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CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 1 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Módulo Extra 8 - Ordem Social: Ordem Social: Disposição Geral: A ordem social é o oitavo título da Constituição. Título este que engloba: - Seguridade social (Conjunto formado pela Saúde + Previdência Social + Assistência Social); - Educação, Cultura e Desporto; - Ciência e tecnologia; - Comunicação Social; - Meio Ambiente; - Família, Criança, Adolescente, Jovem e Idoso; e - Indios. Logo no art. 193 temos uma disposição que deve ser fixada para concursos: Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais. Assim, é importante que seja fixado: Base da ordem social = Primado do Trabalho. Objetivo da ordem social = bem-estar e justiça social: 1. (FGV/Delegado de Polícia - ISAE/2010) A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais. Comentários: Trata-se da exata disposição do art. 193 da Constituição federal. Gabarito: Correto. Seguridade social (Disposições Gerais, Saúde, Previdência e Assistência Social): Este tema é simples, vocês não devem se assustar com ele. Para um estudo correto vocês tem que pegar a Constituição Federal, ler o art.

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Módulo Extra 8 - Ordem Social:

Ordem Social:

Disposição Geral:

A ordem social é o oitavo título da Constituição. Título este que engloba:

- Seguridade social (Conjunto formado pela Saúde + Previdência Social + Assistência Social);

- Educação, Cultura e Desporto;

- Ciência e tecnologia;

- Comunicação Social;

- Meio Ambiente;

- Família, Criança, Adolescente, Jovem e Idoso; e

- Indios.

Logo no art. 193 temos uma disposição que deve ser fixada para concursos:

Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais.

Assim, é importante que seja fixado:

• Base da ordem social = Primado do Trabalho.

• Objetivo da ordem social = bem-estar e justiça social:

1. (FGV/Delegado de Polícia - ISAE/2010) A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais.

Comentários:

Trata-se da exata disposição do art. 193 da Constituição federal.

Gabarito: Correto.

Seguridade social (Disposições Gerais, Saúde, Previdência e Assistência Social):

Este tema é simples, vocês não devem se assustar com ele. Para um estudo correto vocês tem que pegar a Constituição Federal, ler o art.

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194, depois ler o 195 (caput), passar o olho nos seus incisos, e após isso, decorar TODOS os parágrafos deste artigo.

O art. 194, o caput do 195, e os parágrafos do 195 são os mais cobrados em concurso.

Os incisos do 195 trazem as contribuições sociais, em um primeiro momento, vocês podem achar meio estranho ficar decorando isso, mas nós vamos esquematizar tudo, não se preocupe!!!

Beleza? Vamos nessa.

Pelo art. 194 da Constituição: a seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

(Obs. Não confunda seguridade social com "seguro" social, este é sinônimo de "previdência social", já a seguridade social é o conjunto desses 3 acima).

2. (FCC/ISS-SP/2007) A seguridade social compreende um conjunto de ações:

a) dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

b) dos Poderes Públicos, mas não da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

c) da sociedade, e não dos Poderes Públicos, destinadas a assegurar somente os direitos relativos à assistência social.

d) dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência, à assistência social e à educação.

e) dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência, à assistência social, à educação e à cultura.

Comentários:

A questão é simples, só para fixar o conceito de seguridade social, lá do art. 194. Seguridade = Saúde + Previdência + Assistência.

Logo, na letra A, está a resposta correta.

SAÚDE PREVIDÊNCIA ASSISTÊNCIA SOCIAL + SEGURIDADE

SOCIAL = +

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A letra B está errada pois o art. 194 diz: a seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

Gabarito: Letra A.

3. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A seguridade social tem por finalidade assegurar exclusivamente os direitos relativos à saúde, mediante um conjunto integrado de ações de iniciativa tanto do poder público como da sociedade.

Comentários:

Acabamos de ver que segundo o art. 194 da Constituição, a seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

Gabarito: Errado.

4. (ESAF/CGU/2008) A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

Comentários:

É a literalidade do art. 194 da Constituição.

Gabarito: Correto.

5. (FJG/Procurador PM - Nova Iguaçu/2006) De acordo com a Constituição Federal, a seguridade social compreende:

A) cultura, previdência e educação

B) habitação, cultura e meio ambiente

C) saúde, previdência e assistência social

D) habitação, assistência social e educação

E) planejamento urbano, saúde e meio ambiente

Comentários:

Opa... essa é fácil! Dispensa maiores comentários - Seguridade = Saúde + Previdência + Assistência.

Gabarito: Letra C.

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Natureza dos serviços:

Pronto... Já sabemos que a Seguridade Social = Saúde + Previdência + Assistência Social. Com isso 40% das questões de prova estão resolvidas.

Vamos agora, diferenciar as linhas gerais de cada um desses 3 serviços. Cada um dos 3 serviços tem um foco diferente no que tange a prestação. Vejamos:

1- Saúde = Todos, rico, pobre, feio ou bonito, têm direito à saúde. Logo, ela é Universal.

2- Previdência Social = Somente quem contribui para o regime é que terá direito aos benefícios da previdência (aposentadoria, auxílio-doença...). Ela é contributiva.

3- Assistência Social = Só receberá o benefício aquele que realmente precisar, já que ela é uma forma de atender àqueles desamparados. Daí dizer que ela é seletiva, pois seleciona quem vai receber o benefício.

6. (FJG/Assistente Social - PM-RJ/2005) A seguridade social instituída pela Constituição de 1988, apesar de apresentar caráter inovador e intencionar compor um sistema ou um padrão amplo de direitos sociais, acabou caracterizando-se por um sistema híbrido, constituído das políticas de saúde, previdência social e assistência social. Possuindo naturezas diferentes quanto ao acesso, essas políticas se caracterizam, respectivamente, como:

A) contributiva, universal e seletiva

B) universal, contributiva e seletiva

C) seletiva, universal e não contributiva

D) contributiva, restritiva, e redistributiva

Comentários:

A saúde é universal, todos têm direito.

A previdência é contributiva, só quem contribuir conseguirá ter acesso aos benefícios. E a Assistência social é seletiva, pois seleciona quem está realmente necessitado para receber o benefício.

Gabarito: Letra B.

Objetivos da Seguridade Social:

ATENÇÃO!!! AGORA É O PONTO MAIS IMPORTANTE DO TEMA!!!

Questão absurdamente recorrente trata dos objetivos da seguridade social. A maioria esmagadora das questões sobre o

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tema cobram os objetivos da seguridade, e a maioria se limita à literalidade (embora tenhamos algumas que cobrem os conceitos).

Assim, é importantíssimo que vocês decorem a literalidade destes incisos. É sério! As bancas são maldosas... decore efetivamente a literalidade dos nomes:

I - universalidade da cobertura e do atendimento;

II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;

III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;

IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;

V - eqüidade na forma de participação no custeio;

VI - diversidade da base de financiamento;

VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão QUADRIPARTITE, com participação, nos órgãos colegiados, dos:

� Trabalhadores;

� Empregadores;

� Aposentados; e

� Governo.

Vítor, mas o que significa cada um? Vamos lá:

1- universalidade da cobertura e do atendimento:

Aqui são 2 princípios: Universalidade da cobertura e a universalidade do atendimento. A universalidade da cobertura quer dizer que a seguridade deve "cobrir" todos os problemas sociais que precisem de uma atenção especial do Estado: doenças, acidentes, reclusão, morte, velhice... Por sua vez, a universalidade do atendimento significa que todas as pessoas poderão ser acolhidas pela Seguridade Social, desde que se enquadrem nos requisitos constitucionais. Por exemplo: para fazer jus à Previdência Social, ela tem que contribuir! Para fazer jus à assistência social, não precisa contribuir, mas deve ser uma pessoa hipossuficiente, já a saúde é direito de todos, independe de contribuição ou de poder aquisitivo.

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2- uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais:

Primeiro, a cobertura das contingências (problemas sociais) devem se dar de forma igualitária, ou seja, a mesma coisa que se tem cobertura na cidade, deve-se ter também para à população rural (velhice, doenças...). E, segundo, os benefícios devem ser equivalentes no que tange ao "valor".

3- seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços:

Aqui temos 2 princípios: seletividade e distributividade.

Ser seletivo significa que irá se estabelecer prioridades (vem de "selecionar"). Mas selecionar o que? Selecionar quais "SERVIÇOS E BENFICIOS" serão prestados.

A distributividade significa atender prioritariamente as "PESSOAS" que precisam mais, como forma de se alcançar o bem-estar e a justiça social.

A seletividade e distributividade ocorre devido à limitada capacidade econômica, devendo haver prioridades. Veja que este princípio acaba por condicionar e estabelecer limites ao princípio da universalidade da cobertura e do atendimento.

4- irredutibilidade do valor dos benefícios:

Trata-se de uma proibição de que se reduza o valor "NOMINAL" dos benefícios...

Ou seja, se alguém ganhar 100 reais em certo benefício, nunca vai poder passar a ganhar menos de 100 reais, ou seja, o valor nominal. Este princípio, não protege por si só, o valor "REAL" (poder de compra), analisado considerando a inflação. Assim, se no concurso vier dizendo que este princípio impede que haja uma redução do valor REAL, estará errado! Trata-se apenas de uma proteção ao valor nominal (valor de "número", independentemente do seu poder de compra).

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5- eqüidade na forma de participação no custeio:

Ter equidade é "ser justo", ou seja, a equidade na participação do custeio é a justiça no momento de contribuir. Deve-se, assim, levar em consideração a capacidade contributiva no momento de participar do custeio da seguridade. Quem tem mais paga mais, quem tem menos paga menos.

6- diversidade da base de financiamento:

O financiamento deve ser feito por diversas fontes de recursos (várias contribuições sociais e recursos orçamentários), além de uma diversidade de gente para contribuir (cidadão, governo, empresas...). Este princípio é expresso na Constituição pelo art. 195:

A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; e das seguintes contribuições sociais (...).

7- caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite:

Aqueles que têm interesse na Seguridade, devem participar da gestão. Assim, nos órgãos colegiados (aqueles que decidem por vontade da maioria) da seguridade social, deve haver representantes dos trabalhadores, empregadores. aposentados e governo.

7. (FCC/AJEM-TRT-15ª/2009) A seguridade social, além de outros, tem como objetivos a:

a) iniquidade na forma de participação no custeio.

b) distributividade na prestação dos benefícios e serviços.

c) redutibilidade do valor dos benefícios.

d) centralização da administração mediante gestão única.

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e) unidade da base de financiamento estatal.

Comentários:

Para essa questão, bastava saber os nomes, que como eu disse: devem estar decorados!!!

Gabarito: Letra B.

8. (FCC/ACE-TCE-AM/2008) O financiamento da seguridade social por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como de contribuições sociais enumeradas na Constituição da República, esteia-se no princípio constitucional da

a) universalidade da cobertura e do atendimento.

b) diversidade da base de financiamento.

c) seletividade e distributividade na prestação de benefícios.

d) irredutibilidade do valor dos benefícios.

e) descentralização da administração, mediante gestão quadripartite.

Comentários:

Trata-se da literalidade do art. 195, que nada mais é do que a expressão do princípio da diversidade da base de financiamento. Ou seja, o financiamento da seguridade deve se dar através de diversas fontes diferentes.

Gabarito: Letra B.

9. (FCC/DPE-PA/2009) Dentre os princípios da Seguridade Social encontra-se o da

a) universalidade da cobertura e do atendimento, o que significa que todas as ações abrangidas pela seguridade social independem de contraprestação do beneficiário.

b) uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços entre as populações urbanas e rurais, ainda quando o sistema de contribuição de cada qual seja distinto.

c) irredutibilidade do valor dos benefícios, de modo que os índices de atualização monetária dos valores das contribuições devem também ser aplicados aos valores dos benefícios.

d) criação, majoração ou extensão de benefício ou serviço da seguridade social independentemente de indicação da correspondente fonte de custeio total.

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e) diversidade da base de financiamento, de modo que a seguridade social seja financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como das contribuições previstas na Constituição Federal e legislação com ela conforme.

Comentários:

Essa questão nos traz a necessidade de comentários separados, vejamos:

Letra A - está errada, pois universalidade da cobertura e do atendimento faz referência à "abrangência" da seguridade social, a universalidade das contingências e a universalidade das pessoas atendidas. Quando a assertiva fala em "as ações abrangidas pela seguridade social independem de contraprestação do beneficiário" ela traz algo que é característico apenas da assistência social e da saúde, não sendo verdade para fins de previdência social, que é necessariamente contributiva.

Letra B - Não existe essa de "ainda quando o sistema de contribuição de cada qual seja distinto", não há essa distinção pelo simples fato de ser "urbano" ou "rural".

Letra C - Errado. O que eu falei? A irredutibilidade não protege valor real... somente o nominal, então, não tem nada que falar em "deve corrigir monetariamente o benefício". Este princípio não assegura a irredutibilidade do "poder de compra", mas tão-somente do valor do benefício em termos nominais (número).

Letra D - Errado. Trata-se de uma disposição constante do art. 195 §5º: nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio TOTAL.

Letra E - Essa tá certinha... Foi o que vimos, tá lá no art. 195, expressando na Constituição o princípio da diversidade da base de financiamento.

Gabarito: Letra E.

10. (FCC/Analista - MPU/2007) Analise:

I. Eqüidade na forma de participação no custeio;

II. Singularidade da cobertura e do atendimento;

III. Igualdade da base de financiamento;

IV. Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços.

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De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil, são objetivos da seguridade social APENAS os indicados em

a) I e II.

b) I e IV.

c) II e III.

d) II e IV.

e) III e IV.

Comentários:

Nessa aqui bastava saber a literalidade.

O item II está errado, pois a cobertura e atendimento são informados pelas "universalidade" e não pela "singularidade", e o item III erra pelo fato de a base de financiamento ser "diversificada".

O I e IV estão corretos.

Gabarito: Letra B.

11. (FCC/Analista - TCE - AM/2008) O financiamento da seguridade social por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como de contribuições sociais enumeradas na Constituição da República, esteia-se no princípio constitucional da universalidade da cobertura e do atendimento.

Comentários:

O correto seria dizer "princípio da diversidade da base de financiamento". O princípio da universalidade da cobertura e do atendimento é o princípio que orienta a seguridade social para cobrir todos os riscos sociais (universalidade da cobertura) e cobrir todas as pessoas (universalidade do atendimento).

12. (FCC/Auditor - TCE-SP/2008) Embora a organização da seguridade social seja de competência do Poder Público, deverá ser observado, em sua administração, caráter democrático e descentralizado, mediante gestão tripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores e do Governo nos órgãos colegiados.

Comentários:

Segundo o art. 194, parágrafo único, VII, a gestão é democrática, descentralizada e quadripartite, com participação, nos órgãos colegiados, de representantes:

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• dos trabalhadores;

• dos empregadores;

• dos aposentados; e

• do Governo.

Gabarito: Errado.

13. (CESPE/MPS/2010) Entre as regras gerais estipuladas para organizar a seguridade social, consta a possibilidade de redução dos valores dos benefícios com o propósito de garantir a universalidade da cobertura e do atendimento.

Comentários:

Errado. A Constituição, em seu art. 194, parágrafo único, os objetivos da seguridade social. e no seu inciso IV consagra a irredutibilidade do valor dos benefícios.

Gabarito: Errado.

14. (CESPE/MPS/2010) Entre os objetivos traçados pela CF para a organização da seguridade social, consta o caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite.

Comentários:

Exatamente, segundo a Constituição, em seu art. 194, parágrafo único, VII, a administração da seguridade social deve possuir um caráter democrático e descentralizado, mediante gestão quadripartite, com participação de trabalhadores, empregadores, aposentados e governo nos órgãos colegiados.

Gabarito: Correto.

15. (ESAF/MDIC/2012) Nos termos da atual redação da Constituição, são objetivos estabelecidos para a organização da seguridade social, exceto:

a) seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços.

b) distinção dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais, conforme suas peculiaridades.

c) equidade na forma de participação no custeio.

d) irredutibilidade do valor dos benefícios.

e) diversidade da base de financiamento.

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Comentários:

A questão cobrou o conhecimento sobre o parágrafo único do art. 194 da Constituição Federal. Da relação constante em tal dispositivo, somente a letra B está incorreta. O correto seria uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais.

Gabarito: Letra B.

16. (ESAF/CGU/2006) Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, tendo como um de seus objetivos a uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais.

Comentários:

Perfeita disposição da Constituição sem seu art. 194, II.

Gabarito: Correto.

17. (ESAF/CGU/2006) Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, tendo como um de seus objetivos a seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços.

Comentários:

Esta previsão pode ser encontrada na Constituição sem seu art. 194, III.

Gabarito: Correto.

18. (ESAF/CGU/2006) Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, tendo como um de seus objetivos a irredutibilidade do valor dos benefícios.

Comentários:

Disposição que se encontra na Constituição sem seu art. 194, IV.

Gabarito: Correto.

19. (ESAF/CGU/2006) Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, tendo como um de seus objetivos a diversidade da base de financiamento.

Comentários:

Perfeita disposição da Constituição sem seu art. 194, VI.

Gabarito: Correto.

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20. (ESAF/CGU/2006) Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, tendo como um de seus objetivos o caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a participação da comunidade, em especial de trabalhadores, empresários e aposentados.

Comentários:

A questão é bem confusa, na verdade está usando o art. 194, VII da Constituição por base, mas, colocando conceitos errados, como a participação de empresários. O empresário não necessáriamente é um empregador, o que torna a questão incorreta.

Gabarito: Errado.

21. (ESAF/TCU/2006) A gestão tripartite da seguridade social - trabalhadores, empregadores e Governo - é um dos princípios constitucionais que orientam a organização da seguridade social.

Comentários:

A gestão é quadripartite, segundo a Constituição em seu art. 194, VII.

Gabarito: Errado.

Financiamento da Seguridade Social:

Sabemos que a seguridade social é informada pela "diversidade da base de financiamento". Assim, segundo o art. 195: a seguridade social será financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta.

Esse financiamento da sociedade se dá através de recursos orçamentários (provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios) e de diversas contribuições sociais, dispostas no art. 195.

Lembrem-se que vocês precisam ler os parágrafos do art. 195. Logo no primeiro parágrafo traz algo muito importante e cobrado em concursos no que se refere ao financiamento da seguridade social com recursos orçamentários:

CF, art. 195 § 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.

Assim, todos os entes da federação devem contribuir para o financiamento da seguridade social, mas este financiamento será destacado em seu próprio orçamento, e não no orçamento da União.

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Segundo o art. 195, além dos recursos orçamentários, existem várias contribuições sociais para financiar a seguridade. Essas contribuições sociais são TRIBUTOS, logo devem ser instituídas por LEI (ou medida provisória). Elas se dividem basicamente em 4 grupos (vide incisos do art. 195):

*1- Do Empregador (empresa ou entidade equiparada);

2- Do Trabalhador (e demais segurados);

3- Dos concursos de prognósticos (loterias e sorteios);

4- Do importador.

As contribuições sobre o primeiro grupo (empregador, empresa ou entidade equiparada) podem incidir em 3 diferentes áreas:

*a) Sobre a folha de salários paga (e demais rendimentos pagos ou creditados ao trabalhador, ainda que este não tenha vínculo empregatício);

b) Sobre a receita ou o faturamento do empregador;

c) Sobre o lucro do empregador.

A Constituição estabelece que essas 3 contribuições incidentes sobre o empregador, poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, utilização intensiva de mão-de-obra, porte da empresa ou condição estrutural do mercado de trabalho (CF, art. 195 §9º);

*OBS.1 - É importante também que se diga que essas contribuições do empregador sobre a folha de salários e a contribuição do trabalhador (assinaladas com "*", serão chamadas de Contribuições Sociais PREVIDENCIÁRIAS, e só poderão ser usadas para financiar os benefícios pagos pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS), não poderão ter nenhum outro destino (CF, art. 167, XI).

OBS.2 - Outra coisa, segundo o art. 195 §11º, é vedada a concessão de remissão ou anistia destas contribuições previdenciárias para débitos em montante superior ao fixado em Lei Complementar.

Demais parágrafos do art. 195:

§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.

§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá

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contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.

§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.

Essas "outras fontes" são as chamadas "contribuições novas ou residuais", que observando o art. 154, I e a jurisprudência do STF, devem cumprir os seguintes requisitos:

• deverão ser instituídas por lei complementar;

• as contribuições deverão ser não cumulativas;

• não poderão ter fato gerador ou base de cálculo idênticos às de contribuições já existentes.

§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”.

Assim, diz-se que as contribuições sociais, embora tributos, não se sujeitam à anterioridade anula (CF, art. 150, III) segundo a qual, os tributos só poderão ser exigíveis no ano seguinte à publicação da lei que os instituiu. As contribuições sociais se sujeitam à "anterioridade nonagesimal" sendo exigíveis após um lapso de 90 dias.

§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.

STF – Súmula nº 730 → A imunidade conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, “c”, da CF, somente alcançará as entidades fechadas de previdência social se não houver contribuição dos beneficiários.

§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota

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sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei.

Essa redação foi dada pela EC 20/98 que excluiu os “garimpeiros” da relação.

Esse § 8º relaciona aqueles chamados "segurados especiais" - são segurados especiais as pessoas da lista abaixo, bem como seus respectivos cônjuges:

O produtor;

O parceiro;

O meeiro; e

O arrendatário.

O pescador ARTESANAL

Os segurados especiais, são chamados de "especiais" pois eles devem contribuir para a seguridade mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e com isso eles farão jus aos benefícios nos termos da lei.

§ 10 A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos.

§ 12 A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não cumulativas.

Ou seja, a não cumulatividade será definida em lei, para as contribuições:

• sobre a receita/faturamento; e

• do importador.

§ 13 Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento.

A ideia é que gradativamente se substitua a contribuição incidente sobre a folha de salários pela contribuição sobre a receita/faturamento e que a não cumulatividade continue sendo assegurada para estas.

Rurais Desde que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes.

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Vamos fazer algumas questões para fixar antes que enlouqueçamos:

22. (FCC/AJEM-TRT-3ª/2009) Em relação à seguridade social, é correto afirmar:

a) As contribuições da seguridade social incidentes em cada situação podem ser instituídas por lei ordinária, medida provisória, decreto do Chefe do Executivo, vedadas as de portaria ministerial.

b) Os recursos para o financiamento da seguridade social serão provenientes, dentre outros, dos orçamentos dos Municípios e de contribuições sociais sobre a receita de concursos de prognósticos.

c) As contribuições sociais destinadas ao financiamento da seguridade social, como tributos, só poderão ser exigidas após decorrido um ano da lei que as houver instituído, conforme o princípio da anterioridade do exercício financeiro.

d) O parceiro, o meeiro e o pescador artesanal, ainda que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, mas que não tenham moradia própria, são isentos de contribuição para a seguridade social.

e) As contribuições de seguridade social do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada não poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica ou de condição estrutural do mercado de trabalho.

Comentários:

A letra A está incorreta, pois as contribuições sociais são tributos, e como tais, só podem ser instituídos por LEI (também vale medida provisória), logo, não pode instituir contribuição por decreto presidencial.

A Letra B está correta! O art. 195 fala: a seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; e das seguintes contribuições sociais... (entre elas está a incidente sobre a receita de concursos de prognósticos).

A letra C está errada, pois embora elas sejam realmente tributos, as contribuições não se sujeitam à anterioridade anual, mas apenas a uma anterioridade "nonagesimal" (90 dias) conforme diz o art. 195 §6º: As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b” (O art. 150, III, “b” é justamente a anterioridade anual, a qual não se aplica).

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A letra D está errada!!! Eles devem contribuir sim... embora sejam "segurados especiais" (ahhh... e não tem essa de "sem moradia própria", isso é irrelevante). O que temos que saber é que segundo a previsão do art. 195 da Constituição em seu § 8º, os "segurados especiais" devem contribuir para a seguridade mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e com isso eles farão jus aos benefícios nos termos da lei.

A letra E contraria o disposto no art. 195 § 9º (As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho) conforme foi visto no esquema que fizemos!

Gabarito: Letra B.

23. (FCC/AJAJ-TRT-15ª/2009) Quanto à seguridade social é INCORRETO que

a) a sua fonte de financiamento abrange os recursos provenientes dos orçamentos da União, do Distrito Federal e dos Municípios, além de contribuições sociais.

b) será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, na forma da lei.

c) os benefícios e os serviços da seguridade social poderão ser criados, majorados ou estendidos, na forma da lei, ainda que sem a correspondente fonte de custeio.

d) são isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.

e) as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.

Comentários:

A letra A e a letra B se completam, juntas formam o art. 195 da Constituição, expressão do princípio da "diversidade da base do financiamento". Estão corretas.

A letra C está errada, pois para se criar ou ampliar benefícios, é obrigatório que seja indicada qual será a fonte de custeio TOTAL deles (CF, art. 195, §6º).

A Letra D traz exatamente a "imunidade" a contribuições prevista no art. 195 §7º: "são isentas de contribuição para a seguridade social as

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entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei".

A letra E também está correta. Ao se formar o orçamento da seguridade social, aquilo que o Estado/DF ou Município estiver destinando, será incluído nos próprios orçamentos, não integrará o orçamento da União, por força do art. 195 §1º.

Gabarito: Letra C.

24. (FCC/Auditor - TCE-SP/2008) É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais do empregador incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados à pessoa física que lhe preste serviços, mesmo sem vínculo empregatício.

Comentários:

Olha a pegadinha!!!

O art. 195 §11 da Constituição diz que é vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais incidentes sobre a folha de salário paga pelo empregador e sobre os trabalhadores, mas, isso somente para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar.

Gabarito: Errado.

25. (CESPE/MPS/2010) A CF prevê, expressamente, como fonte de financiamento para a seguridade social, a contribuição social da empresa incidente sobre o lucro.

Comentários:

É isso mesmo, segundo o art. 195, existem várias contribuições sociais para financiá-la, dividindo-se em 4 grupos:

1- Do Empregador (empresa ou entidade equiparada);

2- Do Trabalhador (e demais segurados);

3- Dos concursos de prognósticos (loterias e sorteios);

4- Do importador.

As contribuições sobre o primeiro grupo (empregador, empresa ou entidade equiparada) podem incidir em 3 diferentes áreas:

a) Sobre a folha de salários paga (e demais rendimentos pagos ou creditados ao trabalhador, ainda que este não tenha vínculo empregatício);

b) Sobre a receita ou o faturamento do empregador;

c) Sobre o lucro do empregador;

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Gabarito: Correto.

26. (CESPE/MTE/2008) Sobre a receita de concursos de prognósticos incide contribuição social destinada a financiar a seguridade social.

Comentários:

Concurso de prognósticos é qualquer sorteio de números ou símbolos, como as loterias. Sobre a receita destes concursos, incidirá contribuição a fim de financiar a seguridade social, nos termos do art. 195, III.

Gabarito: Correto.

27. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O pescador artesanal que exerça suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, não contribuirá para a seguridade social.

Comentários:

O pescador artesanal também está no grupo dos "segurados especiais", ou seja, aqueles que devem contribuir para a seguridade mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e assim fazer jus aos benefícios nos termos da lei. Desta forma, eles não estão dispensados de contribuir.

Gabarito: Errado.

28. (CESPE/MPS/2010) A fim de conferir maior estabilidade ao sistema atuarial, integram o orçamento da União as receitas dos estados, do DF e dos municípios destinadas à seguridade social.

Comentários:

Errado.Nos termos da Constituição Federal, em seu art. 195, §1º, as receitas dos Estados, do DF e dos Municípios, destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.

Gabarito: Errado.

29. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Ao dispor sobre a ordem social, a CF estabelece que as receitas dos estados, do DF e dos municípios, destinadas à seguridade social, constem do respectivo orçamento, não integrando o orçamento da União.

Comentários:

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É a perfeita disposição do art. 195 §1º da Constituição, orientando para que as receitas orçamentárias arrecadadas pelos entes para serem destinadas à seguridade social permaneçam no orçamento do respectivo ente, e não integre assim o orçamento da União.

Gabarito: Correto.

30. (ESAF/AFRFB/2009) Nos termos do disposto na Constituição Federal de 1988 a seguridade social será financiada pela União e pelo plano gestor dos Estados e Municípios.

Comentários:

A seguridade social é financiada nos termos do art. 195 da Constituição. Ou seja, mediante orçamento dos entes da federação e mediante contribuição sociais.

Gabarito: Errado.

31. (ESAF/AFRF/2005) A seguridade social será financiada com recursos, entre outros, provenientes de contribuições do trabalhador e demais segurados da previdência social, incidentes, inclusive, sobre aposentadorias e pensões concedidas pelo regime geral de previdência social.

Comentários:

Isto contraria o disposto no art. 195, II da Constituição Federal, que veda a incidência de contribuições sobre os benefícios concedidos pelo RGPS.

Gabarito: Errado.

32. (ESAF/AFRF/2005) Nenhum benefício da seguridade social poderá ser criado ou majorado sem a correspondente fonte de custeio total, salvo os de caráter emergencial para atendimento de calamidade pública.

Comentários:

Pelo art. 195 §5º da Constituição, não existe exceção para “os de caráter emergencial para atendimento de calamidade pública”.

Gabarito: Errado.

33. (ESAF/MPU/2004) As contribuições sociais destinadas ao custeio da seguridade social serão exigíveis noventa dias após a data da promulgação da lei que as houver instituído ou modificado ou no primeiro dia do exercício financeiro seguinte, quando a lei for promulgada a menos de noventa dias do fim do exercício financeiro.

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Comentários:

A questão possui dois erros. O primeiro é que as contribuições sociais do art. 195 só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação (CF, art. 195 §6º). Outro erro, é que não existe disposição sobre o que o enunciado versa em sua segunda parte: “quando a lei for promulgada a menos...”.

Gabarito: Errado.

34. (ESAF/Advogado-IRB/2006) O produtor que exerça sua atividade em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirá para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção.

Comentários:

É o disposto no art. 195 da CF em seu § 8º.

Gabarito: Correto.

35. (ESAF/AFRF/2005) O pescador artesanal que exerça a sua atividade em regime de economia familiar, ainda que possua até três empregados permanentes, contribuirá para a seguridade social mediante aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção.

Comentários:

Segundo o art. 195 §8º da Constituição, é vedado que ele tenha empregados permanentes.

Gabarito: Errado.

36. (ESAF/MTE/2006) É vedada a fixação de alíquotas diferenciadas para a contribuição social destinada ao financiamento da seguridade social incidente sobre a folha de salários das empresas, em razão da atividade econômica por ela desenvolvida.

Comentários:

Podemos dizer que segundo a Constituição em seu art. 195 § 9º, a contribuição social destinada ao financiamento da seguridade social incidente sobre a folha de salários das empresas - não só ela, mas todas as contribuições sociais a cargo do empregador - poderá ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho.

Gabarito: Errado.

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37. (ESAF/AFRF/2005) A contribuição para financiamento da seguridade social paga pela empresa poderá ter alíquota diferenciada em razão da utilização intensiva da mão-de-obra.

Comentários:

É o que está previsto no art. 195 §9º da Constituição.

Gabarito: Correto.

38. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Em caráter excepcional, presentes as condições definidas no texto constitucional, os benefícios da seguridade social relativos aos idosos poderão ser majorados, sem a correspondente fonte de custeio total.

Comentários:

O art. 195 da Constituição dispõe em seu § 5º que nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

Gabarito: Errado.

39. (ESAF/MTE/2006) As contribuições sociais destinadas ao financiamento da seguridade social incidentes sobre a receita ou faturamento da empresa e sobre o importador de bens ou serviços do exterior serão sempre não-cumulativas.

Comentários:

Isso ocorre somente quando a lei assim definir, já que a Constituição prevê em seu art. 195 §12 que a lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes sobre a receita/faturamento das empresas e a do importador serão não-cumulativas.

Gabarito: Errado.

40. (ESAF/AFPS/2002) É vedada a concessão de isenção ou anistia da contribuição social destinada à seguridade social, incidente sobre a receita de concursos de prognósticos, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar.

Comentários:

Segundo o art. 195 §11 e também segundo aquele nosso esqueminha, essa é uma vedação que abrange somente as contribuições previdenciárias, ou seja, as contantes do art. 195, I, “a” e II.

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Gabarito: Errado.

41. (FGV/Delegado de Polícia - ISAE/2010) Relativamente à ordem social, assinale a afirmativa incorreta.

a) A assistência à saúde pode ser exercida pela iniciativa privada, desde que previamente autorizado seu funcionamento pelo Ministério da Saúde e submetidas às regras de concessão pública contidas na Constituição.

b) A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

c) A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais.

d) A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de contribuições sociais determinadas na Constituição.

e) A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Gabarito: Letra A

42. (FJG/APO-PM-RJ/2005) Para que um benefício previdenciário seja criado, majorado ou estendido, a condição fundamental é:

A) estabelecimento das diretrizes governamentais

B) aprovação prévia pela corte de contas

C) indicação da fonte de custeio total

D) previsão em planilha de custos

Comentários:

Nossa, que questão diferente... nunca pensei que fosse cair algo tão difícil...

Brincadeira, né pessoal?

Gabarito: Letra C.

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Saúde:

Disposições Constitucionais:

Conceito

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.

Sistema Único de Saúde (SUS)

Conceito e diretrizes

Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;

II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;

III - participação da comunidade.

Financiamento

§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. (Renumerado de parágrafo único pela EC 29/00)

§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: (Incluído pela EC 29/00)

I - no caso da União, na forma definida nos termos da lei complementar prevista no § 3º; (Incluído pela EC 29/00)

II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos

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recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; (Incluído pela EC 29/00)

III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º. (Incluído pela EC 29/00)

Tais artigos mencionados nos incisos acima tratam da repartição de receitas tributárias.

Papel da lei complementar

§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá: (Incluído pela EC 29/00)

I - os percentuais de que trata o § 2º; (Incluído pela EC 29/00)

II - os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das disparidades regionais; (Incluído pela EC 29/00)

III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal; (Incluído pela EC 29/00)

IV - as normas de cálculo do montante a ser aplicado pela União. (Incluído pela EC 29/00)

Agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias

§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação. (Incluído pela EC 51/06)

§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial.

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Esse dispositivo foi incluído pela EC 51/06, porém com redação atual dada pela EC 63/10 que estabeleceu que além de dispor sobre o regime jurídico e a regulamentação das atividades - o que já era previsto antes - caberia à lei federal dispor também sobre as diretrizes para os Planos de Carreira e o piso salarial profissional nacional destes agentes. A EC 63 previu ainda que competiria à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial.

§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição Federal, o servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício. (Incluído pela EC 51/06)

Lembrando que os servidores públicos estáveis só podem perder o cargo através de:

• sentença judicial transitada em julgado;

• processo administrativo;

• avaliação periódica de desempenho por LC, assegurada a ampla defesa;

• excesso de despesa na forma do § 4º do art. 169 da CF.

E para os tais agentes encontramos então mais um caso: descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício.

Assistência à saúde pela iniciativa privada

Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

Assim, elas participarão:

• de forma complementar do SUS;

• segundo diretrizes dos SUS;

• através de contrato de direito público ou convênio;

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• preferencialmente por entidades filantrópicas e sem fins lucrativos.

O termo “complementar” já foi objeto de exames.

§ 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.

§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.

§ 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.

Competências do SUS

Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:

I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;

II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;

III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;

IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;

V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;

VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;

VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;

VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

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43. (FCC/Auditor - TCE-SP/2008) A assistência à saúde é livre à iniciativa privada, que poderá, inclusive, participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo, no entanto, preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

Comentários:

É a perfeita disposição do art. 199 §1º da Constituição, ou seja, a participação será:

• de forma complementar do SUS;

• segundo diretrizes dos SUS;

• através de contrato de direito público ou convênio;

• preferencialmente por entidades filantrópicas e sem fins lucrativos.

Gabarito: Correto.

44. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Suponha que Pedro, menor com 10 anos de idade, não tenha acesso a medicamento gratuito fornecido pelo SUS. Nessa situação hipotética, tem legitimidade para impetrar ação civil pública o MP, com vistas a condenar o ente federativo competente a disponibilizar esse medicamento.

Comentários:

Segundo o STF, como garantia do direito à saúde, é obrigação do Estado o fornecimento de medicamentos a pacientes carentes, havendo inclusive possibilidade de bloqueio de valores a fim de assegurar o fornecimento gratuito de medicamentos em favor de pessoas hipossuficientes.

Gabarito: Correto.

45. (ESAF/CGU/2008) A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Comentários:

Literalidade do art. 196 da Constituição.

Gabarito: Correto.

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46. (ESAF/CGU/2008) Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições constitucionais e nos termos da lei, executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador.

Comentários:

É o disposto no art. 200, II da Constituição.

Gabarito: Correto.

47. (ESAF/MTE/2006) Ao Sistema Único de Saúde compete, nos termos da lei, colaborar na proteção do meio ambiente do trabalho. Comentários:

É o previsto pelo art. 200, VIII da Constituição.

Gabarito: Correto.

48. (ESAF/ENAP/2006) A Constituição Federal permite a destinação de recursos públicos, sob a forma de subvenção, a entidades privadas, com fins lucrativos ou não, que participem de forma complementar do Sistema Único de Saúde.

Comentários:

Esta destinação é vedada pelo art. 199 §2º da Constituição.

Gabarito: Errado.

49. (ESAF/MPU/2004) No caso de uma instituição privada de saúde, com fins lucrativos, assinar com o poder público um contrato de direito público ou convênio para participar de forma complementar do sistema único de saúde, poderão ser destinados a essa instituição recursos públicos para auxílios ou subvenções.

Comentários:

Esta destinação é vedada pelo art. 199 §2º da Constituição.

Gabarito: Errado.

50. (ESAF/CGU/2004) Por serem de relevância pública as ações e serviços de saúde, é entendimento do STF que o Ministério Público Federal está autorizado a ajuizar ação civil pública contra a contratação de rede hospitalar privada, no âmbito do SUS, sem o devido processo licitatório.

Comentários:

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Segundo posição do STF , o Ministério Público tem legitimidade ativa para propor ação civil pública com o objetivo de evitar lesão ao patrimônio público decorrente de contratação de serviço hospitalar privado sem procedimento licitatório.

Gabarito: Correto.

Previdência:

Organização e cobertura

Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (Redação do art. e seus incisos dada pela EC 20/98)

I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;

II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;

III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;

IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;

V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º.

Critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria

§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. (Redação dada pela EC 47/05 que incluiu os deficientes como beneficiários de condições especiais para aposentadoria)

Essa mesma disposição ocorre para o RPPS, vide o art. 40, § 4º.

“Piso” para os benefícios substitutivos

§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá

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valor mensal inferior ao salário mínimo. (Redação dada pela EC 20/98)

Assim, um benefício pode sim ser inferior ao salário mínimo, desde que ele não seja substitutivo de salário de contribuição.

Por exemplo, uma aposentadoria não poderá ter valor inferior ao salário mínimo, porém, o salário-família poderá, pois este não é substitutivo.

“Teto” – Art. 248 → Os benefícios pagos, a qualquer título, pelo órgão responsável pelo RGPS, ainda que à conta do Tesouro Nacional, e os não sujeitos ao “teto” de valor fixado para os benefícios concedidos por esse regime (como por exemplo: o auxílio-maternidade) observarão de qualquer modo o “teto” como o dos Ministros do STF.

Logo, o beneficiário de um auxílio-maternidade, mesmo que ganhasse 80 mil reais de salário, receberá do INSS no máximo o valor do subsídio dos Ministros do STF.

Manutenção do valor real

§ 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente atualizados, na forma da lei. (Redação dada pela EC 20/98)

§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. (Redação dada pela EC 20/98)

Vedação a dupla filiação

§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência. (Redação dada pela EC 20/98)

Gratificação natalina (13º salário)

§ 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano. (Redação dada pela EC 20/98)

Aposentadoria

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§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições: (Redação dada pela EC 20/98)

Aposentadoria por tempo de contribuição

I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; (Redação dada pela EC 20/98)

Segundo veremos no § 8º, esse tempo é reduzido em 5 anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério no ensino fundamental, médio e infantil.

Tem que ser exclusivamente no “FMI” – Fundamental, Médio e Infantil.

Aposentadoria por idade

II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. (Incluído pela EC 20/98)

Veja que aqui o garimpeiro é incluído para fins de se reduzir a sua idade para a aposentadoria, embora ele não entre no conceito de segurado especial para contribuir com uma alíquota sobre o resultado da produção, como visto na parte de financiamento.

Redução do tempo de contribuição para professores

§ 8º Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo anterior serão reduzidos em cinco anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. (Redação dada pela EC 20/98)

Contagem recíproca do tempo de contribuição

§ 9º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei. (Incluído pela EC 20/98)

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Cobertura do risco de acidente do trabalho

§ 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo regime geral de previdência social e pelo setor privado. (Incluído pela EC 20/98)

Esta disposição embasa a cobrança de uma contribuição adicional às previdenciárias (comumente chamadas de contribuição para o RAT) que varia seu percentual de acordo com o risco da atividade trabalhista exercida.

Incorporação dos ganhos habituais

§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei. (Incluído pela EC 20/98)

Sistema especial de inclusão previdenciária

§ 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para atender a trabalhadores de baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo.

Essa redação atual foi dada pela EC 47/05. O sistema especial de inclusão previdenciária foi incluído em nosso ordenamento pela EC 41/03, porém, a EC 47 alterou o texto para incluir entre os beneficiários aqueles que, sem renda própria, que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda.

Sistema especial de inclusão previdenciária = 1 salário–mínimo, para:

• os trabalhadores de baixa renda; e

• àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda.

Não confundir com o benefício assistencial de prestação continuada (BAPC) que veremos a frente no art. 203, V.

§ 13. O sistema especial de inclusão previdenciária de que trata o § 12 deste artigo terá alíquotas e carências inferiores

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às vigentes para os demais segurados do regime geral de previdência social. (Incluído pela EC 47/05)

Previdência Privada

Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar. (Redação dada pela EC 20/98)

§ 1° A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de benefícios de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos. (Redação dada pela EC 20/98)

§ 2° As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei. (Redação dada pela EC 20/98)

§ 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado. (Incluído pela EC 20/98)

§ 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada, e suas respectivas entidades fechadas de previdência privada. (Incluído pela EC 20/98)

§ 5º A lei complementar de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, às empresas privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada. (Incluído pela EC 20/98)

§ 6º A lei complementar a que se refere o § 4° deste artigo estabelecerá os requisitos para a designação dos membros

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das diretorias das entidades fechadas de previdência privada e disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação. (Incluído pela EC 20/98)

51. (Funiversa/Delegado - PCDF/2009) Quanto à ordem social, assinale a alternativa correta.

a) A ordem social trata do conjunto de preceitos constitucionais que sustentam os direitos e deveres individuais e coletivos, considerados de primeira geração.

b) A seguridade social é um conjunto integrado de ações de iniciativa do poder público e da sociedade cujo destinatário é toda pessoa de que deste benefício necessite, independentemente de contribuição.

c) A previdência social é responsável pelas ocorrências ao trabalhador, sejam elas por motivo de doença, invalidez, morte, idade avançada, gravidez e desemprego involuntário. Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou rendimento do trabalho terá valor inferior ao salário mínimo.

d) A Constituição Federal prevê a possibilidade de lei instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, independentemente de correspondente fonte de custeio total.

e) As receitas dos estados-membros, do Distrito Federal e dos municípios relativas à seguridade social são previstas como parte integrante do orçamento da União.

Comentários:

Letra A – Errado. Realmente os direitos sociais, econômicos e culturais são os que vieram a sustentar os direitos e deveres individuais, já que aqueles iriam fornecer as condições para que estes fossem efetivamente usufruídos. No entanto, tais direitos (Sociais, Econômicos e Culturais) são direitos de “segunda dimensão” e não de primeira.

Letra B – Errado. O que o enunciado definiu seria a “assistência social”.

Letra C – Correto. A assertiva tem respaldo no art. 201 §2º da Constituição Federal.

Letra D – Errado. A questão fez uma embolação só... Misturou o termo “fontes” que é usado como “recursos para custeio”, com criação de novos benefícios... Deixemos pra lá essa maluquice!

Creio que a banca estaria tentando cobrar o conhecimento sobre o 5º do art. 195 da Constituição:

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Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser cri ado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

Letra E – Agora, contrariou a Constituição, art. 195 § 1º: As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.

Gabarito: Letra C.

52. (ESAF/MTE/2006) A gratificação natalina dos aposentados, a ser paga em dezembro, terá por base o valor médio dos proventos dos últimos doze meses, incluídos no cálculo os abonos e gratificações, ainda que eventuais.

Comentários:

Segundo a Constituição em seu art. 201 §6º, a gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano.

Gabarito: Errado.

53. (ESAF/MTE/2006) Em razão de emenda ao texto original de 1988, a Constituição determina que lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para todos aqueles que, sem renda própria, se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência.

Comentários:

Alcança somente os de “baixa-renda”, conforme disposição do art. 201 §12 da Constituição.

Gabarito: Errado.

54. (ESAF/AFRF/2005) A Constituição Federal, ao disciplinar o sistema especial de inclusão previdenciária para atender a trabalhadores de baixa renda, autoriza que esse sistema tenha alíquotas inferiores às vigentes para os demais segurados do regime geral de previdência social, mas veda a fixação de prazos de carência inferiores.

Comentários:

Tanto as alíquotas quanto o prazo de carência serão inferiores, segundo a Constituição em seu art. 201 §13º.

Gabarito: Errado.

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55. (ESAF/AFRF/2005) As condições contratuais previstas nos estatutos das entidades de previdência privada integram o contrato de trabalho dos participantes.

Comentários:

Segundo o art. 202 § 2°da Constituição, as contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei.

Gabarito: Errado.

56. (ESAF/AFRF/2005) Desde que haja expressa previsão legal, o aporte de recursos pela União a entidade de previdência privada de suas empresas públicas, feito na condição de patrocinadora, sob a forma de contribuição normal, pode corresponder até ao dobro da contribuição do segurado.

Comentários:

Em regra, o aporte de recursos é vedado pelo art. 202 §3º da Constituição, porém, a qualidade de patrocinadora é permitida pelo mesmo parágrafo.

Gabarito: Errado.

57. (ESAF/AFRF/2005) A Constituição Federal embora permita, para fins de aposentadoria, a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, veda a aplicação desse instituto em relação à atividade privada rural, pela impossibilidade, nesse caso, de compensação financeira dos diferentes regimes de previdência social.

Comentários:

A contagem recíproca do tempo, segundo o art. 201 §9º da Constituição, é assegurada também à atividade rural.

Gabarito: Errado.

58. (ESAF/AFRF/2005) A lei complementar que disciplinar a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, incluídas as suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista, e suas respectivas entidades fechadas de previdência privada, aplicar-se-á às empresas privadas concessionárias de prestação de serviço público, quando patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada.

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Comentários:

Perfeitamente o que dispõe o art. 202 §4º da Constituição.

Gabarito: Correto.

59. (ESAF/MPU/2004) O valor da gratificação natalina dos aposentados e pensionistas do regime geral de previdência social corresponderá à média dos proventos ou pensões recebidos ao longo do ano ou ao valor do provento ou pensão recebido no mês de dezembro de cada ano, prevalecendo o valor mais favorável.

Comentários:

Segundo a Constituição em seu art. 201 §6º, a gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano.

Gabarito: Errado.

Assistência Social:

Abrangência e objetivos

Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:

I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;

II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;

III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;

IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;

V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.

Financiamento e diretrizes de organização

Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes:

I - descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a

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coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social;

II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis.

Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio à inclusão e promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de: (Parágrafo e incisos Incluídos pela EC 42/03)

I - despesas com pessoal e encargos sociais;

II - serviço da dívida;

III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados.

60. (FCC/Auditor - TCE-SP/2008) Diferentemente da previdência social, organizada em regime geral de caráter contributivo e filiação obrigatória, a assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social.

Comentários:

A assistência social é prestada independentemente de contribuição à seguridade social (CF, art. 203), diferetemente da previdência social (ou seguro social) que só alberga aqueles que contribuem (CF, art. 201).

Gabarito: Correto.

61. (ESAF/AFRF/2005) A prestação de assistência social está vinculada ao recolhimento, por parte do beneficiado, de contribuição para a seguridade social.

Comentários:

A assistência social, por definição, é prestada independente de qualquer contribuição.

Gabarito: Errado.

62. (ESAF/AFRF/2005) É diretriz constitucional de organização das ações governamentais na área de assistência social a participação da população, por meio de organizações representativas, na formação das políticas.

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Comentários:

É a previsão do art. 204, II.

Gabarito: Correto.

63. (ESAF/MPU/2004) A assistência social será prestada a quem dela precisar, independentemente de contribuição à seguridade social, sendo facultado aos Estados vincular um percentual, definido na Constituição Federal, de sua receita tributária líquida para o pagamento de despesas com pessoal contratado para a realização de programas de apoio à inclusão e promoção social.

Comentários:

Contraria o disposto no art. 204, parágrafo único, perceba é facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio à inclusão e promoção social até 0,5% de sua receita tributária líquida, sendo vedada a aplicação desses recursos no pagamento de:

I - despesas com pessoal e encargos sociais;

II - serviço da dívida;

III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados.

Gabarito: Errado.

Questões gerais sobre Seguridade Social:

64. (ESAF/MDIC/2012) A Constituição, em seu Título VIII, tratou da ordem social, um assunto de muita relevância para o país. Sobre esse assunto, é correto afirmar que

a) o art. 195 e seus incisos da Constituição, ao disporem sobre o custeio da seguridade social, passaram a prever contribuição a cargo dos aposentados e pensionistas, sendo vedado aos Estados-membros ou Municípios editarem disciplina em contrário.

b) a assistência social será prestada a quem dela necessitar, mediante contribuição, pois apresenta natureza de seguro social, sendo ainda realizada mediante recursos do orçamento da seguridade social, previsto no art. 195 da Constituição, além de outras fontes.

c) entre as diretrizes constitucionais afetas à saúde, temos a possibilidade da destinação de recursos públicos para auxílio ou subvenção às instituições privadas com fins lucrativos, desde que, quando preciso, prestem atendimento público.

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d) são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei complementar, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.

e) veda-se a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.

Comentários:

Letra A – Errado. A Constituição ao prever sobre o que iria incidir contribuições sociais para o custeio da seguridade social (CF, art. 195), previu basicamente 4 grupos: os empregadores, os trabalhadores, os concursos de prognósticos e o importador.

No que tange ao “trabalhador” (CF, art. 195, II), no entanto, fez uma ressalva: “...não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201”.

Letra B – Errado. O erro foi dizer “mediante contribuição”. A assistência social é um serviço seletivo, não contribuitivo, ela é prestada aos necessitados, sem que seja preciso qualquer contribuição ao regime.

Letra C – Errado. A Constituição, em seu art. 199, §2º, expressamente diz que é vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.

Letra D – Errado. Nos termos do art. 197 da Constituição, não é necessária lei complementar, basta uma simples lei ordinária.

Letra E – Correto. O art. 201 da Constituição, em seu parágrafo 5º, expressamente diz que é vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.

Gabarito: Letra E.

EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO:

Educação

Conceito, objetivo e princípios:

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Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

Súmula Vinculante nº 12 → A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal.

CF, art. 242 → O princípio da gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais não se aplica às instituições educacionais oficiais, criadas por lei estadual ou municipal, e existentes na data da promulgação da CF, que não sejam total ou preponderantemente mantidas com recursos públicos.

V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela EC 53/06 que retirou o "piso salarial profissional" do texto, porém incluiu o inciso VIII que prevê um piso nacional nos termos de lei federal)

Perceba que o concurso não será de "provas ou provas e títulos", mas exclusivamente "provas e títulos".

VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

VII - garantia de padrão de qualidade.

VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal. (Incluído pela EC 53/06)

Profissionais da educação básica

Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da educação básica

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e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela EC 53/06)

Autonomia e princípio da indissociabilidade

Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei. (Incluído pela EC 11/96)

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica. (Incluído pela EC 11/96)

Ensino público

Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; (Redação dada pela EC 59/09)

II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela EC 14/96)

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela EC 53/06 que reduziu a idade de 6 para 5 anos)

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

(Redação dada pela EC 59/09 que incluiu o atendimento para todas as etapas da educação básica - antes se falava "no ensino fundamental”)

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§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

§ 2º - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.

§ 3º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.

Ensino privado

Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:

I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;

II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.

Conteúdo curricular

Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.

§ 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.

§ 2º - O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.

Papel de cada um dos entes no ensino

Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.

§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; (Redação dada pela EC 14/96)

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§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. (Redação dada pela EC 14/96)

§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. (Incluído pela EC 14/96)

§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório.

(Incluído pela EC 14/96, porém, com redação atual dada pela EC 59/09 que incluiu a "União" e o "DF". Antes se falava apenas em "Estados e Municípios")

§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. (Incluído pela EC 53/06)

Recursos para o ensino

Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

Organizando:

• A União → nunca menos de 18%; e

• Os Estados/DF e os Municípios → no mínimo, 25%.

§ 1º - A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir.

Exemplo hipotético: A União arrecada 200 mil de impostos e passa 50 mil para certo Estado que havia arrecadado, por sua vez, 20 mil. A base de cálculo para a União será 150 mil e para o Estado 70 mil.

§ 2º - Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, serão considerados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213.

§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino

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obrigatório, no que se refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos do plano nacional de educação. (Redação dada pela EC 59/09 que a previu que a prioridade será no que se refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade)

§ 4º - Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art. 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários.

§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei.

(Redação dada pela EC 53/06. A contribuição social do salário-educação já existe desde o texto original da Constituição, porém, a EC 14/96 modificou esse texto original, o qual permitia que as empresas deduzissem o que aplicassem no ensino fundamental de seus empregados ou dependentes, para retirar a possibilidade desta dedução. Posteriormente, a EC 53/06 apenas alterou a expressão "ensino fundamental público" colocando em seu lugar "educação básica pública")

§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário-educação serão distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica nas respectivas redes públicas de ensino. (Incluído pela EC 53/06)

Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que:

I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação;

II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades.

§ 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade.

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§ 2º - As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão receber apoio financeiro do Poder Público.

Plano Nacional de Educação

Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a:

(Redação dada pela EC 59/09 que instituiu que o Plano Nacional de Educação seria "decenal" - o texto anterior falava em "plurianual" -, além de prever que caberia ao plano definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias)

I - erradicação do analfabetismo;

II - universalização do atendimento escolar;

III - melhoria da qualidade do ensino;

IV - formação para o trabalho;

V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.

VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto. (Incluído pela EC 59/09)

Cultura:

Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.

§ 1º - O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional.

§ 2º - A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os diferentes segmentos étnicos nacionais.

§ 3º - A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração plurianual, visando ao desenvolvimento cultural do País e à integração das ações do poder público que conduzem à: (Parágrafos e incisos incluídos pela EC 48/05)

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I - defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro;

II - produção, promoção e difusão de bens culturais;

III - formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões;

IV - democratização do acesso aos bens de cultura;

V - valorização da diversidade étnica e regional.

Patrimônio cultural Brasileiro

Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:

I - as formas de expressão;

II - os modos de criar, fazer e viver;

III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;

IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;

V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

§ 1º - O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.

Esquematizando, os meios então serão:

• inventários;

• registros;

• vigilância;

• tombamento;

• desapropriação; e

• outras formas de acautelamento e preservação.

Tombamento – Ato do Poder Público que promove uma restrição ao uso de certo bem (móvel ou imóvel) com a finalidade de preservar o patrimônio histórico, cultural, artístico, paisagístico etc., sem retirar a propriedade ou a posse da pessoa ao qual o bem pertence.

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§ 2º - Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem.

§ 3º - A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens e valores culturais.

§ 4º - Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei.

§ 5º - Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas dos antigos quilombos.

§ 6 º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a fundo estadual de fomento à cultura até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento de programas e projetos culturais, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de: (Parágrafo e incisos incluídos pela EC 42/03)

I - despesas com pessoal e encargos sociais;

II - serviço da dívida;

III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados.

Perceba que no art. 204, parágrafo único, temos a mesma disposição em se tratando da assistência social.

Desporto

Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um, observados:

I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua organização e funcionamento;

II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em casos específicos, para a do desporto de alto rendimento;

III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não- profissional;

IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional.

Justiça desportiva e a exceção ao princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário

§ 1º - O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.

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§ 2º - A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias, contados da instauração do processo, para proferir decisão final.

Lazer

§ 3º - O Poder Público incentivará o lazer, como forma de promoção social.

Questões:

65. (FCC/Procurador - Recife/2008) A Constituição Federal estabelece que o ensino fundamental é de competência exclusiva dos Estados e Municípios.

Comentários:

Não existe essa exclusividade, apenas uma orientação de atuação prioritária contida no art. 211 §§2ºe3º da Constituição.

Gabarito: Errado.

66. (FCC/Procurador - Recife/2008) A Constituição Federal exclui a competência dos Municípios para prestar o ensino médio e o superior.

Comentários:

Segundo a Constituição, em seu art. 211§ 2º, os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. Ou seja, apenas direciona uma atuação prioritária na educação fundamental e infantil, não excluindo a possibilidade de atuação nos outros níveis.

Gabarito: Errado.

67. (FCC/Procurador - Recife/2008) A Constituição Federal exclui a competência dos Estados para prestar a educação infantil. Comentários:

Segundo a Constituição, em seu art. 211§ 3º, Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio . Ou seja, apenas direciona uma atuação prioritária na educação fundamental e média, não excluindo a possibilidade de atuação nos outros níveis.

Gabarito: Errado.

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68. (FCC/Procurador - Recife/2008) A Constituição Federal estabelece o dever de atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.

Comentários:

O art. 208 da Constituição estabelece de que forma será efetivado o dever do Estado com a educação. Entre os objetivos a serem alcançados para esta efetivação está o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino (CF, art.208, III).

Gabarito: Correto.

69. (FCC/Procurador - Recife/2008) A Constituição Federal atribui ao ensino médio e gratuito o status de direito público subjetivo.

Comentários:

A Constituição não é utópica neste ponto. Ciente das limitações do Estado, ela diz que, entre os objetivos a serem alcançados para efetivação do dever do Estado com a educação, está a progressiva universalização do ensino médio gratuito (CF, art. 208, II).

Gabarito: Errado.

70. (FCC/Juiz Substituto - TJ-RR/2008) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, nunca menos de 25% da receita resultante de impostos na manutenção e no desenvolvimento do ensino.

Comentários:

Segundo o art. 212 da Constituição, essa porcentagem de 25% se aplica somente aos Estados, DF e Municípios. Em se tratando da União a Constituição ordena que ela aplique, anualmente, nunca menos de dezoito por cento. Assim, somente os Estados, o Distrito Federal e os Municípios é que aplicarão, pelo menos, vinte e cinco por cento. Essas porcentagens se referem ao resultado da receita de impostos, compreendida a proveniente de transferências.

Gabarito: Errado.

71. (FCC/Juiz Substituto - TJ-RR/2008) A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, Distrito Federal e Municípios será considerada receita do governo federal,

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para efeito do cálculo do mínimo constitucional de destinação de recursos para a educação.

Comentários:

Isso contraria o art. 212 § 1º da Constituição, que estabelece que a parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo da porcentagem, como receita do governo que a transferir. Ou seja, a receita transferida, é considerada receita do governo que recebeu a transferência.

Gabarito: Errado.

72. (FCC/Advogado - Metro - SP/2008) Os Estados deverão aplicar, no mínimo, vinte e cinco por cento da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e no desenvolvimento do ensino, sob pena de intervenção federal.

Comentários:

A questão faz uma combinação do art. 212 da Constituição, que ordena que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que apliquem, pelo menos, vinte e cinco por cento da receita dos impostos na educação, com o princípio sensível do art. 34, VII, "e", que diz que estará sujeito à intervenção o Estado que deixar de aplica o mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais (compreendida a proveniente de transferências), na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde

Gabarito: Correto.

73. (FCC/Juiz Substituto - TJ-RR/2008) Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, sendo vedada, contudo, sua destinação a bolsas de estudos.

Comentários:

A Constituição permite em seu art. 213 §1º que esta destinação possa ser feita a bolsas de estudos.

Gabarito: Errado.

74. (FCC/Juiz Substituto - TJ-RR/2008) A distribuição de recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino obrigatório, nos termos do plano nacional da

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educação, a ser definido por Decreto do Presidente da República, de duração trienal.

Comentários:

O Plano Nacional de Educação é definido em lei, e não em decreto (CF, art. 214).

Gabarito: Errado.

75. (FCC/Advogado - Metro - SP/2008) A educação básica terá como fonte adicional de financiamento a contribuição do salário-educação, recolhida, na forma da lei, pelas empresas, que dela poderão deduzir a aplicação realizada na educação fundamental de seus empregados e dependentes.

Comentários:

Realmente, pelo art. 212 § 5º da Constituição, a educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. Porém, não há previsão para que as empresas possam deduzir a aplicação realizada.

Gabarito: Errado.

76. (FCC/Juiz Substituto - TJ-RR/2008) As cotas estaduais da arrecadação da contribuição social do salário-educação serão distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica na respectiva rede de ensino.

Comentários:

Esta é a perfeita literalidade do comando do art. 212 §6º da Constituição Federal.

Gabarito: Correto.

77. (FCC/Advogado - Metro - SP/2008) As cotas municipais da contribuição do salário-educação e a parcela da arrecadação de impostos transferida pelos Estados aos respectivos Municípios serão consideradas receita dos Municípios para fins da aplicação mínima de recursos na educação.

Comentários:

O art. 212 § 1º da Constituição estabelece que para fins da aplicação de recursos no ensino, a receita transferida é considerada receita do governo que recebeu a transferência. Porém, diz isso somente em relação aos impostos, não versando sobre as cotas do salário-educação.

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Gabarito: Errado.

78. (FCC/Advogado - Metro - SP/2008) A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino fundamental e do médio, de responsabilidade de Estados e Municípios, respectivamente, nos termos do plano nacional da educação.

Comentários:

O enunciado retira seu fundamento do art. 212 §3º da Constituição, mas, tal dispositivo não prioriza o ensino fundamental e médio, mas o ensido obrigatório.

Gabarito: Errado.

79. (FCC/Advogado - Metro - SP/2008) Os recursos públicos destinados à educação serão aplicados prioritariamente em escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias que atendam requisitos fixados em lei, mas não à concessão de bolsas de estudo.

Comentários:

A Constituição permite em seu art. 213 §1º que esta destinação possa ser feita a bolsas de estudos.

Gabarito: Errado.

80. (CESPE/Procurador-AGU/2010) A cobrança de matrícula como requisito para que o estudante possa cursar universidade federal viola disposto da CF, pois, embora configure ato burocrático, a matrícula constitui formalidade essencial para que o aluno tenha acesso à educação superior.

Comentários:

Um candidato a concurso público deve ter muita atenção às questões de súmulas, ainda mais as vinculantes. Segundo a Súmula Vinculante nº 12, a cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal.

Gabarito: Correto.

81. (CESPE/Procurador-AGU/2010) A educação infantil, por qualificar-se como direito fundamental de toda criança, não se expõe, em seu processo de concretização, a avaliações meramente discricionárias da administração pública, nem se subordina a razões de puro pragmatismo governamental.

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Comentários:

Segundo o STF, a educação infantil representa prerrogativa constitucional indisponível, assegurada às crianças, para efeito de seu desenvolvimento integral, e como primeira etapa do processo de educação básica. Assim, ocorre a imposição de uma obrigação constitucional de criar condições objetivas que possibilitem, de maneira concreta o efetivo acesso e atendimento em creches e unidades de pré-escola, sob pena de configurar-se inaceitável omissão governamental. Desta forma, a educação qualifica-se como direito fundamental de toda criança, não se expõe, em seu processo de concretização, a avaliações meramente discricionárias da Administração Pública, nem se subordina a razões de puro pragmatismo governamental.

Gabarito: Correto.

82. (CESPE/SEJUS-ES/2009) De acordo com a CF, os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, vedando-se a destinação desses recursos a escolas filantrópicas.

Comentários:

Segundo o art. 213 da Constituição, os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, e poderão ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei. Essa destinação poderá ocorrer desde que estas escolas:

I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação;

II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades.

Gabarito: Errado.

83. (CESPE/SEDF/2009) O ensino religioso deve ser ministrado nos horários normais de aula, sendo de matrícula obrigatória aos estudantes do ensino fundamental.

Comentários:

Segundo a Constituição em seu art. 210 §1º, o ensino religioso é de matrícula facultativa e constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.

Gabarito: Errado.

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84. (CESPE/SEDF/2009) O ensino fundamental regular deve ser ministrado em língua portuguesa, independentemente do público-alvo, de modo a garantir a soberania brasileira.

Comentários:

A questão até traz uma regra correta, mas generaliza. Segundo a Constituição em seu art. 210 §2º, o ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, porém, é assegurada às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.

Gabarito: Errado.

85. (CESPE/SEDF/2009) O plano nacional de educação deve conduzir à qualidade do ensino e à universalização do atendimento escolar, sem, contudo, abranger a formação para o trabalho.

Comentários:

A Constituição em seu art. 214, dispõe sobre o plano nacional de educação e traça seus objetivos. Entre estes objetivos, encontramos a formação para o trabalho (CF, art. 214, IV).

Gabarito: Errado.

86. (CESPE/SEDF/2009) Os sistemas de ensino federal, estadual e municipal devem atuar em regime de colaboração, cabendo aos estados e ao DF o atendimento prioritário ao ensino fundamental e médio.

Comentários:

Enquanto os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil, os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio (CF, art. 211 §§2ºe3º).

Gabarito: Correto.

87. (CESPE/Auditor-TCU/2009) É inconstitucional preceito legal municipal que inclua nova disciplina escolar nos currículos de ensinos fundamental e médio da rede pública do município.

Comentários:

Não há qualquer restrição para isto, desde que esteja atuando dentro dos limites da educação municipal.

Gabarito: Errado.

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88. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) A CF estabelece que o Estado deve garantir a todos o pleno exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes de cultura e, nesse sentido, estabelece a obrigatoriedade para os estados e o DF de vincularem até 0,5% de sua receita tributária líquida a fundo estadual de fomento à cultura.

Comentários:

Não é uma obrigatoriedade e sim uma faculdade, de acordo com o art. 216 §6º da Constituição.

Gabarito: Errado.

89. (ESAF/CGU/2004) Segundo entendimento do STF, a gestão democrática do ensino público impõe a adoção da eleição para o provimento dos cargos de direção dos estabelecimentos de ensino público.

Comentários:

Tal previsão estava presente em Constituições e leis estaduais e foi declarada inconstitucional pelo STF, que alegou o risco manifesto de dano à administração pública.

Gabarito: Errado.

90. (ESAF/CGU/2004) A CF/88 estabelece que União, Estados, Distrito Federal e Municípios organizarão seus sistemas de ensino em regime de colaboração, cabendo aos municípios atuar, prioritariamente, no ensino fundamental e médio e, aos Estados, atuar, prioritariamente, nos ensinos médio e superior.

Comentários:

Tal disposição encontra-se no art. 211 da CF, mas, a área de atuação dos Municípios será na área fundamental e infantil e os Estados no esino fundamental e médio.

Gabarito: Errado.

Ciência e Tecnologia:

Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas.

§ 1º - A pesquisa científica básica receberá tratamento prioritário do Estado, tendo em vista o bem público e o progresso das ciências.

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§ 2º - A pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderantemente para a solução dos problemas brasileiros e para o desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional.

§ 3º - O Estado apoiará a formação de recursos humanos nas áreas de ciência, pesquisa e tecnologia, e concederá aos que delas se ocupem meios e condições especiais de trabalho.

§ 4º - A lei apoiará e estimulará as empresas que invistam em pesquisa, criação de tecnologia adequada ao País, formação e aperfeiçoamento de seus recursos humanos e que pratiquem sistemas de remuneração que assegurem ao empregado, desvinculada do salário, participação nos ganhos econômicos resultantes da produtividade de seu trabalho.

§ 5º - É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular parcela de sua receita orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.

Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio nacional e será incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento cultural e sócio-econômico, o bem-estar da população e a autonomia tecnológica do País, nos termos de lei federal.

Questões:

91. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) É facultado aos estados e ao DF vincular parcela de sua receita orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.

Comentários:

Trata-se da disposição do art. 218 §5º, que faculta aos Estados e ao Distrito Federal vincular parcela de sua receita orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.

Gabarito: Correto.

92. (CESPE/Assitente – CNPq/2011) É admitida a vinculação, pelos estados e pelo Distrito Federal, de parcela de sua receita orçamentária a entidades privadas e públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.

Comentários:

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Segundo o art. 218 §5º da Constituição, essa vinculação é admitida em se tratando de entidades “públicas”, não para entidades privadas.

Gabarito: Errado.

93. (CESPE/Assitente – CNPq/2011) De acordo com a CF, a pesquisa científica básica deve receber tratamento prioritário do Estado e a pesquisa tecnológica deve voltar-se preponderantemente para a solução dos problemas brasileiros e para o desenvolvimento dos sistemas produtivos nacional e regional.

Comentários:

É um mandamento do art. 218 §1º da Constituição: a pesquisa científica básica receberá tratamento prioritário do Estado, tendo em vista o bem público e o progresso das ciências.

Gabarito: Correto.

94. (CESPE/Analista – CNPq/2011) O Estado, por meio de lei, deve apoiar e estimular as empresas que invistam em pesquisa, criação de tecnologia adequada ao país, formação e aperfeiçoamento de seus recursos humanos e que pratiquem sistemas de remuneração que assegurem ao empregado, desvinculada do salário, participação nos ganhos econômicos resultantes da produtividade de seu trabalho.

Comentários:

Tal disposição pode ser encontrada na Constituição, art. 218 §4º - A lei apoiará e estimulará as empresas que invistam em pesquisa, criação de tecnologia adequada ao País, formação e aperfeiçoamento de seus recursos humanos e que pratiquem sistemas de remuneração que assegurem ao empregado, desvinculada do salário, participação nos ganhos econômicos resultantes da produtividade de seu trabalho.

Gabarito: Correto.

95. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A CF impõe aos estados e ao Distrito Federal o dever de vincular parcela de sua receita orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.

Comentários:

Não se trata de uma obrigação, já que o art. 218 § 5º diz ser facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular parcela de sua receita orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.

Gabarito: Errado.

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Comunicação Social:

Liberdade de expressão

Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.

§ 1º - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.

Art. 5º:

IV → É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

V → Direito de resposta proporcional ao agravo;

X → Inviolabilidade da intimidade, vida privada, honra, e imagem; e indenização por dano material e moral;

XIII → Liberdade de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações que a lei estabelecer;

XIV → Direito de informação e o resguardo do sigilo da fonte quando necessário ao exercício profissional.

§ 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.

Sobre o tema, ainda podemos destacar o § 6º deste artigo, que diz: a publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de autoridade.

Competência da lei federal

§ 3º - Compete à lei federal:

I - (Classificação indicativa) regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada;

II - (Defesa da família contra abusos na programação) estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou

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programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente.

Propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e terapias

§ 4º - A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e terapias estará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo anterior, e conterá, sempre que necessário, advertência sobre os malefícios decorrentes de seu uso.

Vedação ao monopólio

§ 5º - Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.

Liberdade:

§ 6º - A publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de autoridade.

Princípios da Programação

Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:

I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;

II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação;

III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;

IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.

Empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens

Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou

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de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País. (Redação dada pela EC 36/02)

Organizando:

• brasileiros natos; ou

• naturalizados há mais de 10 anos; ou

• pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.

§ 1º Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento do capital total e do capital votante das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, que exercerão obrigatoriamente a gestão das atividades e estabelecerão o conteúdo da programação. (Redação dada pela EC 36/02)

§ 2º A responsabilidade editorial e as atividades de seleção e direção da programação veiculada são privativas de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, em qualquer meio de comunicação social. (Redação dada pela EC 36/02)

§ 3º Os meios de comunicação social eletrônica, independentemente da tecnologia utilizada para a prestação do serviço, deverão observar os princípios enunciados no art. 221, na forma de lei específica, que também garantirá a prioridade de profissionais brasileiros na execução de produções nacionais. (Incluído pela EC 36/02)

§ 4º Lei disciplinará a participação de capital estrangeiro nas empresas de que trata o § 1º. (Incluído pela EC 36/02)

§ 5º As alterações de controle societário das empresas de que trata o § 1º serão comunicadas ao Congresso Nacional. (Incluído pela EC 36/02)

Concessão, permissão e autorização para o serviço de radio-difusão sonora e de sons e imagens

Art. 223. Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, observado o princípio da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal.

§ 1º - O Congresso Nacional apreciará o ato no prazo do art. 64, § 2º e § 4º, a contar do recebimento da mensagem.

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A CF ordena que seja apreciado pelo mesmo rito que se aplica aos projetos de iniciativa do Presidente nos quais sejam solicitada urgência = 45 dias

§ 2º - A não renovação da concessão ou permissão dependerá de aprovação de, no mínimo, dois quintos do Congresso Nacional, em votação nominal.

§ 3º - O ato de outorga ou renovação somente produzirá efeitos legais após deliberação do Congresso Nacional, na forma dos parágrafos anteriores.

§ 4º - O cancelamento da concessão ou permissão, antes de vencido o prazo, depende de decisão judicial.

§ 5º - O prazo da concessão ou permissão será de dez anos para as emissoras de rádio e de quinze para as de televisão.

Atenção e esta regra:

• 10 anos para as emissoras de rádio; e

• 15 anos para as de televisão.

Conselho de Comunicação Social

Art. 224. Para os efeitos do disposto neste capítulo, o Congresso Nacional instituirá, como seu órgão auxiliar, o Conselho de Comunicação Social, na forma da lei.

96. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Compete à União, aos estados, ao DF e aos municípios, por meio de lei, regular as diversões e espetáculos públicos, informando acerca de sua natureza, das faixas etárias a que eles não sejam recomendados e dos locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada.

Comentários:

Trata-se de competência da União através de lei federal (CF, art. 220, §3º, I e art. 21, XVI).

Gabarito: Errado.

97. (CESPE/AJAA-TJES/2011) Não existindo uma lei federal, um estado-membro poderá legislar sobre a proibição do comércio de cigarros em sua base territorial.

Comentários:

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Os Estados-membros só podem legislar plenamente na ausência de lei federal quando estamos diante de uma matéria de legislação concorrente. A matéria tratada pela questão é de legislação privativa da União, já que o art. 220 §3º da Constituição outorgou tal matéria à competência de uma lei federal. Dessa forma, só a União pode legislar sobre ele, podendo delegar apenas a legislação sobre temas específicos aos Estados-membros, após a edição de uma lei complementar federal.

Gabarito: Errado

98. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) A CF admite a propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens exclusivamente aos brasileiros natos.

Comentários:

Segundo o art. 222 da Constituição, não precisa obrigatoriamente ser brasileiro nato. Podem ser:

• brasileiros natos; ou

• naturalizados há mais de 10 anos; ou

• pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.

Gabarito: Errado.

99. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A CF consagra a propriedade de empresa jornalística, de radiodifusão sonora e de sons e imagens, de maneira privativa, aos brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou às pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras que tenham sede no país.

Comentários:

São as 3 "classes" que, segundo o Art. 222 da Constituição podem possuir a propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens:

� Brasileiros natos; ou

� Naturalizados há mais de 10 anos; ou

� Pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.

Gabarito: Correto.

100. (ESAF/CGU/2004) O ato de outorga de concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de

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sons e imagens é competência privativa do Poder Executivo, participando o Poder Legislativo do processo apenas quando se tratar de ato de renovação de concessão.

Comentários:

Segundo o art. 223 §1º da Constituição, o Congresso apreciará o ato, seja na outorga seja na renovação.

Gabarito: Errado.

Meio Ambiente

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

A Constituição de 88 foi a primeira a alçar as normas de proteção ambiental à categoria de normas constitucionais, dedicando um capítulo especialmente para o tema.

O meio ambiente saudável é classificado pela doutrina como interesse difuso e de direito de terceira geração.

Por interesse difuso podemos entender como aqueles transindividuais (que extrapolam o patrimônio jurídico de um indivíduo), de natureza indivisível (não admite fracionamento, só há um meio ambiente), que todas as pessoas são titulares, pois estão ligadas por circunstância de fato. Ou seja, direitos difusos são aqueles de um grupo indeterminado de pessoas, já os coletivos (em sentido estrito) seriam os pertencentes a um grupo determinado.

Por este motivo a Constituição informa ser o meio ambiente ecologicamente equilibrado algo que interessa todos os indivíduos indistintamente, que extrapola o interesse do indivíduo, e a razão de ser assim é bastante óbvia, já que todos nós, de forma indistinta, temos interesse na preservação do meio ambiente saudável, direito fundamental intrinsecamente ligado à própria vida humana.

É um direito de terceira geração por estar intimamente ligado aos direitos de fraternidade, dotados de valores humanísticos e universalismo, que vai além inclusive dos interesses dos estados, sintetizando, tem como destinatários o gênero humano. Nesse sentido já se manifestou inclusive o STF1.

1 O direito a integridade do meio ambiente - típico direito de terceira geração - constitui prerrogativa jurídica de titularidade coletiva, refletindo, dentro do processo de afirmação dos direitos humanos, a expressão significativa de um poder atribuído, não ao individuo identificado em sua singularidade, mas, num sentido

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Por sua vez, como bem de uso comum do povo podemos dizer que são aqueles que podem ser utilizados por todas as pessoas sem necessidade de prévia autorização do poder público, como por exemplo os rios, praias, cachoeiras etc.

101. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Todos os brasileiros têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem dominial da União e essencial à sadia qualidade de vida. Nesse sentido, impõe-se ao poder público e à coletividade o dever de defender o meio ambiente e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

Comentários:

O meio ambiente não é bem da União e sim, um bem de uso comum do Povo (CF, art. 225).

Gabarito: Errado.

102. (CESPE/ Procurador de Natal/ 2008) O direito ao meio ambiente equilibrado não pode ser considerado direito fundamental, visto que não integra o rol dos direitos previstos no art. 5.o da CF.

Comentários:

O meio ambiente é um direito fundamental sim, tanto a doutrina como a jurisprudência são pacíficas em assim afirmar. Também já sabemos que os direitos fundamentais não se restringem aos previstos no art. 5º como diz o enunciado.

Gabarito: Errado.

103. (CESPE/OAB/2009) O meio ambiente é bem de uso especial, sob domínio do Estado, e sua utilização se dá por interesse da administração.

Comentários:

verdadeiramente mais abrangente, a própria coletividade social. Enquanto os direitos de primeira geração (direitos civis e políticos) - que compreendem as liberdades clássicas, negativas ou formais - realçam o princípio da liberdade e os direitos de segunda geração (direitos econômicos, sociais e culturais) - que se identifica com as liberdades positivas, reais ou concretas - acentuam o princípio da igualdade, os direitos de terceira geração, que materializam poderes de titularidade coletiva atribuídos genericamente a todas as formações sociais, consagram o princípio da solidariedade e constituem um momento importante no processo de desenvolvimento, expansão e reconhecimento dos direitos humanos, caracterizados, enquanto valores fundamentais indisponíveis, pela nota de uma essencial inexauribilidade. Considerações doutrinarias. (MS 22.164)

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Veja que o caput do artigo 225 diz que o meio ambiente é bem de uso comum do povo, todos podem usar, desde que faça um uso sustentável.

Gabarito: Errado.

Vamos ver outros dispositivos trazidos pela Constituição.

§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

Aqui a Constituição incumbe ao poder público em suas três esferas (federal, estadual e municipal).

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;

Podemos dizer que é incumbência do poder público proteger o meio ambiente, mantendo-o saudável, e na ocorrência de algum dano, buscar restituí-lo o máximo possível.

II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;

III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;

Determinadas áreas possuem atributos especiais, e por tal motivo, a Constituição estabeleceu que deveriam ter especial proteção, com o fim de lhes serem asseguradas sua relativa imodificabilidade e sua utilização sustentável. Agora preste atenção no que eu vou lhe falar, isto é muito cobrado em concursos, se refere à instituição das áreas ambientalmente protegidas, que podem ser instituídas tanto por decreto quanto por lei em sentido formal, no entanto, para a redução de seus limites (alteração) ou sua supressão total somente por meio de lei específica, guarde isso, é muito importante. Podemos perceber que o intuito do constituinte ao assim proceder foi ao de dificultar a alteração ou supressão de tais áreas. São exemplos de tais áreas as áreas de proteção integral (Lei 12.651, novo código ambiental) e as unidades de conservação (Lei 9.985/00).

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104. (CESPE/OAB/2009.2) Incumbe ao poder público definir, em todas as áreas da Federação, espaços territoriais a serem especialmente protegidos, sendo a alteração ou supressão permitidas somente por meio de ato do Poder Executivo.

Comentários:

A supressão e a alteração somente pode ser feita por meio de lei específica, veja que o item fala em ato do Poder Executivo, por isso errada a questão.

Gabarito: Errado.

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;

Estes incisos cuidam dos famosos EIA (estudo prévio de impacto ambiental), que deve ser realizado para dar elementos necessários para que seja possibilitado o licenciamento ambiental para o exercício de atividades consideradas efetivas ou potencialmente causadoras de significativa degradação ao meio ambiente. Toda atividade, pública ou privada, deve realizar prévio EIA. Tal dever, conforme já decidiu o STF, não pode ser dispensado nem por lei, veja o julgado:

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE.

ARTIGO 182, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SANTA CATARINA. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL. CONTRAIEDADE AO ARTIGO 225, § 1º, IV, DACARTA DA REPUBLICA. A norma impugnada, ao dispensar a elaboração de estudo prévio de impacto ambiental no caso de áreas de florestamento ou reflorestamento para fins empresariais, cria exceção incompatível com o disposto no mencionado inciso IV do§ 1º do artigo 225 da Constituição Federal. Ação julgada procedente, para declarar a inconstitucionalidade do dispositivo constitucional catarinense sob enfoque. (ADI 1.086/SC)

Ainda sobre o EIA, tão importante quanto sua elaboração, há a necessidade de lhe dar publicidade, cujo objetivo é possibilitar que toda a sociedade tenha conhecimento e tenha tempo necessário para buscar as providências administrativas e judiciais que entender necessárias. Tal publicidade é feita através do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) que é um documento que demonstra as conclusões do EIA, de forma mais simples e acessível aos interessados. Em outras palavras, o RIMA, através da utilização de linguagem simples, gráficos, mapas, tem o fim de apresentar as vantagens e demais consequências do projeto.

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105. (CESPE/Analista Ambiental - IBAMA/2008) A instalação de obra ou atividade causadora, mesmo que apenas potencialmente, de significativa degradação do meio ambiente deve ser precedida por estudo de impacto ambiental, exigindo-se, ainda, o atendimento do princípio da publicidade.

Comentários:

Perfeito o enunciado, memorize-o bem.

Gabarito: Correto.

106. (CESPE/Procurador Federal/2007) O estudo de impacto ambiental (EIA) e o seu relatório (RIMA) são documentos técnicos de caráter sigiloso, de forma a impedir danos às empresas concorrentes de obra pública em estudo.

Comentários:

O item traz várias afirmações erradas, primeiro, somente o EIA é um documento técnico, pois o RIMA é um relatório para facilitar o entendimento do EIA, ambos os documentos têm caráter público e não sigiloso e por fim, sua função é trazer elementos suficientes para analisar os riscos ambientais tanto de empreendimentos públicos como privados.

Gabarito: Errado.

V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;

Daí podemos perceber que toda atividade que eventualmente possa comprometer a integridade do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado deve necessariamente analisada pelo poder público, tal obrigatoriedade tem como propósito buscar afastar ou ao menos reduzir os riscos ao meio ambiente.

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;

Para dar efetividade a este dispositivo constitucional a Lei nº 9.795/99 instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente, que concebeu a educação ambiental como um conjunto de “processos por meio dos quais os indivíduos e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas

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para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à qualidade de vida e sua sustentabilidade”.

107. (CESPE/Analista Ambiental - MMA/2011) A Constituição Federal de 1988, apesar de reconhecida por parte significativa da doutrina como avançada no campo dos direitos relacionados ao meio ambiente, não trata expressamente da educação ambiental.

Comentários:

O art. 225 da Constituição estabelece que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. O referido artigo ainda possui no parágrafo 1º, diversas incumbências do Poder Público para que este assegura a efetividade desse direito a um meio ambiente equilibrado. Neste parágrafo, pode ser encontrado no inciso VI, a seguinte incumbência: promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente.

Gabarito: Errado.

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.

Quando a Constituição se referiu à relevante função da fauna e da flora foi para reconhecer a importância da dos animais e plantas no ecossistema, possibilitando seu harmônico funcionamento. Para regulamentar este dispositivo, várias lei foram criadas, como a lei do SNUC e a lei de crimes ambientais.

§ 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.

Aqui a norma constitucional exige que o poluidor assuma todas as consequências derivadas do dano ambiental, é o chamado princípio do poluidor pagador, que se traduz na obrigação de reparar os danos e prejuízos causados ao meio ambiente.

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§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

É a chamada tríplice responsabilização, a Constituição estabelece a responsabilidade do poluidor, em decorrência do mesmo dano ambiental, na esfera penal, civil e administrativa.

108. (CESPE/ AGU/2002) A responsabilidade civil decorrente de dano ecológico exclui a possibilidade de responsabilização penal ou administrativa.

Comentários:

As responsabilidades são cumulativas, uma não exclui a outra, em homenagem ao princípio da tríplice responsabilização.

Gabarito: Errado.

109. (CESPE/Analista Ambiental- IBAMA/2009) Tanto as pessoas físicas como as jurídicas podem ser administrativas, civil e criminalmente responsabilizadas por um único fato que configure crime, ilícito civil e administrativo ao mesmo tempo.

Comentários:

É a própria descrição do princípio da tríplice responsabilização, por isso item correto.

Gabarito: Correto.

§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

A Constituição ao se referir a estes riquíssimos biomas buscou enfatizar a importância ambiental que eles têm, estabelecendo uma proteção genérica, assegurando a defesa dos interesses do Brasil diante de eventuais ingerências estrangeiras. A utilização de tais biomas será feita na forma da lei e dentro de condições que assegurem a preservação de suas características biológicas.

Cabe aqui destacar que tais biomas não constituem unidades de conservação previstas na Lei 9.985/00, como também não são bens da União,veja que o artigo fala em patrimônio nacional, o que é

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diferente de bens da União. Por fim, danos ambientais causados nestas áreas não atraem a competência da União para julgar as ações decorrentes, como já se manifestaram tanto o STF (RE 300.244-SC) quanto o STJ (CC 99.294).

110. (CESPE/OAB/2009.3) Os proprietários dos imóveis particulares inseridos nas florestas e matas referidas no Art. 225, §4º da Constituição podem utilizar os recursos existentes nessas áreas, desde que observadas as prescrições legais e respeitadas as condições necessárias à preservação ambiental.

Comentários:

É o que se extrai da análise do mencionado dispositivo.

Gabarito: Correto.

111. (CESPE/OAB/2009.1) A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, assim também o são o cerrado e a caatinga, devendo a utilização quaisquer dessas áreas dar-se na forma da lei.

Comentários:

O erro está em incluir a caatinga e o cerrado como áreas do patrimônio nacional.

Gabarito: Errado.

112. (CESPE/ Juiz do Trabalho- BA/2006) O fato de a Mata Atlântica integrar o patrimônio nacional não acarreta por si só a competência da Justiça Federal e não converte os bens particulares ali localizados em bens públicos, impedindo a sua utilização racional.

Comentários:

Perfeito o enunciado, é exatamente isso aí, preste muita atenção, essas perguntas são recorrentes em provas CESPE.

Gabarito: Correto.

§ 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.

O melhor entendimento doutrinário sobre o que vem ser terras devolutas é o de que são todas as terras existentes no território brasileiro, que não se incorporaram legitimamente ao domínio particular, bem como já incorporadas ao patrimônio público, porém

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não afetadas ao uso público, por isso são bens dominicais. Já foi visto que via de regra as terras devolutas pertencem aos Estados, no entanto, se forem necessárias à proteção dos ecossistemas naturais, serão bens da União (art. 20, II) e bens de uso especial, por terem destinação específica, daí serem terras indisponíveis.

§ 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.

113. (CESPE/ Promotor de Justiça- AM/2007) Matéria relacionada a atividade nuclear de qualquer natureza é de competência exclusiva da União.

Comentários:

É isso aí, está inserida no art. 21, XXIII, além de constituir monopólio da União a exploração de minerais nucleares (art. 177, V).

Gabarito: Correto.

114. (CESPE/ Analista Ambiental - MMA/2008) Usinas que se destinam a operar com reator nuclear só poderão ser instaladas mediante definição do local específico de seu funcionamento estabelecido por lei de cada estado ou do Distrito Federal.

Comentários:

Para a instalação de tais usinas, necessário lei federal.

Gabarito: Errado.

115. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Dentro da disciplina constitucional de proteção do meio ambiente, as usinas estaduais que operem com reator nuclear, desde que de acordo com o Plano Nacional de Proteção Ambiental, poderão ter sua localização definida em lei estadual.

Comentários:

O art. 225 da Constituição dispõe em seu § 6º que as usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.

Gabarito: Errado.

Família, Criança, Adolescente, Jovem e Idoso:

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O título do capítulo VII foi dado pela EC 65/10. Antes era "DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO IDOSO", foi incluído o “jovem”.

Conceito de Família:

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.

Casamento:

§ 1º - O casamento é civil e gratuita a celebração.

§ 2º - O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.

Entidade familiar

§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.

É constitucionalmente legitimo, na jurisprudência do Supremo2, a união civil entre pessoas do mesmo sexo (homoafetiva).

Ao reconhecer essa legitimidade o STF respaldou a decisão nos princípios da isonomia e da dignidade da pessoa humana. Ressaltou ainda o seu papel de defesa das minorias, essencial para o Estado Democrático de Direito. No julgado, reconheceu também que o “afeto” e o “direto à busca da felicidade” possuem valor jurídico e estão albergados implicitamente pela Constituição.

§ 4º - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.

2 STF - ADPF 132/RJ e ADI 4277/DF, informativo STF 635.

Família Base da sociedade

Inclui as entidades: � De qualquer dos pais + seus descendentes; e

� A união estável de homem + mulher

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Isonomia

§ 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.

Divórcio

§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.

(Redação dada pela EC 66/10. O texto anterior dizia que o casamento civil poderia ser dissolvido pelo divórcio, mas somente após prévia separação judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada separação de fato por mais de dois anos)

Planejamento familiar

§ 7º - Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.

Assistência à família

§ 8º - O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.

Criança e o Adolescente

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada pela EC 65/10 que incluiu o termo "ao jovem" na relação)

§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem, admitida a participação de entidades não governamentais, mediante políticas específicas e obedecendo aos seguintes preceitos: (Redação dada pela EC 65/10 que incluiu o termo "ao jovem" na relação)

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I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na assistência materno-infantil;

II - (Ajuda aos deficientes) criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as formas de discriminação. (Redação dada pela EC 65/10 que incluiu "e do jovem" na relação)

§ 2º - A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.

§ 3º - O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:

I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no art. 7º, XXXIII;

Art. 7º, XXXIII – Idades mínimas para o trabalho:

• regra: 16 anos;

• exceção 1 : 18 anos se o trabalho for noturno, perigoso ou insalubre;

• exceção 2 : 14 anos se estiver na condição de aprendiz.

II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;

III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola; (Redação dada pela EC 65/10 que incluiu o " jovem")

IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específica;

V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade;

VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado;

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VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas afins. (Redação dada pela EC 65/10 que incluiu o " jovem")

§ 4º - A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente.

§ 5º - A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros.

§ 6º - Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.

§ 7º - No atendimento dos direitos da criança e do adolescente levar-se- á em consideração o disposto no art. 204.

O art. 204 dispõe sobre a “assistência social” do seguinte modo:

Financiamento

1– Recursos do orçamento da seguridade social;

2– Recursos de outras fontes.

É facultado aos Estados e DF vincular a programa de apoio à inclusão e promoção social até 0,05% de sua receita tributária líquida, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de:

1 – despesas com pessoal e encargos sociais;

2 – serviço da dívida;

3 – qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados.

Organização

Será baseada nas seguintes diretrizes:

1 – Descentralização político-administrativa:

• Coordenação e as normas gerais → à esfera federal e a

• Coordenação e a execução dos respectivos programas → às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social;

2 – Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis.

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Estatuto da Juventude e o Plano Nacional da Juventude

§ 8º A lei estabelecerá: (Parágrafo e incisos incluídos pela EC 65/10)

I - o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos jovens;

II - o plano nacional de juventude, de duração decenal, visando à articulação das várias esferas do poder público para a execução de políticas públicas.

Inimputabilidade penal

Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.

Assistência e amparo

Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.

Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.

§ 1º - Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares.

§ 2º - Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos.

Questões:

116. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Lei brasileira que institua forma de coagir famílias pobres a não terem mais que dois filhos não está em desconformidade material com a CF.

Comentários:

Esta lei seria inconstitucional. A Constituição assegura em seu art. 226 §7º que o planejamento familiar é livre decisão do casal, com-petindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.

Gabarito: Errado.

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117. (CESPE/Polícia Civil - ES/2009) O Estado, sociedade e família são os pilares da política da proteção especial à criança e ao adolescente instituída pela CF, nela estando abrangidos os programas de prevenção e de atendimento às crianças e aos adolescentes dependentes de substâncias entorpecentes e drogas afins.

Comentários:

Este enunciado trata da disposição encontrada no art. 227 § 3º, VII da Constituição, que direciona o Estado à criação de programas de prevenção e atendimento especializado à criança e ao adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins. É importante ressaltar que a EC 65/2010 incluiu os "jovens" nesta proteção.

Gabarito: Correto.

118. (CESPE/Polícia Civil - ES/2009) Qualquer medida privativa de liberdade imposta a adolescentes deve ter como pressuposto a brevidade e excepcionalidade da medida.

Comentários:

A questão se baseia na disposição do art. 227 § 3º, V da Constituição que diz que o direito a proteção especial da criança e do adolescente abrangerá o aspecto de obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade;

Gabarito: Correto.

119. (CESPE/Polícia Civil - ES/2009) O direito de saber a verdade sobre sua paternidade é decorrência jurídica do direito à filiação, que visa assegurar à criança e ao adolescente a dignidade e o direito à convivência familiar.

Comentários:

.Segundo o STF, a Constituição Federal adota a família como base da sociedade a ela conferindo proteção do Estado. Assegurar à criança o direito à dignidade, ao respeito e à convivência familiar pressupõe reconhecer seu legítimo direito de saber a verdade sobre sua paternidade, decorrência lógica do direito à filiação (CF, artigos 226, §§ 3o, 4o, 5o e 7o; 227, § 6o).

Gabarito: Correto.

120. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) O direito subjetivo dos idosos à gratuidade do transporte coletivo urbano é assegurado pela CF, em norma de eficácia plena.

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Comentários:

Trata-se do art. 230 §2º da Constituição, o qual dispõe que aos maiores de 65 anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos. A norma é de eficácia plena, pois tem a sua aplicabilidade imediata e não admite uma contenção de ordem infraconstitucional.

Gabarito: Correto.

121. (ESAF/MPU/2004) A entidade familiar, nos termos da Constituição Federal, pode ser a união estável entre homem e mulher ou a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. Comentários:

É o disposto no art. 226 §3º da Constituição.

Gabarito: Correto.

122. (ESAF/ANA/2009) A participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis é uma das diretrizes que devem ser observadas pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios na organização das ações governamentais no atendimento dos direitos da criança e do adolescente.

Comentários:

Correto. A questão envolve o art. 227 §1º, art. 227 §7º e art. 204, II da Constituição.

Gabarito: Correto.

123. (ESAF/CGU/2008) O amparo às crianças e adolescentes carentes constitui um dos deveres do Estado com a assistência social e será efetivado inclusive mediante a garantia de educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças com até cinco anos de idade.

Comentários:

Realmente entre os objetivos da assistência social, dispostos no art. 203, encontramos o amparo às crianças e adolescentes carentes. Porém, a forma de concretização não será do modo que foi exposto no enunciado, já que a assistência pré-escolar é uma garantia constitucional aos trabalhadores urbanos e rurais, prevista no art. 7º XXV, não se confundindo com amparo à crianças carentes.

Gabarito: Errado.

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124. (ESAF/CGU/2008) Direitos humanos a crianças e adolescentes devem ser assegurados com absoluta prioridade pela família, pela sociedade e pelo Estado, e as ações governamentais com esse objetivo devem ser organizadas com base em diretrizes que incluem participação da população por meio de organizações representativas na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis.

Comentários:

Questão complexa que envolve o Art. 227 caput, art. 227 §7º e art. 204 da Constituição.

Gabarito: Correto.

Dos Índios

Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.

§ 1º - São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.

§ 2º - As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.

§ 3º - O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei.

§ 4º - As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis.

§ 5º - É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad referendum" do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País, após

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deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.

§ 6º - São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa fé.

§ 7º - Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. 174, § 3º e § 4º.

Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo.

Das Disposições Constitucionais Gerais

Art. 233. (Revogado pela EC 28/00)

Vedação à União ao se criar um novo Estado

Art. 234. É vedado à União, direta ou indiretamente, assumir, em decorrência da criação de Estado, encargos referentes a despesas com pessoal inativo e com encargos e amortizações da dívida interna ou externa da administração pública, inclusive da indireta.

Normas a serem observadas quando da criação do novo Estado

Art. 235. Nos dez primeiros anos da criação de Estado, serão observadas as seguintes normas básicas:

I - a Assembléia Legislativa será composta de dezessete Deputados se a população do Estado for inferior a seiscentos mil habitantes, e de vinte e quatro, se igual ou superior a esse número, até um milhão e quinhentos mil;

II - o Governo terá no máximo dez Secretarias;

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III - o Tribunal de Contas terá três membros, nomeados, pelo Governador eleito, dentre brasileiros de comprovada idoneidade e notório saber;

IV - o Tribunal de Justiça terá sete Desembargadores;

V - os primeiros Desembargadores serão nomeados pelo Governador eleito, escolhidos da seguinte forma:

a) cinco dentre os magistrados com mais de trinta e cinco anos de idade, em exercício na área do novo Estado ou do Estado originário;

b) dois dentre promotores, nas mesmas condições, e advogados de comprovada idoneidade e saber jurídico, com dez anos, no mínimo, de exercício profissional, obedecido o procedimento fixado na Constituição;

VI - no caso de Estado proveniente de Território Federal, os cinco primeiros Desembargadores poderão ser escolhidos dentre juízes de direito de qualquer parte do País;

VII - em cada Comarca, o primeiro Juiz de Direito, o primeiro Promotor de Justiça e o primeiro Defensor Público serão nomeados pelo Governador eleito após concurso público de provas e títulos;

VIII - até a promulgação da Constituição Estadual, responderão pela Procuradoria-Geral, pela Advocacia-Geral e pela Defensoria-Geral do Estado advogados de notório saber, com trinta e cinco anos de idade, no mínimo, nomeados pelo Governador eleito e demissíveis "ad nutum";

IX - se o novo Estado for resultado de transformação de Território Federal, a transferência de encargos financeiros da União para pagamento dos servidores optantes que pertenciam à Administração Federal ocorrerá da seguinte forma:

a) no sexto ano de instalação, o Estado assumirá vinte por cento dos encargos financeiros para fazer face ao pagamento dos servidores públicos, ficando ainda o restante sob a responsabilidade da União;

b) no sétimo ano, os encargos do Estado serão acrescidos de trinta por cento e, no oitavo, dos restantes cinqüenta por cento;

X - as nomeações que se seguirem às primeiras, para os cargos mencionados neste artigo, serão disciplinadas na Constituição Estadual;

XI - as despesas orçamentárias com pessoal não poderão ultrapassar cinqüenta por cento da receita do Estado.

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Serviços notariais e de registro

Art. 236. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público.

ADCT, art. 32 → O disposto no art. 236 não se aplica aos serviços notariais e de registro que já tenham sido oficializados pelo Poder Público, respeitando-se o direito de seus servidores.

§ 1º - Lei regulará as atividades, disciplinará a responsabilidade civil e criminal dos notários, dos oficiais de registro e de seus prepostos, e definirá a fiscalização de seus atos pelo Poder Judiciário.

§ 2º - Lei federal estabelecerá normas gerais para fixação de emolumentos relativos aos atos praticados pelos serviços notariais e de registro.

§ 3º - O ingresso na atividade notarial e de registro depende de concurso público de provas e títulos, não se permitindo que qualquer serventia fique vaga, sem abertura de concurso de provimento ou de remoção, por mais de seis meses.

Art. 237. A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Fazenda.

Art. 238. A lei ordenará a venda e revenda de combustíveis de petróleo, álcool carburante e outros combustíveis derivados de matérias-primas renováveis, respeitados os princípios desta Constituição.

Contribuições para o PIS e PASEP

Art. 239. A arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de Integração Social, criado pela Lei Complementar nº 7, de Setembro de 1970, e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, criado pela Lei Complementar nº 8 de 2 de Dezembro de 1970, passa, a partir da promulgação desta Constituição, a financiar, nos termos que a lei dispuser, o programa do seguro-desemprego e o abono de que trata o § 3º deste artigo.

§ 1º - Dos recursos mencionados no "caput" deste artigo, pelo menos quarenta por cento serão destinados a financiar programas de desenvolvimento econômico, através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, com critérios de remuneração que lhes preservem o valor.

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§ 2º - Os patrimônios acumulados do Programa de Integração Social e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público são preservados, mantendo-se os critérios de saque nas situações previstas nas leis específicas, com exceção da retirada por motivo de casamento, ficando vedada a distribuição da arrecadação de que trata o "caput" deste artigo, para depósito nas contas individuais dos participantes.

§ 3º - Aos empregados que percebam de empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, até dois salários mínimos de remuneração mensal, é assegurado o pagamento de um salário mínimo anual, computado neste valor o rendimento das contas individuais, no caso daqueles que já participavam dos referidos programas, até a data da promulgação desta Constituição.

§ 4º - O financiamento do seguro-desemprego receberá uma contribuição adicional da empresa cujo índice de rotatividade da força de trabalho superar o índice médio da rotatividade do setor, na forma estabelecida por lei.

As contribuições para o PIS/PASEP passaram, com a CF/88 (art. 239), a ser obrigatórias e a financiar o seguro-desemprego e o abono anual. Assim, o PIS/ PASEP financia:

• seguro-desemprego (Fundo de amparo ao trabalhador – FAT);

• abono anual de 1 salário mínimo p/ quem receba até 2 salários mínimos mensais;

• pelo menos 45% vão financiar programas do BNDES;

Art. 240. Ficam ressalvadas do disposto no art. 195 as atuais contribuições compulsórias dos empregadores sobre a folha de salários, destinadas às entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical.

Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. (Redação dada pela EC 19/98)

Art. 242. O princípio do art. 206, IV, não se aplica às instituições educacionais oficiais criadas por lei estadual ou municipal e existentes na data da promulgação desta

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Constituição, que não sejam total ou preponderantemente mantidas com recursos públicos.

§ 1º - O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro.

§ 2º - O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita federal.

Art. 243. As glebas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas e especificamente destinadas ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.

Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins será confiscado e reverterá em benefício de instituições e pessoal especializados no tratamento e recuperação de viciados e no aparelhamento e custeio de atividades de fiscalização, controle, prevenção e repressão do crime de tráfico dessas substâncias.

Art. 244. A lei disporá sobre a adaptação dos logradouros, dos edifícios de uso público e dos veículos de transporte coletivo atualmente existentes a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência, conforme o disposto no art. 227, § 2º.

Art. 245. A lei disporá sobre as hipóteses e condições em que o Poder Público dará assistência aos herdeiros e dependentes carentes de pessoas vitimadas por crime doloso, sem prejuízo da responsabilidade civil do autor do ilícito.

Limitação à regulamentação por Medidas Provisórias

Art. 246. É vedada a adoção de medida provisória na regulamentação de artigo da Constituição cuja redação tenha sido alterada por meio de emenda promulgada entre 1º de janeiro de 1995 até a promulgação desta emenda, inclusive. (Redação dada pela EC 32/01)

Art. 247. As leis previstas no inciso III do § 1º do art. 41 e no § 7º do art. 169 estabelecerão critérios e garantias especiais para a perda do cargo pelo servidor público estável que, em decorrência das atribuições de seu cargo efetivo,

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desenvolva atividades exclusivas de Estado. (Incluído pela EC 19/98)

Parágrafo único. Na hipótese de insuficiência de desempenho, a perda do cargo somente ocorrerá mediante processo administrativo em que lhe sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa. (Incluído pela EC 19/98)

Art. 248. Os benefícios pagos, a qualquer título, pelo órgão responsável pelo regime geral de previdência social, ainda que à conta do Tesouro Nacional, e os não sujeitos ao limite máximo de valor fixado para os benefícios concedidos por esse regime observarão os limites fixados no art. 37, XI. (Incluído pela EC 19/98)

Art. 249. Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento de proventos de aposentadoria e pensões concedidas aos respectivos servidores e seus dependentes, em adição aos recursos dos respectivos tesouros, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão constituir fundos integrados pelos recursos provenientes de contribuições e por bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei que disporá sobre a natureza e administração desses fundos. (Incluído pela EC 20/98)

Art. 250. Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento dos benefícios concedidos pelo regime geral de previdência social, em adição aos recursos de sua arrecadação, a União poderá constituir fundo integrado por bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei que disporá sobre a natureza e administração desse fundo. (Incluído pela EC 19/98)