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    ADMINISTRAO PBLICAAUDITOR FISCAL DO TRABALHO

    PROFESSOR RENATO FENILI

    Prezado(a) amigo(a) concursando(a),

    Espero que seus estudos tenham sido proveitosos neste perodo.Chegamos hoje nossa ltima aula. Aps havermos estudado muito da

    Administrao Pblica brasileira, nossa ltima tarefa diz respeito

    familiarizao com traos da Gesto Pblica empreendedora, bem como com

    o Ciclo de Gesto do Governo Federal.

    A aula de hoje ser menos densa que as anteriores. Veja suaprogramao:

    AULA CONTEDO7 10. Gesto Pblica empreendedora

    11. Ciclo de Gesto do Governo Federal

    Especificamente no que diz respeito ao Ciclo de Gesto do GovernoFederal, trata-se de um assunto muito prximo ao Ciclo Oramentrio, vistocom maior profundidade na disciplina Administrao Financeira eOramentria.

    Tudo pronto? Ento, vamos ao trabalho!

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    PROFESSOR RENATO FENILI

    I. GESTO PBLICA EMPREENDEDORA

    1.O conceito de empreendedorismo

    Definir empreendedorismo no tarefa das mais simples. Trata-se de umconceito de mltiplas dimenses, cujo estudo remonta do sculo XVIII,havendo nfase em sua abordagem ao longo do sculo XX.

    Apesar de o empreendedorismo ter sido estudado por uma srie de ramosdo conhecimento (psicologia, sociologia, pedagogia, administrao etc.), foino mbito da teoria econmica que este conceito obteve maior destaqueinicial.

    O termo empreendedor, na lngua portuguesa, uma adaptao daexpresso inglesa entrepreneur que, por sua vez, provm do verbo francsentreprendre1. Esta expresso surge originalmente ainda no sculo XII,sendo empregada para designar aquele que se lana a brigas ou a disputasmilitares. J no sculo XVII o termo passou a ser utilizado para designar oresponsvel por coordenar uma ao militar.

    Somente a partir de meados do sculo XVII houve uma ampliao doconceito, passando a incluir os contratados que se encarregavam deconstrues para militares: estradas, pontes, portos e fortificaes etc.

    Naquela poca, economistas franceses tambm empregavam a expressopara descrever pessoas que corriam riscos e suportavam incertezas a fim derealizar inovaes (CUNNINGHAM; LISCHERON, 1991, p. 50).

    A primeira referncia na literatura econmica ao termo empreendedorremonta de 1755, na obra pstuma Ensaio Geral da Natureza do Comrcio2,de autoria do banqueiro franco-irlands Richard Cantillon. Para este autor, oempreendedor o indivduo que se lana a satisfazer uma demanda incertano mercado, admitindo-se o risco como inerente s suas atividades em buscade retorno financeiro. De forma mais concreta, Cantillon consideravaempreendedor o indivduo que comprava matria-prima por preos mdicos3

    e a vendia j como produto acabado ou semiacabado, por um valor maior.

    1 Entre = recproca, mtua + prehendre= tomar, utilizar, empregar.2Essai sur la Nature du Commerce em Gnral, no original.3 Mdico = modesto, barato.

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    No incio do sculo XIX, o economista francs Jean-Baptiste Say surgiucomo pioneiro a expor algumas das bases do conceito deempreendedorismo, sendo, por este motivo considerado por Filion (1999) o

    pai do empreendedorismo.Para Say, o empreendedor era um agente fundamental de transformaes

    econmicas e sociais. Um aspecto que ir permanecer ao longo da teoriaeconmica a anlise de Jean-Baptiste Say de que o empreendedor nonecessariamente ser o detentor do capital (separao das figuras doempreendedor e do capitalista), mas sim aquele que assume riscos e busca ainovao.

    Apesar desses estudos iniciais, a projeo do empreendedorismo comoum campo especfico de estudo s foi efetivada por meio do trabalho do

    economista austraco Joseph Schumpeter, na primeira metade do sculoXX. Para Schumpeter, o empreendedorismo est intimamente relacionado capacidade de inovao. Em suas palavras:

    A essncia do empreendedorismoest na percepo e no aproveitamentodas novas oportunidades no mbito dos negcios (...) sempre tem a ver comcriar uma nova forma de uso dos recursos nacionais, em que eles sejamdeslocados de seu emprego tradicional e sujeitos a novas combinaes

    (SCHUMPETER, 1982, p. 57)

    Na viso de Schumpeter, o empreendedorismo no s est associado inovao, como tambm possui papel fundamental como propulso dodesenvolvimento econmico. Apesar de sua viso estar voltada ao setorprivado, pertinente termos uma viso mais acurada de traos da visoschumpeteriana. o que veremos a seguir.

    1.1. Empreendedorismo, Inovao e a Destruio Criadora

    Para Schumpeter, empreendedor o agente que combina recursos deforma inovadora, promovendo assim o crescimento econmico. Aqueleeconomista, voltado anlise do setor privado, lista cinco casos possveis deinovao no mercado:

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    introduo de um novo bem (ou de uma nova qualidade do bem) aindano familiar aos consumidores;

    introduo de um novo mtodo de produo (inovao de processo);

    abertura de novo mercado, em que o produto de determinadaindstria4 no tivera acesso antes;

    domnio ou usufruto de nova fonte de oferta de matrias-primas ou debens semimanufaturados, e

    reorganizao de uma indstria, com a decorrente trustificao5 ouruptura de uma posio de monoplio.

    H, na viso de Schumpeter (1984), uma estreita relao entre

    empreendedorismo, inovao e capitalismo. Para este autor (1984, p.112), a inovao a fora motriz que impinge um carter evolutivo mquina capitalista, sendo decorrente de novos bens de consumo, novos

    mtodos de produo ou transporte, dos novos mercados, das novas formasde organizao industrial que a empresa capitalista cria. Merecedora de

    destaque a viso de que na concorrncia atrelada inovao repousa ocerne do processo de destruio criadora, denominao empregada porSchumpeter (1984) ao referir-se contnua revoluo da estruturaeconmica, na qual novas combinaes substituem antigas, e posies de

    mercado (oligopolistas ou monopolistas) no detm carter permanentedevido s incessantes atividades tecnolgicas realizadas por outras firmas

    (GONALVES, 1984, p. 106).

    Ok...mas qual a razo das empresas empreenderem (inovarem)?

    Empresas empreendem para, por meio da inovao, tornarem-se maiscompetitivas. A razo para tanto, no setor privado, no poderia ser maisobjetiva: lucro. Schumpeter (1984) destaca a busca por lucros

    extraordinrios como a razo pela concorrncia, em uma dinmica na qualfirmas almejam a obteno de vantagens competitivas ao se diferenciaremumas das outras em termos tecnolgicos ou de mercado. A mesma linha deraciocnio defendida por Penrose (2006), para quem o motor da inovao

    4 Indstria, em anlise econmica, corresponde a um determinado nicho de atividades econmicas conduzidas no

    mercado. Por exemplo: indstria de ao, correspondem as empresas produtoras, fornecedoras de matria-prima, e

    at mesmo a regulamentao governamental.5 Trustificao = formao de monoplio.

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    a antecipao de uma situao de maior lucro por empresrios, usando seusrecursos de modo mais eficiente.

    Logicamente, ao falarmos de organizaes pblicas, a motivao do

    empreendedorismo no ser o lucro, mas sim a prestao de um serviomais eficiente sociedade, por simples atendimento a um PrincpioConstitucional. Contudo, alguns dos pilares do empreendedorismo aquidiscutidos permanecem os mesmos, em especial a busca pela inovao.

    Muitas so as maneiras de se conceituar inovao. Para os propsitos denosso curso, considera-se a definio oferecida pela Organizao para aCooperao e Desenvolvimento Econmico (OCDE) e registrada no Manualde Oslo:

    [Inovao] a implementao de um produto (bens ou servios) novo ou

    significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo mtodo demarketing, ou um novo mtodo organizacional nas prticas de negcio, naorganizao do local de trabalho ou nas relaes externas (OCDE, 2005, p.

    55).

    Uma vez entendido o empreendedor como o agente da inovao, h de

    se registrar as facetas que o empreendedorismo assume quando exercidonas diversas organizaes. Vejamos o esquema a seguir:

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    Nesse ponto, estamos aptos a abordarmos o empreendedorismo no setorpblico.

    2.O empreendedorismo no setor pblico

    Diversos so os autores que defendem a viso do empreendedorismocomo um conceito amplo, passvel de ser transposto para o setor pblico.Nesse sentido, eis a avaliao de Drucker (1987, p. 245):

    As instituies de servios pblicos, tais como rgos

    governamentais, sindicatos trabalhistas, igrejas, universidades, escolas,hospitais, organizaes comunitrias e beneficentes, associaesprofissionais e comerciais, e semelhantes precisam ser to inovadoras eempreendedoras como qualquer negcio.

    Logicamente, ao fazer esta transposio, as especificidades da esferapblica devem ser consideradas, moldando a ao de empreender de acordocom as caractersticas inerentes gesto governamental.

    A gesto pblica empreendedora no visa maximizao do lucro, emcontradio gesto privada. O intuito a promoo da eficincia e amelhoria da prestao de servios pblicos, sendo o empreendedorismoentendido como um processo de criao de valor para os cidados (MORRIS;JONES, 1999).

    Uma vez entendido o empreendimento como um esforo no sentido deinovar, a criatividade na combinao dos recursos (de acordo com aconcepo de Schumpeter) passa a ser uma das principais competncias doempreendedor. No entanto, o exerccio da criatividade, no setor pblico,

    limitado pela estrita observncia dos preceitos legais, em obedincia doPrincpio da Legalidade. De forma geral, so trs os fatores que dificultam aplenitude o empreendedorismo no setor pblico, evidenciados no quadro aseguir:

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    O atendimento ao Princpio da Legalidade um obstculo ao usoindiscriminado da criatividade do gestor pblico. No entanto, no soraras as oportunidades de o gestor atuar com certa liberdade dentro de

    margens definidas em lei eis a discricionariedade. dentro dessa janelade atuao que se deve buscar a inovao, sendo a criatividade e oempreendedorismo, nesse caso, uma das competncias mais desejadasno administrador pblico. O fato que a administrao pblicaempreendedora busca, a todo instante, inovar seja no desenho de deseus processos, no uso de TICs, na elaborao de ferramentassubsidirias sua atuao, em maneiras de prover uma accountabilityeficaz etc.

    A assertiva est, portanto, errada.

    Historicamente, o empreendedorismo no setor pblico, nos moldes de suaconcepo mais atual, toma forma em diversos pases a partir da dcada de1980, motivado por diversos fatores, dentre os quais merecem destaque:

    crise fiscal dos Estados;desenvolvimento de novas tcnicas gerenciais e de formas deorganizao;maior complexidade das relaes sociais, demandando um novo

    papel ao Estado;ascenso de valores neoliberais (Estado-Mnimo).

    Dos fatores listados, os destacados em negrito tiveram influnciapreponderante, levando o modelo de gesto burocrtico ento vigente aseveras crticas, dada sua morosidade, ineficincia, e foco excessivo nosprocessos de trabalho.

    Com este contexto, surge o Gerencialismo, cujos pilares so dois modelosps burocrticos: o New Public Management (j estudado em nosso curso) ea Gesto Empreendedora.

    No que concerne Gesto Empreendedora, diversos so os autores(SECCHI, 2009; PALUDO, 2012, entre outros) que avaliam a obraReinventando o Governo: como o esprito empreendedor est transformandoo setor pblico, de Osborne e Gaebler (1992), como o marco tericoprincipal do governo empreendedor. A ESAF j cobrou isso no concursopara a CGU, em 2008:

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    2.(ESAF / CGU / 2008) O movimento que incorporou gestopblica caractersticas como a competio na prestao dosservios, a perspectiva empreendedora, a descentralizao, o

    foco em resultados e a orientao para o mercado denominado:

    a)Patrimonialista.b)Governana Corporativa.c)Reinventando o Governo.d)Administrao Pblica Societal.e)Ps-Burocrtico.

    A relevncia do livro Reinventando o Governo tanta que, nos EstadosUnidos, iniciou-se um movimento rumo gestopblica empreendedora que levou o mesmo nome daobra de Osborne e Gaebler.

    As ideias deste livro foram aplicadas com grandeintensidade nos Estados Unidos, em especial noprograma de governo do Partido Democrtico naseleies presidenciais de 1992 e, posteriormente, no

    programa National Performance Review, durante agesto Clinton (presidente) Gore (vice).

    Osborne e Gaebler (1992) sintetizaram em 10mandamentos as orientaes para transformar umgoverno disfuncionalmente burocrtico em um governo empreendedor.Vejamos o quadro a seguir:

    MANDAMENTOS DA GESTO EMPREENDEDORA

    MANDAMENTO DESCRIO

    1.Governo Catalisador

    O governo no deve assumir, sozinho, acompetncia para a implementao depolticas pblicas, mas sim harmonizar a aode diferentes agentes sociais na soluo deproblemas coletivos. Assim, o governo passa acoordenar uma srie de esforos, e no maisse mostra restrito simples execuo.

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    MANDAMENTOS DA GESTO EMPREENDEDORA

    MANDAMENTO DESCRIO

    2.Governo que pertence comunidade

    Deve-se transmitir responsabilidades aos

    cidados, ao invs de simplesmente servi-los.As comunidades, uma vez estando maisprximas aos problemas, devem atuarproativamente na tomada de deciso.

    3.Governo competitivo

    A competio (entre rgos pblicos, e entreentidades pblicas e privados) deve serfomentada, como maneira de promover aqualidade na prestao dos servios pblicos.

    4.Governo orientadopor misses

    O governo (e seus rgos) deve ser orientadoconforme sua misso, e no se aterobsessivamente normas e regras formais.

    5.Governo de resultado

    A atuao governamental deve ser norteadapor seus objetivos estratgicos. Deve-seminimizar o excesso de controle em recursos(inputs) e pautar-se pelos resultadosalmejados (outputs).

    6.Governo orientado aocliente

    O governo deve valorizar os cidados como

    seus clientes, abandonando as prticas daburocracia disfuncional, e passando a adotartcnicas e ferramentas de qualidade, bemcomo promovendo a transparncia na gesto(accountability).

    7.Governoempreendedor

    O governo deve criar novas maneiras deampliar seus ganhos financeiros e vincular suadotao oramentria a resultados almejadosperante a sociedade, bem como ampliar oleque de servios pblicos remunerados.

    8.Governo preventivo

    Deve-se evitar a simples postura reativa,passando-se a planejar estrategicamente,como forma de preveno e preparo perantecenrios futuros.

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    MANDAMENTOS DA GESTO EMPREENDEDORA

    MANDAMENTO DESCRIO

    9.Governodescentralizado

    A descentralizao deve ser vista como uma

    forma no s de responder mais rapidamentes demandas sociais, mas tambm depromover maiores motivao aos funcionriospblicos e capacidade de inovao.Logicamente, a descentralizao e a maiorautonomia conferida aos rgos e aosservidores pblicos demandam maiorresponsabilizao e controle.

    10. Governo orientadopara o mercado

    O governo deve ingressar na lgica

    competitiva do mercado, atuando no scomo agente regulatrio, mas tambmconduzindo atividades econmicas, adotandoprincpios de gesto de negcios e investindorecursos em aplicaes de risco.

    Assim, retornando questo proposta, a resposta correta a alternativaC.

    3.(ESAF / SMF RJ / 2010) Em um contexto de gestoempreendedora, incorreto afirmar que a administrao fiscaldeve:

    a) coletar tributos visando atender, com maior eficcia, o bemcomum.

    b) adotar princpios de gesto de negcios, como a proatividadee o controle por objetivos e metas.

    c) ser gerenciada como uma empresa que visa maximizar olucro, aqui medido sob a forma de arrecadao.

    d) submeter seus resultados a avaliaes feitas pela sociedade.

    e) incorporar novas tecnologias, facilitando e estimulando atroca de informaes com o cidado-cliente.

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    Vejamos os comentrios s alternativas:

    a)Todas as aes efetuadas pela administrao pblica, em atendimento

    ao Princpio da Finalidade, visam ao interesse comum. Dessa forma, omesmo ocorre com a gesto fiscal, em especial com a aplicao dostributos coletados. A alternativa est correta.

    b)A alternativa traz duas caractersticas vistas no quadro Mandamentosda Gesto Empreendedora: o governo orientado para o mercado

    (adotar princpios de gesto de negcios) e governo de resultado(proatividade e controle por objetivos e metas). Assim, a alternativaest correta.

    c) Esta alternativa acaba por contradizer o j comentado na alternativaa. A gesto pblica no deve almejar a maximizao do lucro (ou da

    arrecadao por si s). O intuito a consecuo do bem comum, sendoos recursos arrecadados por meio de tributos apenas um meio paraalcanar-se este fim. A alternativa est, portanto, errada.

    d)Uma vez que o governo empreendedor voltado ao cliente (cidado), mandatrio o controle social e a accountability. A alternativa estcorreta.

    e)As tecnologias de informao e comunicao (TICs) so ferramentasessenciais ao governo empreendedor, tendo em vista que promovemmaior qualidade no exerccio de suas atribuies, bem comocapacidade de interao com a sociedade. A alternativa est correta.

    Resposta: C.

    4.(ESAF / AFRFB / 2009) No mbito da administrao pblica, oempreendedorismo pressupe a incorporao dos seguintescomportamentos, exceto:

    a) participao dos cidados nos momentos de tomada dedeciso.

    b) substituio do foco no controle dos inputs pelo controle dosoutputs e seus impactos.

    c) criao de mecanismos de competio dentro dasorganizaes pblicas e entre organizaes pblicas e privadas.

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    d) adoo de uma postura reativa, em detrimento da proativa, eelaborao de planejamento estratgico, de modo a anteverproblemas potenciais.

    e) aumento de ganhos por meio de aplicaes financeiras eampliao da prestao de servios remunerados.

    Vejamos os comentrios s alternativas:

    a)Tendo em vista que o governo pertence comunidade (veja quadroanterior Mandamentos da Gesto Empreendedora), deve-se envolvero cidado na responsabilidade da tomada de deciso relativa a

    assuntos de interesse da sociedade. A alternativa est correta.b)A alternativa apresenta a caraterstica do governo de resultado, a

    espinha dorsal da gesto empreendedora. Est, assim, correta.

    c) Como vimos, na gesto empreendedora, a competio (entre rgospblicos, e entre entidades pblicas e privados) deve ser fomentada,como maneira de promover a qualidade na prestao dos serviospblicos. A alternativa est correta.

    d)Apenas a primeira parte da assertiva est incorreta. O governo

    empreendedor deve assumir uma postura proativa, antevendo cenriosfuturos. Trata-se da caracterstica governo preventivo, vista noquadro exposto anteriormente. A alternativa est errada.

    e)A assertiva espelha de forma apropriada o mandamento governoempreendedor, conforme Osborne e Gaebler (1992). A alternativaest, portanto, correta.

    Resposta: D.

    5.(ESAF / AFT MTE / 2010) A aplicao do empreendedorismo,no mbito da Administrao Pblica, implica saber que:

    a) normas rgidas e exaustivas so o melhor suporte para atomada de deciso em ambientes complexos sob constantemudana.

    b) no se deve estimular a competio entre entidadesprestadoras de servios pblicos semelhantes.

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    c) a administrao por resultados perde espao para asuperviso hierrquica e para a realizao de auditorias degesto.

    d) quanto maior a autonomia conferida a servidores pblicos,novas formas de controle ou responsabilizao devem seradotadas.

    e) tal como ocorre na iniciativa privada, incentivos econmicosso o principal fator motivacional de gerentes e chefes.

    Vejamos os comentrios s alternativas:

    a)Ambientes complexos sob constante mudana demandam flexibilidadeda gesto. Nesse sentido, a gesto empreendedora vem a contrapor-seao modelo burocrtico, passando a focar o resultado, e no a ater-seexcessivamente rigidez das normas que regem o processo. Aalternativa est errada.

    b)Como vimos, na gesto pblica empreendedora, a competio (entrergos pblicos, e entre entidades pblicas e privados) deve serfomentada, como maneira de promover a qualidade na prestao dosservios pblicos. A alternativa est errada.

    c)De acordo com o modelo empreendedor, a gesto pblica volta-se a

    resultados, perdendo espao a excessiva superviso hierrquica e rigidez de normas que permeiam os processos (disfunesburocrticas). A alternativa est, portanto, errada.

    d)O empreendedorismo no setor pblico implica maior descentralizao eautonomia conferida a rgos e a servidores pblicos. Contudo, aopasso que se confere a autonomia, a responsabilizao e o controledevem ser fortalecidos, como forma de garantir a busca pelo interessecomum. A assertiva est correta.

    e)

    A concepo de que o incentivo econmico o principal motivador deum colaborador est ultrapassada desde os estudos de FrederickHerzberg, ainda no sculo passado, que culminaram na chamadaTeoria dos Fatores. Salrios e outros incentivos econmicos soentendidos como fatores que impedem a desmotivao do funcionrio mas no o motivam. Como fatores motivadores, citam-se oreconhecimento, a maior responsabilidade e demais aspectos que

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    atuam junto aos sentimentos de crescimento individual. Assim, aalternativa est errada.

    Resposta: D.

    6.(ESAF / AFTN / 1996) So muitos os tericos da administraoe os administradores pblicos que defendem a necessidade dese proceder a uma "reinveno" dos governos. Para eles, asatuais estruturas governamentais esto fortemente abaladaspelas inovaes tecnolgicas, pelo ritmo intenso das mudanaspelo surgimento de uma economia global "ps-industrial" e deuma sociedade baseada no conhecimento e na informao.

    Neste novo contexto, a mquina administrativa rgida ehierarquizada, estruturada por setores e assentada emburocracias complexas e extensivas, passa a enfrentar grandese incontornveis dificuldades. A sada estaria, ento, na adoo,pelos governos, da perspectiva do empreendedorismogovernamental, capaz de promover a sintonia entre osgovernos e as novas condies socioeconmicas, polticas eculturais. Indique a opo que apresenta com maior clareza epreciso a ideia de governo empreendedor.

    a)O governo empreendedor define-se por buscar a incorporaode prticas e posturas empresariais, utilizando-se do poder dealavancagem das obras pblicas, sobretudo no terreno daconstruo civil e da infraestrutura urbana.

    b)O governo empreendedor caracteriza-se pela adoo de novasformas de utilizao de seus recursos, de modo a maximizar aprodutividade e a eficincia, buscando, ao mesmo tempo,organizar sistemas participativos descentralizados com base na

    mobilizao de setores comunitrios.c)O governo empreendedor caracteriza-se pela determinao com

    que torna suas decises, concentra-se na administraocriteriosa do dinheiro pblico e busca opor, s demandas epresses da sociedade, um conjunto de polticas e programasracionalmente concebidos.

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    d)O governo empreendedor distingue-se por no temer assumirriscos, busca a maximizao dos recursos pblicos a qualquerpreo e apoia-se firmemente na gerao de receitas financeiras.

    e)O governo empreendedor caracteriza-se pela preocupao emresponder com rapidez s demandas da sociedade, mas procurasempre moderar suas iniciativas de investimento, para nocolidir a dinmica e os interesses do mundo dos negciosprivados.

    Vejamos os comentrios s alternativas:

    a)Poder de alavancagem uma expresso empregada na rea definanas para designar situaes capazes de aumentar muito arentabilidade de determinado investimento. Ora, o Estado, ao lanar-se a obras pblicas voltadas construo civil e infraestruturaurbana no visa sua alavancagem financeira, mas sim aoatendimento s demandas sociais e consecuo do interessepblico. Assim, a alternativa est errada.

    b)Todas as caractersticas citadas na assertiva esto de acordo com oque vimos acerca do governo pblico empreendedor. Trata-se de um

    governo voltado para resultados, descentralizado e pertencente comunidade. A alternativa est correta.

    c)O erro da alternativa est apenas em sua parte final. O governopblico empreendedor no concebe polticas e programas a fim de seopor s demandas sociais: ao contrrio, trata-se de um programapertencente comunidade, integralmente voltado s demandas deseu cliente (cidado). A alternativa est errada.

    d)O governo pblico empreendedor, apesar de buscar a maximizao deseus recursos, no o faz a qualquer preo. H caractersticas bsicas

    do governo empreendedor que no podem ser deixadas de lado:gesto por resultados, ateno ao cliente etc. A alternativa esterrada.

    e)Como vimos, o governo pblico empreendedor orientado para omercado, devendo atuar no s como agente regulatrio, mastambm conduzindo atividades econmicas, adotando princpios de

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    gesto de negcios e investindo recursos em aplicaes de risco. Aalternativa est errada.

    Resposta: B.

    2.1. Gesto Pblica empreendedora no Brasil

    Conforme elucida Mello (2006), a reforma gerencial observada no Brasil apartir de meados da dcada de 1990 passa, a partir de 2000, a receber adenominao Gesto Empreendedora.

    Conforme j estudamos, no Brasil, os primeiros esforos rumo implantao de uma gesto pblica empreendedora tm como marco central

    a publicao do Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado (Pdrae),elaborado pelo ento ministro Bresser-Pereira, em 1995. Alis, o prprioPdrae teve como fundamento terico principal a obra Reinventando oGoverno, de David Osborne e Ted Gaebler, mencionada na seo anterior.

    Em 2000, o Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, porintermdio de sua Secretaria de Gesto, publicou um documento de nomeGesto Pblica Empreendedora6 que, de forma geral, expe orientaes paraa implantao do empreendedorismo no setor pblico federal.

    O trecho abaixo, extrado daquele documento (p. 11), traz uma ideia clara

    do processo de mudana pretendido com a gesto empreendedora:

    A primeira mudana [na gesto] consiste em deslocar o foco dapreocupao de obedecer regras em compartimentos estanques -ministrio, secretarias, departamentos e respectivos programas - eestabelecer o processo inverso. Primeiro, identificar objetivamente oque precisa ser feito e, depois, subordinar a organizao, a

    estruturao, a normatizao, o conhecimento, a qualificao e o

    arranjo de pessoas em equipes busca do resultado. Este um ponto

    importante de mudana da qualidade gerencial.Empreender significa obter resultados. Gesto empreendedorasignifica gesto voltada para resultados. Pressupe agilidade,dinamismo, flexibilidade e assim por diante, mas sua conexo filosfico-conceitual alinha-se com o que est descrito no plano de reforma do Estado.

    6 Disponvel em:http://empreende.org.br/pdf/Estado/Gesto%20pblica%empreendedora.pdf

    http://empreende.org.br/pdf/Estado/Gest%C3%A3o%20p%C3%BAblica%25empreendedora.pdfhttp://empreende.org.br/pdf/Estado/Gest%C3%A3o%20p%C3%BAblica%25empreendedora.pdfhttp://empreende.org.br/pdf/Estado/Gest%C3%A3o%20p%C3%BAblica%25empreendedora.pdf
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    ATENO!As principais caractersticas da Gesto Pblica Empreendedora, no

    Brasil, podem ser assim apresentadas:

    oposio s prticas burocrticas;

    gesto por resultados;

    busca por parcerias (inclusive na formulao de polticas pblicas) epelo trabalho em rede(coordenao de esforos);

    autonomia da gesto e responsabilizao;

    promoo da transparncia e do controle social(accountability);

    estmulo aodilogo pblico (um conceito mais amplo do que o controlesocial, j que implica o estabelecimento de uma via de mo dupla);

    desenvolvimento da gesto da informao e da avaliao (no hmudana de padro gerencial, nem transparncia e melhoria do dilogopblico sem boas informaes. preciso prestar contas e, para isso, sabero que est acontecendo).

    De forma mais concreta, possvel afirmar que o Brasil vem adotandopostura empreendedora (PALUDO, 2012), especialmente no que diz respeito busca por resultados em termos de infraestrutura e crescimentoeconmico. Tal realidade pode ser verificada pelo apanhado cronolgico dosprincipais Planos Plurianuais conduzidos nas ltimas duas dcadas:

    PLANOS PLURIANUAIS BRASILEIROSPLANO PERODO DESCRIO

    Brasil em Ao 1996 - 1999

    Trata-se de uma inciativa inserida no

    governo de Fernando Henrique Cardoso,com o intuito de priorizar 427

    empreendimentos voltados para apromoo do desenvolvimentosustentvel do Pas e estrategicamenteescolhidos pela capacidade de induzir

    7 Em 1999, houve a ampliao para 58 empreendimentos.

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    PLANOS PLURIANUAIS BRASILEIROSPLANO PERODO DESCRIO

    novos investimentos produtivos e reduzir

    desigualdades regionais e sociais. H oentendimento geral de que estePrograma foi o embrio para o Programade Acelerao de Crescimento (PAC)

    Avana Brasil 2000 2003

    No Avana Brasil, adotou-se um novoconceito de programa, segundo o qual asaes e os recursos do Governo soorganizados de acordo com os objetivosa serem atingidos (gesto por

    resultados). Contudo, para Martins(2001), o Programa Avana Brasil teveuma baixa importncia estratgica,devido pouca adeso de atoreseconmicos pblicos e privados, bemcomo limitaes metodolgicasinerentes aos programas constantes doPlano.

    Plano GestoPblica para umBrasil de Todos

    2004 2007

    Este PPA contemplou os seguintes macro

    objetivos:crescimento com gerao de trabalho,emprego e renda, ambientalmentesustentvel e redutor dasdesigualdades regionais;incluso social e reduo dasdesigualdades sociais;promoo e expanso da cidadania efortalecimento da democracia.

    Desenvolvimentocom Incluso

    Social eEducao deQualidade

    2008 2011

    Este PPA fundamentou-se em trs pilaresprincipais: poltica assistencialista(transferindo rendas comcondicionalidades), o Plano deDesenvolvimento e Educao (PDE) e oPrograma de Acelerao doCrescimento (PAC). Com relao aoPAC, h de se frisar que se trata da mais

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    PLANOS PLURIANUAIS BRASILEIROSPLANO PERODO DESCRIO

    expressiva ao de empreendimento em

    infraestrutura j conduzida pelo Governobrasileiro.

    Mais Brasil 2012 2015

    D-se continuidade ao PAC (agorachamado de PAC 2), bem como institui-se plano assistencialista denominadoPlano Brasil sem Misria (PBSM). Dentreos objetivos contemplados no PAC 2,citam-se: reduo do dficit habitacional(Programa Minha Casa, Minha Vida),

    universalizao do acesso gua e energia eltrica (Programa gua e Luzpara Todos), incremento da oferta deservios bsicos populao e garantiada presena do Estado (ProgramaComunidade Cidad) etc.

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    II. CICLO DE GESTO DO GOVERNO FEDERAL

    O Ciclo de Gesto do Governo Federal, tambm conhecido por Ciclo

    de Planejamento e Oramento Federal, refere-se s etapas necessriaspara a efetiva implementao de polticas pblicas pelo Estado.

    De forma geral, possvel afirmar que a implementao de polticaspblicas visa, em ltima instncia, a alcanar um estgio de soluo deproblemas sociais. Com esse entendimento, possvel afirmar que oGoverno adota uma metodologia que se aproxima do ciclo PDCA (plan-do-check-act = planejar-executar-comparar-tomar providncias) na conduode seu ciclo de gesto.

    O esquema abaixo apresenta as etapas do Ciclo de Gesto do GovernoFederal, dispostas de acordo com a lgica do PDCA:

    Controle eavaliao

    Reviso dosProgramas.

    Execuooramentria

    Planejamento

    Programao

    Oramentao

    PLAN DO

    CHECKACT

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    ATENO!O Ciclo de Gesto refere-se a um conceito (um pouco) mais amplo doque o Ciclo Oramentrio. Apesar das atividades centrais serem as

    mesmas, o Ciclo de Gesto tambm contempla o diagnstico inicial acercados problemas sociais, bem como a reviso de planos de mdio e longoprazo (Plano Plurianual PPA e Lei de Diretrizes Oramentrias LDO) aolongo e especialmente ao final de sua execuo, visando ao aperfeioamentoda gesto.

    Antes de ingressarmos nas etapas do ciclo de gesto, recomendveltermos uma noo dos instrumentos de planejamento oramentrio,conforme previso constitucional.

    1.Os instrumentos de planejamento oramentrio

    Trs so os instrumentos de planejamento oramentrio previstos peloart. 165 da CF/88: o PPA, a LDO e a LOA. Todos so leis ordinrias deiniciativa privativa do Poder Executivo.

    O Plano Plurianual

    O Plano Plurianual (PPA) assim definido pelo 1 do art. 165 daCF/88:

    1 - A lei que instituir o plano plurianual estabelecer, de formaregionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administrao pblicafederal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para asrelativas aos programas de durao continuada.

    As diretrizesso as orientaes em nvel macro definidas pelo governo.Um exemplo seria o Aprimoramento dos servios postais.

    Os objetivos sempre mensurveis por indicadores descrevem afinalidade de um programa. Um exemplo de objetivo ligado diretriz acimaseria Garantir e ampliar o acesso e a qualidade dos servios postaisprestados populao".

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    Por fim, as metasso operaes que contribuem para a consecuo dosobjetivos. Uma vez mais com relao aos exemplos acima, uma das metasseria a adequao da infraestrutura de atendimento dos Correios.

    O PPA um instrumento de planejamento de longo prazo, referente a umperodo de 4 (quatro) anos). Inicia-se no segundo ano de mandato do Chefedo Poder Executivo e tem sua vigncia at o final do primeiro ano domandato do Chefe do Poder Executivo subsequente.

    Seguindo as macro orientaes do PPA, a cada ano elaborada a LeiOramentria Anual (LOA). Mas quem faz a interligao do que est previstono PPA (orientaes em nvel estratgico) com as previses de receita efixao de despesas da LOA (orientaes em nvel operacional)? Eis o papelda Lei de Diretrizes Oramentrias.

    A Lei de Diretrizes Oramentrias

    A Lei de Diretrizes Oramentrias assim definida pelo 2 do art.165 da CF/88:

    2 - A lei de diretrizes oramentrias compreender as metas eprioridades da administrao pblica federal, incluindo as despesas decapital para o exerccio financeiro subsequente, orientar a elaborao dalei oramentria anual, dispor sobre as alteraes na legislao tributriae estabelecer a poltica de aplicao das agncias financeiras oficiais defomento.

    O projeto da LDO dever ser aprovado pelo Congresso Nacional at o dia17 de julho de cada ano, data de incio do primeiro recesso do perodo dasatividades legislativas:

    Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-, anualmente, na Capital Federal,de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1 de agosto a 22 de dezembro.

    2 - A sesso legislativa no ser interrompida sem a aprovao do projetode lei de diretrizes oramentrias.

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    A Lei Oramentria Anual

    Por fim, a Lei Oramentria Anual (LOA) o instrumento executrio do

    oramento pblico. Neste instrumento, h a previso de receitas e a fixaode despesas, no sendo uma norma impositiva, mas sim autorizativa (ouseja, no h a obrigao de se efetuar as despesas fixadas, apenas aautorizao prvia para tanto). Deve ser compatvel com o PPA e com a LDOe contm trs oramentos: o oramento fiscal, o de investimentos e o daseguridade social.

    7.(ESAF / AFT MTE / 2010) Sobre o ciclo de gesto do governofederal, correto afirmar:

    a) por razes de interesse pblico, facultada ao CongressoNacional a incluso, no projeto de Lei Oramentria Anual, deprogramao de despesa incompatvel com o Plano Plurianual.

    b) a iniciativa das leis de oramento anual do Legislativo e doJudicirio competncia privativa dos chefes dos respectivosPoderes.

    c) nos casos em que houver reeleio de Presidente daRepblica, presume-se prorrogada por mais quatro anos avigncia do Plano Plurianual.

    d) a execuo da Lei Oramentria Anual possui carterimpositivo para as reas de defesa, diplomacia e fiscalizao.

    e) a despeito de sua importncia, o Plano Plurianual, a Lei deDiretrizes Oramentrias e a Lei Oramentria Anual so merasleis ordinrias.

    Vejamos os comentrios s alternativas:

    a)O Projeto da Lei Oramentria Anual, uma vez consolidado pelo PoderExecutivo, encaminhado para apreciao pelo Congresso Nacional.Em suas Casas Legislativas (Cmara dos Deputados e Senado Federal), possvel que o Projeto da LOA receba emendas que devem, noentanto, obedecer ao preconizado no 3 do art. 166 da CF/88:

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    3 - As emendas ao projeto de lei do oramento anual ou aosprojetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:

    I -sejam compatveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizesoramentrias;

    Assim, a alternativa est errada.

    b)H apenas uma Lei Oramentria LOA, que, a exemplo dos outrosinstrumentos de planejamento oramentrio (PPA e LDO), deiniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo. A alternativa esterrada.

    c) No h prorrogao do PPA. Sua vigncia restrita a quatro anos,

    horizonte temporal considerado para fins de planejamento estratgicodo Estado. Por exemplo, o governo Lula (2004 2011), durante o qualhouve a reeleio do Presidente da Repblica, contou normalmentecom dois Planos Plurianuais durante sua vigncia. A alternativa esterrada.

    d)Como vimos, a LOA no possui carter impositivo, mas to somenteautorizativo, independente da rea do governo. A alternativa esterrada.

    e)Os trs instrumentos de planejamento oramentrio (PPA, LDO e LOA)

    so efetivamente leis ordinrias de iniciativa privativa do PoderExecutivo. A alternativa est correta.

    Resposta: E

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    2.As etapas do Ciclo de Gesto Pblica

    Vejamos com mais detalhes as etapas8 do Ciclo de Gesto:

    1 ETAPA: PLANEJAMENTO

    Nesta etapa, identificam-se as necessidades sociais que carecem deatuao do Estado, bem como se elaboram estratgias para odesenvolvimento nacional de uma poltica pblica. So definidas as reas queso merecedoras de investimento, os objetivos estratgicos e as metas a

    serem alcanadas.

    2 ETAPA: PROGRAMAO

    Uma vez definidos os objetivos estratgicos, passa-se organizao dasaes do governo, de acordo com a gesto por resultados. Assim, elaboram-se programas, com o intuito de articularem estas aes governamentais(oramentrias e no oramentrias) que devem convergir para a soluo de

    determinado problema social. O resultado final da programao o PlanoPlurianual PPA.

    No Brasil, observou-se a evoluo do tipo de oramento pblicoempregado, de modo que hoje adotado o chamado oramento-programa. importante sabermos que o programa o elemento centralque integra o planejamento e o oramento na gesto pblica.

    A noo de oramento-programa est intimanente relacionada ideia deplanejamento, materializada no Plano Plurianual (PPA) um instrumento de

    planejamento de nvel estratgico, elaborado para longo prazo (4 anos).Leva em considerao, portanto, os objetivos que o Estado pretende alcanarem determinado perodo.

    Para melhor entendermos o oramento-programa, essencial acompreenso do conceito de programa:

    8No h, na literatura, um entendimento pacfico quanto nomenclatura e ao quantitativo exato das etapas do Ciclo

    de Gesto do Governo Federal. Contudo, o importante termos a cincia de sua adequao ao ciclo PDCA.

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    Programa = instrumento de organizao da atuao governamental quearticula um conjunto de aes que convergem para um determinado objetivo

    comum (a soluo de um problema ou outra demanda social), mensuradopor indicadores constitudos no plano.

    Cada Programa composto por uma srie de Aes que, por sua vez,subdividem-se em atividades, projetos ou operaes especiais, conforme oefeito desejado em sua implementao. Vejamos o esquema a seguir:

    1.

    Tomemos o seguinte exemplo, relativo a um programa constante doPlano Plurianual que tem por objetivo o bom desempenho das funesinstitucionais do Senado Federal:

    Programa: 0551 Atuao Legislativa do Senado Federal

    ObjetivoRepresentar a federao, fiscalizar e controlaros atos dos agentes do poder pblico e

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    desempenhar as demais.

    AES

    ProjetoConstruo do Anexo III (note que estlimitado no tempo. Uma vez construdo, o

    projeto chega ao fim).

    AtividadeProvimento de Auxlio-Alimentao aosservidores e empregados ( uma atividadepermanente e contnua)

    OperaoEspecial

    Criao de cargos, reestruturao de carreirase reviso de remunerao (no gera, em si, umproduto para a sociedade).

    3 ETAPA: ORAMENTAO

    Uma vez efetuada a programao, aqui entendida como um planejamentoem nvel estratgico consolidado no PPA o prximo passo traar asaes em nvel ttico e operacional para a efetiva implementao daspolticas pblicas. Assim, nesta etapa os recursos oramentrios (R$) soalocados conforme os objetivos estratgicos, agora desdobrados em metas aserem alcanadas em determinado perodo de tempo usualmente um ano.O resultado final da oramentao a Lei Oramentria Anual LOA.

    3 ETAPA: EXECUO ORAMENTRIA

    Trata-se da efetiva percepo de receitas e efetivao das despesasprevistas na Lei Oramentria Anual (LOA), durante o exerccio financeiro(que coincidente com o ano civil). Nesta etapa, ocorre a efetivaoperacionalizao objetiva e concreta das polticas pblicas.

    4 ETAPA: CONTROLE E AVALIAO

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    As atividades de controle e avaliao das aes de governo sodesenvolvidas em todas as etapas do ciclo oramentrio (antes, durante eaps a execuo do oramento).

    H trs tipos de fiscalizaoda execuo oramentria:

    Controle Interno = efetuado internamente por cada Poder e(tambm internamente) pelo Ministrio Pblico, a fim de apoiar ocontrole externo. No mbito do Poder Executivo, este controle exercido pela Controladoria-Geral da Unio (CGU).Controle Externo= de competncia do Poder Legislativo, auxiliadopelos Tribunais de Contas.Controle da CMPOF= este controle tem como base legal o incisoII do 1 do art. 166 da CF/88:

    1 - Caber a uma Comisso mista permanente de Senadores eDeputados:

    I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo (PPA,PLDO e PLOA) e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidenteda Repblica;

    II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais,regionais e setoriais previstos nesta Constituio e exercer o

    acompanhamento e a fiscalizao oramentria (...)

    5 ETAPA: REVISO

    Finalmente, esta etapa tem por objetivo efetuar ajustes e reformulao deplanos (em especial do PPA) e programas, tendo por base os insumoslevantados na etapa anterior.

    Vejamos, por fim, algumas questes de concurso sobre o Ciclo de GestoPblica:

    8. (ESAF / AFRFB / 2009) A compreenso adequada do ciclo degesto do governo federal implica saber que:

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    a) no ltimo ano de um mandato presidencial qualquer, lei dediretrizes oramentrias compete balizar a elaborao doprojeto de lei do plano plurianual subsequente.

    b) a funo controle precede execuo oramentria.c) a no-aprovao do projeto de lei de diretrizes oramentriasimpede o recesso parlamentar.

    d) a votao do plano plurianual segue o rito de leicomplementar.

    e) com o lanamento do Programa de Acelerao doCrescimento (PAC), o oramento de investimento das empresasestatais passou a integrar o plano plurianual.

    Vejamos os comentrios s alternativas:

    a)A lgica entre os instrumentos a seguinte: o PPA o planoestratgico, de nvel mais amplo. A LOA, por sua vez, o instrumentomais operacional, que delimita as aes concretas passveis de seremtomadas pelos gestores pblicos ao lidarem com recursosoramentrios na implementao de polticas pblicas. E quem faz aligao entre o PPA e a LOA? Este justamente o papel desempenhado

    pela LDO. Assim, no h de se falar que a LDO ir balizar o PPA justamente o contrrio. A alternativa est errada.

    b)Como vimos, a etapa (ou funo) controle (e avaliao) posterior etapa de execuo oramentria. A alternativa est errada.

    c) Por fora do 2 do art. 35 do Ato das Disposies ConstitucionaisTransitrias (ADCT), o projeto da LDO dever ser encaminhado aoCongresso Nacional at 8 (oito) meses e meio antes do encerramentofinanceiro. Nas Casas Legislativas, o projeto votado, e dever serdevolvido ao Poder Executivo para sano at o encerramento doprimeiro perodo da sesso legislativa (17 de julho). Sem esta ao, asesso legislativa no poder ser interrompida:

    CF/88, Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-, anualmente, na CapitalFederal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1 de agosto a 22 de dezembro.

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    2 - A sesso legislativa no ser interrompida sem a aprovao doprojeto de lei de diretrizes oramentrias.

    A alternativa est, portanto, correta.

    d)Sendo o PPA uma lei ordinria, sua votao no segue o rito de leicomplementar. Tanto o PPA, quanto a LDO e a LOA so apreciados peloCongresso Nacional, na forma do regimento comum (art. 166, CF/88).A alternativa est errada.

    e)Esta alternativa parece ser mais difcil do que realmente . Osoramentos fiscal, de investimento e da seguridade social estoincludos na LOA, e no no PPA:

    Art. 165, 5 - A lei oramentria anualcompreender:

    I - o oramento fiscalreferente aos Poderes da Unio, seus fundos, rgose entidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes institudase mantidas pelo Poder Pblico;

    II - o oramento de investimento das empresas em que a Unio, direta ouindiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

    III - o oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades ergos a ela vinculados, da administrao direta ou indireta, bem como os

    fundos e fundaes institudos e mantidos pelo Poder Pblico.Dessa forma, a alternativa est errada.

    Resposta: C.

    9.(ESAF / MPOG / 2008) O Plano Plurianual, a Lei de DiretrizesOramentrias e a Lei do Oramento Anual so componentesbsicos do planejamento governamental. Identifique a nicaopo incorreta no que diz respeito ao planejamento

    governamental.

    a) O planejamento governamental estratgico tem comodocumento bsico o Plano Plurianual.

    b) A Lei Oramentria Anual compreende o oramento fiscal e,ainda, o oramento das autoridades monetrias e das empresasfinanceiras de economia mista.

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    c) O planejamento governamental operacional tem comoinstrumentos a Lei de Diretrizes Oramentrias e a Lei doOramento.

    d) A Lei de Diretrizes Oramentrias compreende o conjunto demetas e prioridades da Administrao Pblica Federal, incluindoas despesas de capital para o exerccio financeiro subsequente.

    e) A Lei Oramentria Anual LOA o oramentopropriamente dito e possui a denominao de LOA por ser aconsignada pela Constituio Federal.

    Vejamos os comentrios s alternativas:

    a)O Plano Plurianual (PPA) o instrumento de planejamentooramentrio governamental voltado para o longo prazo (horizontetemporal de quatro anos). Nele esto consolidados os objetivosestratgicos, desmembrados em programas. Trata-se, portando, dodocumento bsico atinente ao planejamento estratgicogovernamental. A alternativa est correta.

    b)A LOA contm os oramentos fiscal, de investimento e da

    seguridade social (CF/88, art. 165, 5). A alternativa, assim, nose mostra de acordo com o normatizado na Constituio. Ooramento de investimento de empresas pblicas, por exemplo, noest contemplado na assertiva. Com esse entendimento, aalternativa est errada.

    c) Uma vez entendido o PPA como o instrumento oramentrio voltadopara o longo prazo, a ele atribudo o carter de planejamento naesfera estratgica. Assim, o planejamento nas esferas ttica eoperacional so relegados LDO e LOA, apresentando horizonte

    temporal restrito a um exerccio financeiro. A alternativa estcorreta.

    d)Como vimos, o 2 do art. 165 da CF/88 traz a seguinte redao:

    2 - A lei de diretrizes oramentrias compreender as metaseprioridades da administrao pblica federal, incluindo as

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    despesas de capital para o exerccio financeiro subsequente

    (...)

    Assim, a alternativa est correta.

    e)O 5 do art. 165 da CF/88 traz a designao Lei OramentriaAnual. A alternativa est correta.

    Resposta: B

    10. (FGV / MINC / 2006) O Plano Plurianual um dos principaisinstrumentos de planejamento governamental institudo pelaConstituio Federal de 1988 que, em seu art. 165, prev comoprincipal finalidade:

    a) estabelecer as diretrizes, objetivos e metas do Governo paraas despesas de capital e outras decorrentes delas e para asrelativas a programas de durao continuada.

    b) estabelecer as metas e prioridades da administrao pblica,incluindo as despesas de capital para o exerccio financeirosubsequente.

    c) estabelecer a poltica de aplicao das agncias financeiras

    oficiais de fomento e os investimentos das despesas estataispara o perodo do mndato do governante.

    d) estabelecer o equilbrio entre receitas e despesas, de modo ano comprometer as metas do resultado primrio e do supervitfinanceiro, previamente determinadas.

    e) estabelecer os propsitos, objetivos e metas que o Governodeseja alcanar, identificando os custos dos programaspropostos para a consecuo dos objetivos de longo e mdio

    prazos.

    H diversas questes em concursos que, como esta, cobram a literalidadede um dispositivo legal. No caso, necessrio o conhecimento do contedodo 1 do art. 165 da CF/88.

    Recomendo o seguinte esquema:Diretrizes, objetivos e metas (DOM) PPA;Metas e Prioridades (MP) LDO.

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    Das alternativas acima, apenas a alternativa A apresenta o citadopargrafo constitucional de forma correta.

    Resposta: A.

    11. (UFBA / UFBA / 2009 adaptada) Com base no esquemaabaixo, julgue a assertiva a seguir:

    O ciclo de gesto alimentado por informaes dos resultadosobservados e registrados nos balanos e demonstraes deresultado.

    O esquema apresentado pela questo , na realidade, uma adaptaodo ciclo PDCA realidade dos instrumentos oramentrios. Os balanos e asdemonstraes de resultado so instrumentos contbeis que se destinam a

    apurar a formao do resultado lquido em determinado perodo. O controle aavaliao feitos com base nessas informaes sejam eles concomitantes ousubsequentes geram feedback que devem ser utilizados na reviso dosplanos e dos programas.

    Assim, a assertiva est certa.

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    12. (ESAF / CGU / 2006) Para o Governo operacionalizar oprocesso de alocao de recursos da gesto pblica ele seutiliza do ciclo da gesto, que se divide em etapas. A etapa em

    que os atos e fatos so praticados na Administrao Pblicapara implementao da ao governamental, e na qual ocorre oprocesso de operacionalizao objetiva e concreta de umapoltica pblica denomina-se:

    a) planejamento.b) execuo.c) programao.d) oramentao.

    e) controle.

    O ncleo do ciclo de gesto a efetiva implementao ou execuo das polticas pblicas. nesta etapa que se d a operacionalizaoobjetiva e concreta da iniciativa anteriormente planejada, programada eorada. Ainda, somente durante ou aps a execuo, que o controle setorna possvel.

    Resposta: B.

    Esta foi a ltima aula de nosso curso. Fomos capazes de cobrir um

    contedo extenso e diversificado, no mbito da Administrao Pblica.

    Agradeo pela oportunidade e pela confiana. Permanecerei acompanhando o

    frum, de modo que fique vontade para postar dvidas ou outros

    comentrios.

    Toro pelo seu sucesso e pela conquista de seu objetivo, e

    permanecerei junto a voc nesta caminhada.

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    QUESTES APRESENTADAS NESTA AULA:

    1.(CESPE / ANATEL / 2006) Devido ao princpio administrativo dalegalidade, o qual estabelece que ao gestor pblico competefazer o que a lei determina, a inovao uma caractersticaindesejada na administrao pblica.

    2.(ESAF / CGU / 2008) O movimento que incorporou gestopblica caractersticas como a competio na prestao dosservios, a perspectiva empreendedora, a descentralizao, ofoco em resultados e a orientao para o mercado denominado:

    a)Patrimonialista.b)Governana Corporativa.c)Reinventando o Governo.d)Administrao Pblica Societal.e)Ps-Burocrtico.

    3.(ESAF / SMF RJ / 2010) Em um contexto de gestoempreendedora, incorreto afirmar que a administrao fiscal

    deve:

    a) coletar tributos visando atender, com maior eficcia, o bemcomum.

    b) adotar princpios de gesto de negcios, como a proatividadee o controle por objetivos e metas.

    c) ser gerenciada como uma empresa que visa maximizar olucro, aqui medido sob a forma de arrecadao.

    d) submeter seus resultados a avaliaes feitas pela sociedade.

    e) incorporar novas tecnologias, facilitando e estimulando atroca de informaes com o cidado-cliente.

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    4.(ESAF / AFRFB / 2009) No mbito da administrao pblica, oempreendedorismo pressupe a incorporao dos seguintescomportamentos, exceto:

    a) participao dos cidados nos momentos de tomada dedeciso.

    b) substituio do foco no controle dos inputs pelo controle dosoutputs e seus impactos.

    c) criao de mecanismos de competio dentro dasorganizaes pblicas e entre organizaes pblicas e privadas.

    d) adoo de uma postura reativa, em detrimento da proativa, eelaborao de planejamento estratgico, de modo a anteverproblemas potenciais.

    e) aumento de ganhos por meio de aplicaes financeiras eampliao da prestao de servios remunerados.

    5.(ESAF / AFT MTE / 2010) A aplicao do empreendedorismo,no mbito da Administrao Pblica, implica saber que:

    a) normas rgidas e exaustivas so o melhor suporte para atomada de deciso em ambientes complexos sob constantemudana.

    b) no se deve estimular a competio entre entidadesprestadoras de servios pblicos semelhantes.

    c) a administrao por resultados perde espao para asuperviso hierrquica e para a realizao de auditorias degesto.

    d) quanto maior a autonomia conferida a servidores pblicos,novas formas de controle ou responsabilizao devem seradotadas.

    e) tal como ocorre na iniciativa privada, incentivos econmicos

    so o principal fator motivacional de gerentes e chefes.

    6.(ESAF / AFTN / 1996) So muitos os tericos da administraoe os administradores pblicos que defendem a necessidade dese proceder a uma "reinveno" dos governos. Para eles, asatuais estruturas governamentais esto fortemente abaladaspelas inovaes tecnolgicas, pelo ritmo intenso das mudanas

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    pelo surgimento de uma economia global "ps-industrial" e deuma sociedade baseada no conhecimento e na informao.Neste novo contexto, a mquina administrativa rgida e

    hierarquizada, estruturada por setores e assentada emburocracias complexas e extensivas, passa a enfrentar grandese incontornveis dificuldades. A sada estaria, ento, na adoo,pelos governos, da perspectiva do empreendedorismogovernamental, capaz de promover a sintonia entre osgovernos e as novas condies socioeconmicas, polticas eculturais. Indique a opo que apresenta com maior clareza epreciso a ideia de governo empreendedor.

    a)O governo empreendedor define-se por buscar a incorporaode prticas e posturas empresariais, utilizando-se do poder dealavancagem das obras pblicas, sobretudo no terreno daconstruo civil e da infraestrutura urbana.

    b)O governo empreendedor caracteriza-se pela adoo de novasformas de utilizao de seus recursos, de modo a maximizar aprodutividade e a eficincia, buscando, ao mesmo tempo,organizar sistemas participativos descentralizados com base namobilizao de setores comunitrios.

    c)O governo empreendedor caracteriza-se pela determinao comque torna suas decises, concentra-se na administraocriteriosa do dinheiro pblico e busca opor, s demandas epresses da sociedade, um conjunto de polticas e programasracionalmente concebidos.

    d)O governo empreendedor distingue-se por no temer assumirriscos, busca a maximizao dos recursos pblicos a qualquerpreo e apoia-se firmemente na gerao de receitas financeiras.

    e)O governo empreendedor caracteriza-se pela preocupao emresponder com rapidez s demandas da sociedade, mas procurasempre moderar suas iniciativas de investimento, para nocolidir a dinmica e os interesses do mundo dos negciosprivados.

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    7.(ESAF / AFT MTE / 2010) Sobre o ciclo de gesto do governofederal, correto afirmar:

    a) por razes de interesse pblico, facultada ao CongressoNacional a incluso, no projeto de Lei Oramentria Anual, deprogramao de despesa incompatvel com o Plano Plurianual.

    b) a iniciativa das leis de oramento anual do Legislativo e doJudicirio competncia privativa dos chefes dos respectivosPoderes.

    c) nos casos em que houver reeleio de Presidente daRepblica, presume-se prorrogada por mais quatro anos avigncia do Plano Plurianual.

    d) a execuo da Lei Oramentria Anual possui carterimpositivo para as reas de defesa, diplomacia e fiscalizao.

    e) a despeito de sua importncia, o Plano Plurianual, a Lei deDiretrizes Oramentrias e a Lei Oramentria Anual so merasleis ordinrias.

    8.(ESAF / AFRFB / 2009) A compreenso adequada do ciclo degesto do governo federal implica saber que:

    a) no ltimo ano de um mandato presidencial qualquer, lei dediretrizes oramentrias compete balizar a elaborao doprojeto de lei do plano plurianual subsequente.

    b) a funo controle precede execuo oramentria.

    c) a no-aprovao do projeto de lei de diretrizes oramentriasimpede o recesso parlamentar.

    d) a votao do plano plurianual segue o rito de leicomplementar.

    e) com o lanamento do Programa de Acelerao doCrescimento (PAC), o oramento de investimento das empresasestatais passou a integrar o plano plurianual.

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    9.(ESAF / MPOG / 2008) O Plano Plurianual, a Lei de DiretrizesOramentrias e a Lei do Oramento Anual so componentesbsicos do planejamento governamental. Identifique a nica

    opo incorreta no que diz respeito ao planejamentogovernamental.

    a) O planejamento governamental estratgico tem comodocumento bsico o Plano Plurianual.

    b) A Lei Oramentria Anual compreende o oramento fiscal e,ainda, o oramento das autoridades monetrias e das empresasfinanceiras de economia mista.

    c) O planejamento governamental operacional tem como

    instrumentos a Lei de Diretrizes Oramentrias e a Lei doOramento.

    d) A Lei de Diretrizes Oramentrias compreende o conjunto demetas e prioridades da Administrao Pblica Federal, incluindoas despesas de capital para o exerccio financeiro subsequente.

    e) A Lei Oramentria Anual LOA o oramentopropriamente dito e possui a denominao de LOA por ser aconsignada pela Constituio Federal.

    10. (FGV / MINC / 2006) O Plano Plurianual um dos principaisinstrumentos de planejamento governamental institudo pelaConstituio Federal de 1988 que, em seu art. 165, prev comoprincipal finalidade:

    a) estabelecer as diretrizes, objetivos e metas do Governo paraas despesas de capital e outras decorrentes delas e para asrelativas a programas de durao continuada.

    b) estabelecer as metas e prioridades da administrao pblica,incluindo as despesas de capital para o exerccio financeirosubsequente.

    c) estabelecer a poltica de aplicao das agncias financeirasoficiais de fomento e os investimentos das despesas estataispara o perodo do mndato do governante.

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    d) estabelecer o equilbrio entre receitas e despesas, de modo ano comprometer as metas do resultado primrio e do supervitfinanceiro, previamente determinadas.

    e) estabelecer os propsitos, objetivos e metas que o Governodeseja alcanar, identificando os custos dos programaspropostos para a consecuo dos objetivos de longo e mdioprazos.

    11. (UFBA / UFBA / 2009 adaptada) Com base no esquemaabaixo, julgue a assertiva a seguir:

    O ciclo de gesto alimentado por informaes dos resultadosobservados e registrados nos balanos e demonstraes deresultado.

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    12. (ESAF / CGU / 2006) Para o Governo operacionalizar oprocesso de alocao de recursos da gesto pblica ele seutiliza do ciclo da gesto, que se divide em etapas. A etapa em

    que os atos e fatos so praticados na Administrao Pblicapara implementao da ao governamental, e na qual ocorre oprocesso de operacionalizao objetiva e concreta de umapoltica pblica denomina-se:

    a) planejamento.b) execuo.c) programao.d) oramentao.

    e) controle.

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    GABARITO

    1- E 2- C

    3- C 4- D

    5- D 6- B

    7- E 8- C

    9- B 10-A

    11-C 12-B

    Sucesso!

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    Referncias

    BRASIL. Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto. Gesto Pblica

    Empreendedora. Braslia: SEGES, 2000.

    CUNNINGHAM, J. B.; LISCHERON, J. Defining Entrepreneurship. Journal ofSmall Business Management, v. 29, n. 1, p. 45-61, 1991.

    DRUCKER, P. F. Inovao e esprito empreendedor: prtica eprincpios. So Paulo: Editora Pioneira, 1987.

    GONALVES, R. A internacionalizao da produo: uma teoria geral?Revista de Economia Poltica, v. 4, n. 1, 1984.

    MARTINS, H. F. Reforma do Estado no Brasil: a predominncia doajuste fiscal. Lima: Portal de Assuntos Pblicos de La Pontificia UniversidadCatlica del Per, 2001.

    MELLO, G. R. Governana Corporativa no Setor Pblico FederalBrasileiro. Dissertao de Mestrado. FEA USP, 2006.

    MORRIS, M. H.; JONES, F. F. Entrepreneurship in established organizations:the case of the public sector. Entrepreneurship Theory and Practice, v.24, n. 1, p. 71-91, 1999.

    OCDE. Manual de Oslo: Proposta de Diretrizes para Coleta eInterpretao de Dados sobre Inovao Tecnolgica, Terceira Edio.Traduzido pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), 2005.

    PALUDO, A. V. Administrao Pblica: Teoria e Questes. 2 Edio. Riode Janeiro: Elsevier, 2012.

    SCHUMPETER, J. A. Teoria do Desenvolvimento Econmico: umaInvestigao sobre Lucros, Capital, Crdito, Juro e o Ciclo Econmico.So Paulo: Abril Cultural, 1982.

    _______________. Capitalismo, Socialismo e Democracia. Rio deJaneiro: Zahar, 1984.

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    SECCHI, L. Modelos organizacionais e reformas da administrao pblica.Revista de Administrao Pblica, v. 43, n. 2, 2009.