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UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO CURSO DE ZOOTECNIA CAMPO GRANDE - MS Novembro de 2008 HOMEOPATIA PARA ACABAMENTO DE GORDURA EM NOVILHOS NELORE TERMINADOS EM PASTAGEM Gabriel José de Queiroz Melhado

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO

CURSO DE ZOOTECNIA

CAMPO GRANDE - MS

Novembro de 2008

HOMEOPATIA PARA ACABAMENTO DE GORDURA EM

NOVILHOS NELORE TERMINADOS EM PASTAGEM

Gabriel José de Queiroz Melhado

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO

Curso de Zootecnia

CAMPO GRANDE – MS

Novembro de 2008

HOMEOPATIA PARA ACABAMENTO DE GORDURA EM

NOVILHOS NELORE TERMINADOS EM PASTAGEM

Acadêmico: Gabriel José de Queiroz Melhado

Orientador: Prof. Dr. Luís Carlos Vinhas Ítavo

Monografia apresentada à Universidade Católica Dom Bosco – UCDB, como parte das exigências para a obtenção do título de bacharel em Zootecnia.

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO

Curso de Zootecnia

CERTIFICADO DE APROVAÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso

Título do Trabalho: Homeopatia para acabamento de gordura em novilhos Nelore

terminados em Pastagem

Autor: Gabriel José de Queiroz Melhado

Orientador: Prof. Dr. Luís Carlos Vinhas Ítavo

Apoio: UCDB

Aprovado e corrigido de acordo com as sugestões da Banca Examinadora.

_________________________________________

Prof. Dr. Luís Carlos Vinhas Ítavo (Orientador)

_________________________________________

Zoot. M.Sc. Alexandre Menezes Dias

__________________________________________

Zoot. Priscila Alves Melhado

Data da Realização: 21/11/2008

Nota atribuída: 9,0

_______________________________

Coordenação

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais Silvio Sanches Melhado e Maria Aparecida de Queiroz Melhado que me

incentivaram a estudar dando apoio, carinho e com calma esperaram este momento, de

alegria e vitória.

Aos meus irmãos; Eduardo e Silvia grandes pessoas.

A minha namorada Thaís muito importante e companheira.

Aos meus colegas de faculdade, pelo o apoio.

A minha prima Priscila A. Melhado pela ajuda e dedicação.

Ao meu orientador, Luís Carlos que não mediu esforços para me ajudar.

A Deus por me dar calma e força nos momentos difíceis, iluminando meu caminho e me

abençoando nas horas de perigo. Obrigado senhor...

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais Silvio e Maria Aparecida que são grande exemplos de vida e me

incentivaram a fazer uma faculdade, dando todo apoio necessário.

A minha prima Priscila que me ajudou a conduzir o experimento, a minha namorada

Thaís que também ajudou e me acompanhou em meu experimento.

Agradeço ao Luís Carlos Vinhas Ítavo, meu orientador que ajudou no experimento, e é

também um grande profissional no que faz, também ao prof. Luiz Magalhães da UCDB

pelo incentivo ao esporte.

Ao Alexandre que com sua experiência na área deu idéias e incentivo para meu

experimento.

A UCDB pela oportunidade em aprender e estudar em uma ótima universidade. Pela

disponibilidade de utilizar laboratórios de nutrição animal no desenvolvimento do meu

experimento.

Ao pessoal da Sigo Homeopatia, Marco Antonio Cucco e sua esposa Mônica que

ajudou no desenvolvimento do experimento.

A equipe da ultra-sonografia em especial a Dra. Liliane Suguisawa e também a Ana,

que alem de terem feito o ultra-som aproveitaram e explicaram sobre a função e as

vantagens do uso desse equipamento.

Aos companheiros do curso, que me ajudaram muito, nas provas e com os trabalhos e

dando uma força quando voltava dos rodeios, entre eles, Flávio, Andrei, Letícia, Thiago

(Iporanga), Thiago (Kabelo), Nivaldo (Pinduca), Marcelo (Kabeça), Denis. Digo

também, que tínhamos uma turma muito boa, nas duas salas que estudei amizades

verdadeiras.

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ÍNDICE

LISTA DE TABELAS............................................................................. vi

RESUMO............................................................................................... vii

1. INTRODUÇÃO................................................................................. 1

2. OBJETIVO........................................................................................ 5

3. REVISÃO DE LITERATURA........................................................ 6

3.1 Terminação de bovinos em pastagens...................................... 6

3.2 Idade de abate............................................................................. 9

3.3 Desempenho produtivo....................................................................... 11

3.4 Ultra-sonografia................................................................................... 13

3.5 Características de carcaça.................................................................. 15

3.6 Aditivos – Homeopatia........................................................................ 18

4. MATERIAL E MÉTODOS............................................................. 19

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................... 21

6. CONCLUSÃO................................................................................... 30

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................... 31

8. ANEXO.............................................................................................. 40

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Médias e erros padrão das médias dos pesos iniciais e finais,

ganho de peso total (GPT) e ganho médio diário (GMD) de bovinos

terminados em pastagens recebendo mineral com ou sem homeopatia em

função dos tratamentos..................................................................................... 21

Tabela 2. Médias e erros padrão das médias das características de carcaça

de bovinos, terminados em pastagens de Brachiaria brizantha, em função

dos tratamentos ................................................................................................ 27

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Homeopatia de acabamento para bovinos terminados em pastagem

RESUMO: Objetivou-se avaliar o efeito do produto homeopático para acabamento,

misturado ao sal mineralizado, sobre o desempenho produtivo e características de

carcaça de novilhos da raça Nelore, terminados em pastagens de Brachiaria brizantha

cv. marandú. Foram utilizados 40 animais da raça Nelore com 30 meses de idade e peso

vivo médio inicial de 419,25 kg, divididos em dois tratamentos, com e sem o produto

homeopático. Cada tratamento era formado por 20 animais alojados em piquetes de 10

hectares cada, sendo dois piquetes com dez animais cada os quais receberam sal

mineralizado contendo produto homeopático e dois grupos com dez animais cada,

alojados em piquetes com dez hectares, receberam apenas sal mineralizado, totalizando

40 ha. Os animais foram pesados a cada 21 dias para determinação do ganho médio

diário (GMD) e trocados de piquete para evitar efeito de piquete. Para avaliação da área

de olho de lombo (AOL), espessura de gordura subcutânea (ECG) e marmoreio foi

utilizado o método de ultra-som no inicio e no final do experimento (94 dias). Não

houve efeito de tratamento homeopático para asvariáveis GMD, AOL e EGS. A média

de GMD foi 0,47 kg/dia, de AOL foi 76,63 cm2, o ganho de AOL no período

experimental foi de 18,2 cm2. A média de EGS final foi de 4,8mm e o ganho de EGS foi

de 2,08 mm. Para o marmoreio, a média final foi 3,37 pontos. Houve efeito de

tratamento para o ganho de marmoreio,sendo as médias iguais a 1,02 e 0,63 pontos para

os tratamentos com e sem homeopatia, respectivamente. O uso de homeopatia para

acabamento, para novilhos Nelore terminados em pastagem, influenciou positivamente

o ganho de marmoreio, porém sem efeito na espessura de gordura subcutânea.

Palavras-chave: Espessura de gordura subcutânea, área de olho de lombo, marmoreio.

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1. INTRODUÇÃO

A pecuária de corte no Brasil, que até poucos anos atrás se desenvolvia

apenas como uma atividade extrativista está passando por uma grande reestruturação

visando competitividade e sustentabilidade do setor produtivo. Em função destas

transformações, a produção do novilho precoce além de, por si só, poder representar

importantes avanços para a pecuária brasileira, pode-se constituir em um impulso de um

benefício maior que é a precocidade produtiva (EUCLIDES, 2001). Esta precocidade

produtiva, que engloba rapidez de acabamento e pouca idade no início da vida

reprodutiva, é uma característica de grande importância para a pecuária.

Na última década, os criadores brasileiros de gado de corte, utilizando-se de

técnicas de manejo e alimentação, têm procurado produzir bovinos jovens para o abate,

alcançando não só maior produtividade e qualidade de carcaça, como também retorno

mais rápido dos investimentos e melhor remuneração (JUNQUEIRA et al., 1998).

Segundo PACHECO (2005), o país precisa estar atento para atender às

exigências do mercado consumidor, principalmente quanto à qualidade do produto final.

Para conquistar novos mercados e manter os já conquistados, a cadeia produtiva da

carne bovina brasileira deve se organizar e modernizar-se, visando à produção com

eficiência, tanto técnica como econômica, e além da qualidade.

O estudo de carcaça dos animais domésticos de produção tem como

finalidade avaliar aquelas variáveis que podem ser subjetivas ou objetivamente,

medidos e que são relacionados com aspectos qualitativos e quantitativos da mesma

(MÜLLER, 1987).

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A determinação da composição corporal é de grande importância para

avaliação de grupos genéticos e de tratamentos nutricionais visando ao crescimento

animal e à determinação de exigências nutricionais. Entretanto, é bastante trabalhosa e

de custo elevado, tornando sua execução por métodos diretos inviável, mesmo em

rotinas experimentais (LANNA, 1988). Segundo LUCHIARI FILHO (2000), muitos

métodos foram desenvolvidos para estimar a composição da carcaça de gado de corte e

a utilização da ultra-sonografia na estimativa de espessura de gordura subcutânea e a

área de olho de lombo (Longissimus dorsi) é uma técnica muito utilizada ultimamente.

SILVA (2001) relatou que o potencial de utilização da ultra-sonografia para

a avaliação de características de carcaça de bovinos vivos tem sido bastante estudado

nos últimos anos. Essa técnica permite uma avaliação não evasiva e com boa precisão

da composição corporal e características de carcaça.

A melhoria da produtividade e da eficiência dos sistemas de produção tem

na alimentação animal seu principal componente e a utilização de alternativas de

alimentação combinadas ao manejo e ao genótipo animal, podem resultar em aumento

de produtividade e da viabilidade econômica do sistema de produção (EUCLIDES

FILHO, 2001).

Para conquistar mercados internacionais, o processo de produção de carne

bovina deve passar por transformações nos sistemas de produção, genética, meio

ambiente, sanidade, tecnologias industriais, comercialização, preço, oferta, classificação

do produto, criação de marcas, divulgação e outros (MICHELS et al., 2000).

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Uma alternativa tecnológica para tornar o sistema de produção mais eficiente

e viável economicamente é o uso de aditivos para melhorar o desempenho dos bovinos.

O princípio básico da Homeopatia é a utilização de medicamentos dinamizados, ou seja,

medicamentos preparados a partir de substâncias animais, vegetais ou minerais. Na

dinâmica desta preparação a matéria oriunda desta substância impregna as moléculas do

álcool ou açúcar utilizadas; determinando nesta suas impressões energéticas, sem alterar

sua forma química. Conseqüentemente haverá medicação dos animais e vegetais com

substancias inócuas em termos químicos. Quando o homem manipula estes produtos,

não existe qualquer possibilidade de contaminação, da mesma forma a natureza, os

animais e vegetais tratados.

Segundo TIEFENTHALER (1996), os produtos homeopáticos não têm

efeitos colaterais, não criam imunossupressão, não sobrecarregam com seus produtos de

reabsorção, nem os órgãos secretores, nem os órgãos de desintoxicação. São

econômicos e benéficos ao meio ambiente, pois os locais de produção de medicamentos

homeopáticos não acometem o meio com nenhum derivado venenoso ou nocivo. Após o

tratamento homeopático, não há nenhum resíduo de medicamento em produtos animais,

o que traz vantagens financeiras e relativas à saúde dos criadores e consumidores.

Comercialmente, se divulga produtos para melhoramento da conversão

alimentar e acabamento seja a pasto ou em confinamento; recomendando, ainda, no

período de seca fornecer a todo o rebanho. Segundo PRADO et al. (2003), nos últimos

anos, o interesse por uma alimentação mais saudável tem levado muitos consumidores a

buscarem alterações em seus hábitos alimentares, buscando produtos de melhor

qualidade, como por exemplo, carne mais magra e com menor teor de colesterol. Em

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função desta demanda dos consumidores, vários trabalhos têm sido realizados com uso

de possíveis hormônios naturais e sintéticos como agentes promotores de crescimento

para produzir eficientemente mais carne.

Na dieta de bovinos, segundo LUCCI (1989), os aditivos podem ser

definidos como ingredientes dietéticos com a finalidade de produzir respostas

favoráveis, podendo ou não conter nutrientes, contribuindo para melhor desempenho

animal (conversão alimentar e produção) e sanidade (diminuição de acidose, abscesso

de fígado, timpanismos, etc), seja por meio de aumentos quantitativos e/ou qualitativos

dos nutrientes disponíveis ou na melhoria da eficiência de utilização destes nutrientes.

Para ARENALES (2002), existe uma falsa crença onde se sugere que a

homeopatia é um medicamento de ação lenta. Como a medicação homeopática é

exclusivamente energética e não possui matéria no medicamento, não existe o risco de

animais medicados transmitirem para os produtos (leite ou carne), os remédios

ingeridos, ao contrário da alopatia (antibióticos ou antiinflamatórios). A facilidade de

administrar o medicamento homeopático é uma vantagem que dever ser considerada,

pois os remédios são preparados de acordo com a aceitabilidade individual, não

havendo necessidade de ingestão de grandes doses. Com isso, é possível evitar o

estresse ocasionado pela administração forçada de medicação oral, pelo uso de seringas

e demais manobras dolorosas, da redução no risco de acidentes ao se lidar com animais

violentos.

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2. OBJETIVO

Objetivou-se avaliar o efeito do produto homeopático para acabamento de

gordura, misturado ao sal mineralizado, sobre o desempenho produtivo e características

de carcaça de novilhos da raça Nelore, terminados em pastagens de Brachiaria

brizantha cv.marandú.

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3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Terminação de bovinos em pastagens

A baixa produção bovina nos trópicos pode ser atribuída principalmente à

nutrição inadequada resultante da sazonalidade característica da produção forrageira. À

semelhança do que ocorre com outras gramíneas tropicais, a produção animal que

reflete a qualidade da forragem é, freqüentemente, baixa em pastagens de Brachiaria

decumbens. Novilhos zebuínos criados em pastagem de Brachiaria brizantha podem

apresentar rendimento de carcaça satisfatório dependendo de seus padrões genéticos

(CARNEIRO et al., 2000).

Aproximadamente 96,5% dos bovinos de corte no Brasil são mantidos em

regime de pastagens (ANUALPEC, 2007) formadas em sua maioria com forrageiras do

gênero Brachiaria e 3,5 dos bovinos são criados sistema de engorda intensiva, pois dos

171 milhões de hectares de pastagens implantadas no Brasil (SCHUNKE, 1998),

aproximadamente 70 milhões de hectares são formados com forrageiras deste gênero

(LOURENÇO e CARRIEL, 1997).

Para ESTEVES et al. (1998), as pastagens representam a forma mais prática

e econômica de alimentação dos bovinos, constituindo a base de sustentação da pecuária

de corte no Brasil. As pastagens na pecuária de corte, em sua maioria, estão implantadas

em regiões de cerrado ou em áreas marginais de menor fertilidade e são exploradas de

forma extrativista, apresentando, conseqüentemente, baixa produtividade e

rentabilidade.

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Trabalhando com Brachiaria decumbens, foram encontradas médias de

ganho de peso de 460 g/dia, no período chuvoso, e 235 g/dia para o período seco.

Contudo, os novilhos, neste sistema de produção baseado em pastagem, foram capazes

de produzir ganhos de 800 g/dia durante os meses de outubro e novembro, quando a

forragem apresentou melhor qualidade. Todavia, o declínio do valor alimentício

associado à maturidade das pastagens resultou em ganho médio anual baixo, 380 g/dia.

Isto indica que esta gramínea não fornece os nutrientes necessários para a produção

máxima ao longo do ano (EUCLIDES et al., 1993). Há de se destacar que gramíneas do

gênero Brachiaria apresentam elevado potencial de sobrevivência, resistência a pisoteio

e à seca, podendo manter uma média de ganho de 140 kg/animal/ano, com base neste

ganho, um bezerro desmamado aos 8 meses com 180 kg, levaria mais dois anos (24

meses) para atingir o peso mínimo de abate (460kg), aos 32 meses esta idade muito

além do desejado para otimização da produtividade (24 meses).

Apesar de os animais do experimento de EUCLIDES et al. (1998) terem

apresentado ganho compensatório, este foi parcialmente responsável pelos desempenhos

favoráveis. A suplementação alimentar com concentrado durante o período seco foi

capaz de reduzir a idade de abate em 5 a 13 meses. O aumento da produção de peso

vivo por área resultante da suplementação alimentar foi conseqüência dos efeitos aditivo

e substitutivo do concentrado sob o volumoso. A suplementação a pasto, além da

redução na idade de abate, diminui o custo fixo e permite maior velocidade no giro de

capital.

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As variações sazonais nas características das pastagens exercem forte

impacto na pecuária de corte brasileira, porque os animais são alimentados basicamente

com pasto. Na estação seca, a produção forrageira é severamente reduzida, a

senescência de folhas é acelerada, e as pastagens tropicais, especialmente aquelas

mantidas sob pastejo, apresentam normalmente baixa disponibilidade de forragem de

boa qualidade. Nesse contexto, a incapacidade de sistemas de produção em ajustar

suprimento com demanda de alimentos, quantitativa e qualitativamente, tem resultado,

com muita freqüência, na subnutrição dos animais durante esse período crítico, com

conseqüente redução da produtividade dos rebanhos de corte. Portanto, nos sistemas

extensivos de produção, o controle do estoque e da qualidade de forragem, o controle da

demanda e o ajuste oferta/demanda de alimentos são aspectos importantes que não

devem ser negligenciados (FARIA et al., 1997).

No Cerrado, o diferimento de pastagens é uma das poucas providências

adotadas pelos pecuaristas para aumentar a disponibilidade de forragem durante a

estação seca. Essa prática tem contribuído para a persistência de pastagens,

sobrevivência de animais e aumento da taxa de lotação nesse período. No entanto, o

simples diferimento de pastagens pode não produzir os resultados que determinados

sistemas de produção necessitam para atingir suas metas de produtividade.

Segundo GOMIDE (1997), em pastagens na fase de crescimento, após o

perfilhamento inicial, instalam-se os processos fisiológicos de alongamento do colmo,

intensificação da senescência de folhas e diminuição da área foliar. Se o pasto não for

utilizado, o contínuo aumento do rendimento forrageiro, em virtude principalmente do

alongamento das hastes, resulta em crescente aumento da proporção de colmos e

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diminuição da relação folha/colmo na biomassa da pastagem. Pastagens com baixa

disponibilidade de folhas verdes e alta de caule e material morto são, normalmente,

pouco consumidas, podendo implicar em baixa produtividade dos animais nessas

condições (SANTOS et al., 2004)

3.2 Idade de abate

RIBEIRO et al. (2008), estudaram desempenho e características de carcaça

de novilhos de diferentes grupos genéticos, ( Nelore; ½ Guzerá × ½ Nelore; e ½

Brahman × ½ Nelore.) com 24 meses de idade, mantidos em pastagem de Brachiaria

brizantha sob lotação contínua, durante 12 meses, suplementados apenas com sal

mineralizado, observaram aos 36 meses de idade ganhos diários de 0,39 kg/dia para

animais Nelore e Guzerá-Nelore e 0,41 kg/dia para os bovinos Brahman × Nelore e

explicaram que os maiores pesos dos animais Brahman × Nelore foram devido aos

efeitos genéticos aditivos e pela heterose do cruzamento.

OLIVEIRA et al. (2004), estudaram consumo, digestibilidade e desempenho

de novilhos Nelore sob pastagem suplementados com misturas múltiplas. Utilizaram

quarenta machos Nelores com aproximadamente 24 meses de idade, de modo a garantir

média de peso vivo aproximada (373,8 kg) entre os tratamentos (suplementação). Os

animais receberam os seguintes tratamentos: T1= 800gramas/dia/cabeça da mistura

múltipla 1 com uréia; T2= 800gramas/dia/cabeça da mistura múltipla 2 com amiréia;

T3= 1500gramas/dia/cabeça, da mistura múltipla 3 com amiréia; estas misturas

múltiplas com PB (%) de 43,3, 41,4 e 36,3 e NDT(%) de 60,2, 56,6, 67,3,

respectivamente, e T4= sal mineral recria à vontade, contendo 72 gramas de fósforo/kg

da mistura. Os autores observaram ganhos diários de 0,43 kg/dia para T1, 0,42 kg/dia

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para T2, 0,46 kg/dia para T3 e 0,27 kg/dia para T4 e explicaram que a suplementação

pode ter complementado o déficit da forragem, promovendo um aumento no consumo e

no ganho de peso diário dos animais suplementados com misturas múltiplas.

RAZOOK et al. (2002), observaram em animais de rebanhos Nelore e

Guzerá selecionados para peso aos 378 dias, que os Nelore apresentaram maior peso ao

abate (824 dias) e ganho de peso diário 13% superior ao dos Guzerá.

CUNDIFF et al. (1993), encontraram médias para os grupos Brahman e

Nelore de 209 e 215 kg ao desmame, 1,130 e 1,108 kg de ganho médio diário e 498 e

497 kg ao abate, respectivamente, em um programa de avaliação nos Estados Unidos.

De maneira similar, autores têm demonstrado não haver diferenças no desempenho de

bovinos Nelore e Guzerá.

ÍTAVO, et al. (2007), trabalharam com pastagens diferida de Bachiaria

brizantha utilizando novilhos, F1 (Canchim x Nelore), com idade média de 24 meses e

peso vivo médio inicial de 375 kg, sendo que no tratamento 1 foram avaliados dois

animais por hectare que receberam 2 kg de suplemento protéico-energético/animal/dia

apresentaram GMD igual a 1,05 kg/dia e, no tratamento 2, um animal por hectare e 1 kg

de suplemento protéico-energético/animal/dia, apresentaram GMD de 1,12 kg/dia.

EZEQUIEL, et al. (2006), estudando bovinos Nelore criados em pastagem

(idade inicial de 32 meses e peso médio inicial de 340 kg) distribuídos ao acaso em

quatro tratamentos. Não observaram efeito da substituição do milho pelo farelo de

gérmen de milho, pela casca do grão de soja ou pela polpa de citrus, com ganhos

médios diários,1,1 kg/dia.

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3.3 Desempenho produtivo

ITAVO et al. (2007), estudando sistemas de produção de bovinos em

pastejo envolvendo suplementação, citaram que estes apresentaram, naturalmente,

maior variabilidade. Porém, constituem uma opção viável para os pecuaristas, pois,

além de não requererem atividade agrícola para produção de volumosos, decorrentes

dos confinamentos, permitem significativas melhorias nos índices de produtividade do

rebanho e melhoram as condições de manejo das pastagens.

Para expressarem seu potencial produtivo, os bovinos necessitam de uma

alimentação adequada e equilibrada em proteína, energia, minerais e vitaminas. Em

sistemas de produção a pasto, no final das chuvas e início da estação seca, à medida que

as forragens amadurecem, os teores de alguns nutrientes reduzem abruptamente, o que

pode resultar em deficiências dietéticas (PAULINO et al., 2002), prejudicando o

desempenho animal.

MOREIRA et al. (2001), observaram melhor ganho médio diário (0,15

kg/animal/dia) para animais suplementados com sal mineral proteinado quando ingestão

do suplemento foi de 0,10% do peso vivo. Neste estudo, não foi observada diferença no

ganho médio diário quando a ingestão do suplemento protéico era de 0,07% do peso

vivo (0,06 kg/animal/dia) e para os animais suplementados com sal mineral (0,05

kg/animal/dia).

PAULINO (1999) apresentou resultados com pastagens de Brachiaria

brizantha diferidas, com disponibilidade de forragem de 3.200 e 1.400 kg de MS/ha no

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início e final do período seco, respectivamente, com uma taxa de lotação de 1,4 UA, que

resultou em GMD de 66 g/dia e GPT de 30 kg/ha.

SOUZA et al. (2007), notaram que animais em pastagens gastaram 56,15%

do tempo (diurno) para apreensão e consumo de forragem, o que interferiu

negativamente no desempenho animal devido à redução no período de descanso e

ruminação.

Segundo EUCLIDES (2001), as pastagens têm um efeito direto na resposta

animal, sendo a oferta o que condiciona o ganho de peso, logo, devem se buscar

estratégias de reserva de pastagem para a época crítica do ano, viabilizando o aumento

da eficiência do ganho por hectare.

GOMES JÚNIOR et al. (2002), avaliaram o desempenho de novilhos na

recria em pastagem de Brachiaria decumbens, durante o período da seca, com

disponibilidade média de 6.454 kg de MS por hectare com suplementos constituídos por

diferentes fontes protéicas, com consumo ajustados para permitir a ingestão de 1 kg/dia.

O GMD para os tratamentos com suplementação protéica não diferiram entre si, com

média de 0,47 kg/dia.

Outro trabalho semelhante foi realizado por SANTOS et al. (2004), em que

a pastagem foi diferida e avaliada sob pastejo contínuo durante a seca, com

disponibilidade de forragem de 7.568 kg/hectare e taxa de lotação de 0,75 UA/hectare.

Esses autores verificaram apenas a manutenção de peso dos animais e

moderado ganho de peso com média de 104 g/dia.

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ÍTAVO et al. (2008), também compararam o efeito de suplementos de

diferentes fontes protéicas avaliando o efeito da suplementação protéica (40% PB) com

amiréia ou uréia sobre o consumo de suplemento, desempenho e características

econômicas de novilhos terminados em pastagens. Foram utilizados 120 novilhos com

19 meses de idade e 358kg, sendo da raça Nelore e F1 Brangus x Nelore. Os

tratamentos consistiram em mistura mineral com amiréia (AM), mistura mineral com

uréia+milho+enxofre (UR) e mistura mineral (MM). As médias de consumo de

suplemento dos animais F1 foram de 206,1; 145,9 e 73,1g/dia, e as dos animais Nelore,

236,0; 205,1 e 94,3g/dia para os tratamentos AM, UR e MM, respectivamente. Para os

novilhos Nelore, houve efeito (P<0,05) do suplemento sobre o peso de abate (PA),

sendo a média do tratamento UR, 518,85kg, mais alta que a dos demais, 491,89 e

485,20kg, respectivamente, para AM e MM. Para os novilhos F1, foi significativo o

efeito da suplementação protéica (P<0,05), com médias de 515,90 e 520,15kg,

respectivamente, para os tratamentos UR e AM. A suplementação protéica

proporcionou bom desempenho desde que haja disponibilidade adequada de forragem.

O uso de uréia apresentou melhor viabilidade econômica.

3.4 Ultra-sonografia

Atualmente a produção de carcaças de peso adequada e com quantidade

mínima de gordura subcutânea, de forma a garantir a qualidade da carne durante o

processo de resfriamento, é um dos principais pontos de interesse para os produtores de

bovinos (SUGUISAWA, 2002). A utilização de instrumentos de alta tecnologia pode

proporcionar medições acuradas de componentes de carcaça impossíveis de serem

obtidas por inspeção visual ou palpação do animal vivo. Em bovinos são medidas a área

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de olho de lombo (AOL) e espessura de gordura subcutânea (ECG) na secção do

músculo Longissimus dorsi a partir de imagens tomadas entre a 12° e 13° costelas. No

Brasil a técnica da ultra-sonografia poderia contribuir na determinação do ponto ideal

de abate dos animais nos diferentes sistemas de produção, onde a prioridade seria a

obtenção do mínimo de ECG, indicado para prevenir a perda da qualidade da carcaça

por resfriamento. Esta metodologia também poderia auxiliar a identificação de práticas

de manejo e nutrição que otimizem a deposição de músculo e na seleção de animais de

crescimento rápido e com bom rendimento de cortes cárneos (SUGUISAWA, 2002).

SUGUISAWA et al. (2006), avaliaram a utilização da ultra-sonografia como

técnica para predição da composição da carcaça de 115 bovinos jovens (Nelore, ½

Angus Nelore, ½ Simental Nelore e Canchim), com peso inicial médio de 329 kg, de

dois tamanhos à maturidade (pequeno e grande), criados no sistema de produção do

novilho super-precoce. Após 120 dias de confinamento, foram realizadas a pesagem e a

medida da área de olho de lombo (AOL) e da gordura subcutânea (ECG), via ultra-

sonografia. Após o abate, foram registradas as medidas de AOL e ECG na carcaça, os

pesos de traseiro, dianteiro, cortes cárneos comerciais e a composição corporal dos

animais. Foram calculados os rendimentos de carcaça, de cortes cárneos e de traseiro,

não se observando diferença na composição entre os dois grupos de tamanho à

maturidade, provavelmente em razão da pequena variação entre eles. Embora a ultra-

sonografia não tenha apresentado alta precisão na predição da musculosidade da carcaça

e do rendimento de cortes cárneos, os coeficientes de determinação das equações de

predição da composição da carcaça foram semelhantes, e algumas vezes superiores

(quantidade de ossos), aos obtidos nas equações em que se utilizaram as medidas na

carcaça após o abate, demonstrando que a ultra-sonografia pode ser utilizada para

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predição da composição da carcaça de bovinos de corte em determinadas situações.

3.5 Características de carcaça

O crescimento é o fator mais importante da produção animal, pois

caracteriza-se como um processo de desenvolvimento corporal de elevada eficiência

econômica, praticado em animais jovens. Dessa forma, a intensificação na velocidade

de crescimento muscular, aliada à rápida terminação da carcaça, parece ser a maneira

mais factível e eficiente de se obter um produto de melhor qualidade e competitividade

no atual mercado consumidor de carne. Os tecidos do corpo do animal desenvolvem-se

de forma diferenciada: ossos e órgãos vitais apresentam desenvolvimento precoce;

músculos, intermediário; e tecido adiposo, tardio. A avaliação das características da

carcaça e de sua composição é fundamental para complementar os dados de crescimento

e a engorda dos animais durante seu desenvolvimento, visto que as diferentes taxas de

síntese dos tecidos alteram a composição física e química da carcaça, influenciadas

principalmente por fatores como idade, estádio fisiológico, nutrição, genótipo e

condição sexual (BERG e BUTTERFIELD, 1979).

O rendimento de carcaça é o primeiro índice a ser considerado, pois

expressa a relação percentual entre o peso da carcaça e o peso vivo do animal (PERÓN

et al., 1995). A influência do peso vivo sobre o rendimento de carcaça foi demonstrada

por vários autores, entre eles PRESTON e WILLIS (1982), que afirmaram que o

rendimento aumenta com o ganho do peso e com o grau de acabamento do animal.

Desse modo, diferenças no peso vivo devem ser consideradas na comparação de

animais de diferentes raças ou submetidos a diferentes sistemas de produção.

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Os cortes básicos das carcaças de bovinos são o dianteiro, o costilhar e o

traseiro. Economicamente, seria desejável melhor rendimento de traseiro em relação aos

outros cortes em virtude de seu maior valor comercial. Entretanto, independentemente

da raça e em condições normais, o animal tende a apresentar equilíbrio entre os quartos

dianteiro e traseiro (BERG e BUTTERFIELD, 1979).

Os criadores brasileiros de bovinos, visando maior produtividade, têm

procurado produzir animais jovens para o abate com opções para melhorar a

operacionalidade da alimentação, como a redução da freqüência da suplementação,

proporcionando retorno mais rápido dos investimentos e melhor remuneração, sem

influenciar a qualidade da carcaça e da carne (CANESIN, 2006).

A área do músculo Longissimus dorsi é reflexo do desenvolvimento

muscular do animal. Segundo Field e Shoonover, citados por MUNIZ et al. (1997), a

medida da área de olho de lombo é realizada nesse músculo e, à medida que aumenta,

eleva também a proporção de músculo nesses cortes.

O mercado da cadeia produtiva de bovinos para abate, que antes

considerava apenas o peso da carcaça ou o peso vivo do animal e o rendimento de

carcaça, tem avaliado também a qualidade da carne, principalmente para atender o

exigente mercado internacional. Os critérios pelos quais o consumidor costuma avaliar a

qualidade da carne são, em princípio, a cor do músculo e da gordura de cobertura,

seguida por aspectos envolvidos no processamento, como perda de líquidos no

descongelamento e na cocção e, finalmente, por aspectos como palatabilidade, maciez,

sabor e suculência (COSTA et al., 2002).

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Determinados nichos de mercados consumidores exigem carcaças com

rendimento superior da porção comestível (cortes desossados e aparados do excesso de

gordura) e carnes com palatabilidade e aroma adequados (Felício, 1997).

Além disso, o comprimento de carcaça e de perna são medidas de

desenvolvimento ósseo influenciadas pela taxa de crescimento, enquanto a gordura

subcutânea está relacionada ao grau de acabamento e está intimamente associada à raça

e ao plano nutricional (FELÍCIO et al., 1979).

Segundo MÜLLER (1987), a gordura subcutânea deve apresentar, no

mínimo, 3 a 5 mm de espessura para melhor conservação da carcaça e minimização de

danos por resfriamento, visto que a gordura de cobertura comporta-se como isolante

térmico, afetando diretamente a velocidade de resfriamento da carcaça.

RIBEIRO et al. (2008), observaram que ao abate os animais nelore não

apresentaram diferença significativa (P<0,05) no rendimento de carcaça, na área de olho

de lombo, na espessura de gordura e no marmoreio, concluindo que os cruzamentos de

Brahman ou Guzerá com Nelore não melhoram as características qualitativas da carcaça

e da carne, embora o cruzamento com Brahman resulte em animais mais pesados ao

abate e com maiores produções de carcaça.

Segundo MÜLLER (1987), as perdas durante o descongelamento e o

cozimento são influenciadas pelo marmoreio, sendo que seu aumento reduz as

porcentagens de perdas.

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3.6 Aditivos - Homeopatia

OTTONI (2004), observou em animais da raça brangus com idade de 18

meses e peso médio inicial de 401,5, mantidos em confinamento por 84 dias, dois lotes

receberam produto homeopático, e dois não receberam, o ganho médio diário dos

novilhos foram respectivamente de 1,36 e 1,23(Kg/dia).

FERREIRA (2005), testou a utilização de uma mistura de Calcarea

carbonica 30 CH e Calcarea phosphorica 30 CH na dieta de Bovinos de dois grupos

genéticos, quanto à composição corporal e à qualidade da carcaça. Foram utilizados

bovinos, machos, não castrados, sendo ½ Simental x ½ Nelore e ½ Holandês x ½

Nelore. O peso inicial médio foi de 325kg. Os bovinos foram alimentados com uma

dieta composta por 50% de concentrado na matéria seca, e a dieta foi balanceada

segundo o NRC (2000) para um ganho de peso vivo diário de 1,2 kg. Metade dos

animais recebeu a mistura de Calcarea carbonica 30 CH e Calcarea phosphorica 30

CH na proporção de 1:1, veiculada em carbonato de cálcio e misturada ao premix

mineral em quantidade que garantia um consumo de 2 gr/animal/dia. O total de gordura

visceral foi calculada pela soma do peso do mesentério + o da gordura visceral, o total

de gordura interna pela soma de gordura visceral total + gordura interna cavitária, e a

gordura corporal total pela soma da gordura da carcaça + a gordura visceral total.

Também foram medidas a área de olho de lombo e a espessura de gordura subcutânea

na posição da 12ª costela. Os dois grupos genéticos reagiram ao tratamento de forma

semelhante O tratamento mostrou tendência a melhorar o rendimento de carcaça, e

alterou os sítios de depósitos de gordura no corpo animal, deslocando depósitos de

gordura interna para a carcaça, tendendo a priorizar os depósitos de gordura subcutânea.

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4. MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado no período de janeiro a abril de 2008, na

Fazenda Seriema, localizada no município de Camapuã, estado de Mato Grosso do Sul.

Foram utilizados 40 animais da raça Nelore castrados, com idade média de

30 meses e peso médio inicial de 419,25kg, mantidos em pastagens de Brachiaria

brizantha cv marandú, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, em

método de pastejo contínuo, com dois tratamentos, com e sem homeopatia, sendo

distribuídos em quatro piquetes de 10 hectares, sendo 10 animais por piquetes, onde

dois grupos recebiam produto homeopático e dois grupos não, totalizando 20 repetições

por tratamento. A água e o suplemento mineral foram fornecidos ad libitum.

Dez dias antes do início do experimento, na fase de adaptação, os animais

foram vermifugados, identificados e separados nos tratamentos: 1. suplemento mineral

com homeopatia e 2. suplemento mineral sem homeopatia.

Os animais foram pesados no inicio do experimento e a cada 21 dias, para

determinação do ganho de peso, totalizando 104 dias, sendo que os animais eram

trocados de piquetes, após a pesagem, para evitar efeito de piquete.

Foi utilizada homeopatia de terminação no suplemento mineral para bovinos

de corte, a qual tem a função de melhorar o acabamento e rendimento de carcaça,

priorizando a deposição de gordura subcutânea em detrimento da visceral, com o

objetivo de promover o acabamento de carcaça em animais de raças “magras”, aumentar

em um ponto percentual o escore corporal e evitar perdas de gordura visceral no

frigorífico.

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No inicio e no final foram realizadas avaliações da área de olho de lombo

(AOL), espessura de gordura subcutânea (EGS) e do marmoreio com o uso da técnica

de ultra-sonografia. Para realização da técnica, efetuou-se a limpeza do local, entre a

12a e 13a costelas do lado esquerdo do animal, e colocou-se óleo vegetal no dorso, para

perfeito acoplamento do transdutor, o qual foi disposto de maneira perpendicular ao

comprimento do contra-filé (músculo Longissimus dorsi), onde se captura a imagem

ultra-sonografia. Durante a leitura da imagem, circundou-se a AOL que aparece no

monitor do aparelho, obtendo-se instantaneamente sua medida da EGS e marmoreio, no

terço proximal da imagem do músculo. A distribuição dos lotes foram feitas

automaticamente pelo ultra-som.

Os resultados foram interpretados, estatisticamente, por meio de análises de

variância, utilizando-se o Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas - SAEG (UFV,

1997), e a significância observada entre tratamentos por meio do teste F em 5 % de

probabilidade.

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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na Tabela 1 estão apresentadas as médias e os erros padrão da media do

peso vivo (PV) inicial e final, ganho de peso (GPT) total e ganho médio diário (GMD),

em função dos tratamentos, com e sem homeopatia, observa-se que não houve efeito do

tratamento homeopático para o desempenho produtivo dos animais, sendo as médias

para o peso final iguais a 460,75 e 466,20kg, respectivamente para os animais tratados e

não tratados com homeopatia no suplemento. Da mesma forma, para o GPT e GMD,

não foram influenciados pelo tratamento. Há de se destacar que os animais estavam em

pastagens de Brachiaria brizantha em pastejo contínuo, com taxa de lotação inicial de

0,93 UA/ha.

Tabela 1. Médias e erros padrão das médias dos pesos iniciais e finais,

ganho de peso total (GPT) e ganho médio diário (GMD) de bovinos terminados em

pastagens recebendo mineral com ou sem homeopatia, em função dos tratamentos.

Variáveis Tratamentos P

Com homeopatia Sem homeopatia

PV inicial (kg) 419,25 ± 2,99 419,25 ± 2,87 NS

PV final (kg) 460,75 ± 5,45 466,20 ± 4,32 NS

GP Total (94 dias) kg 41,50 ± 4,28 46,95 ± 3,24 NS

GMD (kg/dia) 0,44 ± 0,05 0,50 ± 0,03 NS

PV=peso vivo; NS=não significativo (P>0,05)

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Também trabalhando no período das águas, GOES et al. (2003) utilizando

garrotes Nelore não castrado somente com suplementação mineral em pastagem de

capim Brachiaria radicans, observaram ganhos de 0,60kg/dia, valores maiores que o

alcançados neste experimento. Todavia os animais de GOES et al. (2003) eram animais

não castrados e mais novos favorecendo o maior GMD, pois os animais do presente

trabalho estavam com 30 meses de idade.

Já EUCLIDES et al. (1998), observaram em novilhos nelore terminados

com pastagem Brachiaria decumbens abatidos com 35,3 meses o ganho de

468g/animal/dia no período das águas, recebendo mistura mineral à vontade. Este

experimento apresentou valores similares com o deste experimento (tabela 1).

Resultados inferiores de ganho de peso em pastagens foram observados por

OLIVEIRA et al. (2004), que estudaram desempenho de novilhos Nelore em pastagem

de Brachiaria brizantha cv. Marandú, com aproximadamente 24 meses de idade

recebendo sal mineral à vontade, observaram ganhos diários de 0,27kg/dia.

Utilizando bovinos machos não castrados, ½ Simental x ½ Nelore e ½

Holandês x ½ Nelore com peso inicial médio de 325kg, com uma dieta composta por

50% de concentrado na matéria seca, FERREIRA (2005), observou ganhos dos animais

tratados com homeopatia de 1,50Kg/d e o tratamento Sem homeopatia 1,46Kg/d sem

efeito da homeopatia para o ganho. Na tabela 1 também não foram observado diferenças

entre tratamentos.

ÍTAVO et.al. (2007), utilizaram 18 novilhos (machos castrados) mantidos

em pastagem diferidas de Brachiaria brizantha cv. Marandú no período compreendido

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entre março e junho, com duração de 120 dias com medias de peso inicial e final de

402,22 kg, 483,94 kg. A média de consumo de suplemento foi de 0,99 kg/dia. A média

de ganho de peso total igual a 81,72 kg com GMD de 0,68 kg/dia. A média de ganho de

peso foi maior que as do experimento, porém os animais receberam suplementação

protéico-energético em pastagens diferidas, o que deve ter favorecido gradativamente o

desempenho.

Na tabela 2 estão apresentadas as médias e erro padrão das médias das

características de carcaça de bovinos de 33 meses de idade, em função dos tratamentos

com ou sem homeopatia, terminados em pastagens de Brachiaria brizantha.

Observa-se que as médias de área de olho de lombo (AOL) inicial e final,

foram respectivamente, de 57,84 e 75,57 cm2, para os animais do tratamento com

homeopatia, e de 59,02 e 77,69 cm2, para animais não tratados. Não houve diferenças

significativas para esta variável. O ganho de AOL no período experimental foi de 17,73

e 18,67 cm², para os tratamentos com e sem homeopatia. Os tamanhos finais da AOL

que foram encontrados no experimento estão dentro do padrão que é de 75 cm² para

animais de 24 meses de idade, o resultado obtido não foi muito bom, pois os animais

avaliados alcançaram esse padrão com idade superior.

Os resultados de AOL final são superiores aos encontrados por CRUZ et

al.(2004), que observaram valores de 63,7 cm², em animais não-castrados Nelore

terminados em confinamento com peso de abate 440 kg.

Para AOL (cm2/100kg PV) inicial e final foram de 13,81 e 16,44 com um

ganho de 2,63, para animais com o tratamento, e de 14,09 e 16,69 com um ganho de

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2,60, para não tratados. Não houve diferença significativa. Entretanto, estão próximos

ao padrão, que é de 17 cm2/100kg PV, também para a idade de 24 meses.

De acordo com LUCHIARI FILHO (2000) a medida da AOL também é

utilizada como indicador da composição da carcaça, existindo uma correlação positiva

entre a AOL e a porção comestível da carcaça. À medida em que aumenta a AOL,

aumenta a porção comestível da carcaça e vice-versa. Para o autor, a área de olho do

lombo medida na 12ª costela, deve ter no mínimo 29 cm² para cada 100 kg de peso de

carcaça. O que corresponderia 67 cm²/100 kg de peso vivo.

Para espessura de gordura subcutânea (EGS) também não houve diferença

entre tratamentos para medidas iniciais e finais, que foram de 2,67 e 4,58 mm, com um

ganho de 1,91 mm, para animais com homeopatia e de 2,79 e 5,05 mm com um ganho

de 2,26 mm para animais sem o tratamento. A EGS final encontrada no experimento foi

boa, tendo em vista que a ideal é de 5 mm para animais de 24 meses de idade.

MACEDO et al. (2001) relataram que a indústria frigorífica adota como padrão

desejável uma espessura de gordura da ordem de 3 a 6 milímetros de gordura.

A Espessura de Gordura é um indicativo da composição, em particular, da

porção comestível e porcentagem de gordura da carcaça. Além disso, está associada à

qualidade, na medida em que protege a carne contra o enrijecimento provocado pela

desidratação e pelo resfriamento (MCINTYRE, 1994). Segundo MÜLLER (1987), a

gordura subcutânea ao abate deve apresentar, no mínimo, 3 a 5 mm de espessura para

melhor conservação da carcaça e minimização de danos por resfriamento, visto que a

gordura de cobertura comporta-se como isolante térmico, afetando diretamente a

velocidade de resfriamento da carcaça.

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Assim como os outros parâmetros avaliados, a EGS não apresentou

diferenças significativas, com um GMD de 0,36 e 0,42 mm/100kg PV para animais com

e sem homeopatia. Obteve-se para a EGS em porcentagem do peso vivo, resultados

semelhantes para animais com homeopatia e sem homeopatia, de 0,64, 0,99 mm/100kg

PV e 0,67, 1,09 mm/100kg PV, respectivamente inicial e final.

As médias iniciais de marmoreio foram de 2,41 e 2,69 pontos

respectivamente para os animais do tratamento com homeopatia e sem homeopatia

(controle). Ao final do experimento, após 104 dias de tratamento, as médias de

marmoreio foram de 3,43 e 3,32 pontos respectivamente para tratados e não tratados.

Assim os ganhos médios de marmoreio foram de 1,02 e 0,63 pontos, que pode resultar

melhorias na qualidade da carne.

Os valores finais de marmoreio encontrados no experimento são

considerados relativamente bons, visto que estão dentro de uma escala já sugerida que

vai de 0 a 10 pontos, onde 5 pontos é considerado muito bom, lembrando que esse valor

se remete a animais de 24 meses de idade.

Houve efeito do tratamento homeopático para ganho de marmoreio, que

foram de 1,02 e 0,63 pontos para os animais com homeopatia e sem homeopatia, com

uma diferença de 0,39 pontos entre tratamentos, (P<0,03408).Esses resultados sugerem

que o tratamento com homeopatia para acabamento poderia melhorar a deposição de

gordura entre as fibras musculares, aumentando a maciez, palatabilidade e suculência da

carne, todavia não houve efeito na deposição de gordura subcutânea.

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O marmoreio é o acúmulo de gordura intramuscular na carne bovina, e

torna-se assim, responsável por sua maciez e suculência. Segundo pesquisas realizadas

por KOOHMARAIE et al. (2002), os consumidores consideram a maciez como o

componente mais importante de qualidade da carne.

A gordura entremeada, ou marmoreio da carne, é a última gordura a ser

depositada na fase final de acabamento da carcaça, após ou no final do período de

crescimento, e depende da raça e do nível energético da dieta (FELÍCIO, 1993).

Segundo LUCHIARI FILHO (2000) animais mais leves, quando entram na

fase de acabamento, apresentam uma grande influencia da gordura subcutânea sobre a

gordura total, embora seja verdadeiro que a gordura subcutânea é a ultima a assumir

uma alta produção em relação á quantidade total de gordura.

A maciez tende a ser maior em animais jovens, e diminui com a idade,

devido ao acúmulo e à maturação do tecido conjuntivo das fibras musculares, e também,

a uma menor fragmentação das miofibrilas após o abate. Entretanto, a suculência e o

sabor da carne estão relacionados com a gordura entremeada (a marmorização), a qual

aumenta com a idade e o acabamento do animal. Estas características são influenciadas

pelos mesmos fatores que afetam o rendimento, isto é: a idade, o genótipo, o sexo, o uso

de anabolizantes, e a alimentação

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Tabela 2. Média e erro padrão das médias das características de carcaça de

bovinos, em função dos tratamentos terminados em pastagens de Brachiaria brizantha.

Parâmetros avaliados

Tratamentos

P Com

homeopatia

Sem homeopatia

AOL inicial (cm2) 57,84 ± 1,26 59,02 ± 1,32 NS

AOL final (cm2) 75,57 ± 1,10 77,69 ± 1,24 0,20743

Ganho AOL (cm2) 17,73 ± 0,99 18,67 ± 0,95 NS

AOL inicial (cm2/100 kg PV) 13,81 ± 0,31 14,09 ± 0,32 NS

AOL final (cm2/100 kg PV) 16,44 ± 0,29 16,69 ± 0,30 NS

Ganho AOL (cm2/100 kg PV) 2,63 ± 0,26 2,60 ±0,25 NS

EGS inicial (mm) 2,67 ± 0,16 2,79 ± 0,14 NS

EGS final (mm) 4,58 ± 0,28 5,05 ± 0,42 NS

Ganho Total de EGS (mm) 1,91 ± 0,28 2,26 ± 0,40 NS

EGS inicial (mm/100 kg PV) 0,64 ± 0,04 0,67 ± 0,03 NS

EGS final(mm/100 kg PV) 0,99 ± 0,06 1,08 ± 0,09 NS

Ganho Total de EGS (mm/100 kg PV) 0,36 ± 0,06 0,42 ± 0,08 NS

Marmoreio inicial (pontos) 2,41 ± 0,19 2,69 ± 0,13 0,23608

Marmoreio final (pontos) 3,43 ± 0,15 3,32 ± 0,17 NS

Ganho Total de Marmoreio (pontos) 1,02 ± 0,14 0,63 ± 0,11 0,03408

AOL: Área de olho de lombo; EGS: Espessura de gordura subcutânea.

FERREIRA (2005), trabalhando com homeopatia para acabamento não

observou diferença para os tratamentos, porém a autora destacou que houve uma

tendência de maior deposição da EGS para o tratamento com homeopatia para

acabamento. Todavia foi detectado efeito significativo (P<0,05) para a quantidade de

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gordura na carcaça com medias de 80% da gordura total para animais tratados com

homeopatia e 78,13% para os não tratados. A autora sugeriu que esses resultados são

devido a um deslocamento do sítio de deposição de gordura interna para a carcaça nos

bovinos tratados com homeopatia, sem que se observe, no entanto, aumento da

quantidade total de gordura corporal, o que aumentaria a demanda de energia para

ganho. Uma vez que não se observou aumento significativo do total de gordura

depositada na carcaça, pode-se sugerir que o deslocamento do sítio de deposição tendeu

a beneficiar exclusivamente os depósitos subcutâneos de gordura ao mesmo tempo em

que reduziu os depósitos intra e intermuscular. Entretanto esses resultados não foram

observados nesse experimento (tabela 2).

RIBEIRO et al. (2008), estudaram desempenho e características de carcaça

de novilhos de diferentes grupos genéticos com 24 meses de idade, mantidos em

pastagem de Brachiaria brizantha sob lotação contínua, durante 12 meses,

suplementados apenas com sal mineralizado e observaram que ao abate os animais não

apresentaram diferença significativa (P<0,05) na AOL, na EGS e no marmoreio.Os

novilhos nelores apresentaram 60 ± 3,3cm², 5,5 ± 1,2 mm e 4,8± 1,1 respectivamente,

os valores de EGS e marmoreio. São superiores aos apresentados na tabela 2. Tal fato

indica a alta variabilidade genética do rebanho nelore, que reflete nas características de

carcaça.

FERREIRA (2005), também avaliou AOL e encontrou 64,22 cm² usando

homeopatia para acabamento de gordura em bovinos machos não castrados, ½ Simental

x ½ Nelore e ½ Holandês x ½ Nelore e não encontrando diferença significativa nos

tratamentos. Obteve resultado menor comparando com o presente trabalho, pois utilizou

animais mais jovens.

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Também MENEZES et al. (2005), trabalhando com qualidade da carcaça de

novilhos puros Charolês e Nelore e seus cruzamentos, criados em confinamento

obtiveram 3,85 ± 0,6 de marmoreio para animais Nelore puros, entretanto este resultado

foi maior que o encontrado neste experimento, pois animais em confinamento

depositam mais gordura, por receberem dietas com maiores quantidades de energia

disponível.

MATEUS (2006) avaliou a produção de novilhos precoces e superprecoces

e verificou que os animais do sistema superprecoce obtiveram melhor desempenho

produtivo quando comparados aos precoces, sendo que os animais precoces foram

recriados e terminados em pastagens recebendo suplementação protéico-enrgetica. Já os

superprecoces foram recriados e terminados em confinamento recebendo silagem de

milho como volumoso, relação volumoso: concentrado de 60:40, com 12% de proteína

bruta (PB) e 68% de nutrientes digestíveis totais (NDT) na dieta total. As características

de AOL, EGS e marmoreio foram 57,21 cm², 3,08 mm e 2.05 pontos para machos

precoce e 59,93 cm², 5,97 mm e 2.25 pontos para super precoce. Os animais do presente

trabalho apresentaram maior AOL e marmoreio, sendo somente a EGS foi inferior aos

animais superprecoces apresentados por MATHEUS (2006), todavia os animais foram

terminados em confinamento proporcionando maior deposição de gordura.

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6. CONCLUSÃO

O uso de homeopatia para acabamento, para novilhos Nelore terminados em

pastagem, influenciou positivamente o ganho de marmoreio, porém sem efeito na

espessura de gordura subcutânea.

Sugerem-se mais estudos relacionados ao efeito do uso da homeopatia no

desempenho e acabamento de bovinos em pastagens.

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8. ANEXO