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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC CAIO VINÍCIUS BATISTA DE CARVALHO ÍCARO ARAÚJO DOS SANTOS O USO DA BIOMASSA COMO FONTE ENERGÉTICA MACEIÓ-AL 2017/1

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

CAIO VINÍCIUS BATISTA DE CARVALHO ÍCARO ARAÚJO DOS SANTOS

O USO DA BIOMASSA COMO FONTE

ENERGÉTICA

MACEIÓ-AL 2017/1

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CAIO VINÍCIUS BATISTA DE CARVALHO ÍCARO ARAÚJO DOS SANTOS

O USO DA BIOMASSA COMO FONTE ENERGÉTICA

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Cesmac, sob a orientação do professor Me. Jobson de Araújo Nascimento.

MACEIÓ-AL 2017

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AGRADECIMENTOS

Quero agradecer, primeiramente, a Deus, pela saúde, força e

coragem durante toda esta minha caminhada da graduação.

Agradeço aos meus pais, pelo amor, carinho, confiança e estarem

do meu lado em todos os momentos da minha vida.

Agradeço também em especial à minha avó paterna, Tíria Sandra,

que sempre esteve ao meu lado, mas que infelizmente não está mais entre

nós, contudo, está eternizada na minha memória e no meu coração.

Agradeço ao meu orientador – Professor Jobson Araújo – por toda

orientação e ajuda que foram me dados.

Meus agradecimentos aos meus amigos-irmãos, Flavio Farias e

Heberton Barros, família que Deus colocou no meu caminho.

Agradeço também à minha namorada, Alane Souza, que de forma

especial e carinhosa me deu força, coragem e muito incentivo nos momentos

de dificuldades.

Caio Vinícius Batista de Carvalho

Quero agradecer, primeiramente, a Deus, pela saúde e coragem

durante toda esta minha caminhada da graduação.

Agradeço a minha mãe Marileide Souza de Araújo e meu pai

Nilson Miguel dos Santos que meu apoiou em todos os momentos difíceis da

minha vida.

Agradeço ao meu orientador – Professor Jobson Araújo – por toda

orientação e ajuda que foram me dados.

Ícaro Araújo dos Santos

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O USO DA BIOMASSA COMO FONTE ENERGÉTICA THE USE OF BIOMASS AS AN ENERGY SOURCE

Caio Vinícius Batista de Carvalho Graduando do curso de Engenharia Civil

[email protected]

Ícaro Araújo dos Santos Graduando do curso de Engenharia Civil

[email protected]

Orientador: Jobson de Araújo Nascimento Mestrado no curso de Engenharia Elétrica

[email protected]

RESUMO: O objetivo deste trabalho é discutir e apresentar a geração de

energia elétrica através da biomassa como uma alternativa viável a ser melhor

explorada e ganhar cada vez mais espaço na matriz energética brasileira. O

Brasil tem uma grande dificuldade na busca por fontes renováveis e limpa,

onde cerca de 77,3% da sua matriz energética vem das hidrelétricas, onde

trazem muitos impactos ambientais. Desse modo, foi analisado a biomassa

como fonte energética, pois além de ser uma fonte de energia renovável e com

baixa emissão de gases que provocam o efeito estufa, sua principal fonte para

gerar energia está nos resíduos. Os resíduos gerados em todo o Brasil, são

recursos de grande potencial para obtenção de energia elétrica.

PALAVRAS-CHAVE: biomassa; geração de energia elétrica; potencial

energético.

ABSTRACT: The objective of this work is to discuss and present the generation

of electric energy through biomass as a viable alternative to be better exploited

and to gain more and more space in the Brazilian energy matrix. Brazil has

great difficulty in the search for renewable and clean sources of energy, where

roughly 77.3% of its energy matrix comes from hydroelectric dams, but they

cause many environmental impacts. Therefore, we will analyze biomass as an

energy source, as it is a source of renewable energy and with a low emission of

greenhouse gases, its main source of energy is waste. The waste generated all

over Brazil are resources that have great potential for generating electricity.

KEY WORDS: biomass; electric power generation; energy potential.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: Fontes da Biomassa ...................................................................... 13

FIGURA 2: Processo de combustão de biomassa........................................... 19

FIGURA 3: Ilustração de uma biomassa lignocelulósica.................................. 20

FIGURA 4: Composição típica da Biomassa Vegetal....................................... 20

FIGURA 5: Processo de produção de cavaco ................................................. 25

FIGURA 6: Processo de produção de açúcar e etanol de cana-de-açúcar...... 28

FIGURA 7: Fluxograma de gerenciamento de material orgânico..................... 29

FIGURA 8: Fluxograma da extração do óleo de girassol utilizando mini-

prensa............................................................................................................... 31

FIGURA 9: Planta de Cogeração...................................................................... 36

FIGURA 10: Configurações Topping e Bottoming........................................... 37.

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1: Índices de produção per capita de resíduos sólidos domiciliares em função da população urbana............................................................................ 15

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – Levantamento da energia gerada na usina Coruripe em

2015 a 2016 ..................................................................................................... 31

GRÁFICO 2 – Levantamento da energia gerada na usina Santo Antônio

em 2014 a 2016 .............................................................................................. 32

GRÁFICO 3 – Lucro Anual (Milhão) das Empresas utilizando a biomassa

como fonte energética ..................................................................................... 33

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 9 1.1 Objetivos........................................................................................................ 11

1.1.1 Geral............................................................................................................. 11 1.1.2 Específicos................................................................................................... 11

2 METODOLOGIA................................................................................................ 12 3 PROCESSOS DE OBTENÇÃO DA BIOMASSA............................................. 13 3.1 Fontes da biomassa..................................................................................... 13 3.1.1 Vegetais não Lenhosos................................................................................ 14 3.1.2 Vegetais Lenhosos....................................................................................... 14 3.1.3 Resíduos Orgânicos..................................................................................... 14 3.1.4 Biofluidos...................................................................................................... 15 3.2 Processos térmicos...................................................................................... 16 3.2.1 Pirólise........................................................................................................ 16 3.2.2 Gaseificação............................................................................................... 17 3.2.3 Combustão................................................................................................. 17 3.3 Caracterização da biomassa........................................................................ 18 3.3.1 Estrutura da Biomassa................................................................................. 18

3.4 Vantagens e desvantagens.......................................................................... 19 4 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS DO USO DA BIOMASSA........................ 21 4.1 A biomassa como geradora de emprego................................................... 21 4.2 Processos de produção da biomassa florestal......................................... 21 4.3 Processos de produção do etanol a partir da cana-de-açúcar............... 22 4.4 Processos de produção do biogás a partir do lixo.................................. 23 4.5 Processos do biofluído na produção da biomassa................................... 24 4.6 Impactos ambientais causados pela biomassa......................................... 24 4.6.1 Impactos Ambientais da tecnologia do gás de lixo...................................... 25 4.6.2 Impactos ambientais da tecnologia dranco................................................. 25 4.6.3 Impactos ambientais da tecnologia bem..................................................... 26 4.6.4 Impactos Ambientais da tecnologia de incineração de lixo......................... 26 4.7 Cogeração da biomassa ............................................................................ 26 4.7.1 Formas de cogeração ............................................................................... 27 4.8 Equipamentos térmicos utilizados na cogeração da biomassa............................................................................................................. 28 4.8.1 Caldeiras .................................................................................................... 28 4.8.2 Turbinas a vapor ........................................................................................ 29 4.8.3 Turbinas a gás ........................................................................................... 29 4.8.4 Motores alternativos ................................................................................... 29 4.9 Demanda de biomassa para bioenergia no Brasil .................................... 30 4.9.1 Usina Seresta ............................................................................................. 30 4.9.2 Biosev ........................................................................................................ 30 4.9.3 Usina Coruripe........................................................................................... ..31 4.9.4 Usina Santo Antônio.................................................................................... 31 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................... 33 6 CONCLUSÃO................................................................................................... 34 REFERÊNCIAS................................................................................................... 35

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1 INTRODUÇÃO

A biomassa é todo recurso renovável proveniente da matéria orgânica,

seja ela de origem animal ou vegetal, podendo ser utilizada para geração de

energia. Através da fotossíntese, sua energia solar é convertida em energia

química e armazenada na forma de matéria orgânica (ANEEL).

Há pouco mais de 100 anos atrás, a biomassa começou a perder espaço

para as demais fontes de energia, primeiramente para a energia do carvão, e

em seguida, com o crescimento contínuo e acelerado do uso de petróleo e gás

natural, a utilização da biomassa caiu bruscamente e ficou reduzida

basicamente apenas às residências particulares e indústrias em regiões

agrícolas (CORTEZ et al., 2008).

Uma das principais vantagens do uso da biomassa, é que apesar de sua

não tão alta eficiência energética comparado com outros combustíveis, o seu

aproveitamento pode ser feito diretamente através da combustão em fornos e

caldeiras. Mas, novas tecnologias estão sendo aprimoradas visando aumentar

sua eficiência e a redução dos impactos ambientais, tais como a gaseificação,

combustão e a pirólise (SILVA, 2009).

A geração de energia elétrica a partir da biomassa já é realidade em

importantes setores e vem sendo cada vez mais comercialmente empregada.

Analisando as características das fontes de energia renováveis, a biomassa

vem sendo utilizada em processos modernos de alta eficiência tecnológica,

dando a ela total flexibilidade para atender as necessidades tanto na produção

de energia quanto para locomoção no setor de transportes (LEAL, 2005)

Conforme nos orienta Leal (2005, p. 41), nas teses e dissertações:

Em resumo, a biomassa dificilmente conseguirá substituir o petróleo, e muito menos todos os combustíveis fósseis, mas tem um enorme potencial de auxiliar na redução das emissões de gases de efeito estufa, no aumento da segurança energética de cada país e no aumento da oferta de empregos e renda no meio rural.

A busca pela utilização da energia da biomassa, é justamente a

necessidade que os países tem em buscar as energias alternativas renováveis

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para incrementar na suas matrizes energéticas. A grande motivação para essa

mudança de postura, é a diminuição do uso dos derivados do petróleo.

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1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Geral

Discutir e apresentar a fonte de energia biomassa como uma alternativa

viável para a produção de energia elétrica

1.1.2 Especificos

Demonstrar as principais características da biomassa como fonte

energética.

Avaliar os aspectos socioeconômicos do uso energético da biomassa.

Analisar o potencial de aproveitamento da energia da biomassa.

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2 METODOLOGIA

Todas as informações aqui apresentadas foram obtidas a partir de

pesquisas em endereços eletrônicos especializados ou bibliografia existente

relacionada ao tema. As informações foram organizadas de forma a

proporcionar ao leitor uma boa linha de raciocínio desde sua origem até sua

aplicação como alternativa na produção de energia elétrica.

Inicialmente foi realizada uma pesquisa apresentando as principais

fontes de biomassa utilizadas no Brasil, seus processos térmicos, suas

principais características, suas vantagens e desvantagens da utilização da

biomassa como fonte de energia.

Posteriormente foram apresentados alguns aspectos socioeconômicos

da biomassa. Onde foi levada em consideração a biomassa como geradora de

emprego, seus impactos ambientais, suas formas de cogeração, processos dos

materiais na sua obtenção e equipamentos utilizados na cogeração da

biomassa.

Por fim, na última parte do trabalho é dado um enfoque no potencial de

aproveitamento da biomassa. Onde são feitas considerações a respeito de

algumas empresas que obtiveram sucesso com a geração de energia através

da biomassa. Podendo haver necessidade de possíveis áreas de estudo,

análises e conclusões relacionadas as informações apresentadas.

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3 PROCESSOS DE OBTENÇÃO DA BIOMASSA

Walker (2009) diz que a biomassa pode ser originada através da energia

química dos vegetais sem precisar da intervenção do homem, ou pode ser

produzida através de atividade humana, que são os resíduos gerados na

produção agrícolas ou núcleo urbano.

3.1 Fontes da biomassa

A biomassa é dividida em 4 grandes grupos que são os vegetais não

lenhosos, nos quais são encontrados os sacarídeos, celulósicos, amiláceos e

os aquáticos, os vegetais lenhosos que são representados pelas madeiras, os

resíduos orgânicos que serão subdivididos em resíduos agrícolas, urbanos e

industriais, e o biofluído ou também chamados de oleaginosas que será

representado pelo óleo vegetal (CORTEZ; LORA; GÓMEZ, 2003).

A figura 1 mostra o esquema das fontes de biomassa.

Figura 1 – Fontes da Biomassa Fonte: Ministério de Minas e Energia, 1982

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3.1.1 Vegetais não Lenhosos

Nogueira e Lora (2003) definem os vegetais não lenhosos em relação ao

tecido de armazenamento de energia, que são divididos em: sacarídeos,

amiláceos, celulósicos e aquáticos.

Os sacarídeos é o grupo que se encontra a cana-de-açúcar e a

beterraba, que por sua vez geram a glicose e a frutose. Os celulósicos são

compostos pelos vegetais que só utilizam outros meios a não ser a sua

estrutura morfológica. Amiláceos cujo seu tecido e composto por amido e os

aquáticos em que as algas e micro algas adquirem potencial para geração de

energia (BNDES; CGEE, 2008)

3.1.2 Vegetais Lenhosos

A extração da madeira deve ser realizada por meio de floresta nativa ou

floresta plantada e sua produção se dar através de processos de tecnologias

específicos (NOGUEIRA; LORA, 2003).

Atualmente as florestas nativas vêm sendo tratadas como fontes de

energia inesgotável que geram grandes consequências no futuro como o

aumento de erosão e o esgotamento da madeira (NOGUEIRA; LORA, 2003).

Ao passar dos anos os estudos silviculturas vêm provando que é

possível ter uma exploração racional aliada com abastecimento energético,

diminuindo os problemas sobre o meio ambiente e a população que assolam a

maioria dos países. Para as florestas plantadas existem dois objetivos:

reflorestamento e fins energéticos que são grandes números de árvores por

hectare e com clico curto, para se obter maior volume por área (NOGUEIRA;

LORA, 2003).

3.1.3 Resíduos Orgânicos

Os resíduos orgânicos são os subprodutos de atividades agropecuárias,

agroindustriais e urbanas que podem ser utilizados para a geração de energia

elétrica. No passado esses resíduos eram grandes problemas de caráter

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ambiental e com o uso desse material na produção de energia virou uma

grande solução viável, reduzindo assim as emissões de gases no meio

ambiente (NOGUEIRA; LORA, 2003).

Os resíduos agrícolas são resultados das atividades de colheita dos

produtos agrícola e sua a quantificação é feita com base nos "índices de

colheita" que expressam a relação percentual entre a quantidade total de

biomassa gerada por hectare plantada e a quantidade de produto

economicamente aproveitável (RESÍDUOS NO BRASIL, 2009)

Os resíduos domiciliares e comerciais dão origem aos resíduos urbanos,

que são definidos como restos de atividades humanas, que são considerados

pelos geradores como descartáveis. Também são classificados como urbano

os resíduos hospedares, mas por conta de serem impossíveis de se reutilizar

não serão levados em conta (NOGUEIRA; LORA, 2003).

Tabela 1 - Índices de produção per capita de resíduos sólidos domiciliares em função da população urbana

Fonte: CETESB, 2004

Devido à falta de saneamento básico em muitas regiões do país os

resíduos urbanos são destinados em lixões e aterros controlados sem o devido

tratamento (NOGUEIRA; LORA, 2003).

Os resíduos de atividades agroindustriais possuem valor energético, que

são utilizados na própria indústria para a geração de vapor ou eletricidade. Na

maioria das vezes os usos energéticos desses materiais são por meio da

queima direta em fornos ou através da biodigestão anaeróbia (NOGUEIRA;

LORA, 2003).

3.1.4 Biofluídos

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O biofluído abrange um grande número de plantas produtoras de

gorduras vegetais e de óleos, a sua extração e produção são fundamentais

para a qualidade e adequação ao uso desse óleo (NOGUEIRA; LORA, 2003).

Em relação ao rendimento de óleo, o girassol, o coco e o dendê

merecem ser observados. Em termos de rendimento a mamona sai na frente,

pela sua resistência a seca e pelo curto ciclo de colheita. O óleo de soja

representa 90% da produção brasileira de óleos vegetais, tornando a soja a

principal cultura oleaginosa para atender a demanda por biodiesel

(MEIRELLES, 2003).

3.2 Processos térmicos

Durantes os últimos anos, os processos termoquímicos são

considerados a tecnologia do futuro para a produção de energia. Dentre os

processos mais utilizados, destacam-se a pirólise, gaseificação e combustão

(MANARA e ZABANIOTOU, 2012).

3.2.1 Pirólise

A pirólise da biomassa é definida como a decomposição térmica do

material orgânico na ausência de oxigênio. É um processo de conversão de um

combustível (lenha) para um outro de melhor eficiência energética (carvão).

Esse processo consiste basicamente em aquecer o material original a

temperaturas não tão altas (500 - 800 °C) com pouco ar no ambiente, até que o

material volátil seja retirado. E sua finalidade é obter um material com maior

poder calorífico. (SAIDUR et al., 2011).

A pirólise é destaque, quando é comparada com outros diferentes tipos

de processos por gerar produtos líquidos (alcatrões), gases (materiais voláteis

de baixo peso molecular), sólidos (carvão), os produtos formados através

desse processo podem ser utilizados como combustíveis devido ao seu

elevado poder calorífico. (PEDROZA, 2011).

Algumas variáveis interferem na qualidade do processo de pirólise da

biomassa, como: granulometria do material, velocidade de aquecimento,

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temperatura, fluxo do fluído, etc. Segundo Zabaniotou et al,. (2008), a

temperatura é a variável que possui o maior efeito sobre a pirólise.

A pirólise vem sendo um processo que vem demonstrando resultados

satisfatórios, no que se diz respeito à obtenção de produtos renováveis. É uma

alternativa viável, pois vem apresentando valores agregados aos produtos e

co-produtos, formados durante o seu processo (VIEIRA et al., 2014).

3.2.2 Gaseificação

O processo de gaseificação é bem antigo, já é conhecido há mais de

100 anos. Por muitos anos, ficou praticamente em desuso devido a grande

quantidade de petróleo disponível no mercado e pelo seu baixo preço. Esse

processo foi muito utilizado nas guerras mundiais, devido a dificuldade de

acesso que os países tinham em desfrutar dos combustíveis tradicionais

(SILVA, 2009).

A gaseificação pode ser definida como o processo de conversão

termoquímica de um material sólido ou líquido em um combustível gasoso,

através da oxidação parcial a temperaturas elevadas variando de 800 a 1 100

°C (LORA, et al, s.a. p. 421).

A gaseificação normalmente é elevada em temperaturas mais altas do

que a pirólise. Logo, podemos concluir que antes de atingir o processo

gaseificação, passaríamos pelo estágio de pirólise devido ao fato que seu

processo é alcançado em temperaturas mais baixas que a gaseificação.

3.2.3 Combustão

Dentre todos os elementos dos combustíveis, os principais são: carbono,

hidrogênio e oxigênio. Estes elementos reagem durante o processo de

combustão completa formando o gás carbônico (CO2), água (H2O) e liberação

de calor, logo podemos classifica-la como uma reação exotérmica (VA LOO e

KOPPEJAN, 2002).

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Figura 2: Processo de combustão de biomassa

Fonte: Adaptado de Garcia et al., 2012.

A figura 2 apresenta como funciona o processo de combustão de uma

biomassa. No primeiro estágio é adicionado uma fonte externa de energia para

que haja a perda de umidade contida no material, à uma temperatura inferior a

100 ºC. No segundo estágio, ocorre a pirólise juntamente com a gaseificação

da biomassa. Esse estágio é geralmente mais rápido, já que grande parte da

umidade foi evaporada, assim gerando um gás rico em CO, H2O e CO2. No

terceiro estágio, ocorre de fato a combustão e oxidação do combustível que

ocorrem em temperaturas que variam de 250 a 800 ºC e produz

majoritariamente CO2, H2O e calor que pode ser utilizados para fins de

aquecimento e retornar para o processo (GARCÍA et al.; 2012).

3.3 Caraterização da biomassa

3.3.1 Estrutura da biomassa

As paredes celulares de biomassa são formadas de microfibrilas de

celulose, rodeadas por uma matriz de hemicelulose e lignina (figura 3). Mas há

também alguns componentes como lipídeos, hidrocarbonetos, compostos

fenólicos, hidratos de carbono e proteínas (SHAFIZADEH, 1982 apud MARIN

MESA, 2011).

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Figura 3: Ilustração de uma biomassa lignocelulósica Fonte: Boudet et al., 2003.

Segundo Martini (2009) Os principais componentes da biomassa vegetal

são a celulose, hemicelulose e lignina. Na figura 4 abaixo é possível observar a

sua respectiva composição em porcentagem.

Figura 4: Composição típica da Biomassa Vegetal Fonte: Nogueira, 2007.

3.4 Vantagens e desvantagens

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Segundo García et.al. (2012) apresenta algumas vantagens para o uso

de biomassa como combustível atendendo os 3 pilares da sustentabilidade

(ambiental, econômico e social). As vantagens são elas:

- A biomassa é uma energia limpa e renovável.

- Devido a sua origem ser pela fotossíntese, apresentam baixos teores

de gás carbônico, enxofre e nitrogênio, gerando baixas emissões de SOx e

NOx que contribuem para amenizar o efeito estufa e o buraco na camada de

ozônio.

- Biomassa e resíduos biológicos são uma fonte de combustível

independente e podem evitar dependência de fontes estrangeiras de energia.

- Socialmente, o desenvolvimento de culturas de biomassas e energia

estimula criação de emprego, evitando assim o despovoamento principalmente

nas zonas rurais e apoiando a agricultura local.

Algumas desvantagens da utilização da biomassa:

- Desflorestação;

- Possui um menor poder calorífico quando comparado com outros

combustíveis;

- Os biocombustíveis líquidos contribuem para a formação de chuvas

ácidas;

- Dificuldades no transporte e no armazenamento de biomassa sólida.

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4 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS DO USO DA BIOMASSA

4.1 A biomassa como geradora de emprego

Com o passar dos anos a biomassa como fonte energética vem

mostrando grande potencial para a geração de empregos diretos e indiretos.

Talvez , o melhor exemplo, seja o programa regional de energia da região dos

grandes lagos, nos estados unidos em que se existiu total suporte

administrativo e econômico fornecido pelo conselho de governadores da região

dos grandes lagos. Esse programa teve inicio em 1985 e utilizam, quatro tipos

de recursos de biomassa, o milho, o lixo, o resíduo industrial e a madeira que

são destinados para a produção de calor, energia elétrica, álcool combustível e

gás (BARUM, 1999).

Em 1985 foram gerados cerca de 32000 empregos diretos e indiretos,

pelo uso da biomassa, 1995 já ultrapassavam de 70000 empregos. E em 2005,

o conselho dos Grandes Lagos pretende incrementar nos setores ligados a

construção de novas plantas e equipamento para a geração de energia elétrica

que aumentaria o numero de empregos diretos e indiretos em uma faixa de

175000 e 240000 (BARUM, 1999).

A biomassa de origem florestal é uma energia renovável e com grande

potencial de geração de empregos. Além de permitir uma versatilidade como

fonte de energia seja pela queima de cavacos, ou com produtos agregado com

os briquetes e pellets. O baixo custo de aquisição e a diminuição de emissões

de gases poluentes em relação ao derivado do petróleo, são algumas das

vantagens que a biomassa proporciona (AGEFLOR, 2016).

A indústria de papel é um bom exemplo de uso de biomassa florestal

como fonte de energia, sendo muitas dessas empresas, alto sustentável em

relação ao consumo de energia. A indústria de máquinas e equipamentos

também vem ganhando espaço com o aumento de demanda, um exemplo de

equipamento seria os picadores que é o equipamento principal para a produção

do cavaco de madeira (AGEFLOR, 2016).

4.2 Processos de produção da biomassa florestal

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Silva (2007) Define que para se existir eficácia na compactação é

fundamental que o material passe pelas etapas: picar, peneirar, secar, moer,

etc.

Para a produção de briquetes são necessárias sete etapas sendo elas: a

escolha do material nesta etapa define que a matéria-prima estar diretamente

proporcional ao tipo de briquete, em seguida vem à secagem que tem a

finalidade de retirar a umidade do material, a moagem dos resíduos que possui

o objetivo de reduzir o tamanho para facilitar a ação do aglutinante, o

peneiramento que tem por finalidade a separação das partículas a serem

utilizadas, a mistura com aglutinante que dar aderência ao resíduo, a

prensagem que proporciona resistência ao briquete e a estocagem em os

briquetes serão armazenados em silos de estocagem (MORO, 1987)

4.3 Processos de produção do etanol a partir da cana-de-açúcar

Figura 6: Processo de produção de açúcar e etanol de cana-de-açúcar Fonte: SEABRA, 2008

A fabricação do etanol a partir da cana é iniciada com o transporte da

cana moída pela colheitadeira até a usina, em seguida a cana moída é

prensada e separada em caldo e bagaço. O mostro segue pra dornas de

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fermentação e o liquido fermentado é purificado na torre de destilação, e em

seguida retificado. Com os resíduos provenientes da prensagem a usina utiliza

como combustível para as caldeiras gerando vapor e bioeletricidade. Com o

etanol produzido passa pelo processo de desidratação, que reduz a volatilidade

da água e permite a evaporação do etanol, que segue separado (MACHADO,

2014).

4.4 Processos de produção do biogás a partir do lixo

Figura 7: Fluxograma de gerenciamento de material orgânico Fonte: PET BioSus, 2008

Primeiro o lixo coletado é separado em reciclável e não reciclável, em

seguida o lixo reciclado será destinado ás usinas de reciclagem e o não

reciclável será separado em orgânico e inorgânico. O lixo orgânico será

direcionado ao reator de pirólise e o lixo inorgânico será direcionado ao aterro

sanitário. O reator produzirá o carvão de resíduos que posteriormente serão

utilizados para fins energéticos. O chorume proveniente dos aterros sanitários

será tratado no biodigestor que produzirá o biogás que alimentará

energeticamente o reator de pirólise. O efluente tratado originado do

biodigestor será encaminhado a uma estação de tratamento de efluente.

(Ferreira et al., 2010).

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24

4.5 Processos do biofluído na produção da biomassa

O tipo de processo estar diretamente proporcional a peculiaridades da

matéria-prima, sendo possível a utilização a extração pro meio de solventes ou

por prensagem, há de ressaltar que independente do método utilizado, o

objetivo é a extração do óleo de boa qualidade (WAKELYN e WAN, 2006;

CAPELLINI, 2013).

Os grãos ricos em óleo como a canola, girassol e o coco seco é

recomendado o uso das prensas, a prensagem resultará a torta, que é triturada

e passará no extrator por solvente em relação aos processos mistos, o óleo

bruto originado da prensagem e ao óleo bruto que sai da destilação da miscela

(WOERFEL, 2006).

A figura 8 apresenta o fluxograma do processo de extração do óleo de

girassol, utilizando a mini prensa.

Figura 8: Fluxograma da extração do óleo de girassol utilizando mini-prensa Fonte: Oliveira e Vieira, 2004

A taxa de compressão da prensa é o critério que mais influência no

desempenho, que pode ser quantificado pela razão do volume de material que

entra na sessão de alimentação pelo volume eliminado na sessão de choque,

para cada giro do eixo (SINGH; BARGALE, 2000).

4.6 Impactos ambientais causados pela biomassa

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Ao longo dos anos a produção a partir da biomassa passou a ser

esquecida provocando hoje a centralização do sistema elétricos, mas

recentemente o países em desenvolvimentos e ate mesmo os países

europeus, vem buscando melhorias e a biomassa tem sido uma boa opção

para produção de energia elétrica (SILVA, 2005).

Em relação aos países em desenvolvimento, a crise econômico-

financeira tem sido uma pedra no sapato para viabilizar a construção de novas

obras, para resolver os problemas ambientais causados pelas emissões de

CO2 (RUGGERO; SILVA, 2005).

Para que não haja efeito estufa na utilização da biomassa é necessário

que a mesma seja oriunda de plantas que consumiram exatamente a mesma

quantidade de dióxido de carbono durante sua vida. Esta alternativa só faz

sentido se a área cultivada será destinada para produzir energia, fazendo

assim um balanço nulo de dióxido de carbono (RUGGERO; SILVA, 2005).

4.6.1 Impactos Ambientais da tecnologia do gás de lixo

Os compostos contidos no gás de lixo são continuamente lançados á

atmosfera e são os principais contribuintes para a destruição da camada de

ozônio, quando o gás de lixo é queimado para a geração de energia, os

compostos contidos são destruídos, minimizando os danos ambientais (ROSA,

2003).

Segundo Rosa et al (2003) a tendência é que as regulações

governamentais em países industrializados, sejam implantadas em países em

desenvolvimento exigindo que os aterros sanitários, coletem suas emissões de

gás de lixo, e dando ao proprietário a liberdade de queimar o gás em flares ou

produzir sua própria energia.

4.6.2 Impactos ambientais da tecnologia dranco

Em relação a esta tecnologia é necessário o mesmo cuidados adotados

pela incineração por quer geram praticamente os mesmos efluentes gasosos

que uma incineração (CO, CO2, NOx, vapor d’água, material particulado, SOx,

HCl, entre outras substâncias em menores proporções como dioxinas e

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furanos), comprovando que esta tecnologia necessita de cuidado especiais

(OLIVEIRA, 2003).

4.6.3 Impactos ambientais da tecnologia bem

O mau planejamento para produção de furfural, pode causar problemas

ambientais em relação a sua disposição. A queima da celulignina (resultado

obtido da pré-hidrolise ácida) gera dióxido de carbono, porem até o momento

não existe estudo sobre esta combustão (Rosa et al., 2003).

4.6.4 Impactos Ambientais da tecnologia de incineração de lixo

O controle de emissões gerado pela combustão são fundamentais para

atender as rigorosas normas de proteção ambiental, o monóxido de carbono

(CO) e o óxido nitrogenados (NOx) são originados através da combustão.

Também deve ser levada em consideração a formação de dioxinas e furanos,

originado pelo processo de incineração. A utilização do carvão ativado em

leitos pós-combustão virou uma alternativa para combater os resquício de

dioxina e furanos, podendo atingir níveis de dioxina abaixo dos padrões

estabelecida internacionalmente (Rosa et al., 2003).

4.7 Cogeração da biomassa

Quando há a produção simultânea, a partir de uma mesma fonte

energética, de duas ou mais utilidades num processo de geração de energia,

como, calor de processo e energia eletromecânica, por exemplo, diz-se que há

um sistema de cogeração de energia. Ou seja, a cogeração da biomassa pode

ser definida como um processo de transformação de uma forma de energia em

mais de uma forma de energia. De acordo com Instituto Nacional de Eficiência

Energética – INEE, essa tecnologia apresenta a vantagem de economizar

combustível necessário para produção do calor do processo, tomando útil até

85% da energia do combustível.

A figura 9 mostra em detalhes as partes de uma planta de cogeração.

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Figura 9 - Planta de Cogeração Fonte: Silva, 2009

4.7.1 Formas de Cogeração

Existem duas formas de cogeração em relação à sequência de geração.

A primeira é a geração eletromecânica e depois térmica (topping), e a segunda

é o inverso, geração posterior de energia eletromecânica (bottoming)

Topping é o primeiro aproveitamento da energia disponibilizada pelo

combustível, que se dá para a geração de energia eletromecânica (altas

temperaturas), e, em seguida, para o aproveitamento de calor útil (SILVA,

2009, p.16).

A tecnologia topping é muito utilizada, principalmente nas indústrias,

tendo em vista que grande parte dos processos industriais demandam calor a

temperaturas não tão altas. E a finalidade do topping é justamente a obtenção

de energia elétrica no final do seu processo (PILON, et al, 2012).

Bottoming é o primeiro aproveitamento da energia disponibilizada pelo

combustível se dá para o aproveitamento de calor útil a elevadas temperaturas,

e em seguida para geração de energia eletromecânica. (SILVA, 2009, p.16).

Ao contrário do topping, a tecnologia bottoming visa a geração de

energia térmica no final do seu processo. O bottoming costuma apresentar

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rendimentos eletromecânicos inferiores ao topping que trabalham com

temperaturas mais altas obtidas durante o processo de queima dos

combustíveis (PILON, et al, 2012).

Figura 10 – Configurações Topping e Bottoming Fonte: Silva, 2009

4.8 Equipamentos térmicos utilizados na cogeração da biomassa

Existem vários modelos de combinações de equipamentos disponíveis

para as plantas de cogeração. Caldeiras, turbinas a vapor, turbinas a gás e

motores alternativos são os tipos de equipamentos que serão demonstrados a

seguir.

4.8.1 Caldeiras

Conforme Silva (2009, p.19), caldeira é um aparelho térmico que produz

vapor a partir do aquecimento de um fluído vaporizante. Entre elas:

a) Caldeiras de vapor: são geradores mais simples de vapor que queimam

algum tipo de combustível como fonte geradora de calor.

b) Caldeiras de recuperação: são aqueles geradores que não utilizam

combustíveis como fonte geradora de calor, aproveitando o calor

através dos resíduos de processos industriais.

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c) Caldeiras de água quente: são aqueles em que o fluído não é

vaporizado, sendo o mesmo tendo seu aproveitamento em fase líquida.

d) Geradores reatores nucleares: são aqueles que produzem vapor

através da energia liberada pelo combustível podendo ser utilizada

como fonte de calor.

4.8.2 Turbinas a vapor

Segundo Santos (2012, p.44) A turbina a vapor é uma máquina térmica

rotativa na qual a energia do vapor d’água é transformada em energia cinética

devido à sua expansão através dos bocais.

Como as turbinas a vapor são máquinas de combustão externa, o calor

necessário para a ebulição do condensado e para o superaquecimento

(normalmente inferior as turbinas a gás) posterior deve ser transferido dos

produtos de combustão ao fluído de trabalho através das serpentinas no

inferior da caldeira. (SILVA, 2009, p.18)

4.8.3 Turbinas a gás

Conforme Neto (2001) As turbinas a gás são máquinas de combustão

interna onde o primeiro aproveitamento da energia liberada pelo combustível, é

transferida diretamente ao fluído de trabalho. Onde o ar comprimido é

misturado com os gases de combustão, não havendo a necessidade de troca

de calor para a transferência de energia entre a fonte de calor e o fluído de

trabalho ou entre o fluído e o meio ambiente.

As turbinas a gás apresentam um grande diferencial em relação as

outras máquinas térmicas. O diferencial é que a turbina a gás tem a vantagem

de ter pequeno peso e volume, além de ocuparem menos espaço. Devido a

esses fatores, o seu uso está em considerável crescimento nos últimos anos

(SILVA, 2009, p.18).

4.8.4 Motores Alternativos

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Segundo ODDONE (2001) Os motores alternativos de combustão

interna são máquinas que transformam a energia térmica contida em um

combustível em energia mecânica através do acionamento de pistões

confinados em cilindros.

Dentre todas as máquinas térmicas utilizadas para geração de energia, o

motor alternativo é a que melhor converte a energia contida em um combustível

líquido ou gasoso em potência mecânica (SILVA, 2009, p.20)

4.9 Demanda de biomassa para bioenergia no Brasil

4.9.1 Usina Seresta

A Usina Seresta fica localizada em Teotônio Vilela no estado de

Alagoas. Foi fundada em 1973, durante a expansão canavieira no Brasil. A

Usina Seresta é hoje umas das empresas alagoanas que mais investe em

ações socioambientais e em tecnologia, projetando grandes conquistas e

excelentes resultados.

Em 2012, foi feito um estudo de caso sobre a implantação de tecnologia

e maquinário para utilização da palha da cana de açúcar visando o seu custo

benefício. Figueirêdo e Neto (2012) diz que o investimento desta tecnologia foi

de 150.000.000,00 R$, na implantação do sistema de separação a seco e em

caldeiras com maior capacidade de vapor e pressão. Elevando assim sua

capacidade de geração de energia através das turbinas para os geradores.

Com base na média que as concessionárias cobram em KWh, a Usina

Seresta exporta 33MWh e está lucrando cerca de 11.880.000,00 R$ (11,8

milhões) por mês. Partindo destes dados obtidos, em três anos o lucro seria de

397.680.000,00 (397,6 milhões), ou seja, seria mais que duas vezes o total

investido inicialmente para o processo do uso da palha para geração de

energia (FIGUEIRÊDO;NETO, 2012).

4.9.2 Biosev

A Biosev é uma das líderes mundiais no setor sucroalcooleiro, com 13

unidades localizadas nas principais regiões produtoras do país. As unidades da

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Biosev produzem energia elétrica por meio da queima de biomassas (bagaço e

palha) geradas a partir da produção de açúcar e etanol.

Esta grande empresa tem uma capacidade anual de processamento de

36,4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. E é autossuficiente em energia

elétrica a partir do reaproveitamento do bagaço da cana, com capacidade de

exportação do excedente de 1.346 GWh ao ano.

4.9.3 Usina Coruripe

A usina Coruripe faz parte do grupo Tércio Wanderley e sua matriz se

encontra no município de Coruripe, em Alagoas, atualmente é a maior

produtora norte/nordeste brasileiro. Com 3.032.565 toneladas de cana-de-

açúcar processada na safra 2015/2016 e mais de 36 mil hectares de terra

plana, a usina é privilegiada por possuir mais de 80% de cana-de-açúcar

própria (MARAFON et al., 2016).

Diante dos dados obtidos com a pesquisa acima, foi gerado este gráfico

abaixo mostrando a energia produzida nos anos de 2015 a 2016 na Usina

Coruripe.

Gráfico 1 – Levantamento da energia gerada na usina Coruripe em

2015 a 2016.

Fonte: Adaptado de Marafon et al., 2016.

Energia Exportada

Energia Consumida

4550

5560

51

60

Energia Gerada (MWh)

Energia Gerada (MWh)

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4.9.4 Usina Santo Antônio

A usina de Santo Antônio esta sediada em São Luiz do Quitunde,

Alagoas, e a energia elétrica é gerada em ciclo vapor do tipo topping, a usina

dispõe de três caldeiras do tipo aquatubular para a queima do bagaço da cana-

de-açúcar. O vapor gerado pela caldeira varia de 80t/h a 120t/h, sob pressão

de 21 Kgf/cm² e com cerca de 350 °C. Para o aumento da eficiência da

cogeração a usina utiliza procedimentos como a implantação de turbinas de

contrapressão e condensação, motorização de todos os acionamentos da

fabrica e incorporação de pontas de palhas ou palhiço (MARAFON et al.,

2016).

Com base nos dados obtidos acima na pesquisa da usina Santo Antônio,

foi gerado este gráfico abaixo ilustrando a energia produzida na usina nos anos

de 2014 até 2016.

Gráfico 2 – Levantamento da energia gerada na usina Santo Antônio em

2014 a 2016.

Fonte: Adaptado de Marafon et al., 2016.

0 10 20 30 40 50 60

Safra 2014/2015

Safra 2015/2016

Energia Gerada (MWh)

Energia Gerada (MWh)

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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com base na média que do que é cobrado o KWh nas concessionárias e

nos dados obtidos das pesquisas realizada acima, foi elaborado este gráfico

com o quantitativo do lucro anual das empresas que utilizam a biomassa como

fonte energética.

Gráfico 3 – Lucro Anual (Milhão) das Empresas utilizando a biomassa

como fonte energética.

Fonte: do autor

A empresa de maior rentabilidade foi a Biosev, por ser a segunda maior

processadora global de cana-de-açúcar, lucrando quase 600 milhões de reais

por ano.

Neste gráfico percebe-se que a utilização da biomassa como fonte

energética é sim uma energia rentável e que pode trazer muitos benefícios

para as empresas. O que antes era um problema ambiental, devido a grande

quantidade de resíduos sólidos, hoje virou uma parte lucrativa nas empresas.

A maioria das Usinas Termoelétricas que utilizam o bagaço da cana-de-

açúcar já previu a necessidade de complementar o bagaço produzido com

outras matérias primas. Desta maneira, as usinas vêm incrementando em suas

142,5

197,04 216,7

593,6

0

100

200

300

400

500

600

700

Usina Seresta Usina Coruripe Usina Santo Antônio Biosev

Lucro Anual (Milhão)

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caldeiras o cultivo da palha da cana-de-açúcar, eucalipto e capim-elefante, e

vem demonstrando excelentes resultados com esta inovação.

O bagaço da cana-de-açúcar vem demonstrando excelentes resultados

na geração de energia elétrica. Ela vem sendo a melhor opção

economicamente para o setor sucroenergético quando falamos no quesito

custo-benefício. De acordo com (ANEEL 2011b), o bagaço da cana-de-açúcar

é a matéria prima de quase 80% das usinas térmicas movidos a biomassa.

Após a implantação dos sistemas de cogeração as empresas têm obtido

excelentes resultados com a utilização dos resíduos sólidos para geração de

energia. Pois, além de só comprarem energia em períodos de manutenção dos

equipamentos, ou longos períodos de chuva, o excedente é importado,

alavancando assim seu faturamento.

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6 CONCLUSÃO

Com base nas pesquisas realizadas foi possível observar que a

biomassa é considerada uma importante opção para os países em

desenvolvimentos como o Brasil e até mesmo para países europeus, ainda

hoje, fortemente dependentes de combustíveis fósseis e da biomassa

tradicional como fontes de energia no setor residencial, onde são utilizados

para cocção e calefação, e também no setor de transportes. Além de ser uma

energia promissora, e seu mercado cresce constantemente, pois é uma

energia renovável (advinda de resíduos vegetais e animais), diferentemente

dos combustíveis fósseis, que apesar do fato de serem provenientes de vida

vegetal (carvão mineral) ou animal (petróleo), não são considerados

biomassa, pois são fontes de energia não renováveis.

Entretanto, existem algumas ressalvas para implementação da

biomassa, um exemplo seria a escolha do local, pois seria muito custoso

transportar grandes volumes de resíduos até a sua destinação final. Então, o

ideal seria que o empreendimento que fosse adotar a biomassa como fonte

energética, ficasse próximo de onde seria extraído a fonte da biomassa.

Embora a utilização de biomassa como fonte de energia traga

fantásticas vantagens, como o baixo custo, permitir o reaproveitamento de

resíduos e ser bem menos poluente que outra fonte de energia é necessário

ressaltar que se deve ter um amplo controle sobre as áreas desmatadas.

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