centro universitÁrio cesmac da...de cimento branco / ana lívia euzébio bezerra .- 201 8 . 6 8 p....

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC ANA LÍVIA EUZÉBIO BEZERRA LISANDRA LIMA ALBUQUERQUE ESTUDO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETO PIGMENTADO À BASE DE CIMENTO BRANCO MACEIÓ-AL 2018/2

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    CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

    ANA LÍVIA EUZÉBIO BEZERRA LISANDRA LIMA ALBUQUERQUE

    ESTUDO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO

    CONCRETO PIGMENTADO À BASE DE CIMENTO BRANCO

    MACEIÓ-AL

    2018/2

  • 1

    ANA LÍVIA EUZÉBIO BEZERRA LISANDRA LIMA ALBUQUERQUE

    ESTUDO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO

    CONCRETO PIGMENTADO À BASE DE CIMENTO BRANCO

    Trabalho de conclusão apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Cesmac, sob a orientação do professor Mestre Rafael Leandro Costa Silva e coorientação do professor Mestre Rafael Araújo Guillou

    MACEIÓ-AL

    2018/2

  • REDE DE BIBLIOTECAS CESMAC

    SETOR DE TRATAMENTO TÉCNICO

    B Bezerra, Ana Lívia Euzébio

    Estudo da resistência à compressão do concreto pigmentado à base

    de cimento branco / Ana Lívia Euzébio Bezerra .- 2018.

    68 p.: il.

    TCC (Graduação em Engenharia Civil) – Centro Universitário CESMAC, Maceió – AL, 2018.

    Orientador: Rafael Leandro Costa Silva Coorientador: Rafael Araújo Guillou 1. Concreto colorido. 2. Resistência à compressão. 3. Pigmentos. 4. Cimento branco estrutural.

    I. Silva, Rafael Leandro Costa. II. Guillou, Rafael Araújo. III. Título.

    CDU:624.012.45

    Evandro Santos Cavalcante Bibliotecário CRB/4 1700

    B574e

  • 2

    ANA LÍVIA EUZÉBIO BEZERRA LISANDRA LIMA ALBUQUERQUE

    ESTUDO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO

    CONCRETO PIGMENTADO À BASE DE CIMENTO BRANCO

    Trabalho de conclusão apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Cesmac, sob a orientação do professor Mestre Rafael Leandro Costa Silva e coorientação do Professor Mestre Rafael Araújo Guillou.

    APROVADO EM:

    Prof. Me. Rafael Leandro Costa Silva Orientador

    Prof. Me. Rafael Araújo Guillou Coorientador

    BANCA EXAMINADORA

    Eng. Cleilson Fábio Bernardino Júnior

    Prof. Me Daniel Almeida Tenório

  • 3

    Agradecimentos

    Em primeiro lugar agradecemos à Deus, o qual sempre foi nosso guia em toda trajetória acadêmica, onde todas as decisões tomadas, sofreram sua influência.

    Aos nossos pais pela grande oportunidade que nos proporcionaram nesses

    cinco anos fora de casa, que sem dúvida, foi uma grande experiência de crescimento,

    que não esqueceremos em momento algum.

    Agradecemos ao nosso professor e coorientador, Rafael Guillou, pelos

    ensinamentos passados durante as disciplinas em curso e, principalmente, aos

    conselhos e conhecimentos transmitidos no período de elaboração do nosso TCC.

    À professora Anne Dayse, que compartilhou conosco o seu saber durante um

    ano, nos orientando da melhor maneira possível para que pudéssemos fazer um

    excelente trabalho.

    Aos nossos amigos, Pedro e Lucas, por toda disponibilidade e tempo dedicados

    ao nosso trabalho em laboratório. Saibam que a ajuda de vocês foi fundamental para

    que chegássemos ao fim.

    Ao nosso fornecedor do cimento e dos pigmentos, Paulo Estênio, da empresa

    Rhota, que nos recebeu muito bem e com toda paciência nos ensinou um pouco de

    tudo que sabia sobre os materiais, onde adquiriu tal conhecimento com a experiência

    de anos trabalhando no mercado.

    Ao Rogério, colaborador do laboratório do CESMAC, que nos deu total

    assistência durante o período de montagem dos corpos de prova e, sobretudo, no

    decorrer de todos os dias em que fomos realizar os rompimentos dos nossos corpos

    de prova.

  • 4

    ESTUDO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETO PIGMENTADO Á

    BASE DE CIMENTO BRANCO

    STUDY OF THE RESISTANCE TO THE COMPRESSIVE STRENGHT OF

    PIGMENTED CONCRETE BASED ON WHITE CEMENT

    Ana Lívia Euzébio Bezerra

    Lisandra Lima Albuquerque Graduandas do Curso de Engenharia Civil

    [email protected] [email protected]

    Rafael Leandro Costa Silva Rafael Araújo Guillou

    Professores e Mestres, do Curso de Engenharia Civil [email protected]

    [email protected]

    RESUMO

    O presente trabalho busca desenvolver um concreto colorido utilizando cimento branco estrutural e

    pigmentos em duas formas, que são elas, líquida e em pó. No qual serão elaborados corpos de prova

    utilizando duas cores diferentes com duas porcentagens distintas para cada cor escolhida. Tem-se

    como objetivo julgar a atuação da adição de pigmentos nos concretos feitos com cimento branco

    estrutural quando submetidos à compressão axial e também analisar alguns aspectos em sua

    durabilidade e homogeneidade. A partir dos testes de compressão realizados em laboratório notou-se

    que, os corpos de prova que foram moldados com os pigmentos em pó obtiveram um melhor

    desempenho em relação aos que em sua mistura foi incorporado o pigmento líquido.

    Palavras-chave: Concreto colorido. Resistência à compressão. Pigmentos. Cimento

    branco estrutural.

    ABSTRACT

    The present work seeks to develop a colored concrete using structural white cement and pigments in

    two forms, which are liquid and powder. That will be elaborated test specimens using two different colors

    with two different percentages for each chosen color. The purpose of this study is to evaluate the

    performance of the pigment addition in concretes made with structural white cement when subjected to

    axial compression and also to analyze some aspects in their durability and homogeneity. From the

    compression tests carried out in the laboratory, it was noticed that the specimens that were molded with

    the powdered pigments obtained a better performance in relation to those in which the liquid pigment

    was incorporated into the mixture.

    Keywords: Colorful concrete. Compressive strength. Pigments. Structural white

    cement.

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]

  • 5

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 2.1 Concreto com pigmento vermelho no Complexo Praça das Artes ....... 16 Figura 2.2 Concreto com pigmento marrom no Complexo Praça das Artes ......... 16 Figura 3.1 Gráfico para a determinação da relação água/cimento em função das resistências do concreto e do cimento aos 28 dias de idade................................... 33 Figura 3.2 Materiais utilizados para concretagem .................................................. 36 Figura 3.3 Corpos de prova com pigmento em pó .................................................. 37 Figura 3.4 Corpos de prova com pigmento líquido ................................................. 37 Figura 3.5 Tanque de cura ..................................................................................... 37 Figura 3.6 Prensa da instituição............................................................................. 38 Figura 4.1 Resultados do ensaio a compressão do pigmento em pó ..................... 39 Figura 4.2 Resultados do ensaio a compressão do pigmento líquido .................... 40 Figura 4.3 Corpos de prova expostos às intempéries em 23 de agosto de 2018… 40 Figura 4.4 Corpos de prova expostos às intempéries em 05 de nov de 2018 ....... 41

  • 6

    LISTA DE QUADROS

    Quadro 2.1Características dos Pigmentos Inorgânicos e Orgânicos .................... 20 Quadro 3.1 Relação da quantidade de corpos de prova ........................................ 26 Quadro 3.2 Caracterização do cimento utilizado .................................................. 27 Quadro 3.3 Características do agregado graúdo ................................................. 28 Quadro 3.4 Caracterização do agregado miúdo .................................................... 29 Quadro 3.5 Dados físico-químicos do pigmento em pó ......................................... 30 Quadro 3.6 Dados físico-químicos do pigmento líquido ......................................... 30 Quadro 3.7 Valores determinados para dosagem do concreto .............................. 31 Quadro 3.8 Valores de Sd em função do rigor da produção ................................... 32 Quadro 3.9 Consumo de água ............................................................................... 33 Quadro 3.10 Volume de agregado graúdo ............................................................ 34

  • 7

    SUMÁRIO

    1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ ............. 9 1.1 Considerações iniciais .................................................................................... 9 1.2 Objetivos .......................................................................................................... 10 1.2.1 Objetivo geral.................................................................................................. 10 1.2.2 Objetivos específicos ..................................................................................... 10 2 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................... 11 2.1 Cimento Portland branco ............................................................................... 11 2.1.1 Definição ........................................................................................................ 11 2.1.2 Fabricação ..................................................................................................... 11 2.1.3 Características ............................................................................................... 11 2.1.4 Agregados ...................................................................................................... 13 2.2 Concreto .......................................................................................................... 13 2.2.1 Histórico ......................................................................................................... 13 2.3 Concreto colorido ........................................................................................... 14 2.3.1 Histórico ......................................................................................................... 14 2.3.2 Aditivos .......................................................................................................... 16 2.3.3 Adição de pigmentos ..................................................................................... 17 2.3.4 Pigmentos orgânicos e inorgânicos ............................................................... 19 2.3.5 Processo de Produção ................................................................................... 21 2.3.6 Análise de Porcentagem................................................................................. 23 2.4 Execução.......................................................................................................... 23 2.4.1 Fôrmas ........................................................................................................... 23 2.4.2 Desmoldantes ................................................................................................ 24 2.4.3 Mistura e lançamento ................................................................................... .. 24 2.5 Proteção e manutenção .................................................................................. 24 2.5.1 Proteção ........................................................................................................ 25 2.5.2 Manutenção..................................................................................................... 25 3 PROGRAMA EXPERIMENTAL ........................................................................... 26 3.1 Planejamento do projeto experimental.......................................................... 26 3.2 Caracterização dos materiais......................................................................... 27 3.2.1 Cimento .......................................................................................................... 27 3.2.2 Agregados ...................................................................................................... 27 3.2.2.1 Agregado graúdo ........................................................................................ 27 3.2.2.2 Agregado miúdo ......................................................................................... 29 3.2.3 Pigmentos ..................................................................................................... 30 3.2.3.1 Pigmento em pó ......................................................................................... 30 3.2.3.2 Pigmento em líquido ................................................................................... 30 3.2.4 Água de amassamento .................................................................................. 31 3.3 Método de dosagem........................................................................................ 31 3.3.1 Consumo de água .......................................................................................... 32 3.3.2 Consumo de cimento ..................................................................................... 34 3.3.3 Consumo agregado graúdo ........................................................................... 34 3.3.4 Consumo agregado miúdo ............................................................................ 35 3.3.5 Definição do traço ......................................................................................... 35 3.4 Produção do concreto.................................................................................... 36 3.5 Descrição do ensaio à compressão axial..................................................... 38 3.6 Analise dos resultados................................................................................... 38 4 RESULTADOS .................................................................................................... 39

  • 8

    5 DISCUSSÃO ....................................................................................................... 41 5.1Sugestões para trabalhos futuros ................................................................. 42 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 43 ANEXOS ................................................................................................................ 49 ANEXO A – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO CONCRETO SEM PIGMENTO .............................................................................. 50 ANEXO B – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO CONCRETO COLORIDO AMARELO PÓ 1,5 % .................................................... 52 ANEXO C – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO CONCRETO COLORIDO AMARELO PÓ 5 % ....................................................... 54 ANEXO D – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO CONCRETO COLORIDO AZUL PÓ 1,5 % ............................................................ 56 ANEXO E – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO CONCRETO COLORIDO AZUL PÓ 5 % ............................................................... 58 ANEXO F – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO CONCRETO COLORIDO AMARELO LÍQUIDO 1,5 % .......................................... 60 ANEXO G – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO CONCRETO COLORIDO AMARELO LÍQUIDO 5 % ............................................. 62 ANEXO H – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO CONCRETO COLORIDO AZUL LÍQUIDO 1,5 % .................................................. 64 ANEXO I – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO CONCRETO COLORIDO AZUL LÍQUIDO 5 % ..................................................... 66

  • 9

    1 INTRODUÇÃO 1.1 Considerações iniciais

    O concreto é fortemente utilizado na construção civil, com grandes benefícios,

    principalmente do ponto de vista estrutural. Esse tipo de material ainda é, porventura,

    censurado por seu aspecto pouco atrativo, sendo considerado com pequeno valor

    arquitetônico quando se fala sobre concreto aparente. Na maioria das vezes,

    arquitetos ainda costumam relutar em utilizá-lo como objeto de criatividade em seus

    projetos e acabam optando por outros tipos de materiais ou aplicando algum tipo de

    revestimento, e isto geralmente ocorre por conta da sua cor ser acinzentada e por

    obter um aspecto inexpressivo.

    Com o avanço tecnológico e a demanda do mercado por novos materiais, nos

    últimos anos, pesquisadores e estudiosos vêm sendo constantemente induzidos a

    explorarem as propriedades do concreto, incorporando novos materiais capaz de

    mostrar os mesmos resultados ou superiores aos existentes, como, por exemplo, a

    inserção de pigmento no concreto para realçar valores estéticos da construção com a

    utilização do cimento branco.

    A versatilidade do cimento branco pode ser utilizado em diversas áreas da

    construção civil como: concreto estrutural, pré-fabricados, artefatos de cimento,

    argamassa de revestimento, painéis de fechamento, blocos de concreto e pisos. E

    com a inserção da coloração no cimento, possibilita aos engenheiros e arquitetos

    introduzir esse material para trazer o diferencial e inovação aos seus projetos.

    Entretanto, a bibliografia atual sobre o tema não é ampla, sendo encontradas

    poucas publicações, onde a maioria é estrangeira, referentes à produção,

    propriedades químicas e físico-mecânicas do cimento branco, algumas vezes

    comparando as propriedades analisadas com cimentos Portland cinza. Nota-se

    também um espaço vazio quanto às propriedades relacionadas à durabilidade e

    execução de concretos moldados com esse tipo de cimento, ocorrendo esta

    deficiência até mesmo em países que já o utilizam em grandes obras.

    Verifica-se assim, a necessidade de maiores investigações de parâmetros

    construtivos e propriedades do concreto de cimento branco estrutural, principalmente

    quando agregado à adição de pigmentos. O uso de pigmentos em concreto branco

  • 10

    ainda tem sua exploração um pouco defasada e sua consequência é pouco

    conhecida. Por ser um material relativamente novo, até então não se tem estudos

    suficientes, em especial no que se refere à durabilidade, resistência e controle

    tecnológico.

    1.2 Objetivos

    1.2.1 Objetivo geral

    Como objetivo principal, este trabalho consiste em avaliar a influência da adição

    de pigmentos na resistência à compressão axial dos concretos feitos com cimento

    branco estrutural e em algumas propriedades de durabilidade.

    1.2.2 Objetivos específicos

    a) Analisar a porcentagem da adição de pigmentos na fabricação do concreto com

    cimento branco estrutural;

    b) Observar a relação entre cada cor do pigmento (azul e amarela) na resistência

    à compressão e facilidade de moldagem dos corpos de prova com uma perda

    mínima de homogeneidade;

    c) Verificar possíveis interferências na resistência à compressão entre os

    pigmentos em pó e líquido

    d) Avaliar possíveis desbotamentos de cada amostra de cor quando exposto a

    intempéries e o nível de perda da cor inicial.

  • 11

    2 REFERENCIAL TEÓRICO

    2.1 Cimento Portland branco

    2.1.1 Definição

    A NBR 12989 (1993) – Cimento Portland Branco (ABNT, 1993) define cimento

    Portland branco como aglomerante hidráulico constituído de clínquer branco, uma ou

    mais formas de sulfato de cálcio e adições. Podendo ainda ser subdivididos em:

    Cimento Portland branco estrutural e não estrutural.

    Os cimentos Portland brancos estruturais se enquadram em três categorias: 25,

    32, 40, sendo que estes valores representam os mínimos de resistência à compressão

    aos 28 dias, em unidades MPa, e podem ser empregados na execução para estruturas

    com função estrutural. Em analogia os cimentos Portland brancos não estruturais 19

    são utilizados na fabricação de rejuntes, revestimentos, ou outros usos

    complementares (PIOVESAN, 2009).

    Vale salientar que os diversos tipos de cimento manifestam variações de nuance

    e que sua permuta ao longo da obra poderá gerar variações na cor do concreto

    (HENAO CELEDÓN; AVENDANO, 1999). Como explana Suárez (2002), cimentos do

    mesmo tipo oscilam a coloração de acordo com lote e fabricação.

    2.1.2 Fabricação

    A fabricação do cimento Portland branco é necessário que as matérias primas

    apresentem redução do teor de oxido de ferro, já que é através dele que vem a

    tonalidade cinza do cimento comum. Já a quantidade total de ferro necessário é

    inferior a 0,5% de Fe2O3 e o ferro é conservado no estado reduzido de Fe2+, com isso

    alcança um clínquer de tonalidade branco (METHA; MONTEIRO, 2008).

    2.1.3 Características

    Na analogia com os aspectos físicos, entre o cimento cinza comum e o cimento

    branco é a granulometria fina e o princípio da pega. A coloração branca é mais

    evidente quanto maior for a dimensão específica. Deste modo, os cimentos brancos

    são normalmente triturados mais finamente que os cimentos convencionais (PALLÁS,

  • 12

    2002). Como efeito, eles se tornam mais reativos em união com a água (FONSECA;

    NUNES, 1995).

    A NBR 12.989 (ABNT, 1993) é a norma específica dos requisitos mecânicos e

    físicos para o cimento Portland branco. Conforme Metha e Monteiro (2008): a finura

    dos aglomerantes interfere na velocidade de hidratação, consistência, segregação,

    trabalhabilidade, retração e quantidade do ar presente. Com isso, a resistência inicial

    terá um crescimento rápido, contudo, a velocidade inicial irá ocasionar um

    desprendimento maior de calor de hidratação. Como a pasta de cimento é fina, pode

    ocasionar maior fissuração e retração, mas evita a exsudação do concreto. Cimentos

    finos possuem uma maior concentração de C3A disponível para a hidratação. Para

    facilitar a moldagem do concreto acrescenta-se uma maior quantidade de água na

    mistura (NEVILLE, 1997).

    A produção exige uma matéria prima mais especifica e, sem dúvida, mais cara, e

    o custo da moagem também é maior. Assim, o valor do cimento branco, até alguns

    anos atrás, era de duas a três vezes maior que o cimento cinza. (METHA; MONTEIRO,

    2008)

    A granulometria do cimento interfere na rapidez da hidratação, a qual inicia na

    superfície dos elementos; a dimensão como um todo da superfície do cimento

    relaciona o material disponível para hidratação (NEVILLE, 1997).

    De modo que o cimento branco carece de uma maior quantidade de água para

    sua trabalhabilidade, visto que sua resistência inicial será elevada, ocasionando um

    maior índice de calor, gerando assim uma maior facilidade para apresentar fissuração

    e retração, ocasionando a necessidade de adotar soluções compensatórias, pois pode

    ocasionar um aumento da retração plástica no concreto produzido com este cimento

    (FONSECA e NUNES, 1995 apud PASSUELO, 2004).

    Em observação as características mecânicas, o cimento branco expõe uma

    conduta semelhante ao cinza. Uma análise observada por Hamad (1995) constatou

    que quanto à resistência, os cimentos brancos não indicam valores menores aos

    cimentos cinza.

    Já o estudo de Baroni (2003), explanou que o crescimento de flechas ao decorrer

    do tempo representou mais evidente em vigas de concreto branco do que em vigas

  • 13

    de concreto cinza, acarretando um fenômeno de deformação lenta nos concretos

    produzidos pelos dois tipos de cimento. Mas estudos mais consistentes podem revelar

    de forma mais clara que a análise dessa deformação de concreto com cimento branco

    se dá através da composição química e da rapidez na hidratação.

    2.1.4 Agregados

    Para alcançar efeitos adequados é importante a seleção dos agregados

    constituintes observando todas as características pertinentes para a composição do

    concreto como: porosidade, composição ou distribuição granulométrica, absorção de

    água, forma e textura superficial, resistência à compressão, módulo de elasticidade e

    tipo de substâncias deletérias presentes (MEHTA; MONTEIRO, 2008).

    Já Kirchheim et al. (2005) declara que existe infinitas possibilidades na utilização

    de agregados de diversas características. Podendo ser os calcários, basaltos,

    mármores, granitos e outros, entretanto, a escolha dentre eles resulta do efeito

    estético que almeja.

    Além disso, ainda é importante salientar que a natureza da rocha é totalmente

    responsável pela composição química e mineralógica, características petrográficas,

    densidade de massa, dureza, resistência, estabilidades química e física, estrutura de

    poros e cor (NEVILLE, 1997).

    2.2 Concreto

    2.2.1 Histórico

    Até então de forma lenta a construção civil passa minuciosamente por um avanço

    tecnológico em seus produtos e processos a fim de acompanhar às exigências do

    mercado. O concreto, material da construção mais utilizado pelo homem, tem

    particularidades versáteis que possibilita a sua ampla utilização em vários tipos de

    construções e dos mais diversos tipos de acordo com as necessidades que o mercado

    atual exige na importância ação da estrutura. Com isso a utilização do concreto

    cromático que nesse aspecto fornece novas ideologias na construção e valorização

    das estruturas de concreto (PASSUELO, 2004).

    Segundo Paulo Helene (2003), no mercado atual existe diversas variações de

    concreto, como por exemplo: o concreto auto adensável, leve estrutural, pré-fabricado,

  • 14

    branco, com fibras, com polímeros, sustentável, o colorido utilizando cada um de

    acordo com a solicitação da demanda do projeto.

    Como vamos abordar sobre o concreto colorido, a coloração é uma substância

    que sempre esteve existente na história da construção. Desde a antiguidade os

    projetistas utilizavam esse elemento como fator essencial para a estética das

    edificações agregando valor para as criações (CARVALHO; CALAVERA, 2002).

    Com o intuito de dar essência ás edificações em concreto, as quais são

    associadas pela aparência grosseira a partir da cor acinzentada que o cimento comum

    oferece, é onde possibilita a ideia de inserir coloração a mistura de concreto para

    produção de estruturas pigmentada. Uma solução de dar vida ás formações

    acinzentadas de concreto é através da adição de pigmentos, saindo da mesmice com

    a utilização do cimento branco (COELHO et al., 2002).

    De maneira geral, todos os edifícios e toda estrutura necessária às áreas

    industriais e urbanas solicitam, de modo evidente, grandes quantidades de seus

    materiais necessários para a construção. Em grande maioria das aplicações

    estruturais o concreto é o material escolhido para ser utilizado, especialmente por ter

    um baixo custo, versatilidade, grande disponibilidade no mercado e propriedades que

    são adequadas à engenharia (MALHOTRA; MEHTA, 2002).

    Podemos considerar que o concreto é o resultado de uma tecnologia simples e

    uma ciência complexa, ou seja, composto de numerosos elementos interligados que

    acabam funcionando entre si. Na época atual, são aplicadas técnicas melhores e mais

    sofisticadas para ser feito o estudo deste material, estudo esse que se desenvolveu

    com uma grande ênfase durante os últimos 30 anos, desta forma seu entendimento

    está sendo sempre atualizado e sua tecnologia se aperfeiçoando (AÏTCIN, 2000).

    2.3 Concreto colorido

    2.3.1 Histórico

    Atualmente existe um amplo cuidado com o planejamento urbano das sociedades,

    tornando assim o concreto colorido um material bastante interessante e competente

    para poder ofertar conforto aos cidadãos, construindo ambientes mais agradáveis e

  • 15

    com uma relação mais harmoniosa entre o meio e as construções, preservando assim

    a sua qualidade de vida (EFFTING, 2013).

    No Brasil, o primeiro contato com a utilização do concreto colorido foi dado a partir

    da produção de pavers, que são peças pré-moldadas com diferentes formas, texturas

    e cores, e estas peças quando encaixadas formam um pavimento de concreto com

    efeito estético diferenciado e moderno. Esta aplicação foi feita primeiramente em

    parques e praças (PIOVESAN, 2009).

    Porém, este processo de fabricar pisos coloridos não é restrito apenas à execução

    de itens pré-moldados. Devido à alta resistência dos pisos industriais, sua produção

    vem sendo explorada para a montagem de concreto cromático moldado in loco, ou

    seja, montada no próprio local da construção, pois resiste bem ao tráfego de pedestres

    e automóveis, desde leve ao pesado (PIOVESAN, 2009).

    Por outro lado, quando se fala em estruturas de concreto armado e colorido, como

    viadutos, pontes e edifícios, o contexto brasileiro ainda pode ser tido como bastante

    retraído. Em 2005, em São Paulo, no edifício e-Tower, foi utilizado na mistura do

    concreto um pigmento de óxidos de ferro, com tonalidade avermelhada, associada a

    um aditivo considerado superplastificante na concretagem dos pilares. Sendo que este

    óxido não foi utilizado por motivo estético, mas sim para que o concreto não fosse

    confundido no momento da concretagem, visto que seria lançado concreto de alta

    resistência nos pilares. Feito isso, o resultado final acabou por tornar-se muito

    interessante do ponto de vista estético, e então foi definido que os pilares irão

    continuar com a sua superfície colorida aparente (PASSUELO, 2004).

    Da mesma forma, foi adotado concreto colorido para poder alcançar uma estrutura

    que fosse resistente ao comportamento das intempéries e à poluição, onde ambas

    são marcadas nesta cidade que é a maior metrópole brasileira. Isto ocorreu no

    Complexo Praça das Artes, que foi inaugurado em 2012, e esse projeto fazia parte da

    revitalização da região central da cidade, onde procurou-se a criação de fachadas que

    possuíssem uma alta durabilidade e resistência, visando também uma diminuição com

    os custos de manutenção ao longo da vida útil do projeto (FERRAZ, 2014).

  • 16

    Figura 2.1 – Concreto com pigmento vermelho no Complexo Praça das Artes.

    Fonte: Nelson Kon, 2012.

    Figura 2.2 – Concreto com pigmento marrom no Complexo Praça das Artes.

    Fonte: Nelson Kon, 2012.

    2.3.2 Aditivos

    De acordo com a norma americana ASTM C 125 é estabelecido que aditivo/adição

    é qualquer material, desde que não seja agregados, água, cimentos hidráulicos ou

    fibras, que serão colocados como constituinte do concreto ou argamassa e

    incorporado à massa rapidamente antes ou durante o processo de mistura (MEHTA;

    MONTEIRO, 2008).

  • 17

    O ACI Committee 212, lista mais 20 finalidades interessantes correlacionadas ao

    uso dos aditivos, quais são o aumento do nível de plasticidade do concreto sem

    aumentar o consumo de água, diminuição da segregação e da exsudação, a

    aceleração ou o retardo do tempo de pega, a rapidez das taxas de desenvolvimento

    da resistência nos primeiros anos, o encolhimento da taxa de evolução do calor

    durante o momento em que o cimento é hidratado e o crescimento da durabilidade de

    concreto em condições especiais quando submetidos a algumas exposições.

    Para os concretos cromáticos o aditivo mais indicada e empregado é o

    superplastificante. Esta categoria de aditivo permite que em sua produção haja uma

    redução de 40% de água nas misturas, o que faz com que sejam produzidos concretos

    mais resistentes e com maior durabilidade. O que ocasiona essa redução de água é

    o fato de que quando estes aditivos são absorvidos pelas partículas que constituem o

    cimento acabam por provocar forças de repulsão eletrostática ou esférica, e isto

    resulta em um aumento de fluidez, trazendo como consequência a diminuição da

    demanda de água necessária (HARTMANN; HELENE, 2003).

    2.3.3 Adição de pigmentos

    Há mais de 20 mil anos o homem utiliza as cores, descobrindo assim o corante

    primário, chamado de Negro-de-Fumo, conhecido ainda como Carbon Black. Os

    primeiros corantes considerados como inorgânicos sintéticos foram produzidos por

    volta de 3.000 a.C, tal como o Azul Egípcio. As paredes das cavernas já eram pintadas

    desde o Período Glacial, por caçadores que faziam o uso de fuligem e ocre para obter

    algumas cores, e lá realizavam seus cultos e suas cerimônias. Por outro lado, o

    primeiro corante orgânico sintético, o Mauve, foi produzido através de uma técnica

    mais avançada, pelo cientista William H. Perkin, em 1856, enquanto estudava, em seu

    laboratório caseiro, sobre a oxidação da fenilamina, conhecida como anilina (AGUIAR,

    2006).

    Com a adição de pigmentos, pode-se executar concretos pigmentados com

    qualquer tipo de cimento e agregados. No entanto, os cimentos Portland comum,

    apresentam tonalidades escuras e são impedidos de fabricar concreto com cores

    claras. As tonalidades executadas com cimento comum não serão semelhantes às

    cores dos pigmentos, pois sofrem ação da tonalidade cinza do cimento. Já a utilização

    do cimento Portland branco garante a semelhança das cores dos pigmentos,

  • 18

    produzindo concreto de cores claras, representando assim uma opção mais atraente.

    Com isso, faz necessário verificar a influência destes pigmentos nas propriedades do

    concreto fresco e endurecido (AGUIAR, 2006).

    Existem três maneiras de ser obtido o concreto colorido, e são elas: após o

    concreto endurecer pode pintar a sua superfície, introduzindo pigmentos dentro da

    mistura ou facilmente selecionando as cores dos agregados graúdos e miúdos que

    serão misturados, além de existirem cimentos com cores especiais, que podem assim

    atingir colorações derivadas de sua cor natural (HENAO CELEDÓN; AVENDAÑO,

    1999 apud PASSUELO, 2004).

    Segundo estudos de Nero e Nunes (1999), no momento em que se decide pela

    utilização de um concreto branco ou cromático visa-se atingir pelo menos três

    características principais que são identificadas como a satisfação estética, a

    eliminação do revestimento e a garantia de durabilidade do material que está sendo

    empregue.

    Para esta escolha ser feita deve-se levar em consideração os custos que irá

    causar, os quais estão envolvidos no processo e são relevantes devido ao uso de

    pigmentos e também é necessário que seja levado em consideração a admissão de

    um sistema de controle de execução qualificado (PASSUELO, 2004).

    Segunda a PCA (2003), é de extrema relevância a consideração dos efeitos dos

    componentes da mistura do concreto colorido na compostura final da cor. Em

    conformidade com a associação, os fatores eminentes que mais se destacam são a

    cor e tipo do cimento, a dosagem e o tipo do pigmento, o tipo, a graduação, a cor e a

    limpeza dos agregados, a dosagem e o tipo quando está relacionado aos aditivos.

    Outra circunstância que também influencia na coloração final do concreto é o seu

    acabamento, uma vez que as cores ficam mais intensas de acordo com o grau de

    lisura da superfície em que está sendo aplicado (COSTA et al., 2004).

    Ainda segundo Rojas (2003), encontra-se outros fatores que, similarmente aos

    demais que já foram citados, podem afetar o resultado final do concreto pigmentado,

    são: origem e cor do cimento escolhido, acabamento superficial, relação com a

    quantidade de poros, relação a/c, cor e tipo de agregados e a quantia de pigmentos.

  • 19

    É citado na Revista Pisos Industriais nº05 (2006), no que se trata da indústria

    da construção civil, que os pigmentos em forma de pó estão concorrendo com as

    soluções aquosas, pois estas possuem uma vantagem que é a de apresentar uma cor

    mais homogênea e uniforme, e também, sua forma de manusear e de medição são

    mais fáceis. Mas existe ainda uma concepção negativa a respeito desta solução, que

    fica por parte do elevado custo e transporte, pede uma maior demanda de água em

    sua composição podendo assim levar à precipitação do pigmento no fundo, se por

    acaso não for agitado por tempo suficiente.

    2.3.4 Pigmentos orgânicos e inorgânicos

    Os colorantes empregados em concreto e em outras serventias são fragmentados

    em duas partes: os pigmentos e os corantes, e ambos em mais duas classes, os

    orgânicos e os inorgânicos. Em harmonia com o autor, a alteridade entre um pigmento

    e um corante está na característica em que uma substância pode dissolver-se em

    outra, ou seja, a solubilidade, estando os pigmentos classificados como insolúveis e

    os corantes como solúveis, em meio aquoso ou em qualquer outro meio em que haja

    contato com algum solvente (ROJAS, 2001)

    A obtenção dos pigmentos orgânicos é dada com base em sínteses químicas que

    são derivadas do carvão e do petróleo, onde possuem aplicação em tintas e vernizes,

    os quais são consumidos na indústria automotiva, na construção civil e em outros

    produtos industriais. Foi afirmado por Aguiar (2006) que estes tais pigmentos não

    prejudica a resistência a qual é solicitada em determinada estrutura, bem como não

    são consideradas poluentes.

    Por outro lado, a Revista Pisos Industriais, nº05 (2006) alerta que deve ter certa

    limitação dos pigmentos orgânicos quando associado ao concreto, pois o material fica

    mais suscetível a quebras por conta de suas ligações químicas, o que acaba fazendo

    com que o produto possa ser convertido em um sal solúvel e desse modo é capaz de

    acabar danificando a peça e manchando a superfície do concreto com eflorescências.

    Por este motivo o pigmento inorgânico é um dos corantes mais indicados para

    a produção do concreto com tonalidades diferentes e expressivas, em razão de que

    estes apontam um maior índice de durabilidade e menor porção de finos, além disto,

    quando são combinados com o cimento branco atingem nuances de cores mais fortes

  • 20

    e marcantes. Os empregados com uma maior frequência são aqueles originários do

    óxido de ferro, que também podem ser orgânicos, mas nesse caso os resultados finais

    obtidos serão inferiores (PAIVA; LIMA; PACHA 2001)

    Os pigmentos mais utilizados hoje são resultantes da sucata de ferro velho,

    conhecido de forma comercial como “ferrox”, que é outra maneira de se extrair o óxido

    de ferro. Baseado nesse tipo de colorante é capaz de se conseguir cores em tons de

    ocre, areia, terra, laranja, amarelo, preto, vermelho e outros, podendo assim ser

    aproveitados para colorir telhas, pisos, blocos de concreto e até alguns tipos de

    rejuntes (ROJAS, 2011).

    Existem requisitos que o pigmento inorgânico atende e por isso passa a ser o mais

    indicado para o uso na construção civil, tanto no concreto quanto na argamassa, são

    eles (COELHO, 2001):

    Deve permanecer sem atividade quando estiver em contato com os outros

    materiais da argamassa e do concreto

    Garantir e preservar sua cor original

    Resultar em uma boa resistência a ações das intempéries

    O pH deve ser estável

    Insolúvel em água

    Ter facilidade para se misturar com o cimento e os finos da argamassa e do

    concreto

    Um importante óxido para a produção de pigmentos é o óxido de ferro, visto

    que a partir dele é possível alcançar uma grande variedade de cores, as quais são

    obtidas ao longo de modificações feitas no processo de oxidação. Desta forma, a

    primeira cor a ser atingida é o amarelo, e depois dele, através da variação de

    temperatura, é obtido o vermelho, e em seguida, eliminando o oxigênio da mistura,

    chega à cor preta. Para poder criar as outras cores, é feita uma combinação destes

    pigmentos considerados primários (AGUIAR, 2006).

    Os óxidos de cromo e cobalto são os responsáveis, respectivamente, pela cor

    azul e verde, mas por possuírem custos de produção e comercialização elevados

    acabam sendo pouco solicitados para o uso (AGUIAR, 2006).

  • 21

    Segundo Rojas (2001) explana as diferenças mais relevantes entre os

    pigmentos orgânicos e inorgânicos, quando se trata de suas aplicações, podem ser

    abreviadas da seguinte forma:

    Quadro 2.1 – Características dos Pigmentos Inorgânicos e Orgânicos

    Característica Pigmentos

    Inorgânicos

    Pigmentos

    Orgânicos

    Estabilidade térmica Alta Baixa

    Dispersibilidade Boa Ruim

    Estabilidade às

    intempéries

    Boa Ruim

    Poder de cobertura Alto Baixo

    Força colorística Baixa Alto

    Migração /

    eflorescência

    Não ocorre Possível

    Fonte: Rojas, 2001.

    2.3.5 Processo de produção

    Para poder melhorar o brilho e o poder de coloração do pigmento, os processos

    de produção passam por constantes testes e mudanças, buscando refinar o seu

    produto final. Esse refinamento tem como objetivo a produção de partículas do óxido

    de ferro que apresentem maior nível de pureza de cor e com pequenas dimensões,

    pois essas características acabam aumentando o seu grau de coloração final

    (COELHO, 2001).

    Conceição (2015) demonstra dois métodos para a mistura na confecção do

    concreto colorido. O primeiro consiste em se misturar o pigmento no caminhão

    betoneira, seria então um custo mais baixo. No entanto existe a opção de fabricar

    mais de uma coloração em função do baixo controle deste processo, restringindo a

    uma menor quantidade de concreto.

    O segundo método se baseia em sair o concreto colorido já da concreteira,

    sendo a coloração inserida na cinta transportadora como se fosse qualquer outro

    aditivo. Assim como, Conceição (2015) também indica que o pigmento seja posto na

    mistura no mesmo momento com os agregados graúdos, para auxiliar para romper os

  • 22

    aglomerados do pigmento, uma vez que são formados de partículas finas. Finalizando

    assim, após a mistura com os agregados é posto o cimento, os aditivos líquidos e

    mais uma parcela de água.

    Conceição (2015) ressalta ainda que exista uma relação máxima indicada para

    inserir os pigmentos, que seria cerca de 8% sobre a quantidade total de cimento

    adicionada no traço do concreto. Acima disto ocorre saturação e a adição de mais

    coloração o não alterará a cor e poderá acarretar em perda de resistência mecânica

    do concreto.

    Em relação à necessidade de aditivos já que o consumo de cimento é superior

    aos convencionais (FONSECA; NUNES, 1995). Com relação a isto, para dar um

    aumento à mistura, os fabricantes tornam a granulometria do cimento branco um

    pouco mais fina (PÁLLAS, 2002). Com isso a necessidade da adição de fíleres

    (FONSECA; NUNES, 1995), materiais bem finos que acrescido a mistura de concreto

    aumenta superficialmente. Já em grande parte onde o concreto branco é utilizado,

    encontra-se a necessidade da utilização de um retardador de pega, pôr o cimento

    branco ser muito reativo (NERO; NUNES, 1999).

    Já para definição dos traços, San Martin (2000) relata que para o concreto

    branco quanto mais fluida a consistência, melhores os resultados. Com isso a

    necessidade de quantidade de cimento será superior a utilizada em concretos

    convencionais (BETOCIB, 2000)

    Também é relevante a associação da relação água/aglomerante máxima.

    Conforme as pesquisas de Kirchheim 2003, a fabricação de concretos à base de

    cimento branco, utilizando uma relação a/aglomerante de 0.6, tornaram os concretos

    produzidos susceptíveis a um processo de carbonatação alto. Com isso valores

    maiores não seriam adotados sob o ponto de vista de durabilidade.

    2.3.6 Análise de porcentagem

    Aguiar (2006) verificou a influência da adição de coloração sobre a resistência

    à compressão do concreto. Em seu estudo, as porcentagens de adição dos pigmentos

    foram de 3%, 6% e 9% em relação à massa de cimento. Explanando assim um cenário

    de queda de resistência à compressão com a adição de pigmentos.

  • 23

    Uma interpretação dos resultados encontrados por Aguiar (2006) pode ser a

    elevada perda de trabalhabilidade da mistura de concreto com adição de coloração,

    variando a interação de seus grãos com os grãos de cimento e agregados, de maneira

    tal que o efeito fíler não tenha ocorrido, sem preenchimento dos poros vazios da

    mistura. A consequência final é o decréscimo de resistência.

    Já Piovesan (2009) obteve conclusões diferentes de Aguiar (2006). Enquanto

    Piovesan (2009) alcançou resistências finais dos concretos com adição de pigmento

    todas maiores em relação à do concreto referência, apesar de um aumento não muito

    expressivo, da ordem de 2% a 5%, Aguiar (2006) obteve o inverso, pois as resistências

    finais foram inferiores ao concreto referência.

    Segundo Costa et al. (2004), Hendges (2004) e Alencar (2005) avaliaram a

    resistência à compressão de concretos com adição de pigmentos e obtiveram, de

    forma generalizada, que a adição de pigmento nas porcentagens de 1,1 a 8% sobre a

    massa de cimento praticamente não interferiu na resistência à compressão.

    Entretanto Rojas (2003) aponta que o tipo e a cor, do emprego dos pigmentos

    causam a queda da resistência. Este efeito começa a ser sentido com adições

    superiores a 5% sobre a massa total de cimento utilizada na mistura.

    2.4 Execução

    2.4.1 Fôrmas

    Um ponto essencial para à durabilidade do concreto é sua textura superficial.

    Quanto mais lisa, continua e menos porosa for a superfície do concreto, mais seguro

    será à ação dos agentes agressivos. E está diretamente ligada a imposição das

    formas e do adensamento do material (RAMOS, 1991).

    O desenvolvimento de formas e dos materiais para alcançar o efeito esperado

    representa um item vital para o concreto branco e ainda existe muito a ser pesquisado

    nessa área (NERO; NUNES, 1999).

    As formas representam um fator negativo nas superfícies de concreto, e suas

    imperfeições marcam as peças em concreto aparente. Com isso, a cautela na

    execução do concreto branco é essencial para obter um resultado bom.

  • 24

    O material a ser utilizado para a produção terá o efeito no resultado final da

    peça de concreto. E deve assegurar a qualidade das superfícies na montagem e na

    ligação entres os painéis de modo para evitar perda da nata de cimento. Nero e Nunes

    (1999) evidencia a necessidade de utilizar mastiques, silicones e juntas de borracha.

    2.4.2 Desmoldantes

    Após o critério da seleção dos materiais e formas, uma escolha não adequada

    do desmoldante pode afetar toda a superfície das peças de concreto aparente.

    De acordo com Nero e Nunes (1999), no concreto aparente, e principalmente

    nos brancos, não é aconselhável a utilização dos óleos habituais de desmoldagem

    podendo surgir manchas de gordura. Os produtos propostos são à base de parafina

    incolor, devendo ser executados com pistolas de pintura e formar uma película bem

    fina e continua.

    A escolha para o desmoldante leva em consideração o material das fôrmas. Na

    obra do aeroporto de Sondika, Espanha, (SAN MARTIN, 2000), a seleção das fôrmas

    foi metálica e contrariando os autores Nero e Nunes (1999), o desmoldante escolhido

    foi produto à base de azeites vegetais emulsionados em água, demonstrando um

    resultado com sucesso na aparência superficial da estrutura.

    2.4.3 Misturas e lançamento

    Com um estudo adequado do traço e a cuidadosa seleção do material o controle da

    relação água/cimento é essencial para a execução da mistura e lançamento para

    atingir o efeito esperado. O procedimento de vibração interfere na homogeneidade da

    cor do concreto branco. Com uma intensa vibração poderá ocasionar faixas de

    tonalidade mais escura que o restante do material (PASSUELO, 2004).

    2.5 Proteção e manutenção

    Todo material sofre á ação ambiental quando exposto, ocorrendo um

    envelhecimento natural. Consequentemente, diversos cuidados devem ser tomados

    após a execução do concreto adotando algumas estratégias para a aparência

    superficial se manter ao longo do tempo. Tanto para o sistema de proteção como para

    a manutenção.

  • 25

    2.5.1 Proteção

    Apesar de todos os cuidados na fabricação do concreto, este material não está

    livre da degeneração da peça. Devido a porosidade do concreto, ele torna-se

    vulnerável ao aparecimento de fungos e mofo (RAMOS, 1991).

    As opções de sistema de proteção mais adequado para este tipo de obra são

    os que agridem menos a superfície do concreto. Nesses fatores relaciona os

    hidrofugantes de superfície ou as películas impermeabilizantes (LIMA, 1994).

    Os impermeabilizantes agem como protetores por barreiras, formando um filme

    aderente à superfície, tornando totalmente impermeável e impossibilitando a

    passagem de vapores de água. A produção pode ser de diversos tipos: vernizes,

    acrílicos, base água, base solvente, verniz epóxi e verniz poliuretano (LIMA, 1994).

    Os hidrofugantes são à base de silicones ou similares tornando chamativo para

    uso de superfícies porosas (LIMA, 1994). E são divididos em cinco grupos, são eles,

    silicatos, metil siliconados, silanos, siloxanos e ainda há misturas desses materiais

    (BATISTA, 1998).

    E também, de acordo com Lima (1994), existem sistemas duplos com a

    combinação dos dois tipos de sistemas. Bem sucedido em países europeus e no

    Brasil.

    2.5.2 Manutenção

    Segundo Nero e Nunes (1999), a exclusão do revestimento e a garantia da

    durabilidade fazem parte da fabricação de peças de concretos branco. Vale salientar

    que a durabilidade não é apenas a capacidade da resistência da peça, mas também

    da manutenção garantindo a estética ao longo prazo.

    Fazendo assim o processo de manutenção periódica, como, limpeza a base de

    água pressurizada, com algum tipo de substancia saponáceo. Respeitando os prazos,

    sem períodos muitos espaçados, para evitar que a estrutura atinja um estado crítico

    (PASSUELO, 2004).

  • 26

    3 PROGRAMA EXPERIMENTAL

    O programa experimental dessa dissertação foi elaborado com base no traço

    de concreto utilizando o método de dosagem da ABCP, acrescentando dois tipos de

    pigmento de fabricantes distintos e em duas cores cada. Na mistura de concreto foram

    incorporados pigmentos à base de hidróxido de ferro, sendo um em forma líquida e

    outro em pó, e as cores inseridas foram o azul e o amarelo. Em relação à massa de

    cimento foram adicionadas duas porcentagens (1.5% e 5%) para analisar o

    comportamento da peça. Essas porcentagens escolhidas foram recomendadas com

    base na leitura de bibliografias, onde falava que utilizando o teor do pigmento igual ou

    superior a 5% afetaria na resistência e com um teor mais baixo não influenciaria.

    Todas as atividades foram executadas no laboratório do Centro Universitário Cesmac.

    3.1 Planejamento do projeto experimental

    A caracterização do projeto experimental corresponde na definição de todos os

    coeficientes envolvidos na pesquisa, bem como o número de repetições, levando em

    consideração sempre as restrições experimentais, como: recursos econômicos,

    tempo, espaço físico, entre outros. Diante disso foi definido o experimento conforme

    a tabela abaixo:

    Quadro 3.1 – Relação da quantidade de corpos de prova

    AMOSTRAGEM

    TIPO DE

    PIGMENTO TEOR DE ADIÇÃO

    QUANTIDADE

    BRANCO - - 4

    AMARELO

    PÓ 1,5% 4

    5% 4

    LÍQUIDO 1,5% 4

    5% 4

    AZUL

    PÓ 1,5% 4

    5% 4

    LÍQUIDO 1,5% 4

    5% 4

    TOTAL 36

    Fonte: Dados da pesquisa, 2018

  • 27

    Esse projeto compreende nove combinações, onde para cada combinação

    foram moldados:

    Quatro cp’s cilíndricos de 10x20cm, onde três destes foram destinados para

    resistência à compressão e 1 para exposição as intempéries.

    3.2 Caracterização dos materiais

    Nesta pesquisa vieram a ser utilizados materiais que são bastante empregados

    em concretos convencionais, tornando o concreto branco com pigmento ser usual.

    3.2.1 Cimento

    O cimento utilizado nesta pesquisa foi o cimento branco estrutural Okay CEM

    II/A-LL 42,5 R, de origem internacional, sendo o único disponível no comércio no

    momento da pesquisa. Entretanto, teve-se o cuidado de utilizar o cimento do mesmo

    lote de fabricação, com a finalidade de não inserir ruído ao estudo.

    Quadro 3.2 – Caracterização do cimento utilizado

    Características químicas

    Principais compostos Resultados (%)

    Clínquer 80-94

    Calcário 06-20

    Sulfato 4

    Cloreto 0,10

    Características Físicas

    Densidade kg/m³ 3000

    Inicio de pega min 60

    Resistência a

    compressão 2 dias

    20 Mpa

    Resistência a

    compressão 28 dias

    42,5 - 62,5 Mpa

    Fonte: Fabricante do cimento, 2018.

    3.2.2 Agregados

    3.2.2.1 Agregado graúdo

  • 28

    Decidiu-se optar por um tipo de agregado graúdo que já existisse facilmente no

    Estado de Alagoas. O basalto é a rocha mais abundante na região, sendo então

    utilizada como agregado graúdo. Como esse material apresenta como característica

    a tonalidade escura, foi fundamental para a verificação quanto à tonalidade do

    concreto, com uma possível interferência na cor. O agregado pode ser classificado

    como brita 1 e com dimensão básica característica de 19mm. O método utilizado foi o

    mesmo no programa experimental de Kirchheim (2003).

    Quadro 3.3 – Características do agregado graúdo

    Determinações Método de

    Ensaio Resultados obtidos

    Composição

    granulométrica

    NBR

    7217:1987

    Abertura

    peneira Percentagem retirada

    ABNT (mm) Individual Acumulada

    19 0 0

    12,5 61 61

    9,5 28 89

    6,3 9 98

    4,8 1 99

    2,4 1 100

    1,2 - 100

    0,6 - 100

    0,3 - 100

    0,15 - 100

    < 0,15 - 100

    19

  • 29

    Dimensão máxima

    característica (mm)

    NBR

    7117:2012

    Módulo de finura NBR

    7117:2012 6,88

    Massa específica

    (Kg/dm³)

    NBR

    9776:1987 2,7

    Fonte: Kirchheim, 2003.

    3.2.2.2 Agregado miúdo

    Para o agregado miúdo escolheu-se a areia média proveniente da região. Conforme

    a tabela a seguir:

    Quadro 3.4 – Caracterização do agregado miúdo

    Determinações Método de

    Ensaio Resultados obtidos

    Composição

    granulométrica

    NBR

    7217:1987

    Abertura

    peneira Percentagem retirada

    ABNT (mm) Individual Acumulada

    4,8 0 0

    2,4 5 5

    1,2 16 21

    0,6 31 52

    0,3 40 92

    0,15 8 100

  • 30

    Dimensão máxima

    característica (mm)

    NBR

    7117:2012

    Módulo de finura NBR

    7117:2012 2,4

    Massa específica

    (Kg/dm³)

    NBR

    9776:1987 2,7

    Fonte: Dados da pesquisa, 2018.

    3.2.3 Pigmentos

    3.2.3.1 Pigmento em pó

    Foi utilizado um pigmento de origem nacional pigmento em pó Bayferrox 918

    LO, tipo amarelo e azul, disponível no mercado e fornecido por uma fábrica de

    argamassa situada em Maceió-Al.

    Quadro 3.5 – Dados físico-químicos do pigmento em pó

    Propriedades Físico-Química

    Sais Solúveis 0,50%

    PH 4-8

    FeOOH 99,30%

    Densidade Aparente g/cm³ 0,6-0,9

    Densidade g/cm³ 4

    Fonte: Fabricante, 2018.

    3.2.3.2 Pigmento líquido

    Foi utilizado o corante líquido xadrez, fortemente comercializado e de fácil

    acesso. Da natureza química tem como característica: corante a base de água com

    bactericida e fungicida, não metálicos, cargas, dióxido de titânio, pigmentos orgânicos

    e inorgânicos.

    Quadro 3.6 – Dados físico-químicos do pigmento líquido

    Propriedades Físico-Químicas

    Densidade g/Ml 1,16

  • 31

    PH 8,5 a 9,5

    Carbono preto

    Fonte: Sherwin Williams, 2011.

    3.2.4 Água de amassamento

    Para realização desta pesquisa foi utilizada água da rede de abastecimento

    local.

    3.3 Método de dosagem

    A metodologia de dosagem utilizada nesse trabalho foi a ABCP (Associação

    Brasileira de Cimento Portland), que inicialmente, em 1984, foi idealizada por meio do

    Estudo Técnico (ET-67), da autoria do Eng. Públio Penna Firme Rodrigues (revisado

    em 1995) apresentando características experimentais.

    Nesse método devem ser definidos alguns requisitos:

    Quadro 3.7 – Valores determinados para dosagem do concreto

    Fck projeto 30 Mpa

    Resistência do cimento aos 28 dias 42,5 Mpa

    Diâmetro máximo do agregado graúdo 19 mm

    Módulo de finura do agregado miúdo 2,4

    Massa unitária compactada do agregado

    graúdo

    1450

    Kg/m³

    Massa especifica água

    1000

    Kg/m³

    Massa especifica agregado graúdo

    2700

    Kg/m³

    Massa específica real do agregado miúdo

    2650

    Kg/m³

  • 32

    Abatimento do tronco cone "Slump Test"

    70 +-

    10mm

    Massa específica do cimento

    3000

    Kg/m³

    Fonte: Dados da pesquisa, 2018.

    3.3.1 Consumo de Água

    O primeiro passo é o cálculo da resistência média aos 28 dias, o Fcj a partir do

    desvio padrão. O desvio padrão é uma previsão média da variação das resistências à

    compressão dos corpos de prova de concreto, sendo o objetivo principal, garantir que,

    mesmo com a variação, os valores do Fcj sejam superiores ao Fck de projeto. É

    calculado pela seguinte fórmula:

    Fcj = Fck + 1,65 x Sd

    Quadro 3.8 – Valores de Sd em função do rigor da produção

    Sd Condição Classe Tipo de concreto

    4 A C10 a

    C80

    Cimento e agregado medidos em massa e água medida

    em medidor com determinação do teor de umidade dos

    agregados.

    5,5 B C10 a

    C25

    Cimento medido em massa e água é medida em volume

    mediante dispositivo dosador. Os agregados são

    medidos em massa combinada com volume para o C25

    e em volume para até C20, com a umidade do agregado

    miúdo determinada ao menos três vezes durante o turno

    de concretagem, realizando as correções através da

    curva de inchamento da areia.

    7 C C10 e

    C15

    Cimento medido em massa, os agregados em volume,

    água em medidor e a umidade dos agregados sendo

    estimada.

    Fonte: NBR 12655, 2015

  • 33

    O Sd utilizado foi de 7,0, pois foi levado em consideração que esse traço poderá

    ser executado em um canteiro de obra, sem um controle tecnológico.

    Encontrando um resultado:

    Fcj = 30 + 1,65 x 7 = 41,55 Mpa

    A próxima etapa é a fixação do Fator água/cimento, que é responsável pela

    resistência do concreto. A partir da Curva de Abrams encontramos o valor,

    considerando o Fcj e a resistência do cimento aos 28 dias. Então, a/c = 0,49.

    Figura 3.1 – Gráfico para a determinação da relação água/cimento em função das resistências do concreto e do cimento aos 28 dias de idade.

    Fonte: Rodrigues,1995.

    Após isso, foi determinado o consumo de água, tendo como base o abatimento

    determinado e o diâmetro do agregado gerando um valor igual a 200l/m3.

    Quadro 3.9 – Consumo de água

    Consumo de água aproximado (l/m³)

    Abatimento (mm)

    Dmáx agregado graúdo (mm)

    9,5 19 25 32 38

    40 a 60 220 195 190 185 180

    60 a 80 225 200 195 190 185

  • 34

    80 a 100 230 205 200 195 190

    Fonte: Método de dosagem ABCP, 1998.

    3.3.2 Consumo de cimento

    Com os dados já obtidos, determinou-se o consumo de cimento através da

    seguinte fórmula:

    Cc = Ca* a/c

    Onde:

    CC = Consumo de cimento

    Ca = Consumo de água

    a/c = Fator água/cimento

    Cc = 200 * 0,49 = 408,16 Kg/m³

    3.3.3 Consumo agregado graúdo

    Determinação do consumo de agregado graúdo

    Quadro 3.10 – Volume de agregado graúdo

    MF

    Diâmetro Máximo Agregado Graúdo (mm)

    9,5 19 25 32 38

    1,8 0,645 0,77 0,795 0,82 0,845

    2 0,625 0,75 0,775 0,8 0,825

    2,2 0,605 0,73 0,755 0,78 0,805

    2,4 0,585 0,71 0,735 0,76 0,785

    2,6 0,565 0,69 0,715 0,74 0,765

    2,8 0,545 0,67 0,695 0,72 0,745

  • 35

    3 0,525 0,65 0,675 0,7 0,725

    3,2 0,505 0,63 0,655 0,68 0,705

    3,4 0,485 0,61 0,635 0,66 0,685

    3,6 0,465 0,59 0,615 0,64 0,665

    Fonte: Método de dosagem ABCP, 1998.

    Cb= Vb*Muc

    Onde:

    Cb = Consumo de brita

    Vb = Volume de brita

    Muc = Massa unitária compactada do agregado graúdo

    Cb = 0,71 * 1450 = 1029,5 Kg/m³

    3.3.4 Consumo agregado miúdo

    No caso da areia, o volume é encontrado subtraindo-se de 1 m³ dos volumes

    já encontrados de cimento, água e brita. Onde o volume é o peso/massa especifica

    (γ).

    Volume de areia = 1-(Pc/ γc + Pb/ γb + Pa/ γa)

    Va= 1 – (408,16/3000 + 1029,05/2700 + 200/1000) = 0,2826m³

    Consumo de areia = Va * γc = 0,2826 * 2650 = 749,02 Kg/m³

    3.3.5 Definição do traço

    Por fim, a definição do traço

    Cimento: Areia : Brita 1 : Água/Cimento

    Cc/CC: Ca/cc :cb/cc : Cágua/cc

    408,16/408,16 : 749,02/408,16 : 1029,5/408,16 : 200/408,16

  • 36

    1 : 1,83 : 2,52 : 0,49

    3.4 Produção do concreto

    As misturas dos concretos foram feitos em betoneira de eixo inclinado,

    preliminarmente limpa. Foram realizados nove traços do concreto e a colocação dos

    materiais (Figura 3.2) seguiu sempre a mesma ordem, sendo: brita, areia, cimento e

    2/3 da água, sendo o restante da água colocado de acordo com a necessidade. A

    operação durou cerca de 3 a 4 minutos.

    A princípio foi realizada a mistura sem pigmento para servir como concreto de

    testemunho. Em seguida, foi executada a mistura utilizando o pigmento em pó nas

    cores escolhidas (Figura 3.3), onde o pigmento é acrescentando e misturado no

    cimento branco nas duas porcentagens. E por fim foram moldados os corpos de prova

    utilizando os pigmentos líquidos (Figura 3.4), no qual o pigmento é dissolvido nos 2/3

    da água inicial para então ser acrescentado a mistura com as duas porcentagens.

    O processo de moldagem seguiu a norma brasileira NBR 5738 (2008) e como

    desmoldante foi utilizado óleo mineral, aplicado com pincel. O adensamento foi feito

    através de golpes com uma agulha de diâmetro 25mm, padronizada para todos os

    corpos de prova moldados.

    Após as peças serem desmoldadas, foram dispostas em tanque com água

    (Figura 3.5), local que permaneceram até o dia da realização do ensaio com 7, 14 e

    28 dias de idade.

    Figura 3.2 – Materiais utilizados para concretagem

    Fonte: Acervo pessoal, 2018.

  • 37

    Figura 3.3 – Corpos de prova com pigmento em pó

    Fonte: Acervo pessoal, 2018.

    Figura 3.4 – Corpos de prova com pigmento líquido

    Fonte: Acervo pessoal, 2018.

    Figura 3.5 – Tanque de cura

    Fonte: Acervo pessoal, 2018.

  • 38

    3.5 Descrição do ensaio à compressão axial

    Para analisar o comportamento mecânico dos concretos feitos com os dois

    tipos de pigmentos e nas duas proporções, foram moldados corpos de prova

    cilíndricos 10x20 cm, simulados a ensaio de compressão simples, de acordo com a

    norma de recomendação NBR 5739 (2007).

    No intuito de avaliar o comportamento da resistência ao longo dos dias,

    adotaram-se três idades para a ruptura dos corpos de prova, são elas 7,14 e 28 dias.

    Para o ensaio foi utilizado a prensa computadorizada disponível na instituição.

    Figura 3.6 – Prensa da instituição

    Fonte: Acervo pessoal, 2018.

    3.6 Análise dos resultados

    As informações que foram encontradas nos experimentos de resistência à

    compressão com o rompimento dos corpos-de-prova receberam tratamento estatístico

    para que assim pudesse eliminar valores hipotéticos.

    Para realizar a analogia dos pigmentos, cores e porcentagens, foram utilizadas

    planilhas comparativas com gráficos para que fosse possível verificar as diferenças

    que ocorreram no ensaio à compressão.

  • 39

    4 RESULTADOS

    . Após a coleta dos dados em laboratório, gráficos foram montados para explanar

    os resultados.

    Figura 4.1 – Resultados do ensaio a compressão do pigmento em pó

    Fonte: Acervo pessoal, 2018.

    Figura 4.2 – Resultados do ensaio a compressão do pigmento líquido

    Fonte: Acervo pessoal, 2018.

  • 40

    Figura 4.3 – Corpos de prova expostos às intempéries em 23 de agosto de 2018.

    Fonte: Acervo pessoal, 2018.

    Figura 4.4 – Corpos de prova expostos às intempéries em 05 de novembro de 2018.

    Fonte: Acervo pessoal, 2018.

  • 41

    5 DISCUSSÃO

    Os resultados encontrados para cada tipo de pigmento foram plotados em gráficos

    para provocar uma melhor visualização dos dados a serem observados.

    Analisando as consequências do uso dos pigmentos líquidos, notou-se que na

    mistura do concreto houve uma melhor homogeneidade quando utilizado esse tipo de

    pigmento, melhorando assim a trabalhabilidade do concreto, e também foi possível

    proporcionar uma cor final mais intensa às peças moldadas. Em contrapartida foi

    observado uma diminuição na resistência à compressão dos corpos-de-prova de 3%

    a 13% com a idade final de 28 dias quando comparados com o concreto de

    testemunho da mesma idade, exceto a peça que foi moldada com o pigmento amarelo

    na porcentagem de 1,5%, neste caso houve um aumento de resistência.

    Considerando os efeitos causados pela utilização dos pigmentos em pó, verifica-

    se o aumento na resistência de 4 a 20% quando comparado com a resistência do

    corpo de prova de testemunho com idade de 28 dias, sendo válido para todos os

    pigmentos e suas respectivas porcentagens utilizadas. Dentro dos resultados

    encontrados também houve uma ressalva, só que desta vez em relação ao pigmento

    amarelo quando utilizado a quantidade de 5%, pois houve uma queda quando foi

    realizada a ruptura final, com 28 dias de idade, onde sua resistência ficou igual a do

    concreto utilizado como testemunho.

    Outro ponto a se destacar é em relação à resistência quando os corpos de prova

    foram rompidos com idade de 14 dias, pois foi observada uma baixa em ambos os

    tipos de pigmento, no pó aconteceu quando foi aplicada a quantidade de 5% da cor

    azul e 5% da cor amarela, já no líquido ocorreu quando foram empregadas as

    quantidades de 1,5% da cor azul e 5% da cor amarela. No concreto testemunho

    também houve uma queda significativa quando foi rompido o corpo de prova dessa

    mesma idade.

    Já em relação a tonalidade, mesmo com agregado expondo uma cor mais escura,

    a utilização do basalto não escureceu demasiadamente o concreto fabricado. A

    explanação desse fato é porque a argamassa da mistura do concreto cobriu

    inteiramente o basalto. Levando assim, que rochas de tonalidades escuras podem ser

    utilizadas na fabricação do concreto.

  • 42

    Em análise do desmoldante utilizado não houve interferências no efeito visual da

    peça.

    Já na exposição das peças aos raios ultravioletas no período de tempo de

    aproximadamente 75 dias, ainda não foi possível identificar danos as peças.

    Deve-se destacar que essas conclusões obtidas devem ser consideradas como

    indícios importantes, mas que estão associados aos materiais e condições

    experimentais empregados neste trabalho, e sua propagação deve ser realizada com

    atenção avaliando as condições dos locais para o emprego dessa pesquisa.

    5.1 Sugestões para trabalhos futuros

    A partir dos resultados que foram encontrados, ficam ideias para possíveis

    pesquisas futuras:

    Observar se sempre ocorre queda de resistência aos 14 dias quando

    utilizado o cimento Portland branco estrutural;

    Fazer o mesmo estudo só que utilizando o cimento cinza para observar

    qual é o seu comportamento.

  • 43

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  • 49

    ANEXOS

  • 50

    ANEXO A – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO

    CONCRETO SEM PIGMENTO

    Ensaio com 7 dias

  • 51

    Ensaio com 14 dias

    Ensaio com 28 dias

  • 52

    ANEXO B – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO

    CONCRETO COLORIDO AMARELO PÓ 1,5%

    Ensaio com 7 dias

  • 53

    Ensaio com 14 dias

    Ensaio com 28 dias

  • 54

    ANEXO C – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO

    CONCRETO COLORIDO AMARELO PÓ 5%

    Ensaio com 7 dias

  • 55

    Ensaio com 14 dias

    Ensaio com 28 dias

  • 56

    ANEXO D – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO

    CONCRETO COLORIDO AZUL PÓ 1,5%

    Ensaio com 7 dias

  • 57

    Ensaio com 14 dias

    Ensaio com 28 dias

  • 58

    ANEXO E – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO

    CONCRETO COLORIDO AZUL PÓ 5%

    Ensaio com 7 dias

  • 59

    Ensaio com 14 dias

    Ensaio com 28 dias

  • 60

    ANEXO F – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO

    CONCRETO COLORIDO AMARELO LÍQUIDO 1,5%

    Ensaio com 7 dias

  • 61

    Ensaio com 14 dias

    Ensaio com 28 dias

  • 62

    ANEXO G – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO

    CONCRETO COLORIDO AMARELO LÍQUIDO 5%

    Ensaio com 7 dias

  • 63

    Ensaio com 14 dias

    Ensaio com 28 dias

  • 64

    ANEXO H – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO

    CONCRETO COLORIDO AZUL LÍQUIDO 1,5%

    Ensaio com 7 dias

  • 65

    Ensaio com 14 dias

    Ensaio com 28 dias

  • 66

    ANEXO I – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO

    CONCRETO COLORIDO AZUL LÍQUIDO 5%

    Ensaio com 7 dias

  • 67

    Ensaio com 14 dias

    Ensaio com 28 dias