diabetes mellitus ii[1]

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DIABETES MELLITUS Fernanda Serpa de Carvalho Graduada em Nutrição – UERJ Residência em Nutrição/Clínica Médica – HUPE Nutricionista Militar do CBMERJ Nutricionista Municipal – HMCF Ex-professora Contratada Suporte Nutricional – UERJ Pós-graduanda Nutrição Clínica Funcional – Valéria Paschoal

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Page 1: Diabetes mellitus ii[1]

DIABETES MELLITUS

Fernanda Serpa de CarvalhoGraduada em Nutrição – UERJ

Residência em Nutrição/Clínica Médica – HUPE

Nutricionista Militar do CBMERJ

Nutricionista Municipal – HMCF

Ex-professora Contratada Suporte Nutricional – UERJ

Pós-graduanda Nutrição Clínica Funcional – Valéria Paschoal

Page 2: Diabetes mellitus ii[1]

ClassificaçãoDiabetes mellitus insulino-dependente (tipo I ou

DMID)Diabetes mellitus não insulino dependente (tipo II

ou DMNID)Intolerância à glicoseDiabetes mellitus gestacionalOutras condições: - desnutrição - doença pancreática - Síndromes genética, induzido por droga

Page 3: Diabetes mellitus ii[1]

ClassificaçãoTipos de diabetes mellitus e outras categorias de intolerância anormal à glicose

Classes Clínicas CaracterísticaDiabetes Mellitus Tipo I As pessoas usualmente são magras, têm um início abrupto dos sintomas antes dos 30 anos e são dependentes da insulina exógena para evitar a cetoacidose e morteDiabetes Mellitus Tipo II As pessoas usualmente são obesas e maiores de 30 anos no diagnóstico.Podem ou não depender de insulina exógena para sobrevivência.Tolerância à glicose prejudicada As pessoas que têm níveis plasmáticos de glicose maiores que o normal, mas não diagnóstico.Diabetes Mellitus gestacional As mulheres que têm o início ou descoberta da intolerância à glicose durante à gravidezOutros Tipos O diabetes pode ser secundário à endocrinopatias, doença pancreática, alguma droga e químicos.

Page 4: Diabetes mellitus ii[1]

ClassificaçãoDiabetes Tipo I - 5% dos diabéticos - Deficiência de insulina – destruição das células ß

pancreáticasDiabetes Tipo II - 90% dos diabéticos - resistência à insulina (sensibilidade tecidual) e função

prejudicada das células ß (liberação retardada ou inadequada)

Intolerância à glicose – afeta mais pessoas que o Tipo I e o Tipo II juntos

Diabetes gestacional - 2 a 4% de todas as grávidas (início da 24° a 28º semana)

Page 5: Diabetes mellitus ii[1]

DiagnósticoCandidatos: história familiar de DM, obesos, mulheres

que tiveram filho macrossômico, todas as mulheres grávidas entra a 24º e a 28º semana gestacional

Sintomas clássicos:

- polidipsia, poliúria, polifagia e perda rápida de peso.

- Glicemia acima de 200 mg/dl (1 dosagem em jejum) ou acima de 126 mg/dl (jejum em 2 ocasiões)

Teste de tolerância oral à glicose (TTOG) – identifica diabetes, tolerância à glicose e diabetes gestacional

Hemoglobina glicosilada – teste de triagem, menos sensível do que TTOG .

Page 6: Diabetes mellitus ii[1]

Teste de tolerância oral à glicoseTeste de tolerância oral à glicoseJejum de 10 a 16 horas – administração de 75g glicoseColhido sangue antes da glicose e 0,5, 1, 1,5 e 2 h após

Jejum ou hora após glicose

Normal Prejudicada Diabetes Diabetes

gestacional

Jejum

0,5 e/ou 1 h

<110

<200

<126

≥ 200

≥ 126

≥ 200

≥ 105

≥ 190

2 <140 140 – 199 ≥ 200 ≥ 165

3 ≥ 145

Page 7: Diabetes mellitus ii[1]

METABOLISMO PÓS PRANDIALMETABOLISMO PÓS PRANDIALInsulina- metabolismo e armazenamento de energia.Start de produção de insulina em resposta ao aumento da

glicemia pós prandialInsulina estimula: - síntese de glicogênio - glicólise - síntese de ácidos graxos e proteínas - síntese das lipases lipoproteicasInsulina inibe: - glicogenólise - gliconeogênese - lipólise e proteólise

Page 8: Diabetes mellitus ii[1]

METABOLISMO JEJUM E DMMETABOLISMO JEJUM E DMO DM assemelha-se ao jejumTecido adiposo:

- liberação contínua de ácidos graxosFígado:

- gliconeogênese - glicólise - produção VLDL - produção de butirato, acetoacetato e ß-hidroxibutirato

Músculo:- glicogênio - proteína muscular degradada- uso de cetonas e ácidos graxos

Tecidos não insulino-depemdentes- Acúmulo de glicose lesão tecidual (glomérulos, vasos retinianos, nervos e células sanguíneas)

Page 9: Diabetes mellitus ii[1]

COMPLICAÇÕES AGUDASCOMPLICAÇÕES AGUDASHiperglicemia

Sintomas: Poliúria, polidipsia, falta de energia, irritabilidade, visão turva e perda de peso.

Hipoglicemia (mais freqüente)Causas: refeições não realizadas ou atrasadas, consumo

de álcool sem alimento e exercício físico.Sintomas: confusão, cefaléia, coordenação deficiente,

irritabilidade, tremor, ira, sudorese, comaTratamento: 15g de carboidrato (elevar a glicemia entre

50-100 mg/dl em 15 min)

Page 10: Diabetes mellitus ii[1]

COMPLICAÇÕES AGUDASCOMPLICAÇÕES AGUDASCetoacidose diabética (hiperglicemia e cetonemia):

Causa: aderência inadequada ao tratamento

Sintomas: náusea, poliúria, polidipsia, hiperventilação, desidratação, fadiga e odor de fruta das cetona.

Normalmente DM Tipo I

Estado hiperglicêmico não cetótico (glicemia acima de 750 mg/dl sem cetonemia importante)

Causa: ingestão excessiva de açucar, exposição ao calor, desidratação ou doença.

Sintomas: desidratação, hipotensão, capacidade mental diminuída, confusão, convulsões e coma.

Normalmente DM Tipo II

Hipertrigliceridemia (acima de 2000 mg/dl):

Sintomas: lesões de pele e pancreatite

Page 11: Diabetes mellitus ii[1]

COMPLICAÇÕES A CURTO PRAZOCOMPLICAÇÕES A CURTO PRAZO

Glicosilação de proteínas

Hemoglobina glicosilada

- Relacionada à magnitude e duração da hiperglicemia.

- Reflete o controle glicêmico ao longo de 6 a 8 semenas.

- Mau controle excede 9%

Formação de polióis (sorbitol e frutose)

distensão e intoxicação celular/ alteração de nervos periféricos

Page 12: Diabetes mellitus ii[1]

COMPLICAÇÕES A LONGO PRAZOCOMPLICAÇÕES A LONGO PRAZORetinopatia / Nefropatia / Neuropatia

Bom controle glicêmico e tendências genéticas individuais afetam a freqüência

O Estado em Controle e Complicações do Diabetes (ECCD) – 1993:- Estudo com 1441 pacientes diabéticos Tipo I (EUA e Canadá) - Conclusão: dos níveis de glicose sanguínea :

em 76% no risco de retinopatia diabética em 50% no risco de nefropatia diabética em 60% no risco de neuropatia diabética

Page 13: Diabetes mellitus ii[1]

COMPLICAÇÕES A LONGO PRAZOCOMPLICAÇÕES A LONGO PRAZO

Aterosclerose

- complicação mais comum

- Homens diabéticos risco 2-3 x maior

- Mulheres diabéticas risco 3-4 x maior de DAC, AVC e doença vascular periférica

Mecanismos ainda não bem compreendidos

Page 14: Diabetes mellitus ii[1]

COMPLICAÇÕES A LONGO PRAZOCOMPLICAÇÕES A LONGO PRAZO

Fatores de risco para aterosclerose que estão presentes no DM:

- HAS (principal FR, diabéticas desenvolvem + freqüentemente)

- Dislipidemias

- Insulina sérica elevada

- de fibrinogênio e fator de von Willebrand

- Anormalidades das funções das plaquetas

- Glicosilação das proteínas

Page 15: Diabetes mellitus ii[1]

OBJETIVOS DA TERAPIA OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICONALNUTRICONAL

Diretrizes da Associação Americana de Diabetes (ADA):- 1º objetivo: manter a glicemia o mais próximo do normal- 2º objetivo: concentrações desejáveis de lipídeos ADA

EspecíficosAlcançar níveis sanguíneos de glicose fisiológicosManter lipídeos plasmáticos desejáveisReduzir a probabilidade de complicações específicas do DMRetardar o desenvolvimento de aterosclerose

GeraisFornecer seleção ótima de nutrientesAtingir e manter peso corporal desejávelSatisfazer as necessidade de energia Adaptar para necessidades específicas (gravidez, doença renal...)

Page 16: Diabetes mellitus ii[1]

Retardar o desenvolvimento da aterosclerose:

- manutenção do peso corporal desejável;

- dieta rica em fibra dietética

- proteína de soja e antioxidantes

- pobre em gorduras totais, saturadas e colesterol Diabetes Tipo I

- Ingestão alimentar habitual e padrão de preferência;

- Alimentar-se em horários constantes

- Ajuste de insulina para a prática de atividade física Diabetes Tipo II

- Ênfase na manutenção do peso adequado

- Níveis de glicose, lipídeos e HAS controlados

OBJETIVOS DA TERAPIA OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICONALNUTRICONAL

Page 17: Diabetes mellitus ii[1]

PLANO NUTRICIONALPLANO NUTRICIONAL

Carboidratos:

- 50-60 % do VET

- simples menos que 1/3

- não refinados vantagens (menor teor glicêmico, maior saciedade, ligação com o colesterol)

Associação Americana e Britânica de Diabetes (1980):

- Dieta restrita em gorduras, porém mais alta em carboidratos complexos e fibras dietéticas.

- Dieta em carboidratos e em monoinsaturada poucos estudos suportam essa recomendação.

Page 18: Diabetes mellitus ii[1]

RESPOSTA GLICÊMICARESPOSTA GLICÊMICAÍndice glicêmico :

Comparar a resposta glicêmica de alimentos testes com a de um alimento considerado referência (pão ou glicose)

- Carboidratos simples possuem maior resposta glicêmica que os complexos

- Diferentes carboidratos complexos apresentam diferentes respostas glicêmicas (ex: pães e batatas > feijões)

- Fatores que influenciam a resposta glicêmica :- Tempo de ingestão;- Conteúdo de fibras;- Gorduras e proteínas- Métodos de processamento e cozimento;- Grau de amadurecimento- Proporção amilopectina / amilose

Page 19: Diabetes mellitus ii[1]

PLANO NUTRICIONALPLANO NUTRICIONALProteínas:

- 10 a 20 % do VET

- 0,8g/Kg peso ou 10% do VET (presença de nefropatia diabética)

- substituir a proteína animal por proteína de soja (deve ser considerada)

Page 20: Diabetes mellitus ii[1]

PLANO NUTRICIONALPLANO NUTRICIONAL

Gorduras:

- < 30% do VET

- < 10% de gordura saturada

- < 10% de gordura poliinsaturada

- < 300mg/dia colesterol (recomenda-se < 200 mg)

- 15% de gordura monoinsaturada

Indivíduos não obesos com triglicerídeos normais – até 35% do VET de lipídeos, se a gordura adicional vier de fontes monoinsaturadas.

Page 21: Diabetes mellitus ii[1]

PLANO NUTRICIONALPLANO NUTRICIONALGorduras:Excesso de gordura:- resistência à insulina (número de receptores de insulina)

- Obesidade - HAS- Aterosclerose Redução das gorduras – recomendação dietética de mais

difícil adesão Redução das gorduras - + importante no DM Tipo II,

enquanto limitação de proteínas + importante no DM Tipo I

Page 22: Diabetes mellitus ii[1]

PLANO NUTRICIONALPLANO NUTRICIONAL

Gorduras monoinsaturadas

Indivíduos com Tg e VLDL elevados - a ingestão de monoinsaturadoa até 20% do VET com ingestão mais moderada de carboidratos

Ingestão aumentada de gordura – pode aumentar a resistência à insulina e agravar a obesidade.

embora a gordura a sensibilidade à insulina isso pode não acontecer c/ a gordura monoinsaturada

Page 23: Diabetes mellitus ii[1]

PLANO NUTRICIONALPLANO NUTRICIONAL

ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA 3

VANTAGENS DESVANTAGENS níveis de Triglicerídeos - agravar a hiperglicemia níveis de Pressão Arterial - elevar LDL-c

Pesquisas recentes: os benefícios dos suplementos de óleo de peixe superam as desvantagens e podem beneficiar pacientes cuidadosamente monitorados.

Page 24: Diabetes mellitus ii[1]

PLANO NUTRICIONALPLANO NUTRICIONALFIBRAS:

- 20 a 35g/dia (ADA)

- 35g/dia ou 15 a 25g/1000 Kcal (outras recomendações)

Baixa ingestão de fibras prevalência alta do diabetes.

Fibra Insolúvel geralmente não baixa os níveis sanguíneos de glicose e colesterol

Fibra Solúvel frutas, aveia, cevada, legumes, suplementos de pectina, guar, psílio demonstrou efeito benéfico no controle glicêmico e no perfil lipídico

Page 25: Diabetes mellitus ii[1]

PLANO NUTRICIONALPLANO NUTRICIONALVANTAGENS-Digestão e absorção lentas dos nutrientes

-Diminuição da glicose plasmática pós-prandial

-Aumento da sensibilidade dos tecidos à insulina

-Aumento do número de receptores da insulina

-Diminuição do colesterol e triglicerídeos séricos

-Diminuição da liberação de hormônios contra-regulatórios

-Possível atenuação da síntese de colesterol pelo fígado

-Pode aumentar a saciedade entre as refeições

DESVANTAGENS

-Aumento na produção de gases intestinais

-Desconforto abdominal ou pertubação gastrointestinal

-Podem alterar a farmacocinética de algumas drogas

Page 26: Diabetes mellitus ii[1]

PLANO NUTRICIONALPLANO NUTRICIONALAdoçantes;- Sensato limitar o consumo de açúcar- Até 25g de sacarose pode ser permitida Adoçantes nutritivos frutose, sorbitol, xilitol, manitol

são aceitáveis em quantidades moderada Frutose pode elevar a glicemia de pacientes mal

controlados (efeito mínimo nos bem controlados) Quantidade excessiva efeito laxativo Sacarina, Aspartame e Acessulfame K aprovados pelo

FDA e seguros para serem consumidos Sacarina associado com câncer de bexiga em

quantidades excessivas. Mulheres grávidas evitar. Crianças não exceder 2 latas de refrigerante c/ sacarina.

Aspartame proibido para fenilcetonúricos

Page 27: Diabetes mellitus ii[1]

PLANO NUTRICIONALPLANO NUTRICIONALMICRONUTRIENTES

Magnésio Cromo

Estudos relacionados com deficiência de cromo e desenvolvimento de DM

Não se recomenda a suplementação de cromo em diabéticosReposição de cromo tem efeito benéfico indivíduos que

são deficientes em cromo (a maioria das pessoas não são cromo deficientes)

Estudos mostrando que a deficiência de Mg papel na resistência à insulina, intolerância à carboidratos e HAS. Só deve ser suplementado na presença de hipomagnesemia.

Page 28: Diabetes mellitus ii[1]

ÁLCOOLÁLCOOLNão é recomendado (mulheres grávidas e indivíduos mal

controlados)no máximo 2 drinques por diano máximo 1 drinque por dia1 drinque = 42,5 ml de bebidas alcoólicas destiladas 113,4 ml de vinho 240 ml de cervejaProblemas:- Inibe a gliconeogênese (induz hipoglicemia)- Se consumido, deve ser ingerido com refeições- Induz hipertrigliceridemia- Interage com alguns medicamentos (clorpropamida) –

ruborização, náuseas e tontura

Page 29: Diabetes mellitus ii[1]

EXERCÍCIO FÍSICOEXERCÍCIO FÍSICOAndar é o melhor exercício para pessoas obesasVantagens:

- Melhor controle do peso;- Aumento da aptidão física e psicológica- Melhora da composição corporal- Aumento da concentração de HDL

Riscos:- Hipoglicemia- Cetonemia- Irritabilidade

Para cada 1 hora de exercício aumentado – adicional de 15g de carboidratos (antes ou após)

Exercícios mais extenuantes – 30g carboidratos por hora Exercício moderado < 30 min – não precisa de carboidrato adicional

Page 30: Diabetes mellitus ii[1]

EXERCÍCIO FÍSICOEXERCÍCIO FÍSICO

Tipo de exercício Valor inicial da glicemia RecomendaçãoExercício de intensidade moderada

Menor que 100 mg/dl

100 – 180 mg/dl

180 – 300 mg/dl

≥ 300 mg/dl

25 – 50g carboid.

10 – 15g carboid.

Não é necessário

Não começar o exercício

Exercício vigoroso Menor que 100 mg/dl

100 – 180 mg/dl

180 – 300 mg/dl

≥ 300 mg/dl

50g de carboidrato

25 – 50g carboid.

10 a 15g carboid.

Não começar o exrcício

Page 31: Diabetes mellitus ii[1]

CRIANÇASCRIANÇASBases do tratamento:

- Plano individualizado;- Preferências e hábitos alimentares;- Atividade física;- Monitorar o crescimento;- Horários da criança e doses de insulina

Ingestão generosa de carboidratos complexos e fibras associada com restrição de gorduras

3 refeições (20 a 25% VET – total 65%) e 3 lanches adicionais (usando os 35% restantes)

Automonitoramento da glicemia é muito importanteReavaliação periódica (adaptar ao cresci. e ativ. Física)

Page 32: Diabetes mellitus ii[1]

IDOSOSIDOSOS

Principal problema crônicoFatores que contribuem para o DM no idoso: na atividade física- Menor ingestão de fibras- Adiposidade aumentada da massa magra- Algumas doenças e medicamentosA mesma recomendação de gorduras (< 30%)Frutas, sucos e adoçantes geralmente não necessitam ser

limitados.

Page 33: Diabetes mellitus ii[1]

GRAVIDEZGRAVIDEZ2 a 4% das mulheres desenvolvem diabetes gestacional

(distúrbio + comum na gravidez) Fatores que alteram o controle glicêmico:- Secreção hormonal;- Hábitos alimentares alterados;- Estado emocional- Alteração da sensibilidade à insulina; da atividade físicaMais comum o desenvolvimento 24ª - 28ª semana gest.Geralmente regride após o parto + suscetíveis a

desenvolverem DM em outras gestações e ao longo da vida (40 – 60%, principalmente obesas)

Page 34: Diabetes mellitus ii[1]

GRAVIDEZGRAVIDEZNecessidades de insulina alteradas durante a gravidez:

- 1ª metade necessidade baixa ( 20 – 30%) – captação de glicose aumentada pelo feto e pela placenta

- 2ª metade necessidade eleva-se (60 – 100%) – produção de hormônios placentários e resistência à insulina

- Pós parto necessidades abruptamente- 6 semanas após o parto aumentam gradualmente até os

níveis pré-gestacionaisGrávidas níveis mais baixos de glicose em jejum 55 a 6555 a 65 mg/dl. Máx. 140 mg/dl (1h após as refeições) média

em 24h = 80 – 85 mg/dl

Page 35: Diabetes mellitus ii[1]

GRAVIDEZGRAVIDEZObjetivos do tratamento nutricional:

- Satisfazer as necessidades aumentadas de proteínas

- Carboidratos para prevenir cetose (mínimo 50%)

- Otimizar a sensibilidade dos tecidos à insulina

- Manter o controle glicêmico

- Reduzir o risco de macrossomia fetal

Risco - história familiar de DM; obesidade materna; parto de um feto macrossômico

Page 36: Diabetes mellitus ii[1]

DOENÇA RENALDOENÇA RENAL

Afeta 30 – 50% dos DM Tipo I

20% dos DM Tipo II

Primeiramente – microalbuminúria (proteína urinária de 40 a 300 mg/24h)

Mau controle glicêmico e ingestão alta de proteína – contribuem para o desenvolvimento e progressão da nefropatia

A proteína aumenta a taxa de filtração glomerular

Page 37: Diabetes mellitus ii[1]

DISLIPIDEMIADISLIPIDEMIA

Alteração mais comum – hipertrigliceridemia e do HDL

Hipertrigliceridemia – risco maior de aterosclerose em diabéticos do que não diabéticos

Valores desejáveis para pacientes diabéticos:

- CT < 200 mg/dl HDL-c > 45 mg/dl ()- LDL-c < 100 mg/dl > 55 mg/dl ()- Tg < 150 mg/dl LDL:HDL < 2,2 ()

< 1,8 ()

Page 38: Diabetes mellitus ii[1]

DISLIPIDEMIADISLIPIDEMIAMedidas para o HDL-c:

- exercício físico regular (3200 a 4800 m)- não fumar- uso de aveia ( HDL-c em 10 a 20%)

Aumento no HDL ocorre lentamente (3 a 6 meses) alguns não alteram HDL com estilo de vida

Aumentar a ingestão de fibras solúveis em 6g/dia - o LDL-c em 10 a 20%

Indivíduos hipertrigliceridêmicos – dieta rica em fibras e moderada ou severamente restrita em gordura saturada e total

Page 39: Diabetes mellitus ii[1]

OBESIDADEOBESIDADE75% dos DM Tipo II nos EUA são obesosPrincipal fator que contribui para o desenvolvimento e

manutenção do DMTratamento:

- Dieta individualizada 10 a 14Kcal/Kg peso atualatual - 1000 a 1200 Kcal

- 1200 a 1600 Kcal

- 55 – 60% de carboidratos;

- 50 – 70g proteína;

- 15 – 25g fibra/1000 Kcal

- caminhar de 3200 a 4800 m/dia

- registro de ingestão alimentar e valores de glicemia

Page 40: Diabetes mellitus ii[1]

INSULINOTERAPIAINSULINOTERAPIADieta e exercício alteram a sensibilidade à insulina.Dietas ricas em carboidratos e fibras a sensibilidade,

enquanto as ricas em gorduras têm efeitos opostos.Atividade física sensibilidade do músculo esquelético

à insulinaAdaptação do esquema insulínico ao plano nutricional e

atividade física Qualquer redução na ingestão de energia as necessidades

de insulinaPrincipais efeitos adversos:

- Hipoglicemia e ganho de peso

Page 41: Diabetes mellitus ii[1]

INSULINOTERAPIAINSULINOTERAPIATipo Início Máximo

(h)

Duração

Máxima (h)

Regular 0,5 - 1 2 - 3 4 - 6

NPH 2 - 4 4 - 10 14 - 18

Lenta 3 - 4 4 - 12 16 - 20

Page 42: Diabetes mellitus ii[1]

DROGAS HIPOGLICEMIANTESDROGAS HIPOGLICEMIANTESSulfoniluréias a glicose sanguínea estimulando as

secreções das células ß pancreáticasDesvantagens ganho de peso Combinação insulina e sulfoniluréiasMetformina aumenta a sensibilidade dos receptores à

insulinaVantagens não exaure o pâncreas; supressor do apetite;

lipídeos, principalmente Tg.Desvantagens náusea, desconforto gastrointestinal,

diarréia, gosto metálico e anorexia. Não pode ser usada por indivíduos com doença renal.

Page 43: Diabetes mellitus ii[1]

DROGAS HIPOGLICEMIANTESDROGAS HIPOGLICEMIANTES

Acarbose:

- Inibe a hidrólise dos carboidratos complexos e dissacarídeos da dieta

- Dose: 25 a 40 mg ao início de cada refeição (3 por dia)

- Efeitos colaterais: cãibras, flatulência, distensão abdominal e diarréia. Menor absorção de ferro e anemia.

- Administração de acarbose com metformina não é recomendada

Page 44: Diabetes mellitus ii[1]

EXERCÍCIOS1-) O tratamento com insulina é importante para o

ótimo controle do diabetes devido ao seu efeito anticatabólico e anabólico.

As ações desse hormônio sobre as vias metabólicas lipídicas, lipólise, cetoacidose e lipogênese, repectivamente, são:

(A) inibir, evitar e estimular

(B) Aumentar, evitar e inibir

(C) Aumentar, estimular e inibir

(D)Inibir, estimular e estimular

Page 45: Diabetes mellitus ii[1]

EXERCÍCIOS2-) A cetoacidose metabólica, uma complicação que ameaça a

vida, ocorre por distúrbios no metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras.

Os sintomas que a caracterizam são:

(A) sudorese, palpitação e tremor

(B) Hipoglicemia, poliúria e polidipsia

(C) Desidratação, hiperventilação e fadiga

(D) Hiperglicemia, visão embaraçada e neuroglicopenia

Page 46: Diabetes mellitus ii[1]

EXERCÍCIOS3-) Considere um paciente diabético Tipo I, com

glicose sanguínea de 160 mg/dl, que realizará um exercício de intensidade moderada durante 1 hora.

O ajuste adicional, em gramas, do carboidrato da dieta deverá ser de:

(A)10 a 20

(B) 20 a 25

(C) 30 a 45

(D)50 a 70

Page 47: Diabetes mellitus ii[1]

EXERCÍCIOS4-) Paciente obeso, dislipidêmico, diabético Tipo II,

com glicemia de jejum de 260 mg/dl. Neste caso faz parte da conduta terapêutica dieta hipocalórica e:

(A)Fibra dietética de 20 a 35g/dia

(B) Estímulo de exercício físico

(C) Hipolipídica e estímulo de exercício físico

(D)Colesterol dietético equivalente a 300 mg/dia

(E) Normoglicídica, com utilização 10% de sacarose

Page 48: Diabetes mellitus ii[1]

EXERCÍCIOS5-) Dentre as complicações crônicas do diabetes

mellitus, podemos citar:

(A)Falência renal e cetoacidose

(B) Retinopatia e coma hiperosmolar

(C) Hiperestesia de membros e hipoglicemia

(D)Insuficiência vascular de membros e catarata

Page 49: Diabetes mellitus ii[1]

EXERCÍCIOS6-) Após o parto, a mulher que apresenta diabetes

gestacional está mais propensa ao desenvolvimento de:

(A)Hipoglicemia

(B) Diabetes Tipo II

(C) Diabetes Tipo I

(D)Hipertireoidismo

Page 50: Diabetes mellitus ii[1]

EXERCÍCIOS7-) Num indivíduo diabético, o elemento que pode

melhorar a curva de tolerância à glicose é:

(A)Cr

(B) Fe

(C) Zn

(D)Cu

Page 51: Diabetes mellitus ii[1]

EXERCÍCIOS8-) O tempo máximo de ingestão alimentar, após

aplicação de insulina regular subcutânea, é de:

(A)30 minutos

(B) 60 minutos

(C) 90 minutos

(D)120 minutos

(E) 150 minutos

Page 52: Diabetes mellitus ii[1]

EXERCÍCIOS9-) O objetivo dietético mais importante para o

tratamento de pacientes com diabetes mellitus do Tipo I, segundo a ADA, é o estabelecimento de um padrão alimentar fornecendo:

(A)500 mg de colesterol por dia

(B) 35% das calorias totais sob a forma de lípídeos

(C) Entre 12 e 15% das calorias totais como gordura saturada

(D)Entre 50 e 60% das calorias totais sob a forma de carboidratos

Page 53: Diabetes mellitus ii[1]

EXERCÍCIOS

10-) Um paciente que esteja recebendo insulina regular as 8 h da manhã não poderá deixar de fazer uma refeição às (CCBMERJ-01):

(A)10 h(B) 12 h(C) 13 h(D)14 h(E) Não existe relação de administração de

insulina regular com a ingestão de alimentos

Page 54: Diabetes mellitus ii[1]

EXERCÍCIOS11-) A prescrição dietoterápica para um paciente

diabético não deverá contemplar (CBMERJ/01):

(A)20 a 35g fibra/dia

(B) Gordura poliinsaturada > 10% das calorias

(C) Proteína na faixa de 10 a 20% das calorias diárias

(D)Colesterol < 300 mg;

(E) Sódio-valores < a 2400 mg/dia em diabéticos hipertensos

Page 55: Diabetes mellitus ii[1]

EXERCÍCIOS12-) As recomendações nutricionais para o paciente

diabético segue a seguinte distribuição das calorias provenientes dos lipídeos (CBMERJ/01):

(A)40%(B) 30%(C) Deve ser fundamentada na avaliação nutricional,

indicando valores < 10% de gordura saturada;(D)Deve ser fundamentada nos objetivos do

tratamento, indicando valores > 10% de gordura saturada;

(E) Completar o valor calórico total da dieta.

Page 56: Diabetes mellitus ii[1]

EXERCÍCIOS13-) No guia para pacientes DM em que foram

estabelecidas as diretrizes para o exercício físico seguro recomenda-se, em indivíduos com glicose sanguínea menor que 100 mg/dl, aumentar a ingestão de carboidratos antes da natação (intensidade moderada) em (CBMERJ/01):

(A)< 10g/h de exercício;(B) 25 a 50g antes do exercício;(C) Não é necessário aumentar;(D)Não é recomendado realizar o exercício;(E) 100g antes do exercício

Page 57: Diabetes mellitus ii[1]

EXERCÍCIOS14-) Em pacientes diabético Tipo II , a terapia nutricional

adotada deve incluir ( SMS/00):

(A) Aumento do consumo de frutose, devido à sua maior resposta glicêmica em relação à sacarose

(B) Restrição do consumo de sacarose, devido a sua menor resposta glicêmica em relação ao amido

(C) Fornecimento de 0,5g de proteína/Kg/dia, para prevenção da desnutrição protéica

(D) Ingestão diária de 350 a 500mg de colesterol, para aumentar os níveis de HDL

(E) Ingestão de gordura a menos que 30% das calorias totais, para prevenção de dislipidemias.

Page 58: Diabetes mellitus ii[1]

15-) Com a finalidade de potencializar a ação da insulina em pacientes com DM Tipo II, é recomendado a suplementação de (CSM/00):

(A)Potássio

(B) Manganês

(C) Cobre

(D) Cromo

EXERCÍCIOS

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EXERCÍCIOS

16-) Na dieta do paciente diabético é preconizado o uso de fibra solúvel para a regularização dos níveis de glicemia, dentre outras medidas dietéticas. São fontes de fibras solúveis (CSM/00):

(A)farelo, brócolis, maça e cevada

(B) Trigo, laranja, limão e brócolis

(C) Aveia, limão, cenoura e couve

(D)Aveia, maça, laranja e cevada

(E) Farelo, couve, trigo e cenoura

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EXERCÍCIOS17-) O índice glicêmico dos alimentos constitui um

novo conceito. Portanto, a adição de alimentos contendo gordura e proteína aos alimentos ricos em carboidratos acarreta (HUPE/92):

(A)Uma não alteração da resposta glicêmica pós-prandial, apenas quando o carboidrato é a sacarose

(B) Um aumento da resposta glicêmica pós-prandial, apenas quando o carboidrato é o amido

(C) Diminuição da resposta glicêmica pós-prandial(D)Aumento da resposta glicêmica pós-prandial

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18-) As atuais recomendações da ADA, para o tratamento nutricional do paciente DM Tipo I, propõe restringir a ingestão de (HUPE/92):

(A)Sódio a 1,5g por 1000 Kcal

(B) Sacarose em modesta quantidade

(C) Colesterol a menos de 500 mg/dia

(D)Lipídeos em 35% das calorias ingeridas

EXERCÍCIOS

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EXERCÍCIOS19-) Na gestante diabética, durante o 2º trimestre de

gestação há aumento dos hormônios: lactogênio, progesterona e cortisol. A ação desses hormônios acarreta (HUPE/02):

(A)Aumento da utilização de glicose materna;

(B) Diminuição da taxa de glicose sanguínea;

(C) Diminuição da necessidade de insulina;

(D)Aumento da necessidade de insulina.

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EXERCÍCIOS

20-) Uma das ´primeiras mudanças funcionais do rim em pacientes diabéticos Tipo I é a excreção aumentada de (Niterói/ 00):

(A)Sódio

(B) Cálcio

(C) Potássio

(D)Albumina

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21-) O exame que é útil no controle metabólico do paciente diabético e que reflete a glicemia das 6 a 8 semanas precedentes à sua dosagem é:

 

a)       glicosúria

b)       glicemia de jejum

c)       hemoglobina glicosilada

d) teste de tolerância oral à glicose

EXERCÍCIOS

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EXERCÍCIOS 22-)    Uma das potenciais complicações do diabetes tipo 2 é a hiperglicemia não cetótica. A alta concentração de glicose intracelular acarreta, a curto prazo (Angra dos Reis /2003):

 

a) A rápida formação de polióis, com distensão e inteoxicação celular

b) Baixa concentração de glicoproteínas, entre elas a hemoglobina glicosilada

c) Fosforilação da glicose, com síntese de proteínas e ácidos graxos no fígado

d) Acúmulo de células brancas, facilitando o transporte de oxigênio

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23-) No tratamento Nutricional do Diabetes Mellitus infantil, quanto as necessidades energéticas e de consumo de colesterol, recomenda-se:

 

a)       50 a 60% de carboidartos, 15% de proteínas, até 30% de lipídeos e 300mg de colesterol por dia;

b)       10% de proteína, até 25% de lipídeos, 45 a 50% de carboidratos e 150mg de colesterol por dia;

c)       200 mg de colesterol, até 25% de lipídeo, 12% de proteínas e 40 a 55% de carboidratos por dia;

d)       até 35% de lipídeos, 14% de proteínas, 55 a 65% de carboidratos e 350mg de colesterol por dia;

e)       250mg de colesterol, 45 a 60% de carboidratos, 13% de proteínas e até 32% de lipídeos.

EXERCÍCIOS