correio do douro #33

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DOURO QUINZENAL REGIONALISTA director|OSCAR QUEIRÓS ano|61 número|33 Sábado, 12 de novembro de 2011 preço|0,251 CORREIO do nova série subdirector|JOSÉ LUIS PINTO www.correiododouro.pt Págs.4 e 5 PUB. MANIFESTAÇÃO MARCADA PARA DIA 30 Pàg. 12 Douro - Viticultores vão lutar PRESIDENTE SUGERE CONSELHO DE CIDADÃOS COM PAPEL ACTIVO NA VIDA DA AUTARQUIA Matosinhos Pàg. 6 S. PEDRO DA COVA “LUTARÁ ATÉ AO FIM” PARA NÃO SER EXTINTA Gondomar Pàg. 6 CÂMARA DÁ UM MILHÃO AO ASSOCIATIVISMO Gondomar Pàg. 7 O presidente da Junta de Freguesia de Alfena, ROGÉRIO PALHAU, eleito pela lista independente Unidos por Alfena, com o apoio do PSD, acusa o município de estar a mover uma “guerra política” ao seu executivo, com vista a “esvaziá-lo daquilo que é a sua imagem de marca: a acção social”. Reforma do Poder local já faz faísca Penafiel MUNICÍPIO ATRIBUI CABAZES DE NATAL Pàg. 10 JUNTA DE ALFENA ACUSA CÂMARA Miolo Guias do Contratos 5 Edição - 01-304 Polémica em Valongo

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Jornal Quinzenal Regionalista

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Page 1: Correio do Douro #33

DOURO

Q U I N Z E N A L R E G I O N A L I S T Adirector|OSCAR QUEIRÓS ano|61 número|33 Sábado, 12 de novembro de 2011 preço|0,251

CORREIOdonova sériesubdirector|JOSÉ LUIS PINTO

www.correiododouro.pt

Págs.4 e 5

PUB.

MANIFESTAÇÃO MARCADA

PARA DIA 30 Pàg. 12

Douro - Viticultores vão lutar

PRESIDENTE SUGERE CONSELHO DE CIDADÃOS COM PAPEL ACTIVO NA VIDA DA AUTARQUIA

Matosinhos

Pàg. 6

S. PEDRO DA COVA “LUTARÁ ATÉ AO FIM” PARA NÃO SER EXTINTA

Gondomar

Pàg. 6

CÂMARA DÁ UM MILHÃO AO ASSOCIATIVISMO

Gondomar

Pàg. 7

O presidente da Junta de Freguesia de Alfena, ROGÉRIO PALHAU, eleito pela lista independente Unidos por Alfena, com o apoio do PSD, acusa o município de estar a mover uma “guerra política” ao seu executivo, com vista a “esvaziá-lo daquilo que é a sua imagem de marca: a acção social”.

Reforma do Poder local já faz faísca

Penafi el

MUNICÍPIO ATRIBUI

CABAZES DE NATAL

Pàg. 10

O presidente da Junta de Freguesia de Alfena, eleito pela lista independente

Unidos por Alfena, com o apoio do PSD, acusa o município de estar a mover uma

ao seu executivo, com vista a“esvaziá-lo daquilo que é a sua imagem de

DOURODOUROQ U I N ZZ E N A L R E G I O N A L I S T ASábado, 12 de novembro de 2011 preço|0,251

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JUNTA DE ALFENA ACUSA CÂMARA

Miolo Guias do Contratos 5 Edição - 01-304

Polémica

em Valongo

Page 2: Correio do Douro #33

12 de novembro 2011CD2

Há uns anos atrás, no concelho de Valongo e em todo o País houve um “boom” na construção civil que gerou um excesso de oferta, estando hoje - segundo as estatísticas - por ocupar no Concelho cerca de 4000 fogos.

Esta euforia na construção de novas habitações criou problemas diversos, nomeadamente ao nível urbanístico e ambiental, que a Câmara Municipal é, hoje, solicitada a corrigir.

Aí estão os autênticos “monstros” que a crise no mer-cado veio a gerar em resultado das dificuldades financei-ras que atingiram os construtores e promotores imobiliá-rios e que deixaram, ao longo do nosso concelho, prédios inacabados pois, entretanto, se alteraram as condições de financiamento.

A Banca - com taxas de crédito à habitação atractivas - os construtores e promotores imobiliários, não estão isentos desta situação pois acreditaram que a procura no mercado imobiliário em Portugal e no Concelho se iria manter, res-pondendo de uma forma positiva à oferta.

Pensaram que famílias que residiam no Porto e em ou-tros concelhos seriam seduzidas pelos preços a praticar e, num desejo legítimo de ter casa própria abandonariam es-ses locais, deslocando-se para a periferia do Grande Porto.

Boa localização do Concelho, excelentes acessibilidades e bons transportes eram um convite a essa opção.

Houve, efectivamente, alguma mobilidade geográfica de jovens casais mas, um excesso de oferta e dificuldades no acesso ao crédito bancário que entretanto ocorreu (cri-se financeira), deitou por terra as expectativas daqueles que seriam potenciais compradores de novas habitações.

É certo que a Câmara de Valongo também foi permis-siva já que licenciou projectos na expectativa de encher a tesouraria camarária. O que era preciso era construir e Va-longo, hoje, mais parece uma “cidade fantasma” com pré-dios e mais prédios parcialmente construídos, em Erme-

sinde, em Campo e em Valongo. Tal mantém-se anos e anos sem que se vislumbre uma alteração ao rumo que vem sendo seguido.

Não podemos deixar de sinalizar uma situação que desqualifica a imagem do Concelho e retira-lhe competitividade quando comparado com outros que tiveram um planeamento correcto do uso dos solos e foram mais rigorosos a aprovar os planos ou mesmo a licenciar.

Sabemos que muitos dos investidores abandonaram as construções fundamentalmente por se terem altera-do as condições de financiamento junto da Banca que, hoje, é mesmo e ao que sabemos, proprietária de gran-de parte dos prédios inacabados que degradam a pai-sagem do Concelho de Valongo. É verdade!

Mas também sabemos que poderão estar a ser cria-dos problemas sociais e de segurança (guetos) que im-porta considerar.

Vivemos um tempo de grandes dificuldades, sendo o desemprego, que atingiu muitas famílias, a causa do incumprimento das suas obrigações junto da mesma banca que viu, de repente, aumentada a sua carteira de habitações.

Ora, importa que a Autarquia olhe com atenção para este problema e defina uma estratégia de intervenção em parceria com os parceiros, banca incluída, e con-temple a reabilitação de alguns dos prédios ou mesmo a demolição de outros.

Com vontade e imaginação, a experiência vivida em outros concelhos, o mercado social de arrendamento e o Plano de Emergência Social que o Governo anun-ciou, é possível corrigir algumas destas situações.

Mas será que as depauperadas finanças da Câmara suportam uma intervenção deste tipo? Sobre isso mui-to há a dizer…

ESPAÇOdEOPiniãO

A Crise no imobiliário e os “monstros” em Valongo

Por;Afonso Lobão

*Vereador do Partido Socia-lista na Câmara Municipal de Valongo

ficha técnica

CORREIO DO DOURO – QUINZENÁRIOwww.correiododouro.pt

Propriedade Condor Publicações, Lda.| Contr. 508923190 |

Sede e Redacção Rua Dr. João Alves Vale, 78 – Est. D – 4440-644 VALONGO | Tel. 224210151 – Fax 224210310

Director | Oscar Queirós Subdirector | José Luís Pinto Chefe de Redacção | João RodriguesRedacção e Colaboradores | Victorino de Queirós - J. Ro-cha - J. Silva - E. Queirós -Nuno Victorino - Marquês do Vale.Fotografia - Editor | Miguel Pereira - João Rodrigues FilhoDirector comercial | Rui Simões

Correio Electrónico: • [email protected][email protected][email protected][email protected][email protected] Nº. Registo ERC 125216 Tiragem desta edição 5000 ex.

“Os Lavradores do Douro a Caminho da Fome”

Direito de resposta da CAPSenhor Director

Na sequência da publicação do artigo “Os Lavradores do Douro a Caminho da Fome”, publi-cado no Jornal “Correio do Douro” de 10 de Setembro de 2011 contendo informações que não correspondem à verdade, vem a CAP solicitar a publicação do seguinte esclarecimento ao abrigo do Direito de Resposta previsto na Lei de Imprensa:

1. A CAP manifestou publicamente o seu apoio aos motivos que opuseram os viticultores do Douro as posições assumidas pelo IVDP e apresentou propostas para o futuro da pro-dução de vinho do Porto mas ao contrário do que é referido no artigo do Correio do Douro nunca convocou qualquer manifestação para este efeito.

2. A manifestação publicamente promovida por viticultores independentes em paralelo com a manifestação convocada pela AVIDOURO, nada tem a ver com a CAP.

3. A CAP não faz tentativas de demonstração de força, conforme é referido no artigo. Quan-do pretende promover manifestações públicas, a CAP faz efectivas e grandes demonstra-ções da força dos agricultores e não meras tentativas, tal como a sua história tem vindo a comprovar.Desta forma, desde já agradecemos a publicação desta informação no sentido de repor a verdade dos factos.

João Cyrillo Machado

(Presidente da CONFEDERACAO DOS AGRICUL TORES DE PORTUGAL)

Page 3: Correio do Douro #33

CD 312 de novembro 2011

RegionalOpiniãO

Senhor directorEscrevo para chamar a atenção do que se passa no cemitério de Campo onde está colocado um negócio que creio ser ilegal. Trata-se de uma loja de ve-las que está a ser explorado por uma ex-funcionária, em tempos responsável pelo ce-mitério mas aposentada em Maio de 2011. Ora acontece que depois de reformada continua com acesso a essas instalações e a usar as mes-mas para manter um negó-cio de venda de velas.Este negócio, que é do conhecimento do executi-vo, pode ser comprovado a qualquer dia e hora da

O recente “caso” à volta de terrenos de Alfena a serem desafectados da Reserva Ecológica Nacional (REN) para

poderem receber um investimento que criará centenas de postos de trabalho, é a prova provada de que alguma

oposição à Câmara de Valongo se está marimbando para os interesses do concelho. Pior que isso: parece apostada

em demolir qualquer hipótese de Valongo utilizar as suas potencialidades para atenuar ou até fugir desta crise que a todos asfixia. Vão responder, os corajosos, que “não se-nhor”, que os que lhes interessa é que se saiba que houve

um tipo qualquer que ganhou milhões ao comprar os terrenos por tuta e meia para logo a seguir os vender ao fundo do Santander por uma fortuna “colossal”. Obvia-mente que não é tão colossal como isso (terá ficado por

um terço do avançado), mas que fosse. Desde que tenham sido pagos os impostos devidos, que nenhum dos anterio-

res proprietários tenha sido forçado a vender, que pode-mos nós apontar ao negócio?

Por outro lado, se tinham conhecimento de irregulari-dades, quiçá do foro criminal como alguma dessa gente lançou, deveriam, logo que tiveram conhecimento dos alegados factos irregulares, ter accionado o Ministério

Público. Não o fizeram em 2009, quando alguns começaram a

enlamear o processo, dando origem a boatos em Alfena que poderiam ter abalado a reputação de gente honesta.

Apontavam-se nomes que, segundo esses boateiros, utili-zaram alegados “testas de ferro” mas que seriam os verda-deiros compradores dos terrenos vendidos pela tal “fortu-

na colossal” ao fundo bancário ou à Jerónimo Martins. Mas a mentira tem a perna curta pelo que o golpe falhou.

Terão então decidido esperar até que o investimento, que tanta falta faz a Valongo e às suas gentes, estivesse em fase adiantada de ser concretizado para trazer de novo o assunto à praça pública, emprestando-lhe o estigma de um imenso roubo. Ora, nenhum dos que estiveram por detrás desta autênti-ca manobra de lesa-Valongo, desconhece que quando há demasiada polémica à volta de um possível empreendi-mento, se for a tempo – e é o caso – o investidor prefere abandonar e procurar portos com águas mais calmas. E não faltam no Norte concelhos onde serão recebidos de braços abertos, quer pela população, quer pelo poder local, quer ainda pelas oposições. Porque é demasiado importante o que têm para oferecer. Dirão, os responsáveis por esta machadada (que espe-rámos não tenha sido fatal) nos superiores interesses da nossa terra, que o fizeram de boa-fé, com a intenção de denunciar uma “gravíssima ilicitude”, que seria mesmo “um caso de polícia” (sic). Mentira, no que concerne essa “boa-fé”. Quando alguém se depara com um crime, a pri-meira coisa que faz é accionar qualquer órgão de polícia criminal, ou o MP. Os jornais aparecem a seguir, muitas das vezes apenas chamados caso os mecanismos legais não funcionem. Neste caso fizeram o contrário: chama-ram os jornais! O resto depois vê-se.Quando assim acontece, dificilmente convencem da sua boa-fé.Veja-se o caso da Maddie. A menina desapareceu e os pais o que fizeram? Chamaram a Sky News. A polícia muito depois.As razões para tal depressa se tornaram claras.

Coragem de estragarPor;Óscar Queirós

cOrreiO dO leitOr

“NegóCio” No Cemitério de Camposemana, sendo o acto con-denável e bastante critica-do por todos aqueles que como eu, para manterem um negócio têm de pagar rendas, electricidade, água e os respectivos impostos.Para além do mais, sendo as instalações da freguesia e caso a Junta esteja interessa-da em manter aquele negó-cio lá dentro, não deveria haver um concurso público? Ganhava quem desse mais, não é assim? E a Junta, que não deve nadar em dinhei-ro, sempre ia buscar algum. Por isso o meu alerta e a minha incompreensão pe-rante esta estranha situação.

(leitor identificado)

Page 4: Correio do Douro #33

12 de novembro 2011CD

Alfena

4

Em declarações ao COR-REIO DO DOURO, Rogério Palhau afirma que as recentes iniciativas camarárias, de âm-bito social e no que concerne Alfena, são “a prova provada disso mesmo”. E explica: “Al-fena foi a primeira junta de freguesia do concelho, a pôr em prática um projecto so-cial, bastante amplo, de que destaco um centro de ATL, uma escola sénior, frequenta-da por 80 idosos, e não mais por falta de espaço, onde, en-tre outras actividades, se mi-nistra ginástica, artes e infor-mática, para além do apoio domiciliário, que inclui cui-dados e alimentação para os menos favorecidos. Ora a nossa actuação nesta área é conhecida em todo o conce-lho, e toda a gente sabe que a nossa resposta social é su-ficiente para as necessidades da nossa gente. E tem uma vantagem, agora mais que nunca assinalável: não cus-ta um tostão ao município. A Junta e a AVA [Associação Viver Alfena] – uma IPSS en-tretanto criada porque como IPSS tem condições para re-correr a alguns tipos de apoio Estatal que a Freguesia en-quanto tal não tem, para além do aproveitamento da força tremenda do voluntariado na área social -, têm mecenas que permitem prosseguir e aumentar, até, os apoios se for caso disso. Ora, a Câmara Municipal, sem nos dar ‘cava-co’, vem agora anunciar que no próximo dia 15 vai abrir aqui uma denominada Aca-demia Sénior, exactamente para cobrir aquilo que há muito fazemos com a nossa Escola Sénior”. E continua o presidente da Junta: “Ora isto é mesmo para nos esvaziar nos serviços que prestamos à comunidade mais idosa, e o objectivo está bom de ver: ti-rar sentido ao trabalho social realizado pelos ‘Unidos por Alfena’ e à AVA”. Mas Rogério Palhau vai mais longe ao acres-centar que “o pior é que não se compreende que uma câ-mara tão endividada, às vezes à rasca para pagar os salários aos funcionários, vá gastar o que não tem duplicando um serviço que aqui já existe e que se recomenda”. Para além disso, segundo o autarca, “a Junta é parceira, com a Câ-mara e outros organismos de

Polémica em Valongo

Junta de alfena acusa câmara de lhe esvaziar competências na área socialO presidente da Junta de Freguesia de Alfena, Rogério Palhau, eleito pela lista independente Unidos por Alfena, com o apoio do PSD, acusa o município de estar a mover uma “guerra política” ao seu executivo, com vista a “esvaziá-lo daquilo que é a sua imagem de marca: a acção social”.

apoio social, no atendimento integrado. Ora, onde está o atendimento integrado na criação de respostas que já existem nos parceiros e o que precisam é condições de am-pliação para exponenciar o atendimento?”, questiona.

“Acrescento, ainda”, con-tinua, “que toda esta movi-mentação somada ao facto de há mais de quatro meses estarmos à espera de respos-ta, do Sr. Vice-presidente, relativamente ao pedido que fizemos de cedência de ges-tão dos espaços públicos na Freguesia, nomeadamente a Casa da Juventude e Centro Cultural, porque temos con-dições de aproveitar melhor esses espaços, que na Fregue-sia são escassos, só pode que-rer significar que se trata de uma acção concertada para esvaziar a Junta e os Unidos por Alfena. Porém, o que ver-dadeiramente me preocupa é que quem sofre são os Alfe-nenses e isso não deixaremos que aconteça; definitivamen-te, o que deve presidir ao nos-so espírito é fazer o melhor pelos nossos co-cidadãos mais desfavorecidos utilizan-do os poucos recursos que existem. Por isso não enten-demos esta atitude a não ser pura má-fé, brincando com o dinheiro de todos”.

Para dar mais substância a acusação que faz à Câma-ra e “mais concretamente à Vereadora Trindade Vale”, Rogério Palhau aponta o caso do pré-escolar que funcio-nava na escola de Cabeda. Segundo o autarca, “no lan-çamento deste ano lectivo o agrupamento de Escolas de Alfena anunciou a desacti-vação desse estabelecimento, argumentando não ter con-dições para receber os alu-nos e tendo conseguido, por reformulação dos serviços, enquadrado a Pré no espaço da primária. Nesse mesmo dia, verbalmente, solicitei à Srª Vereadora a disponibi-lização do espaço e, logo no dia seguinte, mandámos um ofício a solicitar o edifício para alargar os serviços so-ciais que prestámos, assegu-rando que a Junta assumiria todas as despesas com obras e manutenção. Não nos res-ponderam durante o tempo necessário que a Srª Vere-adora entendeu para que

mandasse técnicos elaborar um serviço qualquer, que é o que já temos – e propor-lhe, a ela mesma, a utilização desse espaço. Agora anunciam que vão abrir ali a tal Academia Sénior. É desnecessária, é para duplicar serviços e sa-lários, facto tanto mais estra-nho quando se sabe que a Câ-mara não tem dinheiro para mandar cantar um cego”. Por último o autarca lamenta também o facto de a Câmara “andar a fazer publicidade” da tal academia, referindo que as inscrições poderão ser feitas, entre outros locais, na Junta de Freguesia de Alfena. “E isto sem que a Junta saiba rigorosamente nada sobre o assunto. Efectivamente, pa-rece que a politiquice dos in-teresses continua a provocar desperdícios dos recursos que sabemos serem escassos. Que nos deixem utilizar o edifício desactivado e verão que a Junta saberá tirar dele bom resultado melhorando o serviço que já presta à popu-lação”, salienta.

“Não é a primeira vez”

Estes propósitos do presi-dente da Junta de Alfena são corroborados pela sua colega de executivo, Manuela Duarte, a responsável pelo Gabinete da Acção Social da Junta e tam-bém presidente da AVA. Para ela só existe uma explicação para o que está a acontecer: “é um jogo político e nós, ga-binete da Acção Social fomos metidos no meio. Pena é que isto só prejudique os muníci-pes e aprofunde ainda mais a dívida da câmara”. Instada a concretizar, deu o exemplo da informática: “Temos esse ser-viço à disposição da comu-nidade, designadamente os idosos, há muito tempo. Sem qualquer custo para a edili-dade. No entanto já puseram a funcionar aqui um serviço idêntico que acabou por nos tirar alguns frequentadores. Isto porque, enquanto nós te-mos computadores de mesa, comuns, oferecidos por me-cenas, a Câmara abriu um serviço igual mas com com-putadores portáteis, o que se tornou um chamariz. Mas o nosso, repito, não obrigou a nenhum investimento en-quanto o deles sim. E não deve ter sido pouco”.

Page 5: Correio do Douro #33

CD 512 de novembro 2011

Alfena

ServiçoS/ reSpoStaS SociaiS exiSteNteS

Actividades/ acções População-alvo Objectivo principal Nº de utentes/ famílias

Atendimento social diário

População residente em Alfena

Contribuir para a melhoria das condições de vida da população, promovendo o bem-estar pessoal e social de cada indivíduo/família, em particular dos mais desfavorecidos.

Mensalmente uma média de 75

atendimentos

Atendimento Integrado

Indivíduos/ famílias em situação de carência sócio- económica

Contribuir para a melhoria das condições de vida da população, efectuando um trabalho articulado e de parceria com diversas entidades, que permite a mobilização de recursos de vária ordem.

18 indivíduos/Famílias por semana

Acompanhamento de famílias beneficiárias de RSI

Indivíduos/famílias beneficiárias de RSI

Contribuir para a melhoria das condições de vida da população, para que assumam um papel mais activo na vida económica e social, construam o seu desenvolvimento pessoal e pratiquem uma cidadania activa, articulando com diferentes serviços, tais como: GIP, CNO, Escola, Centro de Saúde, C. M. Valongo, I. Segurança Social, entre outros.

60 processos168 pessoas

PCAAC

Indivíduos/ Famílias em situação de carência sócio- económica

Suprir carências básicas ao nível da alimentação. 318 indivíduos102 famílias

Apoio em géneros de primeira necessidade

Indivíduos/ Famílias em situação de carência sócio- económica

Suprir carências graves ao nível da alimentação, em situações pontuais.

Mensalmente uma média de 37 indivíduos/

famílias

Atribuição de cabazes de Natal

Famílias encaminhadas pelas técnicas de acompanhamento, não beneficiárias do PCAAC

Proporcionar às famílias carenciadas, um Natal mais risonho. Atribuição de 50 cabazes

Loja Social

Indivíduos/ Famílias em situação de carência sócio- económica

Proporcionar às famílias carenciadas mobiliário, electrodomésticos e outros artigos para o lar, vestuário, calçado, artigos de puericultura, brinquedos entre outros.

Mensalmente uma média de 50 indivíduos/ famílias

Escola SéniorPensionistas e/ou pessoas com mais de 60 anos

Combater o isolamento social e a solidão dos idosos, através da promoção da melhoria da qualidade de vida (bem-estar físico, psíquico e social), promovendo o envelhecimento activo.

78 Inscrições activas

Actividades de Tempos Livres

Crianças entre os 6 e os 10 anos

Assegurar o cuidado das crianças do 1º ciclo do Ensino Básico, de 2º a 6ºfeira, entre as 7.30h e as 9.00h da manhã e as 17.30h e as 19.30h da tarde, através do desenvolvimento de actividades lúdico - pedagógicas.

16 crianças

PUB

A AVA é uma IPSS que prossegue fins de solidariedade e de apoio à integração social e comunitária. O princípio básico da AVA é contribuir para que as pessoas assumam um papel mais activo na vida económica e social, construam o seu desenvolvimento pes-soal e pratiquem uma cidadania activa. Nesta lógica, a AVA tem

vindo a promover medidas de âmbito social, direccionadas para as populações mais carenciadas, bem como respostas sociais inova-doras e sustentáveis, de significativa intervenção e reconhecimen-to inequívoco, dada a importância da sua acção no que respeita à melhora da qualidade de vida e bem-estar dos Alfenenses.

o que é a ava

FuturoS ServiçoS /reSpoStaS SociaiS

Actividades/ acções População - alvo Objectivo principal

Centro de Dia Pensionistas e/ou pessoas com mais de 65 anos;

Combater o isolamento social dos idosos e promover a melhoria da qualidade de vida e bem-estar físico, psíquico e social, fomentando o envelhecimento activo.

Creche Crianças até aos 3 anos de idade

Contribuir para a promoção do bem-estar das crianças, proporcionando uma educação harmoniosa, através da prática de actividades lúdico- pedagógicas adequadas a cada uma das suas etapas de desenvolvimento.

Apoio Domiciliário Idosos e/ou dependentes

Prestar cuidados individualizados e personalizados no domicílio aos indivíduos e famílias que, por motivo de doença, deficiência ou incapacidade, não possam satisfazer, temporária ou permanentemente, as suas necessidades básicas e/ou actividades da vida diária.

ATL (alargar serviço) Crianças entre o 1º e o 3º ciclo do ensino básico

Assegurar o cuidado das crianças do 1º ciclo do Ensino Básico, de 2º a 6ºfeira, entre as 7.30h e as 9.00h da manhã e as 17.30h e as 19.30h da tarde, através do desenvolvimento de actividades lúdico - pedagógicas.

parceriaSA promoção e desenvolvimento de todo o tra-balho, de âmbito social, que tem sido levado a cabo pela AVA, tem contado com a colaboração de diferentes entidades internas e externas à freguesia, favorecendo o crescimento dos pro-jectos, bem como a rentabilização de recursos e sinergias. Das parcerias estabelecidas salienta-se as se-guintes entidades:- Instituto da Segurança Social- Instituto de Emprego e Formação Profissional- Câmara Municipal de Valongo- Junta de Freguesia de Alfena

- Centro de Novas Oportunidades da Escola Se-cundária de Alfena- Agrupamento Vertical de Escolas - Unidade de Saúde Familiar- Atlético Clube Alfenense- Intermarché - Escola Superior de Educação do Porto- Clube Motard de Alfena - Outros particularesO estabelecimento de parcerias é uma constru-ção contínua, pelo que vai aumentando à medi-da que se vai cimentando e alargando a inter-venção.

Page 6: Correio do Douro #33

13 de novembro 2011CD

Área Metropolitano do Porto

6

•••Gaia

Luís Filipe Menezes afirmou que a autarquia a que preside poderá comprar as instalações que o Clube Fluvial Portuense possuiu no lado de Gaia, em caso de liquidação do histórico clube (fundado em No-vembro de1876).

Diz Menezes que se essas ins-talações forem a leilão, “a Câmara exercerá o seu direito de preferên-cia para salvar um edifício que tem história”, mas também “para manter o Fluvial vivo”, explicou o autarca.

O Clube Fluvial Portuense, que tem dois espaços – um de cada lado

do rio, enfrenta um processo de insolvência movido por dívidas de 1,85 milhões de euros a diversos credores, nomeadamente à Câmara Municipal do Porto, às Finanças e à Segurança Social.

O edil de Gaia afirmou que malgrado a crise que o país enfren-ta, não se pode “deixar destruir símbolos identitários absoluta-mente insubstituíveis”, e adiantou que o espaço em causa está classifi-cado no PDM como equipamento desportivo, facto que afasta o in-teresse de potenciais investidores privados.

Clube histórico em vias de desaparecer

Câmara de Gaia pode Comprar instalações do Fluvial

O presidente da Câmara de Ma-tosinhos sugeriu a criação de con-selhos de cidadãos escolhidos ale-atoriamente dentro dos cadernos eleitorais para que participem na vida das autarquias. Esta sugestão foi feita no âmbito da reforma adminis-trativa do poder local de que tanto se tem falado ultimamente.

Guilherme Pinto, que é também o presidente do Fórum Europeu para a Segurança Urbana, falou em abrir “lugar à participação dos ci-dadãos, de forma aleatória”, ou seja, cidadãos escolhidos ao acaso, dentro dos cadernos eleitorais, para participarem na vida das autarquias.

O autarca diz acreditar ser pos-sível concretizar esta participação através de “conselhos de vizinhos” ou outro tipo de comunidades de cidadania, que permitissem que as

pessoas passem a ter “uma outra atitude perante a comunidade”.

“A grande resposta que temos que encontrar actualmente é como poderemos trazer os cidadãos para a actividade de cidadania”, afirmou, adiantando que “ já que é para re-formar sejamos inteligentes, seja-mos criativos”. Por outro lado, Gui-lherme Pinto considerou que a não ser alterada, a reforma do Poder Lo-cal proposta pelo governo de Passos Coelho, é uma “pífia sem jeito”.

Falando sobre a sua visão sobre o assunto, o edil mostrou-se convic-to que qualquer cidadão, afastado da actividade política, por desinte-resse, desmotivação ou ouro motivo do género, se fosse convidado a par-ticipar de forma activa na vida da sua terra, acabaria por se envolver, passando, pelo menos, a ter curio-sidade pelos temas em causa para a vida local.

•••Matosinhos

presidente suGere Conselhode Cidadãos Com papel aCtivo na vida da autarquia

José Miguel Alves, um construtor civil de Vila Nova de Gaia, está revoltado com a demora da Justiça em Portugal. Em causa está um processo administrativo que opõe este construtor ao Município de Vila Nova de Gaia. O processo teve a sua origem num contrato, rela-cionado com a VL9 – avenida que liga a Estrada Nacional 222 à Ponte do Infante – celebrado entre as partes no ano de 2002.

Em Janeiro de 2011, o Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF), sito na Rua Duque Terceira, condenou o município a pagar ao constru-tor a quantia de 9 milhões de euros, acrescidos de juros. O Municí-pio apresentou recurso para o tribunal central administrativo, sito a escassos metros dali, na Rua Santo Ildefonso, e decorridos 10 meses desde a data da decisão do TAF, o processo ainda não percorreu a dis-tância que separa os dois tribunais: 100 metros.

E não é por falta de contactos pois ao que apurámos magistrados e funcionários dos dois tribunais costumam estacionar os carros ale-atoriamente nos parques de um e outro tribunal, dada a proximidade dos mesmos. Entretanto, o construtor continua à espera que o proces-so chegue às mãos dos juízes do tribunal central administrativo, para ser definitivamente decidido.

Gaia

proCesso demora 10 meses a perCorrer 100 metros

A Assembleia de Freguesia de S. Pedro da Cova, em Gondomar, aprovou na última sexta-feira, por unanimidade, uma moção em que manifesta a sua “total discordância” face à “aplicabilidade” da reforma do poder local ao seu caso.

S. Pedro da Cova, uma das 12 fre-guesias do concelho de Gondomar, está contra a sua “extinção, aglo-meração ou agregação” enquanto freguesia, argumentando com a sua história de quase nove séculos e a existência de “um sentimento geral de pertença” que forjou, ao longo dos anos, “uma identidade própria”.

“Em S. Pedro da Cova, nin-guém diz que é de Gondomar”, afir-mou o jovem presidente da Junta de Freguesia, Daniel Vieira, eleito sob as cores da CDU

“Tenho muito orgulho em três coisas: ser do Partido Comunis-

ta, de S. Pedro da Cova e de tocar bombardino na Banda local”, sa-lientou, para reforçar a sua forte li-gação àquela freguesia, algo que diz ser generalizado entre a população local.

O Documento Verde da Refor-ma da Administração Local, guia do Governo para a reforma, é uma consequência do memorando de en-tendimento assinado com a “troika” e a sua aplicação pode levar a uma redução de 1.800 freguesias, num universo de 4.259.

O número é do secretário de Es-tado da Administração Local, Paulo Júlio, embora apenas como “exercí-cio académico”.

Em Gondomar, S. Pedro da Cova é umas das 12 freguesias “a agregar” de acordo com os critérios estipula-dos naquele documento, juntamente com as de Covelo, Lomba, Medas e

Valbom.A moção aprovada pela Assem-

bleia de Freguesia local, numa sessão que teve lugar no Museu Mineiro e juntou cerca de 150 pessoas, refere que “um metro e um habitante po-dem ser decisivos para a manuten-ção ou extinção” de uma freguesia.

No caso de S. Pedro da Cova, “bastava que a sede oficial se deslo-casse, por exemplo, um pouco mais para norte para que esta freguesia não fosse extinta”, pois já ficaria a mais de três quilómetros da sede do concelho - distância mínima para continuar a ser freguesia.

“Somos maiores e temos mais população [quase 14.500 habitan-tes] do que muitos concelhos deste país”, alegou Daniel Vieira que con-clui afirmando que a freguesia “não aceita a extinção” e “lutará até ao fim” por essa causa.

s. pedro da Cova “lutará até ao Fim” para não ser extinta

Gondomar – reforma do Poder local já faz faísca

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CD 712 de novembro 2011

Área Metropolitano do Porto

Estão abertas as inscrições, até 5 de Dezembro, no Museu Municipal, para o Concurso de Fotografia “Caminhos de Santiago: O Caminho Português da Costa na Póvoa de Varzim”.

Trata-se de uma iniciativa da Câma-ra Municipal da Póvoa de Varzim e tem como objectivos “fomentar a descober-ta do caminho associado à paisagem e património; incentivar a promoção do território e a cultura própria do con-celho e desenvolver a criatividade no âmbito da fotografia”.

O concurso é aberto a todos, portu-gueses e estrangeiros, amadores e pro-fissionais, sendo que encontram-se au-tomaticamente excluídos de participar os funcionários do Município da Póvoa de Varzim e os elementos do júri.

As fotografias devem enquadrar-se no tema e objectivos propostos e cada participante pode concorrer até a um número máximo de 4 fotografias, entre-gues no formato digital, com tamanho mínimo de 30x20 (300 dpi), preto ou cor. Não serão admitidas a concurso fo-tografias modificadas em programas de edição de imagem.

Só serão admitidos trabalhos actuais e inéditos, que não tenham sido premia-dos noutros concursos. Qualquer plágio será da responsabilidade do participante e motivo de exclusão do concurso.

A inscrição, totalmente gratuita e de-verá ser feita mediante o preenchimento da “Ficha de Inscrição” e da “Declaração de Participação”, disponíveis no portal municipal, a serem enviadas juntamen-

t e

com as fotografias por correio electrónico ou entregues, até ao dia 05 de Dezembro de 2011 para [email protected] ou no Museu Municipal de Etnografia e História da Póvoa de Varzim, Rua do Visconde de Azevedo 4490-589 Póvoa de Varzim. Quem entregar os trabalhos em mão deverá fornecer o CD, num envelope fechado, identificado exteriormente por um pseudónimo e pela referência - Concurso de Fotografia “Caminhos de Santiago: O Caminho Português da Costa na Póvoa de Varzim”. Den-tro do envelope, deve constar a ficha de inscrição devidamente preenchida. Os trabalhos poderão ser entregues em mão das 09h30 às 12h30 e das 14h30 às 17h30, de segunda a sexta, no Museu Municipal.

Foram aprovados, em reunião do Executivo camarário do dia 3 de Novembro, os apoios anuais da Câmara Municipal de Gondomar ao movimento associativo. Havendo uma ligeira redução em relação aos valores de 2010, ainda assim o valor total destes apoios é praticamente de um milhão de euros. Estes apoios, determinados com base em candidaturas prévias, desti-nam-se às associações conce-lhias (para as áreas desportiva, social, cultural e recreativa).O Presidente da Câmara Mu-nicipal de Gondomar, Valen-tim Loureiro, defendeu que “não obstante as dificuldades financeiras que se sentem, assim como todas as restri-ções orçamentais impostas, é fundamental não efectuar ‘cortes’ nos apoios às associa-ções locais” – justificando esta decisão pela “relevância que as colectividades assumem na promoção de actividades

e, em paralelo, com uma forte intervenção social”.

Foram aprovados, por unanimidade, na reunião de Câmara de 3 de Novem-bro, os protocolos referentes ao Progra-ma de Apoio ao Associativismo Cultural, Recreativo, Desportivo e Social. O valor total deste investimento aproxima-se, este ano, dos 900 mil euros. Número ao qual há, ainda, que adicionar os apoios institucionais a organismos de cariz con-celhio, como a Federação das Colectivi-dades e a Federação das Associações de Pais do Concelho de Gondomar.

O total (de 936.662,30 euros) repre-senta, em relação a 2010, uma ligeira redução. As condicionantes económicas nacionais obrigaram, de uma forma ain-da mais premente, a que a Câmara Mu-nicipal de Gondomar fizesse uma análise criteriosa das várias centenas de candi-daturas apresentadas. Assim, e tendo em conta as condicionantes externas (e a área social que, naturalmente, exige uma cada vez maior atenção) a prioridade foi o Programa de Apoio à Acção Social.

Valentim Loureiro, defendeu que “não obstante as dificuldades financei-ras que se sentem, assim como todas as restrições orçamentais impostas, é fundamental não efectuar ‘cortes’ nos apoios às associações locais” – justifi-cando esta decisão pela “relevância que as colectividades assumem na promo-ção de actividades e, em paralelo, com uma forte intervenção social”. Aliás, sa-

lientou Valentim Loureiro, “nesta época de crise será, precisamente, a área so-cial que irá exigir uma atenção muito especial – e, aí, a Câmara de Gondo-mar irá manter todos os apoios, inicia-tivas e projectos”.

O associativismo cultural e recrea-tivo receberá, da Câmara, 251.625 eu-ros. Para a área social foram destinados 156.079,80 euros. E, para a área des-portiva, 486.957,50. No entanto, refira--se, das várias centenas de candidaturas aprovadas, algumas são transversais (abrangendo áreas de intervenção dis-tintas, mas complementares).

Estas verbas destinam-se ao apoio para o desenvolvimento regular de ac-tividades nas diversas instituições con-celhias. Com este programa os clubes, associações e colectividades de Gondo-mar irão apostar na dinamização das já habituais iniciativas, assim como na formação, aquisição de viaturas ou na concretização de obras de beneficiação (ou remodelação) de instalações. Este programa, que data de Março de 1995, é uma forma de regulamentar os apoios concedidos, fazendo-o em função dos projectos e candidaturas apresentados.

De referir, também, que a Câmara Municipal de Gondomar não se restrin-ge aos apoios monetários. Nestes valores não se quantificam situações como as de utilização das estruturas desportivas, disponibilização de recursos humanos, cedência de transportes e, até, o paga-mento de inscrições e seguros de atletas.

Um estudo do Observador Cetelem mostra que o imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal irá influen-ciar significativamente o consumo das famílias nesta altura do ano. 70% dos inquiridos afirma que os cortes no sub-sídio irão influenciar as suas compras de Natal. Na região Centro do país a percentagem de indivíduos que afirma que o imposto extraordinário terá in-fluência nas compras de Natal atinge os 80%. No Sul chega aos 75% e no Norte aos 72%. A região de Lisboa surge no estudo como a menos afectada – apenas 53% considera que este imposto extra-ordinário irá ter impacto nas suas com-pras de Natal.

Este estudo revela ainda que 31% dos consumidores portugueses entre os 18 e os 24 anos não recebe subsídio de Natal e, como tal, são os que menos sentirão o impacto dos cortes – apenas 53% dos inquiridos nesta faixa etária refere que poderá diminuir o seu consu-

mo nesta época festiva. Já as faixas etá-rias entre os 25 e 34 e os 35 e os 44 anos são as que mais mencionam o impacto destas medidas nas compras de Natal (79% e 76%, respectivamente). “Como é do conhecimento geral, o Natal é uma

época de consumo por excelência: as tradições de Natal apelam ao consumo e as campanhas de marketing são bas-tante agressivas. Tudo nos incentiva ao consumo. Actualmente estamos a

viver um período de recessão que, só por si, já leva os portugueses a dimi-nuir o consumo. O corte no subsídio de Natal fará com que a redução no consumo seja ainda maior, como po-demos constatar pelas conclusões des-te estudo”, afirma Conceição Caldeira Silva, responsável pelo Observador Ce-telem em Portugal.

Para além do impacto no consumo, o estudo revela ainda que o corte no subsídio de Natal terá impacto nas pou-panças dos consumidores (37%) e nos gastos a médio-longo prazo (29%). Ape-nas para 11% dos inquiridos os cortes não irão ter qualquer tipo de influência.

Esta análise foi realizada em cola-boração com a Nielsen e aplicada, atra-vés de um inquérito quantitativo, a 500 indivíduos de Portugal Continental, de ambos os sexos, dos 18 aos 65 anos, entre o período de 3 a 4 de Outubro de 2011. O erro máximo é de +4,4 para um intervalo de confiança de 95%.

A semana passada os presidentes das câmaras de Valongo e Vila do Con-de justificaram o aumento de população dos respectivos concelhos nos últimos 10 anos com a junção de vários facto-res, designadamente as acessibilidades e grandes áreas verdes, para os tornar nos mais atractivos da região.

De acordo com os dados prelimina-res dos Censos 2011, na Área Metropo-litana do Porto (AMP) não há nenhum concelho que esteja a crescer mais do que há 10 anos. O Porto manteve uma perda de população, enquanto Valongo, Maia e Vila do Conde foram os que re-gistaram um maior crescimento.

Em 2001, Vila do Conde contava com 74.391 habitantes e, de acordo com os dados dos censos 2011, tem agora 79.390.

Já Valongo, dez anos depois, o con-celho conta com um total de 93.753 resi-dentes, quando tinha 86.005.

A Maia foi o concelho que mais cres-ceu, tendo actualmente 135.049 residen-tes, contra os 120.111 em 2010.

Para João Paulo Baltazar, vice-

-presidente da Câmara de Valongo, o crescimento registado deve-se às “aces-sibilidades do concelho, que tem uma cintura externa, está rodeado de auto--estradas e é atravessado por duas li-nhas de caminhos-de-ferro”, salientan-do a seguir que Valongo está associado a “uma imagem de qualidade de vida”, onde sobressaem os “50 por cento do seu território que é área florestal”, facto que, diz o autarca, “permite uma ambi-ência muito verde”.

Por seu lado, o presidente da Câma-ra de Vila do Conde, Mário Almeida, salientou que apesar de a cidade, sede do concelho, ter crescido, “há freguesias que cresceram muito mais”, referindo o exemplo de Touguinha – mais 40% de população do que em 2010.

Para Mário Almeida, estes dados preliminares dos censos mostram que o concelho a que preside “cresce harmo-niosamente” e que o seu factor atractivo “é o facto de ter tudo: bons equipamentos desportivos e culturais, uma rede de escolas invejável e áreas verdes muito grandes”.

“Caminhos de santiago: o Caminho Português da Costa na Póvoa de varzim” dá mote a ConCurso de FotograFia

O sublanço da A4 entre Águas San-tas e Ermesinde não será portajado. Esta garantia foi dada há dias pelo ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, ao vice-presidente da Câmara Municipal de Valongo, João Paulo Baltazar.

Presente na reunião extraordinária da Junta Metropolitana do Porto, que contou com a participação do governan-te, João Paulo Baltazar questionou di-rectamente Álvaro Santos Pereira acerca da veracidade das notícias que davam como certa a introdução de portagens

no sublanço da A4, entre Águas Santas e Ermesinde. O ministro da Economia foi categórico: Neste momento, a reposição de portagens neste troço é um assunto que não está sequer em cima da mesa.

A eventualidade do Governo deci-dir portajar este sublanço da A4 era algo que o vice-presidente da Câmara Muni-cipal de Valongo havia já considerado como improvável. Agora recebeu, em discurso directo, a resposta peremptória do ministro da Economia de que não haverá portagens na A4, em Ermesinde.

a4 em ermesinde mantém-se sem Portagens

Ministro da Economia garantiu ao vice-presidente da Câmara de Valongo

Câmara dá um milhão ao assoCiativismo

•••gondomar

Inquérito Cetelem analisa tendências e comportamentos de compra no Natal

inquérito revela que o Corte no subsídio de natal terá imPaCto nas ComPras de natal- Lisboa sofre menos

boas aCessibilidades e áreas verdes tornam valongo e vila do Conde atraCtivos

Segundo os Censos de 2011

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13 de novembro 2011CD

Valongo

8

RUA MARIA AUGUSTA VILA REAL, 17-194425-027 ÁGUAS SANTAS - TELEF: 229 715 952

A Junta de Freguesia de Al-fena e as associações locais vão promover um ‘Fim de Semana Associativo e Cultural’, entre os dias 11 e 13 de Novembro.

A autarquia local e as asso-ciações de Alfena juntaram-se para levar a cabo um evento que reúne cultura e associati-vismo, com diversas iniciativas abertas à população.

O programa arrancou às

21h00 de sexta-feira, com a inauguração da exposição de pintura ‘Com / posições’, que fi-cará patente na sala de exposi-ções do Centro Cultural de Al-fena, até dia 25 de Novembro.

Esta cerimónia antecedeu um concerto da Banda de Música do CSPA, no recin-to de Nossa Senhora da Paz. Hoje, sábado, 12 de Novem-br, às 21h00, vai ser lançado o

livro ‘Capas’, no auditório do Centro Cultural de Alfena.

O ‘Fim de Semana Asso-ciativo e Cultural’ termina amanhã, domingo, com jogos tradicionais e um magusto, promovido pelas colectivi-dades da freguesia. Este con-vívio decorre sob o viaduto da A41. A Junta de Freguesia convidou toda a população para o evento.

•••Alfena

FIM DE SEMANA ASSOCIATIVO E CULTURAL

•••Sobrado

IDOSOS EM SEgURANçAO Centro Social e Paroquial Santo André de Sobrado convidou os sobra-denses com idade igual ou superior a 60 anos – mais novos também tiveram entrada – para uma sessão de infor-mação subordinada ao tema “Idosos em segurança”. A iniciativa, bastante participada, decorreu na sede da instituição promotora e esteve a cargo da Secção de Programas Especiais da Guarda Nacional Republicana (GNR).

Mais de 700 alunos, oriun-dos de uma escola de cada freguesia do concelho, foram chamados a participar no projeto “Bem-me-quer”, con-tribuindo para a recolha de vasos vazios e posterior se-menteira de bolotas de carva-lho-alvarinho.

Os participantes ouviram uma história que os sensibi-lizava para a importância da floresta autóctone, fizeram um jogo alusivo à biodiver-

sidade e colocaram depois mãos à obra – com grande empenho cada um colocou uma bolota na terra e fez um desenho para demonstrar que não se vai esquecer dela e que a vai visitar um dia, quando for já uma árvore nas Serras de Santa Justa e Pias.

Os vasos foram recolhidos para o horto municipal, onde as plantas vão ser cuidadas até possuírem porte adequado para a replantação.

O projecto não morreu aqui pois todos – miúdos e graúdos, podem colaborar en-tregando os seus vasos vazios num dos pontos de recolha existentes no Concelho e par-ticipando como voluntários nas acções de limpeza e plan-tação.

Os “pioneiros” desta ini-ciativa foram crianças das escolas EB1/JI da Codiceira, Boavista, Montes da Costa, Balselhas e Fijós.

Operação “Bem-me-quer

CRIANçAS DO CONCELhO ANDARAM A SEMEAR

O concelho de Valongo re-cebe, no próximo dia 3 de De-zembro, o primeiro Rali Special Sponsor Day, uma prova inédita no desporto automóvel que pas-sará a marcar o calendário dos ralis e que merece o apoio da Câ-mara Municipal.

A prova, que contempla um percurso em Alfena e uma super-especial no coração da ci-dade de Valongo, foi apresentada no passado dia 2, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Valon-go perante uma vasta plateia de

Special Sponsor Day

VALONgO RECEbE RALI INéDITO

pilotos e patrocinadores.O rali Special Sponsor Day

tem a particularidade de se des-tinar essencialmente a patroci-nadores, sendo estes os condu-tores, podendo assim sentir a adrenalina e a responsabilidade que geralmente são atribuídas aos pilotos. A orientação fica a cargo do seu piloto. O 1º Special Sponcer Day é organizado pela QF-LDA.PT, Startsign-Promo-ção e organização de eventos desportivos, e o GAS – Gondo-mar Automóvel Sport.

A prova terá um total apro-ximado de 56 quilómetros, per-corridos pelos patrocinadores em cinco especiais em piso de asfalto, na cidade de Alfena, tendo como ponto de partida a Zona Industrial daquela cidade, onde se situa igualmente o par-que de assistência. Da parte da tarde, entre as 14h30 e as 16h00 será realizada a super-especial no centro da cidade de Valon-go, num percurso de 1,6 quiló-metros e desta vez a cargo dos pilotos. Armindo Araújo e José Pedro Fontes são os padrinhos da prova.

O vice-presidente da Câ-mara Municipal de Valongo, presente na cerimónia de apre-sentação da prova à imprensa e patrocinadores, revelou o agrado do município em ser o anfitrião desta prova inédita na área do desporto automóvel, asseguran-do que o povo de Valongo vai aderir em força a este evento. Acreditando no sucesso que a prova irá ter, João Paulo Balta-zar expressou a vontade de que o evento regresse a Valongo.

Leia, Anuncie

Correio do Douro

Page 9: Correio do Douro #33

CD 912 de novembro 2011

Valongo

Telef. / Fax: 229 732 044 - www.ribeiro-tavares.com

Instalações sanitárias

Ermesinde

bANDA FóRUM EM CONCERTO O Fórum Cultural de Ermesinde será palco, no próximo dia 20 de Novembro, de um concerto da Banda Fórum Filarmónica Portuguesa. Co-organizada pela Câmara Municipal de Valongo e pelo Grupo Dramático e Recrea-tivo da Retorta, o concerto decorrerá a partir das 15h30.Os interessados poderão fazer reservas no Fórum Cultu-ral de Ermesinde (tlf - 229783320, ou no Grupo Dramá-tico e Recreativo da Retorta (tlf – 224154325).

Valongo

ExpOSIçãO NO MUSEU MUNICIpALInaugurada no passado dia 31 de Outubro, a exposição “O sector primário ao longo dos tempos no concelho de Valongo” marca o inicio de um novo ciclo de exposi-ções dedicado à análise sectorial da vida económica do concelho. Patente no Museu Municipal de Valongo, nesta mostra, dedicada ao sector primário, dá-se particular enfâse à agricultura mas também à pesca e à indústria extractiva.A exposição poderá ser visitada durante o horário nor-mal de funcionamento do Museu até meados do mês de Maio de 2012.

4pOR4 EM CONCERTO NO FóRUM CULTURAL DE ERMESINDEA banda portuense 4por4 vai apresentar no Fórum Cultural de Ermesinde, o álbum “Frágil”. O espectáculo, organizado pela Câmara Municipal de Valongo, realiza--se no próximo dia 19 de Novembro e o bilhete custa apenas três euros se apresentar o CD da banda, ou cinco euros, com direito ao respectivo CD.No concerto, marcado para as 22h00, além da apresenta-ção do álbum “Frágil”, os 4por4 e alguns convidados es-peciais irão interpretar versões e outros temas originais.

pLANO DE DESENVOLVI-MENTO SOCIAL 2011-2014Está disponível para consulta o Plano de Desenvolvimen-to Social 2011-2014 do concelho de Valongo, documento elaborado no âmbito da Rede Social, e que foi aprovado pelo Conselho Local de Acção Social de Valongo em Sessão plenária do passado dia 29 de Setembro de 2011.Este documento, elaborado na sequência dos anteriores instrumentos de planeamento estratégico, designada-mente o anterior Plano de Desenvolvimento Social e o Diagnóstico Social 2010, traça o caminho a seguir e os objectivos a atingir no próximo triénio, no sentido de resolver ou colmatar as necessidades e problemas iden-tificados, utilizando de forma articulada e planeada os recursos e potencialidades locais.A elaboração deste documento contou com a participa-ção de diversas entidades parceiras com intervenção no concelho. Segundo o município, “para a sua execução será também imprescindível a congregação de to-dos os esforços das diversas instituições e agentes de desenvolvimento locais, sem as quais não será possível alcançar os objectivos definidos, rumo ao desenvolvi-mento social” de Valongo.

Os Cabeças no Ar e Pés Na Terra e a Câmara Municipal de Valon-go anunciaram mais duas Oficinas de Iniciação ao Teatro para Crian-ças e Jovens, que decorrerão de 5 de Novembro a 26 de Fevereiro 2012.

Após o êxito das Oficinas de 2010/2011, que culminaram com as apresentações dos espectáculos “A Fada Oriana” e “Auto da Barca do Inferno”, os Cabeças no Ar e Pés Na Terra apostam mais uma vez neste formato de Oficinas.

Em 2011 os formandos tiveram oportunidade de integrar o elenco de animações como “Animais à Solta” e “Viajantes” e mesmo “As Aven-turas de João Sem Medo”. Da parceria com a Câmara Municipal de Va-longo na concretização da Oficina para Jovens, nasceu um Grupo de Teatro designado Tudo ou Nada, que pretende estrear um espectáculo ainda este ano. “O que muito nos deixa satisfeitos e motivados”, frisa Hugo Sousa, dos Cabeças no Ar e Pés na Terra. “Como continuamos a achar que ainda há muito a fazer neste caminho da sensibilização e formação da componente artística, avançámos para mais umas Oficinas de Iniciação ao Teatro. O apoio da Câmara Municipal de Valongo tem sido fundamental na concretização destas oficinas. Que comece a partilha de sonhos e experiências”, remata.

Iniciação ao Teatro

OFICINAS pARA CRIANçAS E jOVENS

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12 de novembro 2011CD

A fechar

10

•••Amarante

“Alma Tua”, de Norberto Valé-rio e Miguel Gomes, é a expo-sição de fotografia e poesia que, até 12 de Novembro, está patente na Casa da Juventude de Rio Tinto. Apresentando um conjunto de imagens e textos inspirados num trajec-to pela linha ferroviária do Vale do Tua, a exposição dá a conhecer as distintas perspec-tivas do fotógrafo (Norberto Valério) e do poeta (Miguel Gomes). A exposição foi for-malmente inaugurada no dia 17 de Outubro.

“Alma Tua”, de Norberto Valério e Miguel Gomes, é a exposição de fo-tografia e poesia que, até 12 de No-vembro, está patente na Casa da Ju-ventude de Rio Tinto. Apresentando um conjunto de imagens e textos ins-pirados num trajecto pela linha ferro-viária do Vale do Tua, a exposição dá a conhecer as distintas perspectivas do fotógrafo (Norberto Valério) e do poeta (Miguel Gomes).

De recordar que o projecto “Alma Tua” não efectua a sua primeira “pas-sagem” pelo Concelho de Gondomar – pois já obteve, com um conjunto de três fotografias de Norberto Valério, uma Menção Honrosa no II Prémio de Fotografia Associação Artística de Gondomar.

Este projecto é inteiramente de-dicado ao Rio Tua e à linha de cami-nho de ferro com o mesmo nome. E,

por inerência, a parte da população do Nordeste Transmontano. Norber-to Valério e Miguel Gomes conside-ram que o rio, a linha e a população “estão ameaçados pelo abandono” e que “há muito são condenados por parte do poder político”.

Pretendendo manter memó--ria(s) de uma linha ameaçada pela construção de uma nova barragem, os artistas salientam que se irá alte-rar, irremediavelmente, “uma paisa-gem única, verdadeiro património da humanidade”. O projecto “Alma Tua” procura mostrar um pouco da beleza das terras, das gentes e da sua alma – pretendendo, também, sensi-bilizar para a sua salvaguarda. Como destacam os autores da exposição, “É impossível, quando se veste um pouco mais de alma, ficar indiferente à beleza do Vale do Tua”.

A Câmara Municipal de Amarante vai proceder à remodelação e ampliação das piscinas da cidade, numa operação que poderá corresponder a um investi-mento de cerca de 1 milhão e 800 mil euros.

O projecto vai ser desenvolvido pela empresa Carlos Guimarães/Luis Soares (Carlos Guimarães assinou já o projec-to das actuais piscinas), e a ideia-base consiste, por um lado, em manter os ac-tuais tanques, que funcionarão exclusi-vamente como piscinas de Verão, sendo renovada toda a área do cais; e, por ou-tro, construir um novo volume que pro-longue o do edifício existente para nele integrar novos tanques (um ou mais), que funcionarão como piscinas cobertas permanentes.

A intervenção nas actuais piscinas

não porá em causa o objectivo de dotar a cidade de um complexo de piscinas cobertas, tal como previsto no Plano de Pormenor da Baseira. De facto, as piscinas actuais e as previstas naquele plano deverão ser vistas numa lógica de complementaridade: as primeiras, dada a sua localização, manterão o seu papel primordial em termos turísticos e de di-namização do Centro Histórico.

As segundas, com implantação de-finida para as proximidades das escolas secundária e EB-2,3 poderão e deverão contemplar, para além de outras valên-cias, a vertente desportiva e de compe-tição.

O Município de Amarante, recorde--se, dispõe já de piscinas públicas cober-tas na zona de Vila Meã, em funciona-mento desde 2007.

A Câmara Municipal de Celorico de Basto através da Câmara Amiga tem vindo a proporcionar, no auditório da Quinta do Prado, sessões de esclareci-mento para os idosos, sobre os cuidados a ter com as braseiras e as lareiras.

A acção é regida pelo Comandante dos Bombeiros Voluntários Celoricen-ses, António Marinho Gomes e segue na óptica de consciencializar os idosos do cuidado a ter quando utilizam este género de mecanismos para se aquecerem nos meses frios de inverno. A mobilidade reduzida da maioria dos idosos dificulta a fuga de situações de perigo, por isso, este tipo de acções junto desta faixa etária torna-se primordial para salvaguardar o bem-estar de todos. De resto, a maioria das lareiras das casas dos idosos não apresentam qualquer resguardo o que em muitos casos, dada a proximidade a objectos facilmente inflamáveis, leva à de-flagração de incêndios nas habitações sobretudo dos idosos que vivem sozinhos e sem qualquer tipo de retaguarda familiar. Uma situação dessas pode tornar-se difícil de resolver sobretudo quando existem limitações físicas. Um outro ponto destacado nestas sessões é a libertação de gases que podem ser letais se o local onde se encontra a braseira estiver demasiado isolado. A proximidade de apare-lhos eléctricos com as braseiras é também apontada como um dos muitos perigos a evitar.

O Pelouro da Família, Solidariedade, Habitação e Inclusão So-cial da Câmara Municipal de Penafiel vai proceder, à semelhança de anos anteriores, à atribuição do Cabaz de Natal 2011, às famí-lias mais carenciadas do Concelho.

Esta iniciativa, promovida anualmente pelo Município de Pe-nafiel, assume especial importância por proporcionar um Natal mais condigno aos agregados familiares desfavorecidos e conta com a colaboração de instituições particulares de solidariedade social (IPSS) do concelho, como o caso do CNE – Corpo Nacional de Escutas de Penafiel, na campanha de angariação dos géneros alimentares realizadas recentemente nas superfícies comerciais aderentes, nomeadamente: Pingo Doce, Intermarché, Ecomarché e Mini Preço.

Os candidatos ao Cabaz de Natal, terão que fazer a inscrição nas Instituições assinaladas, tendo em consideração as freguesias de residência e o respectivo horário de atendimento. As inscrições de-correm entre os dias 14 e 19 de Novembro de 2011 e terão de se fa-zer acompanhar das provas de rendimentos e documentos de iden-tificação de todos os elementos do agregado familiar (salários, RSI, reformas/pensões), contrato de arrendamento e/ou recibo de renda de habitação (mais recente), despesas de saúde (declaração mensal da farmácia), despesas de água e luz (3 recibos mais recentes).

“AlmA tuA” em Rio tinto

A Quinta de Vila Nova, em Tor-mes, Santa Cruz do Douro (Baião), imortalizada na obra de Eça de Queiroz e actualmente sede da fundação com o nome do escritor, acolheu no dia 11 de Novembro a apresentação do livro “Casas de Escritores no Douro”, da autoria de Secundino Cunha.

A obra, como o próprio nome indica, proporciona uma incursão às casas de muitos dos escritores mais importantes da literatura por-tuguesa com ligações ao Douro. Nas páginas do livro encontram-se

referências a autores como Miguel Torga, Guerra Junqueiro, António Cabral ou Teixeira de Pascoaes e respectivas bibliotecas e espaços dedicados à escrita.

Apesar de Eça de Queiroz nun-ca ter residido na Quinta da Vila Nova, em Tormes, esta propriedade é descrita no livro dada a sua im-portância patrimonial e o contribu-to para compreender a vida e obra do autor de “A Cidade e as Serras”.

O livro “Casas de Escritores no Douro” foi publicado pela editora “Opera Omnia” e conta com foto-grafia da autoria de Sérgio Freitas. A apresentação da obra conta com o apoio da Câmara Municipal de Baião e da Fundação Eça de Quei-roz.

•••Baião

“CASA De toRmeS” inCluÍDA em oBRA SoBRe CASAS De eSCRitoReS no DouRo

CâmARA vAi RemoDelAR e AmpliAR piSCinAS DA CiDADe

peRigoS DAS BRASeiRAS e lAReiRAS DiSCutiDoS em CeloRiCo De BASto

PenafielmuniCÍpio AtRiBui CABAzeS De nAtAl

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CD 1112 de novembro 2011

Regional

Celorico de Basto inaugura hoje, pelas 10h00, as “Obras de Regeneração da Vila de Celorico de Basto”, uma intervenção orçamentada em mais de 2 milhões de euros e que se insere na política de desenvolvimen-to estratégico do concelho.

A obra, que inaugurada pelo Mi-nistro-adjunto e dos Assuntos Par-lamentares, Miguel Relvas, custou mais de 2 milhões de euros e abran-ge uma área significativa da Quinta do Prado, em pleno coração da vila de Celorico de Basto. A obra visou a reabilitação dos espaços existentes e criação de infra-estruturas próprias para o desenvolvimento económico e social do concelho.

Concluída, permitiu a criação de uma galeria multifuncional e um Parque de Exposições temporário. Paralelamente, deu-se a reabilitação do Adro da Caso do Prado, do Bos-que, da área de estacionamento, do espaço polivalente e dos arruamen-tos envolventes. Criou-se ainda um

Espaço “Aves” e uma Praça da Ali-mentação, que funcionará aquando da organização de eventos locais.

Toda a obra apresenta como ca-racterística a preocupação geral em preservar a Quinta do Prado, o seu solar, a panorâmica deste sobre a

quinta e desta sobre o Vale do Tâ-mega.

Este projecto teve por missão dar unidade e coesão a toda a Quinta e espaço envolvente, com incidência para a área que o Município desti-nou para o desenvolvimento de ac-

tividades lúdico-culturais.A parte comercial acarreta uma

cota parte de importância uma vez que, permitirá um novo espaço no-bre para o dinamismo do comércio local proporcionando maior vivaci-dade a toda a zona reabilitada.

No dia 20 de Novembro, a partir das 14h00, o Parque Desportivo de Navais será palco de um espectácu-lo solidário a reverter para a Casa de Santa Maria da Estela.

“Missão Esperança: à Procura de um Sorriso” é o título desta iniciati-va organizada pelo Grupo de Jovens “Construtores de Esperança”, em parceria com o Centro Desportivo e Cultural de Navais. A acção tem o apoio da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.

O espectáculo terá a participação de Miguel & André, Domingos Moça, Jessé e Tuna Académica da Faculdade de Economia do Porto (TAFEP), en-tre outras surpresas.

Os bilhetes (4 sorrisos, adultos e 2 sorrisos, crianças) estão à venda na Junta de Freguesia de Navais, junto do Grupo de Jovens “Construtores de Esperança” e no local do evento.

Os interessados poderão ainda contribuir com bens alimentares, roupa e brinquedos para as crianças da Casa de Santa Maria da Estela, sendo que haverá centros de recolha disponíveis para o efeito no local do espectáculo.

Os “Verdes” em Montalegre e Alijó

“À MESA COM A PRODUÇÃO

PORTUGUESA”A campanha nacional do Parti-

do Ecologista “Os Verdes”, intitulada “À mesa com a produção portugue-sa”, prosseguiu no Distrito de Vila Real, com iniciativas programadas nos concelhos Montalegre e Alijó que decorreram nos dias 10 e 11 de Novembro. Com esta campanha, o PEV pretende debater os problemas da produção alimentar nacional e sensibilizar para a necessidade de se assumir esta questão como uma prio-ridade para o país, neste momento de crise e de défice.

•••Póvoa de varzim

“MiSSÃO ESPERAnÇA: À PROCURA DE UM SORRiSO”

•••celorico de basto

MiGUEl RElvAS inAUGURA ObRAS nA QUinTA DO PRADO

A Polícia Judiciária, através da Directoria do Norte, identificou e deteve um homem e duas mulheres, por suspeita da prática dos crimes de tráfico de pessoas para fins de exploração la-boral, sequestro e escravidão, perpetrados em território nacional e no estrangeiro, pelo menos desde o ano de 2008 e ininterruptamente até à presente data.

Durante a acção agora levada a efeito, foi possível localizar e resgatar da situação de cati-veiro em que se encontravam, duas mulheres e

um homem, com idades compreendidas entre os 35 e os 41 anos, bem como uma menor, filha de uma daquelas mulheres, de apenas 14 anos de idade.

Para além destas, existe uma outra vítima, um homem, que terá conseguido libertar-se pelos seus próprios meios, em Março do corrente ano e que entretanto acabou por denunciar os crimes.

As vítimas foram todas elas aliciadas nas suas respectivas áreas de residência (Amarante, Bragança e Lisboa), sob promessa da constitui-

ção de relações de trabalho, que não chegaram a concretizar-se, resultando, pelo contrário, na submissão a um regime de verdadeira explora-ção esclavagista, nomeadamente na actividade agrícola desenvolvida nas regiões de Zamora e de La Rioja, em Espanha.

Os detidos, familiares entre si e com as ida-des de 61, 59 e 34 anos de idade, foram presentes a primeiro interrogatório judicial, tendo o juiz decretado, além do TIR, apresentações periódi-cas às autoridades policiais.

DETiDAS TRêS PESSOAS ACUSADAS DE SEQUESTRO E ESCRAviDÃO

Tráfico de pessoas

Está patente ao público no Cen-tro Cultural de Vila das Aves a ex-posição de pintura da artista plástica Teresa Palma.

Intitulada Solução/Dissolução/Resolução esta mostra promovida pela Câmara Municipal de Santo Tirso reúne um conjunto de traba-

lhos através dos quais se reflecte so-bre a ambiguidade do termo tela. A exposição poderá ser vista até ao dia 6 de Janeiro de 2012.

Com mestrado em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Univer-sidade de Lisboa, Teresa Palma (Lis-boa,1978) explora neste conjunto de

trabalhos a «afinidade entre as práti-cas da Tecelagem e da Pintura» sen-do, por isso, “a tela encarada como suporte e como material pictórico”, segundo refere a artista-plástica.

Para esta exposição, o trabalho desenvolvido por Teresa Palma tra-duziu-se nas três fases enunciadas

no título: “A primeira fase corres-ponde à realização de duas pinturas; na segunda fase é efectuado o corte das duas pinturas em tiras e, na ter-ceira fase, as tiras das duas pinturas são entrelaçadas, o que dá origem a uma nova pintura, proveniente da junção das anteriores”.

•••santo tirso

MAGUSTO nA “iv TRAvESSiA DO COnCElHO”É a “IV Travessia do Concelho”

mas o objectivo é o mesmo das edi-ções anteriores: dinamizar a popula-ção, incentivando-a à prática de ac-tividades desportivas, em especial, à realização de percursos pedestres.

Esta caminhada realiza-se no próximo sábado, dia 12 de Novem-

bro e o ponto de encontro é junto à Câmara Municipal, pelas 9 horas. Neste local inicia-se o percurso pe-destre que passará pela Turbina (S. Miguel do Couto), Assunção e S. João do Carvalhinho (Monte Cór-dova), terminando pelas 15 horas num Magusto, que decorrerá na

Eira da Escola Agrícola.Numa iniciativa organizada con-

juntamente pela Câmara Municipal de Santo Tirso e pelos Trampolins de Santo Tirso – Clube de Desporto e Aventura, a “IV Travessia do Con-celho” surge no âmbito do progra-ma de Deporto Para Todos, “Mexa-

-se comVida”. O objetivo é fomentar a actividade física e a prática de desporto ao ar livre, promovendo as caminhadas pelos percursos pedes-tres existentes, dando a conhecer ao mesmo tempo o património natural e paisagístico do Concelho de Santo Tirso.

TERESA PAlMA EM EXPOSiÇÃO nO CEnTRO CUlTURAl DE vilA DAS AvES

Page 12: Correio do Douro #33

12 de novembro 2011CD

Douro

12

A bandeira da realidade

Duas dezenas de voluntários por-tugueses e espanhóis estão a elaborar em conjunto um guia de etnobotânica associado às bacias hidrográficas dos rios Douro e Tormes, de forma a dar a conhecer as potencialidades da flora ali existente.

“Estas actividades têm como ob-jectivo transmitir os conhecimentos empíricos sobre os recursos endóge-nos transversais a ambos os lados da fronteira e, em tempo de crise, recu-perar práticas antigas sobre a utili-zação de ervas aromáticas e outras espécies da flora local utilizadas na confecção de alimentos e ao mesmo tempo de forma sustentada fazer a limpeza das margens do rios”, afir-mou a técnica da associação ALDEIA Isabel Sá. «

Com este projecto denominado “Etnoduero”, os voluntários da asso-ciação ALDEIA e da Associação Juve-nil Las Arribas Del Duero pretendem igualmente contribuir para a limpeza das margens dos dois cursos de água e potenciar o aproveitamento das plan-

tas aromáticas e outras que ladeiam os rios transfronteiriços.

“O projecto ‘Etnoduero’ tem em vista a recuperação dos caudais dos rios fronteiriços e ao mesmo tempo serve para partilhar conhecimentos na área da etnobotânica comuns ao conhecimento popular das gentes de ambos os lados da raia”, acrescentou o representante da Associação Juvenil Arribas do Duero, Xavier Esteves.

A iniciativa arrancou em Duas Igrejas, concelho de Miranda do Dou-ro, e vai espalhar-se por diversas loca-lidades da província espanhola de Sa-lamanca e do nordeste transmontano. A ela juntaram-se residentes e jovens, aos quais foram transmitidos conhe-cimentos ancestrais da utilização das diversas plantas nos lares transmon-tanos.

Com este programa, pretende-se fomentar uma rede de voluntários que colaborem na recuperação dos mar-gens e leitos de vários cursos de água que atravessam a região transfrontei-riça do Douro Internacional.

A acção de formação sobre o novo Acordo Ortográfico que a Biblioteca Municipal de Lamego promoveu entre os dias 26 e 28 de Outubro excedeu as melhores expectativas da organização tendo despertado o interesse de um ele-vado número de pessoas e gerado entre os participantes um debate intenso so-bre os eventuais benefícios que a nova ortografia pode trazer à comunidade de língua portuguesa. O limite inicial de participantes foi superado e algumas ins-crições não puderam mesmo ser aceites, pelo que aquela instituição vai organizar uma nova acção de formação, em moldes idênticos, durante o mês de Novembro.

O principal objectivo desta iniciati-

va de seis horas lectivas foi levar os for-mandos a aprenderem as modificações e alterações introduzidas pelo Acordo es-tabelecido em 1990 entre Portugal, Brasil e demais países lusófonos. Nem todas fáceis de interiorizar, as mudanças reca-em, sobretudo, nas consoantes mudas, na acentuação gráfica, na hifenização e no uso de maiúsculas e minúsculas. No al-fabeto entram também três novas letras. No final, a opinião foi unânime: as novas regras que ditam a supressão do hífen em muitas palavras, mas que também contam com inúmeras excepções, são as mais difíceis de compreender e assimilar.

O formador deste curso de curta duração foi António Martins que actu-

almente lecciona na Escola Básica 2,3/S de Tarouca como professor do 2º Ciclo do Ensino Básico, Variante de Português e Inglês. É também detentor de um mes-trado em Ensino da Língua e da Litera-tura Portuguesas, concluído na Univer-sidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Na área da formação específica sobre o novo Acordo Ortográfico possui um cur-so ministrado pela Fundação Oriente/ Academia de Ciências de Lisboa.

Após a realização desta acção de for-mação na Biblioteca de Lamego, que teve um carácter pioneiro na região, Martins foi convidado por outras instituições pú-blicas para ministrar iniciativas dedica-das à mesma temática.

Os cerca de 900 viticultores presen-tes reclamam por melhores condições para as suas vidas, neste mundo das vinhas, pois no final de cada ano agrí-cola não têm visto recompensados os seus esforços. Ou é o mau-tempo, ou as pragas e a estas juntam-se a falta de rentabilidade económica das uvas que produzem e, simultaneamente, os cortes no benefício.

O Governo e o Comércio foram os “bombos da festa” desta iniciativa dos que arrancam o vinho da ter-ra. Muito criticado foi Paulo Portas pela maneira como fugiu da pasta da Agricultura que foi a sua bandeira durante muitos anos colocando uma jovem Ministra, com boa presença, bem-falante mas que nada decide e agora, garante a presença em algumas feiras mas acaba por não comparecer desde que o seu staff se aperceba de que possa haver alguma contestação.

Por sua vez o Comércio foi severa-mente atacado pela forma como olha para os pequenos e médios viticulto-res, explorando-os e esmagando-os com pagamentos de miséria por pipa.

Berta Santos, líder da AVIDOU-RO avisou os viticultores presentes de

Manifestação Marcada para dia 30Viticultores Vão lutar

Os viticultores do Douro deram um “sim” avassalador ao responder ao desafio lançado pela AVIDOURO (Associação de Viticultores Independentes do Douro) para que se reunissem em plenário no intuito de encontrarem formas de luta para reclamarem ao Governo e ao Comércio quatro coisas essenciais à sua sobrevivência: garantias de escoamento e melhores preços para os Vinhos da Região; o controlo do comércio das aguardentes; o aumento do benefício para os pequenos e médios Viticultores; uma Casa do Douro com poderes e a funcionar bem.

A lider do AVIDOURO

que o Comércio se prepara para im-por o desaparecimento das letras E e F, estando mesmo em risco a letra D. As queixas da baixa de venda dos vi-nhos do Porto por parte do Comércio é um problema de que, no entender desta responsável, só este (Comér-cio) é culpado, pois não faz nada para

procurar novos mercados para o es-coamento do vinho.

Esta iniciativa da AVIDOURO, tão participada foi que deixou claro que a luta é a única força que os vi-ticultores têm em mãos. Não passou despercebido que, com a AVIDOURO na sua liderança, os viticultores não

vão dar tréguas ao Governo e que é sua intenção manter na agenda actual do País as suas reivindicações.

No imediato o plenário deliberou marcar para o dia 30 de Novembro mais uma acção de luta com uma marcha lenta de veículos unindo as duas margens do rio e passando pela

A24. Não está fora de hipóteses uma grande manifestação a realizar junto do edifício do IVDP no Porto e do outro lado do rio (Gaia) nas caves, em protesto contra as atitudes do Co-mércio.

João Rodrigues

Guia de etnobotânica coMuM a portuGal e espanha

•••Lamego

forte adesão a forMação sobre acordo ortoGráfico

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CD 1312 de novembro 2011

Douro

OpiniãO Por João Rodrigues

Estas duas instituições foram criadas para dar resposta a uma série de carências da Região Demarcada do Douro. Malgrado todas as condições e mais algumas que lhes foram dadas, ambas falharam rotunda e gravemente na missão que lhes foi destinada.

A SUBVIDOURO tinha tudo para ser uma empresa útil e viável já que era dotada de boas e grandes instalações, rodeada de uma enorme área de terreno assim como uma quinta contígua (Valmor).

A matéria-prima para que a SUBVIDOURO funcionasse bem está na Região sen-do constituída essencialmente por borras e bagaços de uva bem como os vinhos para destilação e produção de aguardente vínica, necessária à elaboração de Vinho do Porto. Produzia também álcool.

No princípio dos anos 80 foi instalado todo o equipamento para a produção de ácido tartárico. Segundo o seu Presidente na época, Dr. Aníbal Ferreira, este sistema era um dos mais modernos tendo custado uns milhões de euros e o rendimento de tal obra foi zero.

Hoje, tem um processo de insolvência às costas com mais de 8 milhões de euros de dívidas conhecidas.

Então o que falhou? Em primeiro lugar a falta de sentido cooperativo dos seus di-rigentes, assim como dos seus associados (paradoxalmente, as Adegas Cooperativas); em segundo, a falta de profissionalismo e competência dos seus gestores; em terceiro, a irresponsabilidade que todos os dirigentes que, ao longo dos anos, passaram por esta instituição demonstraram.

Chegava-se ao cúmulo de as Adegas entregarem os bagaços de cada campanha e os vinhos para queima e, quando era necessário adquirir a aguardente vínica, faziam-no à concorrência na maior parte dos casos aguardente estrangeira.

A UNIDOURO é uma Associação fantasma; em nossa opinião apenas existe para as estatísticas. Não cumpre os seus estatutos, não reúne, não recebe as quotas dos seus associados (as Adegas Cooperativas) e –pasme-se!- alguns dos seus dirigentes (no pa-pel) afirmam mesmo que a UNIDOURO não existe.

Tinha pela frente, sem dúvida alguma, um papel importantíssimo na defesa e pro-moção da Região e das Adegas. Não se lhe reconhece um único trabalho para colmatar

os graves problemas da vitivinicultura duriense. Não chega dar entrevistas, aparecer em alguns colóquios só para marcar presença e afirmar “Eu sou o Presidente!”. Então, em que lugar fica a luta para defender as Adegas do maior sufoco económico de sem-pre?

Se para o bem a UNIDOURO não tem tido nenhuma ideia para assim cumprir aquilo que obrigatoriamente deveria fazer, já para o mal existiu um rasgo de génio que não lembraria ao diabo: como foi possível a UNIDOURO dar graciosamente à SUBVI-DOURO os títulos de investimento que detinha e eram pertença da Casa do Douro, no valor de aproximadamente 1 milhão e duzentos mil euros?

Este acto, quanto a nós fraudulento, parece que para alguns dos dirigentes envolvi-dos não passou de uma brincadeira. Infelizmente, são actos de total irresponsabilidade (como estes) que levam a que grande parte da população deste país tenha uma opinião fortemente negativa em relação às instituições durienses.

Seria bom que a Direcção da UNIDOURO desse a conhecer o conteúdo da acta da Assembleia geral extraordinária realizada a 23 de Julho de 2004 onde delibera esta “doação”. Isto é, no caso de ela existir.

Nestas 2 instituições, ao longo dos anos, foram (mal) gastos milhões de euros, di-nheiro este, em grande parte dos contribuintes e dos lavradores durienses que “se vêem gregos” para receber o dinheiro das uvas que entregam às Adegas.

Todos os dirigentes da UNIDOURO e da SUBVIDOURO foram, ou são, simul-taneamente dirigentes das Adegas Cooperativas e, salvo raras excepções, foram maus gestores e dilapidadores de dinheiros que não eram seus e por isso mais rigor deveriam ter demonstrado na sua administração. Ou seja, daqui saiu dinheiro para tudo: viagens fantasmas pelo Mundo (muitas), bons hotéis (com tudo incluído), cursos superiores, deslocações a gosto e do foro particular, bons carros (por vezes utilizado por pesso-as estranhas às instituições), ordenados principescos (sempre em dia) para além de chorudos cartões de crédito dourados que davam para pagar todo o tipo de despesas.

Ou seja toda esta gente só olhou para o seu umbigo… perdão, para a sua barriga.Estes casos são, sem dúvida, casos de polícia. Existem na Procuradoria Geral da

República processos de investigação por bem menos.Enfim… o Douro no seu pior!!!

A UNIDOURO e SUBVIDOUROO Douro no seu pior

Os dirigentes da UNIDOURO que recentemente se deslocaram à Comissão de Agricultura da Assembleia da República informa-ram o Secretário de Estado, Daniel Campelo, e os deputados que a dívida das Adegas Cooperativas da Região Demarcada do Douro ascende a 270 milhões de euros.Ficámos surpreendidos com o à vontade e o desprendimento com que estes dirigentes tocaram neste melindroso assunto.Estarão lembrados de um trabalho jornalístico que o autor deste artigo publicou em 3 de Julho de 2008 intitulado “O Douro a caminho da falência”. Na altura “caiu o Carmo e a Trindade” chegando-se ao ponto de ser feita alguma perseguição e solicitarem a entidades da região que fosse tomada posição pública contra o autor. Nesse trabalho, depois de uma minuciosa pesqui-sa, concluíamos que o passivo das Cooperativas era de 151.993.851,46 Euros (cento e cinquenta e um mi-lhões, novecentos e noventa e três mil, oitocentos e cinquenta e um euros e quarenta e seis cêntimos).Ora, como se pode ver, houve um aumento colossal, de quase 120 milhões de Euros, de 2008 até hoje. Na altura o dossier que publicámos foi considerado, pela direcção da UNIDOURO, de “… pretenso trabalho jornalístico, com dados irreais, falaciosos e enganadores”, para além dos “ graves e irremedi-áveis prejuízos que esta leviana e vil atitude causa ao sector coope-rativo “.O povo diz e com razão que “a ver-dade é como o azeite, vem sempre ao de cima”. Sentimo-nos, na época, melindrados com a teia criada à volta do nosso trabalho chegando--se mesmo ao ponto de a sua pu-blicação ter sido negada em alguns órgãos de comunicação locais. Foi uma luta para nós de afirmação em defesa da publicação da verdade e da liberdade de imprensa.Passados 3 anos parece que os dirigentes das Adegas adoptam uma atitude de maior transparência mas, infelizmente (mesmo cientes de que dívida e passivo são coisas ligeiramente diferentes), ficamos a saber que a situação se agravou significativamente.

João Rodrigues

Valente de Oliveira foi um dos primei-ros nomes a ser indicado à ministra As-sunção Cristas para ocupar o lugar vago da Presidência do IVDP (Instituto dos vi-nhos do Douro e Porto). Em princípio não houve surpresa pois é uma pessoa com provas dadas; no seu currículo salienta-se ter sido ministro de várias pastas em cinco governos; também a sua passagem (entre 1979 e 85) pela presidência da CCDRN (então CCRN) deixou marcas pela positi-va. A sua idade (74 anos) foi o principal motivo para a recusa à indicação dada pela associação que representa o Comér-cio na Região Demarcada do Douro.

Com tal situação logo surgiu a ideia de que seria possível arranjar uma pessoa ligada ao ex-ministro e, como se de um coelho tirado da cartola se tratasse, para contentamento de alguns eis que surge o nome de Manuel Cabral (este nome foi anunciado no nosso jornal, em 1ª mão, na edição de 7 de Setembro).

Recordamos que Manuel Cabral foi chefe de gabinete de Valente de Oliveira quando da última passagem deste pelo go-verno em 2002 e 2003.

A CAP (Confederação dos Agricul-tores portugueses), bem como o ex-Presi-dente do IVDP Jorge Monteiro, indicaram também este nome à ministra, para gran-de alegria de Isabel Marrana (directora executiva da AEVP).

Manuel Cabral é director-geral da Câ-mara Municipal do Porto e já teve ligações ao Douro pois foi Presidente da Bienal da Prata que decorreu em Lamego em 2002/3

AEVP queria Valente de Oliveira

Manuel cabral à frente do iVdp (coM a bênção do coMércio)

e que foi um fiasco. Tem também a Co-menda da Ordem da Honra da Grécia e é homem da confiança de Rui Rio.

Pela guerra que causou a recondução na Presidência do IVDP de Jorge Montei-ro no tempo do ministro Jaime Silva não se compreende que a ministra Assunção Cristas queira impor, embora de forma subtil, um nome para este cargo já que inicialmente defendia para o IVDP uma equipa conhecedora e de consenso com as profissões (Produção e Comércio). Mas tal não passou de uma miragem pois foi através de um contacto telefónico para a AEVP que dava a conhecer que o nome de Manuel Cabral seria o preferido pelo go-verno caso a Associação não se opusesse. Possivelmente quem atendeu a chamada foi a directora geral Isabel Marrana que logo terá dito que, embora esse nome não fosse o da direcção, ele servia.

De certeza que Manuel Cabral ser-ve para um grupo de gente que vê a vida pública não por aquilo que é fundamental para a causa Douro mas sim para conti-nuar a garantir, ao nível dos lugares de mando, as famílias, as gentes de proa, os socialites, enfim… os amigalhaços. Ora, para o Douro é preciso gente que “mude a agulha dos gira-discos” para que a vida destas gentes seja mais justa. É fundamen-tal que os dirigentes das instituições sejam pessoas que saibam criar consensos e tra-gam paz e prosperidade a esta região tão sacrificada.

João Rodrigues

As Adegas devem 270 milhões de Euros

desVio colossal

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12 de novembro 2011CD

Regional

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•••Póvoa e Vila do Conde

A Câmara Municipal do Marco de Canaveses procedeu, durante o passado mês de Outubro, à instalação de vinte equipamentos automáticos de desinfec-ção de água, nos estabelecimentos de Ensino Básico do 1º Ciclo e Jardins-de--Infância do Concelho, não servidos por rede pública de abastecimento de água.

Segundo o município, de acordo com a legislação em vigor, uma água destinada a ser bebida, a cozinhar, à pre-paração de alimentos, à higiene pessoal ou a outros fins domésticos deve ser sa-lubre e limpa e, como tal, protegida de microrganismos patogénicos para a saú-de humana.

“Neste sentido, e para obter uma água microbiologicamente própria para o consumo humano, a Câmara Municipal do Marco de Canaveses

instalou nas Escolas de Ensino Bási-co do 1º Ciclo e Jardins-de-Infância do Concelho, sistemas de desinfecção constituídos por bombas doseadoras de cloro e por lâmpadas ultravioletas. Um investimento em equipamentos”, tratamentos e nichos orçado em cerca de 17 mil euros.

A instalação destes vinte equipa-mentos automáticos de desinfecção da água deverá assegurar a protecção con-tra o risco de contrair doenças infeccio-sas de origem hídrica, sendo este um ob-jectivo prioritário e indispensável para o actual Executivo. Note-se ainda que essa protecção sanitária da água até à tornei-ra do consumidor, é assegurada por um teor de cloro residual livre ao longo do sistema de distribuição.

No final do mês de Outubro rea-lizaram-se, em todas as freguesias do concelho, consultas integradas no Pro-grama de Medicina na Periferia, fruto da parceria entre a Câmara Municipal de Mesão Frio e a Associação de Estudan-tes do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Em cada uma delas esteve uma brigada de sete elementos que ficou

encarregue de realizar os diferentes ras-treios nas áreas da hipertensão arterial, glicemia, colesterol, cálculo do índice de massa corporal e medição do perímetro abdominal.

A Unidade de Cuidados na Comu-nidade de Mesão Frio também integrou esta iniciativa de intervenção junto dos habitantes promovendo hábitos preven-

tivos, primordiais para uma maior quali-dade de vida e de inquestionável utilida-de pública para a população abrangida.

Este Programa teve uma enorme adesão por parte das pessoas a quem se destinou, projectando futuras reedições que são de grande utilidade, em termos de educação para a saúde e detecção de factores de risco nas populações.

A Rota do Românico dá con-tinuidade, no próximo dia 17, ao “Ciclo de Conversas” que vem or-ganizando, debatendo, desta vez, as “Oportunidades e Desafios para os Agentes Económicos Locais”.

Será no Museu Municipal de Pe-nafiel, pelas 14:30, e procurar-se-á dar resposta às seguintes questões: como podem os agentes económicos locais beneficiar do aumento dos flu-xos turísticos?

Que novos negócios poderão

surgir em resposta às expectativas do “novo turista”?

Nesta conversa participarão Al-berto Santos, presidente da Valsousa – Associação de Municípios do Vale do Sousa; Rosários Correia Macha-do, directora da Rota do Românico; Rui Simão, coordenador da Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias de Xisto e Paula Sousa, Marketing Manager da Quinta Nova de Nossa senhora do Carmo, SA.

O alerta foi deixado na quarta-feira, após uma reunião, nos Paços do Conce-lho da Póvoa de Varzim, onde estiveram presentes os Presidentes das Câmaras Municipais da Póvoa de Varzim, José Macedo Vieira, e de Vila do Conde, Má-rio Almeida, assim como José Festas, o Presidente da Associação Pró-Maior Se-gurança dos Homens do Mar.

No final do encontro, os autarcas anunciaram que vão enviar, ainda esta semana, um ofício ao Governo a alertar para a necessidade de “corrigir” esta si-tuação.

“Os portos da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde estão bastante asso-reados e têm problemas que dificultam a actividade normal dos pescadores. Estão em causa, primeiro, a segurança, uma vez que não há cota para entra-da com segurança dos pescadores nos portos; segundo, o processo de asso-reamento. Em tempos, havia proces-so mais sustentado em que o custo de dragagem era compensado com explo-ração de areia. Este já não existe devi-do às grandes dificuldades de financia-mento por parte do Instituto Portuário para desenvolvimento desta necessida-de”, explicou José Macedo Vieira.

Há procura de uma solução para esta situação insustentável, o autarca poveiro referiu que no dia 26 Setembro de 2011 esteve reunido, em Lisboa, com o Secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu, a denunciar o caso e ma-nifestar a sua preocupação. Na altura, foi dito que “não era possível” porque “não havia verbas para fazer a intervenção e executar a obra”, sendo que, “segundo as estimativas, seria necessário um mi-lhão de euros para desassoreamento”, informou.

José Macedo Vieira considera que “o Governo não pode deixar de apoiar actividades primárias como a pesca e a agricultura” e, por isso mesmo, as autar-quias irão manifestar o seu interesse nos recursos naturais e a preocupação com a segurança dos pescadores, acrescentou.

“Parece que se está à espera que morra alguém para resolver a situa-ção”, preveniu Mário Almeida.

José Festas que também já alertou, por várias vezes, para o facto de as barras estarem “assoreadas e muito perigo-sas”, exigindo a intervenção “rápida” do Instituto Portuário e Transportes Marí-timos (IPTM), lamentou que, até agora, “nada tenha sido feito”. Aliás, a situação é de tal modo grave que no passado mês de Outubro as barras locais estiveram fechadas a maior parte do tempo, impe-

dindo a entrada e saída de embarcações. “Os pescadores ficaram cerca de 20 dias sem poderem operar”, sublinhou José Festas, acrescentando que “só por milagre, ainda ninguém morreu ao tentar entrar nos portos locais”.

O Presidente da Associação Pró--Maior Segurança dos Homens do Mar comunicou que tem uma reunião agendada para o próximo dia 21 de No-vembro com a Ministra da Agricultura, Ambiente, Mar e Ordenamento do Ter-ritório, Assunção Cristas, com o objecti-vo de a “sensibilizar” para esta questão.

Para já, os pescadores pretendem, apenas, “chamar a atenção” da tutela, porque “não querem tomar medidas mais radicais”, mas se não forem ouvi-dos, poderão “optar por outras formas de luta”, concluiu o armador.

•••Marco de Canaveses

Município instala equipaMentode trataMento de água eM escolas

Estão abertas as candidaturas abertas para a atribuição das licenças de ocupação no mercado Municipal e Feira Municipal da Cidade.

As candidaturas deverão ser apresentadas na Secretaria Municipal, du-rante o horário normal de Expediente.

(1ª fase: do 31 de Outubro de 2011 a 28 de Novembro de 2011)

abertas candidaturas para licençasde ocupação no Mercado Municipal e Feira Municipal da cidade

portos de pescaeM risco de Fechar

•••Mesão Frio

Medicina na periFeria

•••Penafiel

ciclo de conversas da rota do roMânico

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CD 1512 de novembro 2011

Diversos

A Enfermagem e os Enfermeiros em Portugal vivem momentos difí-ceis, reflexo da conjuntura em que vivemos. “Este facto não deve ser encarado como aspecto negativo e sim como uma oportunidade para o desenvolvimento e afirmação da profissão, através da reorganização dos processos formativos, dos con-textos das práticas, da investigação, colocando os Enfermeiros numa posição privilegiada, para res-ponder aos desafios do Sistema de Saúde Português”, observou Jorge Cadete, candidato à Secção Regional Norte da Ordem dos Enfermeiros (SRN da OE) – instituição que re-presenta mais de 25 mil enfermeiros, espalhados pelos distritos de Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo e Vila Real – durante a apresentação do seu programa, que decorreu na Aula Magna da Faculdade de Medi-cina, Hospital de S. João, no Porto.

A Ordem, enquanto Associa-ção Pública representativa dos En-fermeiros, tem um papel político e social preponderante: defesa e unir os seus membros, através da regula-ção e acompanhamento do exercício

profissional; dar resposta às neces-sidades de saúde dos cidadãos e ga-rantir a qualidade e segurança nos cuidados prestados.

Os enfermeiros portugueses pre-cisam de ter, urgentemente, nas ins-tituições que os representam - Or-dem e Sindicatos -, executores com dinamismo, inovação, empenho. Têm que ter representantes sérios, isentos, responsáveis e eficazes, tanto a nível regional como nacional, a fim de responderem aos múltiplos desa-fios que se avizinham.

“Defendo uma Ordem, que se empenhe no conhecimento cientí-fico, nos cumprimentos das normas das normas ético-deontológicas, no acompanhamento do aperfeiço-amento e desenvolvimento da clas-se, bem como na autonomia da profissão e à regulação do exercício profissional”, referiu o candidato à SRN da OE.

Garantir uma enfermagem com evidência de valor para a Sociedade e para os Enfermeiros, através de me-canismos de regulação efectivos que promovam, nomeadamente: práticas inovadoras e adequadas às actuais

necessidades em saúde dos cidadãos, autonomia profissional responsável, alicerçada em cuidados seguros e de qualidade, adequação das con-dições de exercício profissional dos diferentes contextos de intervenção de enfermagem, sustentabilidade de serviços de saúde de proximidade, de acesso universal e compreensivos, formação graduada e pós-graduada pró-activa e pragmática no desen-volvimento de competências acresci-das, optimização e rentabilização das competências dos enfermeiros no Sistema de Saúde e, acima de tudo, reconhecimento económico, social e político do contributo da profissão.

“Pretendo com estas medidas agora propostas, e com o apoio de todos os enfermeiros da Zona Norte, dignificar a classe que até agora tem sido muito desprotegida pela Ordem dos Enfermeiros a ní-vel nacional, e estou certo que esta candidatura, em conjunto com o candidato a Bastonário, Germano Couto, irá revolucionar o estatu-to dos enfermeiros, que até agora, infelizmente, tem estado adormeci-do”, concluiu Jorge Cadete.

Eleição para Ordem dos Enfermeiros, Zona Norte

Jorge Cadete apostana dignifiCação da Classe

Foi apresentado há dias em Favaios um projecto para “A experiência global em turismo rural e desen-volvimento sustentável de comunidades locais”.

Este programa, desenvolvido em parceria entre as Universidades de Avei-ro e de Vila Real, visa analisar ao longo de um ano, as potencialidades turísticas da Aldeia Vinhateira de Favaios e da rede das aldeias onde se insere.

O ponto de partida será a identifi-cação das potencialidades dos recursos existentes no território, tendo em vista a melhoria das condições das estadias na rede, permitindo que os turistas possam permanecer durante um maior período nas aldeias vinhateiras, ao mesmo tem-po que procura melhorar a vida dos ha-bitantes locais, bem como dinamizar as ofertas aos visitantes.

•••Alijó

favaios estuda sustentabilidade do turismo rural

Para que o estudo possa contribuir para o bem-estar das populações locais, os técnicos que vão estar no terreno a realizar estudos e a fazer levantamentos de informações, contam com a ajuda das forças vivas de Favaios que estive-ram presentes nesta apresentação, no-meadamente a Junta de Freguesia de Favaios, a Adega Cooperativa e a nível cultural, da OFITEFA a oficina de teatro de Favaios. Os habitantes daquela loca-lidade que estiveram presentes também se disponibilizaram para ajudarem os técnicos das duas Universidades.

Estas duas instituições contam já com o apoio da Fundação de Ciência e Tecnologia e da CCDR-C e esperam criar mais parcerias com outras enti-dades.

O plano de trabalho apresentado prevê que os primeiros resultados pos-sam ser apresentados em meados de 2012, esperando que possam mostrar os caminhos para o desenvolvimento turístico da aldeia vinhateira de Fa-vaios.

A Casa da Cultura da Trofa abre as portas da sala de exposições no mês de novembro à exposição “7 Colónias, 7 Homens e 3 Guerras e ½. Memórias de combatentes trofenses na Guerra Colo-nial”.

Esta exposição surge integrada na evocação dos 50 anos da Guerra Colo-nial, e como homenagem da Câmara Municipal da Trofa àqueles que deram a vida na Guerra Colonial, inserindo--se ainda nas Comemorações do 13º Aniversário da Criação do Município da Trofa.

A inauguração será no dia 12 de no-vembro, pelas 16h00, na Casa da Cultura e ficará patente até 31 de Dezembro.

Esta exposição retracta o relato de sete ex-militares Trofenses que vivencia-ram de perto todo este cenário de guer-ra. Assim ao longo da exposição é possí-vel encontrar uma diversidade de relatos vindos das frentes e das retaguardas da guerra.

Estas histórias e testemunhos são já um património de um passado cada vez

mais longínquo e objeto de transmissão oral a filhos e netos. Se, por um lado, há relatos onde o fator sorte trouxe aos militares uma estadia descansada entre os mobilizados para Timor (Joaquim Silva), Cabo-Verde (José Maia), Macau (José Neves) e até mesmo para os que es-tiveram na retaguarda da Guiné (Manuel Pinto), houve os que acarearam a frente, como são os casos de Angola (Joaquim Sousa) e Moçambique (Abel Ferreira). Ressalva para o caso peculiar de Júlio Reis que esteve naquilo a que metafo-ricamente se apelida de «meia-guerra». Maqueiro em Pondá, na Índia, tal como outros quatro trofenses, encontrava-se neste território quando as forças arma-das indianas o invadiram, ficando como prisioneiro de guerra durante seis meses até à sua deportação para Portugal, via Paquistão.

Além do apoio destes ex-combaten-tes, com os seus relatos a autarquia tro-fense contou, ainda, com a colaboração do Museu da Guerra Colonial para a execução desta mostra.

Integrada nas Comemorações do 13º aniversário do Município da Trofa

trofa relembra Combatentes trofenses na guerra Colonial Com testemunhos na primeira pessoa

Page 16: Correio do Douro #33

12 de novembro 2011CD

Última

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A Polícia Judiciária, através da Directoria do Norte, identificou e deteve um estudan-te de 20 anos, como presumível autor de um crime de homicídio qualificado ocorrido na madrugada de quarta-feira, em Vila do Con-de.

No decurso de várias diligências de in-vestigação imediatamente desenvolvidas, a

PJ conseguiu apurar que o agora detido, filho da vítima, agiu por desavenças. O crime terá ocorrido durante uma discussão, altura em que o arguido terá tido um acesso de fúria que acabou a esfaquear mortalmente o pai, um empresário português, radicado em An-gola, bastante conhecido nos meios do poker internacional.

De seguida, segundo os primeiros re-sultados da investigação, o homicida retirou alguns bens ali existentes e, utilizando um produto acelerante de combustão, incendiou o quarto onde se encontrava o cadáver.

Presente a um Juiz de Instrução Crimi-nal, o detido viu ser-lhe decretada a prisão preventiva como medida de coacção.

O Instituto Francisco Sá Carneiro no espirito de parti-lha democrática realiza as con-ferências-debate “Reforma da Administração Local” dia 12 de Novembro, Sábado, pelas 15h00, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

A Conferência conta com a participação do Secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa, Pau-lo Simões Júlio, do presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, do catedrático da Uni-versidade do Porto, Luís Braga da Cruz e do Administrador do Instituto Francisco Sá Carneiro, Jaime Quesado.

A iniciativa integra ainda a realização de mais três sessões

O ENTREtanto Teatro vai levar à cena um novo espec-táculo, desta feita “A Bailari-

A Câmara do Porto quer actualizar a tarifa de recolha do lixo que vigora há oito anos, aumentan-do as taxas que devem manter-se inalteradas nos próximos três anos.A proposta deverá ser apresentada na próxima reunião do executivo presidido por Rui Rio.

Tâmega e SouSa enTre aS TrêS regiõeS maiS pobreS do paíSA sub-região do Tâmega, que inclui oito concelhos do distrito do Porto, apresenta o terceiro rendi-mento per capita mais baixo do país, revela um recente estudo do Instituto Nacional de Estatística (INE). Sendo a terceira região com maior densida-de populacional de Portugal, com cerca de 550 mil habitantes, e uma das mais industrializadas, a sua população ganha apenas 63,48 por cento da média nacional. Mais baixos ainda são os rendimentos da região de Basto – Cabeceiras, Mondim, Celorico e Ribeira de Pena, onde não atingem sequer os 50% da média nacional.

máquinaS de jogo ilegal em ValongoA PSP anunciou na quinta-feira a apreensão de diverso material em dois locais de Valongo, onde alegadamente se transformavam máquinas de diversão em máquinas de jogo ilegalEm comunicado, o Comando Metropolitano da PSP/Porto informou que a operação ocorreu na quarta-feira, no âmbito do combate ao jogo ilícito em estabelecimentos de restauração e bebidas no grande Porto.Segundo o comunicado, nas buscas foram apreen-didas três máquinas de roleta, 12 computadores, 27 discos rígidos e seis dispositivos amovíveis de memória.Foram ainda interceptados 49 tômbolas, 137 carta-zes promocionais, 30 cadernetas, diversos brindes, uma máquina automática de contagem de notas, outra de moedas, 12.600 euros em dinheiro e duas viaturas comerciais.Um homem foi constituído arguido.

porTo quer aumenTar Tarifa de recolha de lixo

brevesÉ filho da vítima

deTido SuSpeiTo de homicídio de Vila do conde

Hoje, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

inSTiTuTo franciSco Sá carneiro debaTe reforma da adminiSTração local

agendadas para os dias 19 e 26 de Novembro e dia 3 de Outu-bro, pelas 15h00, nas cidades de Coimbra, Faro e Lisboa.

A reorganização do mapa administrativo do território por-tuguês é condição essencial para o nosso país atravessar a actual situação económico-financeira

em que vive. Apenas a união de esforços e a reunião de vontades poderá permitir a manutenção da prestação de serviços públicos de qualidade e de proximidade às populações como um objectivo realista e alcançável.

A Reforma da Administra-ção Local tem como objectivo

encontrar um novo modelo de gestão que ajude as autarquias a enfrentar as suas dificuldades e, em simultâneo, a melhor servir as suas populações. É essencial traçar um trilho de reforma que garanta a sustentabilidade finan-ceira das autarquias e que asse-gure a prestação de serviços. Este choque reformista reforçará os Municípios e as Freguesias, adap-tando-os ao tempo que vivemos, de novas exigências políticas, sociais e financeiras. A primeira etapa deste processo pensa-se es-tar concluída em Março de 2012. Os restantes eixos, Organização do Território, Gestão Municipal, Intermunicipal e Financiamento e Democracia Local, ficarão con-cluídos em Junho de 2012.

No Centro Cultural de Campo (Valongo)

a bailarina Vai àS compraS”

na vai às compras”, com texto e dramaturgia de Júnior Sampaio e Quico Cadaval, e estará em pal-

co, de 23 a 26 de Novembro, no Centro Cultural de Campo.

Conforme se lê na sinopse da peça “A Bailarina Vai às Com-pras” releva um transexual de meia-idade a fazer um espectá-culo performativo nos corredo-res do supermercado central de Tolaboa, sendo sucessivamente interrompido por telefonemas que o impedem de concretizar o seu objectivo. Com o carrinho

repleto de necessidades básicas e impossibilitado de as pagar, ele percorre o supermercado de frente para trás a devolver às pra-teleiras todos os bens de consu-mo. A cada objecto que devolve à prateleira ele, a Bailarina, dá mais um passo no caminho in-certo… Dança com as palavras num jogo de quem não tem nada a perder. Canta com o corpo em movimento, num jogo de quem

não tem nada a ganhar. Da ra-zão ao delírio, do bom senso ao grotesco, do trágico ao cómico, do clássico ao contemporâneo, da mulher ao homem, do sexo ao amor, do social ao íntimo a Bailarina fala, canta e dança pelos corredores do Supermer-cado até se recolher no sonho da arte que lhe permite conti-nuar a viver neste mundo”.