correio do douro #31

16
VOLTA AO MUNDO SEM SAIR DE ERMESINDE Pág. 4 Pág. 5 Pág. 12 À CONVERSA COM... Eduardo Rangel Presidente do Grupo Rangel Págs. 7 à 9 “É DE COMPETÊNCIA, TRANSPARÊNCIA E TRABALHO QUE O PAÍS PRECISA!” FINALMENTE JUNTA VAI TER SEDE PRÓPRIA CÂMARA DISTINGUIU PERSONALIDADES E INSTITUIÇÕES DO CONCELHO Pág. 11 Pág. 14 AVIDOURO LEVA À RÉGUA CERCA DE MIL PESSOAS E 500 VIATURAS EM PROTESTO Pág. 13 O desespero instalou-se no Douro MORTES NO IP4 NÃO PARAM VOLTA A PORTUGAL ARRANCA NA TROFA

Upload: correio-do-douro

Post on 28-Mar-2016

231 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Jornal Quinzenal Regionalista

TRANSCRIPT

Page 1: Correio do Douro #31

VOLTA AO MUNDO SEM SAIR DE ERMESINDE

Pág. 4

Pág. 5

Pág. 12

ÀCONVERSACOM... Eduardo RangelPresidente do Grupo Rangel

Págs. 7 à 9

“É DE COMPETÊNCIA, TRANSPARÊNCIA E TRABALHO QUE O PAÍS PRECISA!”

FINALMENTE JUNTA VAI TER SEDE PRÓPRIA

CÂMARA DISTINGUIU PERSONALIDADESE INSTITUIÇÕES DO CONCELHO Pág. 11

Pág. 14

AVIDOURO LEVA À RÉGUA CERCA DE MIL PESSOAS E 500 VIATURAS EM PROTESTO

Pág. 13

O desespero instalou-se no Douro

MORTES NO IP4 NÃO PARAM

VOLTA A PORTUGAL ARRANCA NA TROFA

Page 2: Correio do Douro #31

30 de Julho 2011CD2

ESPAÇODEOPINIÃO

ficha técnica

CORREIO DO DOURO – QUINZENÁRIOwww.correiododouro.pt

Propriedade Condor Publicações, Lda.| Contr. 508923190 |

Sede e Redacção Rua Dr. João Alves Vale, 78 – Est. D – 4440-644 VALONGO | Tel. 224210151 – Fax 224210310

Director | Oscar Queirós Subdirector | José Luís Pinto Chefe de Redacção | João RodriguesRedacção e Colaboradores | Victorino de Queirós - J. Ro-cha - J. Silva - E. Queirós -Nuno Victorino - Marquês do Vale.Fotografia - Editor | Miguel Pereira - João Rodrigues FilhoDirector comercial | Rui Simões

Correio Electrónico:

Acompanhamos com atenção o recente Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses e, consta-tamos, o clima em que decorreram os seus trabalhos. Um autêntico muro de lamentações! Nada que nos espante, sabendo nós, as dificuldades de ordem económico-finan-ceira sentidas no nosso Pais. Ficamos com a ideia que o futuro que vem, já aí, vai trazer alterações significativas ao funcionamento dos Municípios e das Freguesias, com cor-tes e mais cortes nos seus orçamentos, nas transferências da administração central, nos modelos de gestão e nos seus quadros de pessoal.

E, parece, não haver alternativa ao rumo apontado. Anuncia-se uma nova Lei das Finanças Locais. Os acordos celebrados com as instâncias da União Europeia e interna-cionais assim o exigem.

O que vem aí - o Congresso dos Municípios assim o disse - vai obrigar a alterar, em muito, o que tem sido o para-digma da gestão adoptado nas Autarquias Locais. Apesar dos erros cometidos, e todos sabemos que foram muitos, tem sido uma boa experiência saída da revolução de Abril, quando pensamos em governação de proximidade.

Mas os tempos são outros e mais exigentes.

Menos autonomia, redução nos investimentos, redução anual do nú-mero de funcionários, diminuição nos apoios aos mais desfavorecidos, são em grande medida, aquilo que num futuro próximo, espera os de-cisores políticos nas autarquias.

Aqui, em Valongo e também por razões económico-financeiras houve, recentemente, um largo consenso quanto à necessidade de se implan-tar um plano de saneamento financeiro e aprovar um empréstimo a ele associado, para viabilizar o funcionamento da Câmara, cuja ruptura financeira é mais do que evidente. Tal plano impõe contenção, rigor transparência e também inovação.

Neste quadro, a nossa preocupação reside no facto, de não estarem a ser dados, os passos necessários no sentido de preparar a nossa Câmara Municipal, visando a recuperação da grave situação em que vive. Temos dinheiro para continuar a pagar à concessionária os va-lores envolvidos na recolha do lixo? Quando se avançará para o es-tudo de uma nova estrutura orgânica da Câmara? E a redução das

despesas correntes que asfixiam o dia-a-dia da autarquia e cujos atrasos nos pagamentos infernizam a vida dos fornecedores,prejudicando a economia local?

E que se agravará, estamos certos, com as medidas que estão na forja e que acabaram por ser o grande tema de debate, no Fórum dos autarcas portugueses.

O investimento no nosso Concelho continua ausente. Apesar das excelentes acessibilidades e da sua localização junto do Porto de Leixões, do Aeroporto e da Galiza, não vemos as empresas aqui instalarem-se criando emprego e riqueza.

Aposta-se, teimosamente, em manter as taxas elevadas que sabemos ser a causa principal para a ausência do in-vestimento das empresas em Valongo.

As zonas industriais de Campo e de Alfena, apesar do investimento e das excelentes acessibilidades, vêm-se preteridas por espaços industriais mais competitivos em concelhos vizinhos.

Perante esta situação, é tempo de mudar o rumo sob pena de o nosso Concelho caminhar inexoravelmente para uma tal degradação que, pela certa, acarretará consequências graves e irreparáveis, pondo em causa, o bem-estar das pessoas.

E, todos nós, gostamos tanto da nossa terra que tudo devemos fazer para evitar tal situação.

E como fazê-lo?

Pois aqui deixamos a proposta para a realização de uma jornada de re-flexão, que envolva os diversos órgãos autárquicos (Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Juntas de Freguesia) e que respeitando a di-versidade de cada força política, seja capaz de encontrar uma estraté-gia, uma resposta concertada, para combater o facto de Valongo, ano apôs ano, perder importância no contexto da Área Metropolitana, os residentes no Concelho verem a sua qualidade de vida deteriorar-se, o desemprego a aumentar e a sua autarquia empobrecer.

É preciso um plano que corte com o passado, antecipe as dificuldades e nos dê a esperança de um futuro melhor.

Pela nossa parte aqui estamos.

É preciso salvar Valongo

Crónica Afonso Lobão

Vereador do Partido Socialista

FRENTE A

Page 3: Correio do Douro #31

CD 3 30 de Julho 2011

FRENTE

ESPAÇODEOPINIÃO

Nos tempos que correm, onde a incerteza económica, social e financeira são a maior certeza, será difícil falar de futuro.

Se olharmos para o nosso concelho podemos, eventualmen-te, pensar que a sua evolução se deu, em certa medida, ao contrário daquilo que penso que deveria ter acontecido.

Geralmente aceita-se como normal que surja primeiro o cres-cimento com grande nível de investimento público em infra--estruturas que permitam e incentivem o investimento priva-do capaz de gerar riqueza e postos de trabalho. Essa riqueza vai pagar impostos e então, com o dinheiro desses impostos, constroem-se de uma forma sustentada infra-estruturas de índole social: mais escolas, piscinas, instalações desportivas, culturais, etc…

Estas infra-estruturas ficam caras ao erário público e para ha-ver sustentabilidade tem antes que haver o tal crescimento capaz de gerar a tal riqueza que permita pagar o desenvolvi-mento.

Quando assim não acontece, temos muitos equipamentos sociais: as tais escolas, centros culturais, piscinas, etc… mas depois não temos dinheiro para os sustentar.

Penso pois que todos os investimentos que tragam mais postos de traba-lho, mais impostos para o concelho, devem ser acarinhados e incentiva-dos.

Em 2006 era eu presidente da Junta de Alfena, soube do interesse do Grupo Trofa Saúde em construir um hospital no nosso concelho, já que se tinha gorado a possibilidade de construírem na Maia. Não hesitámos e nós mesmo contactámos o Grupo Trofa Saúde e procuramos incentivá-los a investir em Alfena.

A 7 de Dezembro deste ano será inaugurado o Hospital Privado de Alfena, um investimento de 30 milhões de euros e mais de 400 postos de traba-lho.

É pois urgente, imprescindível, que surja investimento e investimento for-te no nosso concelho. Se isso não acontecer a sustentabilidade de muito do que hoje temos e que representa qualidade de vida poderá estar em risco no futuro.

A Zona Industrial de Campo é fenomenal, é única no norte da Península

Ibérica: é atravessada por uma auto-estrada que faz a ligação a toda a rede viária Nacional e é também atravessada por uma linha férrea, que permite ter no seu coração um terminal ferroviário, sabendo nós que, dado o preço dos combustíveis, o transporte ferroviário será o transporte do futuro, pelas economias de escala que permite.

É efectivamente única, mas há muito trabalho a fazer na cap-tação de investimentos, no tratamento a dar a uma proprie-dade muito retalhada que dificulta a negociação e a alguma especulação que também dificultou muito o avanço desta “Jóia Industrial” do concelho. Há que rapidamente enfrentar estas dificuldades.

Noutro local do Concelho, no tocante ao tal investimento, parece estarmos condenados à triste sina de dificultarmos aquilo que devia ser fácil, aquilo que são os interesses do concelho, os interesses dos nossos concidadãos.

Refiro-me à Zona Industrial de Alfena/Sobrado. Como todos sabem há um nó de saída da A41 na zona da Sra. do Ampa-ro, em Alfena. É uma saída que dá acesso a uma vasta zona

florestal. São milhares de hectares de floresta e o equilíbrio ambiental em nada seria prejudicado se se criasse uma ampla Zona Industrial entre Alfena e Sobrado nas margens da Estrada Municipal 606 ou estrada dos Alemães, como é mais conhecida.

Há investidores para aquela zona, dispostos a aplicar milhões de euros e a criar muitos postos de trabalho, mas mais uma vez o raio da política vem complicar tudo e impedir o surgimento de uma ampla Zona Industrial entre Alfena e Sobrado que tão pertinho está do Aeroporto Sá Carneiro ou do Porto de Leixões.

Não tenhamos ilusões. Ou somos capazes de captar investimentos, de criar riqueza, de criar postos de trabalho, ou a nossa sustentabilidade fu-tura poderá estar em causa. Ninguém pode dar mais do que aquilo que tem. Muitos tentaram fazê-lo ao longo das últimas décadas e veja-se a enorme dívida pública actual. Mas isso não vai continuar e se não formos capazes de ser mais racionais, mais eficientes e eficazes e de captarmos investimentos que nos tragam mais riqueza, muito daquilo que hoje é um dado adquirido poderá estar em causa no futuro.

Poupar no consumo e incentivar o investimento terão que ser as palavras de ordem para que haja futuro.

O Nosso Futuro

Crónica Arnaldo Soares

*Vereador PSD na Câmara de Valongo, responsável pelos pelouros de Finan-ças, Obras Municipais e Transportes

Tal como a justiça assenta em depoimentos de testemu-nhas que nem sempre são ver-dadeiros, também o jornalis-mo depende de depoimentos transmitidos por fontes que nem sempre são isentas ou fa-lam com verdade.

A notícia publicada na edi-ção do Correio do Douro do pretérito dia 09-10-2009, na página 5, sob o título “Campo - Guerra no PS. Alfredo de Sousa acusado de agredir militante” vem dar razão a isso mesmo.

Na verdade, em tal publica-ção foi referido um incidente na sede do Partido Socialista de Campo, que teve como pro-tagonista o então candidato Alfredo de Sousa, o qual foi descrito por terceiros e não

ocorreu como aí relatado, pois o mesmo não agrediu quem quer que fosse.

Pretende-se assim por esta via repor a verdade sobre o su-cedido e o bom nome do aí vi-sado,

Campo - Valongo

QUEM CONTA UM CONTO ACRESCENTA UM PONTO

Page 4: Correio do Douro #31

30 de Julho 2011CD

Valongo

4

Alfena

EXPOSIÇÃO COLECTIVA DE PINTURA NO CENTRO CULTURAL

Foi com entusiasmo e anima-

ção que decorreu a quarta

edição da Festa do Mundo,

uma iniciativa da Agência

para a Vida Local da Câmara

Municipal de Valongo. Ao

longo de três dias, esta activi-

dade contou com a presença

de milhares de populares que

deram ainda mais cor e vida

ao Parque Urbano de Erme-

sinde.

Animação, cultura e muita agitação foram os condimentos com que que foram brindados todos aqueles que se deslocaram a este evento de grande tra-dição no concelho de Valongo. Surpre-endente ou não, foi com grande vontade que os populares aderiram a todos os workshops promovidos ao longo dos três dias do evento, com especial desta-

que para o de Tai Chi, uma arte marcial em expansão que tem como objectivo fa-zer com que as pessoas sigam um modo de vida equilibrado e tranquilo.

Também merecedores de destaque foram os espectáculos que encerraram cada um dos três dias e que tiveram um denominador comum: casa cheia. Cum-prindo um dos objectivos da Festa do Mundo, passaram pelo palco exterior do Parque Urbano de Ermesinde espectá-culos de origem portuguesa, ucraniana, georgiana e chilena.

Para além dos diversos workshops

e espectáculos foi possível, através das inúmeras bancas dispersas pelo parque, conhecer a arte e engenho de vários ar-tesãos de diferentes continentes que de-ram ainda mais brilho a este certame.

A Festa do Mundo, que visa a pro-mover a troca de experiências entre as várias culturas, através da mostra e divulgação do que cada uma tem de melhor para oferecer, teve o co- finan-ciamento do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo intercultural atra-vés do Fundo Europeu para a Integração de Nacionais de Países Terceiros.

A Câmara Municipal de Valongo iniciou já a complexa empreitada de li-gação das condutas de águas pluviais da zona nascente da Estação de Ermesinde ao aqueduto da Ribeira da Gandra. A obra, que permitirá resolver a situação recorrente de inundações na Rua Rodri-gues de Freitas, junto à estação ferrovi-ária de Ermesinde, terá a duração de 60 dias.

Segundo a autarquia, efectuado o diagnóstico, concluiu-se que a dificul-dade de escoamento das águas pluviais nesse local se deve à insuficiente dimen-são das condutas existentes sob a via--férrea, que não têm capacidade para drenar toda a água que para aí está en-caminhada. De forma a debelar definiti-vamente essa situação, irá ser executada empreitada no âmbito da qual irão ser realizados os trabalhos abaixo descri-tos. A obra começa na Rua Rodrigues de Freitas, frente à Rua Vasco da Gama. Aí, será aberto um poço para realização da perfuração horizontal sob a linha da REFER. A perfuração terá o diâmetro de 1,4metros para permitir a passagem do colector com 1,2metros de diâmetro. Na Rua Eng. Armando Magalhães será aberto um outro poço, a partir do qual será instalado o novo colector de águas pluviais, em diâmetro de 1,2m, o qual “vira” para a Rua de Luanda, junto ao se-parador triangular, seguindo pela Rua de Luanda, até à Rua dos Serviços Médicos Sociais, no mesmo diâmetro. Nesse local será ligado à Ribeira da Gandra. Impor-ta explicar que será também necessário construir 4 troços de rede de águas resi-duais, nomeadamente no entroncamen-to das Ruas Rodrigues de Freitas e Vasco da Gama; no entroncamento das Ruas de Luanda e Serviços Médico Sociais e na Rua Eng. Armando Magalhães.

A obra, a cargo do Departamento de Obras e Transportes, representa um in-vestimento de 211 mil euros.

Afonso Lobão, eleito do PS no execu-tivo da Câmara de Valongo, levou à última sessão camarária uma das mais prementes preocupações da população de Ermesin-de. Segundo o vereador, alguns grupos de marginais têm vindo a criar distúrbios em determinadas zonas residenciais da cidade, “alimentando sentimentos de insegurança junto dessas comunidades”.

Lobão adiantou aos colegas do executi-vo que “tal preocupação” lhe foi “transmi-tida por cidadãos residentes na cidade que desejam que a autarquia intervenha pois a actuação em grupo desses vândalos é passível de criar medo e afectar o seu bem-

-estar”. Segundo o vereador terão já havido “situações de violência física e outras situ-ações menos próprias que a própria PSP não tem sido capaz de combater, por des-conhecimento ou por falta de meios”.

O vereador recordou que “no passado foram desenvolvidas jornadas de informa-ção e de sensibilização sobre segurança em algumas freguesias envolvendo as próprias forças de segurança. É uma experiência que deve continuar”, enfatizou. No fim da expo-sição, Afonso Lobão propôs que a Câmara promova o levantamento das situações e, “em conjunto com a PSP se criem os meca-nismos necessários para combate-las”.

LIGAÇÃO DA ZONA NASCENTE DA ESTAÇÃO DE ERMESINDE AO AQUEDUTO DA RIBEIRA DA GANDRA

VOLTA AO MUNDO SEM SAIR DE ERMESINDE

O Centro Cultural de Alfena recebe até 19 de Agosto a exposição colectiva de pintura, intitulada “Vallis Art” – Arte contemporânea.

Nesta mostra estão expostas 40 obras da autoria de Kim Molinero, Dina de Sousa, Miquelina Ribeiro, Mário Re-belo de Sousa, António Guimarães, Sara Vieira, Nina Ponces, Rosália Valente dos Santos, Manuela Calado, Neusa Negrão, Margusta, Teresa Martins, Ferreira Pin-to, Fátima Marques, Maria Oliveira Reis, Marques Valentim, São Passos Meada, Vifer, Marta Correia, Isabel Fidalgo, An-tónio Cipriano, Jorge Nobre Alves, Jorge Rebelo e Sara Loureiro.

Apetitosa e picante quanto baste, a France-sinha volta a ter o seu Festival na cidade de Va-longo. De 3 a 7 de Agosto, junto à Biblioteca de Valongo e ao Centro Comercial Continente Va-longo, a francesinha é a rainha da gastronomia. Durante estes cinco dias, das 19h00 à 01h00, o local vai transformar-se num verdadeiro restau-rante ao ar livre. No recinto estarão representados 10 estabelecimentos de restauração, a maioria do concelho de Valongo, especialistas na confecção da francesinha, incluindo as preparadas no forno.

A par da gastronomia decorrerá em simultâ-neo um programa de animação com a actuação de várias bandas de música nacionais e de DJ’s.

Para além da entrada ser livre, a autarquia disponibilizará transporte gratuito todos os dias, a partir das 19h00, em frente à Câmara Munici-pal.

Um evento a não perder!

De 3 a 7 de Agosto, junto à Biblioteca Municipal

ESTÁ DE REGRESSO O FESTIVAL DA FRANCESINHA

CÂMARA DE VALONGO ATENTA A FENÓMENOSDE VIOLÊNCIA QUE ASSUSTAM ERMESINDE

Page 5: Correio do Douro #31

CD 530 de Julho 2011

Gondomar

Rio Tinto

“Arte, design & fashion”, de Luís Balão, é a exposição que está patente, até dia 6 de Agosto, na Casa da Juventude de Rio Tinto.Trata-se, genericamente, de acessórios de moda artesanais, feitos com ma-teriais reciclados que, na sua maioria, têm por base o couro/pele.

Luís Balão, que expõe até 6 de Agosto na Casa da Juventude de Rio Tinto, é um artista que durante

muitos anos trabalhou na indústria do calçado, marroquinaria e vestu-ário. Aproveitando essa experiência profissional, decidiu, há seis anos, transpor tais conhecimentos para a produção de artesanato. Nascia, en-tão, a marca “Artesanato Balão”. Há cerca de dois anos o artista decidiu apostar num “nicho de marcado” e começou a criar, quase exclusi-vamente, acessórios de moda para mulher.

A exposição, que pode ser visi-tada na Casa da Juventude de Rio Tinto, traduz um pouco dos cursos e workshops de joalharia e calçado frequentados por Luís Balão. O cou-ro é, na maioria dos trabalhos, a base para elaboração das peças.

A constante renovação e a desco-berta de novas maneiras de combi-

nar os materiais são uma das apostas deste artista. A exposição é constitu-ída por acessórios de moda artesa-nal. O artista apresenta, entre outros produtos, carteiras, porta-moedas, porta-chaves, anéis, pregadeiras, malas, bolsas e pulseiras.

A ideia principal dos trabalhos que Luís Balão apresenta centra-se na reutilização de materiais tão di-versos como tampas de garrafas de sumo, cápsulas de café ou, até, sim-ples bocados de plástico. A base é maioritariamente em couro ou pele.

A exposição, inaugurada a 11 de Julho, estará patente ao público até dia 6 de Agosto.

O artista frequenta, presente-mente, o 2.º Ano do Curso de De-sign de Moda (na Escola Artística Soares dos Reis).

EXPOSIÇÃO DE ACESSÓRIOS DE MODA ARTESANAIS

O Anfiteatro do Largo do Souto foi o “palco” escolhido para um sarau de dança pelas “estrelas” da Associação “Dan-cingstar”, de Valbom.Ainda que de fundação recente (Janeiro de 2008), a Associação “Dancingstar” tem demonstrado um percurso notável. E, refira-se, é das co-lectividades gondomarenses que maior número de prati-

cantes reúne.

A Associação Valboense “Dan-cingstar” realizou, no dia 16 de Ju-lho, um Sarau de Dança. Este en-contro, que teve lugar no Largo do

Souto, animou uma noite que, a es-paços, teve alguns “pingos” de chu-va...

Mas a principal “chuva” foi, ine-gavelmente, das “estrelas” da As-sociação “Dancingstar”. Esta asso-ciação, que nasceu a 23 de Janeiro de 2008 na cidade de Valbom, está direccionada para as vertentes da dança, da Aeróbica e, ainda, de vá-rias actividades lúdicas e desporti-vas. Envolve, presentemente, cerca de 140 alunas e alunos (a partir dos 3 anos de idade), dividindo-se em distintos escalões – Infantil A, B e C, Iniciados e Juvenil/Júnior.

Este foi o 3.º Sarau de Dança das “Dancingstar” – Associação Valbo-ense de Dança. O espectáculo, que animou e coloriu a noite no Anfitea-tro do Largo do Souto, foi composto por várias coreografias – em que o hip-hop foi o estilo dominante.

FESTIVAL DE DANÇA CONSAGRA “DANCINGSTAR”

Valbom

Foi aprovada por unanimida-de, em reunião de Câmara, a proposta de adjudicação da construção do Edifício Sede da Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova. A obra, que implica um investimento de cerca de 350 mil euros, vem, assim, suprir uma lacuna há muito existente. É que, recor-de-se, a autarquia de S. Pedro da Cova é, até à data, a única freguesia do concelho de

Gondomar sem sede própria.

O Executivo da Câmara de Gondo-mar aprovou, por unanimidade, a pro-posta de adjudicação da construção do Edifício Sede da Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova. Depois de cerca de 18 anos instalados em espaços provisórios, quase sempre arrendados, esta freguesia irá passar a Junta em sede própria.

Com uma localização privilegiada, mesmo no centro da freguesia, ao lado da Igreja local (numa parcela integrada em loteamento habitacional de realiza-ção recente), a futura Sede da Junta será implantada num terreno com uma área de quase 900 metros quadrados. Terreno que, sendo propriedade da Câmara, foi disponibilizado para este efeito.

A área total a construir será de 694

metros quadrados. O projecto aponta para a criação de um edifício onde se localizem espaços de atendimento pú-blico e outros de diferenciada utilização. O novo edifício terá dois pisos, integran-do-se na topografia do local. No piso superior, com acesso pela Rua Álvares Cabral, localiza-se a entrada do edifício – que dará acesso ao átrio (onde estará a Secretaria da Junta). Este átrio servirá, também, como “foyer” do auditório (si-tuado na sua continuidade, mas como um corpo independente). A Secretaria liga directamente com três gabinetes de trabalho e com o gabinete da Presidência e sala de reuniões do Executivo. Esta última terá uma ligação directa ao palco do auditório, servindo assim de apoio e organiza-ção de bastidor a qualquer realiza-ção a desenvolver.

A nova Sede da Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova terá um Auditório com capacidade para 115 lugares – po-dendo vir a ser utilizado sem qualquer perturbação na área de funções admi-nistrativas. Possui ainda o piso em cave, com acesso pela Rua Dr. Álvaro Cunhal, onde se localizam os espaços de garagem, armazenagem de materiais, arrecadação de equipamentos, os vestiários/balneá-rios para os funcionários, bem como um refeitório.

Valentim Loureiro, Presidente da Câ-

mara Municipal de Gondomar, mostrou bastante satisfação no dia da aprovação desta decisão. “Finalmente vai ser cons-truído o novo edifício, uma obra que há muito era necessária – principalmente porque o actual espaço não satisfazia, nem estava de harmonia com as neces-sidades de toda a população de S. Pedro da Cova”, destacou Valentim Loureiro.

Para o autarca, a futura Sede da Jun-ta de Freguesia de S. Pedro da Cova irá possibilitar um mais alargado leque de serviços e a disponibilização de novos espaços que permitirão mais e melhores eventos sociais e culturais. Além de que,

destacou Valentim Loureiro, em termos financeiros a Câmara de Gondomar dei-xará de ter de pagar a renda do espaço actualmente ocupado.

Sobre o mesmo assunto, Daniel Viei-ra, presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova, destacou o facto desta adjudicação constituir “um passo decisi-vo”, acrescentando que a obra “responde a uma das principais necessidades da freguesia” e terá que “avançar rapida-mente”.

FINALMENTE JUNTA VAI TER SEDE PRÓPRIAS. Pedro da Cova

No passado dia 26 a Área Metropolitana do Porto come-morou pelo quinto ano conse-cutivo, o “Dia Metropolitano dos Avós”, tendo como palco o “Coração de Ouro”, nome dado ao Pavilhão Multiusos de Gon-domar.

Mantendo o seu carácter in-termunicipal, de reconhecimen-to e valorização do papel que este grupo geracional desempe-nha na comunidade, este evento privilegiou a oferta cultural e re-creativa dos municípios da AMP, reforçando, assim, toda sua a dimensão metropolitana.

Face ao empenho e mobilização dos vários municípios envolvidos na organiza-ção, estiveram 7 mil avós da Área Metropolitana do Porto. Os municípios estiveram representados pelos respectivos presidentes e vereadores de Acção Social.

7.000 AVÓS EM GONDOMAR

PUB

Page 6: Correio do Douro #31

30 de Julho 2011CD

Área Metropolitana do Porto

6

Gaia

Santo Tirso

Foi aprovado em reunião de câmara, a comparticipação do custo das refeições escolares a alunos carenciados que frequen-tem o 1º ciclo do Ensino Básico.

A Câmara Municipal suporta os gastos relativos aos almoços dos alunos mais desfavorecidos, comparticipando 50% do valor a pagar pelos alunos com escalão B e 100% do valor a pagar pelos alunos com escalão A. Recorde--se que a classificação dos alunos nos escalões A e B é atribuída pela Segurança Social. A autar-quia atribuiu um subsídio men-sal às entidades gestoras dos re-feitórios escolares, calculado em função do número de refeições fornecidas aos alunos benefi-ciários do subsídio e do preço máximo por refeição. O apoio às refeições dos alunos oriundos de famílias com dificuldades tradu-

ziu-se, no ano lectivo 2010.2011, em 53 mil euros de investimento por parte da câmara.

40 mil euros para livros e material escolar – 1ª fase

Dando seguimento a uma prática da câmara, o Presidente Castro Fernandes, viu aprovada em reunião de câmara a sua pro-posta de atribuição de subsídios aos agrupamentos de escolas para livros e material escolar, para apoio dos alunos carencia-dos, no valor de 40 mil euros (1ª fase). Estes apoios inserem-se na política de acção social esco-lar onde a Câmara garantiu que apesar da crise não haveria cor-tes. Em matéria de Acção Social Escolar a câmara investe anual-mente cerca de dois milhões de euros.

AUTARQUIA VAI DAR REFEIÇÕES E LIVROS A ALUNOS CARENCIADOS

No passado dia 24, realizou-se em Valongo o 1º Encontro de Automóveis Clássicos e Motas Antigas, que reuniu um con-junto de apaixonados pelas duas e quatro rodas.

Esta iniciativa contou com um conjunto variado de activi-dades, desde exposição de automóveis e motas antigas, passeio pela cidade de Valongo, actuação de um grupo musical e uma prova de perícia, iniciativa que mais entusiasmo suscitou às centenas de pessoas que ocorreram à concentração.

Organizado pelos Amigos dos Clássicos de Valongo e Câ-mara Municipal, o evento realizou-se junto à Biblioteca de Valongo No final a organização entregou lembranças a todos participantes.

Dado o assinalável êxito da iniciativa, a primeira do género em Valongo, espera-se que para o ano se repita

CONCENTRAÇÃO DE CLÁSSICOS EM VALONGO

Luís Filipe Menezes assina contratos de financiamento comunitário

O Município de Gaia acaba de anun-ciar a execução de novas obras de rele-vante interesse municipal, no valor de 10 milhões de euros, para implementar nos próximos dois anos. Os contratos de financiamento ao Programa ON2 - “O Novo Norte” - Programa Operacional Regional do Norte foram assinados por Luís Filipe Menezes e Carlos Duarte, Vice-Presidente da CCDR-N - Comis-são de Coordenação de Desenvolvimen-to Regional do Norte e responsável pelo referido programa.

“Já foram realizadas obras em Gaia no valor de 60 milhões de euros com re-curso a financiamentos comunitários e, nos próximos dois anos, serão ultrapas-sados os 70 milhões de euros”, sublinhou Luís Filipe Menezes, apontando o con-junto de empreitadas agora protocoladas e, ainda, o investimento em curso nos dois troços da Via de Cintura Interna do Centro Histórico de Gaia, a reabilitação de Vila d’Este, a construção dos Centros Escolares e a expansão dos parques em-presariais.

“É um enorme esforço financeiro, em contra-ciclo, numa conjuntura de grandes dificuldades para as autarquias, mas vamos tentar sair desta situação.

Estas obras foram idealizadas para aumentar a coesão, promover o emprego e o progresso do concelho», afirmou o autarca. A reprodutividade económica das novas obras e o impacto ao nível do desenvolvimento sustentável justificam, na óptica do Presidente da Câmara, a sua aposta. Fundamentam, por outro lado, os rasgados elogios de Carlos Duarte, Vice-Presidente da CCDR-N, ao planea-mento estratégico do Município de Gaia.

«Gaia é uma referência ao nível da estratégia delineada durante este ciclo de excelência na afirmação do poder local”, enalteceu Carlos Duarte, avalian-do muito positivamente o “planeamento estratégico e a ambição na afirmação do concelho”.

O Vice-Presidente da CCDR-N va-lorizou o efeito multiplicador dos finan-ciamentos agora protocolados e consi-derou o impacto no desenvolvimento sustentável de Vila Nova de Gaia. Uma a uma, as novas obras foram apresentadas como exemplos do esforço de qualifica-ção do concelho, de operações de exce-lência, de obras coerentes e com uma estratégia previamente planeada. “Em Gaia pensa-se, planeia-se, executa-se”, concluiu.

Do conjunto de obras agora anun-ciadas, destaca-se a Circular do Centro

Histórico de Gaia que vai ligar à Avenida da República, tornando assim mais ex-pedita a ligação do Centro Histórico a qualquer ponto da área Metropolitana do Porto. Trata-se de um investimento aproximado de 2 milhões de euros e vai criar uma nova dinâmica no que respeita a acessibilidades e mobilidade.

O percurso ciclo-pedonal entre as praias da Aguda e Canidelo, assim como a valorização e reordenamento do espa-ço público no litoral de Gaia, correspon-de a um investimento de quase 5 milhões de euros e visa consolidar toda a obra já executada ao longo do cordão marítimo.

A construção do passadiço para ligação ciclo-pedonal entre o Cais de Quebrantões e o Areinho de Oliveira do Douro, uma intervenção cujo valor ultrapassa os 2 milhões de euros, insere--se no projecto “Encostas do Douro” que visa requalificar toda a orla fluvial desde a ponte Luís I até Lever.

O restauro da Capela do Senhor d’Além e a requalificação do espaço en-volvente, outra empreitada inserida no projecto “Encostas do Douro”, cujo in-vestimento é superior a 600 mil euros, e a aquisição de uma viatura para os Bombeiros Sapadores de Gaia, no valor de 400 mil euros, completam o conjunto de obras agora anunciado.

MAIS 10 MILHÕES DE OBRAS

Estão abertas as inscrições, no Gabinete de Educação de Adultos da Câmara Municipal, para oito Formações Modulares Certificadas (FMC) levadas a cabo pelo Gabinete.

Organização de Eventos, Atendimento, Cuidados Básicos de Saúde, Atendimento Telefónico, Curso de Planeamento e Gestão de Actividades Desportivas, Fotografia Iniciação, Bordado Regional de Arraiolos e Ar-ranjos Florais e Adornos para Datas Festivas são os cursos a terem início em breve, com a duração de 50 horas, excepto Curso de Planeamento e Gestão de Actividades Desportivas que durará 25 horas.

As acções de nível 3 destinam-se a adultos com habilitação escolar igual ou superior ao 9º ano de escolaridade e os cursos de nível 2 destinam-se a adultos com habilitação escolar igual ou superior ao 6º ano de escolarida-de. Irão decorrer na Póvoa de Varzim, Terroso, Estela e Laundos.

FMC são cursos de 25 ou 50 horas, que dão possibilidade de adquirir mais competências, bem como, melhores habilitações escolares e qualifi-cações profissionais.

Destinam-se a adultos com idade igual ou superior a 18 anos, sem a qualificação adequada para efeitos de progressão no mercado de trabalho.

CÂMARA PROMOVE CURSOS DE FORMAÇÃO CERTIFICADOS

Póvoa de Varzim

Page 7: Correio do Douro #31

CD 731 de Julho 2011

ÀCONVERSACOM... Eduardo RangelPresidente do Grupo Rangel

Sendo dos maiores trans-portadores de mercadorias nacionais, quando é que a actual crise se começou a fazer sentir no sector?

O grupo Rangel, não é um transportador na lógica de empresa proprietária de camiões e o transporte na-cional só representa 15% da facturação do grupo, entre transporte doméstico geral, transporte expresso e trans-porte de produtos farmacêu-ticos em frio e temperatura controlada, nós somos sobre-tudo um integrador logístico, com actividade de gestão de stocks em armazens

Pelo que dispomos de 170.000 m2 em Portugal, 15.000 em Espanha e 6.000 em Angola. Para além desta actividade somos transporta-dores aéreos e marítimos em frete e contentores em parce-ria com o grupo Hellmann e no transporte expresso aé-

“É DE COMPETÊNCIA, TRANSPARÊNCIA E TRABALHO QUE O PAÍS PRECISA!”Os sucessivos aumentos de combustíveis, o pagamento de portagens nas scuts e sobretudo uma concorrência desenfreada e desleal, têm sido machadadas dolorosas nas empresas de transportes de mer-cadorias. No entanto, no grupo Rangel, um dos maiores do país, os responsáveis não esperaram pela crise para inventar soluções. Come-çaram muito antes a preparar o caminho, diversificando a actividade e internacionalizando-se. E ao contrário de muitos discursos desmorali-zadores que vamos ouvindo aqui e ali, o presidente do grupo, Eduardo Rangel, acredita em Portugal. Diz que com a equipa que Passos Coelho reuniu para governar, “ganhei de novo confiança no meu País”

“Este governo tém pela frente �������������� �������� � ���� ��� ������� ����������-�������������������������������� �������������������������!� "����������������"�������virado para a redução dramáti-�������������

reo com a respresentação da Fedex Express. A FedEx é a maior companhia de carga aérea do mundo, dispon-do de 665 aviões, dois dos quais aterram diariamente e em Portugal: um no Porto e outro em Lisboa. Somos ainda, operadores terrestres europeus com 200 camiões semanais a circular em toda a Europa. Possuímos ainda no grupo uma actividade de despachos aduaneiros, uma actividade de Feiras e Expo-sições muito vocacionada ao transporte de obras de arte, e por fim uma actividade diri-gida aos transportes especiais (transporte de mercadorias de grandes dimensões).

Como pode verificar o transporte puro nacional não tem a maior represen-tatividade. Na verdade neste segmento em relação à crise sentimos uma quebra em alguns clientes que estamos a compensar com a entrada

ção de mercadorias que tém caído, mas compensada pela exportação que tém crescido.

Como se reage às crises?

A nossa reacção tém sido sempre procurar trans-formar as dificuldades em

oportunidades e continuar cada vez mais a investir em tecnologias e na internacio-nalização. Estamos agora a preparar um investimento no Brasil, sabendo que os tempos em Portugal vão ser dramáticos pelo menos por mais três anos. É necessário conseguir ganhos noutros mercados e continuar a ofe-recer muita qualidade nos serviços que prestamos com muita inovação tecnológica. O desafio é não baixar os braços.

Qual a sua opinião sobre as medidas tomadas pelo Governo para combater crise?

Como sabe temos um novo governo, ainda recen-te. O anterior não mostrou, através das medidas nos diferentes PEC’s, conseguir reduzir o deficit e animar a economia. Este governo

tém pela frente uma dificí-lima tarefa: cumprir com rigor o memorandum as-sinado com TROIKA, e se possível ultrapassando as expectativas. Porém esse documento é muito virado para a redução dramática do deficit, pelo que julgo necessário acompanhar es-tas medidas com um plano que anime a economia na-cional e os empresários. Os empresários estão na sua ge-neralidade apreensivos, não conseguem muitas vezes produzir encomendas por falta de financiamento para comprar matérias-primas. Os investimentos de reno-vação ou ampliação estão parados pela mesma razão; é pois urgente conseguir que os bancos libertem dinheiro para a economia porque o País está a parar. Por outro lado urge um plano de mé-

Continua pág.8

de novos. A maior dificulda-de é conseguirmos ser com-petitivos num ambiente de concorrência desesperada, acrescentando o aumento de custos de combustíveis e por-tagens. Nos restantes negó-cios vamos sentindo a crise especialmente na importa-

Page 8: Correio do Douro #31

31 de Julho 2011CD8

ÀCONVERSACOM... Eduardo RangelPresidente do Grupo Rangel

“#��� �����$��������������������������� ��������������-�������"��$����� �%� �$����"���������������� ��������������������������&����������������������� ��'���� ������������!�(�de Portugal há já muitos anos ������������� ������� ����)������� ��� ���$������������ �

dio prazo para ajudar a defi-nir os objectivos ao nível da indústria. Mas não só pois impõe-se também um plano bem agressivo para recupe-rar a agricultura e as pescas, sectores que infelizmente foram praticamente destru-ídos ao longo das últimas duas décadas.

O que deveria ter sido feito e não o foi?

Não se devia ter deixado o País chegar a esta situação. É verdade que existe uma crise financeira mundial, acompanhada de instabi-lidade na economia. Mas também é verdade que os países, tal como as empre-sas ou as famílias, tém que perceber qual é o seu limite para endividamento, inde-xado à sua capacidade de o pagar. Se o crescimento do PIB de Portugal há já mui-tos anos tem sido moderado, seria fácil de prever o que ia acontecer. Um estado que alimenta 53% da população, com muito desperdício e “gorduras” na sua máquina, com uma política de inves-timentos megalómanos e na sua maioria pouco produ-tivos, uma economia débil, a produção industrial sem crecimento, a agricultura e

as pescas empobrecidas, sem aparecerem empresas a im-porem as suas marcas à es-cala internacional, e com um consumo baseado no crédi-to, só podia dar asneira, ou seja, falências e desemprego. Esperemos e nisso tenho fé, que o novo governo evite a desgraça maior que seria a

falência do País.Ter evitado isto é o que

devia ter sido feito; porém só para nos lembrarmos, ainda há menos de um ano se discutia o TGV, novos ae-roportos, etc. Não entendo como se iam rentabilizar esses investimentos, e pagá-

-los.Considerando os últi-

mos anos o que aconteceu aos transportes de merca-dorias?

Felizmente no grupo Ran-gel, na sua consolidação, não perdemos negócios. Traba-lhamos, isso sim, é com cus-

tos muito mais caros nome-adamente os financeiros, em combustíveis e portagens,. E depois, deparámo-nos com um ambiente muito desre-gulado e de desespero na concorrência. E isso provo-ca inevitavelmente uma bai-xa nas nossas margens.

Page 9: Correio do Douro #31

CD 931 de Julho 2011

ÀCONVERSACOM... Eduardo RangelPresidente do Grupo Rangel

Eduardo da Silva Rangel 59 anosNatural de Valadares, Vila Nova

de GaiaCasado, dois filhosResidente na Foz do Douro,

Porto.

Eduardo Rangel é o fundador e Presidente de um Grupo de em-presas com um volume de negó-cios de 108 milhões de euros. Este grupo emprega 900 trabalhadores directos e tem como principal ac-tividade o transporte doméstico e internacional, logística, promo-ção imobiliária e sistemas de in-formação.

No âmbito das suas activida-des, em particular na actividade expresso, a Rangel representa em Portugal a companhia norte ame-ricana FedEx - Federal Express.

Para além de possuir o bacha-relato em Contabilidade e Ad-ministração, frequentou diver-sas formações, nomeadamente o programa de Alta Direcção de Empresas da AESE e o master em advanced management em eco-nomia da European University of London.

Iniciou o seu percurso pro-fissional na Alfandega do Porto, como praticante de despachante. Em 1983 consegue o diploma de despachante, mas é 1980 que fun-da a sua primeira empresa, Edu-ardo Rangel, Lda, actual Rangel Invest-Investimentos Logísticos, SA., ponto de partida de um gru-po de logística integrada, conhe-cido hoje por Grupo Rangel, e que engloba dez empresas, cobrindo diversas áreas de actividade - lo-gística, transporte aéreo e maríti-mo, uma rede europeia de distri-

buição rodoviária e uma empresa de logística para feira e exposi-ções.

Em 1985, funda duas empresas na área da informática. Traz para Portugal, em 1994 a representa-ção da empresa norte-americana Informix, desenvolvendo em par-ceria com a Alfandega Portuguesa um software aplicacional para as Alfândegas/Despachantes, que se destinava a ligar todos os serviços das Alfândegas Portuguesas aos Despachantes, sendo inclusive a primeira empresa a utilizar o sis-tema.

Em 1986, em consequência da entrada na Comunidade Euro-peia, lidera junto da Comissão Europeia um grupo de trabalho para preparação da integração das alfândegas. Publica diversos artigos sobre o mercado europeu e ainda um livro de técnicas alfan-degárias “Os Reflexos nas Alfân-degas Portuguesas da Integração Europeia”.

Participou em diversos eventos da área de transporte e logística como orador convidado, sendo também autor de diversos arti-gos sobre estes mesmos temas. É membro fundador da APLOG - Associação Portuguesa de Logís-tica e também da APOE - Asso-ciação Portuguesa de Operadores Expresso, e da APOE Associação Portuguesa dos Operadores Ex-presso onde foi presidente.

Em 2006 inicia a internaciona-lização do grupo Rangel em Espa-nha e Angola.

Em 10 de Junho de 2008 é con-decorado com a Ordem de Mérito pelo Presidente da República Ca-vaco Silva.

Sabendo que o sector é es-

sencial para a economia, tan-to no que respeita a expor-tações como importações, como classifica as políticas governamentais no que toca aos transportes de mercado-rias?

As políticas nacionais não existiram. Também é verdade que em matéria de políticas de transporte é a Comissão Eu-ropeia que praticamente legis-la, mas também aqui a grande crítica é para a desregulação praticamente completa do sector, o que levou ao apareci-mento diário de empresas que sem estruturas concorrem com aqueles que se obrigam a cumprir com todas as regras.

Uma das soluções para o sector que desenvolve não seria o incentivo para se vi-rarem para novos mercados como? O que tem feito o grupo Rangel nesse sentido?

Como já lhe expliquei no ínicio desta entrevista, o grupo Rangel está já in-ternacionalizado. Estamos há cinco anos em Angola, e Espanha, e estamos neste momento com um projecto de internacionalização no Brasil e em Moçambique.

Há em Portugal excesso ou falta de transportado-res?

Não se pode responder assim. Existem de facto no mercado doméstico exces-so de empresas e talvez no

não foi fatal, mas fez grande mossa na sua rentabilidade.

Mesmo assim continua a ser um negócio rentável, ou teme a concorrência da ferrovia?

O negócio é rentável se tivermos o engenho de ino-var, de investir, de forma a aumentar a produtividade. E se formos capazes de ema-grecer os custos da organi-zação e de negociar bem a nossa subcontratação, sem perder qualidade no servi-ço que prestamos. No gru-po Rangel primeiro está o cliente, depois estamos nós, sendo certo que temos que manter as empresas com re-sultados.

A ferrovia, infelizmen-te, não tem conseguido ser um operador com respostas para o mercado exigente em que vivemos, face a muitos dos problemas que tém. Sem esquecer que no memoran-dum da TROIKA, ficou de-cidida a venda da CP Carga. Veremos se a entidade que a comprar vai revolucionar este sector. Temos de espe-rar para ver.

Se fosse ministro dos transportes que medidas tomaria de imediato para dar novo alento ao sector?

Essa é uma pergunta díficil face à recente no-meação do Ministro da Economia a quem cabe agora os transportes e bem. Conforme já referi, o sec-tor dos transportes espera muito mais de Bruxelas do que de Lisboa. Na verdade o novo Ministro não pode fazer muito, seria bom era que ele conseguisse animar a economia, Se o conse-guir, sem dúvida, dará uma grande ajuda aos transpor-tes.

Tem confiança no futu-ro, ou nem por isso?

Felizmente temos um novo governo que, na minha opinião, me pa-rece muito competen-te. E é de competência, transparência e trabalho que o País precisa. Estou convicto que este governo, liderado pelo Dr. Passos Coelho, soube reunir à sua volta uma excelente equi-pa.

Claro que com estas per-missas ganhei de novo con-fiança no meu País.

“���� ��������������)�*)����� ��-������+�����,�������/)�����������������������,����/���������������������������������� �*����������� ��������-+�01�����( ����������2�0��%�-$���

Continua pág.10

Havia mais a fazer nesse sector?

Pouco mais…

Há diferenças de trata-mento entre os transpor-tadores rodoviários e os que utilizam as vias área e marítima?

Há na verdade grandes diferenças entre os diferen-tes meios de transporte. O transporte rodoviário é o maior sector à escala mun-dial, porém é o menos re-gulado. O rigor que os «car-riers» maritimos e aéreos impõe nos seus negócios é muito diferente, especial-mente no que toca ao tres-passar a variabilidade dos custos de combustiveis atra-vés de taxas compensató-rias. Ninguém foge no ma-rítimo e aéreo, assim como no rigor dos pagamentos, como por exemplo na car-ga aérea que cobra a trinta dias com garantias através de um orgão central.

transporte terrestre euro-peu. Ou seja, a oferta é gran-de e com a procura a demi-nuir vamos vêr o que se vai passar.

No que concerne o mer-cado nacional, que peso tem nos transportes o pa-gamento de portagens nas SCUTs? Foi um golpe duro até que ponto?

Foi um golpe duríssi-mo. As empresas de trans-portes empobreceram todas no dia que foi obri-gatório pagar portagens nas SCUT’s porque não conseguiram passar esse custo aos seus clientes que na sua política de gestão querem um custo de trans-porte mais baixo. Como é possível manter empresas com custos a cresceram galopantemente e com pre-ços de venda a cair? Só um milagre salvará muitas das actuais empresas. É eviden-te que para o Grupo Rangel

A CARA DA ENTREVISTA

Page 10: Correio do Douro #31

31 de Julho 2011CD10

Dê Sangue

Correiodo Douro

o seu jornal

de negócios

P�%�������

Page 11: Correio do Douro #31

CD 1130 de Julho 2011

Regional

É uma turma interessada, partici-pativa e dinâmica, constituída por mais de uma centena de “alunos” que, desde finais de Junho, aos domingos de ma-nhã, rumam ao Complexo Desportivo da Costa Grande para uma ou duas ho-ras de ginástica aeróbica. Na sua grande maioria são mulheres, mas há também alguns homens que arriscam movimen-tos de dança, ao som das batidas da aparelhagem e segundo as instruções da monitora.

A iniciativa é da Câmara Municipal de Amarante, através da sua Divisão da Juventude e Desporto, e tem como princípio, o de que “as actividades fí-sicas constituem um factor primordial na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, contribuindo para o seu equi-líbrio global e permitindo a expressão das suas capacidades nos diferentes do-mínios da sua intervenção social”.

O objectivo é motivar os amaran-tinos para a prática de actividade física

regular, na procura de um estilo de vida saudável, segundo a máxima “mais des-porto, mais saúde para todos”.

O local é, então, o Complexo Des-portivo da Costa Grande e basta apare-cer, calçando sapatilhas e vestindo a pro-pósito. Não há lugar ao pagamento de qualquer valor e as sessões começam às 10:00. Os mais preparados podem fazer duas horas de exercício, até ao meio dia. Para principiantes, os promotores acon-selham o chuveiro às 11:00.

Mais de cem participantes nas aulas de ginástica aeróbica

AMARANTE COM DESPORTO E SAÚDE PARA TODOS

Mantendo a tradição dos últimos anos, a Câmara Municipal de Paredes escolheu o seu feriado municipal, que anualmente se celebra na terceira segun-da-feira do mês de Julho, para distinguir um conjunto de personalidades, empre-sas e instituições que, pelo seu contribu-to nas respectivas áreas de intervenção, marcaram afirmativamente o nome do Concelho de Paredes.

Assim, e em conformidade com o respectivo regulamento de condecora-ções, a autarquia de entendeu distinguir com a Medalha de Ouro Municipal o empresário António Augusto Ferreira da Rocha, presidente do Conselho de Ad-ministração da Viriato Hotel Concept, empresa líder do mercado de equipa-mento hoteleiro e principal exportador nacional neste segmento, pela sua exce-lência profissional, percurso de vida, de-dicação e apoio às causas sociais.

O segundo homenageado foi o mé-dico e escritor António Mendes Mo-reira, professor do ensino secundário, antigo director clínico hospitalar e au-tor de vasta bibliografia, repartida por obras de ensaio, ficção, contos infantis e narrativas autobiográficas, centrada na sua vivência quotidiana e sempre com o concelho de Paredes em plano superior. “Ao homem, ao profissional e ao devoto escritor que sempre viveu os problemas da sua terra e abraçou as causas da região onde nasceu e escolheu viver”, o Município de Paredes entendeu, por isso, atribuir-lhe a Medalha de Ouro Municipal, pelas suas qualidades hu-manas, intelectuais e profissionais, mas também por tudo o que fez por Paredes. Cidadão exemplar de Paredes, onde nas-ceu em 1942, o terceiro homenageado desta cerimónia fez da dedicação à causa

humanitária o seu modo de vida. Sócio fundador da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Rebordo-sa e seu primeiro signatário, o percurso do Comandante Mário Augusto Ferreira de Sousa é quase tão vasto como a sua reconhecida competência profissional, já distinguida, entre outra, pela Liga dos Bombeiros Portugueses e pela Federação dos Bombeiros do Distrito do Porto.

Presidente da Direcção dos Bombei-ros Voluntários de Paredes desde 2001, o “Comandante Mário” junta agora mais este reconhecimento por parte da Câmara Municipal, que o agracia com a Medalha de Ouro do Município pela sua elevada dedicação, competência profissional e relevantes serviços huma-

nitários prestados ao longo da sua car-reira. A Medalha de Ouro Municipal foi ainda atribuída, mas a título colectivo, à empresa António Meireles SA, precisa-mente no ano em que esta celebra o seu 80º aniversário: Marca de referência in-ternacional no seu sector de actividade, exportando actualmente para mais de 40 países e registando um volume de ne-gócios de 22 milhões de euros em 2010, mantém a sua sede na zona industrial de Gandra, contribuindo, assim, de forma

progressiva e sustentada, para o desen-volvimento económico do Concelho e sua empregabilidade.

Também a título colectivo, a autar-quia de Paredes entendeu igualmen-te distinguir com a Medalha de Ouro Municipal a Associação Empresarial de Paredes, entidade sem fins lucrativos, de reconhecida utilidade pública e de ex-trema importância no território para a promoção, desenvolvimento e represen-tatividade do tecido empresarial e local.

Constituída em Setembro de 1975, então sob a designação de Associação Comercial e Industrial do Concelho de Paredes, a AEParedes renovou a sua imagem e designação em Dezembro de 2008, contando hoje com mais de 1.400

empresas no seu universo de associados.

Monterau-Fault-Yonne recebe mais alta distinção do Município

Além das cinco Medalhas de Ouro, o Município de Paredes atribuiu ainda a sua mais alta condecoração à cidade francesa de Montereau-Fault-Yonne, com quem mantém um profícuo pro-tocolo de geminação desde há mais de uma década, precisamente, desde 28 de Abril de 2001.

CÂMARA DE PAREDES DISTINGUIU PERSONALIDADESE INSTITUIÇÕES DO CONCELHO

O Conselho de Administração da EDP Distribuição anunciou recente-mente, no decorrer de uma visita de trabalho ao Município de Paredes, um investimento de 6,3 milhões de euros na melhoria da qualidade dos

serviços prestados no concelho, no-meadamente, no estabelecimento de mais uma linha de 60 kV e na am-pliação da subestação de Lordelo.

As obras em curso foram objec-to, esta tarde, de uma visita que con-tou com a presença de António Mar-tins da Costa, vogal do Conselho de Administração da EDP, João Torres, presidente do Conselho de Admi-nistração da EDP Distribuição, bem como de Celso Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Paredes.

O investimento agora anunciado visa assegurar o reforço da fiabilida-de da rede de Alta Tensão que ali-menta as subestações de Lordelo e Rebordosa, traduzindo também um importante incremento na melhoria

da qualidade de serviço da rede de Média Tensão alimentada por estas instalações.

Após a conclusão da linha de 60 kV, ainda em curso, a rede de Alta Tensão ligada à subestação de Lor-delo será constituída por 4 linhas, num total de 28 km, enquanto a rede de Média Tensão se estenderá por 8 km e 6 linhas, com uma disponibili-dade de potência acrescida, capaz de satisfazer novos pontos de consumo e conferindo maior robustez à rede.

ParedesEDP INVESTE 6,3 MILHÕES DE EUROS NA MELHORIA DA REDE ELÉCTRICA

No passado dia 14 de Julho teve lugar no Museu Municipal de Penafiel, a apresentação dos Pla-nos de Melhoria de Escola e Plano Municipal de Melhoria da Escola, com o objectivo de promover a partilha de experiências e reflexão na disseminação de boas práticas e na criação de parcerias em rede, para potenciar a eficácia dos es-forços de melhoria da escola.

Esta actividade surge na se-quência do protocolo de parceria assinado, em Dezembro de 2010, entre o Município de Penafiel, o Observatório da Melhoria e Efi-cácia da Escola (OMEE) e a Di-recção Regional de Educação do Norte.

Durante este ano lectivo, esco-las, agrupamentos e o Município de Penafiel estiveram activamente envolvidos na elaboração e dese-nho dos seus Planos de Melhoria da Escola e Planos Municipais de Melhoria da Escola.

O encontro teve início com a apresentação do Plano Municipal

de Vila Nova de Famalicão (par-ceiro do OMEE), seguindo-se os agrupamentos de escolas de Pena-fiel Sudeste e Pinheiro que selec-cionaram a dimensão de melhoria “Competências sociais e emocio-nais”. O Agrupamento de Escolas de Paço Sousa e a Escola Secundá-ria Joaquim Araújo seleccionaram a dimensão “Elevados Padrões Académicos” e o Agrupamento de Escolas de Penafiel Sul a dimen-são “Envolvimento Parental”.

Antonino de Sousa, Vereador da Educação da Câmara Munici-pal de Penafiel, salientou que “o Município de Penafiel apoia os Agrupamentos e escolas do Mu-nicípio na prossecução dos seus objectivos, nomeadamente a me-lhoria e eficácia da escola, com es-tratégias empiricamente validadas, como é exemplo a adopção do ‘Pro-grama Crescer a Brincar’ que será disponibilizado, no próximo ano lectivo, aos alunos, educadores e professores do pré-escolar e 1.º ano do 1.º ciclo”.

PENAFIEL DEBATE MELHORIA DA ESCOLA

Page 12: Correio do Douro #31

30 de Julho 2011CD

Regional

12

O presidente da Câmara Muni-cipal de Santo Tirso, Castro Fernan-des, e o representante da Parque Escolar, Engº Luís Martins, visitaram o andamento das obras de ampliação e de requalificação da Escola Secun-dária de D. Dinis, em Santo Tirso, acompanhados pela Vereadora da Educação, técnicos municipais, di-rector da escola, Dr. Carlos Teixeira, e pela Adjunta do Director, Dra. He-lena Ramalho.

16,9 milhões de euros é o or-çamento desta obra que vai mudar completamente todo o edifício da-quele estabelecimento de ensino inaugurado em 1983. Os actuais pavilhões que existem e que são dis-persos vão ser unidos, através da

construção de um novo edifício. Esta intervenção vai dotar aquela esco-la de “condições invejáveis”. Serão remodelados cerca de 10 mil m2 e construídos 5,5 mil m2. Os arran-jos exteriores totalizam uma área de cerca de 21 mil m2. Os alunos vão poder usufruir de 7 laboratórios e de dois ginásios com condições ímpa-res (o actual totalmente requalifi-cado e um novo).

Do ponto de vista arquitectó-nico, vai deixar de ser uma escola fechada, de costas voltadas para a comunidade para se abrir à mes-ma, segundo explicou o arquitec-to da obra Camilo Cortesão. A fachada da escola será totalmente construída de raiz e terá continui-

dade física, deixando de aparecer os actuais pavilhões isolados e fe-chados.

As obras estão a ser desenvol-vidas em 3 fases por forma a não perturbar o bom funcionamento das aulas, prevendo-se a conclu-são total dos trabalhos em finais de 2012. A 1ª fase deverá ficar concluída no final deste ano.

As preocupações de segurança na obra são levadas ao máximo cuidado, havendo reuniões sema-nais e mensais com todos os inter-venientes na mesma. Também as áreas exteriores estão a ser estuda-das com vista à sua remodelação e melhoria das condições de segu-rança para peões (alunos).

De 4 a 15 de agosto está na rua a 73ª Volta a Portugal em Bicicleta. Este ano o concelho da Trofa está no mapa deste grande evento des-portivo, recebendo a partida da 1ª etapa da Volta, no dia 5 de agosto.

A zona envolvente da nova Esta-ção da CP “veste-se a rigor”, no dia 5 de agosto para dar a partida a todos os ciclistas participantes na edição deste ano da Volta a Portugal. Com o prólogo a realizar-se a 4 de agosto em Fafe, a Trofa é assim o ponto de partida para toda a competição.

Esta primeira etapa que ligará a Trofa a Oliveira do Bairro terá uma distância de 187,7 Km, o que repre-senta a segunda etapa mais extensa desta prova velocipédica.

O percurso desta competição será o mais extenso dos últimos anos: 1627 km, divididos por 10 eta-pas, mais o Prólogo, fazendo com que a competição ande na estrada durante 11 dias.

O Concelho da Trofa estará ainda representado na edição deste ano da Volta a Portugal pelo ciclista trofense Daniel Silva, da equipa Onda – Bo-avista, e pelo comissário de ciclismo Abílio Cardoso, que será o responsá-vel por fechar as etapas da volta, ao comandar o “carro vassoura”.

A par do arranque da Volta a Portugal a Trofa será ainda palco do programa da RTP1, Verão Total, que se realiza, em directo, na manhã de 5 de agosto, do Parque Nossa Senhora das Dores, entre as 10h00 e as 13h00.

Ao longo de toda a manhã, a Tro-fa estará à descoberta, dando a co-nhecer o que de melhor o concelho tem para oferecer aos seus munícipes e a quem o visita. Gastronomia, lo-cais turísticos, artesanato, oficinas de santeiros, grupos musicais, patrimó-nio natural, desporto e muito mais será apresentado ao longo de toda a manhã, “levando o nome da Trofa além-fronteiras”.

Aproveitando a ocasião, a Câma-ra Municipal da Trofa “lança o con-vite a todas as associações culturais, desportivas, sociais, clubes despor-tivos, grupos escolares e população em geral a marcarem presença e as-sistirem, ao vivo” a estes eventos que, pela certa, constituirão um marco neste jovem concelho.

De salientar ainda que a iniciativa está integrada na Requalificação Ur-bana dos Parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro abrangi-da pela Candidatura ao Programa de Ação (PRU/2/2008) – Grandes Cen-tros” no âmbito do instrumento de Politica “Parcerias e Regeneração Ur-bana”, inscrito no Eixo IV – Qualifi-cação do Sistema Urbano do Progra-ma Operacional Regional do Norte, com um investimento Elegível total de 9.383.500,00 euros, cujo financia-mento FEDER corresponde a 80% e uma Contrapartida Local correspon-dente a 20%. Este projeto da Volta a Portugal ao concelho vai prolongar--se por 3 anos incluindo uma parti-da, uma chegada e uma passagem da Volta pelo concelho.

Santo Tirso

REQUALIFICAÇÃO DA ESCOLA SECUNDÁRIA D. DINIS

VOLTA A PORTUGAL ARRANCA NA TROFA

pio pacense, o Projecto Capital Solidária apoiou nos primeiros 6 meses quase 270 famílias, em todo o concelho, para além das 2351 fa-mílias que beneficiam dos apoios da acção social escolar.

Deste projecto há a destacar a in-tervenção da Câmara Municipal em muitas situações de emergência, no-meadamente ao nível do pagamento da renda da casa, água, luz, medica-mentos e bens alimentares.

Para os responsáveis, “a Capi-tal Solidária cumpriu os objectivos para que foi criada e foi mais longe na emergência social, em todas as propostas apresentadas pelos par-ceiros da Rede Social que aprova-ram também a Rede Concelhia para

o Emprego, uma medida inovado-ra e pioneira que visa incentivar e premiar os empresários que criem emprego, cujo comissário é o Bispo Auxiliar do Porto, Dom António Taipa”.

Paços de Ferreira

CAPITAL SOLIDÁRIA

As obras do Centro Escolar da Ermida, em Santa Cris-tina do Couto, – orçado em cerca de 940 mil euros – estão para breve, uma vez que o concurso publi-co está já em fase final de processo.

No âmbito da Carta Educativa, estão a nascer em vários pontos do concelho sete modernos e bem ape-trechados centros escolares. É um plano de investimento arrojado,

que totaliza cerca de 11 milhões de euros, e que pretende oferecer aos nossos estudantes melhores condi-ções de estudo e de aprendizagem.

Concluídas estão para já as in-tervenções na Escola Básica do 1º ciclo/Jardim-de-Infância de Me-rouços, em Santa Cristina do Cou-to (320 mil euros), o Centro Esco-lar EB1/JI de S. Bento da Batalha, em Santo Tirso (760 mil euros), o Centro Escolar do Areal, em S. Mi-guel do Couto (385 mil euros), as obras de beneficiação/ampliação da Escola Básica do 1º Ciclo de Caba-nas, na Freguesia de Monte Córdo-va (273 mil euros de investimento)

e o Centro Escolar de Arcozelo, na Freguesia de Água Longa (920 mil euros)

Em fase de conclusão, encon-tra-se a Escola Básica Integrada de S. Tomé de Negrelos/Ponte – que é o maior e mais emblemático centro escolar contemplado na Carta Edu-cativa, cujo investimento atinge os sete milhões de euros e o e o Centro Escolar da Costa/Roriz, que repre-senta 970 mil euros de investimen-to – ambos entrarão em funciona-mento o próximo ano lectivo.

Esta semana arrancaram as obras do novo Centro Escolar de Sequeirô, orçado em 640 mil euros.

Santo Tirso

CENTRO ESCOLAR DA ERMIDAEM FASE FINAL DE CONCURSO PÚBLICO

Page 13: Correio do Douro #31

CD 1330 de Julho 2011

Regional

A AVIDOURO (Associação de Viticultores Indepen-dentes do Douro) con-seguiu pôr na rua, em protesto pela diminuição do quantitativo autorizado de benefício para este ano (menos 25 mil pipas), cerca de mil lavradores e 500 viaturas (entre tractores, carrinhas e camiões) num buzinão que demonstra a indignação dos pequenos lavradores pelo roubo de que se sentem vítimas.

Muito cedo, as ruas da cidade da Régua entupiram por completo devido a um desfile que se prolon-gava por uma extensão superior a 2km. As viaturas, com faixas negras em sinal de luto pelo que de mal está a acontecer na Região, pararam em frente da Casa do Douro (CD) onde, numa das varandas, usou da palavra Berta Santos dirigente da AVIDOURO e Manuel António Santos, Presidente da CD, entre ou-tros.

Berta Santos alertou os manifes-tantes para os perigos que estão a cair sobre os viticultores do Douro repudiando o número de 85.000 pi-pas que foi determinado no último comunicado de vindima. Chamou a atenção para os preços de misé-ria que o Comércio se prepara para praticar na próxima campanha e reafirmou que os viticultores só lu-tando é que conseguirão inverter o actual estado de coisas. “Com a ac-tual situação só 1200 euros a pipa poderão colmatar algumas das di-ficuldades com que os viticultores

O desespero instalou-se no Douro

AVIDOURO LEVA À RÉGUA CERCA DE MIL PESSOAS E 500 VIATURAS EM PROTESTO

se deparam”.Na assistência houve alguma

agitação sobressaindo várias pa-lavras de ordem como “Gatunos! Vigaristas! Ladrões!”; “Têm-nos roubado ao longo dos tempos. Te-mos que correr com estes ladrões” ou ainda “Então o IVDP rouba-nos o cadastro da Casa do Douro, lim-pa-nos a massa das taxas e o que sobra entrega ao Governo?”

Foi este o período mais quente da manifestação, a tal ponto que,

por muito pouco, a sede do IVDP não foi invadida por alguns dos mais exaltados. No entanto alguns não esqueceram o voto de qualida-de do Presidente da instituição, Lu-ciano Vilhena Pereira, que permitiu este quantitativo, e lançaram cachos de uvas em sinal de protesto.

CONVERSAS DE QUEM SE CONSIDERA ESPOLIADO

Os diálogos entre as centenas

de pessoas eram muitos e variados, cada qual o mais revoltado possível. Mas sempre aparece, nestas situ-ações, algum aparentemente mais calmo e possivelmente mais conhe-cedor, com uma linguagem que sem recorrer ao vernáculo, resume um sentimento que parece expandido na região. Dizia um viticultor às de-zenas de pessoas que o rodeavam: - “Vocês estão enganados porque o Governo não vai pôr o Vilhe-na na rua, pois ele ainda tem que

acabar o jogo sujo que começou. E que se resume a três coisas: uma é liberalizar a produção, acabando com o manifesto; a segunda é fe-char a Casa do Douro de uma vez por todas; e a terceira é entregar os vinhos da Casa do Douro pratica-mente de graça aos exportadores.

Como vêem para isto não vai ser preciso vir cá a troika!”

A caravana continuou o seu per-curso até à Câmara Municipal onde foi entregue um documento com várias reivindicações ao Governo onde se salienta o protesto sobre a diminuição do quantitativo, o re-ceio sobre os preços baixos por pipa que o Comércio irá exercer, o apoio pelos prejuízos causados pelas do-enças na vinha e também os causa-dos pelas intempéries.

No final sentia-se no rosto des-ta gente o desespero pelas políticas seguidas ao longo dos anos e con-siderado pelos viticultores como “sempre a favor do Comércio e em detrimento da Produção” designa-damente dos pequenos viticultores que, “por este caminhar”, muitos deles ficarão com as uvas nas videi-ras. Isto porque, “as grandes em-presas já fizeram o pré-aviso, por carta, de que este ano ou diminu-íam muito a compra, ou, em algu-mas situações, esta não existirá”.

No caso das Adegas, estas não se encontram em situação económica que permita adquirir uvas. Por ou-tro lado também elas encontraram um novo estratagema de negócio, ou seja, é-lhes mais vantajoso com-prar vinho a granel de baixa quali-dade e preço ao estrangeiro e ven-dê-lo em packs, do que escoarem a produção dos viticultores.

É assim que vai o Douro.

João Rodrigues

Page 14: Correio do Douro #31

30 de Maio 2011CD

Regional

14

Acidente IP4 (foto João Rodrigues Filho)

Nesta época do ano os produ-tores de uvas da região demarcada do Douro andam com “o credo na boca” expectantes em relação ao “Comunicado de Vindima” no qual se determina o quantitativo de mos-to a ter direito a benefício, ou seja, a parte da produção que poderá ser transformada em Vinho do Porto.

Ninguém tem dúvidas que a vida dos viticultores do Douro, nos últi-mos anos, se tem agravado. Podería-mos enumerar uma série de factores para justificar o que afirmámos mas quem acompanhar a vida do “Dou-ro do vinho” dos últimos anos de-pressa encontra a resposta: o poder político instalado em Lisboa mal assessorado pelos nossos represen-tantes.

Praticamente tudo aquilo que foi legislado sobre o Douro foi feito por encomenda duma das partes (o Comércio) e o resultado, para quem duvidava dos alertas repetidas vezes feito, aí está: mais miséria, médias e pequenas vinhas a monte, mais emi-gração, mais dependência.

Tudo isto foi preparado, nos últimos anos, premeditadamente para que se atingisse este resultado, ou seja, o Comércio, aos poucos, foi esganando economicamente as Adegas Cooperativas que eram as suas tradicionais fornecedoras. Es-tas começaram a perder peso e valor chegando ao ponto de estarem neste momento “de cócoras” ante os seus antigos compradores que hoje ditam as regras a seu bel-prazer. Por sua

Opinião

Benefício fixado em 85.000 pipas

VITICULTORES DO DOURO AINDA MAIS POBRES

vez a dificuldade que os lavradores hoje têm para vender as suas uvas é uma realidade: se as metem nas Adegas não recebem ou estas pagam tarde e a más horas. Perante esta re-alidade muitos deixaram de entregar nas Adegas vendendo a particulares e grandes grupos que agora lhes escrevem cartas a comunicar-lhes que este ano não lhes compram as uvas.

Claramente se chega à conclu-são que o Comércio, ao longo des-tes anos, começou a criar as suas próprias quintas (em particular na zona do Douro Superior) e a refor-çar a produção nas antigas. Desta forma começam a ser auto-sufi-cientes e vão-se descartando dos pequenos e médios produtores que lhes vendiam as uvas. Já em relação às Adegas controlam-nas ao ponto de as aconselhar a reterem gran-des quantidades de vinho da época

anterior para assim poderem dar a ideia de que há excesso de vinho generoso reforçando o seu propósi-to de diminuir, ainda mais, o quan-titativo de mosto a beneficiar.

Tudo isto acontece porque im-pera o medo de que o Comércio não lhes compre o vinho. Ao que chegou este Douro!

Não se compreende que 16 as-sociados da Associação de Expor-tadores de Vinho do Porto tenham a força necessária para imporem os seus interesses a dezenas de mi-lhares de viticultores e a toda uma Região. Para que tal possa aconte-cer, existe de certeza uma lacuna no Douro. É óbvio que os represen-tantes da Produção ou não estão organizados ou estão demasiado enfraquecidos.

Normalmente quem se posicio-na bem nos meios da Comunicação Social, por poucos que sejam mas

com grande poder económico, con-segue levar a sua mensagem de uma maneira leve mas eficaz. Quem esti-ver atento também dá conta de que o “blablá” destes não passa de um punhado de areia lançado para os olhos da maioria da população por-tuguesa que desconhece a realidade do Douro. A nós nem nos admira: houve, por exemplo, um Secretário de Estado da Agricultura que nem sabia o que era o benefício. (!?)

As contas são indesmentíveis eis a razão pela qual, com o exemplo que vamos dar, cai por terra a tese defendida pelo Comércio de que não há possibilidade de manter o mesmo número de pipas beneficiado no ano passado (110 mil pipas) chegando ao cúmulo de insinuar que cerca de 30.000 pipas a menos seria o núme-ro ideal. Mas pasme-se, para quem quis ouvir numa rádio da Região, o Presidente do IVDP afirmou que vozes da Produção lhe fizeram che-gar o desejo de que apenas se bene-ficiassem 60.000 pipas este ano. De facto, os lavradores estão muito bem defendidos!

Em resultado de toda esta pre-paração ao longo dos últimos me-ses temos que na reunião do Inter-profissional da passada 2ª feira, dia 18, foi decidida a autorização de 85.000 pipas de benefício. Esta pro-posta, apresentada pelo Comércio, foi aprovada devido ao voto de qualidade do Presidente do IVDP dado que os representantes da Pro-dução votaram todos contra.

No decorrer desta reunião, Lu-ciano Vilhena Pereira, deu a co-nhecer que 8 Adegas lhe teriam solicitado que apenas 80.000 pipas deveriam ser beneficiadas. Os viti-cultores devem tirar as devidas ila-ções de tal facto.

Em 2001 a autorização oficial para produção de vinho do Porto foi de 152.500 (cento e cinquenta e duas mil e quinhentas pipas) ao preço médio de 1.077 Euros. Em 2010 a autorização foi de 110.000 pipas ao preço médio de 897 Eu-ros. Isto é, em 2001 o vinho do Porto rendia mais de 164 milhões de Euros à Região, passados 10 anos apenas rende cerca de 98,5 milhões, uma quebra de 40%.

As 85.000 pipas de 2011 cor-respondem a uma quebra de 45% no benefício em relação a 2001. Para este ano há a promessa do Comércio que irá aumentar o preço por pipa mas os viticulto-res, para já, apenas têm a promes-sa, veremos se se concretiza.

Por outro lado o valor das uvas para vinhos do Douro caiu para valores que não pagam os custos da sua produção. A salvação dos lavradores residia no quantitativo do benefício, com estes drásticos números que vêm reduzir, ainda mais, o seu rendimento o limiar da pobreza será uma realidade para muitos. Os viticultores do Douro ficarão ainda mais pobres.

João Rodrigues

Há dias mais quatro vidas foram ceifadas e num acidente no fatídico IP4. Uma família de Sanfins do Douro perdeu a vida, já próximo de casa, ao km 121 e a poucas centenas de metros da saída para Alijó.

Eram cerca das 14.30 quando um Volkswagen Polo com 4 pas-sageiros e que circulava no senti-do Vila Real – Murça, entrou em despiste numa curva, ficando desgovernado de forma que foi embater, já na recta que se suce-de, com a parte lateral na frente de um veículo pesado que seguia na sua mão, em sentido contrá-rio. O ligeiro foi arrastado cerca de 30 metros e ficando destruído e imobilizado na via direita.

A causa do acidente poderá ter residido na falta de experiên-cia da condutora que tinha carta há apenas um ano.

Mais uma vez a falta de se-parador central no IP4 vem de-monstrar que nesta obra, aquan-do da sua construção, não foi minimamente salvaguardada a

MORTES NO IP4 NÃO PARAMdefesa da vida humana. Só assim se compreende o número brutal de mortes ao longo destes anos.

Andreia Costa, 23 anos, acompanhada da tia, Céu Este-ves, 42 anos, saíra de casa para irem buscar o tio (de Andreia) e companheiro (de Céu), Avelino Teixeira, 48 anos, que chegava de férias de França onde traba-lhava na construção civil. Tendo recolhido este no Pópulo, onde chegara de autocarro, foram os 3 a Vila Real onde apanharam a 4ª vítima Cristiano Teixeira, 21 anos, filho de Avelino que ali trabalhava como cozinheiro. Foi no regresso a Sanfins do Douro, onde os esperavam mais fami-liares e amigos para festejarem a vinda de Avelino, que se deu o trágico acidente.

Andreia deixa órfãs dois fi-lhos de 3 e 6 anos, Céu e Avelino tinham 1 filho de 4 anos. Avelino deixa ainda órfãos mais 4 filhos, fruto de um anterior casamento.

João Rodrigues

Page 15: Correio do Douro #31

CD 1530 de Julho 2011

Educação e Saúde

Por Germano Couto*A nomeação de um novo Governo e, con-

comitantemente, de um novo Ministro da Saú-de, deve ser encarada como uma oportunidade pela Enfermagem em Portugal. Assim como os cidadãos enviaram uma mensagem inequívo-ca ao optar por uma mudança política no País, também os enfermeiros devem aproveitar esta legislatura para serem parceiros intransponí-veis no respeitante às políticas de Saúde.

O perfil do novo Ministro da Saúde coloca elevadas expectativas relativamente ao sanea-mento das contas da Saúde e à introdução de uma racionalidade nas políticas e gestão do sector que vise um aumento da sua eficiência e da sua efectividade. Tal passará, no nosso en-tender, por uma redução dos custos sincroni-zada com um aumento dos ganhos em saúde, da qualidade assistencial e da cobertura popu-lacional. Objectivos que têm na Enfermagem um parceiro estratégico.

Porém, impõe-se, desde logo, um comba-te corajoso e persistente aos lobbies da Saúde, que durante décadas têm conseguido reverter

em seu benefício o investimento dos cidadãos no Sistema. É imperativo que se consiga re-duzir o volume de horas extraordinárias que não representam quaisquer mais-valias para as organizações e clientes assim como as re-dundâncias processuais e gaps no continuum da prestação de cuidados de saúde. É igual-mente urgente repensar as funções dos dife-rentes profissionais do sistema de saúde com vista a uma melhor cobertura assistencial da população e a uma melhor gestão dos proces-sos de cuidados, assim como a adequação de vários enquadramentos legais que actualmen-te se constituem como obstáculos à obtenção de uma verdadeira consistência em todas as prestações/intervenções relevantes para a Saú-de dos cidadãos residentes em Portugal. Os enfermeiros são agentes qualificados e muito valorizados, ironicamente mais no estrangeiro do que no nosso País…!

Certo de que serão muitas as mudanças a implementar nos próximos tempos, faço vo-tos de que os princípios da boa governação pautem a intervenção do novo Ministério da

Saúde, destacando desde já a nossa veemente intenção de sermos parceiros estratégicos na construção de soluções integradas, integrado-ras e íntegras.

*Presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros

A Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP) assinou esta semana um protocolo de coope-ração com outras instituições da cidade, com vista ao desenvol-vimento de serviços partilhados na área da cultura e da saúde, revelou o seu provedor, António Tavares.

A criação de um Museu das Irmandades, de um bilhete cul-tural único e de economias de escala no domínio dos serviços de saúde são alguns dos passos previstos para a Rede de Coope-ração das Irmandades e Outras Instituições (RCI).

Esta plataforma de “congre-gação de esforços” foi formali-zada na presença do bispo do Porto, através da assinatura de um protocolo entre a SCMP, a Ordem da Trindade, a Ordem do Terço, a Irmandade dos Clé-rigos, o Hospital de Santa Maria e a Universidade Católica.

“Esta é uma primeira pedra de um edifício que queremos que seja mais vasto e ambicio-so. Vamos fazê-lo com cuidado e cautela, sem estar à espera de apoio de suportes públicos que poderão não existir ou ter cabimen-to. Vamos fazê-lo com boa vontade. Num momento de crise é possível transformar a dificuldade em oportunidade”, destacou António Tavares, provedor da SCMP.

O responsável admitiu que “mais enti-dades” poderão aderir ao documento e que “há outras áreas” que podem vir a ser de-

senvolvidas no futuro, nomeadamente ao nível da “economia social”.

Para já, a RCI quer estudar a criação de um Museu das Irmandades que reúna os “simpáticos, significativos e generosos pa-trimónios artísticos” destas instituições.

“O Porto tem muitos edifícios vazios, muitos deles públicos. Se não houver deci-sões para esses edifícios poderemos encon-

trar uma solução”. Para António Tavares, o im-

portante é que as instituições tra-balhem em rede, e não andem “a fazer coisas separadas” quando podem “fazer coisas integradas, mais económicas, com maior ca-pacidade de escala e de oferta”.

A outra intenção é criar um bilhete cultural único “que possa ajudar as receitas destas insti-tuições e criar condições para que quem vá visitar a torre dos Clérigos possa visitar qualquer outro dos espaços destas insti-tuições”.

Na área da saúde, António Tavares sublinhou que as insti-tuições da RCI vão estar “aten-tas” aos projectos do Governo para o Serviço Nacional de Saú-de, pretendendo fomentar a exis-tência de “serviços partilhados e troca de experiências”.

A intenção é fazer compras e dialogar em conjunto, melhoran-do as ofertas.

“Se formos ao mercado com-prar individualmente vamos comprar mais caro. Queremos começar a desenvolver mecanis-mos que permitam economias de

escala e sinergias que possam ser utilizados por todos os parceiros. Queremos acima de tudo acrescentar valor ao processo institu-cional e as capacidades de resposta e oferta ao Serviço Nacional de Saúde. Se tivermos todos uma linha de diálogo que permita dialogar mais cedo ou a uma só voz é mais fácil”, notou

PORTO

SANTA CASA UNE-SE A OUTRAS INSTITUIÇÕES PARA PRESTAR MAIS SERVIÇOS NA CULTURA E NA SAÚDE

Quatro novos centros escolares vão ser inaugurados em Vila Nova de Fa-malicão em Setembro, no início do ano lectivo, acolhendo cerca de 1200 crianças do 1º ciclo e do ensino pré--primário, informou hoje fonte muni-cipal.

Em causa estão os centros escola-res de Joane, Ribeirão, Luís de Camões (futura designação da Escola Sede n.º 2, na cidade) e Telhado.

Estes novos equipamentos fazem parte de um plano de modernização do parque escolar do concelho, que in-clui ainda os centros escolares de Lou-ro e Antas, que deverão ficar concluí-dos em 2012.

No total, a construção dos seis cen-tros escolares implicam um investi-mento de 15 milhões de euros.

Para o presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão, Armindo Costa, “este é um investimento histórico” em matéria de educação no concelho.

“Para uma educação de qualidade, é preciso bons professores, mas também boas escolas”, referiu o autarca, subli-nhando as “condições de excelência dos novos espaços”.

Para além das salas de aula equipa-das com materiais didácticos, as esco-las terão biblioteca, ciberteca, área de música, teatro, laboratórios, entre ou-tros espaços multifuncionais.

Na maioria dos casos, as crianças do ensino pré-escolar e o 1.º ciclo ficam na mesma escola, “o que é encarado como um factor de qualidade de vida para as famílias e para o desenvolvimento das próprias crianças”.

“Está tudo pronto para receber as crianças, já em Setembro. Será uma mudança tranquila e que trará maior qualidade de vida às crianças, encar-regados e de educação e professores”, afirmou Armindo Costa.

É PRECISO COMBATEROS LOBBIES DA SAÚDE

FAMALICÃO

QUATRO NOVOS CENTROS ESCOLARESVÃO ACOLHER 1200 CRIANÇAS

Page 16: Correio do Douro #31

30 de Julho 2011CD

Última

16

Na sequência do anún-cio do Governo em aumen-tar o preço dos bilhetes de transporte público em 15%, o Movimento pró-Partido do Norte (MPN) tornou pú-blica a sua discordância com mais esta medida “que lesa os interesses dos utentes de transportes públicos em geral e dos cidadãos do Norte em particular”.

Segundo os responsáveis do MPN, “baseando-se no Memorando da Troika, o Go-verno prepara-se para levar a cabo uma das suas exigên-cias, o do aumento do preço dos transportes públicos, sem cumprir outro: reduzir os custos de transporte e garan-tir a sustentabilidade finan-ceira das empresas”. O MPN reconhece que é crucial o equilíbrio financeiro das em-presas públicas de transpor-te, mas considera que “esse equilíbrio deve ser atingido através da melhoria da com-petitividade do transporte público, aumentando assim as suas receitas, e cortando no topo, na gestão, diminuin-

do assim o prejuízo. Estas empresas de gestão despesis-ta e perdulária, maioritaria-mente sediadas em Lisboa, têm o seu expoente na CP, TAP e Refer, curiosamente a primeira, segunda e terceira empresas públicas com pior rácio trabalhador/gestor”.

Continuando em tom crí-tico o MPN diz que se trata das “três empresas com mais gestores por trabalhador. De-pois de se terem tornado pú-blicos os gastos principescos dos gestores de topo da CP, e de se anunciar os planos da referida transportadora de despedir mais de oitocentos

trabalhadores, sem tocar em lugar de gestão que seja, per-cebe-se onde está a gordura no sector dos transportes - no topo”.

A juntar às recentes gre-ves e ao fecho de linhas (Tua, Corgo, Tâmega, Leixões, Pampilhosa e Covilhã-Guar-da), os utentes de caminho--de-ferro do Norte e do Cen-tro, que já são as regiões com menos quilómetros de fer-rovia por habitante, vêem-se ainda confrontados com um “colossal” aumento de preços, que obriga os cidadãos a ou-tras formas de deslocação.

MOVIMENTO PARTIDO DO NORTE CONTESTA AUMENTOS

Transportes públicos

Organizado pela Câmara Munici-pal de Valongo, através do Arquivo Histórico, no próximo domingo de manhã, dia 31 de Julho, com início pelas 9h00 horas, tem lugar mais um percurso pedestre desta vez na vila de Campo..O local de concentração será no ape-adeiro de S. Martinho do Campo, parque de estacionamento do lado Sul junto da Empresa de Lousas de Valongo.O trajecto passa por locais de interes-se histórico e patrimonial. Será efec-

tuada visita à Empresa de Lousas de Valongo, uma paragem na Quinta da Corredoura e visita ao interior da ca-pela da Sr.ª da Encarnação.Já se realizaram os percursos de Va-longo (19 de Junho) e Alfena (3 de Ju-lho), que contaram com mais de qua-tro dezenas de participantes em cada um. Realizou-se também o de Sobra-do com um número de participantes a rondar as seis dezenas, excedendo as expectativas.Após o de Campo realizar-se-á o de Ermesinde a 28 de Agosto.

Interpretação e Valorização do Património e História de Valongo

2.º CICLO DE PERCURSOS PEDESTRES

O primeiro-ministro, Pe-dro Passos Coelho, afirmou na sexta-feira que haverá redução de funcionários na “administração indirecta do Estado”, uma medida que não abrange os funcionários públicos, para os quais está previsto um programa de res-cisões amigáveis.

Passos Coelho falava no Parlamento, no primeiro de-bate quinzenal da legislatura, em resposta à deputada de Os Verdes Heloísa Apolónia, que lhe perguntou se a diminui-ção do número de entidades públicas anunciada pelo Go-verno “implica redução do número de funcionários”.

“No sector indirecto do Estado, na administração indirecta do Estado, sim, se-nhora deputada”, respondeu Passos Coelho.

“Reduzir a despesa sig-nifica isso mesmo, melhorar processos, extinguir insti-tuições, ‘fusionar’ outras e, evidentemente, naquelas em que existir sobrecarga labo-ral, evidentemente, usar os instrumentos legais para a reduzir”, acrescentou o pri-meiro-ministro.

Passos Coelho disse que-

rer “deixar claro” que “isto não envolve os funcionários públicos”, relativamente aos quais o Governo apresentará um programa para “rescisões amigáveis”.

“Mas no que respeita a institutos públicos, a funda-ções, a outras comissões, a um conjunto muito variado de entidades na esfera in-directa do estado, não há outra solução senão muitas delas serem mesmo extintas, com lugar, evidentemente à indemnização de muitos dos seus colaboradores”, afirmou.

De acordo com o primei-ro-ministro, “o Governo está muito ciente daquilo que vai ter de fazer e não está na po-sição de ser um milagreiro”.

“Não é possível reduzir a despesa e deixar tudo como está, isso não é possível, o Governo não tem essa capa-cidade”, disse.

Heloísa Apolónia tinha criticado a forma de reduzir a despesa do Governo, con-siderando que é sobretudo “aumentar os transportes públicos, é aumentar o preço dos medicamentos”.

“Entenda-se desta redu-ção da despesa, que é aumen-

to sobre a carga à carteira dos portugueses. Isto assim não custa nada, não é, se-nhor primeiro-ministro? É ir sempre aos mesmos, sempre às mesmas carteiras”, afir-mou.

Para ilustrar, a “repercus-são que tem sobre as famílias o aumento dos transportes”, Heloísa Apolónia referiu o exemplo de “uma família de quatro pessoas, dois adultos e dois jovens, que venha da periferia para Lisboa, por razões de trabalho ou de es-tudo” e que “leva no final do ano mais um corte de 300 a 350 por mês”.

“Não se abstraia, por fa-vor, da realidade concreta do país, porque o país não é teo-ria, o país é prática”, pediu a deputada.

Crise

DESPEDIMENTOS NA ADMINISTRAÇÃO “INDIRECTA” DO ESTADO