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PERSONALIDADE JURDICA

DIREITO ADMINISTRATIVO

Prof. Alexandre Mazza

Reta final DP SP

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________2010

Aula 02/06/2010 Sexta-Feira

Direito Administrativo

1. Falaremos de Administrao Pblica e atos administrativos.

2. Lembrando que o principal tema para a prova contratos administrativos.Teoria do rgo:

Pretende encontrar uma relao entre rgos, agente e Estado. Historicamente diversas teorias foram se sucedendo.

Quatro teorias foram ento criadas:

1. Teoria da identidade= O rgo pblico o agente, a incorporao do prprio rgo. Mas quando o agente morre o rgo desaparece? Claro que no!! Logo, essa teoria foi rapidamente derrubada.

2. Teoria da Representao = Baseia-se em uma lgica de direito privado e considerava que o estada era um incapaz e precisava de um agente para represent-lo. O agente pblico exerceria a tutela ou a curatela em relao ao Estado e ao rgos pblico. Mas se o Estado um incapaz, como ele pode escolher seu prprio agente?? No possvel. Foi derrubada portanto essa teoria.

3. Teoria do Mandato= O Estado assina um contrato com o agente pblico. contrato de mandato mesmo. Seria por isso um mandatrio do Estado. Essa teoria, baseada e uma relao contratual entre Estado e agente pblico foi derrubada pois no h assinatura de contrato.

4. Teoria da imputao = a que vale atualmente Desenvolvida pelo alemo Otto Gierk (escrevia por volta de 1905 /1910). A teoria da imputao a moderna teoria do rgo. Diz que a ao do agentes atribuda ao Estado e os agentes so titulares dos rgos. O nome rgos pblico foi criado por ele, Gierke. A analogia que ele fazia era com o corpo humano, onde h rgos de comando, de deciso e outros perifricos. Assim tambm o Estado. Ele dizia que por exemplo, ningum suspeita que o brao no uma pessoa, apenas uma parte da pessoa, asism igualmente com o Estado.

A doutrina apresenta diversas classificaes dos rgos pblicos. A mais importante classificao divide os rgos em a)Simples de execuo reduzido poder decisrio, como por exemplo o departamento de limpeza da prefeitura

b) rgos autnomos- Tem alto poder decisrio, mas se encontram vinculados orgos superiores, como por exemplo as Procuradorias

c)rgos independentes = tem liberdade mxima de ao e no possuindo nenhum vnculo de subordinao e nem relao de vinculao com a administrao direta. Exemplo os trs poderese os ministrios pblicos.

OBS-DP Convm sustentar que se trata de rgos independente, embora a defensoria no tenha competncia para o envio do projeto de lei oramentria, as tem atuao similar ao MP.

Algumas consideraes IMPORTANTES sobre entidades da administrao pblica indireta

As entidades da administrao indireta so de dois tipos:

PJ de direito Pblico Seu regime jurdico muito parecido com o regramento das entidades federativas.

Autarquias

Fundaes pblicas PJ de direito privado - Seu regime jurdico muito parecido com as empresas particulares

Empresas pblicas e

Sociedades de Economia MistaOBS- Ocorre, que atualmente existem novas figuras da Administrao Indireta:

Agncias reguladoras Direito pblico

Associaes pblicas Direito pblico

Fundaes governamentais (Apenas existe em So Paulo, e o nico exemplo a Fundao Padre Anchieta). - Direito privado1. Autarquias/ Fundaes Pblicas

Para o Prof. CABM as fundaes so um tipo de autarquias.

As autarquias, so, segundo o Dec- Lei 200, servios autnomos. Ex. (Do Estado de SP) Unicamp, UNESP, USP, Hospital das Clnicas, Fundao CASA antiga Febem, PROCON.

Caractersticas das autarquias: So pessoas autnomas. Autonomia capacidade de gesto dos prprios assuntos. O professor Mazza nesse momento faz uma escala de graus que varia de 0 a 100, indo proporcionalmente da subordinao (grau 0) at a independncia (grau 100). A autonomia seria um grau 50, por exemplo, nem subordinao, nem independncia. No esto no grau 100 por causa da vinculao com o poder central, esta vinculao prende a autarquia ao poder central. H ainda o ponto 75 da escala dos graus, a chamada autonomia qualificada, que o caso das agncias reguladoras, que tem maior liberdade, embora esteja ainda vinculada a um Ministrio.

Outras caractersticas: cada autarquia tem sua ordem de precatrio, que uma sequencia diferente da sequencia do estado. So imunes ao impostos, mas cuidado, s a impostos e difere em relao s entidades federativas. uma imunidade que s atinge o patrimnio, renda e servios, vinculados atividades finalsticas da autarquia. No uma imunidade total. Elas pagam impostos sim, mas no pagam se o imposto for vinculado diretamente sobre seu patrimnio, renda e servios que tenham relaes com suas atividades finalsticas. Sua responsabilidade direta e objetiva. O estado s responde em carter subsidirio, apenas como garantidor. Responsabilidade objetiva aquela baseada no risco.

So tambm caractersticas: seus bens so pblicos, contratam predominantemente com vinculao estatutria, seus ato so administrativos e seus contratos tambm se classificam como administrativos.

Espcies de autarquias:

a) de servios comuns INSS

b) Corporativas- So os Conselhos de Classe, CRM, CREA. Ateno. A OAB uma entidade sui generis, perdeu em 2004 a qualidade de autarquia.

c) Fundacionais - So as Fundaes Pblicas, para alguns doutrinadores, as fundaes pblicas so formadas atravs da afetao de um patrimnio pblico a uma certa finalidade.

d) Autarquia de regime especial - So aquelas que tem alguma peculiaridade no seu regime jurdico. So exemplos IBAMA e BACEN.

Vamos falar um pouco de agncias reguladoras:

Possuem um poder normativo. Baixam regras para disciplina de setores especficos. O modelo das agncias foi inspirado em alguns padres do direito comparado, tem na Frana, na Inglaterra h uma figura muito parecida, que so os chamados quangos, que so na verdade, entidades quase governamentais. L na Inglaterra so assim chamadas porque exercem atividades muito prximas do legislativo (pois criam algumas normas) e do judicirio (aplicam sanes). Mas as agncias brasileiras so na verdade autarquias com regimes especias. Regime especial o o que garante autonomia qualificada, diferenciando-as das demais autarquias. So principais caractersticas: dirigentes estveis e com mandatos fixos. Os dirigentes no esto sujeitos exonerao ad nutum, ou seja, exonerao imotivada que est presente nos cargos de confiana. Isso no ocorre com os dirigentes das agncias reguladoras. Eles s perdem o cargo por encerramento do mandados ou por sentena judicial transitado em julgado. Nas autarquias comuns, no tem mandato. J nas agncias reguladoras h sim um mandato que dura em mdia 3 a 5 anos. Vamos classificar as agncias reguladoras:

a) Quanto s reas de atuao:

Federais - Anatel, ANEEL etc .So ligadas a um Ministrio, seu dirigente tem seu nome indicado pelo Presidente e aprovado pelo Senado.Estaduais Artresp (Agencia Reguladora de Transportes Terrestres) So ligadas a uma Secretaria. A indicao feita por um governador com a a aprovao da Assembleiab) Quanto aos fins:

Agncias de Servios encarregadas do controle de servios dados em concesso, poder concedente. S atuam com sujeia especial pois s fiscalizam quem est em regime de concesso.

Agncia de Polcia poder de atuao de liberdade e propriedade privada. Atau com sujeio geral, pois a liberdade limitada de qualquer particular. Veja o exemplo da ANVISA que fiscaliza as industrias de medicamento e cosmticos, drogarias, farmcias, que no tem nenhuma relaa direta com o estado.Agncia de fomento Incentiva os setores sociais. o caso da ANCINE.c) Quanto as geraes das agncias

1 Gerao = (a994 e 1997) Relao direta com as privatizaes, o caso da ANATEL e ANEEL

2 gerao = Mais ou menos foram criadas de 1998 a 2003 . So caracterizadas por uma maior diversidades de setores. o as agencias de servios , como por exemplo a ANTT, agncia de polcia, como a ANS contra os planos de sade, agncia de fomento como o caso da ANCINE.

3 gerao = 2004 em diante . So agncias plenipotencirias. Elas exercem todas as atribuies da administrao moderna (polcia+ fomento+ servios). S existe um exemplo. o caso da ANAC.

Ateno No mbito federal (adm. Federal), o modelo das agncias reguladoras vem sendo substitudos pelo sistema da superintendncia.OBS- Chama-se quarentena o perodo, em regra de 6 meses, em que o ex-dirigente da agncia fica proibido de atuar no setor regulado para evitar a captura, que a contratao de um servidor pblico para atuar contra o Estado nas empresas privadas. Durante a quarentena o ex-dirigente continua recebendo sua remunerao paga pela agncia.

AGNCIAS EXECUTIVAS:conceito: So rgos ou entidades pblicas que celebram contrato de gesto para ampliar sua autonomia em troca de metas de desempenho. Tambm possuem o dobro de limite para a contratao direta com dispensa de licitao ou seja, tem 20%, para obras e servios de engenharia de at R$ 30.000,00 sem necessidade de licitao. ASSOCIAES PBLICAS:

conceito: So PJ de direito pblico criadas aps a celebrao de consrcio pblico(Consrcio pblico um contrato administrativo multilateral.)Entre entidades federativas.OBS- H uma exceo apenas, cuidado. !! Entidades descentralizadas podem assinar contrato de programa com o consrcio. Essas associaes pblicas pertencem administrao indireta de todos os consorciados.ATENO *&%$#@

a 1 vez no Brasil que existe uma figura transfederativas, isto , que pertence a mais de uma esfera federativa. Podem ser ao mesmo tempo federal, municipal e estadual. Muitos problemas prticos surgem, por exemplo, quem fiscaliza? O TCU? O TCE? Para a maior parte da doutrina que tudo o que se aplica a legislao federal, para fins de fiscalizao, licitao e pessoal.??Qual a responsabilidade das entidades consorciadas??

R-No projeto da Lei 11.107 havia um dispositivo estabelecendo responsabilidade solidria das entidades consorciadas pelas dvidas dos consrcios. S que o presidente vetou esse dispositivo. Logo, a doutrina entende que a responsabilidade, por essa razo, subsidiria!Diferena entre fundao pblica e fundao governamental:

Fundao PblicaFundao Governamentais

PJ de direito pblicoPJ de direito Privado

H uma polmica em torno das fundaes governamentais, pois o prof. CABM no aceita a existncia das governamentais com regime de direito privado. Para ele uma burla a legislao

Fundao CASAFundao Padre Anchieta

Criado por lei especfica, como nas autarquias. Assim com a simples publicao da Lei j nasce a Fundao Pblica. Criadas pelo sistema da autorizao legislativa, assim como se d com as EP e as SEM. Isto significa que a publicao da lei autoriza sua instituio, lei com apenas um artigo fica o executivo autorizado a criar a lei tal..., aps o segundo passo a expedio de um decreto regulamentar do chefe do executivo que vai atribuir competncias, e por fim , a terceira fase: registro dos atos constitutivos em cartrio. OBS- Somente com esse registro que nasce a personalidade jurdica

Extino segue o mesmo processo de criao, s que para a extino e termina com a baixa dos atos em cartrio.

Empresas Pblicas e Sociedades de Economia Mista:

Empresas Pblicas Sociedades de Economia Mista

Direito privadoDireito privado

Autorizao legislativaAutorizao legislativa

CeletistaCeletista

Total de $$ pblicoMaioria de $$ pblico

Forma livreSA

Unio Julgada na Justia FederalEstadual- Julgada na Justia Estadual.

As demais caractersticas vo variar de acordo com o fim, ou seja se so prestadoras de servio pblico ou se so exploradoras de atividade econmica:

DIFERENAS BSICAS

Prestadora de Servio PblicoExplorao de atividade econmica

Responsabilidade objetiva, independe de culpaResponsabilidade subjetiva, ou seja, com a lgica do direito privado e depende da comprovao de culpa ou dolo. No responde por prejuzos causados nem mesmo em carter subsidirio.

Possuem bens pblicos, apesar de o CC falar que os bens pblicos so aqueles pertencentes a pessoas de direito pblico. So impenhorveis, imprescritveis e inalienveis.Bem privados, apenas.

So executadas por meio do sistema de precatrios do art. 10 da CF/88No tem ordem dos precatrios pois sofrem execuo comum.

Podem ser autoridades coatoras em MSNo sofrem impetrao de MS e portanto, no so consideradas autoridades pblicas e sim gestores privados.

Figuram entre as semelhanas entre as EP e SEM que prestam servios pblicos e as que exploram atividades econmicas: necessidade de licitao, proibio de acumulao de empregos, necessidade de realiza concursos, sofrem controle dos Tribunais de Contas, tambm tem o dobro de limite para contratao direta por dispensa de licitao.Ateno- Empresas Pblicas tem suas causas julgadas em Varas da Fazenda Pblica; sociedades de economia mista do estado tem causas julgadas na Vara Cvel.ATOS ADMINISTRATIVOS

Vamos levar em conta a doutrina do Prof. CABM.

1. Diferena de um ato administrativo para um fato administrativo?

R- Esse assunto ficou muito difcil de uns anos para c, pois os concursos tem misturado a viso do prof. CABM com o Prof. JSCF. Vamos explicar assim: O ato administrativo sempre um ato voluntrio, enquanto que o fato administrativo acontecimento involuntrio. Para CABM o ato sempre possui um contedo prescritvel, tem que ter um dos 3 modais denticos, que so os contedos das normas jurdicos (p- permite, o- Obrigatrio- v- probe). O fato administrativo por sua vez, no tem contedo prescritivo, no manda ningum fazer nada. Segundo o professor Carvalhinho (JSCF), esses acontecimentos podem ser condutas humanas ou eventos da natureza, qualquer evento dinmico na vida da administrao.

O mais importante gravar os exemplos de fatos administrativos:

Queda de rvore, morte de servidor, prescrio*, esta ltima, no d ordem de conduta para ningum meramente a passagem do tempo e sua constatao.

OBS- O prof. CABM admite que alguns atos administrativos sejam praticados por mquinas. No serve para ele apenas o critrio da voluntariedade, j que a as mquinas no tem vontade. Ele d o exemplo do semforo. Logo, ele tem abandonado esse entendimento.2. Perfeio, validade e eficcia do ato.

O professor HLM no aceitava essa diferenciao dos planos , mas ele j faleceu h mais de 20 anos. Ateno, veja que muitos autores falam de perfeio, validade e eficcia. Mas o correto seria existncia, validade e eficcia. A ideia bsica que o ato administrativo est sujeito a 3 degraus. Como se fossem 3 crculos :

Existncia = ciclo de formao do ato

Validade= se o ato foi praticado em conformidade com o direito;

Eficcia = aptido do ato para produzir efeitos

Os trs planos possuem relativa independncia de modo que o resultado em um no interfere nos demais. Por isso o ato pode ser :

a) perfeito, vlido e eficaz

b) existente, vlido e ineficaz

c) existente, invlido e ineficaz

Obs- Se o ato for inexistente, no poder ser vlido ou eficaz, afinal ele no existe!!!!

S pelo plano da eficcia a doutrina reconhece dois tipos de efeitos:

a) efeitos prprios do ato: Ex. Ato de Posse, que produz um efeito de autorizar a entrada em exerccio.

b)efeitos prodrmicos : S o prof. CABM que fala disso. A palavra prodrmico vem da medicina e quer dizer efeitos iniciais. Lofo, so os efeitos iniciais do ato, antes de ter os efeitos normais. Ex. A lavratura do auto de infrao produz o efeito inicial de autorizar o controle de legalidade pela autoridade superior.GRAUS DE NULIDADE

conceito: So os nveis e desconformidade do ato com o direito. Violaes mais simples, mais graves e mais superficiais.:

1. Ato inexistente No cumpriu o seu ciclo de formao, no nem considerado ato administrativo, um indiferente para o direito. Importante guardar os exemplos: Promoo de servidor morto, autorizao para reforma de imvel demolido ou desmoronado, ato que ordena a prtica de crime. Eles no produzem nenhum efeito jurdico, so imprescritveis, no tem presuno de legitimidades, e admitem reao manu militari, ou seja, usando a fora fsica para repelir o ato.

2. Ato nulo- aquele que tenha defeito no objeto, no motivo ou na finalidade.

3. Anulveis- tem vcios na competncia (ou sujeito) ou na forma. So suscetveis de convalidao.

4. Atos irregulares so defeitos muito superficiais, so atos com defeitos em meras formalidades. Ex. Promoo assinada com erro na grafia do nome do servidor. Os atos irregulares podem ter seus defeitos desconsiderados.

__________________________________________________________________________________________ FIM.decorar

Escrito por Jussara Cavalcante