diabetes mellitus julho 2014 3ª parte - atenÇÃo farmacÊutica.pptx

94
DIABETES MELLITUS Profª Denise Terenzi

Upload: denise-terenzi

Post on 11-Dec-2015

226 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

DIABETES MELLITUS

Profª Denise Terenzi

POR QUE A ATENÇÃO FARMACÊUTICA É TÃO IMPORTANTE PARA O PACIENTE DIABÉTICO?

DIABETES MELLITUS

• Usuário do SUS já apresenta sinais de estágio avançado da doença, o que demonstra, entre outros fatores, as dificuldades de diagnóstico precoce e ações de prevenção primária e secundária.

• Objetivos mais importantes das ações de saúde em DM - controlar a glicemia e reduzir morbimortalidade

• Intervenção educativa sistematizada e permanente com os profissionais de Saúde é um aspecto fundamental para mudar as práticas atuais em relação a esses problemas de saúde.

DIABETES MELLITUSATENÇÃO FARMACÊUTICA• Dificuldades e déficit cognitivo, analfabetismo;• Diminuição da acuidade visual e auditiva;• Problemas emocionais, sintomas depressivos e outras barreiras

psicológicas;• Sentimento de fracasso pessoal, crença no aumento da severidade da

doença;• Medos: da perda da independência; de hipoglicemia, do ganho de peso,

das aplicações de insulina;• Insulina: realiza a autoaplicação? Se não realiza, quem faz? Por que não

autoaplica? Apresenta complicações e reações nos locais de aplicação? Como realiza a conservação e o transporte?

• Automonitorização: Consegue realizar a verificação da glicemia capilar? Apresenta dificuldades no manuseio do aparelho?

DIABETES MELLITUSOrientações sobre a insulina

• A insulina é sensível à luz, a temperaturas muito altas (mais de 30 graus) ou muito baixas (abaixo de 2 graus) e à agitação do frasco, e pode ter seu efeito alterado se for exposta a uma dessas situações.

• O ideal é guardar os frascos que não estão em uso na geladeira, dentro de um recipiente plástico tampado, longe do congelador.

• Se ela for congelada, não poderá ser reaproveitada. • O frasco que está em uso pode ser mantido em temperatura ambiente,

observando- se os cuidados citados e desde que o tempo de uso não ultrapasse um mês.

• Para transportar a insulina, pode-se colocá-la em um recipiente de isopor - sem gelo

• A seringa e a agulha poderão ser reaproveitadas, mas não devem ser lavadas, fervidas ou desinfetadas com álcool. O importante é proteger a agulha, colocando a tampa logo depois do uso.

DIABETES MELLITUS• Para algumas pessoas com diabetes, especialmente para os recém-

diagnosticados com diabetes tipo 1, a aplicação diária de insulina pode assustar, mas, com um pouco de treino, a prática se torna uma atividade rotineira. O treino também é fundamental na adoção da técnica correta. Caso contrário, o paciente corre o risco de apresentar grave descontrole glicêmico.

• A recomendação médica é que a insulina seja injetada no tecido subcutâneo, camada de gordura que fica logo abaixo da pele. Se a agulha atingir o músculo, por exemplo, a insulina será absorvida mais rapidamente, sem falar que a dor será maior. Já se a injeção for mais superficial, o hormônio ficará na pele, afetando seu início de ação e a duração no organismo. Por isso, aprender a técnica correta de aplicação faz parte do tratamento.

DIABETES MELLITUS• Dependendo do tamanho da agulha usada na aplicação, os profissionais

de saúde orientam a fazer uma prega subcutânea e inserir a agulha em um ângulo de 90 graus. No caso de agulhas de 4 mm e 5 mm, a prega subcutânea é dispensável e a única recomendação é que a injeção seja feita em ângulo de 90 graus. As etapas para fazer a prega são:

• Passar o álcool 70% com um movimento único no local escolhido para aplicação Fazer uma prega subcutânea utilizando apenas os dedos polegar e indicador

• Inserir a agulha com um movimento rápido. • Empurrar o êmbolo (ou botão no caso de caneta) para injetar a insulina.

Esperar 5 segundos no caso de seringa e 10 segundos no caso de canetas antes de retirar a agulha da pele e, em seguida, soltar a prega subcutânea

DIABETES MELLITUS

• É importante ressaltar que o ângulo de 90 graus não é indicado para todos os locais de aplicação. Se a área do corpo tem menos gordura, a aplicação deve ser feita em um ângulo de 45 graus para evitar injeção intramuscular. A escolha do ângulo para inserir a agulha no corpo depende do tipo físico, local de aplicação e comprimento da agulha. O profissional de saúde pode ajudar a determinar o melhor ângulo para aplicação de insulina de acordo com o perfil do paciente.

DIABETES MELLITUS

O local de aplicação mais comum é o abdômen, mas a parte traseira superior dos braços, as nádegas e a lateral exterior das coxas também são áreas usadas com frequência.

DIABETES MELLITUSSITUAÇÕES DECORRENTES DA APLICAÇÃO DE INSULINA1. Equimoses (manchas roxas): podem aparecer manchas roxas nos pontos de aplicação da insulina. Nas próximas aplicações, deixe o local descansando e aplique em outras áreas. A mancha desaparecerá em alguns dias.2. Reação local: vermelhidão, inchaço e coceira podem ocorrer nos locais de aplicação. Observe e aplique em outro local. A tendência é que esta reação desapareça com o passar dos dias. Se as lesões na pele aumentarem ou se espalharem pelo corpo, você deverá ajuda.

DIABETES MELLITUS

SITUAÇÕES DECORRENTES DA APLICAÇÃO DE INSULINA3. Hipertrofia: podem aparecer “pontos endurecidos” e elevação da pele nos locais de aplicação da insulina, causados pela falta de rodízio destes locais. O problema disso é que o aproveitamento da insulina pelo seu corpo fica alterado, e os níveis de glicose não ficam adequadamente controlados.4. Atrofia: podem aparecer afundamentos da pele nos locais de aplicação, causados por perda de gordura. Isto ocorre por uma reação à insulina. Observe e aplique em outro local. A tendência é que esta alteração desapareça com o passar dos meses.

DIABETES MELLITUS• Educar para reconhecer sintomas de hipoglicemia, como visão borrada,

confusão, frio, fome excessiva, cefaleia, náuseas, entre outros, e a conhecer hábitos que podem resultar em hipoglicemia, como atraso ou esquecimento de uma refeição, exercícios intensos e álcool. Caso ocorram esses sintomas, colocar açúcar entre a gengiva e a bochecha.

• Educar para reconhecer sintomas de hiperglicemia e cetoacidose, como visão borrada, boca e pele secas, náuseas, vômitos, aumento da frequência e do volume de urina, perda de apetite, entre outros, e a conhecer hábitos e/ou situações que podem resultar em hiperglicemia, como diarreia, febre, infecções e dieta inadequada.

• Orientar quanto à importância da adesão aos esquemas de dieta, exercícios e monitoramento de glicemia e da organização de um esquema de administração que previna reaplicação no mesmo local em menos de 15 a 20 dias.

DIABETES MELLITUS

• Essencial conscientizar o diabético da sua participação no controle glicêmico, com determinação de glicemia capilar, como proceder em situações de hiper ou hipoglicemia, nas infecções e na gravidez.

• Isto melhora o controle do DM e diminui a frequência de internações hospitalares.

DIABETES MELLITUS

AS COMORBIDADES QUE SE APRESENTAM TEM ENFOQUE DIFERENTE CASO O PACIENTE

SEJA DIABÉTICO.

DIABETES MELLITUS - COMORBIDADESHipertensão Arterial

• Tratamento da hipertensão arterial -importante nos pacientes diabéticos-– Prevenção da doença cardiovascular (DCV) – Minimizar a progressão da doença renal e da

retinopatia diabética.• Métodos não farmacológicos • Pacientes de alto risco para eventos

cardiovasculares- recomenda-se o uso de medicação anti-hipertensiva para diabéticos com pressão arterial acima de 130/80 mmHg

DIABETES MELLITUS - COMORBIDADESHipertensão Arterial

• CLASSIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE RECOMENDAÇÃO:

• (A) Estudos experimentais e observacionais de melhor consistência;

• (B) Estudos experimentais e observacionais de menor consistência;

• (C) Relatos de casos – estudos não controlados; • (D) Opinião desprovida de avaliação critica, baseada

em consenso, estudos fisiológicos ou modelos animais.

DIABETES MELLITUS - COMORBIDADESHipertensão Arterial

DIABETES MELLITUS - COMORBIDADESHipertensão Arterial

DIABETES MELLITUS - COMORBIDADESDislipidemias

• Pacientes com DM2 estão sujeitos de duas a quatro vezes mais risco de doenças cardiovasculares (DCV) quando em comparação com não diabéticos.

• A doença aterosclerótica, que compreende doença arterial coronariana (DAC), doença vascular periférica (DVP) e doença cerebrovascular, é responsável por 75% das mortes de indivíduos com DM2, 50% por DAC.

• Pacientes com DM2 são frequentemente portadores de dislipidemias.

DIABETES MELLITUS - COMORBIDADESDislipidemias

DIABETES MELLITUS - COMORBIDADESDislipidemias

DIABETES MELLITUS –COMORBIDADESAgregação plaquetária

• Diabetes mellitus - distúrbio metabólico e também considerado uma doença vascular → Síndrome dismetabólica cardiovascular

• A presença de doença arterial periférica (DAP) sintomática é um marcador para doença aterosclerótica sistêmica e para eventos coronarianos e cerebrovasculares.

• Prevalência de DAP nos pacientes diabéticos em comparação com os não diabéticos é muito alta, e no idoso - ainda maior

• Homeostase entre fatores pro-trombóticos e mecanismos fibrinolíticos - ausente no diabetes, atingindo a integridade e a funcionalidade dos vasos, favorecendo um acentuado estado pro-trombótico e levando a trombose vascular

• A agregação espontânea das plaquetas (AEP) é raramente observada em indivíduos sadios, enquanto está presente em adultos com angina instável, diabetes, dislipidemia, estresse emocional e em exercícios físicos extenuantes.

• A aterosclerose acelerada observada nas pessoas diabéticas é atribuída, em parte, a hiperreatividade das plaquetas

DIABETES MELLITUS –COMORBIDADESAgregação plaquetária

DIABETES MELLITUS –COMORBIDADESAgregação plaquetária

Recomendações para o uso de AAS na prevenção primária de eventos cardiovasculares em pacientes com diabetes:• O uso de AAS em baixas doses (75 a 162 mg/dia) deve ser considerado para pacientes com risco de DCV > 10% na ausência de fatores de risco para sangramento. • O AAS não é recomendado para homens com diabetes abaixo dos 50 anos de idade e mulheres com menos de 60 anos que não tenham qualquer outro fator de risco cardiovascular .• O AAS pode ser considerado para aqueles pacientes com diabetes em risco intermediário.

DIABETES MELLITUS –COMORBIDADESAgregação plaquetária

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença macrovascular

• MICROVASCULAR - Doença dos pequenos vasos dos rins, olhos e nervos

• MACROVASCULAR - Doença dos grandes vasos - coração, cérebro e pés

• Prevenção primária – prevenção do próprio DM e dos outros fatores de risco: hipertensão, dislipidemia, obesidade, tabagismo e sedentarismo

• Prevenção secundária - tratamento e o controle adequado da hiperglicemia

• Medicamentos utilizados no tratamento do DM - prevenir ou diminuir eventos cardiovasculares: rosiglitazona, nateglinida; intervenção precoce com insulina glargina e acarbose em pré-diabetes

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença macrovascular

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença macrovascular

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença macrovascular

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença macrovascular

• Presença de DM adianta em 15 anos a idade para a ocorrência de DCV.

• Homens e mulheres diabéticos tipos 1 e 2, com idades respectivamente superiores a 40 e 50 anos geralmente apresentam risco de eventos coronarianos > 2% ao ano

DIABETES MELLITUS

CASO O TRATAMENTO NÃO SEJA FEITO CORRETAMENTE,

SURGEM COMPLICAÇÕES

DIABETES MELLITUS - Complicações

• NEUROPATIA PERIFÉRICA – Exame neurológico (monofilamento)

• NEFROPATIA – Microalbuminúria (24h ou amostra isolada)

– Exame comum de urina• RETINOPATIA

– Fundo de olho com pupila dilatada

• CARDIOPATIA – ECG e/ou teste de esforço

• PÉ DIABÉTICO – Exame do pé

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

RETINOPATIA DIABÉTICA (RD)• RD é umas das principais complicações relacionadas ao

DM e a principal causa de cegueira em pessoas com idade entre 20 e 74 anos.

• Aproximadamente 12% dos novos casos de cegueira legal, isto é, a diminuição da acuidade visual a um nível que impeça o exercício de atividades laborais, são causados pela RD.

• Após 20 anos de doença, mais de 90% dos diabéticos tipo 1 e 60% daqueles com o tipo 2 apresentarão algum grau de retinopatia.

DIABETES MELLITUS - Complicações

DIABETES MELLITUS - Complicações

DIABETES MELLITUS - Complicações

DIABETES MELLITUS - Complicações

DIABETES MELLITUS - Complicações

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

RETINOPATIA DIABÉTICA (RD)• RD é umas das principais complicações relacionadas ao DM e a

principal causa de Na RD, a principal causa de baixa visual é o edema macular, podendo estar presente desde as fases iniciais da retinopatia até em casos nos quais há doença proliferativa grave, acometendo 30% dos pacientes com mais de 20 anos de diabetes.

• A forma proliferativa se relaciona com a perda visual grave, devido a eventos oculares potencialmente causadores de cegueira irreversível, como a isquemia retiniana difusa, incluindo a macular e o descolamento tracional de retina.

• Estima-se que em olhos com RD proliferativa não tratada a taxa de evolução para cegueira seja de 50%, em 5 anos.3

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

RETINOPATIA DIABÉTICA (RD)• Número aproximado de 2 milhões de brasileiros com

algum grau de RD• O risco de cegueira pela RD pode ser reduzido a menos de

5% quando o diagnóstico é realizado em tempo adequado e o tratamento realizado corretamente

• Tempo de duração do diabetes e o controle glicêmico - fatores mais importantes relacionados à RD

• Pacientes submetidos à insulinoterapia intensiva apresentaram redução de 76% no risco de desenvolvimento de retinopatia.

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

• Tratamento da RD instalada - fotocoagulação a laser nesses pacientes: padrão-ouro para o tratamento do edema macular e da retinopatia proliferativa.

• Tratamentos farmacológicos:– Drogas antiangiogênicas (bevacizumabe,

ranibizumabe e aflibercepte) e – Corticoesteroides (triancinolona acetonida),

injetados diretamente na cavidade vítrea.

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

• Fotocoagulação ou a pan-fotocoagulação com laser de argônio tem mostrado bons resultados na prevenção de alterações retinianas.

• A fotocoagulação age transformando tecido com hipóxia, capaz de liberar substâncias formadoras de neovasos, em zonas de anóxia cicatricial incapaz de produzir fatores angiogênicos.

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

• A laserterapia leva à proliferação do epitélio pigmentar, que quando renovado reduz a quantidade de líquido tecidual extracelular, eliminando a origem do edema tecidual.

• A vitrectomia é um procedimento cirúrgico pelo qual o vítreo é removida em um olho e substituído, geralmente com um gás ou líquido. Este procedimento é usado para o tratamento de diversas doenças oftalmológicas, como descolamento de retina, tromboses venosas, hemorragia vítrea e buraco macular.

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

• NEFROPATIA DIABÉTICA• Complicação crônica do diabetes mellitus (DM) que

acomete cerca de 35% dos pacientes diabéticos. • Em 25% dos pacientes a anormalidade observada e o

aumento da excreção urinaria de albumina (EUA) e em aproximadamente 17% observa-se a redução isolada da taxa de filtração glomerular (TFG).

• Em estudos realizados no sul do Brasil, verificou-se que cerca de 37% dos pacientes com DM tipo 2 (DM2) e 34% dos pacientes com DM tipo 1 (DM1) apresentam aumento da EUA.

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

• NEFROPATIA DIABÉTICA• A prevalência de DRD vem aumentando na mesma

proporção que o DM nos últimos 10 anos nos Estados Unidos, apesar do surgimento de novos fármacos antihiperglicêmicos e ampla utilização dos inibidores do sistema renina-angiotensina aldosterona (SRAA).

• Ainda, a DRD e a principal causa de insuficiência renal crônica (IRC) em pacientes ingressando em programas de dialise,5 inclusive no Brasil.

• DRD esta associada a importante aumento de mortalidade, principalmente relacionada a doença cardiovascular

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

• NEUROPATIA DIABÉTICA• Distúrbio neurológico demonstrável

clinicamente ou por métodos laboratoriais em pacientes diabéticos, excluindo-se outras causas de neuropatia

• Lesão neurológica extensa no organismo humano diabético, envolvendo amplamente todo o sistema nervoso periférico em seus componentes sensoriomotor e autônomo

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

• NEUROPATIA DIABÉTICA• Formas mais frequentes:– Polineuropatia sensoriomotora simétrica.– Neuropatia autonômica (cardiovascular, respiratória, digestiva e

geniturinária).• As principais manifestações clínicas de comprometimento somático

são de dormência ou queimação em membros inferiores, formigamento, pontadas, choques, agulhadas em pernas e pés, desconforto ou dor ao toque de lençóis e cobertores e queixas de diminuição ou perda de sensibilidade tátil, térmica ou dolorosa. – predominância de sintomas e sinais se localize nos membros inferiores,

mas os membros superiores (mãos e braços) podem também ser afetados

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

DIABETES MELLITUS - Complicações

• NEUROPATIA AUTONÔMICA• Bexiga neurogênica: infecções urinárias de

repetição, dificuldade na micção• Hipotensão postural: queda de 20 mmHg na pressão

sistólica em ortostase• Gastroparesia: empaxamento, desconforto

epigástrico• Diarréia do diabético: intercalada com obstipação• Alterações da sudorese• Disfunção erétil

DIABETES MELLITUS - Complicações• NEUROPATIA AUTONÔMICA

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

Tratamento dos sintomas e sinais de neuropatia autonômica • Disautonomia cardiovascular: Hipotensão postural: devem-

se evitar mudanças posturais bruscas, uso de meias ou calças compressivas, elevação da cabeceira do leito (30 cm) e, quando necessário, uso de fludrocortisona (Florinefe®) 0,1 a 0,4 mg/dia por via oral.

• Disautonomia gastrintestina l: – Gastresofágica: metoclopramida cisaprida e domperidona – Intestinal (diarreia/constipação intestinal): antibiótico de amplo

espectro e loperamida e difenoxilato; aumento da ingestão de fibra alimentar.

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

Tratamento dos sintomas e sinais de neuropatia autonômica • Disautonomia geniturinária: – Bexiga neurogênica: treinamento para

esvaziamento vesical programado (completo com manobras de compressão abdominal e autossondagem); antibioticoterapia nas infecções urinárias e na sua prevenção, cloridrato de betanecol em caso de volume residual pós-miccional significativo (mais de 100 ml).

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

Tratamento dos sintomas e sinais de neuropatia autonômica • Disautonomia geniturinária: – Disfunção erétil: atualmente, a primeira escolha

inclui os medicamentos do grupo dos inibidores da fosfodiesterase (sildenafila, vardenafila e tadalafila). Utilizam-se também drogas de uso intracavernoso ou intrauretral (papaverina, fentolamina e prostaglandinas), prótese peniana e dispositivos a vácuo.

DIABETES MELLITUSPrevenção da doença microvascular

DIABETES MELLITUSPrevenção do Pé Diabético

PÉ DIABÉTICO• O pé diabético - infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos moles

associados a alterações neurológicas e vários graus de doença arterial periférica (DAP) nos membros inferiores.

• A DAP afeta pacientes mais jovens com DM– 10% dos casos de DM recém-diagnosticado, – manifestações clinicas ocorrem cinco a dez vezes entre pacientes

diabéticos do que em não diabéticos– 25% a 50% dos pacientes podem ser assintomáticos ou apresentar

sintomas atípicos: – 20% a 30% tem claudicação intermitente – 10% a 20% manifestam formas mais graves da doença, evoluindo

para isquemia critica.

DIABETES MELLITUS - ComplicaçõesPÉ DIABÉTICO

DIABETES MELLITUSPrevenção do Pé Diabético

PÉ DIABÉTICO• No Brasil, 484.500 ulceras são estimadas em

um modelo hipotético de uma população de 7,12 milhões de pessoas DM2, com 169.600 admissões hospitalares e 80.900 amputações efetuadas, das quais 21.700 evoluíram para morte.

• Os custos anuais hospitalares são estimados em 461 milhões de dólares.

DIABETES MELLITUS - ComplicaçõesPÉ DIABÉTICO• Neuropatia sensorial : ausência de dor,

alteração da sensibilidade;• Comprometimento vascular: placas

ateromatosas, obstruções;• Comprometimento ocular ;• Formação de úlceras plantares com lenta

cicatrização.

DIABETES MELLITUS - ComplicaçõesPÉ DIABÉTICO

DIABETES MELLITUS - ComplicaçõesPÉ DIABÉTICO

DIABETES MELLITUSPrevenção do Pé Diabético

PÉ DIABÉTICO• Relativo à polineuropatia diabética (PND).• PND, quando associada ao comprometimento

motor, expressa efeito cumulativo de alteração de fibra grossa – perda da propriocepção, do movimento articular e do feedback da percepção de posição pelos receptores nas pernas e pés e da fraqueza muscular.

DIABETES MELLITUSPrevenção do Pé Diabético

• Lesão tecidual: papel da neuropatia no controle neurovascular

• Denervação causa implicação no controle neurovascular - alteração do fluxo capilar, oxigenação, filtração de fluidos e resposta inflamatória - pacientes diabéticos mais suscetíveis a lesão tecidual, infecção, inclusive ao desenvolvimento de neuroartropatia de charcot.

• Ação da PND em micro vasos com liberação de neuropeptídios vasodilatadores

• Acumulo de AGE na matriz extracelular, causando cruzamentos

DIABETES MELLITUSPrevenção do Pé Diabético

PÉ DIABÉTICO• Observam-se as deformidades neuropáticas típicas: dedos em

garra ou em martelo, proeminências de metatarsos e acentuação do arco, resultando em maior pressão plantar (PP)

DIABETES MELLITUSPrevenção do Pé Diabético

• A PP esta relacionada com a limitação da mobilidade articular (LMA), sobretudo nas articulações do tornozelo, subtalar e metatarsofalangianas, por comprometimento do colágeno tipo IV e deposição de produtos finais de glaciação avançada (AGE), resultando em hiperqueratose e calosidades, lesões preulcerativas típicas.

DIABETES MELLITUSPrevenção do Pé Diabético

AVALIACAO ANUAL : • Historia clinica e exame dos pés, – Remoção de calcados e meias do paciente,

• A perda da sensibilidade protetora (PSP) e o fator-chave para o desenvolvimento de ulcerações e maior vulnerabilidade a traumas (como uso de calcados inadequados, quedas, corte de unhas errático, caminhar descalço),conferindo um risco sete vezes maior.

DIABETES MELLITUSPrevenção do Pé Diabético

FATORES DE RISCO• História de úlcera prévia e/ou amputação.• Duração do DM (superior a 10 anos).• Mau controle: hemoglobina glicada (HbA1c) > 7%.• Visão deficiente.• PND: com ou sem deformidades, sintomas presentes ou ausentes.• DAP : claudicação presente ou ausente.• Orientação/educação deficiente acerca de DM e de problemas

nos pés.• Pouca acessibilidade ao sistema de saúde e• Morar sozinho

DIABETES MELLITUSPrevenção do Pé Diabético

Exame fisico • Condições dermatológicas como – Pele seca, – Rachaduras, – Unhas hipotróficas ou encravadas, – Maceração interdigital por micose, – Calosidades e – Ausência de pelos.

DIABETES MELLITUSPrevenção do Pé Diabético

TESTES• Etesiômetro ou

monofilamento de náilon - Detecta alteração de fibra grossa e avalia a sensibilidade protetora plantar.

DIABETES MELLITUSPrevenção do Pé Diabético

DIABETES MELLITUSPrevenção do Pé Diabético

• Diapasão 128 hz e o martelo avaliam fibras grossas, sensitivas e motoras, para avaliação de sensibilidade vibratória e reflexos aquileus,

• Pino (neurotip) ou palito descartável avalia fibras finas sensitivas, para identificar a sensibilidade dolorosa ou o pinprick, percepção da distinção de uma ponta romba e outra pontiaguda

DIABETES MELLITUSPrevenção do Pé Diabético

• Bioestesiômetro e neuroestesiômetro - instrumentos que quantificam o limiar da sensibilidade vibratória (LSV) mediante a aplicacao de uma haste de borracha dura na face dorsal do halux.

DIABETES MELLITUSPrevenção do Pé Diabético

• Polineuropatia diabética (PND).• Perda da sensibilidade protetora (PSP)• Doença arterial periférica (DAP)• O índice de pressão tornozelo/braço (ITB =

pressão arterial sistólica do tornozelo dividida pela pressão arterial sistólica do braço, ambas medidas com o paciente na posição supina) abaixo de 0.9 indica doença arterial oclusiva.

DIABETES MELLITUSPrevenção do Pé Diabético

DIABETES MELLITUSPrevenção do Pé Diabético

DIABETES MELLITUSPrevenção do Pé Diabético

DIABETES MELLITUSPrevenção do Pé Diabético

Recomendações sobre calçados para pacientes diabéticos• Peso: < 400 g (máximo: 480 g).• Parte anterior (frente): ampla, com largura e altura

suficientes para acomodar os dedos. • Parte externa: couro macio e flexível.• Forração interna: em couro de carneiro, microfibra

antialérgica e antibacteriana, passível de absorver o suor.

• Entressola: palmilhado com fibras de densidade variável.

DIABETES MELLITUSPrevenção do Pé Diabético

Recomendações sobre calçados para pacientes diabéticos• Solado: não flexível, do tipo mata-borrão, com redução de

impacto e antiderrapante, de couro ou borracha densa, colado ou costurado, espessura mínima de 20 mm.

• Contraforte rígido e prolongado: para acomodar e ajustar o retro pé, prevenindo atrito no calcâneo e/ou maléolo.

• Ausência de costuras e/ou dobras internas. • Colarinho almofadado.• Lingueta prolongada.• Gáspea complacente, com altura para o dorso do pé• Palmilha removível.

DIABETES MELLITUSPrevenção do Pé Diabético

Recomendações sobre calçados para pacientes diabéticos• Abertura e fechamento: com calce regulável (velcro ou

cadarço não encerado e mínimo de ilhoses: tipo blucher).• Cabedal de material não sintético.• Numeração: um ponto ou meio ponto e ao menos duas

larguras.• Salto 2 cm.• Rigidez no médio pé.• Fixação no calcanhar.

DIABETES MELLITUSPrevenção do Pé Diabético

DIABETES MELLITUSPrevenção do Pé Diabético

TRATAMENTO DO IDOSO COM DM

TRATAMENTO DO IDOSO COM DM

• A hipoglicemia é um dos efeitos colaterais mais preocupantes em pacientes com DM2, principalmente nos idosos.

• A própria condição de diabetes está associada a um risco aumentado de comprometimento cognitivo.

• Pacientes com diabetes tipo 2 apresentam risco aumentado de hipoglicemia, particularmente em idosos tratados com sulfonilureias.

TRATAMENTO DO IDOSO COM DM

• O estudo Edinburgh incluiu 1.066 pacientes com diabetes na faixa etária de 60 a 75 anos.– 831 pacientes retornaram para uma consulta

de seguimento quatro anos após a consulta inicial.

– Histórico de episódios de hipoglicemia– Avaliação cognitiva abrangendo aspectos

verbais, não verbais, de processamento e de memória operacional.

TRATAMENTO DO IDOSO COM DM

• Hipoglicemia grave esteve associada a um declínio mais acentuado da função cognitiva.

• Pessoas com habilidade cognitiva mais baixa podem ser mais susceptíveis a episódios de hipoglicemia.

• Hipótese de que as pessoas com uma habilidade cognitiva mais baixa seriam menos capazes de reconhecer os sinais e sintomas da hipoglicemia

• Hipoglicemia pode ser um fator de risco para o declínio cognitivo em pacientes idosos com DM2.

• Pacientes com esse perfil devem receber especial atenção em termos de uma monitorização glicêmica mais intensiva e da promoção de um maior conhecimento em relação à hipoglicemia e seu tratamento e prevenção.