boas praticas em acessibilidade

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    6PROGRAMABRASILEIRODEACESSIBILIDADEURBANA

    BRASIL ACESSVELPROGRAMA BRASILEIRO DE ACESSIBILIDADE URBANA

    BRASIL ACESSVELPROGRAMA BRASILEIRO DE ACESSIBILIDADE URBANA

    BOAS PRTICAS EM

    ACESSIBILIDADE

    6

    BOAS PRTICAS EM

    ACESSIBILIDADE6

    CADERNO6-BOASPRTICAS

    EMA

    CESSIBILIDADE

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    Ministrio das Cidades

    Ministro das Cidades: MarcioFortesdeAlmeidaSecretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana - SeMob

    Secretrio Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana: JosCarlosXavier

    Diretor de Mobilidade Urbana: RenatoBoareto

    Diretor de Cidadania e Incluso Social: LuizCarlosBertotto

    Diretor de Regulao e Gesto: CarlosAntnioMoralesPrograma Brasileiro de Acessibilidade Urbana BRASIL ACESSVEL

    Diretor: RenatoBoareto

    Gerente do Programa: AugustoValiengoValeri-Coordenao

    Colaboradores: RobertoMoreira

    EuniceRossi

    GilsondaSilvaTRENSURB

    LuizaGomidedeFariaViana

    Assistentes Tcnicos: CarlosRobertoAlvisiJunior

    ClaudioOliveiradaSilva

    DanielaSantanaCanezin

    GuilhermeAlvesTillmann

    MarlyIwamoto

    ValriaTerezinhaCosta

    Assistentes Administrativos: Juliana Bonfm da Silva MarceloGlaycomdeAbreuBarbosa

    ThiagoBarrosMoreira

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    Ficha Tcnica

    BOAS PRTICAS EM ACESSIBILIDADE

    Organizao:

    Dbora Regina Possa - Instituto Rua Viva

    Malla Virginia de Faria Soares - Instituto Rua Viva

    Colaborao:

    Augusto Valiengo Valeri - Ministrio das Cidades

    Renato Boareto - Ministrio das Cidades

    Rua Viva - Instituto da Mobilidade SustentvelJos Antnio Lanchoti - Foto (capa)

    Diagramao:

    Alfredo Albuquerque / Quadro Design

    Agradecimentos especiais:

    A todas as entidades, empresas e rgos de governos municipais que gentilmente

    autorizaram a utilizao de materiais editados sobre Boas Prticas na construo decidades acessveis.

    Dezembro/2006 - 1 edio - Braslia/DF Tel.: (61) 2108-1692

    [email protected]

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    Brasil Acessvel

    rasil

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    BRASIL ACESSVEL

    PROGRAMA BRASILEIRO DE ACESSIBILIDADE URBANA

    O Ministrio das Cidades tem como desao desenvolver, atravs da Secretaria Nacionalde Transporte e da Mobilidade Urbana, a Mobilidade Urbana Sustentvel, que oresultado de um conjunto de polticas de transporte e circulao que visam proporcionaro acesso amplo e democrtico ao espao urbano. Abordagem que tem como centro dasatenes o deslocamento das pessoas e no dos veculos.

    A existncia de barreiras fsicas de acessibilidade ao espao urbano acaba por impediro deslocamento de pessoas com decincia e outras que possuem diculdades delocomoo. Um dos desaos colocados para todos os municpios brasileiros a incluso

    dessa parcela considervel da populao na vida nas cidades. A acessibilidade deve servista como parte de uma poltica de mobilidade urbana que promova a incluso social,a equiparao de oportunidades e o exerccio da cidadania das pessoas com decinciae idosos, com o respeito de seus direitos fundamentais.

    Este projeto de resgate da cidadania no pode ser feito com o trabalho de setoresisolados e com certeza ser atingido atravs de esforos combinados das trs esferas degoverno, com a participao social norteados por uma viso de sociedade mais justa eigualitria. Trata-se de fomentar um amplo processo de humanizao a partir do respeitos necessidades de todas as pessoas para usufrurem a cidade.

    O PROGRAMA BRASIL ACESSVEL

    O Programa Brasileiro de Acessibilidade Urbana tem como objetivo estimular e apoiaros governos municipais e estaduais a desenvolver aes que garantam a acessibilidadepara pessoas com restrio de mobilidade aos sistemas de transportes, equipamentosurbanos e a circulao em reas pblicas. Trata-se de incluir, no processo de construodas cidades, uma nova viso que considere o acesso universal ao espao pblico.

    Aes previstas

    1. Capacitao de Pessoal

    2. Adequao dos sistemas de transportes

    3. Eliminao de barreiras

    4. Difuso do conceito de desenho universal no planejamento de sistemas de transportese equipamentos pblicos

    5. Estmulo integrao das aes de Governo

    6. Sensibilizao da sociedade

    7. Estmulo organizao das pessoas com decincias (PCD)

    8. Estmulo ao desenvolvimento tecnolgico

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    Instrumentos para implementao

    1. Publicao de material informativo e de capacitao

    2. Realizao de Cursos e Seminrios nacionais e internacionais

    3. Edio de normas e diretrizes

    4. Realizao e fomento de pesquisas

    5. Implantao de banco de dados

    6. Fomento a implementao de Programas Municipais de Mobilidade (planejamento,implementao e avaliao dos resultados)

    7. Criao de novas fontes de nanciamento

    8. Divulgao das Boas Polticas

    Publicaes

    Dentre os instrumentos previstos no desenvolvimento do Programa Brasil Acessvel destacamosas publicaes temticas especcas do Programa, da qual faz parte esse caderno.

    CADERNO 1: ATENDIMENTO ADEQUADO S PESSOAS COM DEFICINCIA ERESTRIO DE MOBILIDADE

    Destinado aos gestores e operadores pblicos ou privados dos sistemas de transportecoletivo. Conceitua as decincias e traz orientaes sobre o atendimento adequado. instrumento de capacitao de condutores do transporte coletivo e escolar, cobradores,taxistas e todas as pessoas envolvidas no atendimento ao pblico.

    CADERNO 2: CONSTRUINDO A CIDADE ACESSVEL

    Destinado aos prossionais da rea de elaborao de projetos urbansticos, mobiliriourbano e implementao de projetos e obras nos espaos pblicos, bem como nos

    edifcios de uso coletivos, pblicos ou privados. Enfoque nas reas pblicas de circulaoe s necessidades dos pedestres com nfase nas pessoas com decincia e idosos.Apresenta, atravs de exemplos, como no construir novas barreiras nos espaosurbanos e sugestes de projetos e intervenes corretas, em conformidade ao decreto5.296/04 e Norma NBR 9050:2004.

    CADERNO 3: IMPLEMENTAO DO DECRETO N 5.296/04 - PARA CONSTRUODA CIDADE ACESSVEL

    Traz orientaes para implementao do Decreto n 5.296/04, que regulamenta as Leisn 10.048/00 e a de n 10.098/00, que estabelecem normas gerais e critrios bsicospara a promoo da acessibilidade das pessoas com decincia ou com mobilidadereduzida. Enfoque na mobilidade urbana, construo dos espaos e nos edifcios de usopblico e legislao urbanstica.

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    CADERNO 4: IMPLANTAO DE POLTICAS MUNICIPAIS DE ACESSIBILIDADE

    Orienta a elaborao de uma Poltica Municipal de acessibilidade de forma permanente.Traz informaes para a Implementao de um rgo ou uma coordenao municipalpara o desenvolvimento de normas, instrumentos e aes integradas do poder pblicoe tambm com a iniciativa privada para o atendimento s pessoas com decincia.Apresenta procedimentos para a implantao e a scalizao de projetos, obras esolues para o acesso e o atendimento das pessoas com decincia, idosos ou pessoascom mobilidade reduzida.

    CADERNO 5: IMPLANTAO DE SISTEMAS DE TRANSPORTE ACESSVEIS

    Voltado aos gestores municipais, com orientao de programas e obras visando aimplantao de Sistemas de Transporte Acessvel, incluindo a infra-estrutura urbana,combinao de todos os modos de transporte coletivo, os respectivos equipamentos deapoio ao usurio, em especial as pessoas com decincia ou com mobilidade reduzida,bem como os procedimentos operacionais adequados.

    CADERNO 6: BOAS PRTICAS EM ACESSIBILIDADE

    Voltado aos gestores municipais, tem como objetivo o registro de prticas inovadorasou consagradas j em desenvolvimento nas administraes municipais, visando aconstruo de uma cidade acessvel, considerando os espaos pblicos e os servios

    de Transporte Coletivo.

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    Sumrio

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    APRESENTAO ..................................................................................9

    INTRODUO .......................................................................................11

    Aracaju - SE ..........................................................................................13

    Barra Mansa - RJ ..................................................................................16

    Belo Horizonte - MG .............................................................................18

    Blumenau - SC ......................................................................................24

    Braslia - DF...........................................................................................27

    Campinas - SP ......................................................................................30

    Florianpolis - SC .................................................................................34

    Foz do Iguau - PR ...............................................................................37

    Guarulhos - SP ......................................................................................40

    Joinville - SC .........................................................................................43

    Jundia - SP ...........................................................................................46

    Londrina - PR ........................................................................................48

    Recife - PE .............................................................................................52

    Ribeiro Pires - SP ...............................................................................55

    Rio de Janeiro - RJ ...............................................................................58

    So Bernardo - SP ................................................................................62

    So Paulo - SP ......................................................................................66

    Suzano - SP ...........................................................................................72

    Uberlndia - MG ....................................................................................74

    Vitria - ES ............................................................................................77

    Votorantim - SP .....................................................................................82

    ANEXOS ................................................................................................85

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    Apresentao

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    Por ser um material dinmico, sugestes para seu aprimoramento sobem-vindas e podem ser enviadas para o seguinte endereo eletrnico:

    [email protected].

    Em janeiro de 2003 foi criado o Ministrio das Cidades que tem como uma de suasatribuies o estabelecimento das diretrizes da poltica nacional de transporte pblico

    e da mobilidade urbana, atravs da SeMob Secretaria Nacional de Transporte e daMobilidade Urbana. Neste contexto a SeMob desenvolveu e est implementando oPrograma Brasileiro de Acessibilidade Urbana Brasil Acessvel que tem como objetivoestimular e apoiar os governos municipais e estaduais a desenvolver aes que garantama acessibilidade para pessoas com restrio de mobilidade e decincia aos sistemas detransportes, equipamentos urbanos e a circulao em reas pblicas.

    A existncia de barreiras econmicas, sociais e as fsicas, atingem de forma maiscontundente a populao de mais baixa renda, cuja acessibilidade cidade drasticamente reduzida. Para as pessoas com restrio de mobilidade e decincia,a acessibilidade no se restringe possibilidade de entrar em um determinado local

    ou veculo de transporte, mas tambm no seu deslocamento pela cidade. Trata-se deincluir, no processo de construo das cidades uma nova viso que considere o acessouniversal ao espao pblico.

    O Brasil passou por profundas mudanas relacionadas s polticas pblicas voltadaspara as pessoas com decincia nos ltimos dez anos. Houve evoluo de conceitose denies, avano da organizao social e a necessidade do respeito aos seusdireitos fundamentais ganhou visibilidade, como resultado desta organizao. No dia02 de dezembro de 2004 atravs do Decreto n 5.296/04, foram regulamentadas as leisFederais n 10.048/00 e n 10.098/00, que possibilitam um extraordinrio avano nosprximos dez anos. Sem dvida, estas leis so fundamentais para a elaborao de

    polticas pblicas para as pessoas com decincias nas trs esferas de governo e o fatode demandarem quatro anos para serem regulamentadas, demonstra a complexidadedos aspectos envolvidos na sua implementao.

    Com grande impacto nas cidades, o Decreto n 5.296/04 estabeleceu oportunidadese condies para o desenvolvimento de uma poltica nacional de acessibilidade,considerando e respeitando as atribuies das diferentes esferas de governo, a realidadee a diversidade dos municpios e estados. Os municpios contam hoje com um arcabouojurdico que lhes do suporte para a implantao de vrias aes destinadas a garantiada acessibilidade para pessoas com decincia e idosos. So leis federais, estaduais,municipais, decretos e normas tcnicas que apresentam obrigaes e parmetros para o

    desenvolvimento de suas aes. Com a assinatura do Decreto, o Estatuto das Cidadese o respectivo Plano Diretor Municipal, o Brasil passa a contar com um conjunto deInstrumentos urbansticos que orienta todos os segmentos da sociedade envolvidos naconstruo das cidades, no respeito s diferentes necessidades que as pessoas comdecincia e restrio de mobilidade tm para viverem no ambiente urbano.

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    Com o objetivo de difundir as informaes e o conhecimento necessrios para odesenvolvimento desta poltica nacional, a SeMob elaborou uma coleo de cadernos

    temticos destinados aos gestores pblicos, arquitetos, urbanista,engenheiros, dirigentesde associaes, lideranas do movimento social, enm, todos aqueles que direta ouindiretamente esto envolvidos na construo das cidades.

    A SeMob preparou o Caderno 6. Boas Prticas em acessibilidade com o objetivo dediisponibilizar para os governos municipais e estaduais as experincias existentes naelaborao e desenvolvimento de aes voltas promoo de uma poltica local paraas pessoas com decincia e restrio de mobilidade.Os trabalhos aqui apresentadosforam enviados pelos municpios interessados em sua divulgao, atravs de chamadapblica de inscrio realizada no ms de abril de 2006, na pgina eletrnica do Ministriodas Cidades.

    So apresentadas prticas inovadoras ou consagradas j em desenvolvimento nasadministraes municipais, divididas em quatro categorias: infra-estrutura, programasmunicipais, transporte acessvel e inovaes tecnolgicas

    A coleo de publicaes do Programa Brasil Acessvel composta tambm peloscadernos 1. Atendimento adequado s pessoas com decincia e restrio demobilidade, 2. Construindo a Cidade Acessvel, 3. Implementao do Decreto n5.296/04, 4. Implantao de poltica municipal de acessibilidade, e 5. Implantao desistema de transporte acessvel

    Com o Programa Brasil Acessvel, a SeMob espera contribuir para a reexo sobre a

    qualidade das cidades que esto sendo construdas e como incorporar neste processo orespeito s diferentes necessidades que as pessoas tm para se deslocar pelo espaopblico e acessar todas as oportunidades que a cidade oferece.

    A SeMob agradece a todos que direta ou indiretamente contriburam para este trabalho.

    Renato BoaretoDiretor de Mobilidade Urbana

    Jos Carlos XavierSecretrio Nacional de Transporte e da

    Mobilidade Urbana

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    11BOAS PRTICAS EM ACESSIBILIDADE

    INTRODUO

    Um dos grandes desaos que as administraes municipais enfrentam, ao elaborarem seusplanos de acessibilidade urbana, decidir por onde iniciar as intervenes necessriaspara a garantia do acesso s pessoas com decincia e restrio de mobilidade. Vriosmunicpios iniciaram em anos recentes, diferentes experincias a partir de sua realidadee da necessidade de dar respostas crescente demanda dos setores organizados dasociedade. No incio de 2006, a SeMob enviou uma cha de inscrio para todos osmunicpios com populao superior a 60 mil habitantes, que poderiam registrar estasvrias iniciativas.

    Para a elaborao do Caderno 6 Boas Prticas em Acessibilidade foram reunidasprticas j em desenvolvimento em 21 administraes municipais, divididas em quatrocategorias. A primeira, denominada Infra-estrutura traz intervenes no espao urbano,principalmente reas pblicas de circulao. A segunda categoria, denominada legislaoe programas municipais, rene experincias de novas leis e decretos que buscamgarantir a acessibilidade, bem como as iniciativas administrativas desenvolvidas para aarticulao das aes de acessibilidade no mbito do governo ou no seu relacionamentocom a sociedade.

    A terceira categoria, transporte acessvel tem como objetivo apresentar inovaesneste servio pblico que complementam o Caderno 5 do Programa Brasil Acessvel,Implantao de Sistema de Transporte Acessvel. Finalmente, a quarta categoria prevista,inovao tecnolgica, tem como objetivo registrar avanos na forma de construir eimplantar equipamentos ou tecnologias destinadas a proporcionar a acessibilidade

    As informaes constantes nas chas so de inteira responsabilidade das administraeslocais e eventuais complementos podem ser enviados para a SeMob atravs do endereoeletrnico [email protected]

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    PROGRAMA BRASILEIRO DE ACESSIBILIDADE URBANA12

    Tabela Sntese de Projeto por Municpio

    CidadeLegislao /

    Programa

    Transporte

    Pblico

    Infra-estruturaInovao

    TcnolgicaAracaj Barra Mansa Belo Horizonte Blumenau Braslia

    Campinas Florianpolis Foz do Igua Guarulhos Joinvile

    Jundia Londrina Recife Ribeiro Pires Rio de Janeiro

    So Bernardo So Paulo Suzano Uberlandia Vitria

    Votorantim

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    13BOAS PRTICAS EM ACESSIBILIDADE

    ARACAJU - SE

    rgo responsvel pelas aes:

    SUPERITENDNCIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES E TRNSITO - SMTTContato:

    Bosco Mendona (Superintendente), Orlando Vieira (Diretor Planejamento e Sistemas).

    Telefone: (79) 3179-1405/1412E-mail: [email protected]; [email protected] Representativas:

    Conselho Municipal de Defesa da Pessoa Portadora de Decincia

    Associao dos Portadores de Decincia Motora de Sergipe ADM/SE

    Centro de Apoio Pedaggico aos Decientes Visuais de Sergipe CAPSApresentao do municpio:

    Aracaju est localizada na foz do Rio Sergipe e foi planejada neste local, em 1855,para ser a capital do estado dada as condies naturais existentes neste stio para oestabelecimento de um novo porto.

    O plano de urbanizao, da metade do sculo XIX, implicou uma substancial alteraodas condies naturais, com a reticao da margem do rio e de canais naturais, aterrode mangues e eliminao de restingas; muito em funo, das necessidades especcas

    do porto. Tais aspectos, restritivos no campo ambiental, pelas condies inadequadas dostio original, sempre estiveram presentes no processo de crescimento e desenvolvimentoda cidade.

    desta poca o estabelecimento da malha viria em grelha que caracteriza a rea centrale a construo da Av. Ivo do Prado que corta a cidade de norte a sul.

    PROJETO

    SISTEMA INTEGRADO DE TRANSPORTES

    Incio:Em 1986, aliado a um conjunto de investimentos de melhoria dos servios pblicos.

    Objetivos:

    Oferecer populao a chance de deslocar-se na cidade e em reas metropolitanaspagando somente uma passagem de nibus.

    Promover a incluso de uma camada da sociedade, as pessoas com decincia dequalquer natureza.

    Resultados obtidos:

    Construo do terminal de integrao da zona oeste e requalicao do terminal deintegrao da zona sul, oferecendo acesso s pessoas com decincia fsica ou comdiculdades de locomoo.

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    PROGRAMA BRASILEIRO DE ACESSIBILIDADE URBANA14

    Terminal de Integrao Zona SulTerminal de Integrao Zona Oeste

    Iniciativas:

    Os novos projetos dos terminais de integrao foram elaborados preocupando-se como tema da mobilidade e acessibilidade urbana.

    Nos projetos verica-se a paginao dos pisos que favorecem a circulao, assimcomo banheiros e transportes pblicos adaptados s pessoas com decincia fsica oucom diculdades de locomoo.

    Adaptao de equipamentos pblicos como telefones e lixeiras, rampas de acesso,lombofaixas (travessias elevadas), que alm da reduo da velocidade dos veculospermite nivelar a plataforma de embarque/ desembarque e a pista de rolamento.

    Adoo de informaes em Braile e pisos tteis.

    Piso Ttil e travessia elevada Rampas e Piso Ttil

    Difculdades encontradas:

    Na elaborao e implantao dos projetos encontraram-se diculdades em trabalhar oentorno dos terminais de integrao e em adequ-los de forma a atender s pessoascom decincia fsica ou com diculdades de locomoo.

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    15BOAS PRTICAS EM ACESSIBILIDADE

    Superando as difculdades:

    Para que as diculdades fossem superadas tentou-se alertar e sensibilizar osadministradores de rgos pblicos e os prestadores de servios comunidade sobreo tema, mobilidade e acessibilidade urbana, procurando-se trabalhar em conjunto,buscando melhorias para a cidade e sua populao.

    SISTEMA DE CICLOVIA

    A Prefeitura de Aracaju atravs da SMTT implantou nos ltimos cinco anos 14.6 km deciclovias, re-adequou tecnicamente 3.8 km e planeja readaptar mais 5.3 Km de ciclovia,dotando Aracaju hoje de 23.7 km de ciclovias interligando a Zona Sul e Oeste ao centroda cidade, totalmente sinalizadas e equipadas para oferecer ao ciclista segurana etranqilidade.

    A bicicleta um meio de transporte muitoutilizado seja a passeio, trabalho ou atividadefsica, andar de bicicleta saudvel e nopolui o meio ambiente. Aracaju recebeu oprmio destaque nacional da ABRADIBE- Associao Brasileira de Fabricantes deBicicletas, como a capital brasileira queimplantou a melhor proposta de mobilidadepor bicicleta no Brasil no ano de 2005, este

    prmio contribuiu para o reconhecimentode Aracaju como a capital do norte/nordestede melhor qualidade de vida.

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    PROGRAMA BRASILEIRO DE ACESSIBILIDADE URBANA16

    BARRA MANSA - RJ

    rgo responsvel pelas aes: Secretaria Municipal de Ordem Pblica

    Contato: Jos Marcos Rodrigues FilhoTelefone: (24) 9979-6000E-mail: [email protected] ou [email protected] Representativas:Associao dos Portadores de Decientes Fsicos - APADEFIApresentao do municpio:

    Barra Mansa, com quase 2 sculos de emancipao poltico-administrativa e compopulao de 180.000 habitantes, situa-se num dos maiores plos de integrao logstica

    da regio Sudeste e do Brasil, pois ligada, por rodovias, aos maiores centros (Rio deJaneiro e So Paulo pela via Dutra), ao litoral pela RJ 155 e para o Norte-Nordeste(BR-393). Pelo entroncamento ferrovirio interliga-se aos quadrantes do Pas e a cincoportos. Sua economia, dos ureos tempos do caf, experimentou a industrializao,pioneiramente, tendo instaladas as Siderrgicas Barra Mansa, Saint Gobain e CSN (noento Distrito de Volta Redonda) e, vivenciou presena marcante no mapa poltico doestado. Posteriormente com a emancipao de Barra Mansa, de diminuto territrio, viuos excludos daquele processo industrial ocuparem sua periferia e dar incio a penosoproblema social, quer com as ocupaes irregulares, quer com a falta de oportunidadesqueles novos habitantes. Em dcadas o processo se multiplicou, exigindo pesadosinvestimentos do Poder Pblico Municipal. Tem como forte caracterstica a rede de

    servios e a rede comercial, referncia na Regio do Mdio Paraba, responsvel por1,5% do PIB Nacional. Sua formao geogrca e topogrca consistem na maioriaterritorial de formaes de elevaes, com 3 grandes vales por onde se esgaram a malhaurbana. Formada do distrito sede e de mais 5 distritos, com vocaes rurais, a integraodessas comunidades atravs do Transporte Coletivo embora venha sendo melhorada,traz baila o incentivo de novos modais de transportes, genuinamente existentes comoo transporte por bicicletas, utilizados pelos cidados, pelos empregados nas indstriase no comrcio.

    PROJETO TRANSPORTE CIDADO

    Nmero de pessoas benefciadas: 900 pessoas com decincia ou necessidadesespeciais.

    Incio: Julho de 2004

    Antecedentes:

    Identicou-se, no municpio, atravs da Secretaria Municipal de Promoo Social, aexcluso das pessoas com decincia ou necessidades especiais, principalmente aquelesde menor poder aquisitivo e moradores das regies satlites, ao aglomerado urbano noque tange a mobilidade urbana e acessibilidade aos meios de transporte pblico.

    Iniciativas:

    O municpio, em parceria com o Sindicato das empresas transportadoras de passageiros

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    17BOAS PRTICAS EM ACESSIBILIDADE

    (SINDPASS), implantou, inicialmente, 2 veculos (vans) adaptados com elevador decadeiras e suportes internos para pessoas usurias de cadeira de rodas, alm deacomodaes para acompanhantes. Com programao prvia dos usurios, o municpio

    passou a atender essas pessoas, at ento excludas de vrias oportunidades, poismoravam em locais de difcil acesso, longe dos corredores do transporte pblicoconvencional.

    Resultados obtidos:

    Implantao de um terceiro veculo, que diariamente transporta as pessoas comdecincia at as escolas, tratamentos mdicos e entretenimento. Os condutores detais veculos, treinados especicamente para tal, do depoimentos que so verdadeirasaulas de cidadania, quando vem a felicidade dos usurios que antes no estudavam eagora, com esse programa, esto descobrindo o mundo do saber. Aqueles que tinhamseu estado de sade agravado por falta de tratamento, em especial sioterpico e, queagora, melhoraram sua qualidade de vida por estarem fazendo tratamentos regulares.

    O Programa visto com simpatia pela comunidade, posto que at ento essas pessoascavam totalmente margem do convvio cotidiano, e hoje convivem nas diversasatividades da cidade.

    O atendimento, gratuito, possibilitou a identicao de um nmero maior de usurios(inicialmente eram 600 pessoas atendidas), que at ento no se manifestavam por noacreditar que polticas pblicas pudessem criar condies de atend-los.

    Difculdades encontradas:

    O cadastramento e programao tornaram-se complexos, pois necessria umaadaptao tcnica especca para que, com a frota disponvel, consiga-se atender econciliar as necessidades dos usurios.

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    PROGRAMA BRASILEIRO DE ACESSIBILIDADE URBANA18

    BELO HORIZONTE - MG

    rgo Responsvel Pelas Aes:

    Empresa de Transportes e Trnsito de Belo Horizonte S/A - BHTRANSContato: Ricardo Mendanha LadeiraTelefone: (31) 3379-5501E-mail: [email protected] Representativas:CMPPD Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Decincia CMPPD

    Apresentao do Municpio:

    Planejada para ser a capital de Minas Gerais, a cidade surgiu num perodo marcado por muitas

    transformaes. A capital, desenhada por tcnicos e engenheiros, estudada e planejadacom rigor cientco era uma cidade habitada, mas no se esperava tal crescimento.

    A localizao foi escolhida por seus idealizadores. Integrando a bacia do rio So Francisco,Belo Horizonte tem sua malha hidrogrca composta, principalmente, pelos ribeiresArrudas e do Ona, ambos auentes do rio das Velhas.

    A cidade o ponto de conuncia do Circuito do Ouro, formado por Baro de Cocais,Catas Altas, Congonhas, Mariana, Sabar, Ouro Preto, entre outras e ca numa regio deserras onduladas, herana do perl da Serra do Curral.

    Belo Horizonte foi um espao aberto para novas linguagens e estilos arquitetnicos,

    projetada para corresponder aos anseios do Brasil-Repblica.

    PROGRAMA CAMINHOS DA CIDADE

    Local de implantao: Praa Sete de Setembro; Praa da Estao; Caminho Caets(Rua dos Caets e Rio de Janeiro); Caminho da Sade (Avenida Alfredo Balena e RuaEzequiel Dias).

    Incio: maio de 2002

    Objetivos:

    O principal objetivo do PROGRAMA CAMINHOS DA CIDADE o reordenamento dosespaos, facilitando o deslocamento no motorizado, contribuindo para recuperar aqualidade ambiental e favorecendo o reconhecimento do espao pblico como bemcomum. Atravs da implantao de trajetos agradveis, onde o direito de ir e vir, mais queum direito poltico, signique a possibilidade de todos, inclusive os mais frgeis (crianas,pessoas com decincia e idosos) se deslocarem sem constrangimentos.

    Antecedentes:

    Este Programa originrio da prpria Prefeitura de Belo Horizonte, atravs da Secretariade Coordenao da Poltica Urbana (SMURBE) e da Empresa de Transporte e Trnsitode Belo Horizonte (BHTRANS)

    Iniciativas:

    Com o intuito de cumprir com o objetivo do Programa e assim garantir espaos livres,

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    19BOAS PRTICAS EM ACESSIBILIDADE

    exveis e abertos circulao e ao lazer foram feitas intervenes no pavimento dascaladas, nas travessias de pedestres, no mobilirio urbano e no paisagismo.

    Correo geomtrica de todas as sees transversais das caladas de forma a eliminarproblemas de drenagem supercial, degraus, depresses, rampas irregulares e todos osproblemas que prejudicavam a livre circulao dos pedestres.

    As caladas foram ampliadas em ambos os lados, receberam novo revestimentopadronizado em mosaico portugus e em concreto.

    Instalao de rebaixos nas travessias de pedestres com piso ttil para orientao daspessoas com decincia visual.

    As faixas de travessia de pedestre foram alargadas e receberam pintura e iluminaoespecial de modo destac-las, algumas sofreram intervenes do tipo trafc calming,com elevao suave das pistas de rolamento.

    O mobilirio e paisagismo foram modicados para diminuir a impedncia na circulaode pedestres.

    Postes de iluminao e sinalizao, bancos, lixeiras, telefones pblicos, bancas de revistae abrigos de nibus foram relocados e removidos para padronizao e agrupamento demaneira racional.

    No entorno das rvores existentes foram executados anis permeveis.

    No aspecto de iluminao buscou-se proporcionar segurana, sensao de amplitudee destacar a paisagem urbana.

    Resultados Obtidos:

    Aceitao ampla nos aspectos relacionados melhoria no caminhamento, na segurana,nas operaes de embarque e desembarque e do material utilizado para revestimentodas caladas.

    Satisfao dos comerciantes atravs dos informativos empresariais, das manifestaesculturais capitaneadas por suas entidades.

    Prmio Gentileza Urbana concedido pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil, seo MinasGerais.

    Especicando a populao diretamente beneciada em cada uma das intervenes aponta-

    se que: o Caminho Caets benecia diretamente 36 mil pedestres que circulam diariamentepela rea e 25.000 usurios de 28 linhas do sistema de transporte coletivo por nibus; oCaminho da Sade benecia diretamente cerca de 26 mil pedestres que circulam diariamente

    pela rea e os usurios das 58 linhas de nibuse a interveno na Praa Sete de Setembrobenecia os 280 mil pedestres e cerca de 120mil veculos que por l passam diariamente.

    Caminhos da Cidade - Travessia elevada para

    pedestre

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    PROGRAMA BRASILEIRO DE ACESSIBILIDADE URBANA20

    BILHETAGEM ELETRNICA PARA UTILIZAO DO TRANSPORTE COLETIVOPELAS PESSOAS COM DEFICINCIA COM DIREITO OU NO GRATUIDADE

    Local de implantao: Todo o sistema de transporte coletivo por nibus de BeloHorizonte.

    Nmero de pessoas benefciadas: 50.000 na primeira etapa.

    Incio: 15 de fevereiro de 2006.

    Antecedentes:

    A concepo que norteia o projeto o desenho universal. Todas as pessoas comdecincia devem ter suas necessidades de deslocamento atendidas seguindo-se osmesmos instrumentos de controle adotados para as demais pessoas. Assim, o CartoBHBUS de bilhetagem eletrnica utilizado por quem tem vale-transporte, por quem

    compra antecipadamente a passagem e, agora, por quem tem decincia.

    Difculdades Encontradas:

    Desenvolvimento de tecnologia que permitisse o atendimento, via bilhetagem eletrnicada diversidade das pessoas portadoras de decincia, com e sem direito gratuidade,com e sem diculdade de transposio das roletas.

    Superando as Difculdades:

    A estratgia inicial foi a denio de categorias e subcategorias abrangentes, capazes deenglobar grandes quantidades de pessoas com caractersticas similares de necessidades/

    direitos/diculdades, quais sejam:a) com e sem passagem pela roleta,

    b) com e sem pagamento de passagem,

    c) com 4 (doentes renais) ou com 6 (pessoas com decincia) viagens gratuitas / dia,

    d) com e sem direito a acompanhante no caso de usurios com direito a gratuidade compassagem pela roleta.

    Juntamente com esta denio, adotou-se o princpio de que qualquer pessoa que nose enquadre nos critrios para enquadramento nas categorias e subcategorias tersuas necessidades avaliadas caso a caso para denio da melhor forma de utilizar otransporte coletivo.

    Resultados Obtidos:

    H dois anos, cerca de 5 mil pessoas com direito a gratuidade esto utilizando os cartesde bilhetagem e os problemas encontrados foram sendo solucionados. Acertada aquesto tecnolgica, espera-se que, 16 de junho de 2006, as 50.000 pessoas com direitoa gratuidade, atualmente j cadastradas e usurias de um carto no-eletrnico tenhamseus cartes de bilhetagem emitidos: a Carto BHBUS.

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    21BOAS PRTICAS EM ACESSIBILIDADE

    Vaga do estacionamento especial

    REDE DE VAGAS DE ESTACIONAMENTO ESPECIAL PARA VECULOSCREDENCIADOS

    Local de implantao: Todas as reas de estacionamento rotativo de Belo Horizonte.

    Incio: 2002.

    Antecedentes:

    Estacionamento especial para veculos credenciados , como o prprio nome diz, o localda via pblica - onde o estacionamento permitido - que ca reservado para ser utilizadoapenas por veculos previamente credenciados. Os veculos so credenciados a pedido,e s podem s-lo aqueles que so dirigidos ou que transportam pessoas portadoras dedecincia com diculdade de locomoo.

    O estacionamento reservado auxilia a incluso das pessoas com decincia na sociedade,

    j que o credenciamento leva em considerao a diculdade de locomoo da pessoaque pleiteia o direito ao benefcio. As pessoas que utilizam veculos credenciadosdisputam todas as vagas da cidade com todos os cidados que querem estacionar edisputam as vagas reservadas apenas com as demais pessoas que tambm tiveremveculos credenciados.

    Iniciativas:

    O direito ao benefcio garantido no art. 7o da Lei Federal 10.098/2000 e estregulamentado pela Portaria BHTRANS DPR no 022/2005.

    Resultados Obtidos:

    A BHTRANS vem implantando, desde 2002, uma rede de vagas reservadas, tendosido acordado com o Ministrio Pblico de Minas Gerais uma meta de 500 vagas. ABHTRANS implantou 532 vagas, distribudas por toda a cidade, em locais onde foidetectada demanda por este tipo de estacionamento.

    Parte das vagas de estacionamento reservado esto localizadas em reas deEstacionamento Rotativo e podem, s vezes, ser tambm rotativas. Para saber danecessidade do uso do talo e do tempo mximo de permanncia necessrio vericarsempre a sinalizao de trnsito em cada vaga.

    Rebaixamento da caladapara travessia de pessoa

    com decincia fsicaem frente vaga doestacionamento especial

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    PROGRAMA BRASILEIRO DE ACESSIBILIDADE URBANA22

    CAMPANHA EU RESPEITO

    Local de implantao: Sistema de transporte coletivo de Belo Horizonte incluindomotoristas, cobradores e usurios do sistema.

    Incio: 2006

    Antecedentes:

    No transporte coletivo da cidade, a presena de idosos e pessoas com decincias muito signicativa; absolutamente necessrio viabilizar a sua acessibilidade paraque sua qualidade de vida seja melhor. Viabilizar a ao desses segmentos implica emeliminar diculdades e entraves para que eles, enquanto cidados, tenham acesso aosbens e servios que a cidade coloca sua disposio.

    Ao longo dos anos as pessoas com diculdades de locomoo, em especial o idoso e a

    pessoa com decincia, conquistou direitos fundamentais por meio de lutas histricas.Essas colocaram a necessidade de desdobramentos que garantam a acessibilidadedesses cidados atravs do transporte pblico de forma autnoma, segura e solidria.

    Iniciativas:

    Nessa perspectiva constitu-se um grupo de trabalho composto pelas Coordenadorias deDireitos da pessoa idosa e da pessoa com decincia da Secretaria Municipal Adjuntade Trabalho e Direitos da Cidadania e da Coordenao de ateno sade do idoso daSecretaria Municipal de Sade. Esse grupo, sob a coordenao da BHTRANS, com oobjetivo de procurar entender melhor quais as demandas desses segmentos, desenvolveu

    uma dinmica bastante rica; foi construdo um roteiro para debate com os grupos formadospor pessoas da terceira idade selecionados por critrios de escolaridade, renda e sexo.Os mesmos critrios foram apontados para a discusso com as pessoas com decincia,levando-se em conta o tipo de decincia: visual, auditiva, mental, usurios de cadeirasde rodas, entre outras.

    Resultados Obtidos:

    Os resultados surpreenderam a todos, principalmente no tocante a viso destes grupossobre o servio de transporte pblico por nibus, onde se destaca a forma inadequadae o pouco preparo dos nossos operadores para oferecer a esses usurios um transportecom a qualidade desejada. Nesse sentido, buscou-se a implementao de um ProgramaPermanente voltado para garantir aos idosos e decientes os seus direitos no que dizrespeito aos servios prestados pela PBH atravs da BHTRANS.

    Os objetivos denidos foram:

    Sensibilizar e capacitar prossionais do servio transporte pblico e trnsito paraconhecer, valorizar, receber e trabalhar com pessoas com restrio de mobilidade, comoidosos, gestantes e pessoas com decincia;

    Consolidar um grupo de Agentes Multiplicadores da terceira idade;

    Propiciar a construo de valores por meio da reexo, questionamentos, para a

    conscientizao individual dos pedestres ou a conscientizao coletiva da sociedade,entre os usurios do transporte coletivo;

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    23BOAS PRTICAS EM ACESSIBILIDADE

    Identicar a participao social dos idosos na histria dos transportes e da cidade;

    Incorporar as prticas de educao de trnsito no segmento da Terceira Idade;

    Dar maior visibilidade problemtica das pessoas com mobilidade reduzida na circulaoe conquistar maior acessibilidade para os mesmos, por meio da sua participao namelhoria e adequao do transporte pblico;

    Melhorar a qualidade de sua incluso no transporte coletivo;

    Reduzir o nmero de acidentes que envolvem pessoas com mobilidade reduzida;

    Abrir espao para a proposio de mudanas.

    As aes Propostas so:

    O Programa prev aes educativas no sentido de sensibilizar cidados, usuriosdo sistema municipal de transporte pblico por nibus, suplementar e metr comintervenes teatrais e distribuio de 70.000 porta-cartes para os usurios dentro dosmeios de transporte e nos pontos de embarque e desembarque, estaes e garagensdas empresas operadoras, alm de eventos envolvendo os operadores.

    Qualicao dos operadores do sistema de transporte por nibus atravs de consultoriaqualicada para adequao de procedimentos especcos s necessidades do pblicoalvo (proposta em anexo).

    Estabelecimento do protocolo de registro de acidentes envolvendo idosos e pessoascom decincia dentro de nibus, pontos de embarque e desembarque e estaes, com

    o objetivo de entender melhor a lgica e os motivos da ocorrncia dos sinistros, bemcomo, e fundamentalmente, encontrar solues de reduo de tais ocorrncias.

    O lanamento do programa acontecer no evento do Dia Municipal de Luta dasPessoas com Decincia: incluso com arte e cidadania, organizado pela Coordenadoriados Direitos da Pessoa Portadora de Decincia, da Secretaria Municipal Adjunta doTrabalho e Direitos da Cidadania. Est prevista uma ampla divulgao do Programa,com a utilizao de 100 backbus, 50 abrigos de nibus, 3.000 adesivos para seremcolados nos vidros dianteiros dos nibus e 20.000 botons.

    Cartaz da Campanha Eu respeito! Campanha Eu respeito - vivenciando o

    uso da cadeira de rodas

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    PROGRAMA BRASILEIRO DE ACESSIBILIDADE URBANA24

    BLUMENAU - SC

    rgo responsvel pelas aes:SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO URBANO SEPLAN

    Contato: Arquiteto e Urbanista Jonas Eduardo FranzTelefone: (47) 3326-6736E-mail: [email protected] / [email protected] Representativas:ABLUDEF Associao Blumenauense de Decientes Fsicos

    ACEVALI Associao de Cegos do Vale do ItajaApresentao do municpio:

    O municpio de Blumenau est situado na regio leste de Santa Catarina e a 140 Kmda capital, Florianpolis. Possui uma populao estimada de 290 mil habitantes. Area urbana ocupa apenas 192 Km2 e onde est concentrada 90% da populao. Aeconomia tem sua base em trs vertentes: Indstria com destaque para o ramo txtil,metalrgico, de alimentos e cristais - Comrcio e Turismo que tem como referncia a maiorfesta alem das Amricas, a Oktoberfest. As tradies e costumes dos colonizadoresalemes que chegaram aqui em 1850 esto preservados. Alm da etnia alem, italianos,poloneses, descendentes de aorianos e pessoas de vrias partes do Brasil contriburampara tornar Blumenau uma cidade plo no estado. Blumenau possui o dinamismo de umcentro moderno, alta renda per capita e baixssimos ndices de analfabetismo e violncia.Blumenau busca tambm destaque na qualidade de vida de seus habitantes e turistas,para isto quer se tornar uma cidade que garanta acessibilidade para todos.

    OBRAS DE REURBANIZAO EM PARCERIA

    Local de implantao: Regio Central

    Incio: 2000

    As diretrizes conceituais do projeto de Reurbanizao da Rua XV de Novembro e AvenidaBeira-Rio foram:

    Prioridade ao pedestre e humanizao da cidade, criando amplos espaos decirculao com total acessibilidade, segurana e convivncia, equacionando a ausnciade equipamentos urbanos e controlando a velocidade mdia dos veculos.

    Estmulo atividade econmica, cultural e comercial da Rua XV e Zona Central;

    Estmulo preservao do patrimnio histrico e ao turismo;

    Ambientao e estetizao urbana.

    Resultados obtidos:

    O que se conclui, hoje que todo o esforo desprendido foi vlido, j que os objetivos doprojeto esto sendo atendidos e a resposta da populao e comerciantes extremamentesatisfatria.

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    25BOAS PRTICAS EM ACESSIBILIDADE

    Iniciativas:

    Utilizao de um material de revestimento indito no municpio, apostando na suabeleza e eccia, e de um mobilirio urbano personalizado, baseado no estilo art-deco,predominantemente na arquitetura das edicaes das vias. Outro destaque deve serdado ampliao dos passeios existentes, priorizando o pedestre, em detrimento aotrfego de veculos e ao ajardinamento e arborizao da rea, inexistente at ento.

    PROGRAMA DE MELHORIA DE CALADAS / ACESSIBILIDADE

    Local de implantao: Em todo o municpio

    Incio: Segundo semestre de 2005

    Antecedentes:

    No incio de 2005 foi realizada em Blumenau, pela FURB Universidade Regional deBlumenau, em parceria com a Prefeitura Municipal de Blumenau / SEPLAN Secretariade Planejamento Urbano e PUC/PR, uma pesquisa que avaliou a situao atual dascaladas de todos os 35 bairros da cidade, baseada em critrios que vo do conforto segurana do pedestre. De acordo com o ndice da pesquisa, onde se estipula uma notade zero a dez para o calamento, a mdia blumenauense foi de 4,11. Ou seja, de cada 10caladas, seis so inadequadas. A pesquisa apontou que a cidade necessitava realizarintervenes a curto prazo. Pensando nisto a Prefeitura Municipal em parceria com ABCP,CREA, FURB, SINDUSCON, ACIB, SINDUSCON e GOVERNO DO ESTADO, realizouem agosto de 2005 o Primeiro Seminrio Catarinense de Caladas.

    Objetivos:

    O principal objetivo foi promover, nesta discusso com a comunidade, uma realtransformao no que diz respeito aos passeios pblicos e acessibilidade, reforandosua importncia perante a sociedade. A cidade s boa para o turista, se primeiro forboa para seus habitantes.

    Resultados obtidos:

    O que pode-se concluir, hoje que todo o esforo desprendido foi vlido, j que osobjetivos do projeto esto sendo atendidos e a resposta da populao e comerciantes

    extremamente satisfatria.Iniciativas:

    Lanamento de diretrizes, assumindo o papel de orientador e scalizador do processode reformulao e construo dos passeios pblicos.

    Elaborao Cartilha orientadora para construo e reforma das caladas da cidade,solidicando este trabalho com a elaborao de uma legislao especca, clara e efetivadestinada exclusivamente aos passeios.

    Orientar os donos de imveis e buscar a garantia de ir e vir de todos os pedestres com

    o mnimo de conforto e segurana.

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    PROGRAMA BRASILEIRO DE ACESSIBILIDADE URBANA26

    Adequao das caladas

    Piso Tctil

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    27BOAS PRTICAS EM ACESSIBILIDADE

    BRASLIA - DF

    rgo responsvel pelas aes: Governo do Distrito Federal

    Contato: Coordenao Tcnica/ Assessoria de Acessibilidade / SUCAR - Secretaria deEstado de Coordenao das Administraes RegionaisTelefone: (61) 3249-7476 / 3249-7481E-mail: [email protected]:

    A Constituio de 18 de setembro de 1946 determinou que a capital do Brasil fossetransferida para o Planalto Central. Em 15 de maro de 1956, j empossado, JuscelinoKubitschek assinou a Mensagem de Anpolis, lanando as bases da CompanhiaUrbanizadora da Nova Capital. Em 21 de abril de 1960, foi inaugurada Braslia pelo

    Presidente da Repblica Juscelino Kubitschek.

    Atualmente o Distrito Federal encontra-se plenamente consolidado, tendo deixado deser meramente uma cidade administrativa e se tornado um atuante partcipe na vidafederativa, com forte presena na rea de prestao de servios e comrcio, querepresenta cerca de 90% do Produto Interno Bruto/PIB do DF, cando a Indstria comuma participao de 9,5% e 0,5% de participao para a Agricultura.

    Aquela cidade inaugurada em abril de 1960 e que muitos acreditavam que no duraria5 anos, hoje conta com 221.157 habitantes (excludos Lagos Norte e Sul), tendo sidosuperada, em termos populacionais, por Ceilndia, que a mais populosa, com um total

    de 370.048 habitantes, e por Taguatinga, com 240.041 habitantes. Hoje o Distrito Federalconta com cerca de 2.043.000 de habitantes. O Ncleo Bandeirante, formado em 1956com o nome de Cidade Livre, destinado a abrigar os primeiros Candangos, era paradeixar de existir aps a inaugurao de Braslia, no entanto, consolidou-se de tal formaque se tornou uma cidade-satlite.

    EDIO DO DECRETO N 22.420 DE 21 DE SETEMBRO DE 2001

    Institui a Comisso Permanente de Acessibilidade/CPA para acompanhar odesenvolvimento do Programa de Governo Acessibilidade Direito de Todos, bem como aimplantao de propostas relativas a projetos para promoo de acessibilidade.

    Incio: 21 de setembro de 2001

    Descrio da Experincia: Legislao com obrigatoriedade de participao na Comissopor todos os rgos citados no decreto e pertencentes ao complexo do GDF.

    Comisso criada para acompanhar o desenvolvimento do Programa AcessibilidadeDireito de Todos e a implantao de propostas para promoo da acessibilidade.

    EDIO DO DECRETO N 26.797 DE 11 DE MAIO DE 2006

    Disciplina a acessibilidade comunicao das pessoas com decincia auditiva noGoverno do Distrito Federal

    Incio: 11 de maio de 2006

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    PROGRAMA BRASILEIRO DE ACESSIBILIDADE URBANA28

    Descrio da Experincia: legislao com obrigatoriedade de implantao por todos osrgos pertencentes ao complexo do GDF, com expectativa de facilitar a incluso depessoas com decincia auditiva. As propagandas do GDF em veiculao na TV j esto

    cumprindo esta determinao.CURSOS DE ORIENTAO DE ASPECTOS CONSTRUTIVOS PARAACESSIBILIDADE

    A Assessoria de Acessibilidade/SUCAR vem promovendo cursos para os trabalhadores daconstruo que pertenam a rmas que prestam servios de construo para o GDF.

    Este mesmo curso oferecido para diversos nveis de atuao no GDF, guardadas asdiferenas de nvel de formao (nvel mdio e superior)

    TELECENTRO ACESSVEL

    Incio: 22 de maio de 2006

    O Primeiro Telecentro Acessvel de Taguatinga um espao voltado para a incluso social.Pessoas com decincia e pessoas sem decincia podem participar, destacando-se que gratuito. O Telecentro composto por 12 monitores sendo seis no matutino e seis novespertino. Todos os monitores foram treinados para prestarem atendimento de primeiraqualidade. No um curso com data de comeo e trmino como se fosse uma aulaparticular e o tempo de aprendizagem varia de acordo com a dinmica do aluno. O projeto uma parceria da Organizao No-Governamental Acessibilidade Brasil, dos Ministrios

    do Trabalho e da Tecnologia (MCT), com apoio do Governo do Distrito Federal.

    O Telecentro funciona na C - 05, de segunda a sbado, das 7h s 17h. Maiores informaespelo telefone: 3201- 0069.

    ACESSIBILIDADE NA RODOVIRIA DO PLANO PILOTO

    Incio: Em implantao

    Em prosseguimento ao programa Acessibilidade Direito de Todos e priorizando grandespontos de convergncia da populao foram realizadas vistorias na Rodoviria de Braslia e

    elaborado relatrio tcnico com o diagnstico das condies de acessibilidade no local. Caberessaltar que j esto em andamento as reformas necessrias apontadas no relatrio.

    PADRONIZAO E OTIMIZAO DE CONSTRUO DE RAMPAS

    Incio: Em implantao

    O Arquiteto Marcos Monte Serrat, lotado na Administrao Regional do Parano/RA VII,desenvolveu um projeto de padronizao e otimizao de rampas para toda a cidade,dentro de um programa de verbas da SUCAR para obras deste ano de 2006.

    As obras esto sendo licitadas e previstas para serem iniciadas em agosto prximo.Trata-se de placas previamente moldadas em concreto, por meio de formas metlicas,com acabamentos realizados no local, resultando em rampas bem acabadas, de ummesmo padro e totalmente dentro das especicaes tcnicas e normativas.

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    29BOAS PRTICAS EM ACESSIBILIDADE

    A Administrao Regional de Santa Maria est usando o mesmo padro e tambm jest em fase de licitao de obras.

    PROGRAMA DF ACESSVEL

    Incio: Em implantao

    Trata-se de uma campanha em fase nal de concepo com data de inauguraomarcada para o ms de julho.

    Este programa nasceu em decorrncia da Conferncia Nacional de Defesa dos Direitosda Pessoa com Decincia. Ele est sendo desenvolvido em parceria pela SUCAR/Secretaria de Estado de Coordenao das Administraes Regionais, CORDE/DF,SEDHU/Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitao, SEFAU/Secretaria de Estado de Fiscalizao de Atividades Urbanas do Distrito Federal e

    Administrao Regional de Taguatinga entre outros rgos.Trata-se de campanha destinada a ampliar o conhecimento e sensibilizar sobre asquestes de acessibilidade.

    CARDPIOS EM BRAILE

    Incio: Outubro de 2005

    Trata-se de um Termo de Parceria rmado entre a SUCAR/ Secretaria de Estado deCoordenao das Administraes Regionais, Integra/Instituto de Integrao Social ede promoo da Cidadania, Sindobar/Sindicato de hotis, bares e restaurantes do DF,ABDV/Associao brasiliense dos Decientes Visuais para confeco de cardpios emBraile para os estabelecimentos comerciais do DF.

    O estabelecimento interessado faz sua solicitao ao Sindobar que envia os formulrioscontnuos em branco e a SUCAR confecciona os cardpios em linguagem Braile.

    Hoje j podem ser encontrados estes cardpios em estabelecimentos como lanchonetesGiraffas, Hotel San Marco, Motel Colorado, Saan Park Hotel, Blue Tree Hotel, restauranteVila Borghesi, Torteria Di Lorenza entre outros.

    CALADA FCIL

    Incio: ano de 2005

    Trata-se de um programa com centralizao na SUCAR, onde os Titulares das RegiesAdministrativas solicitam as obras de recuperao e construo de caladas e rampassem burocracia, obtendo o benefcio em curto prazo.

    J foram implantados mais de 250 Km de caladas em todo o DF.

    TURISMO SEM BARREIRAS

    Incio: ano de 2004

    Trata-se de um programa que, dentre outras aes, trabalha os principais pontos tursticos

    do DF mantendo parcerias de controle com os rgos governamentais, especialmente oIPHAN na rea tombada, realizando adaptaes para a promoo de acessibilidade.

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    PROGRAMA BRASILEIRO DE ACESSIBILIDADE URBANA30

    CAMPINAS - SP

    rgo responsvel pelas aes: EMDEC Empresa Municipal de Desenvolvimentode Campinas S/AContato: Maurcio ThesinTelefone: (19) 3273-1789E-mail: [email protected] Representativas:CMADENE Conselho Municipal de Ateno s Pessoas com Decincia e NecessidadesEspeciaisCMI Conselho Municipal do Idoso.

    Apresentao do municpio:

    Campinas o plo da Regio Metropolitana de Campinas RMC, formada por 19 cidades(Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmpolis, Engenheiro Coelho, Holambra,Hortolndia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguarina, Monte Mor, Nova Odessa, Paulnia,Pedreira, Santa Brbara dOeste, Santo Antonio de Posse, Sumar, Valinhos e Vinhedo),correspondendo a 6,31% da populao do Estado e 1,4% da populao Nacional, com2,33 milhes de habitantes (censo de 2000) e ocupa uma rea de 3.348 Km2.

    Na atividade de Comrcio Exterior, medida pelo volume de cmbio contratado, a praade Campinas a 4a do pas, cando atrs apenas das cidades de So Paulo, Rio de

    Janeiro e Belo Horizonte. Sua praa bancria, no volume nacional geral de compensaode cheques, est situada entre as seis maiores do Brasil.

    A economia campineira apresentou uma taxa de crescimento da ordem de 4% nosltimos anos. Campinas a primeira praa de vendas no comrcio do Interior do Estado,perdendo somente para a Grande So Paulo.

    A cidade considerada um plo de alta tecnologia. Em Campinas esto localizadosdiversos centros de pesquisa de renome internacional tais como Fundao CPqD, ITAL,Embrapa, Unicamp etc.

    PROGRAMA EDUCAO PARA MOBILIDADE CIRCULAO CIDAD NATERCEIRA IDADE

    Local de implantao: Toda a cidade

    Incio: 1 semestre de 2001

    O Programa surgiu com os objetivos de:

    Incorporar o grupo da Terceira Idade nas prticas de Educao para o Trnsito

    Dar maior visibilidade problemtica do idoso na circulao;

    Consolidar um grupo de Agentes Multiplicadores da Terceira Idade;

    Conquistar maior acessibilidade para o idoso promovendo sua participao para amelhoria e adequao do transporte pblico e das edicaes.

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    31BOAS PRTICAS EM ACESSIBILIDADE

    Ampliar as discusses para outros segmentos.

    Publicao da cartilha Idosos em Movimento.

    Resultados obtidos:Fundamentao de aes educativas, informativas e preventivas, por meio da realizaode palestras, grupos de estudos e apresentaes, sobre a mobilidade na terceiraidade em Centros de Sade, escolas, universidades, Conselho Municipal do Idoso eCoordenadorias das Secretarias Municipais da cidade.

    Difculdades encontradas:

    Consolidar um grupo permanente de discusso, estudo e multiplicao dos conceitostrabalhados.

    Materializar um instrumento para a discusso da mobilidade na terceira idade com asociedade e qualicar a participao de maneira mais efetiva em relao aos contedosabordados.

    Idosos em Movimento tambm subsidia as aes permanentes do Programa Educaopara Mobilidade composto por:

    Formao de Professores Multiplicadores, que atualmente abrange um universo de 120escolas e aproximadamente 50.000 alunos;

    Circulao Cidad na Terceira Idade - 26 instituies e Conselho Municipal do Idoso;

    Programa Jovem.com - adolescentes entre 16 e 24 anos. Parceria realizada com oprograma da Coordenadoria da Cidadania e Juventude.

    Resultados Obtidos:

    Participao mais qualicada do segmento nos debates referentes circulao eacessibilidade;

    Aprimoramento das discusses sobre a mobilidade na terceira idade nos mais variadossegmentos sociais;

    PROJETO NIBUS DE CENTRO BAIXO

    Local de implantao: Intercamp - Sistema Municipal de Transporte Pblico Coletivo Coletivos Padova Ltda

    Incio: Maro de 2006

    Antecedentes:

    Com a necessidade de locomoo de pessoas com decincia fsica, o servio detransporte pblico sofreu grandes implementaes nos ltimos anos procurando seadequar a essas necessidades.

    Iniciativa:

    Desenvolvimento de um nibus de piso baixo parcial em um veculo nacional, com preomais acessvel, tecnologia nacional e condies de circular no virio da cidade.

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    PROGRAMA BRASILEIRO DE ACESSIBILIDADE URBANA32

    Resultados Obtidos:

    Operando em linhas alimentadoras, troncais, diametrais, etc., tanto na periferia como narea central, sendo que o tempo gasto para o embarque e desembarque de pessoas queutilizam a rampa rpido e seguro, comprometendo de forma mnima o horrio da linhae no acarretando problemas no tempo de espera de todos os usurios.

    preciso levar em considerao tambm o custo para utilizao desse veculo, que nodifere de um veculo convencional da atualidade, sendo bem mais barato que um veculocom piso baixo integral e mais barato que um veculo com elevador hidrulico.

    Sendo assim, sua utilizao se mostrou extremamente satisfatria do ponto de vistaoperacional, nanceiro e conceitual, pois o nvel de satisfao dos usurios melhorouconsideravelmente, de acordo com pesquisas recentes, pois alm de ser um veculoconfortvel e seguro, atende aos princpios cvicos dos cidados ao oferecer um transporteacessvel para toda a populao.

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    STI SISTEMA DE TRANSPORTE INCLUSIVO SERVIO DE ATENDIMENTOPESSOAS COM MOBILIDADE REDUZIDA

    Nmero de pessoas benefciadas: 748 usurios cadastrados

    Inicio: Setembro de 2004

    Iniciativa:

    constitudo por dois servios: o Servio de Atendimento Especial (SAE), para viagenspor motivo exclusivo de sade, e o Servio de Transporte Acessvel (STA), para qualquermotivo de viagem no mbito do municpio.

    Servio de Atendimento Especial SAE:

    O servio utiliza 4 (quatro) vans adaptadas, fazendo o transporte dos usurios porta a

    porta, ou seja; das residncias s clnica de tratamento, em ambos os sentidos.Servio de Transporte Acessvel STA:

    O servio opera no sistema tronco-alimentado, ajustado para as particularidades daspessoas com decincia fsica.

    As vans adaptadas, num total de 6 (seis), fazem o transporte dos usurios, do seulocal de origem aos terminais ou pontos de conexo mais prximos, onde ocorrem aintegrao com as linhas de nibus acessveis do STI Sistema de Transporte Inclusivo,e vice-versa.

    Nos terminais urbanos e nos pontos de conexo, podem ser realizadas integraes devan para nibus; de nibus para nibus ou de nibus para van.

    Resultados Obtidos:

    Os resultados obtidos so altamente satisfatrios junto aos usurios, com total aprovaodos mesmos. No servio STA so feitos, em mdia, 1036 atendimentos por ms e 1614usurios transportados incluindo os acompanhantes e no servio SAE, 585 atendimentose 1015 usurios transportados.

    Difculdades Encontradas:

    A maior diculdade encontrada no poder atender a demanda atual. Est prevista aampliao da frota para este ano (a ser duplicada, para vinte veculos adaptados) e aincluso de dois nibus adaptados para a realizao de eventos especiais.

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    PROGRAMA BRASILEIRO DE ACESSIBILIDADE URBANA34

    FLORIANPOLIS - SC

    rgo responsvel pelas aes: Instituto de Planejamento Urbano de Florianpolis- IPUF

    Contato: Marco Antonio Avila RamosTelefone: (48) 3212 5726E-mail: [email protected] Representativas:AFLODEF - Associao Florianopolitana de Decientes FsicosACIC Associao Catarinense para a Integrao do Cego

    APAE Associao de Pais e Amigos dos ExcepcionaisApresentao do municpio:

    O Municpio de Florianpolis situa-se na regio sul do Brasil e a capital do Estadode Santa Catarina, possuindo uma rea de 438,5 Km2 (incluindo os ltimos aterros) elocalizando-se entre os paralelos de 27o10 e 27o50 de latitude Sul, e entre os meridianosde 48o25 e 4835 de longitude Oeste, numa posio estratgica dentro do mercadoturstico do Mercosul. Sua populao atual est em torno de 385.000 habitantes.

    Os limites geogrcos do Municpio esto congurados em duas pores de terras, umainsular e outra continental. A parte insular refere-se Ilha de Santa Catarina, (426,6Km2), que possui forma alongada no sentido norte-sul (54x18 Km), sendo banhada peloOceano Atlntico em todos os lados. A poro continental (11,9 Km2), conhecida como

    continente, possui forma aproximadamente retangular, e tambm banhada pelo OceanoAtlntico, exceto a oeste onde limita-se com o Municpio de So Jos.

    Unindo as duas pores do Municpio temos trs pontes, situadas no trecho mdio daIlha: Governador Herclio Luz, Governador Colombo Salles e Governador Pedro Ivo. Ocanal sob as pontes estreito, com apenas 500 metros de largura e uma profundidademxima de 28 metros, formando duas baas interiores ao sul e ao norte.

    PROGRAMA ADEQUAO MOBILIDADE URBANA E PADRONIZAO DOSPASSEIOS PBLICOS NA CIDADE DE FLORIANPOLIS

    Local de implantao: Acesso ao Balnerio de Canasvieiras; Acesso ao Balnerio dosIngleses e Avenida Herclio Luz

    Incio: 1997

    Histrico:

    Em 1997 o IPUF Instituto de Planejamento Urbano de Florianpolis - realizou, atravsde seu corpo tcnico, em conjunto com tcnicos da UFSC Universidade Federalde Santa Catarina -, estudos acerca da acessibilidade em reas pblicas da cidade.Estes estudos resultaram em um trabalho denominado Acessibilidade no Centro deFlorianpolis, o qual enfocou principalmente a diculdade de transitar a p no Centro dacidade, principalmente pelas pessoas com decincia visual e motora.

    A seguir, em 1998, o IPUF elaborou um projeto fsico piloto denominado Humanizaodas Ruas Esteves Jnior e lvaro de Carvalho, dentro do Programa de Renovao da

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    rea Urbana Central, contando novamente com a assessoria tcnica da UFSC. Nestetrabalho o Instituto colocou em prtica os conceitos e as recomendaes contidas notrabalho terico anterior.

    Iniciativas:Para atender as necessidades de trnsito de pedestres e especicamente das pessoascom decincia visual e motora, foram previstos a regularizao e alargamento dospasseios - onde possvel - a criao de rampas para pedestres nos cruzamentos de viase a criao de um sistema de pisos diferenciados.

    Difculdades Encontradas:

    Por questes relativas scalizao de obras - ocorreram incorrees que comprometemo pleno desempenho da proposta.

    Presena de obstculos fora da faixa vermelha; a no interrupo desta faixa no limite

    das rampas de travessia. A falta de contorno nos obstculos que excedem a largura normal da faixa, como postese rvores e a sobreposio do revestimento de piso ao meio o j existente.

    Resultados Obtidos:

    A importncia do projeto e sua grande aceitao junto populao uma vez queo adotou intensa e voluntariamente, a partir dos primeiros projetos implantados pelaPrefeitura - faz com que se faa necessria uma campanha eciente de informao eesclarecimento, no s para evitar a m aplicao ou interpretao errnea do conceito,mas principalmente para viabilizar a contnua melhoria das condies de acessibilidade

    na cidade de Florianpolis.

    Calada Padro

    Acesso ao Balnerio dos Ingleses antes e durante a implantao do projeto

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    PROGRAMA BRASILEIRO DE ACESSIBILIDADE URBANA36

    Acesso ao Balnerio de Canasvieiras

    Depois da implantao do projeto

    Avenida Herclio Luz

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    FOZ DO IGUAU - PR

    rgo responsvel pelas aes: PREFEITURA MUNICIPAL DE FOZ DO IGUAUContato: REGINA DE FTIMA XAVIER CORDEIROTelefone: (45) 3521.1033E-mail: [email protected] Representativas:UDF Unio dos Decientes FsicosACDD Associao Crista de Doente e Deciente Fsico

    APASF Associao de Paes e Amigos de SurdosAPAE Associao dos Paes e Amigos dos Excepcionais.

    Apresentao do municpio:

    O municpio de Foz do Iguau localizado na regio oeste do Paran, com mais de 300.000habitantes caracterizado por sua diversidade cultural, so 72 etnias, sendo que asmais representativas so oriundas do Lbano, China, Paraguai e Argentina. A base daeconomia da cidade esta no turismo, com destaque para o comercio e servios.

    Integrada a regio Trinacional, Foz do Iguau faz divisa com a Argentina de PuertoIguazu e com a cidade paraguaia de Ciudade Del Este. a 6a cidade mais visitada porturistas estrangeiros e a 1a do interior do pas, contando com uma innidade de opesde passeio e lazer, gastronomia e uma vida noturna bastante agitada.

    Foz do Iguau representa um dos mais belos destinos tursticos do mundo. Possuiriquezas incomparveis como o Parque Nacional do Iguau, tombado como PatrimnioNatural da Humanidade e onde esto localizadas as Cataratas do Iguau. Outro coneimpulsiona o turismo local, a maior hidreltrica do mundo em produo de energia,e dentro do complexo turstico de Itaipu o turista pode visitar o Ecomuseu, o RefgioBiolgico Bela Vista.

    PROJETO CALADAS

    Local de implantao: Permetro Urbano da cidade de Foz do Iguau

    Incio: Junho de 2005.Antecedentes:

    Com intuito de promover a integrao dos atrativos tursticos e fomentar novos potenciais,o municpio implantar Rotas Tursticas (eixos virios) que valorizem os produtos de cadaregio. As Rotas foram estabelecidas de acordo com as caractersticas tursticas da via,sendo estabelecido uma cor e cone padro para cada rota. Sero instalados mobiliriosurbanos modernos padronizados e placas sinalizadoras adequadas que atendam asnecessidades dos turistas e comunidade iguauense.

    O municpio est implantando de forma complementar a este projeto, trabalhos demelhorias das vias publicas atravs da pavimentao, sinalizao horizontal, vertical ecaladas.

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    PROGRAMA BRASILEIRO DE ACESSIBILIDADE URBANA38

    O objetivo desta ao e integrar os vrios atrativos tursticos de Foz do Iguau; melhorara imagem turstica da cidade; potencializar os produtos tursticos do municpio; estimulara divulgao dos produtos para aumento do tempo de permanncia do turista; contribuir

    com a elevao da qualidade de vida no meio urbano atravs de melhorias na infra-estrutura; melhorar as condies das vias pblicas, no corredor e garantir maiorlegibilidade da cidade.

    Difculdades Encontradas:

    As principais diculdades de implantao esto relacionadas com as situaesexistentes de calcadas. Um estudo realizado por mais de 150 acadmicos e prossionaisvoluntrios dos cursos de engenharia civil e arquitetura e Urbanismo da Unio Dinmicade Faculdades Cataratas (UDC), identicou a qualidade das caladas de Foz do Iguau.A pesquisa foi feita em cinco (05) meses e analisou a regio central, ruas e avenidas dasrotas tursticas. O estudo apontou vrios trechos irregulares e com pssimas condiesde pavimentao. Numa avaliao de 0 a 10 pontos, as reas estudadas receberammedia 4.5. Os itens vistoriados pelos alunos seguiram a planilha de especicaeselaborada por arquitetos e engenheiros.

    Superando as Difculdades:

    Conscientizar a populao das necessidades em participar de uma ideologia de mudanasde criatividade para melhorar a acessibilidade de todos.

    Resultados Obtidos:

    Fatores estabelecidos: Faixa de Servio onde se localizam os equipamentos urbanos

    como pontos de nibus, postes, lixeiras e arborizao; Faixa Livre passeio livre deobstculos e que garanta percurso seguro aos pedestres; Faixa de Acesso existente emcalcadas com largura maior que 2,50 m e que garanta acesso aos imveis.

    As calcadas devem oferecer um espao livre para o trafego de pedestres, sendoconstrudas com piso liso e antiderrapante, que no oferea perigo de queda ou tropeo.O percurso deve ser seguro, sem acidentes.

    As caladas e passeios devem garantir a completa mobilidade e acessibilidade dosusurios, incluindo idosos e pessoas com necessidades especiais.

    Proposta de melhoria:

    Dentro do plano de mobilidade urbana a secretaria municipal de planejamento desenvolveaes e projetos de apoio a corredores estruturais de transporte coletivo urbano visando implantao de sinalizao horizontal e vertical; sistema de circulao no motorizadocom implantao de ciclovias; e acessibilidade para pessoas com restrio de mobilidadee com decincia fsica com implantao de rampas; e o projeto caladas, apresentandoum conceito moderno para as confeces, projetadas para aproveitar o mximo debenefcios, priorizando a mobilidade, segurana e acessibilidade para todos os seususurios. Para tanto o municpio de Foz do Iguau elaborou a cartilha do cidado n 02com vistas aos procedimentos para construo de caladas.

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    Pisos tteis para auxlio da mobilidade das pessoas com decincia visual

    Antes Depois

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    PROGRAMA BRASILEIRO DE ACESSIBILIDADE URBANA40

    GUARULHOS - SP

    rgo responsvel pelas aes: Secretaria de Transportes e TrnsitoContato: Geraldo MouraTelefone: (11) 6475-6987E-mail: [email protected] Representativas:Conselho Municipal de Assuntos para a Pessoa com Decincia - CMAPDApresentao do municpio:

    Localizada na parte Nordeste da Regio Metropolitana de So Paulo, Guarulhos sofreu

    um signicativo crescimento vericado, sobretudo, entre os anos de 1940 e 1980 ecolocando-a atualmente como segunda cidade mais populosa do Estado, com cerca deum milho e duzentos mil habitantes, estando somente atrs da capital.

    Sua ocupao territorial deu-se margem de um planejamento sistematizado e foiinuenciado, sobretudo pela lgica de mercado e pela implantao de eixos rodoviriosde porte nacional (Via Dutra e Ferno Dias) que representaram, assim como o Aeroporto-Base Area, importantes barreiras fsicas, contribuindo para uma ocupao desordenadae com a existncia de vrios vazios urbanos em seu territrio, alm de relevante percentualda populao vivendo em uma situao de ilegalidade e precariedade urbana.

    Outra importante caracterstica do municpio a de estar inserida, e conseqentemente

    toda sua dinmica de desenvolvimento, dentro da questo metropolitana, o que representareceber todo um nus de intervenes e aes realizadas nos municpios vizinhos comdestaque na capital, alm de empreendimentos que, nem sempre, coincidem com osinteresses da cidade.

    PROJETO DE REQUALIFICAO DO CENTRO DE GUARULHOS

    Incio: setembro de 2003

    Antecedentes:

    O desao da implantao de um projeto de requalicao urbana em uma rea central

    atravs da construo de um processo participativo com a sociedade civil foi o que seimps a Prefeitura de Guarulhos a partir de 2001.

    Diversidade dos agentes participantes.

    Falta de tradio desse modo de gesto participativa no municpio

    Dinmica de crescimento da cidade, marcado por taxas de crescimento exorbitantes(com picos anuais de at 8%) e por estar inserido na Regio Metropolitana de So Paulo- RMSP como periferia de um grande centro.

    Disputa acirrada do espao pblico

    Competio entre os diferentes modais

    Espao reduzido para a circulao dos pedestres

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    Baldeador de viagens

    Relevante grau de saturao das vias em alguns pontos.

    Falta de racionalizao dos itinerrios bem como dos pontos de parada, o quedemonstrava a inexistncia de um planejamento macro na programao das linhas.

    Iniciativas:

    Reunio de todos os integrantes da comisso composta por membros do governomunicipal e da sociedade civil para que fossem pactuados alguns princpios a seremembasadas as propostas

    Criao de grupos temticos para que fossem desenvolvidos projetos, a saber:mobilidade, infra-estrutura urbana, comunicao visual e incluso social e cidadania.

    Estabeleceu-se que a prioridade ao cidado e a incluso social deveriam ser os eixosnorteadores das propostas.

    No grupo de mobilidade que foi coordenado por equipe do rgo gestor (na pocaSecretaria de Servios Pblicos - SSP) deniu-se que as aes viabilizariam a prioridadeao pedestre e ao usurio do transporte pblico.

    Racionalizao dos itinerrios e pontos de parada, essa alterao signicou o rearranjode paradas, segundo o destino desejado e a re-locao para eixos virios com maiorcapacidade das linhas que no apresentavam embarque ou desembarque relevante narea. Com isso, foram retiradas cerca de 15% das viagens, sem que a oferta fossecomprometida na regio.

    Adoo do conceito de priorizao ao pedestre, onde todas as reas foram adequadaspara o uxo real desse modo, sendo que mais de 6.000m2 de passeios foram construdosno Centro garantindo a segurana e o conforto ao pedestre.

    Alm disso, aes que possibilitem a circulao das pessoas com decincia forampensadas em todo o trecho, como adequado rebaixamento de guias, continuidade dospasseios e pontos de parada em plataformas, sinalizao ttil de alerta para decientesvisuais, facilidade de acesso ao nibus, atravs da implementao de plataformaselevadas, ampliao das reas de circulao atravs da remoo de obstculos,orientao aos usurios das linhas atravs da programao visual nos pontos de nibus

    e utilizao de texturas e cores diferenciadas na paginao do piso que representaramuma evoluo na qualidade urbana da rea.

    Resultados Obtidos:

    As obras iniciadas em setembro de 2003 e com trmino em junho de 2004 da primeirafase, signicaram a recuperao da rea com a inovao de conceitos empregados.

    Ainda que crticas tenham sido feitas quando no momento das obras ou, setorialmente,aps a concluso de alguns trechos, a avaliao do projeto positiva para a populaoguarulhense e signica um primeiro passo para intervenes estruturantes a seremrealizadas.

    Vale a ressalva que se encontra em andamento a segunda fase do projeto de readequaodo Centro, composto pelo projeto paisagstico de trs praas da regio: Praa Getlio

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    PROGRAMA BRASILEIRO DE ACESSIBILIDADE URBANA42

    Vargas, Praa do Rosrio e Praa John Kennedy, com a coordenao da Secretaria doMeio Ambiente de Guarulhos.

    O projeto de Readequao do Centro de Guarulhos foi um dos primeiros projetos deacessibilidade urbana a ser implantado na cidade. A partir desta experincia os mesmospreceitos foram incorporados nos projetos virios, sempre focados na valorizao dospedestres como um todo, considerando em especial as pessoas com decincia, idosose gestantes. Os resultados atingidos foram fundamentais para a incorporao de novoscomportamentos dos pedestres e especialmente para os motoristas de veculos.

    EXEMPLOS DE ADEQUAO DAS CALADAS PARA ACESSIBILIDADE DEPESSOAS COM DEFICINCIA FSICA:

    Travessia rebaixada com piso ttil

    Antes Depois

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    JOINVILLE - SC

    rgo responsvel pelas aes: IPPUJ - Fundao Instituto de Pesquisa e PlanejamentoUrbano de JoinvilleContato: Vladimir Tavares ConstanteTelefone: (47) 3431-3310E-mail: [email protected] Representativas:Associao dos Decientes Fsicos de Joinville - ADEJEAssociao Joinvilense dos Decientes Visuais - AJIDEV

    Apresentao do municpio:

    Localizado na regio Sul do Pas; municpio plo da microrregio nordeste do Estado deSanta Catarina a maior cidade catarinense, caracterizando-se como o terceiro maiorplo industrial do sul do Brasil, em uma regio que produz 13,6% (valor adicionado scal)do PIB global do Estado. Situa-se em ponto estratgico do Mercosul.

    A origem do municpio de Joinville deve-se ao fato histrico da Princesa FranciscaCarolina, lha de Dom Pedro I, ter-se casado em 1841 com o Prncipe de Joinville,Franois Ferdinand Phillipe (lho do Rei Phillipe II da Frana) e a obrigao da entregaao noivo de um dote, que no caso correspondia a uma alta importncia em dinheiro euma rea de 25 lguas quadradas de terra.

    Em 9 de maro de 1851, com a chegada da barca Colon trazendo os primeiros imigrantesalemes, suos e noruegueses, efetivou-se a fundao da denominada inicialmenteColnia Dona Francisca, em homenagem princesa Francisca Carolina e posteriormenteJoinville, em homenagem ao Prncipe de Joinville.

    Ao longo do tempo Joinville altera seus modelos econmicos, passando da atividadeagrcola para a comercial e manufatureira, dando incio a sua vocao industrial e todauma trajetria de desenvolvimento, culminando por abrigar vasto parque industrial, comdiversas empresas lderes em seus segmentos de atuao.

    Atualmente Joinville vem alterando mais uma vez sua matriz econmica, tradicionalmente

    apoiada na industrializao, por uma complementao atravs do apoio ao desenvolvimentode atividades de comrcio e servios.

    PROJETO TRANSPORTE EFICIENTE

    Nmero de pessoas benefciadas: 4.000 pessoas / ms

    Incio: Janeiro de 2000

    Antecedentes:

    A questo da acessibilidade no transporte pblico tem diferentes ramos de anlise,seja quanto faixa espacial de atendimento, seja na diversidade de cidados que soatendidos com diferentes capacidades de locomoo. Para estes cidados o sistema detransporte coletivo de Joinville tentou sem sucesso atender s legislaes municipal efederal com a soluo mais corrente no pas que a utilizao de elevadores instalados

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    PROGRAMA BRASILEIRO DE ACESSIBILIDADE URBANA44

    na frota. Sem sucesso, pois aps uma dcada da instalao destes equipamentos emdez veculos das linhas mais carregadas o sistema transportava em 1999 apenas oitopassageiros/ms.

    A causa para este insucesso estava relacionada principalmente parte da viagemrealizada entre a residncia e o ponto de parada, devido s condies do piso dascaladas, que impossibilitava e ainda hoje se mantm nesta condio a circulaode pessoas com diculdades de locomoo.

    Outras causas tambm podem ser atribudas a este insucesso, tais como a baixacobertura espacial destas linhas quando comparadas estrutura urbana da cidade, eao desconforto gerado pessoa com decincia por ser ele causador de atrasos nasviagens dos outros passageiros, uma vez que o tempo de embarque atravs destesequipamentos pode chegar a cinco minutos.

    Iniciativa:Diante deste quadro foi criado um servio especial com operao porta a porta chamadocomercialmente de Transporte Eciente objetivando atender com exclusividade spessoas com decincia fsica, bem como seus acompanhantes caso haja comprovaoda necessidade.

    Este servio atualmente a melhor equao de atendimento e acessibilidade encontrada,pois ao mesmo tempo em que desonera a operao do servio convencional, amplia aacessibilidade espacial e, por conseguinte o nmero de cidados atendidos.

    Operao:

    Operando inicialmente com 02 (dois) micro-nibus projetados em parceria com aFundao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Joinville - IPPUJ e empresasoperadoras, contando com elevador, corredores mais largos, 4 locais especcos paracadeiras de rodas e mais 7 lugares sentados, operando com tarifa e isenes do sistemanormal. Aps os primeiros meses de sua implantao o servio revelou-se um sucessoe a crescente demanda fez dobrar a frota, sendo que atualmente est sendo preparadoo quarto par de veculos (um por operadora) equipados para atendimento da demandaatual pelo servio.

    Estaes da Cidadania:

    Apesar do sistema integrado de transporte estar operando com o auxlio do servio porta-a-porta do Transporte Eciente para atender aos cidados com necessidades especiais,as estaes de integrao (cidadania) so equipadas com rampas, guias rebaixadas,travessias de pedestres em nvel, sanitrios adaptados e portes de acesso junto scatracas. Estas edicaes foram projetadas seguindo normas tcnicas especcas paraatender a todos os cidados, independentemente destes serem usurios do transportecoletivo, trabalhadores da rea ou transeuntes.

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    Micro especialmente fabricado para o servio

    Folheto divulgao

    Novos micros entregues para operao a partirde maro de 2006, totalizando 10 veculos

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    JUNDIA - SP

    rgo responsvel pelas aes:PREFEITURA DO MUNICPIO DE JUNDIA / SecretariaMunicipal de Transportes / Diretoria do Departamento de Operaes de TrnsitoContato: Eng. Ana Paula Silva de AlmeidaTelefone: (11) 4589-8789 / 4589-8785E-mail: [email protected] Representativas:CMPPD - Conselho Municipal de Pessoas Portadoras de Decincia Fsica.Apresentao do municpio:

    O municpio de Jundia dista cerca de 50 Km da capital do Estado de So Paulo, possuiuma populao estimada de 346.000 habitantes. Possui uma rea de 431,9 km2.Considerada uma regio prspera no Estado, Jundia ocupa o 8o lugar no PIB. Alm deser uma das maiores e mais importantes cidades do Brasil.

    A Serra do Japi, situada a sudeste da cidade, uma grande reserva ambiental, com umadas maiores reas orestais do Estado de So Paulo intactas. tambm conhecidacomo a Terra da Uva devido a sua tradio no cultivo dessa fruta implantada na cidadeprincipalmente pela imigrao italiana.

    PROJETO TRAVESSIA SEGURA

    Incio: Setembro de 2002Trata-se de um programa continuado focado em aes de Educao, Engenhariae Fiscalizao de Trnsito, objetivando garantir aos pedestres condies seguras detravessia.

    A Engenharia estuda os pontos denidos com base em estatsticas de acidentes detrnsito e discusso com a comunidade. De acordo com a caracterstica de cada ponto,so realizadas melhorias tais como: sinalizao, iluminao, remodelao geomtrica,canteiros, rebaixamento de guia para deciente fsico, sinal sonoro para deciente visuale at implantao de gradis, quando necessrio.

    Atravs de folder explicativo a equipe da Educao de Trnsito orienta a populaosobre como realizar uma travessia com segurana fazendo uso dos equipamentosimplementados.

    A Fiscalizao completa a estratgia do trabalho monitorando sistematicamente ospontos utilizando inclusive equipamentos eletrnicos de controle de velocidade.

    Importante destacarmos que a priorizao da locao dos rebaixamentos deu-seconjuntamente com o CMPPD (Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Decincia)que estabeleceu como prioridade as clnicas que cuidam de reabilitao e os serviosde utilidade pblica tais como: escolas, hospitais, Unidades Bsicas de Sade, correios,

    bancos, teatros, etc.Para a implantao dos equipamentos com sinal sonoro para pessoas com decinciavisual, elegeu-se juntamente com o Instituto Jundiaiense Luis Braille, os locais de

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    instalao dos mesmos. Tambm foi denida a confeco de placas com orientao embraile sobre o funcionamento dos equipamentos para que, mesmo aqueles portadoresde decincia visual que no tivessem passado pelo treinamento realizado junto

    instituio, possam utilizar-se do equipamento sem maiores problemas.Este projeto atende um nmero incontvel de pedestres que circulam pela nossa cidade,alm das pessoas com necessidades especiais que vo desde os 14% (catorze porcento) da populao com algum tipo de decincia, conforme indica o senso de 2002,at as mulheres grvidas, obesos, idosos, etc; pessoas que possuem diculdade delocomoo.

    Parceiros:

    CMPPD Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Decincia: o nosso parceirono que diz respeito as aes que atendem as pessoas com decincia fsica e visual,

    indicando as prioridades de atendimento e assessorando nas solues tcnicasadotadas.

    Ministrio da Justia - A primeira fase teve o nanciamento do governo federal atravs doMinistrio da Justia para as aes relativas acessibilidade.

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    PROGRAMA BRASILEIRO DE ACESSIBILIDADE URBANA48

    LONDRINA - PR

    rgo responsvel pelas aes: Companhia Municipal de Trnsito e Urbanizao eIPPUL Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de LondrinaContatos:Wilson Santos de Jesus Coordenador de Transportes

    Pollyanna Maria de Oliveira Setor de Transportes EspeciaisCristiane Biazzono Dutra Engenheira Civil

    Simone de Oliveira Fernandes Vecchiatti Arquiteta UrbanistaTelefone: (43) 3379-7900E-mail: [email protected] Representativas:ADEFIL Associao dos Decientes Fsicos de LondrinaADEVILON Associao de Decientes Visuais de Londrina e Regio

    Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Decincia de Londrina

    ILITC Instituto Londrinense de Instruo e Trabalho para CegosCVI LONDRINA Centro de Vida Independente de Londrina

    UADL Uniao dos Amigos Decientes de LondrinaPastoral dos Portadores de Decincia de Londrina

    A.P.S. DOWN Ass. de Pais e Amigos de Portadores de Sndrome de Down

    APADAL Associao de Pais e Amigos dos Decientes Auditivos de LondrinaApae Escola Especial Santa RitaILECE Instituto Londrinense de Educao para Crianas Excepcionais

    ILES Instituto Londrinense de Educao de SurdosAPA Associao de Proteo ao Autista

    Apresentao do municpio:

    Ncleo Urbano planejado em 1929, Londrina nasceu dos projetos pr-estabelecidos pelaCompanhia de Terras Norte do Paran e cresceu com a economia regional cafeeira que

    marcou o incio da colonizao desta regio. Seu nome foi em homenagem cidadede Londres e signica pequena Londres. Municpio de importncia regional tantopara o Paran como para o Sul do Brasil, comporta em seu desenvolvimento urbanoestratgias bem denidas nos Planos Diretores que aconteceram atravs dos tempos.Possui equipamentos Urbanos condizentes com a sua grandeza, como por exemplo, oAeroporto de Londrina e a Universidade Estadual (UEL). Criado atravs da Lei Estadualno 2.519, de 03 de dezembro de 1934, e instalado em 10 de dezembro do mesmo ano, foidesmembrado de Jataizinho. Tem atualmente 76 anos, dos quais manteve um crescimentoconstante, consolidando-se, pouco a pouco, como principal ponto de referncia do Nortedo Paran e exercendo grande inuncia e atrao regional.

    Possui relevo diversicado tendo a regio central mais plana e as demais regies topograaacidentada, destacando-se a Regio Sul onde a topograa mais acentuada.

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    49BOAS PRTICAS EM ACESSIBILIDADE

    SISTEMA DE TRANSPORTE ACESSVEL PARA TODOS

    Local de implantao: Sistema Municipal de Transporte Coletivo.

    Incio: 2004Antecedentes:

    O terminal urbano central de transporte coletivo foi construdo em 1988, possuindorampas emborrachadas que interligam os trs pisos e banheiros destinados pessoacom decincia.

    Em 2003 houve licitao para a explorao do transporte coletivo urbano, onde foramfeitas as seguintes exigncias: a instalao de 640 abrigos de pontos de nibus cobertose com banco; instalao de quatro escadas rolantes e de um elevador no terminal urbanocentral; construo de um terminal de integrao e implantao do sistema de bilhetagem

    eletrnica.

    Resultados Obtidos:

    O termino da obra de instalao das escadas rolantes e do elevador no terminal urbanocentral, tornou-o plenamente acessvel para a pessoa com decincia fsica, paracrianas, gestantes, idosos e pessoas com mobilidade reduzida.