decreto lei 211 -199 - equipamentos sobre pressão

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  • 7/24/2019 Decreto Lei 211 -199 - Equipamentos Sobre Presso

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    3350 D I RI O D A REPBL ICA I SRI E-A N.o 136 14-6-1999

    MINISTRIO DA ECONOMIA

    Decreto-Lei n.o211/99

    de 14 deJ unho

    O Decreto-Lei n.o 131/92, de 6 de Julho, tra nsps

    para a ordem jurdica nacional a D irectiva quadron.o 76/767/CEE, do Conselho, de 27 de J ulho, relat ivaao s recipientes sob presso e mtodos de contro lo dessesrecipientes.

    Esta directiva, de carcter facultativo, prev um pro-cedimento de reconhecimento bilateral dos ensaios ecertificaes de equipamentos sob presso, cujo fun-cionamento se revelou insatisfatrio e que deve, por-tant o, ser substitudo por medidas eficazes.

    Entretanto, considerando a necessidade de protegeras pessoas, os a nimais domsticos e os bens contra osriscos devidos presso que podem resultar dos equi-pamentos sob presso, o Parlamento Europeu e o Con-selho da U nio Europeia adoptaram a Directivan.o 97/23/CE, de 29 de Maio , que importa tra nspor pa raa o rdem jurdica interna.

    Em consequncia, so definidos no presente diplomaos requisitos essenciais de segurana a que o s recipientessob presso devem obedecer, bem como os procedi-mentos de avaliao da confo rmidade do s mesmos reci-pientes com aqueles requisitos.

    Assim:Nos termos da alnea a) do n.o 1 do artigo 198.o da

    Constituio, o G overno decreta, para valer como leigeral da R epblica, o seguinte:

    Artigo 1.o

    Objecto

    O presente diploma transpe para o ordenamentojurdico portugus a Directiva n.o 97/23/CE, do Parla -mento Europeu e do Conselho, de 29 de Maio, e esta-belece as regras a que devem obedecer o projecto, ofabrico e a avaliao da conformidad e, a comercializaoe a colocao em servio dos equipamentos sob presso.

    Artigo 2.o

    mbitoedefinies

    1 As disposies do presente diploma aplicam-seaos equipamentos sob presso e aos conjuntos sujeitosa uma presso mxima admissvel (PS) superior a 0,5 bar .

    2 Pa ra efeitos do presente diploma, entende-sepor:

    a) Eq uipamentos sob presso, os recipientes,tubagens, acessrios de segurana, acessriossob presso e, quando necessrio, os equipa-mentos abrangero os componentes ligados spartes sob presso, tais como flanges, tubula-duras, acoplamentos, apoios e orelhas de ele-vao;

    b) R ecipiente, um vaso com um o u ma is com-partimentos, concebido e construdo para conterfluidos sob presso, incluindo os elementos a

    ele directamente ligados, nomeadamente o dis-positivo previsto para a ligao a outros equi-pamentos;

    c) Tubagem, os componentes de condutas uni-dos entre si para serem integrado s num sistema

    sob presso e que se destinam ao transportede fluidos, nomeadamente um tubo ou sistemade tubos, canos, a cessrios tubulares, juntas dedilata o, tubos flexveis e outros componentesapropriados resistentes presso, sendo con-siderados equivalentes a tubagens os permuta-dores de calor compostos por tubos e destinadosao arrefecimento ou aquecimento de ar;

    d) Acessrios de segurana, os d ispositivos des-tinado s a proteger o s equipamentos sob pressocontra a ultrapassagem dos limites a dmissveis,incluindo dispositivos destinados limitaodirecta da presso, tais como vlvulas de segu-rana, dispositivos de segurana de d isco, tiran-tes antienfolamento, dispositivos de seguranacomandados (CSPRS), e dispositivos de limi-tao que accionem meios de interveno ouque provoquem o corte ou o corte e bloqueiodo equipamento, tais como pressostatos, ter-mstatos e comutadores accionados pelo nvel

    do fluido e dispositivos de medida, comandoe regulao relacionados com a segurana(SR MC R );

    e) Acessrios sob presso, os dispositivos comfuno operativa cuja carcaa est sujeita apresso;

    f) Co njuntos, o s vrios equipa mentos sob pres-so unidos entre si por um fabricante, por formaa constiturem um t odo integrado e funcional;

    g) Presso, a presso em relao pressoatmosfrica, ou seja, a presso manomtrica,atribuindo-se, por conseguinte, ao vcuo umvalor negat ivo;

    h) Presso mxima admissvel (PS), a presso

    mxima para q ue o equipamento foi projectado,especificada pelo fabricante, sendo a pressodefinida no local especificado pelo fabricante,que ser o local onde esto ligados os dispo-sitivos de proteco e segurana ou a parte supe-rior do eq uipamento ou, se necessrio, q ualqueroutro loca l especificamente determinado;

    i) Temperatura mnima/mxima a dmissvel (TS),as temperaturas mnima e mxima de serviopara as quais o equipamento foi concebido,especificada s pelo fabricante;

    j) Volume (V), o volume interno de ca da com-partimento, incluindo o volume das tubuladura sat primeira ligao e excluindo o volume dos

    elementos internos perma nentes;l) D imenso nominal (D N), a designa o num-rica da dimenso comum a todos os compo-nentes de um sistema de tubos, com excepodos componentes para q ue sejam referidos di-metros exteriores ou dimenses de rosca, tra-tando-se de um valor arredondado para efeitosde referncia, que apenas est aproximada-mente ligado s dimenses de fabrico, e que designado pela sigla D N seguida de umnmero;

    m) Fluidos, q uaisquer gases, lquido s ou vaporespuros e respectivas misturas, podendo conterslidos em suspenso ;

    n) Ligaes permanentes, as ligaes que nopodem ser dissociadas a no ser por mtodosdestrutivos;

    o) Aprovao europeia de materiais, o docu-mento tcnico que define as caractersticas dos

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    materiais destinados a utilizao repetida parao fabrico de equipamentos sob presso e queno foram objecto de uma norma harmonizada.

    Artigo 3.o

    Excluses

    Encontram-se excludos do mbito de aplicao dopresente diploma:

    a) As condutas constitudas por tubos ou por sis-temas de tubos para o t ransporte de quaisquerfluidos ou substncias para uma instalao oua partir dela, em terra ou no mar, a partir doltimo rgo de isolamento, e incluindo este,situado na periferia da instalao, incluindotodo s os eq uipamentos anexos, especificamenteconcebidos para a conduta, no estando abran-gidos por esta excluso os equipamentos sobpresso normalizados, como os q ue se podemencontrar nos postos de descompresso e nas

    estaes de compresso;b) Redes de abastecimento, distribuio e escoa-

    mento de gua, bem como o respectivo equi-pamento, e canais pressurizados de gua, taiscomo conduta s forada s, tneis de presso, cha-mins de eq uilbrio de instala es hidroelctri-cas e respectivos acessrios especficos;

    c) A colocao no mercado e em servio dos reci-pientes sob presso simples abrangidos peloD ecreto-Lei n.o 103/92, de 30 de Maio;

    d) O equipamento abrangido pelo D ecreto-Lein.o 108/92, de 2 de J unho, rela tivo s embalagensaerossis;

    e) Os equipamentos destinados ao funcionamentod o s ve cu lo s a b r a n g i d o s p e la P o r t a r i an.o 517-A/96, de 27 de Setembro , e pela Port ar ian.o 489/97, de 15 de J ulho, relat ivas recepodos veculos a motor e seus reboques, tracto resagrcolas ou florestais de rodas e veculos amotor de duas ou trs rodas;

    f) Os equipamentos pertencentes no mximo classe I, conforme definido no a rtigo 7.o, abran-gidos por um dos seguintes diploma s:

    D ecreto-Lei n.o 378/93, de 5 de D ezembro ,relativo s mq uinas;

    Decreto-Lei n.o 295/98, de 22 de Setembro,relativo aos ascensores;

    Decreto-Lei n.o

    117/88, de 12 de Abril, rela -tivo ao material elctrico destinado a serutilizado dentro de certos limites de tenso;

    D ecreto-Lei n.o 273/95, de 23 de Outubro ,relat ivo aos dispositivos mdicos;

    D ecreto-Lei n.o l30/92, de 6 de Julho, rela tivoaos apa relhos a g s;

    Decreto-Lei n.o 112/96, de 5 de Agosto, rela -tivo aos apa relhos e sistemas de protecodestinados a ser utilizados em atmosferaspotencia lmente explosivas;

    g) Os equipamentos relativos a armas, muniese material de guerra;

    h) Os equipamentos especificamente concebidospara fins nucleares, cujo funcionamento an-malo possa ca usar a emisso de ra dioactividade;

    i) O equipamento de controlo de poos utilizadosna indstria de prospeco e extraco de petr-

    leo e gs natural ou na indstria geotrmica,bem como no armazenamento subterrneo, edestinado a conter e ou controlar a presso dospoos, encontrando-se includos a cabea dopoo, as vlvulas de segurana (BOP), as tuba-gens e os colectores, assim como os respectivosequipamentos situados a monta nte;

    j) Os equipamentos com crter ou mecanismoscujo dimensionamento, seleco dos materiaisou regras de construo assentem essencial-mente em critrios de resistncia, rigidez ouestabilidade em relao a solicitaes estticase dinmicas em servio ou em relao a outrascaractersticas relacionadas com o funciona-mento e para os quais a presso no constituaum factor significativo a nvel do projecto,podendo estes equipamentos compreender:

    i) Moto res, incluindo as turbinas e os moto-res de combusto interna;

    ii) M quinas a vapor, turbinas a gs/vapor,

    turbogeradores, compressores, bo mbas esistemas de a ccionamento ;

    l) Altos-fornos, incluindo o respectivo sistema dearrefecimento, recuperadores de calor, despoei-rado res e lavado res de gs de alto s-fornos, bemcomo cubilotes para reduo directa, incluindoo sistema de arrefecimento do forno, conver-tidores a gs e panelas de fundio, refuso,desgaseificao e vazamento de ao e metaisno f errosos;

    m) Ca rcaas de equipamentos elctricos de alta ten-s o , co mo q ua dros de comuta o o u de

    comando, transformadores e mquinas rota-tivas;n) Invlucros pressurizados para conter elementos

    de redes de transmisso, como cabos elctricose telefnicos;

    o) Navios, foguetes, aeronaves ou unidades mveisoff-shore,bem como o equipamento especifica-mente destinado a ser instala do nesses engenhosou respectiva propulso;

    p) Equipamento sob presso constitudo por uminvlucro flexvel, como pneumticos, almofa-das de ar, bolas e bales, embarcaes insu-flveis, e outros equipamentos sob pressoanlogos;

    q) Silenciadores de escape e de admisso;r) G arrafas ou latas para bebidas carbonatas des-tinada s ao consumidor final;

    s) Recipientes para o transporte e distribuio debebidas com um PS.V (presso mxima admis-svel volume) igual ou inferior a 500 bar.l(bar litro) e uma presso mxima admissveligual ou inferior a 7 bar;

    t) Eq uipamento abrangido pelas Convenes R ela-tivas ao Acordo Europeu de Transporte Inter-nacional de Mercadorias Perigosas por Estrada(ADR ), ao R egulamento R elativo ao TransporteInternacional de Mercadorias Perigosas porCaminho de Ferro (RID), ao Cdigo Martimo

    Internacional para o Transporte de MercadoriasPerigosas (IMD G ) e Organizao de AviaoCivil Internacional (ICAO);

    u) Equipamento abrangido pelo Regulamento Na-cional sobre o Transporte de M ercadorias P eri-

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    gosas por Estrada (RPE), aprovado pelo Decre-to-Lei n.o 77/97, de 5 de Abril, e pela Po rta rian.o 1196-C/97, de 24 de Novembro ;

    v) R adia dores e tubos de sistemas de aq uecimentopor gua quente;

    x) R ecipientes que devam conter lquidos com umapresso de gs acima do lquido igual ou inferiora 0,5 bar.

    Artigo 4.o

    Requisitostcnicos

    1 Os equipamentos sob presso que a seguir seenunciam devem satisfazer os requisitos essenciais doanexo I :

    1.1 Recipientes, excepto os referidos no n.o 1.2,destinados a:

    a) G ases, gases liquefeitos, ga ses dissolvidos sobpresso, vapores e lquidos cuja presso de vapor temperatura mxima admissvel seja superior

    a 0,5 bar acima da presso atmosfrica normal(1013 mbar), dentro dos seguintes limites:

    i) R ecipientes para fluidos do grupo 1 cujovolume seja superior a 1 l e cujo produtoPS.V seja superior a 25bar .l, ou cuja pres-so PS seja superior a 200 bar (tabelan.o 1 do anexoI I);

    i i) R ecipientes para fluidos do grupo 2 cujovolume seja superior a 1 l e cujo produtoPS.V seja superior a 50 bar.l, ou cujapresso PS seja superior a 1000 bar, bemcomo tod os os extintores portteis e gar-rafa s para aparelhos respiratrios (tabelan.o 2 do anexoI I);

    b) Lquidos cuja presso de vapor temperaturamxima a dmissvel seja inferior ou igual a 0,5ba ra c i ma d a p r es s o a t m o s f r ic a n o r m a l(1013 mbar), dentro dos seguintes limites:

    i) R ecipientes para fluidos do grupo 1 cujovolume seja superior a 1 l e cujo produtoPS.V seja superior a 200 bar.l, ou cujapresso PS seja superior a 500 bar (ta belan.o 3 do anexoI I);

    i i) R ecipientes para fluidos do grupo 2 cujapresso PS seja superior a 10 bar e cujoproduto P S.V seja superior a 10 000 bar.l,

    ou cuja presso PS seja superior a1000 bar (ta bela n .o 4 do anexo II );

    1.2 Eq uipamentos sob presso aquecidos porchama ou de outro modo, sujeitos ao risco de sobrea-quecimento, destinados gerao de vapor de gua oude gua sobreaquecida a temperaturas superiores a110oC, cujo volume seja superior a 2 l, bem como todasas panelas de presso (t abela n.o 5 do anexoI I);

    1.3 Tubagens destinadas a:

    a) G ases, gases liquefeitos, ga ses dissolvidos sobpresso, vapores e lquidos cuja presso de vapor temperatura mxima admissvel seja superiora 0,5 bar acima da presso atmosfrica normal(1013 mbar), dentro dos seguintes limites:

    i) Tubagens para fluidos do grupo 1 comuma DN superior a 25 (tabela n.o 6 doanexo I I);

    ii) Tubagens para fluidos do grupo 2 comuma DN superior a 32 e um produtoPS.DN superior a 1000 bar (tabela n.o 7do anexo I I);

    b) Lquidos com uma presso de vapor, tempe-

    ratura mxima admissvel, inferior ou igual a0,5 bar acima da presso atmosfrica normal(1013 mbar), dentro dos seguintes limites:

    i) Tubagens para fluidos do grupo 1 comuma DN superior a 25 e um produtoPS.DN superior a 2000 bar (tabela n.o 8do anexo I I);

    ii) Tubagens para fluidos do grupo 2 cujaPS seja superior a 10 bar, com uma DNsuperior a 200e um produto P S.D N supe-rior a 5000 bar (tabela n.o 9 do anexo II );

    1.4 Acessrios de segura na e a cessrios sob pres-

    so destinados a equipamentos abra ngidos pelos n.os

    1.1,1.2 e 1.3, inclusivamente quando esses equipamentosestejam incorporados em conjuntos.

    2 Os conjuntos q ue incluam pelo menos um eq ui-pamento sob presso abrangido pelo n.o 1 do presenteartigo, e que a seguir se enunciam, devem preencheros requisitos essenciais do anexo I:

    2.1 Conjuntos destinados gerao de vapor e dagua sobreaquecida a uma temperatura superior a 110oCde que faa parte, pelo menos, um equipamento sobpresso aq uecido por chama o u, de outro modo, sujeitoao risco de sobreaq uecimento;

    2.2 Conjuntos no referidos no nmero anterior,sempre que o fa bricante os destine a colocao no mer-

    cado e em servio como conjuntos.3 Os conjuntos previstos para a produo de guaaquecida a uma temperatura igual ou inferior a 110oC,alimentados manualmente por combustvel slido e comum P S.V superior a 50 bar.l, devem satisfazer os requi-sitos essenciais previstos nos n.os 2.10, 2.11, 3.4 e 5, al-neasa) e d), do anexo I.

    4 Os equipamentos sob presso e ou conjuntoscujas caractersticas sejam inferiores ou iguais aos limitesindicados, respectivamente, nos n.os 1.1, 1.2 e 1.3 e non.o 2 podem ser colocados no mercado e em servio,desde que concebidos e fabricados segundo as regrasda boa prtica de engenharia que garantam a sua uti-lizao em condies de segurana.

    5 Os equipamentos sob presso e ou conjuntosreferidos no nmero anterior devero, se necessrio,ser acompanhados de instrues de utilizao suficientese ter apostas marcaes adequadas que permitam iden-tificar o fabricante ou o seu mandatrio estabelecidona comunidade, sendo q ue no podem ter aposta a mar-ca o CE.

    Artigo 5.o

    Colocaonomercadoeemservio

    1 Os equipamentos sob presso e os conjuntos spodem ser colocados no mercado e postos em serviose no comprometerem a segurana e a sade das pes-

    soas, dos animais domsticos ou dos bens, quando con-venientemente instalados, conservados e utilizados deacordo com o fim a que se destinam.

    2 S podem ser colocado s no mercado ou em ser-vio, nas condies estabelecidas pelo fabricante, equi-

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    pamentos sob presso ou conjuntos que cumpram o dis-posto no presente diploma e tenham aposta a marca oCE , indicativa que os mesmos foram submetidos aum dos procedimentos de avaliao de conformidadeprevistos no a rtigo 9.o

    3 Por ocasio de feiras, exposies e demonstra-es, permitida a exibio de eq uipamentos sob pres-so ou conjuntos que no estejam em conformidadecom o d isposto no presente diploma, desde que um pai-nel visvel indique claramente a sua no conformidadee a impossibilidade de aquisio dos mesmos naquelascondies.

    4 As demonstraes referidas no nmero a nteriordependem de autoriza o da direco regional do Minis-trio da E conomia da rea onde ocorrem, devendo aindaser tomadas medidas de segurana adequadas, a fimde que seja gara ntida a proteco da s pessoas.

    5 As condies de instalao, utilizao e repara-o dos equipamentos sob presso e dos conjuntos serodefinidas em diploma prprio.

    Artigo 6.o

    Presunodeconformidade

    1 Consideram-se em conformidade com todas asdisposies do presente diploma os equipamentos sobpresso e os conjuntos que tenham a posta a marcaoCE prevista no artigo 11.o e que estejam munidosda declarao CE de conformidade prevista noanexo V I.

    2 Presumem-se em conformidade com os requi-sitos essenciais previstos no artigo 4.o os equipamentossob presso que obedeam ao disposto nas normas

    nacionais de transposio de normas harmonizadas cujasreferncias tenham sido publicadas no Jornal Oficial dasComu nidades Eur opeias.

    3 A lista da s normas portuguesas que adoptam nor-mas harmonizadas aplicveis no mbito do presentediploma publicada no D irio da Repbli capelo Ins-tituto Portugus da Qualidade (IP Q).

    Artigo 7.o

    Classificaodosequipamentossobpresso

    1 Os equipamentos sob presso referidos no n.o 1do artigo 4.o do presente diploma so classificados em

    classes, em funo dos riscos crescentes, de acordo comas tabelas do a nexo II .2 Pa ra efeitos dessa classificao, os fluidos so

    divididos em do is grupos, nos termos seguintes:2.1 O grupo 1 inclui os fluidos perigosos, consi-

    derando-se como fluidos perigosos as substncias ou pre-parados abrangidos pelo Decreto-Lei n.o 82/95, de 22de Abril, e pela P orta ria n.o 732-A/96, de 11 D ezembro,relativa classificao, embalagem e rotulagem da s subs-tncias perigosas, abra ngendo os fluidos definidos como:

    a) Explosivos;b) Extremamente inflamveis;c) Facilmente inflamveis;

    d) Inflamveis (quando a temperatura mximaadmissvel for superior ao ponto de fasca);e) Muito txicos;f) Txicos;g) Comburentes;

    2.2 O grupo 2 inclui todos os fluidos no referidosno n.o 2.1.

    3 Os recipientes compostos por vrios comparti-mentos so classificados na mais elevada das classes derisco em que cada um do s compartimentos se incluir,sendo que se um dos compartimentos contiver vrios

    fluidos a classificao efectuar-se- em funo do fluidoque corresponder classe de risco mais elevada.

    Artigo 8.o

    Avaliaodaconformidade

    1 Antes da colocao no mercado, o fab ricante dosequipamentos sob presso deve optar por um dos pro-cedimentos de avaliao de conformidade descritos noanexo II I, previsto para a classe em que forem clas-sificados.

    2 O fabricante pode igualmente decidir utilizar,quando exista, um dos procedimentos para uma classe

    superior.3 Sem prejuzo do disposto nos nmeros anterio-res, as direces regionais do Ministrio da Economiapodem, mediante pedido devidamente justificado e comparecer do organismo notificado, autorizar a colocaono mercado e a entrada em servio em territrio nacio-nal de equipamentos sob presso e de conjuntos indi-viduais para o s quais no tenham sido aplicados os pro-cedimentos de avaliao de conformidade referidos nopresente artigo e cuja utilizao seja feita para efeitosde experimentao .

    4 Os documentos e a correspondncia relativa avaliao da conformidade sero redigidos em lnguaportuguesa, ou em lngua inglesa ou francesa.

    Artigo 9.o

    Procedimentos

    1 Os procedimentos de avaliao de conformidadea aplicar aposio da marcao CE num eq uipa-mento sob presso so determinados pela classe de riscodefinida no artigo 7.o em que o equipamento for clas-sificado, nos seguintes termos:

    a) Classe I: mdulo A;b) Classe II: mdulo A1, mdulo D1 e mdulo

    E1;c) Classe III : mdulo B1 + D , mdulo B1 + F,

    mdulo B + E, mdulo B + C1 e mdulo H;d) Classe IV: mdulo B + D , mdulo B + F ,

    mdulo G e mdulo H1.

    2 No mbito dos processos de garantia da qua-lidade dos equipamentos das classes II I e IV , referidosno n.o 1.1, alnea a), e subalnea i) da alnea b), bemcomo no n.o 1.2 do artigo 4.o do presente diploma, aoefectuar visitas sem aviso prvio, o organismo notificadodeve colher uma amostra do equipamento nas insta-laes de fabrico ou nos armazns, a fim de efectuara avaliao final nos termos previstos no anexo I,

    n.o

    3.2.2.3 Para os efeitos previstos no nmero anterior, ofabricante deve informar o organismo notificado docalendrio de produo previsto e este deve efectuarpelo menos duas visitas, durante o primeiro ano de

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    fabrico, devendo a frequncia das visitas seguintes serdeterminada pelo organismo notificado a partir dos cri-trios definidos no n.o 4.4 dos mdulos aplicveis.

    4 No caso de produo individual de recipientesou equipamentos da classe II I referidos no n.o 1.2 doartigo 4.o do presente diploma ou ao abrigo do pro-cedimento do mdulo H, o organismo notificado deveefectuar a avaliao final de cada unidade, nos termosprevistos no anexo I, n.o 3.2.2, devendo, para o efeito,o fabricante comunicar o calendrio de produo pre-visto ao organismo notificado.

    5 Os conjuntos referidos no n.o 2 do artigo 4.o dopresente diploma sero objecto de um procedimentoglobal de avaliao de conformidade, que inclui:

    a) A avaliao de conformidade de cada um dosequipamentos sob presso referidos no n.o 1 doartigo 4.o que faam parte do conjunto e queno tenham sido anteriormente objecto de umprocedimento de avaliao de conformidade ede uma marca o CE separa da, sendo o pro-

    cedimento de avaliao d eterminado pela classede risco de ca da um dos equipamentos;

    b) A avaliao da integrao dos diferentes ele-mentos do conjunto, nos termos dos n.os 2.3,2.8 e 2.9 do anexo I, determinada em funoda mais elevada das classes de risco dos equi-pamentos implicados, excluindo equipamentoscom funes de segurana;

    c) A avaliao da proteco do conjunto para queno sejam excedidos os limites de funciona-mento admissveis, nos termos dos n.os 2.10 e3.2.3 do anexo I, que dever ser efectuada emfuno da ma is elevada das classes de risco dosequipamentos a proteger.

    Artigo 10.o

    Aprovaoeuropeiademateriais

    1 Os fa bricantes podem solicitar, individualmenteou em grupo, a emisso de uma aprovao europeiade mat eriais a um organismo notificado especificamentedesignado para o efeito.

    2 O organismo notificado determinar e efectuar ,ou mandar efectuar, os exames e ensaios adequadospara comprovar a conformidade dos t ipos de ma teriaiscom os requisitos correspondentes do presente diploma.

    3 No caso de materiais cuja utilizao tenha sido

    reconhecida como segura antes de 29 de Novembro de1999, o organismo notificado ter em considerao osdados existentes para comprovar essa conformidade.

    4 O organismo notificado, antes de emitir a apro-vao europeia de materiais, deve informar os Estadosmembros e a Comisso, comunicando-lhes os elementospertinentes.

    5 Se num prazo de trs meses no forem apre-sentadas quaisquer observaes pelas entidades referi-das no nmero a nterior, o organismo notificado emitira aprovao europeia de materiais para equipamentossob presso, devendo enviar cpia da mesma aos Estad osmembros, aos organismos notificados e Comisso.

    6 Os materiais utilizados no fa brico de equipamen-

    tos sob presso, conformes com as aprovaes europeiasde materiais cujas referncias foram publicadas noJornalOficial das Comunidades Europeias,satisfazem os req ui-sitos essenciais aplicveis do anexo I do presentediploma.

    7 O organismo notificado que emitiu a aprovaoeuropeia de materiais para equipamentos sob pressoretirar essa a provao se verificar que esta n o deveriater sido emitida ou que o tipo de material em causa abrangido por uma norma harmonizada, devendocomunicar imediata mente essa retirada a os outros Esta-dos membros, aos organismos notificados e Co misso.

    Artigo 11.o

    MarcaoCE

    1 A marca o CE , constituda pelas iniciaisCE , de a cordo com o gra fismo consta nte no anexo V,deve ser aposta de forma visvel, facilmente legvel eindelvel em cada equipamento sob presso, ou em cadaconjunto completo, ou num estado que permita a veri-ficao final.

    2 A marcao CE deve ser acompanhada donmero de identificao do organismo notificado,qua ndo a plicvel.

    3 proibido apor nos equipamentos sob pressoe nos conjuntos marcaes susceptveis de induzir emerro quanto ao significado e grafismo da marcaoCE , podendo, toda via, ser a posta nos mesmos q ual-quer outra marcao, desde que no reduza a visibi-lidade e a legibilidade da marca o CE.

    4 Caso o equipamento sob presso ou o conjuntosejam abrangidos por outros diplomas que prevejam aapo sio da marca o CE, esta presumir que o equi-pamento ou o conjunto so conformes s disposiesdesses outros diplomas.

    5 No caso de um ou mais desses diplomas a quese refere o nmero anterior deixarem ao fabricante,durante um perodo transitrio, a escolha do regime

    a a plicar, a marca o CE indica apenas a conformi-dade com as disposies dos diplomas a plicados pelofabricante, devendo, neste caso, as referncias dos mes-mos ser inscritas nos document os, manua is ou instruesque acompanha m o equipamento ou conjunto.

    6 Sem prejuzo do disposto no artigo seguinte, aapo sio indevida da marca o CEimplica, por part edo fabricante ou do seu mandatrio, a obrigao derepor esse produto em conformidade com as disposiesdeste artigo e de fazer cessar a infraco, sob pena deser proibida ou limitada a colocao do equipamentono mercado, ou assegurada a sua retirada do mesmo,no caso de a n o conformidade persistir, de acordo comos procedimentos previstos no a rtigo 12.o

    Artigo 12.o

    Clusuladesalvaguarda

    Sempre que se verifique que os equipamentos sobpresso ou conjuntos, ainda que munidos da marcaoCE e utilizados de a cordo com o fim a que se des-tinam, possam comprometer a segurana das pessoase, eventualmente, dos animais domsticos e dos bens,ser proibida a sua coloca o no mercad o e em servio,ou limitada a sua livre circulao, mediante despachodo presidente do IPQ, devidamente fundamentado, quecomprove a existncia do s pressupostos referidos.

    Artigo 13.o

    Organismosnotificados

    1 Os organismos notificados intervenientes nombito deste diploma devem estar qualificados para o

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    3355N .o 136 14-6-1999 D I RI O D A RE PB L I CA I SRI E -A

    efeito, no mbito do Sistema P ortugus da Qualidade,a q ue se refere o D ecreto-Lei n.o 234/93, de 2 de J ulho ,e com o bservncia dos critrios mnimos previstos pa rao efeito no anexo I Vdo presente diploma.

    2 O IP Q manter a Comisso e os E stados mem-bros permanentemente informados dos organismos noti-

    ficados referidos no nmero anterior, bem como dasfunes especficas para as quais esses organismostenham sido designados e dos nmeros de identificaoque lhes tiverem sido atribudos previamente pelaComisso.

    3 Se um organismo not ificado d eixar de sat isfazeros critrios referidos no n.o 1, ser-lhe- retirada a noti-ficao e a Comisso e os restantes Estados membrosdevero ser imediatamente informados de tal facto.

    Artigo 14.o

    Entidadesterceirasreconhecidas

    1 As entidades terceiras reconhecidas pa ra desem-penharem as funes constantes no presente diploma,no q ue se refere s juntas definitivas dos eq uipamentossob presso e ensaios no destrutivos dessas mesmasjuntas, devem ser reconhecidas pelo IPQ para o efeito,com observncia dos critrios mnimos previstos noanexo I Vdo presente diploma.

    2 O IP Q manter a Comisso e os E stados mem-bros permanentemente informados das entidades ter-ceiras reconhecidas referidas no nmero anterior, bemcomo das tarefas para cuja execuo foram reconhe-cidas.

    3 Se uma entidade terceira reconhecida deixar de

    satisfazer os critrios referidos no n.o

    1, ser-lhe- reti-rada a aprovao e a Comisso e os restantes Estadosmembros devero ser imediatamente informados de talfacto.

    Artigo 15.o

    Fiscalizao

    1 A fiscalizao do cumprimento do presentediploma ser exercida pelas direces regionais doMinistrio da Economia e pela Inspeco-G eral da sActividades Econmica s, sem prejuzo das competnciasatribudas por lei a outra s entidades.

    2 As entidades fiscalizadoras referida s no nmero

    anterior procedem instruo dos processos relativoss contra -ordenaes por si verificada s.3 No exerccio da sua actividade as entidades fis-

    calizadoras podem apreender os produtos abrangidospelo presente diploma, bem como solicitar o auxlio dasautoridades policiais, ou de quaisquer outras autorida-des, sempre que o julguem necessrio execuo dassuas funes.

    Artigo 16.o

    Contra-ordenaes

    1 Co nstitui contra-ordenao, punvel com coima:

    a) De 500 000$ a 9 000 000$, a infraco do dis-posto no artigo 4.o, nos n.os 1 e 2 do artigo 5.o

    e nos ar tigos 8.o e 9.o;b) D e 100 000$a 500 000$, a infrac o do d isposto

    nos n.os 3 e 4 do artigo 5.o e no artigo 11.o

    2 No caso de o infractor ser uma pessoa singular,o montante mximo da coima a aplicar de 750 000$.

    3 A negligncia e a tentat iva so punveis.4 A aplicao das coimas previstas neste diploma

    compete ao director da delegao regional do Ministrioda E conomia em cuja rea a cont ra-ordenao tiver sidoverificada, a quem devem ser enviados aps instruoos respectivos processos de contra-ordenao.

    Artigo 17.o

    Produtodascoimas

    O produto da s coimas recebidas por infraco a o dis-posto no presente diploma reverte em 60% para oscofres do E stado, em 20% para a entidade q ue procede instruo do processo, em 10% para a entidade queaplica a coima e em 10%para o IPQ.

    Artigo 18.o

    Garantiasdosinteressados

    Qua lquer deciso desfavorvel deve ser notificada aointeressado, acompanhada da respectiva fundamenta-o, com indicao expressa das vias legais de recurso sua disposio e respectivos prazos.

    Artigo 19.o

    Encargos

    As importncias devidas pelas intervenes dos orga-nismos competentes do Ministrio da Economia serofixada s por portaria do Ministro da E conomia, por formaa cobrir os custos respectivos.

    Artigo 20.o

    Acompanhamentodaaplicaododiploma

    1 O IPQ acompanhar a aplicao do presentediploma propondo as medidas necessrias prossecuodos seus objectivos e as que se destinam a assegurara ligao com a Comisso e os Estados membros daU nio Europeia.

    2 No mbito do estabelecido no nmero anterior,o IPQ:

    a) Informa r imediata mente a Comisso das medi-das tomadas ao abrigo do artigo 12.o, indicandoos seus fundamentos e, em especial, se a situaoem causa resultou:

    i) D a no observncia dos requisitos essen-ciais referidos no artigo 4.o;

    ii) D e uma aplicao incorrecta das normasreferidas no n.o 2 do artigo 6.o;

    ii i) De uma lacuna das prprias normas aque se refere o nmero anterior ou deuma aprovao europeia de materiaispara equipamentos sob presso;

    b) Informar a Comisso e os Estados membrosde quaisquer outras medidas tomadas contraquem tiver aposto indevidamente a marcaoCE em recipientes ou conjuntos abra ngidospelo presente diploma.

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    Artigo 21.o

    Entradaemvigor edisposiestransitrias

    1 O presente diploma entra em vigor no dia 29 deNovembro de 1999, deixando nessa data de vigorar osdiplomas que regem estas mat rias:

    a) Decreto-Lei n.o

    101/74, de 14 de Ma ro, eD ecreto-Lei n.o 102/74, da mesma data ;

    b) As disposies constantes do Decreto-Lein.o 131/92, de 6 de Julho, e da Portarian.o 1125/92, de 9 de D ezembro, no q ue se refereaos equipamentos sob presso e conjuntosabrangidos pelo mbito do presente diploma.

    2 At ao dia 29 de Maio de 2002, podem ser colo-cados no mercado os equipamentos sob presso e osconjuntos conformes com a regulamentao em vigor da ta de entrada em vigor do presente diploma.

    3 A entrada em servio dos equipamentos sob pres-so e conjuntos referidos no nmero anterior poder

    ser efectuada at ao dia 29 de Maio de 2003.

    Visto e aprovado em Co nselho de M inistros de 29 deAbril de 1999. Antnio Manuel de Oliveira Guter-res Vtor M anuel Sampaio Caetano Ramalho JosScrates Carvalho Pinto de Sousa.

    Promulgad o em 27 de Maio d e 1999.

    Publique-se.

    O Presidente da Repblica, J O R G ESAMPAIO.

    Referendado em 1 de Junho de 1999.

    O Primeiro-Ministro, Antnio M anuel de Oli veiraGuterres.

    ANEXO I

    Requisitos essenciais desegurana

    Observaespreliminares

    1 As obrigaes decorrentes do s req uisitos essen-ciais enunciados no presente anexo para os equipamen-tos sob presso a plicam-se tambm aos conjuntos sem-pre que existir o risco correspondente.

    2 Os requisitos essenciais estabelecidos na direc-tiva tm carcter ob rigatrio. As obrigaes decorrentesdestes requisitos essenciais apenas se aplicam para o

    risco correspondente a uma utilizao normal do equi-pamento sob presso.3 O fabricante obrigado a analisar os riscos a

    fim de determinar os que se aplicam aos seus equi-pamentos devidos presso; dever em seguida pro-jectar e construir os seus equipamentos tendo em contaessa anlise.

    4 Os requisitos essenciais devem ser interpretadose aplicado s por forma a ter em conta o estado da tcnicae a prtica corrente no momento da concepo e fabrico,bem como quaisquer consideraes tcnicas e econ-micas compatveis com um elevado nvel de protecoda sade e da segurana.

    1 G eneralidades:

    1.1 Os equipamentos sob presso devem ser pro-jectad os, fabricado s, ensaiados e, se aplicvel, equipadose instala dos de forma a ga rantir a sua segurana se foremcolocados em servio de acordo com a s instrues dofabricante e em condies previsveis na sua utilizao.

    1.2 Ao escolher as solues mais adequada s, ofabricante dever aplicar os princpios a seguir enun-ciados, pela ord em em que se apresenta m:

    Eliminar ou reduzir os riscos tanto quanto sejarazoavelmente possvel;

    Aplicar medidas de proteco adequada s contra

    os riscos que no possam ser eliminados; Informa r os utilizadores, se aplicvel, dos riscosresiduais e indicar se necessrio toma r medida sadequadas especiais destinadas a atenuar os ris-cos no momento da instalao e ou utilizao.

    1.3 Ca so seja conhecida ou claramente previsvela possibilidade de uma utilizao incorrecta dos equi-pamentos sob presso, estes devero ser projectados deforma a evitar os perigos de tal utilizao ou, se talno for possvel, conter uma advertncia adequada querefira que os equipamentos em questo no devem serutilizados desse modo.

    2 Projecto:

    2.1 G eneralidades:Os equipamentos sob presso devem ser devidamenteprojectad os tendo em conta todos os factores relevantesde que depende a respectiva segurana durante todoo seu tempo de vida previsto.

    O projecto incluir coeficientes de segurana ade-quados, mediante a utilizao de mtodos a brangentesque reconhecidamente incluam, com coerncia, ma rgensde segurana a propriadas para prevenir toda s as formasde a varia relevantes.

    2.2 Projecto para uma resistncia adequad a:2.2.1 Os equipamentos sob presso devem ser pro-

    jectados para esforos conformes com o fim a que sedestinam e, bem assim, para outras condies de servio

    razoa velmente previsveis. Em particular, h que atenderaos seguintes factores:

    Presso interna /externa; Temperaturas ambiente e de servio; Presso esttica e massa do contedo nas con-

    dies de funcionamento e de ensaio; Solicitaes devidas ao trfego, ao vento e a tre-

    mores de terra; Foras e momentos de reaco resultantes dos

    suportes, fixaes, tubagens, etc. Corroso e eroso, fadiga, etc.;

    H que considerar as vrias solicitaes susceptveisde surgir ao mesmo tempo, tendo em conta a proba-bilidade da sua ocorrncia em simultneo.

    2.2.2 O projecto para uma resistncia adequadadeve ba sear-se:

    Regra geral, num mtodo de clculo conformeo descrito no n.o 2.2.3, complementado, se neces-srio, por um mtodo de concepo experimenta ltal como descrito no n.o 2.2.4; ou

    Num mtodo de concepo experimental, semclculo, tal como descrito no n.o 2.2.4, se o pro-duto da presso mxima admissvel PS pelovolume V for inferior a 6000 bar.l ou o prod utoPS.D N for inferior a 3000 bar.

    2.2.3 Mtodo de c lculo:a) Co nteno da presso e outra s solicitaes:As tenses admissveis dos equipa mentos sob presso

    devem ser limitadas t endo em conta as possibilidadesde avaria previsveis de acordo com as condies de

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    funcionamento. Para o efeito, devem ser aplicados fac-tores de segurana q ue permitam eliminar integralmentetoda s as incertezas decorrentes do fabrico, das condiesrea is de utiliza o, da s tenses e dos modelos de clculo,bem como das propriedades e do comportamento dosmateriais.

    Os referidos mtodos de clculo devem procurar a tin-gir margens de segurana suficientes, em conformidade,quando adequado, com as prescries constantes don.o 7.

    As disposies acima podem ser sat isfeitas mediant ea aplicao de um dos seguintes mtodos, consoantefor adequado, se necessrio a ttulo complementar ouem combinao :

    Projecto por frmulas; Projecto por anlise; Projecto por mecnica da ruptura.

    b) R esistncia:A resistncia do equipamento sob presso deve ser

    determinada atra vs de clculos de projecto a dequa dos.Designadamente:

    As presses de clculo no devero ser inferioress presses mximas admissveis e tero de a ten-dar s presses estticas e dinmicas dos fluidos,bem como decomposio dos fluidos instveis.Quando um recipiente estiver subdividido emvrios compartimentos distintos e individuais deconteno da presso, as divisrias devero serprojectadas tendo em conta a presso mais ele-vada que possa existir num compartimento e apresso mais baixa possvel que possa existir nocompartimento adjacente;

    As temperatura s de clculo devem proporcionar

    margens de segurana adeq uada s; O projecto deve ter devidamente em conta toda sas combinaes possveis de temperatura e pres-so que possam surgir em condies de funcio-namento razoa velmente previsveis para o eq ui-pamento em questo;

    As tenses mximas e as concentraes de ten-ses devem manter-se dentro de limites seguros;

    O s clculos relativos conteno da pressodevem ser feitos com base nos valores adeq uadosdas propriedades dos materiais, fundamentadosem dados comprovados, tendo em conta o dis-posto no n.o 4, e coeficientes de segurana a de-quados. E ntre a s caractersticas dos materiais a

    considerar contam-se, consoante os casos: O limite de elasticidade, a 0,2% ou 1,0%,

    conforme adequado, temperatura declculo;

    A resistncia traco; A resistncia em funo do tempo, ou seja,

    a resistncia fluncia, dados relativos fadiga;

    O mdulo de Young (mdulo de elastici-dade), o nvel adequado de deformaoplstica;

    A resilincia; A resistncia ruptura;

    Devem aplicar-se s propriedades do materialcoeficientes de junta adequados, consoante, porexemplo, o tipo de ensaios no destrutivos, aspropriedades dos conjuntos de materiais e ascondies de funcionamento previstas;

    No projecto devem ser devidamente tidos emconta todos os mecanismos de degradao razoa-velmente previsveis (por exemplo, corroso,fluncia, fadiga) de acordo com o fim a que oequipamento se destina, devendo-se chamar aateno , nas instrues referidas no n.o 3.4, paraas caractersticas do projecto que so especifi-camente pertinentes do ponto de vista da dura-o do equipamento, por exemplo:

    Para a fluncia: tempo de funcionamentoprevisto (horas) a temperaturas especifi-cadas;

    Pa ra a fadiga: nmero de ciclos previsto comnveis de tenso especificados;

    Pa ra a corroso: sobreespessura previstapara corroso.

    c) Estabilidade:Caso a espessura calculada possa conduzir a uma esta-

    bilidade estrutural inaceitvel, devem ser adoptada s

    medidas adequadas para obviar a tal situao, tendoem conta os riscos decorrentes do transporte e damovimentao.

    2.2.4 Mtodo de concepo experimental:O projecto do equipamento pode ser total ou par-

    cialmente validado por um programa de ensaios a efec-tuar sobre uma amostra representativa do equipamentoou do grupo de equipamentos.

    O programa de ensaios deve ser claramente definidoantes dos ensaios e deve ser aprovado pelo organismonotificado encarregado do mdulo de avaliao do pro-jecto, caso exista.

    O referido programa deve definir as condies deensaio e os critrios de aceitao e rejeio. Os valores

    exactos das dimenses essenciais e das caractersticasdos materiais constitutivos do equipamento ensaiadodevem ser determinado s antes do ensaio.

    Se necessrio, durante os ensaios, devem poder obser-var-se as zonas crticas do equipamento sob presso uti-lizando instrumentos adequados que permitam mediras deformaes e os esforos com suficiente preciso.

    O progra ma de ensaios deve compreender:

    a) Um ensaio de resistncia presso, destinadoa verificar se o equipamento apresenta fugassignificativas ou deformaes que excedam umdeterminado limiar quando submetido a umapresso que garanta uma margem de segurana

    definida em funo da presso mxima admis-svel.A presso de ensaio deve ser determinada

    tendo em conta as diferenas entre os valoresdas caractersticas geomtricas e dos materiaismedidos na s condies de ensaio e os valoresadmitidos para efeitos de projecto; deve-seigualmente ter em conta a diferena entre astemperatura s de ensaio e de projecto;

    b) Se houver o risco de fluncia ou de fadiga,ensaios adeq uados determinados em funo dascondies de servio previstas para o equipa-mento, por exemplo, tempo de servio a tem-peraturas especficas, nmero de ciclos com

    nveis de esforos determinados, etc.;c) Quando necessrio, ensaios complementares

    relacionados com outros factores especficosreferidos no n.o 2.2.1, como a corroso, a s agres-ses externa s, etc.

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    2.3 Disposies para garantir a segurana do movi-mento e do funcionamento:

    Os equipamentos sob presso devem funcionar demodo que da sua utilizao no resultem riscos razoa-velmente previsveis. Deve-se prestar especial ateno,quando adequado, a:

    D ispositivos de abertura e fecho; D escarga s perigosas provenientes das vlvulas de

    segurana; D ispositivos de impedimento do acesso fsico

    enquanto exista presso ou vcuo; Temperaturas superfcie, atendendo utiliza-

    o prevista; D ecomposio dos fluidos instveis.

    Em particular os equipamentos sob presso munidosde o bturado res amovveis devem ser equipados com umdispositivo automtico ou manual que permita ao ope-rado r certificar-se facilmente de que a abertura do obtu-rador no apresenta perigo. Alm disso, no caso de essa

    abertura poder ser accionada rapidamente, o equipa-mento sob presso deve ser equipa do com um dispositivoque impea a abertura enquanto a presso ou a tem-peratura d o fluido apresentarem perigo.

    2.4 Meios de inspeco:a) Os equipamentos sob presso devem ser projec-

    tados de modo a permitir a realizao de todas as ins-peces necessrias para ga rantir a sua segurana.

    b) Devem prever-se meios de verificao das con-dies interiores do equipamento sob presso, quandoisso for necessrio para garantir a segurana permanentedo eq uipamento, tais como aberturas de a cesso que per-mitam o acesso fsico ao interior do equipamento, porforma que as inspeces adequadas possam ser efec-tuada s de modo seguro e ergonmico.

    c) Podem utilizar-se outros meios para determinarse o equipamento sob presso se encontra em condiesconformes com os req uisitos de segurana:

    Ca so as suas reduzida s dimenses impossibilitemo acesso fsico ao seu interior; ou

    Caso a abertura do equipamento sob pressopossa alterar as condies no seu interior; ouainda

    Caso se tenha comprovado que a substncia quecontm no prejudicial para o material de q ueo equipamento sob presso constitudo e queno razoavelmente previsvel qualquer outro

    mecanismo de degradao interna.

    2.5 Meios de purga e ventila o :Devem prever-se meios adequados de purga e ven-

    tilao do equipamento sob presso, q uando necessrio:

    Pa ra evitar efeitos prejudiciais, como o golpe dearete, o colapso por vcuo, a corroso e reacesqumicas incontroladas. Devem ter-se em contatodas as fases de funcionamento e ensaio e, emparticular, o ensaio de presso;

    Para permitir a limpeza, a verificao e a manu-teno em condies de segurana.

    2.6 Corroso e outras formas de ataq ue q umico:Qua ndo necessrio, dever prever-se uma sobrees-pessura ou uma proteco contra a corroso e outrasformas de a taq ue qumico, atendendo utilizao pre-vista e ra zoa velmente previsvel.

    2.7 D esgaste:Caso possam ocorrer condies de acentuada eroso

    ou abraso, devem ser adoptadas medidas a dequadaspara:

    Minimizar o seu efeito atravs de um projectoadequado, prevendo, por exemplo, sobreespes-

    suras ou utilizando materiais de revestimentointerior ou exterior;

    Permitir a substituio das peas mais afecta das; Chamar a ateno, nas instrues referidas no

    n.o 3.4, para as medidas a tomar para permitiruma utilizao segura do eq uipamento.

    2.8 Conjuntos:Os conjuntos devem ser concebidos por forma a:

    Que os elementos a ligar sejam ad equad os e fi-veis para a funo pretendida;

    Permitir a integrao adequada de todos os ele-mentos e a sua correcta unio .

    2.9 D isposies relativas ao enchimento e des-carga:

    Se necessrio, o equipamento sob presso deve serprojectado e equipado com acessrios adequados quegarantam a segurana do enchimento e descarga, oudeve permitir a sua instala o, especialmente tendo emvista os seguintes riscos:

    a) No que respeita ao enchimento:

    O sobreenchimento ou a sobrepressuriza-o, tendo em conta, designadamente, ataxa de enchimento e a presso do vapor

    temperatura de referncia; A instabilidade do equipamento sob pres-

    so;

    b) No que respeita descarga: a libertao des-controlada do fluido pressurizado;

    c) No que respeita ao enchimento e descarga:as ligaes e cort es perigosos.

    2.10 Proteco para que no sejam excedidos oslimites admissveis do equipamento sob presso:

    Se, em cond ies razoavelmente previsveis, puderemser excedidos os limites admissveis, o equipamento sob

    presso d eve dispor ou poder d ispor de dispositivos deproteco adequados, a menos que a proteco sejagarantida por outros dispositivos de proteco integra-dos no conjunto.

    O dispositivo adequado ou a combinao de dispo-sitivos a dequados devem ser determinados em funodas caractersticas especficas do equipamento ou doconjunto e da s suas condies de funcionamento.

    Os dispositivos de proteco e suas combinaescompreendem:

    a) Os acessrios de segurana tal como definidosna a lnea d) do a rtigo 2.o;

    b) Consoante os casos, dispositivos de monitori-

    zao a dequa dos, como indicadores ou alarmes,que permitam tomar, automtica ou manual-mente, medidas adequada s para manter o equi-pamento sob presso dentro dos limites admis-sveis.

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    2.11 Acessrios de segurana :2.11.1 Os acessrios de segurana devem:

    Ser projectado s e construdos por forma a seremfiveis e adequados para as condies de fun-cionamento previstas e a ter em conta os requi-

    sitos em matria de manuteno e ensaio dosdispositivos, se aplicvel; Ser independentes das outras funes, a menos

    que a sua funo de segurana no possa serafecta da por essas outra s funes;

    R espeitar os princpios de concepo adequa dospara obter uma proteco adaptada e fivel.Estes princpios incluem, entre outros, a segu-rana positiva, a redundncia, a diversidade eo autocontrolo.

    2.11.2 D ispositivos limitadores de presso:Estes dispositivos devem ser concebidos de forma que

    a presso no exceda de forma permanente a pressomxima admissvel PS; , contudo, admitido umaumento de curta durao da presso acima desse valor,em conformidade, quando adeq uado, com as prescriesdo n.o 7.3.

    2.11.3 D ispositivos de controlo da temperatura:Por razes de segurana, estes dispositivos devero

    ter um tempo de resposta adequado, que dever sercompatvel com a funo de medio.

    2.12 Incndios exteriores:Sempre que seja necessrio, o equipamento sob pres-

    so deve ser projectado e, se apropria do, dispor ou poderdispor de acessrios adequado s para satisfazer as exi-gncias relativas limita o dos danos em caso de incn-

    dio de origem externa, atendendo, designadamente, aofim a q ue se destina.

    3 Fabrico:3.1 Processos de fa brico:O fabricante deve a ssegurar a correcta execuo do

    disposto na fase de projecto, atravs da aplicao detcnicas e mtodos adequados, especialmente no quese refere a:

    3.1.1 Preparao dos componentes:A preparao dos componentes (por exemplo, a

    enformao e a chanfragem) no deve dar origem adefeitos nem a f issuras ou a lteraes das cara ctersticasmecnicas que sejam susceptveis de prejudicar a segu-

    rana do equipamento sob presso.3.1.2 Junta s definitivas:As juntas definitivas e as zona s adjacentes no devem

    apresentar quaisquer defeitos superficiais ou internossusceptveis de prejudicar a segurana do equipamento.

    As propriedades da s juntas definitivas d evem corres-ponder s propriedades mnimas especificadas para osmateriais a unir, salvo se nos clculos de projecto foremespecificamente tidos em conta outros valores de pro-priedades correspondentes.

    No caso dos eq uipamentos sob presso, a s ligaespermanentes das partes que contribuem para a resis-tncia do equipamento presso e das partes que lhe

    esto directamente ligadas devem ser efectuadas porpessoal com o grau de qualificao adequado e utili-zando mtodos de trabalho qualificados.

    Os mtodos de trabalho e o pessoal devem, no casodos equipamentos sob presso das classes de risco II ,

    II I e IV , ser aprovados por uma entidade terceira com-petente, que pode ser, escolha do fa bricante:

    U m organismo notificado; Uma entidade terceira reconhecida por um

    Esta do membro, nos termos do a rtigo 14.o

    Para proceder s aprovaes, a referida entidade ter-ceira deve realizar ou mandar realizar os exames eensaios especificados nas normas harmonizadas perti-nentes, ou exames e ensaios equivalentes.

    3.1.3 Ensaios n o destrutivos:Os ensaios no destrutivos das juntas definitivas dos

    equipamentos sob presso devem ser realizados por pes-soal qualificado com o grau de habilitaes adequado.Pa ra o s equipamentos sob presso ou conjuntos das clas-ses de r isco II Ie IV , esse pessoal deve ter sido a provadopor uma entidade terceira reconhecida por um E stadomembro, nos termos do artigo 14.o

    3.1.4 Tra ta mento trmico:

    Caso o processo de fabrico possa alterar as proprie-dades dos materiais de tal forma que seja susceptvelde afectar a integridade do equipamento sob presso,deve proceder-se a um tratamento trmico adequadona fa se de fabrico mais indicada.

    3.1.5 Rastreabilidade:D evem ser criados e mantidos processos a dequados

    para a identificao, por meios apropriados, das partesdo equipamento que contribuem para a resistncia presso, desde a recepo, passando pela produo, a tao ensaio final do equipamento sob presso fabricado.

    3.2 Verificao final:Os eq uipamentos sob presso devem ser submetidos

    verificao final que a seguir se descreve.

    3.2.1 Exame final:Os equipamentos sob presso devero ser submetidos

    a um exame final destinado a verificar a observnciados requisitos essenciais de segurana, tanto por meiode uma inspeco visual, como atravs do controlo dadocumentao que acompanha o equipamento. Nestecaso, podero ser tidos em conta os ensaios efectuadosdurante o fabrico. Se a segurana do equipamento oexigir, este exame final ser efectuado no interior e noexterior de todas as partes do equipamento, eventual-mente durante o processo de produo (por exemplo,no caso de essas partes j no serem acessveis nomomento do exame final).

    3.2.2 Ensaio:A verificao f inal dos equipamentos sob presso deve

    incluir um ensaio de resistncia presso, que assumirnormalmente a fo rma de um ensaio hidroestt ico a umapresso pelo menos igual, quando adequado, ao valorfixado no n.o 7.4.

    No caso dos equipamentos da classe I fabricados emsrie, este ensaio pode ser realizado numa base esta-tstica.

    Caso o ensaio de presso hidroesttica seja prejudicialou impossvel de realizar, podero ser efectuados outrosensaios de valor reconhecido. P ara os ensaios que nosejam o ensaio de presso hidroesttica, e antes da suarealizao, devem ser tomadas medidas complementa-

    res, tais como ensaios no destrutivos ou outros mtodosde eficcia eq uivalente.3.2.3 Exame do s dispositivos de segurana :No caso dos conjuntos, a verificao final incluir

    igualmente um exame dos acessrios de segurana, des-

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    tinado a verificar se foram integralmente respeitadosos requisitos do n.o 2.10.

    3.3 Ma rcao e rotulagem:Pa ra a lm da ma rcao CE referida no artigo 11.o,

    devem ser fornecidas as seguintes informaes:

    a) No que respeita a todos os equipamentos sob

    presso:

    Nome e endereo ou outros meios de iden-tificao do fabricante e, se aplicvel, doseu mandatrio estabelecido na Comuni-dade;

    Ano de fabrico; Identificao do equipamento sob presso

    consoante a sua na tureza, como por exem-plo indicao do tipo, da srie ou do lotee do nmero de fabrico;

    Limites essenciais mximos/mnimosadmissveis;

    b) Consoante o tipo de equipamento sob presso,informaes a dicionais necessrias seguranada instalao, do funcionamento ou da utiliza-o e, se aplicvel, da manuteno e da ins-peco peridica, como:

    Volume (V) do equipamento sob presso,em litros;

    Dimenso nominal dos tubos (DN); Presso de ensaio (PT) aplicada, expressa

    em bar, e data do ensaio; Presso, em bar, para que esto regulados

    os dispositivos de segurana ; Potncia do equipamento sob presso, em

    kilowatt; Tenso da a limenta o, em volts; Utilizao prevista; R a z o d e e nc hi me nt o e m q u il og ra -

    ma s/litros; Massa mxima de enchimento, em qui-

    logramas; Tara , em quilogramas; G rupo a que pertencem os produtos;

    c) Se necessrio, sero afixadas no equipamentosob presso advertncias que chamem a aten opara os erros de utilizao evidenciados pelaexperincia.

    A marca o CE e as informaes necessrias devemser apostas no equipamento sob presso ou numa chapade caractersticas nele solidamente fixada, com asseguintes excepes:

    Se for caso disso, pode ser utilizado um docu-mento adequa do para evitar a marcao repetidade elementos individuais, tais como componen-tes de tuba gens, destinados a o mesmo conjunto.Isto a plica-se marca o CE e s outra s mar-caes e rtulos referidos no presente anexo;

    Se o equipamento sob presso for demasiadopequeno, como no caso dos acessrios, a infor-

    mao referida na alnea b) pode ser dada numaetiqueta solta presa ao referido eq uipamento sobpresso;

    Po dem ser utilizados rtulos, etiqueta s ou outrosmeios adequados para a identificao do con-

    tedo e para as advertncias referidas na al-nea c), desde que se mantenham legveis duranteo tempo necessrio.

    3.4 Instrues de servio:a) Aquando da sua colocao no mercado, os equi-

    pamentos sob presso devem, tanto quanto necessrio,ser acompanhados de um manual de instrues des-tinado ao utilizador e que contenha todas as informaesteis para ga rantir a segurana:

    Da montagem, incluindo a ligao de diferentesequipamentos sob presso;

    D o arranque; Da utilizao; D a manuteno, incluindo os controlos pelo

    utilizador.

    b) O manual de instrues deve conter as informaesapostas no equipamento sob presso nos termos don.o 3.3, com excepo da identificao da srie, e deve

    eventualmente ser acompanhado de documentao tc-nica, bem como dos desenhos de diagra mas necessriospara uma perfeita compreenso das instrues.

    c) Se for caso disso, o manual de instrues devechamar tambm a ateno para os riscos decorrentesde uma m utilizao nos termos do n.o 1.3, e paraas cara ctersticas de concepo especiais de a cordo como n.o 2.2.3.

    3.5 Lngua portuguesa:As informaes a que se referem os n.os 3.3 e 3.4

    deste anexo devem estar redigida s em lngua portuguesa.4 Materiais:Os materiais utilizados no fabrico de equipamentos

    sob presso devem ser adeq uados a ta l aplicao durante

    todo o perodo d e vida previsto destes ltimos, a menosque se preveja a sua substituio.

    Os materiais de soldadura e os outros materiais deligao apenas devem satisfazer adequadamente osrequisitos correspondentes do s n.os 4.1 e 4.2, alnea a),e do primeiro pargrafo do n.o 4.3, tanto individual-mente como aps utilizao .

    4.1 Os materiais destinados s partes sujeitas apresso devem:

    a) Possuir caractersticas adequadas para todas ascondies de servio razoavelmente previsveise para as condies de ensaio e, nomeadamente,ser suficientemente dcteis e tenazes. As carac-

    tersticas destes materiais devero respeitar, seaplicvel, os requisitos do n.o7.5. Deve-se, almdisso, e se necessrio, proceder, em particular,a uma seleco adequada dos materiais porforma a prevenir uma eventual ruptura frgil;se, por mot ivos especficos, tiver de ser utilizadoum material frgil, devem ser tomadas medidasadequadas;

    b) Ser suficientemente resistentes do ponto de vistaqumico aos fluidos que o equipamento sobpresso dever conter. As propriedades fsicase qumicas necessrias a uma utilizao segurano devem ser significativamente afecta das pelofluido durante o perodo de vida previsto dos

    equipamentos;c) No ser significativamente sensveis ao enve-

    lhecimento;d) Ser adequados para os processos de transfor-

    mao previstos;

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    e) Ser escolhidos de modo a evitar efeitos nega-tivos importantes quando haja que unir mate-riais diferentes.

    4.2 a) O fabricante do equipamento sob pressodever definir convenientemente os valores necessriospara os clculos de projecto referidos no n.o 2.2.3, bemcomo as caractersticas essenciais dos materiais e dasua utilizao enumeradas no n.o 4.1.

    b) O fabricante far constar da documentao tcnicaos elementos respeitantes ao cumprimento das prescri-es deste diploma relativas aos materiais, que se reves-tiro d e uma da s seguintes formas:

    Utilizao de materiais em conformidade comas normas harmonizadas;

    Utilizao de materiais que tenham sido objectode uma aprovao europeia de materiais paraequipamentos sob presso, de acordo com oart igo 10.o;

    Avaliao especfica dos materiais.

    c) No que respeita aos equipamentos sob presso per-tencentes s classes II I e IV , a avaliao especfica refe-rida no terceiro travesso da alnea b) ser efectuadapelo organismo notificado encarregado dos procedimen-tos de a valiao da conformidade do equipamento sobpresso.

    4.3 O fabricante do equipamento deve tomar asmedidas adeq uadas para se certificar de q ue o mat erialutilizado est conforme com as prescries necessrias.D evem, nomeadamente, ser obtidos para t odos os mate-riais documentos passado s pelos respectivos fabricantesque atestem a conformidade desses materiais com umadada prescrio.

    O certificado relativo s principais partes sujeitas apresso d os equipamentos das classes II , II I e IV deverbasear-se num controlo especfico do produto.

    Sempre que o fabricante dos materiais possua umsistema de garantia da qualidade adequado e certificadopor um organismo competente estabelecido na Comu-nidade e q ue tenha sido objecto de uma a valiao espe-cfica pa ra o s materiais, presumir-se- q ue os certificado spor ele emitidos traduzem a conformidade com os requi-sitos aplicveis do presente nmero.

    Requisitosespecficos paradeterminadosequipamentossobpresso

    Para alm dos requisitos aplicveis constantes das sec-es 1 a 4, aplicam-se os requisitos que se seguem.

    5 Eq uipamentos sob presso a quecidos por chamaou de outro modo sujeitos ao risco de sobreaq uecimento,referidos no n.o 1 do artigo 4.o:

    Estes equipamentos sob presso a brangem:

    Geradores de vapor e de gua sobreaquecidareferidos no n.o 1.2 do a rtigo 4.o, tais como cal-deiras de vapor e gua sobreaquecida a fogo nu,sobreaquecedores e reaquecedores, caldeiras derecuperao de calor, caldeiras de incineraode resduos, caldeiras elctricas de elctrodo oudo tipo de imerso e panelas de presso, bemcomo os respectivos acessrios e, se aplicvel,os respectivos sistemas de tratamento da gua

    de alimentao, de abastecimento de combus-tvel; e Equipamento de produo de calor para fins

    industriais que no o de gerao de vapor e degua sobreaquecida, abrangidos pelo n.o 1.1 do

    artigo 4.o, tais como a quecedores para processosqumicos e outros processos anlogos e equipa-mento sob presso para transformao de ali-mentos.

    O referido equipamento sob presso deve ser cal-

    culado, projectado e construdo por forma a evitar ouminimizar o risco de uma perda de conteno signi-ficativa por sobreaquecimento. D eve-se, designada-mente, consoante os casos, garant ir que:

    a) Sejam fornecidos dispositivos de proteco a de-quados para limitar parmetros de funciona-mento como a absoro e as perdas de calore, qua ndo a plicvel, o nvel do fluido, por fo rmaa evitar qualquer risco de sobreaquecimentolocal ou generalizado ;

    b) Sejam previstos pontos de recolha de amostras,qua ndo necessrio, para a valiar a s propriedadesdo fluido, a fim de evitar riscos decorrentes da

    forma o de depsitos ou da corroso;c) Sejam adoptadas medidas adequadas para eli-minar os riscos de danos provocados por dep-sitos;

    d) Sejam previstos meios de eliminao segura docalor residual aps a para gem;

    e) Sejam previstas disposies para evitar uma acu-mulao perigosa de misturas inflamveis desubstncias combustveis e ar, ou o retomo dachama.

    6 Tubagens na acepo do n.o 1.3 do artigo 4.o:O projecto e a construo devem assegurar que:

    a) O risco de sobretenses resultantes da ocorrn-cia de movimentos livres inadmissveis ou daproduo de foras excessivas, por exemplo emflanges, ligaes, compensado res, mangueirasou tubos flexveis, seja devidamente controladoatravs do recurso a meios como apoios, refor-os, ancoragem, a linhamento e pr-esforo;

    b) No que respeita a fluidos gasosos, quando hajaa possibilidade de condensao no interior dostubos, existam meios de drenagem e remoodos depsitos das zonas mais baixas, a fim deevitar da nos decorrentes do golpe de a rete o uda corroso;

    c) Se atenda aos possveis danos decorrentes daturbulncia e da formao de vrtices. Apli-cam-se as disposies relevantes do n.o 2.7;

    d) Se atenda convenientemente ao risco de fadigadevido s vibraes nos tubos;

    e) Se se tratar da conteno de fluidos do grupo I,sejam previstos meios adeq uados para isolar astubagens de medida e colheita de amostras queapresentem riscos significativos devido s suasdimenses;

    f) O risco de descarga acidental seja minimizadoe os pontos de medida e colheita de amostrassejam claramente marcados sobre a parte fixa,indicando o fluido contido;

    g) A posio e o t rajecto das tubagens e condutassubterrneas conste, pelo menos, da documen-tao tcnica, por forma a facilitar a manuten-o, inspeco ou reparao em condies desegurana.

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    7 R equisitos quantitativos para determinados equi-pamentos sob presso:

    As disposies que se seguem so aplicveis de umaforma geral. Todavia, quando no forem aplicadas,nomeadamente por os materiais no se encontraremespecificamente referidos e no serem aplicada s normasharmonizadas, o fabricante ter de provar que forampostas em prtica disposies adeq uadas para propor-cionar um nvel de segurana geral equivalente.

    As disposies estab elecidas neste ponto completamos requisitos essenciais dos n.os 1 a 6, para os equi-pamentos sob presso a que estas se aplicam.

    7.1 Tenses admissveis:7.1.1 Smbolos:

    Re/t, limite de elasticidade, designa o valor tem-peratura de clculo, segundo os casos:

    Do limite elstico superior de um materialque apresente um limite elstico inferiore superior;

    Do limite de elasticidade convencional a1,0% para o ao austentico e para o alu-mnio sem liga;

    Do limite de elasticidade convencional a0,2% nos restantes casos;

    Rm/20designa o valor mnimo da resistncia tra c-o a 20oC;

    Rm/tdesigna a resistncia traco temperaturade clculo.

    7.1.2 A tenso geral de membrana admissvel paracargas predominantemente estticas e para temperatu-ras situadas fora de gama em que os fenmenos defluncia so significativos no deve ser superior aomenor dos valores seguidamente indicados, consoanteo material utilizado :

    No caso do ao ferrtico, incluindo o ao nor-malizado (ao laminado) e excluindo os aos degro fino e os aos submetidos a tratamento tr-mico especial, do is teros de Re/te 5/12de Rm/20;

    No caso do ao austentico:

    Se o seu alongamento aps ruptura for supe-rior a 30%, dois teros deRe/t;

    Ou, em alternat iva, e se o seu alongamentoaps ruptura for superior a 35%, cinco sex-tos deRe/te um tero de Rm/t;

    No caso do ao vaza do no ligado ou fracamenteligado, 10/19de Re/te um tero de Rm/20;

    No caso do alumnio, dois teros deRe/t; No caso das ligas de alumnio que no possam

    ser temperadas, dois teros deRe/te 5/12 de Rm/20;

    7.2 Coef icientes de junta:Pa ra as juntas soldadas, o coeficiente de junta d eve

    ser, no mximo, igual ao seguinte valor:

    Para os equipamentos sujeitos a ensaios destru-tivos e no destrutivos que permitam verificarque nenhuma das juntas apresenta defeitos sig-nificat ivos: 1;

    Pa ra os equipamentos que so objecto de ensaiosno destrutivos por amostragem: 0,85; Para os equipamentos que no so submetidos

    a ensaios no d estrutivos para alm de uma ins-peco visual: 0,7.

    O tipo de solicitao e as propriedades mecnicase tecnolgicas da junta devem igualmente ser tomadosem considerao, se necessrio.

    7.3 Dispositivos limitadores de presso, em espe-cial para os recipientes sob presso:

    A sobrepresso momentnea referida no n.o 2.11.2deve ser limitada a 10% da presso mxima admissvel.

    7.4 Presso de ensaio hidroesttico:Para os recipientes sob presso, a presso de ensaio

    hidroesttico referida no n.o 3.2.2 deve ser igual maiselevada da s seguintes presses:

    A presso correspondente carga mxima quepode suportar o equipamento em servio, tendoem conta a sua presso mxima admissvel e asua temperatura mxima admissvel, multipli-cada pelo coeficiente 1,25;

    A presso mxima admissvel multiplicada pelocoeficiente 1,43.

    7.5 Ca ractersticas dos materiais:

    A menos que sejam exigidos valores diferentes aoabrigo de outros critrios a q ue seja necessrio atender,um ao ser considerado suficientemente dctil parasatisfazer a alnea a) do n.o 4.1 se o seu alongamentoaps ruptura num ensaio traco efectuado por ummtodo normalizado for, no mnimo, igual a 14% ese a sua resilincia determinada em provete ISO-V forpelo menos igual a 27 J a uma temperatura no mximoigual a 20oC mas no superior temperatura mnimade funcionamento prevista.

    ANEXO II

    Tabelas deavaliao deconformidade

    1 As referncias s diversas categorias d e mdulosnas ta belas so a s seguintes:

    Cla sse I = mdulo A;Cla sse II = mdulos A1, D1, E1;Classe I I I = mdulos B1 + D , B1 + F , B + E ,

    B + C1, H;C la sse I V = m dulo s B + D , B + F , G , H1.

    2 Os acessrios de segurana def inidos na alnea d)do artigo 2.o e referidos no n.o 1.4 do artigo 4.o soclassificados na classe IV . Toda via, a ttulo de excepo,os acessrios de segurana fabricados para equipamen-tos especficos podem ser classificados na mesma classeque o equipamento a proteger.

    3 Os acessrios sob presso d efinidos na alnea e)do artigo 2.o e referidos no n.o 1.4 do artigo 4.o soclassificados em funo:

    D a respectiva presso mxima admissvel PS; Do seu volume prprio V ou da sua dimenso

    nominal DN, consoante o caso; e D o grupo de fluidos a que se destinam;

    para precisar a categoria de avaliao da conformidade,aplica-se a tabela correspondente para recipientes outubagens.

    Caso o volume e a dimenso nominal sejam ambosconsiderados adequados para efeitos do segundo tra-

    vesso supra, o acessrio sob presso deve ser classi-ficado na classe de risco mais elevada.4 As linhas de dema rcao na s tabelas de avaliao

    da conformidade que se seguem indicam o limite supe-rior para ca da classe.

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    TABELA N.o 1

    Recipientesreferidosnon.o1.1,alneaa),primeirotravesso,doartigo4.o

    A ttulo de excepo, os recipientes destinados a con-ter gases instveis que, pela aplicao da tabela n.o 1,pertenam s classes I ou II devem ser classificado s naclasse I II .

    TABELA N.o 2

    Recipientesreferidosnon.o1.1,alneaa),segundotravesso,doartigo4.o

    A ttulo de excepo, os extintores port teis e as gar-rafas para aparelhos de respirao devem ser classifi-cados pelo menos na classe I II .

    TABELA N.o 3

    Recipientesreferidosnon.o1.1,alneab),primeirotravesso,doartigo4.o

    TABELA N.o 4

    Recipientesreferidosnon.o1.1,alneab),segundotravesso,doartigo4.o

    A ttulo de excepo, os conjuntos previstos para aproduo de gua aquecida referidos no n.o 2.3 doartigo 4.o sero sujeitos quer a um exame do projecto(mdulo B1), a fim de verificar a sua conformidadecom os requisitos essenciais previstos nos n.os 2.10, 2.11,3.4, 5, alnea a), e 5, alnea d), do anexo I quer a umsistema de garantia total da qualidade (mdulo H).

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    TABELA N.o 5

    Equipamentossobpressoreferidosnon.o

    1.2doartigo4.o

    A ttulo de excepo, as panelas de presso seroobjecto de um controlo da concepo de acordo comum processo de verificao co rrespondente, pelo menos,a um dos mdulos da classe I II .

    TABELA N.o 6

    Tubagensreferidasnon.o1.3, alneaa), primeiro travesso, doartigo4.o

    A ttulo de excepo, as tubagens destinadas a gasesinstveis que, pela aplicao da tabela n.o 6, pertenams classesI e I Idevem ser classificadas na classeI II .

    TABELA N.

    o

    7

    Tubagensreferidasnon.o1.3, alneaa), segundotravesso, doartigo4.o

    A ttulo de excepo, todas as tubagens que conte-nham lquidos a uma temperatura superior a 350oC eque, pela aplicao da tabela n.o 7, pertenam classe I Idevem ser classificadas na classeI II .

    TABELA N.o 8

    Tubagensreferidasnon.o1.3,alneab),primeirotravesso,doartigo4.o

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    TABELA N.o 9

    Tubagensreferidasnon.o1.3,alneab), segundotravesso,doartigo4.o

    ANEXO III

    Processos deavaliao deconformidade

    As obrigaes que resultam do disposto no presenteanexo relativamente aos equipamentos sob presso soigualmente aplicveis no caso dos conjuntos.

    MduloA(controlointernodefabrico)

    1 Este m dulo descreve o procedimento mediante

    o qual o fabricante, ou o seu mandatrio estabelecidona Comunidade que cumpra as obrigaes referidas non.o 2, garante e declara que o equipamento sob pressosatisfaz os requisitos deste diploma que lhe so apli-cveis. O fabricante ou o seu manda trio estabelecidona C omunidade, deve apor a ma rcao CE em todo sos equipamentos sob presso e redigir uma declaraode conformidade.

    2 O fabricante elaborar a documentao tcnicadescrita no n.o 3; o prprio fabricante ou o seu man-dat rio estabelecido na Comunidade manter essa docu-mentao disposio das a utoridades nacionais, paraefeitos de inspeco, por um prazo de 10 anos a contarda data de fabrico do ltimo equipamento sob presso.

    Quando nem o fabricante nem o seu mandatrio seencontrarem estabelecidos na Comunidad e, a obrigaode manter a documentao tcnica disposio cabe pessoa responsvel pela colocao do equipamentosob presso no mercad o comunitrio.

    3 A documentao tcnica dever permitir a ava-liao de conformidade do equipamento sob pressocom os requisitos deste diploma que lhe sejam aplicveise incluir, desde que tal seja necessrio para essa ava-liao, o projecto, o fabrico e o funcionamento do equi-pamento sob presso, e conter:

    U ma descrio geral do equipamento sob pres-so;

    Desenhos de projecto e de fabrico, bem como

    esquemas dos componentes, subconjuntos, cir-cuitos, etc.;

    As descries e explicaes necessrias com-preenso dos referidos desenhos e esquemas edo funcionamento do equipamento sob presso;

    U ma lista da s normas referidas no artigo 6.o totalou parcialmente a plicadas e uma descrio dassolues adoptadas para satisfazer os requisitosessenciais, quando no tiverem sido aplicadasas normas referidas no a rtigo 6.o;

    Os resultad os dos clculos de projecto, dos exa-mes efectuados, etc.;

    Os relatrios dos ensaios.

    4 O fabricante ou o seu mandatrio estabelecidona C omunidade devem conservar, com a documentaotcnica, um exemplar da declarao de conformidade.

    5 O fabricante ad optar todas as medidas neces-srias para que o processo de fabrico garanta a con-formidade do equipamento sob presso fabricado coma documentao tcnica mencionada no n.o 2 e comos requisitos deste diploma que lhe sejam aplicveis.

    MduloA1(controlointernodofabricocomvigilnciadaverificaofinal)

    Para alm dos requisitos previstos no mdulo A, soaplicveis as seguintes disposies:

    A verifica o fina l ser sujeita a vigilncia sob a formade visitas sem aviso prvio por parte de um organismonotificado escolhido pelo fa bricante.

    D urante essas visitas, o organismo notificado deve:

    Certificar-se de que o fabricante est efectiva-mente a proceder verificao final nos termosdo n.o 3.2 do anexo I;

    Pro ceder recolha de equipamentos sob pressonos locais de fabrico ou de armazenagem paraefeitos de controlo. O organismo notificado a jui-zar do nmero de equipamentos a recolher,

    bem como da necessidade de efectuar ou ma ndarefectuar a tota lidade ou parte da verificao finalnos equipamentos sob presso recolhidos.

    No caso de um ou mais equipamentos sob pressono estarem conformes, o organismo notificado tomaras medidas adequada s.

    O fa bricante apor o nmero de identificao do orga -nismo notificado em cada equipamento sob presso, soba responsabilidade do referido orga nismo.

    MduloB (exameCE detipo)

    1 Este mdulo descreve a parte do procedimentomediante a qua l um organismo notificado verifica e cer-tifica que um exemplar representativo da produo emcausa observa a s disposies deste diploma q ue lhe soaplicveis.

    2 O requerimento de exame CE de tipo apre-sentado pelo fabricante ou pelo seu mandatrio esta-belecido na Comunidade a um nico organismo noti-ficado da sua escolha.

    O req uerimento incluir:

    O nome e endereo do fa bricante e, se o reque-rimento for feito pelo mandatrio, o nome eendereo deste ltimo;

    U ma declarao escrita que indique que omesmo req uerimento n o foi d irigido a nenhum

    outro organismo notificado; A documentao tcnica descrita no n.o 3.

    O requerente por disposio do organismo noti-ficado um exemplar representativo da produo em

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    causa, a seguir denomina do tipo. O orga nismo not i-ficado pode exigir exemplares suplementares, se t al fornecessrio para executar o programa de ensaio.

    Um tipo pode abranger diversas variantes do equi-pamento sob presso, desde que a s diferenas entre elasno a fectem o nvel de segurana.

    3 A documentao tcnica dever permitir a ava-liao da conformidade do equipamento sob pressocom os requisitos aplicveis deste diploma, devendoabranger o projecto, o fabrico e o funcionamento doequipamento sob presso e conter, se necessrio paraa a valiao:

    Uma descrio global do tipo; Desenhos de projecto e de fabrico, bem como

    esquemas dos componentes, subconjuntos, cir-cuitos, etc.;

    As descries e explicaes necessrias com-preenso dos referidos desenhos e esquemas edo funcionamento do equipamento sob presso;

    U ma lista da s normas referidas no artigo 6.o total

    ou parcialmente a plicadas e uma descrio dassolues adoptadas para satisfazer os requisitosessenciais deste diploma, quando no tiveremsido a plicada s as normas referidas no a rtigo 6.o;

    Os resultados dos clculos de projecto, dos exa-mes efectuados, etc.;

    Os relatrios dos ensaios; Os elementos relativos aos ensaios previstos no

    mbito do fabrico; Os elementos relativos s qua lificaes ou apro-

    vaes exigidas nos termos do disposto nosn.os 3.1.2 e 3.1.3 do anexoI .

    4 O organismo notificado deve:

    4.1 Examinar a documentao tcnica, verificar seo tipo foi produzido em conformidade com esta e iden-tificar os elementos que tenham sido projectados deacordo com as disposies aplicveis das normas refe-ridas no artigo 6.o, bem como os elementos cujo projectono se baseia nessas normas.

    O organismo notificado deve, em especial:

    Examinar a documentao tcnica relativa aoprojecto e aos processos de fabrico;

    Avaliar os materiais utilizado s quando estes noestiverem em conformidade com a s normas har-monizadas aplicveis ou com uma aprovaoeuropeia de materiais para equipamentos sobpresso e verificar o certificado passado pelo

    fabricante dos materiais de acordo com o n.o 4.3do anexo I ;

    Aprovar os processos de montagem definitiva daspeas ou verificar se foram anteriormente apro-vados, de acordo com o n.o 3.1.2 do anexo I;

    Verificar se o pessoal que procede montagemdefinitiva das peas e aos ensaios no destrutivos qualificado ou aprovado nos termos dosn.os 3.1.2 ou 3.1.3 do a nexo I.

    4.2 Executar ou ma ndar executar os contro los ade-quados e os ensaios necessrios para verificar se as solu-es adoptadas pelo fabricante satisfazem os requisitosessenciais qua ndo n o tiverem sido a plicada s as normas

    referidas no a rtigo 6.o

    4.3 Executar ou ma ndar executar os contro los ade-quados e os ensaios necessrios para verificar se, casoo fabricante tenha optado pela aplicao das normaspertinentes, estas foram realmente aplicadas.

    4.4 Acorda r com o req uerente o local de execuodos controlos e ensaios necessrios.

    5 Se o tipo corresponder s disposies aplicveisdeste diploma, o orga nismo notificado passar a o reque-rente um certificado de exame CE de tipo. Este cer-tificado, cuja validade ser de 10 anos e renovvel,incluir o no me e endereo do fabricante, as conclusesdo controlo e os dados necessrios para a identificaodo tipo aprovado.

    Ser apensa ao certificado uma lista dos elementospertinentes da documentao tcnica, devendo o orga-nismo not ificado conservar uma cpia.

    O organismo notificado que recusar a um fabricanteou a o respectivo mandatrio estabelecido na Comuni-dade o certificado de exame CE de tipo deve justificarcircunstanciadamente essa recusa. Deve ser previsto umprocesso de recurso.

    6 O requerente informar o organismo notificadoque detm a documentao tcnica relativa ao certi-ficado de exame CE de tipo de todas as modificaesintroduzidas no equipamento sob presso a provado, que

    dever ser objecto de uma nova aprovao se tais modi-ficaes forem susceptveis de afectar a conformidadedo equipa mento sob presso com os requisitos essenciaisou a s condies de utilizao previstas. E sta nova a pro-vao ser dada sob a forma de uma adenda ao cer-tificado de exame CE de tipo inicial.

    7 Cada organismo notificado deve comunicar aosEstados membros todas as informaes pertinentessobre os certificados de exame C E de tipo por si reti-rados e, se tal lhe for solicitado, sobre os certificadosque t iver emitido.

    Ca da organismo notificado d eve t ambm comunicaraos restantes organismos notificados todas as informa-es pertinentes sobre os certificados de exame CE de

    tipo que tiver retirado o u recusado .8 Os outros organismos notificados podem obtercpias dos certificados de exame CE de tipo e ou dassuas adendas. O s anexos dos certificado s sero mantidos disposio dos outros orga nismos notificados.

    9 O fabricante ou o seu mandatrio estabelecidona Comunidade devem conservar, juntamente com adocumentao tcnica, cpias dos certificados de exameCE de tipo e respectivas adendas, por um perodo de10 anos a contar da data de fabrico do ltimo equi-pamento sob presso.

    Se nem o fa bricante nem o seu mandat rio estiveremestabelecidos na Comunidade, a obrigao de mantera documentao tcnica disposio cabe ao respon-svel pela colocao do produto no mercado comu-nitrio.

    MduloB1(exameCE doprojecto)

    1 Este mdulo descreve a parte do procedimentomediante a qual um organismo notificado verifica eatesta que o projecto de um equipamento sob pressosatisfaz as disposies deste diploma que lhe soaplicveis.

    O mtodo de concepo experimental previsto non.o 2.2.4 do anexo I no pode ser aplicado no mbitodo presente mdulo.

    2 O fabricante ou o seu mandatrio estabelecidona C omunidade devem apresentar um pedido de exame

    CE do projecto junto de um nico organismo notificado.O pedido deve incluir:

    O nome e endereo do fabricante e, se o pedidofor apresentado pelo mandatrio, o nome eendereo deste;

  • 7/24/2019 Decreto Lei 211 -199 - Equipamentos Sobre Presso

    18/28

    3367N .o 136 14-6-1999 D I RI O D A RE PB L I CA I SRI E -A

    Uma declarao escri ta especif icando quenenhum pedido idntico foi apresentado a outroorganismo notificado ;

    A documentao tcnica descrita no n.o 3.

    O pedido pode abranger vrias verses do equipa-

    mento sob presso, desde q ue a s diferenas entre elasno a fectem o nvel de segurana.3 A documentao tcnica deve possibilitar a ava-

    liao da conformidade do equipamento sob pressocom os requisitos aplicveis deste diploma, devendoabranger o projecto, o fabrico e o funcionamento doequipamento sob presso. D ever ainda conter, senecessrio para a a valiao :

    U ma descrio geral do equipamento sob pres-so;

    Desenhos de projecto e de fabrico, bem comoesquemas dos componentes, subconjuntos, cir-cuitos, etc.;

    As descries e explicaes necessrias com-preenso dos referidos desenhos e esquemas edo funcionamento do equipamento sob presso;

    Uma lista das normas referidas no artigo 6. o,tota l ou parcialmente aplicada s, e uma descriodas solues adoptadas para satisfazer os requi-sitos essenciais quando no tiverem sido apli-cada s as normas referidas no artigo 6.o;

    Os elementos necessrios para provar a adequa-o das solues adoptada s para o projecto, espe-cialmente se no tiverem sido integralmente apli-cadas as normas referidas no artigo 6.o Esseselementos de prova devem incluir os resultadosdos ensaios efectuados por laboratrio compe-

    tente (do fa bricante ou externo); Os resultados dos clculos de projecto, do s con-trolos efectuados, etc.;

    Os elementos relativos s qua lificaes ou apro-vaes exigidas nos termos do disposto nosn.os 3.1.2 e 3.1.3 do anexoI .

    4 O organismo notificado deve:4.1 Examinar a documentao tcnica e identificar

    os elementos que tenham sido projectados de acordocom as disposies aplicveis das normas referidas noartigo 6.o, bem como os elementos que tenham sidoprojectados sem recurso s disposies aplicveis dessasnormas.

    O organismo notificado deve, em especial: Avaliar o s materiais utilizados, se no estiverem

    em conformidade com as normas harmonizadasaplicveis ou com uma aprovao europeia demateriais para o equipamento sob presso;

    Aprovar os processos de montagem definitiva daspeas, ou verificar se eles foram anteriormenteaprovados, em conformidade com o n.o 3.1.2 doanexo I;

    Verificar se o pessoal que procede montagemdefinitiva das peas e aos ensaios no destrutivos qualificado ou aprovado nos termos dosn.os 3.1.2 e 3.1.3 do anexoI ;

    4.2 Realizar os exames necessrios para verificarse, caso a s normas referidas no artigo 6.o no tenhamsido aplicadas, as solues adoptadas pelo fabricantesatisfazem os requisitos essenciais;

    4.3 Realizar os exames necessrios para verificarse, caso o fabricante tenha optado pela aplicao dasnormas pertinentes, estas foram realmente aplicadas.

    5 Se o projecto estiver em conformidade com a sdisposies a plicveis deste diploma, o organismo not i-ficado passar ao requerente um certificado de exameCE do projecto, que conter o nome e o endereo dorequerente, as concluses do exame efectuado, as con-dies em que vlido e os dados necessrios paraa identificao do projecto aprovado.

    Ser apensa ao certificado uma lista dos elementospertinentes da documentao tcnica, devendo o orga-nismo not ificado conservar uma cpia.

    O organismo notificado que recusar a um fabricanteou ao seu mandatrio estabelecido na Comunidade ocertificado de exame C E do projecto deve justificar cir-cunstanciadamente essa recusa. Dever prever-se a pos-sibilidade de recorrer dessa deciso.

    6 O requerente informar o organismo notificadoque detm a documentao tcnica relativa ao certi-ficado de exame CE do projecto de todas as modifi-

    caes introduzidas no projecto aprovado, que deverser objecto de uma aprovao adicional se tais modi-ficaes forem susceptveis de afectar a conformidadedo equipa mento sob presso com os requisitos essenciaisou a s condies de utilizao previstas. E sta nova a pro-vao ser dada sob a forma de uma adenda ao cer-tificado de exame C E do projecto inicial.

    7 Cada organismo notificado deve comunicar aosEstados membros todas as informaes pertinentessobre os certificados de exame CE de projecto por siretirado s e, se ta l lhe for solicitado , sobre os certificadosque t iver emitido.

    Ca da organismo notificado d eve t ambm comunicaraos restantes organismos notificados todas as informa-

    es pertinentes sobre os certificados de exame CE deprojecto q ue tiver retirado ou recusado .

    8 Os outros organismos notificados podem, apedido, obter informaes pertinentes sobre:

    As emisses de certifica dos de exame CE de pro-jecto e de adendas a esses certificados;

    As retirada s de certificado s de exame CE de pro-jecto e de adendas a esses certificados.

    9 O fabricante ou o seu mandatrio estabelecidona Comunidade deve conservar, juntamente com a docu-mentao tcnica referida no n.o 3, cpias dos certi-ficados de exame CE de projecto e suas adendas porum perodo de 10 anos a contar da data de fabricodo ltimo eq uipamento sob presso.

    Se nem o fa bricante nem o seu mandat rio estiveremestabelecidos na Comunidade, a obrigao de mantera documentao tcnica disposio cabe ao respon-svel pela colocao do produto no mercado comu-nitrio.

    MduloC1(conformidadecomotipo)

    1 Este mdulo descreve a parte do procedimentopelo qual o fabricante ou o seu mandat rio estabelecidona Comunidade garantem e declaram que o equipa-mento sob presso se encont