centro universitÁrio cesmac da...de cimento branco / ana lívia euzébio bezerra .- 201 8 . 6 8 p....
TRANSCRIPT
-
0
CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
ANA LÍVIA EUZÉBIO BEZERRA LISANDRA LIMA ALBUQUERQUE
ESTUDO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO
CONCRETO PIGMENTADO À BASE DE CIMENTO BRANCO
MACEIÓ-AL
2018/2
-
1
ANA LÍVIA EUZÉBIO BEZERRA LISANDRA LIMA ALBUQUERQUE
ESTUDO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO
CONCRETO PIGMENTADO À BASE DE CIMENTO BRANCO
Trabalho de conclusão apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Cesmac, sob a orientação do professor Mestre Rafael Leandro Costa Silva e coorientação do professor Mestre Rafael Araújo Guillou
MACEIÓ-AL
2018/2
-
REDE DE BIBLIOTECAS CESMAC
SETOR DE TRATAMENTO TÉCNICO
B Bezerra, Ana Lívia Euzébio
Estudo da resistência à compressão do concreto pigmentado à base
de cimento branco / Ana Lívia Euzébio Bezerra .- 2018.
68 p.: il.
TCC (Graduação em Engenharia Civil) – Centro Universitário CESMAC, Maceió – AL, 2018.
Orientador: Rafael Leandro Costa Silva Coorientador: Rafael Araújo Guillou 1. Concreto colorido. 2. Resistência à compressão. 3. Pigmentos. 4. Cimento branco estrutural.
I. Silva, Rafael Leandro Costa. II. Guillou, Rafael Araújo. III. Título.
CDU:624.012.45
Evandro Santos Cavalcante Bibliotecário CRB/4 1700
B574e
-
2
ANA LÍVIA EUZÉBIO BEZERRA LISANDRA LIMA ALBUQUERQUE
ESTUDO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO
CONCRETO PIGMENTADO À BASE DE CIMENTO BRANCO
Trabalho de conclusão apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Cesmac, sob a orientação do professor Mestre Rafael Leandro Costa Silva e coorientação do Professor Mestre Rafael Araújo Guillou.
APROVADO EM:
Prof. Me. Rafael Leandro Costa Silva Orientador
Prof. Me. Rafael Araújo Guillou Coorientador
BANCA EXAMINADORA
Eng. Cleilson Fábio Bernardino Júnior
Prof. Me Daniel Almeida Tenório
-
3
Agradecimentos
Em primeiro lugar agradecemos à Deus, o qual sempre foi nosso guia em toda trajetória acadêmica, onde todas as decisões tomadas, sofreram sua influência.
Aos nossos pais pela grande oportunidade que nos proporcionaram nesses
cinco anos fora de casa, que sem dúvida, foi uma grande experiência de crescimento,
que não esqueceremos em momento algum.
Agradecemos ao nosso professor e coorientador, Rafael Guillou, pelos
ensinamentos passados durante as disciplinas em curso e, principalmente, aos
conselhos e conhecimentos transmitidos no período de elaboração do nosso TCC.
À professora Anne Dayse, que compartilhou conosco o seu saber durante um
ano, nos orientando da melhor maneira possível para que pudéssemos fazer um
excelente trabalho.
Aos nossos amigos, Pedro e Lucas, por toda disponibilidade e tempo dedicados
ao nosso trabalho em laboratório. Saibam que a ajuda de vocês foi fundamental para
que chegássemos ao fim.
Ao nosso fornecedor do cimento e dos pigmentos, Paulo Estênio, da empresa
Rhota, que nos recebeu muito bem e com toda paciência nos ensinou um pouco de
tudo que sabia sobre os materiais, onde adquiriu tal conhecimento com a experiência
de anos trabalhando no mercado.
Ao Rogério, colaborador do laboratório do CESMAC, que nos deu total
assistência durante o período de montagem dos corpos de prova e, sobretudo, no
decorrer de todos os dias em que fomos realizar os rompimentos dos nossos corpos
de prova.
-
4
ESTUDO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETO PIGMENTADO Á
BASE DE CIMENTO BRANCO
STUDY OF THE RESISTANCE TO THE COMPRESSIVE STRENGHT OF
PIGMENTED CONCRETE BASED ON WHITE CEMENT
Ana Lívia Euzébio Bezerra
Lisandra Lima Albuquerque Graduandas do Curso de Engenharia Civil
[email protected] [email protected]
Rafael Leandro Costa Silva Rafael Araújo Guillou
Professores e Mestres, do Curso de Engenharia Civil [email protected]
RESUMO
O presente trabalho busca desenvolver um concreto colorido utilizando cimento branco estrutural e
pigmentos em duas formas, que são elas, líquida e em pó. No qual serão elaborados corpos de prova
utilizando duas cores diferentes com duas porcentagens distintas para cada cor escolhida. Tem-se
como objetivo julgar a atuação da adição de pigmentos nos concretos feitos com cimento branco
estrutural quando submetidos à compressão axial e também analisar alguns aspectos em sua
durabilidade e homogeneidade. A partir dos testes de compressão realizados em laboratório notou-se
que, os corpos de prova que foram moldados com os pigmentos em pó obtiveram um melhor
desempenho em relação aos que em sua mistura foi incorporado o pigmento líquido.
Palavras-chave: Concreto colorido. Resistência à compressão. Pigmentos. Cimento
branco estrutural.
ABSTRACT
The present work seeks to develop a colored concrete using structural white cement and pigments in
two forms, which are liquid and powder. That will be elaborated test specimens using two different colors
with two different percentages for each chosen color. The purpose of this study is to evaluate the
performance of the pigment addition in concretes made with structural white cement when subjected to
axial compression and also to analyze some aspects in their durability and homogeneity. From the
compression tests carried out in the laboratory, it was noticed that the specimens that were molded with
the powdered pigments obtained a better performance in relation to those in which the liquid pigment
was incorporated into the mixture.
Keywords: Colorful concrete. Compressive strength. Pigments. Structural white
cement.
mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
-
5
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 Concreto com pigmento vermelho no Complexo Praça das Artes ....... 16 Figura 2.2 Concreto com pigmento marrom no Complexo Praça das Artes ......... 16 Figura 3.1 Gráfico para a determinação da relação água/cimento em função das resistências do concreto e do cimento aos 28 dias de idade................................... 33 Figura 3.2 Materiais utilizados para concretagem .................................................. 36 Figura 3.3 Corpos de prova com pigmento em pó .................................................. 37 Figura 3.4 Corpos de prova com pigmento líquido ................................................. 37 Figura 3.5 Tanque de cura ..................................................................................... 37 Figura 3.6 Prensa da instituição............................................................................. 38 Figura 4.1 Resultados do ensaio a compressão do pigmento em pó ..................... 39 Figura 4.2 Resultados do ensaio a compressão do pigmento líquido .................... 40 Figura 4.3 Corpos de prova expostos às intempéries em 23 de agosto de 2018… 40 Figura 4.4 Corpos de prova expostos às intempéries em 05 de nov de 2018 ....... 41
-
6
LISTA DE QUADROS
Quadro 2.1Características dos Pigmentos Inorgânicos e Orgânicos .................... 20 Quadro 3.1 Relação da quantidade de corpos de prova ........................................ 26 Quadro 3.2 Caracterização do cimento utilizado .................................................. 27 Quadro 3.3 Características do agregado graúdo ................................................. 28 Quadro 3.4 Caracterização do agregado miúdo .................................................... 29 Quadro 3.5 Dados físico-químicos do pigmento em pó ......................................... 30 Quadro 3.6 Dados físico-químicos do pigmento líquido ......................................... 30 Quadro 3.7 Valores determinados para dosagem do concreto .............................. 31 Quadro 3.8 Valores de Sd em função do rigor da produção ................................... 32 Quadro 3.9 Consumo de água ............................................................................... 33 Quadro 3.10 Volume de agregado graúdo ............................................................ 34
-
7
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ ............. 9 1.1 Considerações iniciais .................................................................................... 9 1.2 Objetivos .......................................................................................................... 10 1.2.1 Objetivo geral.................................................................................................. 10 1.2.2 Objetivos específicos ..................................................................................... 10 2 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................... 11 2.1 Cimento Portland branco ............................................................................... 11 2.1.1 Definição ........................................................................................................ 11 2.1.2 Fabricação ..................................................................................................... 11 2.1.3 Características ............................................................................................... 11 2.1.4 Agregados ...................................................................................................... 13 2.2 Concreto .......................................................................................................... 13 2.2.1 Histórico ......................................................................................................... 13 2.3 Concreto colorido ........................................................................................... 14 2.3.1 Histórico ......................................................................................................... 14 2.3.2 Aditivos .......................................................................................................... 16 2.3.3 Adição de pigmentos ..................................................................................... 17 2.3.4 Pigmentos orgânicos e inorgânicos ............................................................... 19 2.3.5 Processo de Produção ................................................................................... 21 2.3.6 Análise de Porcentagem................................................................................. 23 2.4 Execução.......................................................................................................... 23 2.4.1 Fôrmas ........................................................................................................... 23 2.4.2 Desmoldantes ................................................................................................ 24 2.4.3 Mistura e lançamento ................................................................................... .. 24 2.5 Proteção e manutenção .................................................................................. 24 2.5.1 Proteção ........................................................................................................ 25 2.5.2 Manutenção..................................................................................................... 25 3 PROGRAMA EXPERIMENTAL ........................................................................... 26 3.1 Planejamento do projeto experimental.......................................................... 26 3.2 Caracterização dos materiais......................................................................... 27 3.2.1 Cimento .......................................................................................................... 27 3.2.2 Agregados ...................................................................................................... 27 3.2.2.1 Agregado graúdo ........................................................................................ 27 3.2.2.2 Agregado miúdo ......................................................................................... 29 3.2.3 Pigmentos ..................................................................................................... 30 3.2.3.1 Pigmento em pó ......................................................................................... 30 3.2.3.2 Pigmento em líquido ................................................................................... 30 3.2.4 Água de amassamento .................................................................................. 31 3.3 Método de dosagem........................................................................................ 31 3.3.1 Consumo de água .......................................................................................... 32 3.3.2 Consumo de cimento ..................................................................................... 34 3.3.3 Consumo agregado graúdo ........................................................................... 34 3.3.4 Consumo agregado miúdo ............................................................................ 35 3.3.5 Definição do traço ......................................................................................... 35 3.4 Produção do concreto.................................................................................... 36 3.5 Descrição do ensaio à compressão axial..................................................... 38 3.6 Analise dos resultados................................................................................... 38 4 RESULTADOS .................................................................................................... 39
-
8
5 DISCUSSÃO ....................................................................................................... 41 5.1Sugestões para trabalhos futuros ................................................................. 42 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 43 ANEXOS ................................................................................................................ 49 ANEXO A – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO CONCRETO SEM PIGMENTO .............................................................................. 50 ANEXO B – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO CONCRETO COLORIDO AMARELO PÓ 1,5 % .................................................... 52 ANEXO C – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO CONCRETO COLORIDO AMARELO PÓ 5 % ....................................................... 54 ANEXO D – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO CONCRETO COLORIDO AZUL PÓ 1,5 % ............................................................ 56 ANEXO E – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO CONCRETO COLORIDO AZUL PÓ 5 % ............................................................... 58 ANEXO F – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO CONCRETO COLORIDO AMARELO LÍQUIDO 1,5 % .......................................... 60 ANEXO G – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO CONCRETO COLORIDO AMARELO LÍQUIDO 5 % ............................................. 62 ANEXO H – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO CONCRETO COLORIDO AZUL LÍQUIDO 1,5 % .................................................. 64 ANEXO I – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO CONCRETO COLORIDO AZUL LÍQUIDO 5 % ..................................................... 66
-
9
1 INTRODUÇÃO 1.1 Considerações iniciais
O concreto é fortemente utilizado na construção civil, com grandes benefícios,
principalmente do ponto de vista estrutural. Esse tipo de material ainda é, porventura,
censurado por seu aspecto pouco atrativo, sendo considerado com pequeno valor
arquitetônico quando se fala sobre concreto aparente. Na maioria das vezes,
arquitetos ainda costumam relutar em utilizá-lo como objeto de criatividade em seus
projetos e acabam optando por outros tipos de materiais ou aplicando algum tipo de
revestimento, e isto geralmente ocorre por conta da sua cor ser acinzentada e por
obter um aspecto inexpressivo.
Com o avanço tecnológico e a demanda do mercado por novos materiais, nos
últimos anos, pesquisadores e estudiosos vêm sendo constantemente induzidos a
explorarem as propriedades do concreto, incorporando novos materiais capaz de
mostrar os mesmos resultados ou superiores aos existentes, como, por exemplo, a
inserção de pigmento no concreto para realçar valores estéticos da construção com a
utilização do cimento branco.
A versatilidade do cimento branco pode ser utilizado em diversas áreas da
construção civil como: concreto estrutural, pré-fabricados, artefatos de cimento,
argamassa de revestimento, painéis de fechamento, blocos de concreto e pisos. E
com a inserção da coloração no cimento, possibilita aos engenheiros e arquitetos
introduzir esse material para trazer o diferencial e inovação aos seus projetos.
Entretanto, a bibliografia atual sobre o tema não é ampla, sendo encontradas
poucas publicações, onde a maioria é estrangeira, referentes à produção,
propriedades químicas e físico-mecânicas do cimento branco, algumas vezes
comparando as propriedades analisadas com cimentos Portland cinza. Nota-se
também um espaço vazio quanto às propriedades relacionadas à durabilidade e
execução de concretos moldados com esse tipo de cimento, ocorrendo esta
deficiência até mesmo em países que já o utilizam em grandes obras.
Verifica-se assim, a necessidade de maiores investigações de parâmetros
construtivos e propriedades do concreto de cimento branco estrutural, principalmente
quando agregado à adição de pigmentos. O uso de pigmentos em concreto branco
-
10
ainda tem sua exploração um pouco defasada e sua consequência é pouco
conhecida. Por ser um material relativamente novo, até então não se tem estudos
suficientes, em especial no que se refere à durabilidade, resistência e controle
tecnológico.
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo geral
Como objetivo principal, este trabalho consiste em avaliar a influência da adição
de pigmentos na resistência à compressão axial dos concretos feitos com cimento
branco estrutural e em algumas propriedades de durabilidade.
1.2.2 Objetivos específicos
a) Analisar a porcentagem da adição de pigmentos na fabricação do concreto com
cimento branco estrutural;
b) Observar a relação entre cada cor do pigmento (azul e amarela) na resistência
à compressão e facilidade de moldagem dos corpos de prova com uma perda
mínima de homogeneidade;
c) Verificar possíveis interferências na resistência à compressão entre os
pigmentos em pó e líquido
d) Avaliar possíveis desbotamentos de cada amostra de cor quando exposto a
intempéries e o nível de perda da cor inicial.
-
11
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Cimento Portland branco
2.1.1 Definição
A NBR 12989 (1993) – Cimento Portland Branco (ABNT, 1993) define cimento
Portland branco como aglomerante hidráulico constituído de clínquer branco, uma ou
mais formas de sulfato de cálcio e adições. Podendo ainda ser subdivididos em:
Cimento Portland branco estrutural e não estrutural.
Os cimentos Portland brancos estruturais se enquadram em três categorias: 25,
32, 40, sendo que estes valores representam os mínimos de resistência à compressão
aos 28 dias, em unidades MPa, e podem ser empregados na execução para estruturas
com função estrutural. Em analogia os cimentos Portland brancos não estruturais 19
são utilizados na fabricação de rejuntes, revestimentos, ou outros usos
complementares (PIOVESAN, 2009).
Vale salientar que os diversos tipos de cimento manifestam variações de nuance
e que sua permuta ao longo da obra poderá gerar variações na cor do concreto
(HENAO CELEDÓN; AVENDANO, 1999). Como explana Suárez (2002), cimentos do
mesmo tipo oscilam a coloração de acordo com lote e fabricação.
2.1.2 Fabricação
A fabricação do cimento Portland branco é necessário que as matérias primas
apresentem redução do teor de oxido de ferro, já que é através dele que vem a
tonalidade cinza do cimento comum. Já a quantidade total de ferro necessário é
inferior a 0,5% de Fe2O3 e o ferro é conservado no estado reduzido de Fe2+, com isso
alcança um clínquer de tonalidade branco (METHA; MONTEIRO, 2008).
2.1.3 Características
Na analogia com os aspectos físicos, entre o cimento cinza comum e o cimento
branco é a granulometria fina e o princípio da pega. A coloração branca é mais
evidente quanto maior for a dimensão específica. Deste modo, os cimentos brancos
são normalmente triturados mais finamente que os cimentos convencionais (PALLÁS,
-
12
2002). Como efeito, eles se tornam mais reativos em união com a água (FONSECA;
NUNES, 1995).
A NBR 12.989 (ABNT, 1993) é a norma específica dos requisitos mecânicos e
físicos para o cimento Portland branco. Conforme Metha e Monteiro (2008): a finura
dos aglomerantes interfere na velocidade de hidratação, consistência, segregação,
trabalhabilidade, retração e quantidade do ar presente. Com isso, a resistência inicial
terá um crescimento rápido, contudo, a velocidade inicial irá ocasionar um
desprendimento maior de calor de hidratação. Como a pasta de cimento é fina, pode
ocasionar maior fissuração e retração, mas evita a exsudação do concreto. Cimentos
finos possuem uma maior concentração de C3A disponível para a hidratação. Para
facilitar a moldagem do concreto acrescenta-se uma maior quantidade de água na
mistura (NEVILLE, 1997).
A produção exige uma matéria prima mais especifica e, sem dúvida, mais cara, e
o custo da moagem também é maior. Assim, o valor do cimento branco, até alguns
anos atrás, era de duas a três vezes maior que o cimento cinza. (METHA; MONTEIRO,
2008)
A granulometria do cimento interfere na rapidez da hidratação, a qual inicia na
superfície dos elementos; a dimensão como um todo da superfície do cimento
relaciona o material disponível para hidratação (NEVILLE, 1997).
De modo que o cimento branco carece de uma maior quantidade de água para
sua trabalhabilidade, visto que sua resistência inicial será elevada, ocasionando um
maior índice de calor, gerando assim uma maior facilidade para apresentar fissuração
e retração, ocasionando a necessidade de adotar soluções compensatórias, pois pode
ocasionar um aumento da retração plástica no concreto produzido com este cimento
(FONSECA e NUNES, 1995 apud PASSUELO, 2004).
Em observação as características mecânicas, o cimento branco expõe uma
conduta semelhante ao cinza. Uma análise observada por Hamad (1995) constatou
que quanto à resistência, os cimentos brancos não indicam valores menores aos
cimentos cinza.
Já o estudo de Baroni (2003), explanou que o crescimento de flechas ao decorrer
do tempo representou mais evidente em vigas de concreto branco do que em vigas
-
13
de concreto cinza, acarretando um fenômeno de deformação lenta nos concretos
produzidos pelos dois tipos de cimento. Mas estudos mais consistentes podem revelar
de forma mais clara que a análise dessa deformação de concreto com cimento branco
se dá através da composição química e da rapidez na hidratação.
2.1.4 Agregados
Para alcançar efeitos adequados é importante a seleção dos agregados
constituintes observando todas as características pertinentes para a composição do
concreto como: porosidade, composição ou distribuição granulométrica, absorção de
água, forma e textura superficial, resistência à compressão, módulo de elasticidade e
tipo de substâncias deletérias presentes (MEHTA; MONTEIRO, 2008).
Já Kirchheim et al. (2005) declara que existe infinitas possibilidades na utilização
de agregados de diversas características. Podendo ser os calcários, basaltos,
mármores, granitos e outros, entretanto, a escolha dentre eles resulta do efeito
estético que almeja.
Além disso, ainda é importante salientar que a natureza da rocha é totalmente
responsável pela composição química e mineralógica, características petrográficas,
densidade de massa, dureza, resistência, estabilidades química e física, estrutura de
poros e cor (NEVILLE, 1997).
2.2 Concreto
2.2.1 Histórico
Até então de forma lenta a construção civil passa minuciosamente por um avanço
tecnológico em seus produtos e processos a fim de acompanhar às exigências do
mercado. O concreto, material da construção mais utilizado pelo homem, tem
particularidades versáteis que possibilita a sua ampla utilização em vários tipos de
construções e dos mais diversos tipos de acordo com as necessidades que o mercado
atual exige na importância ação da estrutura. Com isso a utilização do concreto
cromático que nesse aspecto fornece novas ideologias na construção e valorização
das estruturas de concreto (PASSUELO, 2004).
Segundo Paulo Helene (2003), no mercado atual existe diversas variações de
concreto, como por exemplo: o concreto auto adensável, leve estrutural, pré-fabricado,
-
14
branco, com fibras, com polímeros, sustentável, o colorido utilizando cada um de
acordo com a solicitação da demanda do projeto.
Como vamos abordar sobre o concreto colorido, a coloração é uma substância
que sempre esteve existente na história da construção. Desde a antiguidade os
projetistas utilizavam esse elemento como fator essencial para a estética das
edificações agregando valor para as criações (CARVALHO; CALAVERA, 2002).
Com o intuito de dar essência ás edificações em concreto, as quais são
associadas pela aparência grosseira a partir da cor acinzentada que o cimento comum
oferece, é onde possibilita a ideia de inserir coloração a mistura de concreto para
produção de estruturas pigmentada. Uma solução de dar vida ás formações
acinzentadas de concreto é através da adição de pigmentos, saindo da mesmice com
a utilização do cimento branco (COELHO et al., 2002).
De maneira geral, todos os edifícios e toda estrutura necessária às áreas
industriais e urbanas solicitam, de modo evidente, grandes quantidades de seus
materiais necessários para a construção. Em grande maioria das aplicações
estruturais o concreto é o material escolhido para ser utilizado, especialmente por ter
um baixo custo, versatilidade, grande disponibilidade no mercado e propriedades que
são adequadas à engenharia (MALHOTRA; MEHTA, 2002).
Podemos considerar que o concreto é o resultado de uma tecnologia simples e
uma ciência complexa, ou seja, composto de numerosos elementos interligados que
acabam funcionando entre si. Na época atual, são aplicadas técnicas melhores e mais
sofisticadas para ser feito o estudo deste material, estudo esse que se desenvolveu
com uma grande ênfase durante os últimos 30 anos, desta forma seu entendimento
está sendo sempre atualizado e sua tecnologia se aperfeiçoando (AÏTCIN, 2000).
2.3 Concreto colorido
2.3.1 Histórico
Atualmente existe um amplo cuidado com o planejamento urbano das sociedades,
tornando assim o concreto colorido um material bastante interessante e competente
para poder ofertar conforto aos cidadãos, construindo ambientes mais agradáveis e
-
15
com uma relação mais harmoniosa entre o meio e as construções, preservando assim
a sua qualidade de vida (EFFTING, 2013).
No Brasil, o primeiro contato com a utilização do concreto colorido foi dado a partir
da produção de pavers, que são peças pré-moldadas com diferentes formas, texturas
e cores, e estas peças quando encaixadas formam um pavimento de concreto com
efeito estético diferenciado e moderno. Esta aplicação foi feita primeiramente em
parques e praças (PIOVESAN, 2009).
Porém, este processo de fabricar pisos coloridos não é restrito apenas à execução
de itens pré-moldados. Devido à alta resistência dos pisos industriais, sua produção
vem sendo explorada para a montagem de concreto cromático moldado in loco, ou
seja, montada no próprio local da construção, pois resiste bem ao tráfego de pedestres
e automóveis, desde leve ao pesado (PIOVESAN, 2009).
Por outro lado, quando se fala em estruturas de concreto armado e colorido, como
viadutos, pontes e edifícios, o contexto brasileiro ainda pode ser tido como bastante
retraído. Em 2005, em São Paulo, no edifício e-Tower, foi utilizado na mistura do
concreto um pigmento de óxidos de ferro, com tonalidade avermelhada, associada a
um aditivo considerado superplastificante na concretagem dos pilares. Sendo que este
óxido não foi utilizado por motivo estético, mas sim para que o concreto não fosse
confundido no momento da concretagem, visto que seria lançado concreto de alta
resistência nos pilares. Feito isso, o resultado final acabou por tornar-se muito
interessante do ponto de vista estético, e então foi definido que os pilares irão
continuar com a sua superfície colorida aparente (PASSUELO, 2004).
Da mesma forma, foi adotado concreto colorido para poder alcançar uma estrutura
que fosse resistente ao comportamento das intempéries e à poluição, onde ambas
são marcadas nesta cidade que é a maior metrópole brasileira. Isto ocorreu no
Complexo Praça das Artes, que foi inaugurado em 2012, e esse projeto fazia parte da
revitalização da região central da cidade, onde procurou-se a criação de fachadas que
possuíssem uma alta durabilidade e resistência, visando também uma diminuição com
os custos de manutenção ao longo da vida útil do projeto (FERRAZ, 2014).
-
16
Figura 2.1 – Concreto com pigmento vermelho no Complexo Praça das Artes.
Fonte: Nelson Kon, 2012.
Figura 2.2 – Concreto com pigmento marrom no Complexo Praça das Artes.
Fonte: Nelson Kon, 2012.
2.3.2 Aditivos
De acordo com a norma americana ASTM C 125 é estabelecido que aditivo/adição
é qualquer material, desde que não seja agregados, água, cimentos hidráulicos ou
fibras, que serão colocados como constituinte do concreto ou argamassa e
incorporado à massa rapidamente antes ou durante o processo de mistura (MEHTA;
MONTEIRO, 2008).
-
17
O ACI Committee 212, lista mais 20 finalidades interessantes correlacionadas ao
uso dos aditivos, quais são o aumento do nível de plasticidade do concreto sem
aumentar o consumo de água, diminuição da segregação e da exsudação, a
aceleração ou o retardo do tempo de pega, a rapidez das taxas de desenvolvimento
da resistência nos primeiros anos, o encolhimento da taxa de evolução do calor
durante o momento em que o cimento é hidratado e o crescimento da durabilidade de
concreto em condições especiais quando submetidos a algumas exposições.
Para os concretos cromáticos o aditivo mais indicada e empregado é o
superplastificante. Esta categoria de aditivo permite que em sua produção haja uma
redução de 40% de água nas misturas, o que faz com que sejam produzidos concretos
mais resistentes e com maior durabilidade. O que ocasiona essa redução de água é
o fato de que quando estes aditivos são absorvidos pelas partículas que constituem o
cimento acabam por provocar forças de repulsão eletrostática ou esférica, e isto
resulta em um aumento de fluidez, trazendo como consequência a diminuição da
demanda de água necessária (HARTMANN; HELENE, 2003).
2.3.3 Adição de pigmentos
Há mais de 20 mil anos o homem utiliza as cores, descobrindo assim o corante
primário, chamado de Negro-de-Fumo, conhecido ainda como Carbon Black. Os
primeiros corantes considerados como inorgânicos sintéticos foram produzidos por
volta de 3.000 a.C, tal como o Azul Egípcio. As paredes das cavernas já eram pintadas
desde o Período Glacial, por caçadores que faziam o uso de fuligem e ocre para obter
algumas cores, e lá realizavam seus cultos e suas cerimônias. Por outro lado, o
primeiro corante orgânico sintético, o Mauve, foi produzido através de uma técnica
mais avançada, pelo cientista William H. Perkin, em 1856, enquanto estudava, em seu
laboratório caseiro, sobre a oxidação da fenilamina, conhecida como anilina (AGUIAR,
2006).
Com a adição de pigmentos, pode-se executar concretos pigmentados com
qualquer tipo de cimento e agregados. No entanto, os cimentos Portland comum,
apresentam tonalidades escuras e são impedidos de fabricar concreto com cores
claras. As tonalidades executadas com cimento comum não serão semelhantes às
cores dos pigmentos, pois sofrem ação da tonalidade cinza do cimento. Já a utilização
do cimento Portland branco garante a semelhança das cores dos pigmentos,
-
18
produzindo concreto de cores claras, representando assim uma opção mais atraente.
Com isso, faz necessário verificar a influência destes pigmentos nas propriedades do
concreto fresco e endurecido (AGUIAR, 2006).
Existem três maneiras de ser obtido o concreto colorido, e são elas: após o
concreto endurecer pode pintar a sua superfície, introduzindo pigmentos dentro da
mistura ou facilmente selecionando as cores dos agregados graúdos e miúdos que
serão misturados, além de existirem cimentos com cores especiais, que podem assim
atingir colorações derivadas de sua cor natural (HENAO CELEDÓN; AVENDAÑO,
1999 apud PASSUELO, 2004).
Segundo estudos de Nero e Nunes (1999), no momento em que se decide pela
utilização de um concreto branco ou cromático visa-se atingir pelo menos três
características principais que são identificadas como a satisfação estética, a
eliminação do revestimento e a garantia de durabilidade do material que está sendo
empregue.
Para esta escolha ser feita deve-se levar em consideração os custos que irá
causar, os quais estão envolvidos no processo e são relevantes devido ao uso de
pigmentos e também é necessário que seja levado em consideração a admissão de
um sistema de controle de execução qualificado (PASSUELO, 2004).
Segunda a PCA (2003), é de extrema relevância a consideração dos efeitos dos
componentes da mistura do concreto colorido na compostura final da cor. Em
conformidade com a associação, os fatores eminentes que mais se destacam são a
cor e tipo do cimento, a dosagem e o tipo do pigmento, o tipo, a graduação, a cor e a
limpeza dos agregados, a dosagem e o tipo quando está relacionado aos aditivos.
Outra circunstância que também influencia na coloração final do concreto é o seu
acabamento, uma vez que as cores ficam mais intensas de acordo com o grau de
lisura da superfície em que está sendo aplicado (COSTA et al., 2004).
Ainda segundo Rojas (2003), encontra-se outros fatores que, similarmente aos
demais que já foram citados, podem afetar o resultado final do concreto pigmentado,
são: origem e cor do cimento escolhido, acabamento superficial, relação com a
quantidade de poros, relação a/c, cor e tipo de agregados e a quantia de pigmentos.
-
19
É citado na Revista Pisos Industriais nº05 (2006), no que se trata da indústria
da construção civil, que os pigmentos em forma de pó estão concorrendo com as
soluções aquosas, pois estas possuem uma vantagem que é a de apresentar uma cor
mais homogênea e uniforme, e também, sua forma de manusear e de medição são
mais fáceis. Mas existe ainda uma concepção negativa a respeito desta solução, que
fica por parte do elevado custo e transporte, pede uma maior demanda de água em
sua composição podendo assim levar à precipitação do pigmento no fundo, se por
acaso não for agitado por tempo suficiente.
2.3.4 Pigmentos orgânicos e inorgânicos
Os colorantes empregados em concreto e em outras serventias são fragmentados
em duas partes: os pigmentos e os corantes, e ambos em mais duas classes, os
orgânicos e os inorgânicos. Em harmonia com o autor, a alteridade entre um pigmento
e um corante está na característica em que uma substância pode dissolver-se em
outra, ou seja, a solubilidade, estando os pigmentos classificados como insolúveis e
os corantes como solúveis, em meio aquoso ou em qualquer outro meio em que haja
contato com algum solvente (ROJAS, 2001)
A obtenção dos pigmentos orgânicos é dada com base em sínteses químicas que
são derivadas do carvão e do petróleo, onde possuem aplicação em tintas e vernizes,
os quais são consumidos na indústria automotiva, na construção civil e em outros
produtos industriais. Foi afirmado por Aguiar (2006) que estes tais pigmentos não
prejudica a resistência a qual é solicitada em determinada estrutura, bem como não
são consideradas poluentes.
Por outro lado, a Revista Pisos Industriais, nº05 (2006) alerta que deve ter certa
limitação dos pigmentos orgânicos quando associado ao concreto, pois o material fica
mais suscetível a quebras por conta de suas ligações químicas, o que acaba fazendo
com que o produto possa ser convertido em um sal solúvel e desse modo é capaz de
acabar danificando a peça e manchando a superfície do concreto com eflorescências.
Por este motivo o pigmento inorgânico é um dos corantes mais indicados para
a produção do concreto com tonalidades diferentes e expressivas, em razão de que
estes apontam um maior índice de durabilidade e menor porção de finos, além disto,
quando são combinados com o cimento branco atingem nuances de cores mais fortes
-
20
e marcantes. Os empregados com uma maior frequência são aqueles originários do
óxido de ferro, que também podem ser orgânicos, mas nesse caso os resultados finais
obtidos serão inferiores (PAIVA; LIMA; PACHA 2001)
Os pigmentos mais utilizados hoje são resultantes da sucata de ferro velho,
conhecido de forma comercial como “ferrox”, que é outra maneira de se extrair o óxido
de ferro. Baseado nesse tipo de colorante é capaz de se conseguir cores em tons de
ocre, areia, terra, laranja, amarelo, preto, vermelho e outros, podendo assim ser
aproveitados para colorir telhas, pisos, blocos de concreto e até alguns tipos de
rejuntes (ROJAS, 2011).
Existem requisitos que o pigmento inorgânico atende e por isso passa a ser o mais
indicado para o uso na construção civil, tanto no concreto quanto na argamassa, são
eles (COELHO, 2001):
Deve permanecer sem atividade quando estiver em contato com os outros
materiais da argamassa e do concreto
Garantir e preservar sua cor original
Resultar em uma boa resistência a ações das intempéries
O pH deve ser estável
Insolúvel em água
Ter facilidade para se misturar com o cimento e os finos da argamassa e do
concreto
Um importante óxido para a produção de pigmentos é o óxido de ferro, visto
que a partir dele é possível alcançar uma grande variedade de cores, as quais são
obtidas ao longo de modificações feitas no processo de oxidação. Desta forma, a
primeira cor a ser atingida é o amarelo, e depois dele, através da variação de
temperatura, é obtido o vermelho, e em seguida, eliminando o oxigênio da mistura,
chega à cor preta. Para poder criar as outras cores, é feita uma combinação destes
pigmentos considerados primários (AGUIAR, 2006).
Os óxidos de cromo e cobalto são os responsáveis, respectivamente, pela cor
azul e verde, mas por possuírem custos de produção e comercialização elevados
acabam sendo pouco solicitados para o uso (AGUIAR, 2006).
-
21
Segundo Rojas (2001) explana as diferenças mais relevantes entre os
pigmentos orgânicos e inorgânicos, quando se trata de suas aplicações, podem ser
abreviadas da seguinte forma:
Quadro 2.1 – Características dos Pigmentos Inorgânicos e Orgânicos
Característica Pigmentos
Inorgânicos
Pigmentos
Orgânicos
Estabilidade térmica Alta Baixa
Dispersibilidade Boa Ruim
Estabilidade às
intempéries
Boa Ruim
Poder de cobertura Alto Baixo
Força colorística Baixa Alto
Migração /
eflorescência
Não ocorre Possível
Fonte: Rojas, 2001.
2.3.5 Processo de produção
Para poder melhorar o brilho e o poder de coloração do pigmento, os processos
de produção passam por constantes testes e mudanças, buscando refinar o seu
produto final. Esse refinamento tem como objetivo a produção de partículas do óxido
de ferro que apresentem maior nível de pureza de cor e com pequenas dimensões,
pois essas características acabam aumentando o seu grau de coloração final
(COELHO, 2001).
Conceição (2015) demonstra dois métodos para a mistura na confecção do
concreto colorido. O primeiro consiste em se misturar o pigmento no caminhão
betoneira, seria então um custo mais baixo. No entanto existe a opção de fabricar
mais de uma coloração em função do baixo controle deste processo, restringindo a
uma menor quantidade de concreto.
O segundo método se baseia em sair o concreto colorido já da concreteira,
sendo a coloração inserida na cinta transportadora como se fosse qualquer outro
aditivo. Assim como, Conceição (2015) também indica que o pigmento seja posto na
mistura no mesmo momento com os agregados graúdos, para auxiliar para romper os
-
22
aglomerados do pigmento, uma vez que são formados de partículas finas. Finalizando
assim, após a mistura com os agregados é posto o cimento, os aditivos líquidos e
mais uma parcela de água.
Conceição (2015) ressalta ainda que exista uma relação máxima indicada para
inserir os pigmentos, que seria cerca de 8% sobre a quantidade total de cimento
adicionada no traço do concreto. Acima disto ocorre saturação e a adição de mais
coloração o não alterará a cor e poderá acarretar em perda de resistência mecânica
do concreto.
Em relação à necessidade de aditivos já que o consumo de cimento é superior
aos convencionais (FONSECA; NUNES, 1995). Com relação a isto, para dar um
aumento à mistura, os fabricantes tornam a granulometria do cimento branco um
pouco mais fina (PÁLLAS, 2002). Com isso a necessidade da adição de fíleres
(FONSECA; NUNES, 1995), materiais bem finos que acrescido a mistura de concreto
aumenta superficialmente. Já em grande parte onde o concreto branco é utilizado,
encontra-se a necessidade da utilização de um retardador de pega, pôr o cimento
branco ser muito reativo (NERO; NUNES, 1999).
Já para definição dos traços, San Martin (2000) relata que para o concreto
branco quanto mais fluida a consistência, melhores os resultados. Com isso a
necessidade de quantidade de cimento será superior a utilizada em concretos
convencionais (BETOCIB, 2000)
Também é relevante a associação da relação água/aglomerante máxima.
Conforme as pesquisas de Kirchheim 2003, a fabricação de concretos à base de
cimento branco, utilizando uma relação a/aglomerante de 0.6, tornaram os concretos
produzidos susceptíveis a um processo de carbonatação alto. Com isso valores
maiores não seriam adotados sob o ponto de vista de durabilidade.
2.3.6 Análise de porcentagem
Aguiar (2006) verificou a influência da adição de coloração sobre a resistência
à compressão do concreto. Em seu estudo, as porcentagens de adição dos pigmentos
foram de 3%, 6% e 9% em relação à massa de cimento. Explanando assim um cenário
de queda de resistência à compressão com a adição de pigmentos.
-
23
Uma interpretação dos resultados encontrados por Aguiar (2006) pode ser a
elevada perda de trabalhabilidade da mistura de concreto com adição de coloração,
variando a interação de seus grãos com os grãos de cimento e agregados, de maneira
tal que o efeito fíler não tenha ocorrido, sem preenchimento dos poros vazios da
mistura. A consequência final é o decréscimo de resistência.
Já Piovesan (2009) obteve conclusões diferentes de Aguiar (2006). Enquanto
Piovesan (2009) alcançou resistências finais dos concretos com adição de pigmento
todas maiores em relação à do concreto referência, apesar de um aumento não muito
expressivo, da ordem de 2% a 5%, Aguiar (2006) obteve o inverso, pois as resistências
finais foram inferiores ao concreto referência.
Segundo Costa et al. (2004), Hendges (2004) e Alencar (2005) avaliaram a
resistência à compressão de concretos com adição de pigmentos e obtiveram, de
forma generalizada, que a adição de pigmento nas porcentagens de 1,1 a 8% sobre a
massa de cimento praticamente não interferiu na resistência à compressão.
Entretanto Rojas (2003) aponta que o tipo e a cor, do emprego dos pigmentos
causam a queda da resistência. Este efeito começa a ser sentido com adições
superiores a 5% sobre a massa total de cimento utilizada na mistura.
2.4 Execução
2.4.1 Fôrmas
Um ponto essencial para à durabilidade do concreto é sua textura superficial.
Quanto mais lisa, continua e menos porosa for a superfície do concreto, mais seguro
será à ação dos agentes agressivos. E está diretamente ligada a imposição das
formas e do adensamento do material (RAMOS, 1991).
O desenvolvimento de formas e dos materiais para alcançar o efeito esperado
representa um item vital para o concreto branco e ainda existe muito a ser pesquisado
nessa área (NERO; NUNES, 1999).
As formas representam um fator negativo nas superfícies de concreto, e suas
imperfeições marcam as peças em concreto aparente. Com isso, a cautela na
execução do concreto branco é essencial para obter um resultado bom.
-
24
O material a ser utilizado para a produção terá o efeito no resultado final da
peça de concreto. E deve assegurar a qualidade das superfícies na montagem e na
ligação entres os painéis de modo para evitar perda da nata de cimento. Nero e Nunes
(1999) evidencia a necessidade de utilizar mastiques, silicones e juntas de borracha.
2.4.2 Desmoldantes
Após o critério da seleção dos materiais e formas, uma escolha não adequada
do desmoldante pode afetar toda a superfície das peças de concreto aparente.
De acordo com Nero e Nunes (1999), no concreto aparente, e principalmente
nos brancos, não é aconselhável a utilização dos óleos habituais de desmoldagem
podendo surgir manchas de gordura. Os produtos propostos são à base de parafina
incolor, devendo ser executados com pistolas de pintura e formar uma película bem
fina e continua.
A escolha para o desmoldante leva em consideração o material das fôrmas. Na
obra do aeroporto de Sondika, Espanha, (SAN MARTIN, 2000), a seleção das fôrmas
foi metálica e contrariando os autores Nero e Nunes (1999), o desmoldante escolhido
foi produto à base de azeites vegetais emulsionados em água, demonstrando um
resultado com sucesso na aparência superficial da estrutura.
2.4.3 Misturas e lançamento
Com um estudo adequado do traço e a cuidadosa seleção do material o controle da
relação água/cimento é essencial para a execução da mistura e lançamento para
atingir o efeito esperado. O procedimento de vibração interfere na homogeneidade da
cor do concreto branco. Com uma intensa vibração poderá ocasionar faixas de
tonalidade mais escura que o restante do material (PASSUELO, 2004).
2.5 Proteção e manutenção
Todo material sofre á ação ambiental quando exposto, ocorrendo um
envelhecimento natural. Consequentemente, diversos cuidados devem ser tomados
após a execução do concreto adotando algumas estratégias para a aparência
superficial se manter ao longo do tempo. Tanto para o sistema de proteção como para
a manutenção.
-
25
2.5.1 Proteção
Apesar de todos os cuidados na fabricação do concreto, este material não está
livre da degeneração da peça. Devido a porosidade do concreto, ele torna-se
vulnerável ao aparecimento de fungos e mofo (RAMOS, 1991).
As opções de sistema de proteção mais adequado para este tipo de obra são
os que agridem menos a superfície do concreto. Nesses fatores relaciona os
hidrofugantes de superfície ou as películas impermeabilizantes (LIMA, 1994).
Os impermeabilizantes agem como protetores por barreiras, formando um filme
aderente à superfície, tornando totalmente impermeável e impossibilitando a
passagem de vapores de água. A produção pode ser de diversos tipos: vernizes,
acrílicos, base água, base solvente, verniz epóxi e verniz poliuretano (LIMA, 1994).
Os hidrofugantes são à base de silicones ou similares tornando chamativo para
uso de superfícies porosas (LIMA, 1994). E são divididos em cinco grupos, são eles,
silicatos, metil siliconados, silanos, siloxanos e ainda há misturas desses materiais
(BATISTA, 1998).
E também, de acordo com Lima (1994), existem sistemas duplos com a
combinação dos dois tipos de sistemas. Bem sucedido em países europeus e no
Brasil.
2.5.2 Manutenção
Segundo Nero e Nunes (1999), a exclusão do revestimento e a garantia da
durabilidade fazem parte da fabricação de peças de concretos branco. Vale salientar
que a durabilidade não é apenas a capacidade da resistência da peça, mas também
da manutenção garantindo a estética ao longo prazo.
Fazendo assim o processo de manutenção periódica, como, limpeza a base de
água pressurizada, com algum tipo de substancia saponáceo. Respeitando os prazos,
sem períodos muitos espaçados, para evitar que a estrutura atinja um estado crítico
(PASSUELO, 2004).
-
26
3 PROGRAMA EXPERIMENTAL
O programa experimental dessa dissertação foi elaborado com base no traço
de concreto utilizando o método de dosagem da ABCP, acrescentando dois tipos de
pigmento de fabricantes distintos e em duas cores cada. Na mistura de concreto foram
incorporados pigmentos à base de hidróxido de ferro, sendo um em forma líquida e
outro em pó, e as cores inseridas foram o azul e o amarelo. Em relação à massa de
cimento foram adicionadas duas porcentagens (1.5% e 5%) para analisar o
comportamento da peça. Essas porcentagens escolhidas foram recomendadas com
base na leitura de bibliografias, onde falava que utilizando o teor do pigmento igual ou
superior a 5% afetaria na resistência e com um teor mais baixo não influenciaria.
Todas as atividades foram executadas no laboratório do Centro Universitário Cesmac.
3.1 Planejamento do projeto experimental
A caracterização do projeto experimental corresponde na definição de todos os
coeficientes envolvidos na pesquisa, bem como o número de repetições, levando em
consideração sempre as restrições experimentais, como: recursos econômicos,
tempo, espaço físico, entre outros. Diante disso foi definido o experimento conforme
a tabela abaixo:
Quadro 3.1 – Relação da quantidade de corpos de prova
AMOSTRAGEM
TIPO DE
PIGMENTO TEOR DE ADIÇÃO
QUANTIDADE
BRANCO - - 4
AMARELO
PÓ 1,5% 4
5% 4
LÍQUIDO 1,5% 4
5% 4
AZUL
PÓ 1,5% 4
5% 4
LÍQUIDO 1,5% 4
5% 4
TOTAL 36
Fonte: Dados da pesquisa, 2018
-
27
Esse projeto compreende nove combinações, onde para cada combinação
foram moldados:
Quatro cp’s cilíndricos de 10x20cm, onde três destes foram destinados para
resistência à compressão e 1 para exposição as intempéries.
3.2 Caracterização dos materiais
Nesta pesquisa vieram a ser utilizados materiais que são bastante empregados
em concretos convencionais, tornando o concreto branco com pigmento ser usual.
3.2.1 Cimento
O cimento utilizado nesta pesquisa foi o cimento branco estrutural Okay CEM
II/A-LL 42,5 R, de origem internacional, sendo o único disponível no comércio no
momento da pesquisa. Entretanto, teve-se o cuidado de utilizar o cimento do mesmo
lote de fabricação, com a finalidade de não inserir ruído ao estudo.
Quadro 3.2 – Caracterização do cimento utilizado
Características químicas
Principais compostos Resultados (%)
Clínquer 80-94
Calcário 06-20
Sulfato 4
Cloreto 0,10
Características Físicas
Densidade kg/m³ 3000
Inicio de pega min 60
Resistência a
compressão 2 dias
20 Mpa
Resistência a
compressão 28 dias
42,5 - 62,5 Mpa
Fonte: Fabricante do cimento, 2018.
3.2.2 Agregados
3.2.2.1 Agregado graúdo
-
28
Decidiu-se optar por um tipo de agregado graúdo que já existisse facilmente no
Estado de Alagoas. O basalto é a rocha mais abundante na região, sendo então
utilizada como agregado graúdo. Como esse material apresenta como característica
a tonalidade escura, foi fundamental para a verificação quanto à tonalidade do
concreto, com uma possível interferência na cor. O agregado pode ser classificado
como brita 1 e com dimensão básica característica de 19mm. O método utilizado foi o
mesmo no programa experimental de Kirchheim (2003).
Quadro 3.3 – Características do agregado graúdo
Determinações Método de
Ensaio Resultados obtidos
Composição
granulométrica
NBR
7217:1987
Abertura
peneira Percentagem retirada
ABNT (mm) Individual Acumulada
19 0 0
12,5 61 61
9,5 28 89
6,3 9 98
4,8 1 99
2,4 1 100
1,2 - 100
0,6 - 100
0,3 - 100
0,15 - 100
< 0,15 - 100
19
-
29
Dimensão máxima
característica (mm)
NBR
7117:2012
Módulo de finura NBR
7117:2012 6,88
Massa específica
(Kg/dm³)
NBR
9776:1987 2,7
Fonte: Kirchheim, 2003.
3.2.2.2 Agregado miúdo
Para o agregado miúdo escolheu-se a areia média proveniente da região. Conforme
a tabela a seguir:
Quadro 3.4 – Caracterização do agregado miúdo
Determinações Método de
Ensaio Resultados obtidos
Composição
granulométrica
NBR
7217:1987
Abertura
peneira Percentagem retirada
ABNT (mm) Individual Acumulada
4,8 0 0
2,4 5 5
1,2 16 21
0,6 31 52
0,3 40 92
0,15 8 100
-
30
Dimensão máxima
característica (mm)
NBR
7117:2012
Módulo de finura NBR
7117:2012 2,4
Massa específica
(Kg/dm³)
NBR
9776:1987 2,7
Fonte: Dados da pesquisa, 2018.
3.2.3 Pigmentos
3.2.3.1 Pigmento em pó
Foi utilizado um pigmento de origem nacional pigmento em pó Bayferrox 918
LO, tipo amarelo e azul, disponível no mercado e fornecido por uma fábrica de
argamassa situada em Maceió-Al.
Quadro 3.5 – Dados físico-químicos do pigmento em pó
Propriedades Físico-Química
Sais Solúveis 0,50%
PH 4-8
FeOOH 99,30%
Densidade Aparente g/cm³ 0,6-0,9
Densidade g/cm³ 4
Fonte: Fabricante, 2018.
3.2.3.2 Pigmento líquido
Foi utilizado o corante líquido xadrez, fortemente comercializado e de fácil
acesso. Da natureza química tem como característica: corante a base de água com
bactericida e fungicida, não metálicos, cargas, dióxido de titânio, pigmentos orgânicos
e inorgânicos.
Quadro 3.6 – Dados físico-químicos do pigmento líquido
Propriedades Físico-Químicas
Densidade g/Ml 1,16
-
31
PH 8,5 a 9,5
Carbono preto
Fonte: Sherwin Williams, 2011.
3.2.4 Água de amassamento
Para realização desta pesquisa foi utilizada água da rede de abastecimento
local.
3.3 Método de dosagem
A metodologia de dosagem utilizada nesse trabalho foi a ABCP (Associação
Brasileira de Cimento Portland), que inicialmente, em 1984, foi idealizada por meio do
Estudo Técnico (ET-67), da autoria do Eng. Públio Penna Firme Rodrigues (revisado
em 1995) apresentando características experimentais.
Nesse método devem ser definidos alguns requisitos:
Quadro 3.7 – Valores determinados para dosagem do concreto
Fck projeto 30 Mpa
Resistência do cimento aos 28 dias 42,5 Mpa
Diâmetro máximo do agregado graúdo 19 mm
Módulo de finura do agregado miúdo 2,4
Massa unitária compactada do agregado
graúdo
1450
Kg/m³
Massa especifica água
1000
Kg/m³
Massa especifica agregado graúdo
2700
Kg/m³
Massa específica real do agregado miúdo
2650
Kg/m³
-
32
Abatimento do tronco cone "Slump Test"
70 +-
10mm
Massa específica do cimento
3000
Kg/m³
Fonte: Dados da pesquisa, 2018.
3.3.1 Consumo de Água
O primeiro passo é o cálculo da resistência média aos 28 dias, o Fcj a partir do
desvio padrão. O desvio padrão é uma previsão média da variação das resistências à
compressão dos corpos de prova de concreto, sendo o objetivo principal, garantir que,
mesmo com a variação, os valores do Fcj sejam superiores ao Fck de projeto. É
calculado pela seguinte fórmula:
Fcj = Fck + 1,65 x Sd
Quadro 3.8 – Valores de Sd em função do rigor da produção
Sd Condição Classe Tipo de concreto
4 A C10 a
C80
Cimento e agregado medidos em massa e água medida
em medidor com determinação do teor de umidade dos
agregados.
5,5 B C10 a
C25
Cimento medido em massa e água é medida em volume
mediante dispositivo dosador. Os agregados são
medidos em massa combinada com volume para o C25
e em volume para até C20, com a umidade do agregado
miúdo determinada ao menos três vezes durante o turno
de concretagem, realizando as correções através da
curva de inchamento da areia.
7 C C10 e
C15
Cimento medido em massa, os agregados em volume,
água em medidor e a umidade dos agregados sendo
estimada.
Fonte: NBR 12655, 2015
-
33
O Sd utilizado foi de 7,0, pois foi levado em consideração que esse traço poderá
ser executado em um canteiro de obra, sem um controle tecnológico.
Encontrando um resultado:
Fcj = 30 + 1,65 x 7 = 41,55 Mpa
A próxima etapa é a fixação do Fator água/cimento, que é responsável pela
resistência do concreto. A partir da Curva de Abrams encontramos o valor,
considerando o Fcj e a resistência do cimento aos 28 dias. Então, a/c = 0,49.
Figura 3.1 – Gráfico para a determinação da relação água/cimento em função das resistências do concreto e do cimento aos 28 dias de idade.
Fonte: Rodrigues,1995.
Após isso, foi determinado o consumo de água, tendo como base o abatimento
determinado e o diâmetro do agregado gerando um valor igual a 200l/m3.
Quadro 3.9 – Consumo de água
Consumo de água aproximado (l/m³)
Abatimento (mm)
Dmáx agregado graúdo (mm)
9,5 19 25 32 38
40 a 60 220 195 190 185 180
60 a 80 225 200 195 190 185
-
34
80 a 100 230 205 200 195 190
Fonte: Método de dosagem ABCP, 1998.
3.3.2 Consumo de cimento
Com os dados já obtidos, determinou-se o consumo de cimento através da
seguinte fórmula:
Cc = Ca* a/c
Onde:
CC = Consumo de cimento
Ca = Consumo de água
a/c = Fator água/cimento
Cc = 200 * 0,49 = 408,16 Kg/m³
3.3.3 Consumo agregado graúdo
Determinação do consumo de agregado graúdo
Quadro 3.10 – Volume de agregado graúdo
MF
Diâmetro Máximo Agregado Graúdo (mm)
9,5 19 25 32 38
1,8 0,645 0,77 0,795 0,82 0,845
2 0,625 0,75 0,775 0,8 0,825
2,2 0,605 0,73 0,755 0,78 0,805
2,4 0,585 0,71 0,735 0,76 0,785
2,6 0,565 0,69 0,715 0,74 0,765
2,8 0,545 0,67 0,695 0,72 0,745
-
35
3 0,525 0,65 0,675 0,7 0,725
3,2 0,505 0,63 0,655 0,68 0,705
3,4 0,485 0,61 0,635 0,66 0,685
3,6 0,465 0,59 0,615 0,64 0,665
Fonte: Método de dosagem ABCP, 1998.
Cb= Vb*Muc
Onde:
Cb = Consumo de brita
Vb = Volume de brita
Muc = Massa unitária compactada do agregado graúdo
Cb = 0,71 * 1450 = 1029,5 Kg/m³
3.3.4 Consumo agregado miúdo
No caso da areia, o volume é encontrado subtraindo-se de 1 m³ dos volumes
já encontrados de cimento, água e brita. Onde o volume é o peso/massa especifica
(γ).
Volume de areia = 1-(Pc/ γc + Pb/ γb + Pa/ γa)
Va= 1 – (408,16/3000 + 1029,05/2700 + 200/1000) = 0,2826m³
Consumo de areia = Va * γc = 0,2826 * 2650 = 749,02 Kg/m³
3.3.5 Definição do traço
Por fim, a definição do traço
Cimento: Areia : Brita 1 : Água/Cimento
Cc/CC: Ca/cc :cb/cc : Cágua/cc
408,16/408,16 : 749,02/408,16 : 1029,5/408,16 : 200/408,16
-
36
1 : 1,83 : 2,52 : 0,49
3.4 Produção do concreto
As misturas dos concretos foram feitos em betoneira de eixo inclinado,
preliminarmente limpa. Foram realizados nove traços do concreto e a colocação dos
materiais (Figura 3.2) seguiu sempre a mesma ordem, sendo: brita, areia, cimento e
2/3 da água, sendo o restante da água colocado de acordo com a necessidade. A
operação durou cerca de 3 a 4 minutos.
A princípio foi realizada a mistura sem pigmento para servir como concreto de
testemunho. Em seguida, foi executada a mistura utilizando o pigmento em pó nas
cores escolhidas (Figura 3.3), onde o pigmento é acrescentando e misturado no
cimento branco nas duas porcentagens. E por fim foram moldados os corpos de prova
utilizando os pigmentos líquidos (Figura 3.4), no qual o pigmento é dissolvido nos 2/3
da água inicial para então ser acrescentado a mistura com as duas porcentagens.
O processo de moldagem seguiu a norma brasileira NBR 5738 (2008) e como
desmoldante foi utilizado óleo mineral, aplicado com pincel. O adensamento foi feito
através de golpes com uma agulha de diâmetro 25mm, padronizada para todos os
corpos de prova moldados.
Após as peças serem desmoldadas, foram dispostas em tanque com água
(Figura 3.5), local que permaneceram até o dia da realização do ensaio com 7, 14 e
28 dias de idade.
Figura 3.2 – Materiais utilizados para concretagem
Fonte: Acervo pessoal, 2018.
-
37
Figura 3.3 – Corpos de prova com pigmento em pó
Fonte: Acervo pessoal, 2018.
Figura 3.4 – Corpos de prova com pigmento líquido
Fonte: Acervo pessoal, 2018.
Figura 3.5 – Tanque de cura
Fonte: Acervo pessoal, 2018.
-
38
3.5 Descrição do ensaio à compressão axial
Para analisar o comportamento mecânico dos concretos feitos com os dois
tipos de pigmentos e nas duas proporções, foram moldados corpos de prova
cilíndricos 10x20 cm, simulados a ensaio de compressão simples, de acordo com a
norma de recomendação NBR 5739 (2007).
No intuito de avaliar o comportamento da resistência ao longo dos dias,
adotaram-se três idades para a ruptura dos corpos de prova, são elas 7,14 e 28 dias.
Para o ensaio foi utilizado a prensa computadorizada disponível na instituição.
Figura 3.6 – Prensa da instituição
Fonte: Acervo pessoal, 2018.
3.6 Análise dos resultados
As informações que foram encontradas nos experimentos de resistência à
compressão com o rompimento dos corpos-de-prova receberam tratamento estatístico
para que assim pudesse eliminar valores hipotéticos.
Para realizar a analogia dos pigmentos, cores e porcentagens, foram utilizadas
planilhas comparativas com gráficos para que fosse possível verificar as diferenças
que ocorreram no ensaio à compressão.
-
39
4 RESULTADOS
. Após a coleta dos dados em laboratório, gráficos foram montados para explanar
os resultados.
Figura 4.1 – Resultados do ensaio a compressão do pigmento em pó
Fonte: Acervo pessoal, 2018.
Figura 4.2 – Resultados do ensaio a compressão do pigmento líquido
Fonte: Acervo pessoal, 2018.
-
40
Figura 4.3 – Corpos de prova expostos às intempéries em 23 de agosto de 2018.
Fonte: Acervo pessoal, 2018.
Figura 4.4 – Corpos de prova expostos às intempéries em 05 de novembro de 2018.
Fonte: Acervo pessoal, 2018.
-
41
5 DISCUSSÃO
Os resultados encontrados para cada tipo de pigmento foram plotados em gráficos
para provocar uma melhor visualização dos dados a serem observados.
Analisando as consequências do uso dos pigmentos líquidos, notou-se que na
mistura do concreto houve uma melhor homogeneidade quando utilizado esse tipo de
pigmento, melhorando assim a trabalhabilidade do concreto, e também foi possível
proporcionar uma cor final mais intensa às peças moldadas. Em contrapartida foi
observado uma diminuição na resistência à compressão dos corpos-de-prova de 3%
a 13% com a idade final de 28 dias quando comparados com o concreto de
testemunho da mesma idade, exceto a peça que foi moldada com o pigmento amarelo
na porcentagem de 1,5%, neste caso houve um aumento de resistência.
Considerando os efeitos causados pela utilização dos pigmentos em pó, verifica-
se o aumento na resistência de 4 a 20% quando comparado com a resistência do
corpo de prova de testemunho com idade de 28 dias, sendo válido para todos os
pigmentos e suas respectivas porcentagens utilizadas. Dentro dos resultados
encontrados também houve uma ressalva, só que desta vez em relação ao pigmento
amarelo quando utilizado a quantidade de 5%, pois houve uma queda quando foi
realizada a ruptura final, com 28 dias de idade, onde sua resistência ficou igual a do
concreto utilizado como testemunho.
Outro ponto a se destacar é em relação à resistência quando os corpos de prova
foram rompidos com idade de 14 dias, pois foi observada uma baixa em ambos os
tipos de pigmento, no pó aconteceu quando foi aplicada a quantidade de 5% da cor
azul e 5% da cor amarela, já no líquido ocorreu quando foram empregadas as
quantidades de 1,5% da cor azul e 5% da cor amarela. No concreto testemunho
também houve uma queda significativa quando foi rompido o corpo de prova dessa
mesma idade.
Já em relação a tonalidade, mesmo com agregado expondo uma cor mais escura,
a utilização do basalto não escureceu demasiadamente o concreto fabricado. A
explanação desse fato é porque a argamassa da mistura do concreto cobriu
inteiramente o basalto. Levando assim, que rochas de tonalidades escuras podem ser
utilizadas na fabricação do concreto.
-
42
Em análise do desmoldante utilizado não houve interferências no efeito visual da
peça.
Já na exposição das peças aos raios ultravioletas no período de tempo de
aproximadamente 75 dias, ainda não foi possível identificar danos as peças.
Deve-se destacar que essas conclusões obtidas devem ser consideradas como
indícios importantes, mas que estão associados aos materiais e condições
experimentais empregados neste trabalho, e sua propagação deve ser realizada com
atenção avaliando as condições dos locais para o emprego dessa pesquisa.
5.1 Sugestões para trabalhos futuros
A partir dos resultados que foram encontrados, ficam ideias para possíveis
pesquisas futuras:
Observar se sempre ocorre queda de resistência aos 14 dias quando
utilizado o cimento Portland branco estrutural;
Fazer o mesmo estudo só que utilizando o cimento cinza para observar
qual é o seu comportamento.
-
43
REFERÊNCIAS
AGUIAR, C., 2006, Concreto de Cimento Portland Branco Estrutural: Análise da
adição de pigmentos quanto à resistência à compressão. Dissertação de M.Sc.,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.
AÏTCIN, P. C. Concreto de alto desempenho - Tradução de Geraldo G. Serra, São
Paulo: PINI, 2000. 667p.
ALENCAR, R., 2005, “A influência da adição de pigmentos na resistência à
compressão e durabilidade de concretos com cimento branco e cinza”. In:
Congresso Brasileiro do Concreto, 47º, Recife. Anais... São Paulo, Instituto Brasileiro
do Concreto.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND, 2008, “Parede de concreto:
coletânea de ativos 2007/2008”. São Paulo, 2008. Disponível em: <
http://www.abcp.org.br/conteudo/wpcontent/uploads/2010/01/Parede_de_concreto_c
oletanea_ativos.pdf>. Acesso em Abril/2018.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,1993, Cimento Portland
branco.NBR 12989. Rio de Janeiro, RJ.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2007, Concreto- ensaio de
compressão de corpos cilíndricos. NBR 5739. Rio de Janeiro, RJ.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2008, Concreto-
Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova. NBR 5738. Rio de Janeiro,
RJ.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2015, Concreto de cimento
Portland preparo, controle, recebimento e aceitação. NBR 12655. Rio de Janeiro,
RJ.
-
44
BARONI, H., 2003, Avaliação do comportamento dos deslocamentos transversais ao
longo do tempo em vigas de concreto armado não convencional. Dissertação de
M.Sc., Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.
BATISTA, M. Siloxanos&Silanos: perfeitos hidrorrepelentes para toda situação.
Recuperar. V. 5, n. 23, p. 14-1, 1998.
BETOCIB. El Concreto claro como material de arquitectura. Revista del ISCYC.
França: BETOCIB, v. 5, n. 16, p. 8-15, 2000. Traducción realizada por el ICPC del
documento original publicado por BETOCIB de Francia.
BENITEZ, A.; BALZAMO, H.; MIGOYA, E. Estudio de hormigones convencionales
elaborados com cemento griz y cemento blanco utlizando um aditivo de doble efecto.
In: JORNADAS DE DESARROLO E INNOVACIÓN, 4., 2002, Argentina. 2002.
CARVALHO, F., CALAVERA, J., 2002, “Estabilidade colorimétrica e influência da
incorporação de pigmentos em concretos submetidos a diferentes estados de
exposição ambiental”. In: Congresso Brasileiro do Concreto, 44º, Belo Horizonte,
Anais... Belo Horizonte: Instituto Brasileiro do Concreto.
COELHO, F., 2001, Variacióndel color y textura de hormigones vistos conadcion de
pigmentos inorgánicos, sometidos a distintos estados de exposión ambiental. Tese
de D.Sc., Universidad Politécnica de Madrid, U. P. Madrid, Espanha.
COELHO, M., SILVA, M., SOUZA, F., ZANDONADE, E., 2002, “Estudo da
carbonatação e retração em concretos de alto desempenho com elevados teores de
escória de alto forno”. In: Congresso Brasileiro do Concreto, 44º, Belo Horizonte,
Anais... São Paulo: Instituto Brasileiro do Concreto (CD-ROM).
CONCEIÇÃO, L., 2015, “Estudo da tecnologia e aplicação do concreto colorido em
habitações de interesse social”. Projeto de graduação, Universidade Federal do Rio
de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
-
45
COSTA, A., et al. 2004, “Propriedades mecânicas do concreto colorido de alta
resistência”. In: Congresso Brasileiro do Concreto, 46º, Florianópolis, Anais... São
Paulo: Instituto Brasileiro do Concreto (CD-ROM).
EFFTING, C., 2013, “Concretos Especiais – Aula 7 (parte 2)”. Notas de aula da
disciplina de Materiais de Construção II, Universidade Estadual de Santa Catarina
(UDESC), Joinville, SC, Brasil.
FERRAZ, M., 2014, “Museu Cais do Sertão Luiz Gonzaga, em Recife, utiliza
Bayferrox e transforma o concreto em pedras do sertão”. Revista Brasil Engenharia,
abril. Não paginado. Disponível em:
.
Acesso em: Abril/2018.
FONSECA, A., NUNES, A., 1995, “Betão Branco: fabrico, características e utilização
estrutural”. In: Jornadas de Betão. Anais... Portugal, FEUP.
HAMAD, B., 1995, “Investigations of chemical e physical properties of White cement
concrete”. In: Elsevier Science Inc.Nova York, Elsevier Science Inc., pp. 161-167.
HARTMANN, C., HELENE, P., 2003, “Recorde mundial em concreto de alto
desempenho colorido”. In: Congresso Brasileiro de Concreto, 45º, Vitória, ES,
Anais... São Paulo, Instituto Brasileiro de Concreto (CD-ROM).
HELENE, P. A nova NB 1/2003 (NBR 6118) e a Vida Útil das Estruturas de
Concreto. [S.I.]: [s.n.], [20,40], p. 02.
HENAO CELEDÓN, M., AVENDAÑO VELÁSQUES., C., 1999, Concreto
arquitectónico: Como realizar um buen acabado. 2 ed. Santa Fé de Bogotá,
ASOCRETO-Associación Colombiana de Productores.
HENDGES, 2004, “Resistência à compressão, custo e coloração de concretos
produzidos com pigmentos e cimentos Portland cinza e branco”. In: Congresso
-
46
Brasileiro do Concreto, 46º, Florianópolis. Anais... São Paulo, Instituto Brasileiro do
Concreto.
KIRCHHEIM, A. P. Concreto de cimento Portland branco estrutural:avaliação da
carbonatação e absorção capilar. 2003, 154f. Dissertação (Mestrado em Engenharia
Civil), Escola de Engenharia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto
Alegre, 2003.
KIRCHHEIM et al., 2005, “Concreto Branco”. In: Concreto: ensino, pesquisa e
realizações. São Paulo, IBRACON, v. 2, 1600 p.
LIMA, E. Tratamento de estruturas em concreto aparente. Téchne.São Paulo: Pini,
n.11, 1994.
MALHOTRA, V. M.; MEHTA, P. K., 2002 High-Performance, High-Volume Fly Ash
Concrete – Edição 1. Ed.: SCMSD Canada. ISBN: 0-9731507-0-X. Inglês, p.101.
MEHTA, P., MONTEIRO, P., 2008, Concreto: Estrutura, propriedades e materiais.
São Paulo, Pini.
NERO, J., NUNES, A., 1999, Fundamentos para a prescrição e utilização do betão
branco. Secil Cimentos, Portugal.
NEVILLE, A., 1997, Propriedades do Concreto. 2 ed. São Paulo, Pini. Traduzido por
Salvador E. Giammusso.
PAIVA, B., LIMA, J., PACHA, J,. 2001, Pigmentos para concreto colorido: Materiais e
Aplicações. Belém, PA.
PALLÁS, O., 2002, “La fabricacióndelcementoblanco”. In: Cemento-Hormigón.
Madrid, EdicionesCemento S. L., n. 843, pp. 10-20.
-
47
PASSUELO, A., 2004, Análise de parâmetros influentes na cromaticidade e no
comportamento mecânico de concretos à base de cimento branco. Dissertação de
M.Sc., Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.
PIOVESAN, A., 2009, Estudo sobre a influência da adição de pigmentos em
propriedades de durabilidade e na cromacidade do concreto de cimento Portland
branco. Dissertação de M.Sc., Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, RS, Brasil.
PORTLAND CEMENT ASSOCIATION, 2003, “White surfaces reflect light better than
darker surfaces”. In: Concrete Report. Illinois, Portland CementAssociation.
Disponível em: . Acesso em Abril/2018.
REVISTA PISOS INDUSTRIAIS. “Pigmentos para concreto – matéria prima, 5ª ed”
2006. Disponível em: . Acesso em
Abril/2018.
RAMOS, R. R. C. M. “Avaliação do desempenho de sistemas destinados a proteção
de concreto aparente. 1991. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil), Escola de
Engenharia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1991.
RODRIGUES, P., 1995, “Parâmetros de Dosagem de Concreto”. Brasil.
ROJAS, D., 2001, “Durabilidade do concreto colorido”. In: Technical Service, Bayer
do Brasil, São Paulo, SP, Brasil.
ROJAS, D., 2003, “O Fenômeno da Eflorescência”. In: Soluções Construtivas, Bayer
do Brasil, São Paulo, SP, Brasil.
ROJAS, D.L, 2011. Durabilidade do Concreto Colorido. Artigo Científico. Revista
IBRACON.
-
48
SAN MARTIN, J. M. G, 2000. La última tecnologia al hormigónblanci: nueva terminal
delaeropuerto de Sondika. Cemento-Hormigón. [s.1.}, n. 813, p. 895-910.
SHERWIN WILLIAMS, 2011. Corante líquido xadrez, última revisão 2011, Brasil.
SUÁREZ, J. P., 2002, La Problemática Del empleodelhormigón Blanco. Cemento-
Hormigón, Madrid: EdicionesCemente S. L., n.843, p.66-69.
-
49
ANEXOS
-
50
ANEXO A – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO
CONCRETO SEM PIGMENTO
Ensaio com 7 dias
-
51
Ensaio com 14 dias
Ensaio com 28 dias
-
52
ANEXO B – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO
CONCRETO COLORIDO AMARELO PÓ 1,5%
Ensaio com 7 dias
-
53
Ensaio com 14 dias
Ensaio com 28 dias
-
54
ANEXO C – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO
CONCRETO COLORIDO AMARELO PÓ 5%
Ensaio com 7 dias
-
55
Ensaio com 14 dias
Ensaio com 28 dias
-
56
ANEXO D – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO
CONCRETO COLORIDO AZUL PÓ 1,5%
Ensaio com 7 dias
-
57
Ensaio com 14 dias
Ensaio com 28 dias
-
58
ANEXO E – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO
CONCRETO COLORIDO AZUL PÓ 5%
Ensaio com 7 dias
-
59
Ensaio com 14 dias
Ensaio com 28 dias
-
60
ANEXO F – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO
CONCRETO COLORIDO AMARELO LÍQUIDO 1,5%
Ensaio com 7 dias
-
61
Ensaio com 14 dias
Ensaio com 28 dias
-
62
ANEXO G – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO
CONCRETO COLORIDO AMARELO LÍQUIDO 5%
Ensaio com 7 dias
-
63
Ensaio com 14 dias
Ensaio com 28 dias
-
64
ANEXO H – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO
CONCRETO COLORIDO AZUL LÍQUIDO 1,5%
Ensaio com 7 dias
-
65
Ensaio com 14 dias
Ensaio com 28 dias
-
66
ANEXO I – ENSAIO A COMPRESSÃO COM IDADE DE 7, 14 E 28 DIAS DO
CONCRETO COLORIDO AZUL LÍQUIDO 5%
Ensaio com 7 dias
-
67
Ensaio com 14 dias
Ensaio com 28 dias