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ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DOM BOSCO Mantenedora da Faculdade de Ciências Econômicas, Administração e da Computação Dom Bosco, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Dom Bosco, da Faculdade de Engenharia de Resende e do Colégio de Aplicação de Resende. Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB Av. Cel. Prof. Antonio Esteves, nº 01, Campo de Aviação – Resende-RJ CEP: 27.523-000 Tel./Fax: (24) 3383 -9000 www.aedb.br

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ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DOM BOSCO Mantenedora da Faculdade de Ciências Econômicas, Administração e da Computação Dom Bosco,

da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Dom Bosco, da Faculdade de Engenharia de Resende e do Colégio de Aplicação de Resende.

Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB Av. Cel. Prof. Antonio Esteves, nº 01, Campo de Aviação – Resende-RJ

CEP: 27.523-000 Tel./Fax: (24) 3383 -9000 www.aedb.br

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 2

Prezado (a) Aluno (a);

É com grande satisfação que eu Prof. Msc Mário Esteves (diretor das Faculdades de

Engenharia) e Prof. Dr. Júlio César Batista damos-lhes as boas-vindas à disciplina

de Introdução à Engenharia da FER (Faculdade de Engenharia de Resende). Ao longo

do ano letivo trabalharemos juntos no intuito de oferecer um treinamento teórico e prático.

O conteúdo da disciplina foi estruturado em vários módulos, os quais se encontram

no link "conteúdo da disciplina". Clique nesse link para conhecer os diferentes módulos

e iniciar seus estudos.

Não esqueça de acessar o calendário da disciplina (link "calendário de atividades da

disciplina") para acompanhar nossas atividades programadas (trabalhos, testes on-line,

etc.).

Abaixo do link "calendário de atividades da disciplina" você encontra diversos link

contendo a apresentação do curso e das atividades que faremos durante o ano.

Finalmente, sempre que você tiver qualquer dúvida pode entrar em contato conosco

via e-mail disponibilizado nesta plataforma de EAD.

Abs.,

Prof. Tutor Mario Esteves

Prof. Tutor Júlio Batista

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 3

Conteúdo Programático

1.-Engenharia

1.1-Curso De Engenharia Civil

1.2- Curso de Engenharia Elétrica com Ênfase em Eletrônica

1.3- Curso de Engenharia de Produção com Ênfase Automotiva

1.4- Curso de Engenharia de Produção com Ênfase em Metalurgia

1.5- Curso de Engenharia Mecânica

2.- Ciência, Tecnologia e Inovação

2.1- Conceito de Tecnologia

2.2- Aspectos Históricos de Ciência e Tecnologia (CeT)

2.3- Propriedade Intelectual

2.4- Patente, Marca e Desenho Industrial

3.- Metodologia Cientifica

3.1.-Técnicas de Aprendizagem

3.2-Estudo

3.3- Organização de uma Pesquisa e Projeto

3.4-Busca de Soluções e Criatividade

3.5-Trabalhos Acadêmicos e Científicos

3.6-Normas para Redação

4.- Projeto

4.1-Modelo para Projeto

4.2- Técnicas para Gerenciamento de Projeto

4.3- Modelamento

5.- Qualidade

5.1- Evolução Histórica da Qualidade

5.2- Processo

5.3- Ferramentas da Qualidade

6.-Manutenção

7.-Logística e Estoque

7.1 -Tipos de Logística

7.2- Sistema Produtivo e a Logística

7.3- Conceito de Estoque

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 4

7.4- Natureza dos Estoques

7.5- Classificação dos estoques pelo Índice de Falta (Estratégia)

7.6- Classificação dos estoques pelo sistema "ABC"(Pareto)

7.7- Técnicas de Administração de Logística e Suprimento

8.- Acidentes de Trabalho

8.1.- Fatores de Acidentes

8.2.- Causas de Acidentes

8.3.- Prevenção de Acidentes

8.4.- Custos de Acidentes

8.5.- Avaliação dos Acidentes

9.-Ética Profissional Responsabilidade

9.1.- Responsabilidade Social do Engenheiro

9.2.- Sustentabilidade na Engenharia

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 6

Tem emprego para mais engenheiros no Brasil?

Será que agora, com mais gente fazendo engenharia, não teremos engenheiros

demais nos próximos anos?

Veja o que diz o documento da CNI - Confederação Nacional da Indústria -

"Fortalecimento das Engenharias", 2015:

"Dificilmente! Isso não acontecerá porque o número de engenheiros no Brasil

ainda é baixo, se comparado ao de países com PIB equivalente ao nosso. O Reino Unido,

com PIB semelhante ao nosso, tem 50% mais engenheiros no mercado de trabalho e

formou em dez anos quatro vezes mais engenheiros do que o Brasil, cuja média é de três

engenheiros por mil habitantes, contra uma média de 25 na OCDE (Organização para

Cooperação e desenvolvimento, Econômico com 34 paises)."

"Engenheiros possuem grande flexibilidade de formação, o que permite que saiam

da área específica para atuar em diferentes campos, como gestão em geral, mercado

financeiro, informática corporativa etc. No Brasil, como em muitos outros países, mais

de 50% dos engenheiros não trabalham na profissão."

E veja na tabela abaixo como é pequeno o número de engenheiros no Brasil

comparado a outros países (Fonte: documento da CNI).

Saiba mais: (Baixe aqui o documento: CNI - Confederação Nacional da Indústria -

"Fortalecimento das Engenharias")

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 8

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 9

1.-ENGENHARIA

1.1-Curso de Engenharia Civil

Objetivo

O Curso de Engenharia Civil visa oferecer aos estudantes a oportunidade de obter

o título de engenheiro civil, com um diferencial profissional de nível superior que o

capacite na solução de problemas do processo de produção civil, e condução das situações

a ele inerente, de formas criativas, competentes, eficazes e decorrentes da busca constante

do aperfeiçoamento, integrando as áreas de estudo abordadas no curso às situações da

vida prática, contribuindo assim para melhor produtividade dos segmentos de produção

e, por conseguinte, o aperfeiçoamento da qualidade de vida na sociedade.

Concepção

O Curso de Engenharia Civil é composto de núcleos de conteúdos básicos,

profissionalizantes e específicos, sendo necessário recorrer à integração de todos eles para

formar uma compreensão do todo. Através de mecanismos de interdisciplinaridade, pode-

se integrar o raciocínio lógico com a visão crítica. A cadeira de Tópicos Especiais procura

incorporar conhecimentos atualizados da Engenharia Civil.

Perfil

O Engenheiro Civil da Faculdade de Engenharia de Resende (FER) será capaz de

desenvolver as seguintes atividades:

- Projetar e construir edificações residenciais multifamiliares;

- Planejar e controlar custos de qualquer tipo de construção;

- Realizar orçamentos de construções em geral;

- Projetar estruturas metálicas e em concreto armado;

- Desenvolver sistemas de fluidez de trafego urbano;

- Projetar e construir instalações prediais diversas;

- Planejar e acompanhar obras de movimentação de terra;

- Planejar, acompanhar e fiscalizar obras de infraestrutura em geral.

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 10

Mercado de Trabalho

O crescimento da economia nacional e regional proporciona ao engenheiro civil

campo de trabalho em diversos segmentos, como:

- Empresas construtoras de variados portes;

- Empresas de petróleo e gás;

- Empresas de mineração;

- Empresas de logística;

- Instituições financeiras de projetos habitacionais;

- Instituições públicas no setor de fiscalização de obras;

- Poder executivo em geral (prefeitura, estado e federação).

Coordenação: Michel Haddad, Graduado em Engenharia Civil pela UNIFOA – Volta

Redonda Mestre em Engenharia Civil pela UFF – Niterói.

Direção: Mário Simon Esteves, Graduado em Engenharia Industrial pela PUC-RJ-

Mestre em Ciências e Engenharia pela UFF.

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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1.-ENGENHARIA

1.2-Curso de Engenharia Elétrica com Ênfase em Eletrônica

Objetivo

O objetivo deste curso é formar profissionais na área de Engenharia Elétrica, com

ênfase em Eletrônica, habilitados a atuar junto aos setores industriais e de produção de

energia, em atividades relacionadas à área elétrico-eletrônica.

Concepção

O engenheiro formado pela FER terá ampla formação nos conteúdos básicos, além

de uma formação específica, técnico e laboratorial, tendo a informática como ferramenta

de suas atividades discentes, o que consolidará seu potencial profissional, tornando-o

atrativo e abrangente.

Perfil

O profissional formado será capaz de participar de atividades nas áreas de

circuitos elétricos e eletrônicos, automação industrial, instalações elétricas, conversão de

energia e informática, com atuação segundo a resolução de CONFEA nº 218 de 28 de

Junho de 1973, nas formas a seguir listadas:

- Supervisão, coordenação E orientação técnica;

- Estudo, planejamento, projeto E especificações;

- Estudo de viabilidade técnico-econômica;

- Assistência, assessoria E consultoria;

- Direção de obra e serviço técnico;

- Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo E parecer técnico;

- Desempenho de cargo e função técnica;

- Técnica, extensão;

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- Elaboração de orçamento;

- padronização, mensuração E controle de qualidade;

- Execução de obras e serviço técnico;

- Fiscalização de obras e serviço técnico;

- Produção técnica e especializada;

- Condução de trabalho técnico;

- Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção;

- Execução de instalação, montagem ou reparo;

- Operação e manutenção de equipamentos ou instalação;

- Execução de desenhos técnicos.

Mercado de Trabalho

As inúmeras aplicações da Engenharia Elétrica, no desenvolvimento das novas

tecnologias, indicam boas e crescentes possibilidades de trabalho.

Entre os setores mais promissores estão a indústria da informática, empresas de

telecomunicação e de eletroeletrônica. Porém, os desafios também são grandes.

Coordenação: Onofre Bueno Filho, Graduado em Engenharia Elétrica pela USS.

Especialista em Telecomunicações pela UGF. Mestre em Ciências da Engenharia Elétrica

pela UNIFEI.

Direção: Mário Simon Esteves, Graduado em Engenharia Industrial pela PUC-RJ-

Mestre em Ciências e Engenharia pela UFF.

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 13

1.-ENGENHARIA

1.3-Curso de Engenharia de Produção com Ênfase Automotiva

Objetivo Geral

O curso visa formar profissionais habilitados a projetar, implantar, operar,

aperfeiçoar e manter sistemas produtivos integrados de bens e serviços, buscando a

máxima eficiência e os melhores resultados.

Tem por objetivo formar engenheiros de produção, capacitados e qualificados a lidar com

todo o processo produtivo de qualquer empresa, seja ela uma siderúrgica, um fabricante

de aviões, uma indústria química, uma prestadora de serviços, ou uma montadora de

automóveis.

Objetivos Específicos

Capacitar profissionais a desempenhar atividades relacionadas à engenharia de

produção, com especialização na área automotiva, habilitando-os a concorrer com notória

vantagem de formação e conhecimentos, sobre outros profissionais sem tal formação

específica.

Voltado para a realidade local, o curso visa formar engenheiros para atender à demanda

de mão-de-obra especializada para o importante pólo automotivo da região das Agulhas

Negras, no Sul Fluminense, composto por grandes montadoras e cercado de inúmeras

empresas do ramo de autopeças que ali se estabeleceram na ultima década.

Perfil

O engenheiro de produção automotiva deve possuir habilidades e competências que o

capacite a:

- Identificar e resolver problemas concretos, promovendo abstrações, modelando

casos reais e adequando-se a novas situações;

- Elaborar projetos e proposição de soluções técnicas e economicamente

competitivas;

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- Absorver novas tecnologias, promover inovações e conceber, com criatividade,

aplicações na área de Engenharia de Produção Automotiva;

- Dimensionar e integrar recursos humanos e financeiros a fim de produzir com

eficiência e ao menor custo, considerando a possibilidade de melhorias contínuas;

- Prever e analisar demandas, selecionar tecnologias e know-how, projetando

produtos ou melhorando suas características e funcionalidades;

- Incorporar conceitos e técnicas de qualidade em todo o sistema produtivo, tanto

nos seus aspectos tecnológicos quanto organizacionais, aprimorando produtos e

processos, e produzindo normas e procedimentos de controle e auditoria;

- Compreender a inter-relação dos sistemas de produção com o meio ambiente,

tanto no que se refere à utilização de recursos escassos quanto à disposição final de

resíduos e rejeitos, atentando para a exigência de sustentabilidade;

- Utilizar indicadores de desempenho, sistemas de custeio, bem como avaliar a

viabilidade econômica e financeira de projetos;

- Gerenciar e otimizar o fluxo de informação nas empresas utilizando tecnologia

adequada.

- Ter atitude empreendedora; excelente comunicação oral e escrita; leitura,

interpretação e expressão por meios gráficos; domínio de técnicas computacionais;

conhecimento da legislação pertinente.

Mercado de Trabalho

O engenheiro formado nesse curso pode ser inserido no mercado de trabalho em

diversas áreas e não apenas na automotiva. Devido a sua formação multidisciplinar, as

oportunidades de trabalho para esse profissional são amplas, sendo possível atuar nas

diferentes áreas de uma organização, como finanças, produção, recursos humanos,

marketing ou desenvolvimento do produto. Essas organizações podem ser de manufatura

ou de serviços, relacionados com os mais diversos setores: meio ambiente,

reaproveitamento de energia, mecânica, petróleo, química, civil, eletro-eletrônico,

siderurgia e agroindústria, entre outros.

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 15

Coordenação: Henrique Martins Rocha, Pós-Doutorado em Engenharia de Produção

pela UNESP.

Direção: Mário Simon Esteves, Graduado em Engenharia Industrial pela PUC-RJ

Mestre em Ciências e Engenharia pela UFF.

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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1.-ENGENHARIA

1.4-Curso de Engenharia de Produção com Ênfase em Metalurgia

Objetivo Geral

Desenvolver Conhecimentos e Habilidades de forma a que o aluno se capacite a

discutir e interagir com os mais diversos sistemas de produção industrial metalúrgico e

de materiais, projetando, instalando, reformando, promovendo melhorias e realizando a

manutenção nestas unidades de produção, sempre utilizando a mais moderna tecnologia

do setor.

Objetivos Específicos

- Formar / Habilitar profissionais para:

- Especificar e implementar escopos de projetos para linhas de produção;

- Implementar Sistema de Controle e Supervisão de processos utilizando as

ferramentas estatísticas;

- Projetar sistemas de automação juntamente com a equipe de automação para as

instalações industriais;

- Executar o start-up de unidades de produção;

- Executar a programação, o planejamento e o controle dos processos produtivos

(PCP);

- Coordenar a implantação e execução de projetos industriais;

- Planejar e executar atividades de gerenciamento de processos nas instalações

industriais;

- Ser um facilitador na transferência de conhecimento tecnológico.

Perfil

O Engenheiro de Produção com ênfase em Metalurgia formado pela Faculdade de

Engenharia de Resende deve apresentar:

- Sólida formação básica e profissional geral, incluindo aspectos humanísticos,

sociais, éticos e ambientais;

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 17

- Capacidade para resolver problemas concretos, promovendo abstrações,

modelando casos reais e adequando-se a novas situações;

- Capacidade de análise de problemas e síntese de soluções integrando

conhecimentos multidisciplinares;

- Capacidade de elaboração de projetos e proposição de soluções técnicas e

economicamente competitivas;

- Capacidade de absorver novas tecnologias, promover inovações e conceber com

criatividade aplicações na área de Engenharia de Produção Metalúrgica; o que engloba a

capacidade para consolidar os processos metalúrgicos/siderúrgicos;

- Capacidade para criar sistema de qualidade visando aprimoramento dos

processos metalúrgicos/siderúrgicos;

- Capacidade para formação de recursos humanos fabris;

- Capacidade para propor modificações no projeto/processo, conhecimento de

todas as etapas dos processos metalúrgicos/siderúrgicos;

- Capacidade para definir ensaios necessários para homologação de processos;

- Capacidade de comunicação e liderança para trabalhar em equipe;

- Capacidade de transmitir e registrar, de forma ética, seu conhecimento e

produção;

- Consciência da necessidade de contínua atualização profissional e de uma

constante atitude empreendedora;

- Consciência da importância da busca permanente da qualidade nos produtos e

processos no exercício da atividade profissional;

- Consciência de sua responsabilidade na solução dos problemas da sociedade.

O Engenheiro de Produção Metalúrgico deve ser capaz de implantar ou

empreender, analisar criticamente, administrar recursos humanos, financeiros, materiais,

a produção e os serviços, para cumprir a missão a que estiver vinculado. Deverá ainda,

com visão de futuro, atender as expectativas de um mercado de trabalho em franco

desenvolvimento, extremamente competitivo, em que a qualidade se sobrepõe aos demais

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 18

fatores, em um mundo de relações globalizadas e de rápidas transformações tecnológicas,

políticas e sociais, agindo com o compromisso de continuar a alavancagem sócio-

econômica do elevado potencial regional e do Brasil. Em tempo cada vez mais exigente

de otimização continuada da capacidade de administração dos recursos, sempre mais

escassos, cabe ao profissional uma visão crescente, eclética e holística sobre as dinâmicas

das transformações no mundo contemporâneo. Em suma o Engenheiro de Produção

Metalúrgica da Faculdade de Engenharia de Resende deve ser um profissional

comprometido com valores de responsabilidade social, da justiça e da ética,

demonstrando em suas ações o respeito a vida, pelo ambiente, pelo ser humano e pela

sociedade.

Mercado de Trabalho

Com a crescente demanda do parque industrial nacional, especificamente o setor

siderúrgico, o engenheiro de produção metalúrgico encontra oportunidade de emprego

nos mais diversos segmentos da indústria:

- Metal-mecânico (siderurgia, metalurgia e indústria automotiva);

- Cimenteiro;

- Indústria química e petroquímica;

- Mineração entre outros.

Os postos de trabalho são dos mais diversificados, podendo-se colocar de forma geral

como:

Gerente / supervisor de produção industrial;

Integrador;

Profissional de treinamento técnico no seguimento de produção siderúrgica

e/ou metalúrgica;

Engenheiro de produção em processos industriai

Consultor técnico em produção siderúrgica e/ou metalúrgica;

Representante comercial, vendas ou compras de produtos siderúrgicos e/ou

metalúrgicos.

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 19

Coordenação: Rogério Ferreira Ribeiro

Direção: Mário Simon Esteves, Graduado em Engenharia Industrial pela PUC-RJ,

Mestre em Ciências e Engenharia pela UFF.

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 20

2.-CIÊNCIA-TECNOLOGIA-INOVAÇÃO

2.-Conceito de Ciência

Saiba mais

O uso do conhecimento científico permite o desenvolvimento de novas

tecnologias e, assim, melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Ciências puras têm por objetivo "conhecer" (ou explicar), não importando se tem

utilidade.

Ciências aplicadas estudam formas de aplicar o conhecimento humano, geralmente

proveniente das descobertas feitas pelas ciências puras, em benefício do Homem.

Saiba mais

Saiba mais: Leia aqui o capítulo do livro de Introdução à Engenharia: "Pesquisa"

______________________________________________________________________

EAD - Tarefa 2: Ler as seções 2.1, 2.2 e 2.3, fazer o questionário do final da seção 2.3 e

entregar na próxima aula presencial (vale 1 ponto no 1o bimestre).

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 21

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 22

2.-CIÊNCIA-TECNOLOGIA-INOVAÇÃO

2.1-Tecnologia e Inovação

Saiba mais

Saiba mais 1

Saiba mais 2

Saiba mais: Leia o capítulo do livro de Introdução à Engenharia: "Criatividade"

__________________________________________________________________

EAD - Tarefa 2: Ler as seções 2.1, 2.2 e 2.3, fazer o questionário do final da seção 2.3

e entregar na próxima aula presencial (vale 1 ponto no 1o bimestre).

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 23

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 24

2.-CIÊNCIA-TECNOLOGIA-INOVAÇÃO

2.2-Aspectos Históricos de Ciência e Tecnologia

Saiba mais

Outros fatos marcantes

1620 - Bacon: método experimental

1637 - Descartes: geometria analítica e

leis da refração

1642 - Pascal: 1a máquina de calcular

1660 - Hooke: Lei de Hooke para resistência dos materiais

1774 - Leibniz: cálculo infinitesimal

1768 - Monge: geometria descritiva

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 25

1775 - Simon: turbina d'água

1790 - Lavoisier: publica 31 primeiros elementos químicos e lei da conservação da

massa

1800 - Volta: bateria

1802 - Gay-Lussac: lei da dilatação dos gases

1805 - Fourier: séries trigonométricas

1811 - Avogrado: composição molecular dos gases

1814 - Stephenson: locomotiva

1824 - Carnot: termodinâmica

1831 - Faraday: eletromagnetismo

1834 - Babbage: máquina analítica (ancestral do computador)

1837 - Morse: telégrafo

1855 -Bessemer: aço

1867 - Monier: concreto

1878 - Edson: lâmpada

1885 - Daimler e Benz: automóvel

1891 - Primeira linha de transmissão elétrica

1892 - Diesel: Motor de Combustão Interna

Saiba mais

Saiba mais: Leia aqui o capítulo do livro de Introdução à Engenharia: "Origens da

engenharia"

EAD - Tarefa 2: Ler as seções 2.1, 2.2 e 2.3, fazer o questionário abaixo e entregar na

próxima aula presencial (vale 1 ponto no 1o bimestre).

Obs.: Fazer a mão e em letra legível.

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 26

Questionário:

1- O que distingue a nova engenharia que começou no século 18 da realizada desde a

idade da pedra?

2- Explique o método que a ciência usa para certificar-se que suas descobertas estão

corretas.

3- Pesquisa espacial é pura ou aplicada? Como poderia ser aplicada?

4- Porque se diz que inovação é invenção que chega ao mercado?

5- A tecnologia tem vantagens e desvantagens, como poderíamos minimizar as

desvantagens?

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 27

2.-CIÊNCIA-TECNOLOGIA-INOVAÇÃO

2.3-Propriedade Intelectual: Industrial e Direito Autoral

Saiba mais 1

Saiba mais 2

Saiba mais 1

______________________________________________________________________

__

EAD - Tarefa 2: Ler as seções 2.4 e 2.5, fazer o questionário do final da seção 2.5 e

entregar na próxima aula presencial (vale 1 ponto no 1o bimestre).

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 28

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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2.-CIÊNCIA-TECNOLOGIA-INOVAÇÃO

2.4-Patente, Marca e Desenho Industrial

Saiba mais

Fazendo o pedido, que é feito no INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial,

você já está protegido, embora leve anos para confirmarem que seu pedido é algo novo e

você receber o documento chamado "carta patente" (ou ter o pedido recusado, se o seu

invento já existir em algum lugar do mundo). Se alguém copiar antes de sair a "carta

patente", o INPI acelera o processo.

O pedido de patente no INPI só garante seus diretos no Brasil. Se quiser em outros

países tem que fazer o pedido em cada um deles, exceto nos países da União Européia,

onde fazendo pedido em um país vale para todos.

Para fazer um pedido de patente, entre no site (abaixo) do INPI, que explica como

fazer. O pedido é feito pela Internet, você paga uma taxa e acompanha o andamento do

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pedido até ser concedido. É importante, antes de fazer o pedido, fazer uma pesquisa para

saber se alguém, em algum lugar do mundo, já inventou primeiro. O INPI faz esta

pesquisa para você.

A marca registrada garante o direito por dez anos, prorrogáveis. A marca pode

ser composta por letras e figuras ou ser tridimensional, ou seja, quando o produto tem

uma forma que o distingue dos concorrentes.

O registro de desenho industrial protege aspectos ornamentais de um objeto.

Você pode pedir este registro se tiver criado, por exemplo, um novo formato de relógio,

brinquedo, veículo, mobiliário ou até uma estampa têxtil. Não tem relação com à função

do objeto nem com a marca.

Saiba mais

Saiba mais: Leia aqui o capítulo do Livro de Introdução à Engenharia: "Criatividade"

EAD - Tarefa 3: Ler as seções 2.3 e 2.4, fazer o questionário abaixo e entregar na

próxima aula presencial (vale 1 ponto no 1o bimestre).

Obs.: Fazer a mão e em letra legível.

Questionário:

1- O ar tem água (umidade), se você achar um jeito de tirar água do ar pode patentear? Se

sim, seria Patente ou Modelo de Utilidade:

2- Se você conseguir um jeito de diminuir o consumo do carro, pode patentear? Se sim,

patentearia como Patente ou Modelo de utilidade?

3- Você pode patentear aqui no Brasil algo que o inventor patenteou só na Inglaterra?

4- Você acha que é melhor não pedir a patente de algo que você descobriu e não contar

para ninguém como que faz ou pedir a patente mesmo valendo por tempo limitado.

5- As lâmpadas já existem a muito tempo, Edison inventou. Essas novas lâmpadas de led

são patenteáveis? Se sim, como Patente ou como Modelo de Utilidade?

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Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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3.-METODOLOGIA CIENTIFICA TECNOLÓGICA

3.-Metodologia cientifica

Saiba mais

Kopler demonstrou que devem ser formuladas hipóteses e testá-las não só para

achar evidências que estão corretas mas também procurar evidências de que estão

erradas.

O método científico não precisa, necessariamente, cumprir todas as etapas.Charles

Darwin, por exemplo, passou cerca de 20 anos apenas analisando os dados que colhera

em suas pesquisas e seu trabalho se constitui basicamente de investigação, sem passar

pela experimentação. Algumas áreas da ciência, como a física quântica, por exemplo,

baseiam-se quase sempre em teorias que se apóiam apenas na conclusão lógica a partir

de outras teorias e alguns poucos experimentos, simplesmente pela impossibilidade

tecnológica de se realizar a comprovação empírica de algumas hipóteses.

Saiba mais 1 Saiba mais 2

Saiba mais: Leia aqui o capítulo do livro de Introdução à Engenharia: "Pesquisa"

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EAD - Tarefa 4: Ler as seções 3.1, 3.2, 3.3, 3.4, 3.5, 3.6 e 3.7, fazer o questionário do

final da seção 3.7 e entregar na próxima aula presencial (vale 0,5 ponto no 2obimestre).

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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3.-METODOLOGIA CIENTIFICA TECNOLÓGICA

3.1-Tecnicas de Aprendizagem

Saiba mais:

http://sthembrasil.com/site/

Observa-se que todos os métodos propiciam aprendizagem, mas que você retém mais o

que estuda "fazendo". Nos métodos de estudo mostrados na Pirâmide, os que resultam

numa memorização de longo prazo são os que envolvem atividades práticas. Quanto mais

o aluno aplicar o que está estudando mais vai aprender.

O curso de Introdução à engenharia requer que você leia o conteúdo da disciplina

no site (leitura), que preste atenção às explicações do professor (palestra), veja os vídeos

no site (audiovisual), as demonstrações feitas em aula e nos vídeos, participe

de discussão em sala e faça os exercícios no site que apresentam problemas reais para

você aplicar o que viu no EAD.

Mas, fixaremos esses conhecimentos e aprenderemos outros "fazendo", com

muitas atividades práticas (uso imediato do que está aprendendo). Por meio do Projeto

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Anual que você fará o que um engenheiro faz: achar solução, projetar, construir o

protótipo e apresentá-lo oralmente e fazer o relatório. E por meio de atividades práticas

em sala para resolver problemas de engenharia em grupo.

Também, grupos apresentarão assuntos relacionados aos conteúdos que estamos

estudando (ensinar os outros).

Essa forma de aprender é chamada "Metodologias Ativas de Ensino-

Aprendizagem" e está começando a ser introduzida no mundo todo como algo novo,

"embora o professor de Alexandre - o Grande, Aristóteles, já conhecesse".

Metodologia ativa é um processo amplo e possui como principal característica a

inserção do aluno/estudante como principal responsável pela suaaprendizagem,

comprometendo-se com seu aprendizado.

Saiba mais

Nota do professor:"Tive um colega, que quando concluímos o curso de engenharia me

disse que "estava se formando mas não sabia fazer nada". Claro que é um exagero dizer

isso. Mas, aprendemos muita coisa no curso e não aprendemos a "fazer".

Em todos os países do mundo mais de 50% dos engenheiros trabalham fora da sua

área, seja em gestão, mercado financeiro, informática corporativa, etc. Engenheiro é "pau

para toda obra", engenheiro faz. Vamos, já nessa disciplina, aprender a fazer!

EAD - Tarefa 4: Ler as seções 3.1, 3.2, 3.3, 3.4, 3.5, 3.6 e 3.7, fazer o questionário do

final da seção 3.7 e entregar na próxima aula presencial (vale 0,5 ponto no 2obimestre).

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

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3.-METODOLOGIA CIENTIFICA TECNOLÓGICA

3.2-Tecnicas de Aprendizagem

Inventora

Preparação

Adquira o hábito de estudar em certos dias e horários e no mesmo local -

encontre um local adequado.

Processamento das informações:

Quando tiver contato com novos conhecimentos, seja lendo, ouvindo, ele só será

aprendido se souber aplicá-lo em diversos contextos, ou seja se você souber aplicá-lo para

resolver problemas. Decorar é inútil porque você logo esquecerá. Deve fazer os exercícios

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depois de ler para entender como utilizar o conhecimento. Deve também utilizá-lo

principalmente nas atividades práticas do curso.

Informática

Procure aprender bem, principalmente, o Excel, e também Word e Power point.

Você encontra vídeo aulas na Internet e a disciplina de Processamentos de dados irá

ajudá-lo(a). Digite "vídeo aulas de Excel" no Google e escolha, são muitas opções. O

mesmo para Power point e Word.

Excel é fundamental para o engenheiro. Nele, você coloca números (dados) e ele

faz cálculos com todo tipo de fórmulas, além de gráficos e tabelas e serve também como

banco de dados permitindo que você guarde e ordene as informações. Ajuda muito nas

tarefas do dia a dia na faculdade e depois.

O engenheiro dificilmente faz programas de computador, a não ser engenheiros

eletrônicos da área digital, apenas usa aplicativos, como o Excel. No Excel você pode,

inclusive, fazer pequenos programas chamados de "macros" onde você pode fazer uma

lista de comandos que ele executa automaticamente sempre que quiser, como se você

pudesse definir uma nova função ou fórmula.

Inglês

Inglês é fundamental para o engenheiro. Tendo ou não já feito um cursinho de

inglês, é preciso evoluir. Para isso a Internet é conveniente, você pode estudar sem custo

e quando puder. Sites como http://www.elllo.org/ são muito "legais' e tem dicionários

como o Google tradutor https://translate.google.com.br/?hl=pt-

BR ehttp://www.thefreedictionary.com/ (este é inglês-inglês e é muito completo).

Saiba mais

Saiba mais: Leia aqui o capítulo do livro de Introdução à Engenharia: "Chegando à

Universidade"

EAD - Tarefa 4: Ler as seções 3.1, 3.2, 3.3, 3.4, 3.5, 3.6 e 3.7, fazer o questionário do

final da seção 3.7 e entregar na próxima aula presencial (vale 0,5 ponto no 2obimestre).

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Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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3.-METODOLOGIA CIENTIFICA TECNOLÓGICA

3.3-Organização de uma Pesquisa e Projeto

Abaixo estão descritos os passos para a realização de uma pesquisa. O projeto Anual

que faremos é uma pesquisa e também um projeto de engenharia e faremos todos os

passos indicados. Mas, um projeto de engenharia normalmente necessita de menos

passos.

- Definição do tema.

- Pesquisa bibliográfica, para verificar quais estudos foram realizados sobre

o tema e para colher informações.

- Delimitação do trabalho com a definição do que vai ser feito.

- Definição dos objetivos a serem alcançados.

- Escolha do título.

- Justificativa da pesquisa, indicando as contribuições que o trabalho

poderá trazer.

- Definição do problema.

- Formular hipóteses. Ter idéias de como resolver o problema.

- Definição dos instrumentos (ferramentas, materiais, etc) necessários.

- Fazer um plano de trabalho, que determine como irá fazer a pesquisa.

- Definição do Cronograma para o desenvolvimento do trabalho.

- Definição do orçamento necessário para as despesas com materiais, etc.

- Realização do trabalho.

- Discussão dos resultados.

- Tirar as conclusões e fazer observações que achar apropriadas sobre o

projeto.

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- Fazer o Relatório, que deve conter todas as informações obtidas em todos

os passos acima.

- Apresentação oral do trabalho (em Power point).

A definição do tema geralmente é feita pelo professor (orientador) por ter mais

conhecimentos na área, mas pode ser feita também pelo aluno com sua experiência

anterior e pesquisando temas dentro da sua área de interesse.

Saiba mais: Leia o capítulo do livro de Introdução à Engenharia: "Pesquisa"

EAD - Tarefa 4: Ler as seções 3.1, 3.2, 3.3, 3.4, 3.5, 3.6 e 3.7, fazer o questionário do

final da seção 3.7 e entregar na próxima aula presencial (vale 0,5 ponto no 2o bimestre).

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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3.-METODOLOGIA CIENTIFICA TECNOLÓGICA

3.4-Busca de Soluções e Criatividade

A engenharia depende cada vez mais de conhecimentos científicos e técnicos.

Mas, é errado achar que para todos os problemas de engenharia existam técnicas

para resolvê-los e fórmulas prontas. A engenharia é uma mistura de ciência, técnica,

experiência, bom senso e criatividade. Criatividade depende de percepção, sensibilidade,

intuição e motivação.

Para podermos resolver problemas precisamos de quantidade, qualidade e

diversidade de idéias. E as idéias para serem criativas precisam ser novas, úteis e simples.

Criatividade é olhar para coisas que os demais olham e ver algo diferente, visto

de outro ponto de vista.

Coisas que dificultam sua criatividade:

- Reprimir idéias muito diferentes das usuais.

- Achar que os outros sabem mais e que tem melhor capacidade de resolver.

- Assumir que um produto tem só seu uso original, por exemplo que uma lâmpada

só serve para iluminar. (Serve para aquecer também.)

- Hábitos. Nos acostumamos a fazer tudo da mesma forma. Por exemplo, quando

comemos não temos que descobrir novas formas de cortar o alimento, levar a

boca e mastigar.

- Medo de ser criticado. (Muitas das grandes idéias inicialmente sofreram duras

críticas.)

- Motivação em excesso: busca de objetivos muito difíceis.

- Preocupação com detalhes. É preciso ver todas as possibilidades de forma geral

e só depois detalhar.

- Rejeitar idéias iniciais ruins. Uma idéia que parece ruim pode vir a ser "a menos

ruim".

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- Ficar satisfeito com a primeira idéia. Podemos deixar de procurar idéias

melhores.

Técnica para achar soluções: Brainstorming ("tempestade cerebral")

O brainstorming talvez seja a técnica mais difundida e que traz os melhores

resultados. Pode ser aplicada em qualquer etapa do desenvolvimento do projeto, até para

achar nome para um produto novo e formas para embalá-lo.

- O objetivo é estimular um grupo de pessoas, geralmente 5 a 10 a detectar

necessidades, produzir idéias ou propor soluções.

- O grupo recebe um problema e durante um tempo entre 45 minutos e 1 hora

propõe o maior número de idéias e propostas, que serão anotadas.

- Todas as idéias devem ser anotadas. A fantasia é livre, só é permitido comentar,

discutir ou criticar as idéias no final para achar as melhores.

- Quanto mais idéias melhor, a quantidade é mais importante que a qualidade.

- Todos podem desenvolver as idéias de outros, ninguém é dono das idéias.

- Ao final o grupo seleciona as melhores idéias.

Saiba mais: Leia o aqui o capítulo do livro de Introdução à Engenharia: "Criatividade"

EAD - Tarefa 4: Ler as seções 3.1, 3.2, 3.3, 3.4, 3.5, 3.6 e 3.7, fazer o questionário do

final da seção 3.7 e entregar na próxima aula presencial (vale 0,5 ponto no 2obimestre).

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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3.-METODOLOGIA CIENTIFICA TECNOLÓGICA

3.5-Trabalhos Acadêmicos e Científicos

Ao longo de toda sua vida acadêmica, você fará trabalhos acadêmicos e científicos.

Há Trabalhos realizados durante a Graduação, as Monografias dos TCCs -Trabalhos

de Conclusão de Curso, e Dissertações e Teses realizados em pós-graduações.

Trabalhos de Graduação tem a finalidade de obter maior assimilação do

conhecimento dos conteúdos das disciplinas, fornecem oportunidade de ter contato mais

aprofundado por meio de pesquisa bibliográficas sobre um determinado assunto, não

tendo portanto a intenção de serem necessariamente científicos.

No TCC é escrita uma Monografia, a qual permite ao graduando refletir acerca

de um tema determinado, sendo que tais reflexões se tornam materializadas por meio de

um texto (constituído de técnica e conteúdo, normalmente em engenharia vem a ser um

projeto), bem como de uma defesa realizada de forma oral, a qual será avaliada por uma

banca examinadora composta por especialistas na área.

Dissertação: Destinada aos cursos de Mestrado, define-se, sobretudo, por uma

reflexão acerca de um determinado tema ou problema, a qual se materializa pela

exposição de ideias de maneira ordenada e fundamentada. A dissertação é fruto de um

trabalho de pesquisa o mais complexo possível em relação ao tema escolhido. Além da

revisão de literatura, é preciso dominar o conhecimento do método de pesquisa e informar

a metodologia utilizada na pesquisa, embora não haja preocupação em apresentar

novidades quanto às descobertas, o pesquisador expõe novas formas de ver uma realidade

já conhecida.

Tese– De forma semelhante à dissertação, endereçada ao mestrado, a tese define-

se pelo trabalho de conclusão referente aos cursos de Doutorado. Sua principal

característica reside no fato de que constitui um avanço significativo na área do

conhecimento em estudo, visto que para o acadêmico obter o grau de doutor é preciso que

ele, na defesa de sua tese, apresente originalidade, rigor na argumentação, bem como

valide suas afirmações por meio de provas concretas, tendo em vista a necessidade de

suas descobertas trazerem uma contribuição ao conhecimento da área em estudo.

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. Observação 1: Pós-graduação Lato Celso significa Especialização e difere da

pós-graduação Stricto Sensu que significa Mestrado. A diferença entre Especialização e

Mestrado é que na Especialização é requerido que o aluno faça uma Monografia e no

Mestrado é requerido que o aluno faça uma Dissertação, as vezes chamada também de

"tese de mestrado".

Observação 2: Os trabalhos científicos devem ser elaborados com normas

preestabelecidas de acordo com os fins que se destinam. Artigos para revista ou congresso

devem seguir o formato que seus organizadores determinam. Teses e dissertações, em

pós-graduações, seguem os modelos definidos pelas instituições de ensino (faculdades).

E todas devem seguir as normas técnicas de redação.

Saiba mais: Leia aqui o capítulo do livro de Introdução à Engenharia: "Pesquisa"

__________________________________________________________________

EAD - Tarefa 4: Ler as seções 3.1, 3.2, 3.3, 3.4, 3.5, 3.6 e 3.7, fazer o questionário do

final da seção 3.7 e entregar na próxima aula presencial (vale 0,5 ponto no 2obimestre).

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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3.-METODOLOGIA CIENTIFICA TECNOLÓGICA

3.6-Normas para Redação e Orientações para Apresentação Oral

Um profissional eficiente é aquele que sabe utilizar os seus conhecimentos, o seu

raciocínio e sua capacidade de pesquisar. Mas também é aquele que sabe se expressar,

comunicando com clareza os resultados de seu trabalho e fazendo as pessoas entenderem

o que foi feito.

É muito importante que o engenheiro saiba se expressar por escrito e oralmente e

preparar apresentações de seus trabalhos. Tão importante quanto um trabalho bem feito é

sua apresentação.

Redação

Preparação para redigir

Anotar tudo o que for feito durante o desenvolvimento de um trabalho é

fundamental quando for redigir. Ter as informações que pesquisou guardadas, de onde as

tirou, os cálculos, desenhos, medidas, etc.

Normas para redação

Para a realização de trabalhos acadêmicos, normas devem ser seguidas. A

normalização tem como base as Normas de Documentação da ABNT (Associação

Brasileira de Normas Técnicas). Consulte na biblioteca, fale com a sua professora de

Português.

Orientações para redação

- Trabalhos técnicos e científicos devem ser objetivos: utilize uma linguagem

simples, clara e precisa.

- Devem ser impessoais: redigidos na terceira pessoa.

- Utilize termos técnicos da área quando o trabalho for para pessoas da área, e

evite-os quando for para o público em geral.

- Figuras ajudam muito a entender o texto, enumere-as e coloque legendas.

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- Podem ser usadas abreviaturas ou siglas, desde que explicadas na primeira vez

que usá-las.

- Faça primeiro um rascunho da redação, depois revise-o.

- Todo trabalho tem sempre introdução, desenvolvimento e conclusão.

1· - Na introdução situe o leitor: fale do assunto do trabalho e o que

especificamente dentro daquele assunto você está abordando. O que pretende fazer e

como pretende fazer e com que finalidade - o que espera de resultado.

2· - No desenvolvimento fale da metodologia utilizada ou seja como fez para

obter os resultados, apresente os cálculos e desenhos (se houver), os resultados obtidos e

sua análise.

3· - Na conclusão resuma o que se obteve, comente se está dentro ou não do

esperado e porque.

Erros de escrita

Erros de escrita prejudicam muito a imagem de quem escreveu, e podem até

prejudicar o entendimento. Passe o corretor ortográfico e gramatical após terminar o

trabalho, caso ele não seja automático no seu editor de texto. O Word faz isto no menu

"Ferramentas/Ortografia".

Arquivos grandes

Trabalhos muitas vezes tem que ser enviados por e-mail ou postados na Internet

e podem exceder o limite. Para reduzir o tamanho do trabalho, converta para formato

"pdf", opção que tem no menu do Word "Arquivo/Converter em pdf". A conversão do

trabalho em "pdf" também impede que outra pessoa modifique seu trabalho. Muitas vezes

o que faz um arquivo ficar grande são fotos, o que pode ser resolvido facilmente copiando

e colando a foto no "Paint" do Windows e usando a opção redimensionar.

Apresentação Oral

Algumas orientações para preparar a apresentação e apresentá-la:

1- Coloque nos slides apenas os títulos dos assuntos que vai apresentar. Serve para

mostrar os assuntos para quem está assistindo e para quem vai falar saber sobre o que

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falar. Evite colocar muita informação no slide porque fica "pesado" e faz você ficar lendo.

Coloque no slide menos de 10% das palavras que você vai dizer.

2- Figuras podem ajudar a explicar o assunto.

3- Evite ler. Veja cada assunto mostrado no slide e fale com suas próprias palavras o que

você sabe do assunto, ou o que entendeu. Os ouvintes querem saber o que você tem a

dizer do assunto. Se não consegue dizer muita coisa do assunto, fale pouco sem ler. Leia

somente se houver dados que acha importante mostrar e que pode esquecer de dizer ou

são difíceis de guardar.

4- Quem não está acostumado a fazer apresentações em público, é comum parar os

olhos em uma pessoa por muito tempo e quando percebe já ficou constrangedor para

ambos. Neste caso, é melhor olhar para o fundo da sala (parede), parecerá que está

olhando para a turma.

5- Não apresente para o professor, apresente para todos. Isso vale também para uma

apresentação importante. Se entre os ouvinte estiver o professor, seu chefe, um cliente

importante, ficarão mais confortáveis se parecer que não está se dirigindo mais a ele.

6- Não se preocupe em errar, aliás, aprende-se muito quando erra, você só não deve

errar quando tiver que fazer uma apresentação importante. Aproveite para praticar!

Saiba mais: Leia aqui o capítulo do livro de Introdução à Engenharia: "Comunicação":

__________________________________________________________________

EAD - Tarefa 4: Ler as seções 3.1, 3.2, 3.3, 3.4, 3.5, 3.6, e 3.7, fazer o questionário

abaixo e entregar na próxima aula presencial (vale 0,5 ponto no 2o bimestre).

Obs.: Fazer a mão e em letra legível.

Questionário:

1- Quais as etapas do método científico?

2-.No que difere a metodologia ativa de aprendizagem da tradicional?

3- O que significa fazer ‘Pesquisa bibliográfica’ e para que serve?

4- Para que serve Brainstorm?

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5- O que significa Pós-graduação e quais os tipos?

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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4.-PROJETO

4.- Projeto

Os engenheiros são identificadores e solucionadores de problemas.

Identificar e resolver um problema resulta em um novo produto ou processo, ou

na melhoria dos existentes. Processo é um conjunto de atividades para fazer algo, por

exemplo fabricar um produto.

Como resolver problemas? Projetando. O Projeto é a essência da engenharia.

Por meio do projeto o engenheiro aplica seus conhecimentos técnicos e científicos.

Mais que isso, aplica também sua criatividade, bom senso, experiência, conhecimento do

que a sociedade precisa, do que é econômico, etc. e, faz isso com ética, responsabilidade

social e sustentabilidade, não priorizando o lucro e não prejudicando as pessoas nem a

natureza.

Antes de iniciar um projeto devem ser garantidos os recursos financeiros e

satisfeitas as questões legais (Normas) com setores governamentais e órgãos

fiscalizadores, disposições da ABNT, como a Norma Geral de Desenho Técnico NBR

5984.

Saiba mais sobre a ABNT.

O que é Projeto

Todos nós fazemos projetos no dia a dia, por exemplo organizar uma festa, fazer

uma prateleira para livros, etc., pois exigem criatividade, experiência, etc. Há projetos

mais complexos, que exigem mais técnica, regras e roteiro com os passos para fazê-lo.

Projeto é um plano para realizarmos ou construirmos algo com os recursos que

dispomos, e no tempo que dispomos. Qualidade é importante, significa satisfazer o

melhor possível quem for se beneficiar dele e fazê-lo com o menor custo.

Projeto e invenção (descoberta) são coisas diferentes, projeto pode envolver

pesquisa e descoberta ou, mais comum, apenas aplicar conhecimentos existentes para

satisfazer alguma necessidade.

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 50

No caso de problemas complexos, para não lidarmos diretamente com eles,

dividimos em partes mais simples para que possamos estudá-las separadamente. E

estudamos as partes construindo modelos teóricos (veja seção 4.4).

Depois dessa investigação mais detalhada, temos as conclusões e propostas de

solução.

Mas não termina aí, o projeto deve ser comunicado de forma clara, correta e

concisa. Por meio de um Relatório e também oralmente.

Saiba mais

Saiba mais: Leia aqui o capítulo do livro de Introdução à Engenharia: "Projeto"

EAD - Tarefa 5: Ler as seções 4.1, 4.2, fazer o questionário do final da seção 4.2 e

entregar na próxima aula presencial (vale 0,5 ponto no 2o bimestre).

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 51

4.-PROJETO

4.1.-Modelo para o Projeto: “Project Model Canvas”

Iniciamos o projeto fazendo seu planejamento, o "modelo do projeto". No plano para a

realização do projeto não nos preocupamos com detalhes de implementação. Podemos

especificar todo o projeto sem entrar em detalhes, que serão resolvidos depois.

A metodologia que utilizaremos para fazer o planejamento do projeto chama-se

"Project Model Canvas", mostrado na figura abaixo. Canvas é uma palavra em inglês que

significa tela, seja uma tela de computador ou uma folha de papel. Faremos projetos

usando o Canvas das duas formas: no papel e no computador. No papel, o grupo senta em

volta de uma mesa e faz o projeto sobre o papel. No computador, além das facilidades de

edição, o grupo pode trabalhar em rede, todos mexendo ao mesmo tempo na mesma tela

do projeto, mas podem estar em locais distantes utilizando seus próprios computadores.

O Canvas foi criado por um professor da fundação Getulio Vargas baseado no Business

Project Canvas que é utilizado em economia, e está sendo utilizado maciçamente pelas

empresas e faculdades no mundo todo. Empresas de todos os seguimentos estão usando

no Brasil: construtoras, bancos, o comitê olímpico, etc.

O Canvas serve para você fazer uma festa de aniversário ou uma usina nuclear.

Para uma festa de aniversário o planejamento evita, por exemplo, que faltem cadeiras e,

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se faltar, você terá um plano "B". No caso de um projeto de empresa, a falta de

planejamento pode causar grandes prejuízos. O Canvas engloba os passos para a

realização de projeto mostrados na seção 3.4 (Organização de Pesquisa e Projeto), mas

direcionado para projetos.

Como fazer seu projeto usando o Canvas

O Canvas tem 13 campos que especificam tudo sobre seu projeto. Para preencher

as informações, cole post-it (adesivos) nos campos da folha.

A figura abaixo mostra a seqüência em que devem ser preenchidos os campos.

As áreas coloridas da figura abaixo indicam dentro do Canvas quais campos explicam:

"por que?" fazer o projeto, "o que?" o projeto faz, "quem? participa do projeto, "como? o

projeto será feito e "quando" será feito e "quanto" custará. A resposta a estas questões

define totalmente o projeto.

As informações colocadas no Canvas também servem para apresentar o projeto

para quem o encomenda e para a equipe que irá participar dele.

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O que é feito depois de terminado o modelamento do projeto no Canvas, é o detalhamento

pela equipe: Cronograma, Planilhas de custo, modelamento físico e matemático das partes

a serem implementadas (se for necessário) e a implementação (construção ou realização

do projeto). E geração da documentação do projeto (relatório).

Preenchimento dos treze campos do Canvas

Inicialmente, dê um nome para o Projeto, representativo do que é o projeto, no

"campo Pitch". Por exemplo, se vai fazer um "Aprender metodologias de

desenvolvimento de projeto fazendo um foguete de garrafa pet.

a) Campos "Justificativas", "Objetivo Smart" e "Benefícios"

Apresentam as razões "Por que fazer o projeto". Um projeto sempre parte de

uma situação ruim para uma melhor, ou seja, obter alguma melhoria, como diz o criador

do Canvas, prof. Finocchio, "não se faz projeto para pioria".

Campo 1: Justificativas

Se você vai fazer um projeto é porque tem uma razão para isso. Está em uma

situação "ruim" no passado e por meio da realização do projeto passa para uma situação

"boa" no futuro. Por exemplo, para o projeto de um foguete de garrafa pet, as justificativas

poderiam ser: Necessidade de praticar os conhecimentos teóricos de metodologias para

desenvolvimento de projetos"; Aprender a resolver problemas de engenharia e construir

a solução. O foguete utiliza materiais fáceis de se obter; etc.

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As justificativas são importantes para convencer quem vai pagar pelo projeto que

ele vale a pena. Se você for projetar um foguete de garrafa pet, você e sua equipe é que

vão "pagar" pelo projeto, principalmente com o tempo que vão dedicar a ele, portanto é

importante para vocês se justificarem e se motivarem, se não tiver justificativa vocês não

irão fazer.

Campo 2: Objetivo Smart

Com uma só frase diga o que você vai fazer. Por exemplo, "Projetar e construir

Foguete de garrafa pet movido à água e pressão com plataforma de lançamento até o

início de agosto". É por meio do Objetivo Smart que você irá passar da situação atual

"ruim" para uma situação "melhor' no futuro quando o projeto estiver realizado.

O Objetivo Smart é importante para você e sua equipe terem claramente em mente

o que vão fazer para não se perderem fazendo coisas desnecessárias ou outra coisa.

Campo 3: Benefícios

Você diz aqui quais os benefícios que o projeto irá trazer. Qual será a situação

"melhor" que vai atingir no futuro. Por exemplo (para o foguete): "Obter conhecimento

prático sobre metodologias de desenvolvimento de projetos", "Obter boas notas", etc.

b) Campos "Produto" e "Requisitos"

Aqui você descreve "O que é o produto" do projeto". O que é e quais suas

características.

Campo 4: Produto

Diga qual é o produto: Para o foguete, poderia ser "Foguete de garrafa pet e sua

plataforma de lançamento.

Campo 5: Requisitos

Requisitos são "requisitos do usuário, ou do cliente que está encomendando o

projeto", ou seja, você tem que descobrir o que o usuário do produto quer que o produto

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faça, como o cliente quer seu foguete (por exemplo). Também são requisitos as normas

que tem que ser seguidas, como as normas ABNT que dizem respeito ao projeto.

Os Requisitos podem ser definidos por você e sua equipe quando colam os post-

its no Canvas imaginando como o usuário gostaria que fosse o produto. Mas, depois,

vocês devem procurar o usuário (cliente) e descobrir como ele quer o produto. Você, que

é o engenheiro, poderá ajudar o usuário a definir o produto, informando a ele o que é

viável (tecnologicamente e economicamente) fazer para que ele possa escolher e informá-

lo que certas coisas que ele pode estar desejando não são viáveis ou informar o custo

adicional que terá que pagar para fazê-las.

No caso do trabalho escolar, o cliente é o professor. Descubra o que o professor

quer que faça. Proponha coisas e veja se o professor concorda. Diga ao professor se tiver

problemas para fazer como ele sugeriu.

Os requisitos para um foguete de pet poderiam ser: "Movido a água e pressão

fornecida por uma bomba" ou "Movido a água e pressão fornecida pela reação química

de vinagre e bicarbonato de sódio", "Foguete para atingir pelo menos 100 metros", etc.

Veja que os requisitos definem como o foguete vai ser projetado e construído e implicam

em um custo correspondente. Quanto mais e maiores os requisitos, mais complexo e caro

fica o produto o seu projeto, por isso, definir os requisitos é um trabalho importante que

tem que ser discutido depois com o cliente (ou usuário) para satisfazê-lo com o menor

custo e no menor tempo.

c) Campos "Stake Holders externos e Fatores externos" e Equipe

Esses campos informam "Quem participa do projeto".

Campo 6: Stake Holders externos e Fatores externos

São os "agentes" que influem na realização do projeto. Os Stake holders influem

no projeto mas não fazem parte de sua equipe de projeto. Por exemplo, se o projeto for

de um foguete pet, o fornecedor das peças é um Stake holder externo. O clima também

não é um Stake Holder e sim um Fator externo que também é indicado nesse campo, pois

você terá que testar o foguete ao ar livre e se chover no dia do teste não será possível

realizar o teste conforme agendado. O órgão fiscalizador da prefeitura é um Stake holder,

se você estiver fazendo um prédio.

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Campo 7: Equipe

É você e seu grupo. São os Stake Holders internos, todos que participam do

planejamento do projeto (Canvas), do detalhamento e da execução do projeto

(construção), documentação, etc.

d) Campos "Premissas", "Grupo de Entregas" e "Restrições"

Dizem "como o projeto será feito".

Campo 8: Premissas

Premissas são suposições que você e sua equipe terão de fazer sobre o ambiente

externo ao projeto. São feitas sobre os Stake Holders externos e Fatores externos. Por

exemplo, não dá para saber se vai chover no dia planejado para o teste do produto, mas

você tem que partir da premissa que não vai chover e marcar um dia para fazer o teste. Se

você vai precisar de peças para montar o produto, você parte da premissa que a loja que

fornece o material o terá te vender quando você precisar comprá-lo. No caso de uma obra,

você parte da premissa (supõe) que o órgão fiscalizador vai liberar o "habite-se" (aprovar

a obra) dentro do prazo esperado para você entregá-la ao cliente (ou usuário).

É importante listar todas as premissas para você e sua equipe saberem de quem e

do que estão dependendo para realizar o projeto. Saber que não depende só de vocês e

estarem preparados para um "plano B".

Campo 9: Grupo de Entregas

Aqui você não detalha todas as coisas produzidas pelo projeto e sim os conjuntos

de coisas. E não é só o que você vai entregar ao cliente, mas todos as tarefas e resultados

do projeto. Por exemplo (para o foguete): Pesquisa bibliográfica do assunto, Fazer o

planejamento do projeto, que é o Canvas. Compra de materiais, Construção do foguete,

Construção da base de lançamento, Relatório do projeto. É o que os membros da equipe

do projeto tem que "entregar" (fazer) durante a realização do projeto, seguindo um

cronograma que será definido no campo 12.

Campo 10: Restrições

Você indica aqui as restrições que precisa ou quizer impor ao trabalho da equipe.

Por exemplo, para o foguete: Não pode testar o foguete próximo à pessoas ou casas. Não

pode utilizar produtos explosivos ou inflamáveis para obter a propulsão do foguete. Para

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uma obra: Não pode fazer um prédio em área residencial (tem que seguir o Plano de

zoneamento da cidade). Não poder trabalhar em 2 turnos (por questão de custo).

e) Campos "Riscos", "Linha de tempo" e "Custos"

Dizem "quando ficará pronto o projeto e quanto custará".

Campo 11: Riscos

Os riscos dizem respeito aos agentes externos, os quais você não controle (Stake

hoders externos e Fatores externos) e aos Grupos de entregas. Para se avaliar quando

ficará pronto e quanto custará, antes você e sua equipe devem identificar os riscos para

procurar evitá-los ou atenuar suas conseqüências, caso aconteçam. Isso tem impacto no

cronograma e na planilha de custo. Por exemplo, se chover no dia marcado para fazer o

teste do foguete de pet, o teste terá que ser adiando causando um atraso no cronograma

do projeto. Numa obra, os órgãos fiscalizadores podem atrasar o fornecimento da

aprovação ("habite-se"), causando atraso e custos adicionais. O aumento do preço

previsto para os materiais antes de serem comprados. Tem que ter bom senso para avaliar

os riscos e levar em conta no cronograma e na planilha de custo, deixando uma "folga"

porque não vai acontecer "de tudo", mas alguma coisa sempre acontece. Pode chover no

dia marcado para o teste, mas não vai chover todos os dias durante um mês.

Campo 12: "Linha do Tempo"

Linha do tempo é um cronograma simplificado. Para cada Grupo de Entrega você

prevê um tempo para a sua realização. Escreva no campo Time Line os meses entre o

início e o fim previsto para a obra. Para cada Grupo de Entregas cole um post-it abaixo

do mês que o Grupo de Entregas será feito. Se durar mais cole um outro post-it na frente

do primeiro. Veja na seção seguinte (4.3) o diagrama de Gantt que é o mesmo tipo de

cronograma do Time Line.

Campo 13: Custos

Aqui você faz uma lista de coisas que geram gastos no projeto e os valores

previstos para cada uma. É uma estimativa, você e sua equipe só terão o valor preciso

quando detalharem cada um desses gastos, o que é feito depois por membros da equipe.

No Canvas é feita só a estimativa de custos. Por exemplo para um foguete pet, os itens

podem ser vinagre e bicarbonato de sódio (ou uma bomba de encher pneu de bicicleta),

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conexões pvc e cola para montar a base, um bico de pneu, fita adesiva. Você coloca nesse

Campo uma estimativa, por exemplo: Entre 20 e 40 reais. Quando fizer o detalhamento

do projeto, sua equipe levantará o preço junto aos fornecedores de todos os materiais que

efetivamente for usar, gerando uma planilha de custos.

Essa estimativa dos custos é importante para informar ao cliente. Baseada nela ele

irá aprovar ou não a realização do projeto. Antes de concluir o Canvas e partir para o

detalhamento do projeto e sua implementação é preciso apresentá-lo ao cliente para que

ele aprove, para que os recursos para o projeto sejam obtidos. Podem ser feitas alterações

no projeto se o cliente desejar. No caso do trabalho escolar, que pode ser, por exemplo, o

foguete pet, o cliente é o professor. O professor tem que aprovar o projeto feito no Canvas

antes de você partir para a implementação e, se o professor sugerir mudanças, faça as

alterações no Canvas.

- Assista aqui o vídeo de apresentação do Canvas

- Veja o aqui o vídeo que explica cada campo fazendo o projeto de uma estrada em 30

minutos

Roadshow Project Model Canvas

Saiba mais, assista os vídeos:

PMCanvas mata Moby Dick em 10 min

PMCanvas: Eu quero ser médico !__

________________________________________________________________

Para trabalhar junto com seu grupo no computador com todos mexendo

simultaneamente no mesmo projeto:

- "Logue" utilizando sua senha de e-mail do gmail.

Faça uma cópia e de o nome que quiser para o projeto:

- Clique no menu "arquivo" e "fazer uma cópia ..." e dê um nome.

Você já pode trabalhar no projeto. Seu projeto ficará na nuvem, você não pode baixar o

projeto para seu computador. Só pode imprimir ou tirar uma cópia em formato pdf.

- Clique no menu "arquivo" e "compartilhar" e digite os e-mails dos membros do grupo.

Eles receberão por e-mail o link para poder trabalhar no projeto.

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__________________________________________________________________

EAD - Tarefa 5: Ler as seções 4.1 e 4.2, fazer o questionário abaixo e entregar na

próxima aula presencial (vale 0,5 ponto no 2o bimestre).

Obs.: Fazer a mão e em letra legível.

Questionário:

1- Como o engenheiro resolve problemas?

2- O que é projeto?

3- Como fazer um projeto?

4- O que é “Project Model Canvas”, para que serve?

5- Faça o plano de projeto usando o Canvas para sua festa de aniversário. Use uma folha

comum de papel e, para cada campo do Canvas, escreva o que escreveria nos post-its.

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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4.-PROJETO

4.2.-Técnicas para Gerenciamento de Projetos

Rede Pert e diagrama de Gantt são ferramentas de projeto muito utilizadas, servem para

o planejamento, avaliação e controle de qualquer tipo de projeto. Ambas tem a mesma

finalidade e pode-se escolher a que mais convier.

O diagrama de Gantt é mais apropriado para fazer cronogramas e a rede Pert para

mostrar atividades que dependem de outra terminar para poder começar.

Apresentam graficamente os eventos, a duração dos eventos e a ordem que

ocorrem.

Rede Pert

Pert (Program Evaluation and Review Technique) utiliza principalmente os

conceitos de Redes (Grafos) para planejar e visualizar a realização das atividades do

projeto. Exemplos de sua aplicação são: gestão e planejamento da construção civil,

mecânica, naval, etc.

Abaixo é apresentada uma rede Pert para a realização de uma obra de construção

civil.

Exemplo de Pert para obra.

Os círculos indicam cada atividade da implementação do projeto. Dentro do círculo

coloca-se o número da atividade, que não significa a ordem que é implementada, pois são

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 61

as setas que indicam a ordem que serão realizadas. Ao lado do circulo coloca-se o tempo

que leva para realizar a atividade. Indica-se também o início e o fim.

Para fazer a rede Pert, primeiro se faz uma lista com todas as atividades (tarefas)

que tem que ser feitas, sem se preocupar com a ordem que serão realizadas.

Depois indica-se para cada atividade o número da(s) atividade(s) que tem que

terminar para que ela possa começar. Por exemplo, para poder fazer a atividade 2,

fundação, que é a colocação de ferro e concretos em buracos, é preciso estar pronta a

atividade 1, escavação dos buracos, e para fazer o telhado é preciso que as paredes estejam

prontas.

Depois indica-se o tempo que leva para fazer cada atividade.

Estas informações são conhecidas pelos engenheiros que projetaram a obra, ou

eles tem como fazer o levantamento delas.

Depois desenha-se a rede Pert procurando fazer, sempre que possível, atividades

em paralelo (simultaneamente) para que a obra termine no menor tempo. Tem várias

soluções. O projetista tem que escolher a rede Pert que resulte numa obra de menor

duração. Fazer a atividades em paralelo significa na rede Pert mostrada na figura os

marceneiros que fazem o telhado (4), os encanadores que fazem o encanamento (5) e os

eletricistas que fazem a instalação elétrica (9), todos estarão trabalhando ao mesmo tempo

nessa obra.

O caminho mais longo diz qual a duração da obra. No caso, o caminho 1-2-3-5-

6-10-12-14 é o mais longo e somados os tempos de realização dessas atividades resulta

que a duração da obra será de 53 meses. Os outros caminhos contém atividades que serão

finalizadas antes do término final da obra.

A vantagem de fazer as atividades em paralelo é que a obra demoraria bem mais,

79 meses, se as atividades fossem feitas uma depois da outra.

DIAGRAMA DE GANTT

Diagramas de Gantt. (Criado pelo engenheiro H. L. Gantt)

É um diagrama de barras dispostas em uma escala de tempo, mostrando o início

e fim das atividades, conforme mostra a figura abaixo.

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O diagrama de Gantt é feito depois que fizer o Canvas e tiver o "Grupo de entregas" com

a "Linha do tempo" associada. O diagrama de Gantt apresenta de uma forma mais clara a

"linha de tempo".

__________________________________________________________________

EAD - Tarefa 6: fazer os exercícios a seguir e entregar na próxima aula presencial (vale

0,5 ponto no 2o bimestre).

Obs.: Fazer a mão e em letra legível.

Exercícios

$11) Considere o diagrama de Grantt acima e faça a rede Pert correspondente.

$12) Imagine que você vai fazer uma viajem no dia 10 de dezembro e voltar dia 20 de

dezembro e vai começar a planejá-la no dia primeiro de novembro. Liste as atividades

desse projeto, incluindo as necessárias para preparação até a volta da viagem. Faça os

diagramas de Grantt e Pert. Faça o máximo de atividades em paralelo para que dê tempo

de fazer todas com tranqüilidade, estime o tempo necessário para cada atividade levando-

se em conta que o tempo total para realizar o projeto já está definido.

3) Tente fazer para o exemplo da obra, uma rede Pert que resulte numa obra mais

rápida. Se não conseguir, faça uma rede Pert diferente e ache o tempo que leva

para terminar - Você é o engenheiro da obra!

EAD - Tarefa 7: Ler as seções 3.1, 3.2, 3.3, 3.4, 3.5, 3.6, 3.7, 4.1, 4.2 4.3 e 4.4 e fazer o

teste on-line até 1 semana antes da prova - veja no calendário da disciplina (vale 1 ponto

no 2o bimestre).

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Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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4.-PROJETO

4.3.- Modelamento - Simulação - Otimização

Modelos teóricos são representações simplificadas de um objeto real e os

utilizamos para conseguir entender apenas o necessário, já que o objeto real é complexo.

Com modelos podemos fazer testes, corrigir e melhorar um produto, antes mesmo

de construí-lo, enquanto ainda estamos fazendo seu projeto. Depois de projetado e

construído, muitas vezes é impraticável fazer isso, como por exemplo no projeto de um

avião ou uma hidrelétrica. Mesmo para uma tesoura ou uma campainha seria custoso,

depois de fabricado, voltar e fazer correções no seu projeto.

Modelo pode ser uma maquete, um diagrama ou equações que representem o

objeto sendo projetado. No computador pode-se modelar algo tridimensionalmente

usando softwares específicos para simular seu comportamento.

O diagrama de um furador de papéis (veja na figura abaixo) serve para análise de

esforços. Com a planta de uma casa (figura abaixo) podemos fazer alterações antes de

construí-la. Maquetes de avião são usadas em túneis de vento para testar a aerodinâmica

do avião sendo projetado. O diagrama de uma usina termelétrica permite avaliar seu

comportamento termodinâmico. O diagrama elétrico representa o comportamento elétrico

do circuito.

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Diagramas mostram os componentes do sistema, e os componentes são descritoscom

certa precisão por equações, de forma que todo o sistema pode ter seu funcionamento

avaliado. Cada área da engenharia tem seus próprios diagramas.

Os modelos são uma representação aproximada do objeto real e normalmente

produzem resultados próximos ao que produziria o objeto real, mas em engenharia erros

de 5% são perfeitamente admissíveis na maioria dos casos, e em alguns casos admite-se

até erros maiores.

Simulação

Veja como podemos modelar, por exemplo, um elevador hidráulico para carros

(como os que tem em oficinas) e depois fazer simulações. Simular é utilizar um modelo

matemático para descrever um objeto e alterar o valor das variáveis das equações que o

descrevem para obtermos o comportamento que desejamos.

Líquidos não são como o ar que pode ser comprimido, o que significa que se você

forçar um líquido dentro de um tubo ele não diminui de volume e a força que você aplicar

de um lado será transmitida para o fundo do recipiente, como se você estivesse aplicando

a força direto no fundo. Este é o princípio de Pascal.

Pascal também diz que a pressão dentro do líquido causada pelo esforço que você está

fazendo é igual em todos os pontos do líquido e igual sobre todos os pontos das superfícies

internas do recipiente.

A pressão é definida como sendo a força exercida sobre uma superfície dividido

pela área da superfície:

P = F

A

Se o raio do tubo for 0,5 cm = 0,005 m, a área que é aplicada a força é:

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A = π R2 = 3,14 . 0,0052 = 3,14 . 0,000025 = 0,0000785 m2

Se você aplicar com a mão uma força de 1 kilograma (é a força para levantar 1

kilo de feijão ou 1 kilograma-força, que é igual a 9,8 newtons) terá uma pressão dentro

do tubo de:

P = F = 9,8 = 124.840 Pascal = 124,8 k Pascal (124,8 kilo pascal)

A 0,0000785

Vamos ver como usar isso para multiplicar a força:

P = F => F = P . A

A

Vamos usar 2 tubos de raios diferentes, o primeiro já temos com R = 0,5cm, vamos

colocar outro de raio R2 = 10 cm. E vamos ligá-los com uma mangueira para os líquidos

nos 2 tubos ficarem unidos. Lembre-se, a pressão se transmite pelo líquido, de forma que

temos a mesma pressão nos 2 tubos.

Se o raio do tubo 2 for 10 cm = 0,1 m, a área da superfície superior do segundo tubo 2 é:

A2 = π R22 = 3,14 . 0,12 = 3,14 . 0,01 = 0,0314 m2

A força exercida na superfície superior do tubo 2 devido à pressão no líquido,

será:

F2 = P . A2 = 124.840 . 0,0314 = 3.920 Newtons = 392 kilogramas.

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Se essa superfície superior do tubo 2 for móvel (um embolo) ela levantará um

objeto com peso de até 392 kg se aplicarmos uma força de 1kg com a mão no embolo do

tubo 1.

Alterando os valores das áreas, podemos levantar pesos maiores, experimente!

Simule o que acontece se aplicar outras forças e utilizar outras áreas.

Otimização

Quando você tem um modelo matemático é possível otimizar (maximizar) os

resultados que você pode obter, como mostra o exemplo a seguir.

Qual o ângulo de lançamento que faz um foguete ir mais longe?

A figura abaixo mostra o lançamento de um foguete com diversos ângulos. É fácil

entender que se você lançá-lo para cima cai na sua cabeça e que se lançá-lo para frente

cai perto por causa do peso dele. Então, qual o ângulo que faz ir mais longe?

Seu professor de Física vai mostrar durante o ano que a distância que o foguete

alcança, x, em função do ângulo, a,é dada pela fórmula:

x = sen (2a) V2

g

Onde V é a velocidade que o foguete é lançado e g a aceleração da gravidade.

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Seu professor Cálculo vai ensinar durante o ano "Calculo Diferencial e Integral"

e que fazendo a "derivada" da função x em relação ao ângulo a e igualando a zero, fornece

o ângulo que o foguete vai mais longe (ponto de máximo da função x).

dx = cos (2a) V2 = 0

da g

Para que a expressão acima dê zero, o cosseno tem que ser zero, significando

que 2a tem que ser 90o e portanto a = 45o que é o ângulo que faz o foguete ir mais

longe (como mostrado na figura).

Saiba mais: Leia os capítulos do livro de Introdução à Engenharia: "Modelos e

Simulação" e "Otimização"

__________________________________________________________________

EAD - Tarefa 7 (se ainda não fez): Ler as seções 3.1, 3.2, 3.3, 3.4, 3.5, 3.6, 3.7, 4.1, 4.2

4.3 e 4.4 e fazer teste on-line até 1 semana antes da prova - veja o calendário da disciplina

(vale 1 ponto no 2o bimestre).

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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5.-QUALIDADE

5.-Qualidade

De acordo com Gitlow, qualidade é um julgamento feito pelos clientes ou usuários

de um produto ou serviço; é o grau em que os clientes ou usuários sentem que o produto

ou serviço excede suas necessidades e expectativas. Ele afirma também que qualidade

inclui a melhoria contínua do processo expandido de uma empresa. Esse termo se refere

à expansão da organização para incluir fornecedores, clientes, acionistas, empregados e a

comunidade. Para Crosby, a qualidade é baseada no comportamento das pessoas, por isso

considera a educação de todos os indivíduos da empresa um fator fundamental. Define

qualidade como fazer bem desde a primeira vez, sugerindo que a atuação das pessoas

deve estar na prevenção de defeitos. Enfatiza a importância que ele dá a especificação por

parte do cliente de suas necessidades. Qualidade para ele significa “Ir ao encontro das

exigências”. Para Juran qualidade é aptidão ao uso.

Para Taguchi a qualidade consiste em minimizar as perdas causadas pelo produto

não apenas ao cliente, mas a sociedade a longo prazo, incluindo os aspectos econômicos,

de segurança e desempenho.

Concluindo como afirma Teboul, qualidade é a capacidade de satisfazer as

necessidades, tanto na hora da compra, quanto durante a utilização, ao melhor custo

possível, minimizando as perdas, e melhor do que os nossos concorrentes.

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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5.-QUALIDADE

5.1.- Evolução Histórica da Qualidade

Estágio 1: Enfoque na Inspeção (Controle da Qualidade)

Segundo Carvalho, a qualidade moderna surgiu com a Revolução Industrial

devido à necessidade de inspeção dos produtos acabados, para que itens não conformes

fossem segregados. No início do século XX, o modelo taylorista marcou o surgimento da

função do inspetor no ambiente produtivo.

Gitlow observa que no século XX iniciou-se uma era técnica que possibilitou

às massas obter produtos anteriormente reservados aos ricos. Henry Ford introduziu a

linha de montagem em movimento no ambiente industrial. A produção passou a ser

dividida em procedimentos simples, que podiam ser executados por trabalhadores não

habilitados, resultando em produtos altamente técnicos a baixo custo. Os produtos

conformes e não conformes eram separados por um processo de inspeção e a qualidade

dos mesmos era de responsabilidade exclusiva da fabricação. Formaliza se então um

método que será difundido nos EUA e também na Europa traduzido como nível de

qualidade aceitável, isto é, trata se da porcentagem máxima de elementos defeituosos que

pode ser considerada satisfatória como característica média de qualidade apresentada.

Entramos assim na civilização do 1% de defeito pois o método não permite ir além de

1%. A figura abaixo ilustra como os americanos aceitaram essa cultura que foi

desmascarada e descartada pelos estatísticos pela aplicação deste simples exemplo de

cálculo de probabilidades.

Suponha um aparelho (máquina) composto de 50 peças, considerado que em cada

um dos componentes tenha a probabilidade de 1% de estar com defeito. A probabilidade

de ter a máquina funcionando bem, sem defeitos é: (1 – 0,01)50 = 0,60 (60%). Quarenta

dessas máquinas poderão ter panes em 100 fabricadas! A única maneira de sair desta

lógica do fracasso é objetivar o defeito zero.

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Figura 1 – Cultura dos 1% - Gestão da Não Qualidade

Estágio 2: Enfoque na Prevenção (Garantia da Qualidade)

Walter A. Shewhart, em 1924, criou os gráficos de controle estatístico do

processo, que marca a transição de uma postura corretiva para uma prevenção,

monitoramento e controle. Shewhart propôs o ciclo PDCA e o conceito de melhoria

contínua, que depois foi mundialmente difundido por W. Edwards Deming.

No segundo estágio, a proposta é passar do foco da inspeção, para a prevenção, em

vez de controlar a qualidade, garantir a qualidade.

A prevenção passa a assumir o lugar da inspeção. A mudança decisiva só poderá

acontecer quando a administração da empresa tomar consciência de sua responsabilidade

de relação à qualidade, responsabilidade esta que lhe pertence de fato e não pode ser

delegado a outro setor por mais especializado que seja.

O conceito de garantia de qualidade foi então amplamente empregado no Japão

na década de cinquenta (pós-guerra), com o uso intensivo das técnicas estatísticas, tais

como inspeção por amostragem e gráficos de controle.

Deming e Juran, na década de 50, após tentar passar esta mensagem nos EUA,

vão para o Japão, onde são acolhidos pelo sindicato japonês de ciência e tecnologia.

Nesses seminários foi explicado o papel que esses administradores deveriam

desempenhar para a implantação e o desenvolvimento das atividades do controle da

qualidade. A partir da visita ao Japão do Dr. Juran o controle de qualidade passou a ser

entendido e utilizado como uma ferramenta administrativa, o que representou o início da

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transição do controle estatístico da qualidade para o controle da qualidade total como é

praticado atualmente, envolvendo a participação de todos os setores e de todos os

empregados da empresa. A partir desta percepção, foi desenvolvido, com base nos

sistemas americanos e ingleses, um método japonês para o controle da qualidade, que

leva em conta as diferenças existentes entre o Japão e os países ocidentais. Este método

foi evoluindo ao longo dos anos, tendo dado origem ao Controle de Qualidade Total no

estilo japonês, que segundo Ishikawa, K. é um sistema gerencial baseado na participação

de todos os setores e de todos os empregados de uma empresa, no estudo e na condução

do Controle da Qualidade. Seu núcleo é, portanto, o controle da Qualidade, o qual é

definido como um “sistema de técnicas que permitem a produção econômica de bens e

serviços que satisfaçam às necessidades do consumidor”.

Estágio 3: Enfoque Intensivo no Cliente

O terceiro estágio da qualidade consolida a responsabilidade de cada um dentro

da empresa, em direção à realização do produto ou serviço sem defeito, porém

acrescentando uma atitude externa não mais defensiva e sim ofensiva.

A qualidade torna-se mais do que a simples satisfação do cliente, mas também

deverá seduzir e encantar o cliente.

É necessário partir do cliente, aquilo que ele gosta, e transmitir horizontalmente a

voz do cliente dentro da empresa.

A nova batalha que se apresenta é a da flexibilidade, para se ganhar os mercados.

Além da qualidade coerente e preços baixos, existe hoje a necessidade das empresas

implantarem mudanças rápidas de concepção para atendimento às exigências do mercado

cada vez mais competitivo.

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5.-QUALIDADE

5.2.- Conceito de Processo

Um “processo” pode ser definido, de forma sucinta, como um conjunto de causas

que tem por objetivo produzir um determinado efeito, o qual é denominado produto do

processo. Um processo pode ser dividido em uma família de causas: insumos,

equipamentos, informações do processo ou medidas, condições ambientais, pessoas e

métodos ou procedimentos. Essa caracterização do processo será apresentada

posteriormente no “diagrama de causa e efeito” ou “diagrama de espinha de peixe” ou

“diagrama de Ishikawa”.

Um processo é uma combinação dos elementos equipamentos, insumos, métodos

ou procedimentos, condições ambientais, pessoas e informações do processo ou medicas,

tendo como objetivo a fabricação de um bem ou o fornecimento de um serviço.

Figura 2

Ciclo PDCA de Controle de Processo

O Ciclo PDCA é um método gerencial de tomada de decisões para acompanhar o

alcance das metas necessárias à sobrevivência de uma organização.

O controle de processos, como definido no item anterior, é exercido por meio do

Ciclo PDCA de controle e processos, o qual é apresentado na Figura abaixo. Segundo

Ishikawa, K. e Campos, V. E., o Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Action) é composto das

seguintes etapas:

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Ciclo PDCA de controle de processos, segundo Campus, V. F.

- Planejamento (P) Esta etapa consiste em:

Estabelecer metas.

Estabelecer o método para alcançar as metas propostas.

- Execução (D)

Executar as tarefas exatamente como foi previsto na etapa de planejamento e

coletar dados que serão utilizados na próxima etapa de verificação do processo. Na etapa

de execução são essenciais a educação e o treinamento no trabalho.

- Verificação (C)

A partir dos dados coletados na execução, comparar o resultado alcançado com a

meta planejada.

- Atuação Corretiva (A)

Esta etapa consiste em atuar no processo em função dos resultados obtidos,

existem duas formas de atuação possíveis:

- Adotar como padrão o plano proposto, caso a meta tenha sido alcançada. - Agir

sobre as causas do não atingimento da meta, caso o plano não tenha sido efetivo.

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Os ciclos do PDCA servem para manter e para melhorar as metas e resultados e

para fazê-las acontecer consistem em uma sequencia de procedimentos lógicos, baseados

em fatos e dados. No giro do PDCA devemos coletar dados, medir resultados, compará-

los com a meta considerada e adotar a ação apropriada. Portanto no giro deste Ciclo, será

necessário empregar as ferramentas apropriadas para a coleta, o processamento e a

disposição de dados, o que permitirá a tomada de decisões confiáveis.

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Anotações

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5.-QUALIDADE

5.3.- Ferramentas de Qualidade

Neste item serão abordadas ferramentas da qualidade consideradas importantes para o

prosseguimento do estudo.

Diagrama de Causa e Efeito

O Diagrama de Causa e Efeito, também chamado de Diagrama de Espinha de

Peixe (pela sua aparência) ou Diagrama de Ishikawa (em homenagem ao seu criador), foi

criado para que todas as pessoas da empresa pudessem exercitar a separação dos fins de

seus meios (CAMPOS, 1992). É um diagrama para listar teorias de causas (JURAN,

1997). Para o detalhamento das principais causas têm-se utilizado os diagramas de causa

e efeito denominados 4M: Mão de obra (depende de treinamento, supervisão e

motivação); Máquina (depende de manutenção, adequação, capacidade e

instrumentação); Material (depende de estocagem, qualidade, especificação, rendimento

e perdas); Método (depende de processo de fabricação, fluxo, tolerância e

instrumentação). Algumas empresas têm acrescentado mais dois M’s: o da Medição e o

do Meio ambiente (RODRIGUES, 2004).

A construção de um Diagrama de Causa e Efeito segundo Rodrigues é dividido em

6 etapas:

Etapa 1: Definir e delimitar o problema (efeito) a ser analisado.

Etapa 2: Convocar a equipe para análise do problema e definir a metodologia a

ser utilizada. Utilizar o Brainstorming ou outras técnicas que envolvam equipes de

trabalho.

Etapa 3: Definir as principais categorias e buscar as possíveis causas, coletando

junto à equipe o maior número possível de sugestões (causas).

Etapa 4: Construir o diagrama no formato “espinha de peixe” e agrupar as causas

nas categorias previamente definidas (mão de obra; máquinas; métodos; materiais; meio

ambiente; ou outras de acordo com a especificidade do problema em análise).

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Etapa 5: Detalhar cada causa identificada “preenchendo o diagrama” .

Etapa 6: Analisar e identificar no diagrama as causas mais prováveis.

Rodrigues relata também que a elaboração de um Diagrama de Causa e Efeito

deve ser feita através de um Brainstorming ou de outras técnicas que envolvam equipes

de trabalho. Esta ferramenta, além de contribuir para a solução do problema, motiva o

trabalho em equipe e envolve os membros com as causas e os objetivos organizacionais.

Exemplo de Diagrama de Causa e Efeito:

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Diagrama de Pareto

Segundo Rodrigues, o diagrama de Pareto é um gráfico de barras verticais que

permite determinar quais problemas resolver e quais as prioridades. Um diagrama de

Pareto separa os “poucos e significantes” problemas de um processo ou produto dos

“triviais e muitos” problemas (GITLOW, 1993).

Vilfredo Pareto foi um economista italiano que viveu no Século XIX. Em um de

seus estudos concluiu que 20% da população ficam com 80% da arrecadação, enquanto

para 80% da população restam apenas 20% da arrecadação. Esta foi a origem da relação

20/80, onde 20% das causas explicam 80% dos problemas (RODRIGUES, 2004) .

Segundo Oakland, uma simples análise de Pareto identifica as causas que

merecem mais urgente prioridade de investigação.

Para Juran, o princípio de Pareto é explicado através do fenômeno pelo qual, em

qualquer população que contribui para um efeito comum, um número relativamente

pequeno de contribuintes responde pelo grosso do efeito.

No diagrama, conforme a Figura abaixo, os dados são representados em dois

eixos: um vertical, à esquerda, que indica a quantidade de defeitos/erros e outro, na

horizontal, que indica os tipos de defeitos/erros/problemas apontados pelos clientes

(GALVÃO, 1996).

Diagrama de Pareto(RODROGUES, 2004, p.106)

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Fluxograma

Segundo Gitlow, um fluxograma é um resumo ilustrado do fluxo de várias

operações de um processo.

Juran vê o fluxograma como um meio gráfico para descrever as etapas em um

processo; também um auxílio universal para identificar quem são os clientes. “No

planejamento sistemático ou exame de qualquer processo é necessário registrar as

seqüências de eventos e atividades, estágios e decisões, de tal maneira que possam ser

facilmente compreendidos e comunicados a todos [...] para superar essa dificuldade foram

desenvolvidos alguns métodos, sendo o da elaboração de fluxogramas o mais eficaz”

(OAKLAND, 1994).

Exemplo de fluxograma

Programa 5S

Segundo Campos, o programa 5S é uma nova maneira de conduzir ganhos efetivos

de produtividade. Esta ferramenta é para todas as pessoas da empresa, do presidente aos

operadores, deve ser liderada pela alta administração e é baseada em educação,

treinamento e prática em grupo.

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Segundo Barbosa et al. (1995), é um programa de Educação que dá ênfase à

prática imediata de hábitos saudáveis que permitem a integração do pensar, do sentir e do

agir. Suas ações iniciais são de natureza mecânica: classificar, ordenar, limpar. Essas

práticas promovem a imediata mudança do ambiente físico em torno da pessoa. Suas

conseqüências de longo prazo são as profundas mudanças nas relações das pessoas com

elas mesmas, com os outros e com a natureza. O 5S é considerado a base de qualquer

programa de Qualidade e Produtividade.

Para Barbosa et al. (1995), por suas características educativas, os benefícios do

Programa 5S vão muito além de manter o ambiente organizado, ordenado, limpo e em

condições saudáveis para o exercício das atividades de trabalho, estudo e lazer. O 5S

promove o crescimento do ser humano dentro de uma abordagem holística.

Significado dos "Esses"

De acordo com Barbosa et al. (1995), a sigla 5S deriva das iniciais de cinco

palavras japonesas, que no Brasil são interpretadas como 5 sensos:

Seiri – Senso de Utilização

Seiton – Senso de Ordenação

Seisou – Senso de Limpeza

Seiketsu – Senso de Saúde

Shitsuke – Senso de Autodisciplina

Ainda segundo o autor, a palavra senso é utilizada não só para manter a sigla

original, mas também porque a palavra senso significa “algo que vem de dentro para fora”

e reflete aquilo que é essencial no programa, ou seja, a idéia de profunda mudança

comportamental. Sua definição dos 5 Sensos é a seguinte:

Senso de Utilização –É a identificação dos itens necessários e desnecessários no local de

trabalho ou estudo. Implica no descarte dos itens desnecessários.

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Senso de Ordenação – Consiste na determinação do local para guardar e onde achar

facilmente um item, seja ele um objeto físico ou uma informação, ou seja, manter um

lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar.

Senso de Limpeza – Tem o sentido literal, ou seja, deixar sempre limpo todo o ambiente

de trabalho e atua no sentido de não acumular sujeira no mesmo.

Senso de Saúde - Consiste na verificação do estado de implantação dos 3 sensos

anteriores, sob os aspectos físico e mental. Significa o estabelecimento das condições

ideais para o bom funcionamento das funções vitais do organismo humano nos locais

onde se vive e se trabalha.

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Senso de autodisciplina – Consiste em ter todas as pessoas na instituição habituadas a

seguir os procedimentos operacionais, preceitos éticos e morais, normas de segurança,

etc. O senso de autodisciplina é que, bem desenvolvido, garante a substituição dos velhos

hábitos por aqueles desenvolvidos pelos quatro sensos anteriores. Em outras palavras, é

este senso que mantém o programa 5S ao longo do tempo.

Benchmarking

Os Japoneses têm uma palavra para o fenômeno do benchmarking: dantotsu. Isso

significa lutar para tornar-se o “melhor do melhor”, com base num processo de alto

aprimoramento que consiste em procurar, encontrar e superar os pontos fortes dos

concorrentes.

No Ocidente esse conceito enraizou-se numa nova abordagem de planejamento

estratégico. Durante a última década, ele tem produzido resultados impressionantes em

companhias como a Xerox, a Ford e a IBM. O Benchmarking, como é conhecido, tornou-

se o assunto mais falado e menos entendido no debate sobre qualidade.

Benchmarking é um processo de pesquisa que permite aos administradores realizar

comparações de processos e

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 83

práticas“companhia-a-companhia” para identificar o melhor do melhor e alcançar um

nível de superioridade ou vantagem competitiva. Ao contrário de outras ferramentas de

planejamento, o Benchmarking encoraja as companhias a

procurar, além de suas próprias operações ou indústrias,

por fatores-chaves que influenciem a produtividade e os

resultados. Essa filosofia pode ser aplicada a qualquer

função, o que geralmente produz melhores resultados

quando implementado na companhia como um todo

1 Superar os seus concorrentes .

2 Análise individual das companhias estudadas

DEFINIÇÃO DE BENCHMARKING

Benchmarking é um processo contínuo de comparação dos produtos, serviços e práticas

empresarias entre os mais fortes concorrentes ou empresas reconhecidas como líderes.

Benchmarking. surgiu como uma necessidade de informações e desejo de aprender

depressa, como corrigir um problema empresarial.

A competitividade mundial aumentou, acentuadamente nas últimas décadas, obrigando

as empresas à um contínuo aprimoramento de seus processos, produtos e serviços,

visando oferecer alta qualidade com baixo custo e assumir uma posição de liderança no

mercado onde atua. Na maioria das vezes o aprimoramento exigido, sobretudo pelos

clientes dos processos, produtos e serviços, ultrapassa a capacidade das pessoas

envolvidas, por estarem elas presas aos seus próprios paradigmas.

Inicialmente empregada pela Xerox Corporation a fim de enfrentar o desafio competitivo

japonês dos anos 70, o Benchmarking incorpora a busca da excelência, o desejo de ser “o

melhor dos melhores”.

A técnica de benchmarking visa portanto, o desenvolvimento de estudos que comparem

o desempenho com a concorrência e com referenciais de excelência, objetivando o

atingimento de uma posição de liderança em Qualidade. Estes estudos, organizados em

projetos, devem identificar serviços e processos de alto nível de Qualidade em outras

empresas, ou setores da própria empresa, avaliar como tais resultados são obtidos, e

incorporar o conhecimento, quando aplicável à seus processos e serviços.

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Trata-se de um foco externo nas atividades, funções ou operações internas, de modo a

alcançar a melhoria contínua. Pode ser estabelecido a qualquer nível da organização, em

qualquer área funcional.

2 – Benefícios do Benchmarking

Depois de conhecer todos os conceitos a respeito do benchmarking, discutir suas

aplicações, analisar os seus processos, e conhecer os resultados positivos que muitas

organizações no mundo inteiro tem conseguido com sua utilização, podendo sem dúvida

ter a certeza que é uma ferramenta que agrega e cria muitos benefícios.

Temos em muitos livros, os depoimentos de vários executivos de organizações que são

consideradas referências em excelência no mundo dos negócios; grupos empresariais

como: 3M Company, American Express Company, Toyota, General Electric, Jhonson &

Johnson, e a Xerox Company, que talvez foi uma das organizações que mais divulgou os

benefícios que consegui com a utilização do benchmarking.

Listar todos os benefícios que benchmarking proporciona as organizações, é uma tarefa

extremamente difícil, pois o benchmarking é uma ferramenta de melhorias contínuas, e

busca capacitar as pessoas a um aprendizado rápido, onde a busca de melhores idéias deve

ser uma constante dentro das organizações; podemos dizer que o benchmarking tornou-

se uma das principais ferramentas no gerenciamento de processos de qualidade total.

Mas talvez um dos maiores benefícios que o benchmarking veio trazer as organizações

foi a capacidade de reação e adaptação diante das mudanças, pois com o advento da

globalização, o tempo é considerado um fator de extrema importância para que as

organizações mudem suas estratégias e continuem competitivas e lucrativas diante desse

mercado sem fronteiras.

Isto quer dizer que a cada inovação já se inicia um novo ciclo de aprendizagem, melhoria.

É esta contínua renovação do processo que propícia o desenvolvimento de uma empresa

e seus objetivos. Bogan e English in Benchmarking – Aplicações Práticas e Melhoria

Contínua, cita as vantagens de Benchmarking, consideradas por ele:

o Melhora a qualidade organizacional.

o Conduz a operações de baixo custo.

o Facilita o processo de mudança.

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o Expõe as pessoas a novas idéias.

o Amplia a perspectiva operacional da organização.

o Cria uma cultura aberta a novas idéias.

o Serve como catalisador para o processo de aprendizagem.

o Aumenta a satisfação dos funcionários da linha de frente através do envolvimento,

aumento de sua autoridade e um senso de domínio sobre o trabalho.

o Testa o rigor das metas operacionais internas.

o Vence a natural descrença dos funcionários da linha de frente sobre a possibilidade

de melhoria do desempenho.

o Cria uma visão externa para a empresa.

o Aumenta o nível organizacional de máximo.

Saiba mais:

http://www.coladaweb.com/administracao/benchmarking

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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6.-MANUTENÇÃO

6.-Manutenção

6.1 - Conceito

É o conjunto de atividades, periódicas ou não, que buscam conservar as qualidades

iniciais (de projeto) de uma máquina ou instalação.

6.2 - Produtividade em Manutenção

Conceito: Proporcionar a máxima taxa de disponibilidade dos equipamentos

necessários à produção, de forma econômica e compatível com a segurança. A

manutenção atual precisa se integrar com as demais funções e contribuir para que a

empresa alcance seus objetivos:

o Garantir a produção e os prazos de entrega;

o Promover segurança e proteção ao ambiente e à saúde dos trabalhadores;

o Melhorar a produtividade;

o Reduzir custos;

o Garantir a qualidade.

Todo o Trabalho de manutenção deverá ser conduzido para aumentar

a Disponibilidade dos equipamentos, avaliada pela expressão:

Disponibilidade = Confiabilidade x Manutenibilidade

6.2.1 - Confiabilidade

Probabilidade do equipamento funcionar corretamente até o fim da missão. Tornar

confiável um equipamento é esforçar-se para evitar avarias e reduzir controladamente as

necessidades de intervenção não planejada decorrentes do uso daquele equipamento. Em

termos práticos seria: quantas paradas inesperadas acontecem.

6.2.2 - Manutenbilidade

É a realização eficiente do trabalho de manutenção do equipamento. Em termos

práticos, significa consertar imediatamente a avaria, ou seja: Quanto tempo o

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equipamento fica parado esperando ou em conserto. Exemplo de manutenbilidade para

máquina com defeito. Para quem solicita a manutenção de uma máquina, espera que o

defeito seja sanado, estabelecendo as propriedades de projeto da máquina num espaço de

tempo pequeno.

Normalmente o tempo de manutenção deve estar dentro de um limite de tempo

previsto, normalmente alcançado por práticas de benchmarking, chamado meta para

reparo de máquinas paradas por avaria. Para quem é responsável pela manutenção a meta

estabelecida para reparo de máquinas paradas por avaria é composto por tempos

concorrentes e/ou sucessivos:

- Tempo desde que recebeu a solicitação do pedido até chegar ao local de

atendimento;

- Tempo para detectar do motivo da avaria;

- Tempo para ter todos os materiais sobressalentes e ferramentas necessárias ao

reparo da máquina avariada;

- Tempo de reparo da avaria;

- Tempo de teste do equipamento;

6.3 - Tipos de Manutenção

8.1.3.1 - Corretiva

Corretiva ou por avarias, é realizado após a ocorrência de uma falha no

equipamento.

6.3.2 - Preventiva

Preventiva – É realizada periodicamente, programando-se parada do equipamento

para realizar reparos ou trocas de peças necessárias, conforme um planejamento que

determina o melhor intervalo e momento para realizar o serviço.

6.3.3 - Preditiva

Preditiva – Realizam-se inspeções periódicas com o auxílio de equipamentos e

métodos de diagnóstico, para investigar as condições e a deterioração das partes do

equipamento, programando-se após uma avaliação, os reparos necessários.

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6.4 - Manutenção Convencional vs. Manutenção Produtiva Total

A Manutenção Produtiva Total (conhecida como TPM) resultou da “Ética da

Qualidade” e da quebra de paradigmas ocorrida no Japão. Todos são responsáveis pelas

boas condições das instalações, em trabalho de equipe. Os próprios operadores realizam

tarefas básicas, anteriormente feitas pela Manutenção:

Preparação da máquina;

Lubrificação;

Ajustes;

Inspeção e verificações das condições;

Solicitar manutenção especializada, indicando os problemas

6.5 - Custo de Manutenção

Uma manutenção preventiva bem abrangente por razões de segurança pode ajudar

a reduzir o custo total de manutenção por todas as partes. A interdependência entre o

custo de manutenção preventiva (I) e o custo de reparo e perda de produção (II) é

mostrado na figura 4.1.

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Nota: O grau mínimo de manutenção preventiva é dado pelo Procedimento SAMACO,

desde então eles são mandatário (obrigatório), nessa altura, alguma relação custo

benefício é irrelevante. Até uma planta ou por mais simples que seja, necessita de

Procedimento SAMACO.

O que deve ser feito pela manutenção por iniciativa própria dos usuários

6.5.1 - Resultados da inspeção geral da fábrica

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Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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7.-LOGÍSTICA E ESTOQUE

7.-logística

Logística é a arte e a ciência para abastecer, produzir e distribuir material e produtos no

lugar adequado, nas quantidades corretas e nas datas necessárias.

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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7.-LOGÍSTICA E ESTOQUE

7.1.- Tipos de logística

Logística de Abastecimento

Atividade que administra o transporte de materiais dos fornecedores para a

empresa, descarregamento no recebimento, e armazenamento das matérias-primas e

componentes. É responsável também pela estruturação de abastecimento, embalamento

de materiais, administração do retorno das embalagens e decisões sobre acordos com

fornecedores, para mudanças no sistema de abastecimento da empresa.

Logística de Manufatura

Atividade que administra a movimentação para abastecer os postos de

conformação e montagem, segundo ordens e cronogramas estabelecidos pela

programação da produção. Desova das peças conformadas como semi-acabados e

componentes, e armazenamento nos almoxarifados de semi-acabados. Deslocamento dos

produtos acabados no final das linhas de montagem, para os armazéns de produtos

acabados.

Logística de Distribuição

Administração do centro de distribuição, localização de unidades de

movimentação nos seus endereços, abastecimento da área de separação de pedidos,

controle da expedição, transporte de cargas entre fábricas e centros de distribuição e

coordenação dos roteiros de transporte urbano.

Logística de Marketing

Definimos logística de marketing como todas as atividades e seus inter-

relacionamentos para atender pedidos de clientes, de maneira que os satisfaça

inteiramente.

Logística Internacional

Todas as funções e atividades referentes a movimentação de materiais e produtos

acabados numa escala global.

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Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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7.-LOGÍSTICA E ESTOQUE

7.2.- Sistema produtivo e a logística

Ciclo básico do suprimento

Neste ciclo está claramente evidenciada a importância da função da logística, recebendo

dos setores de comercialização a indicação das necessidades materiais para a realização

das metas de vendas, providenciando de forma otimizada estes recursos em sintonia com

as disponibilidades financeiras da empresa (fluxo de caixa).

A logística deverá assegurar em tempo, quantidade e custo os materiais necessários à

produção e manutenção dos equipamentos de uma empresa.

O maior grau de desenvolvimento dentro das empresas da gestão da logística e suprimento

é fator determinante para:

Manutenção do suprimento em um nível de equilíbrio com a demanda;

Aumento do capital de giro;

Redução dos custos em escala;

Competitividade internacional.

Na maioria das empresas industriais o custo dos materiais representa 40 a 60% do custo

de fabricação do produto acabado.

Para se ter uma idéia da importância da gestão da logística, uma redução de 5% nos custos

dos materiais adquiridos, pode representar um lucro equivalente a um aumento de 30%

do volume de produção e vendas, em determinados casos.

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7.-LOGÍSTICA E ESTOQUE

7.3.- Estoque

Conceito de Estoque

Estoque é uma determinada quantidade de itens mantido em disponibilidade e

renovada permanentemente para produzir lucro (proveniente das vendas) ou serviços,

permitindo a continuidade do processo produtivo da empresa.

Itens de estoque é qualquer tipo de produto acabado, matéria-prima ou material

auxiliar que integra o fluxo de produção da empresa e que deva ser identificado para fins

de controle.

Controle de Estoques

O objetivo do controle de estoque é evitar a falta de material (ruptura do estoque),

sem que isso resulte em estoques excessivos as reais necessidades da empresa.

O controle procura manter os níveis de estoque estabelecidos em equilíbrio com

as necessidades de consumo ou das quantidades e qualidades desejadas.

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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7.-LOGÍSTICA E ESTOQUE

7.4.- Natureza dos Estoques

Estoque Ativo

Estoque resultante de um planejamento prévio e destinado a uma utilização conhecida.

Para facilitar o controle operacional pode ser subdividido em função das necessidades de

cada empresa, como segue:

Estoque para Produção: constituído por matérias primas e componentes que

integram o produto final.

Estoque para Manutenção Reparo e Operação: formado por materiais empregados

durante o processo produtivo, sem integrar o produto final.

Estoque de Produtos em Processos: constituído por materiais em diferentes estágios

de produção.

Estoque de Produtos Acabados: compreende os materiais ou produtos em condições

de serem vendidos.

Estoque de Materiais Administrativos: formado por materiais de aplicação geral na

empresa, sem vinculação direta com o processo produtivo.

Estoque inativo

Estoque sem perspectiva de utilização total ou parcialmente, decorrente de mudanças na

política de estoques, conclusão e/ou alterações de programas e/ou cronogramas,

devoluções ao estoque ou eventuais falhas de planejamento. Pode ser subdividido como

sugerido abaixo:

Estoque Disponível: materiais sem perspectivas de utilização, total ou parcialmente

em perfeito estado de conservação constituindo-se em disponibilidade para o uso em

outras filiais, fábricas ou empresas do mesmo grupo empresarial.

Estoque Alienável: constituído de materiais inservíveis, obsoletos e sucatas

destinados à alienação.

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7.-LOGÍSTICA E ESTOQUE

7.5.- Classificação dos estoques pelo Índice de Falta (Estratégia)

Quanto a importância da aplicação do estoque:

Classe 1 – Material de aplicação vital para a produção vital para a produção sem a

possibilidade de uso de similar ou equivalente, sua falta causa grandes prejuízos à

empresa.

Classe 2 – Material de aplicação média para a produção havendo possibilidade às

vezes de ter usado um similar ou equivalente. Sua falta afeta pouco à produção da

empresa.

Classe 3 – Material de aplicação não importante, com a possibilidade de uso de

similar ou equivalente. Sua falta não traz prejuízo à empresa.

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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7.-LOGÍSTICA E ESTOQUE

7.6.- Classificação dos estoques pelo sistema “A B C” (Pareto)

O estoque é subdividido em:

Material Classe A;

Material Classe B;

Material Classe C.

Proporção dos estoques baseado na divisão das classes dos materiais.

O objetivo do método é identificar os itens mais significativos para a gestão financeira e

a partir dessa constatação imprimir um gerenciamento por exceção, constituindo

basicamente da realização de controles apurados e constantes sobre poucos itens ao invés

de fazer com todo o conjunto do inventário.

Classificação dos itens quanto à classe A, B e C

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Anotações

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7.-LOGÍSTICA E ESTOQUE

7.7.- Técnicas de Administração de Logística e Suprimento

Desenvolvimento de Fornecedores:

Sua “marca registrada” consiste em o comprador procurar ativamente criar o

fornecedor, enquanto que na Economia de Mercado, é normalmente o fornecedor quem

procura os clientes.

Ex.: Nacionalização de Produtos.

Procedimentos para Nacionalização

1. Levantamento de dados (instruções, desenhos, especificações, normas técnicas,

etc.);

2. Pesquisa com fornecedores nacionais com potencial para fabricação de

materiais similares;

3. Desenvolvimento do produtos pelo mercado nacional;

4. Estudo de adequação ao equipamento ou sistema para desenvolvimento do

similar nacional;

5. Aceitação do produto desenvolvido pelo fornecedor;

6. Aquisição do material;

7. Acompanhamento do desempenho operacional;

8. Aprovação do produto desenvolvido no mercado nacional.

Acompanhamento das Compras (follow-up)

(Follow-up) seguimento. Dar seguimento ou acompanhar alguma ação a fim de

verificar seus resultados e dar sequencia a tal ação, se for o caso. (Michaeles).

Consiste em monitorar as encomendas feitas aos fornecedores através de

freqüentes contatos pessoais ou telefonemas.

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Esse diligenciamento deve ser feito em caráter preventivo, bem antes do

vencimento do prazo de entrega. A primeira medida de acompanhamento é a exigência

de uma carta de confirmação do pedido pelo fornecedor.

A prática é pressionar o fornecedor para conseguir a entrega antes do prazo

acordado.

Negociação com os Fornecedores

Processo de solucionar ao mesmo tempo programas de compra e venda, com o

objetivo de se alcançar um acordo mutuamente satisfatório.

O comprador deve definir seus objetivos mais precisamente, em termos de que ele

e sua empresa esperam para obter e almejam conseguir se a negociação for habilmente

conduzida. O objetivo poderá ser um certo preço, ou determinadas concessões relativas à

qualidade, entregas ou outros fatores.

O emprego sistemático desta técnica representa apreciáveis oportunidades de

economia para a empresa.

Gestão racional dos Almoxarifados

Uma boa gestão de materiais pressupõe investimentos em pessoal, espaço e

equipamentos. Esses gastos são efetuados com relutância pelas empresas, pois não são

diretamente produtivos. Mas são compensadores e dos mais auto rentáveis. Requisitos

mínimos de uma área de armazenagem:

a. Espaço de armazenamento e recebimento suficientes;

b. Almoxarifados devem ser restritos, com disciplina de acesso para estranhos à

área;

c. Equipamentos para pesagem e contagem na entrada de materiais;

d. Marcação e identificação correta dos materiais;

e. Existência de equipamentos de empilhamento vertical e transporte;

f. Treinamento do pessoal em aritmética, unidades e rotinas

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Análise de Valor

Processo de eliminação de fatores de custo desnecessários de um bem ou serviço

adquirido. Apoiando se em analises de valor tem se substituído materiais por outros, tais

como: aço por alumínio, metais por plásticos, gasolina por fontes de energia renováveis.

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Anotações

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8.-ACIDENTES DO TRABALHO

8.- Acidente de Trabalho

Legal: O artigo 19 da Lei n.º 8.213, de 24 de julho de 1991 conceitua como acidente do

trabalho "aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo

exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando, direta ou indiretamente, lesão

corporal, doença ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução,

permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”.Prevencionista: Do ponto de

vista prevencionista, entretanto, essa definição não é satisfatória, pois o acidente é

definido em função de suas conseqüências sobre o homem, ou seja, as lesões,

perturbações ou doenças. Visando a sua prevenção, o acidente, que interfere na produção,

deve ser definido como "qualquer ocorrência que interfere no andamento normal do

trabalho", pois além do homem, podem ser envolvidos nos acidentes, outros fatores de

produção, como máquinas, ferramentas, equipamentos e tempo.

Diferença fundamental entre a definição legal e a prevencionista

Na definição legal, ao legislador interessou, basicamente e com muita propriedade

definir o acidente com a finalidade de proteger o trabalhador acidentado, através de uma

compensação financeira, garantindo-lhe o pagamento de diárias, enquanto estiver

impossibilitado de trabalhar em decorrência do acidente, ou de indenização, se tiver

sofrido lesão incapacitante permanente.

Nota-se por aí que o acidente só ocorre se dele resultar um ferimento mas,

devemos lembrar que o ferimento é apenas uma das conseqüências do acidente A

definição técnica nos alerta que o acidente pode ocorrer sem provocar lesões pessoais. A

experiência demonstra que para cada grupo de 330 acidentes de um mesmo tipo, 300

vezes não ocorre lesão nos trabalhadores, enquanto que em apenas 30 casos resultam

danos à integridade física do homem. Em todos os casos, porém, haverá prejuízo à

produção e sob os aspectos de proteção ao homem, resulta serem igualmente importantes

todos os acidentes com e sem lesão, em virtude de não se pode prever quando de um

acidente vai resultar, ou não, lesão no trabalhador.

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 106

Tipos de acidentes:

Considera-se acidente do trabalho quando uma das situações abaixo é verificada:

1- doença profissional, ou seja, aquela produzida ou desencadeada pelo exercício

do trabalho peculiar a determinada atividade e constante de relação elaborada pelo

MPAS;

2- doença do trabalho, ou seja, aquela adquirida ou desencadeada em função de

condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente,

constante de relação do MPAS;

3- equiparam-se também ao acidente do trabalho, segundo a Lei n.º 8213/91: I - o

acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído

diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o

trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; II - o

acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de:

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro

de trabalho;

b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa

relacionada ao trabalho;

c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de

companheiro de trabalho;

d) ato de pessoa privada do uso da razão;

e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de

força maior; III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no

exercício de sua atividade; IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local

e horário de trabalho: a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a

autoridade da empresa; b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para

lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;

c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por

esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente

do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;

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d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer

que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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8.-ACIDENTES DO TRABALHO

8.1.- Fatores de acidentes

Para fins de prevenção de acidentes, há 5 tipos de informações de importância

fundamental em todos os casos de acidentes. São os chamados fatores de acidentes que

se distinguem de todos os demais fatos que descrevem o evento Eles são: o agente da

lesão; a condição insegura; o acidente tipo; o ato inseguro e o fator pessoal inseguro.

Agente da Lesão:

Agente da lesão é aquilo que, em contato com a pessoa determina a lesão. Pode

ser por exemplo um dos muitos materiais com características agressivas, uma ferramenta,

a ponta de uma máquina. A lesão e o local da lesão no corpo, é o ponto inicial para

identificarmos o agente da lesão. Convém observar qual a característica do agente que

causou a lesão. Alguns agentes são essencialmente agressivos, como os ácidos e outros

produtos químicos, a corrente elétrica, etc., basta um leve contato para ocorrer a lesão.

Outros determinam ferimentos por atritos mais acentuados, por batidas contra a pessoa

ou da pessoa contra eles, por prensamento, queda, etc. Por exemplo: a dureza de um

material não é essencialmente agressiva, mas determina sempre alguma lesão quando

entra em contato mais ou menos violento com a pessoa. O mesmo se pode dizer do peso

de objetos; o peso, em si, não constitui agressividade, mas é um fator que aliado à dureza

do objeto, determina ferimentos ao cair sobre as pessoas.

Condição insegura:

Condição insegura em um local de trabalho são as falhas físicas que comprometem

a segurança do trabalhador, em outras palavras, as falhas, defeitos, irregularidades

técnicas, carência de dispositivos de segurança e outros, que põem em risco a integridade

física e/ou a saúde das pessoas, e a própria segurança das instalações e dos equipamentos.

Nós não devemos confundir a condição insegura com os riscos inerentes a certas

operações industriais. Por exemplo: a corrente elétrica é um risco inerente aos trabalhos

que envolvem eletricidade, ou instalações elétricas; a eletricidade, no entanto, não pode

ser considerada uma condição insegura, por ser perigo Sa. Insta1ações mal feitas ou

improvisadas, fios expostos, etc.,são condições inseguras; a energia elétrica em si, não.

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A corrente elétrica, quando devidamente solada do contato com as pessoas, passa a ser

um risco controlado e não constitui uma condição insegura.

Apesar da condição insegura ser possível de neutralização ou correção, ela tem

sido considerada responsável por 16% dos acidentes. Exemplos de condições inseguras:

proteção mecânica inadequada;

Condição defeituosa do equipamento (grosseiro, cortante, escorregadio, corroído,

fraturado, qualidade inferior, etc.), escadas, pisos, tubulações (encanamentos);

Projeto ou construções inseguras;

Processos, operações ou disposições (arranjos) perigosos (empilhamento perigoso,

armazenagem, passagens obstruídas, sobrecarga sobre o piso, congestionamento de

maquinaria e operadores, etc.);

Iluminação inadequada ou incorreta;

Ventilação inadequada ou incorreta.

Ato inseguro:

Ato inseguro é a maneira pela qual o trabalhador se expõe, consciente ou

inconscientemente a riscos de acidentes. Em outras palavras é um certo tipo de

comportamento que leva ao acidente.

Vemos que se trata de uma violação de um procedimento consagrado, vio1ação essa,

responsávelpelo acidente.

Segundo estatísticas correntes, cerca de 84% do total dos acidentes do trabalho são

oriundos do próprio trabalhador. Portanto, os atos inseguros no trabalho provocam a

grande maioria dos acidentes; não raro o trabalhador se serve de ferramentas inadequadas

por estarem mais próximas ou procura limpar máquinas em movimento por ter preguiça

de desliga-las, ou se distrai e desvia sua atenção do local de trabalho, ou opera sem os

óculos e aparelhos adequados. Ao se estudar os atos inseguros praticados, não devem ser

consideradas as razões para o comportamento da pessoa que os cometeu, o que se deve

fazer tão somente é relacionar tais atos inseguros. Veremos os mais comuns:

Levantamento impróprio de carga (com o esforço desenvolvido a custa da

musculatura das costas);

Permanecer embaixo de cargas;

Permanecer em baixo de cargas suspensas;

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Manutenção,

lubrificação ou limpeza de máquinas em movimento;

Abusos, brincadeiras grosseiras, etc.;

Realização de operações para as quais não esteja devidamente autorizado e treinado;

Remoção de dispositivos de proteção ou alteração em seu funcionamento, de

maneira a torna-los ineficientes;

Operação de máquinas a velocidades inseguras;

Uso de equipamento inadequado, inseguro ou de forma incorreta (não segura);

Uso incorreto do equipamento de proteção individual necessário para a execução de

sua tarefa.

Acidente-tipo:

A expressão "Acidente-tipo" está consagrada na prática para definir a maneira

como as pessoas sofrem a lesão, isto é, como se dá o contato entre a pessoa e o agente

lesivo, seja este contato violento ou não.

Devemos lembrar que a boa compreensão do Acidente-tipo, nos facilitará a identificação

dos atos inseguros e condições inseguras.

A classificação usual estabelece os seguintes acidentes-tipo:

*Batida contra..: a pessoa bate o corpo ou parte do corpo contra obstáculos. Isto ocorre

com mais freqüência nos movimentos bruscos, descoordenados ou imprevistos, quando

predomina o ato inseguro ou, mesmo nos movimentos normais, quando há condições

inseguras, tais como coisas fora do lugar, má arrumação, pouco espaço, etc.

Batida por...: nestes casos a pessoa não bate contra, mas sofre batidas de objetos, pecas,

etc. A pessoa é ferida, às vezes, por colocar-se em lugar perigoso, ou por não usar

equipamento adequado de proteção e, outras vezes, por não haver protetores que isolem

as partes perigosas dos equipamentos ou que retenham nas fontes os estilhaços e outros

elementos agressivos.

Queda de objetos: esses são os casos em que a pessoa é atingida por objetos que caem.

Essas quedas podem ocorrer das mãos, dos braços ou do ombro da pessoa, ou de qualquer

lugar em que esteja o objeto apoiado - geralmente mal apoiado.

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Embora nesses casos a pessoa seja batida por, a classificação é à parte pois a ação do

agente da lesão é diferente das demais - queda pela ação da gravidade e não arremesso -

e as medidas de prevenção também são específicas.

Duas quedas se distinguem; a pessoa cai no mesmo nível em que se encontra ou em nível

inferior.

Em alguns casos, para estudos mais acurados desdobra-se esse Acidente-tipo nos dois

acima citados. Porém, onde há pouca possibilidade de ocorrer quedas de níveis diferentes,

esse desdobramento é dispensável pois trará mais trabalho do que resultado compensador.

*Quedas da pessoa: a pessoa sofre lesão ao bater contra qualquer obstáculo,

aparentemente como no segundo Acidente-tipo, classificado como batida contra...0

acidente em si, isto é, a ocorrência que leva a pessoa, nestes casos, a bater contra alguma

coisa é específica, assim como o são também os meios preventivos. A pessoa cai por

escorregar ou por tropeçar, duas ocorrências quase sempre, de condições inseguras

evidentes, caem por se desequilibrar, pela quebra de escadas ou andaimes e, muitas vezes

simplesmente abuso do risco que sabe existir.

*Prensagem entre ..: é quando a pessoa tem uma parte do corpo prensada entre um objeto

fixo e um móvel ou entre dois objetos móveis. Ocorre com relativa freqüência devido a

ato inseguro praticado no manuseio de peças, embalagens, etc., e também devido ao fato

de se colocar ou descansar as mãos em pontos perigosos de equipamentos. A prevenção

desse Acidente-tipo, assim como dos dois exemplificados anteriormente, além de

dispositivos de segurança dos equipamentos, requer, dos trabalhadores, muitas instruções,

treinamento e responsabilidades no que diz respeito às regras de segurança.

*Esforço excessivo ou "mau jeito ": nesses casos a pessoa não é atingida por determinado

agente lesivo; lesões com distensão lombar, lesões na espinha, etc., decorrem da má

posição do corpo, do movimento brusco em más condições, ou do super esforço

empregado, principalmente na espinha e região lombar. Muito se fala, se escreve e se

orienta sobre os métodos corretos de levantar e transportar manualmente volumes e

materiais e, por mais que se tenha feito, sempre será necessário renovar treinamentos e

insistir nas práticas seguras para evitar esse Acidente-tipo.

*Exposição à temperaturas extremas: são os casos em que a pessoa se expõe à

temperaturas muito altas ou baixas, quer sejam ambientais ou radiantes, sofrendo as

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consequências de alguma lesão ou mesmo de uma doença ocupacional. Prostração

térmica, queimaduras por raios de solda elétrica e outros efeitos lesivos imediatos, sem

que a pessoa tenha tido contato direto com a fonte de temperatura extrema, são exemplos

desse Acidente-tipo.

*Contato com produtos químicos agressivos: a pessoa sofre lesão pela aspiração ou

ingestão dos produtos ou pelo simples contato da pele com os mesmos. Incluem-se

também os contatos com produtos que apenas causam efeitos alérgicos. São muitos os

casos que ocorrem devido a falta ou má condição de equipamentos destinados a

manipulação segura dos produtos agressivos, ou à falta de suficiente conhecimento de

perigo, ou ainda, por confusão entre produtos. A falta de ventilação adequada é

responsável por muitas doenças ocupacionais causadas por produtos químicos.

*Contato com eletricidade: as lesões podem ser provocadas por contato direto com fios

ou outros pontos carregados de energia, ou com arco voltaico. O contato com a corrente

elétrica, no trabalho, sempre é perigoso. Os acidentes-tipo de contato com eletricidade

são potencialmente mais graves, pois, o risco de vida quase sempre está presente. Muitos

casos ocorrem por erros ou falta de proteção adequada, mas uma grande percentagem

deve-se ao abuso e à negligência.

*Outros acidentes-tipo: como é fácil notar, alguns dos tipos relacionados agrupam

acidentes semelhantes mas que poderiam ser considerados, individualmente, um

Acidente-tipo. E lícito um desdobramento desde que seja vantajoso, para o estudo que se

propõe efetuar, cujo objetivo deve ser uma prevenção sempre mais positiva dos acidentes.

O tipo queda da pessoa poderá ser subdividido, como já foi explicado. Isto naturalmente

será vantajoso em empresas com trabalhos em vários níveis, como na construção civil.

Numa indústria química, certamente será útil desdobrar o tipo que se refere a contato com

produtos químicos agressivos; por outro lado, em outro gênero de indústria o resultado

desse desdobramento poderá não compensar. Num armazém de carga e descarga com

muito trabalho manual, poderá ser vantajoso subdividir o tipo esforço excessivo ou "mau

jeito" e, numa empresa de instalações elétricas certamente será vantajoso desdobrar o tipo

contato com eletricidade.

Além dos citados, existem outros tipos menos comuns, que pela menor incidência não

requerem uma classificação específica. Eles podem ser identificados por não se

enquadrarem em nenhum dos acidentes-tipo aqui relacionados.

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Mais uma vez, é bom lembrar que a classificação aqui proposta baseia-se na maneira pela

qual a pessoa sofre a lesão, ou entra em contato com o agente lesivo, e nada tem a ver

com a ocorrência física do ambiente - acidente-meio - e nem com o gênero ou extensão

das lesões.

Um mesmo acidente-meio pode causar diferentes acidentes-tipo. Numa explosão, uma

pessoa poderá ser batida por algum estilhaço, outra poderá sofrer uma queda, outra ainda

poderá ser atingida por uma onda de calor. Portanto, o Acidente-tipo aqui referido está

bem caracterizado, desde a sua definição até à sua interpretação na prática.

A classificação será, eventualmente, um pouco difícil nos casos em que o acidente puder,

aparentemente, pertencer a dois tipos. Porém conhecendo-se bem os pontos mais

importantes para a classificação não haverá qualquer dificuldade. Por exemplo: uma

pessoa recebe contra o corpo respingos de ácido e sofre queimaduras; o Acidente-tipo é

"contato com produto químico" e não batida por. . . pois o que determinou a lesão não foi

o impacto, mas sim a agressividade química do agente. Uma pessoa recebe um choque

que a faz cair e bater com a cabeça no chão; sofre um ferimento; se o ferimento foi só

devido a queda, o tipo é queda da pessoa se, eventualmente, sofresse também lesão de

origem elétrica teriam ocorrido dois acidentes-tipo e o caso deveria ser assim registrado.

Em alguns casos, apesar de todo o cuidado, poderá restar alguma dúvida, pelo fato de a

classificação proposta ser apenas genérica. Porém, para ganhar tempo, ou melhor, para

não desperdiçar tempo em detalhes que podem não compensar o esforço e o tempo

despendidos em sua análise, é preferível optar pela generalidade e dentro dela dar a devida

atenção aos fatos específicos de destaque que possam servir para a conclusão geral do

relatório - que é objetivo visado - isto é, o que fazer para prevenir novas ocorrências.

Fator pessoal inseguro:

É a característica mental ou física que ocasiona o ato inseguro e que em muitos

casos, também criam condições inseguras ou permitem que elas continuem existindo.

Na prática, a indicação do fator pessoal pode ser um tanto subjetiva, mas no cômputo

geral das investigações processadas, e para fim de estudo, essas indicações serão sempre

úteis.

Os fatores pessoais mais predominantes são:

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*atitude imprópria (desrespeito às instruções,

*má interpretação das normas,

*nervosismo, *excesso de confiança,

*falta de conhecimento das práticas seguras

*incapacidade física para o trabalho.

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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8.-ACIDENTES DO TRABALHO

8.2.- Causas de Acidentes

Em principio, temos três fatores principais causadores de acidentes:

1. Condições inseguras, inerentes às instalações, como máquinas e equipamentos.

2. Atos inseguros, entendidos como atitudes indevidas do elemento humano.

3. Eventos catastróficos, como inundações, tempestades, etc.

Estudos técnicos, principalmente no campo da engenharia, são capazes de, com o tempo,

eliminar as condições inseguras. Quando se fala, porém, do elemento homem, apenas

técnicas não são suficientes para evitar uma falha nas suas atitudes.

Sob o ponto de vista prevencionista, causa de acidente é qualquer fator que, se removido

a tempo teria evitado o acidente. Os acidentes não são inevitáveis, não surgem por acaso,

eles, na maioria das vezes, são causados, e portanto possíveis de prevenção, através da

eliminação a tempo de suas causas. Estas podem decorrer de fatores pessoais

(dependentes, portanto, do homem) ou materiais (decorrentes das condições existentes

nos locais de trabalho).

Vários autores, na analise de um acidente, consideram como causa do acidente o ato ou a

condição que originou a lesão, ou o dano. No nosso entendimento, devem ser analisadas

todas as causas, desde a mais remota, o que permitirá um adequado estudo e posterior

neutralização ou eliminação dos riscos.

TEORIA DE HEINRICH (Teoria Dominó)

Entre os vários estudos desenvolvidos no campo da segurança do trabalho, nós

encontramos a teoria de Heinrich. O que nos diz a teoria de Heinrich? Nos mostra que o

acidente e consequentemente a lesão são causados por alguma coisa anterior, alguma

coisa onde se encontra o homem, e todo acidente é causado, ele nunca acontece. E

causado porque o homem não se encontra devidamente preparado e comete atos

inseguros, ou então existem condições inseguras que comprometem a segurança do

trabalhador, portanto, os atos inseguros e as condições inseguras constituem o fator

principal na causa dos acidente.

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Heinrich imaginou, partindo da personalidade, demonstrar a ocorrência de

acidentes e lesões com o auxilio de cinco pedras de dominós; a primeira representando a

personalidade; a segunda as falhas humanas, no exercício do trabalho; a terceira as causas

de acidentes (atos e condições inseguras); a quarta, o acidente e a quinta, as lesões:

*Personalidade: ao iniciar o trabalho em uma empresa, o trabalhador traz consigo um

conjunto de características positivas e negativas, de qualidades e defeitos, que constituem

a sua personalidade.

Esta se formou através dos anos, por influência de fatores hereditários e do meio social e

familiar em que o indivíduo se desenvolveu. Algumas dessas características

(irresponsabilidade, irrascibilidade, temeridade, teimosia, etc.) podem se constituir em

razões próximas para a prática de atos inseguros ou para a criação de condições inseguras.

*Falhas humanas: devido aos traços negativos de sua personalidade, o homem seja qual

for a sua posição hierárquica, pode cometer falhas no exercício do trabalho, do que

resultarão as causas de acidentes.

*Causas de acidentes: estas englobam, como já vimos, as condições inseguras e os atos

inseguros.

*Acidente: sempre que existirem condições inseguras ou forem praticados atos inseguros,

pode-se esperar as suas conseqüências, ou seja, a ocorrência de um acidente.

*Lesões: toda vez que ocorre um acidente, corre-se o risco de que o trabalhador venha a

sofrer lesões, embora nem sempre os acidentes provoquem lesões.

Desde que não se consegue eliminar os traços negativos da personalidade, surgirão em

conseqüência, falhas no comportamento do homem no trabalho, de que podem resultar

atos inseguros e condições inseguras, as quais poderão levar ao acidente e as lesões,

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quando isso ocorrer, tombando a pedra "personalidade" ela ocasionará a queda, em

sucessão de todas as demais.(Veja figura abaixo)

Considerando-se que é impraticável modificar radicalmente a personalidade de todos que

trabalham, de tal sorte a evitar as falhas humanas no trabalho deve-se procurar eliminar

as causas de acidentes, sem que haja preocupação em modificar a personalidade de quem

quer que seja, para tanto, deve-se buscar a eliminação tanto das condições inseguras,

apesar da avareza, do desprezo pela vida humana ou quaisquer outros traços negativos da

personalidade de administradores ou supervisores como também, deve-se procurar que

os operários, apesar de teimosos, desobedientes, temerários, irascíveis, não pratiquem

atos inseguros, o que se pode conseguir através da criação nos mesmos, da consciência

de segurança, de tal sorte que a prática da segurança, em suas vidas, se transforme em um

verdadeiro hábito.

Eliminadas as causas de acidentes administradores, supervisores e trabalhadores

continuarão, cada um com a sua personalidade, de que resultarão falhas no

comportamento no trabalho, mas o acidente e as lesões não terão lugar.

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

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8.-ACIDENTES DO TRABALHO

8.3.- Prevenção de Acidentes

Prevenção de Acidentes

Tendo em vista que as causas de acidentes se devem a falhas humanas e falhas

materiais a prevenção de acidentes deve ser:

* a eliminação da pratica de atos inseguros

* a eliminação das condições inseguras

* a eliminação da pratica de atos inseguros

Os primeiros poderão ser eliminados inicialmente através de seleção profissional

exames médicos adequados e posteriormente através da educação e treinamento e as

segundas, através de medidas de engenharia que garantam a remoção das condições de

insegurança no trabalho.

Nesse particular, convém lembrarmos da ``Regra EDE´´, relativa aos problemas

de segurança do trabalho: `E´´ engenharia, isto é, medidas que visam que os métodos de

trabalho seguro sejam devidamente observados; ``D´´ disciplina, isto é, medidas que

visam que os métodos de trabalho seguro sejam devidamente observados; deve convencer

a administração a corrigir as condições inseguras de trabalho reveladas pela engenharia,

instalar e subvencionar um programa de segurança, treinar os trabalhadores ,obter seu

apoio para o programa e conquistar a cooperação de todos os supervisores.

``A segurança do trabalho não é somente um problema de pessoal, mas envolve

uma engenharia, um conhecimento de legislação específica, cujo sucesso é função direta

da habilidade de vencer o programa à gerencia e aos trabalhadores´´.

A esquematização do sistema de comunicação de acidentes será elaborada a partir

das conseqüências do acidente, que podem ser classificadas em:

- Sem lesão;

- Lesão leve (acidente sem afastamento) ;

- Lesão incapacitante (acidente com afastamento).

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Essa classificação é feita no sentido de facilitar o entendimento. A Associação

Brasileira de Normas Técnicas editou uma norma de cadastro de acidentes (NB-18) em

1958, a qual já passou por duas reformulações, em 1967 e 1975, as quais não tem caráter

legal apenas normativo. Os conceitos aqui apresentados envolvem não só uma

compilação dessa Norma mas também aspectos legais.

Qualquer acidente, mesmo aquele sem lesão já ocasiona perda de tempo para

normalização das atividades podendo ocasionar ainda, danos materiais. Não existe a

necessidade legal de comunicação aos órgãos da Previdência Social quando não ha lesão

que ocasione o afastamento do trabalhador, se este retornar ao trabalho no mesmo dia ou

no dia seguinte, no horário normal. O acidente sem afastamento seria aquele que o

acidentado, embora tenha sofrido uma lesão, pode retornar ao trabalho no mesmo dia ou

no dia seguinte, em seu horário regulamentar de entrada. Ocorrido o acidente e não

acontecendo o retorno do acidentado ao trabalho no mesmo dia ou dia seguinte de

trabalho, no horário normal, passamos a considerar esse acidente como acidente com

afastamento, cuja conseqüência é uma incapacidade temporária total, ou uma

incapacidade permanente parcial ou total, ou mesmo a morte do acidentado.

Esquematizando, os acidentes com lesão ou perturbação funcional compreendem:

Acidente:

Sem afastamento

Com afastamento

Acidente sem afastamento:

É aquele em que o acidentado pode exercer sua função normal, no mesmo dia do

acidente, ou no próximo, no horário regulamentar.

O acidente sem afastamento deve ser investigado mas, por convenção, não entra

nos cálculos dos coeficientes de freqüência e gravidade.

Acidente com afastamento:

É o acidente que provoca a:

* incapacidade temporária

* incapacidade parcial

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* incapacidade total.

Incapacidade temporária

É a perda total da capacidade de trabalho por um período limitado de tempo, nunca

superior a um ano. É aquela em que o acidentado, depois de algum tempo afastado do

serviço, devido ao acidente, volta ao mesmo serviço executando suas funções

normalmente, como fazia antes do acidente.

Incapacidade parcial

É a redução parcial da capacidade de trabalho do acidentado, em caráter

permanente:

Exemplos: Perda de um dos olhos. Perda de um dedo.

Incapacidade total

É a perda da capacidade total para o trabalho em caráter permanente Exemplo:

Perda de uma das mãos e dos dois pés, mesmo que a prótese seja possível.

A comunicação de acidentes será tanto mais complexa quanto mais grave for a

sua conseqüência. Os acidentes que não ocasionam lesão (como a simples queda de um

fardo de algodão da respectiva pilha) tornam-se importantes pela possibilidade de que, no

caso do exemplo citado, havendo repetição do fato, o fardo pode atingir algum operário.

De verão , portanto , ser estudadas as causas dessa queda para evitar fatos semelhantes,

acionando-se o encarregado do setor, o chefe do departamento e o Serviço Especializado

de Segurança do Trabalho, quando houver, ou então a CIPA. No caso de um acidente sem

afastamento, com uma lesão leve portanto, alem dos elementos citados anteriormente

também o enfermeiro ou médico será envolvido Quando em virtude do acidente ocorre

lesão ou perturbação; funcional que cause incapacidade temporária total, incapacidade

permanente parcial ou total, ou a morte do acidentado, as providencias a serem tomadas

quanto à sua comunicação no âmbito da empresa são:

a) da própria vítima ou de colegas ao encarregado do setor (normalmente oral);

b) do encarregado do setor ao chefe do departamento (normalmente oral)

c) do chefe de departamento à direção da empresa e ao departamento de segurança

(por escrito).

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A empresa deverá comunicar ao INSS, em, no máximo, vinte e quatro horas, da

ocorrência do acidente, através do preenchimento da ficha de Comunicação de Acidente

do Trabalho.

Essa ficha (conhecida como CAT) solicita uma série de informações, tais como:

- Nome, profissão, sexo, idade, residência, salário de contribuição.

- Natureza do acidente sofrido.

- Condições.

- Local, dia E hora do evento, nome e endereço de testemunhas.

- Tempo decorrido entre o início do trabalho e a hora do acidente.

- Indicação do hospital a que eventualmente foi recolhido o acidentado.

Se doença profissional , quais os empregadores acometidos anteriormente nos últimos

dois anos.

Observações: O INSS exige duas testemunhas (CAT) oculares ou circunstanciais, e

quando ocorrer a morte do acidentado, deverá ser informada a autoridade policial.

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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8.-ACIDENTES DO TRABALHO

8.4.- Custos dos Acidentes

Importância

Qualquer acidente do trabalho acarreta prejuízos econômicos para o acidentado,

para a empresa, para a Nação. Se encararmos o acidente do ponto de vista prevencionista

(não ha necessidade de efeito lesivo ao trabalhador em virtude da ocorrência), a simples

perda de tempo para normalizar a situação já representa custo. Por exemplo, a queda de

um fardo de algodão mal armazenado, em princípio, teria como conseqüências:

a) O empregado encarregado da reamarzenagem despendera esforço para o

trabalho, inclusive passando novamente pelo risco inerente a atividade,

desnecessário se a armazenagem inicial tivesse sido corretamente feita;

b) O empregador pagara duplamente pelo serviço de armazenagem;

c) A perda de produção, pela necessidade de execução do serviço varias vezes,

representa um custo para a Nação, mais sentida em caso de produtos de

exportação.

Se, no exemplo anterior, um trabalhador for atingido pelo fardo e necessitar de

um afastamento temporário para recuperação, citamos como conseqüências:

a) o operário ficará prejudicado em sua saúde;

b) o empregador arcará com as despesas de salário do acidentado, do dia do

acidente e dos seguintes quinze dias,

c) a empresa seguradora (no caso do INSS) pagará as despesas de atendimento

medico os salários a partir do 15o dia até o retorno do acidentado ao trabalho

normal.

Há diversos custos que o próprio bom-senso facilmente determina. Outros,

porem), além de não serem identificados na totalidade, quando o são tornam-se de difícil

mensuração.

O caso de um trabalhador morto em virtude de um acidente do trabalho. Em

termos da Nação como um todo, como mensurar a perda de capacidade produtiva e

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mesmo da capacidade criativa do acidentado? Teremos os gastos com funeral, pagamento

de pensão, porém o chamado CUSTO SOCIAL decorrente do acidente não poderá ser

determinado. A família do acidentado poderá sofrer graves conseqüências, não só

financeiras, como também sociais. Não haverá mais a possibilidade de promoções, horas

extras, etc. Toda a experiência de vida que poderia ser transmitida aos filhos é perdida.

Pode ser sentida aqui a dificuldade para mensurar os custos dos acidentes. Para

contornar esse problema, por meio de uma investigação de acidentes bem feita, e com a

utilização de recursos matemáticos e inferências estatísticas, podemos atingir um bom

nível de precisão em termos de custos para o empregador.

Parcelas do custo de acidentes

O custo total do acidente do trabalho pode ser em duas parcelas: o custo direto e

o custo indireto, ou seja:

C.T. = C.D.+ C.I.

O custo direto não tem relação com o acidente em si. É o custo do seguro de

acidentes do trabalho que o empregador deve pagar ao Instituto Nacional de Seguridade

Social - INSS, conforme determina do no artigo 26 do decreto 2.173, de 05 de março de

1997. Essa contribuição é calculada a partir do enquadramento da empresa em três níveis

de risco de acidente do trabalho (riscos leve, médios e graves) e da folha de pagamento

de contribuição da empresa, da seguinte forma:

I – 1 % (um por cento) para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de

acidente do trabalho seja considerado leve;

II – 2 % (dois por cento) para a empresa em cuja atividade preponderante esse

risco de acidente do trabalho seja considerado médio;

III – 3 % (três por cento) para a empresa em cuja atividade preponderante esse

risco de acidente do trabalho seja considerado grave.

Essa porcentagem é calculada em relação a folha de pagamento de contribuição e

é recolhida juntamente com as demais contribuições devidas INSS.

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A classificação da empresa será feita a partir de tabela própria, organizada pelo

Ministério da Previdência Social Tendo em vista que o custo direto nada mais é que a

taxa de seguro de acidentes do trabalho paga pela empresa a Previdência Social, esse

custo também é chamado de "custo segurado" e representa saída de caixa imediata para o

empregador.

Já os fatores que influem no custo indireto não representam uma retirada de caixa

imediata para a empresa, mas, embora prejudiquem a produção e inclusive a diminuam,

não acarretam novos gastos necessariamente. Eles são inerentes a própria atividade da

empresa.

A seguir são citados alguns fatores que influem no aumento do custo indireto de

um acidente do trabalho.

a) salário pago ao acidentado no dia do acidente. Mesmo em casos de acidente de

trajeto, o empregador é responsável por esse pagamento;

b) salários pagos aos colegas do acidentado, que deixam de produzir para socorrer

a vítima, avisar seus superiores e, se necessário, auxiliar na remoção do acidentado;

c) despesas decorrentes da substituição de peça danificada ou manutenção e

reparos de máquinas e equipamentos envolvidos no acidente, quando for o caso;

d) prejuízos decorrentes de danos causados ao produto em processo;

e) gastos para a contratação de um substituto, quando o afastamento for

prolongado;

f) pagamento do salário do acidentado nos primeiros quinze dias de afastamento;

pagamento de horas extras aos empregados para cobrir prejuízo causado à produção pela

paralisação decorrente do acidente; gastos extras de energia elétrica e demais facilidades

das instalações em decorrência das horas extras trabalhadas;

i ) pagamento das horas de trabalho despendidas por supervisores e outras

pessoas:

i.1) n a investigação das causas do acidente

i.2) na assistência médica para os socorros de urgência;

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i.3) no transporte do acidentado;

i.4) em providências necessárias para regularizar o local do acidente;

i.5) na assistência jurídica.

Conclusão

Pode-se notar, portanto, que o custo de acidentes envolve vários fatores de

produção:

1º) pessoal

2º) maquinas e equipamentos;

3º) matéria-prima

4º) tempo;

5º) instalações.

Pessoal

Envolve todos os funcionários assalariados. Qualquer acidente determinará despesas

médicas, hospitalares, farmacêuticas, além de gastos com indenizações por incapacidade,

ao órgão segurador.

Maquinas e equipamentos

Inclui ferramentas, carros de transporte diretamente ligados à produção, maquinas,

que podem ser danificados em caso de acidente, exigindo reparos, substituição de peças

e serviço extra das equipes de manutenção.

Matéria - prima

Compreende os três estágios, entrada, processamento e saída como produto acabado.

Material perecível, por exemplo, pode ser perdido em caso de parada repentina do

processo em virtude de um acidente.

Tempo

Invariavelmente, qualquer acidente acarreta, com perda de tempo, tanto na

produção como na mão-de-obra.

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Instalações Gerais

Compreende danos as instalações elétricas, aos prédios, às canalizações.

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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8.-ACIDENTES DO TRABALHO

8.5.- Avaliação dos Acidentes

Há diversos indicadores que podem ser construídos visando medir o risco no

trabalho. A OIT utiliza três indicadores para medir e comparar a periculosidade entre

diferentes setores de atividade econômica de um país (ILO, 1971): o índice de freqüência,

o índice de gravidade e a taxa de incidência.

Já a NBR nº 14.280/99, sugere a construção dos seguintes indicadores: taxas de

freqüência (total, com perda de tempo e sem perda de tempo de atividade), taxa de

gravidade e medidas de avaliação da gravidade (número médio de dias perdidos em

conseqüência de incapacidade temporária total, número médio de dias perdidos em

conseqüência de incapacidade permanente, e tempo médio computado). Vários estudos

elaborados por especialistas sugerem, ainda, a adoção de um indicador que permita

avaliar o custo social dos acidentes do trabalho.

É importante ressaltar que a recomendação internacional é que, no cálculo dos

indicadores, devem ser incluídos os acidentados cuja ausência da atividade laborativa

tenha sido igual ou superior a uma jornada normal, além daqueles que exercem algum

tipo de trabalho temporário ou informal, situação em que o acidentado não se ausenta

formalmente do trabalho, porém fica impedido de executar sua atividade habitual.

Os indicadores de acidentes do trabalho, além de fornecerem indícios para a

determinação de níveis de risco por área profissional, são de grande importância para a

avaliação das doenças profissionais. Além disso são indispensáveis para a correta

determinação de programas de prevenção de acidentes e conseqüente melhoria das

condições de trabalho no Brasil. Alguns indicadores são de interesse especial para a área

de saúde do trabalhador (tais como a taxa de mortalidade e a taxa de letalidade). Outros

são vitais para o estabelecimento de ações de controle por parte do Ministério do Trabalho

e Emprego (como, por exemplo, a incidência acumulada). O objetivo deste trabalho é

buscar um conjunto de indicadores que combine a freqüência e a gravidade dos acidentes,

bem como o custo gerado com o pagamento de benefícios pela Previdência Social.

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Desta forma, dentre uma série de indicadores sugeridos, três foram eleitos como

básicos para análise: índices de freqüência, gravidade e custo. A seguir é definida a

conceituação e a metodologia de cálculo adotada para cada um dos indicadores,

considerando as peculiaridades dos dados disponíveis sobre acidentes do trabalho no

Brasil, e os objetivos de avaliação e controle dos acidentes, e o reenquadramento das

atividades econômicas por grau de risco.

8.5.1. Índice de Freqüência (If)

O Índice de Freqüência (If) mede o número de acidentes que geraram algum tipo

de benefício, ocorridos para cada 1.000.000 de homens-hora trabalhadas, podendo ser

escrito como,

(1) onde HHT representa o número total de homens-hora trabalhadas, sendo calculado

pelo somatório das horas de trabalho de cada pessoa exposta ao risco de se acidentar,

aproximado pelo produto entre o número de trabalhadores, jornada de trabalho diária, e

número de dias trabalhados no período em estudo, ou seja

Número de trabalhadores * 8 horas/dia * Número de dias trabalhados no período

considerado.

O número de trabalhadores é obtido a partir do número médio de vínculos no ano.

Desta forma, pessoas que mantiveram o vínculo empregatício ao longo dos 12 meses do

ano, contribuem com uma unidade na média, enquanto que aquelas que trabalharam

apenas uma quantidade y de meses, contribuem com y/12 unidades na média, garantindo

a correta mensuração de exposição ao risco.

A informação de número de dias trabalhados no período considerado deve ser

estimada. Foi utilizada uma média de 22 dias úteis como estimativa de dias trabalhados

por mês. Como o período de análise considerado é anual, o total de dias trabalhados

adotado foi de 264, ou seja, 12 meses no ano * 22 dias por mês = 264 dias.

O numerador do índice inclui apenas os acidentes do trabalho que geraram algum

tipo de benefício previdenciário (aposentadoria por invalidez, auxílio-doença, auxílio-

acidente e pensão por morte), a fim de não penalizar as empresas com boa declaração

de sinistralidades, e favorecer aquelas que só declaram os acidentes mais graves (os quais,

obrigatoriamente, envolvem a necessidade de registro oficial). Se o numerador

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considerasse todos os acidentes registrados, empresas com grande número de notificações

apresentariam resultados mais elevados, ainda que não causassem ônus para o sistema

previdenciário.

8.5.2. Índice de Gravidade (Ig)

O Índice de Gravidade (Ig) mede a intensidade de cada acidente ocorrido, a partir

da duração do afastamento do trabalho, permitindo obter uma indicação da perda

laborativa devido à incapacidade, sendo dado por

(2) Segundo a OIT, esse indicador deve ser multiplicado por 1.000 (ILO, 1971), tal como

apresentado acima. A NBR 14.280/99, por outro lado, recomenda a multiplicação por

1.000.000. A metodologia sugerida pela OIT foi a adotada, por gerar índices de gravidade

da mesma ordem de grandeza que os índices de freqüência.

É recomendado que no numerador sejam computados os dias perdidos em função

de todos os acidentes ocorridos no período, incluindo os afastamentos por menos de 15

dias e o tempo de permanência como beneficiário de auxílio-doença. Além disso, devem

ser computados os dias perdidos em função de acidentes que causaram a morte, a

incapacidade total permanente e a incapacidade parcial permanente. Neste último caso, o

cálculo do número de dias perdidos deve seguir normas preestabelecias.

Segundo a 6a Conferência Internacional de Estatísticas do Trabalho, realizada em

1947, cada acidente que resultasse na morte ou na incapacidade total permanente deveria

ser computado como 7.500 dias de trabalho perdidos. Entretanto, o cálculo desse índice

não era feito uniformemente.

Cada país utilizava um fator para cálculo dos dias perdidos. Desta forma, a 10a

Conferência Internacional de Estatísticas do Trabalho determinou que futuras pesquisas

deveriam ser elaboradas a fim de fixar um parâmetro para uso internacional (ILO, 1971).

A NBR 14.280/99, determina que cada ocorrência de morte ou incapacidade

permanente total seja computada como equivalente a 6.000 dias de trabalho perdidos.

Este é o critério adotado pela grande maioria dos países, tal como propõe o American

National Standards Institute, e foi o critério aqui considerado na metodologia de cálculo

do índice de gravidade. É importante destacar, entretanto, que esse valor foi obtido a partir

de uma estimativa conjunta entre duas variáveis: idade ao se acidentar e expectativa média

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de vida. Com a recente queda da mortalidade verificada na população, e os conseqüentes

ganhos na expectativa de vida, poderia ser avaliada, em um futuro próximo, a

possibilidade de revisão desse valor.

Em caso de incapacidade parcial permanente, os dias a debitar, segundo a NBR

14.280/99, devem obedecer a critérios pré-definidos conforme a parte do corpo atingida,

ainda que o número de dias realmente perdidos seja maior ou menor do que o número de

dias a debitar, ou até mesmo quando não haja dias perdidos. Entretanto, a contabilização

das causas da incapacidade parcial permanente, com o nível de detalhe proposto pela

NBR 14.280/99, demandaria tabulações extremamente complexas. Por outro lado, a

escolha a priori de um valor médio a ser atribuído para todos os casos de incapacidade

parcial permanente poderia gerar distorções. O ideal seria a elaboração de um estudo que

subsidiasse essa escolha.

Uma tentativa foi feita utilizando dados do estado de Santa Catarina, uma vez que

este dispõe de um sistema próprio para controle das CAT’s, armazenando informações

sobre a natureza da lesão e a parte do corpo lesionada (DATAPREV, 1998). Foi

constatado que, como não estava disponível a informação detalhada sobre membros

amputados (por exemplo, qual o dedo e em que altura foi amputado) ou a perturbação

funcional ocasionados pelo acidente, a atribuição de um valor médio não é uma questão

trivial (DATAPREV, 1998). O ideal seria melhorar a forma de coleta e armazenamento

das informações, de tal forma que a correta associação entre lesão e dias perdidos pudesse

ser feita. Como os dados disponíveis não permitem tal associação, foi adotado um total

de 2.500 dias perdidos para os casos de incapacidade parcial permanente.

Resumindo, para as ocorrências de aposentadorias por invalidez e pensões por

morte o total de dias perdidos foi calculado como o produto entre a quantidade de

concessões desses benefícios e a constante 6.000. No caso dos auxílios-acidente, em que

a determinação dos dias perdidos depende do tipo de lesão sofrida pelo segurado, foi

adotada uma média de 2.500 dias. Ou seja, o total de dias perdidos foi calculado como o

produto entre a quantidade de concessões de auxílios-acidente e a constante 2.500.

Finalmente, para as ocorrências de auxílios-doença três parcelas devem ser consideradas:

Número de dias perdidos desde a data de ocorrência do acidente até a concessão

do auxílio-doença.

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Obtido pela diferença entre a data de início do benefício – DIB e a data de

ocorrência do acidente, no caso de acidentes ocorridos no ano em estudo. À esta parcela

deve ser somado o tempo de duração do auxílio-doença, que pode ser dado por uma das

duas situações:

Para benefícios com data de cessação – DCB diferente de zero, ou seja, o benefício

foi concedido e cessado no mesmo ano, calcular os dias perdidos como a diferença entre

a DCB e a DIB (expressa em dias).

Para benefícios com DCB igual a zero, ou seja, o benefício foi concedido no ano

analisado, porém não cessou nesse ano, calcular os dias perdidos como a diferença entre

a DIB e o final do ano em questão.

Finalmente, a fim de garantir a mesma base de cálculo utilizada no índice de

freqüência, serão computados os dias perdidos dos acidentes que geraram algum tipo de

benefício previdenciário, ou seja, não serão considerados os casos de simples assistência

médica e afastamentos inferiores a 15 dias.

Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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9.-ÉTICA PROFISSIONAL, RESPONSABILIDADE SOCIAL E

SUSTENTABILIDADE

9.- Ética Profissional, Responsabilidade Social e Sustentabilidade

9.-Ética Profissional

Talvez os próprios engenheiros desconheçam a importância da profissão. A

engenharia pode modificar o ambiente, os hábitos e a qualidade de vida das pessoas, a

sua forma de morar, de se locomover, enfim, de alterar inclusive substancialmente o

próprio comportamento da sociedade.

Sob o peso desta responsabilidade, e constantemente preocupado em adotar

soluções corretas, é que o engenheiro deve ter uma postura profissional coerente e

racional, pautada sempre em preceitos éticos bem consistentes.

Quais são os deveres, os direitos, as atribuições técnicas, a remuneração a exigir

pelos seus serviços, etc.? É justamente a este conjunto, que define uma atitude

profissional e a forma de se portar perante ele, que denomina ética.

A ética deve ser a base sobre a qual é estabelecido o comportamento do

profissional perante a sociedade, seu empregador ou seu cliente. A atuação profissional,

baseada em princípios éticos, deve se pautar pelo respeito ao trabalho de outros e pela

adoção de uma postura correta na aplicação dos conhecimentos técnicos.

A capacitação técnica se adquire através de livros, corsos e outras formas de

aprendizagem. A atitude profissional, entendida aqui como comportamento perante o

mundo, se pratica.

Do ponto de vista ético não se pode ver a profissão apenas como um meio de

satisfação de interesses pessoais. A formação do engenheiro não surge por milagre; ela

tem um custo social que deve ser resgatado através de sua atuação consciente perante a

sociedade. Na realidade esta "dívida" será paga na prática profissional fazendo da

comunidade a beneficiária dos resultados de seu trabalho.

Segue abaixo o link e a transcrição do Código de Ética Profissional do Engenheiro,

publicado pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura- CREA-RJ:

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http://www.crea-rj.org.br/wp-content/uploads/2012/09/Código-de-Ética-

2015_WEB.pdf

Tal código foi elaborado por entidades de classe e adotado na forma de Resolução

pelo Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura - CONFEA.

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Volte ao seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões.

Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

Anotações

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9.-ÉTICA PROFISSIONAL, RESPONSABILIDADE SOCIAL E

SUSTENTABILIDADE

9.1.- Responsabilidade Social do Engenheiro

Abertura de crateras que engolem ruas, casas e pessoas, para dar passagem ao

metrô. Poluição de rios, cujas águas abastecem cidades e permitem a sobrevivência de

populações ribeirinhas.

Degelo de calotas polares devido à emissão de gases na atmosfera que põe em

risco a vida neste planeta. A questão que aflora é: até onde se estende a responsabilidade

do engenheiro em tais catástrofes?

O engenheiro, independentemente da área em que atua, pode ser visto como um

dos principais pilares da evolução tecnológica. Dessa maneira, é bastante claro que seu

trabalho gera conseqüências em qualquer população que venha a ser atingida por suas

conseqüências. O fato é que a grande problemática atual da engenharia é a inexistência

da interdisciplinaridade em sua “caixa de ferramentas”. Na realidade, a busca por uma

visão mais integral das ações de cada um deveria ser feita por todos os profissionais, não

somente pelos engenheiros, até mesmo estendendo essas questões para além do âmbito

da profissão, procurando, pois, conhecer sua capacidade e o que cada um pode agregar de

valor para a sociedade.

O engenheiro deve conhecer sua capacidade e o que ele pode agregar de valor para

a sociedade através da busca por uma visão mais integral de suas ações. Com isso, obtém-

se uma garantia maior de que suas ações serão mais bem planejadas, de forma a minimizar

possíveis conseqüências ruins e, assim, garantir que o fosso presente entre a inovação e a

sociedade seja minimizado.

Ainda quanto a questões sociais, a super especialização dos estudantes poderia ser

encarada neste sentido como geradora de problemas sociais, que tende a cegar os

profissionais para qualquer consideração que ultrapasse o âmbito de suas competências

técnicas.

Com isso, vê-se que o engenheiro é um indivíduo com responsabilidade social,

além de outras. Uma visão meramente técnica do mundo é, portanto, uma atitude que

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muito provavelmente implicará imprevistos até mesmo na essência do planejamento, a

qual deveria ser no mínimo a parte que funcionaria corretamente.

Conclui-se que uma das grandes problemáticas atuais da engenharia é a falta de

interdisciplinaridade como ferramenta de trabalho. E isso acarreta que as próprias grades

curriculares dos cursos formadores de engenheiros são bastante conhecidas por garantir

uma grande carga de matérias puramente técnicas. O ensino de engenharia é

classicamente tecnocrático, de forma que promove na maioria das vezes a formação de

indivíduos cuja argumentação não abrange áreas que não sejam técnicas.

A tecnologia sempre desempenhará um papel central no progresso humano. Sua

criação se dá como resposta a pressões do mercado, e não em função das necessidades do

conjunto social mais amplo, alijando aqueles com pouco poder de compra.

Nesse contexto, a engenharia deve evoluir para um ponto onde um olhar mais abrangente

às questões de toda a sociedade guie as ações dos profissionais atuantes na área. Conforme

evoluímos, grupos das mais diversas áreas exigem isso dos engenheiros, fazendo com que

se cobre mais responsabilidade e maior visão crítica por parte do corpo técnico social.

Embora o desenvolvimento tecnológico tenha ajudado imensamente a humanidade,

conferindo corpo e identidade à sociedade moderna, resolvendo uma série de problemas

e necessidades de cada indivíduo, tende-se por esquecer a essência do próprio ser humano.

E isso se torna uma situação bastante perigosa, visto que a tecnologia é essencialmente

uma ferramenta potente, e o bom senso do seu operador pode determinar se suas

conseqüências serão boas ou ruins para os que forem afetados por seus resultados.

Cada engenheiro deve garantir que sua formação aborde os diversos

conhecimentos a serem aprendidos de forma que ele possa não somente entender seu

complexo funcionamento, mas também alertar e até mesmo controlar as implicações

futuras de seus empreendimentos. Sugere-se como ferramenta primordial para se realizar

tal atividade a interdisciplinaridade, já que com ela é possível se ter uma visão maior do

impacto de cada atitude em vários contextos diferentes da sociedade.

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Anotações

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9.-ÉTICA PROFISSIONAL, RESPONSABILIDADE SOCIAL E

SUSTENTABILIDADE

9.2.- A Sustentabilidade no Contexto das Engenharias

Desde a Revolução Industrial, e especialmente ao longo do século 20, o

desenvolvimento tecnológico, proporcionado pelas diversas áreas da Engenharia, criou

um sem-número de ferramentas fantásticas. Essas ferramentas facilitaram e deram mais

conforto à vida das pessoas, além de encurtar distâncias: eletrodomésticos, telefone,

Internet, carros, aviões… A lista é infindável, assim como os seus benefícios. O aumento

do padrão de vida em diversos países, além do crescimento da oferta e redução de preços,

tem permitido que cada vez mais pessoas tenham acesso à tecnologia em quantidade cada

vez maior. Há, porém, que se olhar para o outro lado da moeda: o consumo de recursos

naturais, na forma de matérias-primas e recursos energéticos, que são necessários para a

fabricação e utilização desses produtos.

Como fornecer, de maneira sustentável, energia e materiais suficientes para suprir uma

demanda que não para de crescer?

Nos últimos dois séculos, a matriz energética mundial, especialmente a dos países

industrializados, tem sido fortemente baseada na queima de combustíveis fósseis.

Entretanto, nas últimas décadas, a utilização dessas fontes energéticas tem dado

evidências cada vez mais contundentes de ser insustentável econômica, ambiental e

socialmente. Guerras, disparada de preços, poluição do ar, efeito estufa e destruição de

ecossistemas são apenas alguns dos problemas ligados ao uso de combustíveis fósseis que

permeiam a discussão. Mas como, afinal, reduzir o consumo de combustíveis fósseis sem

impor barreiras ao desenvolvimento da humanidade?

A produção de energia a partir de fontes renováveis é uma alternativa intrínseca à

idéia de uma sociedade sustentável. O sol, o vento, os mares e rios, a biomassa, entre

outros, são fontes inesgotáveis de energia e encontram-se espalhados ao redor do globo,

e não nas mãos de alguns poucos países. Contudo, devido à sazonalidade da maioria das

fontes renováveis, faz-se necessário, para a implementação maciça dessas tecnologias de

geração, que se viabilizem formas sustentáveis de armazenamento de energia. A produção

de hidrogênio, para posterior geração de energia elétrica em células combustíveis, e os

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reservatórios de acumulação de água, que armazenam energia hidráulica (hidroelétrica)

para uso em momentos de maior demanda, são algumas das alternativas às baterias

elétricas atualmente utilizadas, que são ambiental e economicamente inviáveis para o uso

em maior escala.

Um grande salto para a redução no consumo de combustíveis fósseis são os

biocombustíveis, que já são intensamente usados no Brasil, aumentando a fatia renovável

da matriz energética do país. Devido ao grau de desenvolvimento dessa tecnologia, já é

possível produzir biocombustíveis a partir de uma enorme gama de produtos agrícolas,

permitindo o desenvolvimento econômico de regiões nos mais variados climas.

Montadoras européias também já começam a apostar no carro elétrico, que pode vir a ser

uma excelente alternativa aos combustíveis fósseis. Entretanto, os carros elétricos serão

falsas alternativas ecológicas se a eletricidade for proveniente da queima de combustíveis

fósseis.

Há, também, exemplos de como se pode transformar o que antes era lixo em

produtos nobres. A utilização de resíduos da construção civil na composição de tijolos

ecológicos, a produção de bioplásticos a partir de resíduos agrícolas e a geração de energia

elétrica usando o biogás de aterros sanitários, são algumas das formas encontradas para

se transformar um problema ambiental em desenvolvimento social, através da geração de

empregos e do aumento na oferta de produtos.

É evidente o papel das Engenharias na construção de uma sociedade cada vez mais

sustentável. E se os futuros engenheiros não saírem da universidade com essa idéia

cristalizada em suas mentes, é improvável que darão a ela a importância devida, e que

chegarão um dia a aplicá-la de forma consistente no exercício de sua profissão.

Nos últimos tempos, a mídia tem dado grande ênfase a assuntos ligados à

Sustentabilidade, estando a sociedade em geral cada vez mais ciente da importância dessa

discussão. Contudo, na mídia o assunto é abordado de maneira generalista e pouco

aprofundada, de modo que todos possam compreendê-lo. Entretanto, os engenheiros

precisam de uma orientação mais específica à sua área de atuação, para que possam

perceber como esse conceito faz parte da atividade que exercem. É aí que surge a

importância de se discutir Sustentabilidade nos cursos de Engenharia.

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