biologia - pré-vestibular dom bosco - poluição

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POLUIÇÃO Definições É a contaminação do ar, água ou solo. ou são substâncias biologicamente ativas com as quais os organismos não conviveram evolutivamente. São fatores do meio ambiente que possam comprometer a saúde ou mesmo a sobrevivência do homem. Aparece como resultado do manufaturamento de matéria para obter ferramentas, energia, alimentos, artefatos de lazer e arte. É um problema sério e complexo, já que 20% da população do mundo utilizam 80% dos seus recursos naturais e produzem 75% de toda poluição. HISTÓRICO Na Grécia antiga era necessário autorização especial para curtumes (cheiro) e chaminés especiais (altas) para fundição da prata (SO 2 ). Na Roma antiga os matadouros, curtumes, fabricantes de azeite e lavanderias, devido ao cheiro desagradável, só poderiam se instalar depois do Rio Tigre, que era local desabitado. Além disso, fornos de fabricantes de vidro eram permitidos somente em áreas restritas da cidade por causa dos gases poluentes desprendidos (HF). Em Swickau na Saxônia, o carvão de pedra foi proibido na área urbana em 1348. Em Goslar, em 1407 foi proibido a calcinação (processo para obtenção de cal) de minérios nas vizinhanças da cidade devido a fumaça provocada pelas fundições. No passado, acreditava-se que poderia ocorrer diluição e que esses eventos não prejudicariam a qualidade de vida. Em 1900, a extinção comercial de esturjão (responsável pela produção de caviar) que era bastante comum no séc. XIX no Reno, ocorreu devido a poluição. No hemisfério Norte, chuvas ácidas são problemas freqüentes, mas no Brasil os problemas de qualidade do ar se restringem aos centros urbanos e industriais, além de fontes isoladas e dispersas. Na região de Cubatão foram descaracterizados mais de 60 km 2 de mata atlântica. A poluição na área inclui fluoretos gasosos (HF), hidrocarbonetos (HC), óxidos de nitrogênio (NO x ), dióxido de enxofre (SO 2 ), materiais particulados e ozônio. Em oito anos, no período de 1984 a 1992, gastou 450 milhões de dólares em equipamentos antipoluentes; 320 fontes poluidoras foram apuradas, sendo 90% destas controladas. Na ECO 92 recebeu o “Selo Verde”. Implantou 9 parques públicos e plantou 13.000 árvores. Em 1994 existia um sistema de gerenciamento ambiental que era modelo. Após esta aparente melhora, foram registrados casos de contaminação do ar, solo e conseqüentemente da água. Em Minas Gerais os desmatamentos intensivos e predatórios, os processos industriais geradores de resíduos, as atividades agrícolas, a construção de obras de engenharia de grande porte e as minerações são as causas básicas para a redução das florestas para menos de 12% do original. Uma peça chave é o planejamento de instalações industriais e meios de transporte, deve-se evitar vales e estudar circulação do ar. Uma prática utilizada é a vegetação protetora (cinturão verde que assimila substâncias tóxicas e elimina a propagação de poeira); filtros (a seco, úmidos, câmaras eletrostáticas; de carvão ativado, que absorve pó e adsorve gases). ALGUMAS CONSEQÜÊNCIAS DA POLUIÇÃO Normalmente as crianças e velhos são mais sensíveis. Para idosos a absorção é mais lenta, assim como a excreção. O fígado é responsável pela oxidação ou redução, posteriormente as substâncias ligam-se a glicídios, ácido acético e aminoácidos. Finalmente é eliminado pelos rins; mas se estiver ligado a enzimas o processo de desintoxicação é mais difícil. No Japão ocorreu um caso de intoxicação por cádmio, provocando encolhimento do esqueleto em até 30 cm. Além do cálcio ser removido do osso, o cádmio ataca a medula óssea e diminui a produção de algumas células vermelhas.

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POLUIÇÃODefinições

É a contaminação do ar, água ou solo. ou são substâncias biologicamente ativas com as quais os organismos não conviveram evolutivamente.

São fatores do meio ambiente que possam comprometer a saúde ou mesmo a sobrevivência do homem. Aparece como resultado do manufaturamento de matéria para obter ferramentas, energia, alimentos, artefatos de lazer e arte.

É um problema sério e complexo, já que 20% da população do mundo utilizam 80% dos seus recursos naturais e produzem 75% de toda poluição.

HISTÓRICONa Grécia antiga era necessário

autorização especial para curtumes (cheiro) e chaminés especiais (altas) para fundição da prata (SO2).

Na Roma antiga os matadouros, curtumes, fabricantes de azeite e lavanderias, devido ao cheiro desagradável, só poderiam se instalar depois do Rio Tigre, que era local desabitado. Além disso, fornos de fabricantes de vidro eram permitidos somente em áreas restritas da cidade por causa dos gases poluentes desprendidos (HF).

Em Swickau na Saxônia, o carvão de pedra foi proibido na área urbana em 1348. Em Goslar, em 1407 foi proibido a calcinação (processo para obtenção de cal) de minérios nas vizinhanças da cidade devido a fumaça provocada pelas fundições.

No passado, acreditava-se que poderia ocorrer diluição e que esses eventos não prejudicariam a qualidade de vida.

Em 1900, a extinção comercial de esturjão (responsável pela produção de caviar) que era bastante comum no séc. XIX no Reno, ocorreu devido a poluição.

No hemisfério Norte, chuvas ácidas são problemas freqüentes, mas no Brasil os problemas de qualidade do ar se restringem aos centros urbanos e industriais, além de fontes isoladas e dispersas.

Na região de Cubatão foram descaracterizados mais de 60 km2 de mata atlântica. A poluição na área inclui fluoretos gasosos (HF), hidrocarbonetos (HC), óxidos de nitrogênio (NOx), dióxido de enxofre (SO2), materiais particulados e ozônio. Em oito anos, no período de 1984 a 1992, gastou 450 milhões de dólares em equipamentos antipoluentes; 320 fontes poluidoras foram apuradas, sendo 90% destas controladas. Na

ECO 92 recebeu o “Selo Verde”. Implantou 9 parques públicos e plantou 13.000 árvores. Em 1994 existia um sistema de gerenciamento ambiental que era modelo. Após esta aparente melhora, foram registrados casos de contaminação do ar, solo e conseqüentemente da água.

Em Minas Gerais os desmatamentos intensivos e predatórios, os processos industriais geradores de resíduos, as atividades agrícolas, a construção de obras de engenharia de grande porte e as minerações são as causas básicas para a redução das florestas para menos de 12% do original.

Uma peça chave é o planejamento de instalações industriais e meios de transporte, deve-se evitar vales e estudar circulação do ar. Uma prática utilizada é a vegetação protetora (cinturão verde que assimila substâncias tóxicas e elimina a propagação de poeira); filtros (a seco, úmidos, câmaras eletrostáticas; de carvão ativado, que absorve pó e adsorve gases).

ALGUMAS CONSEQÜÊNCIAS DA POLUIÇÃO

Normalmente as crianças e velhos são mais sensíveis. Para idosos a absorção é mais lenta, assim como a excreção. O fígado é responsável pela oxidação ou redução, posteriormente as substâncias ligam-se a glicídios, ácido acético e aminoácidos. Finalmente é eliminado pelos rins; mas se estiver ligado a enzimas o processo de desintoxicação é mais difícil.

No Japão ocorreu um caso de intoxicação por cádmio, provocando encolhimento do esqueleto em até 30 cm. Além do cálcio ser removido do osso, o cádmio ataca a medula óssea e diminui a produção de algumas células vermelhas.

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A poluição pode acarretar desfiguração da paisagem, erosão de monumentos e construções e contaminação de alimentos.

A poluição ambiental pode ser natural, provocada pelas nuvens de pó em regiões desérticas, pólen das fanerógamas polinizadas pelo vento, esporos de fungos e musgos e pelo desprendimento de substâncias essenciais, como óleos pelas plantas.

As Coníferas armazenam óleos etéreos, como terpenos e terpenóides, no tronco e nas folhas. Em regiões secas e quentes formam-se nuvens de terpenos. Em clima frio não se volatizam, e em clima úmido se degradam.

Alguns fungos produzem micotoxinas como o Aspergillus flavus. Algas também produzem toxinas como saponinas (proteínas). Gonyaulax subsala produz C10H17O4N7.2HCL que causa paralisia e morte no homem. Microcystis flosaqual causa gastroenterite no homem. Nodularia spumigena causa paralisia e morte em animais. Estas toxinas podem se acumular em animais e gado.

POEIRAPor poeira entende-se partículas

sólidas de 100 a 1000ºA. A poeira cósmica atinge a Terra na proporção de 1000 t/ano.

Normalmente, a poeira se sedimenta e atua mais perto da emissão. Por ex., na vizinhança de uma indústria de calcário são depositados 3,17 g/m2/dia de pó de calcário (óxido de cálcio CaO e hidróxido de cálcio Ca(OH)2); a 1 km de distância, são preciptados 1,74 g/m2/dia; a 2 km de distância esse material reduz a 0,27 g/m2/dia. Em uma área com raio de 1 km, ou 3 km2

aproximadamente, ocorre deposição de 2,455g/m2/dia, ou 3 mil toneladas/ano, aproximadamente. Hoje em dia, visando a redução de desperdícios, esse material tem sido aproveitado em parte, mas nas vizinhanças de mineradoras o quadro mudou pouco.

No Parque Nacional de Yellowstone a poeira aumenta a cada cinco anos em um fator de 10 vezes.

POEIRA CONTENDO METAIS E DERIVADOS

Chumbo é um tóxico metálico que mais tradicionalmente afeta o homem, sendo registrado em esqueletos de nobres do antigo império Romano.

Até poucos anos ( + ou – 1990 ), a gasolina no Brasil continha tetraetilchumbo como antidetonante na proporção de 0,15g/l, o que equivale a um desprendimento de 0,6 a 1 g / 100 km / veículo ( se com um litro um carro pode percorrer 10 km ).

O chumbo é detectado a 100 m do ponto de emissão, contaminando alimentos e entrando no organismo pelo pulmão, acumula-se nos ossos, musculatura, nervos e rins (o chumbo elementar); o tetraetilchumbo, devido ao caráter lipofílico acumula-se no cérebro e no sistema nervoso em elevadas proporções, condicionando agitação, epilepsia e paralisia tardia. Em crianças, condiciona redução da capacidade intelectual; diminui o QI em 4 pontos ou mais na idade de 7 anos o que compromete a produtividade do indivíduo quando adulto. Em adultos, aumenta em 20% ataques de coração seguidos de morte.

O chumbo inibe a fixação do ferro nos eritrócitos e reduz capacidade de transporte de oxigênio pelos glóbulos vermelhos.

FUMAÇA DO CIGARROO cigarro é uma mini destilaria onde

o centro atinge até 300ºC liberando partículas coloidais sólidas, gotículas de líquidos e vapores, nicotina, monóxido de carbono, 3,4 benzopireno, alcatrão e fuligem. O prejuízo que o cigarro causa (hospitalização, tratamento, invalidez e morte) é bem superior ao total de impostos e taxas recolhidos pela indústria do fumo.

O CO2 diminui ou bloqueia a respiração mas não é tóxico, mas nas células provoca acidose do citoplasma e distúrbios metabólicos.

O CO é muito tóxico e condiciona cansaço, dores de cabeça, dores abdominais; ocupa espaço do oxigênio na hemoglobina, já que tem poder de ligação 300 vezes superior.

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MONITORAMENTO DA POLUIÇÃOMonitoramento é a avaliação

periódica. Os métodos podem ser baseados em parämetros físico-químicos, biológicos, bioindicadores e toxicidade.

Os métodos físico-químicos têm a grande vantagem de apresentar reprodutibilidade, podendo registrar emissões rápidas e concentradas.

Os métodos biológicos refletem um passado recente; é possível registrar intoxicações crônicas e verificar atividade fisiológica de substâncias.

Também existem os testes de toxicidade e a combinação de diferentes métodos, o que é mais recomendado.

POLUIÇÃO DA ÁGUAVale lembrar que 80 a 90% das

internações em hospitais poderiam ser evitadas se toda a população tivesse acesso ao saneamento básico, e que cada R$ 1,00 investido em saneamento economizaria entre R$ 4,00 e R$ 5,00 em saúde (Agência Nacional das Águas, 2002). Este dinheiro poderia ser então investido em outras áreas como moradia e educação.

Esgotos possuem restos de alimentos, detritos orgânicos e inorgânicos, bactérias patogênicas, sabões e detergentes; tudo indo parar direto nas águas. A indústria contamina rios porque isto não é quantificado economicamente nos custos da empresa, já que ela não é afetada diretamente. No entanto, afeta populações humanas que utilizam ou poderiam utilizar a água para usos múltiplos: recreação, pesca, indústria, projetos agrícolas, geração de energia, pecuários, etc.

Na eutrofização, as bactérias anaeróbicas liberam metano; amônia que provoca lesões nas células nervosas e sangüíneas, podendo ser fatal para animais e homens; dissulfeto de carbono CS2; gás sulfídrico H2S que bloqueia respiração e favorece degradação de proteínas; e compostos que são tóxicos para vários organismos.

São registrados milhões de casos de diarréias, esquistossomose, cólera e tifo, vários seguidos de morte, sendo que a

maioria poderia ser evitada com o tratamento da água e com o saneamento.

No séc. XIX, na Europa, devido a alguns problemas de saúde, como cólera e tifo, foi proibido o lançamento de esgotos sem tratamento nos rios.

O método conhecido como “lama ativada” reduz mais de 40% o teor de nitrogênio devido a bactérias desnitrificantes que convertem nitrato (NO3) em nitrogênio atmosférico.

OCEANOSVárias substäncias como o dimetil-

mercúrio e organoclorados ocasionam a baixa da produtividade do fitoplâncton que leva à baixa da produtividade pesqueira e alterações da cadeia trófica oceânica.

Já foram relatados vários casos de bioacumulação e biomagnificação de substäncias tóxicas ou elementos, inicialmente em baixas concentrações. Um exemplo de grande repercussão ocorreu na Baía de Minamata no Japão.

Elementos como cálcio, magnésio, sódio e potássio são essenciais. Zinco, manganês, cobre, boro, molibdênio, cobalto e selênio são requeridos em doses muito baixas (são os elementos-traço) e quando apresentam elevadas concentrações são tóxicos. Outros elementos não são essenciais como o mercúrio, cádmio, prata e chumbo, pois não apresentam função biológica conhecida. Quando estão presentes nos organismos pode ser considerado como contaminação ou intoxicação. Os elementos podem se ligar ao enxofre, nitrogênio e oxigênio promovendo a inibição de enzimas, perturbando o transporte celular de íons essenciais, podendo provocar alterações de funções vitais como respiração, fotossíntese e crescimento.

Alguns elementos (metais, não metais e semi-metais), vulgarmente denominados como metais pesados matam microorganismos e assim pode ocorrer elevada concentração de matéria orgânica associada a elevadas concentrações de O2. Problemas com metais pesados são sérios, pois é de difícil a descontaminação. A intoxicação é lenta e são identificadas claramente somente após vários anos.

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A descontaminação é um processo lento. Os metais pesados podem ser precipitados na forma de hidróxidos ou podem ser adsorvidos por materiais filtrantes adequados, como carvão ativado, turva ou resinas sintéticas em colunas de troca iônica. Nestas colunas os íons metálicos são aprisionados e H+ é liberado. Essas resinas podem ser regeneradas pela passagem de ácido forte.

O mercúrio se liga ao radical -SH das proteínas e sua toxicidade se relaciona com a inativação das proteínas nas membranas celulares, incluindo os rins e cérebro.

Em Minamata, no Japão em 1953, os sintomas foram perda de sensibilidade nas extremidades, perturbações locomotoras, convulsões, teratogênese (má formação dos bebês, pois a placenta é permeável aos metais e o transporte de Na + e K+ são alterados), lesões renais, distúrbios da fala e memória, paralisação dos órgãos dos sentidos e perturbação do sono. Quarenta e seis dos 121 (cento e vinte e um) contaminados morreram.

O dimetil mercúrio (CH3–Hg–CH3) ou Hg(CH3)2 é formado em sedimentos anaeróbios, assim torna-se lipofílico e é absorvido pelo plâncton. Uma fábrica de acetileno, liberou grandes quantidades de dimetil mercúrio. Esse composto, que possui meia vida de 70 a 80 dias, foi acumulado nos peixes e estes foram consumidos. Em concentrações de 0,2 µg/ml de sangue torna-se extremamente tóxico.

PETRÓLEODentro dos hidrocarbonetos é o que

merece lugar de destaque. Além do óleo, contém substâncias tóxicas como fenóis, aldeídos e piridina. Quatro milhões de toneladas de petróleo por ano são lançados no meio ambiente, sendo que 1 litro pode contaminar um milhão de litros de águas subterrâneas. Os fenóis, presentes no petróleo, em concentração de 1 µg/l causam desnaturação das proteínas e são mutagênicos. Peixes, por exemplo, em águas com 20 µg/l são impróprios para o consumo.

O plástico dos copinhos descartáveis em contato com o líquido quente libera uma substância semelhante ao hormônio

estrogênio: o xenoestrogênio. Ao entrar no organismo, este ocupa os receptores desse hormônio aumentando o risco das mulheres desenvolverem câncer de útero e mama e nos homens, o de próstata. Assim como o copinho plástico, deve-se evitar aquecer ao microondas vasilhas feitas por derivados de petróleo, pois essas também, quando aquecidas liberam xenoestrogênio causando os mesmos prejuízos a saúde.

POLUIÇÃO TÉRMICAPara resfriar uma instalação de 300

MW são necessários de 10 a 13 m3 de água/segundo. A temperatura da água aumenta 10ºC mas a alteração da temperatura da água do rio não deve ser superior a 2,5ºC.

1000 MW precisam de 200 m3/s; o que equivale a 0,5ºC em um rio com vazão média de 1000 m3/s. Mas, e se temos várias usinas térmicas sucessivas? Com a elevação da temperatura ocorre a redução da solubilidade do oxigênio, ao mesmo tempo que a demanda aumenta devido ao aumento do metabolismo. As altas taxas de evaporação, promovem a elevação da reatividade dos poluentes. Devemos ter em mente que as termoelétricas poluem o ar principalmente, e não é somente a elevação da temperatura o fator chave em questão.

Existem vários problemas associados como a mortandade de peixes e estratificação térmica da coluna d’água em lagos.

POLUIÇÃO SONORAAs cidades mais barulhentas do

mundo são Rio de Janeiro e São Paulo. Belo Horizonte, em projeção, está em quinto lugar.

Como reduzir poluição sonora? Veículos automotores - O Conselho

Nacional do Meio Ambiente deveria adotar normas internacionais na produção automobilística para reduzir cerca de 12dB nos veículos novos.

Centrais de carga na periferia das cidades. No centro somente caminhões leves que são mais silenciosos.

Má localização de alguns setores industriais e boêmios.

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Paredes paralelas de casas e prédios constituem caixas de ressonância, pois aprisionam o som. Pisos flutuantes e não estrutura rígida para evitar propagação do som.

Empresários ganhariam em investir em área residencial e empresarial, pois seus quadros pouparão desde energia física e mental a acidentes no trabalho e na cidade, desperdícios, etc. e poderão ganhar em produtividade, humor, criatividade, melhor relacionamento, etc., pois o bem estar começa com o sono bem dormido e com conforto ambiental em todo espaço onde vivemos.

Em Belo Horizonte, a Câmara Municipal e a Prefeitura reconhecem a necessidade de limitar o ruído através da lei nº 4034/1985 regulamentada por decreto municipal. Mas, os resultados não são satisfatórios. Na zona sul, área nobre, garantia de 50dB entre 22 h da noite às 7 h da manhã não significa garantia de um bom sono, pois ABNT recomenda o máximo de 45dB nos dormitórios de qualquer zona residencial. Acontece que ainda não existe auto disciplina pessoal, das indústrias na produção, dos comerciantes, das autoridades, políticos e sindicalistas e suas campanhas, etc... Esta prática, no ano de 1999 foi implantada em Uberaba, mas falta educação formal e informal dos moradores e dos próprios agentes responsáveis pela fiscalização.

Os prejuízos causados ao sono diminuem a capacidade das funções superiores do cérebro, condenando suas vítimas a cidadãos de segunda classe. O homem é essencialmente diurno e em trabalhos noturnos ocorre maior incidência de acidentes, em especial, entre 3 e 5 horas. O sono diurno é de má qualidade devido aos conflitos sociais e excesso de ruído.

Sono ruim pode ser uma das causas da depressão. O sono de todos os indivíduos é sensível ao ruído. Com ruído brando, 35 a 75dB, ocorre queda linear no sono profundo, chegando a 70% de perda; + ou - 5% das insônias são causadas por fatores externos onde o ruído tem papel fundamental.

Em São Paulo, 14% das pessoas atribuem insônia a fatores externos e destes, 9,5% ao ruído. Os efeitos da Poluição Sonora podem ser:Constrição periférica nos vasos

sanguíneos, 30% da perda auditiva para jovens que

usam walkman (2h/dia a 100dB),Surdez súbita e irreversível, p. ex. show

de rock de 100 dB por efeito de vaso espasmos no ouvido interno;

Aumento do colesterol e do cortisol plasmático,

Diminuição dos linfócitos, do tecido linfático, e alta de trombócitos,

Estresse - degradação do corpo e do cérebro, e

Efeitos psicológicos, distúrbios neuro-vegetativos, náuseas, cefaléias, irritabilidade emocional, redução da libido, ansiedade, nervosismo, perda de apetite, sonolência, insônia, aumento da prevalência de úlcera, hipertensão, distúrbios visuais, consumo de tranqüilizantes, perturbações labirínticas, fadiga, redução da produtividade, aumento do número de acidentes, de consultas médicas e do absenteísmo, enfarte e hipertensão, agravamento de doenças cardiovasculares e infecciosas.

A poluição sonora é a perturbação que envolve maior número de incomodados, ocupa a terceira prioridade entre as doenças ocupacionais, só ficando após as provocadas por agrotóxicos e as osteo-articulares no estado de São Paulo.

Na década de 90, no século passado, o nível médio de ruído, em Belo Horizonte (MG), alcançava 69,5dB (A) de 8:00 as 18:00h de segunda a sexta-feira. Na zona industrial são registrados 3dB (A) a menos, demonstrando a eneficácia do poder público em administrar o uso e ocupação da área urbana.

Os níveis de poluição das zonas residenciais são semelhantes ao da zona industrial, mostrando a indefinição no planejamento atual das nossas cidades.

Na ZR5 (a zona residencial 5 corresponde aos bairros Savassi, Funcionários, Lourdes e Santo Agostinho) a

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média é de 71,7dB (A), mais de 2dB acima da média.

De 1940-50 para 1990, em Belo Horizonte, ocorreu um aumento de 70dB para 107dB nos valores máximos, o que equivale a um aumento de mais de 4.000 vezes de pressão sonora (já que o som é medido em escala logarítmica).

O nível de ruído absoluto pode ser prejudicial, mas a variação sobre o ruído de fundo às vezes é bem mais incômodo.

HISTÓRIA DO DDTNo ano de 1872 o químico Ottmar

Zeidler sintetizou, na Universidade de Estrasburgo, a substância diclorodifenil-tricloroetano.

Em 1939, ou seja, 67 anos mais tarde, o químico Paul Müller verificou que esta substância tem forte ação inseticida. Nos anos que se seguiram, o DDT, como a substância passou a ser designada, começou a ser empregado em escala mundial no combate a insetos, para prevenir as muitas doenças perigosas transmitidas pelos mesmos. Só o emprego do DDT contra o mosquito Anopheles (malária) salvou, desde o final dos anos 40, a vida de milhões de pessoas; conforme apresentado na tabela a seguir.

Número de casos fatais registrados devido a malária

Formosa 19451969

> 1.000.0009

Venezuela 19431958

817.115800

Turquia 19501969

1.188.9692.173

Sri Lanka (Ceilão)

19461963

2.800.00017

O DDT é pouco solúvel em água e apresenta uma estabilidade de 7 anos; não rompe a membrana sináptica de animais de sangue quente, mas o faz em peixes. Em vertebrados, uma enzima remove o átomo de cloro e o DDE, assim formado, não inibe a colinesterase, enzima inibida pelo DDT, responsável pela degradação da acetilcolina.Alguns sintomas causados pela intoxicação por DDT: alterações hormonais sexuais,

esterilidade, câncer, e super ativação do fígado.

Os materiais que não podem ser queimados, nem eliminados acumulam-se no corpo, como o mercúrio, chumbo e DDT.

POLUIÇÃO DO SOLOO solo é tido por muitos como

recurso não renovável. A degradação do solo leva a queda da produtividade com perda da camada superficial; ou deterioração interna.

Em condições naturais o solo é formado a uma taxa de 2,5 cm em 300 a 1000 anos. Em condições de plantio pode ser formado na taxa de 2,5 cm em 100 anos; mas também pode ser reduzido drasticamente devido uso inadequado.

O solo erodido pode ficar a poucos metros ou ir para o oceano, ou em qualquer ponto entre os extremos. Depende de variáveis, tais como tamanho da partícula, densidade, forma das partículas, da força da enxurrada, bem como de outros fatores.

São várias as práticas corretas de manejo, dentre elas algumas podem ser citadas:Aplicar adubo orgânico em menor quantidade, várias vezes.Não aplicar em época de pouco crescimento ou em plantas sem raiz desenvolvida.A quantidade deve ser adequada ao solo e as chuvas.Curvas de nível em localidades muito íngremes devem ser evitadas.Melhorar condições do solo e evitar erosão, lixiviação, salinização e compactação.Dentre os problemas mais comuns podemos citar: Redução da vida média útil de

barragens, provocando assoreamento de mananciais,

Reduz vazão de córregos e rios, Afeta negativamente o desenvolvimento

da fauna aquática, Gera ou potencializa problemas para

captação de água, e Eleva custo de manutenção de rodovias.

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Degradação por deterioração interna ocorre em função da redução da porcentagem de matéria orgânica do solo. A decomposição acelerada, devido ao revolvimento do solo que expõe a matéria orgânica a oxidação, não é compensada pela incorporação da mesma.

A redução da matéria orgânica acarreta mudanças em propriedades físicas do solo como estrutura, densidade, taxa de infiltração, teor de água disponível e estabilidade dos agregados. Ocorre devido a mecanização sem critério, ao uso impróprio e ao desmatamento indiscriminado. Outros problemas associados são a acidificação do solo e exposição do subsolo.

A erosão ocorre em função do tipo do solo, do relevo e do grau de conservação da cobertura vegetal. A água e o vento são os principais agentes da erosão, mas devido as elevadas temperaturas e precipitação, a erosão hídrica apresenta maior importância.

A tabela a seguir apresenta, segundo Ferreira et al. (2002), a perda de solo em diferentes condições.

AMBIENTE t/ha de solo perdido em uma única chuvaSolo descoberto 1,4 a 3,8Milho convencional 0,3 a 1,1Soja convencional 0,5 a 0,6

Para uma região de solo descoberto, dependendo da declividade e chuva, a perda de solo pode ser superior a 200 t/ha/ano.

O desmatamento e as queimadas expõe o solo ao pisoteio de animais, e a aração, acompanhando linhas em declive, são as causas iniciais de um processo de erosão. Quando o escoamento superficial se concentra, observamos a erosão em sulco que se inicializa por qualquer obstáculo, como trilha de gado, arado, árvores isoladas ou mesmo pedras. A erosão em sulco leva a uma ravina, e quando a erosão atinge o lençol freático temos uma voçoroca. As ravinas são canais pouco profundos, resultados de escoamento superficial em sulco concentrado.

Na voçoroca, primeiro observamos um recuo da cabeceira em forma de V, posteriormente observa-se uma forma de U que tende a se estabilizar com intenso assoreamento do fundo. A voçoroca somente é paralisada com recolonização da área com vegetação.

PESTICIDAS QUÍMICOSTêm sido desenvolvidas espécies

vegetais e cruzamentos de animais resistentes às pestes. Rotação de culturas é apenas uma das dezenas de práticas que podem ser utilizadas para evitar a propagação de pragas cujos transmissores dependem de uma única espécie vegetal.

O emprego da mistura de vinho Bordeaux e cobre se vulgarizou logo após as descobertas de Pasteur. Misturas de cal e enxofre, assim como aspersões de arsênico foram empregadas por meio século na prevenção de doenças e para evitar estragos de insetos nas macieiras.

Dezenas de produtos químicos com centenas de fórmulas têm sido lançados no mercado, como é natural, tão ampla variação de composições químicas provoca grande diversidade nas suas propriedades. No entanto, em geral os herbicidas são biodegradáveis e possuem na sua maioria, grau de toxicidade bastante baixo em relação aos mamíferos.

A grande variação das fórmulas químicas estruturais encontradas nos pesticidas justifica a ampla multiplicidade de comportamento de tais produtos químicos no solo. Os produtos químicos poderão:1) vaporizar-se e perder-se na atmosfera, sem nenhuma modificação química, 2) ser absorvidos pelos solos, 3) adentrar o solo, sob forma líquida ou de solução e perder-se por lixiviação, 4) ser submetidos a reações químicas na superfície ou no interior do solo, ou 5) ser desagregados pelos microorganismos.1) Volatilidade: certos pesticidas

apropriados à fumigação do solo, como brometo de metila, são selecionados por causa de suas pressões de vapor muito elevadas e que possibilitam a penetração nos poros do solo. Essas mesmas características estimulam rápida fuga para a atmosfera após tratamento, a menos que o solo esteja coberto. Recentemente estes produtos não têm sido mais utilizados.

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Adsorção: depende das características dos solos bem como dos pesticidas. A presença de certos grupos funcionais estimula a adsorção, sobretudo nos solos humosos. Quanto maior for o tamanho das moléculas dos pesticidas, maior será sua adsorção, desde que outros fatores permaneçam iguais. A complexidade da fração humosa aliada à sua natureza não polarizada, estimula a adsorção dos pesticidas.2) Lixiviação: a tendência dos pesticidas à

lixiviação dos solos mantêm relacionamento íntimo e inverso com seu potencial de adsorção. Não é provável que moléculas com forte adsorção se movimentem no sentido descendente.

3) Reações químicas: após contato com o solo, muitos pesticidas são submetidos a modificações químicas. Por exemplo, o DDT fica sujeito a fotodecomposição desencadeada pela radiação solar. Os pesticidas adsorvidos podem sofrer hidrólise e subseqüente degradação, que ocorre independente dos organismos do solo.

4) Metabolismo microbiano: a degradação bioquímica exercida pelos organismos do solo é talvez o método mais importante de remoção dos pesticidas do solo. A presença de certos grupos polarizados nas moléculas dos pesticidas proporciona pontos de ataque aos organismos.

A persistência nos solos é resultado do somatório de todas as reações, movimentos e degradações que exercem influência sobre os pesticidas. A regra geral é a marcante diferença das persistências. Os organofosforados têm duração de apenas alguns dias no solo, o herbicida 2,4-D, que é mais comum, permanece nos solos por apenas duas a quatro semanas, o DDT e outros hidrocarbonetos clorados poderão persistir por 3 a 15 anos ou mais. O DDT também pode volatilizar, e quando degradado o cloro livre atua na degradação da camada de ozônio. Os pesticidas degradam-se, na sua maioria, com rapidez suficiente para evitar seus acúmulos.

INFLUÊNCIAS DOS PESTICIDAS NOS ORGANISMOS DO SOLOFumígenos são compostos usados

para liberar o solo de determinadas pestes, como os nematóides. Esses compostos têm efeitos mais drásticos sobre a fauna e a flora, do que quaisquer outros pesticidas. Por exemplo, 99% da população de microartrópodos, são em geral, destruídos por alguns fumígenos; sendo necessários dois anos para a recuperação da comunidade.

É tão grande a diversidade nas comunidades presentes no solo que, com exceção de alguns fumígenos, os pesticidas não destroem todas as populações e matam sempre uma parcela de cada população.

Em geral, os ácaros são sensíveis à maioria dos organofosforados e hidrocarbonetos clorados com exceção de aldrina. Os colêmbolos possuem sensibilidade variável aos organofosforados e hidrocarbonetos clorados.

Por sorte muitos pesticidas apenas exercem influências depressivas sobre a quantidade de minhocas. Excetuam-se os carbamatos, na sua maioria e alguns nematocidas, que são muito tóxicos a esses animais.

Algumas maneiras de descontaminar o solo são:- neutralização dos efeitos tóxicos (imobilização), uso de plantas para retirar metais pesados (essa abordagem não é simples e requer elevado custo de manutenção), - tratamentos físicos (volatização, absorção), - tratamentos químicos (oxidação, precipitação), - tratamento biológico (degradação), lixiviação e tratamento do efluente, - remoção do solo para tratamento ou disposição em aterro sanitário,- - remoção do solo com queima do poluente orgânico.

Após descontaminação é necessário realizar a recuperação do solo com controle de erosão e correção de fertilidade e recuperação da cobertura vegetal.

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Poluição atmosférica mataEla não é causadora apenas de doenças respiratórias, já consideradas habituais em

regiões poluídas, mas também de ocorrências ainda mais graves, como crises cardíacas e abortos espontâneos.

Efeitos imediatos e corriqueiros, como coceira nos olhos e lacrimejamento, já são reconhecidos pela população como indicadores de dias poluídos. Já as alterações comportamentais dificilmente são associadas à poluição pela população. Náuseas, dores de cabeça e irritação são provocadas mesmo com níveis baixos de poluição. O efeito crônico da poluição é, sem dúvida, a redução da expectativa de vida.

Nos anos 80, um experimento foi realizado para relacionar poluição a doenças respiratórias: dois grupos de ratos foram criados em locais diferentes – na torre de uma igreja no centro da cidade de São Paulo e em Atibaia, no interior do estado. Os ratos da torre da igreja, expostos à poluição da cidade por seis meses, tiveram seu sistema de defesa pulmonar comprometido pela perda de efeiciência no funcionamento dos cílios que revestem as vias respiratórias. Em razão disso, passaram a apresentar dificuldade em expelir o muco nasal e proceder a limpeza do sistema respiratório. Já o grupo-controle de ratos criados em área não poluída, apresentou, após o mesmo período, vias respiratórias íntegras.

O grupo da Faculdade de Medicina de SP vem relacionando a poluição atmosférica com a ocorrência de abortos espontâneos e a morte de fetos.

Foram analisadas amostras do cordão umbilical de recém nascidos e constatou-se que a concentração de monóxido de carbono pode ser até 20% maior em dias poluídos.

POLUIÇÃO URBANAElevadas concentrações de poluentes advindos de atividades industriais e do processo de

descarga da combustão de veículos automotores, partículas sólidas em suspensão, gotículas de óleo expelidas pelos motores, altas concentrações de CO, CO2 e SO2 e compostos de Flúor e Cloro são algumas das causas da baixa qualidade do ar.

Estes poluentes provêm de várias fontes, algumas emitidas diretamente de veículos automotores, outras formadas indiretamente através de reações fotoquímicas no ar.

Principais poluentes atmosféricos:

Principal fonte O que causaNO2 Escape dos veículos motorizados

Fábricas de fertilizantes, de explosivos ou de ácido nítrico

Problemas respiratórios Agravar a asma e reduzir as funções do pulmão, como também tornar as vias respiratórias mais sensíveis a alérgenos

SO2 Centrais termoelétricas Petróleo ou carvãoFábricas de ácido sulfúrico

Problemas respiratórios, irritação nos olhos, problemas cardiovasculares

Partículas em suspensão

Escape dos veículos motorizados Processos industriaisCentrais termoelétricas Reação dos gases poluentes na atmosfera

Problemas respiratórios, irritação dos olhos, doenças cardiovasculares

CO Escape dos veículos motorizados Fumaça de cigarro Alguns processos industriais

Problemas respiratórios, intoxicações, problemas cardiovasculares.Na exposição prolongada: aumento do volume do baço, hemorragias, náuseas, diarréias, pneumonia e perda de memória.Lentidão dos reflexos e sonolência (hemoglobina)

Pb (Chumbo) Escape dos veículos motorizados (gasolina com chumbo) Incineração de resíduos

Efeito tóxico acumulativo Anemia e destruição de tecido cerebral

O3 (Ozônio) Formados na atmosfera devido à reação de óxidos de nitrogênio, hidrocarbonetos e luz solar

Irritação nos olhos Problemas respiratórios, reação inflamatória das vias aéreas, reduzindo suas funções e capacidade.

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Nas plantas, os poluentes prejudicam o processo químico. Danos na membrana celular, interferência no mecanismo de abertura e fechamento de estômatos e corrosão da cutícula das folhas são alguns dos efeitos dos poluentes químicos. Geralmente, os poluentes do ar que causam danos às plantas são gasosos, como os óxidos de nitrogênio, dióxido de enxofre, hidrocarbonetos e substâncias foto-oxidantes.

Quando as plantas estão sujeitas as altas concentrações de poluentes, sofrem danos agudos, com sintomas exteriormente visíveis: despigmentação da clorofila, descoloração das folhas, necrose de áreas de tecido e órgãos. Com baixas concentrações de poluentes, não há, de início, nenhum envenenamento exteriormente visível. Mas mudanças químicas, bioquímicas, estruturais e funcionais podem ocorrer (entupimento dos estômatos, alterações na fisiologia da planta), além da susceptibilidade a pragas e doenças.

Calcula-se que 60% da poluição atmosférica nas regiões das grandes cidades sejam decorrentes dos veículos automotores. Outras fontes problemáticas são indústrias e queimadas, agravadas pelas condições climáticas.

Dos gases emitidos pelos veículos automotores, 99% são inofensivos, mas 1% é tóxico ao homem e ao meio ambiente. Considerando o aumento de veículos nas cidades (em 2.000 o número de veículos foi de 500.000.000 no mundo), este 0,1% é significativo.

POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA - SMOG X INVERSÃO TÉRMICA

O smog cai sobre as cidades com maiores problemas de poluição na forma de uma bruma opaca, geralmente meio escura. Na capital inglesa acumulou-se uma triste marca, pois misturas letais do smog mataram 600 pessoas em 1948, cerca de três mil em 1952, mais mil em 1956 e 750 em 1962.

Ocorre a formação de formaldeído e de grande número de substâncias. Em Londres em dias frios (-3 a +5ºc) massas de ar úmido do mar formam grandes nevoeiros por condensação em partículas de poeira e fumaça suspensas no ar urbano. O SO2

emitido pela calefação forma H2SO4 , originando nevoeiros como aerosol de ácido sulfúrico. O SO2 no ar correspondia a 1,34 ppm, que é baixo, mas ocorreu efeito sinérgico com poeira do ar. Se o SO2

estivesse sozinho iria se depositar em 95 a 98% nas mucosas alcalinas, mas adsorvidos em partículas de pó o gás penetra até os alvéolos dos pulmões. As paredes dos capilares sofrem corrosão, formando edemas pulmonares.

O smog é uma mistura química de gases. Os óxidos de nitrogênio (NOx),

compostos voláteis orgânicos, dióxido de sulfureto, aerossóis ácidos e gases, bem como partículas de matéria, formam parte desta bruma. Os gases provêm das indústrias, dos automóveis e inclusive das casas, devido aos processos de combustão. A reação destes compostos com a luz solar produz o chamado smog fotoquímico, cuja característica principal é a presença do ozônio no nível da terra.

Quanto mais smog você inalar, mais probabilidades existem de sofrer efeitos adversos para sua saúde. As pessoas sensíveis podem apresentar sintomas depois de permanecer apenas uma ou duas horas ao ar livre, em meio a um ambiente poluído.

O ozônio no nível do solo afeta o sistema respiratório do corpo e produz uma inflamação das vias respiratórias que pode persistir por até 18 horas depois da exposição ao smog. Podem ocorrer episódios de tosse e peito apertado. Também podem agravar-se as afecções do coração e pulmões, e existe evidência de que a exposição intensifica a sensibilidade dos asmáticos aos alérgenos. As partículas produzidas pelo ar suficientemente pequenas para serem aspiradas também têm o potencial de afetar a saúde. As partículas finíssimas podem penetrar profundamente nos pulmões e interferir no funcionamento do sistema respiratório.

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Poluição atmosférica mata três vezes mais que o trânsito

A Organização Mundial de Saúde - OMS divulgou que 3 milhões de pessoas morrem anualmente devido aos efeitos da poluição atmosférica. Isto representa o triplo das mortes anuais em acidentes automobilísticos. Um estudo publicado na The Lancet, em 2000, concluiu que a poluição atmosférica na França, Áustria e Suíça é responsável por mais de 40.000 mortes anuais, nesses três países. Cerca da metade dessas mortes se deve à poluição causada pelas emissões dos veículos.

Nos Estados Unidos, as fatalidades no trânsito totalizam pouco mais de 40.000 por ano, enquanto a poluição atmosférica ceifa anualmente 70.000 vidas. As mortes causadas pela poluição atmosférica nos Estados Unidos equivalem às mortes por câncer de mama e da próstata, conjuntamente.

Contrariamente a alguns poluentes com limiares abaixo dos quais não se notam efeitos adversos à saúde, o ozônio e particulados causam efeitos negativos mesmo em níveis muito baixos. Assim, não existe nível seguro para estes poluentes. Pesquisa publicada na Science (2001) aponta que tanto nos países industrializados como nas nações em desenvolvimento, exposições aos níveis atuais de ozônio e particulados afetam as taxas de mortalidade.

Na província canadense de Ontário, com uma população de 11,9 milhões, a poluição atmosférica custa aos contribuintes, no mínimo, US$ 1 bilhão por ano em hospitalizações, emergências e ausências ao trabalho. De acordo com o Banco Mundial, os custos sociais da exposição à poeira e chumbo aéreos em Jacarta, Bangcoc e Manila se aproximaram a 10% da renda média no início dos anos 90. Na China, que tem uma das piores taxas de poluição atmosférica do mundo, as doenças e mortes das populações urbanas causadas pela poluição atmosférica custam em torno de 5% do PIB.

Em resposta ao congestionamento do trânsito e seus problemas de poluição atmosférica, as cidades do México e de São Paulo restringiram o tráfego de veículos em

determinados dias da semana, com base no último dígito dos números das placas. Em Bogotá se adotaram uma série de medidas para reduzir a poluição atmosférica causada pelos transportes; tornou-se, assim, uma cidade mais habitável. Desde 1995, a cidade reduziu o tráfego durante o horário de pico em 40% e aumentou o imposto sobre a gasolina.

Cerca de 120 km das principais vias são bloqueadas por sete horas aos domingos, permitindo que as ruas sejam utilizadas para caminhadas, ciclismo e “cooper”.

As soluções para a poluição atmosférica urbana não são difíceis de discernir. As pessoas podem reduzir o uso do automóvel utilizando bicicletas, transporte de massa ou simplesmente andando, e podem utilizar carros mais eficientes no consumo de combustível. Comissões de planejamento urbano e governos regionais podem redirecionar as verbas dos transportes para opções de transporte de massa: metrô, ferrovia ou ônibus expressos.

O ordenamento do solo e outros instrumentos reguladores podem ser utilizados para encorajar empreendimentos de maior densidade, condizentes com o transporte de massa. E os países podem deslocar a geração de eletricidade do carvão e gás natural para energia solar e eólica, alavancando subsídios e incentivos fiscais para a energia limpa, ao invés de continuar a subsidiar os combustíveis fósseis.

Ao comprar um carro novo, os consumidores normalmente consideram o preço, equipamentos opcionais, segurança e, às vezes, a economia de combustível. O fato das mortes pela poluição atmosférica superarem, substancialmente, os óbitos no trânsito em todo o mundo demonstra a necessidade de uma ampla redefinição das noções de segurança para incluir a meta de diminuição da poluição atmosférica. Enquanto apenas alguns motoristas contribuem para as mortes no trânsito, todos os motoristas contribuem para as fatalidades da poluição atmosférica.

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A SITUAÇÃO ATUAL DOS RESÍDUOS HOSPITALARES NO BRASIL

Os resíduos de serviço de saúde (RSS) são hoje um grande problema a ser discutido e estudado, devendo-se observar aspectos importantes e centrais nessa discussão.

Os RSS, além do potencial de risco que lhes é inerente, apresentam duas características determinantes para as etapas de coleta, tratamento e disposição final, quais sejam: a diversidade em número, porte e localização dos geradores e a heterogeneidade de composição.

Tais características determinam, por seu turno, a classificação empregada como princípio para padrões de manuseio, a partir da natureza do risco potencial associado a estes resíduos. Assim como a define a NBR 12.808, tem-se para o risco biológico e a presença de perfurantes, os resíduos infectantes; para o risco químico perigoso, radioativo e pela presença de medicamentos, os resíduos especiais; e pela similaridade aos domiciliares, os resíduos comuns.

GerenciamentoO gerenciamento de RSS, proposto

pelas NBR 12.807, 12.808, 12.809 e 12.810, se baseia no princípio da segregação na fonte, enquanto instrumento de minimização de riscos e quantitativos. Para tanto, se reconhecem dois níveis de intervenção: intra e extra unidade. Ao primeiro concernem as ações de acondicionamento, coleta e transporte I (da geração até a sala de resíduos) e II (da sala ao abrigo de resíduos), armazenamento I (a sala de resíduos de cada elemento) e II (o abrigo de resíduos de onde estes serão retirados pela coleta externa). Ao segundo cabem a coleta, o tratamento e a destinação final.

A norma NBR 12.809 estabelece o modus operandi das etapas de gerenciamento intra unidade, e a NBR 12.810 as condições afetas a oferta e ao uso de Equipamentos de Proteção Individual e as características da frota empregada na coleta desses resíduos.

Tratamento de Resíduos

Tratar resíduos significa descaracterizá-los em seu potencial de risco, conforme determina a resolução do CONAMA 05/93. Para tanto, pode se lançar mão de dois grupos de tecnologias: alternativas e convencionais. As tecnologias alternativas mais utilizadas atualmente são a esterilização a vapor (autoclave), microondas, tratamento químico e a incineração como tecnologia convencional. Todos têm vantagens e desvantagens.

Para tecnologias alternativas há de se considerar as restrições de uso, uma vez que destinam-se apenas à fração infectante, não podendo receber medicamentos e rejeitos radioativos. Algumas, como microondas, têm restrição a quantidade e materiais presentes na massa a ser tratada.

A trituração prévia ao tratamento, utilizada por algumas dessas tecnologias, pode representar um risco pelo menos de natureza ocupacional, por meio da contaminação microbiológica através da dispersão de aerosóis.

Outra questão relevante é o caráter conservativo dessas tecnologias, ou seja, não há redução, em quantidade, da massa de resíduos; apenas redução de volume, o que pode comprometer a vida útil do aterro ao qual os resíduos serão encaminhados.

A incineração por sua vez requer instrumentos de controle de emissão de gases e particulados, cujo custo e possibilidade de instalação, por um lado, restringe seu uso e, por outro, requer instalações de capacidade de tratamento mais elevada.Há de se considerar na escolha de uma tecnologia de tratamento:a. capacidade de investimento do

município;b. quantidade de RSS a ser tratada e sua

projeção futura;c. limite de capacidade de tratamento de

resíduos e sua projeção futuraAssociar tecnologias também pode

ser uma saída, considerando-se a análise custo-benefício. Em matéria de resíduos de serviço de saúde, nos deparamos com três

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grupos de risco: biológico, químico e medicamentoso e radioativo.

Rejeitos radioativosSão exemplos de rejeitos radioativos

restos de preparos, seringa, papel-toalha, entre outros, contaminados pelo radionucleotídeo, bem como as secreções expelidas pelo paciente.

O material decaído deve ser acondicionado em saco branco leitoso (NBR 9.190) e seguir o fluxo dos resíduos infectantes.

O gerenciamneto de rejeitos radioativos obedece às disposições da Resolução da CNEN NE 6.05.

InfectantesOs infectantes possuem risco

biológico persistente enquanto existirem formas viáveis de microorganismos na massa de resíduos como, por exemplo os esporulados. Portanto, o tratamento mais eficiente é aquele que assegure a esterilização e não a desinfecção, de forma a permitir que o resíduo seja inerte, ou seja, desprovido de formas vegetativas e esporulados, e, conseqüentemente, adequado para a disposição nos aterros sanitários, não lhes comprometendo biologicamente.

Resíduo QuímicoO risco químico dos resíduos se

traduz pela presença de produtos perigosos como, por exemplo, solventes, e

medicamentos (quimioterápicos, mercuriais, hormonais, analgésicos, antiinflamatórios), requerendo, portanto uma tecnologia capaz de atuar no nível molecular, destruindo seu princípio ativo, tornando o resíduo inerte, passível, portanto de disposição final.

Estratégias de minimização, como controle de estoque, retorno ao fabricante para tratamento, substituição de produtos de maior pelo de menor risco, centrais de preparação, podem ser adotadas para esta fração.

No caso específico de quimioterapia, a literatura recomenda a incineração a altas temperaturas em equipamentos projetados especificamente para esse fim.

Destinação FinalPor destinação final entende-se o

confinamento dos resíduos em aterros sanitários especificamente projetados, observando as características geológicas, hidrogeológicas, tratamento de efluentes e o monitoramento permanente da área. Para os RSS, por determinação da Resolução CONAMA 05/93, não é permitida a co-disposição com resíduos domiciliares e nem a disposição dos resíduos sem tratamento prévio; as áreas destinadas a aterro de RSS devem ser licenciadas e operadas exclusivamente a este fim.

HERBICIDA X DESENVOLVIMENTO DE MÚLTIPLOS ÓRGÃOS SEXUAIS EM SAPOS

Doses muito pequenas de um herbicida muito comum nos Estados Unidos fizeram com que sapos machos, em formação, desenvolvessem múltiplos órgãos sexuais. Os pesquisadores, da Universidade da Califórnia, relatam inclusive casos de hermafroditismo, ou seja, a presença de mais de um órgão, feminino e masculino simultaneamente. A substância ativa usada no estudo foi o atrazine, encontrada não só na água de chuva, em terrenos alagados como na neve derretida.

Segundo Tyrone Hayes, não há ambiente livre de atrazine. Há até uma norma da Agência de Proteção Ambiental norte-americana que estabelece como parâmetro mínimo permitido a presença de três partes de atrazine por bilhão (3 ppb) na água potável. A equipe de Hayes notou que doses menores que 0,1 ppb já afetaram os anfíbios. À medida que iam aumentando a dose, pelo menos 20% dos sapos expostos no início de sua formação produziram múltiplos órgãos.

Os pesquisadores concluíram que a presença de atrazine fizeram com que produzissem uma enzima chamada aromatase, presente também nos vertebrados e responsável pela conversão do hormônio masculino testosterona em estrogênio, hormônio feminino. Os efeitos notados nos sapos ocorreram num nível de exposição 600 vezes menor do que a dose que, normalmente, induz a produção de aromatase nas células humanas.

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Hayes não afirmou se o atrazine seria uma ameaça ao homem, seu trabalho foi publicado na Proceedings of the Nacional Academy of Science.

Outro pesquisador norte-americano disse, comentando o estudo da equipe de Hayes, que é o mais importante trabalho científico na área de toxicologia ambiental das últimas décadas. Esse mesmo cientista não soube dizer se as pessoas precisavam ficar alertas, quanto às conclusões do estudo, mas citou um hábito de mineiros norte-americanos, para dar uma idéia do que o estudo pode representar. Para entrar nas galerias, de onde extraem o minério, é comum os mineiros levarem canários para alertá-los da presença de gases perigosos. Como são pássaros extremamente sensíveis, morrem antes que a concentração dos gases seja letal para o homem.

Os pesquisadores da Universidade da Califórnia descobriram também que os sapos machos expostos ao atrazine, logo após atingirem a maturidade, tiveram uma redução de testosterona aos níveis equivalentes aqueles encontrados nas fêmeas.

Pesticidas podem ter relação com mal de ParkinsonAs suspeitas de que o uso de pesticidas pode aumentar o risco de uma pessoa desenvolver

o mal de Parkinson ganharam força. Ao estudarem 3 mil voluntários de cinco países europeus, pesquisadores da Universidade de Aberdeen, na Grã-Bretanha, descobriram que os grupos que mais tinham contato leve com esse tipo de substância - como jardineiros amadores - tiveram uma incidência de mal de Parkinson 10% maior. Entre agricultores, que têm contato freqüente, o risco cresce 43%. A pesquisa foi relatada na revista britânica "New Scientist".

Poluição pode interferir no sexo de bebês, diz pesquisa da USPEspecialistas da Universidade de São Paulo fizeram um levantamento nos partos da

cidade durante três anos. Fizeram ainda testes com ratos e chegaram a uma conclusão surpreendente: onde há mais poluição, nascem menos homens.

Os camundongos da pesquisa da USP foram divididos em dois grupos. O primeiro ficou exposto à poluição e o segundo, livre de poluentes. A pesquisadora Ana Júilia Lichtenfels, comparou os grupos durante quatro meses e concluiu que os animais expostos à poluição na cidade de São Paulo geraram um menor número de filhotes masculinos no período.

Na área mais poluída da cidade, de cada 100 nascimentos, 43 eram machos e 57 fêmeas. Longe da poluição, o número de nascimentos de machos foi maior: 67 a 33.

O estudo com os ratos começou depois da conclusão de uma pesquisa feita com seres humanos por Paulo Saldiva, engenheiro ambiental da USP. Ele dividiu a capital em áreas de acordo com os níveis de poluição e incluiu no levantamento a cidade de Osasco. Nos locais menos poluídos como Freguesia do Ó, na zona norte, e Cambuci, na região central da cidade, nasceram em três anos 1.180 meninos a mais do que nos locais mais poluídos (Osasco, Parque Dom Pedro e Congonhas). Um resultado bem parecido com o que foi verificado no estudo com os camundongos.

De acordo com o especialista em reprodução humana, Eduardo Mattos, o resultado da pesquisa da USP aponta uma tendência revelada por estudos internacionais. Segundo a Organização Mundial da Sáude (OMS), nasceram 10 homens a menos em cada 100 mil partos por ano na Europa, de 1950 a 1996, por causa da poluição.

O espermatozóide do sexo masculino, que determina os homens, é o mais sensível a qualquer tipo de poluente. O próximo desafio dos pesquisadores no Brasil é identificar as substâncias poluentes que interferem na reprodução humana.

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Poluição aumenta número de nascimentos de meninas em SPUm estudo divulgado na última semana na revista 'Nature' revelou que a poluição

interfere também no sexo do bebê.Entre 2001 e 2003, os especialistas avaliaram 29 áreas com estações de medição de

poluentes da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). As áreas foram divididas em três grupos, de acordo com a concentração de poluentes. Em seguida, os pesquisadores analisaram os registros de nascimentos nessas áreas. Nas regiões mais poluídas, o número de meninas chegou a 49,3% contra 48,3% nas áreas com menor índice de poluentes. A diferença foi de 1%, o equivalente a 1.180 bebês do sexo feminino a mais.

Para confirmar os resultados, os pesquisadores realizaram, então, um segundo estudo com ratos. Os animais foram colocados em gaiolas a céu aberto respirando os mesmos poluentes. As parceiras de ratos expostos à poluição passaram a ter mais fêmeas do que os animais que não passaram pela mesma situação.

O estudo é o primeiro a confirmar a relação entre poluição e aumento do número de nascimento de meninas. Segundo o urologista Jorge Hallak, já se sabia da relação entre a poluição e a infertilidade. Mas, até agora, não existiam provas de que os poluentes presentes no ar atmosférico tivessem relação também com a chamada fertilização preferencial, como foi demonstrado.

QUESTÕES

1) Defina poluição.2) O que é monitoramento?3) Quais suas causas e conseqüências?4) O que são organismos bioindicadores?5) Como a poluição pode ser monitorada? Quais as vantagens e desvantagens dos principais princípios de

monitoramento?6) Qual a relação entre biodiversidade e poluição? Plote essa relação em um gráfico.7) Como a poluição sonora pode afetar a saúde humana e como pode ser reduzida?8) Cite algumas conseqüências do uso inadequado do solo.9) Como se forma uma voçoroca?10) O que determina a permanência no solo de um elemento tóxico ou poluente?11) Qual a diferença entre bioacumulação e biomagnificação?12) Quais os problemas causados para a saúde pelos principais poluentes atmosféricos?13) O que é smog e qual o principal gás que representa perigo para a saúde?14) Defina eutrofização. Quais suas causas e conseqüências?15) O que é uma inversão térmica e quais conseqüências?16) O que significa dizer que corpos ou cursos de água refletem o uso e ocupação do solo na área de drenagem?17) Qual a importância do abastecimento público com água potável?18) Por que as estações de tratamento de esgoto que utilizam tratamento secundário reduzem as concentrações de

nitrogênio, mas não conseguem fazer o mesmo com o fósforo?19) Por que se diz que determinado elemento não é essencial? O que indicam quando estão presentes nos

organismos?20) Alguns autores ponderam que a utilização de uma unidade ecológica como a bacia hidrográfica é mais

adequada para abordar questões ambientais. Qual a justificativa?21) Em matéria de resíduos de serviço de saúde, nos deparamos com três grupos de risco. Quais?22) Qual a relação entre poluição atmosférica e o nascimento de crianças?

Fontes complementares para poluiçãoFolha de São Paulo, Cotidiano, 22/06/02, pág. C10, [1X8]http://www.icb.ufmg.br/lpf/trabalho/Trabalho.htm#0http://www.icb.ufmg.br/lpf/trabalho/medicina_do_trabalho.htmhttp://www.ambientebrasil.com.brhttp://www.meioambienteindustrial.com.brO Estado de São Paulo, Geral, 23/06/02, pág. A18Revista Meio Ambiente Industrial, Ano V, 30. ed., Março/Abril de 2001.Revista Eco 21, Ano XIII, Número 75, Fevereiro/2003.Jornal O Dia, 25/04/2001http://oglobo.globo.com/online/plantao/189005543.asphttp://oglobo.globo.com/online/plantao/168507741.asp

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