brief transparência » revista semanal edição especial 2013

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REVISTA SEMANAL EDIÇÃO ANUAL || 2013 BRIEFING INTELI|CEIIA » TRANSPARÊNCIA || 2014

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2013

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Page 1: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

REVISTA SEMANAL

EDIÇÃO ANUAL || 2013

BRIEFING INTELI|CEIIA » TRANSPARÊNCIA || 2014

Page 2: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

A36

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

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Área: 14,71 x 29,69 cm²

Corte: 1 de 3ID: 45714254 18-01-2013

Página 36

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Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 7

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Área: 5,31 x 29,03 cm²

Corte: 2 de 3ID: 45714254 18-01-2013

Página 37

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A1

Tiragem: 94116

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 9

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Área: 26,75 x 16,05 cm²

Corte: 1 de 2ID: 45749406 21-01-2013

Página 1

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A15

Tiragem: 15614

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 72

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Área: 27,24 x 31,28 cm²

Corte: 1 de 3ID: 45907278 30-01-2013

Página 15

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Tiragem: 15614

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 73

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Área: 27,55 x 32,14 cm²

Corte: 2 de 3ID: 45907278 30-01-2013

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Tiragem: 15614

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 1

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A55

Tiragem: 16995

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 32

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Área: 26,33 x 15,75 cm²

Corte: 1 de 1ID: 46065936 08-02-2013

Marta Marques [email protected]

As pessoas politicamente ex-postas (PEP) residentes em ter-ritório nacional vão passar a es-tar incluídas na lista dos bancosde clientes com elevado risco debranqueamento de capitais.Essa é pelo menos a intenção doBanco de Portugal, que ontemcolocou em consulta pública umProjecto de Aviso sobre bran-queamento de capitais e finan-ciamento do terrorismo.

A actual lei já consagra o de-ver de análise reforçada das ope-rações envolvendo PEP, masapenas aqueles não residentesem território nacional. O DiárioEconómico sabe que alguns dosmaiores bancos nacionais já in-cluíam estes clientes na sua listade elevado risco – respeitando asmelhores práticas internacionais– embora, por lei, não fossemobrigados a fazê-lo. São consi-derados PEP não apenas os polí-

ticos em funções mas tambémos membros próximos da família(incluindo uniões de facto), pes-soas ou empresas com quem te-nham estreitas relações de ne-gócio e ainda outros titulares decargos públicos relevantes,como altas patentes militares oujuízes de tribunais superiores. Opresente projecto mantém noentanto inalterado o período quedecorre do fim de funções paraque o cliente seja consideradoPEP. Ou seja, é apenas PEP“aquele que desempenhe, ou te-nha desempenhado nos últimos12 meses, altos cargos de natu-reza política ou pública”. Quemtenha findo funções há mais deum ano continua assim fora doradar dos bancos.

As instituições financeiraspassam também a ter de disporde uma abordagem baseada norisco. Ou seja, existem clientese operações que pelas suas ca-racterísticas devem ser auto-maticamente classificados

como oferecendo elevado risco.Na prática, isto significa disporde meios informáticos que emi-tam alertas para operações derisco e que monitorizem de for-ma permanente estes clientes.Trata-se de uma forma de con-centrar meios e recursos noscasos que exijam atenção refor-çada. Além dos PEP, são clientesde elevado risco, por exemplo,aqueles que tenham profissões

que envolvam a utilização dedinheiro “vivo”, como comer-ciantes ou sucateiros, ou clien-tes com nacionalidade ou resi-dência em determinadas geo-grafias, como ‘offshores’. Já alista de operações de risco é ex-tensa. O Banco de Portugalenumera, neste projecto, 110 si-tuações exemplificativas de si-tuações passíveis de gerar aler-tas, como é o caso de clientesque, sem explicação plausível,movimentem numerário emmontantes pouco usuais ou nãojustificados pelo seu perfil.

Apesar de os bancos terem li-berdade para elaborarem a sualista de operações com “alertavermelho”, a lei consagra aobrigatoriedade de identificaros depósitos em numerário apartir de determinado montan-te como uma operação de risco.Um limite que o regulador pre-tende ver agora alterado: ac-tualmente o limite é de 12.500euros, numa única operação ou

em operações relacionadas, maspassará a ser de 1.000 euros deacordo o presente projecto. Eporque o fraccionamento destasoperações em pequenos mon-tantes é uma prática comum nocrime de branqueamento de ca-pitais e financiamento do terro-rismo, o regulador passa tam-bém a impor um registo centra-lizado. Trata-se de um registocentralizado para transferênciasde fundos, “que permita o con-trolo efectivo do limite agregadode 15.000 euros”, de acordocom o documento.

Nota ainda para o facto detambém as entidades presta-doras de serviços postais pas-sarem a estar sujeitas a esta le-gislação. Estas entidades têmum elevado peso na transfe-rência de fundos para o estran-geiro mas escapam geralmentea regulação e supervisão.

O Projecto de Aviso ficaráem consulta pública até 9 deMarço. ■

Banco de Portugal quer análisereforçada às contas dos políticosO regulador colocou em consulta pública um Projecto de Aviso sobre branqueamento de capitais.

O Banco dePortugal, lideradopor Carlos Costa,colocou ontem emconsulta públicaa regulamentaçãoque prevê ummaior controlodas operaçõesde risco.

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A26

Tiragem: 92344

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

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Área: 21,97 x 27,36 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46140535 13-02-2013

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Tiragem: 92344

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

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Área: 5,71 x 3,67 cm²

Corte: 2 de 2ID: 46140535 13-02-2013

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A28

Tiragem: 15668

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Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 36

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Tiragem: 158524

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Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Tiragem: 158524

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A52

Tiragem: 40595

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 14

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Corte: 1 de 2ID: 46431696 02-03-2013

Antigo professor de José Sócrates absolvido no processo Cova da Beira

Arguidos ilibados de corrupção e branqueamento de capitais. Valor probatório das transferências bancárias para conta off shore de António Morais na ilha de Guernsey foi considerado reduzido

ENRIC VIVES-RUBIO

António Morais recusou-se a prestar declarações à saída da sala de audiências

O antigo professor de José Sócra-

tes, António Morais, e os outros

dois arguidos do processo Cova da

Beira — relacionado com a constru-

ção de uma central de tratamento

de lixo — foram ontem absolvidos

num tribunal criminal de primei-

ra instância dos crimes de corrup-

ção e branqueamento de capitais.

Os documentos bancários que

comprovam várias transferências,

num total de 58 mil euros, para uma

conta off shore de António Morais e da

sua então mulher Ana Simões, não

foram considerados indícios sufi cien-

temente relevantes para provar que

o casal recebeu dinheiro de Horácio

Luís de Carvalho para indicar a sua

empresa, a HLC, como a mais habili-

tada para construir a central de com-

postagem da Cova da Beira.

Os factos remontam a 1996, altura

em que a Associação de Municípios

da Cova da Beira escolheu a empresa

Ana Simões & Morais para a assesso-

rar no concurso público para o ater-

ro sanitário. Excluído do concurso,

o consórcio encabeçado pela HLC

acabou por ser readmitido e por ga-

nhar a empreitada de 12,5 milhões

de euros. José Sócrates era na altura

secretário de Estado do Ambiente,

tendo declarado ao tribunal por es-

crito, na qualidade de testemunha

arrolada por Ana Simões, não ter

tido qualquer infl uência quer na es-

colha da empresa do seu professor

da Universidade Independente, quer

na adjudicação à HLC.

“A tese acusatória funda-se em

documentos bancários. Contudo,

não se sabe nem quem escreveu ne-

les referências alusivas ao aterro da

Cova da Beira nem quando”, refe-

riu a presidente do colectivo, a juíza

Clarice Gonçalves. “Não se vê uma

relação de causalidade entre o resul-

tado do concurso e os montantes re-

cebidos.” E se o valor probatório das

transferências de Horácio Carvalho,

um empresário da Covilhã, para a

conta off shore entre 1997 e 2000 foi

considerado fraco, o mesmo não

sucedeu com os testemunhos dos

peritos ouvidos pelo tribunal, que

convenceram os magistrados de que

a proposta da HLC era, de facto, a

melhor das oito que disputaram a

obra. “As 32 mil toneladas de resí-

de adjudicar a empreitada à empresa

de Horácio de Carvalho, ontem iliba-

do de corrupção activa e branquea-

mento de capitais. Ficou provado,

disse a juíza, ter sido a associação a

fi xar os critérios de avaliação.

Para os inspectores que investiga-

ram o caso, todo o processo para a

construção da central foi controlado

pelo PS da Covilhã, designadamen-

te pelo então presidente da câmara,

Jorge Pombo. “A central de compos-

tagem funciona bem, tendo resolvi-

do um dos principais problemas da

Beira Interior”, refere o acórdão lido

ontem. Inaugurada em meados de

2001, quatro anos depois da data pre-

vista, a infra-estrutura tem suscitado

reclamações por parte do presidente

da Câmara da Covilhã, o social-de-

mocrata Carlos Pinto, que fala num

investimento público demasiado

oneroso que não atingiu o objectivo

ambiental que se propunha.

O inquérito-crime do “caso Cova

da Beira” foi desencadeado por uma

carta anónima. “A HLC disponibili-

zou 300 mil contos [1,5 milhões de

euros], sendo 150 mil [750 mil euros]

para o secretário de Estado do Am-

biente”, denunciava.

Em 2003, a PJ propôs a realização

de buscas a José Sócrates, mas um

procurador do Departamento de In-

vestigação e Acção Penal de Lisboa

opôs-se. “Pese embora as denúncias

sugerirem que o então secretário de

Estado esteve envolvido no cometi-

mento de actos ilícitos, a verdade é

que processualmente não existem

indícios fortes dessa sua participa-

ção”, alegou o procurador.

À saída do julgamento, Ana Simões

mostrou-se, apesar de ilibada, des-

gostosa com a justiça por causa da

sua morosidade. O tribunal decidiu

ainda libertar os 58 mil euros retidos

na conta off shore.

JustiçaAna Henriques

duos que este consórcio se propôs

tratar fi cam a grande distância das

quantidades apresentadas pelos ou-

tros concorrentes”, refere o acórdão,

acrescentando que o preço cobrado

pela HLC por tonelada tratada era

igualmente dos mais vantajosos.

Neste capítulo havia outro concor-

rente a apresentar um preço mais

baixo, “mas não satisfazia a quanti-

dade anual de tonelagem” requerida.

Por outro lado, disse ainda a juíza,

a HLC garantia ao aterro um tempo

de vida útil de 17 anos, condição que

nem todos os concorrentes assegura-

vam. “Para o perito do Laboratório

Nacional de Engenharia Civil ouvido

em tribunal o consórcio que ganhou

era aquele que devia ter ganho”, dis-

se Clarice Gonçalves, frisando ainda

que coube à Associação de Municí-

pios da Cova da Beira, e não à em-

presa do professor de grande parte

das cadeiras de Sócrates, a decisão

58mil euros foi o valor das transferências bancárias do vencedor do concurso de construção de aterro para a conta offshore de António Morais

17anos foi quanto demorou o caso desde o seu início até à leitura do acórdão num tribunal criminal de primeira instância

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Tiragem: 40595

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Cores: Cor

Área: 27,07 x 30,32 cm²

Corte: 1 de 3ID: 46489631 06-03-2013

CASO BPN

Nova acusação concluída mais de um ano depois de PJ ter remetido relatório final

O relatório fi nal da Polícia

Judiciária que serviu de

base à nova acusação do

Ministério Público (MP)

no âmbito do caso BPN foi

remetido há mais de um

ano para o Departamento Central de

Investigação e Acção Penal (DCIAP),

que ontem anunciou ter acusado

nove arguidos.

A informação foi confi rmada ao

PÚBLICO por duas fontes da PJ que

estranham o atraso da acusação, já

que a Unidade Nacional de Comba-

te à Corrupção (UNCC) tinha envia-

do o relatório fi nal ao DCIAP, com

proposta de acusação, há mais de

um ano. Contactada ontem pelo PÚ-

BLICO, a porta-voz da Procuradoria-

Geral da República (PGR) não con-

seguiu dar uma explicação em tem-

po útil. A assessora de imprensa da

PGR admitiu não ter conhecimento

deste facto, tendo sublinhado ape-

nas que não iria comentar o assun-

to. O PÚBLICO também tentou, sem

sucesso, falar com a ainda directora

do DCIAP, Cândida Almeida, que

assinou ontem o comunicado divul-

gados pela PGR.

A nova acusação envolve nove

arguidos, incluindo, como avan-

çou o semanário Sol, o ex-ministro

da Saúde de Cavaco Silva, Arlindo

Carvalho. Os visados são acusados

de burla qualifi cada, abuso de con-

fi ança e fraude fi scal qualifi cada. No

processo são ainda arguidos o só-

cio do ex-governante e antigo gestor

da empresa pública Quimiparque,

José Neto, o investidor imobiliário

Ricardo Oliveira, José Oliveira Cos-

ta, ex-presidente do BPN, os antigos

gestores do banco, Coelho Marinho

e Francisco Sanches e ainda a em-

presa Amplimóveis. Numa nota di-

vulgada ontem, o DCIAP salienta

que o processo integra “um pedido

cível no montante de 15,3”milhões

de euros.

PGR sem mais comentáriosA PGR rejeitou ontem prestar mais

informações sobre a nova acusação.

“Logo que notifi cados, os arguidos

poderão ter acesso à acusação”, dis-

se fonte ofi cial da PGR. O PÚBLICO

contactou os advogados dos vários

arguidos cujos nomes foram sendo

avançados, mas nenhum deles este-

ve disponível para prestar esclareci-

mentos ou confi rmar, sequer, a re-

ferência ao nome dos seus clientes

na acusação deduzida pelo MP.

Contactado pelo PÚBLICO, Ar-

lindo Carvalho garante que nem

ele nem o seu advogado foram no-

tifi cados da acusação do DCIAP.

“Não sei de nada. Falei há pouco

com o doutor Nabais e ele também

não tinha qualquer informação ofi -

cial”, afi rmou o ex-ministro social-

democrata ontem ao fi m da tarde.

Arlindo Carvalho explicou que foi

constituído arguido neste processo

em 2009, no ano seguinte à aber-

tura do inquérito dirigido pelo pro-

curador Rosário Teixeira. E nunca

mais soube de nada. “Eu e o meu

sócio esclarecemos tudo que havia

a esclarecer”, sustenta. E comple-

ta: “Não há nenhuma burla nem

nenhuma ocultação”.

Segundo o empresário, estão

em causa três ou quatro negócios

fi nanciados pelo BPN. Arlindo Car-

valho conta que os empréstimos lhe

permitiram comprar imóveis que

tentou valorizar com projectos ur-

banísticos. “O BPN comprometia-se

Processo enviado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção ao DCIAP com proposta de acusação. Departamento de Cândida Almeida não explica demora

Mariana Oliveira, Pedro Sales Dias e Cristina Ferreira 700

milhões de euros foi o cálculo aproximado das perdas totais avaliadas em 2008 por uma consultora nas operações da SLN/BPN: 330 milhões de perdas não reconhecidas associadas ao banco (imparidades) mais 350 milhões de euros de imparidades detectadas no Banco Insular

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Tiragem: 40595

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 3

Cores: Cor

Área: 27,55 x 30,77 cm²

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José Oliveira Costa e o buraco financeiro do BPN

O ex-presidente do BPN, José Oliveira Costa, começou a ser julgado, em Dezembro de 2010,

por sete crimes, entre eles, abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, infidelidade, fraude fiscal qualificada e aquisição ilícita de acções. O buraco financeiro, deixado pelo ex-banqueiro e pelos restantes 15 arguidos, obrigou o Estado a injectar cerca de 4,7 mil milhões no banco. Segundo o Ministério Público, Oliveira Costa concebeu um esquema ilícito para obter poder pessoal e proveitos financeiros. Para tal, aceitava conceder, a quem com ele colaborasse, dividendos retirados do BPN num esquema que lesava financeiramente o banco. A estratégia para assegurar o controlo accionista do BPN assentava na criação de sociedades offshore, cujos últimos beneficiários eram empresas da Sociedade Lusa de Negócios, antiga proprietária do BPN, e na instrumentalização do Banco Insular, uma entidade bancária com sede no estrangeiro e que, por isso, estava fora do controlo do Banco de Portugal. Para além do antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais é ainda acusado o antigo presidente do Banco Insular de Cabo Verde. Pedro Sales Dias

Duarte Lima acusado por burla acima de 40 milhões

Duarte Lima começará a ser julgado a 28 de Maio no âmbito do chamado caso

Homeland, no qual está acusado de burla qualificada ao BPN e branqueamento de capitais. O caso está relacionado com a aquisição de terrenos no concelho de Oeiras, localizados nas imediações da projectada sede do Instituto Português de Oncologia. O projecto do IPO nunca avançou e o crédito pedido ao BPN ficou por liquidar. A Homeland, empresa veículo cujos fundos circulavam através de Francisco Canas, também arguido neste processo e no caso “Monte Branco”, foi constituída com a participação de 1,5 milhões de euros do BPN, 4,2 milhões de euros de Vítor Raposo – na altura sócio de Duarte Lima – e também 4,2 milhões de euros de Pedro Lima, filho do ex-líder parlamentar do PSD. Neste processo, Duarte Lima é suspeito de ter beneficiado de vários créditos que ascendem a mais de 40 milhões de euros e que foram obtidos com garantias bancárias de baixo valor. O ex-deputado, detido a 17 de Novembro de 2011, aguarda julgamento em prisão domiciliária com pulseira electrónica. P.S.D.

num prazo de três a quatro anos a

recomprar os imóveis pelo valor do

empréstimo mais os juros”, reco-

nhece o ex-ministro.

Mais de 20 inquéritosO caso BPN já deu origem à aber-

tura de cerca de 20 inquéritos rela-

cionados com irregularidades pra-

ticadas pela instituição ou fomen-

tadas pelo grupo Sociedade Lusa

de Negócios/BPN, estando Oliveira

Costa constituído arguido ou acu-

sado, em vários destes processos,

por ser o principal rosto do banco

durante anos. O desfalque gerou já

um prejuízo para o Estado portu-

guês de mais de três mil milhões de

euros, um valor que pode agravar-

se caso o Tesouro não rentabilize

como prevê os activos tóxicos que

não foram incluídos na venda do

BPN ao BIC Portugal. Nesse caso,

a perda para o erário público pode

atingir os oito mil milhões de euros.

Os dois sócios do grupo imobi-

liário Pousa Flores — detentor da

Amplimóveis —, Arlindo Carvalho

e José Neto, estão no centro da in-

vestigação. Em causa está a com-

pra, com fi nanciamento concedido

pelo BPN, de vários activos detidos

por Ricardo Oliveira, como o Palá-

cio das Águias, na Junqueira, em

Lisboa; um terreno em Cascais; 50

por cento da Herdade da Miséria,

em Castro Verde, (os restantes 50

por cento pertenciam à SLN), as-

sim como duas sociedades da área

informática que se revelaram in-

solventes. Os créditos dados pelo

BPN ao grupo imobiliário totaliza-

ram cerca de 70 milhões de euros,

mas todos os bens envolvidos não

valiam mais de 10 por cento do fi -

nanciamento. Isto segundo avalia-

ções feitas após a nacionalização.

O esquema usado tinha ainda ou-

ENRIC VIVES-RUBIOArlindo Carvalho numa das suas idas ao tribunal por causa do caso BPN, em 2009

tra componente que não passou

despercebida às autoridades: no

contrato de promessa compra

e venda celebrado entre as em-

presas do grupo Pousa Flores e o

BPN havia uma cláusula que previa

que o banco se obrigava sempre a

comprar os activos, em qualquer

circunstância, pelo valor dos cré-

ditos, mais juros e comissões pagas

aos dois sócios. Já a Pousa Flores

não estava obrigada a vender os

activos ao BPN se encontrasse ou-

tro negócio vantajoso. Ou seja, se

o negócio corresse mal, Arlindo de

Carvalho e José Neto entregavam

os bens ao banco e fi cavam livres

de quaisquer encargos e ainda re-

cebiam as comissões. Estranheza

causaram ainda os acordos feitos

entre os dois sócios da Pousa Flo-

res e Ricardo Oliveira, que compra-

ram imóveis por preços dez vezes

superiores aos de mercado.

“Foi um risco partilhado”Questionado pelo PÚBLICO sobre

se o BPN não tinha arcado com to-

do o risco dos negócios, Arlindo

Carvalho responde: “Não. Foi um

risco partilhado”. O empresário la-

menta que após a nacionalização

a administração do BPN não tenha

cumprido os contratos assinados

anteriormente, o que levou o ex-

ministro e sócio a intentarem vá-

rias acções cíveis contra o banco,

onde exigem mais de 32 milhões

de euros ao agora BIC. O empresá-

rio garante que todas as operações

foram feitas “regularmente”, com

autorização da então administração

do BPN. Três dos responsáveis do

banco foram constituídos arguidos

na mesma altura que Arlindo Carva-

lho: Oliveira Costa, Coelho Marinho

e Francisco Sanches.

A 20 de Novembro de 2008, o PÚ-

BLICO revelou que Arlindo de Car-

valho (accionista da SLN) e Duarte

Lima tinham recebido créditos de

25 milhões de euros do BPN, situa-

ção apontada em relatórios realiza-

dos pela Deloitte a pedido de Miguel

Cadilhe, na altura, à frente do BPN

e da SLN. A consultora concluiu,

entre outras matérias, que as per-

das não reconhecidas associadas ao

banco (imparidades) atingiam, a 14

de Outubro de 2008 (quando o rela-

tório foi entregue), 330 milhões de

euros, dos quais 120 milhões diziam

respeito a empresas do universo da

holding. Somando aos 330 milhões,

os 350 milhões de euros de impari-

dades detectadas no Banco Insular,

as perdas totais atingiam quase 700

milhões de euros.

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Page 17: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 40595

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

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Área: 18,78 x 7,94 cm²

Corte: 3 de 3ID: 46489631 06-03-2013

Nova acusação do BPN só foi feita mais de um ano depois de relatório da PJProcesso tinha sido enviado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária ao DCIAP com proposta de acusação. Departamento liderado por Cândida Almeida não explica demora Destaque, 2/3

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A4

Tiragem: 100000

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 52

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Área: 19,52 x 25,99 cm²

Corte: 1 de 3ID: 46754121 21-03-2013

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Tiragem: 100000

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 53

Cores: Cor

Área: 19,18 x 25,48 cm²

Corte: 2 de 3ID: 46754121 21-03-2013

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Page 20: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

A22

Tiragem: 41462

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 19

Cores: Cor

Área: 26,56 x 32,84 cm²

Corte: 1 de 2ID: 46874885 28-03-2013

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A12

Tiragem: 118200

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 26

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Área: 20,20 x 27,99 cm²

Corte: 1 de 8ID: 46978241 04-04-2013

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Page 22: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 118200

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 27

Cores: Cor

Área: 20,63 x 26,72 cm²

Corte: 2 de 8ID: 46978241 04-04-2013

Página 13

Page 23: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 118200

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 28

Cores: Cor

Área: 20,36 x 26,97 cm²

Corte: 3 de 8ID: 46978241 04-04-2013

Página 14

Page 24: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 118200

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 29

Cores: Cor

Área: 20,58 x 26,84 cm²

Corte: 4 de 8ID: 46978241 04-04-2013

Página 15

Page 25: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 118200

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 30

Cores: Cor

Área: 20,36 x 26,92 cm²

Corte: 5 de 8ID: 46978241 04-04-2013

Página 16

Page 26: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 118200

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 31

Cores: Cor

Área: 20,26 x 27,87 cm²

Corte: 6 de 8ID: 46978241 04-04-2013

Página 17

Page 27: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 118200

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 32

Cores: Cor

Área: 20,43 x 27,06 cm²

Corte: 7 de 8ID: 46978241 04-04-2013

Página 18

Page 28: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 118200

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 20,14 x 17,50 cm²

Corte: 8 de 8ID: 46978241 04-04-2013

Página 19

Page 29: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

A10

Tiragem: 40534

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 20

Cores: Cor

Área: 15,85 x 33,50 cm²

Corte: 1 de 2ID: 47082551 10-04-2013

Página 10

Page 30: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

A21

Tiragem: 91108

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 39

Cores: Cor

Área: 13,50 x 21,60 cm²

Corte: 1 de 1ID: 47254004 19-04-2013

Página 21

Page 31: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

A5

Tiragem: 41267

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 10

Cores: Cor

Área: 15,87 x 30,12 cm²

Corte: 1 de 1ID: 47560456 08-05-2013ADRIANO MIRANDA

Investigador da UM estudou processo de implementação da Televisão Digital Terrestre

A Portugal Telecom (PT) não pro-

cessou o investigador da Universi-

dade do Minho (UM) que apontou

indícios de corrupção no processo

de implementação da Televisão Di-

gital Terrestre (TDT). Ao contrário

do que tinha anunciado nos dias

que se seguiram à defesa da tese de

doutoramento de Sergio Denicoli, a

empresa não accionou judicialmente

o académico, a quem tinha acusado

de “ignorância” e “má-fé”.

Denicoli viu o seu doutoramento

aprovado no dia 30 de Outubro, pe-

lo que o prazo legal que a PT tinha

para accioná-lo judicialmente ter-

minou na semana passada. Nestes

seis meses, nem o investigador nem

a universidade foram notifi cados de

qualquer acção da empresa tendo

por base a investigação feita sobre a

implementação da TDT. “Não hou-

ve processo em tribunal”, diz o aca-

démico ligado à UM. Helena Sousa,

que foi orientadora da tese e é, há

algumas semanas, presidente do Ins-

tituto de Ciências Sociais da mesma

PT não processou investigador que denunciou “corrupção” no processo da TDT

instituição de ensino superior, con-

fi rma: “Não tenho conhecimento de

nada. Não houve mais nenhum de-

senvolvimento desde então”.

O recuo da PT “não surpreende”

Sergio Denicoli. “Não havia qualquer

motivo que justifi casse uma acção

em tribunal”, justifi ca o investiga-

dor da UM. Os dados apresentados

eram resultado de um “exaustivo

estudo” sobre a implementação da

TDT em Portugal, com base em teo-

rias de “grandes nomes da economia

mundial e de um vasto trabalho de

observação prática”, argumenta.

Além disso, recorda o especialista,

a PT anunciou a intenção de avançar

com o processo “antes mesmo de ler

a tese”, o que o leva a acreditar que

o intuito da empresa era “intimidar

a academia e agir de forma a cen-

surar o pensamento crítico, a liber-

dade de expressão”. “Para mim, foi

uma clara tentativa de tentar fazer

calar uma voz que trouxe ao debate

público questões pertinentes, que

colocavam em causa um processo de

concessão pública com muitas lacu-

nas obscuras, cujos resultados foram

profundamente vantajosos para a

empresa em questão e muito dano-

sos para a população”, sublinha.

Em reacção às notícias publica-

das nos dias seguintes à defesa da

tese de doutoramento de Sergio

Denicoli, dando conta das conclu-

sões do investigador, a PT anunciou

a intenção de processar o cientista

da UM. Em comunicado, a empresa

repudiava “veementemente todas

as acusações de que foi alvo”. “São

declarações insultuosas, caluniosas,

sem qualquer fundamentação e que

denotam ignorância e até má-fé por

parte de quem as proferiu”, afi rma-

va a empresa numa nota enviada à

comunicação social.

A empresa de telecomunicações

afi rmava então que não podia “dei-

xar passar em claro mais esta grave

ofensa ao seu bom-nome”, anun-

ciando que iria recorrer aos meios

judiciais para repor a verdade e de-

fender os seus direitos. Apesar da

intenção, o processo não chegou

a avançar. O PÚBLICO contactou a

PT ao longo dos últimos dias para

encontrar uma justifi cação para o

sucedido, mas a Telecom não chegou

a responder à solicitação.

Na sua tese de doutoramento —

aprovada por unanimidade na UM

— Sergio Denicoli dizia ter encontra-

do “fortes indícios” de corrupção na

implementação da TDT em Portugal.

O investigador considerava ainda

que o sistema planeado era “muito

diferente” do que foi implementado,

devido a “interferências políticas e

económicas”. Denicoli argumentava

ainda que podia “ter havido a captu-

ra do regulador pela PT” e justifi cava

que a PT foi, “de longe, a principal

benefi ciada” com a TDT, tendo con-

seguido 715 mil novos clientes para

os serviços Meo.

Justiça Samuel Silva

Prazo judicial terminou na semana passada. Sergio Denicoli e Universidade do Minho não foram notificados

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Page 32: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

A32

Tiragem: 156642

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 8

Cores: Cor

Área: 26,90 x 34,59 cm²

Corte: 1 de 3ID: 47356889 25-04-2013

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Page 33: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 156642

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 9

Cores: Cor

Área: 27,77 x 34,52 cm²

Corte: 2 de 3ID: 47356889 25-04-2013

Página 33

Page 34: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

A22

Tiragem: 153681

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 4

Cores: Cor

Área: 26,77 x 35,24 cm²

Corte: 1 de 3ID: 47734756 17-05-2013

Página 22

Page 35: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 153681

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 5

Cores: Cor

Área: 26,96 x 35,22 cm²

Corte: 2 de 3ID: 47734756 17-05-2013

Página 23

Page 36: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

A31

Tiragem: 98548

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 10

Cores: Cor

Área: 28,28 x 33,79 cm²

Corte: 1 de 3ID: 47859460 24-05-2013

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Page 37: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 98548

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

Cores: Cor

Área: 9,85 x 24,74 cm²

Corte: 2 de 3ID: 47859460 24-05-2013

Página 32

Page 38: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

A9

Tiragem: 153681

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 20

Cores: Cor

Área: 26,85 x 30,90 cm²

Corte: 1 de 2ID: 47961596 30-05-2013

Página 9

Page 39: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

A13

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 24

Cores: Cor

Área: 24,34 x 30,82 cm²

Corte: 1 de 2ID: 48062646 05-06-2013

Página 13

Page 40: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 25

Cores: Cor

Área: 24,64 x 31,09 cm²

Corte: 2 de 2ID: 48062646 05-06-2013

Página 14

Page 41: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

A18

Tiragem: 45684

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 10

Cores: Cor

Área: 15,87 x 30,41 cm²

Corte: 1 de 1ID: 48236413 15-06-2013ENRIC VIVES-RUBIO

Ainda há mais seis processos em investigação no âmbito da Operação Furacão

A Procuradoria-Geral da República

(PGR) anunciou ontem que acusou

30 arguidos, seis dos quais são em-

presas, de fraude fi scal qualifi cada,

a primeira acusação da investigação

conhecida como Operação Furacão

iniciada há nove anos no Departa-

mento Central de Investigação e Ac-

ção Penal (DCIAP). Este ainda não

é o desfecho fi nal do caso, já que

ainda existem seis processos em in-

vestigação.

Esta investigação, que em Agosto

do ano passado tinha 460 arguidos,

deu origem a 77 suspensões provisó-

rias do processo — um tipo de acordo

em que o Ministério Público suspen-

de o caso impondo condições ao ar-

guido — que permitiram ao Estado

arrecadar cerca de 150 milhões de

euros em impostos. Destes casos,

28 já se encontram arquivados, por

ter decorrido o prazo da suspensão

e se ter verifi cado o cumprimento

das obrigações.

Segundo o comunicado da PGR, a

acusação visa “uma entidade promo-

Primeira acusação da Operação Furacão após nove anos de investigação

tora de serviços que foram conside-

rados como ilícitos e as entidades e

pessoas aderentes, que não regula-

rizaram anteriormente a sua situa-

ção tributária”. Em causa, segundo

o semanário Sol, está a Finatlantic

(um escritório ligado à criação do

Banco IFI em Cabo Verde), haven-

do entre os arguidos antigos gesto-

res desta empresa e do Finibanco,

um entidade bancária entretanto

adquirida pelo Montepio Geral. O

PÚBLICO conseguiu confi rmar que

esta acusação deixa de fora os prin-

cipais bancos envolvidos neste caso,

ou seja, BES, BCP e BPN.

“Os factos em causa reportam-se

aos anos de 2001 a 2007, estando

em causa um prejuízo total sofrido

pelo Estado, em sede da não arreca-

dação de impostos, que foi calculado

atingir o montante de cerca de 37

milhões de euros, dos quais cerca

de 8,5 milhões de euros haviam já

sido voluntariamente reparados por

aderentes, contra os quais não foi

deduzida acusação”, lê-se na nota da

PGR. No âmbito deste processo foi

ainda feito um pedido de indemniza-

ção a favor do Estado, relativamente

ao prejuízo não reparado, no valor

de 28 milhões de euros.

O Departamento Central de Inves-

tigação e Acção Penal não adiantou

mais dados relativamente a este

processo, porque ainda não foram

notifi cados todos os arguidos. Só na

próxima semana é que o processo es-

tará disponível para consulta e será

conhecida a acusação.

Nesta altura já é, contudo, conheci-

do o esquema utilizado pelos bancos

e outras entidades promotoras para

oferecer serviços para fugir aos im-

postos. Apresentados como produtos

fi nanceiros ou de planeamento fi scal,

passavam pela criação de sociedades

de fachada na Irlanda e Reino Uni-

do que apenas serviam para emitir

facturas relativas a mercadorias — na

maioria inexistentes e noutros casos

com o valor muito empolado — com-

pradas pelas empresas nacionais. Es-

tas pagavam às sociedades fachada

os valores facturados e registavam

as facturas falsas na sua contabilida-

de como custo, diminuindo assim o

lucro sujeito a imposto. O dinheiro

recebido pelas sociedades fachada

era depois transferido para contas

bancárias de outras sociedades en-

tretanto criadas em zonas off -shore e

das quais eram últimos benefi ciários

os gestores das empresas clientes.

Por este serviço os promotores co-

bravam habitualmente 5% dos valo-

res facturados e transferidos.

Em Agosto do ano passado, no

último relatório anual da PGR, o

DCIAP fazia o balanço deste caso,

contabilizando então 11 processos

em investigação, “cuja conclusão se

encontra dependente da apresenta-

ção dos relatórios fi nais elaborados

pela autoridade tributária”. Quatro

terão sido, entretanto, arquivados.

JustiçaMariana Oliveira

Impostos regularizados por causa deste caso rondam os 150 milhões de euros. MP acusou 30 arguidos de fraude fiscal qualificada

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Page 42: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

A36

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 22

Cores: Cor

Área: 24,54 x 32,60 cm²

Corte: 1 de 3ID: 48341159 21-06-2013

Página 36

Page 43: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 23

Cores: Cor

Área: 24,85 x 31,94 cm²

Corte: 2 de 3ID: 48341159 21-06-2013

Página 37

Page 44: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 41063

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 21,26 x 7,50 cm²

Corte: 2 de 2ID: 48419025 26-06-2013

Página 24

Page 45: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

A25

Tiragem: 7014

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

Pág: 12

Cores: Preto e Branco

Área: 12,52 x 24,88 cm²

Corte: 1 de 1ID: 48421667 26-06-2013

Joaquim Gomes

O julgamento do processo prin-cipal do caso “Face Oculta” pros-seguiu, ontem, de manhã, no Tri-bunal de Aveiro, com a audiçãode mais duas testemunhas. Afase da audição das testemu-nhas deverá ficar concluída an-tes das férias judiciais de Verão,até 15 de Julho.

Soube-se, ontem, que JoséSerrão, funcionário da REN, seránovamente inquirido como tes-temunha, a fim de prestar maisesclarecimentos, segundo anun-ciou o juiz-presidente, Raul Cor-deiro. Ficou marcado inquirirJosé Serrão na próxima sessão,dia 12 de Julho.

Entretanto, o arguido MaganoRodrigues, engenheiro da Refer,de Ílhavo, informou, através doseu advogado, Pedro Tróia, queafinal não pretende prestar de-clarações, pelo menos para já,enquanto não terminar a fasede produção da prova. Está pre-visto, ainda, a audição de outroengenheiro da Refer, António daSilva Correia. Os outros arguidosque tencionam ainda prestar de-clarações em julgamento sãotrês engenheiros da REN – Vic-tor Baptista, Fernando Santos eJuan Oliveira –, o que só serápossível em Setembro, aquandoda reabertura dos trabalhos doano judicial. Só depois serão asalegações finais.

Ontem, de manhã, foi ouvidauma testemunha, Domingas Al-meida, que era secretária do ar-guido Lopes Barreira. Esta tes-

temunha confirmou ter man-tido contactos com Ana PaulaVitorino, para resolver o dife-rendo de cerca de três milhõesde euros com a Refer, pois a en-tão secretária de Estado dosTransportes de José Sócrates tu-telava aquela empresa pública.

A secretária desmentiu ter ha-vido quaisquer contactos comMário Lino, que era o ministrodos Transportes, para sanar taldiferendo.

Na mesma sessão, começoupor ser inquirida outra testemu-nha, Isabel Taborda, que é en-genheira civil e faz parte do De-partamento de Projecto de Su-bestações, da Divisão de Equi-pamentos da REN. Esta referiu-se a estudos técnicos de empre-sas que prestavam serviços delimpezas ambientais e deu contadas propostas feitas à REN.

O julgamento prosseguirá no

próximo dia 12, prevendo-se quea sessão seguinte se realize nodia 7 de Agosto. Esta última ses-são, em plenas férias judiciais,im põe-se legalmente, já que nãopoderão decorrer mais de 30 diasentre sessões de um mes mo jul-gamento, sob pena de uma nuli-dade, segundo determina o Có-digo de Processo Penal.

Recorde-se que a audiênciainiciou-se no dia 8 de Novembrode 2011 e terá no dia 12 de Julhoa 150.ª sessão, estando em causano processo várias suspeitas defavorecimentos e de alegado trá-fico de influência e de corrupçãoem empresas públicas e do sec-tor empresarial do Estado.

São arguidos, desde 20 de Ou-tubro de 2009, aquando da ope-ração “Face Oculta”, da PJ deAveiro, políticos como ArmandoVara, José Penedos e o filho Pau -lo Penedos. |

Julgamento“Face Oculta” aproxima-se do fimAveiro Até às férias judiciais de Verão estão marcadas maisduas sessões, para os dias 12 de Julho e 7 de Agosto, a fimde ouvir as últimas testemunhas

O julgamento, que decorre há um ano e meio, aproxima-se do fim

ARQUIVO

Página 25

Page 46: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

A16

Tiragem: 100000

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 48

Cores: Cor

Área: 19,90 x 20,39 cm²

Corte: 1 de 4ID: 49810262 19-09-2013

Página 16

Page 47: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 100000

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 49

Cores: Cor

Área: 19,49 x 24,97 cm²

Corte: 2 de 4ID: 49810262 19-09-2013

Página 17

Page 48: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 100000

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 50

Cores: Cor

Área: 19,49 x 26,48 cm²

Corte: 3 de 4ID: 49810262 19-09-2013

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Page 49: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 100000

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

Pág: 52

Cores: Cor

Área: 19,37 x 26,16 cm²

Corte: 4 de 4ID: 49810262 19-09-2013

Página 19

Page 50: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

A35

Tiragem: 34172

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 2

Cores: Cor

Área: 27,16 x 35,24 cm²

Corte: 1 de 12ID: 49749584 16-09-2013

Página 35

Page 51: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 34172

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 4

Cores: Cor

Área: 27,09 x 35,10 cm²

Corte: 2 de 12ID: 49749584 16-09-2013

Página 36

Page 52: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 34172

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 5

Cores: Cor

Área: 27,31 x 33,30 cm²

Corte: 3 de 12ID: 49749584 16-09-2013

Página 37

Page 53: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 34172

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

Cores: Cor

Área: 27,24 x 35,88 cm²

Corte: 4 de 12ID: 49749584 16-09-2013

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Page 54: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 34172

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 7

Cores: Cor

Área: 27,24 x 34,66 cm²

Corte: 5 de 12ID: 49749584 16-09-2013

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Page 55: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 34172

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 8

Cores: Cor

Área: 27,09 x 35,53 cm²

Corte: 6 de 12ID: 49749584 16-09-2013

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Page 56: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 34172

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 9

Cores: Cor

Área: 27,60 x 35,46 cm²

Corte: 7 de 12ID: 49749584 16-09-2013

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Page 57: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 34172

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 10

Cores: Cor

Área: 27,35 x 35,37 cm²

Corte: 8 de 12ID: 49749584 16-09-2013

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Page 58: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 34172

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

Cores: Cor

Área: 27,31 x 35,53 cm²

Corte: 9 de 12ID: 49749584 16-09-2013

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Page 59: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 34172

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 12

Cores: Cor

Área: 27,38 x 36,24 cm²

Corte: 10 de 12ID: 49749584 16-09-2013

Página 44

Page 60: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 34172

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 13

Cores: Cor

Área: 27,96 x 35,39 cm²

Corte: 11 de 12ID: 49749584 16-09-2013

Página 45

Page 61: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

Tiragem: 34172

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 11,00 x 28,15 cm²

Corte: 12 de 12ID: 49749584 16-09-2013

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Page 62: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

A7

Tiragem: 92478

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 39

Cores: Cor

Área: 8,86 x 22,24 cm²

Corte: 1 de 1ID: 50077515 04-10-2013

Página 7

Page 63: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

A4

Tiragem: 174397

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 24

Cores: Preto e Branco

Área: 26,85 x 31,48 cm²

Corte: 1 de 2ID: 50115437 07-10-2013

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Page 64: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

A9

Tiragem: 16630

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

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PJ afecta mais 10%do pessoal internoao combate à corrupçãoParlamento Ministério da Justiça assume que tem tido dificuldadespara reforçar os quadros das unidades de combate à corrupção.

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Paula Teixeira da Cruz reforçao número de efectivos na PJcontra a corrupção, mas admitetambém o impacto negativoda restrição orçamental.

As unidades orgânicas da PolíciaJudiciária a quem compete investi-gar crimes de corrupção determi-naram o reforço das respectivassecções e brigadas em, pelo me-nos, 10% do seu efectivo atravésda “gestão flexível” dos recursoshumanos dentro desta polícia.Uma resposta do ministério daJustiça ao Parlamento esclareceque desde 2010 – data da reco-mendação da Assembleia da Re-pública para tomada de medidasdestinadas ao reforço da preven-ção e do combate à corrupção –tem existido uma “gestão flexíveldos recursos humanos” da PJ. Amesma resposta refere que têmsido “implementadas estratégiasproactivas que passaram pelo re-forço de meios humanos nos ser-viços que investigam esses crimescom elementos de outras unida-des orgânicas que passaram aapoiar investigações relacionadascom corrupção”. Daí que tenhasido dada a orientação de reforçode 10% aos dirigentes das unida-des orgânicas que actuam contracrimes de corrupção.Desde que a Assembleia da Repú-blica aprovou uma resolução, em2010, com recomendação de medi-das para reforçar a prevenção ecombate à corrupção, foram colo-cados na Unidade Nacional deCombate à Corrupção, segundo oministério, “18 elementos de inves-tigação criminal”.O Governo assume, no entanto,que, relativamente ao quadro daUnidade de Perícia Financeira eContabilística”, nomeadamenteao nível de peritos nas áreas fi-nanceiras, contabilística e infor-mática, “lamentavelmente não foipossível prover qualquer novoelemento”.O gabinete de Paula Teixeira daCruz informa os deputados doPCP que, apesar de estarem jáconcluídos dois concursos paratrês novos peritos na UPFC, esteselementos ainda não puderam to-mar posse devido às medidas de“proibição de valorizações remu-neratórios” (ou seja, a norma quecongelou as progressões salariais

na Função Pública).O ministério explica também que, a4 de Fevereiro de 2013, foi iniciadoum Curso de Formação de Inspec-tores Estagiários e que a intençãoda PJ é “dedicar a maioria” dos 73futuros inspectores para o “refor-ço da vertente de prevenção ecombate a corrupção e ao crimeinformático”, designadamente naUnidade Nacional de Combate àCorrupção.Notando que a PJ tem desenvolvi-do “uma criteriosa gestão de pes-soal com vista a colmatar a redu-ção de efectivos resultante de apo-sentações, bem como o aumentode solicitações de serviço”, o mi-nistério de Teixeira da Cruz assu-me, ainda assim, que “as últimasrestrições orçamentais têm vindoa dificultar essa gestão”.Há poucos dias no Parlamento, aministra da Justiça anunciou umcorte de pelo menos 15 milhões deeuros no Orçamento do Estadopara 2014 em relação a 2013, oque representa uma quebra de1,1% na dotação do seu ministério.Mas Paula Teixeira da Cruz fezquestão de garantir que esse cor-te não irá afectar a PJ, uma vezque o Governo quer “definitiva-mente” acabar com o fenómenoda corrupção. M.G.

RECOMENDAÇÕESDA ASSEMBLEIADA REPÚBLICA DE 2010

ReforçoCapacitar os vários organismoscom competências no combateà corrupção com os “recursoshumanos adequados ao efectivocumprimento das suas funções”,nomeadamente ao nívelde “peritos nas áreas financeiras,contabilística e informática”.

EspecializaçãoA resolução da Asssembleiada República recomendava a“especialização de magistradosdo Ministério Público na preven-ção e combate do crime econó-mico, em especial corrupçãoe branqueamento de capitais”.

InformáticaA Unidade Nacional de Combateà Corrupção da PJ deveria ser“dotada dos meios materiaisnecessários à realização deperícias informáticas”. No entanto,esta competência passou para aDirectoria de Lisboa e Vale do Tejo. Página 9

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Tiragem: 16630

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

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Procuradoria aguardainvestigação da Judiciáriaa altas figuras angolanasLígia Simõ[email protected]

A Procuradora-Geral da Repú-blica (PGR) aguarda os resulta-dos da investigação da PolíciaJudiciária (PJ) a altas figuras an-golanas e portuguesas para deci-dir se arquiva o processo-crimeaberto pelo Departamento Cen-tral de Investigação de AcçãoPenal (DCIAP) ou se acusa os ci-dadãos que estão na mira da PJ. Aacusação está assim dependenteda apresentação de provas rela-tivas a crimes de branqueamen-to e fraude fiscal por parte desteórgão de polícia criminal, aoqual o Ministério Público (MP),segundo apurou o Diário Econó-mico, remeteu a investigaçãologo que foi aberto o inquérito--crime, em 2012, com vista aoseu “bom andamento”.

Em causa está a abertura doinquérito-crime nº 142/12 contratrês dirigentes angolanos, que es-tão a ser investigados por suspeitade branqueamento e fraude fiscal.O vice-presidente de Angola eantigo líder da petrolífera Sonan-gol, Manuel Vicente, o ministrode Estado e chefe da Casa de Se-gurança de José Eduardo dosSantos, Hélder Vieira Dias (co-nhecido por ‘Kopelipa’), e o con-sultor do ministro de Estado,Leopoldino Nascimento, são trêsaltos dirigentes do regime ango-lano que estarão a ser investiga-dos pela PJ por crimes económi-cos-financeiros e conexos.

O Diário Económico sabe que,na fase inicial deste inquérito, aPGR “deferiu a investigação” à PJdada a necessidade de se socorrerde meios técnicos e humanos es-pecializados. A passagem da in-vestigação para a alçada da PJ,mantendo-se o MP como titulardo processo, está prevista na Leide Organização de InvestigaçãoCriminal. O MP aguarda agora aconclusão desta investigação e ainformação que lhe será remeti-

Processo Conclusões da investigação da PJ ditarão decisão do Ministério Público de arquivarou acusar no inquérito crime que envolve altas figuras de Angola. Desfecho está para breve.

Joana Marques VidalProcuradora-Geralda República

“Encontram-se pendentes noDCIAP vários processos em quesão intervenientes cidadãosangolanos, quer na qualidade desuspeitos, quer na qualidade dequeixosos”, declarou a 4 deOutubro, em reacção ao casoMachete, noticiado no mesmo dia.

PROTAGONISTAS

Almeida RodriguesDirector Nacional da PJ

A PGR, titular do processo-crime,colocou a investigação a altasfiguras angolanas nas mãosda PJ. Esta competênciadeferida está prevista na Leide Organização da InvestigaçãoCriminal, nomeadamentenos casos de crimeeconómico-financeiros.

arquivar as suspeitas contra osprincipais visados neste processoe que a última recusa foi há duassemanas. O pedido de arquiva-mento foi feito pelo advogadoportuguês que representa Ma-nuel Vicente, Hélder Vieira Dias eLeopoldino Nascimento, tendo oMP negado, ao alegar que as Fi-nanças estão ainda a fazer perí-cias aos três envolvidos. O jornaladianta que nenhum dos três an-golanos foi ouvido pelas autori-dades portuguesas – por não se-rem arguidos, gozam da presun-ção de inocência.

Crispação diplomáticaNo início deste mês, a propósitodo ’caso Machete’, a procurado-ra-geral da República, JoanaMarques Vidal, confirmou queestão pendentes no DCIAP “vá-rios processos em que são inter-venientes cidadãos angolanos,quer na qualidade de suspeitos,quer na de queixosos”.

O ressurgimento de notíciassobre a investigação a altas fi-guras do Estado angolano temprovocado uma crispação di-plomática (ver cronologia aolado), ameaçando a “parceriaestratégica” com Portugal ”.Isto numa altura em que o regi-me angolano aponta baterias àsfugas de informação no MPportuguês. Ainda na semanapassada, o “Diário de Notícias”deu conta que a lista de altas fi-guras investigadas constam 13cidadãos angolanos e 26 empre-sários portugueses – desde ban-queiros a gestores de topo. Nalista de denunciados do antigoembaixador angolano, AdrianoParreira, poderão estar empre-sários ligados a sectores daenergia, distribuição, banca,advocacia e construção civil.

Até ao fecho desta edição, nãohouve qualquer resposta ou co-mentário da PGR e da PJ quanto àpassagem desta investigaçãopara as mãos da Judiciária. ■

DiplomaciaAutoridades angolanas nãoterão ficado satisfeitas com“instrumentalização política”.

Márcia Galrã[email protected]

“O que está a aborrecer as auto-ridades angolanas não é algo queesteja ao alcance da diplomaciapolítica e do Ministério dos Ne-gócios Estrangeiros resolver”. Édesta forma que fonte próximado Governo português admite aoDiário Económico que a tensãoque se vive nas relações entrePortugal e Angola está longe deser um problema facilmente re-solvido por ministros, primeiro--ministro ou mesmo Presidenteda República.

As questões centrais são osprocessos judiciais que decorremem Portugal envolvendo altos di-rigentes angolanos e o eco me-diático que têm tido. Dois pontosque “não são resolvidos com ci-meiras, nem dependem do Go-verno”, acrescentando que “os

D DESTAQUE TENSÃO PORTUGAL/ANGOLA

Janeiro de 2012O activista angolano RafaelMarques dá conta à Lusa de queo MP tem em curso um inquéri-to-crime, no qual é testemunha,sobre o envolvimento de altosdirigentes angolanos em crimesde branqueamento de capitais.

JulhoRafael Marques depõe como tes-temunha na queixa apresentadapor um cidadão angolanoresidente em Portugal. A queixaversa duas dezenas de cidadãosangolanos com “investimentose propriedades em Portugal”.

NovembroA abertura do inquérito-crimepelo DCIAP para investigar indí-cios de fraude fiscal e branquea-mento de capitais é noticiadapelo ‘Expresso’. A PGR confirmaa investigação a altos dirigentesangolanos – “sem que, contudo,nela estejam constituídos quais-quer arguidos” – e garante queé uma averiguação preventiva.

4 Outubro 2013O ‘Diário de Notícias’ noticia queo ministro Rui Machete pediu“diplomaticamente desculpa” àsautoridades angolanas por o MPestar a investigar altos dirigen-tes angolanos, fazendo referên-cias à investigação no passado,como se já não existisse. PGRreage: garante que “nunca pro-feriu qualquer comentário sobreo conteúdo” das investigações.

15 OutubroO Presidente de Angola anunciaa suspensão da “parceria estra-tégica” com Portugal.

18 OutubroCavaco Silva diz estar certo deque “mal entendidos” entre Por-tugal e Angola e “eventuais de-sinformações” vão ser ultrapas-sadas. E adianta que nos contac-tos” entre o seu gabinete e o doPresidente de Angola “a conver-sa correu bem”.

DATAS QUE MARCAM OCONFLITO DIPLOMÁTICO

da, a qual servirá de base para ar-quivar se não houver provas, oucaso contrário, acusar. O desfe-cho deste caso, apurou o DiárioEconómico, estará para breve.

No passado sábado, o “Ex-presso” noticiou que o MinistérioPúblico já recusou por três vezes

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Tiragem: 16630

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

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Ao chegar a primeiro-ministro,em 1985, encontrou “uma certatensão” entre Portugal e Angola.

“Quando cheguei ao Governo,em Novembro de 1985, as rela-ções de Portugal com Angolaestavam envoltas num ambien-te de frieza, desconfiança emesmo de uma certa tensão”.As palavras de Cavaco Silva noprimeiro volume da sua auto-biografia podiam hoje ser trans-postas ‘ipsis verbis’ para o pre-sente e a receita para ultrapas-sar a situação também: “Eraminha opinião que o Governoteria de actuar com pragama-tismo, fazer um esforço paraafastar mal-entendidos, ambi-guidades e desconfianças (...) oque exigia , em primeiro lugar, anormalização do diálogo políti-co com o Governo de Angola”.

Mas se naquela altura o focoda tensão entre os dois países secentrava, como o próprio Cava-co conta, nas “actividades des-envolvidas a partir de Lisboapela UNITA de Jonas Savimbi,que tinham ampla ressonânciana imprensa portuguesa, a quese juntava uma grande descon-fiança dos dirigentes angolanosem relação ao PS e a Mário Soa-res”, hoje esse foco está centra-do na Justiça e a separação depoderes torna mais difícil a in-tervenção diplomática.

Desse tempo, Cavaco ganhouuma relação próxima com JoséEduardo dos Santos, que co-nheceu em 1987 aquando da vi-sita oficial do presidente ango-lano a Portugal. E foi aí que osdois concordaram “que devia

ser feito um esforço para recu-perar o tempo perdido e que àsempresas portuguesas cabia umpapel importante no desenvol-vimento de Angola”, escreve oagora Presidente.

Cavaco conhece bem osmeandros da diplomacia comAngola e, já na sexta-feira, dei-xou claro que usará toda a suainfluência para que as relaçõesentre os dois países sejam forta-lecidas. “As relações muito es-peciais que existem entre Por-tugal e Angola não podem serpostas em causa por mal-en-tendidos ou por eventuais de-sinformações que venham apúblico, quer em Portugal, querem Angola. E é nesse sentidoque eu irei continuar a traba-lhar”, reforçou à margem da vi-sita ao Panamá.

No passado, Cavaco foi obri-gado a dirimir nos bastidoresalgumas lutas políticas em rela-ção a Angola, nomeadamentecom Mário Soares, então Presi-dente da República, com quemeste tema foi alvo de “dissonân-cias”. ■ M.G.

PONTOSCHAVE

● Invesigação envolve dezenas decidadãos angolanos, mas tambémportugueses, por alegados crimesde branqueamento e fraude fiscal.● O inquérito-crime foi aberto em

2012 e de imediato passado paraas mãos da Polícia Judiciária, cujasconclusões estarão para breve.● Crispação diplomática mantém-see aguarda-se pela intervenção do

Presidente da República,Cavaco Silva, considerada crucial.● ‘Jornal de Angola’ continuaa assumir as críticas mais ferozesà “cúpula de poder” em Portugal.

insuficiente para resolver atritos

Pedro Passos Coelho foirecebido por José Eduardo

dos Santos no paláciopresidencial, em Luanda, em2011. Um cenário que não se

sabe quando se irá repetir.

Bruno Fonseca / EPA / Lusa

Angola tem sidoprioritária para Cavaco

sarilhos não vêm das relaçõesempresariais e económicas oumesmo políticas entre os doispaíses, mas de outros”.

E se é verdade que esta não é aprimeira crise institucional entreos dois países, a mesma fontelembra que “nunca Portugal es-teve tão dependente de Angola,com tantos portugueses em An-gola e nunca houve a indecênciade usar matérias internacionaispara luta partidária”. Os ataquessucessivos da oposição portu-guesa com Angola no centro dodebate, nomeadamente aquan-do da polémica com o pedido dedesculpas do ministro Rui Ma-chete , terá ajudado a agravar atensão: “as autoridades angola-nas não ficaram satisfeitas com ainstrumentalização política docaso Angola, em que houvemuita falta de sentido de Estadopor parte da oposição política”,refere a fonte.

Outra pedra no sapato da di-plomacia portuguesa nesta maté-ria tem sido a mediatização do as-

sunto. As manchetes do jornal“Expresso” em Portugal e os edi-toriais do “Jornal de Angola” têmdificultado a normalização dessasrelações, embora fonte angolanarevele ao Diário Económico que a“raiva” que transpira dos textosdesta publicação de Luanda nãotem tradução directa naqueleque é o sentimento dentro dopróprio Governo de José Eduardodos Santos: “A prova disso é quenão têm existido restrições àcontratação de portugueses paraas próprias instituições do Esta-do”, refere a mesma onte . On-tem, o “Jornal de Angola” publi-cou mais um editorial duro, sob o

título “Adeus lusofonia”, em queacusa “a cúpula em Portugal,Presidência da República, As-sembleia da República, Governo,Tribunais” de terem “pesadasresponsabilidades no actual cli-ma de agressão a Angola”.

Foi nesta envolvente que o mi-nistro da Segurança Social, PedroMota Soares, aterrou ontem emLuanda para uma visita oficial. Àchegada reforçou que Portugal eAngola partilham uma “relaçãomuito especial” e importa “conti-nuar a solidificar esses laços”, es-cusando-se a mais comentáriossobre a tensão que se vive.

Pelo meio, fonte próxima daorganização da cimeira Portugal--Angola, prevista para o início deFevereiro, revelou ao Diário Eco-nómico que esse encontro podeser adiado. “Os trabalhos de pre-paração continuam, mas se o cli-ma entre os dois países não é ob-jectivamente o melhor, é naturalque essa preparação se atrase e sejanecessário alterar as datas inicial-mente previstas”. ■com C.M.

O Governo teria deactuar com pragmatis-mo, fazer um esforçopara afastar mal-en-tendidos, ambiguida-des e desconfianças.

Cavaco SilvaPrimeiro-ministro, em 1985

José Eduardo dos Santos foirecebido por Cavaco Silva na visitaoficial a Portugal, em 1987.

D.R

.

Portugal e Angolapartilham uma“relação muitoespecial” e importa“continuar asolidificar esseslaços”, afirmouo ministro MotaSoares, ontem,em Luanda.

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Tiragem: 16630

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

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Área: 29,05 x 34,40 cm²

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D DESTAQUE TENSÃO PORTUGAL/ANGOLA

Filipe [email protected]

Oficialmente, as empresas por-tuguesas que operam no merca-do angolano procuram desvalo-rizar a tensão entre Lisboa eLuanda e mostram-se optimis-tas quanto à resolução da crisediplomática. Nos bastidores,contudo, impera o receio de quenada volte a ser como antes nosnegócios entre os dois países.

Os gestores contactados peloDiário Económico esperam quea intervenção do Presidente daRepública ajude a restaurar oslaços com Luanda. Isto apesarde a resolução dos problemasdepender, em última análise, da

decisão final da ProcuradoriaGeral da República quanto aosinquéritos a altas figuras do Es-tado angolano.

Ainda assim, os empresáriosouvidos pelo Diário Económicomostram-se confiantes quantoà intervenção de Cavaco Silva,até porque foram os própriosmeios angolanos a colocar essecenário em cima da mesa, comoque acenando a Portugal comuma saída para a crise, que per-mita às duas partes salvarem asrespectivas faces. “Sim, a inter-venção do Presidente da Repú-blica pode ser, de facto, a únicasaída para este problema”, disseo gestor de uma grande empre-sa portuguesa com elevados in-

vestimentos em Angola. Outrogestor, que pediu igualmentepara não ser identificado, dadaa sensibilidade do tema, expli-cou que as relações estão “maiscalmas na superfície, mas aindamuito agitadas no terreno”.

Jornal avisa empresasOmtem o “Jornal de Angola”voltou à carga com mais um edi-torial de baterias apontadas aPortugal, acusando os políticosportugueses de dizerem “cinica-mente que já está tudo bem, en-quanto ao mesmo tempo o Mi-nistério Público faz mais man-chetes nos jornais e são violadosos entendimentos feitos comAngola”. O diário luandense

acusou os órgãos de soberaniaportugueses - Presidente da Re-pública incluído - de terem “pe-sadas responsabilidades no ac-tual clima de agressão a Angola”.E acrescentou, em tom de avisopara as empresas lusas: “Portu-gal já não está nas grandes obraspúblicas no nosso país. Não estáno petróleo. Não está na transfe-rência de tecnologias. Aí estão aChina e o Brasil. Portugal pareceestar apenas reduzido à chanta-gem e à falta de respeito”.

O certo é que, apesar da es-calada de tensão entre os doispaíses, os fortes laços económi-cos entre ambos parecem con-dená-los a um entendimento(ver ilustração acima). ■

“A intervençãodo Presidente daRepública pode ser,de facto, a única saídapara este problema”,admite o gestorde uma grandeempresa portuguesacom investimentosem Angola.

Empresas encaram intervençãode Cavaco em Luanda como decisivaPresidência Apesar dos avisos do ‘Jornal de Angola’, as empresas lusas acreditam que influência de Cavaco é crucial.

Quem mandanos negócios

entre Portugale Angola

Os dois países mantêmfortes laços económicos,

que se traduzem emcomplexas ligações entre

as maiores empresasportuguesas e angolanas.

Gen. Hélder Vieira Dias‘Kopelipa, considerado o segundohomem mais poderoso de Angola,

tem vários investimentosem Portugal, em sectores como

banca, vinhos e imobiliário.

Isabel dos SantosA filha do Presidente angolano,José Eduardo dos Santos, tem

importantes investimentos na ZonOptimus, nos bancos BPI e na Galp

Energia (via Amorim Energia).

Manuel VicenteO vice-presidente da República deAngola foi presidente da Sonangole é uma figura relevante no sectordo petróleo. A Sonangol tem 19,5%e é accionista da Amorim Energia.

Álvaro SobrinhoO ex-presidente do BES Angola está

nos media, através da Newshold,com 15% da Cofina e 1% da

Impresa. É dono do “Sol” e temcontrato de gestão do “i”. Tem

ainda 23,5% da SAD do Sporting.

Carlos SilvaO presidente do Banco PrivadoAtlântico é também presidenteda Interoceânico, dona de 2,6%

do Millennium bcp. O bancotem outro accionista angolano,

a Sonangol, com 19,5%.

Pedro Teixeira DuarteO grupo Teixeira Duarte estápresente em Angola há várias

décadas, actuando em sectorescomo a construção, a distribuição

e os serviços.

Américo AmorimÉ o maior accionista da AmorimEnergia, com Isabel dos Santos e

Sonangol como parceiros. ‘Holding’é a maior accionista, com 38%, da

Galp Energia, que opera em Angola.

Belmiro de AzevedoO Grupo Sonae opera em Angola

através da Zon Optimus (que detémem parceria com Isabel dos Santos)

e pretende lançar uma operaçãode retalho alimentar.

Ricardo SalgadoO Grupo Espírito Santo está emAngola através do BES Angola e

Rioforte. Tem ainda posições na PTe na Zon Optimus, com importantes

participadas angolanas.

António MotaA Mota-Engil tem uma longa

relação com Angola, operandoem sectores como a construção,

engenharia e serviços, entre outros.

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Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 26

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Área: 24,46 x 31,00 cm²

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Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 27

Cores: Cor

Área: 24,56 x 30,75 cm²

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Tiragem: 12478

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 22

Cores: Preto e Branco

Área: 27,02 x 34,95 cm²

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Page 71: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

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Tiragem: 92478

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

Cores: Cor

Área: 26,58 x 15,83 cm²

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Page 72: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

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Tiragem: 174397

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 40

Cores: Cor

Área: 21,09 x 30,29 cm²

Corte: 1 de 2ID: 50932844 22-11-2013

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Page 73: Brief transparência » revista semanal edição especial 2013

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Tiragem: 17039

País: Portugal

Period.: Ocasional

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 2

Cores: Cor

Área: 29,22 x 32,84 cm²

Corte: 1 de 4ID: 50971003 25-11-2013 | Projectos Especiais

As empresas portuguesas portu-guesas pertencem ao grupo dasque têm uma maior percepção daexistência de práticas de suborno ecorrupção generalizadas em Por-tugal.As conclusões fazem parte do in-quérito “Navigating today’s com-plex business risks”, publicadopela consultora EY, e dão contaque 72% das inquiridas acreditaque estas práticas acontecem comfrequência em Portugal, acima dequalquer outro país no estudo(39% é a média dos países desen-volvidos da Europa ocidental e67% ados países emrápido cresci-mento).

Estudo engloba empresas de 35 países

Portugal revela consciênciados riscos mas pouca prevençãoA fraude e a corrupção representam uma ameaça para as organizações, com tendência a aumentar. As empresas portuguesasestão entre as que têm maior percepção da existência de situações do género, mas apostam pouco na prevenção.

Esta percentagemcolocaPortugalno 11.º lugar no ‘ranking’ entre os35 países em estudo, sendo o topoocupado pela Eslovénia, com96% das empresas a confirmarema existência de práticas generali-zadas de corrupção, e a Suíça asurgir no final da tabela, com ape-nas 10%. Também acima da mé-dia da Europa ocidental está aideia de que, no sector onde ac-tuam, é prática comumo recurso asuborno para ganhar contratos:24% das empresas portuguesasadmitem acreditar nisso, face aapenas 14% das inquiridas na Eu-ropa ocidental, enquanto nos paí-ses de rápido crescimento esta

resposta é dada por 38% das in-quiridas.Ainda assim, Portugal, face aosrestantes países do estudo, é aque-le onde ummenor número de em-presas revelou ter assistido a prá-ticas anti-éticas para alcançar oureter negócio, tais como: a ofertade presentes pessoais (13%, com-parado com31% emEspanha), dedinheiro (7%, em comparaçãocom 54% na Grécia) ou de entre-tenimento (9%, comparativamen-te com 22% emEspanha).No que se refere a práticas anti--éticas que visem distorcer as de-monstrações financeiras, as em-presas nacionais estão também

abaixo damédia dos países consi-derados neste estudo. Destas prá-ticas, destacam-se o registo ante-cipado de receitas para atingir ob-jectivos financeiros (apenas 2%,face aos 7% daEuropa ocidental e13% dos países em rápido cresci-mento), a subvalorização de cus-tos para cumprir com orçamentosfinanceiros de curto-prazo (ape-nas 6%, tal como na Europa oci-dental, e abaixo dos 9%dos paísesem rápido crescimento) e as ven-das‘ desnecessárias a clientespara cumprir objectivos (5%, emcomparação aos 4% da Europaocidental e aos 10%dos países emrápido crescimento).

Empresas apostam pouco naprevençãoA probabilidade de existência defraude e corrupção em Portugal,sendo hoje elevada, é agravadapelo facto de apenas 17% dos ges-tores considerarem a possibilida-de de se verificar uma melhoriadas condições de negócio a cur-to/médio prazo, acrescido de 54%desses mesmos gestores conside-rarem que vão sentir maior pres-são para alcançar uma boa ‘per-formance’ financeira e de 72% te-rem a percepção da existência deactos de suborno e de corrupçãono País.O risco de fraude é aindamais ele-

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País: Portugal

Period.: Ocasional

Âmbito: Economia, Negócios e.

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Área: 12,19 x 32,84 cm²

Corte: 2 de 4ID: 50971003 25-11-2013 | Projectos Especiais

GESTÃO DE FRAUDE NASORGANIZAÇÕES. A fraude éuma ameaça constantepara as organizações, e temtendência a aumentar nospróximos anos. Um programacompleto de gestão de riscosde fraude deverá contemplartrês áreas-chave: prevenção,detecção e resposta. Deveráser também capaz de mitigaras perdas económicasderivadas de uma situaçãode fraude, proteger a imagemde organização e limitara responsabilidade dosadministradores. É esse ofoco do programa antifraudeda área de Fraud Investigation& Dispute Services (FIDS)da EY.

ÉTICA EMPRESARIAL. Apenas 11% das em-presas inquiridas na Europa ocidental eem Portugal consideram que seguir deperto políticas anti-fraude e anti-corrup-ção pode penalizar a sua competitividadeno mercado, face aos 21% dos países derápido crescimento. Também apenas 11%das empresas nos países desenvolvidosconcordam que as empresas estrangei-ras poderão ter desvantagens face àsempresas locais, como resultado demaior regulamentação no seu mercado,abaixo dos 17% considerados por Portu-gal e 22% pelos países em rápido cresci-mento.

vado considerando que são pou-cas as empresas que revelam terimplementadas medidas de pre-venção e controlo, que permitammitigar a ocorrência de práticasde suborno e corrupção.Apenas 37% das empresas portu-guesas afirmam ter políticas e umcódigo de conduta anti-corrupçãoe anti-suborno, face aos 55% dassuas congéneres europeias e 58%nos países de rápido crescimento.No que diz respeito ao cumpri-mento dos aspectos normativos ereguladores, Portugal fica abaixode todos os países inquiridos.Destes, destacamos a comunica-ção, por parte da gestão de topo,

do compromisso com as políticasanti-fraude e anti-corrupção, aformação nesta área, as penaliza-ções por incumprimento e o apoioaos colaboradores que denunciamcomportamentos anti-éticos.De referir ainda que Portugal é opaís em que os colaboradoresconsideram que os seus emprega-dores dão menor relevância àspráticas de anti-corrupção e su-borno (é o 6.º país mais negativoentre os 35 entrevistados), comapenas 35%, em comparação comos 42% dos países desenvolvidosda Europa ocidental e dos 53%apurado nos países em rápidocrescimento. Página 2

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Period.: Ocasional

Âmbito: Economia, Negócios e.

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Corte: 3 de 4ID: 50971003 25-11-2013 | Projectos Especiais

Um programa anti-corrupção pode ser implementado em apenas oito passos

Empresas apostampouco na prevençãoEmbora conscientes dos riscos e da ocorrência de situações de fraude e corrupção, as empresasnacionais ainda não adoptam medidas de prevenção e controlo. Parecer de especialistas pode ajudara resolver litígios em tribunal. Brasil avança em Fevereiro com nova lei anti-corrupção.

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País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Combatera imagem dolatino corruptocom um site

Um ano depois de ter sido criado, o simulador online que analisa os riscos de corrupção para as PME portuguesas torna-se bilingue. Com a bênção do Instituto Basileia

Passou quase um

ano desde que um

conjunto de oito

empresas lançou

no Centro Cultural

d e B e l é m , e m

Lisboa, o simula-

dor online Gestão

Transparente. Hoje,

o projecto torna-se

bilingue, com uma versão em in-

glês do site criado para ajudar à

internacionalização das empresas

portuguesas que pretendam inves-

tir no estrangeiro — sobretudo fora

da União Europeia — avaliando o

nível de risco de corrupção a que

estão expostas.

Foram cerca de 8700 euros in-

vestidos num ano numa página

electrónica diferente que chamou

a atenção do Instituto Basileia, a

mais de dois mil quilómetros. Ho-

je, Gretta Fenner, directora do Ins-

tituto, e Gemma Aiolfi , que lidera

a divisão de Governança Corpora-

tiva da mesma organização, estarão

no primeiro aniversário do projecto.

Para apoiar uma ideia “inovadora”

na área do combate à corrupção.

A mais-valia do projecto é o si-

mulador pensado para ser um

“instrumento prático, dando reco-

mendações e sugerindo medidas

adequadas ao perfi l da entidade

que consulta o site”, explica ao PÚ-

BLICO Gualter Crisóstomo, director

de Governança Corporativa do Cen-

tro para A Excelência e Inovação na

Indústria Automóvel (CEiiA).

De forma gratuita, qualquer em-

presa pode recorrer à pagina electró-

nica para ter um primeiro vislumbre

sobre os riscos que enfrenta ao ten-

tar a internacionalização. As empre-

sas inserem os mais variados dados,

sobre a sua área de actividade, o tipo

de empresa e a sua dimensão, país

onde tencionam investir, se existirá

relacionamento com a administra-

ção pública local, se ponderam ter

intermediários ou parceiros locais.

O simulador apresenta-lhes depois

um resultado que refl ecte todas as

variáveis em questão.

dar formas de colaborar no futuro

com as entidades responsáveis pelo

projecto.

A singularidade do simulador está

no facto de ser gratuito e de resultar

da conjugação de esforços de em-

presas privadas, mas validado por

entidades públicas como o Depar-

tamento Central de Investigação e

Acção Penal (DCIAP) e a Universi-

dade do Minho.

Gemma Aiolfi — que no passado

foi responsável pela aplicação de po-

líticas anticorrupção em entidades

como o banco suíço UBS ou a mul-

tinacional ABB — elogia o empenho

das empresas que criaram o projec-

to. Além da CEiiA, estão envolvidas

a EDP, Inteli, Microsoft, Siemens,

REN, MTS e EPAL. “É promovida

pelas empresas. São as empresas a

assumir as suas responsabilidades

perante os riscos que enfrentam,

não sendo imposto pelo Governo.

Isso torna-o mais credível perante

outras empresas”, destaca Aiolfi .

O alvo do site são as PME. Que ac-

tualmente são as menos preparadas

para enfrentar os riscos da corrup-

Crisóstomo não esconde o orgulho

de ter em Portugal duas representan-

tes daquela que é a “instituição de

referência a nível mundial que mais

trabalha em colective actions [inicia-

tivas promovidas por empresas]”.

Representando assim o reconheci-

mento internacional de um projecto

pensado para as pequenas e médias

empresas (PME) portuguesas por

uma entidade que “colabora com a

OCDE, o Banco Mundial e o G20”.

Afi nal, um site que custou me-

nos de dez mil euros, que resultou

do trabalho de cerca de 15 colabo-

radores, totalmente realizado em

Portugal, podia mostrar que, “em

Portugal, há também exemplos de

boas práticas” que no estrangeiro

querem replicar. Uma resposta para

os que, lá fora, “olham só para nós

como uns latinos corruptos”.

Gretta Fenner — com um currículo

construído como consultora inde-

pendente nas áreas da Governança

e do Combate à Corrupção — reco-

nhece que veio expressamente a

Lisboa para o primeiro aniversário

do GestãoTransparente e para estu-

ção no mercado global. “Empresas

com 30 ou 40 trabalhadores, que

não sabem fazer uma análise de

mercado, dos países e sectores”

onde tencionam investir, explica

Crisóstomo.

E que entram num mercado bem

diferente. “Se quer investir no ex-

terior é melhor estar preparado.

É um campeonato diferente”, diz

Fenner. “Aceitar pagar um suborno

no estrangeiro pode arranjar-lhes

problemas no seu país de origem.

Portugal já tem leis anticorrupção

que se aplicam a transacções no es-

trangeiro. E mesmo uma PME por-

tuguesa pode ter uma ligação a um

qualquer Estado-membro da OCDE

que tem as suas próprias leis, que

talvez as aplique de uma forma mais

veemente. Pode acontecer uma em-

presa portuguesa ver-se escrutinada

no Reino Unido por um negócio que

fez no Brasil. Esse conceito é novo e

o risco de tal acontecer é cada vez

maior”, acrescenta Aiolfi . Já há ca-

sos concretos que o confi rmam: “A

Alstom, uma empresa francesa, foi

acusada na Suíça por causa de negó-

Nuno Sá Lourenço

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cios feitos na Letónia e na Malásia. E

eles foram multados em 31 milhões

de euros.”

Uma mudança de mentalidade

que vai sendo feita aos poucos nas

multinacionais. “O nível de cons-

ciencialização acerca dos riscos

do suborno aumentou. Tem mui-

to maior visibilidade mediática e

a expectativa dos accionistas e dos

investidores é que as empresas ne-

goceiem de forma ética. Já há pres-

são das organizações internacionais,

veja-se a lista negra do Banco Mun-

dial. Os riscos para as empresas são

cada vez mais elevados. E ninguém

quer ter de pagar 2500 milhões de

multa como a Siemens teve de fazer

há uns anos”, remata Aiolfi .

A julgar pelas estatísticas do site,

alguém no sector privado perce-

beu a mensagem. No seu primei-

ro ano foram feitas mais de 2300

simulações. Desse universo, mais

de 71% foram realizadas por PME.

Que testaram negócios, não só em

Portugal mas também em países

como Angola, Espanha, Brasil ou

Moçambique.

Crisóstomo assinala a semelhança:

“Se olharmos para a taxa de cresci-

mento das exportações, vemos que

esta casa com as consultas feitas. Foi

de encontro à economia real.”

O objectivo agora é exponenciar a

visibilidade do site, tornado-o aces-

sível a qualquer empresa do mundo.

directora do DCIAP, Maria Cândida

Almeida, durante uma conferência.

“Achámos que estava na altura de

parar com os diagnósticos e come-

çar a agir”, recorda Crisóstomo.

Curiosamente, o GestãoTranspa-

rente assinala o seu aniversário no

mesmo dia em que a Transparência

“Não vejo porque isso não poderá

acontecer. O projecto está defi nido

a partir dos padrões internacionais.

Qualquer empresa, esteja sediada

onde estiver, tem de ter em contas

estas regras”, defende Fenner, do

Instituto Basileia.

Tudo isto após o desafi o da então

Internacional torna público o Ín-

dice de Percepção da Corrupção

para 2013. Os dados compilados

a partir de uma miríade de relató-

rios de entidades internacionais

especializadas em Política, Eco-

nomia e Finanças, colocam Por-

tugal em 33.º lugar numa lista de

177 países.

O mesmo lugar obtido em 2012

permitiu ultrapassar a Espanha —

que caiu para o 40.º posto após

uma queda de 10 posições — e dei-

xando a Grécia bem longe, em 80.º

lugar. Mas, ainda assim, abaixo de

Chipre (em 31.º). E mais distante

da Irlanda, que num ano quase

chegou ao top 20, trepando 4 lu-

gares.

Numa primeira análise, o resul-

tado português parecer ter sido

negativamente infl uenciado por

uma variável em particular: o Guia

Internacional de Países em Risco,

da norte-americana Political Risk

Services, que quantifi cou de forma

mais severa o ambiente político em

Portugal e o seu impacto na econo-

mia e nas fi nanças do país.

Da mesma forma, o relatório

anual da Faculdade de Gestão

suíça IMD penalizou Portugal na

sua avaliação ao nível da compe-

titividade.

Crisóstomo acredita que a ges-

tão responsável é uma forma de

tornar as empresas portuguesas

mais competitivas a nível mundial.

“Se as indústrias nacionais apreen-

derem estes conceitos rapidamen-

te, podem, no futuro, apresentar

estas boas práticas como um ele-

mento diferenciador”, assegura,

antes de repetir um jargão politi-

camente correcto. “Nós acredita-

mos que clean businesses are good

businesses [negócios limpos são

negócios lucrativos].”

Gretta Fenner concorda, mas a

“longo prazo”. Para as empresas

ocidentais é um desafi o particu-

lar, pois vão ter de competir com

companhias de outras regiões do

mundo onde as exigências legais

não é tão elevada.

Ainda assim, o projecto foi anga-

riando mais aderentes. A cerimó-

nia de hoje assinalará a adesão de

11 novas entidades ao projecto. Em-

presas como a fabricante de lâm-

padas OSRAM/Portugal, a empresa

do Grupo Barraqueiro, Fertagus,

ou os dois poderosos escritórios

de advogados PLMJ e Cuatrecasas.

Que se comprometem a “recorrer

ao simulador e a promovê-lo jun-

to dos seus parceiros”, acrescenta

Crisóstomo.

Resta um sector de actividade

onde o director de Governança

Corporativa da CEiiA reconhece

não ter ainda chegado. “Olha-se

para os parceiros, para as entida-

des colaboradoras e para os obser-

vadores do projecto e não vemos a

banca. E não foi por falta de tenta-

tiva. Até faz falta ter a visão desse

sector.”

DANIEL ROCHA

MIGUEL MANSO

Gretta Fenner e Gemma Aiolfi, ambas directoras do Instituto Basileia, uma instituição de referência a nível mundial de combate à corrupção

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