correio do douro #09

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É o que se pede agora à candidatura liderada pelo Dr. Fernando Melo. Só ele pode ganhar e é ele que deve ganhar. Com uma equipa unida à sua volta para que todos os seus projectos sigam adiante. Valongo precisa de maioria absoluta Depois do jogo de dominó, DEU UM TIRO NA CABEÇA DO VIZINHO CLUBE DE NATAÇÃO DE VALONGO “QUEREMOS O MELHOR PARA SOBRADO” Carlos Mota é o candidato da coligação PSD/CDS à presi- dência da Junta de Freguesia de Sobrado. Jovem, dinâmi- co e ambicioso, aposta no trabalho, rigor e empenho para modernizar a freguesia. Rogério Palhau ALFENA: A MUDANÇA CONTINUA Ninguém “imagina sequer” a razão mas o facto é que o “Fraca Raça” deu um tiro na cabeça do vizi- nho, ao balcão do café que ambos frequentavam. 14º. Aniversário PÁGINAS 12-13 PÁGINA 11 PÁGINA 6 PÁGINA 2 PÁGINAS 8-9-10 DOURO QUINZENAL REGIONALISTA director|OSCAR QUEIRÓS ano|59 número|9 Sexta, 9 de outubro de 2009 preço|0,25CORREIO do nova série Opinião

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Jornal Quinzenal Regionalista

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É o que se pede agora à candidatura liderada pelo Dr. Fernando Melo. Só ele pode ganhar e é ele que deve ganhar. Com uma equipa unida à sua volta para que todos os seus projectos sigam adiante.

Valongo precisa de maioria absoluta

Depois do jogo de dominó, DEU UM TIRO NA CABEÇA DO VIZINHO

CLUBE DE NATAÇÃO DE VALONGO

“QUEREMOS O MELHOR PARA SOBRADO”

Carlos Mota é o candidato da coligação PSD/CDS à presi-dência da Junta de Freguesia de Sobrado. Jovem, dinâmi-co e ambicioso, aposta no trabalho, rigor e empenho para modernizar a freguesia.

Rogério Palhau ALFENA: A MUDANÇA CONTINUA

Ninguém “imagina sequer” a razão mas o facto é que o “Fraca Raça” deu um tiro na cabeça do vizi-nho, ao balcão do café que ambos frequentavam.

14º. Aniversário

PÁGINAS 12-13

PÁGINA 11

PÁGINA 6

PÁGINA 2

PÁGINAS 8-9-10

DOURO

Q U I N Z E N A L R E G I O N A L I S T A

director|OSCAR QUEIRÓS

ano|59

número|9 Sexta, 9 de outubro de 2009

preço|0,25€

CORREIOdonova

série

Opinião

9 de Outubro 2009CD

Opinião

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CORREIO DO DOURO – QUINZENÁRIOwww.correiododouro.pt

Propriedade Condor Publicações, Lda.Contr. 508923190Sede e Redacção Rua Dr. João Alves Vale, 78 – Est. D – 4440-644 VALONGOTel. 224210151 – Fax 224210310

Director|Oscar Queirós - Chefe de Redacção|João RodriguesRedacção e Colaboradores|Victorino de Queirós - J. Rocha - J. Silva - E. Queirós -Nuno Victorino - Carlos Silva, Marquês do Vale.���������Editor Miguel Pereira - João Rodrigues Filho

CORREIO ELECTRÓNICO: ������������ �� ���� � � �� �� �� �������� �� ���� � � �� �� ��������� �� ���� � � �� �� ��������� ���� � � �� �� ��������������� ���� � � �� ���Nº. Registo ERC 125216����������������� ���������

ficha técnica

No próximo dia 11 de Outubro os portugueses são chamados a votar

para os diversos órgãos autárquicos nos 308 concelhos portugueses. Em

Valongo, e no que respeita à Câmara Municipal, órgão mais importante

já que é este que detém o poder exe-cutivo, existe uma fragmentação de

listas que torna a sua análise deve-ras interessante do ponto de vista

político, embora não me pareça que esse facto trará qualquer benefício

para os Valonguenses. O PS está dividido em duas candida-

turas. De um lado está o PS actu-almente representado na Câmara

e liderado pela Dra. Maria José Azevedo, que pretendia ser a repre-sentante do PS à Câmara de Valon-go, mas que não conseguiu vingar dentro do seu próprio partido. Do

outro, está o representante oficial do PS, Dr. Afonso Lobão, que presu-

mivelmente estará representado na Câmara após as eleições.

O PS representado pela Dra. Maria José Azevedo já deu mostras do seu (mau) trabalho, principalmente no

que fez para impedir o maior inves-timento de sempre no nosso con-celho, a alteração parcial do PDM

em Alfena que traria emprego e desenvolvimento. Tentando chum-

bar a implantação da Chronopost porque entendia que o interesse

público não estava suficientemente justificado, embora estranhamen-

te viabilizasse interesse público, e bem, para empresas de muito

menor dimensão, com muito menos facturação, muitos menos empre-

gos e muito menor importância. Não teve uma ideia durante todo

o mandato, não contribuiu nada para o desenvolvimento do nosso

concelho, limitando-se praticamen-te apenas a tentar contrariar tudo

aquilo que o actual Executivo cama-rário tentou realizar. A Dra. Maria

José Azevedo não é claramente uma pessoa com perfil para dirigir uma Câmara. Faltam-lhe competências

de gestão no que lhe sobra em com-petências administrativas, como se poderá verificar por uma leitura atenta

das actas das reu-niões de Câmara.

Vale-lhe o esforço que despende na

campanha, que aliás, é de uma demagogia

que não me lembro de ver nos anos de

democracia no nosso Concelho, como se pode verificar nos

panfletos distribu-ídos na ExpoVal

sobre o concerto do Tony Carreira e na

“exposição” que re-solveu fazer na entrada da mesma

Amostra, em que tentou passar uma imagem que não corresponde à re-

alidade em claro prejuízo do Conce-lho e das entidades que o visitaram, quando, com a Expoval se pretende

exactamente o contrário.O PS legítimo é liderado pelo Dr. Afonso Lobão. É um desconhecido para a generalidade da população, facto que não seria grave se não estivéssemos já numa fase do mo-mento político bastante adiantada. A fotografia nos outdoors já todos a

viram, mas qual o valor político da personagem em causa? O símbolo do PS, que a Dra. MJA tanto queria é dele e isso assegura-lhe desde logo o voto daqueles que sempre votam PS, independentemente de tudo o resto. Mas e depois? O seu curricu-lum, muito ligado à função pública em cargos não políticos, não dá qualquer pista sobre a sua valia po-lítica. No contacto com a população

não consegue passar qualquer mensagem que augure um bom Presidente de Câma-ra. Os outdoors, até agora, lançam ideias já bastante debati-das, a do desenvol-vimento económico no que parece uma crítica à sua homólo-ga “independente” e a do Ambiente, área em que esta Câmara tem sido pioneira e claramente liderado nos últimos manda-tos.

As candidaturas lançadas pelo “Tino de Rans” – de origem tam-bém socialista e como tal criando outra brecha no PS, partido onde se notabilizou – pela CDU e pelo BE, não estão verdadeiramente a lutar pela direcção do destino de Valon-go. Estão simplesmente, e legitima-mente, a lutar por eleger elementos para os órgãos autárquicos e a tentar fazer valer a influência que a conjugação dos resultados lhes dará.Resta a candidatura liderada pelo

Dr. Fernando Melo. Face ao ex-posto, já adivinho o que estarão a pensar os leitores. Por ausência de alternativas credíveis, não restará outra solução que não seja votar na lista liderada pelo Dr. Fernando Melo. Sim, é verdade. Mas não só. Do Dr. Fernando Melo já sabemos o que contar. Quer se goste ou não. Resolveu o problema da água. E do lixo. Fez Habitação Social, Centros Culturais, Museus, abriu novas vias, fez Parques Urbanos, locais de lazer, apostou no Ambiente como mais nenhuma outra Câmara da Área Metropolitana do Porto, está a finalizar o maior investimento feito em escolas desde sempre, tem os projectos desportivos para várias freguesias do Concelho, etc., etc. Um simples exercício de memória sobre a situação do nosso Concelho há 16 anos atrás permite-nos per-ceber o trabalho realizado. Que foi muito. A equipa que o acompanha, fruto de renovação total, vai exigir uma adaptação das pessoas ao pro-jecto e espera-se que tal desiderato seja atingido, até porque o sucesso do mandato disso dependerá.

A dispersão de candidaturas e de votos pode originar equilíbrios nefastos para o desenvolvimento de Valongo. Sem maioria absoluta, não haverá governo passível de garantir desenvolvimento. É o que se pede agora à candidatura liderada pelo Dr. Fernando Melo. Só ele pode ga-nhar e é ele que deve ganhar. Com uma equipa unida à sua volta para que todos os seus projectos sigam adiante.

Autárquicas 2009

Valongo precisa de maioria absoluta

É o que se pede agora à candida-tura liderada pelo Dr. Fernando Melo. Só ele pode ganhar e é ele que deve ganhar. Com uma equipa unida à sua volta para que to-dos os seus projec-tos sigam adiante.

CD 39 de Outubro 2009

Opinião

� Oscar Queirós

Não é muito usual o director de um jornal tornar publico, nas paginas que dirige, o seu sentido de voto.Confesso que durante muitos dias me debati comigo próprio. Não porque estivesse hesitante quanto à opção mas antes se devia ou não publicá-la aqui.Acabei por decidir que sim, que devia tornar pública a minha inten-ção de voto. Falaram mais alto os elevados interesses da minha terra e a minha consciência. E sem me alongar, começarei por dizer porquê:- A situação do concelho espelha o que se passa no resto do país. E essa realidade diz-nos claramente que não nos podemos dar ao luxo de partir em aventuras que em Valongo são as candidaturas do PS dividido, ambas vazias de ideias, plenas de generalidades, alguns disparates e de que se extrai apenas uma nítida vontade de mandar e… “seja o que Deus quiser”.Acredito muito mais na retoma da minha terra, do que na recupera-ção do país. Ao contrário de muitos, creio profundamente nas poten-cialidades do Poder Local para fazer o país prosperar. Lá de baixo, do Terreiro do Paço, já não espero nada. Tenho mãe, irmãos, filhos, netos e sobrinhos. Tenho também muitos amigos nas mesmas circunstâncias e que não querem ver família “dissolver-se” espalhando-se por outras terras, onde lhe ofereçam melhor futuro.

Não! Todos queremos continuar juntos e na nossa terra. E para que isso seja possível, Valongo tem de se próspero, tem de ter futuro.E como chegámos lá? Essencialmente com apostas clara na forma-ção e no investimento. Muito dos dois.Fernando Melo tem isso no seu programa. E não são apenas promes-sas pois já entrou nessa vereda que conduz forçosamente ao desen-volvimento sustentado: iniciou o maior investimento de sempre nas escolas e conseguiu já captar investimentos que, num muito curto espaço de tempo, criarão muitas centenas de empregos no concelho.E tem ainda, em fase adiantada, projectos que criarão muitos mais. Se pensarmos que os socialistas na Câmara, conduzidos por Maria José Azevedo, votaram contra a instalação da Chronopost no conce-lho e, não contentes, tentaram impedir o investimento nas escolas, ficamos com uma ideia do que eles querem para o município…Mas eu não, nunca aceitarei que Valongo se transforme num sim-ples dormitório da Área Metropolitana. Antes quero que seja um dos seus motores. Por isso vou votar em Fernando Melo.Acredito nele, acredito muitíssimo na equipa que o acompanha e que é composta por pessoas sem “vícios”, sem “rabos-de-palha” e que indubitavelmente amam o concelho e as suas respectivas freguesias.Dizer-vos isto foi um imperativo de consciência.

Pessoalmente…

Por Hélio Rebelo

Caros eleitores e amigos,Dia 11 de Outubro vamos votar para escolher as pessoas que irão formar uma nova Assembleia de Freguesia e será com essas pessoas que será formado o novo executivo.Dirijo-me a todos, e a cada um de vós em particular, para vos lembrar que a candidatura a que tenho a honra de presidir é formada por excelentes pessoas da nossa terra. São pessoas que gostam de estar perto da população, que têm provas dadas nas suas profissões, no associativismo, nas colectividades e comis-sões de festas, em resumo, que trabalham e gostam de trabalhar por Campo. São pessoas que já dedicam algum do seu tempo a cada um de voz, aos vossos filhos, aos vossos netos. São pessoas que se uniram em torno de um projecto. Um projecto de todos e para benefício de todos.A População mostra descontentamento com o trabalho que o PS tem desenvolvido na Junta de Freguesia. É hora de renovar

a mentalidade e a forma de trabalhar. É a hora de colocar a Vila de Campo à frente dos interesses pessoais e das guerrilhas partidárias.Em 2005 nós dizíamos que era preciso mudar e passados 4 anos todos dizem o mesmo. O PS acredita na mudança, a candidatura independente pede coragem de mudar e a CDU diz que a mudan-ça faz-se com quem trabalha.Têm toda razão, Campo precisa mesmo de mudar e Campo vai mudar. Mas Campo tem de fazer a mudança certa. Há can-didatos que assobiam para o ar como se o passado não lhes dissesse nada, mas o que é certo, e se olharmos com olhos de ver apresentam-nos soluções que são mais do mesmo.A lista Independente é encabeçada por Odete Dias, esposa do actual presidente eleito pelo PS. Qual será o seu rumo? Será dar continuidade ao mau trabalho do seu marido?No Partido Socialista o candidato Alfredo Sousa é responsável há vários anos pela secção do PS de Campo. Este foi responsável pela eleição do actual presidente e nunca tomou posição contrá-ria às directrizes do seu cunhado. Prova disso, e do apreço pelo

trabalho desenvolvido pelo actual executivo, é a renovação dos convites ao n.º2 e ao n.º4.Vamos então acreditar em quê?Caro eleitor, quem cozinha com os mesmos ingredientes não pode esperar por um prato diferente! Todos temos responsabilidades neste acto eleitoral. Temos direitos e deveres para com a nossa terra. Temos a obrigação de escolher o melhor para Campo.Com esta carta, quero chamar a Vossa atenção para a importân-cia de votar e BEM no próximo dia 11. Se está satisfeito com o que tem sido feito não precisa de se preocupar. SE QUER MAIS E MELHOR PARA CAMPO VOTE PPD/PSD – CDS/PP.

Carta de Luís Ramalho - ErmesindeErmesinde tem capacidades únicas para se desenvolver. Sei que posso liderar esse crescimento. Eu e a minha equipa que-remos transformar Ermesinde na cidade “onde queremos viver e não só morar” e, por isso, nos próximos quatro anos iremos trabalhar com toda a convicção. Os nossos projectos passam nomeadamente pela implementação no terreno de medidas que ajudem a combater o desemprego. Ofertas formativas e a criação de um pólo de apoio ao empreendorismo são iniciativas que podem fazer a diferença num período de crise económica como o que atravessamos. Mas temos também um vasto leque de ideias que iremos concretizar no âmbito da cultura, da educação, das acessibilidades, da juventude, da terceira idade, da requalifica-ção viária, dos transportes. Os compromissos assumidos prometem fazer mexer a nossa cidade e deixam também a garantia a todos os ermesindenses de que estaremos onde for mais preciso, sempre próximos de todos.Nasci, cresci e vivo em Ermesinde. As pessoas conhecem-me e sabem que podem contar comigo. No próximo domingo sei que irei merecer o voto de confiança da população e alcançar A Vitória de Todos.

Câmara de Valongo inaugura escultura de homenagem ao hoquista

O presidente da Câmara Municipal de Valongo, Fernando Melo, inaugurou na segunda-feira uma estátua em honra dos hoquistas de Valongo, principais responsá-veis pela divulgação do nome do concelho no país e além fronteiras.

O monumento escultórico ficou colo-cado no parque das piscinas municipais de Valongo, junto ao Jardim do Calvário

Segundo Fernando Melo, “o hóquei em patins é há muitos anos uma modalidade de referência que tem projectado, nacional e internacionalmente, o nome da cidade e do concelho”, pelo que “se impunha home-nagear todos aqueles que têm contribuído para o sucesso da modalidade, perpetuan-do-os com a criação deste monumento”

Carta aberta para Campo

9 de Outubro 2009CD

Valongo

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Valongo assistiu há dias ao regresso dos “bailes do Belchior” que nos finais dos anos 80, prolongando-se pela década se-guinte, animavam as noites quentes do centro de Valongo. Foi uma ideia do Núcleo Cultural e Recreativo de Valongo que decidiu assim recriar os bailaricos que o saudoso Bel-chior organizava nas noites de Verão, na Praça Machado dos Santos, o coração da cidade. “Depois a  Praça mudou e as noites ficaram em silêncio” Mas Belchior, falecido há pouco, decidiu “regressar”. “Ontem, 12 de Setembro [2009] o Núcleo Cultural e Recreativo de Valongo  home na geou o Sr. Belchior com um Baile que atraiu centenas de Valonguenses ao “Largo dos Patos”. Logo que soaram as primeiras músicas, rapida-mente a Praça se encheu e os valonguenses dan-çaram”.E a festa conquistou as casas da Praça pois “abriram-se janelas nessa fantástica noite de fim de Verão, e muitos pares se juntaram a dançar. Foi uma noi-te inesquecível”, diz Sofia Freitas, a presidente do Núcleo, apostada em voltar a dar vida à cidade.

A alegria voltou à praça

O baile do Belchior

VALONGO

Câmara leva 3000 idosos a Fátima

Foram 55 os autocarros alugados pela Câmara Municipal de Valongo que na última quinta-feira de Setembro saíram de manhã cedo do concelho rumo ao Santuário de Fátima. Tratou-se do já tradicional passeio anual a Fátima, no qual o presidente da autarquia, Fernando Melo, participa há 16 anos e que desta vez con-tou com 2831 inscrições de idosos do concelho. Os autocarros saíram das cinco freguesias sen-do toda a viagem acompanhada por uma equi-pa de enfermagem e duas viaturas de bombei-ros das corporações de Valongo e Ermesinde.Chegados a Fátima os idosos assistiram à mis-sa das 11h30 na Igreja da Santíssima Trindade onde também foi rezado o terço. Depois do al-moço e de uma tarde livre, os mais velhos dos valonguenses regressaram a Valongo, numa viagem que, tal como a ida, decorreu em franca animação, com muitos deles já a programar a próxima ida ao local onde a Senhora apareceu aos Pastorinhos.

A coligação «A Vitória de Todos» realizou na tarde do último domin-go um convívio a que chamou “café-concerto”que encheu a Quinta dos Sonhos, em Ermesinde, com mais de quinhentas mulheres das

cinco freguesias de Valongo que quiseram, publicamente, prestar apoio à recandidatura de Fernando Melo à presidência da Câmara Municipal de Valongo.

Centenas de mulheres apoiam publicamente Fernando Melo

Em Valongo não haverá mais “esquecidos”

Tendo como objectivo dar a máxima prioridade a ouvir as popula-ções, a equipa “Valorizar Valongo” tem vindo a promover o contacto directo dos candidatos com os munícipes de todos os lugares da fre-guesia, designadamente os residentes da zona da Quinta da Lousa.Com este tipo de acção, a lista da coligação PSD/CDS teve como objec-tivo dar a conhecer os candidatos e os projectos que detém para cada zona de Valongo. A equipa liderada por Sofia Freitas demonstrou es-tar consciente de muitas das debilidades vividas por pessoas daque-la zona, como as acessibilidades e os transportes, mas proporcionou, também, a possibilidade das pessoas darem o seu testemunho dos problemas que enfrentam no seu dia-a-dia. Serve assim, estas activi-dades, para enriquecer, cada vez mais, o conhecimento da freguesia e dos seus habitantes para que, quando na Junta de Freguesia, seja possível combater os grandes problemas da nossa terra.No caso concreto da Quinta da Lousa, entre muitos outros desagra-dos dos ali residentes foi realçada a sensação de “esquecimento” pelo actual executivo da Junta, faltando na zona infra-estruturas neces-sárias que no passado foram prometidas. Para além disso muitos dos moradores têm o desejo de poder “viver mais Valongo” apontando a falta de iniciativa no que respeita a actividades lúdico-culturais.Esta visita à Quinta da Lousa terminou num dos cafés da zona, onde os candidatos aproveitaram para contactar com mais alguns mora-dores e fazer o balanço da iniciativa. O sentimento geral era muito positivo devido à empatia e a receptividade dos moradores, que de-monstraram entusiasmo e grande esperança na eleição da equipa “Valorizar Valongo”.

CD 59 de Outubro 2009

Sociedade

Diga-se o que disser, a campanha em Campo está a dar que falar e movimenta consigo a população. Há cartazes nas pon-tes, há agressões em sedes de campanha, há arruadas e carros de som. Só a CDU mos-tra pouca ambição em conquistar a junta de Freguesia e parece mais preocupada em fazer com que o PSD não a ganhe.

Sem reagir e sem atacar ninguém, o PSD continua a fazer a sua campanha fazendo-se sempre acompanhar por muitos entusias-tas e por um grupo de bombos apoiantes da candidatura. A comitiva tem sido muito bem recebida pela forma positiva como tem dado a conhecer o seu projecto e as pessoas que o personificam à população.

Esta candidatura teve o cuidado de pro-mover um jantar com dezenas de dirigentes associativos, representantes da maioria das Associações de Campo onde foram apresen-tadas as ideias gerais do programa nomea-damente no que afecta às próprias. De re-alçar, que foi por proposta de Hélio Rebelo que foi aprovado o Regulamento de Apoio às Associações e que entrará em vigor em 2010.

Uma curiosidade é o facto da coligação PSD/PP distribuir pela população calendá-rios de jogos do Sport Clube de Campo, um sinal da boa relação existente entre a equipa encabeçada por Hélio Rebelo e pelos diri-gentes daquela colectividade.

Quem não gostou muito da distribuição destes calendários foi a CDU. Esta espalhou um comunicado pela freguesia onde critica-va o PSD de só se lembrar do SCC nestas alturas. Uma atitude estranha por parte des-ta força partidária dado que a mesma nos últimos 4 anos nada fez para ajudar o clube e os seus dirigentes.

Não nos podemos esquecer que a CDU recusou integrar o actual executivo da junta de Campo. De facto, em 2005 a CDU exigiu

o lugar de tesoureiro ao actual presidente da junta e este não cedeu e ofereceu apenas o lugar de vogal. Como à CDU só interessa um lugar remunerado esta preferiu ficar de fora e a partir dessa data chamar ao actual executivo “junta PS/PSD”.

Esta verdade, que a CDU tenta esconder, é bem evidente na entrevista que o seu líder concelhio e actual candidato à Câmara Mu-nicipal de Valongo fez ao Jornal Notícias de Valongo, em 2008

Na altura, a decisão de José Carvalho custou ao PS a perda da presidência da Assembleia Municipal, tendo sido a partir dessa data que o actual presidente da junta começou a divergir do PS concelhio encabe-çado por Orlando Rodrigues.

Relativamente à lista da CDU, este ano esta apresenta algumas “boas” novidades nos lugares cimeiros como é o caso de Nuno Oliveira. Agora, falta saber se depois das eleições acontecerá a habilidade do costu-me.

De facto, tem sido norma nos últimos processos autárquicos que os candidatos da CDU nos lugares cimeiros apresentem mo-tivos para a suspensão do mandato. Desta forma possibilitam que “os mesmos de sem-pre” subam à Assembleia de Freguesia e ao Executivo.

Exemplo disso foram as eleições de 2001 onde o oitavo da lista Barbosa Alves, e pós 5 suspensões, subiu ao executivo e as eleições de 2005 onde o actual candidato Manuel Santos sem ter entrado directamente para a Assembleia de Freguesia conseguiu lá che-gar.

Nestas Eleições Adriano Soares encabe-ça a lista da CDU à Assembleia Municipal mas mantém o quinto lugar na lista à assem-bleia de Freguesia de Campo. Será esta uma forma de manter os pés nos dois lados? A ver vamos!

Campanha do PSD/PP preocupa CDU de Campo?

Aconteceu na terça-feira (29 de Se-tembro) com Joaquim Reis, o militante em causa, que conta que quando entra-va “na sede do PS, local que frequento há muitos anos, o Manel da Marta, que também é militante do PS, pediu-me um dos blocos de notas da campanha da Maria José que eu tinha comigo. O Al-fredo Sousa, que estava com mais gente viu-me a dar o bloco e veio a minha bei-ra e deu-me um grande empurrão”.

A atitude de Alfredo Sousa foi con-siderada por alguns dos presentes como “anti-democrática” e “fisicamente, peri-gosa”, atingindo o facto “maior gravida-de dado que a pessoa em causa é defi-ciente motora”, e com o empurrão caiu por “cima de umas cadeiras”, o que lhe provocou, alegadamente, “diversas esco-riações e a deslocação da prótese” que

utiliza para se mover.O militante garante que esta é a ver-

dade dos factos, que não provocou nin-guém e afirma-se vítima de uma situação que ainda hoje não compreende, acres-centando ainda que “o Alfredo apertou-me o pescoço e deu-me um murro na cara. Depois caí”.

A altercação terminou com a chega-da do INEM, chamado para socorrer Jo-aquim Reis e a sua mulher que se sentiu mal ao ver o marido naquela situação, “provocada pelo Alfredo” que terá ain-da ameaçado “fechar a sede” aos mili-tantes “traidores”, ou seja aos que não o apoiam.

Segundo fonte próxima, Joaquim Reis está na disposição de processar cri-minalmente o candidato do PS à Junta de Campo.

Campo - “Guerra” no PS

Alfredo de Sousa acusado de agredir militanteO candidato do Partido Socialista à Junta de Freguesia de Campo, Alfredo Sousa, não terá gostado de ver entrar na sede do seu partido um militante com um bloco de notas da propaganda pertencente à candidatura independente encabeçada por Odete Dias e, ao que parece, fez questão de demonstrá-lo de forma pouco comum.

9 de Outubro 2009CD

Sociedade

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Café Padrão - aqui todos lançam alvitres mas ninguém consegue dizer o porquê do crime

Em Rebordosa e Lordelo (Paredes) nin-guém fala de outra coisa e inventam-se os “maiores disparates” para tentar explicar o que até agora ninguém consegue com certe-za absoluta.

Manuel “Fraca Raça”, que ao contrário do que possa indiciar a alcunha herdada de familiares longínquos, é tido como uma pessoa “cordata e trabalhadora” foi até ao café Padrão que marca a fronteira entre as freguesias de Lordelo e de Rebordosa. É um hábito antigo deslocar-se ali no final do dia de trabalho. Bebe uma cerveja, fala com os amigos e joga, “sempre que há parceiros”,

REBORDOSA

Depois do jogo de dominó, deu um tiro na cabeça do vizinho

Ninguém “imagina sequer” a razão mas o facto é que o “Fra-ca Raça” deu um tiro na cabeça do vizinho, ao balcão do café que ambos frequentavam.O autor do disparo pôs-se ao fresco e a vítima está desde então nos Cuidados Intensivos do hospital de S. João (Porto).

Foi chamado INEM que ali se deslocou rapidamente, tendo os técnicos verificado o estado gravíssimo da vítima. Foi ali mesmo entubado e depois conduzido para o Hos-pital de S. João (no Porto), onde após uma delicada intervenção cirúrgica foi enviado para a Unidade de Cuidados Intensivos onde ainda se mantém em eminente perigo de vida.

EM FUGA

Pouco depois da ambulância do INEM sair do local com a vítima chegava a GNR de Lordelo a quem foi fornecida uma rá-pida explicação do sucedido bem como a identificação do presumível autor. Os mili-tares da Guarda isolaram o local e avisaram a Policia Judiciária – que tem a exclusiva responsabilidade neste tipo de crime – en-quanto uma patrulha procurava o alegado homicida. Não o encontraram em lugar al-gum.

As buscas passaram entretanto para a Judiciária mas o resultado, até ao fecho desta edição, foi o mesmo. O “Fraca Raça”

uma partida de dominó. E foi isso que acon-teceu na última sexta-feira. Depois de jantar voltou ao café.

Por volta das 22 horas chegou ali um ou-tro cliente habitual, António Paulo Oliveira, de 40 anos, conhecido consumidor de dro-gas e tido como “muito briguento” e com alguns problemas policiais por alegados e repetidos actos de violência doméstica.

“O Oliveira sentou-se ao balcão e pe-diu um café. Nisto, o ‘Manel Fraca Raça’ levantou-se, saiu e regressou pouco depois. Abeirou-se do Oliveira e, sem sequer trocar palavra, encostou-lhe a pistola à cabeça e disparou. Depois saiu, pegou na moto e pôs-se ao fresco”, conta ao nosso jornal um vizinho de ambos.

Ninguém se apercebeu de qualquer tro-ca de palavras e, “pior do que isso, nunca soubemos que se dessem mal” afirmou um amigo de ambos, como que reforçando a estranheza. “Só ouvimos o tiro, ele a sair quase a correr e quando olhamos para o balcão, o Oliveira tinha a cabeça ali caí-da, alagada numa poça de sangue que já ia pelo balcão abaixo”.

evaporou-se e como não está fora de cau-sa uma eventual fuga para o estrangeiro – “tem família e amigos em França”- a pro-cura foi alargada ao estrangeiro.

PELA PRIMEIRA VEZ “FEZ JUS AO NOME”

“Diga-se o que se disser, só uma coisa muitíssimo grave poderia explicar este ges-to do Manel”, garante Agostinho, um “ami-go de há muitos anos”, e para quem o Manel Fraca Raça “é um tipo porreiro, um homem bom que nunca fez mal a ninguém. Era um bocado reservado na sua vida privada mas amigo do amigo, um bom coração”.

Confrontado com a aparente contradi-ção, Agostinho reafirma a sua convicção: “de certeza que lhe fez coisa grossa, coisa muito grave”. Quando o interrogámos so-bre o significado da alcunha – “Fraca raça”- e o que o Manuel fizera para a alcançar, o amigo pareceu zangar-se: “essas alcunhas têm-lha todos os da sua família. Já vem de longe. Ele foi sempre boa pessoa. Aquilo vem do avô qualquer antigo”.

CD 79 de Outubro 2009

Actualidade

*Por João Paulo Baltazar

A escolha do nome “Vitória de Todos” para a nossa candidatura não aconteceu por acaso. Enquanto assistimos a um conjunto de candidaturas individuais que se apresen-tam ao eleitorado com uma única pessoa, nós, pelo contrário, somos uma equipa ca-paz e coesa, que se apresenta à população com um projecto forte, mantendo o rumo do desenvolvimento

A campanha no concelho de Valongo tem proporcionado momentos pouco dig-nos para a população. Os candidatos, nos-sos adversários, têm feito críticas e apresen-tado propostas a seu bel-prazer, revelando desconhecimento da realidade do concelho. Alguns pensam que a população não anda atenta e que irá acreditar em tudo que se lhe apresenta. Noutros casos verificamos ainda a total ausência de respeito em relação aos reais interesses do concelho e da população.

São vários os exemplos que podemos apontar:

No caso do Dr. Afonso Lobão é nítido o desconhecimento que revela acerca da realidade do concelho. No seu programa são apresentadas várias propostas que não se compreende sequer a sua inclusão, uma vez que tais medidas foram já implemen-tadas pela actual Câmara Municipal. O PS quer criar um programa de tele-assistência ao domicílio. Ora, esquece-se a candida-tura de Afonso Lobão que desde Fevereiro existe o Valongo em Linha, um projecto de tele-assistência domiciliária. “É tempo de Mudar”, diz. Mudar o quê? Se a sua candi-datura propõe exactamente o que já existe. O mesmo se pode dizer em relação quanto à necessidade da autarquia definir um pro-jecto social integrado, referindo-se ao au-mento de casos de violência doméstica. Não terá Afonso Lobão ouvido ou lido sobre o já criado Gabinete de Apoio a Vítimas de Vio-lência Doméstica? Mais uma vez perguntá-mos: É tempo de mudar o quê?

No caso de Maria José Azevedo e da “Coragem de Mudar” tivemos a oportuni-dade de assistir a um ziguezague de estra-tégias. Num momento tivemos uma candi-data independente contra o despesismo na campanha, garantindo que a “Coragem de Mudar” não irá afixar outdoors de grandes dimensões que custa, cada um, o equivalen-te a dois salários mínimos”. Passado pouco tempo, Maria José Azevedo teve coragem de mudar de opinião e inundou o concelho de cartazes e com alguns “ao alto para marcar a diferença”. De facto, marcou a diferença. Mostrou que nem tudo o que o que diz é para cumprir. Connosco o que dizemos é para cumprir. Connosco não há mudanças de estratégia.

Durante a pré-campanha, Maria José Azevedo tentou paralisar a actividade do executivo, mas com as acções tomadas só fez com a população fosse prejudicada. Fa-lhou o alvo. E voltou a falhar quando, num claro aproveitamento político, seguiu até Fátima cerca de três mil idosos que par-ticipavam na peregrinação anual ao San-tuário. Sem qualquer noção do ridículo e

Campanha eleitoral

Balanço de ValongoERMESINDE

Fernando Melo inaugura hotel O presidente da Câmara de Valongo esteve ontem em Erme-sinde para inaugurar um hotel, circunstância que aproveitou para falar do futuro:

“Estamos perante um investimento de 2,5 milhões de euros. Um investimento de uma empresa que, em 2006, quis instalar-se em Valongo e beneficiar das condições oferecidas, do crescimento das zonas industriais e criar mais postos de trabalho. O Hotel Portas da Santa Rita é o exemplo do que quere-mos para o nosso concelho. No próximo mandato tudo será feito para dinami-zar e fixar mais empresas, no sentido de criar mais postos de trabalho, mas também em prol da qualidade de vida da população. Durante os próximos quatro anos serão implementadas medidas que facilitem a instalação de novas empresas. Valon-go tem finalmente todas as condições para se assumir como uma plataforma logística de transportes de materiais e equipamentos para o Norte de Portu-gal. O concelho tem o único terminal rodo ferroviário do Norte do País, e agora é servido por quatro auto-estra-das. A ligação da A41 a Campo é vital para o desenvolvimento daquele que seja o Centro Empresarial de Campo. Em Alfena e Sobrado queremos tam-bém ter duas zonas industriais fortes. O Gabinete do Empresário será renova-do e dinamizado, será criada uma Incu-badora de Empresas e o associativismo empresarial será apoiado. Queremos ainda implementar uma «Via Verde» para o Investidor e criar a Agência Local para o Investimento. Tudo o que estamos a fazer resume-se à criação de condições para a criação de emprego e desenvolvimento do concelho. Esta visão estratégica não pode ser inter-rompida. O rumo está traçado. Está a terminar o período de duas semanas de campanha, de muitas visitas e contactos com a população das cinco freguesias de Valongo. Mas a campanha não se faz em duas ou três semanas. O resultado do meu trabalho e que se vai traduzir em mais uma maioria absoluta no próximo dia 11 de Outubro é a obra que está visível em todo o concelho e é o produto de um trabalho de 16 anos a lutar pela melhoria das suas condições de vida”.

do local em que se encontrava, juntamente com a sua comitiva entoou cantigas de um completo mau gosto. No entanto, acaba-mos por compreender a ida de Maria José Azevedo ao Santuário de Fátima. É que só com ajuda Divina poderá ganhar as elei-ções de 11 de Outubro. Com os votos da população de Valongo não será certamente. Essa tem memória e sabe quem está a defen-der os reais interesses do concelho. A popu-lação não se vai esquecer que a Dr.ª Maria José recusou a vinda de novas empresas para o concelho e a construção de novas infra-estruturas desportivas, bem como de um lar de terceira idade para Ermesinde. Importa não esquecer que Maria José Azevedo vo-tou contra a declaração de interesse público para o Hospital de Alfena, votou contra a re-

modelação da Escola da Retorta e contra o Complexo Desportivo da Outrela.

Por tudo isto, considero ridícula e mes-quinha a campanha desenvolvida pela Dr.ª Maria José. Só faz este tipo de campanha quem não sabe fazer melhor, como aliás provou quando foi vereadora da Câmara do Porto, onde foi um verdadeiro desas-tre. Ainda hoje o Dr. Rui Rio tem situações para resolver, fruto dos disparates feitos nos bairros municipais. No seu currículo consta ainda o processo relativamente à ilegalidade do Shopping do Bom Sucesso que chegou ao Supremo Tribunal de Justiça e que terminou com uma sentença de demolição. Nunca a Câmara do Porto tinha sido tão mal servida!

*Presidente da Comissão Política Concelhia do PSD/Valongo

9 de Outubro 2009CD

Entrevista

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ROGÉRIO PALHAU

É a sua primeira incursão na política?

Não. Desde muito novo que sou interessado nestas coisas da politica. Fui militante do PSD quase 30 anos, tendo a minha inscrição sido cancelada, conforme os estatutos do partido, porque em 2005 concorri numa lista contra o PSD. Fui pelo “Unidos por Alfena”. E fui eleito, retomando o cargo que já ocupara pelo PSD, de presidente da Assembleia de Freguesia, cargo que ain-da ocupo.

Fui também presidente do núcleo de Alfena do PSD. Como vê, ando nisto há muito tempo.

Porque o “Unidos por Alfena”? Não podiam tra-balhar pela terra concorrendo pelo partido?

No partido, a nível local, havia algumas convulsões, alguns “jogos” e a realidade alfenense exigia outra pos-tura. Muitos de nós já tinham uma visão diferente para Alfena e tínhamos que andar mais depressa e melhor, era urgentíssimo, por exemplo, aproveitar as condições que as novas acessibilidades permitiam. Era um enor-me valor acrescentado que não podíamos desperdiçar, perdendo tempo em discussões e querelas partidárias. E foi nessa altura que nasceu a decisão de criarmos o movimento. Para todos os que estivemos na génese do “Unidos por Alfena”, independentemente do que fosse melhor ou pior para o partido, importava-nos os su-premos interesses da nossa população. Sabíamos que as consequências que a nossa decisão acarretaria, a ní-vel partidário, mas tinha de ser. E de tal forma que a

Dizia Gedeão que “sempre que um home sonha, o mundo pula e avança”. Alfena tem homens e mulhe-res que dão razão ao poeta. E são muitos pelo que a obra

um dia será enorme. Estamos a referir-nos ao movimento independente “Unidos por Alfe-na” que há quatro anos concorreram à junta de freguesia para transformarem, enfi m, a sua terra. Em Janeiro último houve eleições intercalares e voltaram a ganhar, desta vez de forma clara e absoluta.E a razão é simples: conseguem transformar os sonhos em realidade.E agora que Arnaldo Soares, um dos princi-pais mentores do movimento, sai da presi-dência da Junta para integrar a lista de Fer-nando Melo à Câmara de Valongo, o “Unidos por Alfena” entrega a Rogério Palhau a tarefa de liderar a freguesia, continuando na senda traçada pelo movimento e que parece não ter limites.Alfena já começou a mudar, é verdade, mas eles querem ir muito mais longe.

ALFENA: A MUDANÇA

CONTINUAESCOLA SÉNIOR – é um espaço fabuloso com 70 idosos que diariamente ali quebram a solidão. En-tretêm-se, divertem-se, convivem. E os mais interessantes – que já esperávamos – são que os utentes deixaram de ir ao médico, de ter depressões, de tomar medicamentos. Tudo porque têm fi nalmente um lugar que os curou da principal doença: a solidão.

EMPREGO – A Junta tem nesta altura, em termos sociais, uma grande abrangência. Conseguimos um protocolo com o IEFP. Assim, combinado com o gabinete de Acção Social da Junta, ouvimos e orientamos as pessoas desempregadas, quer para a formação profi ssional quer na procura de emprego. Há já um conjunto de respostas que faz com a Junta de Freguesia tenha um movimento permanente todos os dias que não existia nem é muito comum existir noutras freguesias. Já se fez muito e pode-se fazer muito mais. O que é importante é haver ideias para haver projectos. E havendo projectos há realizações. É importante que haja uma nova zona industrial em Alfena devido à necessidade premente de criar mais postos de trabalho e de aproveitamento das condições que Alfena tem para oferecer às empresas que se queiram cá instalar, desde que não sejam poluidoras e criem postos de trabalho. Temos tudo preparado para ajudar a criar mais postos de trabalho, muitíssimos mais.

AVA (Associação Viver Alfena) – Alfena tem tido um crescimento acelerado, que não foi acompanhado em termos de apoio às pessoas, às famílias. O isolamento social dos idosos, a monoparentalidade, as crianças em risco, o alcoolismo e o desemprego foram agentes fundamentais que levaram à criação da AVA.

“UNIDOS POR ALFENA” – No partido, a nível local, havia algumas convulsões, alguns “jogos” e a realidade alfenense exigia outra postura. Muitos de nós já tinham uma visão diferente para Alfena e tínha-mos que andar mais depressa e melhor, era urgentíssimo, por exemplo, aproveitar as condições que as novas acessibilidades permitiam. Era um enorme valor acrescentado que não podíamos desperdiçar, perdendo tempo em discussões e querelas partidárias. E foi nessa altura que nasceu a decisão de criarmos o movimen-to, com a única preocupação que é a de trabalhar para todos.

CENTRO CÍVICO – Será um centro que irá desde S. Lázaro até ao viaduto da auto-estrada, acompanhan-do sempre o percurso do rio. As premissas fundamentais são reorganizar, em torno do rio, um novo pólo de atracção e um novo centro de convívio, um centro de união dos alfenenses.

O FUTURO JÁ ESTÁ À PORTA – A implementação de um novo pólo empresarial industrial na parte norte da Vila de Alfena é certamente de potencial interesse e fundamental para a criação de novos empregos para a população local e para o desenvolvimento sustentável de todo o Concelho de Valongo. Esta nova zona industrial pode transformar completamente a capacidade de atracção de investimentos virados para a logística, turismo, saúde e lazer sustentado no estabelecimento de condições de referencia no supor-te competitivo às empresas, assente em relações de especialização e complementaridade com as restantes locais na zona norte.

CD 99 de Outubro 2009

Entrevista

população entendeu e aceitou essa, digamos, “ruptura” e o próprio partido a entendeu. De tal forma que já depois de 2005 concorremos com uma lista ao núcleo do PSD e ganhamos de forma claríssima.

Em 2005, quando concorreram como indepen-

dentes ganharam mais não tiveram maioria absolu-ta, até que provocaram eleições intercalares. Foram tempos difíceis?

Foram anos foram terríveis. Tudo o que tentásse-mos fazer, desde que a ideia fosse do “Unidos por Al-fena” era imediatamente boicotado pelo PS e PSD que se juntavam apenas para não nos deixar trabalhar. E foi essa estagnação, essa impossibilidade de fazer qual-quer coisa que nos conduziu a eleições, em Janeiro passado. Felizmente o Povo de Alfena percebeu o que se estava a passar e o resultado foi uma vitória esmaga-dora para o nosso movimento.

O PROJECTO

Agora que Arnaldo Soares vai com Fernando Melo na corrida à Câmara, é você o indicado pelo movimento para liderar a Junta. O que o move, exactamente?

O projecto traçado por nós, para a nossa terra. Há muitas obras para fazer.

Em todas as terras há muito para fazer mas não

podemos esquecer-nos da limitadíssima capacidade fi nanceira das juntas de freguesia… Ou Alfena é di-ferente?

É claro que uma Junta de Freguesia não tem as ca-pacidades do Poder Central, nem sequer da Câmara Municipal… mas também é verdade que se não hou-ver dinâmica, se não houver ideias, se não houver projectos, não se faz nada. E nós, “Unidos por Alfena”, conhecemos os anseios da população e temos ideias e projectos, para lhes dar resposta. Temos, asseguro-lhe, a resposta para que Alfena cresça de uma forma coor-denada e harmoniosa. Agora há condições, nomeada-mente geográfi cas e de acessibilidades que têm que ser aproveitadas. É importante para Alfena.

Fale-nos desses projectos…

Há uma obra que é a bandeira desde o início de Alfena. Refi ro-me à necessidade de um Centro Cívico. A freguesia não tem um centro e precisa dele como do “pão para a boca”. E precisamos, ao mesmo tempo de aproveitar as virtualidades do rio que atravessa a freguesia de lés a lés e que presentemente não é apro-veitado. Os Alfenenses têm estado de costas voltadas para o rio; não usam, não gozam, não apreciam, e o rio tem que ser aproveitado.

Esse centro cívico vai ser uma realidade, já existe mesmo um plano que se chama PUCCA (Plano de Urbanização do Centro de Cívico de Alfena) que já foi publicado em Diário da República. Esse é o grande

sonho dos alfenenses. Será um centro que irá desde S. Lázaro até ao viaduto da auto-estrada A41 e que acom-panha sempre o rio. As premissas fundamentais são reorganizar em torno do rio um novo pólo de atracção e um novo centro de convívio, um centro de união dos alfenenses.

Essa será então a vossa principal bandeira, a vos-sa obra?

Este Centro Cívico, com as características que que-remos foi uma das coisas que esteve na base da cria-ção do “Unidos por Alfena”. Percebemos que o poder local da altura na altura não entendia o rio como nós achamos que é importante entendê-lo. As pessoas es-tão voltadas de costas para o rio e têm que se voltar de frente, têm que aproveitar as suas virtualidades.

Mas temos mais obras em mente. E para fazer. Te-mos a Junta de Freguesia a funcionar numa casa recu-perada, com algum gosto é certo, mas exígua. De facto aquilo parece “uma casa de bonecas”, de tão pequena que é. A Junta de Freguesia, desde que lá chegámos, ou seja, nos últimos 4 anos, aumentou muito os seus ser-viços à população. Hoje não são comparáveis ao que eram há 4, 5 ou 6 anos. A autarquia duplicou ou tri-plicou os serviços e não há espaço, não há condições. Tem um balcão pequeno, entram 2 pessoas e a junta fi ca cheia. É importante que haja um novo espaço, que haja uma nova junta de freguesia.

ARRANCA O CENTRO DE SAÚDE

Que querem construir nesse tal “eixo” junto ao rio, de S. Lázaro à ponte da auto-estrada…?

Não, temos outra ideia quanto à sua localização. Na nossa mente estava a recuperação de uma casa senho-rial, enorme, onde instalaríamos a sede da Junta. Mas foi uma coisa que foi por água abaixo.

Agora, o que nos surge e parece reunir consenso é no espaço frente à junta actual, ao lado do Centro Cul-tural. Construindo aí nova Junta, fi ca tudo integrado no centro cívico; Centro Cultural, Junta, Igreja, Lar da 3ª idade, Pavilhão, etc. Ou seja, vamos criar um centro mais abrangente. Ou então vê-se no próprio Centro Cívico que vamos erigir se há algum espaço disponível para o edifício da Junta. Estamos a falar de muitos mi-lhares de metros e não queremos que ela saia da zona que é central da freguesia. Nós queremos que toda aquela área seja um centro de atracção onde as pes-soas se reúnam, onde conversem, onde se encontram, onde façam um conjunto de actividades que podem e devem ser feitas em torno do rio.

A nossa fi losofi a é muito clara: a vila tem que ter vida. Todos nos lembrámos que ainda não há muitos anos, tanto Alfena como Ermesinde eram vistas como “dormitórios” do Porto. Não tinham vida. As pessoas saíam de manhã e voltavam à noite para dormir. E nós o que queremos é que as pessoas vivam Alfena.

Outra obra importantíssima é a Casa das Asso-ciações. Reconhecemos o inestimável e insubstituível trabalho das associações alfenenses e choca-nos ver que algumas estão a funcionar em edifícios degrada-dos. Não devemos esquecer que sem elas é muito mais difícil chegar à população. Não é fácil falarmos com milhares de pessoas mas tudo se simplifi ca se falarmos com as associações onde essas pessoas estão organiza-das. E depois, além de interlocutores privilegiados, as associações têm sempre um fi m de interesse público, quer seja culturais, recreativas ou desportivas e outras, o seu objectivo é trabalhar pelo bem comum, criar

9 de Outubro 2009CD

Entrevista

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vida na freguesia. Ora, nós queremos dar-lhes uma Casa onde todas disporão de condições dignas para o exercício das suas actividades. Há sempre um fim e é esse fim que é importante.

Outro projecto importante, e que esperamos que arranque em definitivo, é o Centro de Saúde.

Desta vez vai mesmo arrancar?

Vai. Como sabe, o Centro de Saúde é da responsa-bilidade do respectivo ministério. Por norma e “tra-dição” de há uns anos para cá os centros de saúde só começam a ser construídos quando o ministério tem terrenos. E como não compra, têm de ser as Câmaras Municipais a disponibilizar esses terrenos. Já tivemos aqui um terreno que seria disponibilizado no âmbito de um projecto imobiliário mas entretanto gorou-se. Por di-vergências entre o proprietário do terrenos e a empresa que deveria fazer o loteamento. Mas como não podemos parar, temos já outro terreno em mente que também está relacionado com o tal espaço junto ao rio. Tudo está interligado, e pensamos que nesta altura existem as

condições para que, de facto, o Centro de Saúde avance.

Não teme estar a dar falsas esperanças aos alfenen-ses?

Não. Actualmente já está em estudo a 1ª fase do pro-jecto. Está-se à espera que se criem algumas condições, designadamente quanto ao terreno que está indicado e que é a câmara que tem que ceder ao Estado. Falta ape-nas formalizar esse acto. Logo que tal seja feito, pensa-mos que será no curto prazo, o Centro de Saúde poderá arrancar.

No que toca ao seu financiamento, as verbas neces-sárias constam já do PIDAC; por outro lado o projecto está em concurso. Como disse, estamos só à espera da formalização da cedência do terreno à ARS e após isso o projecto é elaborado e a obra arranca: Creio que já no 2º semestre do próximo ano.

Falou do terreno mas não referiu a sua localiza-ção…

Será em frente à igreja, do outro lado do rio, dentro do plano de urbanização. Terá bons acessos, será num espaço aberto, com numa zona verde muito interessan-te, com zonas pedonais e outras condições para permi-tir que as pessoas se possam distrair enquanto estão no

Centro de Saúde. E com o rio à vista!

OBRAS À VISTA

Centro Cívico, nova Junta, Casa das Associações, Centro de Saúde. Têm um trabalho enorme pela fren-te…

Nós, “Unidos por Alfena” aparecemos exactamente porque entendemos que só tem sentido estar no poder autárquico se tivermos em atenção, todos os dias, as preocupações das pessoas e fizermos tudo para as re-solver. O autarca existe para isso, para ouvir as pessoas e estar sempre disponível para as ajudar dentro do que lhe for possível. E é nessa perspectiva que se enquadram as obras que refere e que são, sem a menor dúvida, para fazer urgentemente. Perguntará se é fácil? Claro que não, mas o nosso movimento nasceu para trabalhar, afincadamente, pela nossa terra. Muitas das vezes o que é preciso são ideias e engenho para as pôr em prática.

Surgiu, há relativamente

pouco tempo, uma instituição cha-mada AVA que, ao que parece, está a revolucionar o apoio social. Quer falar-nos dela?

 Associação Viver Alfena – AVA – é uma organização sem fins lucrativos, que tem nos seus objectivos a solidariedade e apoio à integração social e comunitária.

Alfena tem tido um crescimento acelerado, que não foi acompanhado em termos de apoio às pessoas, às fa-mílias. O isolamento social dos idosos, a monoparenta-lidade, as crianças em risco, o alcoolismo e o desempre-go foram agentes fundamentais que levaram à criação da AVA. O Objectivo agora é dar-lhe o estatuto de IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social) e para isso necessita de ter património. Está tratado pois já te-mos um terreno para a sua sede, cedido pela Câmara Municipal.

A AVA é “filha” do movimento “Unidos por Alfe-na”?

Sim. Foi criada a propósito, no âmbito do Movimen-

to, por nós, Junta de Freguesia. É evidente que vamos

dar-lhe espaço para ela se desenvolver por si própria, o

que deverá começar a acontecer quando a associação se

transformar em IPSS. Depois disso poderá candidatar-

se a fundos do CREN e partir para a construção de uma Creche e Centro de Dia para os cidadãos mais desfa-

vorecidos que não têm condições financeiras para usu-fruir destes serviços.

Tudo num mesmo edifício, é para facilitar o con-tacto entre gerações?

Exactamente. Crianças e idosos são as franjas de ci-dadãos com mais necessidade de atenção. Já temos um projecto. Será complementado com uma rede social que estamos a criar em Alfena.

… VAI A MONTANHA A MAOMÉ!

E a Cultura, no meio de tantos projectos?

Tratamo-la como bem de primeira necessidade. Hoje é difícil que novos e velhos se desloquem ao Centro Cultu-ral de Alfena. Então se há dificuldade em fazer as pessoas deslocar-se aos locais de cultura, como resolver o assunto? A resposta é simples, levar a Cultura até essas pessoas.

Como temos 7 lavadouros desactivados na freguesia,

vamos proceder à sua recuperação e transformá-los em centros de convívio, promovendo todo o tipo de acções culturais. Serão também o local onde as pessoas dessas áre-as poderão encontrar-se, jogar dominó, cartas, etc. No fun-do, confraternizar com alegria e descontracção, quebrando a solidão e cultivando o contacto humano,

Isso não vai obrigar a Junta a criar postos de traba-lho, um funcionário em permanência nesses centros?

Contámos com o voluntariado, O nosso gabinete de Acção Social tem um lema: “As pessoas acima de tudo”. Mas é com o voluntariado que contámos pois a associação é composta essencialmente por voluntários, apesar de ter técnicos, obviamente.

Está confiante no mandato que aí vem?

Muito. Terá de ser marcado por algumas obras estru-turantes – como as que enunciei - para que possamos dar

continuidade ao sucesso que o “Unidos por Alfena” trouxe

à freguesia.

Uma última questão: como definiria o “Unidos por Alfena”?

Somos muitos com uma única preocupação: traba-lhar para todos!

O Concelho de Valongo nomeadamente a Freguesia de Alfena encontra-se perante um conjunto de oportunidades que, devidamente aproveitadas, poderão potenciar novas dinâ-micas de desenvolvimento e a atracção de uma base empresarial assente em actividades de valor acrescentado e recursos humanos qualifi-cados.Hoje esta situação reveste-se de grande im-portância pois certamente poderá contrariar a falta de investimento e desemprego na região do norte, que tem revelado níveis inferiores aos verificados no país.A conjuntura actual não se coaduna com o potencial de uma região inserida no seio dos dinâmicos corredores litorais da região norte bem como o grande eixo litoral Porto/Galiza que representa mais de 6 milhões de habitantes.A implementação de um novo pólo empresarial industrial na parte norte da Vila de Alfena é cer-

tamente de potencial interesse e fundamental para a criação de novos empregos para a popula-ção local e para o desenvolvimento sustentável de todo o Concelho de Valongo. Esta nova zona industrial pode transformar completamente a capacidade de atracção de investimentos virados para a logística, turismo, saúde e lazer sustenta-do no estabelecimento de condições de referen-cia no suporte competitivo às empresas, assente em relações de especialização e complementari-dade com as restantes locais na zona norte.

Estes vectores são:. Infra-estruturas do conhecimento e recursos humanos;. Mobilidade, acessibilidade, infra-estruturas logísticas;. Condições e infra-estruturas de suporte às empresas;. Qualidade de vida.

Hospital de Alfena- entrará em funcionamento já no próximo

ano, e criará, logo de início, 250 postos de trabalho

CD 119 de Outubro 2009

Clubes da nossa Terra

O Clube de Natação de Valongo acaba de celebrar 14 anos, pelo que é ainda uma jovem agremiação desportiva mas já com resultados notórios.

Segundo os seus mentores, surgiu da necessidade de dar apoio aos alunos das Es-colas Municipais de Natação do Concelho de Valongo que pretendiam enveredar pelo caminho da competição de elite (Atletas Federados). Tendo em conta essa necessi-dade a Câmara Municipal de Valongo em parceria com os Bombeiros Voluntários de Valongo fundou o clube em 29 de Setembro de 1995, tendo como principal objectivo acolher todos os alunos das Escolas Muni-cipais de Natação do Concelho de Valongo com apetência para a prática da modalidade e vontade de competir.

Após alguns anos sob direcção dos Bombeiros Voluntários, muito naturalmen-te verificou-se a necessidade de imprimir uma maior dinâmica, pró-actividade, com-petitividade, e autonomia ao clube. E essa necessidade originou a que um grupo de pessoas mais entendidas sobre a natação constituísse – através de escritura pública celebrada em 03/10/2006 – uma Associação denominada CLUBE DE NATAÇÂO DE VALONGO.

ACTUALIDADEHoje o Clube tem a nadar cerca de 70

atletas entre os 5 anos e os 20 anos. De entre eles, cerca de 50 encontram-se inscritos na Associação de Natação Norte de Portugal [ANNP] e na Federação Portuguesa de Na-tação [FPN].

A principal bandeira da actual direcção é a captação de jovens talentos e a formação, para que o futuro do clube esteja garantido. Segundo os dirigentes, “temos como orien-tação sermos competitivos e apresentarmos qualidade em todas as provas em que este-jamos presentes”.

A Direcção actual na sua tomada de posse comprometeu-se perante os associa-dos a ter sempre presente como objectivo primordial, “proporcionar às crianças e jovens do Concelho de Valongo, as condi-ções necessárias para a prática de uma ac-tividade complementar às suas obrigações escolares, afastando-os das ‘tentações’ e de práticas perniciosas”, facilmente alcançá-veis pelos jovens no seu dia-a-dia. Assim, “é imbuído deste espírito, na construção de uma sociedade mais apta e capaz para os jovens de hoje, adultos de amanhã, que assumimos o compromisso de servir a co-munidade desportista do Clube de Natação de Valongo”, garantem.

RIGOR ORÇAMENTALQuando questionados sobre o orçamen-

to da instituição, os responsáveis afirmam que este “é cumprido escrupulosamente com rigor sendo ponto de honra termos a liquidez necessária para asseguramos as nossas despesas correntes e não falharmos com nenhum compromisso assumido quer com técnicos quer com a ANNP e FNP”.

Mas não é fácil: “para cumprir com as exigências financeiras temos que efectuar alguns sacrifícios, pois os apoios/donati-vos/patrocínios para a modalidade nata-ção são constantemente negados levando a

14º. Aniversário

Clube de Natação de Valongo

que tenhamos a colaboração de alguns pais dos atletas e de ser criativos para angariar-mos fundos para a nossa gestão corrente”.

O orçamento por época engloba desde, deslocações pelo país todo, inscrições dos atletas tanto na ANNP como em todas as provas disputadas, seguros e outras des-pesas correntes. Este ano será mais difícil ainda já que a Direcção tem no seu plano para esta época “a disputa de uma prova internacional”, o que irá tornar o orçamen-to para a época 2009/20010 mais pesado. “Será um sacrifício que os nossos jovens merecem”, asseguram os responsáveis.

APOIOSNo plano dos apoios, a direcção “des-

taca e agradece” a colaboração da Câmara Municipal, designadamente pela cedência das piscinas de Sobrado, onde se efectu-am os treinos. “Se assim não fosse não era possível existirmos”, enfatizam, sem esque-cerem “os funcionários que nos aturam durante estes anos todos, destacando o Sr. Gomes, Dr.ª Elsa e o Prof. Luís”.

PALMARÉSÉ sempre longa a caminhada para o êxi-

to. No entanto o Clube de natação de Valon-go já entrou na senda do sucesso: “Despor-tivamente tivemos o momento mais alto com a conquista do campeonato nacional da 4ª divisão nacional no escalão masculi-no e subindo à 3ª divisão no escalão mas-culino e feminino na época 2007/2008 onde nos encontramos actualmente”.

È de referir que o clube actualmente en-contrasse no 36º lugar a nível nacional, ten-do sido várias vezes distinguido pela ANNP na sua gala. Isto sucedeu a nível de dirigen-tes, realçando-se António Costa, distingui-do como dirigente do Ano. Também desta-que merece a distinção da equipa campeão nacional da época 2007/2008, galardões que a Direcção considera como “momentos únicos” da jovem associação.

Mas não se ficam por aqui os prémios do Clube de Natação de Valongo: “Tivemos na época 2008/2009 o nosso melhor cam-peonato regional de sempre, conquistando 9 medalhas (2 de ouro, 2 de prata, e 5 de

bronze) e 1º título regional de estafetas na classe feminina”.

A terminar esta breve resenha de um clube que já é grande, a sua direcção destaca “o Torneio Cidade de Valongo, onde a nos-sa autarquia tem um papel fundamental na sua organização, que já vai na sua 5ª edição”. Nesta prova, para além do clube, a sua organização é considerada de superior qualidade razão pela qual “continua mar-car presença no calendário desportivo da ANNP.

ÓRGÃOS SOCIAISPresidente: António PedrosoDirectores: Serafim Sousa, Luís Viei-ra, Fernando Ferreira, Paula Neves, Francisco Martins, Carlos Sousa.

PARTE TÉCNICACoordenação técnica / técnico princi-pal: Filipe MarquesTécnico pré competição / cadetes: João SousaTécnico adaptação meio aquático / ad-junto: Sergey Lobarov

DESTAQUENomes eminentes na constituição, formação, e desenvolvimento, desde a fundação até ao actual momento; Dr.ª Ilda Amendoeira, Dr. Timóteo Morei-ra, Dr. Camilo Moreira, João Duarte, Armando Pedroso, Joaquim Monteiro, João Ferreira, João Queirós, João Perei-ra, Joaquim Gomes, António Vale, José Ferreira, António Costa, Carlos Sousa, Joaquim Cavadas, José Ribeiro, Fernan-do Ferreira.

CONTACTOS:Telemóvel: 91 673 51 97Fax: 22 416 01 18E-mail: [email protected]: natacaovalongo.blogsopt.com

9 de Outubro 2009CD

Entrevista

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O Clube Desportivo de Sobrado vai ter instalações dignas para a prática do futebol

Um dos principais problemas de Sobrado e que se arrasta há muito anos – anos demais – é a sinistra-lidade na chamada recta da CIFA (Rua de S. João). Não acha que já era tempo de a Junta de Freguesia se empenhar seriamente na resolução de tão grave problema?

Não só acho como posso adiantar que já estamos a tratar de resolver esse assunto. Podo até adiantar que é a maior das nossas prioridades. A solução que encon-trámos passa pela colocação de separadores na via. E como isso obriga ao seu alargamento, já estamos em negociações com os proprietários dos terrenos. É uma obra tremendamente importante para a segurança dos sobradenses e dos milhares de pessoas que todos os dias cruzam a nossa freguesia.

Ouviu-se falar construção de uma rotunda, a meio da recta, que obrigaria os automobilistas a abrandar a marcha…

Essa seria também uma solução mas esbarrámo-nos na recusa das Estradas de Portugal (EP), antiga JAE. Eles não permitem. Por isso a solução dos separa-dores parece-nos ser a melhor solução. O que importa é acabar com os acidentes, tendo especial atenção ao cruzamento da Lomba.

Já que falámos de trânsito…

Podemos falar de transportes. Como sabe, Sobrado é a única do concelho que não benefi cia da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP), facto que não aceitámos. É precisa a ligação da freguesia à sede de concelho, mas também a outros concelhos da Área Metropolitana do Porto já servidos pela rede de transportes da STCP.

Continuando no tema, a ligação a Alfena tam-bém não é “famosa”

Tem razão. E pode crer que a mobilidade é de ex-trema relevância para Sobrado. E por isso reivindica-mos uma rápida e forte intervenção na Estrada Mu-nicipal 606, a estrada que se refere e que faz a ligação entre Sobrado e Alfena.

Ainda nesse sector gostava de referir que estamos empenhados na protecção dos peões pelo que vamos

arlos Mota é o candidato da coligação PSD/CDS à presidência da Junta de Freguesia de Sobrado. Jovem, dinâ-mico e ambicioso, aposta no trabalho e rigor e empenho para modernizar a freguesia.Considera as promessas uma dívida e por isso garante que o que diz é para cumprir.

C

CARLOS MOTA

“QUEREMOS O MELHOR PARA

SOBRADO”promover a construção de passeios lá onde for possível.

Fale-nos de outras prio-ridades para esta freguesia tão próxima mas às vezes tão longe da sede do con-celho…

Uma delas é, indu-bitavelmente, a Casa do Bugio. Temos de acabar a obra e proceder à sua legalização. A urgência é tremenda e imprescin-dível, designadamente para que a direcção da Associa-ção Casa do Bugio possa concorrer e obter fi nancia-mentos que lhe permitam desenvolver as actividades para que está vocacionada.A Junta ajudará e temos tam-bém a garantia do Dr. Fernan-do Melo de que a Câmara Mu-nicipal participará no suporte fi nanceiro das obras de recupera-ção do edifício.

Esta é, repito, uma obra muitís-simo importante e quando completa e em actividade, Sobrado terá um equi-pamento impar no concelho, e projecta-

rá melhor e mais longe o nome da fre-guesia e as suas tradi-ções únicas.

Considero funda-mental a criação de um Museu Etnográfi co. E a Casa do Bugio é-o por excelência, tendo em conta que as Bugiadas são uma referência cultura e um motivo de orgulho dos sobradenses

O futebol é também uma das pai-xões dos sobradenses no entanto o maior clube, o Clube Desporti-vo de Sobrado, não tem sido muito acarinhado pelos po-deres públicos locais…

Tem razão. Mas não

CD 139 de Outubro 2009

Entrevista

há mal que sempre dure. Está também inscrito no nos-so programa, a legalização e conclusão do Estádio. E não são apenas palavras, ou promessas eleitorais para depois esquecer. Não!

Nesse sentido, já está a decorrer o processo de ex-propriação de terrenos. Os sobradenses podem acre-ditar que, desta vez, vamos mesmo ter o Estádio com a dignidade que esta terra há muito merece. Tenho a garantia do Dr. Fernando Melo do seu mais profundo empenhamento nesta, como noutras obras para So-brado. Garanto que o Clube Desportivo de Sobrado vai ter instalações dignas para a prática da modalida-de.

FAZER AS PAZES COM O RIO FERREIRA

Sobrado tem vivido de costas voltadas para o rio Ferreira. Não acha que é tempo de inverter a aposta?

É e já começamos. Não se esqueça que nos últimos tempos tem havido iniciativas que visam valorizar o rio. Mas vamos aumentar esse tipo de iniciativa. Ire-mos proceder de forma forte e clara na limpeza do seu leito e embelezamento das suas margens. O Rio Ferrei-ra é, na realidade, uma bênção para a freguesia e o seu potencial, a todos os níveis, exige que o tratemos bem. Se o fizermos ele pagar-nos-á em dobrado. Aprende-mos à nossa custa mas já todos temos consciência de que quando tratamos bem a Natureza, ela retribui ge-nerosamente.

Cada vez mais, por esse país fora, as juntas de freguesia trabalham em comunhão com as associa-ções locais. No entanto esse movimento não é muito visível em Sobrado…

Têm-no sido, na medida das possibilidades da Jun-ta. António Monteiro tem tido, a esse como a outros ní-veis, um trabalho que poderia dizer-se notável, tendo em conta, repito, as possibilidades da autarquia. Mas na verdade queremos sempre mais e melhor. Por isso queremos acentuar o apoio às associações de Sobrado. Sem excepções. Sejam elas desportivas, culturais ou recreativas, a Junta estará a seu lado, para apoiar no que for preciso.

URBANISMO

Sobrado é, em área, a maior freguesia do concelho, no entanto essa grandeza não se traduz em habitantes…

É nosso objectivo Incentivar a construção habitacional mas de uma forma mais organizada, mais moderna, tendo em atenção a qualidade de vida das pessoas. A nossa fregue-sia tem ainda muitas características rurais e podemos e deve-mos transformar isso num potencial tremendo. Sobrado tem realmente condições para crescer. E vai crescer, com qualidade.

Queremos também acabar com as casas degradadas, in-centivando a sua requalificação e/ou reconstrução. Teremos de encontrar mecanismos que permitam fazer isso rapidamente.

Falou há pouco de António Monteiro o presidente que acaba agora a sua longa prestação à freguesia.

Acha que vai deixar saudades?

Claro que sim. Tenho a certeza. De resto quero aqui pres-tar-lhe homenagem, pela dedicação, empenho, luta, que sem-pre desenvolveu pela nossa terra. Queremos dar seguimento ao

seu inestimável e abnegado trabalho por Sobrado.

Para concluir, que quer dizer aos seus conterrâneos?

Muitos já me conhecem, bem como à equipa que me

acompanha. Somos pessoas de trabalho e rigor, para quem as

promessas são dívidas pelo que trabalharemos sem descanso.

Exigiremos sempre o melhor para Sobrado.

ACÇÃO SOCIALOcupar os Jovens com férias desportivas no período de Verão;Apoiar os idosos da freguesia;Promover convívios e passeios temáticos, permitindo assim aos sobradenses conhecer vários locais do nosso país.

EDUCAÇÃOEstabelecer uma maior proximidade entre as escolas e a Junta de Freguesia; Incentivar um ensino de qualidade atribuindo prémios de mérito escolar.

DESPORTO e LAZERApoiar as associações desportivas;Ajudar a resolver o problema com o Campo do CDS;Melhorar a praia fluvial existente e criar novas zonas de lazer com um circuito de manutenção.

CULTURAApoiar as associações sociais e culturais de Sobrado;Criar um museu etnográfico;Reconstruir alguns moinhos;Evitar a degradação da Casa do Povo e impulsionar rapidamente as obras da Casa do Bugio.

Centrado no Plano Director Municipal (PDM), Carlos Mota quer esclarecer os empresários, especialmente os de Sobrado sobre o que será possível edificar em Sobrado.

Potenciar a fixação de novas empre-sas. O candidato da coligação PSD/CDS quer que os empreendedores olhem para Sobrado como um po-tencial local empresarial, com ópti-mas vias de comunicação ao porto de Leixões, aeroporto e à Galiza. Relativamente ao PDM, Carlos Mota diz que é igualmente importante “definir os locais para uma constru-ção habitacional mais organizada”.