intranet.df.sebrae.com.brintranet.df.sebrae.com.br/download/ambiental/msrd/repasse de metod...  ·...

31
Metodologia Sebrae 5 Menos que São Mais - Redução de Desperdício©® Boas Práticas Gerenciais Ambientais BRACAR BRASÍLIA CARROS LTDA Fase 1

Upload: lydieu

Post on 09-Dec-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Metodologia Sebrae 5 Menos que São Mais - Redução de

Desperdício©®

Boas Práticas GerenciaisAmbientais

BRACAR BRASÍLIA CARROS LTDA

Fase 1

SEBRAE/DF2006

1 INTRODUÇÃO

Este Trabalho foi elaborado com base na experiência adquirida desde 1996 com a

realização do Projeto Piloto “Elaboração de Plano de Melhoria de Desempenho Ambiental

para Micro e Pequenas Empresas”, executado pelo Sebrae/DF e em outras ferramentas (norma

ISO 14001, processos de coleta seletiva, Produção mais Limpa, Boas Práticas de Gestão

Empresarial e a abordagem conceitual dos Cinco Menos que São Mais).

Este manual orienta os consultores que atuam no Programa de Redução de

Desperdício em Micro e Pequenas Empresas, quanto ao levantamento de dados nas empresas

e a elaboração do relatório contendo prognóstico e propõe ações de melhoria, com ênfase em

benefícios econômicos e na melhoria do desempenho ambiental.

2 OBJETIVO

Orientar aos empresários na identificação de desperdícios no processo produtivo e na

proposição de ações corretivas, visando diminuir custos de produção, aumentar a

produtividade e minimizar os impactos ambientais negativos significativos.

2.1 Objetivos Específicos

Desenvolver e implementar a metodologia para promover a redução de desperdícios em

MPEs;

Desenvolver e implementar a proposta de diagnóstico ambiental para ser aplicada nas

MPEs participantes do projeto;

Desenvolver e implementar a proposta de prognóstico ambiental para ser apresentada aos

empresários participantes do projeto;

Desenvolver e implementar um modelo de relatório para servir de instrumento de

acompanhamento da implementação das ações do prognóstico;

Acompanhar a aplicação da metodologia nas empresas.

Empresas Alvo

Micro e pequenas empresas do comércio, da indústria, dos serviços e da agroindústria,

ligadas a cadeias produtivas e arranjos produtivos locais, engajadas nas ações do

Sebrae/DF, cujas atividades envolvem aspectos e impactos ambientais negativos.

Benefícios aos Clientes

Aumento da competitividade e melhoria da capacidade produtiva das empresas, pela

redução de desperdícios de insumos e matérias-primas e despesas com controle e

recuperação ambiental.

3 IDENTIFICAÇÃO

Para realizar o trabalho de identificação de desperdícios e oportunidades de melhoria

nas empresas, o consultor deve dirigir-se ao empresário e combinar a forma de trabalho.

Cadastro da empresaNome fantasia da empresa: BRACAR BRASÍLIA CARROS LTDACNPJ: 00.540.856/0001-50Razão Social: BRACAR BRASÍLIA CARROS LTDANome do proprietário: Antônio João Mendes Contato: Samuel Paulo da Silva Tel/celular: 3233-5936/9216-1797

E- mail: [email protected]ço: SOF/Sul Quadra 14 conjunto A Lotes 5/8Cidade: BRASÍLIA Estado: DF Cep: 71215-271Tel.: 3233-5936 E- mail: [email protected]: Porte Micro ( ) Pequena ( ) Média ( )Ramo Comércio ( ) Serviço ( x ) Indústria ( ) Rural ( )Cadeia Produtiva / Arranjo Produtivo Local: PRESTAÇÃO SERVIÇOS AUTOMOTIVOSSegmento: AUTOMOTIVOPrincipal Produto: MANUTENÇÃO DE VEÍCULOSAnos de existência: 27 Número de Empregados: 5 Número de Terceirizados: 0Área de localização da empresa: ( x ) Urbana ( ) Rural Observações:

Consultor: ADRIANA MELO FERREIRA

Data da Visita para o Diagnóstico: 09/11/2006 Horário: 15:00Data de Entrega do Prognóstico: 16/11/2006 Horário: 16:00

4. LEVANTAMENTO DE DADOS NAS EMPRESAS

4.1 MAPEAMENTO DOS PROCESSOS

ELEMENTOS DE ENTRADA PROCESSOS ELEMENTOS DE SAIDA

Energia Peças novas Chumbo Água Querosene Lubrificante Graxa Estopa

DIAGNÓSTICO,

SUSPENSÃO E FREIO

Peças substituídas Sobra de chumbo Água de processo Querosene frasco de lubrificante Estopa usada

Energia Peças novas Solupan Água Querosene Aditivo Estopa Lixa Gás eletrodo

REGULAGEM E

MANUTENÇÃO ELÉTRICA DO MOTOR

Peças substituídas Água de processo (solupan e

querosene) Água com aditivo Estopa usada Lixa usada Resto de eletrodo

Estopa Tinta Thinner Catalisador Massa para acabamento Lixa Prime Água Solupan Sabão em pó

PINTURA E LAVAGEM

Estopa usada Tinta Pó de massa Lixa usada Água de processo

4.2 QUADRO DAS PRINCIPAIS MATÉRIAS-PRIMAS UTILIZADAS

Descrição das matérias-primas Processo Unidade

De medidaQuantidade

mensal

ValorUnitário

(R$)Querosene 1/2 Litro 20 3,75Lubrificante 1 Frasco 3 8,00Graxa 1 Frasco 2 6,00Solupan 2/3 Litro 20 3,75Aditivo 2 Litro 30 13,00Tinta 3 Litro 15 50,00Thinner 3 Litro 10 22,00Massa 3 Kg 15 21,00Sabão em pó 3 Kg 1 5,00

4.3 USO DE MATÉRIA-PRIMA

Questões Descrição dos Elementos

1. Qual a origem da matéria-prima? 1. Distrito Federal

2. Como é feita a recepção?3. Como é feita a armazenagem?4. Como é feita a movimentação?

2. A empresa tem doi encarregados para recepção e conferência do material que chega na empresa.

3. As peças novas, matéria-prima e insumos são armezenados em estoque e os acessórios são estocados em almoxarifado.

4. Manualmente5. Existe controle de estoque?6. Qual?

5. Sim6. Por fixa de entrada e saída de material.

7. Há perdas de matéria-prima antes da produção?

8. Em que fase? 9. Quais os motivos?

7. Não8. -9. -

10. Há perdas de matéria-prima na produção?

11. Em que fase? 12. Quais são os Motivos?13. São adotadas medidas para evitar

essas perdas?

10. Sim11. Nas três fases de produção e são inerente ao

processo.12. -13. Não.

14. São adotadas medidas de manutenção preventiva?

15. Quais?16. Onde?

14. Sim15. Empresa que periodicamente lubrifica e

calibra os equipamentos.16. Todos os equipamentos.

4.4 QUADRO DOS PRINCIPAIS INSUMOS UTILIZADOS

Descrição dos insumos Processo Unidade de

medidaQuantidade

mensalValor

unitário (R$)Estopa 1/2/3 Embalagem 25 1,00Lixa 2/3 Unidade 25 1,00Catalisador 3 Frasco 25 16,00Prime 3 Litro 10 18,00

4.5 RESÍDUOS

Questões Descrição dos Elementos

1. É feita a separação do resíduo?2. Qual o tipo de separação?3. Qual é o destino desse resíduo?

1. Sim2. Óleo da água e tipos de metais.3. Todos são vendidos o óleo um empresa

coleta e o metal sucateiros coletam.4. A empresa trata seus resíduos?5. Qual o destino final do resíduo (tratado

ou não)

4. Não5. -

6. A empresa gera resíduos perigosos (definir)?

7. Quais? 8. Qual a sua destinação?

6. Não7. -8. -

9. A empresa armazena algum material perigoso? 9. Sim

10. A empresa possui algum tanque de produtos químicos? 10. Sim

11. A empresa requer alguma licença?12. Qual?

11. Sim12. Alvará de funcionameto

4.6 QUADRO SOBRE A GERAÇÃO DE RESÍDUOS

Descrição dos resíduos Processo Unidade de

medidaQuantidade

mensalValor unitário

(R$)Água 1/2/3 M³ 0 0,00Estopa 1/2/3 Embalagem 25 0,00Metais 1/2 Kg 230 0,10Lixa 12/3 Unidade 0 0,00Óleos 1/2/3 Litro 48 0,40Aditivo 2 Litro 0 0,00Tinta 3 Litro 0 0,00

4.7 EMISSÕES AÉREAS

Questões Descrição dos Elementos

1. A empresa tem alguma fonte de emissão(ões) aérea (as)?

2. Qual (is)?

1. Sim2. Ruído, pó de massa, fumaça, gases e tinta.

3. Qual (is) emissão(ões)? 4. Essas emissões resultam em

reclamações?5. Quais as medidas adotadas?

3. Ruído dos equipamentos, póde massa e tinta do processo de pintira, fumaça e gases dos motores funcionando para manutenção.

4. Não5. -

6. A empresa dispõe de algum controle de emissão?

7. Quais?

6. Não7. -

4.8 USO DA ÁGUA

Questões Descrição dos Elementos

1. Qual é a origem da água utilizada? 1. Concessionária pública CAESB

2. A água recebe algum tratamento na empresa, antes de sua utilização?

3. Qual?

2. Não3. -

4. A empresa faz monitoramento da água utilizada?

5. Qual?

4. Sim5. Pela fatura mensal

6. Qual a tabela de água utilizada pela empresa? (consumo) 6.1. Comercial

7. É adotado procedimento para redução de desperdício de água?

8. Qual procedimento? 9. Foi constatada alguma redução? 10. De quanto?

7. Sim8. uso de pistola na mangueira para

lavagem de peças e dos carros.9. Sim10. 30%

4.9 QUADRO CONSUMO DE ÁGUA

Descrição do consumo mensal

Processocom mais

uso

Consumo mensal

(m3)

Faixa tarifária

Customensal

(R$)

Custo anual(R$)

Limpeza, banheiros, lavagem de peças e lavagem

dos carros.

Lavagem de peças e d

carros39

0 - 10 R$ 1,31 de 11 - 15 R$ 2,44 de 16 - 25 R$

3,11 de 26 - 35 R$ 5,02 de 36 - 50 R$ 5,55

128,8 1545,6

4.10 GERAÇÃO DE EFLUENTES

Tipo de descarga Local de lançamento Volume (m3)

1. Águas de processo 1. Esgoto 312. Efluentes sanitários 2. Esgoto 83. Efluentes da estação de tratamento 3. 04. É realizado algum tipo de

monitoramento de efluentes?5. Qual(is)?

4. Não5. -

4.11 USO DE ENERGIA

Questões Descrição

1. Quais são os tipos de energias utilizadas?

2. É feito o acompanhamento do consumo de energia?

3. De que forma?

1. Elétrica, Natural, Gás (Oxigênio e Acetileno)2. Sim3. Pela fatura mensal

4. Para energia elétrica há trabalho no horário de ponta? 4. Não

Questões Descrição

5. É adotado procedimento para reduzir desperdício de energia?

6. Qual procedimento? 7. Foi constatada alguma redução?8. De quanto?

5. Sim6. Substituição de telhas escuras por translúcidas.7. Sim8. 20%

9. A luz solar poderia ser melhor aproveitada na empresa? 9. Sim

4.12 QUADRO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA

Descrição consumo Processo

Consumo mensal(kWh)

Faixa tarifária

Custo mensal

(R$)

Custo anual(R$)

Administração e produção Produção 220 0,3272252 80,55 966,6

4.13 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

Questões Descrição

1. Já ocorreu algum acidente, com vítima, no ambiente de trabalho?

2. Descreva o ocorrido.

1. Sim2. Cortes por uso de equipamentos.

3. O ambiente de trabalho apresenta algum desconforto (ar, luz, calor)?

4. Descreva o ocorrido.

3. Sim 4. Ruído e emissão de gases e fumaça dos motores

dos carros.5. Existe algum item das instalações

que caracteriza perigo?5. Equipamentos e vala para manutenção dos

carros.6. É utilizado algum tipo de EPI na

empresa?7. Qual(is)?

6. Sim7. Óculos, luvas, botas, protetor auricular, máscara

de solda e filtro químico.8. Existe algum procedimento escrito

para prevenção e controle de acidentes?

8. Não

5 ELEMENTOS QUANTIFICÁVEIS

5.1 DIAGRAMA DE FLUXO DO PROCESSO PRODUTIVO

Processos de Produção

REGULAGEM E MANUTENÇÃO ELÉTRICA DO

MOTOR

INSUMOS

MATÉRIA-PRIMA RESÍDUOS DA

PRODUÇÃO

Água: m³/mês

Energia: kWh/mês

Matéria-prima Querosene - 20 Litro Lubrificante - 3

Frasco Graxa - 2 Frasco Solupan - 20 Litro Aditivo - 30 Litro Tinta - 15 Litro Thinner - 10 Litro Massa - 15 Kg Sabão em pó - 1 Kg

Efluentes: Água de Processos Efluentes Sanitários

Emissões: Ruído, pó de massa,

fumaça, gases e tinta. Ruído dos

equipamentos, póde massa e

DIAGNÓSTICO, SUSPENSÃO E

FREIO

PINTURA E LAVAGEM

Resíduos: Água Estopa Metais Lixa Óleos Aditivo Tinta

CLIENTES

Custos de Entradas Querosene - R$ 75,00 Lubrificante - R$ 24,00 Graxa - R$ 12,00 Solupan - R$ 75,00 Aditivo - R$ 390,00 Tinta - R$ 750,00 Thinner - R$ 220,00 Massa - R$ 315,00 Sabão em pó - R$ 5,00 Estopa - R$ 25,00 Lixa - R$ 25,00 Catalisador - R$ 400,00 Prime - R$ 180,00

Custos de perdas/mês

R$ 74,88

Custo deperdas/ano

R$ 898,56

Perdas %

1 1 1

PRODUTO FINALMANUTENÇÃO DE

VEÍCULOS

5.2 QUADRO DESCRITIVO DO FLUXO DE PRODUÇÃO

ENTRADA PROCESSO SAÍDA PERDA/Mês (%)

PERDA/Mês (R$ 1,00)

Energia Peças novas Chumbo Água Querosene Lubrificante Graxa Estopa

DIAGNÓSTICO, SUSPENSÃO E FREIO

Peças substituídas Sobra de chumbo Água de processo Querosene frasco de lubrificante Estopa usada

1 R$ 24,96

Energia Peças novas Solupan Água Querosene Aditivo Estopa Lixa Gás eletrodo

REGULAGEM E MANUTENÇÃO

ELÉTRICA DO MOTOR

Peças substituídas Água de processo (solupan e

querosene) Água com aditivo Estopa usada Lixa usada Resto de eletrodo

1 R$ 24,96

Estopa Tinta Thinner

PINTURA E LAVAGEM Estopa usada Tinta Pó de massa

1 R$ 24,96

Catalisador Massa para acabamento Lixa Prime Água Solupan Sabão em pó

Lixa usada Água de processo

Perda total anual (R$) R$ 898,56

6 DIAGNÓSTICO

A Bracar é uma empresa do setor automotivo localizada na cidade de Ceilândia.

Funciona de segunda-feira à sábado, fazendo manutenção de veículos. Está no mercado há

27 anos e tem 5 colaboradores. A empresa ocupa uma loja de um andar que se divide em

uma parte para recepção de clientes e para a administração, um espaço para estoque, duas

áreas onde os carros ficam para a execução de serviços gerais, funilaria e pintura.

A produção da empresa em questão é muito variável e depende de demanda. Por

esse motivo, não se tem uma quantificação precisa do consumo de matéria-prima e

insumos do processo produtivo. Daí a necessidade de quantificações do consumo de

matéria-prima e insumos e serviços realizados, visando à elaboração de indicadores de

desempenho que permitam a empresa acompanhar o desempenho e a otimização da sua

produção.

O abastecimento de água do empreendimento é feito pela CAESB, concessionária

de serviços públicos, e é utilizada para limpeza do estabelecimento, pelos banheiros e nos

processos de lavagem de peças e carros.

A energia elétrica é fornecida pela CEB, concessionária de serviços públicos, e a

utilização é para a administração e produção. Na administração é usada para iluminação,

aparelhos de fax, computadores e impressoras. Na produção é utilizada para iluminação e

equipamentos. Outra fonte de energia na produção é o gás Oxigênio e o Acetileno para

funcionamento de equipamento de solda.

De forma sucinta pode-se dividir o processo produtivo do estabelecimento em três

etapas:

1 - Diagnóstico, Suspensão e Freio.

Uma das etapas da empresa é o serviço realizado na suspensão e freios. Esse

serviço consiste em diagnóstico de todas as partes relacionadas a suspensão e freios num

carro onde várias atividades podem ser executadas em equipamentos específicos.

Para realização dessa etapa é necessário equipamentos como elevador, para elevar o

carro para o diagnóstico da suspensão, freios, rodas, amortecedores, entre outros

equipamentos computadorizados para realização do alinhamento, balanceamento e

cambagem. Os materiais utilizados também são diversos: peças de reposição, graxa, óleo

de freio, chumbo.

Ilustração 1 - Local de manutenção de motor, suspensão e freio.

Nesta etapa há a geração de diversos resíduos como óleo de freio e graxa que são

vendidos para empresa que reutiliza em outro processo, resto de chumbo que é aproveitado

no mesmo processo e peças substituídas que são vendidas para.

2 – Regulagem e Manutenção Elétrica do Motor.

Esta etapa consiste em regulagem do motor e manutenção da parte elétrica onde é

feita a verificação do serviço a ser realizado por meio de avaliação pelos mecânicos. Após

avaliação, as peças em que serão feitas a manutenção, são lavadas em tanque com produtos

(querosene, óleo diesel, lubrificantes em geral e solução química) para retirada de sujeiras.

Depois de lavadas as peças são recuperadas e montadas com outras peças novas que

substituirão as que foram invalidadas.

Ilustração 2 - Mesa de manutenção da parte elétrica do motor.

Ilustração 3 - Tanque de lavagem de peças com querosene.

O processo de lavagem das peças requer tratamento da água de processo, uma vez

que o óleo contido nela pode ser reaproveitado. A empresa possui equipamento que realiza

essa separação como forma de tratamento simplificado separando o óleo, da água e da

sujeira. A sujeira é descartada em lixo comum e o óleo que fica armazenado em um caixa é

coletado por terceiros periodicamente e vendido. Após a lavagem com produtos químicos

as peças são enxaguadas com mangueira em local apropriado com sistema de coleta e

tratamento.

Ilustração 4 - Caixa separadora de óleo.

Para a troca de óleo motor é utilizado um equipamento que armazena esse óleo que

é vendido para a empresa que coleta e recicla. O óleo restante contido na embalagem é

coletado de forma original pela empresa como mostrado na foto e usado em outros

serviços.

Ilustração 5 - Equipamento de coleta de óleo e embalagens vazias de óleo para retirada de todo óleo.

Nesta etapa há a geração de diversos resíduos como óleos que são coletados por

empresa e é reaproveitado em outro processo fora da Bracar, estopa utilizada para limpeza

que é descartada em lixo comum e as peças velhas que foram substituídas, são vendidas

para sucateiros.

Ilustração 6 - Depósito de sucata.

3 – Pintura e Lavagem.

A pintura (funilaria) é iniciada com a reparação dos desníveis causados por batida

no carro com massa própria para preenchimento, depois de passar a massa é lixado o

excesso e passado mais uma massa fina para dar o acabamento final. Após esses processos

é passado um produto para melhor fixação da tinta. A pintura é realizada com tintas e

vernizes próprios para automóveis em área aberta no segundo galpão e a etapa final é o

polimento para dar acabamento e é utilizada massa específica para polir.

Ilustração 7 - Local de funilaria e pintura.

A lavagem é a etapa final da empresa onde é utilizada água e sabão em pó para

retirar a sujeira do veículo para a entrega ao cliente. A água residual vai para o mesmo

sistema de coleta que é tratada e descartada em esgoto comum.

Ilustração 8 - Local de lavagem dos veículos.

Ilustração 9 - Coletor de água que vai para a caixa separadora de óleo.

Nesta etapa há a geração de diversos resíduos como pó de massa que vai para o

esgoto junto com a água residual, a tinta, estopa usada, lixa usada, resto de eletrodo que

são descartados em lixo comum e as peças substituídas que têm valor econômico são

vendidos para sucateiros e as que não têm são descartadas em lixo comum.

7 PROGNÓSTICO

A partir da realização da visita à empresa foi possível verificar a existência de

diversos focos de desperdício.

Desse modo, pelo que foi observado torna-se necessário algumas providências no

sentido de minimizar desperdícios, a saber:

1 – Redução do consumo de água no processo de lavagem das peças e carro.

Observar quais tipos de equipamento existentes para diminuir o consumo de água no

processo.

2 – Redução do consumo de matérias-primas utilizadas nos processos de lavagem de

peças e carro.

Observar como pode ser definido controle e medidas mínimas necessárias para os produtos

utilizados no processo.

3 – Verificação das instalações para melhor dispor os materiais e ferramentas e seu

manuseio para reduzir a hora/homem e possibilidades de acidentes.

Estudar a possibilidade de mudança de layout da área de produção.

8. ANEXO - INSTRUMENTOS DE APOIO DO SEBRAE/DF AOS MICRO E PEQUENOS EMPRESÁRIOS

Em tempos de economia e mercados globalizados, é questão de sobrevivência a necessidade de elevar a competitividade das empresas, mediante o aperfeiçoamento dos processos produtivos, redução dos custos e melhoria da qualidade e segurança dos produtos.

Para tanto o Sebrae/DF está oferecendo aos Micro, Pequenos e Médios empresários, alguns produtos que viabilizam a melhoria dessas empresas.

8.1 Programa Sebrae de Eficiência Energética - Energia Brasil

SUA EMPRESA TEM MAIS FORÇA COM MENOS CUSTOS DE ENERGIA

O Programa Energia Brasil tem como objetivo preparar as Micro, Pequenas e Médias Empresas e empreendedores, para o uso inteligente e eficiente de energia, eliminando desperdícios e otimizando o desempenho dos equipamentos, para o mínimo de consumo. Proporcionará aos empresários ganhos de produtividade e de lucratividade na perspectiva do desenvolvimento sustentável, possibilitando a eles conhecerem como sua empresa está utilizando a energia e como atuar para melhorar sua eficiência.

Foi assinado o Convênio entre o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal – SEBRAE/DF e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Departamento Regional do Distrito Federal – SENAI-DR-DF, o qual está executando as ações do Programa em parceria com este SEBRAE/DF.

PÚBLICO ALVO:

As ações serão realizadas de forma segmentada para empreendedores da Indústria, Comércio, Serviços e Setor Rural.

AÇÕES DO PROGRAMA:

Curso de Eficiência Energética

Curso para capacitação de empreendedores e empresários  da indústria, comércio, serviços e setor rural com o objetivo de fornecer a você instrumentos capazes de tornar os processos de produção de bens e serviços mais eficientes e com redução de custos com energia.

Carga Horária: 9 horas/aula

Auto-avaliação do Uso de Energia Elétrica

Por meio de formulários padronizados, você terá a oportunidade de identificar, de forma simples, como a sua empresa está envolvida e/ou desenvolvendo ações no sentido de tornar eficiente o uso da energia. Este item poderá ser o ponto de partida para implementação de outras ações inseridas neste Programa.

Avaliação de Pontos Críticos

Por meio de visitas às Micro, Pequenas e Médias Empresas com agentes de energia cadastrados pelo SEBRAE-DF, serão identificadas possíveis economias de energia elétrica

que podem ser facilmente aplicadas na sua empresa. Esta avaliação é feita através de um processo simplificado de cálculo e abordagem, envolvendo a análise das contas de energia e os diversos usos finais.

Consultoria

Consultores farão levantamentos das formas e uso da energia elétrica e oferecerão ao empresário informações essenciais que permitirão otimizar a utilização e a substituição de equipamentos, máquinas e processos por outros mais eficientes, bem como, implementar um modelo simples de gestão e administração de energia elétrica.

OBSERVAÇÃO: As ações de consultoria serão pagas pelo Sebrae/DF (70% dos custos do projeto), os 30% restantes, serão rateados entre o grupo composto por, no mínimo 5 empresários do mesmo segmento.

8.2 Programa de Alimentos Seguros - PAS

Atentos às mudanças e cientes de seu papel de agentes de apoio e fomento às empresas, uniram-se o SEBRAE, SENAI, SESI, SENAC, SESC e ANVISA (Agência de Vigilância Sanitária), para lançar o projeto Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), que desde 2002 evoluiu para o Programa Alimentos Seguros (PAS).

O sistema simplifica as ações de segurança dos alimentos, indicando quais as operações críticas e chaves do processo, oferecendo formas eficientes para controlá-las e monitorá-las, a fim de facilitar o trabalho dos gerentes (proprietários), bem como orientar o trabalho dos manipuladores de alimentos.

Entre as principais vantagens e benefícios para a empresa com a implantação do APPCC e das Boas Práticas de Fabricação estão:

Oferecer um alto nível de segurança dos alimentos;

Contribui com a redução dos custos de produção, diminui a destruição ou reprocessamento de produtos e aumenta a produtividade com qualidade e segurança;

Consolida a imagem e dá credibilidade à empresa, aumenta sua competitividade tanto no mercado interno como no externo;

Contribui para o atendimento aos aspectos legais dos órgãos de fiscalização sanitárias.

8.3 SEBRAETEC – Informações Básicas

O SEBRAETEC tem por objetivo promover a melhoria e à inovação de processos e produtos de Micro e Pequenas Empresas, localizadas em arranjos produtivos, por meio de serviços de consultoria tecnológica prestadas por Entidade Executoras. Visa a incorporação de tecnologia e ao aumento da competitividade dos pequenos negócios.

Público alvo: Micro e Pequenas empresas dos setores da Indústria (inclusive agroindústria), do Comércio, de Serviços e Agropecuário.

O SEBRAETEC possui quatro linhas de apoio:

a) suporte Tecnológico

Apóia serviços de consultoria tecnológica que visem fornecer soluções rápidas e sob medida para problemas específicos de produtos e processos das empresas.

Forma de Atendimento: Apoio SEBRAE, individual 50%; coletivo: 70%

Contrapartida do empresário para a entidade executora: 50% para atendimento individual e 30% para atendimento coletivo (neste caso será feito rateio entre um número mínimo de 5 empresários e máximo de 10).

b) Suporte Empresarial

Apóia ações que têm como objetivo fornecer ao empresário, informações para o planejamento de suas atividades, por meio de estudo de viabilidade técnica e/ ou econômica e planos de negócios, direcionados para a agregação de valor aos produtos e/ou processos, associados às atividades de planejamento, difusão e inovação tecnológica.

Busca ainda, por meio de diagnóstico empresarial, identificar as necessidades das empresas localizadas nos arranjos produtivos.

Forma de Atendimento: Apoio SEBRAE, individual 50%; coletivo: 70%

Contrapartida do empresário para a entidade executora: 50% para atendimento individual e 30% para atendimento coletivo (neste caso será feito rateio entre um número mínimo de 5 empresários e máximo de 10).

O Sebrae/DF paga 100% da realização de diagnóstico (valores de até R$ 300,00 por empresa).

c) Modernização Tecnológica

Tem por objetivo apoiar ações que visem solucionar, atualizar, capacitar e implementar tecnologias de processo, de produto e acessar conhecimentos sobre equipamentos de produção, contribuindo para elevar o patamar tecnológico das empresas.

Essa linha abrange as modalidades de atendimento para: Aperfeiçoamento Tecnológico e Desenvolvimento de Máquinas e Equipamentos.

Forma de Atendimento: Apoio SEBRAE, individual 50%; coletivo (APL): 70%. Contrapartida do empresário para a entidade executora: 50% para atendimento individual e 30% para atendimento coletivo (neste caso será feito rateio entre um número mínimo de 5 empresários e máximo de 10). Para atendimento coletivo de empresas não inseridas em Arranjos Produtivos Locais a participação do Sebrae é de 60% e a do empresário de 40% (atendimento em grupo).

d) Inovação Tecnológica

Essa linha apóia ações de inovação tecnológica de produtos e de processos. O produto ou processo deverá ser, necessariamente, novo para o mercado.

Forma de Atendimento: Apoio SEBRAE, individual, por natureza 70%; Contrapartida do empresário, para a entidade executora 30%.

8.4 Cursos Oferecidos pelo Sebrae/DF

A ESCOLHA DE UM SÓCIO - 4 horas ANÁLISE DE MERCADO - 16 horas ANÁLISE E PLANEJAMENTO FINANCEIRO - 15 horas APRENDER A EMPREENDER - 3 Modalidades (telessalas 24h; Kit de estudo

autônomo dois meses; Internet dois meses) ATENDIMENTO AO CLIENTE - 15 horas BUSCANDO RECURSOS FINANCEIROS - 4 horas CAPACITAÇÃO RURAL - 80 horas COMO VENDER MAIS E MELHOR (MÓDULO 1) - 15 horas - Treinamento; 3 horas

- Consultoria Coletiva (grupo de 5 pessoas); 2 horas - Palestra (depoimento de um empresário bem-sucedido)

COMO VENDER MAIS E MELHOR (MÓDULO 2) - 15 horas - Treinamento; 3 horas - Consultoria Coletiva (grupo de 5 pessoas); 2 horas - Palestra (depoimento de um empresário bem-sucedido).

COMO VENDER MAIS E MELHOR (MÓDULO 3) - 15 horas - Treinamento; 3 horas - Consultoria Coletiva (grupo de 5 pessoas); 2 horas - Palestra (depoimento um empresário bem-sucedido)

CONTABILIDADE NA PRÁTICA - 15 horas CONTROLES FINANCEIROS - 15 horas D-OLHO NA QUALIDADE (5 S para os pequenos negócios) - 16 horas DESENVOLVIMENTO DE EQUIPES - 15 horas. DESPERTANDO PARA O ASSOCIATIVISMO - 4 horas EFICIÊNCIA ENERGÉTICA PARA, PEQUENA E MÉDIAS EMPRESAS - 16 h EMPRETEC - 80 horas (9 dias consecutivos) FORMAÇÃO DE PREÇOS - 15 horas GESTÃO DA QUALIDADE: PESSOAS - 24 horas GESTÃO DA QUALIDADE: AUDITORIAS INTERNAS - 15 horas GESTÃO DA QUALIDADE: OS PRINCÍPIOS - 28 horas GESTÃO DA QUALIDADE: OS PROCESSOS - 15 horas GESTÃO DA QUALIDADE: OS REQUISITOS DA ISO 9001 - 16 horas. GESTÃO DE PESSOAS - 15 horas GESTÃO E TÉCNICAS DE PRODUÇÃO - 15 horas INICIANDO UM PEQUENO GRANDE NEGÓCIO - Presencial: 30 horas (6 horas

por módulo); Internet: 60 dias (cinco horas por semana - recomendável). INICIANDO UM PEQUENO GRANDE NEGÓCIO AGROINDUSTRIAL - 30 h. LÍDER CIDADÃO - 40 horas LIDERAR - 48 horas LOGÍSTICA - 15 horas PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO - 15 horas PRATICANDO O ASSOCIATIVISMO - 16 horas PROGRAMA SEBRAE DE QUALIDADE TOTAL RURAL - 98 Horas SABER EMPREENDER - 27 horas (3 dias consecutivos) TÉCNICAS DE VENDAS - 15 horas TÉCNICAS PARA NEGOCIAÇÕES - 15 horas.