correio do douro #30

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Pág.14 Opinião Págs. 2,3 VISITA INTERNACIONAL DE CIENTISTAS À SERRA DE SANTA JUSTA Pág. 4 Pág. 13 À CONVERSA COM... António Manuel de Almeida Dias presidente da CESPU - Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário, CRL Págs. 6, 7 e 10 CESPU: : Iniciativa inédita dá frutos O Município de Gaia e a Caixa Geral de Depósitos concretizaram o compromisso assumido, através de um protocolo celebrado em De- zembro do ano passado, e entregaram as primeiras habitações no âm- bito do “Programa Arco-Íris/Novos Horizontes para o Arrendamento”. Pág. 5 Pág. 14 Pág. 4

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Jornal Quinzenal Regionalista

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Page 1: Correio do Douro #30

Pág.14

Opinião

Págs. 2,3

VISITA INTERNACIONAL DE CIENTISTAS À SERRA DE SANTA JUSTA

Pág. 4

Pág. 13

ÀCONVERSACOM...António Manuel de Almeida Diaspresidente da CESPU - Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário, CRL

Págs. 6, 7 e 10

CESPU: :

Iniciativa inédita dá frutos

O Município de Gaia e a Caixa Geral de Depósitos concretizaram o compromisso assumido, através de um protocolo celebrado em De-zembro do ano passado, e entregaram as primeiras habitações no âm-bito do “Programa Arco-Íris/Novos Horizontes para o Arrendamento”.

Pág. 5

Pág. 14

Pág. 4

Page 2: Correio do Douro #30

31 de Maio 2011CD2

ESPAÇODEOPINIÃO

Crónica Marco António Costa

Vice-presidente da Comissão Politica Nacional do PSD

ficha técnica

CORREIO DO DOURO – QUINZENÁRIOwww.correiododouro.pt

Propriedade Condor Publicações, Lda.| Contr. 508923190 |

Sede e Redacção Rua Dr. João Alves Vale, 78 – Est. D – 4440-644 VALONGO | Tel. 224210151 – Fax 224210310

Director | Oscar Queirós Subdirector | José Luís Pinto Chefe de Redacção | João RodriguesRedacção e Colaboradores | Victorino de Queirós - J. Ro-cha - J. Silva - E. Queirós -Nuno Victorino - Marquês do Vale.Fotografia - Editor | Miguel Pereira - João Rodrigues Filho

Correio Electrónico:

A táctica da omissão

“Ter escravos não é nada, mas o que se torna intolerável é ter escravos chamando-lhes cidadãos.”

(Denis Diderot)

O passado dia 20 de Maio ficará na história política recente como aquele em que o actual primeiro-ministro “gaguejou e ficou sem pio” num debate televisivo perante os pedidos de explicação feitos pelo líder da Oposição.

Ficou claro no debate entre José Sócrates e Passos Coelho o novo estilo do líder socialista: não responder às suas responsabilidades, não falar do que teria que fazer se fosse de novo Governo e limitar o seu discurso ao ataque e à maledicência sobre as propostas do PSD.

A nova táctica eleitoral do primeiro-ministro passou de prometer o que sabia não poder cumprir para o não falar sobre aquilo que sabe que vai ter que fazer, nomeadamente mexer na Taxa Social Única, como se compro-meteu com a Comissão Europeia, o Banco Europeu e o FMI. Esta escolha pela omissão intencional no programa e no debate revela a forma pouco séria como o PS entrou nesta campanha que é directamente proporcional ao desespero de quem pressente uma significativa derrota eleitoral.

O programa socialista é simples de resumir: é um conjunto de generalida-des, sem medidas concretas e que se limita a prosseguir a política desastro-sa que trouxe Portugal e os portugueses à calamitosa situação em que nos encontramos.

A discussão em torno da Saúde, que o PS gosta muito de levantar, é para-

digmática da diferença que vai entre o discurso e a realidade. A ver-dade é que, através do aumento da taxa moderadora, da malograda tentativa (evitada pelo PSD) de criar taxas de internamento e de cirur-gia e pela infeliz diminuição da comparticipação nos medicamentos, o Governo socialista desvirtuou o que deviam ter sido medidas de racionalização do uso do Sistema Nacional de Saúde e transformou--as numa forma de financiamento encapotada a somar aos impostos que os portugueses já pagam. Também ao contrário do que o Gover-no afirma, o co-pagamento na Saúde já existe, por exemplo, nos ca-sos em que, por ordem do SNS, o utente recorre a serviços ou clínicas privados para tratamentos e meios de diagnóstico complementares (radiografias, análises, fisioterapia, etc) em que o beneficiário paga parte dos serviços, apesar de não ser tido nem achado na escolha por se tratar de um acto de responsabilidade exclusiva médica. E não nos alongamos aqui no que acontece no Plano Nacional de Vacinas, em que vacinas que custam 6 euros ao Estado são vendidas aos utentes por 100 euros...

E a desorientação é tanta que o PS até já fala da “doutrina social da Igreja” quando nunca um Governo como o que agora está a ser ava-liado mostrou tanta desconfiança e atacou tanto o sector social da Igreja. Um partido que tanto usa e abusa do laicismo e da separação do Estado vir agora invocar em sua defesa os conceitos e as práticas que sempre desprezou é, no mínimo, descaramento.

Menos meios para combater incêndiosA diminuição de meios de combate aos incêndios não é o que preocupa mais a Associação Portuguesa de Técnicos de Segurança e Protecção Civil (Asprocivil), que denuncia a ausência de prevenção.Mais do que a redução de 20 por cento dos meios de combate aos si-nistros, a Asprocivil alerta que não se está a fazer nada em termos de prevenção.“Há responsabilidade legal das câmaras municipais, dos proprietá-rios, da direcção-geral das Florestas [actual Autoridade Florestal Nacio-nal], das concessionárias das auto-estradas, da Estradas de Portugal, das associações de proprietários florestais, que não cumprem a lei nomeadamente no que toca à definição das áreas de prevenção e protecção e também da limpeza de material combustível nas nossas matas”, acusa Ricardo Ribeiro, presidente da Asprocivil.No que respeita à redução de meios prevista para esta época de fogos, Ricardo Ribeiro diz-se preocupado, mas nem tanto porque, afirma, “há alguma reorganização dos meios que parece bem executada”.A preocupação vai mesmo para a ausência de prevenção, que devia já estar a ser feita.“Isto é um sinal muito grave relativamente ao facto de nos estarmos a aproximar do verão e de nada estar a ser feito. E obviamente que o facto de termos diminuído em 20 por cento os meios operacionais ain-da confere mais importância à necessidade das medidas preventivas”, afirma.O presidente da Asprocivil alerta também para outra falha, ao nível dos meios de suporte e apoio à intervenção, nomeadamente “a criação, manutenção e alargamento de aceiros que permitam o acesso dos

meios operacionais à zona do sinistro e também a colocação de meios para reabastecimento”.“Há coisas mais importantes que a diminuição dos 20 por cento dos meios de combate aos incêndios, é preciso alertar que mais importan-te são as medidas de prevenção” sublinha.A lei diz que os municípios devem manter as matas e florestas do seu concelho limpas até meados de Abril e, no caso de os proprietários dos terrenos não as limparem, compete ao município providenciar essa lim-peza e apresentar a factura ao proprietário.

Crise

Page 3: Correio do Douro #30

CD 331 de Maio 2011

Opinião

PorAfonso Lobão*

Sobrado e o FuturoÉ a freguesia mais rural do concelho, com núcleos ainda caracterís-ticos, embora marcada negativamente pelas explorações industriais desqualificadas, típicas dos anos 70 e 80 do século passado.Está incluída no conjunto das freguesias com características ru-rais envolventes da área metropolitana, e, como tal, com acesso a programas de financiamento específicos para valorização, quer do espaço público quer das actividades económicas directamente relacionadas, quer em conjunto com outras freguesias com caracte-rísticas idênticas, quer isoladamente.A aposta na agricultura é seguramente um valor de futuro, a desen-volver, pelas características naturais do concelho e pela sua localiza-ção, agora com fáceis e rápidos acessos a toda a área metropolita-na.Em simultâneo, e em sintonia alguns tipos específicos de turismo podem ser enquadrados na paisagem da freguesia, como forma de manter e valorizar o seu património natural.Sobrado mantém características sociais e físicas muito próprias e identitárias, que importa manter e mesmo valorizar, para o que muito contará o incentivo institucional, ao promover um espaço mais humanizado, mais qualificado, mais justo, mais acessível, mais solidário, e assim ajudar a construir um futuro melhor para a fregue-sia.O centro de Sobrado é o único centro claramente definido, com particularidades físicas e espaciais que assim o tornam ímpar em todo o con-celho, sendo o Largo do Passal um espaço pleno de potencial por explorar, quer na sua caracterização e qualificação, quer na sua vivência diária, pois trata-se de uma área muito utilizada pelos sobradenses.Após as intervenções na Igreja Matriz e na escola de ensino básico, afigura--se a oportunidade de requalificar o centro de Sobrado, conferindo nova dignidade ao espaço público e à envolvente da igreja, recentemente remo-delada, em consonância com os equipamentos envolventes, redefinindo o espaço de ‘praça pública’ e de jardim comunitário, sem perder as suas funcio-nalidades complementares, como a feira semanal e os festejos do S. João. É visível que embora a freguesia esteja devidamente servida por equipamen-tos públicos, está carente de qualificação do espaço público em geral e na envolvente directa desses. Incrementar a dignidade do centro e dos espaços públicos constituintes deverá ser uma prioridade, assim como a sua articula-ção com a rede viária envolvente.A requalificação e articulação da estrutura viária local viria beneficiar sobre-maneira toda a freguesia, ainda mais se acrescida da conclusão das ligações à infra-estrutura concelhia.Embora seja local de passagem para o concelho de Paredes, a definição institucional de apostas claras no sector empresarial pode alterar a dinâmica económica do concelho, beneficiando da ligação a infra-estruturas metropo-litanas.Por isso, na revisão do plano director municipal, vulgarmente designado como de 1a geração, é imperativo atender á necessidade de elaborar, pru-dentemente, urna avaliação estratégica das suas condições de desenvolvi-mento e uma adequada e exigente avaliação dos resultados do plano di-rector municipal em vigor. O PDM é, deve ser, a configuração jurídica de um

projecto de desenvolvimento, de actuação sobre o território e sociedade e redes de suporte ao progresso consistente e de atractividade durável. É essencial o Projecto Estratégico que suporta a revisão de um Plano Director Municipal (contrato maior para o progresso de um município) e a atitude expressa na sua revisão, que se reflecte no ambiente e qualidade do espaço vivenciado do município. Para isso falta a identificação de acções a desenvolver, o seu faseamento, os agentes envol-vidos e as fontes de financiamento.É, assim, necessário concluir as alternativas ao sistema viário existente, em simultâneo com a qualificação do ambiente urbano local, terminar as vias de articulação com o resto do concelho, nomeadamente a Via da Lomba, dignificar ruas e passeios, funcionais, realistas e adequadas à dimensão dos locais, sem exageras dimensionais. Criar espaços públicos que valorizem e potenciem a fruição dos equipamentos públicos existentes, a identidade social e espacial da freguesia, e que permitam manter o sentimento de ‘sítio’ característico de Sobrado. Utilizar as taxas e os impostos para atrair a fixação de tais oportunidades de trabalho e de mais residentes, e incenti-var a fixação de actividades agrícolas e de serviços associados.Dignificar e divulgar o património natural e ambiental existen-tes, mas ao longo de todo o território passível de exploração,

incentivando as actividades agrícolas ou de apoio turístico.Melhorias na rede viária, tratamento das margens e das águas do Rio Fer-reira, (aproveitemos o Rio Ferreira tal como o fez Mirandela com o seu Tua) resolução das entorses que impedem a posse do Campo de Jogos a favor do Sobrado, apoio às colectividades culturais, desportivas, sociais e recreativas, deve mobilizar os esforços da Câmara Municipal.E, por falar em património cultural e em turismo, não posso deixar de me congratular com os passos que estão a ser dados no sentido de valorizar em termos culturais a Festa dos Bugios e Mourisqueiros e, potenciar o inte-resse turístico que lhe está associado. Aproximamo-nos do mês de Junho, o mês da Bugiada em Sobrado, festa que como todos sabemos ultrapassa em prestígio as fronteiras do concelho e faz deslocar à Vila milhares de forastei-ros interessados em assistir a uma realização que é única no País e que enche de orgulho todos os sobradenses. Na nossa candidatura à autarquia defen-demos que esta realização fosse candidatável a Património cultural imate-rial. Lembramo-nos bem dos sorrisos irónicos que esta proposta provocou, então, junto daqueles que sem ideias desdenham do novo, da inovação e do futuro.Reafirmei isso em reunião desta Câmara em 27 de Novembro de 2009. Pois bem: Embora me pareça que seria de bom-tom conhecermos já melhor os contornos dos passos que estão a ser dados para prestigiar a Festa da Bugia-da, fica aqui e para que conste a nossa satisfação por vermos acolhida e em desenvolvimento esta nossa promessa eleitoral. Para nós não importa quem faz. O que é preciso é que se faça!

* Vereador do PS na C.M. Valongo (este texto é um excerto da intervenção numa recente sessão do Executivo Municipal)

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31 de Maio 2011CD

Actualidade

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Valongo

Valongo e o valor do patrimó-nio geológico existente na Serra de Santa Justa estiveram em destaque em Alcalá de Henares (Madrid) durante o 11º Simpósio sobre o Sistema Ordovícico*, que decorreu recentemente na capital espanhola. Nesse congresso científico discutiram-se resul-tados de uma visita de estudo realizada por um grupo de 30 cientistas – provenientes de instituições e centros de in-vestigação de Austrália, China, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Portugal, República Checa e Rússia – ao

Parque Paleozóico de Valongo. Em Valongo, os especialistas tiveram

a oportunidade de observar formações geológicas com mais de 400 milhões de anos, altura em que o território de Va-longo estava ainda parcialmente coberto

por mar. Entre os presentes encontra-ram-se o Presidente da Comissão Inter-nacional de Estratigrafia, Prof. Stanley Finney, da Universidade da Califórnia (EUA), e o Presidente da Subcomis-são Internacional do Ordovícico, Prof. David Harper, da Universidade de Co-penhaga (Dinamarca), bem como Gu-tierrez Marco, do Conselho Superior de Investigação Científica de Madrid.

Segundo explicaram, o Parque Pale-ozóico de Valongo é uma das zonas do planeta onde se situam os mais impor-tantes afloramentos e rochas do período do Ordovícico. Artur Sá, do Departa-mento de Geologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), frisou que Valongo “é um livro aberto” acerca da geologia desta época.

Os cientistas visitaram em primeiro lugar a Serra de Santa Justa, datada do Ordovícico Inferior (480 milhões de anos), com pistas fósseis de trilobites e vermes desconhecidos, realizadas em ambientes costeiros nas margens do anti-go continente Gondwana. Seguiram com o estudo da Formação Valongo, em cujas ardósias se encontram os mundialmente famosos fósseis de trilobites conhecidos já desde 1849. Finalmente, guiados pelo Professor Artur Sá, da UTAD, foram in-

vestigadas as rochas formadas durante a glaciação dos finais do Ordovícico, há 445 milhões de anos. Estas últimas apa-recem num afloramento excepcional nas imediações do Sanatório da Serra e são muito similares às estudadas em diver-sos países do Norte de África pelo Prof. Jean-François Ghienne, da Universida-de de Estrasburgo (França), igualmente presente neste grupo.

Em paralelo com a visita realizou-se, no Centro de Interpretação Ambiental, com o apoio de Carlos Dias e Jorge Pe-reira, uma exposição representativa de fósseis de trilobites da região.

A visita científica contou com a cola-boração da Câmara Municipal de Valon-go e do Parque Paleozóico de Valongo.

* Na escala de tempo geológico, o Ordovícico é o período da era Pale-ozóica do éon Fanerozóico que está compreendido entre 488 milhões e 300 mil e 443 milhões e 700 mil anos atrás, aproximadamente. O período Ordo-viciano sucede o período Cambriano e precede o período Siluriano, ambos de sua era. Divide-se nas épocas Ordo-viciana Inferior, Ordoviciana Média e Ordoviciana Superior, da mais antiga para a mais recente (in Wikipédia)

VISITA INTERNACIONAL DE CIENTISTAS À SERRA DE SANTA JUSTA

VALONGO “É UM LIVRO ABERTO” DE GEOLOGIA

FESTA DA CRIANÇA EM ALFENA

A Junta de Freguesia de Alfena vai celebrar no próximo dia 4 de Junho a Festa da Criança. A iniciativa prevê diversas actividades que certamente proporcionarão muitos momentos de alegria aos mais jo-vens alfenenses. Todas as crianças e respectivas famílias estão convi-dadas a participar nesta celebração.

A autarquia celebra o Dia Mundial da Criança não na data origi-nal, mas a 4 de Junho, com a Festa da Criança, que em 2011 decorre num sábado, para que o programa possa decorrer ao longo da tarde de um fim-de-semana e não apenas num curto período de um dia de trabalho.

Assim, a partir das 15h00 do próximo sábado, o Centro Cultural de Alfena acolhe este evento, que “pretende ser uma homenagem aos filhos da terra”, oferecendo um alegre convívio com diversas activi-dades lúdicas (insufláveis, jogos, entre outros) e culturais (pintura, teatro e dança).

Há mais de duas décadas que este dia é celebrado em Alfena, sem-pre numa lógica de reconhecimento da importância das crianças não só no seio familiar, mas como elementos fundamentais no presente e no futuro de qualquer terra.

A organização pertence à Junta de Freguesia, que conta com os apoios do Agrupamento de Escolas de Alfena, do Infantário de São Vicente, do Infantário do Centro Social e Paroquial de Alfena e Câ-mara Municipal de Valongo.

À semelhança do ano passado, o Município de Valongo, em par-ceria com o ACES de Valongo, organiza um evento promotor de ali-mentação saudável em meio escolar. É o culminar de mais um ciclo do PASSE – Programa de Alimentação Saudável em Saúde Escolar – desenvolvido nas escolas EB1/JI do Concelho.

No decurso do ano lectivo 2010/2011 este programa envolveu as seguintes escolas: EB1/JI do Outeiro, EB1/JI da Retorta, EB1/JI dos Moirais e EB1/JI de Balselhas, da Freguesia de Campo; EB1/JI das Saibreiras, da freguesia de Ermesinde; EB1/JI do Barreiro, EB1/JI do Xisto e EB 2,3 de Alfena, da Freguesia de Alfena e, por último, EB1/JI da Estação, da freguesia de Valongo. As crianças e alunos destas esco-las participaram em actividades desenvolvidas em contexto de sala de aula, pretendendo-se de forma lúdica e divertida transmitir às crian-ças envolvidas conceitos importantes sobre alimentação, saúde oral, actividade física, saúde mental e comportamentos salutogénicos.

O evento final tem como objectivo a divulgação e disseminação das aprendizagens efectuadas durante o ano junto de pares, encarre-gados de educação e população em geral e irá realizar-se de acordo com o programa de actividades em baixo.

PROGRAMA 1 de Junho - Fórum Cultural de Ermesinde 10H00: Espectáculo “Alimentação Saudável” 8 de Junho Centro Cultural de Campo10H00: Espectáculo “Alimentação Saudável”1-07 de Junho - Fórum Cultural de Ermesinde-Exposição7-14 de Junho - Escola EB2,3 Padre Américo-Exposição

PASSE – PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL EM SAÚDE ESCOLAR

O Grupo de Teatro da Escola Básica 2/3 de Sobrado apresenta até 3 de Junho a peça “Todos os rapazes são gatos”, de Álvaro Magalhães.

As representações terão lugar no Centro Cultural da Freguesia, de manhã e outra à tarde para os alunos das escolas do agrupamento.

Dia 3 às 21h será a representação para a restante comunidade es-colar.

Segundo os responsáveis, a entrada tem um custo (simbólico) de 2 “gatinhos” por pessoa.

TEATRO NO CENTRO CULTURAL

Sobrado

A Direcção do Agrupamento Verti-cal de S. Lourenço e as suas Bibliotecas

vão levar a efeito a apresen-tação do livro “Juntos por uma Escola Melhor”, com base no Projeto Escrita Cria-tiva- violência em contexto escolar.

Trata-se de uma obra da autoria dos alunos do Agru-pamento e seus professores, que durante o ano lectivo reflectiram a problemática da violência, na sala de aula. Os textos apresentados são o

culminar de uma reflexão que se espe-ra venha contribuir para a diminuição deste problema.

O lançamento do livro vai realizar -se em três escolas do Agrupamento nas seguintes datas:

2 de JunhoEB1/JI das Saibreiras (às 17h30);

2 de Junho-EB1/de Montes da Cos-ta (às 21h00) ;

6 de Junho-EB2/3 de S. Lourenço para a comunidade educativa das es-colas EB1/JI do Carvalhal, EB1/JI da Costa (às 21h00).

“JUNTOS POR UMA ESCOLA MELHOR”

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CD 531 de Maio 2011

Valongo

O Fórum Cultural de Ermesin-de celebrou há dias o seu 10º aniversário. Para assinalar a importante data deste que é o mais emblemático equipa-mento cultural da cidade de Ermesinde, a Câmara Muni-cipal de Valongo preparou uma série de actividades de animação de onde sobressaiu a inauguração das exposições

“Fórum Cultural de Ermesinde: um espaço com história” e o “Fórum de Ermesinde visto pelas crianças”.

As comemorações do 10º aniversário começaram com a apresentação do espectáculo “Portugal dos Cabeçudos” pela Associação Cabeças no Ar e Pés na Terra, seguindo-se um peddy--paper e um workshop de cozinha tradicional. Houve ainda um es-

pectáculo de variedades e uma homenagem a Álvaro Mendes, “figura indissociável da fregue-sia de Ermesinde, sobretudo pelo relevante e dinâmico papel que assumiu desde muito cedo no CPN”. Antigo funcionário da Câmara Municipal de Valongo, Álvaro Mendes foi encarregado da antiga Fábrica da Telha quase até ao seu encerramento. As ce-lebrações terminaram com um café-concerto.

O final da empreitada de reabilitação do empreendimento habitacional social das Saibreiras, em Ermesinde, foi assinalado pela empresa municipal de habitação Vallis Habita e pela Câmara Municipal de Valongo, com a colocação de um nicho da Nossa Senhora de Fátima.

Nesta cerimónia estiveram presentes Fernando Melo, presidente da Câ-mara, João Paulo Baltazar, presidente do Conselho de Administração da Vallis Habita e vice-presidente da autarquia, e Maria Trindade Vale, vereadora da Acção Social.

O nicho de Nossa Se-nhora de Fátima foi aben-çoado pelo cónego João Peixoto, da Paróquia de Ermesinde.

A colocação deste pequeno santuário no empreendimento das Sai-breiras é a resposta a um anseio há muito manifes-tado por moradores e que foi agora concretizado pela Vallis Habita e autarquia.

A Agência para a Vida Local apre-senta, a partir do próximo dia 2 de Ju-nho, um ciclo de teatroconferências, uma forma original de intervenção em que os temas que lhes dão mote são dra-matizados por uma companhia de tea-tro e posteriormente comentados por especialistas.

Assim, realiza-se já no próximo dia 2 de Junho, pelas 15h00, no Fó-rum Cultural de Ermesinde, uma Te-atroconferência subordinada ao tema:

“Imigração: a verdade da mentira”, e que contará com a presença, como oradora, de Bárbara Duque, do ACIDI (Alto Co-missariado para a Imigração e Diálogo Intercultural) e com a colaboração do ENTREtanto Teatro, associação cultu-ral que terá a seu cargo a dramatização do tema a abordar.

O ciclo de teatro conferências é uma das actividades dinamizadas pela Agên-cia para a Vida Local que está incluída no projecto “Mundo Mistura - Promo-ção da Interculturalidade a nível Muni-

cipal”, co-financiada pelo Fundo Euro-peu para a Integração de Nacionais de Países Terceiros – FEINPT, e que pre-tende desenvolver a reflexão sobre as competências pessoais necessárias a um mercado de trabalho em mutação e glo-balizado em que os jovens, brevemente, terão que participar, contribuindo para a desconstrução de estereótipos, bem como desmistificando alguns precon-ceitos socialmente firmados, relaciona-dos com a presença de imigrantes em Portugal.

“IMIGRAÇÃO: A VERDADE DA MENTIRA” NO FÓRUM DE ERMESINDE

Teatroconferência

10º ANIVERSÁRIO DO FÓRUM CULTURAL DE ERMESINDE

BAIRRO DAS SAIBREIRAS SOB PROTECÇÃO DA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

A Câmara Municipal de Valongo e a Empresa Munici-pal Vallis Habita assinalaram o Dia dos Vizinhos com a rea-lização de uma série de activi-dades lúdicas e de animação.

O evento, cujo objectivo visou promover relações mais estreitas de convívio e amiza-de entre os munícipes, teve lugar no Parque da Cidade de Valongo. Bastante partici-pado, foram centenas a tomar parte nos jogos tradicionais, rastreios, lanche e um espec-táculo proporcionado por vá-rias associações do concelho.

Marcaram presença na iniciativa a vereadora da Ac-ção Social, Maria Trindade Vale, e o presidente do Con-selho de Administração da Vallis Habita, João Paulo Bal-tazar

DIA DOS VIZINHOS NO PARQUE DA CIDADE

Page 6: Correio do Douro #30

31 de Maio 2011CD6

“Temos 168 doutorados, 184 mestres, 300 licenciados, a trabalhar nas nossas institui-ções de ensino superior. É um ������������ ��������������� ��������������������áreas

ÀCONVERSACOM... António Manuel de Almeida Diaspresidente da CESPU - Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário, CRL

A CESPU foi constituída em 1982, está prestes, portanto, a festejar 30 anos. Como avalia o percurso feito até agora?

A cooperativa foi constituída numa fase em que se iniciaram os primeiros projectos de ensino superior privado em Portugal. Se olharmos para as datas ela coinci-de precisamente com o arranque definitivo das principais institui-ções que hoje estão no mercado. Tivemos na altura uma situação de pioneirismo que foi ser uma instituição que, desde o início, se quis dedicar às ciências e tecno-logias da saúde, no âmbito do en-sino universitário e politécnico. Foi a 1ª instituição privada em Portugal a ter licenciaturas em medicina dentária com cursos em Lisboa e Porto. Foi também pioneira ao ser a primeira escola privada a ter ciências farmaceu-ticas, psicologia clínica, educa-

CESPU – UMA HISTÓRIA DE SUCESSO

28 ANOS A FORMAR

ESPECIALISTAS NA SAÚDE

António Manuel de Almeida Dias, que já foi professor na Faculdade de Medi-

cina do Hospital de S. João, é o presidente da CESPU - Cooperativa de Ensino

Superior Politécnico e Universitário, CRL – uma instituição que não se cansa de

crescer e de fazer crescer os que com ela lidam, explicou ao nosso jornal o per-

curso que transformou esta instituição numa das mais conceituadas do géne-

ro, tendo a sua fama extravasado as fronteiras portuguesas. Loquaz, Almeida

Dias não deixou passar a ocasião para mandar recados ao poder político que,

independentemente do partido que for, tem discriminado negativamente o

ensino superior privado.

ção fisica, saúde e desporto, etc. Foi um percurso de pioneirismo com uma estratégia de dedicação a um conjunto de áreas e ciências no âmbito do sector da saúde, que fez com que a instituição se diferenciasse das outras.

Era uma altura em que todas as instituições privadas se dedi-cavam aos tradicionais cursos, para grandes grupos e que não exigiam grandes gastos em infra--estruturas. Mas a CESPU seguiu o seu caminho construindo as clinicas dentárias, laboratórios de anatomia, bioquímicas, fi-siologia, genéticas, etc., conse-guindo assim consolidar os seus objectivos logo nos primeiros anos, porque de facto quem es-tava à frente da instituição não cedeu tentação de ter cursos mais simples, do ponto de vista de investimentos e até com maior retorno do ponto de vista finan-ceiro. Chegados aos anos de 1995

e 1996 a cooperativa entendeu ar-rancar com o ensino politécnico e que coincide basicamente com as grandes transformações que foram introduzidas, na altura, pelo estatuto do ensino superior particular e cooperativo de 1994. A CESPU inicia a sua activida-de criando também, e de forma inovadora, o primeiro conceito de escolas superiores de saúde. Até essa data tínhamos escolas de enfermagem públicas, outras associadas a ordens religiosas; tínhamos a nível das tecnolo-gias da saúde, 3 grandes escolas em Porto, Coimbra e Lisboa que tinham fortes núcleos de ensino no âmbito do diagnóstico e tera-pêutica e surge a CESPU com um conceito de escola de saúde em que no mesmo espaço conviviam cursos de enfermagem e tecnolo-gias da saúde, entre outros cursos que não pertenciam às 18 profis-sões reguladas da área da saúde

e que podiam ser encaixadas no conceito de ensino politécnico.

Criamos assim em 1996/7 as primeiras escolas superiores de saúde da região do Vale do Sousa e as escolas superiores de saúde da região do Vale do Ave. Assim surgiram 2 unidades que rapida-mente ganharam a confiança do mercado. Na transição de 1999 / 2000 acabamos por ver aprovada a criação do Instituto Politécni-co de Saúde do Norte que foi o primeiro instituto em Portugal dedicado ao sector da saúde, en-globando escolas de saúde e que ainda hoje é o único.

Este percurso distingue--se por não só se ter dedicado claramente a um sector objecti-vamente, mas ainda por reche-ar este percurso com algumas inovações, introduzindo novas profissões como por exemplo a podologia, que não existia em Portugal mas que, por exemplo,

Page 7: Correio do Douro #30

CD 731 de Maio 2011

em Barcelona já estava inserida no ensino universitário. Inicia-mos esse curso em colaboração com a universidade de Barcelona que nos deu um grande apoio na sua introdução. Fomos o primei-ro país da europa a ter licencia-tura em podologia, pois em Es-panha era bacharelato. Em 2010 voltamos a ser inovadores ao termos aprovados os mestrados em podiatria, já com o modelo americano, em podiatria clínica, podiatria infantil, podiatria ge-riátrica e podiatria do desporto.

Concluindo, digo que estes 28 anos foram de dedicação a um sector em que apetrechamos de uma forma muito interessan-te toda a nossa instituição, com todas as novas tecnologias apli-cadas nas nossas áreas, incluindo microscopia e espectrometria, genética, imunologia, etc. Cres-cemos naquela que é a nossa maior riqueza: recursos Huma-

nos. Temos 168 doutorados, 184 mestres, 300 licenciados, a tra-balhar nas nossas instituições de ensino superior. É um número muito significativo e abrangendo as mais diversas áreas.

Temos també uma nova es-trutura que é a Escola Universi-tária de Bragança que passou de uma outra entidade para a CES-PU, tendo a CESPU consolidado o ensino universitário. Nos últi-mos 11 anos introduzimos um conjunto de outras actividades que são conexas, complementa-res e indispensáveis ao funciona-mento harmonioso do universo CESPU. Desenvolvemos a forma-ção criando uma empresa, CES Formação, SA, com mais de 2000 estudantes / ano (média) para fazer pós-graduações, em média 60 /ano, em que a que tem maior sucesso é a de gestão de unidades de saúde, com uma em Outubro e outra em Janeiro e já vamos na 11ª edição. Este conjunto de pós--graduações permite que profis-sionais que não tiraram o curso na nossa casa possam vir fazer formação contínua ao longo da vida.

O VOSSO UNIVERSO É PORTUGAL…

Não. Esta empresa internacio-nalizou-se, estando já em Angola, Cabo Verde e mais recentemente em Espanha (CESPU Europa), com instalações em Barcelona e Santiago de Compostela. Estamos também a instalar-nos no Brasil. Trata-se de um bom mercado e altamente competitivo, razão para andarmos com muita caute-la, aguardando o avanço de algu-mas parcerias e que tenham uma cultura que permita a aproxima-ção. Parece que encontramos uma instituição muito parecida com a nossa, nos objectivos, maneira de estar, etc., tendo nós o objectivo de nos distinguirmos naquilo que melhor fazemos e deixando ou-tras áreas a esses parceiros.

Basicamente tem sido este o nosso percurso, com uma gran-de preocupação na investigação científica (2% do orçamento).

Como avalia a acção dos vá-rios governos na área do ensino superior? Refiro-me às suas po-líticas científicas e tecnológicas.

Eu não gostaria de falar de governos em particular, talvez mais de pessoas, pois indepen-dentemente dos partidos que pas-saram pelo governo, as políticas dependem mais das pessoas que ocupam esses cargos tutelares; ou seja, depende muito de quem é o ministro. Independentemente disso há claramente 3 fases na im-plementação do ensino superior logo na seguir ao 25 de Abril. A 1ª fase inicia-se em consequência do 25 de Abril, em que o Estado quis abrir – e bem – o acesso ao ensino superior a todos os cida-dãos. Mas não estava preparado para o fazer, pois não havia infra--estruturas nem recursos huma-nos para tal. Assim deu oportu-nidade ao sector privado (ensino particular e cooperativo) para ocupar esse lugar. Surgiram então grandes universidades que ainda hoje existem (outras foram encer-radas). O sector privado chegou a

barão por encerrar por imposição da lei do mercado (procura/ofer-ta) e pelas leis que regem a acti-vidade do ensino em Portugal (o não cumprimento das condições mínimas ajuda ao encerramento). Há um grupo que diz que o mer-cado é que deve fazer a selecção e que o apoio do Estado deve ser dado ao aluno e não à instituição, seja pública ou privada, sendo o aluno a fazer a sua escolha. Este é que parece ser o modelo mais ló-gico pois separa o trigo do joio, já que a escolha do aluno recairá na melhor instituição independente-mente de ser pública ou privada. Quem é bom não teme a concor-rência.

Com a actual crise que afec-ta toda a sociedade portuguesa, ou seja, a maioria das famílias; e sabendo que medidas de austeri-dade mais duras estão para sair, os privados, de que a CESPU faz

parte, não correm o risco de des-cer mesmo para os 10%, ou até menos, já que muita gente não terá dinheiro para as propinas?

A boa questão é: quem irá ficar com menos dinheiro, se as famílias, se o Estado. Isto é, se as familias ficam com menos di-nheiro não podem colocar os seus filhos a estudar no sector privado ou o estado está falido e não pode sustentar as instituições que criou ao longo dos anos com recursos muito acima do que era realmen-te necessário.

E não estamos nós já nessa dupla situação?

Temos a sensação que há uma franja da sociedade que terá capa-cidade para optar pelo sector pri-vado, pois acredita que algumas instituições privadas tem oferta com mais qualidade e variedade do que existe no sector do ensi-no publico. Temos a noção que temos uma clientela fidelizada. Isto constata-se pela procura que temos, sabendo as pessoas que o ensino aqui ministrado tem pro-cura no mercado de trabalho. Por outro lado, o Estado está sem di-nheiro e espero que não continue com o crescimento desmesurado do sector sem qualquer tipo de justificação pois todos sabemos que a população não tem aumen-tado. Se nada se alterar neste par-

“Esta empresa internacionali-zou-se, estando já em Ango-la, Cabo Verde e mais recen-temente em Espanha (CESPU Europa), com instalações em Barcelona e Santiago de Com-postela. Estamos também a instalar-nos no Brasil.

ticular, os candidatos tendem a diminuir ao longo dos próximos tempos. Espero que isso nos be-neficie se eventualmente se man-tiver a politica de bolsas dirigidas ao sector publico e aos alunos que queiram optar pelo sector priva-do. Problema será se o Estado, como ouvimos falar hà muito pouco tempo, decidir só apoiar os alunos que optem pelo sector público, não apoiando os alunos do privado. Seria a maior discri-minação que se poderia fazer pois estaria o Estado a dizer que só os ricos estão destinados à educação superior na área privada. Lembro que o sector privado tem ofertas que são unicas, não existindo es-sas ofertas no sector publico. Não acredito e espero que esta discri-minação nunca venha a aconte-cer. Se continuarmos a ter bolsas estou convencido que vai haver espaço para o sector privado, pois temos ofertas que não existem no

sector publico. Neste aspecto o sector privado não tem preocu-pações mesmo com a crise actual.

Quanto à nossa crise actual, que já vem de há 2 ou 3 anos, não estamos muito diferentes do que se passa em Espanha. E eles até se anteciparam à crise, ao contrário de Portugal. Temos de ser opti-mistas e tentar expandirmo-nos para novos mercados.

Numa conferência da Unesco, realizada em Paris e dedicada ao ensino superior, concluiu-se que no seculo XXI as universidades teriam de en-contrar novas fontes de receita. Qual a estratégia da CESPU so-bre esta questão?

Essa conclusão aplica-se es-sencialmente às universidades públicas que não têm por hábito venderem produtos e criarem no-vas oportunidades. No nosso caso fazemos isso desde a nossa funda-ção. As nossas clinicas dentárias prestam serviços à comunidade, a par do ensino dos nossos alunos; passamos às unidades clínicas, com todas as especialidades mé-dicas e cirurgicas e actualmente temos algumas unidades hospi-talares em que fazemos isso. Para além da prestação de serviços à comunidade optamos pela for-mação como uma das formas de nos aproximarmos dos profissio-nais de saúde. E isso hoje repre-

senta já um valor significativo no orçamento da nossa instituição. As universidades públicas, que até agora se dedicaram a fazer investigação e dar algumas au-las, em que o aluno nunca foi o grande objecto de preocupação, é que terão necessidade no futuro de procurar novas receitas. O que era importante para as universi-dades públicas era haver verbas para investigação, produzir al-guns artigos, fazer conferências, participar em congressos e, ob-viamente, dar algumas aulas pra justificar a sua existência. Com Bolonha percebeu-se que tinha de haver mudanças, passando o centro das preocupações a ser o aluno, dando-lhe competências e capacidades para o mercado de trabalho. Ao mesmo tempo e com a crise, percebeu-se que tem de haver maior ligação entre as uni-versidades e o tecido empresarial, tal como acontece há muitos anos nos EUA. Tudo vai depender da futura gestão das universidades públicas e em os reitores olharem para a gestão da universidade tra-tando-a com espirito empresarial. Vai também ser necessário que o Estado colabore não empurrando o público e o privado para cada um dos lados. Tem igualmente os governos futuros de eliminar os grandes desperdicios de dinheiro que actualmente existem; os rei-tores têm de se habituar a gerir a universidade pública como se fos-se sua, com responsabilidade na gestão da coisa pública que é de todos nós. Entendo eu que 40 % do financiamento das universida-des públicas deverá vir de outras áreas que não as propinas directas cobradas pelo ensino público.

Há quem defenda que Por-tugal tem universidades em ex-cesso e que há uma menor pre-ocupação com o conhecimento e aquisição de competências. Com base no actual quadro no ensino superior está de acordo com esta interpretação?

Completamente. Há univer-sidades públicas a mais, pois são essas que gastam o dinheiro dos contribuintes. É inexplicavel que Portugal com a dimensão que tem e com 10 milhões de habitan-tes tenha tantos estabelecimentos publicos de ensino superior. O Estado tem a obrigação de criar uma rede de ensino público de ex-celência, deve resolver os proble-mas que a sociedade civil por si só não consegue resolver. Não se ad-mite que a universidade do Porto tenha 2 faculdades de medicina na mesma universidade, a clássica (muito boa) da Faculdade de Me-dicina do Porto e o Instituto Abel Salazar, no Hospital Stº António. É o contribuinte que paga isto. É admissivel que o estado crie um curso de medicina no Algarve sem quaisquer condições, saben-do nós que o Algarve nem hos-pitais tem para um atendimento com qualidade minimamente aceitável para qualquer cidadão? O nosso Estado não é nem tem sido uma pessoa de bem, embora todos nós tenhamos a expectativa que um dia o venha a ser. O Esta-do não respeita a iniciativa priva-da, não respeita a sociedade civil pois funciona em função de lobys

Continua pág.10

ter 42% da quota do ensino supe-rior. Com base na convicção dos portugueses de que o Estado deve oferecer e garantir tudo, o sec-tor público cresceu muito e sem respeito pelas entidades privadas que investiram e queriam fazer algo útil na área do ensino supe-rior. O sector privado aguentou o arranque e expandiu-se para o interior para dar resposta às ne-cessidades dessas localidades e respectivas regiões mas que hoje estão sem actividade. A 2ª fase inicia-se com o Estado a ocupar o lugar das instituições privadas, instalando-se nessas áreas e pro-vocando a falências das institui-ções. E a 3ª fase que é o Estado, através do mecanismo de regula-ção da qualidade do ensino pres-tado, vai autorizar, por um lado, e encerrar pelo outro, cursos, de acordo com os critérios da agên-cia A3ES [Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Supe-rior] criada recentemente e cujos critérios de avaliação dos vários cursos são, à partida, iguais, quer para o sector privado, quer para o sector público. Sempre dissemos que é importante que ambos os sectores sejam tratados da mesma maneira pois havia uma clara dis-criminação do sector privado em favor do publico, como por ex: as inspecções eram quase sempre feitas no privado. O sector pu-blico gozava de uma autonomia que ultrapassava a que lhes tinha sido atribuída. Estando nós agora num ponto em que temos todos o mesmo tratamento (em imple-mentação) está a A3ES a avaliar os cursos, independentemente da instituição ser privada ou publica. Temos é uma questão de fundo: é preciso perceber se, sendo tra-tados da mesma maneira sob o ponto de vista de exigência, há que admitir que as realidades do privado e do público são diferen-tes. Falta admitir-se essa diferen-ça. Porque as instituições podem e devem ser diferentes do sector público. O que defendemos é que o aluno deve ter opção sobre um leque de instituições que sen-do diferentes lhe seja permitido optar por uma delas. Lamentá-velmente ainda hoje se opta por questões financeiras, pois as pro-pinas do ensino publico são bas-tante mais baixas que as pratica-das no sector privado.

É CARO ESTUDAR NA CESPU?

As propinas que cobramos são bastante acessíveis em com-paração com um qualquer colé-gio privado onde se faz o 9º ou 12º ano. Nesses colégios privados (os mais conhecidos e de grande qualidade) pagam-se mensalida-des que muitas vezes ultrapassam os 500/700 euros. Na CESPU as propinas rondam os 350 euros/mês e temo-nos esforçado para nos mantermos nestes patamares.

Há uma outra questão de fun-do: sabermos que há um grupo político (não um partido) que diz claramente que o sector privado não deve ter uma quota superior a 10 %. E que tudo tem feito para que se desça dos actuais 42% para os tais 10%, independentemente dos critérios de qualidade. De-pois há outro grupo que defende que as boas instituições devem manter-se abertas e as más aca-

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Centrais

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O presidente da Associação de Jovens Agricultores de Por-tugal (AJAP) defendeu que os pais devem incentivar os fi lhos a regressar à terra, desde que esta actividade seja dignifi cada e encarada como “uma solução de futuro”.

Firmino Cordeiro, que co-mentava o facto de Portugal ser o país europeu com agricultores mais velhos e com menos jovens dedicados a esta actividade, avi-sou que “um sector que não se rejuvenesce é um sector que ten-dencialmente pode acabar” e ape-lou a dignifi cação da agricultura.

Lembrou que para muitos jovens a terra está disponível por herança familiar, mas acrescen-tou que muitos pais não fazem essa transição por não sentirem que a agricultura tem futuro.

“Os pais desacreditaram e aconselham os fi lhos a fazer ou-tra opção de vida. Os mais velhos têm de acreditar, só assim podem dizer aos seus fi lhos para não abandonarem a actividade agrí-cola porque pode ser lucrativa, porque pode ser uma solução de futuro quando o desemprego está a aumentar noutras actividades”.

O presidente da AJAP su-blinhou que “há aqui uma área

Agricultura pode ser solução para jovens

PAIS TÊM DE VOLTAR A ACREDITAR NO SECTOR PARA INCENTIVAR FILHOS A REGRESSAR À TERRA

por explorar” desde que o país e os políticos acreditem no futuro desta actividade.

“A classe política tem de dar sinais que há uma preocupação e encarar a agricultura como uma actividade estratégica, com medi-das concertadas entre a ajuda eu-ropeia e a componente nacional”.

O dirigente associativo adiantou que, em muitos casos, “os hiatos nos apoios são deter-minantes para o afastamento de muitos jovens”.

Firmino Cordeiro conside-rou também essencial “haver dignidade nas reformas para os agricultores mais velhos” para que estes se sintam também “compensados por ceder a sua exploração”.

O mesmo responsável decla-rou que os jovens que não são oriundos de famílias agrícolas devem ser também atraídos para o sector, reclamando a criação de um banco de terras.

“Temos de aproveitar os ter-

renos que estão abandonados no país e muitos são do próprio ministério da Agricultura”, sa-lientou.

Só no Alentejo existem 16 mil hectares de terras do Estado desaproveitadas.

Firmino Cordeiro destacou ainda o papel da classe políti-ca na promoção da agricultura, congratulando-se com o facto de o tema estar presente na agenda dos candidatos às legislativas, mas considerando que é preciso ir mais longe

“Fico satisfeito que os parti-dos falem cada vez mais na agri-cultura, embora os programas não estejam muito enriquecidos nas questões agrícolas”, afi rmou.

No entanto, “é quase contra-ditório o discurso dos políticos com o que se está a passar no terreno”, salientou o dirigente da AJAP, pedindo que se “passe à prática após o dia 05” e que haja mais pressão sob a União Euro-peia (UE).

“É a UE que regulamenta o preço ao consumidor e para isso tem de compensar os agriculto-res. O preço a que hoje vendem as suas produções não é sufi cien-te para suportar os encargos”, alertou.

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Centrais

dê sa

ngue

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e interesses particulares.

Há nitidamente falta de médicos e a prova maior é que o Estado tem vindo a “importá--los” do estrangeiro. No entan-to muitos portugueses se qui-serem estudar medicina têm de ir para o estrangeiro. Tem a ver com a média altíssima exigida? Como acha que se devia resol-ver esta questão?

Isso resolvia-se se as pessoas fossem intelectualmente hones-tas. E não o são.

As pessoas preferem ter 1700 alunos a gastar dinheiro no estrangeiro, em escolas, al-gumas delas duvidosas – todos o sabemos – do que dar uma oportunidadea essas pessoas de estudarem em casa, criando em-prego no nosso país, permitindo que o dinheiro fique cá dentro e com a garantia de qualidade pois temos mecanismos de controlo que garantem essa qualidade. O que se passa é simples: há cla-

ramente uma vontade política de manter o ensino privado fora da área da medicina. Todos sa-bem que o ensino da medicina é a cereja em cima do bolo, pois o ensino da medicina valoriza qualquer instituição, não sendo esta uma questão exclusivamen-te portuguesa, passa-se a nível mundial. Espanha é um bom exemplo. Mas lá, com o aumento da procura, abriram-se escolas privadas, tendo actualmente 6 unidades. E alunos portugueses a estudar lá. A Espanha tem um sector privado bastante mais re-duzido que o nosso mas perce-beu que a area da medicina era uma boa oportunidade de negó-cio. Ao contrário daqui, preferem ter os seus jovens a estudar lá do que enviá-los para outros países. A este nível, é uma vergonha o que cá se passa. Quanto à ques-tão das notações, a exigência de notas altas existe porque as vagas são poucas e sendo assim só os melhores é que entram. Em Es-panha as notas exigidas também são altas, mas menos altas do que cá, pois lá existem mais vagas.

Sobre as necessidades relati-vamente ao número de médicos

isto deve ser justificado de uma vez por todas.

Nós temos uma média de 3 mé-dicos por 10.000 habitantes, o que está ao nível da média euro-peia. A questão é saber-se qual é o modelo de saúde que nós queremos em Portugal. O nosso modelo assenta num profissional que é o médico e, por exemplo, em Inglaterra assenta no enfer-meiro. Aqui temos 45/46 enfer-meiros por 10.000 habitantes e a Inglaterra tem 130 enfermeiros por 10.000 habitantes. No nsso

modelo os médicos são insufi-cientes senão não assistiriamos ao escândalo de importar mé-dicos da Colômbia e de outros países onde a qualidade desses profissionais é posta em causa pelo próprio Estado português que envia comissões de selecção para esses países com o intuito de escolher os melhores. Admite assim o Estado que vai procurar num mercado que não é bom. Mandam um grupo de profes-sores universitários submeter a exame um conjunto de candi-

datos, para escolher os menos maus para virem trabalhar para Portugal. E há médicos vêm para cá trabalhar por um preço insig-nificante mas também já ouvi-mos falar de outros que vêm ga-nhar mais de 40% do que ganha um profissional português.

Será que quem gere este país não tem vergonha na cara? Manda miúdos estudar para o estrangeiro e mesmo assim só quem é rico o pode fazer, pois não há bolsas para matriculas na Republica Checa, França ou

Espanha. Depois também outros casos em que só os muito ricos e provávelmente menos bons alu-nos vão estudar pra alguns países que são conhecidos pelas boas praias e pouco mais do que isso. Ninguém neste país se preocupa com esta situação, estão-se a bor-rifar para tudo, até para a saída de divisas (muito dinheiro), o que para eles é pouco relevante.

A CESPU nada tem a ver com o facto de haver muitos ou poucos médicos. O que nos inte-ressa é que ao fim de 30 anos tem

A CESPU - Coope-rativa de Ensino Superior Politéc-nico e Univer-sitário, CRL - é uma Instituição ����������������lucrativos, que tutela administra-tivamente quatro estabelecimentos de ensino supe-rior particular e cooperativo: Ins-tituto Superior de Ciências da Saúde - Norte,Instituto Politéc-nico de Saúde do Norte, composto pela Escola Su-perior de Saúde do Vale do Ave e pela Escola Supe-rior de Saúde do Vale do Sousa.

“Quem é bom não teme a concor-rênciaO nosso Estado não é, nem tem sido, uma pessoa de bem, embora todos nós tenhamos a expecta-tiva que um dia o venha a ser. O Estado não respeita a iniciativa privada, não respeita a sociedade civil pois funciona em função de lobys e interesses particulares.

ÀCONVERSACOM... António Manuel de Almeida Diaspresidente da CESPU - Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário, CRL

Continuação da pág. 7

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todos os cursos de saúde e toda a organização funciona bem. Recentemente vimos deferida a nossa última candidatura em que colocamos o Mestrado Integrado em Medicina para aprovação e em simultâneo e separadamen-te metemos os primeiros 3 anos da licenciatura em Ciências Bio-médicas, tendo sido aprovados. Falta-nos apenas conseguir apro-vação para os ultimos 3 anos, em parceria com os 3 grandes hospi-tais da região – o Centro Hospi-talar de Vila Real e Trás os Mon-tes, Centro Hospitalar Tamega e Sousa, e o hospital de Matosi-nhos – para além da nossa rede de saúde. Queremos formar 60 médicos por ano tendo nós alu-nos para tal objectivo, incluindo os provenientes das nossas pare-cerias no estrangeiro. Nós já nos encontramos muito além dessa questão da falta ou não de médi-cos em portugal. Reivindicamos é o direito de ensinar e de apren-der, tal como está consagrado na nossa Constituição. Porque de facto está vedado às universida-des privadas o direito de ensinar medicina. A não ser que alguém tenha a “lata” de nos dizer que as novas faculdades de medicina têm mais capacidade para formar do que nós temos. Toda a gente sabe que isso é mentira, pois ne-nhum dele tem 168 doutorados na área da saúde, não têm as capacidades nem equipamentos que nós temos.

Então qual é o argumento que justifica as opções do Esta-do nessa matéria?

O argumento é extraordiná-rio. Só aprovam cursos em Por-tugal se forem “inovadores”. Está tudo dito … Eu pergunto: o que é para eles um curso inovador? Será começar o curso no 6º ano e acabá-lo no 1º? O nosso mode-lo é um modelo que se aproxima muito do ministrado no Hospital de Sº João, onde fui professor da faculdade de Medicina durante 17 anos, conheço-o bem e acre-dito nesse modelo. “Inovador”, como pedem, é um argumento político que ninguem sabe onde começa e acaba, nem o que quer dizer. Assim cada um pode ter o seu próprio conceito de “inova-dor”. Não há clareza e estamos prisioneiros disso.

As universidades america-nas financiam através da pes-quisa e da venda do que daí resulta à iniciativa privada. Como tem actuado a CESPU a este nível?

A CESPU tem tentado isso mas com poucos resultados. Temos uma forte parceria com a Universidade de Barcelona etemos a noção que estamos no caminho certo. A nossa indústria não tem dimensão que permita absorver e rentabilizar os resul-tados da investigação produzida na área da saúde. Refiro-me fun-damentalmente à indústria far-macêutica. Lembro que o sector industrial da saúde em Portugal é relativamente pequeno, temos a BIAL e mais alguns, poucos. Isto é um problema não só da CESPU mas de todas as univer-sidades portuguesas. Dedicamo--nos mais à prestação directa de serviços de saude à comunidade e da venda de formação avança-da, em Portugal e estrangeiro. A este propósito, gostava de dizer que estamos neste momento envolvidos num processo muito interessante para nos relacionar-mos com a indústria na área da nutrição e engenharia alimentar, em parceria com a Universidade de Barcelona.

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Actualidade

O sonho e a paixão de uma vida justificaram que, no dia 21 de Maio, Adão Soares abrisse as portas de sua casa para, surpreendendo muitos dos visitantes, apresentar um verdadeiro Museu. Na rua com o mesmo nome – Rei dos Congros – surgiu, agora, o respectivo Museu. Um espaço amplo, devidamente preparado para receber visitantes, e cheio de histórias e factos sobre Adão Soares – Gondomarense que desde sempre se dedicou, nos tem-pos livres, à pesca ao congro. E que, resultado disso, já assumiu fama na-cional.

Trata-se, como referiu Adão Soa-res, do “concretizar de um sonho”. E, também, de responder a um desafio que, há alguns anos, lhe foi lançado pelo Presidente da Câmara Municipal, Valentim Loureiro.

Foi inaugurado, no dia 21 de Maio, o Museu “Rei dos Congros” – um espaço totalmente dedicado à vida e aos feitos de Adão Soares, Gondomarense que, desde muito jovem, se dedicou à pesca ao congro.

Trata-se de um espaço que, para além da vertente pessoal do seu promo-tor, espelha um pouco das temáticas as-sociadas à pesca. Profusamente marcado por imagens e “recortes” de jornais que retratam muitos anos de paixão de Adão Soares, o denominador comum do Mu-seu é, inquestionavelmente, o congro.

Em dia de abertura, com a família a seu lado, Adão Soares não conseguiu es-

conder a emoção. E, constatando, tam-bém, a presença de Valentim Loureiro, o “Rei dos Congros” relembrou o forte apoio que recebeu do Presidente da Câ-mara Municipal de Gondomar. “Foi ele [Valentim Loureiro] que acreditou em mim… Que me desafiou a criar este es-paço, aceitou atribuir a designação ‘Rei dos Congros’ à rua onde moro e que, principalmente, mostrou saber dar valor ao que de bom existe em Gondomar”, destacou.

Mas se a presença de Valentim Lou-reiro deixou Adão Soares quase sem palavras, igualmente satisfeito se mos-trou com outras visitas: para além dos vereadores camarários Fernando Paulo e Joaquim Castro Neves, estiveram na abertura do espaço os autarcas de Gon-domar (S. Cosme) e Jovim. Para além de amigos, outros pescadores, dirigentes associativos e inúmeras pessoas que, por diversas razões, foram acompanhando o percurso deste pescador (amador).

O Museu, agora passível de ser visi-tado pelo público, implicou um investi-mento que ronda os 150 mil euros. E é, referiu Adão Soares no dia da abertura, “o concretizar de um sonho”.

Valentim Loureiro, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, mos-trou-se agradavelmente surpreendido com este espaço. “Tinha a certeza que seria um projecto interessante, mas a quantidade, qualidade e, até, as próprias instalações, superaram as minhas me-lhores expectativas”, frisou o Presidente da Câmara de Gondomar. Agora, des-

tacou, há que apostar na promoção do Museu – colocando-o, também, no ro-teiro de visitas obrigatórias no Concelho de Gondomar.

O HOMEM

Adão Soares iniciou-se na pesca aos cinco anos de idade. O seu primeiro contacto com a pesca ao congro aconte-ceu há mais de 20 anos, nas águas frias de São Jacinto, em Aveiro. Desde então, os enormes peixes que conseguiu pescar, a sua persistência, bem como a especial atenção que tem dedicado à captura e observação desta espécie, fizeram com que ficasse conhecido como o “Rei dos Congros”.

Para além de fotografias dos exem-plares pescados, esta mostra conta, também, com artefactos utilizados na pesca ao Congro, “recortes” de jornais e revistas, troféus ganhos em concursos de pesca desportiva e exemplares vivos e embalsamados desta espécie.

Adão Soares nasceu em Atães (Jo-vim) em 24 de Julho de 1952. Foi o seu Pai, Moisés, que lhe transmitiu o gosto pela pesca. Foi funcionário da EDP mais de 25 anos como montador de linhas de alta tensão.

Entre Outubro de 2005 e Fevereiro de 2011, com grande esforço pessoal, o seu sonho de um Museu ganhou forma. Hoje, o Museu Adão Soares – Rei dos Congros, possibilita conhecer melhor o pescador e o homem.

Gondomar

MUSEU DO “REI DOS CONGROS” O Município da Trofa promove no dia 4 de Junho, pelas 17h00 uma prova de estrada denominada Milha Urbana da Trofa 2011.

Esta Milha Urbana organizada pela Câmara Municipal da Trofa, através da divisão de Desporto e Juventude, decor-rerá na zona envolvente à Nova Estação da CP da Trofa e dos Parques Nossa se-

nhora das Dores e Dr. Lima Carneiro e conta com a colaboração da Associação Cultural e Recreativa de Vigorosa e do Ginásio da Trofa.

A prova terá a distância de 1609 me-tros e podem participar atletas de todas as idades, desde que se encontrem de boa saúde e com preparação física apta para esforços.

MILHA URBANA – TROFA 2011

No mês em que o Arquivo Histórico Municipal de Valongo comemora o 10.º Aniversário e se festeja a tradição mais em-blemática do concelho – a Bu-giada e Mouriscada do S. João de Sobrado – o tema escolhido para o Documento do Mês é O FERIADO MUNICIPAL, assi-nalando assim os 100 anos da sua criação.

No átrio do edifício, inau-gurado a 1 de Junho de 2001

como espaço de Cultura, Memória e Identidade, onde se encontram insta-lados o posto de Turismo, o Museu e o Arquivo Histórico Municipal de Va-longo, está patente ao público duran-te Junho a acta da sessão camarária de 6 de Fevereiro de 1911.

Nesta sessão foi discutido e esco-lhido o dia de S. João para O FERIA-DO MUNICIPAL.

Serão realizadas, sob marcação prévia, sessões informativas relacio-nadas com o tema.

ARQUIVO HISTÓRICO DE VALONGO

S. JOÃO – 100 ANOS DE FERIADO MUNICIPAL

O Tribunal de Gondomar condenou na quarta-feira a 12 anos de prisão o ho-mem que em 2008 atacou dois casais de namorados num parque daquela cidade, violou as duas jovens e sequestrou os ra-pazes na mala dos carros.

O tribunal considerou que o arguido praticou “actos de enorme violência, re-velando frieza de ânimo” e “aproveitou o facto de as vítimas estarem num local ermo para levar a cabo os seus intentos”.

“O arguido revelou vontade crimi-nosa persistente, alheio ao sofrimento das vítimas” que “tiveram a infelicida-de de estar naquele sítio”, referiu o juiz durante a leitura do veredicto que deu como provados a maioria dos factos da acusação.

Os factos datam Fevereiro e Julho de

2008. O arguido, empregado de balcão, de 28 anos, atacava os casais, ameaçan-do-os com um pé de cabra e uma nava-lha e roubava-lhes os bens.

Depois do roubo, o arguido fechava os rapazes na mala do carro enquanto forçava as namoradas a actos sexuais.

Na única sessão para produção de prova, a 18 de Maio, o arguido confes-sou os crimes pelos quais estava acusado pelo Ministério Público.

Pelos dois crimes de violação, dois de sequestro, dois de roubo e um de condução sem habilitação, o arguido, em prisão preventiva, foi condenado a uma pena de 12 anos de prisão.

Foi ainda condenado ao pagamento de duas indemnizações (35 mil euros e 7.500 euros) pedidas por um dos casais.

TRIBUNAL DE GONDOMAR CONDENA VIOLADOR

A Câmara Municipal de Gondo-mar, por intermédio do Pelouro do Ambiente, associa-se às comemora-ções dos Dias Mundiais da Energia e Ambiente, celebrados anualmente a 29 de Maio e 5 de Junho, respec-tivamente.

Este ano, a Autarquia de Gon-domar, como associada da Agência de Energia do Porto (AdEPORTO), inclui no seu programa de activida-des iniciativas que decorrerão em colaboração com outros municípios do Grande Porto. “Oficinas” com as escolas, visitas de estudo, acções de formação para adultos (“O som dos resíduos” e “Mistérios das Plantas”),

o seminário “Energia e Ambiente no Quadro Metropolitano” ou uma Corrida de carros solares, entre ou-tras, são as propostas para estas co-memorações.

As actividades, em Gondomar, assinalam-se em duas semanas dis-tintas: de 23 a 29 de Maio e, depois, de 30 de Maio a 5 de Junho. Mais informações e inscrições pela Linha Verde do Ambiente, 800 200 129, ou pelo correio electrónico [email protected].

Informações adicionais e progra-ma também consultáveis no “site” da AdEPORTO (em http://www.ade-porto.eu/).

DIAS DA ENERGIA E AMBIENTE ASSINALADOS EM GONDOMAR

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Regional

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Inúmeras actividades, muitos livros, feira das profissões, várias exposições permanentes e algu-mas figuras de destaque marca-ram a III edição da Feira do Livro e das Profissões, que decorreu de 23 a 28 de Maio na Biblioteca Municipal e no Pavilhão Gimno-desportivo da EB2,3/S de Celori-co de Basto.

O encerramento da Feira contou com a presença de Mar-celo Rebelo de Sousa e de João Tordo, um escritor, que, “apesar da tenra idade” já se destaca no mundo da escrita, com vários li-vros editados com destaque para a obra “As três vidas” que lhe va-leu o prémio José Saramago. A cerimónia de encerramento con-tou ainda com a presença do pre-sidente da Câmara Municipal, Jo-aquim Mota e Silva, do vereador da Cultura, Fernando Gomes, do vereador das obras, Inácio Silva, do Prof. João Carlos, do padre Parcídio Rodrigues e do vice--presidente do Vitória Sport Clu-be, Júlio Mendes, entre outros.

A notoriedade desta feira tem

crescido graças ao seu patrono que procura enriquecê-la com fi-guras de destaque como referiu o presidente da autarquia, Joaquim Mota e silva. “A cada edição vejo esta Feira cada vez mais for-te, mais importante, com mais notoriedade e esse facto é, em grande parte, possível, graças ao Prof. Marcelo que tudo faz para o sucesso deste certame. É o ver-dadeiro patrono, uma espécie de padroeiro deste evento”.

Uma feira que envolve deze-nas de colaboradores, a quem o edil não quis deixar de agradecer: “são dezenas de trabalhadores a trabalhar para o sucesso desta iniciativa. O empenho é muito nas diversas actividades que se apresentam onde o objectivo é dar o máximo para obter os me-lhores resultados”.

O escritor João Tordo felici-tou a autarquia pela organização do evento “que fomenta a leitura no concelho” e realçou a beleza de Celorico de Basto, afirmando que “é um concelho bonito para ser visitado”.

Marcelo Rebelo de Sousa mencionou o crescimento do cer-tame, “que todos os anos oferece mais actividades e mais diversi-ficadas”.

A cerimónia de encerramen-to também se destacou pelos mo-mentos musicais protagonizados pelo Grupo de Cavaquinhos da Escola Profissional de Fermil, pe-los alunos do 1º ciclo de estudos que ao som da flauta maravilha-ram os presentes.

A multidisciplinaridade do evento imperou até ao último dia e o desporto foi destacado tam-bém no último dia. A autarquia entregou uma medalha aos dife-rentes grupos desportivos que re-presentaram o concelho na época desportiva que terminou, como forma de agradecimento pela re-presentação da camisola que ves-tem e pelo esforço feito ao longo da temporada.

De salientar que este ano a feira do livro ficou ainda mais enriquecida com o complemento das profissões que tornou o certa-me ainda mais apelativo.

Foi apresentado na última sessão da Assembleia Muni-cipal o relatório de gestão de 2010. O documento foi aprova-do por uma maioria, com ape-nas 4 votos contra.

Como seria de esperar, o ano de 2010 ficou marcado pelo saneamento financeiro. Este pro-cesso transformou a enorme dí-vida a fornecedores numa dívida à banca, permitindo dessa forma

à autarquia honrar os compro-missos. Para os actuais eleitos, a dívida acumulada, resultou da gestão dos últimos anos, onde se verificaram consecutivos aumen-tos, o último dos quais em 2009

de 69%. Em 2010, foi conseguido uma importante redução no au-mento da dívida que se ficou por 3%. De referir que este número foi conseguido num ano em que a autarquia viu as transferências do estado reduzidas em mais de 8,7% no âmbito do PEC mais os 10% em resultado do excesso de endividamento de 2008.

A contenção fez-se com cor-tes e renegociações no forneci-mento de serviços e bens, algu-

mas delas na ordem dos 30%; com reduções na despesa em ac-tividades, como as festas do con-celho onde foi possível reduzir a despesa em 60%, sem prejudicar a qualidade das mesmas; mas

também nos custos com pesso-al. Pela primeira vez, em mui-tos anos, a autarquia conseguiu uma redução nas remunerações certas e permanentes, apesar da implementação da opção gestio-nária com a qual beneficiaram 84 funcionários da autarquia. A não admissão de qualquer funcio-nário nos quadros da autarquia, apesar da saída até ao momento de 11, ou o corte nas horas extra e ajudas de custo, contribuíram

para este resultado, não sendo mais significativo porque foram pagas em 2010 despesas com a ADSE em dívida desde 2007 no valor de 450 Mil Euros aproxi-madamente.

A região transmontana pro-duz anualmente cerca de 100 milhões de toneladas de azeite e um projecto-piloto de âmbito europeu pretende transformar o valor idêntico de resíduos que gera numa mais-valia económi-ca e ambiental.

O projeto OiLCA é apresen-tado na terça-feira, em Mirande-la, e tem como finalidade calcular, nos próximos dois anos, a pegada de carbono do sector e encontrar métodos de reduzir os impactos ambientais, segundo disse hoje à Lusa o presidente da Associação de Olivicultores de Trás-os-Mon-tes e Alto Douro (AOTAD).

De acordo com António Branco, a associação é uma das parceiras do projeto que será de-senvolvido em Trás-os-Montes e Alto Douro, uma das principais produtoras nacionais, mas que tem como propósito ser alargado, no futuro, ao resto do país.

Segundo explicou, o projeto OiLCA envolve cinco parceiros portugueses, espanhóis e france-ses e em cada um dos países será desenvolvida uma experiência piloto idêntica à transmontana.

O trabalho começará por um levantamento de todo o sistema de produção e da quantidade de resíduos produzidos nos 124 la-gares transmontanos.

“Em função dessa avaliação, vamos calcular a pegada de car-bono e procurar metodologias para compensar [os impactes ambientais]”, disse o presidente

da AOTAD.Segundo António Branco, a

ideia é transformar aquilo que agora são “resíduos num sub-produto, valorizando-os, e con-

tribuir para diminuir a pegada de carbono do sector e eventu-almente até adquirir créditos de carbono através desta actividade”.

O projeto irá dar uma ideia concreta da realidade do sector, mas o representante dos olivicul-tores estima que sejam produzi-dos anualmente 100 milhões de toneladas de resíduos entre baga-ços, águas e folhas.

“O azeite que extraímos (da azeitona) corresponde apenas a 20 por cento, oitenta por cento são bagaços e água a que pode-mos juntar também a folha (da oliveira que vai junto com a azei-

tona)”, enfatizou.Embora existam já alguns

exemplos de tratamento e apro-veitamento, muitos destes resídu-os vão actualmente para aterro e

o projeto pretende dar-lhes outro destino, assim como tornar este sector “verde”.

António Branco realçou que um dos objectivos é precisamen-te “criar uma marca” associada a boas práticas ambientais, e uma imagem “cem por cento verde” para os lagares que já foram, em tempos, origem de poluição am-biental.

No projeto estão envolvidos centros e universidades dos pa-íses parceiros, nomeadamente o Centro para a Valorização de Resíduos da Universidade do Mi-nho.

Azeite

TRÁS-OS-MONTES QUER TRANSFORMAR RESÍDUOS EM MAIS-VALIA

Mondim de Basto

CONTAS DA CÂMARA REGISTAM UMA EVOLUÇÃO POSITIVA

De 2 a 5 de Junho, na cida-de de Peso da Régua, no Parque Multiusos, junto à Avenida do Douro, vai decorrer a 6.ª edição da Festa do Vinho, Produtos Regionais e Turismo, numa or-ganização da Nervir Associação Empresarial com o apoio das Câmaras Municipais de Peso da Régua, Vila Real e Lamego. Este evento conjuga várias vertentes:

- Uma comercial, que visa promover a exportação de vi-nhos e produtos regionais, com a presença de 22 importadores de 11 países: Alemanha, Bél-gica, Canada, EUA, Finlândia, Hungria, Polónia, Reino Unido, Rússia e Suíça. Os produtores presentes vão assim poder esta-belecer contactos com estes im-portadores que vêm ao Douro,

na procura de novos produtos para os respectivos mercados;

- Uma vertente de promo-ção para o público em geral, que poderá visitar a feira e provar os vinhos e produtos regionais, para além de se poder inscrever para provas comentadas e assistir a diversos espectáculos que decor-rerão no Espaço Multiusos, junto à Avenida do Douro.

2 a 5 de Junho na Régua

FESTA DO VINHO, PRODUTOS REGIONAIS E TURISMO

Celorico de Basto

MILHARES NA FEIRA DO LIVRO E DAS PROFISSÕES

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CD 1331 de Maio 2011

Regional

Vila Real

A câmara de Vila Real vai adquirir e reabilitar 32 casas degradadas para habitação social, num investimento de dois milhões de euros, para travar o processo de deserti-ficação do centro da cidade,

anunciou fonte da autarquia.

Preocupada com o “despovoa-mento” do centro da cidade trans-montana, a autarquia apresentou uma candidatura, já aprovada, ao Instituto Habitação e Reabilitação

Urbana (IHRU) para a aquisição e reabilitação de 32 casas.

Armando Vieira, da empresa municipal “Vila Real Social”, disse que o projeto vai custar cerca de dois milhões de euros.

Ainda este ano, começam as obras de recuperação de três edifí-cios, já adquiridos pelo município, num bairro – dos Ferreiros – que já foi um dos mais importantes centros económicos da cidade.

Aqui serão construídos sete apartamentos destinados a arrenda-mento social, num investimento de 650 mil euros, 40 por cento a fundo

perdido e a restante verba prove-niente das receitas da venda de casas no bairro social da Araucária.

O objectivo é, segundo Arman-do Vieira, criar mais habitação so-cial e simultaneamente reabilitar um dos mais antigos bairros da cidade que, nas últimas décadas, foi ficando desertificado.

No século XIX, os ferreiros do-minavam a actividade económica deste bairro, espalhando-se pelas suas ruas íngremes também vários serralheiros, moleiros, padeiros, al-faiates, sapateiros ou barbeiros.

Actualmente a actividade co-

mercial naquela zona é muito redu-zida, tendo os habitantes que “subir à cidade” para fazer compras ou to-mar um café.

Depois, até 2013 a autarquia pre-tende adquirir mais casas antigas para transformar nas referidas 32 habitações sociais.

A intervenção será orientada pelo Gabinete Técnico de Habitação, da “Vila Real Social”, que tem como áreas de intervenção o centro histó-rico da cidade, a Vila Velha e o bair-ro dos Ferreiros.

Por causa da situação económi-ca e social que o país atravessa, a

Vila Real Social – Habitação EEM decidiu ainda disponibilizar todo o apoio técnico (engenharia e arqui-tectura) para as famílias mais caren-ciadas que pretendam realizar obras de conservação e beneficiação habi-tacional no Centro Histórico.

Desta forma todas as famílias com fracos recursos económicos e que tenham intenção de melhorar a sua habitação poderão solicitar aju-da à empresa municipal para a ela-boração de projectos, orçamentação da empreitada e acompanhamento da realização das obras.

Os prémios do primeiro con-curso de vinhos engarrafados da Região Demarcada do Douro serão entregues no próximo dia 4 (sába-do) na Régua.

O concurso, que contou com mais de uma centena de participan-tes, tem como objectivo principal a promoção dos vinhos do Douro e Porto.

Este concurso, que decorre na “Festa do Vinho, Produtos Regio-nais e Turismo” de Peso da Régua – pretende também sensibilizar os viticultores para a produção de vi-nhos de cada vez maior qualidade, potenciar sinergias que ajudem à promoção dos vinhos durienses nos diferentes canais nacionais e inter-nacionais e contribuir para a expan-são da cultura do vinho.

O júri foi constituído por enólo-gos portugueses e estrangeiros, bem como por especialistas reconhecidos

do sector da produção, comerciali-zação, consumo e comunicação so-cial.

AUTARQUIA RECUPERA CASAS DO CENTRO DA CIDADE

Douro

PRÉMIOS PARA MELHORES VINHOS

Alunos da escola EB 1 Maria Angélica Passos Coelho, em Mesão Frio, vão transformar-se em peque-nos guardas e sair à rua na quarta--feira para sensibilizar os automobi-listas para os perigos adjacentes ao transporte de crianças menores de 12 anos sem o sistema de retenção adequado à sua idade.

Os estudantes vão vestir um tra-je militar, idêntico ao utilizado dia-riamente pelos soldados da Guarda Nacional Republicana, e vão para as estradas nacionais 101 e 108.

A iniciativa decorre no âmbito do projeto “Crescemos em Seguran-ça”, que está a ser desenvolvido pelo Núcleo Escola Segura do Destaca-

mento Territorial da GNR do Peso da Régua, com o apoio da Câmara Municipal de Mesão Frio.

O objectivo é alertar para o facto de os acidentes rodoviários serem a maior causa de morte, deficiência e incapacidade temporária nas crian-ças e jovens em quase todos os paí-ses do mundo desenvolvido.

Mesão Frio

PEQUENOS GUARDAS SENSIBILIZAM PARA ACIDENTES RODOVIÁRIOS

Os alunos do curso de Enge-nharia de Reabilitação e Acessi-bilidade Humanas, da Universi-dade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), estão a adaptar brinquedos, como carrinhos ou bicicletas, para poderem ser usa-dos autonomamente por crian-ças com paralisia cerebral e mo-tora.

Alguns destes brinquedos adaptados foram testados esta semana pelas crianças da As-sociação de Paralisia Cerebral (APC) de Vila Real, e o resultado terá sido ultrapassado as expec-tativas, transformando-se a ex-periência numa “tarde de grande diversão”.

Marta Almeida, terapeuta da fala na APC, explicou que as crianças se mostraram eufóricas por poderem dirigir brinquedos como os carrinhos, trotinetas e bicicletas sem precisarem de intermediários. Segundo esta responsável, as adaptações efec-tuadas nos brinquedos trazem “muitos benefícios para estes meninos com paralisia cerebral e algum défice motor”.

O professor Francisco Go-dinho, coordenador do Centro de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade (CERTIC) da

Universidade referiu que os brin-quedos foram adaptados pelos alunos da primeira licenciatura nacional em Engenharia da Rea-bilitação e salientou que se trata de equipamentos que não estão disponíveis no mercado.

E explicou que, por exemplo, meninos que não conseguem pe-gar num volante para conduzir estes carros eléctricos o podem agora fazer através de um ‘joys-tick’ ou um outro manípulo que pode ser usado através de um movimento da cabeça ou do om-bro.

“Para situações mais graves, para alguém que só tenha um movimento controlado, um so-pro ou um som, pode-se introdu-zir um computador portátil. Nes-te caso vamos usar o Magalhães e com um sistema de varrimento que vai mostrar as várias direc-ções que pode ter o carrinho, a criança simplesmente selecciona a direcção e o carrinho segue em frente”, salientou.

Estes trabalhos foram rea-lizados no âmbito de unidades curriculares do curso de Enge-nharia da Reabilitação e pensa-dos para fins recreativos, mas podem também ser usados com fins terapêuticos.

Vila Real

ALUNOS DA UTAD ADAPTAM BRINQUEDOS PARA CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA

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31 de Maio 2011CD

Regional

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O Município de Gaia e a Cai-xa Geral de Depósitos concreti-zaram o compromisso assumido, através de um protocolo celebra-do em Dezembro do ano passa-do, e entregaram as primeiras habitações no âmbito do “Pro-grama Arco-Íris/Novos Hori-zontes para o Arrendamento” que visa promover o mercado social de arrendamento com vis-ta à criação de oportunidades de habitação para famílias da classe média que não se enquadram na tipologia com direito a habitação social, mas também não pos-suem rendimentos sufi cientes para arrendar no mercado livre, nem para adquirir casa própria.

“Esta iniciativa cruza ra-cionalidade económica com responsabilidade social e tra-duz uma solução para famílias que não conseguem uma casa no mercado livre”, evidenciou Marco António Costa, durante a cerimónia de entrega das primei-

ras seis habitações no Edifício Prestige, na freguesia de Canelas. “Esta iniciativa faz parte do nos-so ADN institucional, ao assinar documentos que marcam, pela positiva, a vida das pessoas”, acrescentou o autarca.

Marco António Costa recor-dou, na circunstância, declara-ções personalizadas aquando da celebração do referido protocolo: “Estamos a percorrer um novo caminho no País que assinala uma mudança estrutural ao nível das mentalidades e da re-lação de cumplicidade activa entre o poder bancário e o po-der autárquico, numa lógica de criar soluções onde existem difi -culdades”.

A enorme carência dos mu-nicípios em termos de soluções na área da habitação encontra resposta em Vila Nova de Gaia, através da promoção do mercado social de arrendamento. “Esta-mos a desenvolver um mercado

intermédio, um pouco abaixo do mercado livre e um pouco acima do mercado social. É um novo mercado em Portugal direccio-nado para um novo segmento”, especifi cou Marco António Cos-ta, adiantando que “estamos a fazer história na política social do País, em termos de materia-lização de soluções habitacio-nais”.

Marco António Costa subli-nhou a importância da entrega simbólica destas primeiras casas, ao abrigo do Programa Arco-Íris, que trilha um novo caminho nas políticas habitacionais e sociais do País e manifestou a sua sa-tisfação pela concretização do compromisso: “Sinto-me mais gratifi cado e mais feliz, porque não há nada mais gratifi cante do que promover uma solução que resulte na entrega de chaves a famílias que passarão a ter uma casa condigna para viver”, concluiu.

Iniciativa inédita dá frutos

GAIA ENTREGOU AS PRIMEIRAS HABITAÇÕES ARRENDADAS PELA CGD

O Município de Paredes tem desde terça-feira a funcionar a primeira Rede de Bicicletas

de Uso Partilhado do país, colocando gratuitamente à dis-posição de residentes, visitantes e turistas um novo tipo de trans-porte urbano alternativo, limpo, saudável e amigo do ambiente.

A cerimónia de lançamento decorreu com um pequeno pas-seio de demonstração pela cida-de em participaram algumas das fi guras públicas que decidiram apadrinhar esta iniciativa da Câ-mara Municipal de Paredes, ca-sos do apresentador de televisão Jorge Gabriel, da atleta Aurora Cunha, do maratonista António

Ponto, do ex-futebolista Rui Bar-ros ou do antigo ciclista e actual director da Volta a Portugal, Joa-quim Gomes.

O pelotão de mais de meia centena de convidados foi lide-rado, como não podia deixar de ser, pelo presidente da autarquia, Celso Ferreira, e pelo vereador com o Pelouro do Desporto, Cândido Barbosa, também ele com uma carreira intimamente ligada às bicicletas.

De acordo com o apresen-tador da Praça da Alegria, “este sistema alternativo de transporte é uma excelente ideia, porque as bicicletas não consomem com-bustíveis, não poluem o ambien-

te e ainda proporcionam um tipo de vida mais saudável. Além de prática e confortável, é bastante leve e os trajectos a percorrer na cidade são quase todos planos. Portanto, não deve custar nada andar aqui, até mesmo para pes-soas de maior idade”, como reco-nheceu Jorge Gabriel.

Em dia de aniversário, Au-rora Cunha foi outra das fi guras públicas que fez questão de apa-drinhar este projecto e “felicitar a Câmara Municipal de Paredes pela feliz e muito interessante iniciativa. Parabéns à autarquia por acreditar. Que outras sigam este exemplo”, apelou.

Paredes

JÁ CIRCULAM BICICLETAS DE USO PARTILHADO

A Incubadora de Santo Tir-so e o CITEVE, com o apoio da Portus Park, e da INOVCA-PITAL, lançaram o Concurso de Ideias de Negócio “NETT - Novas Empresas Tecnológicas Têxteis”. Este concurso tem por objectivo estimular o desenvol-vimento de ideias de negócio criativas e inovadoras em torno das quais se perspective a cria-ção de novas empresas tecnoló-gicas no Sector Têxtil. Segundo os promotores, o concurso, tal como workshop “Empreende-dorismo no Sector Têxtil – De-safi os e Oportunidades para a

Criação de Novas Empresas, realizado no CITEVE no dia 20 de Abril, vem dar concre-tização à parceria fi rmada em Junho de 2010 na Incubadora de Santo Tirso entre o CITEVE e a Fundação de Santo Th yrso, entidade promotora da Incu-badora de Santo Tirso, tendo em vista o apoio à criação de empresas inovadoras no Sector Têxtil. Esta parceria resulta da constatação de que se assiste hoje a um novo paradigma no sector, em que o potencial com-petitivo assenta cada vez mais na criação de novas empresas

com negócios suportados em produtos em que a componente tecnológica é um factor deter-minante de sucesso, empresas essas que, se tiverem por um lado o suporte técnico e tecno-lógico do CITEVE e por outro o apoio ao desenvolvimento do negócio por parte da Incubado-ra de Santo Tirso, terão maiores probabilidades de vencer, fa-zendo a diferença no mercado extremamente competitivo em que vivemos hoje.

O concurso está aberto até 30 de Junho.

Santo Tirso

CONCURSO DE IDEIAS DE NEGÓCIO

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CD 1531 de Maio 2011

Saúde & Ambiente

Por Germano Couto*

Como profissional da Saúde não podia ficar indiferente a um ciclo de desafios que visa a realização de reflexões pessoais parti-cipadas e aglutinadoras sobre as problemáti-cas da Sociedade e da Enfermagem. A crise financeira mundial, originada pela especu-lação imobiliária nos EUA e respectivos cré-ditos subprime, teve, e tem, repercussões em quase todos os elementos e dinâmicas do quotidiano social. E como relacionamos esta crise com a Enfermagem?

Primeiro, pensamos no seu impacto di-recto na capacidade financeira das organi-zações de saúde e nos próprios recursos do Estado para honrar o compromisso assumido com cada enfermeiro: uma retribuição justa pelo trabalho desenvolvido.

Segundo, reflectimos sobre o funciona-mento dos mercados financeiros e qual é a sua possível relação com a Enfermagem. Em vez de analisarmos como é que a instabilida-de nestes mercados se repercute na Enfer-

magem, nos enfermeiros e na qualidade dos cuidados de saúde (e de vida) dos portugue-ses, procuramos inferir de que forma é que a Enfermagem pode influenciar o comporta-mento destes.

Na mesma semana da estreia em Portugal do filme “Wall Street: Money Never Sleeps” de Oliver Stone (2010), o Presidente do Tribunal Constitucional, o Primeiro-Ministro e o Lí-der do PSD, pronunciaram-se sobre a impor-tância e o impacto dos mercados nas políticas económicas e sociais do País. Um País com uma balança comercial cronicamente defici-tária; com graves problemas estruturais, no que respeita à criação de riqueza e capacidade para inovar, e onde o endividamento externo é uma inevitabilidade para efeitos de dinami-zação da economia.

Os mercados têm “especulado”, e muito, sobre a capacidade de um bem ou serviço ge-rar riqueza no futuro. Definem um custo para o mesmo, com base no valor que crêem que este representa para os potenciais clientes. As empresas operam num país, não obstante a

globalização, e a sua consequente internacio-nalização. A situação da empresa nessa mes-ma nação é extremamente diferente da vivida pelas sucursais noutros países, dada a cultura imperante, as leis em vigor, ao ambiente geral, para o qual os níveis de saúde da população desempenham um papel de relevo. Uma po-pulação saudável é uma população capacitada para trabalhar e gerar riqueza.

Colocamos, então, a questão: qual o im-pacto da Enfermagem nos níveis de saúde da população? A resposta não é simples! Presen-temente, podemos formular com base em… especulações. É imperativo analisar, quanto antes, o que é que a população portuguesa carece e demanda em termos de cuidados de saúde. É essencial reconhecer, politicamente, que a quantidade e a qualidade de Enferma-gem são estruturais para os níveis de saúde das populações. É indispensável ver que in-dicadores utilizam para monitorizar o estado dessa mesma Enfermagem. Partindo destas correlações, os níveis desses indicadores po-dem servir para estimar a parcela do nível de

saúde da população sensível aos cuidados de Enfermagem.

Quando os mercados voltarem a preten-der avaliar, em Portugal, o “ambiente” para os negócios, e analisarem para esse efeito o nível de saúde e a qualidade de vida da população, têm que medir também indicadores de es-trutura, processo e resultado próprios da En-fermagem, introduzindo a mesma enquanto variável a atender nessas avaliações.

Logo, no panorama actual, são lançados dois tipos de desafios à Enfermagem em Por-tugal: demonstrar a sua relevância para os níveis de saúde e qualidade de vida dos por-tugueses, e a importância destes indicadores para a fidedignidade das avaliações feitas pelos mercados financeiros na análise do am-biente para negócios em Portugal. Haja desa-fios! Haja ambiente para negócios! Haja saúde em Portugal!

*Presidente da Secção Regional Norte da Ordem dos Enfermeiros

O Hospital Privado da Boa Nova es-teve presente na III edição do Sa-lão “Ser Mamã”, uma iniciativa que decorreu há dias na EXPONOR. O hospital apresentou um conjunto de propostas dedicadas ao univer-so das mães, bebés e crianças.

Desde a fase pré-parto até ao dia-a-dia de qualquer criança e respectivos pais, o Hospital Privado da Boa Nova foi ao cer-

tame com um conjunto de acções como rastreios de enfermagem, auditivos e den-tários e palestras a cargo de especialistas sobre temas como “A neonatologia no HPBN!” (Pedro Rodrigues), “Nascer no Hospital Privado de Braga!” (Luís Gon-zaga) ou “Células com vida!” (Ana Carva-lho, Future Health), “Hábitos alimentares saudáveis na gravidez!” (Ana Isabel Silva), “A importância do apoio à Maternidade!” (Goretti Teixeira) e “Cordão Umbilical,

um tesouro precioso!” (Ana Carvalho, Fu-ture Health) complementando as sessões dedicadas ao quotidiano familiar pré e pós-natal.

O Hospital Privado da Boa Nova é considerado uma unidade de saúde de re-ferência no acompanhamento da gravidez e do parto, desenvolvendo permanente-mente sessões de esclarecimento e acções de prevenção destinadas a melhorar o dia--a-dia de pais e filhos.

O médico e gestor hospitalar Adalber-to Campos Fernandes propõe a criação de uma agência nacional de avaliação das tecnologias de saúde, para ajudar a decidir quais as inovações em que vale a pena in-vestir.

“É fundamental avançar no sentido da criação de uma agência nacional de avaliação de tecnologias de saúde, independente do poder político, com autonomia técnica e científica, idónea e altamente qualificada”, defende o antigo administrador do Hospital de Santa Maria no livro “Três Olhares sobre o Futuro da Saúde em Portugal”, recentemente lançado

Para este especialista agência teria “as melhores condições para avaliar a ino-vação, associando aos parâmetros custo--efectividade, o princípio de custo-opor-tunidade e tendo em conta a limitação de recursos”. Adalberto Campos Fernandes defende ainda ser necessário “qualificar as escolhas” que se fazem ao nível da inova-ção tecnológica e terapêutica.

Também o economista de saúde, Pedro Pita Barros, estima, no mesmo livro, que é preciso fazer uma “avaliação criteriosa das novas tecnologias e da decisão da sua utilização em cada caso particular”.

Segundo este professor, com excepção para os medicamentos, em muitos casos não há qualquer avaliação das vantagens de adoptar novas tecnologias, no sentido de perceber se os benefícios para a saúde compensam o dinheiro que se gasta.

Pita Barros recorda que as novas tecno-logias na saúde tendem a ser mais caras e que não se deve partir do princípio de que tudo o que é novidade tecnológica deve ser adoptado.

“Uma posição de a adoptar apenas quando os benefícios adicionais mais do que compensam os custos adicionais será crucial para o bom desempenho do Serviço Nacional de Saúde”, escreve o economista

HOSPITAL DA BOA NOVA NA EXPONOR

SNS

PORTUGAL PRECISA DE AGÊNCIA PARA AVALIAR NOVAS TECNOLOGIAS

HAJA SAÚDEEM PORTUGAL

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31 de Maio 2011CD

Última

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No âmbito do Progra-ma CLDS (Contrato Local de Desenvolvimento Social), foi inaugurado no Conjunto Habitacional da Giesta (Val-bom), o “Espaço F@ce – Fo-mentar Acção para Comu-nidade Empreendedora”. A Santa Casa da Misericórdia de Vera Cruz será a entidade co-

Gondomar

NOVO ESPAÇO PARA A POPULAÇÃOA Santa Casa da Misericórdia de Vera Cruz de Gon-domar procedeu à inauguração do “Espaço F@ce – Fomentar Acção para Comunidade Empreen-dedora”. Este novo espaço, localizado no Conjunto Habitacional da Giesta, em Valbom, pretende criar novas dinâmicas junto da população local, para além de, em paralelo, prestar várias vertentes de apoio (a nível de emprego, formação e qualificação, intervenção familiar e parental, assim como forma-ção em Informática).

ordenadora do programa, que conta, também, com a inter-venção da Câmara Municipal de Gondomar.

No dia da abertura for-mal do espaço, para além de alguns utentes e moradores do Conjunto Habitacional da Giesta, marcaram presen-ça o Vice-Provedor da Santa

Casa da Misericórdia de Vera Cruz de Gondomar, António Moutinho, Maria José Maia, Coordenadora Nacional dos Programas Locais de Desen-volvimento Social, José Gon-çalves, Presidente da Junta de Freguesia de Valbom e, ainda, Fernando Paulo, Vereador do Pelouro da Acção Social

da Câmara Municipal. Para além, evidentemente, dos téc-nicos do programa CLDS, da Câmara Municipal de Gondomar e das instituições parceiras do projecto.

Para o Vereador do Pe-louro da Acção Social da Câ-mara Municipal de Gondo-mar, Fernando Paulo, com estes espaços (e serviços) pretende-se “tudo fazer para incluir, socialmente, as popu-lações que possam precisar de mais apoios”. Mas, como complementou, “todos de-vem ser parte integrante na resolução dos problemas”. António Moutinho, Vice--Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Gondomar, destacou que a função da

estrutura que coordena este programa “é servir a comu-nidade”. Ideia que Maria José Maia, Coordenadora Nacional dos Programas Lo-cais de Desenvolvimento So-cial também defendeu.

Há que, como destacou Maria José Maia, “ajudar a dinamizar e preservar um espaço que se destina a toda a população”. Daí que, tenha concluído, “a população, além de ‘receber’, também tem que ‘dar’, assumindo um papel participativo”.

O CLDS em Gondomar remonta a Outubro de 2009, quando foi assinado o pro-tocolo. Este programa, for-malizado entre o Instituto da Segurança Social (entidade fi-nanciadora), a Câmara Muni-cipal de Gondomar (entidade promotora) e a Santa Casa da Misericórdia Vera Cruz de Gondomar (entidade gesto-ra), tem duração prevista até Março de 2012.

O CLDS visa a inclusão social dos cidadãos através da execução de acções nos eixos de intervenção do em-prego, formação e qualifica-ção, apontando para a criação de gabinetes de atendimento na área da empregabilidade e

do empreendedorismo. Além disso, através do CLDS, tam-bém se promove intervenção familiar e parental. Temáticas como o planeamento fami-liar, informação/formação/educação para a cidadania e direitos humanos, grupos de auto-ajuda, actividades para o desenvolvimento pessoal, treino de competências pes-soais, gestão doméstica ou a definição de projectos de vida são alguns dos assuntos abordados nestes grupos de (auto-)ajuda.

Mas a formação de adul-tos e os cursos de Informática são, adicionalmente, outras das vertentes deste projecto. E são, também no caso do “Es-paço F@ce”, áreas a merecer atenção. Com a nova estru-tura no Conjunto Habitacio-nal da Giesta a Santa Casa e a autarquia pretendem, ainda, criar novas dinâmicas inter-nas entre os moradores da zona.

O CLDS, em Gondomar, já tem projectos de interven-ção no Conjunto Habitacional do Crasto (Baguim do Mon-te), em Santa Bárbara (Fânze-res), em Carreiros (Rio Tinto) e, agora, no Conjunto Habita-cional da Giesta (Valbom).