controle externo lei

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Controle Externo TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TCU A1-AT527 2/8/2012 TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO l Médio Níve Conhecimentos Básicos e Específicos

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Controle Externo Lei

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  • Controle Externo

    TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIOTCU

    A1-AT5272/8/2012

    TCNICO FEDERALDE CONTROLE EXTERNO

    l MdioNveConhecimentos Bsicos e Especficos

  • 2012 Vestcon Editora Ltda.

    Todos os direitos autorais desta obra so reservados e protegidos pela Lei n9.610, de 19/2/1998. Proibida a reproduo de qualquer parte deste material, sem autorizao prvia expressa por escrito do autor e da editora, por quaisquer meios empregados, sejam eletrnicos, mecnicos, videogrfi cos, fonogrfi cos, reprogrfi cos, micro lmicos, fotogrfi cos, grfi cos ou outros. Essas proibies aplicam-se tambm editorao da obra, bem como s suas caracters cas grfi cas.

    Ttulo da obra: Adendo Controle Externo

    DIRETORIA EXECUTIVANorma Suely A. P. Pimentel

    PRODUO EDITORIALFabrcia de Oliveira Gouveia

    EDIO DE TEXTOCludia FreiresIsabel Cris na Aires Lopes

    CAPARalfe Braga

    ILUSTRAOFabrcio MatosMicah Abe

    PROJETO GRFICORalfe Braga

    ASSISTENTE EDITORIALGabriela Tayn Moura de Abreu

    ASSISTENTE DE PRODUOGeane Rodrigues da Rocha

    EDITORAO ELETRNICAAdenilton da Silva CabralAntonio Gerardo PereiraCarlos Alessandro de Oliveira FariaDiogo AlvesMarcos Aurlio Pereira

    REVISOAna Paula Oliveira Pagyrida CassianoGiselle BerthoMicheline Cardoso Ferreira

    ESTAGIRIAEunice Guerra de Sousa

    SEPN 509 Ed. Contag 3 andar CEP 70750-502 Braslia/DFSAC: (61) 3034 9588 Tel.: (61) 3034 9576 Fax: (61) 3347 4399

    www.vestcon.com.brPublicado em junho/2012

    (A1-AT527)

  • Resoluo TCU n 246, de 30 de Novembro de 2011 ..............................................5*

    * A Resoluo n 155, de 4 de Dezembro de 2002, foi alterada pela Resoluo TCU n 246, de 30 de Novembro de 2011.

    SUMRIO

    Controle Externo

    TCU

  • 5

    RESOLUO TCU N 246, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2011

    Altera o Regimento Interno do Tribunal de Contas da Unio, aprovado pela Resoluo TCU n 155, de 4 de dezembro de 2002.

    O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO, no uso das atribuies que lhe conferem os arts. 73 e 96, inciso I, alnea a, da Cons tuio Federal; 1, inciso X, e 99, da Lei n 8.443/1992; e os arts. 72 a 84, do Regimento Interno, resolve:

    Art. 1 O Regimento Interno do Tribunal de Contas da Unio, aprovado pela Resoluo TCU n 155/2002, passa a vigorar com a seguinte redao:

    TTULO INATUREZA, COMPETNCIA E JURISDIO

    CAPTULO INatureza e Competncia

    Art. 1 Ao Tribunal de Contas da Unio, rgo de controle externo, compete, nos termos da Cons tuio Federal e na forma da legislao vigente, em especial da Lei n 8.443, de 16 de julho de 1992:

    I julgar as contas de qualquer pessoa sica ou jurdica, pblica ou privada, que u lize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pblicos ou pelos quais a Unio responda ou que, em nome desta, assuma obrigaes de natureza pecuniria, bem como daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregula-ridade de que resulte dano ao errio;

    II realizar, por inicia va prpria ou por solicitao do Congresso Nacional, de suas casas ou das respec vas comisses, auditorias, inspees ou acompanhamentos de natureza contbil, fi nanceira, oramentria, operacional ou patrimonial nas unidades administra vas dos Poderes Legisla vo, Execu vo e Judicirio e demais rgos e en -dades sujeitos sua jurisdio;

    III prestar as informaes solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas casas, ou por suas comisses, sobre a fi scalizao contbil, fi nanceira, orament-ria, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspees realizadas;

    IV emi r pronunciamento conclusivo sobre matria que seja subme da a sua apre-ciao pela comisso mista permanente de senadores e deputados referida no 1 do art. 166 da Cons tuio Federal, nos termos do 1 do art. 72 da Cons tuio Federal;

    V auditar, por solicitao da comisso mista permanente de senadores e deputa-dos referida no 1 do art. 166 da Cons tuio Federal, ou de comisso tcnica de qualquer das casas do Congresso Nacional, projetos e programas autorizados na lei oramentria anual, avaliando os seus resultados quanto efi ccia, efi cincia, efe -vidade e economicidade;

    CONTROLE EXTERNOWagner Miranda

  • 6

    VI apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da Repblica;VII acompanhar a arrecadao da receita a cargo da Unio, das en dades da

    administrao indireta, includas as fundaes e sociedades ins tudas e man das pelo poder pblico federal, e das demais ins tuies sob sua jurisdio, mediante fi scalizaes, ou por meio de demonstra vos prprios;

    VIII apreciar, para fi ns de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer tulo, na administrao direta e indireta, includas as fundaes ins tu-das e man das pelo poder pblico federal, excetuadas as nomeaes para cargo de provimento em comisso, bem como a das concesses de aposentadorias, reformas e penses a servidores pblicos civis e militares federais ou a seus benefi cirios, ressalva-das as melhorias posteriores que no alterem o fundamento legal do ato concessrio;

    IX efetuar, observada a legislao per nente, o clculo das quotas referentes aos fundos de par cipao a que alude o pargrafo nico do art. 161 da Cons tuio Federal, fi scalizando a entrega dos respec vos recursos;

    X (Revogado)XI efetuar, observada a legislao per nente, o clculo das quotas dos recursos

    provenientes do produto da arrecadao do Imposto sobre Produtos Industrializados des nadas aos estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respec- vas exportaes de produtos industrializados, de que tratam o inciso II do art. 159 e

    o pargrafo nico do art. 161 da Cons tuio Federal;XII emi r, nos termos do 2 do art. 33 da Cons tuio Federal, parecer prvio

    sobre as contas do governo de territrio federal, no prazo de sessenta dias, a contar de seu recebimento;

    XIII fi scalizar, no mbito de suas atribuies, o cumprimento, por parte dos r-gos e en dades da Unio, das normas da Lei Complementar n 101, de 4 de maio de 2000 Lei de Responsabilidade Fiscal;

    XIV processar e julgar as infraes administra vas contra as fi nanas pblicas e a responsabilidade fi scal pifi cadas na legislao vigente, com vistas aplicao de penalidades;

    XV acompanhar, fi scalizar e avaliar os processos de desesta zao realizados pela administrao pblica federal, compreendendo as priva zaes de empresas, incluindo ins tuies fi nanceiras, e as concesses, permisses e autorizaes de servio pblico, nos termos do art. 175 da Cons tuio Federal e das normas legais per nentes;

    XVI representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados, indicando o ato inquinado e defi nindo responsabilidades, mesmo as de ministro de Estado ou de autoridade de nvel hierrquico equivalente;

    XVII aplicar aos responsveis as sanes e adotar as medidas cautelares previstas neste Regimento;

    XVIII fi scalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a Unio par cipe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado cons tu vo;

    XIX fi scalizar a aplicao de quaisquer recursos repassados pela Unio, mediante convnio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congneres, a estado, ao Distrito Federal, a municpio, e a qualquer outra pessoa, sica ou jurdica, pblica ou privada;

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    XX acompanhar e fi scalizar, conforme o caso, o clculo, a entrega e a aplicao de recursos repassados pela Unio, por determinao legal, a estado, ao Distrito Federal ou a municpio, conforme dispuser a legislao especfi ca e os respec vos norma vos internos;

    XXI assinar prazo para que o rgo ou en dade adote as providncias necessrias ao exato cumprimento da lei, se verifi cada ilegalidade;

    XXII sustar, se no atendido, a execuo do ato impugnado, comunicando a deciso Cmara dos Deputados e ao Senado Federal;

    XXIII fi scalizar as declaraes de bens e rendas apresentadas pelas autoridades e servidores pblicos;

    XXIV decidir sobre denncia que lhe seja encaminhada por qualquer cidado, par do pol co, associao ou sindicato, bem como sobre representaes em geral;

    XXV decidir sobre consulta que lhe seja formulada por autoridade competente, a respeito de dvida suscitada na aplicao de disposi vos legais e regulamentares concernentes a matria de sua competncia;

    XXVI decidir sobre representaes rela vas a licitaes e contratos administra vos e ao descumprimento da obrigatoriedade de que as cmaras municipais, os par dos pol cos, os sindicatos de trabalhadores e as en dades empresariais sejam no fi ca-dos da liberao de recursos federais para os respec vos municpios, nos termos da legislao vigente;

    XXVII fi scalizar a aplicao dos recursos repassados ao Comit Olmpico Brasileiro e ao Comit Paraolmpico Brasileiro por fora da legislao vigente;

    XXVIII implementar e manter na Internet a pgina Contas Pblicas, na forma defi nida em ato norma vo;

    XXIX realizar outras fi scalizaes ou exercer outras atribuies previstas em lei;XXX alterar este Regimento;XXXI eleger seu Presidente e seu Vice-Presidente, e dar lhes posse;XXXII conceder licena, frias e outros afastamentos aos ministros, ministros-subs-

    tutos e membros do Ministrio Pblico junto ao Tribunal, dependendo de inspeo por junta mdica a licena para tratamento de sade por prazo superior a seis meses;

    XXXIII organizar sua Secretaria e prover-lhe os cargos, observada a legislao per nente;

    XXXIV propor ao Congresso Nacional a criao, transformao e ex no de cargos e funes do quadro de pessoal de sua Secretaria, bem como a fi xao da respec va remunerao.

    1 No julgamento de contas e na fi scalizao que lhe compete, o Tribunal decidir sobre a legalidade, a legi midade e a economicidade dos atos de gesto e das despesas deles decorrentes, bem como sobre a aplicao de subvenes e a renncia de receitas.

    2 Todas as menes a ministro-subs tuto constantes deste Regimento Interno referem-se ao cargo de que trata o art. 73, 4, da Cons tuio Federal, cujos tulares, nos termos do texto cons tucional, subs tuem os ministros e exercem as demais atri-buies da judicatura, presidindo processos e relatando-os com proposta de deciso, segundo o que dispe o art. 78, pargrafo nico, da Lei n 8.443/1992.

    Art. 2 Ao Tribunal de Contas da Unio assiste o poder regulamentar, podendo, em consequncia, expedir atos norma vos sobre matrias de sua competncia e sobre a organizao dos processos que lhe devam ser subme dos, obrigando ao seu cumprimento aqueles que lhe esto jurisdicionados, sob pena de responsabilidade, nos termos do art. 3 da Lei n 8.443, de 1992.

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    Art. 3 No exerccio de sua competncia, o Tribunal ter irrestrito acesso a todas as fontes de informaes disponveis em rgos e en dades jurisdicionados, inclusive s armazenadas em meio eletrnico, bem como quelas que tratem de despesas de carter sigiloso.

    Comentrio:Por ser considerado um rgo tcnico, que emite pareceres, o TCU no exerce

    jurisdio no sen do prprio da palavra, na medida em que inexiste a defi ni vidade jurisdicional, malgrado tenha o art. 73 da CF e o Regimento Interno tenham referido-se a esse termo.

    Os atos pra cados pelo TCU so de natureza eminentemente administra va, podendo ser acatados ou no pelo Poder Legisla vo. O TCU no faz parte do Poder Judicirio, para exercer jurisdio.

    CAPTULO IIJurisdio

    Art. 4 O Tribunal de Contas da Unio tem jurisdio prpria e priva va, em todo o territrio nacional, sobre as pessoas e matrias sujeitas sua competncia.

    Art. 5 A jurisdio do Tribunal abrange:I qualquer pessoa sica ou jurdica, pblica ou privada, que u lize, arrecade,

    guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pblicos ou pelos quais a Unio responda, ou que, em nome desta, assuma obrigaes de natureza pecuniria;

    II aqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte dano ao errio;

    III os dirigentes de empresas pblicas e sociedades de economia mista cons tudas com recursos da Unio;

    IV os dirigentes ou liquidantes das empresas encampadas ou sob interveno ou que, de qualquer modo, venham a integrar, provisria ou permanentemente, o patri-mnio da Unio ou de outra en dade federal;

    V os responsveis pelas contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a Unio par cipe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado cons tu vo;

    VI os responsveis por en dades dotadas de personalidade jurdica de direito privado que recebam contribuies parafi scais e prestem servio de interesse pblico ou social;

    VII todos aqueles que lhe devam prestar contas ou cujos atos estejam sujeitos sua fi scalizao por expressa disposio de lei;

    VIII os responsveis pela aplicao de quaisquer recursos repassados pela Unio, mediante convnio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congneres, a estado, ao Distrito Federal, a municpio, e a qualquer outra pessoa, sica ou jurdica, pblica ou privada;

    IX os sucessores dos administradores e responsveis a que se refere este ar go, at o limite do valor do patrimnio transferido, nos termos do inciso XLV do art. 5 da Cons tuio Federal;

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    X os representantes da Unio ou do poder pblico federal na assembleia geral das empresas estatais e sociedades annimas de cujo capital as referidas pessoas jurdicas par cipem, solidariamente com os membros dos conselhos fi scal e de administrao, pela pr ca de atos de gesto ruinosa ou liberalidade custa das respec vas sociedades.

    TTULO IIORGANIZAO

    CAPTULO ISede e Composio

    Art. 6 O Tribunal de Contas da Unio tem sede no Distrito Federal e compe-se de nove ministros.

    Art. 7 So rgos do Tribunal o Plenrio, a Primeira e a Segunda cmaras, o Pre-sidente, as comisses, de carter permanente ou temporrio, e a Corregedoria, que colaboraro no desempenho de suas atribuies.

    Art. 8 O Presidente, em suas ausncias e impedimentos, por mo vo de licena, frias ou outro afastamento legal, ser subs tudo pelo Vice-Presidente.

    1 Na ausncia ou impedimento do Vice-Presidente, o Presidente ser subs tudo pelo ministro mais an go em exerccio no cargo.

    2 O Vice-Presidente, em suas ausncias e impedimentos, por mo vo de licena, frias ou outro afastamento legal, ser subs tudo nas funes de Corregedor pelo ministro mais an go em exerccio no cargo.

    Art. 9 Funciona junto ao Tribunal o Ministrio Pblico, na forma estabelecida nos arts. 58 a 64.

    Art. 10. O Tribunal dispor de Secretaria para atender s a vidades de apoio tcnico e administra vo, na forma estabelecida nos arts. 65 e 66.

    CAPTULO IIComposio das Cmaras

    Art. 11. Cada cmara compe-se de quatro ministros, indicados pelo Presidente do Tribunal na primeira sesso ordinria de cada ano.

    1 O ministro-subs tuto atua, em carter permanente, junto cmara para a qual for designado pelo Presidente do Tribunal.

    2 Funciona junto a cada cmara um representante do Ministrio Pblico. 3 permi da a permuta ou remoo voluntria de ministros, de uma para outra

    cmara, com anuncia do Plenrio, tendo preferncia o mais an go.Art. 12. As cmaras so presididas pelo Vice-Presidente do Tribunal e pelo ministro

    mais an go no exerccio do cargo, designados pelo Presidente do Tribunal na primeira sesso ordinria de cada ano.

    1 Na hiptese de o Vice-Presidente suceder o Presidente do Tribunal, nos termos da parte fi nal do inciso I do art. 31, assumir a Presidncia da cmara o ministro mais an go no exerccio do cargo, entre os que dela fi zerem parte.

    2 O Presidente de cada cmara ser subs tudo, em suas ausncias e impedimen-tos, pelo ministro mais an go no exerccio do cargo, entre os que dela fi zerem parte.

  • 10

    Art. 13. O Presidente do Tribunal, ao deixar o cargo, passar a integrar a cmara a que pertencia o seu sucessor.

    Art. 14. O ministro, ao ser empossado, passa a integrar a cmara onde exista vaga.

    CAPTULO IIICompetncia do Plenrio

    Art. 15. Compete priva vamente ao Plenrio, dirigido pelo Presidente do Tribunal:I deliberar originariamente sobre:a) o parecer prvio rela vo s Contas do Presidente da Repblica;b) pedido de informao ou solicitao sobre matria da competncia do Tribunal

    que lhe seja endereado pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas casas, ou por suas comisses;

    c) solicitao de pronunciamento formulada pela comisso mista permanente de senadores e deputados referida no 1 do art. 166 da Cons tuio Federal, nos termos do 1 do art. 72 da Cons tuio Federal;

    d) incidente de uniformizao de jurisprudncia, na forma do art. 91;e) confl ito de lei ou de ato norma vo do poder pblico com a Cons tuio Federal,

    em matria da competncia do Tribunal;f) fi xao dos coefi cientes des nados ao clculo das parcelas a serem entregues aos

    estados, Distrito Federal e municpios, conta dos recursos do Fundo de Par cipao dos Estados e do Distrito Federal (FPE) e do Fundo de Par cipao dos Municpios (FPM), a que alude o pargrafo nico do art. 161 da Cons tuio Federal, observados os critrios estabelecidos nas normas legais e regulamentares per nentes;

    g) fi xao dos coefi cientes des nados ao clculo das parcelas que devero ser entre-gues aos estados e ao Distrito Federal, sobre o produto da arrecadao do imposto sobre produtos industrializados, de que trata o inciso II do art. 159 da Cons tuio Federal, observados os critrios estabelecidos nas normas legais e regulamentares per nentes;

    h) contestao mencionada no art. 292;i) inabilitao de responsvel e inidoneidade de licitante, nos termos dos arts. 270

    e 271, e adoo das medidas cautelares previstas nos arts. 273 a 276, resguardada, no caso do l mo ar go, a possibilidade de antecipao da medida pelo relator ou pelo Presidente;

    j) realizao de fi scalizaes em unidades do Poder Legisla vo, do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores, da Presidncia da Repblica, do Tribunal de Contas da Unio, do Conselho Nacional de Jus a, do Conselho Nacional do Ministrio Pblico, bem como do Ministrio Pblico da Unio e da Advocacia Geral da Unio;

    l) representao de equipe de fi scalizao prevista no art. 246;m) relatrio de auditoria operacional;n) relatrio de fi scalizao realizada em virtude de solicitao do Congresso Na-

    cional, de suas casas e das respec vas comisses, bem como daquela autorizada nos termos da alnea j do inciso I do art. 15;

    o) consulta sobre matria da competncia do Tribunal;p) denncia;q) matria regimental ou de carter norma vo;r) confl ito de competncia entre relatores;s) qualquer assunto no includo expressamente na competncia das cmaras;

  • 11

    II deliberar sobre os recursos de reconsiderao, os embargos de declarao e os pedidos de reexame apresentados contra suas prprias decises, bem como os agra-vos interpostos a despachos decisrios proferidos em processos de sua competncia;

    III deliberar sobre recursos de reviso;IV deliberar sobre os recursos contra decises adotadas pelo Presidente sobre

    matria administra va;V aprovar proposta de acordo de cooperao e instrumento congnere, nas

    situaes em que houver transferncia de recursos fi nanceiros;VI aprovar o plano de controle externo;VII aprovar os enunciados da Smula da Jurisprudncia do Tribunal;VIII aprovar proposta rela va a projeto de lei que o Tribunal deva encaminhar

    ao Poder Legisla vo;IX deliberar sobre a lista trplice dos ministros-subs tutos e dos membros do

    Ministrio Pblico junto ao Tribunal, para preenchimento de cargo de ministro.Art. 16. Compete ainda ao Plenrio:I cons tuir comisses temporrias, sem prejuzo do disposto no inciso XLI do

    art. 28;II apreciar questes administra vas de carter relevante;III deliberar sobre processos por ele avocados em razo de sua relevncia, por

    sugesto de ministro ou de ministro-subs tuto convocado subme da ao colegiado;IV deliberar sobre processos reme dos pelo relator ou pelas cmaras, nos termos

    do 1 do art. 17 ou do art. 139, exceto os de que trata o inciso VII do art. 17.V deliberar sobre propostas de fi xao de entendimento de especial relevncia

    para a Administrao Pblica, sobre questo de direito, que somente podero ser aprovadas por 2/3 dos ministros, inclusive ministros-subs tutos convocados.

    VI deliberar sobre propostas de determinaes de carter norma vo, de estudos sobre procedimentos tcnicos, bem como daqueles em que se entender necessrio o exame incidental de incons tucionalidade de lei ou de ato norma vo do poder pblico.

    CAPTULO IVCompetncia das Cmaras

    Art. 17. Compete Primeira e Segunda cmaras deliberar sobre:I prestao e tomada de contas, inclusive especial;II ato de admisso de pessoal da administrao direta e indireta, includas as

    fundaes ins tudas e man das pelo poder pblico federal;III a legalidade, para fi ns de registro, de concesso de aposentadoria, reforma ou

    penso a servidor pblico e a militar federal ou a seus benefi cirios;IV representao, exceto a de que trata a alnea l do inciso I do art. 15;V realizao de inspeo, ressalvado o disposto na alnea j do inciso I do art. 15;VI relatrio de fi scalizao, exceto as de que tratam as alneas j, l, m e n, do inciso

    I do art. 15;VII pedido de reexame, recurso de reconsiderao e embargos de declarao

    apresentados contra suas prprias deliberaes, bem como agravo interposto a des-pacho decisrio proferido em processo de sua competncia.

    1 Os assuntos de competncia das cmaras, exceto os previstos no inciso VII, podero ser includos na pauta do Plenrio pelo relator, ou por deliberao da cmara

  • 12

    acolhendo proposta de ministro ou sugesto de ministro-subs tuto ou do represen-tante do Ministrio Pblico, sempre que a relevncia da matria recomende esse procedimento.

    2 No podero ser apreciados pelas cmaras os processos que contenham propostas de fi xao de entendimento sobre questo de direito em determinada matria, de determinaes em carter norma vo e de estudos sobre procedimentos tcnicos, bem como aqueles em que se entender necessrio o exame incidental de incons tucionalidade de lei ou de ato norma vo do poder pblico.

    3 Realizado, pelo Plenrio, o exame incidental de incons tucionalidade indicado na parte fi nal do pargrafo anterior, o processo retornar Cmara para con nuidade do feito, sem prejuzo do disposto no 1.

    4 Devero ser reme dos para apreciao do Plenrio os processos nos quais se entenda cabvel, em grau de recurso, o exame de declarao de inidoneidade de licitante ou de inabilitao de responsvel para o exerccio de cargo em comisso ou funo de confi ana no mbito da administrao pblica federal.

    CAPTULO VComposio e Competncia das Comisses

    Art. 18. As comisses que colaboram no desempenho das atribuies do Tribunal so permanentes ou temporrias.

    Pargrafo nico. So permanentes as comisses de Regimento e de Jurisprudncia.Art. 19. As comisses permanentes compem-se de trs membros efe vos e um

    suplente, designados pelo Presidente, entre ministros e ministros-subs tutos, do Tribunal, na primeira sesso ordinria de seu mandato.

    1 As comisses permanentes funcionaro com a presena de, no mnimo, dois membros.

    2 Integrar a Comisso de Regimento o ministro mais an go no exerccio do cargo. 3 Na composio das comisses de Regimento e de Jurisprudncia ser assegu-

    rada a par cipao de ministros das duas cmaras. 4 O ministro integrante de comisso permanente ser subs tudo, naquela a vi-

    dade, preferencialmente pelo suplente, ou, na ausncia deste, por ministro-subs tuto convocado.

    Art. 20. As comisses temporrias compem-se de dois ou mais membros, entre ministros e ministros-subs tutos, indicados pelo Presidente no ato de sua cons tuio.

    Art. 21. Cada comisso ser presidida pelo ministro mais an go de seus integrantes.Art. 22. So atribuies da Comisso de Regimento:I cuidar da atualizao do Regimento Interno, mediante a apresentao de projetos

    de alterao do texto em vigor e a emisso de parecer sobre projeto apresentado por ministro ou sugesto oferecida por ministro-subs tuto ou representante do Ministrio Pblico;

    II opinar em processo administra vo, quando consultada pelo Presidente;III elaborar e aprovar suas normas de servio.Art. 23. So atribuies da Comisso de Jurisprudncia:I manter a atualizao e a publicao da Smula da Jurisprudncia do Tribunal;II superintender os servios de sistema zao e divulgao da jurisprudncia

    predominante do Tribunal, sugerindo medidas que facilitem a pesquisa de julgados ou processos;

  • 13

    III propor ao colegiado que seja compendiada em smula a jurisprudncia do Tribunal, quando verifi car que o Plenrio e as cmaras no divergem em suas decises sobre determinada matria;

    IV elaborar e aprovar suas normas de servio.

    CAPTULO VIEleio do Presidente e do Vice-Presidente

    Art. 24. O Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal de Contas da Unio sero eleitos, por seus pares, para um mandato de um ano civil, permi da a reeleio apenas por um perodo.

    1 A eleio realizar-se- em escru nio secreto, na l ma sesso ordinria do ms de dezembro, ou, no caso de vaga eventual, na primeira sesso ordinria aps a sua ocorrncia.

    2 No se proceder a nova eleio se ocorrer vaga dentro dos sessenta dias anteriores ao trmino do mandato.

    3 O qurum para eleio ser de, pelo menos, cinco ministros, incluindo o que presidir o ato.

    4 No havendo qurum, ser convocada sesso extraordinria para o dia l se-guinte, na forma prevista no art. 98, repe ndo se idn co procedimento, se necessrio.

    5 Somente os ministros, ainda que no gozo de licena, frias ou outro afastamento legal, podem par cipar da eleio.

    6 A eleio do Presidente preceder a do Vice-Presidente. 7 A eleio ser efetuada pelo sistema de cdula nica, obedecidas as seguintes

    regras:I o ministro que es ver presidindo a sesso chamar, na ordem de an guidade,

    os ministros, que colocaro na urna os seus votos, con dos em invlucros fechados;II o ministro que no comparecer sesso poder enviar Presidncia o seu voto,

    em sobrecarta fechada, onde ser declarada a sua des nao;III as sobrecartas contendo os votos dos ministros ausentes sero depositadas

    na urna, pelo Presidente, sem quebra de sigilo;IV considerar-se- eleito, em primeiro escru nio, o ministro que ob ver os votos

    de mais da metade dos membros do Tribunal;V concorrero em segundo escru nio somente os dois ministros mais votados no

    primeiro e proclamar-se- eleito, entre os dois, o mais votado, ou, se ocorrer empate, o mais an go no cargo.

    Art. 25. O escolhido para a vaga que ocorrer antes do trmino do mandato ser empossado na mesma sesso em que for eleito e exercer o cargo de Presidente ou de Vice-Presidente, conforme o caso, no perodo restante.

    Art. 26. A posse do Presidente e do Vice-Presidente do Tribunal, eleitos para en-trarem em exerccio a par r de 1 de janeiro do ano seguinte ao da eleio, ser dada em sesso extraordinria a ser realizada at 16 de dezembro.

    1 No ato de posse, o Presidente e o Vice-Presidente prestaro o seguinte com-promisso: PROMETO DESEMPENHAR COM INDEPENDNCIA E EXAO OS DEVERES DO MEU CARGO, CUMPRINDO E FAZENDO CUMPRIR A CONSTITUIO FEDERAL E AS LEIS DO PAS.

  • 14

    2 Em caso de licena ou outro afastamento legal, a posse poder ocorrer me-diante procurao especfi ca, devendo o empossado fi rmar o compromisso por escrito.

    Art. 27. Sero lavrados pelo dirigente da unidade responsvel pelo secretariado das sesses, em livro prprio, os termos de posse do Presidente e do Vice-Presidente.

    CAPTULO VIICompetncia do Presidente

    Art. 28. Compete ao Presidente:I dirigir os trabalhos e superintender a ordem e a disciplina do Tribunal e de sua

    Secretaria;II representar o Tribunal perante os Poderes da Unio, dos estados e municpios,

    e demais autoridades;III atender a pedido de informao, nos limites de sua competncia, dando cincia

    ao Tribunal, se for o caso;IV atender a pedido de informao decorrente de deciso do Tribunal ou de

    inicia va de ministro sobre questo administra va;V velar pelas prerroga vas do Tribunal, cumprindo e fazendo cumprir a sua Lei

    Orgnica e este Regimento Interno;VI presidir as sesses plenrias;VII convocar sesso extraordinria do Plenrio, observado o disposto no art. 98;VIII apresentar ao Plenrio as questes de ordem e resolver os requerimentos

    que lhe sejam formulados, sem prejuzo de recurso ao Plenrio;IX proferir voto de desempate em processo subme do ao Plenrio;X votar quando se apreciar incons tucionalidade de lei ou de ato do poder pblico;XI votar quando se apreciarem processos que envolvam matria administra va

    e projetos de atos norma vos;XII relatar e votar quando se apreciar agravo contra despacho decisrio de sua

    autoria;XIII dar cincia ao Plenrio dos expedientes de interesse geral recebidos dos

    Poderes da Unio ou de quaisquer outras en dades;XIV decidir as questes administra vas ou, quando consider-las relevantes, sor-

    tear relator para submet-las ao Plenrio, segundo o inciso IV do art. 154, resguardados os casos de que tratam os arts. 47 e 74 e a competncia da Corregedoria;

    XV submeter ao Plenrio a proposta rela va a projeto de lei que o Tribunal deva encaminhar ao Poder Legisla vo;

    XVI despachar os processos e documentos urgentes e determinar a realizao de inspeo na hiptese de afastamento legal do relator no perodo de recesso;

    XVII decidir sobre pedidos de vista e de cpia de pea de processo formulados pelas partes interessadas, nas hipteses dos 1 e 3 do art. 163;

    XVIII cumprir e fazer cumprir as deliberaes do Plenrio;XIX decidir sobre pedido de sustentao oral rela vo a processo a ser subme do

    ao Plenrio, na forma estabelecida no art. 168;XX expedir cer des requeridas ao Tribunal na forma da lei;XXI dar posse a ministro, ministro-subs tuto e ao procurador geral;XXII designar os presidentes das cmaras, na forma estabelecida no art. 12;

  • 15

    XXIII expedir atos concernentes s relaes jurdico funcionais dos ministros, ministros-subs tutos e membros do Ministrio Pblico;

    XXIV defi nir a composio das cmaras, observado o disposto no 3 do art. 55 e nos arts. 11 a 14;

    XXV designar os ministros-subs tutos para atuarem, em carter permanente, junto s cmaras, na forma estabelecida no 1 do art. 11;

    XXVI convocar ministro-subs tuto para subs tuir ministro, na forma estabelecida nos incisos I e II do art. 55;

    XXVII elaborar a lista trplice segundo o critrio de an guidade dos ministros-subs- tutos, na forma estabelecida no 3 do art. 36;

    XXVIII coordenar a organizao das listas de unidades jurisdicionadas, nos termos do pargrafo nico do art. 148;

    XXIX submeter ao Plenrio projeto de ato norma vo fi xando o valor de que trata o caput do art. 199, nos termos do 1 do mesmo ar go;

    XXX proceder distribuio dos processos, mediante sorteio, nos termos dos arts. 147 a 155;

    XXXI assinar as deliberaes do Plenrio;XXXII aprovar as atas do Plenrio, submetendo o ato para homologao na sesso

    ordinria subsequente;XXXIII efetuar as nomeaes para cargos efe vos e em comisso e as designaes

    para funes de confi ana no quadro de pessoal da Secretaria do Tribunal, bem como as exoneraes e dispensas;

    XXXIV administrar os recursos humanos, materiais, tecnolgicos, oramentrios e fi nanceiros do Tribunal;

    XXXV conceder aposentadoria a servidores do Tribunal, bem como penso a seus benefi cirios;

    XXXVI determinar, na forma prevista no art. 43, o incio do processo de verifi cao de invalidez de ministro ou ministro-subs tuto;

    XXXVII nomear curador ao paciente, na hiptese do inciso anterior, quando se tratar de incapacidade mental, bem assim pra car os demais atos preparatrios do procedimento;

    XXXVIII determinar a instaurao de sindicncia ou processo administra vo disciplinar e aplicar as penalidades de demisso e de cassao de aposentadoria ou disponibilidade de servidor do Tribunal;

    XXXIX aprovar, anualmente, a programao fi nanceira de desembolso do Tribunal;XL assinar os acordos de cooperao de que trata o art. 296;XLI criar comisses temporrias e designar os seus membros e ainda os das

    comisses permanentes;XLII apresentar ao Plenrio, at 31 de maro do ano subsequente, o relatrio de

    sua gesto, com os dados fornecidos at 31 de janeiro pelas unidades da Secretaria do Tribunal;

    XLIII aprovar e fazer publicar o Relatrio de Gesto Fiscal exigido pela Lei Com-plementar n 101, de 4 de maio de 2000;

    XLIV designar, na primeira sesso ordinria de cada ano, permi da a reconduo, o ministro responsvel por supervisionar a edio da Revista do Tribunal.

    1 O Presidente poder delegar as atribuies previstas nos incisos XIV, XVII, XX, XXIII, XXX, XXXIII a XXXV e XL.

  • 16

    2 Compete, ainda, ao Presidente, assinar a Carteira de Iden fi cao Funcional dos servidores habilitados a exercerem funes especfi cas de controle externo no Tribunal de Contas da Unio, no exerccio de cargo efe vo ou em comisso.

    Art. 29. Em carter excepcional e havendo urgncia, o Presidente poder decidir sobre matria da competncia do Tribunal, submetendo o ato homologao do Plenrio na prxima sesso ordinria.

    Art. 30. Dos atos e das decises administra vas do Presidente caber recurso ao Plenrio.

    Pargrafo nico. O recurso administra vo de que trata o caput ser regulado, no que couber, pela Lei Geral do Processo Administra vo.

    CAPTULO VIIICompetncia do Vice-Presidente

    Art. 31. Compete ao Vice-Presidente:I subs tuir o Presidente em suas ausncias e impedimentos por mo vo de licena,

    frias ou outro afastamento legal, e suced-lo, no caso de vaga, na hiptese prevista no 2 do art. 24;

    II presidir uma das cmaras;III exercer as funes de Corregedor;IV (Revogado)V colaborar com o Presidente no exerccio de suas funes, quando solicitado.Art. 32. Incumbe ao Vice-Presidente, no exerccio das funes de Corregedor:I exercer os encargos de inspeo e correio geral permanentes;II relatar os processos administra vos referentes a deveres dos ministros e

    ministros-subs tutos do Tribunal e dos servidores da Secretaria;III auxiliar o Presidente nas funes de fi scalizao e superviso da ordem e da

    disciplina do Tribunal e de sua Secretaria;IV apresentar ao Plenrio, at a l ma sesso do ms de fevereiro do ano sub-

    sequente, relatrio das a vidades da Corregedoria.

    CAPTULO IXCompetncia do Presidente de Cmara

    Art. 33. Ao Presidente de Cmara compete:I presidir as sesses;II convocar sesses extraordinrias;III relatar os processos que lhe forem distribudos;IV proferir voto nos processos subme dos deliberao da respec va cmara;V apresentar ao colegiado as questes de ordem e resolver os requerimentos que

    lhe sejam formulados, sem prejuzo de recurso para a respec va cmara;VI encaminhar ao Presidente do Tribunal os assuntos da atribuio deste, bem

    como as matrias da competncia do Plenrio;VII convocar ministro-subs tuto para subs tuir ministro, na forma estabelecida

    no inciso II do art. 55;VIII decidir sobre pedido de sustentao oral rela vo a processo a ser subme do

    respec va cmara, na forma estabelecida no art. 168;

  • 17

    IX assinar as deliberaes da cmara, observado o disposto no art. 68;X aprovar as atas da cmara, submetendo o ato para homologao na prxima

    sesso ordinria;XI cumprir e fazer cumprir as deliberaes da cmara.

    CAPTULO XMinistros

    Art. 34. Os ministros do Tribunal de Contas da Unio, em nmero de nove, sero nomeados pelo Presidente da Repblica, observados os requisitos cons tucionais e escolhidos:

    I um tero pelo Presidente da Repblica, com aprovao do Senado Federal, sendo dois alternadamente entre ministros-subs tutos e membros do Ministrio P-blico junto ao Tribunal, indicados em lista trplice pelo Plenrio, segundo os critrios de an guidade e merecimento, na forma estabelecida no art. 36;

    II dois teros pelo Congresso Nacional.Art. 35. Em caso de vacncia, a competncia para a escolha de ministro do Tribunal

    de Contas da Unio ser defi nida de modo que mantenha a composio mencionada no ar go anterior.

    Art. 36. Ocorrendo vaga de cargo de ministro a ser provida por ministro-subs tuto ou por membro do Ministrio Pblico junto ao Tribunal, o Presidente convocar sesso extraordinria para que o Plenrio delibere sobre a respec va lista trplice, dentro do prazo de quinze dias, contado da data da ocorrncia da vaga.

    1 O qurum para deliberar sobre a lista a que se refere o caput ser de, pelo menos, cinco ministros, incluindo o que presidir o ato.

    2 A lista trplice obedecer, alternadamente, ao critrio de an guidade e de merecimento.

    3 Quando o preenchimento da vaga deva obedecer ao critrio de an guida-de, caber ao Presidente elaborar a lista trplice, no caso de vaga a ser provida por ministro-subs tuto, e, ao Procurador-Geral, se o provimento for des nado a membro do Ministrio Pblico, a ser subme da ao Plenrio.

    4 No caso de vaga a ser preenchida segundo o critrio de merecimento, o Presi-dente apresentar ao Plenrio, conforme o caso, a lista dos nomes dos ministros-subs -tutos ou dos membros do Ministrio Pblico que possuam os requisitos cons tucionais, cabendo ao Procurador-Geral elaborar lista sxtupla para os fi ns de formao da lista trplice pelo Tribunal.

    5 Cada ministro escolher trs nomes, se houver, de ministros-subs tutos ou de membros do Ministrio Pblico.

    6 O Presidente chamar, na ordem de an guidade, os ministros, que colocaro na urna os votos con dos em invlucro fechado.

    7 Os trs nomes mais votados, se houver, constaro da lista trplice a ser enca-minhada ao Presidente da Repblica.

    Art. 37. Os ministros tm prazo de trinta dias, a par r da publicao do ato de nomeao no Dirio Ofi cial da Unio, prorrogvel por mais sessenta dias, no mximo, mediante solicitao escrita, para posse e exerccio no cargo.

    Art. 38. Os ministros tomam posse em sesso extraordinria do Plenrio, podendo faz-lo perante o Presidente, em perodo de recesso.

  • 18

    1 No ato de posse, o ministro prestar compromisso em termos idn cos aos constantes do 1 do art. 26.

    2 Ser lavrado pelo dirigente da unidade administra va competente da Secretaria do Tribunal, em livro prprio, o termo de posse do ministro.

    Art. 39. vedado ao ministro do Tribunal:I exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou funo, salvo uma de

    magistrio;II exercer cargo tcnico ou de direo de sociedade civil, associao ou fundao,

    de qualquer natureza ou fi nalidade, salvo de associao de classe, sem remunerao;III exercer comisso remunerada ou no, mesmo em rgos de controle da

    administrao pblica direta ou indireta, ou em concessionrias de servio pblico;IV exercer profi sso liberal, emprego par cular ou comrcio, ou par cipar de

    sociedade comercial, exceto como acionista ou co sta sem ingerncia;V celebrar contrato com pessoa jurdica de direito pblico, empresa pblica,

    sociedade de economia mista, fundao, sociedade ins tuda e man da pelo poder pblico ou empresa concessionria de servio pblico, salvo quando o contrato obe-decer a normas uniformes para todo e qualquer contratante;

    VI dedicar-se a a vidade pol co par dria;VII manifestar, por qualquer meio de comunicao, opinio sobre processo pen-

    dente de julgamento, seu ou de outrem, ou emi r juzo deprecia vo sobre despachos, votos ou sentenas de rgos judiciais, ressalvada a cr ca nos autos e em obras tcnicas ou no exerccio de magistrio;

    VIII atuar em processo de interesse prprio, de cnjuge, de parente consangu-neo ou afi m, na linha reta ou na colateral, at o segundo grau, ou de amigo n mo ou inimigo capital, assim como em processo em que tenha funcionado como advogado, perito, representante do Ministrio Pblico ou servidor da Secretaria do Tribunal ou do Controle Interno.

    IX atuar em processo quando nele es ver postulando, como advogado da parte, o seu cnjuge ou qualquer parente seu, consanguneo ou afi m, em linha reta ou cola-teral, at o segundo grau.

    1 No caso do inciso IX, o impedimento s se verifi ca quando o advogado j estava exercendo o patrocnio da causa; , porm, vedado ao advogado pleitear no processo, a fi m de criar o impedimento do ministro.

    Art. 40. No podem ocupar, simultaneamente, cargos de ministro, parentes con-sanguneos ou afi ns, na linha reta ou na colateral, at o segundo grau.

    Pargrafo nico. A incompa bilidade resolve se:I antes da posse, contra o l mo nomeado ou contra o mais moo, se nomeados

    na mesma data;II depois da posse, contra o que lhe deu causa;III se a ambos imputvel, contra o que ver menos tempo de exerccio no Tribunal.Art. 41. A an guidade do ministro ser determinada na seguinte ordem:I pela posse;II pela nomeao;III pela idade.Art. 42. Os ministros, aps um ano de exerccio, tero direito a sessenta dias de

    frias por ano, observada a escala aprovada pelo Presidente e comunicada ao Plenrio no ms de dezembro.

  • 19

    1 As frias dos ministros sero concedidas de forma que no comprometam o qurum das sesses.

    2 A qualquer tempo, por necessidade do servio, as frias podero ser interrom-pidas, sendo facultado ao interessado gozar o restante do perodo em poca oportuna.

    Art. 43. O processo de verifi cao de invalidez de ministro, para o fi m de aposen-tadoria, ter incio a seu requerimento, ou por ordem do Presidente do Tribunal, de o cio, ou em cumprimento de deliberao do Tribunal.

    1 Instaurado o processo de verifi cao de invalidez, o paciente ser afastado, desde logo, do exerccio do cargo, at deciso fi nal, devendo fi car concludo o processo no prazo de sessenta dias.

    2 Tratando-se de incapacidade mental, o Presidente nomear curador ao pacien-te, sem prejuzo da defesa que este queira oferecer pessoalmente, ou por procurador que cons tuir.

    3 O ministro que, por dois anos consecu vos, afastar-se, ao todo, por seis meses ou mais, para tratamento de sade, dever submeter-se, ao requerer nova licena para igual fi m, dentro de dois anos, a exame para verifi cao de invalidez.

    Art. 44. O paciente ser no fi cado, por o cio do Presidente do Tribunal, ao qual ser anexada cpia da ordem inicial, para alegar, em dez dias, prorrogveis por mais dez, o que entender a bem de seus direitos, mesmo mediante a juntada de documentos.

    Art. 45. Decorrido o prazo previsto no ar go antecedente, atendida ou no a no -fi cao, o Presidente nomear uma junta de trs mdicos para proceder ao exame do paciente e ordenar as demais diligncias necessrias averiguao do caso.

    Pargrafo nico. A recusa do paciente em submeter-se percia mdica permi r o julgamento baseado em quaisquer outras provas.

    Art. 46. Concludas as diligncias, poder o paciente, ou o seu curador, apresentar alegao no prazo de dez dias.

    Art. 47. O processo ser instrudo pela unidade administra va competente da Secretaria do Tribunal e conduzido pelo Presidente at que seja sorteado o relator.

    Art. 48. O julgamento ser feito pelo Plenrio, par cipando o Presidente da votao.Art. 49. A deciso do Tribunal, pela incapacidade do ministro, ser tomada pelo

    voto da maioria absoluta dos seus membros.Pargrafo nico. A deciso que concluir pela incapacidade do ministro ser ime-

    diatamente comunicada ao Poder Execu vo, para os devidos fi ns.Art. 50. O Tribunal poder determinar, por mo vo de interesse pblico, a disponi-

    bilidade ou a aposentadoria de ministro da Corte, assegurada a ampla defesa. 1 Em qualquer dos casos, antes da instaurao do procedimento, o Presidente

    do Tribunal remeter ao ministro implicado cpia dos elementos contra ele coligidos, franqueando ao acusado oportunidade para apresentao de defesa prvia, no prazo de quinze dias, contado a par r da no fi cao.

    2 Findo o prazo estabelecido para oferecimento de defesa prvia, tenha esta sido ou no apresentada, o Presidente convocar o Tribunal para, em sesso ordinria ou extraordinria, ouvido o Ministro-Corregedor, deliberar a respeito da instaurao do processo.

    3 Determinada a instaurao do procedimento, ser procedida distribuio do feito, mediante sorteio de relator.

    4 A par r da instaurao do procedimento, o Tribunal poder, a qualquer tempo, afastar o ministro implicado do exerccio de suas funes, sem prejuzo dos vencimentos e das vantagens do cargo, at a deliberao fi nal.

  • 20

    5 Finda a fase de instruo do processo, ser aberto novo prazo de quinze dias para apresentao de defesa e igual prazo para manifestao do Ministrio Pblico junto ao Tribunal.

    6 O julgamento ser realizado em sesso ordinria ou extraordinria, sendo que a disponibilidade ou a aposentadoria somente poder ser determinada mediante o voto da maioria absoluta dos ministros efe vos do Tribunal, excludo o ministro processado.

    7 O Presidente par cipar da votao de que trata o pargrafo anterior. 8 Da deciso publicar-se- o acrdo. 9 Se a deciso concluir pela disponibilidade ou aposentadoria do ministro, ser

    comunicada, imediatamente, ao Poder Execu vo para a formalizao do ato. 10. A aposentadoria voluntria do ministro implicado, publicada em data anterior

    ao julgamento de que trata o 6, implicar o imediato arquivamento do feito. 11. Aplicam-se aos Ministros-Subs tutos o disposto no presente ar go.

    CAPTULO XIMinistros-Subs tutos

    Art. 51. Os ministros-subs tutos sero nomeados pelo Presidente da Repblica, entre cidados que sa sfaam os requisitos exigidos para o cargo de ministro do Tribunal de Contas da Unio, mediante concurso pblico de provas e tulos realizado perante o Tribunal e por este homologado, observada a ordem de classifi cao.

    Pargrafo nico. A comprovao do efe vo exerccio por mais de dez anos de cargo da carreira de controle externo do quadro de pessoal da Secretaria do Tribunal cons tui tulo computvel para efeito do concurso a que se refere o caput.

    Art. 52. O ministro-subs tuto, depois de empossado, s perder o cargo por sen-tena judicial transitada em julgado.

    Art. 53. O ministro-subs tuto, quando em subs tuio a ministro, ter as mesmas garan as, impedimentos e subsdio do tular, e gozar, no Plenrio e na cmara em que es ver atuando, dos direitos e prerroga vas a este assegurados, nos termos e hipteses previstos neste Regimento Interno.

    Pargrafo nico. Quando no exerccio regular das demais atribuies da judicatura, o ministro-subs tuto ter as mesmas garan as e impedimentos de juiz do Tribunal Regional Federal.

    Art. 54. Por todo o perodo em que o ministro se man ver afastado do exerccio do cargo, o ministro-subs tuto permanecer convocado, sendo-lhe asseguradas as vantagens da subs tuio durante suas ausncias jus fi cadas e impedimentos por mo vo de licena.

    Pargrafo nico. Cessar a convocao do ministro-subs tuto se este entrar em gozo de frias.

    Art. 55. Incumbe ao ministro-subs tuto:I mediante convocao do Presidente do Tribunal e na forma disciplinada em

    Resoluo especfi ca:a) exercer, no caso de vacncia, as funes rela vas ao cargo de ministro, at novo

    provimento, observada a ordem de preferncia;b) subs tuir, observada a ordem de preferncia, os ministros em suas ausncias e

    impedimentos por mo vo de licena, frias ou outro afastamento legal;

  • 21

    II mediante convocao do Presidente do Tribunal ou de presidente de cmara, conforme o caso:

    a) subs tuir, observada a ordem de preferncia, os ministros para efeito de qu-rum ou para completar a composio do Plenrio ou das cmaras, sempre que estes comunicarem ao Presidente do Tribunal ou da cmara respec va a impossibilidade de comparecimento sesso;

    b) votar, se necessrio para manter o qurum, no lugar do ministro que declarar impedimento em processo constante da pauta, bem como para desempatar votao, quando aplicvel a soluo do 2 do art. 124, observada sempre a ordem de prefe-rncia;

    III atuar, em carter permanente, junto ao Plenrio e cmara para a qual for designado, presidindo a instruo dos processos que lhe forem distribudos na forma estabelecida nos arts. 147 a 151 e 153, e relatando-os com proposta de acrdo por escrito, a ser votada pelos membros do respec vo colegiado. (Nova redao dada pela Resoluo n 176, de 25/5/2005, BTCU n 21/2005, DOU de 31/5/2005)

    1 Quando for convocado para subs tuir ministro em cmara na qual no atue ordinariamente, o ministro-subs tuto poder comparecer sesso da cmara de ori-gem, para relatar, sem direito a voto, os processos de sua relatoria originria j includos em pauta ou que sejam de competncia priva va desse colegiado.

    2 Cessada a convocao, o ministro-subs tuto que estava convocado para subs tuir ministro em cmara na qual no atue ordinariamente poder comparecer sesso desse colegiado para relatar, sem direito a voto, os processos de sua relatoria originria j includos em pauta.

    3 Na impossibilidade de convocao de ministros-subs tutos, os ministros pode-ro atuar em outra cmara de que no sejam membros efe vos, mediante designao do Presidente do Tribunal por solicitao de presidente de cmara.

    4 A preferncia dos ministros-subs tutos ser determinada, sucessivamente, pela an guidade da posse, da nomeao e pela classifi cao no concurso pblico de ingresso na carreira.

    5 Quando convocados, os ministros-subs tutos devero atuar, prioritariamente, nos processos da relatoria do ministro subs tudo.

    6 Em caso de no cumprimento, por mo vo de fora maior, do disposto no par-grafo anterior, facultado ao Presidente convocar, observada a ordem de preferncia, novo ministro-subs tuto para subs tuir ministro, devendo ser tornada sem efeito a primeira convocao.

    Art. 56. Os ministros-subs tutos no podero exercer funes ou comisses na Secretaria do Tribunal.

    Art. 57. Aplica-se aos ministros-subs tutos o disposto nos arts. 37, 39 e 43 a 50.Pargrafo nico. O disposto no art. 42 tambm vlido para os ministros-subs tutos,

    ressalvado que no podero coincidir as frias dos que atuarem na mesma cmara.

    CAPTULO XIIMinistrio Pblico

    Art. 58. O Ministrio Pblico junto ao Tribunal de Contas da Unio, ao qual se aplicam os princpios ins tucionais da unidade, da indivisibilidade e da independncia funcional, compe se de um procurador geral, trs subprocuradores gerais e quatro

  • 22

    procuradores, nomeados pelo Presidente da Repblica, entre brasileiros, bacharis em Direito.

    1 O Ministrio Pblico junto ao Tribunal tem por Chefe o Procurador-Geral, que ser nomeado pelo Presidente da Repblica, entre integrantes da carreira, para exercer mandato de dois anos, permi da a reconduo, tendo tratamento protocolar, direitos e prerroga vas correspondentes aos de cargo de ministro do Tribunal.

    2 Em caso de vacncia do cargo de procurador-geral, o Presidente do Tribunal encaminhar ao Presidente da Repblica lista contendo o nome de todos os integrantes da carreira do Ministrio Pblico, por ordem de an guidade e com a indicao dos seus respec vos cargos.

    3 A carreira do Ministrio Pblico junto ao Tribunal cons tuda pelos cargos de subprocurador geral e procurador, este inicial e aquele representando o l mo nvel da carreira, no excedendo a dez por cento a diferena de subsdio de uma classe para outra, respeitada igual diferena entre os cargos de subprocurador-geral e procurador geral.

    4 O ingresso na carreira far-se- no cargo de procurador, mediante concurso pblico de provas e tulos, assegurada a par cipao da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realizao e observada, nas nomeaes, a ordem de classifi cao.

    5 A promoo ao cargo de subprocurador-geral far-se-, alternadamente, por an guidade e merecimento.

    6 Caber ao Procurador Geral baixar o edital do concurso de que trata o 4, bem assim homologar seu resultado fi nal.

    Art. 59. O Procurador Geral toma posse em sesso extraordinria do Tribunal, podendo faz-lo perante o Presidente, em perodo de recesso.

    1 Os demais membros do Ministrio Pblico tomam posse perante o Procurador Geral.

    2 Ser lavrado pelo dirigente da unidade administra va competente da Secretaria do Tribunal, em livro prprio, o termo de posse do Procurador Geral e dos procuradores.

    Art. 60. Em caso de vacncia e em suas ausncias e impedimentos por mo vo de licena, frias ou outro afastamento legal, o Procurador Geral ser subs tudo pelos subprocuradores-gerais e, na ausncia destes, pelos procuradores, observada, em ambos os casos, a ordem de an guidade da posse, da nomeao e de classifi cao no concurso pblico de ingresso na carreira, sucessivamente.

    Pargrafo nico. Nessas subs tuies, os subprocuradores-gerais e procuradores faro jus ao subsdio do cargo subs tudo.

    Art. 61. Aos membros do Ministrio Pblico junto ao Tribunal aplica-se o disposto no art. 37 e no inciso VIII e 1 do art. 39 deste Regimento, no art. 130 da Cons tui-o Federal e, subsidiariamente, no que couber, na Lei Complementar n 75, de 20 de maio de 1993.

    Art. 62. Compete ao Procurador Geral e, por delegao prevista no art. 82 da Lei n 8.443, de 1992, aos subprocuradores-gerais e procuradores:

    I promover a defesa da ordem jurdica, requerendo, perante o Tribunal, as medidas de interesse da Jus a, da Administrao e do errio;

    II comparecer s sesses do Tribunal;III dizer de direito, oralmente ou por escrito, em todos os assuntos sujeitos

    deciso do Tribunal, sendo obrigatria sua audincia nos processos de tomada ou pres-

  • 23

    tao de contas e nos concernentes aos atos de admisso de pessoal e de concesso de aposentadorias, reformas e penses;

    IV interpor os recursos permi dos em lei ou previstos neste Regimento;V promover junto Advocacia-Geral da Unio ou, conforme o caso, perante os

    dirigentes das en dades jurisdicionadas do Tribunal, as medidas previstas no inciso II do art. 219 e no art. 275, remetendo-lhes a documentao e instrues necessrias;

    VI requerer as providncias previstas nos arts. 40 e 44 da Lei n 8.443, de 1992;VII requisitar ao Presidente o apoio administra vo e de pessoal da Secretaria do

    Tribunal necessrios ao desempenho da misso do Ministrio Pblico, nos termos do art. 83 da Lei n 8.443, de 1992;

    VIII elaborar relatrio anual contendo o andamento dos processos de execuo dos acrdos do Tribunal e a resenha das a vidades especfi cas a cargo do Ministrio Pblico, rela vas ao exerccio encerrado.

    1 Compete, ainda, ao Procurador Geral avocar, quando julgar necessrio, processo que esteja sob exame de qualquer dos membros do Ministrio Pblico.

    2 Na oportunidade em que emi r seu parecer, o Ministrio Pblico, mesmo que suscite questo preliminar, manifestar-se- tambm quanto ao mrito, ante a eventualidade daquela no ser acolhida.

    Art. 63. Os membros do Ministrio Pblico tero direito a sessenta dias de frias por ano, de acordo com escala aprovada pelo Procurador Geral no ms de dezembro.

    1 Na escala referida no caput no devem coincidir as frias de mais de trs membros do Ministrio Pblico, os quais podero, a qualquer tempo, interromp-las por necessidade do servio, facultando se ao interessado gozar o restante do perodo em poca oportuna.

    2 O Procurador-Geral remeter Presidncia do Tribunal, no ms de dezembro de cada ano, cpia da escala de frias anual e, quando ocorrerem, as suas alteraes, para as devidas anotaes nos respec vos assentamentos individuais.

    Art. 64. O Procurador-Geral baixar as instrues que julgar necessrias, defi nindo as atribuies dos subprocuradores-gerais e procuradores, disciplinando os critrios de promoo dos procuradores e os servios internos do Ministrio Pblico junto ao Tribunal.

    Comentrio:A Cons tuio Federal cria um Ministrio Pblico junto ao Tribunal de Contas da

    Unio, aplicando-se aos seus membros as disposies desta seo per nentes a direitos, vedaes e forma de inves dura (CF, art. 130).

    Houve grande controvrsia sobre a posio cons tucional desse Ministrio Pblico, se ele estaria, ou no, dentro da estrutura do Ministrio Pblico da Unio, sob a che-fi a do Procurador-Geral da Repblica, ou integraria a estrutura do prprio TCU, sem nenhum vnculo com o MPU.

    O Supremo Tribunal Federal entendeu que o Ministrio Pblico junto ao Tribunal de Contas da Unio (TCU) no integra o Ministrio Pblico da Unio, cujos ramos foram taxa vamente enumerados pela o art. 128, inciso I, da Carta Federal. Assim, o Minis-trio Pblico junto ao Tribunal de Contas da Unio vinculado administra vamente a este rgo ADI n 892/RS, Relator Ministro Seplveda Pertence, DJ de 18/3/2002).

  • 24

    Por essa razo, um membro do Ministrio Pblico estadual no pode ser designado para atuar como membro do Ministrio Pblico junto ao Tribunal de Contas do estado, visto que se tratam de ins tuies diversas.

    As funes do Ministrio Pblico junto ao Tribunal de Contas da Unio devem ser exercidas por membros do quadro prprio de tal rgo.

    Aos membros do Ministrio Pblico junto aos Tribunais de Contas no se reconhe-ce a funo ins tucional de promoo de aes civis e penais pblicas fundadas nas decises do respec vo colegiado.

    CAPTULO XIIISecretaria

    Art. 65. Secretaria do Tribunal incumbe a prestao de apoio tcnico e a execuo dos servios administra vos do Tribunal de Contas da Unio.

    1 A estrutura, competncia e funcionamento das unidades da Secretaria do Tribunal sero fi xados em ato norma vo.

    2 O Presidente do Tribunal baixar normas dispondo sobre o funcionamento das unidades da Secretaria durante o perodo de recesso a que se refere o pargrafo nico do art. 92.

    Art. 66. Para cumprir as suas fi nalidades, a Secretaria do Tribunal dispor de quadro prprio de pessoal, organizado em plano de carreiras, cujos princpios, diretrizes, de-nominaes, estruturao, formas de provimento e demais atribuies so os fi xados em lei especfi ca.

    TTULO IIIDELIBERAES E JURISPRUDNCIA

    CAPTULO IDeliberaes do Plenrio e das Cmaras

    Art. 67. As deliberaes do Plenrio e, no que couber, das cmaras, tero a forma de:I instruo norma va, quando se tratar de disciplinamento de matria que envolva

    pessoa sica, rgo ou en dade sujeita jurisdio do Tribunal;II resoluo, quando se tratar de:a) aprovao do Regimento Interno, de ato defi nidor da estrutura, atribuies e

    funcionamento do Tribunal, das unidades de sua Secretaria e demais servios auxiliares;b) outras matrias de natureza administra va interna que, a critrio do Tribunal,

    devam reves r se dessa forma;III deciso norma va, quando se tratar de fi xao de critrio ou orientao, e no

    se jus fi car a expedio de instruo norma va ou resoluo;IV parecer, quando se tratar de:a) Contas do Presidente da Repblica;b) outros casos em que, por lei, deva o Tribunal assim se manifestar;V acrdo, quando se tratar de deliberao em matria da competncia do Tri-

    bunal de Contas da Unio, no enquadrada nos incisos anteriores.Pargrafo nico. As deliberaes previstas neste ar go sero formalizadas nos

    termos estabelecidos em ato norma vo.

  • 25

    Art. 68. Os acrdos sero redigidos pelo relator ou pelo redator, na forma do art. 126, e assinados eletronicamente por um deles, conforme o caso, pelo Presidente do respec vo colegiado e pelo representante do Ministrio Pblico, na forma estabe-lecida em norma especfi ca.

    1 O acrdo correspondente ao voto de desempate proferido pelo Presidente ser por este assinado e pelo representante do Ministrio Pblico.

    2 As assinaturas do Presidente e do representante do Ministrio Pblico supriro a ausncia da assinatura do relator ou do redator, se estes no comparecerem sesso na qual se conclua a votao.

    Art. 69. So partes essenciais das deliberaes do Tribunal:I o relatrio do relator, de que constaro, quando houver, o teor integral da

    parte disposi va da deliberao recorrida quando se tratar de recurso, as concluses da equipe de fi scalizao, ou do servidor responsvel pela anlise do processo, bem como as concluses dos pareceres das chefi as da unidade tcnica e do Ministrio Pblico junto ao Tribunal, afora para os processos constantes de Relao, segundo as hipteses do art. 143;

    II a fundamentao com que o relator analisar as questes de fato e de direito, dispensada a elaborao de considerandos, exceto nos casos do 3 do art. 143;

    III o disposi vo com que o relator decidir sobre o mrito do processo;IV as ressalvas, quando feitas pelos votantes.Art. 70. As instrues norma vas, resolues e decises norma vas sero assinadas

    eletronicamente pelo Presidente, com a redao fi nal aprovada pelo Plenrio.Art. 71. Os pareceres sero redigidos pelo relator e assinados:I por todos os ministros e ministros-subs tutos convocados, quando se tratar das

    Contas do Presidente da Repblica;II pelo Presidente e pelo relator, nos demais casos.

    CAPTULO IIElaborao, Aprovao e Alterao de Atos Norma vos

    Art. 72. O Regimento Interno do Tribunal somente poder ser alterado mediante aprovao, pela maioria absoluta de seus ministros, de projeto de resoluo.

    Art. 73. A apresentao de projeto concernente a enunciado da smula, instruo norma va, resoluo ou deciso norma va de inicia va do Presidente, dos ministros e das comisses de Regimento e de Jurisprudncia, podendo ser ainda sugerida por ministro-subs tuto ou representante do Ministrio Pblico.

    Art. 74. O projeto, com a respec va jus fi cao, ser apresentado em Plenrio, compe ndo ao Presidente proceder ao sorteio do relator.

    Pargrafo nico. Quando a matria for de competncia das comisses de Regimento ou de Jurisprudncia, o sorteio do relator ser efetuado somente aps a manifestao da respec va comisso.

    Art. 75. O projeto concernente a instruo norma va, resoluo e deciso norma- va poder receber emendas dos ministros ou sugestes dos ministros-subs tutos e

    do Procurador-Geral junto a este Tribunal, dentro do prazo proposto pelo relator, com a anuncia do Plenrio.

    1 O relator submeter ao Plenrio, na sesso ordinria seguinte quela em que houver sido designado, a proposta do prazo referido no caput, cujo termo inicial ser o dia seguinte data da sesso.

  • 26

    2 Caso o relator apresente subs tu vo, depois de apreciadas as alteraes propostas ao projeto original, ser reaberto outro prazo, sugerido por ele ao Plenrio, para o oferecimento de novas emendas ou sugestes.

    3 Entende-se como subs tu vo o projeto elaborado pelo relator, que altera, substancialmente, o projeto original.

    Art. 76. Nos projetos de atos norma vos em que haja manifestao da Comisso de Regimento ou da Comisso de Jurisprudncia, ser distribudo aos ministros, ministros-subs tutos e ao Procurador-Geral, para fi ns de apresentao de emendas ou de sugestes, conforme o caso, a verso que houver sido por elas aprovada, acom-panhada das respec vas jus fi caes.

    Pargrafo nico. O ministro que houver sido designado para relatar projeto de ato norma vo no mbito das comisses ser excludo do sorteio a que se refere o art. 74.

    Art. 77. As emendas e sugestes sero encaminhadas diretamente ao relator da matria.

    Art. 78. A emenda, de acordo com a sua natureza, ser assim classifi cada:I supressiva, quando obje var excluir ar go, pargrafo, inciso ou alnea do projeto;II adi va, quando pretender acrescentar ar go, pargrafo, inciso ou alnea ao

    projeto;III modifi ca va, quando alterar disposi vo do projeto;IV subs tu va, quando apresentada como sucednea do projeto, alterando o

    substancialmente.Art. 79. Encerrado o prazo para emendas e sugestes, o relator apresentar, at a

    segunda sesso plenria seguinte, o relatrio e o parecer sobre o projeto original ou o subs tu vo e as alteraes propostas.

    Art. 80. Encerrada a discusso, a matria entrar em votao, observada a seguinte ordem:

    I subs tu vo do relator;II subs tu vo de ministro;III projeto originrio;IV subemendas do relator;V emendas com parecer favorvel;VI emendas com parecer contrrio. 1 A aprovao de subs tu vo prejudica a votao das demais proposies, salvo

    os destaques requeridos. 2 Os requerimentos de destaque des nam-se a permi r votao em separado

    da correspondente matria, podendo incidir sobre emendas, subemendas e partes do projeto ou do subs tu vo.

    Art. 81. Considerar-se- aprovada a proposio que ob ver maioria absoluta de votos dos ministros.

    Art. 82. A redao fi nal ser votada na mesma sesso ou na sesso plenria seguinte quela em que for aprovado o projeto concernente a enunciado de smula, instruo norma va, resoluo ou deciso norma va.

    Pargrafo nico. Ser dispensada a votao da redao fi nal se aprovado o projeto originrio, sem emendas, ou o subs tu vo integralmente.

    Art. 83. Somente ser admi da emenda redao fi nal para evitar incorrees grama cais ou para maior clareza e obje vidade do texto.

  • 27

    Art. 84. Os prazos previstos nos 1 e 2 do art. 75 podero ser dispensados, reduzidos ou ampliados, a critrio do Plenrio, mediante proposta jus fi cada do Pre-sidente ou do relator.

    Pargrafo nico. O prazo de apresentao do relatrio e parecer previsto no art. 79 poder ser ampliado, a critrio do Plenrio, mediante proposta jus fi cada do relator.

    CAPTULO IIIJurisprudncia

    Art. 85. A Smula da Jurisprudncia cons tuir-se- de princpios ou enunciados, resumindo teses, solues, precedentes e entendimentos, adotados reiteradamente pelo Tribunal, ao deliberar sobre assuntos ou matrias de sua jurisdio e competncia.

    Art. 86. Na organizao grada va da Smula, a cargo da unidade responsvel pelo secretariado das sesses do Tribunal, ser adotada numerao de referncia para os enunciados, aos quais seguir se a meno dos disposi vos legais e dos julgados em que se fundamentam.

    Art. 87. Poder ser includo, revisto, revogado ou restabelecido, na Smula, qual-quer enunciado, mediante aprovao pela maioria absoluta dos ministros do projeto especfi co a que se refere o art. 73.

    Art. 88. Ficaro vagos, com nota de cancelamento, os nmeros dos enunciados que o Tribunal revogar, conservando os mesmos nmeros os que forem apenas modifi cados, fazendo se a ressalva correspondente.

    Art. 89. A Smula e suas alteraes sero publicadas nos rgos ofi ciais.Art. 90. A citao da Smula ser feita pelo nmero correspondente ao seu enun-

    ciado e dispensar, perante o Tribunal, a indicao de julgados no mesmo sen do.

    CAPTULO IVIncidente de Uniformizao de Jurisprudncia

    Art. 91. Ao apreciar processo em que seja suscitada divergncia entre deliberaes anteriores do Tribunal, poder o colegiado, por sugesto de ministro, ministro-subs tuto ou representante do Ministrio Pblico, decidir pela apreciao preliminar da contro-vrsia, em anexo aos autos principais, re rando a matria de pauta.

    1 Se reconhecer a existncia da divergncia, o relator solicitar a audincia do Ministrio Pblico, submetendo em seguida a questo deliberao do Plenrio at a segunda sesso subsequente.

    2 Dirimida a divergncia jurisprudencial, a apreciao do processo quanto ao mrito ter prosseguimento na mesma sesso do Plenrio, ressalvados os casos do inciso VII do art. 17.

    3 O acrdo que resolver a divergncia ser reme do Comisso de Jurispru-dncia para oportuna apreciao da necessidade de elaborao de enunciado de Smula sobre a matria.

    4 No sendo reconhecida pelo relator a existncia de divergncia, levar seus fundamentos ao Plenrio que, ao acolh-los, prosseguir na apreciao do mrito do processo, se matria de sua competncia, ou encaminh-lo- cmara originria.

    5 Se o Plenrio, dissen ndo do relator, entender pela existncia de divergncia, prosseguir na forma dos 1, 2 e 3, passando a funcionar como revisor para o incidente o ministro que primeiro proferir o voto dissidente.

  • 28

    TTULO IVSESSES

    CAPTULO ISesses do Plenrio

    Art. 92. O Tribunal se rene, anualmente, no Distrito Federal, no perodo de 17 de janeiro a 16 de dezembro.

    Pargrafo nico. O recesso previsto no art. 68 da Lei n 8.443, de 1992, compreendido no perodo de 17 de dezembro a 16 de janeiro, no ocasionar a paralisao dos trabalhos do Tribunal, nem a suspenso ou interrupo dos prazos processuais.

    Art. 93. As sesses do Plenrio sero ordinrias e extraordinrias e, ressalvadas as hipteses previstas nos incisos III e VII do art. 96 e observado o disposto no 3 do art. 24 e no 1 do art. 36, somente podero ser abertas com o qurum de cinco ministros ou ministros-subs tutos convocados, exclusive o Presidente.

    1 Caso o qurum indicado no caput venha a ser comprome do em virtude de declaraes de impedimento de um ou mais ministros ou ministros-subs tutos convo-cados, o Presidente poder re rar o processo de pauta e convocar, para uma prxima sesso, ministros-subs tutos em nmero sufi ciente recomposio do qurum, quando se dar incio a nova discusso e votao acerca da matria, a menos que seja possvel a aplicao do disposto na alnea b do inciso II do art. 55.

    2 Nenhuma sesso poder ser realizada sem a presena do representante do Ministrio Pblico junto ao Tribunal, exceto nas hipteses a que se referem os incisos III e VII do art. 96.

    Art. 94. As sesses ordinrias sero realizadas s quartas feiras, com incio s 14 horas e 30 minutos e trmino s 18 horas e 30 minutos, podendo haver intervalo de at trinta minutos.

    1 Por proposta do Presidente, de ministro, de ministro-subs tuto ou do repre-sentante do Ministrio Pblico, aprovada pelo Plenrio, a sesso ordinria poder ser interrompida para realizao de sesso extraordinria, de carter reservado, prevista no art. 97.

    2 A critrio do Plenrio, por proposta do Presidente, as sesses ordinrias po-dero ser prorrogadas por at sessenta minutos.

    3 Salvo nas hipteses previstas nos arts. 112 e 119 e no 1 do art. 124, o jul-gamento de contas ou a apreciao de processo de fi scalizao a cargo do Tribunal, uma vez iniciado, ul mar se na mesma sesso, ainda que excedida a hora regimental.

    4 Caso ocorra convocao de sesso extraordinria para os fi ns previstos nos incisos I a IV do art. 96, no ser realizada sesso ordinria, se houver coincidncia de data e horrio.

    5 Se o horrio da sesso convocada nos termos do art. 98 coincidir, em parte, com o da sesso ordinria, esta poder ter incio logo aps o encerramento da sesso extraordinria.

    6 A l ma sesso ordinria do Tribunal realizar-se- na primeira quarta feira do ms de dezembro.

    7 O julgamento de mrito de determinadas matrias ou pos de processo poder tambm ser realizado por meio eletrnico, nos termos e condies defi nidos em resoluo.

  • 29

    Art. 95. Nas sesses ordinrias, ser observada, preferencialmente, a seguinte ordem de trabalho:

    I homologao da ata da sesso anterior;II sorteio dos relatores de processos, conforme previsto no art. 102;III expediente, nos termos do art. 103;IV apreciao das medidas cautelares adotadas pelos relatores ou pelo Presidente,

    nos termos do 1 do art. 276;V julgamento ou apreciao dos processos constantes de Relao, nas hipteses

    do art. 143;VI julgamento ou apreciao dos demais processos includos em pauta, observado

    o disposto no art. 141.Art. 96. As sesses extraordinrias sero convocadas para os seguintes fi ns:I posse do Presidente e do Vice-Presidente;II apreciao das Contas do Presidente da Repblica;III posse de ministro, de ministro-subs tuto e do Procurador Geral;IV eleio do Presidente ou do Vice-Presidente, na hiptese prevista no 4 do

    art. 24;V deliberao acerca da lista trplice dos ministros-subs tutos e dos membros

    do Ministrio Pblico junto ao Tribunal, para preenchimento de cargo de ministro, na forma prevista no art. 36;

    VI julgamento ou apreciao dos processos restantes da pauta de sesso ordinria ou extraordinria, ou que, pela sua urgncia, sejam includos em pauta extraordinria, observado o disposto no art. 141;

    VII outros eventos, a critrio do Plenrio.Art. 97. O Plenrio poder realizar sesses extraordinrias de carter reservado

    quando a preservao de direitos individuais e o interesse pblico o exigirem, bem como para julgar ou apreciar os processos que derem entrada ou se formarem no Tribunal com chancela de sigiloso.

    Pargrafo nico. As sesses extraordinrias a que se refere o caput sero realizadas exclusivamente com a presena dos ministros, ministros-subs tutos, representante do Ministrio Pblico, das partes e de seus procuradores, quando a requererem, e de servidores do gabinete das autoridades e da unidade responsvel pelo secretariado das sesses, autorizados pelo Presidente.

    2 (Revogado)Art. 98. As sesses extraordinrias, ressalvado o disposto no 1 do art. 94, sero

    convocadas com antecedncia mnima de vinte e quatro horas pelo Presidente, de o cio, ou por proposta de ministro ou ministro-subs tuto, observado, por ocasio da necessidade de incluso de processo em pauta, o disposto no art. 141.

    Art. 99. hora prevista, o Presidente declarar aberta a sesso, mencionando os nomes dos ministros, dos ministros-subs tutos e do representante do Ministrio Pblico junto ao Tribunal presentes e indicando os nomes dos ausentes e os mo vos das respec vas ausncias, quando cien fi cado.

    Art. 100. Se no houver qurum, a matria constante da ordem dos trabalhos fi car automa camente transferida para a sesso seguinte.

    Art. 101. Havendo qurum, passar-se-, se for o caso, homologao da ata da sesso anterior, previamente disponibilizada, preferencialmente em meio eletrnico, aos gabinetes dos ministros, dos ministros-subs tutos e do representante do Minis-trio Pblico.

  • 30

    Pargrafo nico. A ata de cada sesso dever ser subme da a homologao at a segunda sesso ordinria seguinte.

    Art. 102. Homologada a ata, passar-se-, se for o caso, aos sorteios previstos nos arts. 150, 154 e 155.

    Art. 103. Proceder-se-, em seguida, ao expediente, para comunicaes, indicaes, moes e requerimentos, os quais, quando couber, sero objeto de deliberao do Plenrio e includos em ata.

    Art. 104. Encerrada a fase do expediente, seguir-se- a apreciao das medidas cautelares adotadas pelo Presidente ou pelos relatores, nos termos do 1 do art. 276.

    Art. 105. Aps a apreciao das medidas cautelares a que se refere o ar go ante-rior, e de acordo com a competncia estabelecida nos arts. 15 e 16, sero apreciados ou julgados os processos constantes das Relaes previstas no art. 143, e depois os demais processos includos na pauta, organizados por relator, os quais relataro sequen-cialmente todos os seus processos, iden fi cados por classes de assuntos, conforme a natureza, observada a seguinte ordem preferencial:

    I recursos;II pedidos de informao e outras solicitaes formuladas pelo Congresso Nacional,

    por qualquer de suas casas ou respec vas comisses;III consultas;IV tomadas e prestaes de contas;V auditorias e inspees;VI matrias reme das pelo relator ou pelas cmaras, na forma estabelecida no

    1 do art. 17 e no art. 139;VII denncias, representaes e outros assuntos de competncia do Plenrio. 1 No julgamento e apreciao dos processos ser respeitada a ordem de an gui-

    dade decrescente dos relatores, salvo pedido de preferncia deferido pelo Plenrio, de ministro ou ministro-subs tuto, formulado, oralmente, no incio da sesso.

    2 Ter preferncia para julgamento ou apreciao o processo includo em pauta no qual deva ser produzida sustentao oral.

    Art. 106. facultado ao relator limitar-se a enunciar a iden fi cao do processo e a ler a minuta de acrdo, ressalvado quando houver sustentao oral, caso em que se observar o art. 168.

    1 A simples leitura da minuta de acrdo no d incio fase de votao, po-dendo, ainda, a matria ser discu da.

    2 Cabe ao relator prestar os esclarecimentos solicitados no curso dos debates.Art. 107. O Presidente, durante a discusso, poder aduzir informaes que orien-

    tem o Plenrio.Art. 108. No curso da discusso, o relator, qualquer ministro ou ministro-subs tuto

    poder solicitar a audincia do Ministrio Pblico junto ao Tribunal.Art. 109. O representante do Ministrio Pblico poder, ainda, usar da palavra,

    a seu pedido, para prestar esclarecimentos, alegar ou requerer o que julgar oportuno.Art. 110. Nenhum ministro ou ministro-subs tuto falar sem que o Presidente lhe

    conceda a palavra, nem interromper, sem licena, o que dela es ver usando.Art. 111. O Ministro ou Ministro-Subs tuto que alegar impedimento ou suspeio,

    de acordo com o pargrafo nico do art. 151, no par cipar da discusso e da votao do processo.

  • 31

    Art. 112. Na fase de discusso, qualquer ministro ou ministro-subs tuto convocado poder pedir vista do processo, passando a funcionar como revisor, sendo facultado ao representante do Ministrio Pblico fazer o mesmo pedido.

    1 O processo ser encaminhado pela unidade responsvel pelo secretariado das sesses, no mesmo dia, a quem houver requerido vista, sendo devolvido ao relator, preferencialmente, at a segunda sesso seguinte, para incluso na pauta da sesso subsequente, obedecido o disposto no art. 141.

    2 A vista requerida ou sugerida ao Ministrio Pblico poder se dar em mesa, durante a sesso, fi cando a discusso da matria suspensa at seu pronunciamento.

    3 Novos pedidos de vista podero ser concedidos, pelo prazo fi xado no 1, para cada solicitante, devendo o processo ser res tudo pelo l mo deles ao relator, de preferncia para incluso na pauta da prxima sesso, obedecido o disposto no art. 141.

    4 Se o revisor, por qualquer mo vo, no puder comparecer sesso, ser considerado como desistente do pedido de vista, salvo prvia jus fi cao dirigida ao Presidente do colegiado.

    5 Voltando o processo pauta, ser reaberta a discusso, dando se a palavra ao relator, que apresentar novamente a matria, podendo falar, em seguida, conforme o caso, os revisores e o representante do Ministrio Pblico, na ordem em que foram formulados os respec vos pedidos de vista.

    6 Ainda na fase de discusso, qualquer ministro ou ministro-subs tuto convocado poder antecipar seu voto, quando houver pedido de vista.

    7 Na hiptese do pargrafo anterior, fi ca assegurado ao representante do Mi-nistrio Pblico o direito de pedir vista do processo.

    Art. 113. A discusso tambm poder ser adiada, por deciso do Plenrio, mediante proposta fundamentada do Presidente, de qualquer ministro ou de ministro-subs tuto convocado, nos seguintes casos:

    I se a matria requerer maior estudo;II para instruo complementar, por considerar se incompleta;III se for solicitada a audincia do Ministrio Pblico;IV se for requerida sua apreciao em sesso posterior.Pargrafo nico. As providncias previstas nos incisos I a III devero ser processadas

    em carter de urgncia.Art. 114. Apresentado o processo pelo relator e no mais havendo quem queira

    discu r a matria, o Presidente encerrar a fase de discusso e abrir, a seguir, a fase de votao.

    Art. 115. Se a matria versar sobre questes diferentes, embora conexas, o Presi-dente poder submet-las a discusso e votao em separado.

    Art. 116. As questes preliminares ou prejudiciais sero decididas antes do julga-mento ou da apreciao de mrito proposta pelo relator.

    1 Se a preliminar versar sobre falta ou impropriedade sanvel, o Tribunal poder converter o julgamento ou apreciao em diligncia.

    2 Rejeitada a preliminar, dar se a palavra ao relator e, se for o caso, aos revi-sores, para apresentarem os seus votos, com as correspondentes minutas de acrdo.

    Art. 117. Apresentados os votos a que se refere o 2 do ar go anterior, qualquer ministro ou ministro-subs tuto convocado poder se manifestar sobre a matria em discusso.

  • 32

    Art. 118. Concluda a fase de encaminhamento, o Presidente tomar os demais votos, primeiramente dos ministros-subs tutos convocados e depois dos ministros, observada a ordem crescente de an guidade em ambos os casos, exceto na sesso que aprecia as Contas do Presidente da Repblica, quando a ordem de tomada de declaraes de votos ser inver da.

    1 Antes de proclamado o resultado da votao, cada ministro ou ministro-subs- tuto convocado, caso modifi que o seu voto, poder falar uma vez, sendo facultado

    ao Presidente, de o cio ou a pedido, reabrir a discusso. 2 Nenhum ministro ou ministro-subs tuto convocado presente sesso poder

    deixar de votar, salvo se declarar impedimento ou suspeio, nos termos do art. 111, e na hiptese prevista no art. 123.

    3 No poder, ainda, par cipar da votao o ministro ou ministro-subs tuto convocado para subs tu-lo quando um deles j houver proferido o seu voto.

    Art. 119. Na fase de votao, o julgamento ou apreciao sero suspensos quan-do houver pedido de vista solicitado por ministro ou ministro-subs tuto convocado, que passar a funcionar como revisor, sem prejuzo de que os demais ministros e ministros-subs tutos convocados profi ram seus votos na mesma sesso, desde que se declarem habilitados.

    1 O processo ser encaminhado pela unidade responsvel pelo secretariado das sesses do Tribunal, no mesmo dia, ao revisor, que dever inclu-lo em pauta para prosseguimento da votao, preferencialmente at a quarta sesso subsequente, obedecido o disposto no art. 141, desde que esteja presente o relator, salvo se com este concordar o revisor.

    2 Caso o pedido de vista, com base neste ar go ou no art. 112, haja sido feito por ministro-subs tuto convocado, caber a este votar no lugar do ministro subs tudo, mesmo que cessada a convocao.

    3 Ao dar prosseguimento votao, sero computados os votos j proferidos pelos ministros ou ministros-subs tutos convocados, ainda que no compaream ou hajam deixado o exerccio do cargo, cabendo ao Presidente esclarecer a matria e apresentar o resumo da votao at ento procedida.

    4 O relator, os ministros ou os ministros-subs tutos convocados que j tenham proferido seus votos podero modifi c-los at a concluso do julgamento ou aprecia-o do processo.

    Art. 120. A votao tambm ser suspensa quando for sugerida alterao na minuta de acrdo, acolhida pelo relator, at a leitura de sua redao fi nal.

    Art. 121. O ministro que es ver momentaneamente subs tuindo o Presidente na sesso poder pedir vista de processo.

    Art. 122. Na hiptese de pedido de vista, na forma do art. 112, se o relator ver deixado o Tribunal, o revisor submeter o processo deliberao do colegiado.

    Pargrafo nico. Se o pedido de vista se deu com fundamento no art. 119, ser computado o voto do relator, mesmo que j tenha deixado o Tribunal, no votando quem lhe tenha sucedido.

    Art. 123. No par cipar da votao o ministro ou ministro-subs tuto convocado que esteve ausente por ocasio da apresentao e discusso do relatrio, salvo se se der por esclarecido.

    Art. 124. Caber ao Presidente do Tribunal ou ao ministro que es ver na Presidncia do Plenrio proferir voto de desempate.

  • 33

    1 Caso no se julgue habilitado a proferir o voto de desempate, dever faz-lo, preferencialmente, na primeira sesso a que comparecer.

    2 Se o Presidente do Tribunal declarar impedimento ou suspeio no momento do desempate, a votao ser reiniciada com a convocao de um ministro-subs tuto presente sesso, apenas para esse fi m, observada a ordem de an guidade no cargo.

    3 No sendo possvel convocar um ministro-subs tuto para a mesma sesso, o processo ser reincludo em pauta para julgamento ou apreciao em nova data, reiniciando-se a votao.

    4 Nas hipteses dos 2 e 3, poder o Presidente do Tribunal con nuar pre-sidindo a sesso, durante a reapreciao ou julgamento do processo.

    5 A mesma soluo dos 2 e 3 ser dada quando o empate decorrer do voto do Presidente.

    Art. 125. Encerrada a votao, o Presidente proclamar o resultado, declarando o:I por unanimidade;II por maioria simples;III por 2/3 dos ministros, inclusive ministros-subs tutos convocados;IV por maioria absoluta;V por voto de desempate.Pargrafo nico. O disposto no inciso IV do caput aplica-se aos casos previstos no

    art. 49, no 6 do art. 50 e nos arts. 72, 81, 87 e 270 deste Regimento Interno.Art. 126. Vencido no todo o voto do relator, o ministro ou ministro-subs tuto con-

    vocado que houver proferido em primeiro lugar o voto vencedor atuar como redator, cabendo-lhe redigir e assinar o acrdo e a respec va declarao de voto.

    Pargrafo nico. Vencido em parte o voto do relator, o acrdo ser tambm por este assinado.

    Art. 127. Quando forem apresentadas mais de duas propostas de mrito, dar-se- a apurao mediante votaes sucessivas, das quais par ciparo todos os ministros e ministros-subs tutos convocados que par ciparam da fase de discusso, observando-se o seguinte procedimento:

    I ser, desde logo, declarada vencedora a proposta de mrito que superar, em nmero de votos, a soma dos votos das demais propostas;

    II no ocorrendo a hiptese prevista no inciso anterior, elimina-se a proposta menos votada entre elas e submetem-se votao as propostas que ob verem os maiores nmeros de votos.

    Pargrafo nico. Havendo duas ou mais propostas com o mesmo nmero de votos, sero colocadas inicialmente em votao as duas propostas que mais se assemelhem, observando se, a seguir, o disposto no inciso II.

    Art. 128. Qualquer ministro ou ministro-subs tuto convocado poder apresentar por escrito, no prazo de quarenta e oito horas, a sua declarao de voto, que ser anexada ao processo, desde que faa comunicao nesse sen do, logo aps a procla-mao do resultado.

    Pargrafo nico. Ser obrigatria a apresentao de declarao de voto quando o ministro ou ministro-subs tuto convocado proferir voto divergente ou votar com ressalva.

    Art. 129. Qualquer ministro ou ministro-subs tuto convocado poder pedir reexame de processo julgado na mesma sesso e com o mesmo qurum.

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    Art. 130. Se o adiantado da hora no permi r que todos os processos constantes da pauta sejam julgados ou apreciados, o Presidente, antes de encerrar a sesso, de-terminar, de o cio ou mediante proposta de qualquer ministro ou ministro-subs tuto convocado, que os processos restantes, cujos relatores estejam presentes, tenham preferncia na sesso seguinte.

    Pargrafo nico. Os processos transferidos para a sesso seguinte, que, por qualquer mo vo, nela deixarem de ser relatados, sero automa camente excludos de pauta e somente sero apreciados ou julgados quando reincludos por expressa inicia va do relator, obedecido o disposto no art. 141.

    Art. 131. Por proposta de ministro, ministro-subs tuto ou de representante do Ministrio Pblico, o Tribunal poder:

    I determinar a supresso, nas peas processuais, de palavras ou expresses des-respeitosas ou descorteses, incompa veis com o tratamento devido ao Tribunal e s autoridades pblicas em geral;

    II mandar re rar dos autos as peas consideradas, em seu conjunto, nas condies defi nidas no inciso anterior.

    Art. 132. Esgotada a ordem de trabalho, o Presidente declarar encerrada a sesso.Art. 133. As atas das sesses sero lavradas pela unidade responsvel por seu

    secretariado e delas ou de seus anexos devero constar:I o dia, ms e ano, bem como a hora da abertura e do encerramento da sesso;II o nome do ministro que presidiu a sesso e do secretrio desta;III os nomes dos ministros, dos ministros-subs tutos e do representante do

    Ministrio Pblico presentes;IV os nomes dos ministros e dos ministros-subs tutos que no compareceram e

    o mo vo da ausncia, quando cien fi cado;V os sorteios, o expediente e as comunicaes a que se referem os arts. 102,

    103 e 104;VI os acrdos proferidos, acompanhados dos correspondentes relatrios, votos,

    declaraes de votos e votos revisores, desde que concludo o julgamento, bem como os relatrios, votos, declaraes de votos e votos revisores j exarados nos processos cuja apreciao foi adiada;

    VII as demais ocorrncias, iniciando-se, quanto aos processos:a) as declaraes de voto apresentadas e os pareceres considerados necessrios

    ao perfeito conhecimento da matria;b) os pedidos de vista.Pargrafo nico. Quando o Tribunal deliberar, em sesso extraordinria de carter

    reservado, pelo levantamento do sigilo de processo, a deliberao e, se for o caso, o relatrio e voto em que se fundamentar constaro da respec va ata a ser publicada, a qual iden fi car ainda os outros processos examinados, bem como o nmero dos acrdos neles proferidos, mantendo-se, conforme a preservao dos direitos indivi-duais e o interesse pblico o exigirem, o sigilo das demais informaes.

    CAPTULO IISesses das Cmaras

    Art. 134. As sesses das cmaras sero ordinrias e extraordinrias, e somente podero ser abertas com o qurum de trs ministros ou ministros-subs tutos convo-cados, incluindo o Presidente.

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    1 Caso o qurum indicado no caput venha a ser comprome do em virtude de declaraes de impedimento ou de suspeio de um