aula 12 - extra 02

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    CURSO DE EXERCCIOSDE DIREITO ADMINISTRATIVO

    AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012

    Prof. Edson Marqueswww.pontodosconcursos.com.br

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    Ol pessoal,

    Vamos que vamos. Hoje vamos tratar dos benspblicos, conforme o seguinte:

    AULA EXTRA 02: 12. Bens pblicos. Regime jurdico.

    Classificaes. Uso de bens pblicos por particulares.

    Uso privativo dos bens pblicos.

    A propsito, como era de se esperar, a ESAF no temnmero suficiente de questo que possa servir de base para uma

    melhor anlise dos temas. Ento, mais uma vez vou dispor de outrasbancas.

    Vamos nessa.

    QUESTES COMENTADAS

    1.(PROMOTOR DE JUSTIA MPE/CE FCC/2011) Sobre osbens pblicos, INCORRETO afirmar que sejam bens detitularidade da Unio por fora de mandamento constitucionala) quaisquer correntes de gua que banhem mais de um Estado.b) as terras indgenas de aldeamentos extintos, ocupadas empassado remoto.c) os recursos minerais, inclusive os do subsolo.d) os potenciais de energia hidrulica, independentemente de onde selocalizem os cursos dgua.e) as cavidades naturais subterrneas e os stios arqueolgicos e pr-

    histricos, mesmo que localizados em terrenos particulares.

    Comentrio:

    Antes de resolvermos a questo, deixe-me fazer umabreve considerao sobre o tema.

    Com efeito, bens pblicos se inserem no mbito do quechamamos domnio pblico. Assim, em sentido amplo, domnio

    pblico o poder de dominao ou de regulamentao que o Estado

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    exerce sobre os bens do seu patrimnio (domnio patrimonial), ousobre bens do patrimnio privado (bens particulares de interesse

    pblico) ou sobre as coisas inapropriveis individualmente, mas defruio geral da coletividade (domnio eminente).

    Ento, podemos conceituar domnio pblico comosendo todos os bens pertencentes s pessoas jurdicas deDireito Pblico, bem como os que, embora no pertencentes aestas pessoas, estejam afetados prestao de serviopblico.

    Todos os outros bens so considerados particulares,mesmo aqueles pertencentes s entidades administrativas de direitoprivado.

    Destaco, no entanto, que para os Profs. Bandeira deMello e Digenes Gasparini somente os bens destinados prestaode servios pblicos que se enquadrariam na classificao de benspblicos, todos os outros seriam particulares.

    De qualquer sorte, podemos compreender que tais benspodem ser de qualquer natureza, isto , podem ser corpreo,incorpreo, mveis, imveis, semoventes, crditos, direitos e aes.

    Diante disso, possvel classificarmos os bens pblicossob diversos aspectos, tal como quanto titularidade, quanto aoregime jurdico e quanto destinao, por exemplo.

    Quanto titularidade, os bens pblicos podem serclassificados em federais, estaduais ou distritais e municipais.

    Os federais compreendem aqueles contidos no art. 20,da CF/1988, sendo importante atentarmos para o fato de que no setrata de rol taxativo, ou seja, a lista de bens contidos naConstituio em favor da Unio meramente exemplificativa, poislogo no inciso I do dispositivo assim est expresso (os queatualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribudos).

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    Devemos observar, ademais, que a EC 46/05 alterou oinc. IV do art. 20 da CF/1988 (as ilhas fluviais e lacustres nas zonas

    limtrofes com outros pases; as praias martimas; as ilhas ocenicas e ascosteiras, excludas, destas, as que contenham a sede de Municpios, exceto

    aquelas reas afetadas ao servio pblico e a unidade ambiental federal, e

    as referidas no art. 26, II), para excluir do rol dos bens federais as ilhascosteiras que sejam sedes de Municpios.

    O art. 26 da CF/88, tambm de forma no exaustiva,lista alguns bens estaduais e Distritais.

    No tocante aos municipais, importante observarmosque a Constituio no estabeleceu quais so os bens pertencentesaos Municpios, de modo que sero todos aqueles bens pblicos queno pertenam Unio, Estados e ao DF, assim como suas entidadesadministrativas.

    Quanto ao regime jurdico, os bens podem ser dedomnio pblico do Estado ou de domnio privado do Estado,ou seja, pertencem ao Estado e se submete a regime jurdico de

    direito pblico, ou pertencem ao Estado, mas se submetem a regimeprivado.

    Quanto destinao, os bens podem ser de usocomum do povo, de uso especial, dominiais ou dominicais.

    So bens de uso comum do povo todos aqueles quepodem ser usados indistintamente pelo povo, ou seja, todos oslugares abertos utilizao pblica, isto os bens que podem ser deuso coletivo - ex.: como as ruas e praas.

    Os bens de uso especial (patrimnio administrativo)so os que se destinam especialmente execuo dos serviospblicos e, por isso mesmo so considerados instrumentos dessesservios - ex.: como os prdios das reparties ou escolas pblicas

    MS. ESTACIONAMENTO. RGO PBLICO. BEM. USO

    ESPECIAL.

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    Cuida-se de mandado de segurana impetrado pela

    Subseco da OAB-SP em face de ato praticado por juiz

    diretor do frum, consubstanciado na edio da Port. Adm.n. 001/2004, que restringiu a utilizao de vagas da

    garagem do frum s autoridades pblicas e aos

    serventurios do Judicirio, com excluso de seu uso pelos

    advogados. O Min. Relator entendeu que o espao

    destinado ao estacionamento de veculos em rgo do

    Poder Judicirio bem de uso especial, podendo ter

    sua utilizao restrita a serventurios e autoridades.

    O direito ao livre acesso dos advogados aos rgos pblicos

    (art. 7, VI, da Lei n. 8.906/1994) no inclui a faculdade deirrestrita utilizao de vagas privativas em estacionamento,

    j que a ausncia delas no impede o exerccio da profisso.

    Com esse entendimento, a Turma negou provimento ao

    recurso. RMS 20.043-SP, Rel. Min. Teori Albino Zavascki,

    julgado em 8/8/2006.

    Os bens dominicais (dominiais - patrimnio disponvel),por outro lado, so os que pertencem ao acervo do poder pblico,

    sem destinao especial, so aqueles que, embora integrando odomnio pblico como os demais, deles diferem pela possibilidadesempre presente de serem utilizados em qualquer fim ou, mesmo,alienados pela Administrao, se assim o desejar.

    Com relao ao regime jurdico dos bens pblicos preciso salientar que os bens de uso comum e de uso especial sobens extra commercium, ou seja, esto fora do comrcio privado,por isso, so submetidos integralmente a regime jurdico de direitopblico (indisponveis).

    De outro lado, os bens dominiais so bens em que possvel a disposio por parte da Administrao, de modo que sosubmetidos a regime jurdico de direito privado, porm comderrogaes do regime jurdico de direito pblico (disponveis).

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    Sendo assim, os bens pblicos, por regra, tem porcaractersticas: Inalienabilidade, impenhorabilidade,

    imprescritibilidade e impossibilidade de onerao.

    A inalienabilidade determina que os bens pblicosno so passveis de negociao. Todavia, tal caracterstica no absoluta, de modo que os bens dominiais podem ser negociados, emesmo os bens de uso comum ou de uso especial, podem sernegociados entre os entes pblicos.

    De todo modo, a inalienabilidade pode ser retirada,

    quer dizer, pode ser alterada a destinao pblica do bem(afetao), de modo a coloc-lo na categoria dos bens disponveis(desafetao).

    Assim, um bem de uso comum e de uso especial(afetados destinao pblica) pode ter sua destinao alterada parabem dominial (desafetao), possibilitando, com isso, a disposiopela Administrao.

    importante destacar, no entanto, que a alienao debem pblico, depende de prvia avaliao, autorizaolegislativa e, como regra, de licitao.

    A impenhorabilidade d a garantia de que os benspblicos no podem servir de garantia para eventual pagamento dedvidas. Devemos lembrar que, como regra, a Administrao Pblicapaga seus dbitos por meio de precatrio, salvo dvida consideradade pequeno valor, no podendo ter seus bens penhorados, conformeart. 100 da CF/1988. Todavia, preciso salientar, que poder haver oseqestro de bens e rendas caso seja descumprida a ordem depagamento de precatrios.

    Impossibilidade de onerao sendo entendida nosentido de que os bens pblicos no so passveis de constrio, ouseja, no podem suportar nus de direitos reais de garantia (penhor,hipoteca e anticrese), conforme prescreve o art. 756, CC/02.

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    Por fim, a imprescritibilidade no permite que o Estadoperca seu bem pelo no uso, ou seja, como os bens pblicos so

    inalienveis, no so objetos de apropriao particular, no incide,portanto, o instituto da usucapio, nos termos do art. 182, 3; 191,pargrafo nico e art. 102, CC/02.

    No tocante ao uso de bem pblico, podem ser de usocomum ou de uso privativo. De uso normal ou anormal. normal quando o bem est sendo utilizado para sua destinaoespecfica. anormal quando utilizado de forma lcita paradestinaes acessrias.

    O uso comum quando se destina ao uso de todosindistintamente. O uso privativo quando se estabelece o uso poruma ou algumas pessoas, excluindo-se os demais.

    O uso privativo tem por caractersticas: a exclusividade,ocorre por ttulo jurdico e precrio. Os ttulos jurdicos podem serpblico (autorizao, permisso e concesso de uso), ou privado(locao, arrendamento, comodato, enfiteuse, concesso de direito

    real de uso).

    Autorizao de uso ato unilateral, discricionrio, dettulo precrio, podendo ser revogado a qualquer tempo, no qual sefaculta a algum o uso privativo de bem pblico, visando atender aseu interesse. Pode ser em carter gratuito ou oneroso. Serve paraauxiliar interesses particulares em eventos ocasionais ou temporrios.

    Parte da doutrina tem denominado autorizao deuso qualificada ou condicionada quela em que se estabeleceprazo para utilizao, fato que ensejaria a perda da qualidade deprecariedade e por conseqncia a possibilidade de indenizar pelaretomada antes do prazo.

    Permisso de uso tambm um ato administrativo,precrio, e, por isso mesmo, sem prazo certo. Destina-se a permitir ouso de bem pblico de forma privativa por particular, contudo dada

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    no interesse pblico, tem grau menor de precariedade, depende, emregra, de licitao.

    Assim como na autorizao, parte da doutrina temdenominado permisso qualificada ou condicionada quela emque se estabelece prazo para utilizao, fato que ensejaria a perda daqualidade de precariedade, e por conseqncia a possibilidade deindenizar pela retomada antes do prazo. Neste caso exigiria licitao.

    ADMINISTRATIVO - RECURSO ORDINRIO EM MANDADO DE

    SEGURANA - ATO ADMINISTRATIVO - AUTORIZAO DE USO

    - BEM PBLICO - REVOGAO DO ATO - POSSIBILIDADE -NATUREZA PRECRIA - AUSNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO -

    LIMITES DO PODER REVOGADOR - COMPETNCIA - CERTEZA E

    LIQUIDEZ DO DIREITO NO COMPROVADA.

    1. Hiptese em que Prefeito do Municpio do Rio de Janeiro

    revogou autorizao de uso de bem pblico onde a pessoa

    jurdica desenvolve comrcio para a realizao de obra de

    interesse comum, qual seja, o alargamento da Avenida das

    Amricas.

    2. Descabida a alegao de que o Prefeito do Municpio do Rio

    de Janeiro era autoridade ilegtima para a realizao do ato;

    pois, nos termos da Lei Orgnica dos Municpios (art. 107, XXI),

    justamente ele quem tem esta competncia. Se a lei permite

    autoridade revogar o ato, age ela nos estritos limites do seu

    poder revogador.

    3. Reconhecido na jurisprudncia e doutrina que a autorizao

    para o funcionamento, instrumentalizada pelo alvar, no gera

    ao particular, direito adquirido ao uso do bem, nem direitos

    relativos posse, que, a bem da verdade, traduz-se em mera

    deteno. Se no gera direito adquirido, existindo ainda mera

    deteno, pode a Administrao perfeitamente revogar, a bem

    do interesse pblico, o ato antes realizado. Descabe ao Poder

    Judicirio impor autoridade seja concedida recorrente a

    permisso de uso, muito menos a concesso.

    4. Ainda que se possa alegar, trata-se no de autorizao, mas

    de permisso, pois nenhum direito lquido e certo vindicado

    neste mandamus socorreria ao recorrente, uma vez que

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    doutrina e jurisprudncia vai ao encontro da pretenso recursal

    da recorrente.

    Seno vejamos: Permisso - ato unilateral pelo qual aadministrao faculta precariamente a algum a

    prestao de um servio pblico ou defere a utilizao

    especial de um bem pblico.

    No primeiro caso serve de exemplo a permisso para

    desempenho do servio de transporte coletivo, facultada

    precariamente por esta via, ao invs de outorgada pelo ato

    convencional denominado concesso. Exemplo da segunda

    hiptese tem-se no ato de facultar a instalao de banca

    de jornais em logradouro pblico, ou de quiosque paravenda de produtos de tabacaria etc.' (Celso Antonio

    Bandeira de Mello; Curso de Direito Constitucional...; 21 ed.;

    p. 417);

    Jurisprudncia do STJ: '...2. A permisso de uso instituto

    de carter precrio que pode ser revogado a qualquer

    tempo pela Administrao Pblica, desde que no mais se

    demonstre conveniente e oportuna. Aplicao da Smula

    473 do STF...' (RMS 17.644/DF, Rel.

    Min. Teori Albino Zavascki, DJ 12.4.2007). No mesmo sentido:

    RMS 16280/RJ, Rel. Min. Jos Delgado, DJ 19.4.2004.

    Recurso ordinrio improvido.

    (RMS 18.349/RJ, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA

    TURMA, julgado em 14.08.2007, DJ 23.08.2007 p. 240)

    Concesso de uso contrato administrativo pelo qualo Poder pblico confere a pessoa determinada o uso privativo de bempblico, independentemente do maior ou menor interesse pblico dapessoa concedente, sempre precedida de licitao, com prazo certo.

    A discricionariedade marca das concesses de uso,identificando-se nesse particular com autorizaes e permisses.

    Elementos diferenciais da concesso: O primeiro deles a forma jurdica: a concesso de uso formalizada por contratoadministrativo, ao passo que a autorizao e a permisso se

    formalizam por atos administrativos.

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    Segundo Di Pietro, a concesso mais apropriada a

    atividades de maior vulto, em relao s quais o concessionrioassume obrigaes perante terceiros e encargos financeiroselevados, que somente se justificam se ele for beneficiado com a

    fixao de prazos mais prolongados, que assegurem um mnimo de

    estabilidade no exerccio de suas atividades.

    Admitem-se duas espcies de concesso de uso: aconcesso remunerada de uso de bem pblico e a concessogratuita de uso de bem pblico.

    Concesso de direito real de uso instituto que seassemelha, em certos pontos, concesso de uso. Mas h doispontos diferenciais bsicos. De um lado, a concesso de uso instaurarelao jurdica de carter pessoal, enquanto que no presente tipode concesso de uso outorgado ao concessionrio direito real(relao imobiliria).

    De outro, os fins da concesso de direito real de uso

    so previamente fixados na lei reguladora. Destina-se o uso urbanizao, edificao, industrializao, ao cultivo ou a qualqueroutro que traduza interesse social. Na concesso comum de uso nemsempre estaro presentes esses fins.

    O direito real oriundo da concesso transmissvel porato inter vivos ou causa mortis, mas inafastvel ser a observnciados fins da concesso. O instrumento de formalizao pode serescritura pblica ou termo administrativo, devendo o direito real serinscrito no competente Registro de Imveis. Para a celebrao desseajuste, so necessrias lei autorizadora e licitao prvia, salvo se ahiptese estiver dentro das de dispensa de licitao.

    Concesso de uso especial para fins de moradia:Como os imveis pblicos no so suscetveis de ser adquiridos porusucapio, conforme averba o art. 183, 3, da CF, sentiu-se anecessidade de adotar para eles outro instrumento que guardasse

    similitude com o usucapio especial de imvel urbano, tendo em mira

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    atender s necessidades reclamadas pela poltica urbana. Foi entoinstituda a concesso de uso especial para fins de moradia,

    disciplinada pela MP n 2.220/01. Os pressupostos so semelhantesaos da usucapio especial urbano.

    A distino entre a concesso de uso especial pra finsde moradia e a usucapio especial urbano, quanto aos pressupostos,reside em dois pontos: 1) na usucapio o objeto imvel privado,ao passo que na concesso imvel pblico; 2) na concesso s seconferiu o direito ao possuidor se os pressupostos foram atendidosat 30 de junho de 2001, ao passo que no usucapio no foi previsto

    termo final para a aquisio do direito.

    Conquanto se tenha omitido o legislador, a concessode uso especial para fins de moradia tem a natureza de direito real, semelhana do que ocorre com o direito real de uso, sendotransfervel por ato inter vivos ou causa mortis. Alm disso, ottulo da concesso, seja ele formalizado por termo administrativo,seja por sentena judicial, reclama registro no Cartrio do registro deimveis.

    Essa concesso, porm, distingue-se da concesso dedireito real de uso prevista no Dec. Lei n 271/67 pela circunstnciade que ela conferida para a finalidade exclusiva de moradia, oque no ocorre nesta ltima, em que h outras finalidades do uso.

    Cesso de uso aquela em que o Poder Pblicoconsente o uso gratuito de bem pblico por rgos da mesma pessoaou de pessoa diversa, incumbida de desenvolver atividade que, dealgum modo, traduza interesse para a coletividade.

    A grande diferena entre a cesso de uso e as formasat agora vistas consiste em que o consentimento para a utilizaodo bem se fundamenta no benefcio coletivo decorrente da atividadedesempenhada pelo cessionrio.

    A formalizao da cesso de uso se efetiva por

    instrumento firmado entre os representantes das pessoas cedente e

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    cessionria, normalmente denominado de termo de cesso outermo de cesso de uso. O prazo pode ser determinado ou

    indeterminado, e o cedente pode a qualquer momento reaver a possedo bem cedido.

    H outras formas de uso de bens pblicos, massob ttulo jurdico privado, se aplicando apenas aos bensdominiais, tal como:

    Enfiteuse: o instituto pelo qual o Estado permite aoparticular o uso privativo de bem pblico a ttulo de domnio til,

    mediante a obrigao de pagar ao proprietrio uma penso ou foroanual, certo e invarivel. (Consoante jurisprudncia do STJ e do STF possvel a correo do foro. RE 185.578/RJ).

    O novo Cdigo Civil no mais incluiu a enfiteuse noelenco dos direitos reais, mas garantiu a eficcia das enfiteusesinstitudas anteriormente.

    Diversos bens pblicos imveis podem ser utilizados

    sob o ttulo da enfiteuse, como o caso dos terrenos de marinha,conforme art. 49, 3, do ADCT. A enfiteuse de terrenos de marinha,alis, foi nica forma ressalvada pelo CC/02.

    ADMINISTRATIVO. CONTRATO DE ENFITEUSE ENVOLVENDO BENS

    DA UNIO. ATUALIZAO DO FORO. POSSIBILIDADE. DECRETO-

    LEI N. 9.760/46 E LEI N. 7.450/85.

    OS CONTRATOS DE ENFITEUSE CELEBRADOS COM PARTICULARES

    E ENVOLVENDO IMOVEIS DA UNIO SE REGEM POR NORMAS DE

    DIREITO PUBLICO (DECRETO-LEI N. 9.760/46), INAPLICAVEL O

    PRECEITO DO CODIGO CIVIL (ART. 678) NO PERTINENTE A

    ATUALIZAO DO FORO, PREVALECENDO, NESTA PARTE, A LEI

    ESPECIAL.

    A ENFITEUSE DOS TERRENOS DE MARINHA TEM SUA

    DISCIPLINA EM LEI ESPECIAL (POR SER CONTRATO DE

    DIREITO ADMINISTRATIVO), APLICANDO-SE-LHE AS

    NORMAS DO DIREITO COMUM NOS ASPECTOS JURIDICOS EM

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    QUE O LEGISLADOR NO INSTITUIU PROVISES ATINENTES

    AO AFORAMENTO DE BENS PUBLICOS.

    A RETRIBUIO DA ENFITEUSE (FORO), UMA VEZ QUEATRELADA AO VALOR DO DOMINIO PLENO DO IMOVEL,

    ESTEVE SEMPRE SUJEITA A VARIAO, QUER EM

    DECORRENCIA DO PROCESSO INFLACIONARIO, QUER POR

    FATORES OUTROS QUE ALTERAM O VALOR PATRIMONIAL

    (DO IMOVEL), ESTANDO A UNIO AUTORIZADA,

    INDEPENDENTEMENTE DA PROMULGAO DA LEI N.

    7.450/85, A ALTERAR A PERCENTUALIZAO DO FORO

    SEMPRE QUE MODIFICADO O VALOR DO DOMINIO PLENO DO

    TERRENO EMPRAZADO. PRECEDENTES.RECURSO IMPROVIDO. DECISO UNANIME.

    (REsp 68.342/RJ, Rel. Ministro DEMCRITO REINALDO, PRIMEIRA

    TURMA, julgado em 10.06.1996, DJ 01.07.1996 p. 23992)

    Direito de Superfcie instituto pelo qual oproprietrio concede a outrem o direito de utilizar, no mnimo, asuperfcie de seu imvel na forma pactuada no respectivo contrato.Embora seja contrato de direito privado, nada impede que ente

    pblico, desde que haja lei autorizadora, conceda ao administrado odireito de utilizar a superfcie do imvel pblico.

    O direito de superfcie instituto similar enfiteuse,sobretudo porque, tanto quanto esta, comporta o desmembramentoda propriedade, figurando como dominus da nua-propriedade oproprietrio (que pode ser a pessoa estatal) e como titular dodireito de uso o superficirio.

    Difere da enfiteuse, contudo, porque o superficirio, emprincpio, pode alienar seu direito sem anuncia do proprietrio, oque no ocorria com aquela. Ademais, na enfiteuse o foro daessncia do instituto, ao passo que o valor ajustado no direito desuperfcie (solarium) no o . Por ltimo, o inadimplemento do forona enfiteuse provoca a extino desta, ao passo que na superfcie aextino nessa hiptese eventual.

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    Locao o contrato de direito privado pelo qual oproprietrio-locador transfere a posse do bem ao locatrio, que tem a

    obrigao de pagar certa importncia o aluguel por perododeterminado de uso do bem.

    O uso privativo nessa hiptese ocorre quando o bempertence ao Estado. Se este celebra, como locador, contrato delocao com um particular, assumindo este a condio de locatrio,deve o ajuste ser regulado normalmente pelo Cdigo Civil,demonstrando o carter privado da contratao.

    Tm surgido algumas controvrsias a respeito dessaforma de uso dos bens de entidades administrativas. H estudiososque no aceitam o regime de locao do direito civil para benspblicos.

    Nesse sentido o entendimento do STJ.Ilustrativamente:

    ADMINISTRATIVO - USO DE BEM DE EMPRESA PBLICA:

    REGIME JURDICO.

    1. Os bens de empresa pblica afetados sua finalidade no

    podem ser utilizados seno dentro das regras de Direito

    Pblico.

    2. Bens da INFRAERO na rea das atividades aeroporturias

    no seguem as regras de locao (precedentes desta Corte).

    3. Recurso improvido.

    (REsp 41549/ES, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA

    TURMA, julgado em 22.02.2000, DJ 17.04.2000 p. 52)

    Comodato o emprstimo gratuito de coisas nofungveis(art. 579, CC). Pelo comodato, o proprietrio transfere aocomodatrio o uso gratuito do bem por prazo determinado ouindeterminado.

    A Administrao tambm pode conceder o uso privativode bem pblico por comodato, embora deva priorizar a concesso

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    gratuita de uso de bem pblico, por ser instituto prprio de direitopblico.

    H muita divergncia quanto aplicao ou no deregras de direito privado para estes institutos.

    Enfim, o arrendamento que uma hiptese delocao em que se objetiva a explorao de frutos ou a prestao deservios, sendo pelo prazo mximo de 20 anos, salvo casos especiaisprevistos em lei, nesse sentido, vale citar:

    ADMINISTRATIVO. BEM PBLICO DA UNIO.ARRENDAMENTO. PRAZO DE DOIS ANOS. BENFEITORIAS.

    PREVISO CONTRATUAL DE INCORPORAO SEM DIREITO A

    INDENIZAO. REINTEGRAO DE POSSE.

    1. L-se na 9 clusula do contrato de arrendamento que

    teria "vigncia por 02 (dois) anos contados a partir da

    assinatura de seu termo" e poderia "ser prorrogado por

    perodo igual se manifesto interesse do ARRENDATRIO e

    aceitao do ARRENDANTE". Em seu trmino, cessariam

    "todos os seus efeitos, independente (sic) de notificao

    judicial ou extrajudicial". Assim, h base para interpretao

    no sentido de que os dois anos contar-se-iam a partir da

    publicao do extrato contratual no Dirio Oficial da Unio.

    Uma coisa o prazo contratual, de dois anos, que se conta a

    partir da assinatura, e outra o incio da vigncia do

    contrato, a data da publicao de seu extrato no D.O.U., com

    efeito retroativo data da assinatura. Mas ainda que assim

    no fosse, no teria mais sentido discutir a questo tendo em

    vista a quantidade de anos que a esta altura j se passaram

    sem que tenha havido renovao formal do contrato e sem

    que a apelante tenha desocupado o imvel. O formalismo

    no pode se sobrepor indisponibilidade do interesse

    pblico, prpria do regime jurdico dos bens pblicos.

    2. Na 13 clusula est dito que o arrendatrio deveria

    "obter a aprovao do ARRENDANTE para construo ou

    reforma de qualquer benfeitoria" e que as benfeitorias

    erigidas pelo ARRENDATRIO incorporar-se-iam, "sem

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    quaisquer indenizaes, ao patrimnio da Unio Federal,

    findo o prazo contratual originrio ou rescindido o contrato

    por justa causa". Ora, se o arrendatrio deveria obter aaprovao do arrendante para construo ou reforma de

    qualquer benfeitoria, com muito mais razo deveria haver

    aprovao para edificar acesso, mesmo porque qualquer

    obra que devesse ser paga pela Administrao dependia de

    disponibilidade oramentria e processo licitatrio. A nica

    interpretao possvel, no caso, a de que foi empregado o

    termo benfeitoria em sentido comum, abrangendo acesso.

    3. J era regra do antigo Cdigo, repetida no Cdigo Civil de

    2002, art. 112, que "nas declaraes de vontade se atendermais inteno nelas consubstanciadas do que ao sentido

    literal da linguagem".

    4. Confirmao da sentena, em que foi julgado procedente o

    pedido para reintegrar a Unio na posse do imvel objeto de

    arrendamento.

    5. Apelao a que se nega provimento.

    (AC 1999.41.00.002448-1/RO, Rel. Desembargador Federal

    Joo Batista Moreira, Quinta Turma, DJ de 04/05/2006, p.16)

    Assim, de acordo com o art. 20 da CF/88, so bens daUnio, quaisquer correntes de gua que banhem mais de um Estado(inc. III), os recursos minerais, inclusive os do subsolo (inc. IX), ospotenciais de energia hidrulica, independentemente de onde selocalizem os cursos dgua (inc. VIII), e as cavidades naturaissubterrneas e os stios arqueolgicos e pr-histricos, mesmo quelocalizados em terrenos particulares (inc. X).

    Por isso, no pertence Unio, as terras indgenas dealdeamentos extintos, ocupadas em passado remoto, na medida em

    j no se englobam no conceito de terras tradicionalmente ocupadas,conforme dispe o inciso XI ao fixar que so bens da Unio asterras tradicionalmente ocupadas pelos ndios.

    As terras tradicionalmente ocupadas esto descritas noart. 231, 1, CF/88, ao asseverar que so terras

    tradicionalmente ocupadas pelos ndios as por eles habitadas

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    em carter permanente, as utilizadas para suas atividadesprodutivas, as imprescindveis preservao dos recursos

    ambientais necessrios ao seu bem-estar e as necessrias asua reproduo fsica e cultural, segundo seus usos, costumese tradies.

    Gabarito: B.

    2.(PROCURADOR PGE/SP FCC/2009) Sobre bens pblicos correto afirmar:

    (A) Apenas bens imveis podem ser apontados como bens de usocomum do povo.(B) No Estado de So Paulo, o patrimnio fsico, cultural e cientficodos museus, institutos e centros de pesquisa da Administrao direta,indireta e fundacional no podem ser alienados sem prvia audinciada comunidade cientfica.(C) Como assentado na jurisprudncia dos tribunais superiores, bempblico dominical pode ser objeto de contrato de locao regido pelalei civil, estando sujeito, portanto, ao renovatria de aluguel.

    (D) O regime jurdico do bem da empresa privada que presta serviopblico mediante contrato de concesso, mesmo se no afetado prestao do servio, de direito pblico.(E) A afetao de bem pblico exige prvia existncia de um atoestatal formal.

    Comentrio:

    Conforme salientado, quanto destinao os benspodem ser: de uso comum do povo, de uso especial, dominiaisou dominicais.

    So bens de uso comum do povo aqueles que todospodem usar indistintamente, ou seja, todos os lugares abertos utilizao pblica adquirem esse carter de comunidade, de usocoletivo.

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    importante destacar que apesar de sempre trazermosexemplos de bens imveis, tambm poder ser considerado bem de

    uso comum, bens mveis, tal como os inservveis para aAdministrao.

    Os bens de uso especial (patrimnio administrativo)so os que se destinam especialmente execuo dos serviospblicos e, por isso mesmo so considerados instrumentos dessesservios.

    Os bens dominicais (dominiais - patrimnio disponvel),

    por outro lado, so os que pertencem ao acervo do poder pblico,sem destinao especial, so aqueles que, embora integrando odomnio pblico como os demais, deles diferem pela possibilidadesempre presente de serem utilizados em qualquer fim ou, mesmo,alienados pela Administrao, se assim o desejar.

    Assim, a alternativa a est errada, na medida em queos bens imveis ou mveis podem ser apontados como bens de usocomum do povo.

    A alternativa b est correta. No Estado de So Paulo,o patrimnio fsico, cultural e cientfico dos museus, institutos ecentros de pesquisa da Administrao direta, indireta e fundacionalno podem ser alienados sem prvia audincia da comunidadecientfica.

    A alternativa c est errada. Como observamos, osbens dominiais podem ser objeto de contrato de locao. Todavia,mesmo a ttulo privado, incidem as regras de direito pblico, de modoque no so suscetveis de ao renovatria de aluguel, eis que alocao deve atender ao interesse pblico.

    A alternativa d est errada, como destacado, os bensdas empresas pblicas, como regra, por serem pessoas jurdicas dedireito privado so submetidos ao regime de direito privado, por issono so considerados bens pblicos.

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    No entanto, deve-se salientar que o Supremo TribunalFederal, em deciso relativa Empresa Brasileiras de Correios e

    Telegrfos, mas que se aplica a todos as empresas pblicas esociedades de economia mista prestadoras de servios pblicos,entendeu que estes bens possuem certas prerrogativas do regime dedireito pblico, em razo da continuidade do servio pblico, e porisso so impenhorveis e imprescritveis.

    A alternativa e est errada. A afetao de bempblico no exige prvia existncia de um ato estatal formal. que aafetao diz respeito utilizao do bem pblico, se tiver uma

    destinao especfica diz-se que est afetado, se no tiver, estdesafetado. claro que um bem pode passar de uma categoria paraoutra, ou seja, a destinao pode ser expressa, por ato ou por lei,como poder ser tcita.

    Gabarito: B.

    3.(TCNICO DE CONTROLE EXTERNO TCM/RJ FJG/2011)Os bens pblicos possuem um regime jurdico prprio, que osdiferencia dos bens privados. Nesse cenrio, os bens pblicos:(A) podem ser alienados, caso sejam dominicais, nos termos da lei,de forma condicionada(B) so inalienveis, imprescritveis e impenhorveis, podendo serusucapidos se a posse do usucapiente for mansa e pacfica, de justottulo e boa f(C) podem ser dados em garantia em regra, mas no podem serpenhorados(D) so impenhorveis, exceto quando se tratar de deciso judicial doSTF que ponha fim fase executiva de processo judicial(E) so inalienveis, mas podem ser dados em garantia real

    Comentrio:

    A alternativa b est errada porque os bens pblicosNO podendo ser usucapidos.

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    A alternativa c est errada. Os bens pblicos soimpenhorveis, por isso NO podem ser dados em garantia,

    tampouco penhorados.

    A alternativa d est errada. De fato, os bens pblicosso impenhorveis, no havendo exceo quanto a isso. Lembre-seque, como regra, eventual execuo contra a fazenda pblicaresolve-se em perdas e danos, ou seja, em dinheiro, da ocorrer opagamento mediante precatrios, em regra.

    A alternativa e est errada. Os bens pblicos so

    inalienveis, imprescritveis e impenhorveis e, por isso, NO podemser dados em garantia real.

    Assim, a alternativa a est correta. De fato, os benspblicos podem ser alienados, caso sejam dominicais, nos termos dalei, de forma condicionada.

    Gabarito: A.

    4.(PROCURADOR TCE/AP FCC/2010) A imprescritibilidadedos bens pblicosa) aplicvel aos bens das empresas pblicas, em razo de suanatureza jurdica de direito pblico.b) no aplicvel aos bens de titularidade das fundaes,independentemente do regime jurdico das mesmas.c) aplicvel aos bens das sociedades de economia mista,independentemente de sua afetao ao servio pblico.d) aplicvel aos bens das autarquias, porque sujeitos ao regime

    jurdico de direito pblico.e) no aplicvel aos bens de titularidade das pessoas polticas,quando se tratar de usucapio.

    Comentrio:

    A alternativa a est errada. A imprescritibilidade se

    aplica aos bens da empresas pblicas, no porque sua natureza

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    jurdica de direito pblico, mas em razo da formao de seupatrimnio, j que so constitudas por capital exclusivamente

    pblico.

    A alternativa b est errada. A imprescritibilidade aplicvel aos bens de titularidade das fundaes, independentementedo regime jurdico das mesmas.

    A alternativa c est errada. A imprescritibilidadealcana os bens da sociedade de economia mista quando afetados aoservio pblico.

    A alternativa d est correta. De fato, aimprescritibilidade aplicvel aos bens das autarquias, porquesujeitos ao regime jurdico de direito pblico.

    A alternativa e est errada. A imprescritibilidade aplicvel aos bens de titularidade das pessoas polticas, impedindoque ocorra a usucapio.

    Gabarito: D.

    5.(ANALISTA MI ESAF/2012) Uma das caractersticas dosbens pblicos a sua imprescritibilidade, o que significa dizerque tais bens no podema) ser alienados.b) ser usucapidos.c) ser penhorados.d) ter destinao para uso particular.e) ser objeto de aes por cobranas de dvidas.

    Comentrio:

    Como salientado inicialmente, os bens pblicos gozamda caracterstica da imprescritibilidade que impede sua perda pelono uso, ou seja, que impede sejam objetos da usucapio.

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    Gabarito: B.

    6.(PROCURADOR TCE/RO FCC/2010) Dentre ascaractersticas inerentes ao regime jurdico aplicvel aos benspblicos pode-se afirmar quea) a inalienabilidade aplica-se aos bens de uso comum do povo e aosbens de uso especial enquanto conservarem essa qualificao,passando a condio de alienveis com a desafetao.b) a inalienabilidade absoluta, na medida em que a alienao detodo e qualquer bem pblico pressupe sua prvia desafetao e

    ingresso no regime jurdico de direito privado.c) a impenhorabilidade absoluta, aplicando-se indistintamente atodos os bens de titularidade da Administrao Direta e Indireta.d) a imprescritibilidade relativa, na medida em que os bensdominicais da Administrao Direta podem ser objeto de usucapio.e) tanto a impenhorabilidade quanto a imprescritibilidade sorelativas em relao a Administrao Direta, uma vez que aplicveisapenas e to somente aos bens de uso comum do povo e bens de usoespecial.

    Comentrio:

    A alternativa a est correta. A inalienabilidade aplica-se aos bens de uso comum do povo e aos bens de uso especialenquanto conservarem essa qualificao, passando a condio dealienveis com a desafetao.

    A alternativa b est errada. A inalienabilidade no absoluta, uma vez que os bens dominiais podem ser alienados, desdeque haja autorizao legal.

    Ademais, vale lembrar que um bem pode passar deuma categoria para outra, ou seja, os bens afetados podem serdesafetados de modo a possibilitar a alienao.

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    A alternativa c est errada. A impenhorabilidadetambm no absoluta, eis que os bens das Estatais s gozam de tal

    caracterstica quando afetados a algum servio pblico.

    A alternativa d est errada. Os bens pblicos nopodem ser usucapidos.

    A alternativa e est errada. No tocante Administrao direta apenas a inalienabilidade que relativa.

    Gabarito: A.

    7.(PROCURADOR DE CONTAS TCE/RR FCC/2008) Os benspblicos de uso comum do povo nunca podero serdesafetados e convertidos em bens de uso especial oudominicais ........... PORQUE ......... os bens pblicos de usocomum do povo sempre ostentam essa qualidade em razo desua natureza, como o caso de praias, rios e florestas.a) As duas afirmaes so verdadeiras e a segunda justifica a

    primeira.b) As duas afirmaes so verdadeiras e a segunda no justifica aprimeira.c) A primeira afirmao verdadeira e a segunda, falsa.d) A primeira afirmao falsa e a segunda, verdadeira.e) As duas afirmaes so falsas.

    Comentrio:

    Essa boa, um jogo de afirmaes. Primeiro oseguinte, qualquer que seja o bem poder ser afetado ou desafetado.Significa dizer que poder ter destinao especfica ou no. Sair dacondio de bens de uso comum ou especial para bens dominiais, oude dominiais para de uso comum ou uso especial.

    Portanto, a primeira assertiva est errada. E a segundatambm, porque poder ser muda a destinao especfica de um bem

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    de uso comum para especial (continuar afetado) ou poder serdesafetado, para alienao, por exemplo.

    Gabarito: E

    8.(AGENTE TCNICO LEGISLATIVO AL/SP FCC/2010) Osbens pblicos podem ser classificados de acordo com a suadestinao. So bensa) de uso comum do povo aqueles afetados a um determinadoservio ou finalidade pblica, tais como os edifcios onde se situam os

    rgos pblicos.b) de uso especial apenas aqueles destinados ao particular porconcesso ou permisso de uso.c) dominicais aqueles de domnio do Estado no afetados a umafinalidade pblica.d) de uso especial aqueles destinados, por lei, a entidadesintegrantes da Administrao indireta.e) dominicais aqueles destinados fruio de toda a coletividade,como, por exemplo, as praas e as vias pblicas.

    Comentrio:

    A alternativa a est errada. Os bens de usoespecial que so aqueles afetados a um determinado servio oufinalidade pblica, tais como os edifcios onde se situam os rgospblicos.

    A alternativa b est errada. Bens de uso especial noso apenas aqueles destinados ao particular por concesso oupermisso de uso, como verificamos so aqueles afetados a umdeterminado servio ou finalidade pblica, tais como os edifcios ondese situam os rgos pblicos.

    A alternativa c est correta. So bens dominicaisaqueles de domnio do Estado no afetados a uma finalidade pblica.

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    A alternativa d est errada. Bens de uso especial,como observamos, so aqueles afetados a um determinado servio

    ou finalidade pblica, tais como os edifcios onde se situam os rgospblicos.

    E, a alternativa e tambm est errada. So bens deuso comum aqueles destinados fruio de toda a coletividade,como, por exemplo, as praas e as vias pblicas.

    Gabarito: C.

    9.(ANALISTA PROCESSUAL MPE/SE FCC/2010) Em face daclassificao dos bens pblicos, os bens de uso especial soa) alienveis, enquanto conservam a sua qualificao, na forma que alei determinar.b) aqueles que no tm uma destinao pblica definida, que podemser usados pelo Estado para fazer renda.c) aqueles destinados utilizao geral pelos indivduos, que podemser utilizados por todos em igualdade de condies.

    d) aqueles que visam execuo dos servios administrativos e dosservios pblicos em geral.e) impenhorveis, mas esto sujeitos a usucapio.

    Comentrio:

    A alternativa a est errada, pois so inalienveis,enquanto conservam a sua qualificao, na forma que a lei

    determinar.

    A alternativa b est errada. Os bens de uso especialtem destinao pblica especfica, estando afetado a determinado usopela Administrao.

    A alternativa c est errada. Os bens destinados utilizao geral pelos indivduos, que podem ser utilizados por todosem igualdade de condies, so os de uso comum do povo.

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    A alternativa d est correta. De fato, os bens de usoespecial visam execuo dos servios administrativos e dos servios

    pblicos em geral.

    Assim, a alternativa e tambm est errada, j que osbens pblicos NO esto sujeitos a usucapio.

    Gabarito: D.

    10. (SECRETRIO DE DILIGNCIAS MPE/RS FCC/2010)Quando a Administrao Pblica adquire um imvel para aliser instalado determinado rgo pblico, ele classificadocomo bema) de uso particular da Administrao.b) de uso especial.c) de uso comum do povo.d) dominical, ou dominial.e) privado, da Administrao.

    Comentrio:

    Como j ressaltado, os bens de uso especial soaqueles afetados a um determinado servio ou finalidade pblica, taiscomo os edifcios onde se situam os rgos pblicos.

    Portanto, quando a Administrao Pblica adquire umimvel para ali ser instalado determinado rgo pblico, ele

    classificado como bem de uso especial.

    Gabarito: B.

    11. (ANALISTA JUDICIRIO JUDICIRIA TRE/PE FCC/2011) Os bens de uso especial, se perderem essanatureza, pela desafetao,a) continuam indisponveis, pois a caracterstica da inalienabilidade

    desses bens ser sempre absoluta.

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    b) passam categoria de bens de uso comum.c) tornam-se disponveis, no entanto, somente podem ser objeto de

    alienao de uma entidade pblica para outra.d) passam categoria de bens dominicais, conservando, no entanto,a caracterstica da inalienabilidade.e) tornam-se disponveis, podendo ser alienados pelos mtodos dedireito privado.

    Comentrio:

    Os bens de uso especial se forem desafetados tornam-

    se bens disponveis (dominiais), de modo que podem ser alienadospelos meios de direito privado.

    Gabarito: E.

    12. (ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO TCM/CE FCC/2010) Os bens pblicos so classificados ema) de domnio privado do Estado, divididos em de uso especial e deuso comum do povo; e de domnio pblico, tambm denominadosbens dominicais.b) de uso comum do povo, de uso especial e dominicais, sempreinalienveis, imprescritveis e impenhorveis.c) disponveis e indisponveis, em decorrncia da forma de aquisioda propriedade pela Administrao.d) de domnio pblico do Estado, podendo caracterizar- se como deuso especial e de uso comum do povo, e de domnio privado do

    Estado, denominados bens dominicais.e) de domnio pblico e de domnio privado, sendo apenas os dedomnio pblico passveis de utilizao pelo particular sob a forma deconcesso ou permisso de uso.

    Comentrio:

    A alternativa a est errada. A prof. Di Pietro divide osbens pblicos em bens de domnio pblico do Estado (de uso especial

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    e de uso comum do povo) e os bens de domnio privado do Estado(bens dominicais).

    A alternativa b est errada. Os bens pblicos gozamdas prerrogativas de serem inalienveis, imprescritveis eimpenhorveis.

    Porm, a inalienabilidade no absoluta, eis que sendodesafetados, ou seja, se inserindo na categoria dos bens dominiaispodem ser alienados pelo Estado, desde que haja autorizao legal.

    A alternativa c est errada. Disponveis eindisponveis no diz respeito forma de aquisio da propriedadepela Administrao, mas quanto disponibilidade do bem, ou seja, seesto disponveis para alienao ou no. So disponveis osdominicais e indisponveis os de uso comum e de uso especial.

    A alternativa d est correta. Como destacado, os bensde domnio pblico do Estado, podendo caracterizar-se como de usoespecial e de uso comum do povo, e de domnio privado do Estado,

    denominados bens dominicais, classificao adotada pela Profa. DiPietro.

    A alternativa e est errada. Tantos os bens dedomnio pblico e de domnio privado so passveis de utilizao peloparticular sob a forma de concesso, permisso ou autorizao deuso, quando destinada a atender ao interesse pblico.

    Gabarito: D.

    13. (AFC CGU ESAF/2006) As terras devolutas da Unioincluem-se entre os seus bensa) afetados.b) aforados.c) de uso comum.d) de uso especial.

    e) dominicais.

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    Comentrio:

    Conforme art. 20, inc. II, da CF/88, as terras devolutasindispensveis defesa das fronteiras, das fortificaes e construesmilitares, das vias federais de comunicao e preservaoambiental, definidas em lei, so bens da Unio.

    Nesse sentido, trata-se de bens dominiais, pois noesto afetadas a uma atividade ou servio pblico especfico.

    Gabarito: E.

    14. (JUIZ TJ/PA FGV/2008) Assinale a alternativa queindique, respectivamente, os bens pblicos de uso comum dopovo e de uso especial.a) Rios navegveis e veculos oficiais.b) Aeroportos e praas.c) Museus e bibliotecas.

    d) Terras devolutas e veculos.e) Mercados e praas.

    Comentrio:

    Os rios so bens de uso comum. Por outro lado, osveculos oficiais so bens de uso especial.

    As praas e as terras devolutas so bens de usocomum. J os mercados (pblicos), os aeroportos, os museus e asbibliotecas so bens de uso especial.

    Gabarito: A.

    15. (ANALISTA JUDICIRIO JUDICIRIA TRE/AL FCC/2010) Sobre os bens pblicos, considere:

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    I. Os bens pblicos desafetados podem ser alienados porque no sode uso comum nem de uso especial.

    II. Afetao e desafetao so institutos que dizem respeito destinao e utilizao dos bens pblicos.III. Os bens pblicos afetados nunca podem ser desafetados, porquea afetao uma caracterstica intrnseca do bem pblico.IV. O bem pblico de uso especial pode ser alienado, desde queafetado para essa finalidade.V. A inalienabilidade uma das caractersticas do bem pblico de usoespecial.Est correto o que se afirma APENAS em

    a) I, II e V.b) I, IV e V.c) II e III.d) II, IV e V.e) III e V.

    Comentrio:

    A assertiva I est correta. Os bens pblicosdesafetados podem ser alienados porque no so de uso comum nemde uso especial, ou seja, no esto afetados a uma destinaoespecfica.

    A assertiva II est correta. Afetao e desafetaoso institutos que dizem respeito destinao e utilizao dos benspblicos. Afetado diz respeito a uma destinao especfica do bempblico, seja de uso comum, seja de uso especial.

    A assertiva III est errada. Os bens pblicos afetadospodem ser desafetados, retirando-se a sua destinao especfica,seja por lei ou por ato administrativo, de forma expressa ou tcita.

    A assertiva IV est errada, pois o bem pblico de usoespecial est afetado ao servio pblico e, por isso, no poder seralienado, salvo se for desafetado.

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    A assertiva V est correta. A inalienabilidade umadas caractersticas do bem pblico de uso especial.

    Assim, esto corretas as assertivas I, II e V.Portanto, a alternativa correta A.

    Gabarito: A.

    16. (TCNICO DE CONTROLE EXTERNO TCM/PA FCC/2010) Sobre os bens pblicos, considere:

    I. Quanto destinao, os bens pblicos classificam- se em bens deuso comum do povo, bens de uso especial e bens dominicais oudominiais.II. Os bens dominicais ou dominiais so aqueles que visam execuo dos servios administrativos e dos servios pblicos emgeral.III. Bens de uso comum do povo so aqueles destinados utilizaogeral pelos indivduos e que podem ser utilizados em igualdade decondies.

    IV. Os bens dominicais ou dominiais so bens disponveis, isto ,podem ser alienados, porque no se destinam ao pblico em geralnem so utilizados para a prestao de servios pblicos.V. Os bens pblicos afetados, mesmo que sofrerem desafetao,

    jamais podem ser alienados.Est correto o que se afirma APENAS ema) II, III e V.b) IV e V.c) I, II e IV.d) III e V.e) I, III e IV.

    Comentrio:

    A assertiva I est correta. Como j vimos, quanto destinao, os bens pblicos classificam-se em bens de uso comumdo povo, bens de uso especial e bens dominicais ou dominiais.

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    A assertiva II est errada. Os bens de uso especial,e no os dominicais ou dominiais, so aqueles que visam execuo

    dos servios administrativos e dos servios pblicos em geral.

    A assertiva III est correta. Bens de uso comum dopovo so aqueles destinados utilizao geral pelos indivduos e quepodem ser utilizados em igualdade de condies, tal como as praas,logradouros, vias etc.

    A assertiva IV est correta. De fato, os bensdominicais ou dominiais so bens disponveis, isto , podem ser

    alienados, porque no se destinam ao pblico em geral nem soutilizados para a prestao de servios pblicos, quer dizer que noesto afetados.

    A assertiva V est errada. Os bens pblicos afetados,mesmo que sofrerem desafetao, podem ser alienados.

    Gabarito: E.

    17. (ADVOGADO SENADO FGV/2008) Analise asseguintes afirmativas:I. Se o bem pblico est sendo utilizado por entidade privada para aexecuo de servio pblico, por delegao, no pode qualificar-secomo bem de uso especial.II. inconstitucional a lei orgnica que permita a doao de bensdominicais do Municpio, ainda que fixadas condies para tal fim.III. Os bens mveis, pertencentes a pessoas jurdicas de direitopblico, tambm esto alcanados pela prerrogativa daimprescritibilidade.Assinale:a) se todas as afirmativas estiverem corretas.b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.c) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.d) se apenas a afirmativa I estiver correta.e) se apenas a afirmativa III estiver correta.

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    Comentrio:

    A assertiva I est errada. Mesmo sendo usado porentidade privada, o bem pblico destinado prestao do serviopblico definido como bem de uso especial.

    A assertiva II est errada. Conforme entendimento doSTF, no inconstitucional a lei orgnica que permita a doao debens dominicais do Municpio, ainda que fixadas condies para talfim.

    Esse entendimento se extrai da Liminar concedida naADI 927, na qual o STF asseverou que os Estados, Municpios e oDistrito Federal podero doar bens pblicos pessoa jurdica dedireito privado, observando o interesse pblico, e a condies fixadasem lei.

    A assertiva III est correta. De fato, os bens mveis,pertencentes a pessoas jurdicas de direito pblico, tambm estoalcanados pela prerrogativa da imprescritibilidade.

    Gabarito: E.

    18. (ASSISTENTE JURDICO CARATINGA/MG CONSULPLAN/2006) Fato administrativo pelo qual se atribuiao bem pblico uma destinao pblica especial de interessedireto ou indireto da Administrao. Estamos diante daA) retrocesso.B) desapropriao.C) expropriao.D) afetao.E) requisio.

    Comentrio:

    Bem, o fato de o bem ter uma destinao especfica, ou

    seja, ser disposto para uso da Administrao Pblica ou para algumas

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    de suas atividades, ou ainda para ser utilizado ou usufrudoindistintamente pela coletividade, denominada de afetao.

    Gabarito: D.

    19. (PROCURADOR MUNICIPAL LONDRINA/PR CONSULPLAN/2011) Quanto aos bens pblicos, marque V paraas afirmativas verdadeiras e F para as falsas.( ) Os bens pblicos de uso comum do povo e os de uso especial soinalienveis, enquanto conservarem a sua qualificao, conforme

    determinado em lei.( ) Os bens pblicos dominicais no podem ser alienados.( ) Rios, mares, estradas, ruas e praas so bens pblicos de usocomum, inalienveis a qualquer tempo e sob qualquer destinao.A sequncia est correta emA) V, F, FB) V, V, FC) V, V, VD) F, F, V

    E) F, V, V

    Comentrio:

    A primeira assertiva verdadeira, ou seja, os benspblicos de uso comum do povo e os de uso especial so inalienveis,enquanto conservarem a sua qualificao, conforme determinado emlei.

    A segunda assertiva falsa. Os bens pblicosdominicais podem ser alienados, por no estarem afetados, ou seja,esto disponveis.

    A terceira assertiva falsa. De fato, os rios, mares,estradas, ruas e praas so bens pblicos de uso comum einalienveis. Contudo, podero ser desafetados, ento, no soinalienveis a qualquer tempo e sob qualquer destinao.

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    Gabarito: A.

    20. (ADVOGADO INB CONSULPLAN/2006) Analise asassertivas abaixo.I. Pelo instituto da retrocesso, a Administrao Pblica se obriga, noprprio ato expropriatrio, a oferecer o bem ao expropriado, quandono lhe der a finalidade declarada no respectivo decreto, mediante adevoluo, pelo expropriado, do valor da indenizao. Havendo odesvio de finalidade e no cumprindo a Administrao Pblica aoblao, caber ao expropriado, to-somente, demonstrar a

    existncia de perdas e danos disso decorrentes, pedidos em aoprpria.II. A afetao da coisa ao domnio pblico pode decorrer de ato ou defato jurdico.III. A revogao da licitao opera efeitos ex tunc, porque o atorevocatrio alcana todo o procedimento de licitao.IV. A autoexecutoriedade dos atos administrativos, em geral, no seaplica quando tais atos consistirem em obrigaes de direito privado,impostas ao particular pela Administrao, que dever, em tais casos,

    forar a respectiva execuo socorrendo-se do Poder Judicirio.Assinale a alternativa correspondente.A) Apenas uma assertiva verdadeira.B) H somente duas assertivas verdadeiras.C) H somente trs assertivas verdadeiras.D) Nenhuma assertiva verdadeira.E) Todas as assertivas so verdadeiras.

    Comentrio:

    A assertiva I est correta. exatamente isso queocorre na retrocesso, ou seja, a Administrao Pblica se obriga, noprprio ato expropriatrio, a oferecer o bem ao expropriado, quandono lhe der a finalidade declarada no respectivo decreto, mediante adevoluo, pelo expropriado, do valor da indenizao. Havendo odesvio de finalidade e no cumprindo a Administrao Pblica aoblao, caber ao expropriado, to-somente, demonstrar a

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    existncia de perdas e danos disso decorrentes, pedidos em aoprpria.

    A assertiva II est correta. A afetao da coisa aodomnio pblico pode decorrer de ato ou de fato jurdico.

    Nessa linha esclarece o Prof. Carvalho Filho que porfim, deve-se destacar que a afetao e a desafetaoconstituem fatos administrativos, ou seja, acontecimentosocorridos na atividade administrativa independentemente daforma com que se apresentem. Embora alguns autores entendam

    a necessidade de haver ato administrativo para consumar-se aafetao ou a desafetao, no essa realmente a melhor doutrinaem nosso entender. O fato administrativo tanto pode ocorrermediante a prtica de ato administrativo formal, como atravsde fato jurdico de diversa natureza.

    A assertiva III est errada. A revogao da licitaoopera efeitos ex nunc.

    A assertiva IV est errada. A autoexecutoriedade dosatos administrativos, em geral, no se aplica quando os atos foremmeramente declaratrios ou quando a lei no conferir tal fora aosatos.

    Gabarito: B.

    21.

    (PROCURADOR PGE/MT FCC/2011) Os bens imveispertencentes Administrao Pblicaa) so inalienveis, quando de uso comum do povo e de uso especial,enquanto mantida a afetao ao servio pblico.b) podem ser alienados mediante autorizao legal prvia, exceto osbens dominicais.c) so impenhorveis, exceto os de titularidade de autarquias efundaes.d) no podem ser objeto de subsequente afetao a servio pblico,

    quando anteriormente de uso privativo da Administrao.

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    e) podem ser objeto de utilizao por particular, total ou parcial,desde que em carter precrio e a ttulo oneroso.

    Comentrio:

    A alternativa a est correta. Os bens pblicos soinalienveis, quando de uso comum do povo e de uso especial,enquanto mantida a afetao ao servio pblico.

    A alternativa b est errada. Somente os bensdominiais podem ser alienados mediante autorizao legal prvia.

    A alternativa c est errada. Os bens pblicos soimpenhorveis, inclusive os das autarquias e fundaes pblicas.

    A alternativa d est errada. Os bens pblicos podemser objeto de subsequente afetao a servio pblico, quandoanteriormente de uso privativo da Administrao. que podemmudar de uma categoria para outra.

    A alternativa e est errada. De fato, os bens pblicospodem ser objeto de utilizao por particular, total ou parcial, desdeque em carter precrio, porm poder ser a ttulo oneroso ougratuito.

    Gabarito: A.

    22. (PROCURADOR TCM/BA FCC/2011) Os denominadosterrenos de marinha so bens dea) titularidade da Unio, de natureza dominial, passveis de utilizaopelo particular sob regime de enfiteuse ou aforamento.b) titularidade dos Estados-membros, insuscetveis de utilizao peloparticular.c) titularidade da Unio, de uso especial, destinados segurana defronteiras.d) propriedade particular, reservados, e objeto de servido

    compulsria Unio.

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    e) domnio dos Estados-membros, passveis de utilizao peloparticular mediante regime de pagamento de foro ou laudmio.

    Comentrio:

    Conforme dispe o art. 20, inc. VII, CF/88 so bens daUnio os terrenos de marinha e seus acrescidos, sendo consideradosbens dominiais, passveis de passveis de utilizao pelo particularsob regime de enfiteuse ou aforamento, conforme estabelece o art.49, 3 do ADCT.

    Art. 49. A lei dispor sobre o instituto da enfiteuse emimveis urbanos, sendo facultada aos foreiros, no caso de

    sua extino, a remio dos aforamentos mediante aquisio

    do domnio direto, na conformidade do que dispuserem os

    respectivos contratos.

    3 A enfiteuse continuar sendo aplicada aos terrenos de

    marinha e seus acrescidos, situados na faixa de segurana, a

    partir da orla martima.

    Gabarito: A.

    23. (ANALISTA JUDICIRIO TRE/AL FCC/2010) Sobre asformas de utilizao dos bens pblicos por particulares,considere:I. Ato unilateral, discricionrio e precrio pelo qual a Administrao

    consente na prtica de determinada atividade individual incidentesobre um bem pblico.II. Ato negocial, unilateral, discricionrio e precrio atravs do qual aAdministrao faculta ao particular a utilizao individual dedeterminado bem pblico.III. Contrato pelo qual a Administrao transfere o uso remuneradoou gratuito de terreno pblico a particular, de carter resolvel, paraque dele se utilize em fins especficos, dentre eles, os deregularizao fundiria de interesse social e de urbanizao.

    Esses conceitos referem-se, respectivamente, a

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    a) concesso de direito real de uso, enfiteuse e autorizao.b) permisso de uso, concesso de uso e enfiteuse.

    c) autorizao, concesso de uso e permisso de uso.d) autorizao de uso, permisso de uso e concesso de direito realde uso.e) permisso de uso, enfiteuse e aluguel.

    Comentrio:

    Assertiva I diz respeito autorizao de uso, que a ato unilateral, discricionrio e precrio pelo qual a Administrao

    consente na prtica de determinada atividade individual incidentesobre um bem pblico.

    Assertiva II diz respeito permisso de uso, que ato negocial, unilateral, discricionrio e precrio atravs do qual aAdministrao faculta ao particular a utilizao individual dedeterminado bem pblico.

    A assertiva III diz respeito concesso de direitoreal de uso, que contrato pelo qual a Administrao transfere ouso remunerado ou gratuito de terreno pblico a particular, decarter resolvel, para que dele se utilize em fins especficos, dentreeles, os de regularizao fundiria de interesse social e deurbanizao.

    Gabarito: D.

    24. (PROCURADOR PGE/AL FCC/2008) Em relao concesso, permisso e autorizao de uso de bem pblico, correto afirmar:(A) Concesso constitui ato administrativo precrio, de naturezacontratual, vez que veicula acordo de vontades entre administraopblica e particular.(B) Permisso constitui ato administrativo precrio, de naturezacontratual, vez que veicula acordo de vontades entre administrao

    pblica e particular.

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    (C) Autorizao constitui ato administrativo unilateral e discricionrio,concedido em favor do particular a ttulo precrio.

    (D) Permisso constitui ato administrativo vinculado, que deve serconcedido em favor do particular por prazo determinado.(E) Concesso constitui ato administrativo unilateral e vinculado,concedido em favor do particular a ttulo precrio.

    Comentrio:

    A alternativa a est errada, pois concesso no seconstitui por ATO, contrato administrativo.

    A alternativa b est errada. verdade que apermisso se constitui por ato, porm no de natureza contratual,mas de ato negocial, precedido de licitao, mas que no gere umcontrato administrativo.

    A alternativa d est errada. A permisso no atoadministrativo vinculado, ato discricionrio e precrio, de modo aser revogada a qualquer tempo, em que pese ser necessria alicitao para a permisso, mas o caso de a Administrao permitirou no o uso, se permitir deve dar igualdade de oportunidade aosinteressados.

    A alternativa e est errada. Com a primeiraalternativa j descartamos essa. Lembre-se que a concesso de uso contrato administrativo tendo por objeto uma utilidade pblica decerta permanncia. Exige, em regra, autorizao legislativa e

    licitao, fixada com prazo certo.

    Assim, a alternativa c a correta, ou seja, aautorizao constitui ato administrativo unilateral ediscricionrio, concedido em favor do particular a ttuloprecrio.

    Gabarito: C.

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    25. (ASSESSOR JURDICO TJ/PI FCC/2010) Analise asseguintes assertivas acerca da utilizao dos bens pblicos.

    I. Permisso de uso ato negocial, unilateral, discricionrio e precrioatravs do qual a Administrao faculta ao particular a utilizao dedeterminado bem pblico, com ou sem condies, de forma gratuitaou remunerada, por tempo certo ou indeterminado.II. Autorizao de uso ato unilateral, discricionrio e precrio peloqual a Administrao consente na prtica de determinada atividadeindividual incidente sobre um bem pblico, visando atividadestransitrias e irrelevantes para o Poder Pblico.III. Cesso de uso a transferncia gratuita da posse de um bem

    pblico de uma entidade ou rgo para outro, a fim de que ocessionrio o utilize nas condies estabelecidas no respectivo termo,por tempo certo ou indeterminado.IV. Concesso de uso contrato administrativo pelo qual aAdministrao atribui a utilizao exclusiva de um bem de seudomnio a particular, sempre de forma remunerada, para que exploresegundo sua destinao especfica, por tempo certo ouindeterminado, mas sempre precedido de autorizao legal e,normalmente, de licitao.

    Est correto o que se afirma APENAS ema) I e II.b) I e III.c) III e IV.d) I, II e III.e) I, III e IV.

    Comentrio:

    A assertiva I est correta. De fato, como jobservamos, a permisso de uso ato negocial, unilateral,discricionrio e precrio atravs do qual a Administrao faculta aoparticular a utilizao de determinado bem pblico, com ou semcondies, de forma gratuita ou remunerada, por tempo certo ouindeterminado.

    A assertiva II tambm est correta. Autorizao de

    uso ato unilateral, discricionrio e precrio pelo qual a

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    Administrao consente na prtica de determinada atividadeindividual incidente sobre um bem pblico, visando atividades

    transitrias e irrelevantes para o Poder Pblico.

    A assertiva III est correta. Com efeito, a cesso deuso a transferncia gratuita da posse de um bem pblico de umaentidade ou rgo para outro, a fim de que o cessionrio o utilize nascondies estabelecidas no respectivo termo, por tempo certo ouindeterminado.

    E, finalmente, a assertiva IV est errada. A concesso

    de uso de fato um contrato administrativo pelo qual aAdministrao atribui a utilizao exclusiva de um bem de seudomnio a particular, para que explore segundo sua destinaoespecfica, como regra, por tempo certo, mas sempre precedido deautorizao legal e, normalmente, de licitao. No entanto, poderser remunerada ou no.

    Gabarito: D.

    26. (PROCURADOR JUDICIRIO PREF. RECIFE/PE FCC/2008) O uso privativo de bem pblico pelo particular a) permitido, desde que o uso seja compatvel com o fim a que ele sedestina e que tenham sido colhidas as autorizaes normativas eadministrativas necessrias.b) vedado, pois caracteriza ofensa ao princpio da inalienabilidade dosbens pblicos, o que compreende a impossibilidade de sua onerao.c) vedado, pois caracteriza ato de desvio de finalidade, tendo emvista que o patrimnio pblico deve ser exclusivamente destinado aoatendimento do interesse pblico.d) permitido, desde que restrito s hipteses de uso normal, que afinalidade seja de interesse pblico e que tenham sido colhidas asautorizaes legais necessrias.e) permitido, desde que sua utilizao seja precedida de licitao, sobpena de desvio de finalidade.

    Comentrio:

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    A alternativa a est correta. O uso privativo

    permitido, desde que o uso seja compatvel com o fim a queele se destina e que tenham sido colhidas as autorizaesnormativas e administrativas necessrias.

    A alternativa b est errada. que no vedado o usoprivativo de bem pblico, e no h nenhuma ofensa s caractersticasdos bens pblicos (inalienabilidade, imprescritibilidade,impenhorabilidade e no-onerao).

    A alternativa c est errada. Outra vez, no vedado.Observando-se a finalidade do bem, no h que se falar em desvio definalidade quando se permite o uso por particulares de formaprivativa.

    A alternativa d est errada. O erro consiste em dizerque deve observar o interesse pblico. Deve observar a finalidade deuso do bem, mas, nem sempre, utilizado observando o interessepblico, pode o ser no interesse privado, tal como na autorizao.

    A alternativa e est errada. Isto porque a autorizaono precedida de licitao. Somente ser precedida de licitao aconcesso e a permisso.

    Gabarito: A

    27.

    (ADMINISTRADOR DE BANCO DE DADOS MEC FGV/2009) A respeito do tema Bens Pblicos, analise asassertivas a seguir:I. Os bens de uso especial, para serem alienados pelos mtodos dedireito privado, tm de ser previamente desafetados.II. Nos requisitos para alienao dos bens imveis, de acordo com aLei Federal n. 8.666/93, incluem-se a prvia avaliao,demonstrao de interesse pblico.III. Os bens imveis da Administrao Pblica, cuja aquisio haja

    derivado de procedimentos judiciais, podero ser alienados por ato da

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    autoridade competente, com adoo, obrigatoriamente, damodalidade de licitao denominada concorrncia.

    Assinale:a) se somente a assertiva I estiver correta.b) se somente a assertiva II estiver correta.c) se somente a assertiva III estiver correta.d) se somente as assertivas I e II estiverem corretas.e) se todas as assertivas estiverem corretas.

    Comentrio:

    A assertiva I est correta. verdade, os bens de usoespecial, para serem alienados pelos mtodos de direito privado, tmde ser previamente desafetados, ou seja, dever ser modificada suacategoria para a dominial.

    A assertiva II est correta. De fato, nos termos do art.17, inc. I, da Lei n 8.666/93, a alienao de bens da AdministraoPblica, subordina-se existncia de interesse pblico devidamente

    justificado, sendo precedida de avaliao e quando imveis,

    depender de autorizao legislativa para rgos da administraodireta e entidades autrquicas e fundacionais, e, para todos, inclusiveas entidades paraestatais, depender de avaliao prvia e delicitao na modalidade de concorrncia, salvo os casos de licitaodispensada.

    A assertiva III est errada. Os bens imveis daAdministrao Pblica, cuja aquisio haja derivado de procedimentos

    judiciais, podero ser alienados por ato da autoridade competente,com adoo do procedimento licitatrio da concorrncia ou do leilo,conforme art. 19 da Lei n 8.666/93, assim expresso:

    Art. 19. Os bens imveis da Administrao Pblica, cuja

    aquisio haja derivado de procedimentos judiciais ou de

    dao em pagamento, podero ser alienados por ato da

    autoridade competente, observadas as seguintes regras:

    I - avaliao dos bens alienveis;

    II - comprovao da necessidade ou utilidade da alienao;

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    III - adoo do procedimento licitatrio, sob a modalidade de

    concorrncia ou leilo.

    Gabarito: D.

    28. (JUIZ TJ/PA FGV/2008) Assinale aafirmativa incorreta.a) Os institutos de autorizao de uso de bem pblico e o depermisso de uso de bem pblico so muito semelhantes. A diferenaentre eles que, no primeiro, predomina o interesse privado,

    enquanto, no segundo, prepondera o interesse pblico.b) Domnio eminente o poder poltico que permite ao Estadosubmeter sua vontade todos os bens situados em seu territrio.c) Segundo jurisprudncia dos tribunais superiores, os bens desociedade de economia mista so considerados bens pblicos.d) Considerando-se a destinao, os bens pblicos classificam-se embens de uso comum do povo, bens de uso especial e bens dominiais.e) A concesso de bem pblico contrato administrativo, ao passoque a autorizao de uso de bem pblico e a permisso de uso de

    bem pblico so atos administrativos federais.

    Comentrio:

    A alternativa a est correta. De fato, os institutos deautorizao de uso de bem pblico e o de permisso de uso de bempblico so muito semelhantes. Porm, a autorizao de uso conferida no interesse privado, e a permisso, prepondera o interesse

    pblico.

    A alternativa b est correta. Como destacadoinicialmente, os bens pblicos se inserem no mbito do quechamamos domnio pblico.

    Com efeito, em sentido amplo, domnio pblico opoder de dominao ou de regulamentao que o Estado exercesobre os bens do seu patrimnio (domnio patrimonial), ou sobre

    bens do patrimnio privado (bens particulares de interesse pblico)

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    ou sobre as coisas inapropriveis individualmente, mas de fruiogeral da coletividade (domnio eminente).

    Assim, podemos dizer que domnio eminente o poderpoltico que permite ao Estado submeter sua vontade todos os benssituados em seu territrio.

    A alternativa c est errada. Segundo jurisprudnciados tribunais superiores, os bens de sociedade de economia mistano so considerados bens pblicos. Ressalva-se, no entanto, que oSTF tem entendimento que os bens vinculados prestao de servio

    pblico gozam das prerrogativas inerentes aos bens pblicos.

    A alternativa d est correta. Como j observamos,segundo a destinao, de fato, os bens pblicos classificam-se embens de uso comum do povo, bens de uso especial e bens dominiais.

    A alternativa e tambm est correta. A concesso debem pblico contrato administrativo, ao passo que a autorizao deuso de bem pblico e a permisso de uso de bem pblico so atos

    administrativos. claro que, neste ponto, poder ser federal,estadual, distrital ou municipal.

    Gabarito: C.

    29. (FISCAL DA RECEITA ESTADUAL SEAD/AP FGV/2010)Caio, visitando a cidade de Macap, admirou-se com a belezada Praa Baro do Rio Branco e da Praa So Sebastio, locaisaprazveis onde a populao local realiza atividades dirias,unindo cidados jovens, com outros mais experimentados pelavida. As praas abrigam atividade do Municpio, em prol dacomunidade. Os eventos ali realizados so gratuitos, mas apresena de vendedores ambulantes somente ocorre medianteautorizao do Municpio de Macap, por meio do pagamentode dinheiro, depositado nos cofres pblicos, cujo valor destinado manuteno do local. Diante do exposto acima,

    analise as afirmativas a seguir:

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    I. as praas, como bens pblicos, somente podem ser utilizadasgratuitamente;

    II. a atividade dos ambulantes, como vendedores de mercadorias,no pode ser autorizada pelo Municpio, em praas;III. a populao utiliza as praas, em regra, sem gerar qualquercontribuio pecuniria ao poder pblico municipal;IV. sendo bens de uso especial, as praas podem ser cercadas efechadas ao uso da coletividade;V. o Municpio pode regular as atividades na praa, determinando ouso gratuito ou remunerado das atividades ali realizadas.Assinale:

    a) se somente a afirmativa I for verdadeira.b) se somente as afirmativas I e IV forem verdadeiras.c) se somente as afirmativas I e II forem verdadeiras.d) se somente as afirmativas II, IV e V forem verdadeiras.e) se somente as afirmativas III e V forem verdadeiras.

    Comentrio:

    A assertiva I est errada. As praas so bens de usocomum, porm poder ser utilizada de forma gratuita ou onerosa.

    A assertiva II est errada. A atividade de ambulantes,talo como os que vendem mercadorias nos locais pblicos, tal comopraas ou mercados populares, pode ser autorizada pelaAdministrao Municipal.

    A assertiva III est correta. De fato, a populao utiliza

    as praas, em regra, sem gerar qualquer contribuio pecuniria aopoder pblico municipal, na medida em que se trata de bens de usocomum.

    A assertiva IV est errada. As praas so bens de usocomum do povo.

    A assertiva V est correta. Insere-se no mbito dacompetncia municipal o poder de regular o uso de seus bens. Assim,

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    o Municpio pode regular as atividades na praa, determinando o usogratuito ou remunerado das atividades ali realizadas.

    Gabarito: E.

    30. (JUIZ TJ/MS FGV/2008) Assinale a alternativacorreta.a) Os bens pblicos que no cumprem sua funo social no soatingidos pela imprescritibilidade.b) Os bens pblicos no podem ser penhorados; no entanto, no h

    vedao no que tange a serem onerados como garantia real.c) O contrato de compra e venda de imvel, realizado entre o Estado,exercendo o ius gestionis, e um particular, obedece ao regime

    jurdico pblico, sob pena de violao do princpio da moralidadeadministrativa.d) O direito concesso de uso especial de bem pblico para fins demoradia s ser reconhecido uma vez ao mesmo possuidor.e) A autorizao de uso de bem pblico por um determinadoparticular, atendendo primordialmente o interesse deste, fere o

    princpio da impessoalidade.

    Comentrio:

    A alternativa a est errada. Os bens pblicos,independentemente de cumprirem ou no sua funo social, soatingidos pela imprescritibilidade.

    A alternativa b est errada. Os bens pblicos soimpenhorveis, imprescritveis e, em regra, inalienveis. Por isso, noso passveis de serem dados em garantia real.

    A alternativa c est errada. O contrato de compra evenda de imvel, realizado entre o Estado, exercendo o ius gestionis,e um particular, obedece, em regra, ao regime jurdico de direitoprivado, como algumas derrogaes pelo Pblico.

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    A alternativa d est correta. De fato, o direito concesso de uso especial de bem pblico para fins de moradia s

    ser reconhecido uma vez ao mesmo possuidor, conforme previsto naMP 2.220/2001, que assim dispe:

    Art. 1 Aquele que, at 30 de junho de 2001, possuiu como seu,

    por cinco anos, ininterruptamente e sem oposio, at duzentos e

    cinquenta metros quadrados de imvel pblico situado em rea

    urbana, utilizando-o para sua moradia ou de sua famlia, tem o

    direito concesso de uso especial para fins de moradia em relao

    ao bem objeto da posse, desde que no seja proprietrio ou

    concessionrio, a qualquer ttulo, de outro imvel urbano ou rural. 1 A concesso de uso especial para fins de moradia ser

    conferida de forma gratuita ao homem ou mulher, ou a ambos,

    independentemente do estado civil.

    2 O direito de que trata este artigo no ser reconhecido

    ao mesmo concessionrio mais de uma vez.

    3 Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legtimo continua, de

    pleno direito, na posse de seu antecessor, desde que j resida no

    imvel por ocasio da abertura da sucesso.

    A alternativa e est errada. A autorizao de uso debem pblico por um determinado particular, atendendoprimordialmente o interesse deste, no viola o princpio daimpessoalidade, por se tratar de instituto que permite utilizao debem pblico, de forma gratuita ou onerosa, pelo particular.

    Gabarito: D.

    Ento isso, por hoje paramos por aqui.Grande abrao e bons estudos.Fiquem com Deus.

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    QUESTES SELECIONADAS

    1.(PROMOTOR DE JUSTIA MPE/CE FCC/2011) Sobre osbens pblicos, INCORRETO afirmar que sejam bens detitularidade da Unio por fora de mandamento constitucionala) quaisquer correntes de gua que banhem mais de um Estado.b) as terras indgenas de aldeamentos extintos, ocupadas empassado remoto.c) os recursos minerais, inclusive os do subsolo.d) os potenciais de energia hidrulica, independentemente de onde selocalizem os cursos dgua.

    e) as cavidades naturais subterrneas e os stios arqueolgicos e pr-histricos, mesmo que localizados em terrenos particulares.

    2.(PROCURADOR PGE/SP FCC/2009) Sobre bens pblicos correto afirmar:(A) Apenas bens imveis podem ser apontados como bens de usocomum do povo.(B) No Estado de So Paulo, o patrimnio fsico, cultural e cientficodos museus, institutos e centros de pesquisa da Administrao direta,indireta e fundacional no podem ser alienados sem prvia audinciada comunidade cientfica.(C) Como assentado na jurisprudncia dos tribunais superiores, bempblico dominical pode ser objeto de contrato de locao regido pelalei civil, estando sujeito, portanto, ao renovatria de aluguel.(D) O regime jurdico do bem da empresa privada que presta serviopblico mediante contrato de concesso, mesmo se no afetado prestao do servio, de direito pblico.

    (E) A afetao de bem pblico exige prvia existncia de um atoestatal formal.

    3.(TCNICO DE CONTROLE EXTERNO TCM/RJ FJG/2011)Os bens pblicos possuem um regime jurdico prprio, que osdiferencia dos bens privados. Nesse cenrio, os bens pblicos:(A) podem ser alienados, caso sejam dominicais, nos termos da lei,de forma condicionada

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    (B) so inalienveis, imprescritveis e impenhorveis, podendo serusucapidos se a posse do usucapiente for mansa e pacfica, de justo

    ttulo e boa f(C) podem ser dados em garantia em regra, mas no podem serpenhorados(D) so impenhorveis, exceto quando se tratar de deciso judicial doSTF que ponha fim fase executiva de processo judicial(E) so inalienveis, mas podem ser dados em garantia real

    4.(PROCURADOR TCE/AP FCC/2010) A imprescritibilidadedos bens pblicos

    a) aplicvel aos bens das empresas pblicas, em razo de suanatureza jurdica de direito pblico.b) no aplicvel aos bens de titularidade das fundaes,independentemente do regime jurdico das mesmas.c) aplicvel aos bens das sociedades de economia mista,independentemente de sua afetao ao servio pblico.d) aplicvel aos bens das autarquias, porque sujeitos ao regime

    jurdico de direito pblico.e) no aplicvel aos bens de titularidade das pessoas polticas,

    quando se tratar de usucapio.

    5.(ANALISTA MI ESAF/2012) Uma das caractersticas dosbens pblicos a sua imprescritibilidade, o que significa dizerque tais bens no podema) ser alienados.b) ser usucapidos.c) ser penhorados.

    d) ter destinao para uso particular.e) ser objeto de aes por cobranas de dvidas.

    6.(PROCURADOR TCE/RO FCC/2010) Dentre ascaractersticas inerentes ao regime jurdico aplicvel aos benspblicos pode-se afirmar quea) a inalienabilidade aplica-se aos bens de uso comum do povo e aosbens de uso especial enquanto conservarem essa qualificao,passando a condio de alienveis com a desafetao.

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    b) a inalienabilidade absoluta, na medida em que a alienao detodo e qualquer bem pblico pressupe sua prvia desafetao e

    ingresso no regime jurdico de direito privado.c) a impenhorabilidade absoluta, aplicando-se indistintamente atodos os bens de titularidade da Administrao Direta e Indireta.d) a imprescritibilidade relativa, na medida em que os bensdominicais da Administrao Direta podem ser objeto de usucapio.e) tanto a impenhorabilidade quanto a imprescritibilidade sorelativas em relao a Administrao Direta, uma vez que aplicveisapenas e to somente aos bens de uso comum do povo e bens de usoespecial.

    7.(PROCURADOR DE CONTAS TCE/RR FCC/2008) Os benspblicos de uso comum do povo nunca podero serdesafetados e convertidos em bens de uso especial oudominicais ........... PORQUE ......... os bens pblicos de usocomum do povo sempre ostentam essa qualidade em razo desua natureza, como o caso de praias, rios e florestas.a) As duas afirmaes so verdadeiras e a segunda justifica aprimeira.

    b) As duas afirmaes so verdadeiras e a segunda no justifica aprimeira.c) A primeira afirmao verdadeira e a segunda, falsa.d) A primeira afirmao falsa e a segunda, verdadeira.e) As duas afirmaes so falsas.

    8.(AGENTE TCNICO LEGISLATIVO AL/SP FCC/2010) Osbens pblicos podem ser classificados de acordo com a sua

    destinao. So bensa) de uso comum do povo aqueles afetados a um determinadoservio ou finalidade pblica, tais como os edifcios onde se situam osrgos p