constitucional - aula extra 02

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CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - SENADO PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 1 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Aula Extra 2: Nesta aula vamos adentrar efetivamente no art. 5º da Constituição, nossos queridos direitos e deveres individuais e coletivos. Vamos nessa! LISTA DAS QUESTÕES: 1. (CESPE/AJAA-STF/2008) Todos os direitos e garantias fundamentais previstos na CF foram inseridos no rol das cláusulas pétreas. 2. (FGV/Analista - SAD - PE/2009 - Adaptada) A Constituição assegura os mesmos direitos e garantias individuais aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País, nos termos do art. 5º da Constituição Federal. 3. (CESPE/ANAC/2009) Os direitos fundamentais não são assegurados ao estrangeiro em trânsito no território nacional. 4. (CESPE/TRT-17ª/2009) O estrangeiro sem domicílio no Brasil não tem legitimidade para impetrar habeas corpus, já que os direitos e as garantias fundamentais são dirigidos aos brasileiros e aos estrangeiros aqui residentes. 5. (ESAF/ATRFB/2009) O direito fundamental à vida, por ser mais importante que os outros direitos fundamentais, tem caráter absoluto, não se admitindo qualquer restrição. 6. (ESAF/ATRFB/2009) Apesar de o art. 5°, caput, da Constituição Federal de 1988 fazer menção apenas aos brasileiros e aos estrangeiros residentes, pode-se afirmar que os estrangeiros não-residentes também podem invocar a proteção de direitos fundamentais. 7. (FCC/AJAJ-TRT 23ª/2005) Tendo em vista o princípio da isonomia como um dos direitos fundamentais, observe as afirmações sobre o princípio da igualdade: I. por sua natureza, veda sempre o tratamento discriminativo entre indivíduos, mesmo quando há razoabilidade para a discriminação. II. vincula os aplicadores da lei, face à igualdade perante a lei, entretanto não vincula o legislador, no momento de elaboração da lei. III. estabelece que se deve tratar de maneira igual os que se encontram em situação equivalente e de maneira desigual os desiguais, na medida de suas desigualdades.

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    Aula Extra 2:

    Nesta aula vamos adentrar efetivamente no art. 5 da Constituio, nossos queridos direitos e deveres individuais e coletivos.

    Vamos nessa!

    LISTA DAS QUESTES:

    1. (CESPE/AJAA-STF/2008) Todos os direitos e garantias fundamentais previstos na CF foram inseridos no rol das clusulas ptreas.

    2. (FGV/Analista - SAD - PE/2009 - Adaptada) A Constituio assegura os mesmos direitos e garantias individuais aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas, nos termos do art. 5 da Constituio Federal.

    3. (CESPE/ANAC/2009) Os direitos fundamentais no so assegurados ao estrangeiro em trnsito no territrio nacional.

    4. (CESPE/TRT-17/2009) O estrangeiro sem domiclio no Brasil no tem legitimidade para impetrar habeas corpus, j que os direitos e as garantias fundamentais so dirigidos aos brasileiros e aos estrangeiros aqui residentes.

    5. (ESAF/ATRFB/2009) O direito fundamental vida, por ser mais importante que os outros direitos fundamentais, tem carter absoluto, no se admitindo qualquer restrio.

    6. (ESAF/ATRFB/2009) Apesar de o art. 5, caput, da Constituio Federal de 1988 fazer meno apenas aos brasileiros e aos estrangeiros residentes, pode-se afirmar que os estrangeiros no-residentes tambm podem invocar a proteo de direitos fundamentais.

    7. (FCC/AJAJ-TRT 23/2005) Tendo em vista o princpio da isonomia como um dos direitos fundamentais, observe as afirmaes sobre o princpio da igualdade:

    I. por sua natureza, veda sempre o tratamento discriminativo entre indivduos, mesmo quando h razoabilidade para a discriminao.

    II. vincula os aplicadores da lei, face igualdade perante a lei, entretanto no vincula o legislador, no momento de elaborao da lei.

    III. estabelece que se deve tratar de maneira igual os que se encontram em situao equivalente e de maneira desigual os desiguais, na medida de suas desigualdades.

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    IV. no h falar em ofensa a esse princpio se a discriminao admitida na prpria Constituio.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    a) I e III.

    b) I e IV.

    c) II e III.

    d) II e IV.

    e) III e IV.

    8. (ESAF/Tcnico - Receita Federal/2006) Com relao ao direito, a todos assegurado, de no ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, seno em virtude de lei, o sentido do termo "lei" restrito, no contemplando nenhuma outra espcie de ato normativo primrio.

    9. (CESPE/AJEM-TJDFT/2008) Ordens emanadas de autoridades judiciais, ainda que ilegais, devem ser cumpridas, sob pena de restar violado o estado de direito.

    10. (ESAF/ANA/2009) Ningum obrigado a cumprir ordem ilegal, ou a ela se submeter, por isso que dever de cidadania opor-se ordem ilegal, ainda que emanada de autoridade judicial; caso contrrio, nega-se o Estado de Direito.

    11. (CESPE/AGU/2009) De acordo com o princpio da legalidade, apenas a lei decorrente da atuao exclusiva do Poder Legislativo pode originar comandos normativos prevendo comportamentos forados, no havendo a possibilidade, para tanto, da participao normativa do Poder Executivo.

    12. (ESAF/AFT/2003) Aplicado o princpio da reserva legal a uma determinada matria constante do texto constitucional, a sua regulamentao s poder ser feita por meio de lei em sentido formal, no sendo possvel disciplin-la por meio de medida provisria ou lei delegada.

    13. (TJDFT/TJDFT/2008) Com espeque no constitucionalismo de nossos dias, correto afirmar que a reserva legal tem abrangncia menor que o princpio da legalidade.

    14. (FUNRIO/SEJUS-RO/2008) Ningum ser submetido tortura nem a tratamento desumano ou degradante, salvo nos casos em que a lei permitir.

    15. (FCC/AJAJ-TRE-PI/2002) A Constituio Federal prev que "ningum ser submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante". Esse dispositivo de proteo abrange

    a) o racismo, somente se for praticado em concurso com a violncia fsica.

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    b) apenas o sofrimento fsico, nico inerente tortura.

    c) tanto o sofrimento fsico como o mental.

    d) o sofrimento psquico, apenas nos casos de discriminao religiosa.

    e) a aplicao de castigo pessoal a algum sob guarda, mesmo que no cause intenso sofrimento.

    16. (ESAF/ANA/2009) O uso de algemas s lcito em casos de resistncia e de fundado receio de fuga ou de perigo integridade fsica prpria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada previamente a excepcionalidade por escrito.

    17. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) livre a manifestao do pensamento, permitido o anonimato.

    18. (FCC/TJ Segurana - TRT 1/2011) A inviolabilidade do sigilo de dados complementa a previso ao direito intimidade e vida privada, sendo ambas as previses regidas pelo princpio da

    a) igualdade.

    b) eficincia.

    c) impessoalidade.

    d) exclusividade.

    e) reserva legal.

    19. (FCC/APOFP-SEFAZ-SP/2010) No que se refere inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas certo que:

    a) a dor sofrida com a perda de ente familiar no indenizvel por danos morais, porque esta se restringe aos casos de violao honra e imagem.

    b) a indenizao, na hiptese de violao da honra e da intimidade, no responde cumulativamente por danos morais e materiais.

    c) a condenao por danos morais face divulgao indevida de imagem, exige a ocorrncia de ofensa reputao da pessoa.

    d) o Estado tambm responde por atos ofensivos (morais) praticados pelos agentes pblicos no exerccio de suas funes.

    e) as pessoas jurdicas, por serem distintas das pessoas fsicas, tm direito a indenizao por danos materiais, mas no por danos morais.

    20. (CESPE/TCE-ES/2009) O TCU, no exerccio de sua misso constitucional de auxiliar o Congresso Nacional no controle externo, tem competncia para determinar a quebra de sigilo bancrio dos responsveis por dinheiros e bens pblicos.

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    21. (ESAF/ATRFB/2009) Comisso Parlamentar de Inqurito no pode decretar a quebra do sigilo fiscal, bancrio e telefnico do investigado.

    22. (ESAF/ANA/2009) Em obedincia ao princpio da publicidade, instituio financeira no pode invocar sigilo bancrio para negar ao Ministrio Pblico informaes e documentos sobre nomes de beneficirios de emprstimos concedidos com recursos subsidiados pelo errio, em se tratando de requisio para instruir procedimento administrativo instaurado em defesa do patrimnio pblico.

    23. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) vedada a assistncia religiosa nas entidades militares de internao coletiva, salvo nas civis.

    24. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) De acordo com a Constituio Federal de 1988, deve o Poder Pblico proporcionar a prestao de assistncia religiosa nas entidades civis e militares de internao coletiva, contribuindo, inclusive, com recursos materiais e financeiros.

    25. (FGV/Analista de Gesto Administrativa SAD PE/2009) A respeito da liberdade de expresso, assinale a afirmativa incorreta.

    a) assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, alm da indenizao por dano material, moral ou imagem.

    b) inviolvel a liberdade de conscincia e de crena, sendo assegurado o livre exerccio dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteo aos locais de culto e as suas liturgias.

    c) assegurada, nos termos da lei, a prestao de assistncia religiosa nas entidades civis e militares de internao coletiva.

    d) livre a manifestao do pensamento, permitido o anonimato.

    e) Ningum ser privado de direitos por motivo de crena religiosa ou de convico filosfica ou poltica, salvo se as invocar para eximir-se de obrigao legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestao alternativa, fixada em lei.

    26. (FCC/TCE-SP/2011) Por fora de previso expressa no Cdigo de Processo Penal (CPP), o servio do jri obrigatrio, sujeitando-se ao alistamento os cidados maiores de 18 anos de notria idoneidade. O artigo 438 do mesmo diploma legal, a seu turno, estabelece que "a recusa ao servio do jri fundada em convico religiosa, filosfica ou poltica importar no dever de prestar servio alternativo, sob pena de suspenso dos direitos polticos, enquanto no prestar o servio imposto". A previso contida no artigo 438 do CPP

    a) compatvel com a Constituio da Repblica.

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    b) parcialmente compatvel com a Constituio da Repblica, no que se refere possibilidade de exerccio de objeo de conscincia, que somente se admite por motivo de convico filosfica ou poltica.

    c) incompatvel com a Constituio da Repblica, que considera o jri um rgo que emite decises soberanas, sendo por essa razo vedada a recusa ao servio.

    d) incompatvel com a Constituio da Repblica, que no admite a suspenso de direitos polticos nessa hiptese.

    e) incompatvel com a Constituio da Repblica, que no admite a possibilidade de recusa ao cumprimento de obrigao legal a todos imposta.

    27. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) livre a expresso da atividade intelectual, artstica, cientfica e de comunicao, independentemente de censura ou licena, assim como a manifestao do pensamento, sendo vedado o anonimato.

    28. (FGV/Advogado-Senado/2008) A casa asilo inviolvel do indivduo, ningum nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinao de autoridade judicial ou de Presidente de Comisso Parlamentar de Inqurito.

    29. (CESGRANRIO/Oficial de Justia-TJ-RO/2008) A Constituio afirma que a casa asilo inviolvel do indivduo, ningum nela podendo penetrar sem o consentimento do morador (Art. 5, XI). A esse respeito, considere as afirmativas a seguir.

    I - permitido penetrar na casa, a qualquer hora do dia, mesmo sem o consentimento do morador, desde que haja autorizao judicial para tanto.

    II - permitido penetrar na casa, a qualquer hora do dia, em caso de desastre ou para prestar socorro.

    III - permitido penetrar na casa quando houver flagrante delito, mas somente durante o dia.

    IV - O conceito de casa deve ser interpretado de forma restritiva, no incluindo, por exemplo, quarto de hotel.

    Tendo em vista o direito fundamental citado, de acordo com a prpria Constituio, e com a jurisprudncia do STF, (so)

    correta(s) APENAS a(s) afirmativa(s)

    (A) II

    (B) III

    (C) I e IV

    (D) I, II e IV

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    (E) I, III e IV

    30. (FCC/Tcnico- TCE-GO/2009) Nos termos da Constituio, admite-se excepcionalmente a entrada na casa de um indivduo sem consentimento do morador

    a) por determinao judicial, a qualquer hora.

    b) em caso de desastre, somente no perodo diurno.

    c) para prestar socorro, desde que a vtima seja criana ou adolescente.

    d) em caso de flagrante delito, sem restrio de horrio.

    e) por determinao da autoridade policial, inclusive no perodo noturno.

    31. (FGV/Procurador - TCM-RJ/2008) O direito ao sigilo de comunicao :

    (A) restrito s comunicaes telefnicas.

    (B) fundamental, podendo, entretanto, ser quebrado no caso das comunicaes telefnicas, quando houver ordem judicial.

    (C) abrangente de todo o tipo de comunicao.

    (D) relativo, podendo ser quebrado no caso de instruo processual.

    (E) relativo, podendo ser quebrado no caso do preso.

    32. (CESPE/Tcnico-TCU/2009) Admite-se a quebra do sigilo das comunicaes telefnicas, por deciso judicial, nas hipteses e na forma que a lei estabelecer, para fins de investigao criminal ou administrativa.

    33. (FCC/AJAJ-EM-TRF 4/2004) No que se refere inadmissibilidade, no processo, das provas obtidas por meios ilcitos, certo que constitui ilicitude a utilizao de conversa telefnica feita por terceiros com autorizao de um dos interlocutores sem o conhecimento do outro, quando h, para essa utilizao, excludente da antijuridicidade.

    34. (CESPE/Tcnico-TJ-RJ/2008) As provas obtidas de forma ilcita podem ser convalidadas, desde que se permita o contraditrio em relao ao seu contedo.

    35. (ESAF/Analista ANEEL/2006) Assinale a opo correta. a) Constitui prova ilcita a gravao, por um dos interloctores, sem autorizao judicial, de conversa telefnica, em que esteja sendo vtima de crime de extorso.

    b) necessariamente nulo todo o processo em que se descobre uma prova ilcita.

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    c) vlida a prova de um crime descoberta acidentalmente durante a escuta telefnica autorizada judicialmente para apurao de crime diverso.

    d) A proibio do uso de prova ilcita no opera no mbito do processo administrativo.

    e) A escuta telefnica determinada por membro do Ministrio Pblico para apurao de crime hediondo no constitui prova ilcita.

    36. (CESPE/Advogado-SDA-AC/2008) Considere que, no curso de uma investigao criminal, um juiz de direito tenha determinado a quebra do sigilo telefnico dos investigados, e que a escuta telefnica realizada em decorrncia dessa deciso tenha revelado dados que comprovam a ocorrncia de atos de corrupo que envolviam servidores pblicos estaduais que no estavam sendo diretamente investigados. Nessa situao, tais provas poderiam ser utilizadas para embasar processo administrativo disciplinar contra os referidos servidores.

    37. (ESAF/TRT 7/2005) nulo o processo em que se produz prova ilcita, mesmo que nele haja outras provas, no decorrentes da prova ilcita, que permitam a formao de um juzo de convico sobre a causa.

    38. (FGV/Analista de Controle Interno SAD PE/2009) livre o exerccio de qualquer trabalho, ofcio ou profisso, atendidas as qualificaes profissionais que a lei estabelecer.

    39. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Ao tratar dos direitos e garantias fundamentais, a CF dispe expressamente que assegurado a todos o acesso informao, vedado o sigilo da fonte, mesmo quando necessrio ao exerccio profissional.

    40. (FGV/Advogado-Senado/2008) A todos assegurado o direito de reunio, para fins pacficos, em locais abertos ao pblico, independentemente de autorizao e de aviso prvio autoridade competente.

    41. (FCC/AJAA - TRT 3/2009) No que diz respeito liberdade de reunio, certo que:

    a) o instrumento jurdico adequado para a tutela da liberdade de reunio, caso ocorra leso ou ameaa de leso, ocasionada por ilegalidade ou arbitrariedade, o habeas corpus.

    b) essa liberdade, desde que atendendo aos requisitos de praxe, no est sujeita a qualquer suspenso por conta de circunstncias excepcionais como no estado de defesa.

    c) o prvio aviso autoridade para realizar uma reunio limita-se, to-somente, a impedir que se frustre outra reunio anteriormente convocada para o mesmo local.

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    d) na hiptese de algum dos manifestantes, isoladamente, estiver portando arma de fogo, o fato no autoriza a dissoluo da reunio pelo Poder Pblico.

    e) a autoridade pblica dispe de competncia e discricionariedade para decidir pela convenincia, ou no, da realizao da reunio.

    42. (FGV/Analista de Controle Interno SAD PE/2009) A criao de associaes e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorizao, sendo vedada a interferncia estatal em seu funcionamento.

    43. (FGV/OAB/2010.3) A Constituio garante a plena liberdade de associao para fins lcitos, vedada a de carter paramilitar (art. 5, XVII). A respeito desse direito fundamental, correto afirmar que a criao de uma associao

    (A) depende de autorizao do poder pblico e pode ter suas atividades suspensas por deciso administrativa.

    (B) no depende de autorizao do poder pblico, mas pode ter suas atividades suspensas por deciso administrativa.

    (C) depende de autorizao do poder pblico, mas s pode ter suas atividades suspensas por deciso judicial transitada em julgado.

    (D) no depende de autorizao do poder pblico, mas s pode ter suas atividades suspensas por deciso judicial.

    44. (FCC/AJ Arquivologia - TRT 1/2011) Joo, Carlos, Tcio, Libero e Tibrio se uniram e fundaram uma associao de vigilantes de bairro, todos armados e uniformizados, sob a alegao que no treinavam com finalidade blica. Porm, para se afastar de forma absoluta o carter paramilitar dessa associao no podero estar presentes os seguintes requisitos:

    a) Tempo e princpio da impessoalidade.

    b) Tempo e lugar.

    c) Pluralidade de participantes e lugar.

    d) Lugar e princpio da eficincia.

    e) Organizao hierrquica e princpio da obedincia.

    45. (FCC/TJAA-TRT 7/2009) O artigo 5 da Constituio Federal prev, dentre outros direitos, que:

    a) a liberdade de associao absoluta, sendo necessria, porm, a prvia comunicao autoridade competente.

    b) as entidades associativas somente tm legitimidade para representar seus filiados extrajudicialmente.

    c) a liberdade de associao para fins lcitos plena, vedada a de carter paramilitar.

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    d) a criao de associaes e, na forma da lei, a de cooperativas, dependem de autorizao do Estado.

    e) as associaes s podero ser compelidas a suspender as suas atividades, aps deciso tomada por seus filiados.

    46. (FGV/Analista de Controle Interno SAD PE/2009) A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela famlia, no ser objeto de penhora para pagamento de dbitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.

    47. (FGV/Analista de Gesto Administrativa SAD PE/2009) No caso de iminente perigo pblico, a autoridade competente poder usar de propriedade particular, assegurada ao proprietrio indenizao ulterior, se houver dano.

    48. (CESGRANRIO/DECEA/2009) A Constituio Brasileira garante o direito de propriedade (art. 5o, XXII), que, por seu turno, dever a atender a sua funo social (art. 5o, XXIII). Nesse sentido, correto afirmar que a Constituio:

    (A) no admite a expropriao de terras, nem o confisco de bens.

    (B) assegura que a pequena propriedade rural, desde que trabalhada pela famlia, no ser objeto de penhora para pagamentos de dbitos decorrentes de sua atividade produtiva.

    (C) permite a desapropriao de imvel rural que no esteja cumprindo sua funo social, mediante prvia e justa indenizao em ttulos da dvida agrria, que incluir as benfeitorias teis e necessrias.

    (D) permite, em caso de iminente perigo pblico, o uso de propriedade particular por autoridade pblica, assegurado o pagamento de indenizao pelo uso da propriedade.

    (E) permite a desapropriao de imvel urbano, por interesse social, mediante prvia e justa indenizao em ttulos da dvida pblica.

    49. (CESGRANRIO/Advogado Jr. - Petrobrs/2010) Em relao ao instituto da Requisio administrativa, afirma-se que:

    (A) pode incidir sobre bens, mveis e imveis, ou sobre servios.

    (B) cabvel apenas em tempos de guerra.

    (C) depende de prvia aquiescncia do particular.

    (D) depende de interveno do Poder Judicirio.

    (E) depende de prvia indenizao ao particular.

    50. (CESPE/Tcnico Administrativo - PREVIC/2011) De acordo com a CF, com o objetivo de fomentar a produo e a renda, a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que

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    trabalhada pela famlia, no ser objeto de penhora para pagamento de qualquer tipo de dbito adquirido.

    51. (ESAF/Tcnico Administrativo - MPU/2004) Por fora de disposio constitucional, a desapropriao por necessidade ou utilidade pblica, ou por interesse social, dar-se- sempre mediante justa e prvia indenizao em dinheiro.

    52. (FCC/Tcnico - TCE-MG/2007) aos autores pertence o direito exclusivo de utilizao, publicao ou reproduo de suas obras, no transmissvel aos herdeiros, por seu carter personalssimo.

    53. (CESPE/Assitente CNPq/2011) A CF garante o direito de propriedade intelectual e assegura aos autores de inventos industriais privilgio permanente para a sua utilizao, alm de proteo s criaes industriais, propriedade das marcas, aos nomes de empresas e outros signos distintivos, considerando o interesse social e o desenvolvimento tecnolgico e econmico do Brasil.

    54. (FGV/Analista de Gesto Administrativa SAD PE/2009) A sucesso de bens de estrangeiros situados no Pas ser regulada pela lei estrangeira pessoal do de cujus sempre que esta for mais favorvel ao cnjuge ou aos filhos brasileiros do que a lei brasileira.

    GABARITO:

    1 Errado 15 C 29 A 43 D 2 Correto 16 Errado 30 D 44 E 3 Errado 17 Errado 31 B 45 C 4 Errado 18 D 32 Errado 46 Correto 5 Errado 19 D 33 Errado 47 Correto 6 Correto 20 Errado 34 Errado 48 B 7 E 21 Errado 35 C 49 A 8 Errado 22 Correto 36 Correto 50 Errado 9 Errado 23 Errado 37 Errado 51 Errado

    10 Correto 24 Errado 38 Correto 52 Errado 11 Errado 25 D 39 Errado 53 Errado 12 Errado 26 A 40 Errado 54 Correto 13 Correto 27 Correto 41 D 14 Errado 28 Errado 42 Correto

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    Direitos e Deveres Individuais e Coletivos:

    Esses direitos esto presentes no art. 5 da Constituio Federal.

    Os direitos individuais so uma clusula ptrea de nossa Constituio (CF, art. 60 4) isso quer dizer que no podem ser abolidos ou ter a sua eficcia reduzida por

    uma emenda constitucional. Eles so de pedra, permanentes, uma modificao poder fortalec-los, mas nunca enfraquec-los.

    Sabemos que a relao no exaustiva, pois por fora do 2 do art. 5, no se excluem outros direitos decorrentes dos regimes e princpios adotados pela Constituio ou decorrentes de tratados internacionais em que o Brasil seja parte. Assim, existem diversos outros direitos individuais e coletivos tambm protegidos como clusula ptrea, espalhados ao longo do texto constitucional, como, por exemplo, as limitaes ao poder de tributar do art. 150.

    1. (CESPE/AJAA-STF/2008) Todos os direitos e garantias fundamentais previstos na CF foram inseridos no rol das clusulas ptreas.

    Comentrios:

    Dentre os direitos e garantias fundamentais, a CF s previu como clusula ptrea os direitos e garantias individuais e o voto com as suas caractersticas de ser "direto, secreto, universal e peridico".

    Gabarito: Errado.

    Caput do art. 5:

    Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes:

    Embora a literalidade do caput expresse o termo residente, o STF promoveu uma mutao constitucional, ampliando o escopo desses direitos. O Supremo decidiu que deve ser entendido como todo estrangeiro que estiver em territrio brasileiro e sob as leis brasileiras, mesmo que em trnsito. Assim o estrangeiro em trnsito estar amparado pelos direitos individuais, e poder inclusive fazer uso de remdios constitucionais como habeas corpus e mandado de segurana. Ressalva-se que o estrangeiro no poder fazer uso de todos os direitos, pois alguns so privativos de brasileiros como, por exemplo, o uso da ao popular.

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    2. (FGV/Analista - SAD - PE/2009 - Adaptada) A Constituio assegura os mesmos direitos e garantias individuais aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas, nos termos do art. 5 da Constituio Federal.

    Comentrios:

    Isso a. Literalidade do art. 5. Lembrando que os estrangeiros no precisam ser necessariamente residentes, j que o STF entende que tais direitos devem se estendidos a todos os estrangeiros que estiverem sob as leis brasileiras, ainda que em trnsito.

    Gabarito: Correto.

    3. (CESPE/ANAC/2009) Os direitos fundamentais no so assegurados ao estrangeiro em trnsito no territrio nacional.

    Comentrios:

    O estrangeiro, ainda que em trnsito, far jus proteo dos direitos fundamentais.

    Gabarito: Errado.

    4. (CESPE/TRT-17/2009) O estrangeiro sem domiclio no Brasil no tem legitimidade para impetrar habeas corpus, j que os direitos e as garantias fundamentais so dirigidos aos brasileiros e aos estrangeiros aqui residentes.

    Comentrios:

    Segundo o STF, at mesmo o estrangeiro em trnsito tem legitimidade para impetrar remdios como habeas corpus, habeas data e mandado de segurana. Desta forma, faz-se uma interpretao expansiva do caput do art. 5 da CF.

    Gabarito: Errado.

    5. (ESAF/ATRFB/2009) O direito fundamental vida, por ser mais importante que os outros direitos fundamentais, tem carter absoluto, no se admitindo qualquer restrio.

    Comentrios:

    No existem quaisquer direitos fundamentais absolutos, todos so relativos, inclusive o direito vida. No h tambm o que se falar em qualquer hierarquia entre eles. No h hierarquia entre princpios constitucionais, nem entre quaisquer das normas constitucionais.

    Gabarito: Errado.

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    6. (ESAF/ATRFB/2009) Apesar de o art. 5, caput, da Constituio Federal de 1988 fazer meno apenas aos brasileiros e aos estrangeiros residentes, pode-se afirmar que os estrangeiros no-residentes tambm podem invocar a proteo de direitos fundamentais.

    Comentrios:

    Isso a. Segundo o STF, o estrangeiro, que estiver sob as leis brasileiras, ainda que em mero trnsito pelo pas, teria os mesmos direitos, garantias e deveres individuais que os brasileiros possuem, salvo aqueles direitos que a Constituio reserva somente a brasileiros, como o caso da impetrao de ao popular.

    Gabarito: Correto.

    Igualdade (ou Isonomia):

    Art. 5, I - homens e mulheres so iguais em direitos e obrigaes, nos termos desta Constituio;

    O caput tambm faz meno a este princpio, quando diz: todos so iguais perante a lei.

    Este princpio pode ser entendido como: a lei no pode fazer distino, deve tratar de forma igual os iguais e de forma desigual os desiguais na medida de suas desigualdades. Desta forma, temos dois diferentes tipos de isonomia:

    Isonomia formal Todos podero igualmente buscar os direitos expressos na lei.

    Isonomia material

    a igualdade real, vai alm da igualdade formal. A busca da igualdade material acontece quando so tratadas desigualmente as pessoas que estejam em situaes desiguais. Geralmente usada para favorecer alguns grupos que estejam em posio de desvantagem. Obviamente ela s ser vlida se for pautada em um motivo lgico e justificvel. Ex. Destinao de vagas especiais para deficientes fsicos em concursos pblicos.

    A doutrina tambm costuma diferenciar outras duas formas de isonomia (ambas comportadas pela Constituio):

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    Igualdade perante a lei

    Com a lei j elaborada, esta igualdade direciona o aplicador da lei para que a aplique sem fazer distines (isonomia formal).

    Igualdade na lei

    o princpio que direciona o legislador a no fazer distines entre as pessoas no momento de se elaborar uma lei.

    7. (FCC/AJAJ-TRT 23/2005) Tendo em vista o princpio da isonomia como um dos direitos fundamentais, observe as afirmaes sobre o princpio da igualdade:

    I. por sua natureza, veda sempre o tratamento discriminativo entre indivduos, mesmo quando h razoabilidade para a discriminao.

    II. vincula os aplicadores da lei, face igualdade perante a lei, entretanto no vincula o legislador, no momento de elaborao da lei.

    III. estabelece que se deve tratar de maneira igual os que se encontram em situao equivalente e de maneira desigual os desiguais, na medida de suas desigualdades.

    IV. no h falar em ofensa a esse princpio se a discriminao admitida na prpria Constituio.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    a) I e III.

    b) I e IV.

    c) II e III.

    d) II e IV.

    e) III e IV.

    Comentrios:

    I- Errado. Pode haver tratamento desiguais entre desiguais para que haja uma busca da igualdade material.

    II - Errado. Vimos que a igualdade perante a lei comporta os dois sentidos: a igualdade perante a lei, propriamente dita (direcionando o aplicador) e a igualdade na lei (direcionando o legislador ao elaborar a norma).

    III - Isso a. Esse o verdadeiro significado da isonomia.

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    IV - Correto. O Poder Constituinte Originrio ilimitado, logo, se a prpria Constituio que est admitindo a discriminao, no h o que se falar em ofensa isonomia.

    Gabarito: Letra E.

    Liberdade (legalidade na viso do cidado):

    Art. 5, II - ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei;

    Doutrinariamente, chama-se de "liberdade" (uma de suas faces) o princpio que est expresso no art. 5, II, j que somente a lei (legtima) pode obrigar que algum faa ou deixe de fazer algo contra sua vontade.

    Este princpio tambm conhecido como a faceta da legalidade para o cidado, isso porque a legalidade pode ser entendida de 2 formas:

    Para o cidado - O particular pode fazer tudo aquilo que a lei no proba;

    Para o administrador pblico - O administrador pblico s pode fazer aquilo que a lei autorize ou permita.

    Discusso se faz em torno da abrangncia do termo "lei", se estaria se referindo somente lei em sentido estrito (lei ordinria ou lei complementar) ou se abrangeria qualquer ato primrio com fora de lei (medidas provisrias) ou ainda, se admitiria atos secundrios emanados nos termos da lei (decretos).

    No h consenso sobre isso, tende-se a entender, no entanto, que se necessita de lei formal ou algum ato primrio com fora de lei, como as medidas provisrias.

    8. (ESAF/Tcnico - Receita Federal/2006) Com relao ao direito, a todos assegurado, de no ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, seno em virtude de lei, o sentido do termo "lei" restrito, no contemplando nenhuma outra espcie de ato normativo primrio.

    Comentrios:

    Embora seja discutvel se a legalidade do art. 5, II cumprida apenas com lei, ou ato emanado nos termos da lei. pacfico no entanto que, outros atos primrios que tenham fora de lei (como as medidas provisrias) so istrumentos passveis de estabelecer obrigaes.

    Gabarito: Errado.

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    Nas palavras do Supremo: ningum obrigado a cumprir ordem ilegal, ou a ela se submeter, ainda que emanada de autoridade judicial. dever da cidadania opor-se ordem

    ilegal; caso contrrio, nega-se o Estado de Direito1.

    9. (CESPE/AJEM-TJDFT/2008) Ordens emanadas de autoridades judiciais, ainda que ilegais, devem ser cumpridas, sob pena de restar violado o estado de direito.

    Comentrios:

    Trata-se do posicionamento do STF, em que somente a lei pode obrigar algum a fazer ou deixar de fazer algo.

    Gabarito: Errado.

    10. (ESAF/ANA/2009) Ningum obrigado a cumprir ordem ilegal, ou a ela se submeter, por isso que dever de cidadania opor-se ordem ilegal, ainda que emanada de autoridade judicial; caso contrrio, nega-se o Estado de Direito.

    Comentrios:

    Este o pensamento do STF em cima do dispositivo Constitucional do art. 5, II (ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei). Assim o Sumpremo decidiu: "Ningum obrigado a cumprir ordem ilegal, ou a ela se submeter, ainda que emanada de autoridade judicial. Mais: dever de cidadania opor-se ordem ilegal; caso contrrio, nega-se o Estado de Direito." (HC 73.454, Rel. Min. Maurcio Corra, julgamento em 22-4-96, 2 Turma, DJ de 7-6-96)

    Gabarito: Correto.

    Cabe-nos agora, expor outra discusso doutrinria relevante para concursos: a diferenciao dos termos "legalidade" e "reserva legal" (reserva de lei). Embora, no

    seja pacfico tal distino, muitos juristas consideram importante diferenciar tais institutos:

    1- Reserva legal - um termo mais especfico. Ocorre quando a Constituio estabelece um comando, mas faz uma "reserva" para que uma lei (necessariamente uma lei formal - emanada pelo Poder Legislativo - ou ento, uma lei delegada ou medida provisria) estabelea algumas situaes. Ex. Art. 5, XIII livre o exerccio de qualquer trabalho, ofcio ou profisso, atendidas as qualificaes profissionais que a lei estabelecer. Veja que a Constituio garantiu

    1 HC 73.454, Rel. Min. Maurcio Corra, julgamento em 22496, 2 Turma, DJ de 7696

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    uma liberdade, porm, reservou lei, e somente lei (formal), a possibilidade de estabelecer restries norma. Esta reserva feita lei, pode ocorrer de duas formas:

    Reserva legal absoluta - Quando ser a prpria lei que ir atender o mandamento. Ex. Os casos constitucionais que venham com as expresses "a lei estabelecer", "a lei regular", " a lei dispor"... veja que a prpria lei, diretamente, que atender o comando constitucional;

    Reserva legal relativa - Quando no a lei que ir, diretamente, atender ao comando constitucional, mas estabelecer os limites, ou os termos, dentro dos quais um ato infralegal ir atuar. Ex. Os casos constitucionais que venham com as expresses "nos termos da lei", "na forma da lei", "nos limites estabelecidos pela lei"... veja que no ser a lei que atender ao comando, porm, esta estar traando os limites para tal.

    2- Legalidade - um termo mais genrico. Grosso modo, a legalidade pode ser atendida tanto com o uso de leis formais, quanto pelo uso de atos infralegais emanados nos limites da lei. Legalidade, ento, seria simplesmente "andar dentro dos limites traados pelo Legislador". Seja com o uso direto de uma lei, seja o uso de um ato, nos limites da lei, ambos conseguiriam perfeitamente cumprir o comando da "legalidade".

    11. (CESPE/AGU/2009) De acordo com o princpio da legalidade, apenas a lei decorrente da atuao exclusiva do Poder Legislativo pode originar comandos normativos prevendo comportamentos forados, no havendo a possibilidade, para tanto, da participao normativa do Poder Executivo.

    Comentrios:

    admitido o uso de medidas provisrias (ato do Poder Executivo com fora de lei), logo, est incorreta a questo.

    Gabarito: Errado.

    12. (ESAF/AFT/2003) Aplicado o princpio da reserva legal a uma determinada matria constante do texto constitucional, a sua regulamentao s poder ser feita por meio de lei em sentido formal, no sendo possvel disciplin-la por meio de medida provisria ou lei delegada.

    Comentrios:

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    A reserva legal cumprida pela lei ou ato com fora de lei, assim, observa-se a reserva legal pelo uso de lei formal - emanada pelo Poder Legislativo - ou ento, lei delegada ou medida provisria.

    Gabarito: Errado.

    13. (TJDFT/TJDFT/2008) Com espeque no constitucionalismo de nossos dias, correto afirmar que a reserva legal tem abrangncia menor que o princpio da legalidade.

    Comentrios:

    Exato, legalidade termo mais genrico, mais amplo, enquanto a reserva legal, que significa a submisso a uma lei formal, de sentido mais estrito.

    Gabarito: Correto.

    Desdobramento da dignidade da pessoa humana:

    Art. 5, III - ningum ser submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

    Smula Vinculante n 11 S lcito o uso de algemas em casos de resistncia e de fundado receio de fuga ou de perigo integridade fsica prpria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da priso ou do ato processual a que se refere, sem prejuzo da responsabilidade civil do Estado.

    14. (FUNRIO/SEJUS-RO/2008) Ningum ser submetido tortura nem a tratamento desumano ou degradante, salvo nos casos em que a lei permitir.

    Comentrios:

    A Constituio no permite ressalvas, nem por lei.

    Gabarito: Errado.

    15. (FCC/AJAJ-TRE-PI/2002) A Constituio Federal prev que "ningum ser submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante". Esse dispositivo de proteo abrange

    a) o racismo, somente se for praticado em concurso com a violncia fsica.

    b) apenas o sofrimento fsico, nico inerente tortura.

    c) tanto o sofrimento fsico como o mental.

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    d) o sofrimento psquico, apenas nos casos de discriminao religiosa.

    e) a aplicao de castigo pessoal a algum sob guarda, mesmo que no cause intenso sofrimento.

    Comentrios:

    A interpretao do dispositivo ampla, abrange tanto o aspecto fsico quanto o psicolgico.

    Gabarito: Letra C.

    16. (ESAF/ANA/2009) O uso de algemas s lcito em casos de resistncia e de fundado receio de fuga ou de perigo integridade fsica prpria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada previamente a excepcionalidade por escrito.

    Comentrios:

    Segundo a Smula Vinculante de n 11 (S lcito o uso de algemas em casos de resistncia e de fundado receio de fuga ou de perigo integridade fsica prpria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da priso ou do ato processual a que se refere, sem prejuzo da responsabilidade civil do Estado) precisa haver justificao por escrito para que se possa usar algemas em uma priso, porm, esta justificao, obviamente, no precisa ser prvia, podendo ocorrer em momento posterior.

    Gabarito: Errado.

    Manifestao do pensamento:

    Art. 5, IV - livre a manifestao do pensamento, sendo vedado o anonimato;

    Obviamente, a manifestao do pensamento no absoluta, deve-se respeitar os outros princpios, como a intimidade, privacidade etc.

    Segundo o STF, no possvel a utilizao da denncia annima como ato formal de instaurao do procedimento investigatrio, quando isoladamente consideradas, j que as peas futuras no poderiam, em regra, ser incorporadas formalmente ao processo. Nada impede, porm, que o Poder Pblico seja provocado pela delao annima e, com isso, adote medidas informais para que se apure a possvel ocorrncia da ilicitude penal2. E ratifica:no serve persecuo criminal notcia de prtica criminosa sem identificao da autoria, consideradas a vedao constitucional do anonimato e a

    2 Inq 1.957, Rel. Min.Carlos Velloso, voto do Min. Celso de Mello, julgamento em 11-5-05, Plenrio, DJ de 11-11-05.

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    necessidade de haver parmetros prprios responsabilidade, nos campos cvel e penal, de quem a implemente3.

    17. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) livre a manifestao do pensamento, permitido o anonimato.

    Comentrios:

    A Constituio veda o uso do anonimato atravs do disposto em seu art. 5, IV.

    Gabarito: Errado.

    Direito de resposta e inviolabilidade de honra, imagem e vida privada :

    Art. 5, V - assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, alm da indenizao por dano material, moral ou imagem;

    Pois , vimos que todo mundo tem a liberdade de se manifestar... Obviamente essa liberdade no absoluta e se abusar do direito, vem esse dispositivo aqui! O ofendido tem direitos de resposta, ainda podendo cumular uma forma trplice de indenizao pela ofensa: material, moral e imagem.

    Isso porque temos o seguinte dispositivo:

    Art. 5, X - so inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenizao pelo dano material ou moral decorrente de sua violao;

    Embora seja assegurado o direito de resposta, no se pode, nesta, violar a intimidade, a vida privada e a honra do

    agressor. Exemplo: A mulher no pode vingar-se do namorado, que publicou fotos suas desrespeitosas na internet, fazendo o mesmo com as dele, alegando direito de resposta.

    de se destacar que a intimidade e a vida privada so regidas princpio da exclusividade. Isso significa que cada pessoa deve ter garantido o seu direito ao acesso de seus dados e a sua vida particular de forma exclusiva, sem que tenha ingerncias externas ou tenha essa sua exclusividade devassada. Diante disso, decorrem aqueles diversos sigilos: bancrio, fiscal, telefnico...

    3 STF, o HC 84827 / TO , em 2007.

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    Intimidade e vida privada so conceitos de fcil visualizao. Porm, necessrio que faamos aqui uma distino dos conceitos de honra e imagem, para fins dessa proteo:

    honra - aspecto interno, reputao do indivduo, bom nome. Imagem - aspecto externo, exposio de sua figura.

    Desta forma, vemos que honra e imagem so coisas dissociadas. No entendimento do STF, se algum fizer uso indevido da imagem de algum, a simples exposio desta imagem j gera o direito de indenizar, ainda que isso no tenha gerado nenhuma ofensa sua reputao.

    Ainda nos cabe diferenciar a questo dos danos:

    Dano material - Quando existe ofensa, direta ou indireta (lucros cessantes), ao patrimnio das pessoas fsicas ou jurdicas.

    Dano moral - Quando existe ofensa algo interno, subjetivo. Conceito amplo que abrange ofensa reputao de algum, ou quando se refere ao fato de ter provocado violao ao lado emocional, psquico, mental da pessoa.

    Dano imagem - Segundo o art. 20 do Cdigo Civil, so aqueles que denigrem, atravs da exposio indevida, no autorizada ou reprovvel, a imagem das pessoas fsicas, ou seja , a publicao de seus escritos, a transmisso de sua palavra, ou a utilizao no autorizada de sua imagem, bem como, a utilizao indevida do conjunto de elementos como marca, logotipo ou insgnia, entre outros, das pessoas jurdicas.

    Lembrando ainda que: STJ - smula - 227 a pessoa jurdica pode sofrer dano moral.

    Jurisprudncia relevante:

    Segundo o STF: a divulgao dos vencimentos brutos de servidores, com seus respectivos nomes e matrculas funcionais, a ser realizada oficialmente em portal de transparncia -, constituiria interesse coletivo, sem implicar violao intimidade e segurana deles, no se podendo fazer divulgao de outros dados pessoais como endereo residencial, CPF e RG de cada um4.

    4 Informativo 630 - SS 3902 Segundo AgR/SP, rel. Min. Ayres Britto, 9.6.2011.

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    18. (FCC/TJ Segurana - TRT 1/2011) A inviolabilidade do sigilo de dados complementa a previso ao direito intimidade e vida privada, sendo ambas as previses regidas pelo princpio da

    a) igualdade.

    b) eficincia.

    c) impessoalidade.

    d) exclusividade.

    e) reserva legal.

    Comentrio:

    O princpio que rege a intimidade e a privacidade notadamente o princpio da exclusividade. Ou seja, a pessoa em questo deve ter garantido o seu direito ao acesso de seus dados e da sua vida de forma exclusiva, sem que tenha ingerncias externas ou tenha essa sua exclusividade devassada.

    Gabarito: Letra D.

    19. (FCC/APOFP-SEFAZ-SP/2010) No que se refere inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas certo que:

    a) a dor sofrida com a perda de ente familiar no indenizvel por danos morais, porque esta se restringe aos casos de violao honra e imagem.

    b) a indenizao, na hiptese de violao da honra e da intimidade, no responde cumulativamente por danos morais e materiais.

    c) a condenao por danos morais face divulgao indevida de imagem, exige a ocorrncia de ofensa reputao da pessoa.

    d) o Estado tambm responde por atos ofensivos (morais) praticados pelos agentes pblicos no exerccio de suas funes.

    e) as pessoas jurdicas, por serem distintas das pessoas fsicas, tm direito a indenizao por danos materiais, mas no por danos morais.

    Comentrios:

    Letra A - Errado. As dores sofridas em aspectos no patrimoniais, causadas por outrem, so indenizveis por danos morais.

    Letra B - Errado. Nada impede a cumulao de indenizaes, caso seja comprovado o dano. A cumulao admitida constitucionalmente.

    Letra C - Errado. A imagem dissociada da honra, logo, independentemente de haver dano honra, indenizvel a exposio indevida ou reprovvel da imagem.

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    Letra D - Correto. A conduta do agente pblico imputvel ao Estado, se este est agindo no exerccio de suas funes, j que o agente o responsvel por manifestar a vontade estatal.

    Letra E - Errado. Pessoas Jurdicas podem sofrer danos morais (STJ, smula 227), bem como materiais e imagem.

    Gabarito: Letra D.

    Sigilo bancrio e fiscal:

    Segundo o STF, o art. 5, X, que vimos anteriormente, tambm o respaldo constitucional para o sigilo bancrio e fiscal das pessoas. Pois a intimidade e a vida privada so regidas princpio da exclusividade. A pessoa deve ter o direito exclusivo ao acesso de seus dados e a sua vida particular.

    Estes sigilos s podem ser relativizados, com a devida fundamentao, por:

    deciso judicial; CPI - somente pelo voto da maioria da comisso e por deciso

    fundamentada, no pode estar apoiada em fatos genricos;

    Ministrio Pblico - muito excepcionalmente. Somente quando estiver tratando de aplicao das verbas pblicas devido ao princpio da publicidade.

    Obs.:

    A LC 105/01 fornece respaldo para que a quebra do sigilo bancrio seja feita por autoridade fiscal. Porm, embora exista essa previso legal, ela alvo de muitas crticas, inclusive a posio atual do STF5

    indica que seria inconstitucional, j que o sigilo possui um pilar na prpria Constituio Federal, no podendo ser relativizado por leis infraconstitucionais - sejam elas ordinrias ou complementares -. Assim, somente as autoridades judiciais - e a CPI, que possui os mesmo poderes investigativos daquelas (CF, art. 58 3) - que poderiam relativizar estes sigilos.

    No entanto, at o momento, ainda no houve deciso do STF neste sentido que se revista de carter vinculante, j que a deciso do STF se deu em sede de recurso extraordinrio e no em uma ao direta.

    Lembramos ainda que a quebra por parte do Ministrio Pblico muito excepcional, somente podendo ser feita no caso citado anteriormente. Assim, a quebra de sigilos, em regra, s pode ser feita por Juiz e CPI.

    5 RE 389.808/PR 15122010

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    20. (CESPE/TCE-ES/2009) O TCU, no exerccio de sua misso constitucional de auxiliar o Congresso Nacional no controle externo, tem competncia para determinar a quebra de sigilo bancrio dos responsveis por dinheiros e bens pblicos.

    Comentrios:

    Nas palavras do Supremo, O TCU no possui poderes para determinar a quebra do sigilo bancrio de dados. O legislador conferiu esses poderes ao Poder Judicirio, ao Poder Legislativo Federal, bem como s Comisses Parlamentares de Inqurito, aps prvia aprovao do pedido pelo Plenrio da Cmara dos Deputados, do Senado Federal ou do plenrio de suas respectivas comisses parlamentares de inqurito.

    Gabarito: Errado.

    21. (ESAF/ATRFB/2009) Comisso Parlamentar de Inqurito no pode decretar a quebra do sigilo fiscal, bancrio e telefnico do investigado.

    Comentrios:

    Ela pode sim, desde que por maioria absoluta e sem estar apoiada em fatos genricos.

    Importante ressaltar que, conforme ser visto, essa quebra de sigilo telefnico se refere somente aos dados telefnicos (para quem ligou, quando ligou, etc.). No se trata de interceptao da conversa telefnica, isso s o juiz poder ordenar.

    Gabarito: Errado.

    22. (ESAF/ANA/2009) Em obedincia ao princpio da publicidade, instituio financeira no pode invocar sigilo bancrio para negar ao Ministrio Pblico informaes e documentos sobre nomes de beneficirios de emprstimos concedidos com recursos subsidiados pelo errio, em se tratando de requisio para instruir procedimento administrativo instaurado em defesa do patrimnio pblico.

    Comentrios:

    Trata-se da hiptese excepcional, em que se admite quebra de sigilo pelo Ministrio Pblico, segundo jurisprudncia do STF. Esta hiptese excepcional s admitida quando estiver se tratando de verbas pblicas, devido o princpio da publicidade. Em regra, no poder haver quebra do sigilo pelo ministrio pblico, apenas por:

    Deciso judicial; CPI;

    Resposta: Correto.

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    Liberdade de crena religiosa e filosfica

    O Brasil um pas laico, no possui uma religio oficial, embora proteja a liberdade de crena como uma das faces da no discriminao.

    Art. 5, VI - inviolvel a liberdade de conscincia e de crena, sendo assegurado o livre exerccio dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteo aos locais de culto e a suas liturgias; (Entenda-se por liturgias: celebraes, rituais...)

    Art. 5, VII - assegurada, nos termos da lei, a prestao de assistncia religiosa nas entidades civis e militares de internao coletiva;

    23. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) vedada a assistncia religiosa nas entidades militares de internao coletiva, salvo nas civis.

    Comentrios:

    A assistncia religiosa assegurada nas entidades de internao coletiva, sejam elas civis ou militares (CF, art. 5, VII).

    Gabarito: Errado.

    24. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) De acordo com a Constituio Federal de 1988, deve o Poder Pblico proporcionar a prestao de assistncia religiosa nas entidades civis e militares de internao coletiva, contribuindo, inclusive, com recursos materiais e financeiros.

    Comentrios:

    No existe previso para a contribuio de recusos materias e financeiros (CF, art. 5, VII).

    Gabarito: Errado.

    Imperativo de Conscincia

    Art. 5, VIII - ningum ser privado de direitos por motivo de crena religiosa ou de convico filosfica ou poltica, salvo se as invocar para eximir-se de obrigao legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestao alternativa, fixada em lei;

    O imperativo de conscincia pode ser alegado, por exemplo, em tempo de paz, no caso do servio militar obrigatrio, mas no poder a pessoa recusar-se a cumprir a prestao alternativa imposta, conforme dispe o art. 143, 1.

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    Art.15, IV No caso de recusa de se cumprir obrigao legal a todos imposta ou prestao alternativa, ensejar a suspenso dos direitos polticos do cidado.

    25. (FGV/Analista de Gesto Administrativa SAD PE/2009) A respeito da liberdade de expresso, assinale a afirmativa incorreta.

    a) assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, alm da indenizao por dano material, moral ou imagem.

    b) inviolvel a liberdade de conscincia e de crena, sendo assegurado o livre exerccio dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteo aos locais de culto e as suas liturgias.

    c) assegurada, nos termos da lei, a prestao de assistncia religiosa nas entidades civis e militares de internao coletiva.

    d) livre a manifestao do pensamento, permitido o anonimato.

    e) Ningum ser privado de direitos por motivo de crena religiosa ou de convico filosfica ou poltica, salvo se as invocar para eximir-se de obrigao legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestao alternativa, fixada em lei.

    Comentrios: Letra A Correta. Trata-se de uma contraposio manifestao do pensamento, prevista na CF, art. 5., IV. O direito de resposta, previsto no inciso V do art. 5. da Constituio, assegura o direito de resposta que a pessoa responda a ofensas feitas, desde que de forma proporcional ao agravo. O uso do direito de resposta no exclui a indenizao por dano material, moral ou imagem. Desta forma, a manifestao do pensamento no absoluta, deve-se tambm respeitar os outros princpios, como a intimidade, privacidade e etc.

    Letra B Correta. O Brasil um pas laico, no possui uma religio oficial, embora proteja a liberdade de crena como uma das faces da no discriminao. Assim, o art. 5., VI, da Constituio diz ser inviolvel a liberdade de conscincia e de crena, sendo assegurado o livre exerccio dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteo aos locais de culto e a suas liturgias.

    Letra C Correta. Agora foi usada a literalidade do art. 5., VII, que assegura, nos termos da lei, a prestao de assistncia religiosa nas entidades civis e militares de internao coletiva.

    Letra D Errada. Trata-se de uma pegadinha clssica em provas. A manifestao do pensamento livre, mas a Constituio no permite o uso do anonimato (CF, art. 5., IV). E, como vimos, tambm no h respaldo para que, na manifestao deste pensamento, a pessoa viole princpios como intimidade, privacidade etc.

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    Letra E Correta. Este direito conhecido como Imperativo de Conscincia. A Constituio em seu art. 5., VIII, garante que ningum ser privado de direitos por motivo de crena religiosa ou de convico filosfica ou poltica, salvo se as invocar para eximir-se de obrigao legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestao alternativa, fixada em lei. O imperativo de conscincia pode ser alegado, por exemplo, em tempo de paz, no caso do servio militar obrigatrio, mas no poder a pessoa recusar-se a cumprir a prestao alternativa imposta, conforme dispe o art. 143, 1.. Segunda a Constituio Federal, em seu art. 15, IV, no caso de recusa de se cumprir obrigao legal a todos imposta ou prestao alternativa, ensejar na perda ou suspenso dos direitos polticos do cidado.

    Gabarito: Letra D.

    26. (FCC/TCE-SP/2011) Por fora de previso expressa no Cdigo de Processo Penal (CPP), o servio do jri obrigatrio, sujeitando-se ao alistamento os cidados maiores de 18 anos de notria idoneidade. O artigo 438 do mesmo diploma legal, a seu turno, estabelece que "a recusa ao servio do jri fundada em convico religiosa, filosfica ou poltica importar no dever de prestar servio alternativo, sob pena de suspenso dos direitos polticos, enquanto no prestar o servio imposto". A previso contida no artigo 438 do CPP

    a) compatvel com a Constituio da Repblica.

    b) parcialmente compatvel com a Constituio da Repblica, no que se refere possibilidade de exerccio de objeo de conscincia, que somente se admite por motivo de convico filosfica ou poltica.

    c) incompatvel com a Constituio da Repblica, que considera o jri um rgo que emite decises soberanas, sendo por essa razo vedada a recusa ao servio.

    d) incompatvel com a Constituio da Repblica, que no admite a suspenso de direitos polticos nessa hiptese.

    e) incompatvel com a Constituio da Repblica, que no admite a possibilidade de recusa ao cumprimento de obrigao legal a todos imposta.

    Comentrio:

    perfeitamente compatvel coma Constituio, pois conjuga dois dispositivos presentes no seu texto:

    CF, Art. 5, VIII - ningum ser privado de direitos por motivo de crena religiosa ou de convico filosfica ou poltica, salvo se as invocar para eximir-se de obrigao legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestao alternativa, fixada em lei;

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    CF, Art.15, IV - No caso de recusa de se cumprir obrigao legal a todos imposta ou prestao alternativa, ensejar a suspenso dos direitos polticos do cidado.

    Gabarito: Letra A.

    Liberdade de pensamento e a censura

    Art. 5, IX - livre a expresso da atividade intelectual, artstica, cientfica e de comunicao, independentemente de censura ou licena;

    Art. 220 A manifestao do pensamento, a criao, a expresso e a informao, sob qualquer forma, processo ou veculo no sofrero qualquer restrio, observado o disposto na CF.

    Nenhuma lei conter dispositivo que possa constituir embarao plena liberdade de informao jornalstica em qualquer veculo de comunicao social.

    vedada toda e qualquer censura de natureza poltica, ideolgica e artstica.

    A publicao de veculo impresso de comunicao independe de licena de autoridade.

    27. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) livre a expresso da atividade intelectual, artstica, cientfica e de comunicao, independentemente de censura ou licena, assim como a manifestao do pensamento, sendo vedado o anonimato.

    Comentrios:

    Questo literal que faz combinao das disposies constitucionais do art. 5, IV e IX.

    Gabarito: Correto.

    Inviolabilidade de domiclio:

    Art. 5, XI - a casa asilo inviolvel do indivduo, ningum nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinao

    Esquematizando este inciso, vemos que, o domiclio no possui uma inviolabilidade absoluta, poder algum adentrar no recinto se:

    Tiver o consentimento do morador; Ainda que sem o consentimento do morador, se o motivo

    for:

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    Flagrante delito; Desastre; Prestar Socorro; Ordem judicial, mas neste caso, somente durante o dia.

    Expresso "durante o dia":

    Baseado na doutrina constitucionalista, entendemos que a expresso "durante o dia" significa o lapso temporal que vai da aurora ao crepsculo, sem determinao de horrio fixo, devido s peculiaridades do Brasil (horrio de vero e etc.), ou seja, "durante o dia" o perodo em que a terra est sendo iluminada pelo sol.

    Algumas questes de concurso insistem em "fixar horrios", quando isso acontecer, o candidato dever utilizar o perodo das 6h s 18h como o perodo referente ao dia, embora no achemos que seja o correto.

    Termo "casa":

    Casa, segundo o STF, tem sentido amplo, aplica-se ao escritrio, consultrio etc. (qualquer recinto privado no aberto ao pblico). Porm, nenhum direito fundamental absoluto, desta forma, o STF decidiu pela no ilicitude das provas obtidas com violao noturna de escritrio de advogados para que fossem instalados equipamentos de escuta ambiental, j que os prprios advogados estavam praticando atividades ilcitas em seu interior. Assim, a inviolabilidade profissional do advogado, bem como do seu escritrio, serve para resguardar o seu cliente para que no se frustre a ampla defesa, mas, se o investigado o prprio advogado, ele no poder invocar a inviolabilidade profissional ou de seu escritrio, j que a Constituio no fornece guarida para a prtica de crimes no interior de recinto6.

    A priso de traficante, em sua residncia, durante o perodo noturno, no constitui prova ilcita, j que se trata de crime permanente7

    28. (FGV/Advogado-Senado/2008) A casa asilo inviolvel do indivduo, ningum nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinao de autoridade judicial ou de Presidente de Comisso Parlamentar de Inqurito.

    Comentrios:

    Segundo a Constituio, em seu art. 5., XI, a casa do indivduo (sentido amplo: moradia, escritrio, consultrio e etc.) asilo inviolvel e ningum pode entrar na mesma, a no ser que:

    6 Inq 2.424, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 19 e 201108, Plenrio, Informativo 529.7 HC 84.772, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 191004, 2 Turma, DJ de 121104.

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    Tenha o consentimento do morador; ou Em caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro; ou Se o Juiz determinar, mas neste caso s poder entrar durante o

    dia.

    Erra o item ao dizer que poder autorizar a violao do domiclio o Presidente de Comisso Parlamentar de Inqurito, a Constituio no permite esta hiptese.

    Gabarito: Errado.

    29. (CESGRANRIO/Oficial de Justia-TJ-RO/2008) A Constituio afirma que a casa asilo inviolvel do indivduo, ningum nela podendo penetrar sem o consentimento do morador (Art. 5, XI). A esse respeito, considere as afirmativas a seguir.

    I - permitido penetrar na casa, a qualquer hora do dia, mesmo sem o consentimento do morador, desde que haja autorizao judicial para tanto.

    II - permitido penetrar na casa, a qualquer hora do dia, em caso de desastre ou para prestar socorro.

    III - permitido penetrar na casa quando houver flagrante delito, mas somente durante o dia.

    IV - O conceito de casa deve ser interpretado de forma restritiva, no incluindo, por exemplo, quarto de hotel.

    Tendo em vista o direito fundamental citado, de acordo com a prpria Constituio, e com a jurisprudncia do STF, (so)

    correta(s) APENAS a(s) afirmativa(s)

    (A) II

    (B) III

    (C) I e IV

    (D) I, II e IV

    (E) I, III e IV

    Comentrios:

    Item I - Errado. A banca considerou "a qualquer hora do dia" como sendo "qualquer das 24 horas do dia" e no o termo "dia" em oposio ao termo "noite". Dessa forma, est errada, j que por ordem judicial ser apenas durante o "dia" (em oposio noite).

    Item II - Correto. o que acabam de ver acima.

    Item III - Errado. Vimos ao comentarmos o item I, que no caso de flagrante delito, poder ser at mesmo durante a noite.

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    Item IV - Errado. Casa, segundo o STF, tem sentido amplo, aplica-se a qualquer recinto particular no aberto ao pblicocomo o escritrio, consultrio etc.

    Gabarito: Letra A. Somente a II est correta.

    30. (FCC/Tcnico- TCE-GO/2009) Nos termos da Constituio, admite-se excepcionalmente a entrada na casa de um indivduo sem consentimento do morador

    a) por determinao judicial, a qualquer hora.

    b) em caso de desastre, somente no perodo diurno.

    c) para prestar socorro, desde que a vtima seja criana ou adolescente.

    d) em caso de flagrante delito, sem restrio de horrio.

    e) por determinao da autoridade policial, inclusive no perodo noturno.

    Comentrios:

    Letra A - Errado. Pois no a qualquer hora, mas somente durante o dia.

    Letra B - Errado. Neste caso, pode ser a qualquer horrio.

    Letra B - Errado. No existe tais condies. A vtima pode ser qualquer pessoa.

    Letra D - Correto.

    Letra E -Errado. Totalmente equivocada.

    Gabarito: Letra D.

    Inviolabilidades de comunicaes:

    Art. 5, XII - inviolvel o sigilo da correspondncia e das comunicaes telegrficas, de dados e das comunicaes telefnicas, salvo, no ltimo caso, por ordem judicial, nas hipteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigao criminal ou instruo processual penal;

    A literalidade deste dispositivo deve ser muito bem observada, pois nos traz 2 coisas muito cobradas em concursos:

    1 - Dos trs sigilos ali previstos (correspondncia e comunicaes telegrficas, sigilo de dados e comunicaes telefnicas) s o ltimo deles que permite relativizao por ordem judicial: o sigilo telefnico.

    2 - Ainda que permitida a quebra do sigilo telefnico por ordem judicial, isso no ilimitado, deve atender a dois requisitos:

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    - ser feita na forma que a lei estabelecer;

    - ter como finalidade investigao criminal ou instruo processual penal.

    Assim, no ser permitida a quebra para instauraes de processos cveis sem consequncias criminais.

    Jurisprudncia:

    relevante observar que necessria a edio de lei para regulamentar a interceptao telefnica. Esta lei foi criada somente em 1996 (Lei n 9.296/96), antes disso o STF entendia que nem por ordem judicial poderia se afastar este sigilo, j que estava pendente de regulamentao.

    Embora a literalidade da Constituio refira-se expressamente possibilidade de relativizao apenas das comunicaes telefnicas, o STF j decidiu que as outras inviolabilidades (correspondncia, dados e telegrficas) tambm podero ser afastadas, j que nenhum direito fundamental absoluto e no pode ser invocado para acobertar ilcitos. Destarte, estas inviolabilidades podero ser quebradas quando se abordar outro interesse de igual ou maior relevncia. Por exemplo: perfeitamente lcito que uma carta enviada a um presidirio seja aberta para coibir a prtica de certas condutas, j que a disciplina prisional e a segurana so interesses mais fortes do que a privacidade da comunicao do preso.

    31. (FGV/Procurador - TCM-RJ/2008) O direito ao sigilo de comunicao :

    (A) restrito s comunicaes telefnicas.

    (B) fundamental, podendo, entretanto, ser quebrado no caso das comunicaes telefnicas, quando houver ordem judicial.

    (C) abrangente de todo o tipo de comunicao.

    (D) relativo, podendo ser quebrado no caso de instruo processual.

    (E) relativo, podendo ser quebrado no caso do preso.

    Comentrios:

    A letra A est errada, j que o sigilo abrange a comunicao por correspondncia, telegrfica ou telefnica, a possibilidade expressa de quebra que se restringe telefnica.

    A letra B a resposta correta, j que todo direito previsto do art. 5 ao 17 um direito fundamental e, realmente, em se tratando de comunicaes telefnicas, pode haver quebra, por ordem judicial, nos termos da lei, para fins de:

    investigao criminal; ou

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    instruo processual penal. A letra C incorreta, j que o sigilo abrange somente comunicaes "pessoais", ou seja, aquelas com destinatrio certo. Por exemplo, um carro de som fazendo propaganda pelas ruas est se comunicando, mas no h o que se falar em comunicao sigilosa.

    A letra D incompleta, devia falar em comunicao telefnica e dizer instruo processual penal.

    A Letra E tambm genrica e imprecisa. Est incorreta por generalizar, mas nos remete a um assunto muito importante: o STF j decidiu que as outras inviolabilidades alm das telefnicas (sigilo dos dados e das comunicaes telegrficas) tambm podero ser afastadas, j que nenhum direito fundamental absoluto e no pode ser invocado para acobertar ilcitos. Segundo o Supremo, ento, lcito que uma carta enviada a um presidirio seja aberta para coibir a prtica de certas condutas, j que a disciplina prisional e a segurana so interesses mais fortes do que a privacidade da comunicao do preso.

    Lembramos que qualquer quebra de sigilo medida excepcional. A letra E pecou por isso, por estabelecer simplesmente que no caso do preso poder ser feita a quebra, mas no basta ter a condio de preso, deve-se no caso concreto confrontar e ponderar os direitos e decidir se realmente necessria a quebra.

    Gabarito: Letra B.

    32. (CESPE/Tcnico-TCU/2009) Admite-se a quebra do sigilo das comunicaes telefnicas, por deciso judicial, nas hipteses e na forma que a lei estabelecer, para fins de investigao criminal ou administrativa.

    Comentrios:

    Segundo a Constituio (CF, art. 5, XII), a interceptao s poder ocorrer, nas hipteses e na forma que a lei estabelecer (lei 9.296/1996), e com o objetivo de:

    investigao criminal; ou instruo processual penal.

    Gabarito: Errado.

    Provas ilcitas

    Art. 5, LVI - so inadmissveis, no processo, as provas obtidas por meios ilcitos;

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    Daqui, decorre o princpio dos frutos da rvore envenenada (fruits of the poisoned tree), o qual diz que a admisso no processo de uma prova ilcita, ir contaminar, tornando igualmente nulo, todos os atos processuais que decorrerem dela.

    Vamos fazer uma relao do inciso XII da Constituio (inviolabilidade das comunicaes) com as provas ilcitas:

    Quando algum se manifesta atravs de um telefone, suas palavras tem destinatrio certo: o outro interlocutor, no podendo ser, sem a sua autorizao, interceptadas e usadas contra ele. Estamos diante de uma conversa telefnica, privada, protegida pelos princpios constitucionais da intimidade, privacidade e etc.

    A gravao de conversa telefnica pode ocorrer de 3 diferentes modos:

    1- Interceptao telefnica:

    Algum vai interceptar essa conversa, obtendo os dados de forma que nenhum deles saiba:

    A interceptao ilcita, no pode ser aproveitada em processo, a no ser que acontea com respeito Constituio (CF, art. 5, XII), ou seja:

    Seja nos termos da lei (lei 9.296/96); Seja autorizada por uma autoridade judicial Seja usada para investigao criminal ou instruo de

    processos penais (no pode ser investigao ou processos cveis e administrativos)

    2- Escuta telefnica:

    Interlocutor A

    Interlocutor B

    Conversa Telefnica

    Interceptador sem consentimento de A e B

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    Algum vai escutar essa conversa, mas um dos interlocutores sabe que tem algum na escuta, vamos supor que o interlocutor A seja quem saiba.

    3- Gravao telefnica (gravao clandestina):

    Neste caso no h uma terceira pessoa. Um dos interlocutores que grava a conversa sem o outro saber.

    O inciso XII da Constituio, que fornece a inviolabilidade das comunicaes est protegendo a conversa telefnica de ser interceptada, no est falando da escuta nem da gravao clandestina, assim, somente a interceptao que precisa seguir os requisitos constitucionais para ser considerada vlida. O STF j decidiu a respeito, veja:

    Para o STF, lcita a gravao de conversa telefnica feita por um dos interlocutores, ou com sua autorizao, sem cincia do outro, quando h investida criminosa deste ltimo8 (no h interceptao telefnica quando a conversa gravada por um dos interlocutores, ainda que com a ajuda de um reprter9).

    Tambm lcita a utilizao de conversa telefnica feita por terceiros com autorizao de um dos interlocutores sem o conhecimento do outro, quando h, para essa utilizao, excludente da antijuridicidade10 (no caso, legitima defesa).

    Observao: Se uma conversa foi gravada com a devida autorizao judicial ou nos outros casos acima (escuta ou gravao clandestina), a sua interceptao lcita, vlida no processo, e o seu contedo pode ser usado para fins penais. Assim, ainda que acidentalmente

    8 HC 75.338, Rel. Min. Nelson Jobim, julgamento em 11398, Plenrio, DJ de 25998.9 RE 453.562AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 23908.10 HC 74.678, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 10697, 1 Turma, DJ de 15897.

    Interlocutor B

    Conversa Telefnica

    Interlocutor A

    Interlocutor B

    Conversa Telefnica

    Interlocutor A

    Gravador

    Escutador

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    se descubra outra informao ou outro crime cometido, diverso daquele que tentava se descobrir, continua sendo lcito o uso deste contedo, pois a interceptao (quebra do direito de intimidade da pessoa) foi feita regularmente.

    Ateno: esses termos escuta, gravao, interceptao so muitas vezes trocados em concursos. Ao resolver uma questo, fique atento no nessas formalidades de nomenclatura, mas sim no fundamento da questo:

    Exemplo: Ministrio pblico pode determinar escuta telefnica? No! Isso ser, na verdade, uma interceptao ilcita, pois s o Juiz pode determinar que se faa uma gravao que independa da cincia dos interlocutores.

    33. (FCC/AJAJ-EM-TRF 4/2004) No que se refere inadmissibilidade, no processo, das provas obtidas por meios ilcitos, certo que constitui ilicitude a utilizao de conversa telefnica feita por terceiros com autorizao de um dos interlocutores sem o conhecimento do outro, quando h, para essa utilizao, excludente da antijuridicidade.

    Comentrios:

    Neste caso a utilizao da conversa ser lcita, j que est foi autorizada por um dos interlocutores que est querendo us-la para se defender no processo.

    Gabarito: Errado.

    34. (CESPE/Tcnico-TJ-RJ/2008) As provas obtidas de forma ilcita podem ser convalidadas, desde que se permita o contraditrio em relao ao seu contedo.

    Comentrios:

    Elas so nulas de pleno direito e invalidam toda a parte do processo que dela decorrer.

    Gabarito: Errado.

    35. (ESAF/Analista ANEEL/2006) Assinale a opo correta. a) Constitui prova ilcita a gravao, por um dos interloctores, sem autorizao judicial, de conversa telefnica, em que esteja sendo vtima de crime de extorso.

    b) necessariamente nulo todo o processo em que se descobre uma prova ilcita.

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    c) vlida a prova de um crime descoberta acidentalmente durante a escuta telefnica autorizada judicialmente para apurao de crime diverso.

    d) A proibio do uso de prova ilcita no opera no mbito do processo administrativo.

    e) A escuta telefnica determinada por membro do Ministrio Pblico para apurao de crime hediondo no constitui prova ilcita.

    Comentrios:

    Letra A Errado. Para o STF, lcita a gravao de conversa telefnica feita por um dos interlocutores, ou com sua autorizao, sem cincia do outro, quando h investida criminosa deste ltimo.

    Letra B Errado. S nula a parte do processo que decorre da prova ilcita, e no todo o processo.

    Letra C Correto. Se uma conversa foi gravada com a devida autorizao judicial ou nos outros aceitos pelo STF, a sua interceptao lcita e o seu contedo pode ser usado para fins penais. Assim, ainda que acidentalmente se descubra outra informao ou outro crime cometido, diverso daquele que tentava se descobrir, continua sendo lcito o uso deste contedo, pois a interceptao (quebra do direito de intimidade da pessoa) foi feita regularmente.

    Letra D Errado. As provas ilcitas so inadmissveis em qualquer processo, seja ele judicial ou administrativo.

    Letra E Errado. O Ministrio Pblico no pode ordenar escuta telefnica, ainda que para apurar crimes hediondos. A conversa telefnica s pode ser interceptada por autoridade judicial.

    Gabarito: Letra C.

    36. (CESPE/Advogado-SDA-AC/2008) Considere que, no curso de uma investigao criminal, um juiz de direito tenha determinado a quebra do sigilo telefnico dos investigados, e que a escuta telefnica realizada em decorrncia dessa deciso tenha revelado dados que comprovam a ocorrncia de atos de corrupo que envolviam servidores pblicos estaduais que no estavam sendo diretamente investigados. Nessa situao, tais provas poderiam ser utilizadas para embasar processo administrativo disciplinar contra os referidos servidores.

    Comentrios:

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    O que tornaria a prova ilcita seria uma obteno irregular. A obteno da gravao foi vlida, logo, o que foi gravado tambm ser.

    Gabarito: Correto.

    37. (ESAF/TRT 7/2005) nulo o processo em que se produz prova ilcita, mesmo que nele haja outras provas, no decorrentes da prova ilcita, que permitam a formao de um juzo de convico sobre a causa.

    Comentrios:

    O processo no se torna nulo, mas apenas a parte do processo que foi decorrente da prova ilcita.

    Gabarito: Errado.

    Liberdade profissional:

    XIII - livre o exerccio de qualquer trabalho, ofcio ou profisso, atendidas as qualificaes profissionais que a lei estabelecer;

    Este inciso muito cobrado em provas de direito constitucional, no pelo seu contedo em si, mas, por ser um bom exemplo de norma de eficcia contida.

    38. (FGV/Analista de Controle Interno SAD PE/2009) livre o exerccio de qualquer trabalho, ofcio ou profisso, atendidas as qualificaes profissionais que a lei estabelecer.

    Comentrios:

    Trata-se da perfeita literalidade do art. 5., XIII, da Constituio. Tal dispositivo muito cobrado em provas por ser um bom exemplo de norma de eficcia contida, j que garante a liberdade de profisso de forma plena, mas, caso a lei estabelea certos requisitos, eles devero ser observados.

    Gabarito: Correto.

    Informao e publicidade:

    XIV - assegurado a todos o acesso informao e resguardado o sigilo da fonte, quando necessrio ao exerccio profissional;

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    Este princpio no vai de encontro vedao do anonimato visto anteriormente, apenas se resguarda a origem e a forma que tal pessoa, no annima, conseguiu a informao.

    39. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Ao tratar dos direitos e garantias fundamentais, a CF dispe expressamente que assegurado a todos o acesso informao, vedado o sigilo da fonte, mesmo quando necessrio ao exerccio profissional.

    Comentrios:

    A Constituio clara ao estabelecer em seu art. 5, XIV que assegurado a todos o acesso informao e resguardado o sigilo da fonte, quando necessrio ao exerccio profissional.

    Gabarito: Errado.

    Direito de ir e vir

    XV - livre a locomoo no territrio nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

    A no observncia desse direito enseja a ao de Habeas Corpus (remdio constitucional que ser visto frente), e note que este direito protege no s as pessoas, mas tambm seus bens, desde que se cumpram as exigncias da lei e estejamos em tempo de paz.

    CF, art. 49, II e 84, XXII Foras estrangeiras no esto amparadas por este direito, somente podendo transitar no territrio nacional ou nele permanecer, ainda que temporariamente, se permitido pelo Presidente da Repblica, nos casos previstos em LC, ou fora destes casos, se autorizado pelo CN.

    Direito de reunio:

    XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao pblico, independentemente de autorizao, desde que no frustrem outra reunio anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prvio aviso autoridade competente;

    Inciso muito cobrado em provas. Deve-se atentar aos seguintes requisitos:

    seja pacificamente; sem armas; no frustre outra reunio anteriormente convocada para o

    local;

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    avise a autoridade competente. Veja que dispensa autorizao, basta simples aviso;

    Doutrinariamente, entende-se que este direito tambm tutela o direito individual de no ser obrigado a reunir-se contra a prpria vontade.

    40. (FGV/Advogado-Senado/2008) A todos assegurado o direito de reunio, para fins pacficos, em locais abertos ao pblico, independentemente de autorizao e de aviso prvio autoridade competente.

    Comentrios:

    Segundo a Constituio Federal, em seu art. 5., XVI, para que a coletividade de pessoas possa se reunir, devem-se observar os seguintes requisitos constitucionais:

    seja pacificamente;

    sem armas;

    no frustre outra reunio anteriormente convocada para o local;

    avise a autoridade competente.

    Desta forma, erra o item por dizer que dispensa o prvio aviso. Este aviso necessrio, o que no necessrio que a autoridade autorize a reunio.

    Gabarito: Errado.

    41. (FCC/AJAA - TRT 3/2009) No que diz respeito liberdade de reunio, certo que:

    a) o instrumento jurdico adequado para a tutela da liberdade de reunio, caso ocorra leso ou ameaa de leso, ocasionada por ilegalidade ou arbitrariedade, o habeas corpus.

    b) essa liberdade, desde que atendendo aos requisitos de praxe, no est sujeita a qualquer suspenso por conta de circunstncias excepcionais como no estado de defesa.

    c) o prvio aviso autoridade para realizar uma reunio limita-se, to-somente, a impedir que se frustre outra reunio anteriormente convocada para o mesmo local.

    d) na hiptese de algum dos manifestantes, isoladamente, estiver portando arma de fogo, o fato no autoriza a dissoluo da reunio pelo Poder Pblico.

    e) a autoridade pblica dispe de competncia e discricionariedade para decidir pela convenincia, ou no, da realizao da reunio.

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    Comentrios:

    Letra A - Errado. Habeas corpus remdio que garante a liberdade de locomoo. Ou seja, usa-se habeas corpus quando algum est sendo privado de seu direito de "ir e vir". O direito de reunio no se confunde com direito de "ir e vir". Trata-se de um direito que a pessoa possui de se concentrar em local determinado, juntamente com outras pessoas. Caso sejam cumpridas as exigncias constitucionais, a ofensa a este direito dever ser tutelada por meio de Mandado de Segurana e no habeas corpus.

    Letra B - Errado. A Constutio admite a restrio destas liberdades em se tratando de Estado de Stio ou Estado de Defesa (CF, art. 136 e 139).

    Letra C - Errado. Precisa-se avisar a autoridade, para que esta garanta as condies de segurana e manuteno da ordem pblica, necessrias ao evento.

    Letra D - Correto. Para que a coletividade de pessoas possam se reunir, deve-se observar os seguintes requisitos constitucionais:

    - seja pacificamente;

    - sem armas;

    - no frustre outra reunio anteriormente convocada para o local;

    - avise a autoridade competente.

    O uso isolado de arma por uma nica pessoa, com desconhecimento da coletividade, no pode ser motivo para a dissoluo da reunio. Caber s autoridades tomar as providncias cabveis contra ela, sem que o direito coletivo fique prejudicado pela infrao individual.

    Letra E - Errado. A autoridade deve receber apenas o aviso que ocorrer uma reunio em certo local. No cabe a ela autorizar ou desautorizar o exerccio deste direito. O exerccio do direito de reunio s poder ser legalmente frustrado caso no sejam observadas as exigncias constitucionais.

    Gabarito: Letra D.

    Direito de associao:

    XVII - plena a liberdade de associao para fins lcitos, vedada a de carter paramilitar;

    XVIII - a criao de associaes e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorizao, sendo vedada a interferncia estatal em seu funcionamento;

    XIX - as associaes s podero ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por deciso

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    judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trnsito em julgado;

    XX - ningum poder ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

    XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, tm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

    Temos que gravar que:

    1. livre a associao somente para fins LCITOS, sendo vedada a paramilitar;

    2. vedada a interferncia estatal em seu funcionamento e nem mesmo precisa-se de autorizao para cri-las;

    3. Ningum pode ser compelido a associar-se ou permanecer associado;

    4. Paralisao compulsria (independente da vontade dos scios) das atividades:

    Para que tenham suas atividades SUSPENSAS S por deciso judicial ("simples")

    Para serem DISSOLVIDAS S por deciso judicial TRANSITADA EM JULGADO

    5. Podem, desde que EXPRESSAMENTE autorizadas, representar seus associados:

    Judicialmente; ou Extrajudicialmente.

    Carter paramilitar:

    Organizaes paramilitares so agrupamentos ilcitos de pessoas. So entidades que se espelham em princpios das foras armadas para atuarem em fins distintos do interesse pblico. Exemplos dessas associaes so as milcias, as FARC colombianas, entre outros.

    A Constituio, tanto no art. 42 ao dispor sobre os militares do Estado (polcia militar e corpo de bombeiros), quanto no art. 142 ao falar das foras armadas, dispe que os miliares so organizados pelos princpios da hierarquia e disciplina.

    Assim, podemos concluir que seria caracterizada como paramilitar aquela instituio que no fosse constituda pelo Poder Pblico e, que organizada sob os princpios da hierarquia e disciplina, fizesse uso de armas para o alcance de interesses prprios.

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    42. (FGV/Analista de Controle Interno SAD PE/2009) A criao de associaes e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorizao, sendo vedada a interferncia estatal em seu funcionamento.

    Comentrios:

    Perfeita literalidade do art. 5., XVIII, da Constituio.

    Gabarito: Correto.

    43. (FGV/OAB/2010.3) A Constituio garante a plena liberdade de associao para fins lcitos, vedada a de carter paramilitar (art. 5, XVII). A respeito desse direito fundamental, correto afirmar que a criao de uma associao

    (A) depende de autorizao do poder pblico e pode ter suas atividades suspensas por deciso administrativa.

    (B) no depende de autorizao do poder pblico, mas pode ter suas atividades suspensas por deciso administrativa.

    (C) depende de autorizao do poder pblico, mas s pode ter suas atividades suspensas por deciso judicial transitada em julgado.

    (D) no depende de autorizao do poder pblico, mas s pode ter suas atividades suspensas por deciso judicial.

    Comentrios:

    A Constituio garante que livre o direito de associao para fins lcitos, no precisando de autorizao do Poder Pblico para cria-las e no podendo haver interferncia estatal no seu funcionamento. E, de forma COMPULSRIA, ou seja, independente da vontade dos associados:

    Para que tenham suas atividades SUSPENSAS S por deciso judicial;

    Para serem DISSOLVIDAS S por deciso judicial TRANSITADA EM JULGADO

    Gabarito: Letra D

    44. (FCC/AJ Arquivologia - TRT 1/2011) Joo, Carlos, Tcio, Libero e Tibrio se uniram e fu