estágio da despesa, que compreende o pagamento. Ele só será efetuado

quando ordenado após sua regular liquidação.

Quando falamos em dispêndio de recursos financeiros oriundos do Orçamento Geral da

União, importante frisar que se faz exclusivamente por meio de Ordem Bancária – OB, via

Conta Única do Governo Federal, e se destina ao pagamento de compromissos, bem como a

transferência de recursos entre as Unidades Gestoras, tais como liberação de recursos para

fins de adiantamento, suprimento de fundos, cota, repasse, sub-repasse e afins.

Guarde, portanto, que a Ordem Bancária é o único documento de transferência de re-

cursos financeiros.

Em contraste, do lado da entrada dos recursos financeiros, o seu ingresso acontece, nor-

malmente, quando o contribuinte efetua o pagamento de seus tributos por meio de DARF OU

DAE, junto à rede bancária, que deve efetuar o recolhimento dos recursos arrecadados, ao

BACEN, no prazo de um dia.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 37: DIREITO FINANCEIRO

37 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Atualmente, por meio do DARF ou DAE Eletrônico e da GRPS Eletrônica, os usuários do

sistema podem efetuar o recolhimento dos tributos federais e contribuições previdenciárias

diretamente à Conta Única, sem trânsito pela rede bancária.

Seguindo essa linha, uma vez tendo recursos em caixa, começa a fase de saída desses

recursos, para pagamentos diversos. O pagamento entre Unidades Gestoras ocorre mediante

a transferência de limite de saque, que é a disponibilidade financeira da UG on-line, existente

na Conta Única.

Ainda no âmbito da execução financeira, merece destaque a Conta Única do Tesouro Na-

cional, mantida no Banco Central do Brasil, acolhe todas as disponibilidades financeiras da

União, inclusive fundos, de suas autarquias e fundações. Constitui importante instrumento de

controle das finanças públicas, uma vez que permite a racionalização da administração dos

recursos financeiros, reduzindo a pressão sobre a caixa do Tesouro, além de agilizar os pro-

cessos de transferência e descentralização financeira e os pagamentos a terceiros.

O Decreto-Lei n. 200, de 25 de fevereiro de 1967, que promoveu a organização da Adminis-

tração Federal e estabeleceu as diretrizes para Reforma Administrativa, determinou ao Minis-

tério da Fazenda que implementasse a unificação dos recursos movimentados pelo Tesouro

Nacional, através de sua Caixa junto ao agente financeiro da União, de forma a garantir maior

economia operacional e a racionalização dos procedimentos relativos a execução da progra-

mação financeira de desembolso.

Tal determinação legal só foi integralmente cumprida com a promulgação da Constitui-

ção de 1988, quando todas as disponibilidades do Tesouro Nacional, existentes nos diver-

sos agentes financeiros, foram transferidas para o Banco Central do Brasil, em Conta Única

centralizada, exercendo o Banco do Brasil a função de agente financeiro do Tesouro, sendo

operacionalizada no SIAFI.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 38: DIREITO FINANCEIRO

38 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

SIAFICONTA ÚNICA

RECOLHIMENTOS

RECEBIMENTOS

PAGAMENTO

PAGAMENTOS

PAGAMENTOS / RECEBIMENTOS EXTERNOS

GOVERNO

BANCO

EMPRESA

ENTIDADES EXTERNAS

Registre-se ainda que regras dispondo sobre a unificação dos recursos do Tesouro Nacio-

nal em Conta Única também foram estabelecidas pelo Decreto n.. 93.872/86.

Ainda no âmbito da execução orçamentária e financeira, merece destaque a figura do Or-

denador de Despesas, que é aquela autoridade responsável pela emissão de empenho, auto-

rização de pagamento, suprimento ou dispêndio, conforme dispõe o § 1º do artigo n. 80 do

Decreto-Lei n. 200/1967.

Em outras palavras, o Ordenador de Despesas tem como atribuições movimentar créditos

orçamentários, empenhar despesa e efetuar pagamentos.

1.7. AvAliAção e Controle

Superada a fase de execução, cabe agora ao Poder Executivo a obrigação de dar publici-

dade da execução orçamentária até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, sub-

metendo todo o processo à avaliação da sociedade.

Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arreca-

de, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens ou valores públicos, ou sobre os quais a

União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. A mes-

ma ideia é válida para Estados, DF e Municípios.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 39: DIREITO FINANCEIRO

39 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Confira a literalidade do parágrafo único do artigo 70 da CF/1988:

Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

Em termos de União, o Presidente deverá prestar contas ao Congresso Nacional, anual-

mente, até sessenta dias (60 dias) após o início da sessão legislativa. Se as contas do Presi-

dente da República não forem apresentadas ao Congresso Nacional até sessenta dias após a

abertura da sessão legislativa, a Câmara dos Deputados deverá proceder à tomada de contas.

Quer as contas do Presidente da República sejam apresentadas espontaneamente no pra-

zo constitucional, quer sejam tomadas pela Câmara dos Deputados, dentro de sessenta dias

após o seu recebimento, o Tribunal de Contas da União deverá apreciá-las mediante parecer

prévio. O parecer prévio será encaminhado de volta ao Congresso Nacional.

Entramos agora em um tema relevante para o Direito Financeiro e para AFO: a fiscalização

e o controle orçamentário.

Podemos dizer que a avaliação orçamentária integra o controle orçamentário, consistindo

em uma análise da eficácia e da eficiência das ações realizadas, servindo também para ava-

liar os responsáveis da gestão no que diz respeito ao alcance dos objetivos e maximização

da utilização dos recursos públicos.

Quando falamos em análise da eficiência, avalia-se a medida da relação entre os recursos

efetivamente utilizados para a realização de uma meta para um projeto, atividade ou progra-

ma frente a padrões estabelecidos.

Por outro lado, quando falamos em análise da eficácia, avalia-se a medida do grau de alcance

das metas fixadas para um determinado projeto, atividade ou programa em relação ao previsto.

Temos ainda a avaliação da efetividade, que é relação entre os resultados alcançados

(impactos observados) e os objetivos (impactos esperados) que motivaram a atuação insti-

tucional. A efetividade possibilita que seja verificado se um dado programa produziu efeitos

no ambiente externo em que interveio, em termos econômicos, técnicos, socioculturais, ins-

titucionais ou ambientais.

Em suma, de acordo com Alexandre Marinho e Luis Otávio Façanha:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 40: DIREITO FINANCEIRO

40 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

a efetividade diz respeito à capacidade de se promover resultados pretendidos; a eficiência deno-taria competência para se produzir resultados com dispêndio mínimo de recursos e esforços; e a eficácia remete a condições controladas e a resultados desejados de experimentos, critérios que, não se aplicam automaticamente às características e realidade dos programas sociais.

No âmbito do controle, merece destaque fiscalização orçamentária financeira do Estado,

que possui caráter político no sentido de impedir que o Poder Executivo exceda os créditos

que lhe foram concedidos, o desperdício dos recursos públicos e a dilapidação do patrimônio

público, mas sem atrasar/parar a execução orçamentária para não prejudicar vida da popu-

lação e do próprio Estado.

Nessa mesma linha pensa o Doutrinador Kiyoshi Harada, que disse:

a fiscalização e controle orçamentário serve justamente para coibir abusos do poder público no que se refere ao dinheiro público e sua destinação dentro da melhor destinação e com responsa-bilidade.

A fundamentação legal da fiscalização dos Controles Interno e Externo tem sede no artigo

70 da CF/1988, cujo objeto de análise tem três elementos distintos: legalidade, legitimidade e

economicidade no que diz respeito à despesa pública. Confira a literalidade que pode apare-

cer em sua prova:

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Vale destacar que o foco dessa fiscalização é contábil, financeiro, orçamentária, opera-

cional e patrimonial da Fazenda Pública do Estado, nas três esferas: federal, estadual e mu-

nicipal.

A fiscalização com foco no aspecto da legalidade visa verificar se a despesa está acordo

com as normas previstas na Constituição, na Lei n. 4.320/1964 e na Lei de Responsabilidade

Fiscal.

A fiscalização operacional é relacionada ao procedimento de arrecadação e liberação

de verbas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 41: DIREITO FINANCEIRO

41 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Vale destacar, na fiscalização financeira, a verificação da entrada e da saída de dinheiro,

enquanto que a orçamentária fiscaliza a correta execução do orçamento.

Já a fiscalização patrimonial está relacionada à própria execução orçamentária no senti-

do de mudanças patrimoniais, sendo que as alterações patrimoniais devem ser fiscalizadas

permanentemente pelo Estado.

Sob o ponto de vista da legitimidade verifica-se se houve eficiência do gasto em atender

as necessidades públicas, conferindo se a despesa atingiu o bem jurídico valorado pela nor-

ma ao autorizá-la.

Quando a fiscalização é feita para a avaliar o nível de economicidade alcançado, confere-

-se se despesa foi realizada com o menor custo possível, se houve a melhor relação custo/

benefício para alcançar a finalidade pretendida.

Nessa toada, a CMO – Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização

examinará e emitirá parecer sobre as contas e o Plenário do Congresso Nacional deliberará

sobre sua aprovação. Não há prazo legal para apreciação das contas pelo Congresso.

As contas podem ser aprovadas ou rejeitadas. Se for rejeitada, o Senado Federal irá pro-

cessar e julgar o Presidente da República, funcionando como presidente, o do Supremo Tribu-

nal Federal, exigindo-se quórum de dois terços dos votos do Senado.

Tanto a nossa Carta Magna quanto a própria Lei n. 4.320/1964 determinam a coexistência

de dois sistemas de controle: interno e externo. O controle interno é aquele realizado pelo ór-

gão no âmbito da própria Administração, do próprio Poder, dentro de sua estrutura. O controle

externo é aquele realizado por uma instituição independente e autônoma.

Veja o dispositivo da Lei n. 4.320/1964:

Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá:I – a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;II – a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos;III – o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de re-alização de obras e prestação de serviços.

De acordo com o próprio site do Ministério do Planejamento e Orçamento, que foi incor-

porado pelo Ministério da Economia, “a fiscalização do Orçamento Público é realizada oficial-

mente de duas formas: pelos controles interno e externo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 42: DIREITO FINANCEIRO

42 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Pelo Controle Interno, quando o controle é feito pelos órgãos do próprio Poder Executivo,

especialmente pela Controladoria-Geral da União (CGU) e, ainda, cada Ministério possui um

Assessor de Controle Interno, vinculado tecnicamente à CGU.

O controle interno tem previsão constitucional no artigo 74 da CF/1988, e consiste em um

sistema integrado de fiscalização dos três Poderes com o objetivo de apoiar o controle exter-

no em sua missão institucional.

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orça-mentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e have-res da União;IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.

Veja agora os principais pontos da Lei n. 4.320/1964 acerca também do controle interno:

1) O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle: legalidade, fidelidade funcional e

cumprimento do programa de trabalho, sem prejuízo das atribuições do Tribunal de Contas

ou órgão equivalente.

2) O órgão incumbido da elaboração da proposta orçamentária ou a outro indicado na

legislação, caberá o controle estabelecido no cumprimento do programa de trabalho. Esse

controle far-se-á, quando for o caso, em termos de unidades de medida, previamente estabe-

lecidos para cada atividade.

3) No que diz respeito à verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária,

guarde que ela deve ser prévia, concomitante e subsequente.

4) No que diz respeito à prestação ou tomada de contas anual, quando instituída em lei,

ou por fim de gestão, poderá haver, a qualquer tempo, levantamento, prestação ou tomada de

contas de todos os responsáveis por bens ou valores públicos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 43: DIREITO FINANCEIRO

43 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

5) É da competência dos serviços de contabilidade ou órgãos equivalentes verificar a exa-

ta observância os limites das cotas trimestrais atribuídas a cada unidade orçamentária, den-

tro do sistema que for instituído para esse fim.

Guarde ainda que, ao tomar conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, o

responsável pelo controle interno deve comunicar o TCU ou ao Tribunal de Contas do Estado,

Município ou dos Municípios, sob pena de responsabilidade solidária do chefe do Poder que

se omitiu a esse respeito.

De acordo com Tathiane Piscitelli, deverão ser verificados:

a) o cumprimento das metas previstas pelo Plano Plurianual, a execução dos programas

de governo e dos orçamentos da União;

b) a legalidade e resultados, quanto à eficácia e à eficiência, relativos aos gastos públicos

realizados por órgãos e entidades federais e também referentes à aplicação de recursos pro-

venientes de subvenções; e

c) o cumprimento dos limites e condições de operações de crédito, avais e garantias, além

de direitos e deveres da União.

O controle da execução orçamentária, previsto na Lei n. 4.320/1964, estabelece três tipos de

controle orçamentário:

1) o de legalidade dos atos (prévio, concomitante ou subsequente);

2) da fidelidade funcional dos agentes públicos; e

3) o cumprimento do programa orçamentário.

Questão 14 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/TÉCNICO/2018) Em relação à atuação contábil, fi-

nanceira e orçamentária da União, julgue o item que se segue.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 44: DIREITO FINANCEIRO

44 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário devem manter, de forma integrada, sistema

de controle interno, com a finalidade de avaliar o cumprimento das metas previstas no plano

plurianual e a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.

Certo.

Assertiva de acordo com o artigo 74 da Constituição Federal, que trata do controle interno.

Confira, com grifos nossos:

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orça-mentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e have-res da União;IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Pelo Controle Externo, a nível federal, que é exercido pelo Poder Legislativo, com o auxílio

do Tribunal de Contas da União (TCU).

Registre-se que nos outros entes que integram o nosso Brasil, o controle externo é exer-

cido de forma similar, aplicando as disposições federais naquilo que couber.

Nessa toada, para os estados, cabe a sua realização à Assembleia Legislativa, com auxílio

do TCE (Tribunal de Contas do Estado).

Já em âmbito municipal, é exercido pela Câmara Municipal, com auxílio também do TCE

– Tribunal de Contas do Estado (regra geral) ou do Tribunal de Contas do Município (São

Paulo- TCM-SP e Rio de Janeiro – TCM-RJ) ou, quando for o caso, do Tribunal de Contas dos

Municípios, no caso da Bahia – TCM-BA, Pará – TCM-PA e Goiás – TCM-GO.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 45: DIREITO FINANCEIRO

45 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Da mesma forma, no DF o Controle Externo é exercido pela Câmara Legislativa com o au-

xílio do TCDF – Tribunal de Contas do Distrito Federal.

Confira na diretamente na CF/1988:

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer pré-vio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;II – julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores pú-blicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e man-tidas pelo poder público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer tí-tulo, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo poder público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das con-cessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;IV – realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão téc-nica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, opera-cional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;V – fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;VI – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acor-do, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;VII – prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;VIII – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;IX – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cum-primento da lei, se verificada ilegalidade;X – sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;XI – representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as me-didas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 46: DIREITO FINANCEIRO

46 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

§ 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades.

A nível federal, nós já temos consciência que é do Poder Legislativo a responsabilidade

pela realização do controle externo, com o auxílio do Tribunal de Contas da União, cujas fun-

ções estão delineadas no artigo 71 e 49, X, da CF/1988.

A fiscalização externa por parte do Congresso Nacional se dá especialmente por uma co-

missão mista permanente de Senadores e Deputados, que nos termos do artigo 166 § 1º da

CF/1988, é constituída para examinar e emitir pareceres sobre os projetos das leis orçamen-

tárias e as contas apresentadas pelo Presidente da República e, também acerca dos planos

e programas previstos na Magna Carta, com acompanhamento e fiscalização das gestões

orçamentárias respectivas.

Vale destacar essa Comissão Mista, no exercício de suas atividades, poderá verificar in-

dícios de despesas não autorizadas e, nessa situação, de acordo com o artigo 72, caput, da

CF/1988, poderá solicitar esclarecimentos à autoridade responsável.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 47: DIREITO FINANCEIRO

47 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Entretanto, caso os esclarecimentos solicitados não sejam prestados, ou considerados

insuficientes, a Comissão Mista encaminha o caso para o TCU, a quem será solicitado que, no

prazo de 30 dias, se pronuncie conclusivamente sobre o assunto. Caso o TCU entenda que a

despesa é irregular, a Comissão Mista poderá propor ao Congresso Nacional sua sustação,

desde que possa causar “dano irreparável ou grave lesão à economia pública”, como consta

o artigo 72, § 1º, § 2 º da CF/1988.

Confira a literalidade que pode aparecer em sua prova:

Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de despe-sas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários.§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação.

Vamos agora conhecer um pouco mais sobre o TCU no artigo 73 da nossa CF/1988:

Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96. .§ 1º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfa-çam os seguintes requisitos:I – mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;II – idoneidade moral e reputação ilibada;III – notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública;IV – mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os co-nhecimentos mencionados no inciso anterior.§ 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:I – um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois alterna-damente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento;II – dois terços pelo Congresso Nacional.§ 3º Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impe-dimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 48: DIREITO FINANCEIRO

48 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

§ 4º O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regio-nal Federal.

Perceba que o TCU, mesmo sendo um órgão que auxilia o Congresso Nacional no Controle

Externo, possui atribuições constitucionais próprias, as quais não dependem de autorização

ou necessariamente de provocação do Poder Legislativo.

Fique atento(a) ao fato de que compete ao TCU apreciar (e não julgar) as contas pres-

tadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio (inciso I). Ou

seja, é da competência exclusiva do Congresso Nacional julgar anualmente as con-

tas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução

dos planos de governo. Para os demais administradores e responsáveis por dinheiros, bens e

valores públicos compete ao TCU o julgamento das contas (inciso II).

Importante chamar a sua atenção também ao fato de que, no caso de contrato, o ato de

sustação será adotado diretamente pelo CN – Congresso Nacional, que solicitará, de imedia-

to, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. Todavia, se o CN ou o Poder Executivo, no prazo

de 90 dias, não efetivar as medidas cabíveis, o Tribunal decidirá a respeito

Devemos guardar também que as decisões do TCU resultarem imputação de débito ou

multa têm eficácia de título executivo extrajudicial, e assim, a dívida passa a ser líquida e certa.

Importante registrar que de acordo com o artigo 75 da nossa CF/1988, as normas esta-

belecidas em sua seção IX, “DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA”,

se aplicam no que couber à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas

dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Muni-

cípios. Confira:

Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, com-posição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 49: DIREITO FINANCEIRO

49 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Vamos os principais pontos na Lei n. 4.320/1964 sobre o Controle Externo:

1) O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por objetivo verificar

a probidade da administração, a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e o cumpri-

mento da Lei de Orçamento.

2) O Poder Executivo, anualmente, prestará contas ao Poder Legislativo, no prazo estabe-

lecido nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios.

3) As contas do Poder Executivo serão submetidas ao Poder Legislativo, com Parecer pré-

vio do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.

4) Quando, no Município não houver Tribunal de Contas ou órgão equivalente, Câmara de

Vereadores poderá designar peritos contadores para verificarem as contas do prefeito e sobre

elas emitirem parecer.

Existe também o Controle Social, que é realizado pela sociedade, tanto nos espaços ins-

titucionais de participação, como Conselhos e Conferências, quanto nos espaços de articula-

ção da própria sociedade, como nas Redes e Fóruns”.

Podemos dizer que Controle Social é a integração da sociedade com a administração pú-

blica, com a finalidade de solucionar problemas e as deficiências sociais com mais eficiência.

Assim, em sendo o controle social a efetiva participação do cidadão na gestão pública,

acaba sendo um mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento da cidadania.

No Brasil, a preocupação em se estabelecer um controle social forte e atuante torna-se ain-

da maior, em razão da sua extensão territorial e do grande número de municípios que possui.

Nessa toada, o controle social revela-se como complemento indispensável ao controle

institucional, exercido pelos órgãos fiscalizadores.

Entretanto, para que os cidadãos possam desempenhá-lo de maneira eficaz, é necessário que

sejam mobilizados e recebam orientações sobre como podem ser fiscais dos gastos públicos.

Além da grande extensão territorial do nosso país, a descentralização geográfica dos ór-

gãos públicos integrantes dos diversos níveis federativos – União, estados, Distrito Federal

e municípios também requer atenção especial, e por isso, a fiscalização da aplicação dos

recursos públicos precisa ser feita com o apoio da sociedade.

Essa participação é importante porque contribui para a boa e correta aplicação dos

recursos públicos, fazendo com que as necessidades da sociedade sejam atendidas de

forma eficiente.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 50: DIREITO FINANCEIRO

50 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Em termos Orçamentários, o Controle social deve ocorrer tanto no planejamento como na

execução orçamentária.

Registre-se que a sociedade deve participar não apenas da elaboração dos instrumentos

de planejamento (PPA, LDO e LOA), mas, inclusive, do processo de apreciação e votação nas

casas legislativas.

A sociedade deve se organizar para participar da gestão desses recursos, em conjunto

com os agentes públicos.

Nosso ordenamento jurídico estabelece algumas regras para que as despesas não se

realizem arbitrariamente. Essas regras estão contidas, principalmente, na Lei das Finanças

Públicas, a Lei n. 4.320/1964, na Lei das Licitações, a Lei n. 8.666/1993 e na Lei de Respon-

sabilidade Fiscal, a Lei Complementar n. 101/2000.

Por isso, após participar da elaboração das peças orçamentárias, a sociedade deve acom-

panhar de perto a execução das despesas públicas, para evitar desvio e desperdício dos re-

cursos públicos.

Veja o resumo a seguir:

Importante lembrar que o ciclo orçamentário foi afetado pela EC 95/2016, que instituiu o

NOVO REGIME FISCAL. Após a sua entrada em vigor, durante a elaboração da LOA, na mensa-

gem presidencial devem ser demonstrados os valores máximos de programação compatíveis

com os limites individualizados. Além disso, na execução da LOA fica vedada a abertura de

crédito suplementar ou especial que amplie o montante total autorizado de despesas pri-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 51: DIREITO FINANCEIRO

51 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

márias que na LOA, sujeitas aos limites individuais, não podem exceder os valores máximos

constantes da mensagem presidencial.

1.8. prAzos do CiClo orçAmentário

Vale deixar registrado que os prazos inerentes ao ciclo orçamentário estão dispostos no

artigo 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da nossa CF/1988,

abaixo transcritos com grifos nossos:

§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obede-cidas as seguintes normas:I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do man-dato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro pe-ríodo da sessão legislativa;III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerra-mento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 52: DIREITO FINANCEIRO

52 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Registre-se ainda que, para os Estados, DF e Municípios, valem os prazos dispostos res-

pectivamente nas suas Constituições Estaduais e nas Leis Orgânicas. Veja abaixo, a título de

exemplo, os prazos do Estado de Minas Gerais:

Ainda no que diz respeito aos prazos do Ciclo Orçamentário, é importante registrar que

caso o Congresso Nacional não receba a proposta orçamentária no prazo fixado, caberá ao

mesmo apreciar novamente o orçamento em vigência e já em execução como se fosse uma

nova proposta orçamentária.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 53: DIREITO FINANCEIRO

53 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Como os prazos do Ciclo Orçamentário ainda tem uma regulação provisória via ADCT, em fun-

ção da necessidade ainda não satisfeita de se editar uma Lei Complementar específica para

regular, dentre outras coisas, os mencionados prazos, vivemos hoje, em matéria orçamentá-

ria, a possibilidade de termos algumas incongruências.

Repare que no 1º ano de mandato de um Chefe do Poder Executivo a LDO para o ano se-

guinte é aprovada até o fim da primeira sessão legislativa ainda no primeiro semestre, ou seja,

antes do envio do PPA, que pode ser enviado até 31/08, não havendo neste primeiro ano de

envio e segundo de execução a integração com o PPA.

Outra possível fonte de descoordenação pode ocorrer nesse mesmo ano, com PPA sendo

enviado e aprovado nos mesmos prazos da LOA, o que possibilita que a LOA seja aprovada no

prazo correto e o PPA não, fazendo com que a LOA do segundo exercício do mandato presi-

dencial possa ser executada antes da aprovação do PPA que a orientaria.

2. instrumentos de plAnejAmento

2.1. introdução

Vamos agora conhecer os Instrumentos de Planejamento e Orçamento, também denomi-

nados de Leis Orçamentárias, utilizados na implantação das Políticas Públicas do nosso país.

O artigo 165 da CF/1988 nos revela os três principais instrumentos orçamentários de pla-

nejamento utilizados na implantação das Políticas Públicas:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:I – o plano plurianual;II – as diretrizes orçamentárias;III – os orçamentos anuais.

Assim, o Orçamento Público é chamado no inciso III de “orçamentos anuais”, também

conhecido como LOA (Lei Orçamentária Anual).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 54: DIREITO FINANCEIRO

54 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Nesse contexto, os instrumentos de planejamento e orçamento da Constituição Fe-

deral são:

1) O Plano Plurianual – PPA;

2) A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO; e

3) Lei Orçamentária Anual – LOA.

LOA

LEIS ORÇAMENTÁRIAS

PPA LDO

Esses instrumentos são, na verdade, as leis orçamentárias que regulam, cada uma delas

com especificidades e escopos próprios, o planejamento e o orçamento dos entes públicos

nas 3 esferas de governo.

No âmbito de cada ente, essas leis constituem etapas distintas, porém integradas, de for-

ma que permitam um planejamento estrutural das ações governamentais.

“Professor, qual a relação entre PPA, LDO e LOA”?

Veja na figura abaixo o sentido da seta para visualizar a influência de cada uma em termos

de integração:

LOA – LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL

PPA – PLANO PLURIANUAL

LDO – LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

Resumidamente, tenha em mente que o PPA, juntamente com a LDO e a LOA são leis insti-

tuídas pelo artigo 165 da nossa Carta Magna de 1988, cabendo ao PPA estabelecer diretrizes

de médio prazo (quatro anos).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 55: DIREITO FINANCEIRO

55 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

A LDO, que deve ser compatível com o PPA, estabelece, entre outros, o conjunto de metas e

prioridades da Administração Pública Federal e orienta a elaboração da LOA para o ano seguinte.

A LOA, que deve ser compatível com o PPA e com a LDO, contempla os orçamentos fiscal,

da seguridade social e de investimentos das estatais.

A INTEGRAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO

PPA

LDO

LOA

Orientação estratégica, diretrizes, priorida-des e metas.

Prioridades e metas que orientarão a elabora-ção do orçamento.

Dimensão financeira anual.

A palavra chave aqui é INTEGRAÇÃO!

Questão 15 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) O orçamento público, um instrumento fun-

damental de governo, constitui o principal documento de políticas públicas. A respeito desse

assunto, julgue o seguinte item.

O processo orçamentário brasileiro está baseado em instrumentos de curto prazo — a lei or-

çamentária anual (LOA) e a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) — e em instrumento de médio

prazo — o plano plurianual (PPA) —; todos perfeitamente integrados entre si.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 56: DIREITO FINANCEIRO

56 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Certo.

Realmente, a LOA e a LDO, que abrangem o período de um ano, podem ser considerados ins-

trumentos de curto prazo, enquanto o PPA, que abrange o período de 4 anos, é considerado

um instrumento de médio prazo, estando esses 3 instrumentos orçamentários integrados nos

termos da própria CF/1988.

Vamos conhecer um pouco mais acerca de cada um desses importantes instrumentos!

2.2. ppA (plAno pluriAnuAl)

O Plano Plurianual (PPA) é um instrumento previsto no artigo 165 da Constituição Federal

destinado a organizar e viabilizar a ação pública, com vistas a cumprir os fundamentos e os

objetivos da República, servindo como instrumento de planejamento de médio prazo do Go-

verno Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas

da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e

para as relativas aos programas de duração continuada.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 57: DIREITO FINANCEIRO

57 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

DICANesse contexto, guarde para o PPA o mnemônico DOM – Di-retrizes, Objetivos e Metas.

Entenda por Diretrizes a ideia de que o PPA tem um condão abrangente e estratégico, ser-

vindo de plano de voo para os próximos 4 anos.

Já em relação aos Objetivos, a ideia é que o PPA verbalize o que precisas ser modificado,

ou seja, o que a implementação do PPA deseja para o país.

Finalmente, as Metas “tornam as diretrizes e os objetivos menos subjetivos, ou seja, tra-

duzem-nos em aspectos mais quantitativos ou qualitativos, a depender das especificidades

de cada caso.

Importante destacar que o PPA federal não contempla Diretrizes, Objetivos e Metas das

demais esferas de governo, já que cada ente possui seu respectivo PPA.

Importante destacar ainda que enquanto o PPA tem duração de 4 anos, durante a sua

vigência serão elaboradas uma LDO e uma LOA a cada ano, ou seja, 4 LDOs e 4 LOAs que pre-

cisam ser compatíveis com o respectivo PPA.

Nessa pegada, guarde que a vigência do PPA é de quatro anos, mas inicia-se no segundo

exercício financeiro do mandato do chefe do executivo e terminando no primeiro exercício fi-

nanceiro do mandato subsequente, devendo ser enviado até 31 de agosto do primeiro exercício.

O tempo de vigência de um PPA não coincide com o mandato do chefe do Executivo, já que

o PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entra em vigor no segundo ano, somente se

encerrando no fim do primeiro ano do governo seguinte.

Questão 16 (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue o item a seguir.

O período de vigência do PPA compreende o início do segundo ano de mandato do presidente

da República até o final do primeiro ano financeiro do mandato presidencial subsequente.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 58: DIREITO FINANCEIRO

58 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Certo.

Está de acordo com o disposto no artigo 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitó-

rias – ADCT da nossa CF/1988, conforme abaixo:

§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obede-cidas as seguintes normas:I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do man-dato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;

Por meio do PPA, é declarado o conjunto das políticas públicas, em termos macro, do

governo para um período de quatro anos e os caminhos trilhados para viabilizar as metas

previstas, construindo um Brasil melhor.

O PPA orienta o Estado e a sociedade no sentido de viabilizar os objetivos da República. O

Plano apresenta a visão de futuro para o País, macro desafios e valores que guiam o compor-

tamento para o conjunto da Administração Pública Federal.

Em outras palavras, podemos dizer que no PPA o governo declara e organiza sua atuação,

a fim de elaborar e executar políticas públicas necessárias. O Plano permite também, que a

sociedade tenha um maior controle sobre as ações concluídas pelo governo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 59: DIREITO FINANCEIRO

59 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Importante ter em mente que as despesas de capital a que se refere o PPA são aquelas

que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como, por

exemplo, a construção ou ampliação de um aeroporto.

Atente ao significado do termo, “e outras delas decorrentes”, que tem relação com o fato

de que as despesas de capital acabam gerando despesas correntes ainda dentro do perío-

do de vigência do PPA. Aprenderemos durante o curso que despesas correntes são as que

não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como as

despesas com pessoal, encargos sociais, custeio, manutenção etc. Usando o exemplo da

construção de um aeroporto, após a sua conclusão, teremos diversos gastos com sua manu-

tenção, ou seja, gastos decorrentes da despesa de capital que foi a construção do aeroporto.

Assim, guarde que tanto a construção do aeroporto (despesa de capital) quanto o custeio

com sua manutenção durante a vigência do PPA (despesa corrente relacionada à de capital)

devem constar nesse PPA.

Por sua vez o conceito de programas de duração continuada no âmbito da CF/1988, em

termos de PPA, é ambíguo. Repare que se excluirmos os programas governamentais que tem

prazo de conclusão (investimentos), qualquer outra ação pode, em tese, ser considerada de

duração continuada. Assim, deve-se aplicar uma interpretação restritiva de modo a conside-

rar somente ações finalísticas, não considerando, assim, às relacionadas atividades-meio.

Falando em investimentos, importante destacar que em AFO e Direito Financeiro o seu

significado é diferente do que estamos acostumados em nosso dia a dia, que tem a ver com

aplicação financeira ou com abrir algum negócio. Em nossa matéria, investimentos são um

tipo de despesa de capital que engloba despesas com softwares e com o planejamento e

a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à reali-

zação destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanen-

te, como no caso da construção de um aeroporto.

O Plano Plurianual -PPA deve ser elaborado de forma regionalizada, ou seja, esse instru-

mento central de planejamento deve servir promover, de maneira integrada, oportunidades

de investimentos que sejam definidas a partir das realidades regionais e locais, levando a um

desenvolvimento mais equilibrado entre as regiões do País.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 60: DIREITO FINANCEIRO

60 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Ainda no âmbito do PPA, é interessante que saiba que PPA é adotado como referência para os

demais planos e programas nacionais, regionais e setoriais, como o artigo 165 da CF/1988,

assim determina (com grifos nossos):

§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.

Importante destacar que o significado de planos e programas nacionais, regionais e setoriais

de desenvolvimento, elaborados em consonância com o PPA, é diferente daqueles progra-

mas da estrutura programática, que estudamos na classificação da Despesa Pública, já que,

em verdade, os programas nacionais, regionais e setoriais muitas vezes têm duração supe-

rior ao PPA, já que são de longo prazo, como é o caso do Plano Nacional de Educação (Lei

13.005/2014 – PNE 2014-2024), cuja duração é de 10 anos.

Assim, de acordo com a CF/1988 e com a sua banca examinadora, em tese, tais planos e

programas, mesmo que de duração superior, devem ser elaborados em consonância com o

PPA, de duração inferior. Na prática, vale a lei que for sancionada primeiro, ou seja, no exemplo

do PNE, ele foi elaborado em consonância com o PPA 2012-2015 da época, mas, após sancio-

nado, passou a condicionar os PPAs seguintes, como o PPA 2016-2019.

Questão 17 (CESPE/ENAP/TÉCNICO/2015) Julgue:

Conforme determinação da CF, o plano plurianual deve ser elaborado em consonância com os

planos e programas nacionais, regionais e setoriais. A explicação para essa vinculação reside

no fato de que tais planos e programas apresentam maior duração e são mais específicos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 61: DIREITO FINANCEIRO

61 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Errado.

O CESPE inverteu as coisas! São os planos e programas nacionais, regionais e setoriais que

devem ser elaborados em consonância com o PPA!

A Lei n. 13.971/2019, publicada em 27/12/2019, a lei do PPA para o período 2020 a 2023.

2.3. ldo (lei de diretrizes orçAmentáriAs)

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), assim como o PPA surgiu com a CF/1988 e tem

primordial função o estabelecimento dos parâmetros necessários à alocação dos recursos no

orçamento anual, de forma a garantir, dentro do possível, a realização das metas e objetivos

contemplados nos programas do plano plurianual. Veja a sua literalidade, de acordo com o

artigo 165 da CF/1988, com grifos nossos:

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pú-blica federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e esta-belecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 62: DIREITO FINANCEIRO

62 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Veja agora o papel da LDO de modo esquematizado:

LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – LDO

Duração da LDO 2º semestre Ano subsequenteAproximadamente 18 meses

Orienta a LOA

Alterações na legislação tribu-tária

Conteúdo principal: metas e prioridades, incluindo despesas de capital para o exercício sub-sequente

Instrumento de planejamentoPolítica de aplicação das agências oficiais de fomentoLDO

A LDO é o elo entre o PPA e a LOA!

O papel da LDO é ajustar as ações de governo previstas no PPA, às reais possibilidades

de caixa do Tesouro Nacional, fazendo o “meio campo” entre o planejamento estratégico de

médio prazo (PPA) e o planejamento operacional (LOA).

De acordo com a Constituição, a LDO deve, no mínimo, identificar os seguintes itens:

• Estabelecer as metas e prioridades da administração, incluindo as despesas de capital

previstas para o exercício seguinte;

• Estabelecer critérios para elaboração da lei orçamentária anual, explicando onde serão

feitos os maiores investimentos, o valor que caberá ao Legislativo, o percentual para aber-

tura de créditos suplementares e outras informações prévias sobre o futuro Orçamento;

• Estabelecer as alterações programadas na legislação tributária, informando quais as

medidas que pretende aplicar na política de tributos;

• Estabelecer os critérios que pretende implantar na política de Pessoal, na lei de cargos

e salários, no ordenamento salarial, na reestruturação de carreiras etc. Importante res-

saltar que serão nulas as despesas de pessoal não previstas na LDO.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 63: DIREITO FINANCEIRO

63 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Importante destacar também que o prazo para encaminhamento da LDO ao Congresso

Nacional é de oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro, ou seja, pre-

cisa ser enviada até o dia 15 de abril de cada ano, devendo a devolução ao Poder Executivo

ocorrer até o fim do primeiro período da sessão legislativa, ou seja, 17 de julho, pois a sessão

legislativa não pode ser interrompida sem a sua aprovação.

A Lei de Responsabilidade Fiscal- LRF ampliou a importância da LDO, determinando a

previsão de várias outras situações, além das previstas na Constituição. São elas:

• Estabelecer critérios para congelamento de dotações, quando as receitas não evoluí-

rem de acordo com a estimativa orçamentária;

• Estabelecer controles operacionais e suas regras de atuação para avaliação das ações

desenvolvidas ou em desenvolvimento;

• Estabelecer as condições de ajudar ou subvencionar financeiramente instituições pri-

vadas, fornecendo o nome da instituição, valor a ser concedido, objetivo etc. Impor-

tante ressaltar que serão nulas as subvenções não previstas na LDO, excluindo casos

de emergência;

• Estabelecer critérios para início de novos projetos, após o adequado atendimento dos

que estão em andamento;

• Estabelecer o percentual da receita corrente líquida a ser retido na peça orçamentária,

como Reserva de Contingência.

Além do estabelecimento e definição dos itens acima, a LDO deverá ser acompanhada do

chamado ANEXO DE METAS FISCAIS e do ANEXO DE RISCOS FISCAIS – ARF.

Questão 18 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Com relação ao orçamento público brasileiro,

julgue o item que se segue.

A lei de diretrizes orçamentárias deve prever medidas a serem tomadas nos casos de passi-

vos contingentes capazes de afetar as contas públicas, caso se materializem.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 64: DIREITO FINANCEIRO

64 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Certo.

Com o advento da LRF, a LDO ganhou mais atribuições, com destaque para o Anexo de Riscos

Fiscais, onde são avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as

contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se materializem.

A Lei n. 13.898/2019, publicada em 11/11/2019, é a LDO para ano de 2020.

2.4. loA (lei orçAmentáriA AnuAl)

A LOA (LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL) é o orçamento público propriamente dito.

A princípio parece estranho que um orçamento seja uma lei... afinal, frequentemente te-

mos contato com o orçamento em nosso dia a dia como algo informal, tipo quando precisa-

mos consertar algo e pedimos um orçamento ou quando fazemos o orçamento de uma festa

ou o próprio orçamento de uma família. Entretanto, quando se trata de dinheiro público, exis-

tem uma séria de regras para o seu uso e elas precisam estar previstas na legislação. Assim,

esse é um dos principais objetivos do nosso estudo: conhecer tais regras, já que elas serão

cobradas em prova.

Para começo de conversa, guarde que a LOA deve conter exclusivamente duas matérias:

previsão de receita e fixação de despesa. Entretanto, a título de exceção, são admitidas auto-

rizações para créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por ARO – Antecipa-

ção de Receita Orçamentária (Princípio orçamentário constitucional da exclusividade).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 65: DIREITO FINANCEIRO

65 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

A LOA funciona como instrumento de planejamento operacional, expressando a alocação

de recursos públicos, sendo operacionalizada por meio de diversas ações.

É bom lembrar que a LOA é orientada pelas diretrizes, objetivos e metas do PPA, compreen-

dendo as ações a serem executadas, seguindo as metas e prioridades estabelecidas na LDO.

Importante atentarmos para a palavra previsão para receita, já a receita orçamentária

pode ser arrecadada acima do valor previsto no orçamento público por não existir teto para

a receita!

Por outro lado, em se tratando da despesa, usamos a expressão fixação, por ser prevista

com um limite até o qual poderá ser executada.

A esse limite de autorização de gastos dá-se o nome de dotação orçamentária, que é a ex-

pressão monetária do crédito orçamentário, autorização discriminada para se gastar recursos.

Importante destacar que nossa CF/1988 veda o início de programas ou projetos que não

estejam incluídos na LOA e proíbe a consignação de crédito com finalidade imprecisa ou com

dotação ilimitada.

O projeto da LOA deve ser encaminhado ao Congresso Nacional quatro meses antes do

término do exercício financeiro, ou seja, até o dia 31 de agosto de cada ano, e devolvido ao

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 66: DIREITO FINANCEIRO

66 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Poder Executivo até o final da sessão legislativa, ou seja, até 22 de dezembro do exercício de

sua elaboração.

Importante destacar ainda que nossa Carta Magna, em seu artigo 165, § 6º, determina

que projeto da LOA a seja acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as

receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de

natureza financeira, tributária e creditícia.

Ainda no mencionado artigo da nossa CF/1988 existe a seguinte determinação (com

grifos nossos):

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público;II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder público.

Lei Orçamentária Anual

Orçamento de investimento

Orçamento da Seguridade Social

Orçamento Fiscal

Destaque-se que, como visto no desenho acima, na verdade, trata-se de uma única LOA,

um único documento. Mas, vamos falar um pouco de cada um deles.

No que diz respeito ao orçamento fiscal, que deve ser sempre equilibrado, guarde que ele

deve contemplar as receitas e despesas do Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do

Ministério Público e dos Tribunais de Contas, incluindo seus fundos, órgãos e entidades da

administração direta e indireta, com exceção apenas das receitas e despesas que estiverem

no orçamento da seguridade social e de investimento das estatais.

Já o orçamento de Investimento das Estatais, que obrigatoriamente deve integrar a LOA,

como o nome já revela, não trata de todas as despesas e sim apenas dos investimentos e não

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 67: DIREITO FINANCEIRO

67 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

se refere a todas as estatais, mas apenas aquelas em que a União, direta ou indiretamente,

detenha a maioria do capital social com direito a voto, ou seja, refere-se apenas às empresas

controladas pela União.

Apenas os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com o plano

plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo cri-

tério populacional. Ou seja, o orçamento da seguridade social NÃO tem essa função!

Em termo de Constituição os conhecimentos acerca do orçamento de investimento das esta-

tais são esses. Se na prova falar “de acordo com a CF... basta saber isso. Entretanto, se consi-

derarmos as LDOs de cada ano e a LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal, que trazem concei-

tos como o de empresas estatais dependentes e de não dependentes, a coisa muda de figura.

Nessa “pegada infraconstitucional”, apenas os investimentos das estatais não dependentes

devem constar no orçamento de investimento, em contraste com as estatais dependentes

que devem constar apenas nos orçamentos fiscal e da seguridade social. Então fique atento

ao comando da questão na prova!

No que diz respeito ao orçamento da Seguridade Social guarde que ela compreende um

conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a

assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

Importante destacar que o orçamento da seguridade social deve englobar todos os órgãos

que possuem receitas e despesas públicas relacionadas à seguridade social (previdência, as-

sistência e saúde). Por exemplo, o Ministério da Economia possui despesas de assistência mé-

dica relativa aos seus servidores e essa despesa faz parte do orçamento da seguridade social,

mas as demais despesas não relacionadas à seguridade social estarão no orçamento fiscal.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 68: DIREITO FINANCEIRO

68 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Órgãos e entidades vinculados diretamente à Seguridade Social independentemente da na-

tureza da despesa, integram o orçamento da seguridade social. Para os Órgãos e entidades

não vinculados diretamente à Seguridade Social somente as despesas típicas da Seguridade

Social integram o orçamento da seguridade social.

No Brasil, o conceito de planejamento de médio prazo, interligado com a LOA (orçamen-

to-programa) foi implementado com a proposta de Plano Plurianual para o período de quatro

anos, cujo grande trunfo reside na introdução do modelo de gerenciamento de programas,

que permite padronizar a linguagem do PPA e da LOA.

O vínculo da LOA com o PPA se dá por meio dos Programas e das Iniciativas do Plano que

estão associadas às Ações constantes da LOA. Deve haver, portanto, uma compatibilidade

entre o PPA, a LDO e a LOA. Contudo, vale ressaltar que a abrangência do PPA e da LDO vai

além da dimensão orçamentária.

A proposta de Plano Plurianual deve ser elaborada pelo Poder Executivo durante o primei-

ro ano de mandato do Presidente da República e, após a votação no Congresso e a sanção

presidencial, o Plano deve orientar a ação de governo.

A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e sua organização,

implementadas por meio de um sistema de classificação estruturado.

Na estrutura atual do orçamento público, as programações orçamentárias estão organi-

zadas em programas de trabalho, que contêm informações qualitativas e quantitativas, sejam

físicas ou financeiras.

Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos

objetivos estratégicos definidos para o período do PPA, ou seja, quatro anos.

A integração das ações orçamentárias com o PPA é retratada na figura a seguir:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 69: DIREITO FINANCEIRO

69 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

ESTRUTURA DA LOA

Programas

Ações

Subtítulos

Dimensão Estratégica

Programas

Objetivos

Iniciativas

Visão de Futuro.Eixos, diretrizes Estratégicas

Retratam a agenda do governo, organizada por recortes de políticas públicas.

Expressa as escolhas de políticas públicas, orientando a atuação do Governo para o que deve ser feito.

Entregas de bens e serviços (intermediários ou finais) resultante da atuação do Estado ou os arranjos de gestão necessários ao alcance dos objetivos.

Produção pública: bens e serviços ofertados à sociedade ou ao Estado.

Localização do Gasto.

ESTRUTURA DA PPA CONTEÚDO

Aprofundando um pouco mais acerca da LOA em seus aspectos jurídicos, lembre-se que

entendimento predominante é que a LOA é uma lei formal. O embasamento desse entendimen-

to é que, em regra, a simples previsão de despesa na LOA não cria direito subjetivo, não sendo

possível exigir, por via judicial, que uma despesa específica prevista no orçamento seja executa.

Outra ideia que reforça a tese de que a LOA é uma lei formal, é de que diversas vezes deixa

de possuir uma característica essencial das leis: a coercibilidade!

As principais características da LOA, portanto, são:

1 – É uma lei temporária! Têm vigência limitada a um ano.

2 – É uma lei ordinária! Note não apenas a LOA, mas todas as leis orçamentárias (PPA,

LDO e LOA) são leis ordinárias. Os créditos suplementares e especiais também são aprovados

como leis ordinárias.

3 – É uma lei ordinária especial! A LOA possui um processo legislativo próprio, com inicia-

tiva única do Executivo e processo legislativo peculiar ou especial, conforme artigo 165, caput,

e artigo 166, CF/1988.

4 – É o Programa econômico-financeira do Estado, sendo o seu plano operacional deta-

lhado de trabalho, materializando o PPA anulamente.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 70: DIREITO FINANCEIRO

70 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

5 – É uma Lei autorizativa, ou seja, não gera direitos subjetivos para os administrados.

6 – Tem que ser compatível com o PPA e LDO.

7 – Pode-se dizer que é composta por três suborçamentos: Fiscal de Investimento e da

Seguridade Social (art. 165, § 5º, CF/1988).

8 – Atendendo ao Princípio da Unidade, temos uma só LOA para cada ente político em

cada exercício.

9 -É uma lei de Processo Legislativo Vinculado (prazos do artigo 35, ADCT).

10 -Para a União, deve ser aprovada em sessão conjunta e bicameral.

11 – É uma Lei temporária, periódica e de efeitos concretos.

12 – Suas normas não podem aprensentar abstração e generalidade.

13 -Quanto ao aspecto material é um ato condição.

Importante reforçar que regra geral é que o orçamento público no Brasil é autorizativo, ou

seja, não impositivo, onde temos mera autorização de gastos que serão efetuados de acordo

com a disponibilidade de recursos em função da arrecadação, com exceção das emendas

parlamentares relativas às ECS – Emendas Constitucionais 86, 100 e 105.

Assim, embora a regra geral seja a da não obrigatoriedade de efetivação dos gastos autori-

zados na LOA, grande parte das receitas do Estado rem destinação própria, ou seja, grande

parte das receitas do Estado está vinculada a finalidades específicas. Então, sob essa dife-

rente perspectiva, pode-se dizer que o orçamento público é impositivo sob o ponto de vista

da aplicação dos recursos arrecadados, nos casos em que existe vinculação específica à sua

finalidade. Um bom exemplo para elucidar a questão trazida à baila é caso das contribuições

destinadas ao financiamento da seguridade social, onde todos os valores arrecadados devem

necessariamente devem ser gastos com saúde, previdência e assistência social.

Em suma, guarde, portanto, que, embora o orçamento público no Brasil seja, em regra, au-

torizativo, ele apresenta pouca margem de liberdade para o administrador público, já que uma

grande parte das receitas é vinculada às finalidades para as quais foram criadas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 71: DIREITO FINANCEIRO

71 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

A Lei n. 13.978/2020, publicada em 20/01/2020, é a LOA para ano de 2020.

3. Créditos AdiCionAis

Os créditos orçamentários se dividem em créditos iniciais e créditos adicionais.

Chamamos de créditos orçamentários ordinários ou iniciais aqueles constantes de da

LOA, que engloba os orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas

estatais não dependentes.

Assim, o orçamento anual contempla o montante para atender determinada despesa a

fim de executar ações que lhe caiba realizar, ou seja, contempla a dotação orçamentária para

cada despesa.

Nessa pegada, a LOA é organizada na forma de créditos orçamentários (ordinários), aos

quais estão consignadas dotações, sendo definido como crédito orçamentário o conjunto de

categorias classificatórias e contas que especificam as ações e operações autorizadas pela

lei orçamentária, a fim de que sejam executados os programas de trabalho do Governo.

Já o termo a dotação orçamentária corresponde ao montante de recursos financeiros com

que conta o crédito orçamentário.

Resumindo, o crédito orçamentário é portador de uma dotação que constitui o limite de

recurso financeiro autorizado.

Entretanto, na prática acontece que algumas despesas possam ser insuficientemente do-

tadas ou pode ocorrer a necessidade de realização de novas despesas, portanto, que nem

foram computadas na LOA.

Visando dotar a administração pública de um mínimo de flexibilidade em termos de dota-

ção orçamentária, principalmente devido ao lapso temporal entre a elaboração e a execução

do orçamento anual, aos créditos orçamentários iniciais foi autorizado que possam ser objeto

de alterações qualitativas e quantitativas, por meio de créditos adicionais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 72: DIREITO FINANCEIRO

72 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Especiais

ExtraordináriosCrédito Adicionais

Suplementares

OrçamentoOrçamento

Para aquelas situações em que existe a necessidade de nova dotação ou apenas de com-

plementação de dotações existentes, é plenamente possível a abertura de créditos adicionais,

para a qual a iniciativa é sempre do Presidente da República, até mesmo que para aqueles cré-

ditos que atendam os Poderes Judiciário e Legislativo, bem como o Ministério Público da União.

No que diz respeito ainda as emendas à LOA e os créditos adicionais, importante deixar regis-

trado que as mesmas precisam ser compatíveis com o PPA e com a LDO.

Vale destacar ainda, acerca das mencionadas emendas/créditos adicionais, que nada

impede que ocorra acréscimo de dotação orçamentária àquela inicialmente proposta pelo

Executivo, ou até mesmo a criação de uma nova despesa, sendo também possível ainda a

redução ou a supressão de dotação anteriormente proposta.

Falando em redução ou supressão de dotação proposta, nesses casos não se faz neces-

sária a indicação de recursos para atender a emenda, mas nos casos em que um parlamentar

queira incrementar os recursos destinados a determinado tipo de despesa, ou mesmo criar

uma nova despesa, a CF/1988 determina que precisam ser indicados os recursos necessários

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 73: DIREITO FINANCEIRO

73 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

para atender a emenda em tela, sendo admitidos apenas aqueles oriundos da anulação de

outra despesa, nesse caso, excluídas as de pessoal e seus encargos, de serviço da dívida e de

transferências tributárias constitucionais.

Além de possível, tem ocorrido bastante a aprovação de emendas ao orçamento por meio

da utilização de recursos oriundos da Reserva de Contingência e/ou da reestimativa de receitas.

Falando em reestimativa de receitas, é importante destacar ainda que a sua revisão pode

ser feita a qualquer tempo durante a tramitação da

LOA.

Aluno(a), já sabemos que as leis orçamentárias fixam o limite máximo que pode ser gasto

pela Administração Pública em cada dotação.

Entretanto, podem ocorrer, entretanto, omissões de ações necessárias, falhas na previsão

de gastos, fatos posteriores que exijam mudanças de prioridades, ou mesmo arrecadação

superior à prevista, que requeiram do Governo ações rápidas, tanto para adequar a fixação

da despesa a ações e valores que permitam a consecução dos objetivos e metas almejados,

quanto para dar destino às receitas públicas cuja arrecadação supere a previsão inicial.

Então guarde que as adequações das dotações orçamentárias constantes da lei orçamen-

tária anual são feitas por meio dos créditos adicionais.

Em outras palavras, são créditos adicionais as despesas não computadas ou insuficiente

dotadas na lei de orçamento.

Questão 19 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Para limitar os gastos governo, um dos

mecanismos utilizados é a publicação de decreto que disponha sobre a programação orça-

mentária e financeira bem como o cronograma mensal de desembolso. Acerca desse assun-

to, julgue o item subsequente.

Alterações orçamentárias, que se dividem em créditos adicionais e outras alterações orça-

mentárias, constituem formas de modificar a lei orçamentária originalmente aprovada, a fim

de adequá-la à real necessidade de execução.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 74: DIREITO FINANCEIRO

74 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Certo.

Realmente, as alterações orçamentárias, que se dividem em créditos adicionais e outras alte-

rações orçamentárias, são as formas de modificar a LOA aprovada para adequá-la à real ne-

cessidade de execução. Assim, enquanto os créditos adicionais são autorizações de despesa

não computadas ou insuficientemente dotadas na LOA, as outras alterações orçamentárias

são efetivadas por meio de anulações de dotações.

Os Créditos Adicionais classificam-se em suplementares, especiais e extraordinárias.

Suplementares ExtraordináriosEspeciais

Créditos adicionais

Importante ter em mente que as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos

projetos que o modifiquem (créditos adicionais) somente podem ser aprovadas caso:

I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de

despesa, excluídas as que incidam sobre:

dotações para pessoal e seus encargos;

serviço da dívida;

transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e o Distrito Federal; ou

III – sejam relacionadas:

com a correção de erros e omissões; ou

com os dispositivos do texto do projeto de lei.

O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a espécie do mesmo e a classifi-

cação da despesa, até onde for possível.

Vamos agora conhecer as três espécies do gênero Crédito Adicional.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 75: DIREITO FINANCEIRO

75 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Créditos Suplementares e Especiais

Os créditos suplementares são destinados ao reforço de dotação orçamentária existente,

enquanto os créditos especiais são destinados a despesas para as quais não haja dotação

orçamentária específica.

Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por de-

creto executivo.

É vedada a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa

e sem indicação dos recursos correspondentes.

A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos

disponíveis para acorrer à despesa e será precedida de exposição justificativa.

Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:

I – o superavit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior, entendido

com a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda,

os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de credito a eles vinculadas;

II – os provenientes de excesso de arrecadação, entendido como o saldo positivo das

diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, consideran-

do-se, ainda, a tendência do exercício. Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, prove-

nientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários

abertos no exercício.

III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos

adicionais, autorizados em Lei;

IV – o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibi-

lite ao poder executivo realizá-las.

Os créditos adicionais terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados.

No caso dos créditos especiais e extraordinários, se o ato de autorização for promulgado

nos últimos quatro meses daquele exercício, serão reabertos nos limites de seus saldos, e

incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 76: DIREITO FINANCEIRO

76 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Créditos Extraordinários

Podemos conceituar os créditos extraordinários como sendo aqueles usados para des-

pesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de uma calamidade pública, de uma

eventual comoção interna ou até mesmo de uma guerra.

Importante saber que despesas imprevisíveis não são despesas imprevistas, já que no

caso das imprevistas elas, por uma falha humana, poderiam estar presentes na LOA, mas não

o foram, diferentemente daquelas decorrentes de calamidade pública, de comoção interna ou

de guerra, já que eventos como esses dificilmente seriam previstos de modo a que suas res-

pectivas despesas possam constar na LOA.

A ideia do legislador, ao permitir a adoção de créditos extraordinários para atender às des-

pesas urgentes e imprevisíveis, foi viabilizar os recursos sem a necessidade de sua indicação

prévia, como os demais créditos orçamentários.

Destaque ainda que a não obrigatoriedade da indicação do compensatória de cancela-

mento de créditos equivalentes em montante não contraria o princípio do equilíbrio orçamen-

tário, como disposto no artigo 62 da CF/1988, que autoriza a adoção das medidas provisó-

rias como instrumento a ser usado na abertura de créditos extraordinários, sendo aplicáveis,

nesse caso, além dos pressupostos de imprevisibilidade e urgência, também o de relevância.

Guarde, portanto, que a abertura de créditos extraordinários por meio de medidas provisó-

rias somente deve usado nas situações imprevisíveis, urgentes e relevantes.

Importante destacar que a lei de conversão não tem o condão de convalidar eventuais

vícios da respectiva medida provisória.

A competência para verificar a imprevisibilidade ou não de um crédito orçamentário para o

fim de julgar a possibilidade ou não de ele constar como crédito extraordinário em medida

provisória é do Supremo Tribunal Federal – STF.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 77: DIREITO FINANCEIRO

77 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Questão 20 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) O orçamento público é um instrumento de

planejamento e de execução das finanças públicas. No Brasil, a iniciativa de propor as leis

orçamentárias é do chefe do Poder Executivo. Com referência a esse assunto, julgue o item

que se segue.

Sendo necessária para combater os efeitos decorrentes de calamidade pública, uma despesa

pública que tenha sido realizada por meio de crédito adicional ao orçamento originalmente

aprovado será classificada como crédito adicional especial.

Errado.

Na verdade, são os créditos extraordinários que são abertos para despesas não previstas

decorrentes de calamidade pública, enquanto os créditos especiais servem novas despesas.

Guarde as principais características de cada modalidade de crédito adicional no de-

senho a seguir:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 78: DIREITO FINANCEIRO

78 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

JURISPRUDÊNCIA

O STF firmou entendimento (ADI 408) de que termos como “Guerra”, “comoção interna”

e “calamidade pública” são situações extremas e graves, com consequências imprevi-

síveis para a ordem pública e a paz social, requerendo a adoção de medidas urgentes e

extraordinárias. Seguindo essa premissa jurisprudencial, podemos afirmar que despesas

correntes que não estejam qualificadas pela imprevisibilidade ou pela urgência, não jus-

tificam a abertura de créditos, sob pena de desvio dos referidos preceitos constitucionais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 79: DIREITO FINANCEIRO

79 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

RESUMO

Relembre de forma resumida, com funciona o ciclo orçamentário:

Planejamento

Execução

Controle Elaboração

O Ciclo Orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se

planeja, elabora, discute, aprova, executa, controla e avalia a programação de gastos do setor

público tanto no aspecto físico quanto no aspecto financeiro. Veja o ciclo ampliado:

Ciclo / processo orçamentário

Elaboração ExecuçãoAvaliação e

controleDiscussão, votação

e aprovação

1 -Elaboração

do PPA

2 – Discussão,votação e

aprovação do PPA

4 – Discussão,votação e

aprovação da LDO

7 – Execuçãoorçamentária

8 – Avaliação e controle

da execução orçamentária

6 – Discussão,votação e

aprovação da LOA

3 -Elaboração

da LDO

5 -Elaboração

da LOA

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 80: DIREITO FINANCEIRO

80 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Lembre-se de que o ciclo orçamentário tem duração maior do que um ano (um exercício

financeiro), já que começa no ano anterior, com as fases de planejamento, elaboração, dis-

cussão e aprovação, e só termina depois do fim do exercício financeiro em que é executa, com

a sua avaliação e controle.

2o Ano 3o Ano 4o Ano 1o Ano1o Ano

Último ano doPPA anterior

LDOAnual

LDOAnual

LDOAnual

LDOAnual

LDOAnual

LOAAnual

LOAAnual

LOAAnual

LOAAnual

LOAAnual

PPA 4 anos

Mandato Atual Próximo Mandato

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 81: DIREITO FINANCEIRO

81 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Instrumentos de Planejamento

PLANO DE AÇÃO

INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO

Políticas públicas e programas de governo

LOALDOPPAPlanejar Orientar Executar

No quadro abaixo podemos ver a base legal do processo orçamentário brasileiro com

destaque para a LRF e para Lei n. 4.320/1964.

Base Legal

Constituição Federal/Estadual

PPA – Define as políticas públicas consubstanciadas nos programas, com metas e indicadores, pelo período de 4 anos.

LDO – Estabelece as metas e prioridades da administração pública para cada ano e orienta a elaboração do Orçamento.

LOA – Disciplina todos os programas e ações no exercício, provendo recursos para a execução das ações necessárias ao alcance das metas.

Lei Complementar de Finanças Públicas/Lei n. 4.320/1964

LRF

LOALDOPPA

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 82: DIREITO FINANCEIRO

82 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

O embasamento legal das finanças públicas no Brasil, após o advento da LRF, pode ser

assim visualizado:

Constituição Federal

Lei Complementar de Finanças Públicas

LRF

LOALDOPPA

PPA

O PPA deve estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da

administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para

as relativas aos programas de duração continuada.

Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro pode ser iniciado

sem prévia inclusão no PPA, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de respon-

sabilidade.

Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na CF/1988 devem ser

elaborados em consonância com o PPA e apreciados pelo Congresso Nacional.

LDO

A LDO deve compreender as metas e prioridades da administração pública federal, incluin-

do as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da

lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a

política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

A CF/1988 determina que a LDO considere as alterações na legislação tributária, mas a LDO

não pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou autorizar tributos, o que deve ser feito por outras

leis. Também não existe regra determinando que tais leis sejam aprovadas antes da LDO.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 83: DIREITO FINANCEIRO

83 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

A LRF atribuiu à LDO o papel de dispor sobre equilíbrio entre receita e despesa, critérios e

formas de limitação de empenho, condições para transferência de recursos.

LOA

A LOA, embora seja um única Lei e um único orçamento, compreende:

I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da

administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público;

II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,

detenha a maioria do capital social com direito a voto;

III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vin-

culados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e

mantidos pelo poder público.

Guarde que os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com

o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, se-

gundo critério populacional.

O projeto de LOA deve ser acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre

as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de

natureza financeira, tributária e creditícia.

É vedada a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos

fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir deficit de empresas, fundações

e fundos, inclusive daqueles que compõem os próprios orçamentos fiscal, de investimentos

das estatais e da seguridade social.

A LOA ou Orçamento Público é um documento que prevê as quantias de moeda que, num

período determinado (normalmente um ano), devem entrar e sair dos cofres públicos (receitas

e despesas públicas), com especificação de suas principais fontes de financiamento e das

categorias de despesas mais relevantes.

1 – É o Programa econômico-financeira do Estado, sendo o seu plano operacional deta-

lhado de trabalho, materializando o PPA anulamente.

2 – É um Lei autorizativa, ou seja, não gera direitos subjetivos para os administrados;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 84: DIREITO FINANCEIRO

84 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

3 – É rígido, em função da forte concentração de receitas vinculadas;

4 – Tem que ser compatível com o PPA e LDO

5 – Pode-se dizer que é composto por três suborçamentos: Fiscal de Investimento e da

Seguridade Social (art. 165, § 5º, CF/1988);

6 – Atendendo ao Princípio da Unidade, temos uma só LOA para cada ente político em

cada exercício;

7 – Em regra, deve atender ao Princípio da exclusividade, devendo contemplar somen-

te duas matérias: previsão de receita e fixação de despesa orçamentária, entretanto, poderá

conter matérias não relacionadas diretamente a orçamento público, de acordo com o dispos-

to no artigo 165, § 8º, da CF/1988, sendo um exceção à exclusividade, nesse caso;

8 – Engloba três funções: alocativa, distributiva e estabilizadora;

9 – É lei ordinária especial (iniciativa única do Executivo e processo legislativo peculiar ou

especial, conf. art. 165, caput, e art. 166, CF/1988);

10 – Lei de Processo Legislativo Vinculado (prazos do art.35, ADCT)

11 – Para a União, deve ser aprovada em sessão conjunta e bicameral;

12 – É uma Lei temporária, periódica e de efeitos concretos;

13 – É Lei quanto à forma, mas não quanto à matéria (STF);

14 – Suas normas não podem aprensentar abstração e generalidade;

15 – Quanto ao aspecto material é um ato condição;

16 – Deve ser regionalizado (art. 165, § 6º, CF/1988)

CRÉDITOS ADICIONAIS: as adequações das dotações orçamentárias constantes da lei

orçamentária anual são feitas por meio dos créditos adicionais. Em outras palavras, são cré-

ditos adicionais as despesas não computadas ou insuficiente dotadas na lei de orçamento.

Os Créditos Adicionais classificam-se em suplementares, especiais e extraordinárias. No

quadro abaixo, guarde as principais características de cada modalidade:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 85: DIREITO FINANCEIRO

85 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Espero que você tenha gostado dessa aula e que me dê 5 estrelas na avaliação! Se não

gostou, registre onde podemos melhorar.

Como diria Thomas Edison: “Gênio é 1% inspiração e 99% transpiração”.

Então vamos transpirar agora colocando em prática tudo que aprendemos!

Vamos juntos resolver questões de provas de concursos anteriores!

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 86: DIREITO FINANCEIRO

86 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

MAPAS MENTAIS

Ciclo Orçamentário

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 87: DIREITO FINANCEIRO

87 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Instrumentos de Planejamento

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 88: DIREITO FINANCEIRO

88 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Créditos Orçamentários

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 89: DIREITO FINANCEIRO

89 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

Questão 1 (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:

O ciclo orçamentário pode ser definido como um rito legalmente estabelecido, com etapas

que se repetem periodicamente e que envolvem elaboração, discussão, votação, controle e

avaliação do orçamento.

Questão 2 (CESPE/DEPEN/AGENTE/2015) Julgue:

As fases do ciclo orçamentário podem ser aglutinadas de acordo com suas finalidades e

periodicidades.

Questão 3 (CESPE/STF/ANALISTA/2013) Com relação aos orçamentos públicos, julgue o

item a seguir.

Nos termos da CF, o ciclo orçamentário desdobra-se em oito fases, cada uma com ritmo pró-

prio, finalidade distinta e periodicidade definida.

Questão 4 (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:

Para efeitos da LOA, o exercício financeiro tem início com a aprovação da lei, não coincidindo

este com o ano civil.

Questão 5 (CESPE/TRT-8/ANALISTA/2016) Julgue:

O legislador tem a prerrogativa de apresentar qualquer tipo de modificação à lei orçamentária

anual, quando essa é submetida à aprovação do Congresso Nacional.

Questão 6 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Para limitar os gastos do governo, um dos

mecanismos utilizados é a publicação de decreto que disponha sobre a programação orça-

mentária e financeira bem como o cronograma mensal de desembolso. Acerca desse assun-

to, julgue o item subsequente.

O ato pelo qual determinada unidade orçamentária ou administrativa transfere a outras uni-

dades orçamentárias ou administrativas o poder de utilizar créditos que lhes tenham sido

dotados caracteriza o que se denomina descentralização de créditos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 90: DIREITO FINANCEIRO

90 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Questão 7 (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) Acerca dos mecanismos de exe-

cução do orçamento, julgue o item seguinte.

As unidades orçamentárias podem corresponder a vários órgãos da estrutura administrativa

ou apenas a uma parte de um único órgão.

Questão 8 (CESPE/TRE-PI/ANALISTA/2016) Julgue a assertiva abaixo:

A programação financeira é um instrumento que foi introduzido pela LRF.

Questão 9 (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Julgue o item que se segue, a respeito do plano

plurianual (PPA).

A programação financeira tem o objetivo de ajustar o ritmo de execução do PPA ao fluxo pro-

vável de recursos financeiros, de modo a executar os programas de trabalho.

Questão 10 (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Com relação às classificações e técnicas de

execução do orçamento público, julgue o item que se segue.

A transferência de créditos orçamentários de um órgão público a outro órgão que esteja em

ministério ou estrutura administrativa diferente deve ser feita por meio de repasse.

Questão 11 (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) Acerca dos mecanismos de exe-

cução do orçamento, julgue o item seguinte.

O órgão público que precisar descentralizar dotações do seu orçamento para unidades ges-

toras de outro órgão público deverá realizar um destaque.

Questão 12 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Com relação às técnicas de execução financeira

e orçamentária, julgue o item seguinte.

A descentralização de créditos orçamentários deve ser acompanhada da modificação da uni-

dade orçamentária na classificação institucional.

Questão 13 (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) Julgue a assertiva abaixo:

Nos casos em que a descentralização dos recursos financeiros aconteça entre órgãos de

mesma estrutura administrativa, por exemplo, ambos no âmbito do Ministério da Educação,

essa movimentação interna configura um repasse de recursos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 91: DIREITO FINANCEIRO

91 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Questão 14 (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/TÉCNICO/2018) Em relação à atuação contábil,

financeira e orçamentária da União, julgue o item que se segue.

Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário devem manter, de forma integrada, sistema

de controle interno, com a finalidade de avaliar o cumprimento das metas previstas no plano

plurianual e a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.

Questão 15 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) O orçamento público, um instrumento fun-

damental de governo, constitui o principal documento de políticas públicas. A respeito desse

assunto, julgue o seguinte item.

O processo orçamentário brasileiro está baseado em instrumentos de curto prazo — a lei or-

çamentária anual (LOA) e a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) — e em instrumento de médio

prazo — o plano plurianual (PPA) —; todos perfeitamente integrados entre si.

Questão 16 (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue o item a seguir.

O período de vigência do PPA compreende o início do segundo ano de mandato do presidente

da República até o final do primeiro ano financeiro do mandato presidencial subsequente.

Questão 17 (CESPE/ENAP/TÉCNICO/2015) Julgue:

Conforme determinação da CF, o plano plurianual deve ser elaborado em consonância com os

planos e programas nacionais, regionais e setoriais. A explicação para essa vinculação reside

no fato de que tais planos e programas apresentam maior duração e são mais específicos.

Questão 18 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Com relação ao orçamento público brasileiro,

julgue o item que se segue.

A lei de diretrizes orçamentárias deve prever medidas a serem tomadas nos casos de passi-

vos contingentes capazes de afetar as contas públicas, caso se materializem.

Questão 19 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Para limitar os gastos governo, um dos

mecanismos utilizados é a publicação de decreto que disponha sobre a programação orça-

mentária e financeira bem como o cronograma mensal de desembolso. Acerca desse assun-

to, julgue o item subsequente.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 92: DIREITO FINANCEIRO

92 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Alterações orçamentárias, que se dividem em créditos adicionais e outras alterações orça-

mentárias, constituem formas de modificar a lei orçamentária originalmente aprovada, a fim

de adequá-la à real necessidade de execução.

Questão 20 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) O orçamento público é um instrumento de

planejamento e de execução das finanças públicas. No Brasil, a iniciativa de propor as leis

orçamentárias é do chefe do Poder Executivo. Com referência a esse assunto, julgue o item

que se segue.

Sendo necessária para combater os efeitos decorrentes de calamidade pública, uma despesa

pública que tenha sido realizada por meio de crédito adicional ao orçamento originalmente

aprovado será classificada como crédito adicional especial.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 93: DIREITO FINANCEIRO

93 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

QUESTÕES DE CONCURSO

Questão 21 (CESPE/SLU-DF/ANALISTA/2019) Quanto ao sistema e ao processo de orçamen-

tação, à estrutura programática e a créditos ordinários e adicionais, julgue o item subsecutivo.

Os créditos adicionais especiais são destinados a despesas que sejam urgentes e imprevisí-

veis e para as quais não haja dotação orçamentária específica.

Questão 22 (CESPE/MPC-PA/ASSISTENTE/2019) Na abertura de créditos suplementares, é

vedada a utilização de recursos decorrentes de

a) restos a pagar liquidados.

b) superavit financeiro do exercício anterior.

c) excesso de arrecadação.

d) anulação parcial ou total de dotações orçamentárias.

e) operações de crédito autorizadas.

Questão 23 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) O orçamento público, um instrumento fun-

damental de governo, constitui o principal documento de políticas públicas. A respeito desse

assunto, julgue o seguinte item.

O ciclo orçamentário, período de tempo em que se processam as atividades típicas do orça-

mento público, é constituído das seguintes fases: planejamento, elaboração e aprovação.

Questão 24 (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019) No que diz respeito ao PPA e à LDO, julgue os

itens a seguir.

I – O PPA compreende as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo

as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.

II – A LDO deve dispor sobre as alterações na legislação tributária.

III – A LDO não trata de normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados

dos programas financiados com recursos dos orçamentos.

Assinale a opção correta.

a) Apenas o item I está certo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 94: DIREITO FINANCEIRO

94 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

b) Apenas o item II está certo.

c) Apenas os itens I e III estão certos.

d) Apenas os itens II e III estão certos.

e) Todos os itens estão certos.

Questão 25 (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019) No que se refere à elaboração de proposta, à

discussão, à votação e à aprovação de lei orçamentária anual (LOA), assinale a opção correta.

a) Emendas ao projeto de LOA, para que sejam aprovadas, devem indicar os recursos estri-

tamente necessários ao cumprimento do respectivo objeto, admitindo-se apenas recursos

provenientes de excesso de arrecadação.

b) O prazo para o presidente da República enviar mensagem ao Congresso Nacional propon-

do modificação em projeto relativo ao orçamento anual se encerra com o início da discussão,

na comissão mista, da parte para a qual se propõe alteração.

c) As emendas ao projeto de LOA devem ser apresentadas diretamente ao plenário das duas

casas do Congresso Nacional, que sobre elas emitirão pareceres e as apreciarão.

d) As emendas individuais ao projeto de LOA serão aprovadas no limite de 1,2% da receita

corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo a metade desse

percentual destinada a ações e serviços públicos de saúde.

e) A execução orçamentária e financeira das programações relativas às emendas individuais

de parlamentares ao projeto de LOA é facultativa.

Questão 26 (CESPE/MPE-PI/PROMOTOR/2019) Durante a tramitação de um projeto de lei

orçamentária no Congresso Nacional, foi decidida a inclusão, por emenda, de determinada

dotação, para o que foi reduzida, em mesmo valor, outra dotação.

Nesse caso, de acordo com a determinação constitucional, pode ter sido reduzida dotação para

a) pessoal.

b) encargos sobre as despesas com pessoal.

c) amortização da dívida.

d) transferências tributárias constitucionais para estados.

e) investimentos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 95: DIREITO FINANCEIRO

95 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Questão 27 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/TÉCNICO/2018) A respeito de orçamento público,

julgue o item seguinte.

O ciclo orçamentário inicia-se com a elaboração do projeto de lei orçamentária e se encer-

ra com a publicação da lei do orçamento pelo Poder Executivo, após sua aprovação pelo

Poder Legislativo.

Questão 28 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Com relação às técnicas e aos ins-

trumentos utilizados na elaboração e na aprovação do orçamento, julgue o item que se segue.

É vedada a utilização dos recursos provenientes de excesso de arrecadação como fonte para

a abertura de créditos suplementares ou especiais.

Questão 29 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamentá-

ria, julgue o item.

Quanto aos créditos orçamentários adicionais, o crédito suplementar incorpora-se ao orça-

mento vigente, adicionando-se à dotação orçamentária que deva reforçar, ao passo que os

créditos especiais são destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária

específica.

Questão 30 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) De acordo com a Lei Complemen-

tar n.º 101/2000, e suas alterações, e com a Lei n. 4.320/1964, julgue o item subsecutivos.

O superavit financeiro apurado no balanço financeiro do exercício anterior constitui fonte de

recursos para a abertura de créditos especiais e suplementares.

Questão 31 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Com relação ao processo orça-

mentário brasileiro, julgue o item subsequente.

Poderão ser abertos créditos suplementares ao orçamento desde que haja recursos disponí-

veis, ainda que oriundos de operações de crédito autorizadas nos termos legais.

Questão 32 (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Acerca de administração financeira e orçamen-

tária e do orçamento público no Brasil, julgue o item.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 96: DIREITO FINANCEIRO

96 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Os créditos extraordinários podem ser abertos ainda que não haja dotações orçamentárias

disponíveis para a realização da despesa.

Questão 33 (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Julgue o item que se segue, relativo ao Sistema

de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF) e aos créditos orçamentários adicionais.

Embora seja admitida para atender despesas imprevisíveis, a abertura de créditos extraordi-

nários depende da indicação dos recursos correspondentes.

Questão 34 (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Julgue o item que se segue, relativo ao Sistema

de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF) e aos créditos orçamentários adicionais.

Os créditos suplementares previamente autorizados na lei orçamentária anual são abertos

por decreto do Poder Executivo.

Questão 35 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) A respeito dos principais mecanismos no plane-

jamento e execução do orçamento público, julgue o item que se segue.

É vedado alterar atributos dos créditos orçamentários sem autorização da lei orçamentária

anual ou de créditos adicionais.

Questão 36 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Com relação à programação e à execução orça-

mentária e financeira e ao acompanhamento da execução, julgue o item que se segue.

Uma alteração orçamentária qualitativa para a abertura de créditos especiais pode resultar na

criação de um programa de trabalho, de uma ação com todos os seus atributos e de um novo

subtítulo de uma ação já existente.

Questão 37 (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Julgue o item seguinte, relativo aos instru-

mentos e ao processo de orçamentação.

Se o presidente da República vetar determinada dotação orçamentária, os recursos corres-

pondentes a essa dotação poderão servir de fonte para a abertura de créditos especiais.

Questão 38 (CESPE/TCE-PB/AUDITOR/2018) No que se refere a vedações constitucionais

em matéria orçamentária dispostas nas normas gerais de direito financeiro da CF, assinale a

opção correta.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 97: DIREITO FINANCEIRO

97 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

a) A CF não veda a abertura de crédito suplementar ou especial, mesmo sem a indicação dos

recursos correspondentes e a prévia autorização legislativa.

b) O início de programas e projetos não incluídos na LOA é admitido excepcionalmente pela

CF, desde que a sua execução não ultrapasse a previsão orçamentária fixada no exercício

financeiro anterior.

c) A CF veda aos estados e às suas instituições financeiras a realização de transferência vo-

luntária de recursos aos municípios para pagamento de despesas com pessoal.

d) A LOA permite a inclusão de dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despe-

sa.

e) A CF admite a edição de medida provisória para a abertura de crédito extraordinário para

o atendimento de despesas imprevisíveis e urgentes, desde que haja autorização prévia do

Poder Legislativo.

Questão 39 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito do ciclo, do processo e dos princí-

pios do orçamento público, julgue o item subsequente.

As metas e os riscos fiscais são gerados na etapa de planejamento do processo de elabora-

ção do orçamento anual.

Questão 40 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Em cada um dos itens que se seguem, é apre-

sentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, acerca do orçamen-

to público e da programação orçamentária e financeira do Brasil.

No ano 201X, o Departamento de Polícia Federal informou que as dotações orçamentárias

para custear a emissão de passaportes, previstas na lei orçamentária anual daquele exercício

financeiro, teriam sido totalmente utilizadas até o mês de julho, o que o obrigou a suspender

esse serviço. Nessa situação, é necessária a aprovação e a publicação de uma lei de créditos

adicionais do tipo especial para que o serviço de emissão de passaportes seja retomado.

Questão 41 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Acerca dos mecanismos necessários à exe-

cução do orçamento, julgue o item que se segue.

Crédito adicional aberto com base em autorização dada pela lei orçamentária anual corres-

ponde a um crédito suplementar.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 98: DIREITO FINANCEIRO

98 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Questão 42 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito do ciclo, do processo e dos princí-

pios do orçamento público, julgue o item subsequente.

Constituído por diversas etapas, desde a proposta orçamentária até a aprovação da lei orça-

mentária, o ciclo orçamentário é, ao longo de todo exercício, um processo intermitente no que

diz respeito a análises e decisões.

Questão 43 (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Acerca dos instrumentos de planejamento e

orçamento, julgue o item a seguir.

No plano plurianual, é vedada a regionalização de metas por meio de critérios que abranjam

territórios maiores que as macrorregiões econômicas.

Questão 44 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Julgue o item seguinte, relativo à programa-

ção e à execução orçamentária e financeira.

O acompanhamento da execução orçamentária federal é competência privativa da Secretaria

de Orçamento Federal.

Questão 45 (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017) Julgue:

O plano plurianual estabelece diretrizes nacionais para as despesas de capital e para os pro-

gramas de duração continuada.

Questão 46 (CESPE/TRE-BA/ANALISTA/2017) O ciclo orçamentário é o período de tempo

em que se processam as atividades típicas do orçamento público. Em sua concepção amplia-

da — adotada pela Constituição Federal de 1988 —, tal ciclo desdobra-se em oito fases. Uma

dessas fases corresponde à elaboração da proposta de orçamento pelo Poder Executivo e a

sua submissão ao Poder Legislativo. Essa fase ocorre

a) juntamente com a proposição de metas e prioridades para a administração pelo Poder

Executivo.

b) logo após a aprovação pelo Poder Legislativo da política de alocação de recursos proposta

pelo Poder Executivo.

c) logo após a apreciação e a adequação da lei de diretrizes orçamentárias pelo Poder

Legislativo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 99: DIREITO FINANCEIRO

99 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

d) imediatamente antes da execução do orçamento pelo Poder Executivo.

e) imediatamente após a apreciação e a aprovação do plano plurianual pelo Poder Legislativo.

Questão 47 (CESPE/PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR/2017) Julgue:

Na LDO será estabelecida a política de aplicação a ser executada pelas agências oficiais

de fomento.

Questão 48 (CESPE/TRE-PI/ANALISTA/2016) Julgue:

As expressões sistema orçamentário e processo orçamentário são utilizadas indistintamente

para se referir ao documento orçamentário.

Questão 49 (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:

Para efeitos da LOA, o exercício financeiro tem início com a aprovação da lei, não coincidindo

este com o ano civil.

Questão 50 (CESPE/TCE-PR/CONSELHEIRO SUBSTITUTO/2016) Julgue:

De acordo com a CF, alterações na legislação tributária da União devem ser processadas em

conformidade com princípios e determinações contidos na LOA.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 100: DIREITO FINANCEIRO

100 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

GABARITO1. C

2. E

3. C

4. E

5. E

6. C

7. C

8. E

9. E

10. E

11. C

12. E

13. E

14. C

15. C

16. C

17. E

18. C

19. C

20. E

21. E

22. a

23. E

24. b

25. d

26. e

27. E

28. E

29. C

30. E

31. C

32. C

33. E

34. C

35. E

36. C

37. C

38. c

39. E

40. E

41. C

42. E

43. E

44. E

45. E

46. c

47. C

48. E

49. E

50. E

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 101: DIREITO FINANCEIRO

101 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

GABARITO COMENTADO

Questão 21 (CESPE/SLU-DF/ANALISTA/2019) Quanto ao sistema e ao processo de orça-

mentação, à estrutura programática e a créditos ordinários e adicionais, julgue o item subse-

cutivo.

Os créditos adicionais especiais são destinados a despesas que sejam urgentes e imprevisí-

veis e para as quais não haja dotação orçamentária específica.

Errado.

Na verdade, os créditos adicionais especiais são destinados a despesas para as quais não

haja dotação orçamentária específica. Já para as despesas urgentes e imprevisíveis deve ser

usado o crédito adicional extraordinário.

Questão 22 (CESPE/MPC-PA/ASSISTENTE/2019) Na abertura de créditos suplementares, é

vedada a utilização de recursos decorrentes de

a) restos a pagar liquidados.

b) superavit financeiro do exercício anterior.

c) excesso de arrecadação.

d) anulação parcial ou total de dotações orçamentárias.

e) operações de crédito autorizadas.

Letra a.

Dentre as alternativas, apenas os restos a pagar liquidados não são fontes de recursos para

abertura de créditos suplementares. Confira na Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos e corre-

lação com as outras alternativas:

Art. 43, § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:I – o superavit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior; (B)II – os provenientes de excesso de arrecadação; (C)III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicio-nais, autorizados em Lei; (D)IV – o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realiza-las. (E)

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 102: DIREITO FINANCEIRO

102 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Questão 23 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) O orçamento público, um instrumento fun-

damental de governo, constitui o principal documento de políticas públicas. A respeito desse

assunto, julgue o seguinte item.

O ciclo orçamentário, período de tempo em que se processam as atividades típicas do orça-

mento público, é constituído das seguintes fases: planejamento, elaboração e aprovação.

Errado.

O ciclo orçamentário, mesmo em sua versão resumida, tem 4 fases:

1 – Elaboração/planejamento – Realizada pelo Executivo

2 – Estudo/Aprovação – Realizada pelo Legislativo

3 – Execução – Realizada pelo Executivo

4 – Controle/avaliação – Realizada pelo Legislativo

Questão 24 (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019) No que diz respeito ao PPA e à LDO, julgue os

itens a seguir.

I – O PPA compreende as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo

as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.

II – A LDO deve dispor sobre as alterações na legislação tributária.

III – A LDO não trata de normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados

dos programas financiados com recursos dos orçamentos.

Assinale a opção correta.

a) Apenas o item I está certo.

b) Apenas o item II está certo.

c) Apenas os itens I e III estão certos.

d) Apenas os itens II e III estão certos.

e) Todos os itens estão certos.

Letra b.

Vamos avaliar os itens e marcar a alternativa correspondente:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 103: DIREITO FINANCEIRO

103 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

I – Errado. Já que não é o PPA mas A LDO que compreenderá tais itens. Confira na CF/1988,

com grifos nossos:

Art. 165, § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da adminis-tração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributá-ria e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

II – Errado. Veja acima que a LDO deve SIM dispor sobre as alterações na legislação tribu-

tária.

III – Errado. Já que a LDO deve sim dispor sobre tais normas. Conforme na LRF, com grifos

nossos:

Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição ...[...]e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos;

Questão 25 (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019) No que se refere à elaboração de proposta, à

discussão, à votação e à aprovação de lei orçamentária anual (LOA), assinale a opção correta.

a) Emendas ao projeto de LOA, para que sejam aprovadas, devem indicar os recursos estri-

tamente necessários ao cumprimento do respectivo objeto, admitindo-se apenas recursos

provenientes de excesso de arrecadação.

b) O prazo para o presidente da República enviar mensagem ao Congresso Nacional propon-

do modificação em projeto relativo ao orçamento anual se encerra com o início da discussão,

na comissão mista, da parte para a qual se propõe alteração.

c) As emendas ao projeto de LOA devem ser apresentadas diretamente ao plenário das duas

casas do Congresso Nacional, que sobre elas emitirão pareceres e as apreciarão.

d) As emendas individuais ao projeto de LOA serão aprovadas no limite de 1,2% da receita

corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo a metade desse

percentual destinada a ações e serviços públicos de saúde.

e) A execução orçamentária e financeira das programações relativas às emendas individuais

de parlamentares ao projeto de LOA é facultativa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 104: DIREITO FINANCEIRO

104 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Letra d.

Note que o disposto na alternativa D está em conformidade com o disposto na CF/1988. Con-

fira, com grifos nossos:

Art. 166, § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto en-caminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde.

Vamos apontar os erros das demais alternativas:

a) Errada. Já que serão admitidos apenas aqueles que forem provenientes de anulação de

despesa, considerando as ressalvas constitucionais do artigo 166, § 3º.

b) Errada. Já que, em verdade, esse prazo se encerra enquanto não iniciada a votação, na Co-

missão mista, da parte cuja alteração é proposta, conforme determina o artigo 166, § 5º, da

CF/1988.

c) Errada. Já que as emendas devem ser apresentadas na Comissão mista que possui

a responsabilidade de emitir parecer, que será apreciado no plenário das duas casas do

Congresso Nacional.

e) Errada. Já que é de execução obrigatória, conforme disposto no artigo 166, § 11, da CF/1988.

Questão 26 (CESPE/MPE-PI/PROMOTOR/2019) Durante a tramitação de um projeto de lei

orçamentária no Congresso Nacional, foi decidida a inclusão, por emenda, de determinada

dotação, para o que foi reduzida, em mesmo valor, outra dotação.

Nesse caso, de acordo com a determinação constitucional, pode ter sido reduzida dotação para

a) pessoal.

b) encargos sobre as despesas com pessoal.

c) amortização da dívida.

d) transferências tributárias constitucionais para estados.

e) investimentos.

Letra e.

Sim, as emendas podem ser aprovadas caso indiquem os recursos, podendo estar relaciona-

da à anulação de dotação de investimentos, como disposto na alternativa e.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 105: DIREITO FINANCEIRO

105 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Vamos ver na CF/1988 que as reduções de dotação propostas nas demais alternativas são

vedadas. Confira, com grifos e indicações nossa:

Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:a) dotações para pessoal (letra A) e seus encargos (letra B);b) serviço da dívida; (letra C)c) transferências tributárias constitucionais para Estados (letra D), Municípios e Distrito Federal;

Questão 27 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/TÉCNICO/2018) A respeito de orçamento público,

julgue o item seguinte.

O ciclo orçamentário inicia-se com a elaboração do projeto de lei orçamentária e se encer-

ra com a publicação da lei do orçamento pelo Poder Executivo, após sua aprovação pelo

Poder Legislativo.

Errado.

O ciclo orçamentário realmente inicia-se com a elaboração do projeto de lei orçamentária,

porém não se encerra com a publicação da Lei Orçamentária. Essas são apenas as duas

primeiras etapas do ciclo. Relembre, de forma resumida, com funciona o ciclo orçamentário:

Planejamento

Execução

Controle Elaboração

Em outras palavras, o Ciclo Orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexível, por

meio do qual se planeja, elabora, discute, aprova, executa, controla e avalia a programação

de gastos do setor público tanto no aspecto físico quanto no aspecto financeiro. Veja o

ciclo ampliado:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 106: DIREITO FINANCEIRO

106 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Ciclo / processo orçamentário

Elaboração ExecuçãoAvaliação e

controleDiscussão, votação

e aprovação

1 -Elaboração

do PPA

2 – Discussão,votação e

aprovação do PPA

4 – Discussão,votação e

aprovação da LDO

7 – Execuçãoorçamentária

8 – Avaliação e controle

da execução orçamentária

6 – Discussão,votação e

aprovação da LOA

3 -Elaboração

da LDO

5 -Elaboração

da LOA

Lembre-se ainda de que o ciclo orçamentário tem duração maior do que um ano (um exer-

cício financeiro), já que começa no ano anterior, com as fases de planejamento, elaboração,

discussão e aprovação, e só termina depois do fim do exercício financeiro em que é executa,

com a sua avaliação e controle.

Questão 28 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Com relação às técnicas e aos ins-

trumentos utilizados na elaboração e na aprovação do orçamento, julgue o item que se segue.

É vedada a utilização dos recursos provenientes de excesso de arrecadação como fonte para

a abertura de créditos suplementares ou especiais.

Errado.

Na verdade, os recursos provenientes de excesso de arrecadação podem ser utilizados como

fonte para abertura de créditos suplementares e especiais. Confira na Lei n. 4.320/1964,

com grifos nossos:

Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos dis-poníveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 107: DIREITO FINANCEIRO

107 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:I – o superavit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anteriorII – os provenientes de excesso de arrecadaçãoIII – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicio-nais, autorizados em LeiIV – o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realiza-las.

Questão 29 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamentá-

ria, julgue o item.

Quanto aos créditos orçamentários adicionais, o crédito suplementar incorpora-se ao orçamen-

to vigente, adicionando-se à dotação orçamentária que deva reforçar, ao passo que os créditos

especiais são destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.

Certo.

Realmente, os créditos suplementares são destinados a reforçar dotações já existentes e os

especiais destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.

Questão 30 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) De acordo com a Lei Complemen-

tar n.º 101/2000, e suas alterações, e com a Lei n. 4.320/1964, julgue o item subsecutivos.

O superavit financeiro apurado no balanço financeiro do exercício anterior constitui fonte de

recursos para a abertura de créditos especiais e suplementares.

Errado.

Na verdade, o superavit financeiro apurado no balanço patrimonial (não no balanço financei-

ro) constitui fonte de recursos. Confira na Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos dis-poníveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:I – o superavit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;II – os provenientes de excesso de arrecadação;III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicio-nais, autorizados em Lei;IV – o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realiza-las.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 108: DIREITO FINANCEIRO

108 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Questão 31 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Com relação ao processo orça-

mentário brasileiro, julgue o item subsequente.

Poderão ser abertos créditos suplementares ao orçamento desde que haja recursos disponí-

veis, ainda que oriundos de operações de crédito autorizadas nos termos legais.

Certo.

Sim, o produto de operações de crédito autorizadas pode ser utilizado como fonte de abertura

para créditos suplementares. Confira na Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos dis-poníveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:I – o superavit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;II – os provenientes de excesso de arrecadação;III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicio-nais, autorizados em Lei;IV – o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realiza-las.

Questão 32 (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Acerca de administração financeira e orçamen-

tária e do orçamento público no Brasil, julgue o item.

Os créditos extraordinários podem ser abertos ainda que não haja dotações orçamentárias

disponíveis para a realização da despesa.

Certo.

Sim, já que os créditos extraordinários são utilizados para despesas imprevistas e urgentes.

Confira na Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, como-ção intestina ou calamidade pública.(...)Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos dis-poníveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 109: DIREITO FINANCEIRO

109 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Questão 33 (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Julgue o item que se segue, relativo ao Sistema

de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF) e aos créditos orçamentários adicionais.

Embora seja admitida para atender despesas imprevisíveis, a abertura de créditos extraordi-

nários depende da indicação dos recursos correspondentes.

Errado.

Embora os créditos extraordinários sejam destinados a atender despesas imprevistas, porém

o artigo 43 da Lei n. 4.320/1964 determinou que apenas os créditos suplementares e espe-

ciais dependem da existência de recursos disponíveis. Confira, com grifos nossos:

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, como-ção intestina ou calamidade pública.Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos dis-poníveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.

Questão 34 (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Julgue o item que se segue, relativo ao Sistema

de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF) e aos créditos orçamentários adicionais.

Os créditos suplementares previamente autorizados na lei orçamentária anual são abertos

por decreto do Poder Executivo.

Certo.

Note que como já temos autorização na Lei Orçamentária, cumprindo a previsão de autoriza-

ção legal do artigo 42 da Lei n. 4.320/1964, só falta mesmo a abertura por decreto executivo.

Confira na mencionada Lei e na CF/1988, com grifos nossos:

Lei n. 4.320/1964

Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 110: DIREITO FINANCEIRO

110 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

CF/1988:

Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suple-mentares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

Questão 35 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) A respeito dos principais mecanismos no plane-

jamento e execução do orçamento público, julgue o item que se segue.

É vedado alterar atributos dos créditos orçamentários sem autorização da lei orçamentária

anual ou de créditos adicionais.

Errado.

Na verdade, tais alterações são autorizadas por atos infra legais. Confira no MCASP, com gri-

fos nossos:

Ressalte-se que, na União, as alterações dos atributos do crédito orçamentário, constantes da Lei Orçamentária da União, tais como modalidade de aplicação, identificador de resultado primário (RP), identificador de uso (IU) e fonte de recursos (FR) não são caracterizadas como créditos adi-cionais por não alterarem o valor das dotações. Essas alterações são denominadas “outras alte-rações orçamentárias” e são realizadas por meio de atos infra legais, observadas as autorizações constantes da Lei de Diretrizes Orçamentárias do exercício financeiro correspondente.

Questão 36 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Com relação à programação e à execução orça-

mentária e financeira e ao acompanhamento da execução, julgue o item que se segue.

Uma alteração orçamentária qualitativa para a abertura de créditos especiais pode resultar na

criação de um programa de trabalho, de uma ação com todos os seus atributos e de um novo

subtítulo de uma ação já existente.

Certo.

Atente ao fato de que apenas nos créditos extraordinários e especiais que se cria um pro-

grama de trabalho, de uma ação com todos os seus atributos e de um novo subtítulo de uma

ação já existente. Confira diretamente no MTO 2018, com grifos nossos:

Nos casos de abertura de créditos especiais ou extraordinários, em que há necessidade de criação de um novo programa de trabalho, deve-se proceder à solicitação de uma alteração orçamentária

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 111: DIREITO FINANCEIRO

111 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

qualitativa. Tal alteração implica a criação de uma nova ação com todos os seus atributos, ou no desdobramento de uma ação existente em novo subtítulo.

Questão 37 (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Julgue o item seguinte, relativo aos instru-

mentos e ao processo de orçamentação.

Se o presidente da República vetar determinada dotação orçamentária, os recursos corres-

pondentes a essa dotação poderão servir de fonte para a abertura de créditos especiais.

Certo.

Guarde que temos 6 fontes de recursos para abertura de créditos adicionais:

1) Superavit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;

2) Excesso de arrecadação;

3) Anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais;

4) Operações de crédito;

5) Recursos sem despesas correspondentes; e

6) Reserva de contingência.

Assim, caso o Presidente da República vete determinada dotação orçamentária, os recursos

correspondentes a essa dotação poderão servir de fonte para a abertura de créditos espe-

ciais, conforme item 5 o (recursos sem despesas correspondentes), com base no § 8º do

artigo 166 da CF/1988.

Questão 38 (CESPE/TCE-PB/AUDITOR/2018) No que se refere a vedações constitucionais

em matéria orçamentária dispostas nas normas gerais de direito financeiro da CF, assinale a

opção correta.

a) A CF não veda a abertura de crédito suplementar ou especial, mesmo sem a indicação dos

recursos correspondentes e a prévia autorização legislativa.

b) O início de programas e projetos não incluídos na LOA é admitido excepcionalmente pela

CF, desde que a sua execução não ultrapasse a previsão orçamentária fixada no exercício

financeiro anterior.

c) A CF veda aos estados e às suas instituições financeiras a realização de transferência vo-

luntária de recursos aos municípios para pagamento de despesas com pessoal.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 112: DIREITO FINANCEIRO

112 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

d) A LOA permite a inclusão de dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despe-

sa.

e) A CF admite a edição de medida provisória para a abertura de crédito extraordinário para

o atendimento de despesas imprevisíveis e urgentes, desde que haja autorização prévia do

Poder Legislativo.

Letra c.

De acordo com o Inciso X, do artigo 167 da nossa Carta Magna, é vedado aos estados e às

suas instituições financeiras a realização de transferência voluntária de recursos aos muni-

cípios para pagamento de despesas com pessoal, bem como a concessão de empréstimos,

inclusive por antecipação de receita – ARO, pelos Governos Federal e Estaduais e suas ins-

tituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista,

dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Questão 39 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito do ciclo, do processo e dos princí-

pios do orçamento público, julgue o item subsequente.

As metas e os riscos fiscais são gerados na etapa de planejamento do processo de elabora-

ção do orçamento anual.

Errado.

Na verdade, as metas e os riscos fiscais, documentados no anexo de metas fiscais e de riscos

fiscais, integram a LDO.

Questão 40 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Em cada um dos itens que se seguem, é apre-

sentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, acerca do orçamen-

to público e da programação orçamentária e financeira do Brasil.

No ano 201X, o Departamento de Polícia Federal informou que as dotações orçamentárias

para custear a emissão de passaportes, previstas na lei orçamentária anual daquele exercício

financeiro, teriam sido totalmente utilizadas até o mês de julho, o que o obrigou a suspender

esse serviço. Nessa situação, é necessária a aprovação e a publicação de uma lei de créditos

adicionais do tipo especial para que o serviço de emissão de passaportes seja retomado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 113: DIREITO FINANCEIRO

113 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Errado.

Tenha sempre em mente que os créditos suplementares são os destinados a reforçar uma

dotação orçamentária já existente. Assim, caso a dotação para a emissão de passaportes

seja insuficiente, devem ser abertos créditos adicionais suplementares e não especiais como

disse a assertiva.

Questão 41 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Acerca dos mecanismos necessários à exe-

cução do orçamento, julgue o item que se segue.

Crédito adicional aberto com base em autorização dada pela lei orçamentária anual corres-

ponde a um crédito suplementar.

Certo.

Em verdade, o único crédito adicional que pode estar autorizado na LOA é o crédito suplemen-

tar, constituindo-se, assim, em verdadeira exceção ao princípio da exclusividade.

Questão 42 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito do ciclo, do processo e dos princí-

pios do orçamento público, julgue o item subsequente.

Constituído por diversas etapas, desde a proposta orçamentária até a aprovação da lei orça-

mentária, o ciclo orçamentário é, ao longo de todo exercício, um processo intermitente no que

diz respeito a análises e decisões.

Errado.

Em verdade, o ciclo orçamentário é um processo dinâmico, flexível, integrado e contínuo, onde

se planeja, elabora, aprova, executa, controla e avalia a programação de gastos do setor pú-

blico tanto no aspecto físico quanto financeiro.

Questão 43 (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Acerca dos instrumentos de planejamento e

orçamento, julgue o item a seguir.

No plano plurianual, é vedada a regionalização de metas por meio de critérios que abranjam

territórios maiores que as macrorregiões econômicas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 114: DIREITO FINANCEIRO

114 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Errado.

Em verdade, não existe essa vedação, existindo inclusive no manual de elaboração do PPA

federal uma indicação para que os programas possuam metas regionalizadas, sendo que a

regionalização será expressa em macrorregiões, estados ou municípios.

Questão 44 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Julgue o item seguinte, relativo à programa-

ção e à execução orçamentária e financeira.

O acompanhamento da execução orçamentária federal é competência privativa da Secretaria

de Orçamento Federal.

Errado.

Embora seja competência da SOF acompanhar a execução orçamentária, ela não prejudica a

competência de outros órgãos, já que não é uma competência privativa.

Questão 45 (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017) Julgue:

O plano plurianual estabelece diretrizes nacionais para as despesas de capital e para os pro-

gramas de duração continuada.

Errado.

Importante destacar que o PPA federal não contempla Diretrizes, nacionais, já que não contem-

pla as Diretrizes das demais esferas de governo, já que cada ente possui seu respectivo PPA.

Questão 46 (CESPE/TRE-BA/ANALISTA/2017) O ciclo orçamentário é o período de tempo

em que se processam as atividades típicas do orçamento público. Em sua concepção amplia-

da — adotada pela Constituição Federal de 1988 —, tal ciclo desdobra-se em oito fases. Uma

dessas fases corresponde à elaboração da proposta de orçamento pelo Poder Executivo e a

sua submissão ao Poder Legislativo. Essa fase ocorre

a) juntamente com a proposição de metas e prioridades para a administração pelo Poder

Executivo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 115: DIREITO FINANCEIRO

115 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

b) logo após a aprovação pelo Poder Legislativo da política de alocação de recursos proposta

pelo Poder Executivo.

c) logo após a apreciação e a adequação da lei de diretrizes orçamentárias pelo Poder

Legislativo.

d) imediatamente antes da execução do orçamento pelo Poder Executivo.

e) imediatamente após a apreciação e a aprovação do plano plurianual pelo Poder Legislativo.

Letra c.

Guarde que o prazo para a submissão da proposta orçamentária ao Legislativo foi definido

pelo artigo 35 do ADCT da CF/1988. Confira:

III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerra-mento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.

Assim, a proposta orçamentária deve ser submetida ao Legislativo até quatro meses antes do

encerramento do exercício, que é dia 31/08.

Questão 47 (CESPE/PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR/2017) Julgue:

Na LDO será estabelecida a política de aplicação a ser executada pelas agências oficiais

de fomento.

Certo.

Verdade, de acordo § 2º do artigo 165 da CF/1988:

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pú-blica federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e esta-belecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Questão 48 (CESPE/TRE-PI/ANALISTA/2016) Julgue:

As expressões sistema orçamentário e processo orçamentário são utilizadas indistintamente

para se referir ao documento orçamentário.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 116: DIREITO FINANCEIRO

116 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

Errado.

Em verdade, o documento orçamentário é o Orçamento Público ou LOA – Lei Orçamentária

Anual, que não é a mesma coisa que Ciclo Orçamentário que é todo o processo que abrange

as etapas do planejamento ao controle, passando pela elaboração e a própria execução da lei

orçamentária anual.

Questão 49 (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:

Para efeitos da LOA, o exercício financeiro tem início com a aprovação da lei, não coincidindo

este com o ano civil.

Errado.

O exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia-se em 1º de janeiro e se encerra

em 31 de dezembro de cada ano, não tendo início com a aprovação da lei, que ocorre no exer-

cício/ano anterior.

Questão 50 (CESPE/TCE-PR/CONSELHEIRO SUBSTITUTO/2016) Julgue:

De acordo com a CF, alterações na legislação tributária da União devem ser processadas em

conformidade com princípios e determinações contidos na LOA.

Errado.

Opa! Devem estar de acordo com a LDO e não com a LOA, de acordo com o artigo 165 da

CF/1988:

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pú-blica federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e esta-belecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 117: DIREITO FINANCEIRO

117 de 120www.grancursosonline.com.br

Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte IDIREITO FINANCEIRO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Orçamento Público (AFO e LRF) – Editora Campus – Autor Augustinho Paludo

Finanças Públicas– Editora Campus – Autores Fábio Giambiagi e Ana Cláudia Duarte de Além.

Orçamento Público– Editora Atlas – Autor James Giacomoni.

Direito Financeiro– 6ª Edição – Editora Método – Autora Tathiane Piscitelli.

Direito Financeiro e Tributário –Editora Atlas – Autor Kyoshi Harada.

Direito Financeiro e Controle Externo – 10ª Edição – Editora Método – Autor Valdecir Pascoal.

Administração Financeira e Orçamentária – 2ª Edição – Editora Juspodium – Autor Giovanni

Pacelli.

Agora é hora de avaliar a aula! Se gostou, ótimo! Se não gostou, comente onde podemos

melhorar!

Siga-me (profmanuelpinon) no Instagram e Facebook. Temos excelentes cards para revi-

são!

Até a próxima ou ao fórum de dúvidas!

Professor Manuel Piñon

[email protected] Piñon

Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área de concursos públicos.Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 118: DIREITO FINANCEIRO

118 de 120www.grancursosonline.com.br

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 119: DIREITO FINANCEIRO

119 de 120www.grancursosonline.com.br

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 120: DIREITO FINANCEIRO

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.