correio do douro #13

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Actualidade Ainda o Red Bull Air Race Pinto da Costa diz que a culpa é de Rui Rio PÁGINA3 Ermesinde Regional Vila Real A PSP na caça à multa PÁGINA 13 Actualidade Campo Violento Incêndio na residência Paroquial PÁGINA 4 Sociedade Matosinhos Matou a mulher e suicidou-se a seguir PÁGINA 5 Sociedade PÁGINA 6 Com a participação das crianças da cidade JUNTA PROMOVE DECORAÇÃO DAS ROTUNDAS PÁGINA 9 Falso peditório em nome de menina com leucemia Maia: DOURO QUINZENAL REGIONALISTA director|OSCAR QUEIRÓS ano|59 número|13 Sexta, 18 de dezembro de 2009 preço|0,25CORREIO do nova série

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Jornal Quinzenal Regionalista

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Actualidade

Ainda o Red Bull Air Race

Pinto da Costa diz que a culpa é de Rui Rio

PÁGINA3

Ermesinde

Regional

Vila Real

A PSP na caça à multa

PÁGINA 13

Actualidade

Campo

Violento Incêndio na residência Paroquial

PÁGINA 4

Sociedade

Matosinhos

Matou a mulher e suicidou-se a seguir

PÁGINA 5

Sociedade

PÁGINA 6

Com a participação das crianças da cidade

JUNTA PROMOVE DECORAÇÃO DAS ROTUNDAS

PÁGINA 9

Falso peditório em nome

de menina com

leucemia

Maia:

DOURO

Q U I N Z E N A L R E G I O N A L I S T A

director|OSCAR QUEIRÓS

ano|59

número|13 Sexta, 18 de dezembro de 2009

preço|0,25€

CORREIOdonova

série

18 de Dezembro 2009CD

Área metropolitana

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ficha técnica

CORREIO DO DOURO – QUINZENÁRIOwww.correiododouro.pt

Propriedade Condor Publicações, Lda.Contr. 508923190Sede e Redacção Rua Dr. João Alves Vale, 78 – Est. D – 4440-644 VALONGOTel. 224210151 – Fax 224210310

Director|Oscar Queirós - Chefe de Redacção|João RodriguesRedacção e Colaboradores|Victorino de Queirós - J. Rocha - J. Silva - E. Queirós -Nuno Victorino - Carlos Silva, Marquês do Vale.���������Editor Miguel Pereira - João Rodrigues Filho

CORREIO ELECTRÓNICO: ������������ �� ���� � � �� �� �� �������� �� ���� � � �� �� ��������� �� ���� � � �� �� ��������� ���� � � �� �� ��������������� ���� � � �� ���Nº. Registo ERC 125216����������������� ���������

Rui Rio e o cineasta Manoel de Oliveira são algumas das personalidades do Porto que vão apoiar a campanha na-talícia do Hospital de S. João para angariação de fundos para a construção da nova ala pediátrica.

“Joãozinho”, a mascote que é o rosto da campanha de angariação de fundos para a nova ala pediátrica daquela unidade hospitalar do Por-to, vais sair à rua, juntamente com algumas personalidades da cidade, para que a “sociedade civil se envol-va neste projecto”, refere, em comu-nicado, o S. João.

O “Joãozinho” desloca-se hoje (sexta-feira) à Associação Comer-cial do Porto, de onde sairá depois, acompanhado pelo presidente da-quela associação, Rui Moreira, e pelo chefe Hélio, os estilistas Gio Rodri-gues e Miguel Vieira e vereadores da autarquia, para passear naquela zona da baixa portuense.

No sábado, a mascote visitará a Reitoria da Universidade do Porto, seguindo em comitiva conduzida pelo reitor Marques dos Santos até à

Vamos ajudar o Hospital de S. João?

PERSONALIDADES ENVOLVEM-SE NA ANGARIAÇÃO DE FUNDOS PARA NOVA PEDIATRIA

Rua da Fábrica.Nesta sua deslocação, o “João-

zinho” estará ainda acompanhado por políticos, designadamente o so-cialista Nuno Cardoso, o bloquista Teixeira Lopes, o social-democrata José Pedro Aguiar Branco, o centris-ta Ribeiro e Castro e o comunista Honório Novo, entre outros.

Já no domingo a mascote acom-panhará o desfile de pais Natal, com início marcado para as 15:00.

O cineasta Manoel de Oliveira

acompanhará esta iniciativa, que se centrará na Rua de Santa Catarina, no domingo à tarde.

A iniciativa do Hospital de S. João vai prolongar-se pela próxima semana, estando prevista a parti-cipação do presidente Câmara do Porto, Rui Rio, acrescentou fonte da unidade hospitalar.

A nova Pediatria do S. João tem um custo estimado de 14 milhões de euros, estando prevista a sua conclu-são para 2011.

O Governo anunciou esta quar-ta-feira que até 2013 o futuro Cen-tro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde estará concluído, disse na quinta-feira Mário de Almeida de-pois de uma reunião em Lisboa com o secretário de Estado da Saúde.

“A decisão da construção da fu-tura unidade [que vai substituir os hospitais existentes nos dois municí-pios] está tomada e está definida a calendarização de todo o processo”, disse o autarca de Vila do Conde, à saída do encontro com o governan-te.

A primeira fase da obra “será a da finalização dos documentos in-dispensáveis ao lançamento do con-curso, a qual incluirá a Declaração

A Câmara Municipal de Valongo, como já vem sendo hábito há vá-rios anos, vai oferecer um almoço de Natal a cerca de três mil munícipes portadores do Cartão Idoso Municipal.

Este já tradicional almoço natalício será servido nos próximos dias 19, 20 e 21 de Dezembro no Pavilhão Gimnodesportivo da Escola Se-cundária de Ermesinde e contará, como sempre, com a presença de Fer-nando Melo, presidente da Câmara de Valongo. O autarca faz questão de estar presente durante os três dias uma vez que muitos dos idosos fazem deste almoço a sua única e verdadeira refeição natalícia.

Do repasto farão parte todas as iguarias da época. Sopa de legumes, bacalhau cozido com todos, pão, água, aletria, bolo-rei, rabanadas e café compõem o menu.

Tendo em conta que à mesa vão juntar-se pessoas das cinco fregue-sias do concelho, a Câmara Municipal de Valongo disponibiliza o trans-porte às pessoas que necessitem de apoio na deslocação.

Valongo

TRÊS MIL IDOSOS NO ALMOÇO DE NATAL DA AUTARQUIA

André Carvalho/CMV

Vila do Conde

NOVO HOSPITAL VAI CUSTAR 120 MILHÕESDeverá estar concluído em 2013

de Utilidade Pública dos terrenos, necessária à expropriação ou ne-gociação dos mesmos”, explicou o autarca.

Até final do primeiro semestre do próximo ano será lançado o con-curso público internacional de con-cepção e construção daquela unida-de de saúde que vai decorrer de uma parceria público-privada para servir os municípios da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde.

Os restantes seis meses de 2010 serão destinados à elaboração e apresentação das propostas, por parte dos diversos concorrentes, que posteriormente serão analisadas pela Comissão de Acompanhamen-to e respectivo júri de concurso.

Os quatro meses seguintes são dedicados à fase negocial com os dois concorrentes que tenham apre-sentado as melhores propostas.

A adjudicação e consignação dos trabalhos deverá acontecer ainda em 2011, seguindo-se um prazo de construção de 21 meses, o que atira a inauguração do hospital para o ano de 2013.

Segundo dados da secretaria de Estado da Saúde, tutelada por Óscar Gaspar, a nova unidade vai ficar or-çada em 117 milhões de euros, sendo que 84 milhões são para construção e os restantes 33 para equipamentos.

O Centro Hospitalar, edificado numa área de 48 mil metros quadra-dos, vai ter cerca de 156 camas e seis

blocos operatórios.Nos próximos dias, assegura a

secretaria de Estado, será desen-cadeado “o processo conducente à preparação dos documentos legal-mente exigidos para lançamento do concurso, como sejam, o cálculo do Custo Público Comparado, o Ca-derno de Encargos e o Programa de Procedimento”.

PARCERIA PERMITE POUPANÇA

Óscar Gaspar sublinhou que a

decisão de lançar um hospital em parceria público-privada está sujei-ta à garantia de que o preço que o Estado pagará será inferior àquele que pagaria se fossem as entidades públicas a construir o hospital.

“Avançamos para parcerias público-privadas quando hou-ver condições para avançar, e garantindo que há valor para o Estado, ou seja, se as propostas forem inferiores ao custo público comparado”, disse o governante.

CD 3 18 de Dezembro 2009

Actualidade

PSD, CDS E PS ACABAM COM APOIO AO CCD DOS TRABALHADORES

O presidente do Futebol Clube do Porto, Pinto da Costa, consi-derou ontem que a transferência da Red Bull Air Race para Lisboa demonstra que “o tão falado pres-tígio do presidente da Câmara do Porto é falso”.

“É uma situação normal” e “só vem sublinhar que o tão falado prestígio nacional do Presidente da C.M. do Porto é falso! Aliás só ‘existe’ para ser usado por aque-les que se querem aproveitar da sua antipatia pelo FC Porto para tentarem centralizar ainda mais o país”, sustentou Pinto da Costa.

O presidente do FC Porto con-sidera ainda que “fica dada mais uma prova” da “inferioridade ne-

gocial” do autarca “quan-do a disputa é com Lis-boa, perdendo até uma das suas maiores bandei-ras populistas que era a realização desta prova”.

O acordo de deslocali-zação da prova de aviação foi assinado na passada terça-feira pelo Turismo de Lisboa, em represen-tação dos municípios de Lisboa e Oeiras, e a Red Bull Air Race.

Segundo o docu-mento, as autarquias que

recebem o evento devem “providenciar à competição, gratuitamente, o uso do espaço onde o evento decorre, incluindo as áreas dedicadas aos aviões, e uma pista de aterragem, para que seja possível realizar os voos de teste, treinos e voos de qualifica-ção facilmente”.

As autarquias devem ainda ga-rantir “os equipamentos necessá-rios para a cobertura mínima de 100 mil espectadores”.

Os municípios de Lisboa e Oeiras têm até 31 de Janeiro para concluir a elaboração de um pro-tocolo que vai estabelecer as obri-gações e direitos das três partes envolvidas.

Foto-legenda

Concerto de Natal em Valongo

Nem o frio nem a hora tardia retiraram dignidade e publico ao Concerto de Na-tal que a Câmara de Valongo promoveu na Capela da Nossa Senhora da Saúde, no Susão, na noite do último Sábado. Acompanhados ao piano pelo consagrado Paulo Figueiredo, Inês Santos e Pedro Migueis interpretaram as mais conhecidas canções de Natal, nomeada-mente “Let it Snow” e “Santa Claus is Comming to Town”.

André Carvalho/CMV

A Câmara do Porto aprovou na terça-feira, com o voto contra da CDU, a denúncia do contrato celebrado com o Centro Cultural e Desportivo (CCD) dos Trabalha-dores da autarquia, que previa o apoio de 200 mil euros anuais para questões de saúde.

A maioria PSD/CDS justifica a decisão com um relatório do Tri-bunal de Contas deste ano, mas o vereador da CDU, Rui Sá, lembra que existem pareceres contrários do secretário de Estado e da direc-

ção-geral da Administração Local.“Ainda estamos numa fase de

contraditório. Só devíamos revo-gar o contrato quando houver uma decisão final. O presidente Rui Rio achou que não. Infelizmente esta maioria continua a tomar deci-sões contra os trabalhadores”, ob-servou Rui Sá, no final da reunião camarária, registando que também os seis vereadores do PS votaram a favor da proposta da maioria lide-rada por Rui Rio.

Tendo em conta o “mérito, o

trabalho de animação e as obras” do CCD, Rui Sá pretende, agora, propor ao executivo que aprove a atribuição de um subsídio noutros moldes.

Isto porque o relatório do Tri-bunal de Contas que motivou a de-núncia do contrato refere “a cessa-ção de quaisquer financiamentos públicos de sistemas de particula-res de protecção social ou de cui-dados de saúde”, pelo que apenas estará em causa o apoio para estes fins.

Porto

Ainda o Red Bull Air Race

PINTO DA COSTA DIZ QUE A CULPA É DE RUI RIO

Um programa que inclui e um conjunto de iniciativas diversifica-das destinadas às famílias marca, sábado e domingo, a celebração do Natal em Serralves.

O ponto alto do próximo fim-de-semana será no domingo, às 16:00, no Auditório, com a apresentação da peça “Óscar”, pelo Teatro de Mario-netas do Porto.

Na Biblioteca, Luís Correia Car-melo e Nuno Coelho, tornam-se, sá-bado e domingo, em contadores de histórias que darão vida aos “mais fantásticos contos do imaginário natalício”.

Nestes dois dias decorrem tam-bém, na sala Multiusos do Museu, as oficinas em família, com actividades para todas as idades, pensadas pare serem efectuadas em família.

A Livraria de Serralves preparou ainda uma selecção especial de li-vros para ler em família.

A acompanhar a venda de livros, está também em funcionamento o já tradicional Bazar de Natal, que abriu

Ideia para o fim-de-semana

SERRALVES CELEBRA NATAL COM MÚSICA, TEATRO, CINEMA, OFICINAS E VISITAS GUIADAS

as portas a 14 de Novembro e conti-nua até 31 de Dezembro

A entrada em Serralves é gratuita

em todos os fins-de-semana de De-zembro, assim como o acesso a todas as actividades deste programa.

O PS foi o partido mais votado na eleição para a Assembleia Me-tropolitana do Porto, na última terça-feira, conseguindo o apoio de 182 dos 436 votantes.

Aquele órgão consultivo reú-ne representantes das assembleias municipais dos 16 concelhos da Área Metropolitana do Porto.

Em comunicado a Federação do PS/Porto congratula-se afir-mando que “num universo de 436 votantes a lista do Partido Socia-lista venceu as eleições com 182 votos, derrotando o PSD partido que tem mantido a hegemonia na

liderança da Área Metropolitana”.A mesma nota refere ainda

que o “Partido Socialista venceu o acto eleitoral nas Assembleias Municipais de Matosinhos, Porto, Santo Tirso, Trofa e Valongo”.

Ao contrário do que se pas-sa na Assembleia da República, o PS Porto exalta o facto de existir na Assembleia Metropolitana do Porto “uma maioria dos par-tidos de esquerda”, salientando que “a conjugação de votos do PS, CDU e BE (217) superaram a votação recolhida pelo PSD (172) e CDS (44)”, salienta.

Segundo o mesmo comuni-cado, “esta votação constitui um inequívoco sinal quanto à von-tade da maioria dos cidadãos e autarcas dos concelhos que constituem a A.M.P. no sentido de um reforço da participação de todos na construção de uma Área Metropolitana mais coe-sa, mais solidária e mais atenta àquilo que são os desafios que se colocam no futuro próximo e que passarão necessariamente por uma mais eficaz e coerente gestão dos Fundos Comunitários ao dispor desta região”.

AMP

PS GANHA ASSEMBLEIA METROPOLITANA

18 de Dezembro 2009CD

Actualidade

4

No próximo dia 3 de Janeiro vai correr-se a 26ª. Corrida de S. Silves-tre de Ermesinde, uma organização da Câmara Municipal de Valongo.

A corrida tem partida às 10 ho-ras, diante dos Paços do Concelho, seguindo-se um percurso de 10,5 km, até à meta, instalada no Parque Urbano Dr. Fernando Melo, em Er-mesinde.

Além de medalhas e outros tro-féus, existem prémios mone-tários. Para seniores, mas-culinos e femininos e para veteranos (I, II, II, IV).

 2.ª MINI-CAMINHADA

No mesmo dia, às 9h00 da manhã, terá lugar a 2.ª mini-cami-nhada de Ermesinde. Aberta a todos e com a inscrição gratuita, a concentração dar-se-á na par-te superior do Parque Urbano Dr. Fernando Melo, estando previsto um percurso de 4,5 km pe-las ruas de Ermesinde.

Partida - Rua Joaquim Ribeiro Teles, Av. Primavera, Rua 5 de Outu-

bro, Rua António Castro Meireles, Rua Rodrigues de Freitas, Rua Manuel Fer-reira Ribeiro, Av. João de Deus, 2a Ro-tunda (junto ao pavilhão municipal), onde será feita a inversão de marcha; depois pela Travessa João de Deus, Rua de Ermesinde, Travessa Filipa Vilhena, Rua Filipa de Vilhena, Rua João Ran-gel, Rua Rodrigues de Freitas, Rua Fá-brica da Cerâmica e chegada ao Parque Urbano.

A Polícia Judiciária (PJ), através da Directoria do Norte, anunciou a detenção de um jovem de 18 anos, presumível autor de um roubo à mão armada ocorrido a 18 de No-vembro, em Gondomar.

O indivíduo, sem profissão, tem

diversos antecedentes policiais por crimes de natureza idêntica, refere a PJ, em comunicado.

O crime ocorreu há cerca de um mês, quando, ao princípio da ma-drugada o jovem abordou a vítima, que se dirigia, a pé, para uma para-

gem de autocarro.Sob a ameaça de uma arma de

fogo, o indivíduo exigiu-lhe a en-trega dos seus bens, tendo-se apro-priado de um telemóvel no valor de 200 euros e uma quantia em di-nheiro.

O presidente da Câmara Munici-pal do Porto considera que a trans-ferência do Red Bull Air Race para Lisboa “é mais um factor negativo” do caminho trilhado por um país “que não tem juízo” por “tudo acon-tecer na capital”.

“Qualquer coisa que tenha êxito fora da capital de imediato é ab-sorvida por ela. Com isto estou a criticar um país que não tem juízo porque não podemos ter um país desenvolvido se tudo acontecer na capital”, afirmou Rui Rio em confe-rência de imprensa realizada ante-ontem.

O autarca explicou que “Portu-gal não fica melhor nem pior” com a prova da Red Bull a ser realizada em Lisboa, “mas não é bonito, nem correcto nem sério”.

Rio recordou ter apresentado uma proposta de “intercâmbio” de eventos entre as cidades de Lisboa e Porto, o que seria “uma coisa sensa-ta e equilibrada”

“Mas o sensato, equilibrado e com bom senso é algo que não tem grande espaço para se movimentar em Portugal”, lamentou.

Acrescentou ainda que considera “lamentável” que um evento “com este êxito não tenha sido tratado devidamente, mantendo-o no Por-to, ou fazendo um intercâmbio”.

RUI RIO DIZ QUE “O PAÍS NÃO TEM JUÍZO”Porto perde Red Bull Air Race para Lisboa

em Lisboa é muito simples” porque “o capital está lá”.

Por contrapartida, destacou, ”quando se quer fazer fora [de Lis-boa] é tudo muito difícil”.

A transferência da prova de aviões para Lisboa torna-se assim “mais um factor negativo do cami-nho negativo que temos vindo a tri-lhar há muitos anos”, sublinhou.

A cidade do Porto perde assim “um evento que tem visibilidade à escala nacional, que animava bas-tante a cidade e uma bandeira que o Rio Douro conseguiu e que facil-mente lhe foi tirada”.

“O contrário nunca acontece. Não há nada de importante que aconteça em Lisboa que depois Évo-ra, Beja ou Faro consigam tirar e isso é mau para o País”, rematou.

Rui Rio garantiu por fim que a cidade do Porto está disponível para acolher aquela prova de aviões, de-pois de passar pela capital.

O acordo, assinado na terça-feira pelo Turismo de Lisboa, em repre-sentação dos municípios de Lisboa e Oeiras, e a Red Bull Air Race, de-monstra o “desejo de que uma pro-va do campeonato internacional se realize sobre o rio Tejo na área en-tre a Torre de Belém e a Ponte 25 de Abril em 2010”.

O autarca salientou que não cri-tica “minimamente as câmaras de

Lisboa ou Oeiras”, já que os seus presidentes “foram eleitos para de-

fender os interesses das suas cida-des”, mas alegou que “fazer coisas

PJ DETEVE JOVEM SUSPEITO DE ROUBO À MÃO ARMADA

Um violento incêndio destruiu completamente o interior da Resi-dência Paroquial de Campo, obri-gando à retirada de crianças e idosos do Centro de Dia da Igreja Paroquial que funcionava no edifício contíguo.

O alerta foi dado por volta das 11h00 da manhã, quando as chamas já tinham atingido o telhado da re-

sidência, onde imperavam madeiras e tecidos, produtos altamente com-bustíveis.

Na origem do sinistro terá estado uma salamandra que o Padre Ma-cedo acendeu durante a noite para combater o intenso frio que ultima-mente se tem feito sentir.

Os Bombeiros de Valongo fize-

ram deslocar para o local, seis via-turas e 20 homens que extinguiram as chamas, não conseguido, contudo, evitar a completa destruição do inte-rior. Segundo o pároco, os prejuízos são bastante avultados.

A GNR de Campo tomou conta da ocorrência.

ARDEU A CASA DO PADRECampo

GONDOMAR

26.ª S. SILVESTRE ERMESINDE

CD 5 18 de Dezembro 2009

Sociedade

Paula não teve oportunidade de refazer a vida

Enquanto foram casados agredia a mulher; depois de separados, conti-nuou a agredi-la, obrigando-a a mu-dar de casa constantemente. Há dias, decidiu acabar com tudo: deu-lhe três tiros e suicidou-se a seguir.Ficaram dois órfãos.

Paula Joaquina Mesquita, de 43 anos, em-pregada de limpeza, viveu no inferno durante os últimos 21 anos. Casada com António Mes-quita, vendedor de peixe, de 48 anos, de quem teve dois filhos, a mulher era recorrentemen-te agredida pelo marido, de pouco valendo as queixas e as ameaças de separação. Decidida a deixar de sofrer, há um ano Paula saiu de casa, levando consigo o filho mais novo, agora com 14 anos. O outro, com 20, ficou a viver com o pai. Se pensava que indo viver para longe do marido deixava de ser agredida, Paula enga-nou-se. António, que nunca aceitou a separa-ção nem o divórcio que se seguiu, procurava-a sempre, acabando por a encontrar. E nessas alturas, voltava a “enchê-la de porrada” e ameaçava-a de morte, como nos contou uma amiga. Paula Mesquita mudou – só este ano – três vezes de casa, numa procura incessante de se esconder do ex-marido. Tentativas todas elas vãs, pois ele encontrou-a sempre. Aquan-do de uma das últimas agressões o filho mais velho, de 20 anos, resolveu também deixar o pai, indo viver com a mãe. Seria uma forma de estar mais próximo dela e impedir o pai de a agredir. De nada valeu.

Na última quarta-feira à noite António que já havia descoberto o local onde a ex-mulher trabalhava - na limpeza de um parque de diver-sões próximo de Vila do Conde – foi esperá-la à saída. Paula quando o viu recuou, pois sabia que dali não vinha coisa boa. Tinha razão mas sucumbiu às palavras de António: só queria fa-lar-lhe a respeito dos filhos e jurava que nunca mais a ameaçaria nem agrediria. Paula aceitou e mandou, via telemóvel, uma mensagem aos filhos: “vou chegar mais tarde”. E entrou para o carro do ex-marido, terrível e fatalmente enga-nada. Ele estava ali para a matar.

António andou, “sabe lá Deus por onde”, sempre com a mulher sequestrada no auto-móvel. Por volta da meia-noite mandou uma mensagem aos filhos dizendo, fria e cruelmen-te, que lhes ia matar a mãe. Os rapazes ficaram aflitíssimos e começaram a pedir auxílio. Pou-co tempo depois juntavam-se-lhes familiares, designadamente Fernando, um irmão do pai, para os procurar. Andavam nessa busca, cor-rendo ruas e ruelas de Matosinhos, quando Fernando recebeu uma mensagem do irmão dizendo que tinha morto Paula e que se ia matar. A aflição aumentou e a busca – agora também alargada à PSP, entretanto avisada – acentuou-se.

Mas a tragédia já estava a acontecer: ain-da não era uma hora da manhã quando um homem que passava numa artéria próxima da praia da Lavra viu um corpo estendido no chão. Aproximou-se e viu que era uma mulher, “com três buracos no corpo”, alagada num mar de sangue. Era Paula, alvejada pelo marido “na bacia, no peito e na cabeça” e depois abando-nada ao relento. Conduzida ao hospital de S. João, no Porto, foi-lhe diagnosticada morte cerebral. Extinguir-se-ia completamente 48 horas depois.

Quando a notícia chegou aos familiares eram 3 da manhã. Apenas pouco depois seria encontrado o presumível autor. Estava dentro do carro, diante da EXPONOR, a escasso qui-

Matosinhos

MATOU A MULHER E SUICIDOU-SE A SEGUIR

Fernando (ao meio) foi avisado pelo irmão de que ia matar a mulher

lómetro e meio da casa dos pais. Quem o des-cobriu foi o irmão, Fernando, que tentou abrir a porta do carro porque o irmão não respon-dia. Quebrou o vidro para constatar que levara até ao fim a ameaça: matara-se, com um tiro na boca.

Foi o fim de um inferno com duas décadas, mas apenas para ele e para a malograda Paula.

Os filhos, esses, sofrem agora ainda mais, pelos contornos da tragédia que os tornou ór-fãos.

QUERIA REFAZER A VIDA MAS…

Segundo uma vizinha de Paula, esta tinha, “há dois meses, uma nova relação. Os filhos tinham conhecimento mas ninguém fala-va de nada porque todos tinham um medo muito grande que o pai soubesse e matasse o namorado dela”, disse-nos, adiantando que Paula confiava “em Deus, para lhe dar outra oportunidade”.

Não teve tempo.

NOVA CASA DE TRÊS EM TRÊS MESES

Paula e os filhos viviam em constante an-gústia por causa das ameaças de António. Para fugir dele, Paula, apenas este ano, mudou três vezes de residência. O ex-marido encontrava-a sempre pelo que nos últimos tempos a senhora ponderaria mudar-se “para mais longe” onde tencionava refazer completamente a sua vida.

O destino não quis assim.

18 de Dezembro 2009CD

Sociedade

6

O nome de uma menina de 4 anos que padece de uma doença rara – Leucemia Mieloblástica Aguda – ser-viu para que uma pretensa associação “sem fins lucrativos” fizesse, na FIL, um peditório em seu nome. O caso che-gou ao conhecimento dos pais que se apressaram a desautorizar publica-mente a iniciativa. Quem também se “descolou” do peditório foi o IPO do Porto, igual e “abusivamente” envol-vido no assunto, por um pretenso “protocolo verbal”.

Cármen Pinheiro tem 4 anos, o último dos quais carregado de nuvens negras que só se dissiparão quando for encontrado um da-dor compatível. A pequenina precisa com ur-gência de um transplante de espinal medula para afastar um monstro chamado Leucemia Mieloblástica Aguda. É esta a necessidade de Cármen, que reside com os pais na Maia (Área Metropolitana do Porto). Dinheiro, fe-lizmente, não é o problema da família. E por isso Paulo Pinheiro e Bela Nascimento, pais de Cármen, mostraram-se surpresos – e até revol-tados – pela “iniciativa” da Social Kids, uma associação presidida por Carlos Azevedo, que montou um stand na Fil onde decorreu há dias decorreu a Natalis, durante a qual foi feito um peditório para a Cármen. Para explicar quem era a menina, os promotores da iniciativa ti-nham exposta a revista Lux, de 4 de Dezem-bro, cuja capa foi dedicada à pequena Cármen.

Não se sabe bem como, a verdade é que o facto chegou ao conhecimento dos pais da me-nina que logo se apressaram a manifestar o seu desconhecimento do peditório que considera-ram abusivo pois nunca deram autorização – nem lhes foi pedida – para tal. Segundo Paulo Pinheiro, em declarações ao nosso jornal, “a notícia apanhou-nos de surpresa. Efectiva-mente viemos a apurar que numa banca dessa tal associação, exposta na FIL, estavam a uti-lizar a revista LUX com a foto da nossa filha. Nunca pedimos dinheiro a ninguém, apenas dadores que possam salvar a nossa menina e

Maia

FALSO PEDITÓRIO EM NOME DE MENINA COM LEUCEMIA

outras pessoas que padecem de doenças como esta. Desconhecemos essa associação e de to-dos os modos nunca iríamos autorizar um pe-ditório porque não é dinheiro que nos aflige, mas sim um dador. Soubemos que também foi utilizado o nome do IPO do Porto como ‘par-ceiro’ da Social Kids. Contactámos o instituto e foi-nos garantido que desconheciam com-pletamente o assunto, garantindo que não ti-nham qualquer acordo com essa tal entidade, como supostamente foi dito”. Paulo Pinheiro adiantou que, “já depois de termos conheci-mento do assunto e de nos termos manifes-tado contra, fomos contactados, via correio electrónico, por esse senhor Carlos Azevedo que manifestou interesse em falar connosco. Respondemos como convinha e não vimos qualquer interesse em falar com ele. Quanto ao resultado desse peditório, não sabemos que destino foi dado ao dinheiro, nem quem o uti-lizou. Para nós não veio – nem precisámos – e também não foi para o IPO”.

RECOLHA DE FUNDOS AUTORIZADA?A reacção dos pais de Cármen e do IPO

do Porto teve por condão “interromper” o pe-ditório. No entanto a Social Kids manteve o stand na feira de Natal da FIl com uma fonte da organização, em declarações aos jornalistas, a referir que lhes tinha sido apresentando pela associação “um documento que prova estar autorizada a fazer uma recolha de fundos”. A mesma fonte declarou desconhecer “qualquer ilícito”.

O nosso jornal esteve no espaço da Social Kids mas não conseguiu qualquer reacção dada a ausência de pessoa autorizada a falar. Foi-nos dado o contacto telefónico de Carlos Azevedo mas, até ao fecho desta edição, não conseguimos estabelecer contacto.

14 Milhões de dadoresA esperança é a última a morrer e por isso os pais de Cármen estão conven-cidos que acabarão por encontrar um dador compatível com a menina. De qualquer modo insistem em agradecer a todos os (milhares) que, de Norte a Sul, têm respondido ao apelo: “O facto de as pessoas responderem, numa prova de amor e solidariedade para com o próximo, é sempre muito bom pois ao participarem na recolha de sangue estão a integrar um banco internacio-nal que já conta, neste momento, com 14 milhões de potenciais dadores, o que constitui uma enorme esperança para os que, como a nossa Cármen, padecem destas terríveis doenças”.

A menina continua à esperaComo referimos, Cármen ainda não encontrou dador compatível. Por isso o movimento continua. Hoje, haverá recolha num hipermercado de Braga e no próximo dia 21, será na Têxteis Riopele, em Pousada de Saramagos.Para acompanhar as iniciativas de género que se sucederão, basta ir ao blog da Cármen, onde toda a informação vai sendo actualizada.E é sempre uma forma de acompanhar o percurso desta menina de quatro anos que, maugrado tudo, não perde o sorriso.Força Cármen.

“CASO VOS SOLICITEM, NUNCA, DE MANEIRA ALGUMA, OFEREÇAM DINHEIRO PARA A CARMEN”

Este caso suscitou uma rá-pida reacção da Cármen e família. No blog da menina (http://carmenpine.blogspot.com) pode ler-se que “Caso vos solicitem, nunca, de maneira alguma, ofereçam dinheiro. A minha família e eu só pe-dimos a vossa solidariedade para que possam doar um pouquinho do vosso sangue ������������� ���������-tos no Banco de Dadores. Só desta forma é que me podem ajudar, como também a ou-tras pessoas que necessitem! NADA MAIS!”

Carmen Pinheiro tem 4 anos, foi-lhe detectada “Leucemia Mieloblástica Aguda”

CD 7 18 de Dezembro 2009

Sociedade

Um rapaz de 18 anos matou com duas facadas o padras-to alegando que o fez para defender a mãe que estaria a ser agredida. O argumen-to não colheu e o rapaz foi mandado, preventivamente, para a prisão.Os factos passaram-se no Marco de Canaveses, num quadro de miséria, álcool e violência doméstica.

Ricardo André, de 18 anos, foi preso, acusado de matar o compa-nheiro da mãe. Os factos aconte-ceram no final da tarde da última sexta-feira, no lugar de Pousado, freguesia de Várzea de Ovelha, Marco de Canaveses. Em circuns-tâncias não totalmente apuradas, o jovem desferiu duas facadas no ventre do padrasto, Manuel Adria-no Rocha Moreira, de 46 anos, matando-o em poucos minutos.

O crime ocorreu no interior de um barracão onde além do Ricar-do André, viviam a sua mãe, Na-tália, de 37 anos, a avó materna, de 82 anos, e o falecido, Adriano. Ao que apurámos, naquele “mise-rável casebre” – como o classifica a vizinhança – eram comuns os actos de violência doméstica “mas a vítima era sempre o padrasto, um homem bom que só tinha um defeito, abusava do álcool”, como nos referiu uma fonte conhecedo-ra. Pelo contrário, “o Ricardo é um tipo mau, violento e sempre pron-to a quezílias. Já foi acusado de deitar fogo à mata, de agressões, de vandalismo e a última que se lhe conhece foi o furto de uma ca-çadeira da casa de um vizinho”, incidentes que serão do conheci-mento das autoridades.

“FOI PARA DEFENDER A MINHA MÃE”

Pouco faltava para as 18 horas quando alguém de Várzea de Ove-lha alertou os Bombeiros e a GNR do Marco de Canaveses, dizendo que havia um morto naquela lo-calidade, indicando o local exac-to onde se encontraria o corpo. Quando os socorros e as autorida-des, seguindo as indicações, che-garam diante do barracão onde viviam Natália, a sua mãe, o filho e o companheiro, depararam, no exterior, com o corpo deste, já sem vida, estendido por terra, no exte-rior. Lá dentro estava o resto da fa-mília, com Ricardo a assumir a au-toria da morte, “para defender a minha mãe” que estaria a ser víti-ma de agressão por parte do com-panheiro, terá dito, informação logo corroborada por Natália. No entanto, mercê dos antecedentes

Marco de Canaveses

ASSASSINOU PADRASTO À FACADA

do jovem bem como pelas decla-rações da vizinhança – que afian-çavam que o morto era boa pessoa e, ele sim, vítima de violência no interior daquela casa – a GNR decidiu deter mãe e filho, condu-zindo-os ao Quartel, na cidade do Marco. Foi aí que foram entregues e logo interrogados pela Policia Judiciária. Horas depois Natália era libertada mas o filho continu-aria detido, sendo transferido para os calabouços da PJ, onde passou a noite. No dia seguinte, sábado, o rapaz foi apresentado ao Juiz de turno junto do tribunal de Penafiel que, depois de o ouvir, decretou que ficasse em prisão preventiva, à espera de julgamento. Tal como os

vizinhos, também a polícia como o magistrado não acreditaram na versão do jovem que supostamen-te reagira em defesa da mãe.

REGRESSOU PARA MORRER

Adriano Moreira já tinha vivi-do com Natália e família até há um ano. Nessa altura decidiu deixá-los – “davam-lhe maus tratos”, diz um vizinho – e voltar à sua fregue-sia, Paredes de Viadores, no outro extremo do concelho do Marco. No entanto, “muito recentemente” decidiu regressar para os braços de Natália. Mal ele sabia que cami-

nhava, isso sim, para os braços da morte.

VIDA MISERÁVEL

Na vizinhança diz-se que “nem os cães queriam viver num barraco daque-les”, que é como classificam a “casa” onde se deu a tragédia. Outra coisa que espan-ta os vizinhos é o facto de ali viver, “num sítio miserável, a mãe dela, uma velhi-nha com mais de oitenta anos, acamada e sem meios para se cuidar”. No entender da vizinhança, “A Natália levou para ali a mãe para poder receber uma pensão da Segurança Social que – dizem os vi-zinhos – nunca ligou àquele quadro de miséria e desleixo”.

Fosse como fosse a situação foi agora remediada com os bombeiros do Marco de Canaveses a levarem a senhora para casa de um outro filho que mora numa freguesia vizinha.

FILHO RETIRADO

Se a Segurança Social nunca “repa-rou” para nas condições em que a idosa ali vivia, o mesmo não se poderá dizer de um outro filho, menor, de Natália. Trata-se de uma criança agora com 11 anos, em tempos retirada à mãe e en-tregue a um “padrinho” que vive numa aldeia vizinha.

“Ao menos isso”, diz-se por ali, em jeito de louvor á Segurança Social.

Bombeiros recolhem o corpo para o IML

18 de Dezembro 2009CD

Valongo

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Albino Poças, um provedor feliz por mais esta obra

■ Carlos Silva

Conforme oportunamente noticiá-mos, a Misericórdia de Valongo inau-gurou há dias um novo edifício que, para além de permitir mais, maiores e melhores instalações para os serviços administrativos e de apoio logístico, como armazéns e garagem, dotou a instituição de um (há muito ansiado) espaço multiusos que é já considerado um dos melhores espaços do concelho para espectáculos e outras manifesta-ções culturais.

Albino Poças, o provedor da San-ta Casa e principal mentor da obra, e Agostinho Silva, presidente da Mesa da Assembleia da instituição, eram ho-mens felizes quando viram abrirem-se as portas para a inauguração do novo edifício. A cerimónia contou com a presença de inúmeros convidados, designadamente Manuel Lemos, pre-sidente do Secretariado da União das Misericórdias Portuguesas; João Paulo Baltazar, vice-presidente da Câmara de Valongo; os vereadores Maria Trinda-de, Arnaldo Soares e Pedro Panzina; o padre Alfredo e os técnicos que se empenharam, graciosamente, para que a obra fosse uma realidade, nomeada-mente o Arqt.º Borges Araújo (que deu o nome ao salão principal), Eng.º Mi-guel Dória e João Rafael, pessoas que mereceram destaque especial na alo-

Santa Casa da Misericórdia de Valongo

FESTA NO NOVO EDIFÍCIO

cução do provedor.No fi nal, e num salão repleto de

utentes e convidados, o grupo “canta-res de Valongo” prendou os presentes

com uma belíssima actuação, a que se seguiram momentos de boa disposição com espaços de humor protagonizados pelo Grupo de Teatro da Associação

Recreativa da Retorta.Está de parabéns a Santa Casa e o

seu provedor, Albino Poças, que se re-candidata a novo mandato de três anos.

Utentes já têm local cómodo e digno para cultura e lazer- ‘Cantares de Valongo’

Agostinho Silva e Borges Araújo

O Arquivo Histórico Municipal de Valongo está a pedir a colaboração dos munícipes para a cedência de fotografi as antigas, a preto e branco, que permitirão reconstruir mais fi elmente a história do concelho.

Trata-se de um “empréstimo” pois as fotos serão simplesmente digitalizadas, retornando os originais aos seus legítimos donos.

Os temas pretendidos são as comuns cenas da vida familiar, vida militar, actividades profi ssionais, culturais e outras; Cidade e freguesias do concelho. Isto signifi ca que todas as fotos de Valongo (concelho) e dos munícipes, em qualquer circunstância, servirão para enriquecer o guardião da nossa história que é o Arquivo Municipal.

“VALONGO A PRETO E BRANCO”

CD 9 18 de Dezembro 2009

Ermesinde

Atendendo à especificidade desta época festiva, a Junta de Freguesia de Ermesinde lançou um concurso para a decoração das rotundas, destinado às crianças das escolas do 1º. Ciclo do Ensino Básico e Jardins de Infância da cidade. A Iniciativa vi-sou também incentivar a participação e a criatividade dos inter-venientes, incutindo nas crianças de Ermesinde “uma salutar concorrência entre si contribuindo, assim, para o desenvolvi-mento de várias capacidades, designadamente o espírito de equipa e imaginação.

Aderiram à iniciativa as Escolas: E.B. 1 e Jardins de Infância da Costa, Saibreiras, Sampaio e Gandra.

Os trabalhos dos miúdos foram avaliados por um júri com-posto por um membro do Executivo da Junta, Esmeralda Car-valho, e por dois elementos indicados pelos Agrupamentos Verticais de S. Lourenço e D. António Ferreira Gomes, Teresa Ascensão e Manuela Ferreira, respectivamente, que decidiram de acordo com os seguintes critérios: imaginação e criativida-de; utilização de materiais reutilizados/reciclados; diversida-

de de materiais utilizados e participação activa dos alunos.A decisão foi a seguinte:1º. Prémio - Rotunda da Vila Beatriz, realizada pela Escola

EB 1 JI da Gandra;2º. Prémio - Rotunda do Maiashoping, realizada pela Escola

EB 1 JI de Sampaio;3º. Prémio - ae-exequo, às decorações das rotundas da Ave-

nida João de Deus, realizada pela EB 1 e JI das Saibreiras e da rotunda do Bombeiro, realizada pela EB 1 e JI da Costa.

Com a participação das crianças da cidade

JUNTA PROMOVE DECORAÇÃO DAS ROTUNDAS

1.º lugar para a escola EB 1 e JI da Gandra 2.º lugar para a Escola EB1 e JI de Sampaio

3.º lugar, ae-exequo, para a EB1-JI da Costa 3.º lugar, ae-exequo, para a EB1-JI das saibreiras

Rotunda do Bombeiro Rotunda do Maiashoping

18 de Dezembro 2009CD

Região

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O presidente da Comissão Na-cional para as Comemorações do Centenário da República (CNC-CR) disse desconhecer os custos - um milhão de euros – do projecto da Câmara de Paredes de erguer um mastro gigante, de, mas consi-derou a iniciativa interessante.

A Câmara de Paredes quer as-sociar-se às celebrações do cente-nário da implantação da República com a construção de um mastro com cem metros de altura para suportar a bandeira de Portugal, a maior do país e uma das maio-res do Mundo, segundo o autarca local, mas os custos do projecto, estimados em um milhão de euros, estão a suscitar polémica no conce-lho.

Em declarações aos jornalistas à margem da cerimónia de posse de Rui Vieira Nery como vogal da Comissão Nacional, no Palácio de Belém, o presidente da comissão, o ministro da Defesa, Artur Santos Silva, confirmou ter dado aval ao

Polémica em Paredes

CENTENÁRIO DA REPÚBLICA: COMISSÃO APROVA MASTRO GIGANTESCO

Os comerciantes de Amarante estão contra as obras em curso no centro da cidade que, dizem, têm provo-cado quebras de mais de 50% nas vendas, facto que terá levado ao encerramento de várias lojas.As obras de requalificação no Lar-go Conselheiro António Cândido, conhecido como Largo do Arquinho, em pleno centro histórico da cidade, decorrem há mais de um ano e obri-garam, nos últimos meses, ao corte completo da circulação rodoviária.

“Estamos cansados desta confusão das obras. Assim os clientes fogem”, ouve-se das bocas de vários comerciantes, agastados com os prejuízos acumulados e “fartos” do barulho incessante das máquinas que ali operam.

Para a imensa maioria dos comerciantes esta situação tem-se arrastado por demasiado tempo, tornando quase impossível a tarefa de manter aber-tos os estabelecimentos, grande parte de pequena dimensão.

“É verdade, temos uma queda acentuada, mui-to acima dos 50 por cento”, afirmou Maria do Car-mo, proprietária de uma loja que vende sistemas de aquecimento.

Joaquim Pinha, proprietário de um salão de ca-beleireiros aberto há 27 anos, também admite que-bras acentuadas no volume do negócio, mas lembra que após as obras outro problema vai surgir.

O comerciante diz estar preocupado com o pro-jecto em curso e a anunciada supressão de vários lugares de estacionamento.

A Associação Empresarial de Amarante (AEA) também está descontente, garantindo que a forma como estão a ser realizadas as obras não está a cor-responder ao prometido pela câmara.

Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEA, afir-mou que o tempo de interrupção do trânsito está a ser superior ao anunciado previamente pela autar-quia.

No âmbito destes contactos com a autarquia, disse, conseguiu-se garantir a colocação de um cor-redor provisório em alcatrão que assegurasse a cir-culação rodoviária.

Esta solução assegura também a passagem no Arquinho de um comboio turístico que a AEA con-tratou para a promoção comércio nesta quadra na-talícia.

No entanto, o tapete betuminoso provisório não suscita grande entusiasmo em vários lojistas porque se receia que possa atrasar ainda mais a conclusão das obras.

Alegam também os comerciantes que a solução garante a passagem de viaturas, mas não o estacio-namento de potenciais clientes.

O presidente da Câmara, Armindo Abreu (PS) disse que compreende o descontentamento dos co-merciantes, mas garante que não há atrasos na obra.

No entanto, admite que o corte no trânsito foi mais prolongado do que o previsto, o que atribuiu às dificuldades nas obras, sobretudo nas infra-estrutu-ras associadas à linha de água que passa no subsolo.

O autarca lembrou, por outro lado, que a aber-tura do referido corredor em betuminoso nesta quadra do Natal foi uma solução que procurou minimizar os prejuízos dos comerciantes e me-lhorar a circulação rodoviária na cidade.

AMARANTE

Comerciantes contra obras

projecto, mas disse desconhecer os custos envolvidos.

“A Comissão foi solicitada para dar o seu apoio no sentido de considerar que era uma iniciativa interessante”, disse Santos Silva, adiantando que a CNCCR fez al-gumas propostas, nomeadamente para que seja prevista a interven-ção de um “escultor de mérito por-tuguês” no mastro.

Santos Silva acrescentou que a

iniciativa também mereceu “pa-lavras de estímulo” por parte do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.

Quanto aos custos da iniciativa, o responsável afirma que a Comis-são Nacional não teve qualquer “envolvimento no suporte finan-ceiro”, referindo apenas saber que o presidente da Câmara de Paredes, Celso Ferreira (PSD), “pretende mobilizar alguns apoios na comu-nidade local”.

A Comissão Nacional encara esta iniciativa como “mobilizado-ra e interessante”, disse Artur San-tos Silva, para quem as celebrações devem servir “para reforçar a nos-sa identidade” e a bandeira nacio-nal é “um dos elementos centrais da nossa identidade” que deve ser “revalorizado”.

O responsável dá o exemplo de cidades de outros países onde as bandeiras de grande porte consti-tuem uma referência, designada-mente em Madrid.

O ex-inspector da PJ Gonçalo Amaral apresentou na terça-feira, no Porto, a sua nova obra ‘A Mor-daça Inglesa’, um livro que “nunca” pensou escrever e no qual aborda a temática das providências cautelares “que põem em causa o direito dos cidadãos”.

“Nunca pensei escrever este livro. Aborda a liberdade de ex-pressão, que pensei ser uma coisa definida neste país. Mas vou-me apercebendo que há algo que não está a funcionar bem neste regime, com decisões que são inconstitucio-nais”, afirmou Gonçalo Amaral.

O seu livro, ‘Maddie - A verdade da Mentira’ foi alvo de uma provi-dência cautelar apresentado pela fa-mília McCann e levou a que a obra fosse retirada do mercado em Se-tembro deste ano, por ordem de uma Juíza portuguesa.

Os pais de Madeleine McCann, desaparecida em 03 de Maio de 2007 na Praia da Luz, no Algarve, alega-

ram que o livro e o vídeo comerciali-zado após um documentário exibido na TVI divulgam a tese de Gonçalo Amaral, que consideram insustentá-vel, de que os dois estão envolvidos no desaparecimento da filha.

Na qualidade de coordenador do Departamento de Investigação Cri-minal da PJ de Portimão, Gonçalo Amaral integrou a equipa de inves-tigadores que tentou apurar o que aconteceu a Madeleine McCann.

O início do julgamento deste processo esteve agendado para 11 de Dezembro mas acabou adiado para Janeiro por doença do advogado do antigo inspector.

Gonçalo Amaral esclareceu que este novo livro “não traz novidades em termos de casos policiais” até porque não pode “exprimir nada” sobre a sua tese a qual, defendeu, “é uma opinião fundamentada e parti-lhada por outros inspectores”.

‘A Mordaça Inglesa “traz à opi-nião pública a questão das provi-dências cautelares que põem em causa os direitos dos cidadãos”, sa-lientou o antigo inspector segundo o qual “as providências cautelares têm sido utilizadas pelos advogados dos McCann para intimidar outras pessoas”.

Na nova obra, Gonçalo Amaral discute “a fundamentação da provi-dência cautelar” (de que foi alvo) e que “está baseada em mentiras”.

Amaral considera que seria “o cúmulo dos cúmulos” e um “atenta-do à inteligência dos portugueses” se este seu novo livro for igualmente alvo de uma providência cautelar.

O livro ‘A Mordaça Inglesa - A História de um Livro Proibido’ foi apresentado pelo advogado e profes-sor de direito Carlos Abreu Amorim.

Porto

GONÇALO AMARAL APRESENTOU A “MORDAÇA INGLESA”

Luísa Menezes foi a vence-dora, entre 21 concorrentes, do Concurso da Rabanada, edição 2009, organizado pela Câmara Municipal da Trofa e pela Associação Empresarial do Baixo Ave.

A concurso estiveram mais de 460 Rabanadas que depois foram distribuí-das por quem aproveitou a tarde do pas-sado domingo, 13 de Dezembro, para fa-zer compras nas principais ruas da Trofa.

O Concurso da Rabanada insere-se

no programa de animação do Natal 2009 e é, segundo a Presidente da Câmara Mu-nicipal da Trofa, Joana Lima, “uma exce-lente oportunidade para preservar e di-vulgar as tradições gastronómicas locais e para promover e animar o comércio tradicional”.

A avaliar as rabanadas a concur-so estiveram José Magalhães Moreira, vice-presidente da Câmara Municipal da Trofa, Manuel Pontes, Presidente da Associação Empresarial do Baixo Ave, Luciano Lagoa, Pároco da Freguesia de S. Martinho de Bougado e Elísio Bernar-des, Chefe e Professor na Escola de Hote-laria e Turismo.

Este ano foram ainda distinguidas as Rabanadas apresentadas a concurso pela Padaria PANTIR com o segundo pré-mio e as Rabanadas confeccionadas pelo Restaurante Flor do Ave com o terceiro prémio.

Depois do concurso e da festa da rabanada, a festa das iguarias de Natal continua com a realização da Rota das Rabanadas, que permite, durante todo o mês de Dezembro, a quem visite os esta-belecimentos aderentes (cafés, restauran-tes e confeitarias) provar as mais diversas receitas deste típico doce, dando mais sabor à quadra natalícia dos trofenses e promovendo a visita ao comércio local.

TROFA

CONCURSO DA RABANADA 2009 ANIMA NATAL

CD 11 18 de Dezembro 2009

Sobrado

Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Ferreira e dos seus afluentes

INTRODUÇÃO

Há 570 milhões de anos (Ma), Valongo e arredores encontravam-se cobertos pelo mar.

A posição dos continentes não era que é hoje e os mares do Período Ordovícico ainda cobriam estas terras há 450 Ma.

No final do Período Ordo-vícico e início do Silúrico, há cerca de 435 Ma, o clima era muito frio nestas zonas, onde ocorrem depó-sitos com características glaciárias que se sobrepõem às já existentes.

Arenitos e xistos, os sedimentos mais antigos registados, foram de-positados nestas zonas há cerca de 375 Ma.

Dessas ficaram, até hoje, para além de outras, duas coisas muito importantes: Fósseis de animais ma-rinhos e de plantas, que vieram pos-sibilitar a criação do actual Parque Paleozóico de Valongo e, em fase de diferenciação magmática, com a conjunção de diversos processos de origem turbídita (actividade vulcâ-nica submarina e pré-concentração do tipo paleo-placas), surgiu o que hoje se designa por “Distrito auri-antimonífero Dúrico-Beirão”.

Este distrito é constituído por dezenas de jazigos de metais, entre os quais o ouro, os quais vieram a ser explorados pelos Romanos (haven-do, até, indícios de exploração em épocas pré-romanas) e, mais tarde, pelos Mouros.

Essas explorações foram, no Concelho de Valongo, levadas a cabo no que são hoje as Serras de Santa Justa e Pias, em diversas minas designadas por “fojos”.

Desse evoluir geológico foi-se “acertando” a paisagem em geral e a da nossa zona em particular.

Ficaram os montes, os planaltos, as planícies e, claro, os cursos de água.

Destes cursos de água, e para este momento, interessa-nos espe-cialmente o Rio Ferreira.

PERCURSOS E RECURSOS

O rio Ferreira nasce em Paços de Ferreira e aí permanece numa ex-tensão de 13 km, entra em Paredes em 6,2 km, espraia-se por Valongo em 16 km e desagua em Gondomar, num braço de 7,8 km, indo desaguar no Rio Sousa, no Lugar da Ribeira de Cima, mas a sua bacia hidrográfi-ca ocupa 183,45 km2 e o perímetro de 83 km.

Na área da bacia hidrográfica do rio Ferreira residem cerca de 200 mil habitantes e existem uma mini-hídrica em Lordelo e dois sistemas de tratamento de águas residuais (ETAR), um no concelho de Paços de Ferreira e outro em Valongo.

Dizem as Memórias Paroquiais acerca do Rio Ferreira:

“(…) nasce na serra de Santa Águeda, e tem o seu princípio com duas fontes, que nascem separadas

Tribuna do Leitor

O RIO FERREIRA (1)

meio quarto de légua; uma nasce em São Pedro de Raimonda, outra em São João de Codeços, freguesias do Arcebispado de Braga; juntam-se es-tas fontes ambas por baixo da Ponte de Sobrão na freguesia de Paços de Ferreira, que dista de seus nascimen-tos uma légua”(…).

No seu trajecto, passa pelas fre-guesias de Pedro de Raimonda, Ferreira, Paços de Ferreira, Sobrão, Frazão, Arreigada, Modelos (estas no Concelho de Paços de Ferreira), Lordelo, Rebordosa (no Concelho de Paredes), Sobrado, Campo (no Concelho de Valongo), S. Pedro da Cova e Foz do Sousa (no Concelho de Gondomar).

O Rio Ferreira tem vários afluen-tes, entre os quais os rios Eiriz e Car-valhosa e vários ribeiros e ribeiras, alguns hoje já quase sem importân-cia.

O rio Ferreira desenvolve-se ao longo de, aproximadamente, 43 km, possui um módulo de 5,17 m3/s e uma inclinação média de 0,89 %.

As águas do Rio Ferreira sem-pre foram aproveitadas para irrigar os campos marginais e alimentar a indústria moageira, principalmen-te a moagem do milho, centeio e linho para as povoações vizinhas. Era, então, também aproveitado para a lavagem da roupa.

Hoje, o Rio Ferreira, embora bastante poluído, serve para ir-rigação dos campos marginais e lavagem da roupa, já que muitas senhoras, em Belói (S. Pedro da Cova), teimam em lavar lá a sua roupa.

Foi, também, e ainda é, em parte, um importante meio para o mundo da pesca, também de con-curso, pois sempre foi uma fonte abundante de peixe até a poluição dar cabo dele.

Contribui, ainda, como sub-

afluente do rio Sousa para o abas-tecimento de água à cidade do Por-to.

Foi palco de batalhas (a mais conhecida é a Batalha de Ponte

Ferreira a 23 de Julho de 1832 en-tre Liberais – de D. Pedro IV - e Miguelistas/Absolutistas – de D. Miguel, irmão daquele) e de outras lutas muito mais antigas que de-

ram lendas, como, por exemplo, a Lenda do S. João de Sobrado.

(continua)

18 de Dezembro 2009CD

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CD 13 18 de Dezembro 2009

Douro

A Câmara Municipal de Mesão Frio promoveu, no passado sábado, dia 12 de Dezembro, na Igreja de Santa Cristina, um Concerto de Na-tal. A convite da Câmara Municipal, o Coro do Mosteiro de Grijó, Vila Nova de Gaia, brindou os presentes com uma admirável prestação.

A noite apresentava-se fria e nem isso afastou os amantes do canto co-ral e gregoriano da Igreja de Santa Cristina que ali se deslocaram para assistirem ao Concerto de Natal pro-movido pela Câmara Municipal de Mesão Frio. O programa prometia e

o Coro do Mosteiro de Grijó fez jus à fama que o precede, oferecendo ao público presente na Igreja de Santa Cristina, em Mesão Frio, obras mu-sicais de compositores de vulto, tais como, Palestrina, Vodnansky, Hass-ler, Michael Praetorius, Gaspar Fer-nandes, Rheinberger, Morten Lauri-dsen e Francis Poulenc.

Foi a primeira apresentação do Coro do Mosteiro de Grijó em Me-são Frio. Dirigido pelo maestro Joa-quim Marçal, este coro - que existe desde 1989, já percorreu os quatro cantos do mundo.

O Douro tem sido, ao longo dos anos, um anjo protector do político socialista António Martinho: passou pela Assembleia da República, como deputado, onde mesmo com atraso lá foi falando no Douro; em seguida passou pelo Museu do Douro tran-sitando daí para Governador-Civil do Distrito de Vila Real e agora, de uma maneira surpreendente, tem o destino do Turismo do Douro nas suas mãos.

Pelo menos assim consta no pa-pel já que é opinião generalizada que o homem forte e com mais visibilida-de nesta área tem sido Ricardo Ma-galhães. Como poderemos constatar, em nome do Douro, António Marti-nho tem levado uma vida recatada, demonstrando um apurado sentido de oportunidade.

Um dos primeiros actos públicos de António Martinho, fugindo à in-certeza de Governador Civil para as-sumir os garantidos quatro anos de mandato no Douro, foi a denúncia de um deficit da nova entidade turís-tica do Douro a que presidia, como sendo, só para começar, de perto do meio milhão de euros. Noutra decla-ração posterior, fez constar que iria fazer uma auditoria às contas das três entidades que “herdara”.

Como se sabe, e Martinho as-sim e então o justificou, aquele valor era devido à integração na Turismo do Douro da Junta de Turismo das

Termas das Caldas do Molêdo e das ex-regiões de Turismo do Douro Sul e da Serra do Marão, como então a nova lei das regiões de turismo de-terminava.

Assim, parecia que as três enti-dades que se extinguiam deixavam atrás de si um imenso rol de dívidas. Apareceu então, num direito de res-posta que como tal não foi pedido, onde o responsável da Serra do Ma-rão dava conta que, além do valio-so Património imobiliário (Palácio dos Marqueses de Vila Real), ainda entregara cerca de 400 mil euros no encerramento das suas contas e na transferência para o Douro.

Nunca se soube de um desmenti-do ou pedido de desculpas por parte de António Martinho à Serra do Ma-rão e aos seus responsáveis, perma-necendo a dúvida de quem estaria a falar verdade: se o Marão fechou as contas na positiva e o desmentido era verdadeiro, ou se se mistificou as contas. Martinho nem desmentiu, nem se justificou nem pediu descul-pa a quem eventualmente ofendera.

Isto é tão mais grave quanto, não havendo até hoje qualquer notícia, nomeadamente sobre a famigerada auditoria às contas, se analisam e se comparam, com os dados que co-nhecemos, os resultados do Marão e Douro Sul. Sabendo nós que o Dou-ro Sul tinha um saldo negativo – bem perto daquele primeiro valor em fal-

ta – e sendo verdade o que o respon-sável do Marão afirmava, como era possível que de duas entidades em tudo semelhantes – atribuições, obri-gações, competências, encargos, e verbas disponíveis – como era possí-vel tal discrepância? Fazendo as duas o mesmo, com idênticos orçamentos, e uma entrega de um valor positivo em tudo semelhante ao que o outro apresenta como negativo?

E sobre as Termas do Molêdo o que há para dizer?

São devidos esclarecimentos não só à Assembleia Geral da Turismo do Douro, onde pontificam os 19 autar-cas da Região e representantes de en-tidades governamentais e regionais e ainda o sector privado, mas também uma justificação clara e cabal do su-cedido à Comunicação Social que, pelo menos até agora, parece ter es-quecido o assunto, principalmente os órgãos que então fizeram eco das lamúrias e do desmentido da Serra do Marão.

Não tem a Turismo do Douro um “Fiscal Único” responsável pelas contas?

Ou será que o acordo pré-eleito-ral em Lamego para garantir eleição e lista única também contemplava o silêncio contabilístico?

Aguarda-se...

João Rodrigues

QUE É FEITO DA AUDITORIA?Entidade Turística do Douro

OPINIÃO

Em plena época natalícia os comerciantes da zona histórica da cida-de de Vila Real vivem num enorme desespero em virtude da estratégia levada a cabo pela autarquia já que, em toda esta zona, as dificuldades para o estacionamento dos potenciais clientes são muitas. Só se consegue encontrar lugar para estacionamento pagando.

Segundo os comerciantes tudo isto acontece para favorecer o centro comercial Dolce Vita. Dizem mesmo que para aquela zona, do Centro Comercial, todos os acessos são largos e os espaços para estacionamento gratuito são muitos.

Como se tudo isto -já por si- não fosse suficientemente danoso para o comércio tradicional a PSP tem atacado nos últimos dias toda a zona histórica com vários agentes e várias viaturas salientando-se nesta acção a viatura de reboque para actuar de imediato.

Os comerciantes afirmam que o negócio está fraco e dizem mesmo ter colegas que passam dias sem que um cliente lhes entre pela porta dentro. Não compreendem que a PSP, assim como outras autoridades com responsabilidade, não tenham em conta a época natalícia e as con-dicionantes naturais da zona histórica. Em situações idênticas, no resto do País, a PSP tem uma actuação compreensiva e tolerante, afirmam.

Em causa não está a perturbação e o normal fluxo do trânsito mas sim uma descarada caça à multa por parte da secção de trânsito da PSP de Vila Real, actuando de rompante com vários elementos para que a surpresa seja eficaz.

Não deixa de ser caricato que durante a noite a mesma zona tenha sido alvo de vários assaltos devido à falta de patrulhamento eficaz. Afi-nal…

Com esta actuação a PSP vai “direitinha para o Céu”.

João Rodrigues

A PSP E O EXCESSO DE ZELO

VILA REAL

CONCERTO DE NATAL AQUECE NOITE FRIA

MESÃO FRIO

18 de Dezembro 2009CD

Actualidade

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A temperatura média em Portugal está a aumentar a um ritmo mais rápido do que no resto do mundo, com um crescimento de 0,33 graus por década, segundo a análise cli-matológica da última década.

“Verifica-se um aumento da tem-peratura média de 0,33 graus à déca-da, um ritmo de crescimento superior ao que se verifica fora de Portugal, em termos mundiais. A temperatura de 2009 ficou muito acima dos valo-res médios, quase um grau”, afirmou Adérito Serrão, presidente do Institu-to de Meteorologia.

O responsável, que citava dados do relatório preliminar da análise cli-matológica de Portugal Continental da década 2000-2009, precisou que, tendo em conta apenas os valores de referência do país, a temperatura mé-dia em 2009 ficou 0,9 graus acima do normal.

Comparativamente às temperatu-ras no resto do mundo, Portugal ficou este ano entre 0,55 e 0,33 graus acima dos valores médios.

“É praticamente o dobro daquilo que foi registado em termos mundiais como anomalia relativamente ao va-lor de referência. O aquecimento em Portugal vai já para além dos valores médios registados em termos do glo-bo”, disse.

Verifica-se mesmo uma “consis-tência” nesta tendência de aqueci-mento, pelo ritmo que se mantém há já quatro décadas.

“O aumento de 0,33 graus à dé-cada é muito significativo. Com este ritmo, em 60 anos atingiam-se os dois graus de aumento de temperatura média em Portugal, isto se se man-tivesse o ritmo e não fosse inclusiva-mente agravado, porque a tendência é de ligeiro agravamento desta eleva-ção da temperatura”, explicou.

O relatório revela também uma diminuição da precipitação, com va-lores abaixo das médias de referência da Organização Meteorológica Mun-dial (OMM).

“Temos primaveras mais curtas em termos de precipitação, assim como invernos, que estamos a alter-nar entre secos e chuvosos”, afirmou Adérito Serrão, acrescentando que esta década teve o inverno mais seco desde que há registo e o terceiro mais

chuvoso dos últimos anos.Estes dados traduzem uma in-

tensificação dos episódios extremos, como aconteceu entre 2004 e 2006, com uma seca bastante prolongada.

As ondas de calor também têm sido várias, uma delas com duração superior a 15 dias, que teve repercus-sões como vítimas mortais e incên-dios florestais.

Foi também nesta década que se bateram recordes: em termos de tem-peraturas máximas, 2003 registou a maior de sempre, com 47,4 graus na Amareleja. Já em 2005 houve a tem-peratura mínima mais acentuada, nas Penhas Douradas, e em 2001 ocorre-ram fenómenos de precipitação ele-vada.

O aumento de calor em Portugal verifica-se pelo aumento do número de noites tropicais, com temperaturas mínimas superiores a 20 graus, e pelo aumento do número de dias de verão, com temperaturas máximas superio-res a 25 graus.

“O ano de 2009 foi um dos dez mais quentes, sendo que oito deles verificaram-se desde 1990”, salientou.

Este estudo para Portugal foi fei-to a partir do relatório climatológico mundial da última década.

Ambiente

TEMPERATURA EM PORTUGAL AUMENTA MAIS QUE NO RESTO DO PLANETA

O sismo registado na madru-gada de quinta-feira em todo o território nacionall, com maior intensidade no Sul, não motivou grandes preocupa-ções na população do Grande Porto a avaliar pelo reduzido número de chamadas telefó-nicas recebidas pelas corpora-ções de bombeiros da região.

Numa ronda efectuada pela agência Lusa, os bombeiros Sapa-dores de Gaia contaram ter recebi-do alguns telefonemas de pessoas a solicitar uma explicação para o que sentiram, já os Sapadores do Porto disseram que “não se registou nada da alarmante” e as chamadas telefó-nicas foram “poucas”.

Os bombeiros de Leixões e de Leça/Matosinhos, Maia e Valongo disseram não ter registado qualquer pedido de apoio ou explicação para o sismo.

Também em Gondomar, os bom-beiros não registaram “nada de espe-cial”.

No Centro Distrital de Opera-ções de Socorro (CDOS) do Porto, o telefonista de serviço contou ter “sentido a cadeira a tremer” mas afirmou que não houve qualquer pedido especial relacionado com o acontecimento.

A maioria dos habitantes do Grande Porto parece não se ter apercebido do fenómeno e os que admitiram ter sentido o sismo es-tavam acordados.

Com magnitude 6.0 na escala de Richter, o epicentro do sismo localizou-se a cerca de 100 quiló-metros a Oeste-Sudoeste do Cabo S.Vicente.

EM FAFE FOI MAIS INTENSO

Se no Porto o abalo passou quase despercebido, o mesmo já não se pode dizer na zona de Gui-marães/Fafe. Em Arões, a meio caminho entre as duas cidades minhotas, houve muita gente que acordou alarmada pelo sismo que terá tido ali maior amplitude.

No entanto tudo não passou de um susto, não havendo estragos a registar.

Sismo

ABALO SENTIDO NO PORTO NÃO MOTIVOU PREOCUPAÇÃO

CD 15 18 de Dezembro 2009

Passatempo

Cruzadas

Sudoku

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VERTICAIS HORIZONTAIS

Cruz

adas

Sudo

kuLendasOs TripeirosNo ano de 1415, construíam-se nas margens do Douro as naus e os barcos que haveriam de levar os portugueses, nesse ano, à conquista de Ceuta e, mais tarde, à epopeia dos Descobrimentos. A razão deste empreendimento era secreta e nos estaleiros os boatos eram muitos e variados: uns diziam que as embarcações eram destinadas a transpor-tar a Infanta D. Helena a Inglaterra, onde se casaria; outros diziam que era para levar El-Rei D. João I a Jerusalém para visitar o Santo Sepulcro. Mas havia ainda quem afi rmasse a pés juntos que a armada se destina-

va a conduzir os Infantes D. Pedro e D. Henrique a Nápo-les para ali se casarem...Foi então que o Infante D. Henrique apareceu inespe-radamente no Porto para ver o andamento dos tra-balhos e, embora satisfeito com o esforço despendido, achou que se poderia fazer ainda mais. E o Infante confi denciou ao mestre Vaz, o fi el encarregado da construção, as verdadeiras e secretas razões que estavam na sua origem: a conquista

de Ceuta. Pediu ao mestre e aos seus homens mais empenho e sacrifí-cios, ao que mestre Vaz lhe assegurou que fariam para o infante o mes-mo que tinham feito cerca de trinta anos atrás aquando da guerra com Castela: dariam toda a carne da cidade e comeriam apenas as tripas. Este sacrifício tinha-lhes valido mesmo a alcunha de “tripeiros”. Comovi-do, o infante D. Henrique disse-lhe então que esse nome de “tripeiros” era uma verdadeira honra para o povo do Porto. A História de Portugal registou mais este sacrifício invulgar dos heróicos “tripeiros” que contri-buiu para que a grande frota do Infante D. Henrique, com sete galés e vinte naus, partisse a caminho da conquista de Ceuta.

Mais vale rirUm bêbado estava a descer uma ravina levando nas mãos, fortemente agarrada, uma garrafa de bagaço. De repente estatelou-se, rebolando por ali abaixo. Quando se levantou, apalpou-se e sentiu-se molhado… – Deus queira que seja sangue – exclamou, procurando a “bendita” garrafa.

Dois bêbados entraram num eléctrico, no Porto, e confundiram o revi-sor com um ofi cial da marinha. Foram apresentar os bilhetes e o ofi cial esclareceu-os: – estão enganados, eu não sou o revisor –. Os homens insistiram e ele repete: - não sou revisor, já disse –. Um dos bêbados pergunta: - Não é o revisor? Então quem é? – Sou ofi cial da Marinha, respondeEntão eles viram-se um para o outro e exclamam: … arre, como é que viemos ter a um barco?

Há uns anos o Jardel foi ao médico do Porto reclamando de uma dor generalizada! O médico pediu que explicasse – Olhe doutor, o meu corpo todo dói. Onde eu ponho o dedo dói. Se boto o dedo na cabeça, dói. Se boto o dedo na perna, dói. Se ponho o dedo na barriga, dói. O senhor sabe o que eu tenho? Será que vou morrer, doutor? - Deixa lá ver a tua mão -, pediu o médico, curioso. E lançou-lhe logo a seguir: Mas que coisa Jardel, o que tu tens é o dedo partido!

2. Que não sabe governar-se9. Que nasceu depois da morte do pai10. Que se parcelou11. Que se lavrou15. Que se enxerga com difi culdade17. Que se justifi cou18. Que não se mexe19. Que não é transparente

1. Que origina o frio3. Que não tem ordem4. Que se enganou5. Que se faz reciprocamente entre duas ou mais pessoas6. Que remunera7. Que pertence ou se refere à arte de navegar8. Que revela imaginação viva9. Que se estende muito para baixo ou abaixo da superfície12. Que pertence ou se refere ao metro ou à metrifi cação13. Que provém do cruzamento de espécies, raças ou varie-

dades diferentes14. Que se ferrou16. Que se isolou

18 de Dezembro 2009CD16

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