face ao douro nº 33

12
Novembro 2010 N.º 33 Ano:XVI Preço: 50 Cêntimos A venda deste número do Face ao Douro reverte para o “ANO LECTIVO 2009/2010” - SEPARATA SELO COMEMORATIVO DO DIA DA ESCOLA DIOGO DE MACEDO GALARDOADA COM BANDEIRA VERDE COMEMORAÇÕES DOS 100 ANOS DA REPÚBLICA EXPOSIÇÕES “GALERIA DE ARTE DIOGO DE MACEDO” VISITAS DE ESTUDO Pág. 8 Pág. 5 Pág. 3 Pág. 9 CLUBE DE SOLIDARIEDADE

Upload: jornal-face-ao-douro

Post on 05-Mar-2016

220 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Jornal Face ao Douro Novembro 2010 N.º 33 Ano:XV

TRANSCRIPT

Page 1: Face ao Douro Nº 33

Página 1

Novembro 2010 N.º 33 Ano:XVI Preço: 50 Cêntimos

A venda deste número

do Face ao Douro

reverte para o

“ANO LECTIVO 2009/2010” - SEPARATA

SELO COMEMORATIVO

DO DIA DA ESCOLA

DIOGO DE MACEDO

GALARDOADA COM

BANDEIRA VERDE

COMEMORAÇÕES DOS

100 ANOS DA REPÚBLICA

EXPOSIÇÕES

“GALERIA DE ARTE

DIOGO DE MACEDO”

VISITAS DE ESTUDO

Pág. 8

Pág. 5

Pág. 3

Pág. 9

CLUBE DE SOLIDARIEDADE

Page 2: Face ao Douro Nº 33

Página 2

Hoje, 22 de Novembro de 2010, a Escola Secundária/3 Diogo de Macedo comemora o Dia da Escola. Fá-lo, porque tendo iniciado a sua actividade no ano lectivo de 1992/1993, com a designação de Escola Secundária de Olival, a partir do ano de 1995 passou a denominar-se Escola Secundária Diogo de Macedo, Oli-val, Vila Nova de Gaia.

Este dia é, desde aquele ano, o Dia da Escola porque corresponde à data de nascimento de Diogo Cândido de Mace-do, o qual passou a ser o seu patrono.

A escolha do nome de Diogo de Macedo foi aceite unanimemente por todos os intervenientes no processo, ten-do a sua escolha sido baseada nos seguintes pressupostos:

ser natural de Vila Nova de Gaia, ter-se distinguido como escultor, museólogo e escritor, ser um dos mais ilustres homens de cultura portuguesa dos sécu-los XIX e XX, ter desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento da nossa cultura e ser uma personalidade aglutinadora de consensos entre as qua-tro freguesias da área de influência da escola.

Eis o motivo porque anualmente o dia 22 de Novembro tem tanto significado para todos nós, sendo assinalado com actividades promovidas por toda a Comu-nidade Escolar.

Como um dos projectos mais antigos da Escola, o Face ao Douro tem procura-do estar sempre presente neste Dia, con-tribuindo para reforçar os laços que nos ligam a todos enquanto membros desta Comunidade. Assim, neste número desta-camos a Separata – Ano Lectivo 2009/2010, que deve ser encarada como memória futura, como lembrança de um ano caracterizado por acontecimentos marcantes na História de Educação em Portugal, mas igualmente por momentos inesquecíveis de convivência entre os vários elementos que integram a nossa Escola.

Neste número registamos também a saída do nome do Joaquim Patacas como um dos responsáveis pela edição do jor-nal. Embora de momento ainda continue entre nós, na sua função docente, o nos-so colega aguarda a sua jubilação, razão desta mudança, que não da sua colabora-ção.

Durante este últimos anos o Joaquim Patacas colaborou de forma exemplar

com o Face ao Douro, sendo um elemen-to valioso, destacando-se pela sua com-petência, dedicação, entrega e camarada-gem.

Neste momento em que aguarda a passagem para a aposentação, queremos reiterar ao Patacas o Obrigado do Face ao Douro, sendo que, como tem acontecido sempre, o obrigado da “Diogo de Mace-do” será feito adequadamente pelos seus colegas, pois a nossa escola sempre tem sabido honrar os seus, numa marca mui-to própria, fiel aos princípios e valores que a caracterizam e a distinguem.

Esse cariz muito particular concretiza-se, por exemplo, naquele que será, na nossa opinião, um momento único, o do lançamento do Selo do Dia da Escola. Fruto da colaboração com o Clube de Coleccionadores de Gaia, será posto à venda um selo (ver 1ª Página) comemo-rativo. Elaborado a partir da pintura de Fernando Moreira, criada expressamente para a nossa Escola, o selo apresenta o rosto do nosso patrono e a figura de uma das suas mais importantes criações, a escultura “Tejo”.

Um apontamento final para realçar que estas comemorações, enquanto pro-duto do esforço de toda a escola, princi-palmente dos alunos, envolvendo igual-mente elementos da Comunidade Educa-tiva local e municipal, devem ser vividas por todos na sua plenitude, pois repre-sentam um momento único no reforço da nossa própria existência.

Face ao Douro

Esc o l a

2ª PÁGINA FACE AO DOURO

Propriedade: Escola Secundária/3 Diogo de Macedo Directora: Olinda Guedes dos Santos Equipa Coordenadora: Manuel Filipe Sousa, Isabel Pereira e Luísa Azevedo. Colaboradores: Equipa da Biblioteca Escolar, Equipa da Eco-Escola,

Equipa do PES, Germano Silva e Pedro Castro. Professores: Manuel Filipe Sousa e Maria do Rosário Meireles. Alunos: 8º F; 9º A: Ana Santos, Fabiana Soares, João Amorim, José Silva, Juliana, Miguel Ângelo, Nuno Ricardo e Ricardo André; 9º B: Ana Sousa, Ariana, Luís Álvares e Rita Brito; 11º C; 11º D: Jorge Santos; 12º A:César Lima e Soraia Lopes.; 12º B; 12º C: Rafael Santos e Rui Oliveira. BD - 9º C: Ana Catarina, Ana Cláudia, Márcia Guedes e Teresa Machado Fotografia: Adelaide Carvalho, Damião Cruz, Joaquim Patacas e Manuel Brandão. Arranjo gráfico: Isabel Pereira e Luísa Azevedo Impressão: Secretaria e Reprografia da ESDM

FACE AO DOURO

Diogo de Macedo— Biografia

Diogo Cândido de Macedo nasceu a 22 de Novembro de 1889 em Vila Nova de Gaia. Em 1902 matriculou-se na Aca-demia Portuense de Belas Artes. Em 1909, Diogo de Macedo casou com Diana Sotto Mayor. Ainda nesse ano participou na “II Exposição dos Modernistas” na Sociedade de Belas Artes no Porto. Aca-bou o curso em 1911 e partiu para Fran-ça (Paris) onde frequentou as Academias de Montparnasse e a Escola Nacional de Belas Artes. Visitou a Bélgica em 1913 e no mesmo ano expôs no “Salon dos Artis-tas Franceses” com Tête de Vieillard; também nesse ano realizou a sua primei-ra exposição individual onde se destacou o busto de bronze “Camilo”.

Em 1914 rebentou a Grande Guerra e Diogo de Macedo voltou a Portugal. Já em 1915, em Portugal, expôs na “Sociedade

de Belas Artes”, pela qual recebeu o diploma de Menção Honrosa na Secção de Escultura. Durante o ano de 1916 Diogo de Macedo realizou a sua segunda exposição individual na Sociedade de Belas Artes no Porto, realizando uma terceira exposição individual na Liga Naval de Lisboa.

Realizou em 1918 a IV exposição individual, com lugar na Galeria Miseri-córdia do Porto, denominada “Cartazes”. Destaque também, nesse ano, para a criação do busto “Retrato de Senhora”.

Voltou a França em 1920 aquando da construção do busto L‟ Adieu. Depois de visitar a Alemanha (1922), voltou a Por-tugal e participou na “Exposição 5 Inde-pendentes” (1923). Realizou a sua quinta exposição individual no átrio da Misericór-dia do Porto em 1924. Criou a escultura “S. Sebastião” em 1924 e a escultura “Tejo” em 1925.

Voltou a Portugal, fixando-se em Lis-boa. Em 1927 criou a escultura “Sara Afonso”. Um ano depois realizou a sexta e última exposição individual na Galeria Bobone.

Foi-lhe atribuída a segunda medalha na Secção de Escultura pela Sociedade de Belas Artes, onde realizou a “Sexta Expo-sição Anual” (1929). Devemos destacar o esboceto “Afonso Domingos”, o busto “António Botto” e a escultura em bronze Sto. António elaboradas pelo autor em 1929.

Em 1930 foi publicado o seu primeiro livro intitulado 14, Cité Falguiére e o busto “António Merano”. Um ano depois visitou o sul de Espanha, elaborou os bustos “Beatriz Costa” e um ano mais tarde “Florbela Espanca”. Em 1934 publi-cou “Iconografia Tumular Portuguesa”. Fez um estudo sobre o Infante D. Henri-que para a Marinha Portuguesa nos Aço-res (1935). Visitou Londres e, dois anos mais tarde, visitou Itália. Em 1938 publi-cou “Gaia a de Nome e Renome”.

Em 1941 Diogo de Macedo enviuvou e renunciou à escultura. Três anos mais tarde foi nomeado Director do Museu Nacional de Arte Contemporânea.

Em 1946 o artista casou em segundas núpcias com D. Eva Botelho Arruda e durante o ano seguinte realizou conferên-cias sobre Soares dos Reis. Durante 1948 fez uma viagem a África e realizou uma exposição itinerante sobre Arte Moderna em Angola e Moçambique. Também durante esse ano participou numa confe-rência sobre o Tricentenário da Restaura-ção de Angola e colaborou em vários jornais com notas de arte.

Diogo de Macedo visitou o Brasil em 1950, onde realizou conferências sobre Soares dos Reis e foi nomeado Vogal da Junta Nacional de Educação.

Três anos depois publicou “Columbano” e em 1958 “Machado Cas-tro”. Diogo de Macedo tem uma participa-ção literária em “Monografias de Arte”, Assim como na primeira e segunda série da Colectânea “Museum”.

A 19 de Fevereiro de 1959 morreu, em Lisboa.

Page 3: Face ao Douro Nº 33

Página 3

de Gaia, além de outros convida-dos, que aplaudiram os actores que fizeram a recriação histórica e puderam observar as colecções

expostas, sempre acompanhadas pelas explicações dos expositores.

A exposição apresentou peças alusivas à data, englobando tam-bém um conjunto de desenhos, satíricos/humorísticos, publicados nos finais do Século XIX, no sema-

nário humorístico i lustrado "Charivari", bem representativos do estado sócio, cultural, político e económico da nação na altura.

Durante o período da manhã do

dia 28 de Outubro, o Presidente do Clube de Coleccionadores de Gaia,

Fernando Peixoto, e o colecciona-dor matosinhense, Manuel Santos Pereira, deslocaram-se até à nossa escola, tendo-se encontrado com algumas turmas e professores abordando a temática do coleccio-

nismo na República e conversado sobre as colecções expostas.

Manuel Filipe Sousa

No momento em que a socieda-de portuguesa comemora a implantação do regime republica-no, a nossa Escola, através da

Galeria de Arte Diogo de Macedo e da Biblioteca, associou-se às Comemorações Nacionais através de uma parceria com o Clube de Coleccionadores de Gaia, apresen-tando duas exposições que, com-plementando-se, pretenderam

reviver o século passado através da visualização de diversos mate-riais e, simultaneamente, incutir nos alunos o gosto pelo coleccio-nismo.

A inauguração da exposição, que esteve aberta à Comunidade

Educativa e ao público em geral entre 11 e 29 de Outubro, decor-

reu na noite de sexta-feira, dia 8, sendo antecedida por uma inter-venção do Clube de Teatro que recreou a proclamação da Repúbli-ca (ver texto).

Dezenas de pessoas estiveram

presentes, entre alunos, professo-res, pais e encarregados de edu-cação, expositores, sócios e direc-tores do Clube de Coleccionadores

A REPÚBLICA NO COLECCIONISMO, MOSTRA DE OBJECTOS

COLECCIONÁVEIS DO SÉC. XX E MOSTRA DE CARICATURA CHARIVARI

Esc o l a

GALERIA DE ARTE DIOGO DE MACEDO FACE AO DOURO

EXPOSITORES e COLECÇÕES: Pedro Barros Pereira, de Amarante, Cartofilia – “República” José Serafim Loureiro Ramada Pereira, do Porto, Cartofilia

- “Retratos da Época” Américo Lopes Rebelo, do Porto, Filatelia – “As Mulheres da República” José Manuel Nogueira, de Vale de Cambra, Filatelia – “ Ceres” Manuel Santos Pereira, da Senhora da Hora, Numismática - “Cédulas Municipais e Outras” Artur Bernardino Sousa, de Vila Nova de Gaia, Numismática “O Escudo

na República”

Fernando Peixoto Correia, do Porto, Charivari – Jornais Humorísticos

"CHARIVARI" SEMANÁRIO HUMORÍSTICO

ILUSTRADO

Caricatura e sátira humorística à vida social, política e cultural da época.

A 1 de Dezembro do ano de 1832 é distribuído gra-

tuitamente, em França, o primei-ro número do s e m a n á r i o humorístico ilus-trado "Charivari"

com a tiragem inicial de duzen-

tos mil exemplares. A exemplo do que aconteceu noutros países, cinquenta e quatro anos depois, em 1886, é publicado no Porto um jornal humorístico com a mes-

ma designação. De formato 325x225mm, com o peso de 4 gramas, composto por oito pági-nas, conjugava o texto impresso com os desenhos litografados. Para além de noticiar factos e eventos relevantes, do país e do

estrangeiro, este semanário reservava espaço privilegiado à ilustração, usando-a como uma "arma" feroz, de crítica e sátira política, social e económica do país. Aspecto relevante é o facto

de, para além das figuras nacio-nais, surgirem nas suas edições retratos a carvão de personalida-des da região norte que se distin-guiram nos mais variados domí-nios de actividade.

De salientar a qualidade das

magníficas ilustrações da autoria de José de Almeida e Silva e de Joaquim Maria Pinto, este último nascido no Porto, na Freguesia da Sé, a 12 de Janeiro de 1838, fale-cendo na mesma cidade a 30 de

Novembro de 1904.

Page 4: Face ao Douro Nº 33

Página 4

No âmbito das comemora-

ções do Dia da Escola, a Irmã

Gabriela vai apresentar, na

Galeria de Arte Digo de Mace-

do, uma série de trabalhos inti-

tulados NATUREZA.

A Irmã Gabriela nasceu em

1926 na cidade da Beira, man-

tendo a nacionalidade portu-

guesa. Iniciou aos oito anos a

sua preparação artística com a

noção de uma responsabilidade

que lhe era inata e da qual

nunca mais se separou. Radi-

cou-se ainda criança, em Lis-

boa, onde frequentou e con-

cluiu o Curso Geral dos Liceus.

Em 1946, consagrou-se a

Deus na Congregação das

Irmãs Doroteias. Embora a

expansão da arte não seja o

carisma específico deste Insti-

tuto, tendo em conta esta

vocação de artista, achou seu

dever respeitá-la e proporcio-

nar-lhe as condições adequa-

das para um trabalho sério em

função de um Apostolado que,

por ser Arte, é essencialmente

espiritual. Teve por Mestres os

Pintores Emmérico Hardwich

Nunes e Domingos Rebelo,

mantendo por muito mais tem-

po o contacto com este. Foi

subsidiada pela Fundação

Calouste Gulbenkian em via-

gens de estudo, com incidência

em Paris – o berço do Impres-

sionismo. A pedido do público

e do seu mestre e amigo

Domingos Rebelo, expos pela

primeira vez em 1966, no Palá-

cio – Foz, em Lisboa, com

inteira aprovação da Superiora

Provincial. Com raras excep-

ções, o seu movimento de Arte

incide em Exposições Temáti-

cas.

Esc o l a

FACE AO DOURO

IRMÃ GABRIELA expõe

NATUREZA

Comemoração do Dia

Mundial da Alimentação

No dia vinte e um de Outu-

bro, a nossa escola comemo-

rou o Dia Mundial da Alimenta-

ção, no âmbito do Projecto de

Educação para a Saúde.

As turmas A e B do nono

ano assistiram a uma palestra

sobre o tema, pela nutricionis-

ta, Dr.ª Susana Cardoso. Nesta

palestra, os alunos analisaram

e discutiram a situação da

fome no mundo e reflectiram

sobre os erros alimentares

mais comuns nos países mais

desenvolvidos.

No primeiro intervalo da

manhã, a turma C do 9º ano,

ofereceu uma peça de fruta a

alguns alunos e professores ao

som de uma música com a

letra adaptada ao tema, na

sala dos professores e na

biblioteca. Estes alunos ofere-

ceram também um postal alu-

sivo ao tema, elaborado em

área de Projecto.

As bases dos tabuleiros da

cantina também estavam dife-

rentes nesse dia! Todos tinham

bases com imagens e frases

que aconselhavam a uma ali-

mentação saudável.

Esperamos que esta come-

moração tenha lembrado a

todos que a alimentação é

importante para a saúde das

pessoas.

A Equipa do PES

Halloween

On 29th October our school

commemorated the Halloween

by organizing an exhibition on

the subject and by playing

“Trick or Treat” in the class-

rooms.

Class 8thF kept this tradition

alive by playing tricks on some

students.

8º F

Page 5: Face ao Douro Nº 33

Página 5

Esc o l a

O CENTENÁRIO NA REPÚBLICA NA ESDM FACE AO DOURO

Cumprindo um dever cívi-

co, que muito honra os seus

dirigentes, o Clube de Colec-

cionadores de Gaia tomou a

iniciativa de promover a rea-

lização de uma exposição que

se ajustasse, tanto quanto

possível, às comemorações

que por todo o país se cele-

bram do centenário da pro-

clamação da República em

Portugal.

A efeméride histórica

merece, sem dúvida, essa

distinção.

A implantação do regime

republicano no nosso país,

em 5 de Outubro de 1910, foi

um acontecimento que teve

uma enorme repercussão na

História de Portugal.

Não se tratou de uma sim-

ples mudança de chefe de

Estado ou de substituição da

Constituição política; tratou-

se, isso sim, de uma profun-

da mudança estrutural de toda

a sociedade portuguesa. Daí

que, ao longo dos últimos cem

anos, o 5 de Outubro tivesse

sido celebrado, sempre, como

uma data verdadeiramente

nacional.

Nem o tempo, nem as desi-

lusões (e muitas houve ao lon-

go de um século) conseguiram

apagar na memória dos portu-

gueses a data gloriosa da

implantação da República.

Foi com a República, aliás,

que os portugueses deram iní-

cio a uma época nova, assina-

lada pela concretização daque-

las reformas sociais a que todo

o cidadão aspira na intenção

de melhorar as suas condições

de vida.

Um século decorrido sobre

esse acontecimento, é possível

avaliar a sua verdadeira signifi-

cação e concluir, com toda a

justiça, que a República é um

caso Nacional e que deixou de

ser a apetência de somente

alguns sectores da população

portuguesa.

Injustiça seria, no entanto,

não se reconhecer o importan-

te papel que a propaganda

republicana teve na preparação

do movimento revolucionário

que viria a culminar com a

implantação do novo regime

em Portugal. Muito antes da

Revolução de 1910, e mesmo

em 31 de Janeiro de 1891, já

era intensa a propaganda

republicana, patente não

somente nas tribunas dos

grandes e memoráveis comí-

cios e nas sessões dos centros

cívicos, mas também nas pági-

nas de jornais, de que “A Paró-

dia”, de Rafael Bordalo Pinhei-

ro, deve ser entendida como

um paradigma; e na muita ico-

nografia entretanto criada e

reproduzida através de postais,

cartazes, medalhas, desenhos,

fotografias e outros. E é neste

ponto que temos que relevar o

papel do coleccionador como

guardião da memória colectiva.

Quantas peças, quantos docu-

mentos, quanta memória não

se teriam ingloriamente perdi-

do se não houvesse o coleccio-

nador que pacientemente vai

juntando, daqui um postal,

dalém um desenho, depois

uma medalha, às vezes uma

bandeira.

Sabemos que não é com

essas evocações que se realiza

a prosperidade dos povos. Mas

através delas podemos fazer a

história de uma revolução, de

um regime e até de uma

Nação.

Um fraternal abraço de

agradecimento, pois, aos

coleccionadores, enquanto

guardiães da nossa memória

colectiva.

Germano Silva

Jornalista e Historiador

A REPÚBLICA E O

COLECCIONISMO

República ou Monarquia?

A história mostra que, após

vários anos de monarquia, a

maioria dos países tem decidi-

do implantar e governar-se a

partir de um sistema republica-

no. Contudo, com as crises a

que assistimos hoje em dia

impõe-se a questão, será a

república melhor que a monar-

quia?

É inegável que muitos paí-

ses governados em monarquia

ao longo dos tempos se torna-

ram potências mundiais e que

o rei se prepara desde a sua

infância para assumir o cargo.

Porém, é necessário pensar se

esta é a melhor forma de gerir

um país.

Mas, afinal, o que fez um

príncipe para merecer ser rei?

Na república todos os repre-

sentantes, antes de assumirem

o poder, têm de dar, perante

os eleitores, provas da sua

competência, além de que toda

a gente tem direito a expressar

a sua opinião. É importante

também salientar que todas as

monarquias actuais europeias

são controladas por partidos

democráticos.

Podemos, então, afirmar

que a república em termos de

evolução está à frente da

monarquia. É o único regime

que nos permite escolher em

liberdade e que zela pela mes-

ma.

César Lima, 12º A

Page 6: Face ao Douro Nº 33

Página 6

O DISCURSO DE

5 DE OUTUBRO

Hoje, 5 de Outubro de 1910,

Portugal mudou. Eu, Eusébio

Leão, e os meus companhei-

ros, José Relvas e Inocêncio

Camacho, estamos aqui em

nome de todos os que lutaram

pela República.

Portugueses! O Governo Provisório da Repú-blica Portuguesa saúda as for-

ças de terra e mar, que com o

Povo instituiu a República para felicidade da Pátria. Confio no patriotismo de todos. E porque a República para todos é feita, espero que os oficiais do Exér-cito e da armada que não

tomaram parte no movimento se apresentem no Quartel-general, a garantir por sua honra a mais absoluta lealdade ao novo regime. (Palavras de José

Relvas na Proclamação da República) É hora de nos voltarmos

para os verdadeiros valores

portugueses no caminho do

progresso – a educação, a

igualdade, a justiça social.

Agora a política é de todos e

não apenas daqueles que

tinham acesso ao Paço e a S.

Bento. Os interesses particula-

res são legítimos e devem ser

respeitados, mas não se

podem sobrepor aos interesses

da colectividade.

O CENTENÁRIO DA REPÚBLICA NA ESDM

Queremos diminuir o atraso

português a que séculos de

monarquia nos condenaram –

desenvolver a indústria, dimi-

nuir o analfabetismo, quebrar

com os muros da ruralidade

que nos impedem de ver o

horizonte.

Queremos e devemos tornar

o Estado laico, neutro. Os

direitos políticos e sociais

devem chegar a todos para

que todos participem activa-

mente na vida nacional.

Portugueses, está na hora

de honrar o património históri-

co, social e cultural da nossa

Pátria. O Estado garantirá o

rigoroso cumprimento da Lei,

acima da qual ninguém está.

Todos os homens são cidadãos

e todos os cidadãos são iguais

perante a Lei.

Mostremos ao mundo a ver-

ticalidade dos nossos ideais e

convicções.

Viva a República!

Viva Portugal! (adaptação)

No âmbito das comemora-

ções do Centenário da Repúbli-

ca e integrado nos princípios

orientadores do Plano Anual de

Actividades, a Biblioteca Esco-

lar, em colaboração com o Clu-

be de Teatro desta escola,

levou a cabo, no dia 4 de

Outubro, a simulação do dis-

curso de José Relvas que terá

tido lugar no dia 5 de Outubro

de 1910.

O texto foi produzido pela

equipa da BE e os alunos do

Clube de Teatro, proferiram-no

numa encenação onde os pro-

tagonistas (Luís Fernandes,

11º A, João Martins, 9º E e Rui

Mesquita, 9º E) estavam vesti-

dos “a rigor”, lançaram-se pan-

fletos da janela e foi distribuído

o jornal “A Capital “do dia 5 de

Outubro de 1910 pelos ardinas

“de serviço” (Rosa Azevedo

11ºA e Rafael Rocha 11ºA).

Não podemos esquecer a figu-

ra mais importante deste

“desfile”, a nossa República,

seriamente representada pela

Helena Rodrigues do 10º D.

Tratou-se de uma recriação

que pretendeu, por um lado

sensibilizar a nossa comunida-

de escolar para este momento

histórico nacional e envolver os

alunos em actividades de inte-

resse cultural. A recriação des-

te momento repetiu-se no dia

8 de Outubro, pelas 21h45m,

para os alunos da noite e con-

vidados, no momento da aber-

tura da exposição patente na

Galeria Diogo de Macedo. Tam-

bém na Biblioteca esteve pre-

sente uma exposição temporá-

ria com cópias de documentos

e alguns objectos da época que

ilustram o antes e o depois da

República. Esta exposição

implicou uma interessante pes-

quisa pelo início do século XX,

tendo-se destacado capas de

jornais franceses que davam

conta dos acontecimentos em

Portugal, e vários anúncios

publicitários manifestamente

diferentes no antes e no depois

da República. A Equipa da Biblioteca Escolar

O primeiro governo da Repúbli-ca:

António José de Almeida Afonso

Costa (na Justiça e Cultos);

Basílio Teles(nas Finanças);

Bernardino Machado (nos

Estrangeiros);

António Luís Gomes (no

Fomento);

Coronel António Xavier Correia

Barreto (na Guerra);

Comandante Amaro Justiniano

de Azevedo Gomes (na Marinha).

Esc o l a

O CENTENÁRIO NA REPÚBLICA NA ESDM FACE AO DOURO

Page 7: Face ao Douro Nº 33

Página 7

Esc o l a

O CENTENÁRIO NA REPÚBLICA NA ESDM FACE AO DOURO

República ou Monarquia?

Nos dias de hoje, o tema

“República ou monarquia?”

continua a ser alvo de grande

controvérsia. A dúvida persiste

em escolher o melhor sistema

para governar um país:

monarquia, sistema de gover-

no em que o monarca governa

um país como chefe de estado,

ou, república, forma de gover-

no na qual o chefe de estado é

eleito pelos cidadãos ou seus

representantes.

Na monarquia o rei é o sím-

bolo da nação, tendo este des-

de a infância uma educação no

sentido de adquirir formação

para governar. Nesta forma de

governo, quem lidera é apenas

aquele que pertence a uma

dada linhagem, mais ninguém

acede ao cargo nem escolhe

quem o assume.

Na minha opinião, por muito

que uma monarquia seja

democrática, os cidadãos sub-

metidos ao seu regime não

terão oportunidade de mani-

festar as suas vontades em

relação à ocupação do cargo.

Sendo que este já se encontra

destinado, obriga assim a que

a nação aceite determinado

modo de governar.

Em oposição, na república o

presidente é escolhido demo-

craticamente pelo povo

mediante a experiência e as

provas que apresenta. Desta

forma o candidato é voluntário

e se pretendeu concorrer ao

cargo poderá ser pela vocação

para o desempenhar, ao con-

trário de um monarca que,

quer pretenda quer não, tem

que desempenhar a função

predisposta.

O tempo de permanência no

cargo é também um factor que

privilegia a república, pois,

quando o presidente não está a

desempenhar correctamente o

cargo, ao final de um determi-

nado período de tempo pode

sempre ser substituído. Em

oposição, o monarca governa

durante um longo período de

tempo e, no caso de ser subs-

tituído, é-o por um outro mem-

bro da sua linhagem.

Em conclusão, ambos os

sistemas de governo têm os

seus prós e contras. No entan-

to, a república destaca-se pela

liberdade de escolha, mudança

e oportunidade de acesso. A

monarquia que perdura tende

cada vez mais a ser democráti-

ca, mas a república é o siste-

ma que tem mais adeptos e,

por isso, o mais implementado.

Soraia Lopes, 12ºA

Situação em que ocorreu o

regicídio

A morte do rei D.Carlos e do

seu filho herdeiro, o príncipe

Real D.Luís Filipe, marcou pro-

fundamente a história de Por-

tugal, visto que assinalou o fim

da última tentativa séria de

reforma da Monarquia Consti-

tucional e, consequentemente,

uma nova escalada de violên-

cia na vida pública do País.

O atentado foi uma conse-

quência do clima de crescente

tensão que perturbava o

aspecto político português.

Dois factores foram primor-

diais: em primeiro lugar, o

caminho traçado pelo Partido

Republicano Português, desde

cedo como solução para a ero-

são do sistema partidário

vigente; em segundo, a tenta-

tiva por parte do rei D. Carlos

de funcionar como árbitro do

sistema político, papel que lhe

era facultado pela constituição,

A fuga da família real

No dia 5 de Outubro de

1910, D. Manuel II acompa-

nhado pela sua mãe Rainha D.

Amélia e a sua avó fugiram de

barco por causa da revolução

Republicana que se instalara

em Lisboa.

A família real subiu para a

barca apoiando-se em caixotes

e cestos de peixes. O sinaleiro

acenou com um chapéu e a

barca que conduzia D. Manuel

II entrou na água e seguiu.

D. Manuel seguia viagem,

muito pálido, sua mãe ia com

ânimo e a sua avó acabrunha-

da.

As barcas ainda não tinham

atracado ao iate quando apare-

ceu na vila um automóvel com

revolucionários civis, armados

de carabinas e munidos de

bombas, que disseram para

atirar para a praia, se tivessem

chegado a tempo de impedir o

embarque.

José Silva e Juliana, 9º A

e de seleccionar os problemas

desse mesmo sistema, apoian-

do o Partido Regenerador Libe-

ral de João Franco.

Ana Sousa, Ariana Lino, Luís

Alvares e Rita Brito, 9ºB

Page 8: Face ao Douro Nº 33

Página 8

Esc o l a

FACE AO DOURO

No passado dia 24 de

Setembro, um grupo de pro-

fessores e alunos da nossa

Escola deslocaram-se a Ourém

para receber o Galardão

“Bandeira Verde 2010”, no

âmbito do Programa Eco-

Escolas.

Foi com muita satisfação

que toda a comunidade escolar

recebeu a notícia de que a nos-

sa Escola tinha sido distinguida

pelas suas boas práticas

“Bandeira Verde 2010”

Cerimónia de entregue do

Galardão

ambientais desenvolvidas no

ano lectivo transacto. A adesão

ao Programa Eco-Escolas foi

feita pela primeira vez no ano

lectivo de 2009/2010 e de for-

ma muito positiva todos os

Professores, alunos e demais

comunidade escolar “abraçou”

este projecto promovido pela

ABAE. Ao longo do ano lectivo

foram desenvolvidas várias

actividades/iniciativas que con-

tribuíram para uma melhoria

global do ambiente da escola e

da comunidade. Este esforço

foi reconhecido através da atri-

buição de uma Bandeira Verde,

que certifica a existência, na

Escola, de uma educação

ambiental coerente e de quali-

dade.

Cabe agora a cada um a

responsabilidade de continuar

a envolver-se nos projectos

desenvolvidos no âmbito do

Programa Eco-Escolas para

continuarmos a ser uma Eco-

Escola.

Equipa do Eco-Escola

O Contador de Histórias na

Biblioteca Escolar

Há uma tendência natural e,

sem intenção de menosprezar

os anos de escolaridade mais

avançados, em promover

acções mais dirigidas aos alu-

nos do terceiro ciclo, conside-

rando-se que é pelos mais

novos que se deve começar a

despertar o gosto pela leitura e

a habituá-los a momentos de

relevo cultural. No entanto, e

apesar destas razões, uma das

propostas de melhoria apre-

sentada pela BE no seu relató-

rio de avaliação de 2009/2010

consistia em promover activi-

dades dirigidas ao ensino

secundário. Assim sendo, o

grupo sediado em Tomar O

Contador de Histórias foi convi-

dado a fazer dois workshops.

“As pessoas de Fernando”,

dirigido aos alunos do 12º ano,

cativou pela leitura de textos

diversificados de Fernando

Pessoa, reveladores da sua

fragmentação e despersonali-

zação. Para os alunos que

estavam a introduzir a temáti-

ca nas suas aulas de Portu-

guês, e a avaliar pelas repos-

tas aos questionários feitos

posteriormente, esta activida-

de ajudou-os a entender

melhor a questão da heteroní-

mia de Pessoa e a conhecer

mais textos do mesmo autor.

“Dá-me aí meio quilo de

Poesia”, dirigidos a alunos do

11º ano, teve como objectivo

despertar o gosto e a curiosi-

dade por textos poéticos, tam-

bém eles muito diversos e de

vários autores, a título de

exemplo, Camões, José Luís

Peixoto, António Lobo Antu-

nes…

Num ambiente de boa dis-

posição, várias emoções foram

despertadas pelos textos crite-

riosamente seleccionados.

Ambas as acções tiveram um

impacto positivo nos nossos

alunos e foram do agrado dos

mesmos, facto que dá alento à

equipa da BE na preparação de

outras actividades do mesmo

género.

Mª do Rosário Meireles

Coordenadora

DIA EUROPEU DAS LÍNGUAS

“EUROPEAN DAY

OF LANGUAGES”

The English Day took place

on the 28th September. It was

celebrated in our school in the

canteen which was decorated

with English Symbols, like the

British flag.

The main course was “Fish

and Chips”, a traditional eng-

lish food, and the most part of

the students loved it.

We think that this kind of

initiatives should be repeated.

Jorge Santos, 11º D

Page 9: Face ao Douro Nº 33

Página 9

Esc o l a

VISITAS DE ESTUDO FACE AO DOURO

No dia 7 de Outubro de 2010, três turmas do Curso de Línguas e

Humanidades do ensino secundá-rio da Escola Diogo de Macedo dirigiram-se

à Quinta de Santa Eufé-mia, no concelho de

L a m e g o , em pleno Alto Douro Vinhateiro, considerado Património

da Humani-dade, pela UNESCO.

A Quinta de Santa Eufémia é mais um

relicário de história ímpar do Vale do Douro.

O Douro é um paraíso misterio-so, e é neste percurso de segredos e de regresso às origens da terra que nascem os chamados vinhos generosos.

Ao longo da paisagem humani-zada do Douro foram construídos

vários socalcos de vinha, de onde a população duriense extrai o

saboroso vinho do Porto. Eram exactamente 8h e 45m,

quando esta comunidade escolar saiu da escola a caminho da

Régua, debaixo de um céu muito nublado.

Ao longo da viagem para a Régua fomos apreciando a belíssi-

ma paisagem do Douro. Por volta das 11h, chegamos e fomos bafe-jados por um magnífico sol de

„Verão‟. Encaminhamo-nos logo para os socalcos durienses para aprendermos e praticarmos a vin-dima. Vindimamos durante cerca uma hora, o suficiente para ficar-mos exaustos. A população do

Douro trabalha desde o nascer até ao pôr-do-sol, numa labuta diária dura e contínua, sem esmorecer.

Depois do almoço, dois guias da Quinta de Santa Eufémia mos-

traram-nos os vários processos de transformação do Vinho do Porto

até ser enviado para o mercado. No fim da visita ofereceram, aos mais velhos, um cálice de Vinho do Porto e uma fatia de bolo a

todos. No regresso, o autocarro pas-

sou pelo centro da Régua e os alu-nos aproveitaram para comprar os

famosos e saborosos rebuçados, que tanta falta nos irão fazer nas noites frias de Inverno.

Por volta das 19h chegamos à escola, num clima de chuva, depois de uma visita de estudo maravilhosa.

Com esta visita de estudo vin-

dimamos, observamos a bela pai-sagem do Douro e os vários pro-cessos de transformação do vinho

do Porto, conhecemos a Régua… enfim, uma visita de estudo que ficará na memória!

Rafael Santos e Rui Oliveira 12ºC

Régua e Vale do Douro

« Vendanges? Aujourd‟hui, qui

vendange? C‟est un travail pour les vieux », pense la plupart des jeunes mais peut être un emploi

très important. Jeudi, sept octobre, les classes

d‟humanités sont allées visiter la ferme Santa Eufémia (Régua) et,

selon moi, ce voyage a été très amusant et différent.

Après, le voyage d‟autobus, qui nous a permis de bavarder avec les autres classes, nous som-mes arrivés á la ferme et nous

avons vendangé. C‟est pourquoi nous avons fait un autre voyage en camion. Ce voyage a été diffé-

rent des autres car nous sommes emmenés parmi les vignes où on a

pu voir les couleurs verdâtres et rougeâtres des feuilles des vigno-les. Super…fantastique!

Vendanger n‟est pas ennuyeux,

c‟est un travail qui nous permet apprendre beaucoup de choses et admirer aussi le beau paysage prés du fleuve Douro. Tout a été

magnifique: le paysage, le soleil brillant…parfait!

À l‟heure du déjeuner, nous

avons eu l‟opportunité de prendre des photos et de connaître un peu la région. L‟après-midi, nous avons appris l‟histoire de la famille et de la ferme; nous avons eu une visite guidée par un élément

de la famille qui nous a informé tout sur la fabrication du vin du Porto et du vin de table: la maniè-re comme les machines fonction-

naient, les pressoirs, les tonneaux et les pipes.

Une curiosité : vous savez que les raisins, après être pressés, sont ceux qui font le marc?

Nous avons connu aussi les

fruits de l‟arbousier très appréciés qui sont très bons et qui font une eau-de-vie délicieuse!

Pendant l‟après-midi, nous

avons dégusté le vin du Porto et nous sommes revenus avec une certitude : nous avons aidé á rem-

plir une bouteille de vin du Porto ou vin de table.

Avant de rentrer á l‟école, nous avons acheté les célèbres bonbons da Régua et le retour a été très animé et communicatif.

Ce voyage va être rappelé, grâ-ce á la qualité du vin et á la joie des élèves et des professeurs.

La classe: 11ºC

« Une journée aux vendanges dans la ferme Santa Eufémia »

Page 10: Face ao Douro Nº 33

Página 10

Esc o l a

FACE AO DOURO

fotografias, os vídeos e as

músicas.

Esta foi uma oportunidade

para saber mais sobre a Histó-

ria recente de Portugal e sobre

os valores inerentes à constru-

ção de uma Democracia. Além

disso, foi importante conhecer

a Cadeia da Relação, patrimó-

nio histórico, cultural e social

da cidade do Porto. Foi ainda

marcante descobrir histórias de

presos, conhecidos e anóni-

mos, que passaram por aquele

espaço.

11ºD

A exposição procurava

retratar “rostos, gestos,

momentos da vida” dos portu-

gueses cuja resistência e luta

foi essencial na construção da

democracia portuguesa. A

organização esteve a cargo do

Centro Português de Fotografia

e da Comissão para as Come-

morações do Centenário da

República.

Os painéis, expostos nas

antigas enxovias prisionais,

percorriam historicamente os

caminhos da conquista da

liberdade. Os núcleos iam des-

de O Caminho da República

1891-1910 até ao 25 de Abril

de 1974, passando pela

implantação da República, ins-

tauração da ditadura e pela

construção da Resistência.

Nesta resenha histórica, para

além da informação, também

complementada pela guia da

exposição, impressionaram as

No dia 4 de Outubro de

2010, a turma do 11º D do

Curso Profissional de Técnico

de Análises Laboratoriais visi-

tou a exposição RESISTÊN-

CIA: DA ALTERNATIVA

REPUBLICANA À LUTA CON-

TRA A DITADURA (1891-

1974), patente na Cadeia da

Relação do Porto, no âmbito

das disciplinas de Área de Inte-

gração e Português.

VIAGEM AO PASSADO

Dia do Diploma

No transacto dia 8 de

Setembro, ainda antes de as

aulas começarem, foi comemo-

rado na ESDM o Dia do Diplo-

ma. O objectivo principal desta

celebração, que é encorajada

pelo Ministério da Educação, é

valorizar os alunos que termi-

nam o ensino secundário, atra-

vés da entrega de um certifica-

do.

Para além da certificação da

conclusão do secundário,

foram entregues os prémios

referentes aos melhores alunos

dos cursos tecnológicos e cien-

tífico-humanísticos, tendo sido

premiados respectivamente a

aluna Isolete Gonçalves e eu

próprio, Pedro Castro.

Como é óbvio, foi uma noite

feliz para todos, uma vez que

pudemos comemorar um

momento importante das nos-

sas vidas. Esta cerimónia mar-

cou uma ligeira diferença,

cujos efeitos se começam a

sentir gradualmente: o ensino

secundário terminava, e

abriam-se as portas para um

mundo académico completa-

mente desconhecido.

Mais importante, talvez, do

que este momento solene, foi

o facto de todos podermos

estar juntos novamente, após

as férias de Verão. Foi bom

poder matar saudades de

todos os bons momentos pas-

sados nesta escola que nos

acolheu ao longo de todos

estes anos. Uma última pala-

vra de agradecimento e de

muitas saudades.

Pedro Castro

Page 11: Face ao Douro Nº 33

Página 11

As eleições para a Associação de Estudantes tiveram lugar no dia 11 de Novembro, dia de São Mar-tinho, tendo saído vencedora a

lista Z que obteve 281 votos (53,73%), contra os 230 votos

obtidos pela lista C, corresponden-tes a 43,97%, dos 523 eleitores presentes na segunda volta do acto eleitoral.

A este acto eleitoral apresenta-

ram-se três listas, a lista C que apresentava como candidato a presidente da Direcção da AE o aluno César Rafael Santos Vieira, da turma C, do 12º ano de escola-ridade, a lista U, com Armando

Martins, da turma A, também do 12º ano e a lista Z, liderada por

José Eduardo Velho Borges, da turma A, do 10 º ano de escolari-dade.

Como habitualmente a campa-nha eleitoral decorreu de uma for-

ma muito animada, com muita música, muito entusiasmo, muita participação, mas com muito pou-ca discussão de ideias e projectos, os quais se limitaram ao Plano de Actividades proposto por cada lista e que foram afixados, pela Direc-

ção da Escola, no Polivalente para

conhecimento de toda a Comuni-dade Escolar.

De destacar o civismo que esteve presente, de uma forma geral, em toda a Campanha e que

revela um acentuado espírito de

participação cívica e de maturida-de democrática de candidatos e eleitores. Os dois momentos de voto decorreram também de for-

ma ordeira, tendo os membros da Mesa Eleitoral desempenhado a sua missão com brilho e compe-tência, no que foram auxiliados pela forma como todos os alunos assumiram a sua cidadania.

Esse entusiasmo traduziu-se

numa elevada participação nos dois actos eleitorais, sendo que na primeira volta das eleições partici-param 543 alunos, corresponden-tes a 72,3% do total dos eleitores, votos que se distribuíram pelas

três listas presentes (Lista C, 195 votos, 35,9%, Lista U, 143 votos, 26,3% e Lista Z, 201 votos, 37,5%).

De relevar a forma como venci-dos e vencedores encararam os resultados eleitorais, sendo que a

partir do momento da sua eleição a lista vencedora passa a repre-sentar todos os alunos da Escola, os quais terão também de contri-buir para que os projectos apre-sentados possam ser cumpridos.

Esc o l a

FACE AO DOURO

No dia 3 de Novembro recebe-mos na nossa escola o CATIM (Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metal ou Mecânica), que

nos deu a conhecer os projectos “Pense Indústria” e “F1 in School”.

Estes poderão ser elaborados nas disciplinas de Área de Projecto ou Tecnologias da Informação e Comunicação.

Esta visita foi de enorme

importância, já que permitiu aos alunos adquirir conhecimentos e apoios tecnológicos para a realiza-ção do projecto.

Os contactos, para quem esti-ver interessado em participar,

são: www.catim.pt/pi

[email protected] [email protected]

Refere-se que irão decorrer mais sessões nos dias 16 e 18 de Novembro.

12ºB

PERSONALIDADES DA REPÚBLICA

SESSÕES CATIM

Manuel de Arriaga Nasceu em 1840. Foi dirigente e um dos principais ideólogos do Partido Republicano Portu-guês. Faleceu em 1917 dois anos depois de ter abandonado a Presidência da Republica.

Teófilo Braga Nasceu em 1843. Depois de ter presidido o Governo Provisório da República Portuguesa, a sua carreira política terminou após exercer o cargo de Presidente da República. Faleceu em 1924.

Bernardino Machado Nasceu em 1851. Foi o terceiro e o oitavo Presidente da República. Faleceu em 1944.

José Relvas Nasceu em 1858. Foi um político português. Faleceu em 1929.

António José de Almeida Nasceu em 1866. Foi um político do Partido Republicano Português e o sexto presidente da República Portuguesa. Faleceu em 1929.

Afonso da Costa Nasceu em 1871. Foi político republicano, estadista português, um dos principais obreiros da implantação da República e uma das figuras dominantes da Primeira Republica. Faleceu em 1937.

António Maria da Silva Nasceu em 1872. Foi um político português e um dos membros da Alta Venda que dirigia a organização revolucionária republicana Carbonária Portuguesa. Faleceu em 1950.

Associação Estudantes

Lista Z vence Eleições AE

Page 12: Face ao Douro Nº 33

Página 12

Os seus significados e segredos...

Verde – Simboliza a esperança. Vermelho – Simboliza a cora-

gem e o sangue dos portugueses mortos em combate.

Esfera armilar – Simboliza o mundo que os navegadores portu-gueses descobriram nos séc. XV e

os povos com trocaram ideias e comércio.

Os sete castelos – Simbolizam as localidades fortificadas que D. Afonso Henriques conquistou aos mouros.

As cinco quinas – Simbolizam

os cinco reis mouros que D. Afon-so Henriques venceu na batalha de Ourique.

Pontos dentro das quinas – Representam as cinco chagas de Cristo. Diz-se que na Batalha de

Ourique, Jesus Cristo crucificado apareceu a D. Afonso Henriques, e disse: “ Com este sinal, vence-rás!”. Contando as chagas e dupli-cando as chagas da quina do meio, perfaz-se a soma de 30 dinheiros que Judas recebeu por

ter traído Jesus Cristo.

Fabiana Soares, João Amorim,

Ana Santos, 9º A

A Bandeira de Portugal é um dos símbolos

nacionais. O modelo da actual bandeira

foi aprovado por Dec. nº

141 da Assembleia Nacional Cons-tituinte de 19 de Junho de 1911,

após ser seleccionado, entre várias propostas, por uma comis-são cujos membros incluíam Columbano Bordalo Pinheiro, João Chagas e Abel Botelho, sendo as suas dimensões e descrição mais

pormenorizada, definidas pelo Dec. de 30 de Junho de 1911.

No entanto, já desde a procla-mação da República Portuguesa, a 5 de Outubro de 1910, que eram usadas bandeiras provisórias semelhantes ao modelo que viria a

ser aprovado oficialmente. A bandeira tem um significado

republicano e nacionalista. A comissão encarregada da sua cria-ção explica a inclusão do verde por ser a cor da esperança e por estar ligada à revolta republicana

de 31 de Janeiro de 1891.

FACE AO DOURO

A nossa bandeira

O Palácio das Necessidades

localiza-se no Largo do Rilvas,

em Lisboa.

O palácio tornou-se residên-

cia dos reis da Dinastia de Bra-

gança a partir de Maria II de

Portugal, à excepção do seu

filho Luís I de Portugal, que

preferiu o Palácio da Ajuda.

Na revolução contra a

monarquia, a Marinha aderiu

imediatamente à revolta tendo

-se juntado outros militares de

baixa patente de ideais repu-

blicanos. Os navios Adamastor

e São Rafael prepararam-se

para o bombardeamento ao

Palácio das Necessidades, que

se veio a efectuar no dia

seguinte (5 de Outubro de

2010). Não obstante a oposi-

ção do cruzador D. Carlos, as

operações navais rapidamente

foram controladas.

Miguel Ângelo, Nuno Ricardo e Ricardo André, 9ºA

O bombardeamento do

palácio das necessidades

O Hino Português

Heróis do mar, nobre povo,

Nação valente, imortal,

Levantai hoje de novo

O esplendor de Portugal!

Entre as brumas da memória,

Ó Pátria sente-se a voz

Dos teus egrégios avós,

Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!

Sobre a terra e sobre o mar,

Às armas, às armas!

Pela Pátria lutar!

Contra os canhões

Marchar, marchar!

Ana Catarina, Ana Cláudia

Márcia Guedes e Teresa Machado 9º C