aula 04

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CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 1 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Aula 4: Olá pessoal! Animados para entrar efetivamente no corpo da Constituição Federal? Pois é, a partir da aula de hoje deixaremos aquelas teorias de lado para estudar o corpo de nossa Constituição. E para início de conversa, vamos ver os princípios fundamentais da Constituição da República de 1988... PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS: Primeiro, vamos entender um pouco melhor o que seriam esses "Princípios Fundamentais": Conceito: São os princípios básicos da estruturação e organização do Estado e do seu Poder Político. Na Constituição: Vão do art. 1º ao 4º. Sinônimos: Princípios político-constitucionais (pois organizam o Estado, os que decorrem deles são os jurídico-constitucionais), - tudo que for relacionado ao termo "político" estará dando idéia de "organização"- são também chamados de normas-síntese, normas- matriz (pois sintetizam e servem de origem para diversos desdobramentos ao longo da Constituição). Princípios Fundamentais X Princípios Gerais do Direito: Não se pode confundir os princípios fundamentais com os princípios gerais do direito constitucional. Enquanto aqueles estão positivados na Constituição, estes formam um estudo teórico, são aplicáveis a vários ordenamentos. Questões para fixar: 1. (CESPE/Analista de Infraestrutura – MP/2012) Os princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988 (CF) designam as características mais essenciais do Estado brasileiro. Comentários: Exatamente isto, são os princípios fundamentais que “mostram a cara” do país, sua identidade, seus valores. Gabarito: Correto. 2. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Segundo a doutrina, os princípios político-constitucionais são materializados sob a forma de normas-princípio, as quais, freqüentemente, são desdobramentos dos denominados princípios fundamentais. Comentários:

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CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ

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Aula 4:

Olá pessoal! Animados para entrar efetivamente no corpo da Constituição Federal? Pois é, a partir da aula de hoje deixaremos aquelas teorias de lado para estudar o corpo de nossa Constituição.

E para início de conversa, vamos ver os princípios fundamentais da Constituição da República de 1988...

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS:

Primeiro, vamos entender um pouco melhor o que seriam esses "Princípios Fundamentais":

• Conceito: São os princípios básicos da estruturação e organização do Estado e do seu Poder Político.

• Na Constituição: Vão do art. 1º ao 4º.

• Sinônimos: Princípios político-constitucionais (pois organizam o Estado, os que decorrem deles são os jurídico-constitucionais), -tudo que for relacionado ao termo "político" estará dando idéia de "organização"- são também chamados de normas-síntese, normas-matriz (pois sintetizam e servem de origem para diversos desdobramentos ao longo da Constituição).

• Princípios Fundamentais X Princípios Gerais do Direito: Não se pode confundir os princípios fundamentais com os princípios gerais do direito constitucional. Enquanto aqueles estão positivados na Constituição, estes formam um estudo teórico, são aplicáveis a vários ordenamentos.

Questões para fixar:

1. (CESPE/Analista de Infraestrutura – MP/2012) Os princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988 (CF) designam as características mais essenciais do Estado brasileiro.

Comentários:

Exatamente isto, são os princípios fundamentais que “mostram a cara” do país, sua identidade, seus valores.

Gabarito: Correto.

2. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Segundo a doutrina, os princípios político-constitucionais são materializados sob a forma de normas-princípio, as quais, freqüentemente, são desdobramentos dos denominados princípios fundamentais.

Comentários:

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Os princípios político-constitucionais são os próprios princípios fundamentais.

Gabarito: Errado.

3. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) Muito se tem falado acerca dos princípios constitucionais. Sobre tais princípios, é correto afirmar que:

a) É correto dizer que há distinção entre os princípios constitucionais fundamentais e os princípios gerais do direito constitucional.

b) as normas-sínteses ou normas-matrizes não têm eficácia plena e aplicabilidade imediata.

c) os princípios jurídico-constitucionais não são princípios constitucionais gerais, todavia não se constituem em meros desdobramentos dos princípios fundamentais.

d) quando a Constituição prevê que a ordem econômica e social tem por fim realizar a justiça social, não estamos diante de uma norma-fim, por não abranger todos os direitos econômicos e sociais, nem a toda a ordenação constitucional.

Comentários:

Letra A - Correto.

Letra B - Errado. Os princípios fundamentais, em regra, definem a forma de Estado, a forma de Governo, estabelecem os fundamentos do Estado, e, assim, possuem eficácia plena. Existem exceções como as normas programáticas do art. 3º. No entanto está errado dizer os princípios fundamentais "não têm eficácia plena e aplicabilidade imediata", generalizando.

Letra C - Errado. Como vimos, os jurídico-constitucionais são desdobramentos dos político-constitucionais. Isso também não é uma afirmação 100%. Canotilho diz que "muitas vezes" são desdobramentos. De qualquer forma, está incorreta a questão. Mas nessa o examinador quase escorregou.

Letra D - Errado. Normas-fim são as normas que direcionam o poder público a alcançar um objetivo, uma norma programática. Segundo Canotilho, a determinação constitucional segundo a qual as ordens econômicas e social tem por fim realizar a justiça social constitui uma norma-fim, que permeia todos os direitos econômicos e sociais e os demais princípios informadores da ordem econômica são da mesma natureza.

Gabarito: Letra A.

Cobrança do tema:

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A cobrança dos princípios fundamentais pode se dar de duas formas: literalidade ou cobrança de doutrina/jurisprudência.

Cobrança de literalidade:

Todas as bancas cobram a literalidade dos art. 1ª ao 4º da Constituição e não raramente tentam confundir o candidato com os nomes que ali aparecem.

Assim, existem 4 coisa que devem estar completamente decoradas:

(POR FAVOR!!! Esqueça seu telefone, seu endereço, mas não esqueça da literalidade destes artigos)

FUNDAMENTOS (art. 1º):

(So-Ci-Di-Val-Plu)

� soberania;

� cidadania;

� dignidade da pessoa humana;

� valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

� pluralismo político.

OBJETIVOS FUNDAMENTAIS (art. 3º):

� Construir uma sociedade livre, justa e SOLIDÁRIA;

� Garantir o desenvolvimento nacional;

� ERRADICAR a pobreza e a marginalização e REDUZIR as desigualdades sociais e regionais; e

� Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

PRINCÍPIOS QUE REGEM AS RELAÇÕES INTER-NACIONAIS (art. 4º):

(in-pre-auto-não-igual-defe-so-re-co-co)

� independência nacional;

� prevalência dos direitos humanos;

� autodeterminação dos povos;

� não intervenção;

� igualdade entre os Estados;

� defesa da paz;

� solução pacífica dos conflitos;

� repúdio ao terrorismo e ao racismo;

� cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

� concessão de asilo político.

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OBJETIVO DO BRASIL NO PLANO INTERNACIONAL(art. 4º, §único):

� Buscar a integração política, econômica, social e cultural entre os povos da AMERICA LATINA, visando formar uma comunidade LATINO-AMERICANA de nações.

Não esqueçam também a literalidade do caput do art. 1º e seu parágrafo único e do art. 2º:

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito (...).

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Mais tarde, veremos os desdobramentos dessas coisas, ok? Agora, trate de ficar repetindo isso tudo para você mesmo, até decorar cada palavrinha.

Para te ajudar nessa tarefa árdua, vamos ver questões que deixarão essa decoreba mais agradável:

• Questões da FCC:

4. (FCC/Técnico Judiciário-TRE-PR/2012) A Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos, assinada por Estados do continente africano em 1981, enuncia, em seu artigo 20, que todo povo tem um direito imprescritível e inalienável, pelo qual determina livremente seu estatuto político e garante seu desenvolvimento econômico e social pelo caminho que livremente escolher.

Na Constituição da República Federativa do Brasil, o teor de referido enunciado encontra equivalência no princípio de regência das relações internacionais de:

a) repúdio ao terrorismo e ao racismo.

b) construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

c) erradicação da pobreza e da marginalização.

d) autodeterminação dos povos.

e) concessão de asilo político.

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Comentários:

As opções das letras “A” e “E” são princípios que regem o Brasil nas relações internacionais, mas não é o que guarda relação com o enunciado, ou seja, não é isto que a questão está pedindo, atenção!

A letra “B” transcreve um dos objetivos da República Federativa do Brasil, conforme Art. 3º, I, logo também não é o gabarito. Enquanto a letra “C” se refere ao objetivo constante no art. 3º, III.

Logo, o item correto é a letra D, pois o enunciado se refere á autodeterminação dos povos, conforme descrito no Art. 4º, III da Constituição, que é justamente a independência que um Estado Soberano possui em face dos outros Estados Soberanos.

Gabarito: Letra D.

5. (FCC/ Técnico Judiciário-TRF-2ª REGIÃO/2012) Quanto às relações internacionais, o Brasil rege-se, segundo expressamente disposto no artigo 4º da Constituição Federal brasileira pelo princípio:

a) do juiz natural.

b) do efeito mediato.

c) da sucumbência

d) da igualdade entre os Estados

e) da concentração

Comentários:

Das opções acima a única que está inserida no artigo 4º é a letra D.

Gabarito: letra D.

6. (FCC/Ass. Legislativo - ALESP/2010) Constitui um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, de acordo com a Constituição Federal de 1988,

a) a garantia do desenvolvimento nacional.

b) a não intervenção.

c) a defesa da paz.

d) a igualdade entre os Estados.

e) o pluralismo político.

Comentários:

A letra A traz um dos "objetivos fundamentais" da República Federativa do Brasil (art. 3º).

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As letras b, c e d trazem princípios que regem as relações internacionais (art. 4º) e não objetivos fundamentais.

A letra E é a única que traz corretamente um fundamento (art. 1º).

Gabarito: Letra E.

7. (FCC/Ag. Técnico Legislativo - ALESP/2010) Ao tratar dos princípios fundamentais do Estado brasileiro, a Constituição Federal estabelece que:

a) são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo, o Judiciário e o Ministério Público.

b) constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil erradicar as desigualdades econômicas, sociais e culturais.

c) a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política e cultural dos povos da América Latina, da Europa e da África, visando à formação de uma comunidade de nações.

d) todo o poder emana do povo, que o exerce diretamente conforme determina a legislação eleitoral.

e) a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelo princípio da não intervenção.

Comentários:

A letra A erra, pois o Ministério Público, embora seja considerado "na prática" um quarto poder, não é formalmente um dos Poderes do Estado. A Constituição adota à clássica teoria de Montesquieu que divide as funções do poder político em 3: Legislativa, Executiva e Jurisdicional.

Letra B - Pegadinha clássica - O que se quer erradicar é a pobreza e a marginalização. Se quer apenas "reduzir" as desigualdades. Não se pode vislumbrar um país sem desigualdades, isso é mais que utopia. O que se busca é que as desigualdades sejam "mínimas", "reduzidas".

Letra C - Europa e África??? Viajou! O correto seria apenas "América Latina", nos termos do parágrafo único do art. 4º.

Letra D - O correto seria "que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição".

Letra E - Aí sim... a FCC foi colocando um monte de casca de banana, e deixou a resposta certa lá na última!

Gabarito: Letra E.

8. (FCC/Técnico do TRT 7º/2009) Segundo a Constituição Federal, a República Federativa do Brasil é formada:

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a) pelos cidadãos dos quais emana o poder exercido por meio de representantes eleitos.

b) pelo conjunto de cidadãos aos quais são garantidos os direitos fundamentais.

c) pela união dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

d) pela integração econômica, política e social de todos os Estados.

e) pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal. Comentários:

Essa questão explora a simples literalidade do art. 1º da Constituição.

Gabarito: letra E!

9. (FCC/Técnico-TCE-GO/2009) Considere as seguintes afirmações sobre os princípios fundamentais da Constituição da República:

I. A República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e Distrito Federal.

II. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes ou diretamente, nos termos da Constituição.

III. Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, dentre outros, a construção de uma sociedade livre, justa e solidária e a garantia do desenvolvimento nacional.

Está correto o que se afirma em

a) I, apenas.

b) II, apenas.

c) III, apenas.

d) I e II, apenas.

e) I, II e III.

Comentários:

A questão pediu "princípios fundamentais", então, estará correta qualquer coisa que estiver do art. 1º ao 4º da Constituição, vamos ver:

I- Correto. Literalidade do Caput do art. 1º.

II- Correto. Literalidade do parágrafo único do art. 1º

III- Correto. Literalidade do art. 3º, I e II.

Gabarito: Letra E.

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10. (FCC/Técnico-TRT 15ª/2009) Sobre os princípios fundamentais da República Federativa do Brasil, é correto afirmar que

a) foi acolhido, além de outros, o princípio da intervenção para os conscritos. b) dentre seus objetivos está o de reduzir as desigualdades regionais. c) um dos seus fundamentos é a vedação ao pluralismo político. d) o Brasil rege-se nas suas relações internacionais, pela dependência nacional. e) a política internacional brasileira veda a integração política que vise à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

Comentários:

Mais uma vez, buscaremos qualquer coisa que esteja do art. 1º ao 4º da Constituição:

Letra A - Não existe isso... conscrito é aquela pessoa que está no serviço militar obrigatório, não há lógica alguma na afirmação.

Letra B - Correto. Art. 3º, III.

Letra C - Errado. O pluralismo não é vedado, ele é garantido!

Letra D - O correto seria "independência".

Letra E - Errado. O Brasil deve buscar esta integração (CF, art. 4 parágrafo único)

Gabarito: Letra B

11. (FCC/TRT 18ª/2009) Quanto aos Princípios Fundamentais, considere:

I. A República Federativa do Brasil, formada pela união dissolúvel dos Estados e dos Municípios, constitui-se em Estado Democrático de Direito.

II. São Poderes da União, dependentes entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

III. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil.

IV. A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelo princípio da concessão de asilo político.

Está INCORRETO o que consta APENAS em

a) I e IV.

b) I e II.

c) III e IV.

d) II e III.

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e) II e IV.

Comentários:

I - Errado. A união é indissolúvel.

II- Errado. Eles são independentes.

III- Correto. CF, art. 2º.

IV- Correto. CF, art. 4º, XI.

Gabarito: Letra B.

12. (FCC/AJAA-TRT 18ª/2008) Quanto aos Princípios Fundamentais, é correto afirmar que a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais, dentre outros, pelo princípio da a) exclusiva proteção dos bens jurídicos.

b) não cumulatividade.

c) prevalência dos direitos humanos.

d) uniformidade geográfica.

e) reserva legal.

Comentários:

Agora, a questão pede exclusivamente os princípios do art. 4º.

O único correto é a letra C, segundo o art. 4º, II.

Gabarito: Letra C.

13. (FCC/Prociurador-Recife/2008) NÃO figuram entre os princípios pelos quais estabelece a Constituição que a República Federativa do Brasil se rege, em suas relações internacionais, a) a independência nacional e a autodeterminação dos povos.

b) a não-intervenção e a defesa da paz.

c) a igualdade entre os Estados e a solução pacífica dos conflitos.

d) o repúdio ao terrorismo e ao racismo.

e) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

Comentários:

Mais uma vez, só valem os do art. 4º.

A letra A, B, C, e D estão corretas, porém a letra E trouxe um fundamento (art. 1º) e não um princípio que rege as relações internacionais.

Gabarito: Letra E.

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14. (FCC/TRE-SE/2008) A República Federativa do Brasil constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos, entre outros,

a) a livre manifestação do pensamento, o combate à tortura e o repúdio ao terrorismo.

b) o desenvolvimento nacional, a defesa da paz e a solução pacífica dos conflitos.

c) a soberania, a cidadania e a dignidade da pessoa humana. d) a liberdade de expressão, a liberdade de crença e a igualdade perante a Lei.

e) a propriedade, a economia e a tributação.

Comentários:

Agora só valem os do art. 1º. O famoso "So-Ci-Di-Val-Plu".

A questão, na letra C, trouxe o "So", o "Ci" e o "Di". Por isso, essa é a alternativa correta.

Gabarito: Letra C.

15. (FCC/AJAA-TRF 5/2008) Nas suas relações internacionais, a República Federativa do Brasil rege-se, dentre outros, pelo princípio da a) dependência nacional e do pluralismo político.

b) intervenção e da cidadania.

c) autodeterminação dos povos.

d) solução bélica dos conflitos e da soberania.

e) vedação de asilo político.

Comentários:

A única correta é a letra C. Não é mesmo? vejamos:

Letra A - seria independência. E o pluralismo político é um fundamento.

Letra B - O certo seria "não-intervenção", e a cidadania é um fundamento.

Letra C - Correto.

Letra D - O certo seria solução pacífica e não bélica.

Letra E - Errado. O correto seria "concessão" de asilo político.

Gabarito: Letra C.

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16. (FCC/TRE-SE/2007) Analise as afirmativas abaixo.

I. Construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

II. Garantia do desenvolvimento nacional.

III. Garantia dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

IV. Erradicação a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais.

V. Promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

De acordo com a Constituição Federal do Brasil de 1988 são considerados objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil os indicados APENAS em:

a) I, II, III e IV.

b) I, II, IV e V.

c) I, III, IV e V.

d) II, III, IV e V.

e) I, III, IV e V.

Comentários:

Os objetivos fundamentais são os do art. 3º, temos que analisar a questão pensando somente naquilo que está no art. 3º. Então vejamos:

I - Correto. CF, art. 3º, I.

II - Correto. CF, art. 3º, II.

III- Errado. Esses são fundamentos, presentes no art. 1º, então, não vale!

IV- Correto. CF, art. 3º, III.

V - Correto. CF, art. 3º, IV.

Gabarito: Letra B.

17. (FCC/TRE-PB/2007) Quanto aos princípios que regem a República Federativa do Brasil é INCORRETO afirmar que:

a) são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

b) nas suas relações internacionais o Brasil rege-se, dentre outros, pelos princípios da intervenção e determinação dos povos.

c) todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição Federal.

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d) o Brasil é formado pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constituindo-se em Estado Democrático.

e) constituem objetivos fundamentais, dentre outros, garantir o desenvolvimento nacional.

Comentários:

Letra A - Correto. CF, art. 2º.

Letra B - Errado. O correto seria "não-intervenção" e "autodeterminação dos povos".

Letra C - Correto. CF, art. 1º, p. único.

Letra D - Correto. CF. art. 1º.

Letra E - Correto. CF, art. 3º, II.

Gabarito: Letra B.

• Questões do CESPE:

18. (CESPE/Analista - Câmara dos Deputados/2012) Os princípios que regem o Brasil nas suas relações internacionais incluem a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade e a concessão de asilo político.

Comentários:

O item traz a redação dos incisos IX e X do Art. 4º da Constituição, veja: Art. 4º- A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: (...) IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político.

Gabarito: Correto.

19. (CESPE/Assitente – CNPq/2011) Apesar de a CF estabelecer que todo o poder emana do povo, não há previsão, no texto constitucional, de seu exercício diretamente pelo povo, mas por meio de representantes eleitos para tal finalidade.

Comentários:

Está disposto no parágrafo único do art. 1º: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição. Este é o conceito de democracia mista, que é endossado pelo art. 14 da Constituição: A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei,

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mediante: plebiscito; referendo; e iniciativa popular (que são os 3 instrumentos de exercício direto do poder).

Gabarito: Errado.

20. (CESPE/Assitente – CNPq/2011) A independência nacional, a igualdade entre os estados e a dignidade da pessoa humana são alguns dos fundamentos da República Federativa do Brasil.

Comentários:

Fundamentos são apenas aqueles do art. 1º da Constituição. O famoso “So-Ci-Di-Val-Plu”. Ou seja, temos a Dignidade da Pessoa Humana, mas não temos a “igualdade entre os estados” que, embora seja um princípio fundamental, não é um “fundamento”, mas sim um “princípio que rege o Brasil nas relações internacionais”.

Gabarito: Errado

21. (CESPE/AJ-Análise de Sistemas - STM/2011) No âmbito das relações internacionais, a República Federativa do Brasil adotou expressamente como princípio o repúdio ao terrorismo e ao racismo. Comentários:

Foi expressamente previsto no art. 4º, VIII. Gabarito: Correto. 22. (CESPE/AJ-Análise de Sistemas - STM/2011) Os fundamentos da República Federativa do Brasil incluem o pluralismo político e a cidadania. Comentários:

Eles estão expressamente previstos no art. 1º, II e V. Gabarito: Correto.

23. (CESPE/TRT-17ª/2009) A República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos estados, dos municípios, do Distrito Federal e dos territórios.

Comentários:

Não se pode incluir os territórios, apenas os estados, municípios e DF (CF, art. 1º).

Gabarito: Errado.

24. (CESPE/TRT-17ª/2009) De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), todo o poder emana do povo, que o exerce exclusivamente por meio de representantes eleitos diretamente.

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Comentários:

Está disposto no parágrafo único do art. 1º: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos "ou" diretamente, nos termos da Constituição, traduzindo a chamada democracia mista ou semi-direta.

Gabarito: Errado.

25. (CESPE/Técnico Administrativo - ANEEL/2010) Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, a construção de uma sociedade livre justa e solidária e a garantia do desenvolvimento nacional constituem fundamentos da República Federativa do Brasil.

Comentários:

Falou em "fundamentos" deve falar apenas dos que estão no art.1º. Ali no art. 1º, no famoso so-ci-di-val-plu, encontramos os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, porém não se pode encontrar a construção de uma sociedade livre justa e solidária e a garantia do desenvolvimento nacional, já que estes são objetivos fundamentais e não fundamentos.

Gabarito: Errado.

26. (CESPE/Agente Administrativo - AGU/2010) Entre os princípios fundamentais do Estado brasileiro, incluem-se a dignidade da pessoa humana, a construção de uma sociedade livre, justa e solidária e a concessão de asilo político. Além disso, a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

Comentários:

Agora a questão não fala em fundamentos, objetivos ou princípios de plano internacional. A questão se limita a dizer "princípios fundamentais", então, vale tudo que esteja do art. 1º ao 4º. Vejamos:

1- a dignidade da pessoa humana

Ok! É um fundamento do art. 1º.

2- a construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

Ok. É um objetivo fundamental do art. 3º.

3- a concessão de asilo político.

Ok. É um princípio das relações internacionais.

4- a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América

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Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

Perfeito, é o objetivo no plano internacional do art. 4º p. único.

Gabarito: Correto.

27. (CESPE/TRT-17ª/2009) Constitui princípio que rege a República Federativa do Brasil em suas relações internacionais a concessão de asilo político, vedada a extradição.

Comentários:

Não é vedada a extradição, embora a concessão de asilo político realmente seja um princípio que rege a República Federativa do Brasil em suas relações internacionais.

Gabarito: Errado

28. (CESPE/ABIN/2008) Constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade ou quaisquer outras formas de discriminação. Dessa forma, contraria a CF a exigência, contida em editais de concursos públicos, sem o devido amparo legal, de limite de idade mínima ou máxima para inscrição.

Comentários:

É uma meta encontrada no art. 3º, IV da Constituição Federal.

Gabarito: Correto.

29. (CESPE/Assessor-TCE-RN/2009) De acordo com a CF, são fundamentos da República Federativa do Brasil a soberania, a dignidade da pessoa humana e a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Comentários:

Os fundamentos estão no art. 1º, e a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, está no art. 3º, como sendo um objetivo fundamental.

Gabarito: Errado.

30. (CESPE/Assessor-TCE-RN/2009) Entre os objetivos da República Federativa do Brasil, destaca-se a valorização social do

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trabalho e da livre iniciativa, pois, por meio do trabalho, o homem garante sua subsistência e o consequente crescimento do país.

Comentários:

A questão faz um floreio só pra confundir o candidato... isso é muito comum!!!

Ahhh, se houver uma valorização social do trabalho e da livre iniciativa o homem garante sua subsistência e o consequentemente o crescimento do país.

Tudo baboseira... O que importa é que a valorização social do trabalho e da livre iniciativa é um FUNDAMENTO (So-Ci-Di-VAL-PLU), e não um objetivo.

Gabarito: Errado.

31. (CESPE/Assessor-TCE-RN/2009) Constituem princípios que regem a República Federativa do Brasil em suas relações internacionais, entre outros, a prevalência dos direitos humanos, da garantia do desenvolvimento nacional e da autodeterminação dos povos.

Comentários:

Realmente a prevalência dos direitos humanos e da autodeterminação dos povos estão no art. 4º, elencados como princípios das relações internacionais. Porém, a garantia do desenvolvimento nacional é um objetivo fundamental do art. 3º

Gabarito: Errado.

• Questões da ESAF:

32. (ESAF/ATRFB/2012) A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelo princípio da concessão de asilo político. Comentários:

A assertiva reproduz com correção o disposto no art. 4º, X.

Gabarito: Correto.

33. (ESAF/TFC-CGU/2008) Assinale a opção que indica um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil.

a) Valorizar a cidadania.

b) Valorizar a dignidade da pessoa humana.

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c) Observar os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

d) Constituir uma sociedade livre, justa e solidária.

e) Garantir a soberania.

Comentários:

A resposta dessa está literalidade do art. 3º da Constituição.

Gabarito: Letra D.

34. (ESAF/AFC-CGU/2008) A República Federativa do Brasil possui fundamentos e as relações internacionais do País devem ser regidas por princípios. Assinale a única opção que contempla um fundamento da República e um princípio que deve reger as relações internacionais do Brasil.

a) Soberania e dignidade da pessoa humana.

b) Prevalência dos direitos humanos e independência nacional.

c) Cidadania e valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

d) Pluralismo político e repúdio ao terrorismo e ao racismo.

e) Defesa da paz e solução pacífica dos conflitos.

Comentários:

Fundamentos são apenas os do art. 1º, o famoso So-ci-di-val-plu.

Assim, elimina-se a letra B e E.

Princípios que regem a República nas relações internacionais são os do art. 4º.

Elimina-se, então, a letra A, pois dignidade da pessoa humana é um fundamento ("di" do so-ci-di-val-plu) e a letra C, também (valores sociais do trabalho e da livre iniciativa é o "val" do so-ci-di-val-plu).

Sobrou a letra D, gabarito da questão.

35. (ESAF/AFRFB/2009) Constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, segundo preceitua o artigo 3o da Constituição Federal da República/88, o respeito aos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

Comentários:

Estes são "fundamentos" elencados no art. 1º da Constituição e não "objetivos fundamentais" os quais estão expressos no art. 3º da CF.

Gabarito: Errado.

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36. (ESAF/ATRFB/2009) Todo o poder emana do povo, que o exerce apenas por meio de representantes eleitos, nos termos da Constituição Federal.

Comentários:

O Brasil tem como regime político a democracia mista, ou seja, a regência do poder está nas mãos do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos e também diretamente usando o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular. (CF, art. 1°, parágrafo único e art. 14).

Gabarito: Errado.

37. (ESAF/ATRFB/2009) A República Federativa do Brasil não adota nas suas relações internacionais o princípio da igualdade entre os Estados.

Comentários:

Trata-se de princípio que rege o Brasil em suas relações internacionais (CF, art. 4°, V).

Gabarito: Errado.

38. (ESAF/ATA-MF/2009) Marque a opção correta.

a) A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, geográfica, política e educacional dos povos da América Latina.

b) Construir uma sociedade livre, justa e solidária é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil.

c) A cooperação entre os povos para o progresso da humanidade constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil.

d) Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação é princípio que rege a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais.

e) O repúdio ao terrorismo e ao racismo é princípio que rege a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais.

Comentários:

Letra A – Errado. A integração será econômica, política, social e cultural (CF art. 4º parágrafo único).

Letra B - Errado. Seria um objetivo fundamental (CF, art. 3º, I).

Letra C - Errado. Seria um princípio que rege as relações internacionais, e não um objetivo fundamental.

Letra D - Errado. Seria um objetivo fundamental (CF, art. 3º, IV).

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Letra E - Correto. É o que dispõe a CF em seu artigo 4º, VIII.

Gabarito: Letra E.

• Questões da FUNIVERSA:

39. (FUNIVERSA/Advogado-CEB/2010) A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos estados, municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito. Os fundamentos dela não incluem:

a) a soberania.

b) a defesa da paz. .

c) dignidade da pessoa humana.

d) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

e) o pluralismo político.

Comentários:

Questão simples que nos remete ao famoso mnemônico do "So-Ci-Di-Val-Plu".

O único que não se encontra entre os fundamentos do art. 1º da Constituição é a letra B: defesa da paz.

Gabarito: Letra B.

40. (FUNIVERSA/Advogado-CEB/2010) Não se constitui um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil

a) construir uma sociedade livre, justa e solidária.

b) garantir o desenvolvimento nacional.

c) erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais.

d) garantir a independência nacional.

e) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Comentários:

Os objetivos fundamentais são aqueles presentes no art. 3º da Constituição. No rol de objetivos fundamentais não se encontra a "independência nacional".

Gabarito: Letra D.

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• Questões da FGV:

41. (FGV/Técnico - TRE-PA/2011) A Constituição brasileira apresenta como seus fundamentos:

a) o respeito à liberdade de qualquer cidadão de ser candidato a cargo político.

b) a defesa da cidadania, soberania e dignidade da pessoa humana.

c) a existência de partidos políticos que possam disputar eleições pelo critério majoritário.

d) a construção de uma sociedade que valorize o capital intelectual do ser humano.

e) a construção de uma sociedade que seja uniforme no que diz respeito à composição de sua população.

Comentários:

Fundamentos da República Federativa do Brasil (CF, art. 1.º) são o “So-Ci-Di-Val-Plu”:

I – a soberania;

II – a cidadania;

III – a dignidade da pessoa humana;

IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V – o pluralismo político.

Assim, somente a letra B traz fundamentos.

Gabarito: Letra B.

42. (FGV/Polícia Legislativa – Senado Federal/2009) Não é (são) fundamento(s) da República Federativa do Brasil:

a) pluralismo político.

b) dignidade da pessoa humana.

c) valores sociais da livre iniciativa.

d) divisão dos Poderes do Estado.

e) valores sociais do trabalho.

Comentários:

Embora a assertiva “d” traga a “divisão dos Poderes do Estado”, que é um princípio fundamental exposto no art. 2.º da Constituição, tal princípio fundamental não consiste em um “fundamento da República Federativa do Brasil” como elencado pelas demais assertivas.

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Fundamentos são apenas o “So-Ci-Di-Val-Plu” encontrado nos incisos do art. 1º da Constituição.

Gabarito: Letra D.

43. (FGV/Analista - MEC/2009) Entre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, constantes da Constituição Federal/88, não se inclui:

a) promover o bem de todos.

b) erradicar a marginalização.

c) reduzir as desigualdades sociais.

d) priorizar o desenvolvimento das regiões rurais.

e) construir uma sociedade livre, justa e solidária.

Comentários:

Os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil (CF, art. 3.º) são:

I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II – garantir o desenvolvimento nacional;

III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Assim, o erro encontra-se na letra D.

Gabarito: Letra D.

44. (FGV/Documentador-MEC/2009) Analise as afirmativas a seguir:

I. Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, tal como previstos no art. 3.º da Constituição, uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; e promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

II. São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo, o Judiciário e o Ministério Público.

III. A Constituição prevê expressamente que a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural

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dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

Assinale:

a) se nenhuma alternativa estiver correta.

b) se todas as alternativas estiverem corretas.

c) se apenas as alternativas I e II estiverem corretas.

d) se apenas as alternativas II e III estiverem corretas.

e) se apenas as alternativas I e III estiverem corretas.

Comentários:

I – Correto. Estes são os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil elencados pelo art. 3.º da Constituição.

II – Errado. A Constituição de 1988 seguiu a doutrina da tripartição funcional do Poder Político e, assim, elencou apenas 3 poderes: o Legislativo, o Executivo, e o Judiciário. Embora o Ministério Público seja uma instituição sui generis dotada de ampla autonomia, considerada por muitos, na prática, como um quarto Poder, assim não o fez a Constituição em seu art. 2.º.

III – Correto. Trata-se do que a doutrina considera como um objetivo da República Federativa do Brasil no plano internacional, encontrado expressamente na Constituição, em seu art. 4.º, parágrafo único.

Gabarito: Letra E.

45. (FGV/ACI-SAD-PE/2009) A respeito dos princípios que regem o Brasil nas suas relações internacionais, tal como disposto no art. 4.º da Constituição, assinale a afirmativa incorreta.

a) Repúdio ao terrorismo e ao racismo.

b) Não concessão de asilo político.

c) Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade.

d) Independência nacional.

e) Não intervenção.

Comentários:

Questão literal do art. 4.º da Constituição, que elenca os seguintes princípios para reger o Brasil nas relações internacionais:

I – independência nacional;

II – prevalência dos direitos humanos;

III – autodeterminação dos povos;

IV – não intervenção;

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V – igualdade entre os Estados;

VI – defesa da paz;

VII – solução pacífica dos conflitos;

VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;

IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

X – concessão de asilo político.

Assim, errada a letra B, ao expor “não concessão de asilo político”, quando na verdade o correto seria a concessão de asilo político.

Gabarito: Letra B.

• Questões da CONSULPLAN:

46. (Consulplan/Adv. CHESF/2007 - Adaptada) A Constituição Federal - 1988 estabelece como fundamentos do estado democrático de direito:

A) A independência nacional, a prevalência dos direitos humanos, a autodeterminação dos povos e a igualdade entre os Estados.

B) Soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político.

C) A construção de uma sociedade livre, justa e solidária, a erradicação da pobreza, o desenvolvimento nacional e a redução das desigualdades sociais e regionais.

D) A defesa da paz, a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade, a solução pacífica dos conflitos e o repúdio ao terrorismo e ao racismo.

E) A cooperação entre os povos para o progresso da humanidade, a defesa da paz e a concessão de asilo político.

Comentários:

Para ser fundamento tem que estar exclusivamente no art. 1º da Constituição. É o famoso "So-Ci-Di-Val-Plu", os quais são encontrados na letra B.

Gabarito: Letra B.

47. (Consulplan/Adv. Pref. Nossa Senhora do Socorro - SE/2005) Não é fundamento da República Federativa do Brasil:

A) A soberania nacional.

B) O pluralismo político.

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C) A cidadania.

D) A igualdade entre os Estados.

E) A dignidade da pessoa humana.

Comentários:

Novamente se pediu os "fundamentos", o "So-Ci-Di-Val-Plu". Assim, a letra D é a errada, pois a igualdade entre os Estados é um "princípio que rege a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais" (CF, art. 4º. V).

Gabarito: Letra D.

48. (Consulplan/Adv. Pref. São Brás - AL/2005) Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, EXCETO:

A) Garantir o desenvolvimento nacional.

B) Conquistar a independência nacional.

C) Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

D) Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais.

E) Construir uma sociedade livre, justa e solidária.

Comentários:

Agora o que queremos são os "objetivos fundamentais", temos que olhar exclusivamente para o art. 3º da Constituição.

A letra B é a única que não está no art. 3º, aliás, não está em lugar algum. Não queremos "conquistar" a independência, já conquistamos isso faz tempo.

Gabarito: Letra B.

49. (Consulplan/Adv. Pref. Laranjeiras – SE/2006) A República Federativa do Brasil, segundo a Constituição Federal rege-se, nas suas relações internacionais, dentre outros, pelo princípio da prevalência dos direitos humanos.

Comentários:

Se queremos princípios das "relações internacionais", temos que olhar para o art. 4º. Está correta a alternativa pois se encontra no art. 4º, II da Constituição.

Gabarito: Correto.

"Quase literalidades":

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50. (CESGRANRIO/Técnico-BACEN/2009) A Constituição de 1988 estabelece alguns princípios fundamentais que apontam um perfil estruturante do Estado brasileiro e que devem, portanto, ser observados pelos órgãos de governo. Nesse sentido, caso o Governo Federal decidisse adotar medidas a partir das quais o Estado passasse a planejar e dirigir, de forma determinante, a ordem econômica do país, inclusive em relação ao setor privado, essas medidas violariam o valor constitucional da

a) soberania.

b) República.

c) Federação.

d) livre iniciativa.

e) supremacia do interesse público.

Comentários:

A regra básica de todo concurseiro, que eu não canso de frisar é: frieza na hora da prova. Não se pode desesperar diante do inimigo (banca organizadora). Essa questão simples, simples. Daquelas que começam enrolando, enrolando, só para poder desesperar aqueles candidatos despreparados ou ansiosos em excesso.

Veja como a questão é simples: "... se o Estado passasse a planejar e dirigir, de forma determinante, a ordem econômica do país, inclusive em relação ao setor privado". O que é isso? afronta à Soberania? à República?... Claro que não! Isso é uma afronta à livre iniciativa.

No Brasil temos um sistema capitalista em nossa ordem econômica. Prima-se pela livre iniciativa, livre concorrência, liberdade profissional... O Estado atua como "regulador", mas o poder privado é livre para estabelecer atividades econômicas, desde que não violem as leis ou os interesses da sociedade.

Gabarito: Letra D

Outra questão deste estilo:

51. (ESAF/EPPGG-MPOG/2008) A Constituição acolhe uma sociedade conflitiva, de interesses contraditórios e antagônicos, na qual as opiniões não ortodoxas podem ser publicamente sustentadas, o que conduz à poliarquia, um regime onde a dispersão do Poder numa multiplicidade de grupos é tal que o sistema político não pode funcionar senão por uma negociação constante entre os líderes desses grupos é tal que o sistema político não pode funcionar senão por uma negociação constante entre os líderes desses grupos ( SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo, 25. ed. São Paulo: Malheiros, 2005, pp. 143-145, com adaptações ).

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Assinale a opção que indica com exatidão o fundamento do Estado brasileiro expressamente previsto na Constituição, a que faz menção o texto transcrito.

a) Soberania.

b) Dignidade da pessoa humana.

c) Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

d) Cidadania.

e) Pluralismo político.

Comentários:

O texto fala de pluralidade de opniões, poliarquia (poder nas mãos de vários), sistema político baseado em negociações dos diversos interesses.

Claramente o texto está falando de "pluralismo político".

Gabarito: Letra E.

Cobrança Doutrinária e Jurisprudencial:

Agora vamos ir um pouco mais fundo nesse buraco. ´

Já falamos que os princípios fundamentais são as normas-síntese, ou seja, aquele pontinho de onde deriva quase tudo que está por vir no ordenamento jurídico.

Imagine você o quanto de coisa implícita não está presente nestes 4 artigos? É muita coisa... mas, vamos devagarzinho que tudo será resolvido, não é nenhuma loucura não!

Primeiro, vamos analisar o que diz o art. 1º da CF:

A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito (...).

Veja que ela traz palavras que nos remetem à "República", "Federação", "Democracia"...

Então, temos os seguintes institutos da organização do Estado:

Forma de Governo: República

Forma de Estado: Federação

Regime de Governo ou Político:

Democracia (mista ou semi-direta)

Sistema de Governo: Presidencialismo (art. 84 da CF)

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Pulo do Gato:

A forma está no nome "República Federativa" ou seja, forma de governo = República / forma de Estado = Federação.

E o que quer dizer uma "Forma de governo", uma "Forma de Estado" ou um "Sistema de governo"???

Vamos lá:

Basicamente são as repúblicas (todos exercem o poder) e as monarquias (só um exerce o poder).

Características da Monarquia:

1- Vitaliciedade - O governante terá o governo em suas mãos por toda a sua vida. Não há temporariedade.

2- Hereditariedade - Não há eletividade. O governo é passado de pai para filho, como herança.

Características da República:

A coisa é do povo. Embora, o povo escolha representantes para a gestão de "sua coisa", estes representantes não se apoderam da coisa pública. Assim, é essencial que tenhamos em uma república:

1- Temporariedade dos mandatos: Pois assim, nenhum representante tomará para si a feição do poder, permanecendo ilimitadamente no cargo. Haverá uma rotatividade dos cargos públicos para que diversas pessoas, com pluralidade de opiniões e idéias possam representar a sociedade.

2- Eletividade dos cargos políticos: Os cargos políticos só serão legítimos se providos por eleições, de acordo com a vontade do povo.

a) Forma de Governo

É maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados. Quem deve exercer o

poder e como este se exerce.

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3 - Transparência na gestão pública, através de prestação de contas, levando a uma responsabilidade dos governantes: Os representantes não podem se apoderar do patrimônio que é de todos, nem geri-los como bem entenderem. Devem promover uma gestão que esteja alinhada com a finalidade do bem comum.

4- Separação das funções do Poder Político entre diferentes agentes.

A divisão entre Monarquia e República é oriunda do pensamento de Maquiavel.

Maquiavel??? Tá de brincadeira professor???

É isso mesmo, vários amigos nossos lá das antiguidades expuseram pensamentos sobre a forma de governo. O pensamento deles era da seguinte forma:

Segundo Aristóteles (384 a.C – 322 a.C.): 6 Formas hierarquizadas:

Formas Puras Formas Impuras

No interesse geral No interesse próprio

Governo de um Monarquia Tirania

Governo de poucos Aristocracia Oligarquia

Governo de muitos Politéia Democracia

Eu digo que as formas de Aristóteles eram hierarquizadas, pois segundo ele, a melhor forma era a monarquia, porém se a monarquia se deturpasse para uma tirania, ela passaria a ser a pior forma de todas.

Segundo Maquiavel (“O Príncipe” – 1532): 2 formas:

Principados (Monarquia)

República (Aristocracia ou Democracia)

Pulo do Gato:

Maquiavel escreveu "o Príncipe" e nesta obra ele previa como forma de governo os "principados"

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Segundo Montesquieu (“O Espírito das Leis” – 1748):

República – Governo nas mãos de muitos (democracia – todos / Aristocracia – alguns).

Monarquia – Governo nas mãos de um, mas sujeito às leis.

Despotismo – Governo nas mãos de um, mas sem obediência de leis.

Pulo do Gato:

Perceba que MontESquieu foi quem escreveu o ESpírito das Leis e ainda mais interessante é que ele (e somente ele) ainda previa como forma de governo o dESpostismo.

Observações:

1- O art. 2º dos ADCT dispõe: "no dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, através de plebiscito, a forma (república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que devem vigorar no País". O plebiscito aconteceu e definiu através do voto popular que o Brasil seria uma república presidencialista.

2- A forma de governo republicana não está presente entre as chamadas "cláusulas pétreas" (vide CF, art. 60, §4º), ou seja, não está presente naquela relação das disposições que não podem ser abolidas (ou reduzidas) de nossa Constituição.

3- Embora não seja uma cláusula pétrea, a forma republicana é um princípio constitucional sensível (CF, art. 34, VII), ou seja, um princípio que se não for observado poderá ensejar em uma intervenção federal.

• Questões da FCC:

52. (FCC/DPE-SP/2009) O princípio republicano, que traduz a maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e a relação entre governantes e governados, mantém-se na ordem constitucional mas hoje não mais protegido formalmente contra emenda constitucional.

Comentários:

Está correta, pois definiu-se corretamente o que seria a "forma de governo" - no Brasil, a "república" - e corretamente asseverou que

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esta forma de governo não é mais uma cláusula pétrea, ou seja, é algo que não está protegido contra emendas constitucionais (vide CF, art. 60 §4º). Lembrando que, no entanto, a república continua sendo um princípio constitucional sensível (CF, art. 34, VII) ou seja, um princípio que se não observado pelos entes da Federação, poderá ensejar uma "intervenção federal" da União no Estado ou Distrito Federal que esteja ofendendo tal princípio.

Gabarito: Correto.

• Questões do CESPE:

53. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) A República é uma forma de Estado.

Comentários:

Doutrinariamente, classifica-se como "forma de governo".

Gabarito: Errado.

54. (CESPE/SECONT-ES/2009) O termo Estado republicano refere-se não apenas a organizações institucionais, mas a um compromisso social com a coisa pública, no exercício da tolerância, no respeito à identidade do homem, dentro do prisma individual (pluralismo) e cultural.

Comentários:

A república é a forma de governo em que os atos devem manifestar a vontade geral, já que o Estado se manifesta em um bem comum, um compromisso social.

Gabarito: Correto.

55. (CESPE/Juiz Substituto–TJ-PI/2007) Para Maquiavel, as formas de governo são os principados, as repúblicas e as democracias.

Comentários:

Para Maquiavel teríamos apenas 2 possíveis formas de governo: Principados (monarquia) e as repúblicas, democracia seria uma forma de exercício da república.

Gabarito: Errado.

56. (CESPE/Juiz Substituto–TJ-PI/2007) Para Montesquieu, três são as formas de governo: monarquia, aristocracia e politéia,

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que se degeneram por meio da tirania, da oligarquia e da democracia, respectivamente.

Comentários:

Essa era a visão de Aristóteles.

MontESquieu foi quem escreveu o ESpírito das Leis e que previa o dESpotismo.

Gabarito: Errado.

57. (CESPE/Juiz Substituto–TJ-PI/2007) Para Aristóteles, os governos são republicano - no qual todo o povo, ou pelo menos uma parte dele, detém o poder supremo -; monárquico - em que uma só pessoa governa - e despótico - em que um só arrasta tudo e todos com sua vontade e seus caprichos, sem leis ou freios.

Comentários:

Essa era a visão de Montesquieu.

Gabarito: Errado.

• Questões da ESAF:

58. (ESAF/AFC-STN/2005) Forma de governo diz respeito ao modo como se relacionam os poderes, especialmente os Poderes Legislativo e Executivo, sendo os Estados, segundo a classificação dualista de Maquiavel, divididos em repúblicas ou monarquias.

Comentários:

Realmente a forma de governo é concretizada (segundo Maquiavel e também atualmente) nas repúblicas e monarquias, porém, a forma de governo é o desenho, é a maneira pela qual se dá a instituição do poder na sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados. Assim, na república teremos o poder de todos e na monarquia o poder de apenas um. O que o enunciado falou, na verdade seria o conceito de "sistema de governo" (relação entre os órgãos).

Gabarito: Errado.

59. (ESAF/Analista Jurídico-SEFAZ-CE/2007) A República é a forma de organização do Estado adotada pela Constituição Federal de 1988. Caracteriza-se pela temporariedade do mandato dos governantes e pelo processo eleitoral periódico.

Comentários:

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República é a forma de governo adotada pela Constituição e não a forma de Estado adotada, que foi a federação.

Gabarito: Errado.

60. (ESAF/AFC-CGU/2006) O princípio republicano tem como características essenciais: a eletividade, a temporariedade e a necessidade de prestação de contas pela administração pública.

Comentários:

Exato. Todas essas características permitem, conjuntamente que haja um escolha direta dos representantes, um revezamento dos governantes e que se demonstre que a "coisa pública" não está sendo apropriada por eles.

Gabarito: Correto.

61. (ESAF/AFC-CGU/2006) Em função da forma de governo adotada na Constituição de 1988, existe a obrigação de prestação de contas por parte da administração pública.

Comentários:

Isso aí. A forma de governo que adotamos foi a república o que implicitamente pressupõe uma administração transparente dos recursos públicos.

Gabarito: Correto.

62. (ESAF/MPU/2004) Nos termos da Constituição de 1988, o Brasil adota a república como sistema de governo, elegendo, portanto, o princípio republicano como um dos princípios fundamentais do Estado brasileiro.

Comentários:

O sistema de governo é o presidencialismo, a republica é a forma de governo.

Gabarito: Errado.

63. (ESAF/AFT/2006) A forma republicana não implica a necessidade de legitimidade popular do presidente da República, razão pela qual a periodicidade das eleições não é elemento essencial desse princípio.

Comentários:

República é a “coisa pública”, ou seja, pressupõe o execício do voto e a periodicidade das eleições.

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Gabarito: Errado.

64. (ESAF/ENAP/2006) Como conseqüência direta da adoção do princípio republicano como um dos princípios fundamentais do Estado brasileiro, a Constituição estabelece que a República Federativa do Brasil é composta pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e do Distrito Federal.

Comentários:

Trata-se de uma decorrência do federalismo e não do princípio republicano.

Gabarito: Errado.

• Questões da FGV:

65. (FGV/Fiscal-SEFAZ-RJ/2008) O Brasil é uma república, a indicar o governo como:

a) sistema.

b) forma.

c) regime.

d) paradigma.

e) modelo.

Comentários:

É o pulo do gato, vamos fixar: falou em forma, lembrou-se de "república federativa". Se o Brasil é um Estado Federal, é porque sua forma de Estado é a federação. Sobrou a forma de governo republicana.

Gabarito: Letra B.

66. (FGV/Juiz Substituto-TJ-MG/2008) São características do princípio republicano: eleições periódicas para Chefe de Estado e Chefe de Governo, cidadania, soberania, diversas esferas de distribuição de poder, observância dos direitos fundamentais implícitos e explícitos, observância dos princípios sensitivos.

Comentários:

Eleições periódicas são uma decorrência direta do princípio republicano, pois, se o poder está nas mãos de todos, deve haver uma rotatividade dos governantes. Porém, as demais características elencadas não são decorrentes deste princípio. A cidadania decorre

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do regime democrático. A soberania é característica dos Estados independentes, não importando se é ou não uma república. A existência de diversas esferas de poder está ligada ao fato da forma de Estado brasileiro ser a federativa. Do mesmo modo, também decorre da forma de Estado (federação) a observância dos princípios sensitivos ou sensíveis, que são aqueles dispostos no art. 34, VII, da Constituição, que, se não forem observados, darão ensejo a uma intervenção federal.

Gabarito: Errado.

• Questões da CONSULPLAN:

67. (Consulplan/Adv. Pref. Nossa Senhora do Socorro - SE/2005) República é a forma de governo em que os governantes são eleitos periodicamente pelo povo. Quanto às suas características, assinale a alternativa INCORRETA:

A) Eletividade.

B) Temporariedade.

C) Clássica divisão dos poderes.

D) Pessoalidade.

E) Responsabilidade política.

Comentários:

Se analisarmos as alternativas, vemos que somente a alternativa "D" (Pessoalidade) não é característica da república, já que esta é marcada pela impessoalidade, ou seja, o governante não exerce o Poder em nome próprio, mas sim em nome da coletividade.

Gabarito: Letra D.

68. (Consulplan/Adv. Pref. São Brás - AL/2005) Sendo a forma republicana um dos princípios constitucionais do Estado brasileiro, a ser observado e assegurado, a Constituição Federal veda, nas chamadas cláusulas pétreas, emenda tendente a aboli-la.

Comentários:

A forma federativa de Estado (forma de Estado) foi protegida como cláusula pétrea, porém, este tratamento não foi estendido à forma republicana (forma de governo).

Gabarito: Errado.

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O Brasil adota como forma de Estado a federação, ou seja, o modo de distribuição geográfica do poder político se dá com a formação de entidades autônomas (vide art. 18). Essa autonomia se manifesta através de três ou quatro facetas (dependendo do doutrinador):

Autogoverno:

capacidade de os entes escolherem seus governantes sem interferência de outros entes;

Auto-organização:

capacidade de instituírem suas próprias constituições (no caso dos estados) ou leis orgânicas (no caso dos municípios e do DF);

Autolegislação:

capacidade de elaborarem suas próprias leis através de um processo legislativo próprio, embora devam seguir as diretrizes do processo em âmbito federal;

Autoadministração:

capacidade de se administrarem de forma independente, tomando suas próprias decisões executivas e legislativas.

Observações:

1- Para alguns doutrinadores não haveria a separação entre auto-organização e autolegislação.

2- Estamos falando de autonomia, não de soberania. A soberania, que a Constituição adota em seu art. 1º, I, como um fundamento da República Federativa do Brasil (definida como o poder supremo que o Estado brasileiro possui nos limites do seu território, não se su-jeitando a nenhum outro poder de igual ou superior magnitude e tornando-se um país independente de qualquer outro no âmbito internacional) irá se manifestar apenas na pessoa da República Federativa do Brasil, entendida como a união de todos os entes internos, representando todo o povo brasileiro, povo este que é o verdadeiro titular da soberania.

b) Forma de Estado

O modo de exercício do poder político em função do território

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3- Nem mesmo o ente federativo "União" possui soberania, a União possui apenas autonomia tal como os Estados, Distrito Federal e Municípios. A República Federativa do Brasil é única soberana e que se manifesta internacionalmente como pessoa jurídica de direito internacional.

Estados simples X Estados complexos:

Um Estado pode se desenhar territorialmente com o reconhecimento ou não de autonomias regionais. Quando houver repartições regionais dotadas de autonomia, estaremos diante de um Estado complexo ou composto. Quando não houver autonomias regionais com poder de se auto-organizarem, estaremos diante de um estado simples ou unitário.

Os estados complexos são basicamente as federações e as confederações (embora existam outros tipos menos comuns como a União real ou União Pessoal).

Estados simples centralizados, desconcentrados e descentralizados:

Os estados, ainda que sejam simples, podem ser divididos em:

o Centralizados ou puros – é aquele Estado onde todo o Poder Executivo, Legislativo e Judiciário encontra-se centralizado em uma única esfera, e não há qualquer delegação de funções ou atribuições às autoridades regionais.

o Desconcentrados – Embora seja formado também por uma única esfera de Poder, centralizada, existe a presença de autoridades locais, que exercem poderes em nome do governo central, facilitando a resolução de conflitos e aproximando o poder central da população.

o Descentralizados – Existe uma maior autonomia das regiões que serão inclusive dotadas de personalidade jurídica, não havendo, no entanto, a autonomia para legislar.

Federação x Confederação: Em uma federação temos um Estado fracionado em unidades autônomas. Nas confederações as unidades não são simplesmente autônomas, elas são soberanas. Assim, a federação é uma união indissolúvel, ou seja, os entes não têm o direito de secessão. Já nas confederações, os Estados podem se separar do bloco.

Características da nossa federação:

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1. Indissolubilidade: Pelo fato de os entes não possuírem o direito de secessão.

2. Cláusula Pétrea Expressa: A Constituição expressamente protegeu a forma federativa de estado como uma cláusula pétrea (CF, art. 60§4º), impedindo assim que uma emenda constitucional possa vir a dissolver a federação ou ofender o pacto federativo (autonomia dos entes federados);

3. Federação por segregação, ou movimento centrífugo: diferentemente do EUA, onde haviam vários Estados que se "agregaram" (movimento centrípeto) para formar o país, no Brasil tinha-se apenas um Estado que se desmembrou em outros.

4. Federalismo de 3º grau: até a promulgação da Constituição Brasileira de 1988, os Municípios não possuíam autonomia, tínhamos, então, um federalismo de 2º grau, formado apenas pelas esferas federal e estadual. Após a promulgação da Constituição vigente, o país passou a ter um federalismo de 3º grau, reconhecendo os Municípios como autônomos e, assim, adotando uma espécie bem peculiar de federação.

5. Federalismo cooperativo: existe uma repartição de competências de forma que cada ente federativo irá contribuir para a finalidade do Estado, havendo a previsão de competências que são comuns a todos, além de colaborações técnicas e financeiras para a prestação de alguns serviços públicos, e repartição das receitas tributárias.

6. Federalismo assimétrico: não existe uma homogeneidade entre os entes federativos, há uma clara disparidade entre os diversos estados da federação, criando diversas peculiaridades regionais.

• Questões da FCC:

69. (FCC/AJAA-TRT 8ª/2010) As finalidades básicas do princípio da indissolubilidade do vínculo federativo são

a) a unidade nacional e a necessidade descentralizadora.

b) o direito de secessão e a prevalência dos interesses da União sobre os Estados, Distrito Federal e Municípios.

c) o direito de secessão e a necessidade de auto- organização.

d) dúplice capacidade de auto-organização dos Estados e Municípios e sujeição aos interesses da União.

e) dúplice capacidade de auto-organização dos Estados e Municípios e o direito de secessão.

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Comentários:

A Constituição versa logo em seu art. 1º que a República Federativa do Brasil constitui uma “união indissolúvel”. Assim, a “indissolubilidade” é uma característica básica da nossa federação, ou seja, é terminantemente vedada qualquer ação de “secessão”. Os Estados e Municípios não podem se separar do vínculo federativo, eles não possuem esse “direito de secessão”.

Como isso já sabemos, de cara, que estão erradas as letras B, C e E.

Uma das finalidades desse vínculo, que se estabelece na forma de um “federalismo cooperativo”, é a necessidade descentralizadora. Os governos locais (municipais) estão mais próximos da população, conseguindo observar de perto as necessidades da população, estes interesses locais (municipais) são harmonizados pelos governos regionais (Estaduais) e por sua vez pelo governo federal. A letra A é a correta.

A letra D fala ainda da “sujeição aos interesses da União”. Embora indissolúvel, a nossa federação é formada por entes autônomos, sem qualquer sujeição de interesses de um em relação ao outro, isso por que todos os entes da federação (Municípios, Estados, Distrito Federal e União), são dotados da “quádrupla” (ou “tríplice”) autonomia.

Gabarito: Letra A.

70. (FCC/TCE-CE/2006) Confederação é a união permanente de dois ou mais Estados-membros, os quais, conservando sua autonomia político-administrativa, abrem mão de sua soberania, em favor do Estado Federal.

Comentários:

Os Estados que formam uma confederação, diferentemente dos que formam uma federação, são soberanos. Eles possuem o direito de secessão, ou seja, de se separar do bloco. A união deles acontece para que se aumente a força representativa internacional.

Gabarito: Errado.

71. (FCC/TCE-CE/2006) Estado simples é aquele formado por mais de um Estado com alguns ou vários poderes públicos internos funcionando ao mesmo tempo.

Comentários:

O Estado simples é aquele unitário, onde não existe descentralizções do poder político. Assim, erra o enunciado ao falar em "formado por mais de um Estado" e "vários poderes públicos internos". Essas

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característica seria na verdade referentes a Estados complexos (federações e confederações) e não a Estados Unitários.

Gabarito: Errado.

• Questões do CESPE:

72. (CESPE/AJAJ-TJAL/2012) Segundo a doutrina, o federalismo nacional é simétrico, dada a homogeneidade dos entes federativos.

Comentários:

Não existe uma homogeneidade entre os entes federativos, há uma clara disparidade entre os diversos estados da federação.

Gabarito: Errado.

73. (CESPE/MPS/2010) O Estado federado nos moldes do brasileiro é caracterizado pelo modelo de descentralização política, a partir da repartição constitucional de competências entre entidades federadas autônomas que o integram, em um vínculo indissolúvel, formando uma unidade.

Comentários:

O Estado federal brasileiro realmente possui uma descentralização política o que forma 4 espécies de entidades (União, Estados, Municípios e DF) todas autônomas. Cada um delas tem a sua competência constitucionalmente atribuída e se reúnem para criar um vínculo que não pode ser dissolvido, como é típico das federações.

Gabarito: Correto.

74. (CESPE/Analista-SERPRO/2008) A federação é uma forma de governo na qual há uma nítida separação de competências entre as esferas estaduais, dotadas de autonomia, e o poder público central, denominado União.

Comentários:

Segundo a doutrina, trata-se de forma de Estado e não forma de governo.

Gabarito: Errado.

75. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A federação é o sistema de governo cujo objetivo é manter reunidas autonomias regionais.

Comentários:

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Trata-se do conceito de "forma de estado" e não de "sistema de governo". Sistema de governo é "presidencialismo" ou "parlamentarismo".

Gabarito: Errado.

76. (CESPE/MMA/2009) O modelo de federalismo brasileiro é do tipo segregador.

Comentários:

Em países como os Estados Unidos tivemos o que se chama de federalismo de agregação, ou seja, os entes, antes fracionados, se uniram para formar um único país. Já no Brasil foi o contrário, tinha-se somente um único ente que se descentralizou formando outros, daí ser chamado de federalismo por segregação.

Gabarito: Correto.

77. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O federalismo brasileiro, quanto à sua origem, é um federalismo por agregação.

Comentários:

Como vimos, diferentemente dos EUA, onde vários estados se agregaram e formaram um país, no Brasil, foi um só território que foi desmembrado. Assim, o federalismo brasileiro é por segregação.

Gabarito: Errado.

78. (CESPE/PGE-AL/2008) Doutrinariamente, entende-se que a formação da Federação brasileira se deu por meio de movimento centrípeto (por agregação), ou seja, os estados soberanos cederam parcela de sua soberania para a formação de um poder central. Isso explica o grande plexo de competências conferidas aos estados-membros brasileiros pela CF se comparados à pequena parcela de competências da União.

Comentários:

Como vimos, no Brasil, temos uma federação por segregação, ou movimento centrífugo. Diferentemente do EUA, onde haviam vários Estados que se "agregaram" (movimento centrípeto) para formar o país, no Brasil tinha-se apenas um Estado que se desmembrou em outros.

Gabarito: Errado.

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79. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Existia no Brasil um federalismo de segundo grau até a promulgação da CF, após a qual o país passou a ter um federalismo de terceiro grau.

Comentários:

Era de segundo grau pois previa a autonomia apenas da União e de Estados. Agora, temos um de 3º grau prevendo a autonomia dos Municípios.

Gabarito: Correto.

80. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Uma das características comuns à federação e à confederação é o fato de ambas serem indissolúveis.

Comentários:

Diferentemente do que ocorre nas federações, nas confederações, os Estados se agregam para aumentar a sua força política internacional, mas não abdicam de sua soberania, podendo se separar do bloco no momento em que julgarem necessário.

Gabarito: Errado.

81. (CESPE/ABIN/2008) O direito de secessão somente pode ocorrer por meio de emenda à CF, discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, sendo ela considerada aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

Comentários:

É proibido o direito de secessão, já que a Constituição estabelece no art. 1º que a República Federativa do Brasil é uma união indissolúvel.

Gabarito: Errado.

82. (CESPE/PGE-AL/2008) A descentralização política, apesar de ocorrer em alguns países que adotam a forma federativa de Estado, não é uma característica marcante do federalismo.

Comentários:

Esta descentralização do poder político é o traço principal da federação, que é a forma de Estado onde existem autonomias regionais.

Gabarito: Errado.

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83. (CESPE/PGE-AL/2008) Quando da constituição de um Estado na forma federativa, os entes que passam a compor o Estado Federal (estados-membros) perdem sua soberania e autonomia. Esses elementos passam a ser característicos apenas do todo, ou seja, do Estado Federal.

Comentários:

Eles perdem a soberania (poder supremo sobre seu território), mas se mantém autônomos (independência administrativa, legislativa e governamental em relação aos outros).

Gabarito: Errado.

84. (CESPE/PGE-AL/2008) Alguns dos elementos que asseguram a soberania dos estados-membros no federalismo são a possibilidade de auto-organização por meio da elaboração de constituições estaduais e a existência de câmara representativa dos estados-membros.

Comentários:

Os estados membros não são soberanos, são autônomos. Esta autonomia se manifesta através quatro facetas:

1- Autogoverno: capacidade de os entes escolherem seus governantes sem interferência de outros entes;

2- Auto-organização: capacidade de instituírem suas próprias constituições (no caso dos estados) ou leis orgânicas (no caso dos municípios e do Distrito Federal);

3- Autolegislação: capacidade de elaborarem suas próprias leis através de um processo legislativo próprio, embora devam seguir as diretrizes do processo em âmbito federal.

4- Autoadministração: capacidade de se administrarem de forma independente, tomando suas próprias decisões executivas e legislativas.

(OBS.: Para alguns doutrinadores teríamos apenas três facetas, com a autolegislação sendo inclusa no poder de auto-organização).

Gabarito: Errado.

85. (CESPE/PGE-AL/2008) As constituições dos estados organizados sob a forma federativa possuem, em regra, instrumentos para coibir movimentos separatistas. No Brasil, a CF prevê a possibilidade de se autorizar a intervenção da União nos estados para manter a integridade nacional e considera a forma federativa de Estado uma cláusula pétrea.

Comentários:

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Por este motivo, a doutrina classifica a intervenção federal como um "elemento de estabilização constitucional". A forma federativa é uma cláusula pétrea, pois o art. 60 §4º estabelece que ela não pode ser abolida por emendas à Constituição.

Gabarito: Correto.

• Questões da ESAF:

86. (ESAF/AFC-STN/2005) A divisão fundamental de formas de Estados dá-se entre Estado simples ou unitário e Estado composto ou complexo, sendo que o primeiro tanto pode ser Estado unitário centralizado como Estado unitário descentralizado ou regional.

Comentários:

Segundo a doutrina, os Estados se dividem territorialmente de duas maneiras:

Estados simples ou unitários, que podem ser basicamente:

o Centralizados ou puros;

o Descentralizados;

o Desconcentrados;

Estados compostos ou complexos, que podem ser basicamente:

o União pessoal;

o União Real;

o Confederação; ou

o Federação.

Gabarito: Correto.

87. (ESAF/AFTE-RN/2005) O Estado unitário distingue-se do Estado federal em razão da inexistência de repartição regional de poderes autônomos, o que não impede a existência, no Estado unitário, de uma descentralização administrativa do tipo autárquico.

Comentários:

A descentralização adminitrativa para se formar a administração indireta não rompe com o unitarismo do Estado, o qual só é prejudicado quando ocorre uma descentralização política formando-se entes federativos autônomos.

Gabarito: Correto.

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88. (ESAF/AFTE-RN/2005) Em um Estado federal temos sempre presente uma entidade denominada União, que possui personalidade jurídica de direito público internacional, cabendo a ela a representação do Estado federal no plano internacional.

Comentários:

Entendemos que a existência de um poder central é imprescindível para se formar uma federação, já que é ele o responsável pela ponderação dos interesses dos diversos membros da federação. O erro da questão está em afirmar que a União é pessoa jurídica de direito internacional, quando na verdade é de direito público interno.

Gabarito: Errado.

89. (ESAF/AFC-CGU/2006) Não é elemento essencial do princípio federativo a existência de dois tipos de entidade - a União e as coletividades regionais autônomas.

Comentários:

A questão é um pouco mal formulada. Em síntese devemos observar que a federação é caracterizada por um poder central - a nossa União Federal – e os entes políticos regionais autônomos – Estados. Chamar o poder central de União é uma particularidade do ordenamento brasileiro, porém, nesta questão, a contrário sensu, podemos inferir que o pensamento ESAF é o seguinte: É elemento essencial do princípio federativo a existência de dois tipos de entidade - a União e as coletividades regionais autônomas.

Gabarito: Errado.

• Questões FGV:

90. (FGV/Juiz Substituto-TJ-MG/2008) Como corolário do princípio federativo, a União, os Estados-membros, o Distrito Federal e os Municípios, no Brasil, são autônomos e possuidores da tríplice capacidade de autoorganização e normatização própria, autogoverno e autoadministração (Certo/Errado).

Comentários:

Aqui a banca usou a forma "tríplice" e não "quádrupla" das faces da autonomia, o que também está correto, desde que seja exposta corretamente: auto-organização, autor-governo e autoaministração.

Veja que embora tenha citado apenas a "tríplice capacidade", o enunciado deixou bem claro que está incluindo a auto-legislação (auto-normatização) junto à auto-organização.

Gabarito: Correto.

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91. (FGV/Juiz Substituto-TJ-MG/2008 - Adaptada) O princípio da indissolubilidade do vínculo federativo no Estado Federal Brasileiro tem como finalidades básicas a unidade nacional e a necessidade descentralizadora.

Comentários:

A manutenção da unidade nacional e a necessidade descentralizadora são objetivos básicos da nossa federação.

Percebemos que a Constituição versa logo em seu art. 1º que a República Federativa do Brasil constitui uma “união indissolúvel”. Assim, a “indissolubilidade” é uma característica básica da nossa federação, ou seja, é terminantemente vedada qualquer ação de “secessão”. Os Estados e Municípios não podem se separar do vínculo federativo, eles não possuem esse “direito de secessão”.

Uma das finalidades desse vínculo, que se estabelece na forma de um “federalismo cooperativo”, é a necessidade descentralizadora. Os governos locais (municipais) estão mais próximos da população, conseguindo observar de perto as necessidades da população, estes interesses locais (municipais) são harmonizados pelos governos regionais (Estaduais) e por sua vez pelo governo federal.

Gabarito: Correto.

92. (FGV/Advogado-BADESC/2010 - Adaptada) O sistema federativo brasileiro prevê a indissolubilidade da federação, sendo vedada a aprovação de emenda constitucional tendente a abolir a forma federativa de Estado.

Comentários:

A nossa federação é indissolúvel, não podendo nenhum dos entes políticos (União, Estados, DF e Municípios) romper o pacto federativo. E por ser uma cláusula pétrea expressa (CF, art. 60§4º), não é possível que uma emenda constitucional possa vir a dissolver a federação ou ofender o pacto federativo (autonomia dos entes federados).

Gabarito: Correto.

• Questões da CONSULPLAN:

93. (Consulplan/Adv. SMTT-Pref. Itabaiana-SE/2010) Sobre o tema Forma de Estado, pode-se afirmar que o Estado Brasileiro é:

A) Um Estado Democrático.

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B) Um Estado Federal.

C) Um Estado Republicano.

D) Um Estado Unitário.

E) Um Estado de bem-estar social.

Comentários:

E aí fixaram? Vamos lá:

A questão pede aquele nosso pulo do gato: falou em forma, lembrou de "República Federativa". O Brasil é um “Estado Federal”, com governo republicano.

Forma de Governo: República

Forma de Estado: Federação

Regime de Governo ou Político:

Democracia (mista ou semi-direta)

Sistema de Governo: Presidencialismo (art. 84 da CF)

Gabarito: Letra B.

A democracia mista ou semi-direta foi eleita como o regime político brasileiro (vide preâmbulo e art. 1º), assim, quem é responsável por reger a política brasileira é o povo, o detentor do poder, que direciona as ações do governo de duas formas:

1- Diretamente, através do uso do plebiscito, referendo e da iniciativa popular, ou

2- Indiretamente, através dos representantes eleitos pelo próprio povo.

94. (FCC/TCE-CE/2006) Democracia semidireta é aquela que se caracteriza pela eleição de representantes do povo, por meio do voto, dotada de mecanismos de participação popular direta, como o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular.

Comentários:

c) Regime Político

Sem conceito pacífico na doutrina. Dizemos que é a forma pela qual se

dá a "regência" das decisões políticas do Estado.

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A democracia mista ou semi-direta é o regime político adotado pelo Brasil e caracteriza-se justamente pelo fato de os governantes serem eleitos para representar o povo, e em nome dele exercerem o Poder. Porém, o povo resguarda uma parcela do exercício que se dará através de:

• Plebiscito (Consulta popular antes de se fazer algo);

• Referendo (Consulta popular para ratificar ou não algo que já foi feito); e

• Iniciativa Popular (Propositura de leis ordinárias e complementares através da iniciativa dos próprios cidadãos que subscrevem o projeto de lei).

Gabarito: Correto.

95. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) A soberania popular é exercida, em regra, por meio da democracia representativa. A Constituição Federal brasileira consagra, também, a democracia participativa ao prever instrumentos de participação intensa e efetiva do cidadão nas decisões governamentais.

Comentários:

A soberania popular no Brasil é exercida pela democracia mista ou semi-direta, ou seja, em regra temos a representação (governantes legitimamente eleitos pelo povo para tomarem as decisões políticas), porém, essa democracia representativa se funde com instrumentos da democracia direta como o referendo, o plebiscito e a iniciativa popular, onde o povo poderá diretamente tomar decisões de ordem política.

Gabarito: Correto.

Existem basicamente dois sistemas de governo: o presidencialismo e o parlamentarismo.

No Presidencialismo, o Poder Executivo tem uma grande independência em relação ao Legislativo. No parlamentarismo ocorre uma maior dependência entre estes poderes já que eles atuam em colaboração.

d) Sistema de Governo

modo através do qual se relacionam os órgãos dos Poderes do Estado

(especialmente Executivo e Legislativo).

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Chefe de Estado

É o membro do Poder Executivo que exerce o papel de representante do Estado, principalmente no âmbito externo, mas também como representante moral perante o povo, no âmbito interno.

Chefe de Governo

É o membro do Poder Executivo responsável por chefiar o governo, ou seja, a direção das políticas públicas em âmbito interno.

No presidencialismo, temos a unicidade da chefia. O Presidente tem em suas mãos tanto a chefia de Estado quanto a chefia de governo. No parlamentarismo, temos uma dualidade de chefia. Existe uma pessoa como o chefe de Estado e outra como chefe de governo

Sistema diretorial de governo (governo de assembléia):

Deixando de lado o Presidencialismo e o Parlamentarismo, é importante ainda citarmos o chamado sistema de governo diretorial. No sistema diretorial, ou “governo de Assembléia”, existe um diretório (órgão colegiado) formado por membros do parlamento, e é este diretório que irá exercer o poder. Desta forma, praticamente inexiste o Poder Executivo, já que ele está completamente subordinado ao Parlamento que inclusive é responsável por eleger os membros daquele Poder.

Monarquia Parlamentarista e Monarquia Presidencialista:

O presidencialismo é um sistema político típico das repúblicas, porém nada obsta que haja (excepcionalmente) uma monarquia presidencialista.

A distinção básica entre o presidencialismo e o parlamentarismo está na unicidade da chefia naquele e na dualidade de chefia que ocorre neste.

Nas monarquias atuais típicas - monarquias parlamentaristas - temos o rei como chefe de Estado, porém o governo fica nas mãos do parlamento através do primeiro-ministro.

Em uma monarquia presidencialista, teríamos a unicidade de chefia nas mãos do Monarca, que seria não só chefe de Estado, mas também seria o líder do governo. Essas monarquias têm a tendência de se tornarem absolutistas, por isso são evitadas.

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Muita dúvida é gerada pelo fato de na Espanha termos o "rei" e o "presidente". Acontece que a Espanha é uma monarquia parlamentarista, o nome "presidente" nada mais é do que denominação dada ao primeiro-ministro daquele país.

• Questões da FCC:

96. (FCC/TCE-CE/2006) Parlamentarismo é a forma de governo em que há profunda independência entre os Poderes Legislativo e Executivo, que são exercidos por pessoas diferentes, podendo o Primeiro-Ministro indicado pelo Chefe do Executivo, ser destituído por decisão da maioria do Legislativo, através da aprovação de moção de desconfiança.

Comentários:

Parlamentarismo é sistema de governo e não forma de governo, esta seria Monarquia ou República.

Gabarito: Errado.

97. (FCC/TCE-CE/2006) Sistema diretorial de governo, é aquele no qual existe total subordinação do Poder Legislativo ao Executivo, que concentra, em sua totalidade, o poder político estatal, sendo que o colegiado de governantes é indicado pelo Chefe do Executivo, para exercício do mandato com prazo indeterminado.

Comentários:

No sistema diretorial, ou “governo de Assembléia”, existe um diretório (órgão colegiado) formado por membros do parlamento, e é este diretório que irá exercer o poder. Desta forma, praticamente inexiste o Poder Executivo, já que ele está completamente subordinado ao Parlamento que inclusive é responsável por eleger os membros daquele Poder. Assim, a questão encontrasse completamente às avessas.

Gabarito: Errado.

• Questões do CESPE:

98. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A CF adota o presidencialismo como forma de Estado, já que reconhece a junção das funções de chefe de Estado e chefe de governo na figura do presidente da República.

Comentários:

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A forma de Estado é a federação. o Presidencialismo seria o sistema de governo brasileiro.

Gabarito: Errado.

• Questões da ESAF:

99. (ESAF/TCU/2006) Imagine que uma certa constituição disponha que o exercício das funções do Poder Executivo é dividido entre um Chefe de Estado e um Chefe de Governo. Este último é escolhido entre os integrantes do Poder Legislativo e depende da vontade da maioria do parlamento para se manter no cargo. De seu turno, em certas circunstâncias, o Executivo pode dissolver o Legislativo, convocando novas eleições. A partir dessas considerações, é certo dizer:

a) Uma tal constituição, pelas características acima delineadas, introduz a forma federativa de Estado.

b) Um Estado-membro no Brasil poderia, se quisesse, adotar o mesmo regime referido no enunciado da questão.

c) De uma constituição como a referida pode-se afirmar, com segurança, que se classifica como uma constituição flexível, instituindo um regime tipicamente antidemocrático, na medida em que permite um autêntico golpe de Estado (a dissolução do parlamento pelo Executivo).

d) A constituição aludida assumiu característica própria de regime parlamentarista, em que a separação entre os poderes do Estado não costuma ter a mesma rigidez do regime presidencialista.

e) De acordo com a informação dada, a norma constitucional referida consagra regime parlamentarista, Estado unitário e apresenta característica de constituição flexível.

Comentários:

Letra A - Estado federal, não tem nada haver com isso. Trata-se de um Estado cujo modo de distribuição geográfica do poder político se da com a formação de entidades autônomas.

Letra B - Os Estados-membros, embora tenham auto-organização, esta sofre limites, reconhecidos pela Jurisprudência e pela Doutrina, além de ter de observar certas diretrizes. Pelo princípio da simetria federativa, impõe então uma obrigatoriedade para que o Estado observe certos princípios fundamentais da Constituição, e um deles, de observância obrigatória, é o sistema de governo, que deve ser nos moldes do "presidencialismo", sendo o Governador o chefe do Executivo estadual. É completamente vedado que um Estado ou Município escolha o parlamentarismo como seu sistema de governo.

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Letra C - Viagem pura! Constituição flexível é aquela que o procedimento para alterar seu texto é simples, o mesmo do estabelecido para as leis ordinárias.

Letra D - Agora sim, perfeito. Estas são as características de um regime parlamentarista.

Letra E - Está correto em falar de parlamentarismo, porém, não existe elementos suficientes para que se fale em Estado Unitário e Constituição flexivel.

Gabarito: Letra D.

100. (ESAF/AFTE-RN/2005) Sistema de governo pode ser definido como a maneira pela qual se dá a instituição do poder na sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados.

Comentários:

O enunciado nos traz a definição de forma de governo, República ou Monarquia, assim se definirá se o governo estará na mão de uma pessoa (Monarquia, Mono = um), ou se estará na mão de todos (República, res publica = coisa pública). Falar em sistema de governo é falar em "relações entre órgãos (Poderes)" - lembra do sistema respiratório e etc.?

Gabarito da questão é errado.

101. (ESAF/AFTE-RN/2005) O presidencialismo é a forma de governo que tem por característica reunir, em uma única autoridade, o Presidente da República, a Chefia do Estado e a Chefia do Governo.

Comentários:

Eita!... quanta maldade!

Temos em países parlamentaristas uma chefia dualista: O Presidente ou Monarca é o chefe de Estado e o Primeiro-Ministro é o chefe de governo.

O Brasil é um país presidencialista. Isso acontece conosco? Não, pois no presidencialismo a chefia de governo e de Estado estão juntas na mão do Presidente.

Ora, então está correto dizer que "O presidencialismo (...) tem por característica reunir, em uma única autoridade, o Presidente da República, a Chefia do Estado e a Chefia do Governo"? Sim.

A questão, porém, está correta? Não! Por que Vítor?

Ora, aí entra a maldade da banca. Presidencialismo é sistema de governo e não forma de governo. Forma de governo é república ou monarquia.

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Gabarito da questão é errado.

102. (ESAF/AFRF/2001) De uma Constituição que adota uma chefia dual do Executivo, com um Chefe de Estado e um Chefe de Governo, em que a permanência deste no cargo depende da confiança do Poder Legislativo, pode-se dizer que adota característica típica do presidencialismo.

Comentários:

Esta é a característica típica do parlamentarismo.

Gabarito: Errado.

103. (ESAF/AFC-CGU/2004) Em um Estado Parlamentarista, a chefia de governo tem uma relação de dependência com a maioria do Parlamento, havendo, por isso, uma repartição, entre o governo e o Parlamento, da função de estabelecer as decisões políticas fundamentais.

Comentários:

No parlamentarismo temos a separação entre chefia de governo e chefia de Estado. A chefia de governo geralmente exercida pelo primeiro-ministro é essencialmente dependente do parlamento.

Gabarito: Correto.

• Questões da CONSULPLAN:

104. (Consulplan/Adv. CEPISA/2007) A República, Federação, Presidencialismo e Democracia são, respectivamente:

A) Forma de Governo, Forma de Estado, Sistema de Governo, Regime de Governo.

B) Forma de Estado, Sistema de Governo, Regime de Governo, Forma de Governo.

C) Sistema de Governo, Regime de Governo, Forma de Estado, Forma de Governo.

D) Forma de Governo, Forma de Estado, Regime de Governo, Sistema de Governo.

E) Sistema de Governo, Forma de Estado, Sistema de Estado, Regime de Governo.

Comentários:

Vamos lá... revisão geral... quem fixou mesmo, marcou a letra A!

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Forma de Governo: República

Forma de Estado: Federação

Regime de Governo ou Político:

Democracia (mista ou semi-direta)

Sistema de Governo: Presidencialismo (art. 84 da CF)

Gabarito: Letra A.

• Questões da FEPESE:

105. (FEPESE/Analista Jurídico – PGE-SC/2010) Sobre o Presidencialismo e Parlamentarismo, é possível dizer:

a) No Parlamentarismo concentram-se as chefias de Estado e de Governo.

b) No Presidencialismo separam-se as chefias de Estado e de Governo.

c) Chama-se Primeiro Ministro o chefe de Governo no Presidencialismo.

d) O chefe de Estado assume as funções governamentais no Parlamentarismo.

e) Enquanto que Monarquia é forma, Presidencialismo e Parlamentarismo são sistemas de governo.

Comentários:

A letra A e B estão erradas. No presidencialismo as chefias de Estado e de Governo ficam concentradas. No parlamentarismo elas ficam separadas.

A letra C também erra, pois não há primeiro ministro no presidencialismo. O Presidente concentra as funções de chefe de Estado e chefe de Governo.

A letra D está errada porque as funções governamentais são do Chefe de Governo (administrar a máquina pública). O Chefe de Estado se preocupa com as questões externas, diplomáticas, e por ser um representante moral perante o povo.

A letra E é a única correta. Monarquia é uma forma de governo que se opõe a república. O sistema de governo divide-se entre Parlamentarismo ou Presidencialismo.

Gabarito: Letra E.

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Estado Democrático de Direito:

O Estado democrático de direito é a fase atual da evolução dos Estados.

Primeiramente, com a Revolução Francesa instala-se o que chamamos de "Estado de Direito" ou "Estado Liberal de Direito". O Estado é de direito pois se submete aos comandos da lei.

O Estado Liberal de Direito era um Estado "individualista", ou seja, preocupava-se com as liberdades individuais. O conceito de liberdade e igualdade, neste tipo de Estado, porém, era deturpado, pois o indivíduo era visto como um ser abstrato, "ideal", ignoravam-se as disparidades reais e diferenças econômicas, sociais e culturais entre eles. Desta forma, o Estado Liberal de Direito cometeu diversas injustiças pois preocupava-se apenas com a formalidade das liberdades, as declarações eram generalistas e abstratas.

Surge então um Estado Social de Direito, ou Estado Material de Direito. Agora, preocupa-se não somente com a formalidade das liberdades, mas também em dotar os indivíduos de reais condições para exercê-las e realizar uma justiça social. Este Estado tentava compatibilizar o sistema capitalista com o Estado do bem-estar social (Welfare State).

Acontece que tanto o Estado Liberal de Direito quanto o Estado Social de Direito nem sempre eram caracterizados com um "Estado Democrático", ou seja, aquele Estado fundado na Soberania Popular e que teria o povo como regente dos rumos do país. Inclusive, o Estado Social de Direito recebia críticas de que se estaria usando a política do bem-estar social para encobrir uma exploração capitalista ainda mais cruel.

Assim temos o surgimento do Estado Democrático de Direito.

O Estado de Direito se funda no princípio basilar da "legalidade". O Estado Democrático de Direto continua a ter a "legalidade" como base, mas esta legalidade não serve apenas para limitar o poder do Estado, mas serve de instrumento de transformação da sociedade devendo estar apoiada na soberania popular, no pluralismo de idéias, no respeito aos direitos fundamentais e na realização da justiça social (democracia social, econômica, cultural e política).

J. Afonso da Silva, então, nos ensina que o termo "Estado Democrático de Direito" é mais que a mera junção formal do "Estado de Direito" com "Estado Democrático". Podemos inferir que estamos diante de um Estado pautado na justiça social, e cujas leis refletem a finalidade de alcançar o bem comum.

De acordo com o referido autor, teríamos os seguintes "princípios" do Estado Democrático de Direito e a sua tarefas fundamental:

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a) Princípio da Constitucionalidade - A Constituição rígida é a norma superior e legitimada pela vontade popular, devendo ser respeitada.

b) Princípio democrático - A democracia deve ser representativa e participativa (democracia mista), além de pluralista com respeito as minorias.

c) Sistema de direitos fundamentais.

d) Princípio da Justiça Social.

e) Princípio da igualdade - que deve ser a busca pela igualdade material (tratar de forma desigual os desiguais na medida de suas desigualdades) e não apenas uma igualdade formal.

f) Princípio da divisão dos poderes.

g) Princípio da legalidade

h) Princípio da Segurança Jurídica.

Tarefa fundamental = Superar as desigualdades sociais e regionais e instaurar um regime democrático que realize a justiça social.

Alexandre de Moraes ainda adverte que não se consegue conceituar um verdadeiro Estado democrático de direito sem a existência de um Poder Judiciário autônomo e independente, para que exerça sua função de guardião das leis e garantidor da ordem na estrutura governamental republicana.

Lembrem-se ainda que a Constituição adotou expressamente como os fundamentos do Estado Democrático de Direito no qual se constitui a República Federativa do Brasil:

� a soberania;

� a cidadania;

� a dignidade da pessoa humana;

� os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

� o pluralismo político.

Vamos resolver as questões:

106. (CESPE/Analista Judiciário - TJRJ/2008) A expressão "Estado Democrático de Direito", contida no art. 1.º da CF, representa a necessidade de se providenciar mecanismos de

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apuração e de efetivação da vontade do povo nas decisões políticas fundamentais do Estado, conciliando uma democracia representativa, pluralista e livre, com uma democracia participativa efetiva.

Comentários:

Exatamente...

Gabarito: Correto.

107. (ESAF/AFT/2006) A concretização do Estado Democrático de Direito como um Estado de Justiça material contempla a efetiva implementação de um processo de incorporação de todo o povo brasileiro nos mecanismos de controle das decisões.

Comentários:

Estado de justiça material é aquela superação do generalismo e formalismo do Estado de Direito a qual se une a efetiva democracia com todo o povo participando da regência política.

Gabarito: Correto.

108. (ESAF/AFC-CGU/2006) O pluralismo político, embora desdobramento do princípio do estado Democrático de Direito, não é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil.

Comentários:

Acertou-se ao dizer que o pluralismo político é um desdobramento do Estado Democrático de Direito. Porém, errou-se ao dizer que ele não é um fundamento da República Federativa do Brasil.

Gabarito: Errado.

109. (ESAF/Técnico da Receita Federal/2006) Segundo a doutrina, não se constitui em um princípio do Estado Democrático de Direito o princípio da constitucionalidade, o qual estaria ligado apenas à noção de rigidez constitucional.

Comentários:

Nós vimos que o princípio da Constitucionalidade é um princípio do Estado Democrático de Direito.

Gabarito: Errado.

110. (ESAF/Auditor da Receita Federal/2006) Segundo a doutrina, o princípio do Estado Democrático de Direito resulta da reunião formal dos elementos que integram o princípio do Estado Democrático e o princípio do Estado de Direito.

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Comentários:

Vimos que de acordo com José Afonso da Silva o termo "Estado Democrático de Direito" é mais que a mera junção formal do "Estado de Direito" com "Estado Democrático", o que nos leva a um Estado pautado na justiça social, e cujas leis refletem a finalidade de alcançar o bem comum.

Gabarito: Errado.

111. (ESAF/APO-MPOG/2005) O conteúdo do princípio do estado democrático de direito, no caso brasileiro, não guarda relação com o sistema de direitos fundamentais, uma vez que esse sistema possui disciplina própria no texto constitucional.

Comentários:

O sistema de direitos fundamentais é um princípio do Estado democrático de direito.

Gabarito: Errado.

112. (FESAG/Analista do TRE-ES/2005) Um dos pilares do Estado Democrático de Direito é a divisão das funções estatais, consagrada pela doutrina constitucional sob a denominação "Princípio da Separação dos Poderes". Nesse sentido, a Independência dos Poderes importa que, entre outras características, a investidura e a permanência das pessoas num dos órgãos do governo não dependam da confiança e nem da vontade dos outros.

Comentários:

Exatamente! Lembramos que a questão está falando da "regra", já que existem exceções sobre a questão da nomeação de membros dos poderes, como a nomeação dos ministros do STF serem feitas pelo Presidente da República após aprovação do Senado Federal.

Gabarito: Correto.

113. (OAB/OAB-MG/2005) São características essenciais do paradigma "Estado Democrático de Direito", EXCETO:

a) vinculação dos atos estatais à Constituição.

b) consolidação do Estado Mínimo.

c) vinculação do legislador à Constituição.

d) afirmação do princípio da soberania popular.

Comentários:

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O erro está somente na letra B, já que Estado Mínimo (Estado que se preocupa em prover somente os serviços essenciais como segurança pública e etc.) não tem nada haver com Estado Democrático de Direito.

Gabarito: Letra B.

114. (ESAF/Técnico MPU/2004) Como decorrência da adoção do princípio do Estado Democrático de Direito, temos o princípio da independência do juiz, cujo conteúdo relaciona-se, entre outros aspectos, com a previsão constitucional de garantias relativas ao exercício da magistratura.

Comentários:

Vimos que não se consegue um verdadeiro Estado democrático de direito sem a existência de um Poder Judiciário autônomo e independente, para que exerça sua função de guardião das leis e garantidor da ordem na estrutura governamental republicana. Assim, as garantias da magistratura se fundam no Estado Democrático de Direito e na Soberania Popular.

Gabarito: Correto.

115. (CESPE/Delegado - PF/1997) No Estado democrático de direito, a lei tem não só o papel de limitar a ação estatal como também a função de transformação da sociedade

Comentários:

Exatamente, é a superação do conceito de legalidade do Estado de Direito. No Estado Democrático de Direto continuamos a ter a "legalidade" como base, mas esta legalidade não serve apenas para limitar o poder do Estado, mas serve de instrumento de transformação da sociedade.

Gabarito: Correto.

116. (MPE-RS/MPE-RS/2009) O direito do Estado Democrático de Direito assume uma característica nitidamente transformadora da sociedade.

Comentários:

Isso aí.

Gabarito: Correto.

117. (FAPEU/Técnico TRE-SC/2002) O Estado Democrático de Direito possui os seguintes fundamentos:

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a) a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, a fidelidade partidária;

b)a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, o pluralismo político;

c) a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, o desenvolvimento nacional, a fidelidade partidária;

d)a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, a filiação partidária, o valor social do trabalho.

Comentários:

Literalidade dos "fundamentos" constitucionais do art. 1º.

Gabarito: Letra B.

Tripartição funcional do poder:

CF, art. 2º. São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

1- Esta é uma cláusula pétrea, não pode ser abolida (ou reduzida) de nossa Constituição.

2- Este artigo mostra que ao mesmo tempo em que os Poderes são independentes, são também harmônicos entre si, o que forma o chamado “sistema de freios e contrapesos” (check and balances), onde um Poder vai sempre atuar de forma a impedir o exercício arbitrário na atuação do outro.

Exemplos de "freios e contrapesos" são vários na Constituição: o poder de veto exercido pelo Presidente aos projetos de lei, a necessidade de aprovação do Senado para que o Presidente possa nomear certas autoridades (elencadas pela Constituição), o controle que o Judiciário exerce sobre atos públicos que violem os dispositivos da Constituição ou das leis, entre outros.

3- Decorrente do sistema de freios e contrapesos, tem-se também a formação, em cada Poder, das funções típicas e atípicas. As típicas seriam aquelas precípuas de cada um; as atípicas seriam as funções que seriam precípuas de outro Poder.

Poder Função típica Função Atípica

Executivo Administrar Julgar e Legislar

Legislativo Legislar e fiscalizar através do controle externo

Julgar e Administrar

Judiciário Julgar Legislar e Administrar

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Embora a Constituição tenha elencado 3 Poderes do Estado, seguindo a famosa teoria da "separação dos poderes" de Montesquieu, atualmente o uso do termo "separação dos poderes" ou "divisão dos poderes" é alvo de críticas. O Poder do Estado para a doutrina majoritária é apenas um (unicidade do poder político), e assim como a sua soberania, é indelegável (o interesse do povo não pode ser usurpado) e imprescritível (não se acaba com o tempo). Desta forma, o que se separa ou se divide não é o Poder do Estado (Poder Político) e sim as funções deste Poder, daí termos a aplicação da expressão "tripartição funcional do Poder" (ou "distinção das funções do poder").

O Poder a que nos referimos, é o Poder Político, que continua uno, porém, exercido através das funções executiva, legislativa e judiciária. Lembrando que o titular deste Poder é o povo, e os agentes ao exercerem cada uma destas funções devem agir em nome do povo. É oportuno que relembremos agora as características do Poder Político:

� Unicidade - Ele é apenas um, indivisível. Impede-se, assim, que haja conflitos ou fracionamentos criando interesses diversos daquele que é o real interesse do povo.

� Titularidade do Povo - "Todo o poder emana do povo" - O povo é o titular da soberania e são os seus interesses que irão prevalecer.

� Imprescritibilidade - Este poder é permanente, não se acaba com o tempo.

� Indelegabilidade - O povo não pode abrir mão de seu poder. Embora haja representantes, estes sempre agem em nome do seu povo.

A “separação” dos Poderes ao longo dos tempos:

Falamos em Montesquieu. Cabe-nos observar como aqueles nossos antigos amigos dividiam as funções do Poder Político:

Aristóteles (384 a.C – 322 a.C.) É considerado o primeiro pensador a dividir as funções do Estado, discorreu sobre o tema em sua obra “A Política”, e fazia isto através do que chamava de:

� Função Deliberante (“Primeiro Poder”) – aquela que seria responsável por tomar as decisões fundamentais;

� Função Executiva (“Segundo Poder”) – que iria administrar e executar as funções essenciais; e

� Função Jurisdicional (“Terceiro Poder”).

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John Locke (1632 – 1704): Tratou novamente do tema, segundo ele, existiriam três poderes que se converteriam em dois: o Poder Legislativo, o Poder Executivo e o Poder Federativo. O Poder Federativo seria responsável pela manutenção das relações com outros Estados, isso se fazia através de alianças (feudos, origem do termo federalismo), administrando, assim, a segurança e o interesse público externo. Locke, porém, afirmava que o Executivo e o Federativo, embora desempenhassem distintas funções, deveriam estar nas mesmas mãos, fundindo-se em um, sob pena de levar ao caos o seu exercício.

Divisão Clássica - Montesquieu (1689 – 1755): Em sua obra “O Espírito das Leis”, dividiu as funções em Legislativa, Executiva e Judiciária, divisão esta que foi, em princípio, formalmente adotada pela República Federativa do Brasil na Constituição de 1988.

Aristóteles Deliberante (1º Poder)

Executiva (2º Poder)

Jurisdicional (3º Poder)

John Locke Legislativa

Executiva

Federativa

Montesquieu Legislativa

Executiva

Judiciária

Recomendo decorar apenas aquelas funções "singulares" a cada um dos pensadores, que estão destacadas no quadro acima.

Peculiaridades das funções do Poder no sistema atual:

Embora a Constituição Federal tenha adotado o poder político com suas funções distribuídas por “três Poderes”, a realidade se mostra mais complexa. A existência no Brasil do Ministério Público e dos Tribunais de Contas, por si, já é suficiente para relativizar esta tripartição. Embora, não seja um consenso, nem nos parece viável, a existência de um “quarto poder” 1 , achamos correto, ao menos, aceitar a existência de uma “quarta função do poder político”, assim, 1 Tese que não é majoritariamente aceita.

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tais órgãos (MP e Tribunal de Contas) poderiam estar enquadrados em uma chamada “função fiscalizatória”2.

A função legislativa, poderia ainda estar dividida em espécies: legislativa constitucional, legislativa ordinária e a normativa infralegal.

Na função executiva, poderíamos ainda distinguir 3 a “função administrativa propiramente dita” que é basicamente a gestão da máquina pública, da “função de governo” que seria a função política, exercendo o direcionamento das políticas públicas e funções co-legislativas (sanção, promulgação e publicação das leis).

Jurisprudência:

• Segundo o STF, os mecanismos de freios e contrapesos estão previstos na Constituição Federal, sendo vedado à Constituição Estadual inovar criando novas hipóteses de interferências de um poder em outro (ADI 3046).

• Também se configura inconstitucional novas exigências de aprovações, como, por exemplo, a não observância do prazo de 15 dias – art. 83, CF – para a necessidade de licença pela Assembléia Legislativa para que o Governador ou Vice venha se ausentar do país (ADI 738).

• Ofende o princípio da independência e harmonia entre os poderes, sendo assim, inconstitucional a norma que subordina convênios, acordos, contratos e atos de Secretários de Estado à aprovação da Assembléia Legislativa (ADI 676).

• Questões da FCC:

118. (FCC/Técnico Judiciário-TRE-SP/2012) O mecanismo pelo qual os Ministros do Supremo Tribunal Federal são nomeados pelo Presidente da República, após aprovação da escolha pelo Senado Federal, decorre do princípio constitucional da:

a) separação de poderes

b) soberania

2 Como também entende José Luiz Quadros Magalhães, em MAGALHÃES, José Luiz Quadros de. A teoria da separação de poderes. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 489, 8 nov. 2004. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/5896>. Acesso em: 11 abr. 2011. 3 Como também faz José Afonso da Silva – Curso de Direito Constitucional Positivo. 33ª Ed., pg. 645.

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c) inafastabilidade do Poder Judiciário

d) cidadania

e) solução pacífica dos conflitos

Comentários:

Veja que na escolha de Ministros do Supremo, membros do Poder Judiciário, há a participação de membros do Poder Executivo e do Poder Legislativo, em aplicação da harmonia entre os poderes, o chamado “sistema de freios e contrapesos” (check and balances), onde um Poder vai sempre atuar de forma a impedir o exercício arbitrário na atuação do outro. Assim, tal mecanismo decorre do princípio da separação dos poderes, correta a assertiva “A”.

Gabarito: Letra A.

119. (FCC/TJAA-TRT-SP/2008) A função do Vice-Presidente da República de substituir o Presidente da Republica impedido do exercício do cargo é classificada como

a) típica de ordem constitucional.

b) atípica de ordem legal.

c) objetiva de ordem legal.

d) objetiva de ordem mandamental.

e) analítica de ordem mandamental.

Comentários:

As funções podem ser típicas ou atípicas. A função do Vice-presidente de substituir o Presidente da República é uma função básica dele, inclusive é a sua principal função. Logo, trata-se de uma função típica, pois não é excepcional, e isso decorre diretamente de mandamento constitucional. Logo, é uma função típica de ordem constitucional.

Gabarito: Letra A.

120. (FCC/TCE-SP/2011) Considera-se função atípica do Poder Executivo, sob a ótica do princípio da separação de poderes, a previsão constitucional segundo a qual compete ao Presidente da República

a) vetar e sancionar projetos de lei.

b) suspender a eficácia de lei declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal.

c) editar decretos e regulamentos para a execução de leis.

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d) nomear Ministros do Supremo Tribunal Federal, após arguição pelo Congresso Nacional.

e) editar leis delegadas e medidas provisórias.

Comentários:

Funções típicas do Presidente da República são aquelas atribuições que ele exerce inerentes a sua função de “chefe de Estado” ou “chefe de Governo”, ou seja, administrar a máquina pública, manter relações internacionais e etc.

Quando ele exerce funções que não são inerentes à sua atividade “normal”, mas sim aquelas funções que, em princípio, seriam inerentes a outros Poderes, estamos diante de uma função “atípica”.

Da relação apresentada pela questão, podemos encontrar funções atípicas na letra E, pois ao editar leis delegadas e medidas provisórias, o Presidente está agindo com atribuições típicas do Poder Legislativo, logo são “atípicas ao Executivo”.

Gabarito: Letra E.

121. (FCC/Assistente - TCE - AM/2008) O Estado Unitário é incompatível com o príncipio da separação de poderes.

Comentários:

O Estado unitário é um Estado onde inexiste descentralização do poder, ou seja, não há divisão "espacial" do poder. Porém, nada impede que ocorra separações "funcionais" do poder. Estado unitário se refere ao território, forma de Estado. A forma de Estado não influencia na existência de poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

Gabarito: Errado.

122. (FCC/Assistente - TCE - AM/2008) A monarquia absoluta é incompatível com o príncipio da separação de poderes.

Comentários:

Na Monarquia Absoluta, o rei é o detentor supremo de poder, ele é o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Não há o que se falar na atribuição destas funções à pessoas diferentes.

Gabarito: Correto.

123. (FCC/Defensor Público/2006) A teoria dos checks and balances prevê que a cada função foi dado o poder para exercer um grau de controle direto sobre as outras, mediante a autorização para o exercício de uma parte, embora limitada, das outras funções (Certo/Errado).

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Comentários:

O art. 2º da Constituição nos mostra que ao mesmo tempo em que os Poderes são independentes, são também harmônicos entre si, o que forma o chamado “sistema de freios e contrapesos” (check and balances), onde um Poder vai sempre atuar de forma a impedir o exercício arbitrário na atuação do outro.

Decorrente disso, tem-se também a formação, em cada Poder, das funções típicas e atípicas. As típicas seriam aquelas precípuas de cada um: legislar (e também promover a fiscalização orçamentária), administrar ou julgar. As atípicas seriam as funções que seriam precípuas de outro Poder.

Gabarito: Correto.

124. (FCC/AJAJ-TRT3ª/2005 - Adaptada) O princípio da independência e harmonia entre os Poderes figura entre os princípios constitucionais fundamentais, tendo merecido um tratamento segundo o qual:

a) nenhum dos Poderes poderá exercer funções típicas dos demais.

b) a separação dos Poderes goza da garantia reforçada de ser uma cláusula pétrea da Constituição.

c) não será obrigatório que nenhum Poder preste contas de seus atos a outro dos Poderes.

d) a nomeação de membros de um dos Poderes não poderá depender da aprovação de outro Poder.

Comentários:

O correto seria a letra B, já que:

Letra A - Existe essa possibilidade.

Letra B - Correto!

Letra C - Existe esse controle de um Poder sobre o outro.

Letra D - Existem casos onde o Senado deve aprovar a nomeação feita pelo Presidente. Ex. Procurador Geral da República, Presidente do Banco Central, Ministros do STF, etc.

Gabarito: Letra B.

• Questões do CESPE:

125. (CESPE/ Analista de Infraestrutura - MP/2012) O princípio da separação dos Poderes adotado no Brasil pode ser caracterizado

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como rígido, uma vez que todos os Poderes da República exercem apenas funções típicas. Comentários:

Não há tal classificação no Brasil, sabemos que os três Poderes além de suas funções típicas também possuem funções atípicas, em decorrência da independência harmônica que existe entre eles, o que forma o chamado “sistema de freios e contrapesos” (check and balances), em que um Poder vai sempre atuar de forma a impedir o exercício arbitrário na atuação do outro.

Gabarito: Errado.

126. (CESPE/PGE-AL/2008) O poder soberano é uno e indivisível e emana do povo. A separação dos poderes determina apenas a divisão de tarefas estatais, de atividades entre distintos órgãos autônomos. Essa divisão, contudo, não é estanque, pois há órgãos de determinado poder que executam atividades típicas de outro.

Comentários:

Vamos analisar a questão:

O poder soberano é uno e indivisível e emana do povo.

Perfeito!

A separação dos poderes determina apenas a divisão de tarefas estatais, de atividades entre distintos órgãos autônomos.

Perfeito! A separação é apenas funcional.

Essa divisão, contudo, não é estanque, pois há órgãos de determinado poder que executam atividades típicas de outro.

Perfeito novamente.

Gabarito: Correto.

127. (CESPE/PGE-AL/2008) Para a moderna doutrina constitucional, cada um dos poderes constituídos exerce uma função típica e exclusiva, afastando o exercício por um poder de função típica de outro.

Comentários:

Como vimos, os órgãos sejam eles do Legislativo, Executivo ou Judiciário, fazem parte de um Poder que nos termos do art. 2º da Constituição é independente, mas, que também é harmônico com os demais, isto implica o exercício de funções atípicas, como a possibilidade de o Executivo legislar, ou do Legislativo julgar, o que impede que se fale em exclusividade do exercício da função.

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Gabarito: Errado.

128. (CESPE/PGE-AL/2008) A cada um dos poderes foi conferida uma parcela da autoridade soberana do Estado. Para a convivência harmônica entre esses poderes existe o mecanismo de controles recíprocos (checks and balances). Esse mecanismo, contudo, não chega ao ponto de autorizar a instauração de processo administrativo disciplinar por órgão representante de um poder para apurar a responsabilidade de ato praticado por agente público de outro poder.

Comentários:

Um poder sempre atua controlando o exercício arbitrário de outro. Porém, existem atos chamados "interna corporis" (que dizem respeito a assuntos internos) nos quais é vedada a intromissão de um outro poder.

Gabarito: Correto.

• Questões da ESAF:

129. (ESAF/AFRFB/2012) Uma Assembleia Legislativa de um dos Estados da Federação brasileira acolheu proposta de um dos seus deputados e emendou a Constituição Estadual, estabelecendo que o governador do Estado, na hipótese de viagem ao exterior, necessitaria de autorização prévia do Legislativo estadual, sempre que esse deslocamento ao exterior ultrapassasse o prazo de 7 (sete) dias. Considerando o enunciado, assinale a opção correta. a) A emenda implementada na Constituição estadual é constitucional sob qualquer ponto de vista, inclusive porque, dentro da autonomia legislativa do Estado, em alterar sua própria Constituição. b) A emenda é constitucional no âmbito da autonomia estadual, entretanto, somente pode ser considerada efetiva após a sanção do governador do Estado, considerando que sem ela o processo legislativo não se completa. c) A emenda é inconstitucional porque a Proposta de Emenda não poderia ser de autoria do deputado, e sim do governador, na medida em que se trata de tema que diz respeito a essa autoridade. d) A emenda é inconstitucional porque contraria o princípio da simetria constitucional, estabelecendo norma mais rígida do que aquela que a Constituição Federal estabelece para o Presidente da República, em casos de viagem ao exterior. e) A emenda é inconstitucional porque viola uma cláusula pétrea comum às Constituições estaduais. Comentários:

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O art. 83 da Constituição Federal exige que, sempre que Presidente da República ou o Vice venham a se ausentar por prazo “superior a 15 dias”, uma autorização do Congresso Nacional. Na ADI 738, o Supremo, no entendeu que configura inconstitucional a não observância do prazo de 15 dias para a necessidade de licença pela Assembleia Legislativa para que o governador ou vice venha a se ausentar do país, conforme a Constituição exige para o Presidente (art. 83). Isso acontece, pois é uma interferência do Legislativo no Executivo, e tais interferências (sistema de freios e contrapesos) só podem ser estabelecidas pela Constituição Federal. Esta, ao estabelecer tal ponto, colocou um prazo de “15 dias” que deve ser observado pelos demais entes da federação. Assim temos: Letra A - Errado. O entendimento do Supremo foi que o prazo inferior a precisar de licença da assembleia não obedeceu ao princípio da simetria. Letra B - Errado. Emendas não necessitam de sanção do chefe do executivo. Letra C - Errado. Não há fundamento para isso. Letra D- Correto. É isso aí... O Supremo, no julgamento da ADI 738 entendeu que configura inconstitucional a não observância do prazo de 15 dias para a necessidade de licença pela Assembleia Legislativa para que o governador ou vice venha a se ausentar do país, conforme a Constituição exige para o Presidente (art. 83). Letra E - Errado. Não se trata de cláusula pétrea. Gabarito: Letra D.

130. (ESAF/CGU/2004) O poder político de um Estado é composto pelas funções legislativa, executiva e judicial e tem por características essenciais a unicidade, a indivisibilidade e a indelegabilidade.

Comentários:

É a tripartição funcional clássica adotada pela Constituição Federal de 1988 em uma visão atual, onde destaca-se a unicidade do Poder Político ocorrendo apenas uma atribuição das suas funções (executiva, legislativa e judiciária) aos Poderes do Estado.

Gabarito: Correto.

131. (ESAF/ATA-MF/2009) A divisão funcional do poder é, mais precisamente, o próprio federalismo.

Comentários:

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O federalismo é uma repartição geográfica, e de acordo com a predominância do interesse (interesse nacional – União-, interesse regional – Estados -, e interesse local - Municípios). A questão trata da repartição funcional entre Executivo, Legislativo e Judiciário, logo, está incorreta.

Gabarito:Errado.

132. (ESAF/AFT/2006) Segundo a doutrina, "distinção de funções do poder" e "divisão de poderes" são expressões sinônimas e, no caso brasileiro, é um dos princípios fundamentais da República Federativa do Brasil.

Comentários:

A doutrina repudia o nome “divisão” ou “separação” do poder, já que o Poder Estatal é uno, indivisível. Assim, o correto seria apenas a triparição "funcional" do poder.

Gabarito: Errado.

133. (ESAF/AFTE-RN/2005) A adoção do princípio de separação de poderes, inspirado nas lições de Montesquieu e materializado na atribuição das diferentes funções do poder estatal a órgãos diferentes, afastou a concepção clássica de que a unidade seria uma das características fundamentais do poder político.

Comentários:

O poder do Estado é uno e indivisível, tal como a sua soberania. Essa unidade, no entanto, não conflita com a atribuição de funções conferida a cada um dos poderes do Estado, que juntos acabam por materializar esta unidade. Ou seja, o que se divide não é o poder (interesse do povo) e sim as suas funções.

Gabarito: Errado.

134. (ESAF/MRE/2004) O exercício de uma das funções do poder político do Estado por um determinado órgão se dá sob a forma de exclusividade, com vistas à preservação do equilíbrio no exercício desse poder.

Comentários:

Não há exclusividade no exercício da função, já que existem funções que são típicas de um poder e acabarão por se tornar funções atípicas de outros.

Gabarito: Errado.

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135. (ESAF/MRE/2004) É característica fundamental do poder político do Estado ser ele divisível, o que dá origem às três funções que serão atribuídas a diferentes órgãos.

Comentários:

A tripartição do poder não pode ser encarada como uma divisão do poder político, e sim como o exercício funcional de cada uma de suas facetas. O poder político é uno, indivisível e inalienável.

Gabarito: Errado.

136. (ESAF/AFC-STN/2005) A função executiva, uma das funções do poder político, pode ser dividida em função administrativa e função de governo, sendo que esta última comporta atribuições políticas, mas não comporta atribuições co-legislativas.

Comentários:

Entendemos que a função executiva se divide na “função administrativa” e na “função de governo”. A função administrativa é basicamente a gestão da máquina pública enquanto a função de goveno seria a função política, exercendo o direcionamento das políticas públicas além das funções co-legislativas (sanção, promulgação e publicação das leis).

Gabarito: Errado.

137. (ESAF/Analista Jurídico-SEFAZ-CE/2007) A Constituição Federal de 1988 prevê independência e harmonia entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Logo, se o Poder Judiciário determinar que algum órgão administrativo adote providências em virtude de decisão judical, estaria o Poder Judiciário ferindo o princípio da independência dos poderes.

Comentários:

Os Poderes são independentes, porém harmônicos, e esse poder “correicional” que o Judiciário exerce é justamente uma das facetas do que chamamos de sistemas de “freios e contrapesos”, o que não fere a independência dos poderes.

Gabarito: Errado.

138. (ESAF/Auditor Fiscal do Trabalho – MTE/2006) O exercício da função jurisdicional, uma das funções que integram o poder político do Estado, não é exclusivo do Poder Judiciário.

Comentários:

Ela também representa função atípica dos outros poderes.

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Gabarito: Correto.

139. (ESAF/MRE/2004) O princípio da separação de poderes, previsto no art. 2º, da Constituição Federal, assegura a independência absoluta entre o Poder Legislativo, o Poder Executivo e o Poder Judiciário.

Comentários:

Os Poderes são independentes, porém harmônicos entre si, o que faz com que não se possa falar em "independência absoluta".

Gabarito: Errado.

140. (ESAF/ATA-MF/2009) Aristóteles apresenta as funções do Estado em deliberante, executiva e judiciária, sendo que Locke as reconhece como: a legislativa, a executiva e a federativa.

Comentários:

A divisão “clássica” das funções do Poder é apontada como de origem em Montesquieu, porém, outros pensadores são apontados como teóricos sobre o tema: Aristóteles que dividia as funções em “deliberante, executiva e jurisdicional” e John Locke com as funções “legislativa, a executiva e a federativa”, sendo esta (federativa) a responsável pela manutenção das relações com outros Estados.

Gabarito: Correto.

141. (ESAF/ATA-MF/2009) Montesquieu abria exceção ao princípio da separação dos poderes ao admitir a intervenção do chefe de Estado, pelo veto, no processo legislativo.

Comentários:

Vimos que Montesquieu foi o idealizador da clássica divisão funcional do poder adotada pela CF/88, e em seu livro “O Espírito das Leis”, Montesquieu já percebia a necessidade do sistema de “freios e contrapesos” (check and balances) para que houvesse uma harmonia entre os poderes, um contingenciamento recíproco entre eles. Um dos aspectos desse sistema de freios e contrapesos seria justamente o poder de veto que o Executivo, exercido à época pelo Rei, teria sobre as decisões do Parlamento.

Gabarito: Correto.

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CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS:

O prof. José Afonso da Silva, citando a doutrina do prof. Canotilho, classifica os Princípios Fundamentais como podendo ser relativos:

(a) à existência, forma, estrutura e tipo de Estado - São aqueles que estão no art. 1º definindo a República Federativa do Brasil (Estado Federal), com Soberania, e sendo um Estado Democrático de Direito;

(b) à forma de governo e à organização dos Poderes – É a definição do Brasil como uma República (art. 1º) e seus poderes sendo independentes e harmônicos entre si (art. 2º);

(c) à organização da sociedade – São os princípios do art. 3º I, que estabelece a sociedade com uma organização livre, justa e solidária;

(d) ao regime político – Por sermos uma democracia, aqui se enquadram os princípios da cidadania, dignidade da pessoa humana, pluralismo político e, conforme o art. 1º parágrafo único, os princípios da soberania popular, representação política e participação popular direta;

(e) à prestação positiva do Estado – Estão no art. 3º, II, III e VI da Constituição, são aqueles princípios que direcionam o Estado a agir ativamente para serem alcançados: independência e desenvolvimento nacional, justiça social (erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais) e não discriminação (promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação); e

(f) à comunidade internacional – São todos aqueles que estão no art. 4º da Constituição, orientando a postura do Brasil em suas relações internacionais.

142. (FCC/Executivo Público – Casa Civil/2010) Os princípios da independência e do desenvolvimento nacional, da justiça social e o de não discriminação, dizem respeito aos princípios relativos à

a) organização da sociedade.

b) comunidade internacional.

c) prestação positiva do Estado.

d) forma de governo e organização dos poderes.

e) existência, forma e estrutura do tipo de Estado.

Comentários:

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Primeiramente, gostaria de dizer que em 2004, a FCC cobrou uma questão IDÊNTICA a essa para o cargo de Analista do TRT 9ª região. Obviamente não iremos tratar também de tal questão, pois ela é idêntica.

O correto seria marcar a letra C, já que o enunciado trouxe aqueles princípios contidos no art. 3º II, III e VI da Constituição que direcionam o Estado a agir ativamente para serem alcançados.

Gabarito: Letra C.

143. (CESGRANRIO/Advogado - Petrobrás/2008) De acordo com a doutrina, os princípios constitucionais fundamentais estabelecidos no Título I da Constituição Federal de 1988 podem ser discriminados em princípios relativos (i) à existência, forma e tipo de Estado; (ii) à forma de governo; (iii) à organização dos Poderes; (iv) à organização da sociedade; (v) à vida política; (vi) ao regime democrático; (vii) à prestação positiva do Estado e (viii) à comunidade internacional. Adotando essa classificação, é exemplo típico de princípio fundamental relativo à forma de governo o princípio:

a) federalista.

b) republicano.

c) de soberania.

d) do pluralismo político.

e) do Estado Democrático de Direito.

Comentários:

A banca traz no enunciado da questão uma posição doutrinária de José Afonso da Silva, ele que traz esses tipos de divisões. Para "matar" uma questão como essa não precisa de tanto esforço, bastava lembrar daquele "pulo do gato": falou em forma, lembrou-se de "república federativa". Se o Brasil é um Estado Federal, é porque sua forma de Estado é a federação. Sobrou a forma de governo republicana.

Gabarito: Letra B.

OUTRAS QUESTÕES SOBRE PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS:

• Questões da FCC:

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144. (FCC/DPU-SP/2009) Em relação aos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil previstos no artigo 3o da Constituição Federal, considere as seguintes afirmações:

I. São reveladores de uma axiologia, uma antevisão de um projeto de sociedade mais justa esposado pelo constituinte.

II. Vem enunciados em forma de ação verbal (construir, erradicar, reduzir, promover), que implicam a necessidade de um comportamento ativo pelos que se acham obrigados à sua realização.

III. Como possuem enunciado principialista e generalista não possuem valor normativo, daí porque o estado brasileiro descumpre-os sistematicamente.

IV. O repúdio ao terrorismo e racismo está dentre os objetivos mais importantes, pois respalda outra normaregra objetiva que é a dignidade da pessoa humana.

V. Além de outras normas constitucionais, encontramos vários instrumentos e disposições para efetivação dos objetivos nos títulos que tratam da ordem econômica e da ordem social.

Estão corretas SOMENTE

a) I, II e IV.

b) I, II e V.

c) I, IV e V.

d) II, III e IV.

e) III, IV e V.

Comentários:

I- Correto. Obeservando o rol de objetivos constantes do art. 3º da Constituição vemos claramente que o constituinte estava preocupado em formar uma sociedade menos desigual, sem preconceitos, enfim, mais justa. Axiologia é tudo o que se refere a princípios, valores e etc...

II- Correto. São aquilo que a doutrina chama de "normas programáticas", são normas que direcionam a atuação do Estado. Por si só, não são capazes de produzir efeitos no campo prático, mas traçam diretrizes para balizar a conduta dos poderes públicos.

III- Errado. Tudo aquilo que está positivado no corpo da Constituição possui valor normativo, exceção se faz somente ao preâmbulo, que segundo a jurisprudência do STF é despido de força normativa. Assim, embora seus enunciados sejam realmente principialistas e generalistas, não se pode dizer que estão ausentes de força normativa, já que, qualquer ação em sentido contrário ao que ali está, será tida como inconstitucional.

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IV- Errado. A dignidade da pessoa humana não é uma norma-regra, e sim uma norma princípio.

V- Correto. A Constituição brasileira é uma constituição analítica. Em seus artigos iniciais (princípios fundamentais), ela traça diretrizes generalistas a serem alcançadas, verdadeiros princípios a serem observados. Ao longo do texto constitucional, ela traz outros princípios e regras que, na verdade, são, muitas vezes, desdobramentos dos princípios fundamentais. Estes desdobramentos ao ao serem observados irão servir para concretizar os princípios fundamentais.

Gabarito: Letra B.

145. (FCC/DPE-SP/2009) Assinale a afirmativa correta.

a) Nosso federalismo prevê a atuação do poder constituinte derivado decorrente, por meio de instituições que correspondam à idéia centralizadora de afirmação do estado que atua em bloco único.

b) A teoria da 'tripartição de poderes' confirma o princípio da indelegabilidade de atribuições, por isso qualquer exceção, mesmo advinda do poder constitucional originário, deve ser considerada inconstitucional.

c) O princípio do pluralismo político refere-se à ideologia unitária da preferência político-partidária, já que nesse terreno é imperativa a aplicação da reserva da constituição.

d) Nas relações internacionais aplica-se o princípio constitucional da intervenção, com repúdio ao terrorismo e defesa da paz, além da solução pacífica dos conflitos.

e) O princípio republicano, que traduz a maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e a relação entre governantes e governados, mantém-se na ordem constitucional mas hoje não mais protegido formalmente contra emenda constitucional.

Comentários:

Letra A - Errada. Realmente nosso federalismo prevê a atuação do poder constituinte derivado decorrente, que é o poder que os Estados membros possuem para elaborar as suas constituições. Isso reflete justamente uma idéia "descentralizadora" das atuações em não uma idéia centralizadora, já que os Estados estarão dotados de autonomia própria.

Letra B - Errado. Mais uma vez: os "poderes" (Legislativo, Executivo, e Judiciário) são independentes, porém, são harmônicos entre si. Desta forma, cada um deles possui certas atribuições típicas (essenciais), mas também algumas consideradas atípicas (que são

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essenciais aos outros). Isto não fere o conceito de tripartição funcional do poder.

Letra C - Errada. Questão absurda. Se estamos falando de "pluralismo político" estamos diante de uma ideologia "plural", diversificada, variada, e não uma ideologia unitária.

Letra D - Errada. O correto seria "não-intervenção".

Letra E - Está correta a letra E, pois definiu-se corretamente o que seria a "forma de governo" - no Brasil, a "república" - e corretamente asseverou que esta forma de governo não é mais uma cláusula pétrea, ou seja, é algo que não está protegido contra emendas constitucionais (vide CF, art. 60 §4º). Lembrando que, no entanto, a república continua sendo um princípio constitucional sensível (CF, art. 34, VII) ou seja, um princípio que se não observado pelos entes da Federação, poderá ensejar uma "intervenção federal" da União no Estado ou Distrito Federal que esteja ofendendo tal princípio.

Gabarito: Letra E.

• Questões do CESPE:

146. (CESPE/Analista Adm. - MPU/2010) A dignidade da pessoa humana, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, apresenta-se como direito de proteção individual em relação ao Estado e aos demais indivíduos e como dever fundamental de tratamento igualitário dos próprios semelhantes.

Comentários:

A dignidade da pessoa humana é um princípio fundamental. classificado como um fundamento da República Federativa do Brasil.

Por ser um princípio fundamental, ela é uma norma síntese ou matriz, ou seja, uma ponto que gera desdobramentos ao longo da Constituição e da ordem jurídica. Todos os princípios que dão respaldo a uma vida humana digna são decorrentes desta "sintese" que é feita pela "dignidade da pessoa humana" que, então, se manifesta através de diversas facetas como a proibição da tortura, de tratamentos desumanos, inviolabilidades da honra e imagem...

Para que consigamos alcançar a "dignidade da pessoa humana" é necessário que haja um respeito do cidadão pelo Estado e pelos demais cidadãos (eficácia vertical e eficácia horizontal das proteções individuais). Não podemos também, vislumbrar discriminações e tratamentos desiguais entre semelhantes (princípio da isonomia) pois isso afrontaria diretamente tal fundamento.

Gabarito: Correto.

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147. (CESPE/Analista Judiciário - TJRJ/2008) Acerca dos princípios fundamentais da CF, julgue os itens a seguir.

I A República é uma forma de Estado.

II A federação é uma forma de governo.

III A República Federativa do Brasil admite o direito de secessão, desde que esta se faça por meio de emenda à CF, com três quintos, no mínimo, de aprovação em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos.

IV São poderes da União, dos estados e do DF, independentes e harmônicos, o Legislativo, o Judiciário e o Executivo.

V A expressão "Estado Democrático de Direito", contida no art. 1.º da CF, representa a necessidade de se providenciar mecanismos de apuração e de efetivação da vontade do povo nas decisões políticas fundamentais do Estado, conciliando uma democracia representativa, pluralista e livre, com uma democracia participativa efetiva.

A quantidade de itens certos é igual a

a) 1.

b) 2.

c) 3.

d) 4.

e) 5.

Comentários:

Vamos agora comentar cada item:

I - Errado. República é forma de GOVERNO.

II - Errado. A federação é a forma como se desenha o ESTADO, seu território.

III - Errado. Nas federações é diferente do que ocorre nas confederações. As federações são indissolúveis, já que os integrantes são despidos de soberania. Assim, não há o que se falar em "direito de secessão" (direito de se separar) em federações.

Nossa constituição é expressa neste ponto, logo no caput do art. 1: A República Federativa do Brasil, FORMADA PELA UNIÃO INDISSO-LÚVEL...

IV - Errado. Segundo o art. 2º da Constituição Federal, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário são poderes DA UNIÂO!

Salientamos ainda que o DF não possui Poder Judiciário próprio, este é mantido pela União. A questão tinha a intenção, tão somente, de extrair do candidato o conhecimento sobre a literalidade do art. 2º.

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V - Correto. é a única alternativa correta. Conforme vimos, o "Estado democrático de direito", é aquele pautado na justiça, e cujas leis refletem a finalidade de alcançar o bem comum. Assim, as decisões políticas devem refletir efetivamente a vontade do povo. A lei deve refletir a justiça social.

Gabarito: Letra A.

• Questões da ESAF:

148. (ESAF/AFC-CGU/2006) Sobre os princípios fundamentais na Constituição Federal de 1988, assinale a única opção correta.

a) Não é elemento essencial do princípio federativo a existência de dois tipos de entidade - a União e as coletividades regionais autônomas.

b) Rege a República Federativa do Brasil, em suas relações internacionais, o princípio da livre iniciativa.

c) O pluralismo político, embora desdobramento do princípio do estado Democrático de Direito, não é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil.

d) O princípio republicano tem como características essenciais: a eletividade, a temporariedade e a necessidade de prestação de contas pela administração pública.

e) É um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, expresso no texto constitucional, a garantia do desenvolvimento nacional e a busca da auto-suficiência econômica.

Comentários:

Letra A - Errado. Entendemos que toda a federação deve ter um poder central - este poder, em nosso país é chamado de União - para que este possa agir em áreas de interesse nacional e também possa harmonizar possíveis conflitos entre as entidades autônomas regionais.

Letra B - Errada. A Livre iniciativa é um "fundamento" da República constante no art. 1º, não um princípio das relações internacionais que encontramos no art. 4º.

Letra C - Errada. Ele é um fundamento, já que está elencado na relação do art. 1º da Constituição Federal. Alternativa também está incorreta.

D- É a alternativa correta. Quer saber por quê? Ora, se estamos falando de um República (res publica = coisa pública) é porque a "coisa" pertence a todos. A forma de organizar o governo, é com este

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estando nas mãos do seu povo, ou seja, o governo será exercido por representantes do povo e deverá ter como características:

a) Temporariedade;

b) Eletividade;

c) Responsabilidade dos governantes;

d) Transparência na gestão pública e prestação de contas.

Todas essas características permitem, conjuntamente que haja um escolha direta dos representantes, um revezamento dos governantes e que se demonstre que a "coisa pública" não está sendo apropriada por eles.

Letra E - Errado. O erro consiste no fato de que a busca da auto-suficiência não está elencada no art. 3º como um objetivo fundamental.

Gabarito: Letra D.

Pronto pessoal!!! Por hoje é só...

Excelente estudo a todos.

Grande abraço.

Vítor Cruz

Pontos importantes a serem fixados:

FUNDAMENTOS (art. 1º):

(So-Ci-Di-Val-Plu)

� soberania;

� cidadania;

� dignidade da pessoa humana;

� valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

� pluralismo político.

OBJETIVOS FUNDAMENTAIS (art. 3º):

� Construir uma sociedade livre, justa e SOLIDÁRIA;

� Garantir o desenvolvimento nacional;

� ERRADICAR a pobreza e a marginalização e REDUZIR as desigualdades sociais e regionais; e

� Promover o bem de todos,

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sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

PRINCÍPIOS QUE REGEM AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS (art. 4º):

(in-pre-auto-não-igual-defe-so-re-co-co)

� independência nacional;

� prevalência dos direitos humanos;

� autodeterminação dos povos;

� não intervenção;

� igualdade entre os Estados;

� defesa da paz;

� solução pacífica dos conflitos;

� repúdio ao terrorismo e ao racismo;

� cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

� concessão de asilo político.

OBJETIVO DO BRASIL NO PLANO INTERNACIONAL(art. 4º, §único):

� Buscar a integração política, econômica, social e cultural entre os povos da AMERICA LATINA, visando formar uma sociedade LATINO-AMERICANA de nações.

Classificação da República Federativa do Brasil:

Forma de Governo: República

Forma de Estado: Federação

Regime de Governo ou Político:

Democracia (mista ou semi-direta)

Sistema de Governo: Presidencialismo (art. 84 da CF)

• Características da Monarquia: Vitaliciedade e hereditariedade;

• Características da República: Temporariedade dos mandados; Eletividade dos cargos políticos; Transparência na

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gestão pública, através de prestação de contas, levando a uma responsabilidade dos governantes.

Chefe de Estado

É o membro do Poder Executivo que exerce o papel de representante do Estado, principalmente no âmbito externo, mas também como representante moral perante o povo, no âmbito interno.

Chefe de Governo

É o membro do Poder Executivo responsável por chefiar o governo, ou seja, a direção das políticas públicas em âmbito interno.

• No presidencialismo, temos a unicidade da chefia.

• No parlamentarismo, temos uma dualidade de chefia.

Princípios do Estado Democrático de Direito:

i) Princípio da Constitucionalidade;

j) Princípio democrático;

k) Sistema de direitos fundamentais;

l) Princípio da Justiça Social;

m) Princípio da igualdade;

n) Princípio da divisão dos poderes;

o) Princípio da legalidade;

p) Princípio da Segurança Jurídica.

Tarefa fundamental do Estado Democrático de Direito - Superar as desigualdades sociais e regionais e instaurar um regime democrático que realize a justiça social.

A tripartição funcional do Poder é uma cláusula pétrea e suas funções podem ser:

Poder Função típica Função Atípica

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Executivo Administrar Julgar e Legislar

Legislativo Legislar e fiscalizar através do controle externo

Julgar e Administrar

Judiciário Julgar Legislar e Administrar

LISTA DAS QUESTÕES DA AULA:

1. (CESPE/Analista de Infraestrutura – MP/2012) Os princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988 (CF) designam as características mais essenciais do Estado brasileiro.

2. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Segundo a doutrina, os princípios político-constitucionais são materializados sob a forma de normas-princípio, as quais, freqüentemente, são desdobramentos dos denominados princípios fundamentais.

3. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) Muito se tem falado acerca dos princípios constitucionais. Sobre tais princípios, é correto afirmar que:

a) É correto dizer que há distinção entre os princípios constitucionais fundamentais e os princípios gerais do direito constitucional.

b) as normas-sínteses ou normas-matrizes não têm eficácia plena e aplicabilidade imediata.

c) os princípios jurídico-constitucionais não são princípios constitucionais gerais, todavia não se constituem em meros desdobramentos dos princípios fundamentais.

d) quando a Constituição prevê que a ordem econômica e social tem por fim realizar a justiça social, não estamos diante de uma norma-fim, por não abranger todos os direitos econômicos e sociais, nem a toda a ordenação constitucional.

4. (FCC/Técnico Judiciário-TRE-PR/2012) A Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos, assinada por Estados do continente africano em 1981, enuncia, em seu artigo 20, que todo povo tem um direito imprescritível e inalienável, pelo qual determina livremente seu estatuto político e garante seu desenvolvimento econômico e social pelo caminho que livremente escolher.

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Na Constituição da República Federativa do Brasil, o teor de referido enunciado encontra equivalência no princípio de regência das relações internacionais de:

a) repúdio ao terrorismo e ao racismo.

b) construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

c) erradicação da pobreza e da marginalização.

d) autodeterminação dos povos.

e) concessão de asilo político.

5. (FCC/ Técnico Judiciário-TRF-2ª REGIÃO/2012) Quanto às relações internacionais, o Brasil rege-se, segundo expressamente disposto no artigo 4º da Constituição Federal brasileira pelo princípio:

a) do juiz natural.

b) do efeito mediato.

c) da sucumbência

d) da igualdade entre os Estados

e) da concentração

6. (FCC/Ass. Legislativo - ALESP/2010) Constitui um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, de acordo com a Constituição Federal de 1988,

a) a garantia do desenvolvimento nacional.

b) a não intervenção.

c) a defesa da paz.

d) a igualdade entre os Estados.

e) o pluralismo político.

7. (FCC/Ag. Técnico Legislativo - ALESP/2010) Ao tratar dos princípios fundamentais do Estado brasileiro, a Constituição Federal estabelece que:

a) são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo, o Judiciário e o Ministério Público.

b) constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil erradicar as desigualdades econômicas, sociais e culturais.

c) a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política e cultural dos povos da América Latina, da Europa e da África, visando à formação de uma comunidade de nações.

d) todo o poder emana do povo, que o exerce diretamente conforme determina a legislação eleitoral.

e) a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelo princípio da não intervenção.

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8. (FCC/Técnico do TRT 7º/2009) Segundo a Constituição Federal, a República Federativa do Brasil é formada:

a) pelos cidadãos dos quais emana o poder exercido por meio de representantes eleitos.

b) pelo conjunto de cidadãos aos quais são garantidos os direitos fundamentais.

c) pela união dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

d) pela integração econômica, política e social de todos os Estados.

e) pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal.

9. (FCC/Técnico-TCE-GO/2009) Considere as seguintes afirmações sobre os princípios fundamentais da Constituição da República:

I. A República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e Distrito Federal.

II. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes ou diretamente, nos termos da Constituição.

III. Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, dentre outros, a construção de uma sociedade livre, justa e solidária e a garantia do desenvolvimento nacional.

Está correto o que se afirma em

a) I, apenas.

b) II, apenas.

c) III, apenas.

d) I e II, apenas.

e) I, II e III.

10. (FCC/Técnico-TRT 15ª/2009) Sobre os princípios fundamentais da República Federativa do Brasil, é correto afirmar que

a) foi acolhido, além de outros, o princípio da intervenção para os conscritos. b) dentre seus objetivos está o de reduzir as desigualdades regionais. c) um dos seus fundamentos é a vedação ao pluralismo político. d) o Brasil rege-se nas suas relações internacionais, pela dependência nacional. e) a política internacional brasileira veda a integração política que vise à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

11. (FCC/TRT 18ª/2009) Quanto aos Princípios Fundamentais, considere:

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I. A República Federativa do Brasil, formada pela união dissolúvel dos Estados e dos Municípios, constitui-se em Estado Democrático de Direito.

II. São Poderes da União, dependentes entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

III. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil.

IV. A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelo princípio da concessão de asilo político.

Está INCORRETO o que consta APENAS em

a) I e IV.

b) I e II.

c) III e IV.

d) II e III.

e) II e IV.

12. (FCC/AJAA-TRT 18ª/2008) Quanto aos Princípios Fundamentais, é correto afirmar que a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais, dentre outros, pelo princípio da a) exclusiva proteção dos bens jurídicos.

b) não cumulatividade.

c) prevalência dos direitos humanos.

d) uniformidade geográfica.

e) reserva legal.

13. (FCC/Prociurador-Recife/2008) NÃO figuram entre os princípios pelos quais estabelece a Constituição que a República Federativa do Brasil se rege, em suas relações internacionais, a) a independência nacional e a autodeterminação dos povos.

b) a não-intervenção e a defesa da paz.

c) a igualdade entre os Estados e a solução pacífica dos conflitos.

d) o repúdio ao terrorismo e ao racismo.

e) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

14. (FCC/TRE-SE/2008) A República Federativa do Brasil constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos, entre outros,

a) a livre manifestação do pensamento, o combate à tortura e o repúdio ao terrorismo.

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b) o desenvolvimento nacional, a defesa da paz e a solução pacífica dos conflitos.

c) a soberania, a cidadania e a dignidade da pessoa humana. d) a liberdade de expressão, a liberdade de crença e a igualdade perante a Lei.

e) a propriedade, a economia e a tributação.

15. (FCC/AJAA-TRF 5/2008) Nas suas relações internacionais, a República Federativa do Brasil rege-se, dentre outros, pelo princípio da a) dependência nacional e do pluralismo político.

b) intervenção e da cidadania.

c) autodeterminação dos povos.

d) solução bélica dos conflitos e da soberania.

e) vedação de asilo político.

16. (FCC/TRE-SE/2007) Analise as afirmativas abaixo.

I. Construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

II. Garantia do desenvolvimento nacional.

III. Garantia dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

IV. Erradicação a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais.

V. Promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

De acordo com a Constituição Federal do Brasil de 1988 são considerados objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil os indicados APENAS em:

a) I, II, III e IV.

b) I, II, IV e V.

c) I, III, IV e V.

d) II, III, IV e V.

e) I, III, IV e V.

17. (FCC/TRE-PB/2007) Quanto aos princípios que regem a República Federativa do Brasil é INCORRETO afirmar que:

a) são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

b) nas suas relações internacionais o Brasil rege-se, dentre outros, pelos princípios da intervenção e determinação dos povos.

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c) todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição Federal.

d) o Brasil é formado pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constituindo-se em Estado Democrático.

e) constituem objetivos fundamentais, dentre outros, garantir o desenvolvimento nacional.

18. (CESPE/Analista - Câmara dos Deputados/2012) Os princípios que regem o Brasil nas suas relações internacionais incluem a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade e a concessão de asilo político.

19. (CESPE/Assitente – CNPq/2011) Apesar de a CF estabelecer que todo o poder emana do povo, não há previsão, no texto constitucional, de seu exercício diretamente pelo povo, mas por meio de representantes eleitos para tal finalidade.

20. (CESPE/Assitente – CNPq/2011) A independência nacional, a igualdade entre os estados e a dignidade da pessoa humana são alguns dos fundamentos da República Federativa do Brasil.

21. (CESPE/AJ-Análise de Sistemas - STM/2011) No âmbito das relações internacionais, a República Federativa do Brasil adotou expressamente como princípio o repúdio ao terrorismo e ao racismo. 22. (CESPE/AJ-Análise de Sistemas - STM/2011) Os fundamentos da República Federativa do Brasil incluem o pluralismo político e a cidadania. 23. (CESPE/TRT-17ª/2009) A República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos estados, dos municípios, do Distrito Federal e dos territórios.

24. (CESPE/TRT-17ª/2009) De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), todo o poder emana do povo, que o exerce exclusivamente por meio de representantes eleitos diretamente.

25. (CESPE/Técnico Administrativo - ANEEL/2010) Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, a construção de uma sociedade livre justa e solidária e a garantia do desenvolvimento nacional constituem fundamentos da República Federativa do Brasil.

26. (CESPE/Agente Administrativo - AGU/2010) Entre os princípios fundamentais do Estado brasileiro, incluem-se a dignidade da pessoa humana, a construção de uma sociedade livre, justa e solidária e a concessão de asilo político. Além disso, a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

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27. (CESPE/TRT-17ª/2009) Constitui princípio que rege a República Federativa do Brasil em suas relações internacionais a concessão de asilo político, vedada a extradição.

28. (CESPE/ABIN/2008) Constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade ou quaisquer outras formas de discriminação. Dessa forma, contraria a CF a exigência, contida em editais de concursos públicos, sem o devido amparo legal, de limite de idade mínima ou máxima para inscrição.

29. (CESPE/Assessor-TCE-RN/2009) De acordo com a CF, são fundamentos da República Federativa do Brasil a soberania, a dignidade da pessoa humana e a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

30. (CESPE/Assessor-TCE-RN/2009) Entre os objetivos da República Federativa do Brasil, destaca-se a valorização social do trabalho e da livre iniciativa, pois, por meio do trabalho, o homem garante sua subsistência e o consequente crescimento do país.

31. (CESPE/Assessor-TCE-RN/2009) Constituem princípios que regem a República Federativa do Brasil em suas relações internacionais, entre outros, a prevalência dos direitos humanos, da garantia do desenvolvimento nacional e da autodeterminação dos povos.

32. (ESAF/ATRFB/2012) A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelo princípio da concessão de asilo político. 33. (ESAF/TFC-CGU/2008) Assinale a opção que indica um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil.

a) Valorizar a cidadania.

b) Valorizar a dignidade da pessoa humana.

c) Observar os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

d) Constituir uma sociedade livre, justa e solidária.

e) Garantir a soberania.

34. (ESAF/AFC-CGU/2008) A República Federativa do Brasil possui fundamentos e as relações internacionais do País devem ser regidas por princípios. Assinale a única opção que contempla um fundamento da República e um princípio que deve reger as relações internacionais do Brasil.

a) Soberania e dignidade da pessoa humana.

b) Prevalência dos direitos humanos e independência nacional.

c) Cidadania e valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

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d) Pluralismo político e repúdio ao terrorismo e ao racismo.

e) Defesa da paz e solução pacífica dos conflitos.

35. (ESAF/AFRFB/2009) Constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, segundo preceitua o artigo 3o da Constituição Federal da República/88, o respeito aos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

36. (ESAF/ATRFB/2009) Todo o poder emana do povo, que o exerce apenas por meio de representantes eleitos, nos termos da Constituição Federal.

37. (ESAF/ATRFB/2009) A República Federativa do Brasil não adota nas suas relações internacionais o princípio da igualdade entre os Estados.

38. (ESAF/ATA-MF/2009) Marque a opção correta.

a) A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, geográfica, política e educacional dos povos da América Latina.

b) Construir uma sociedade livre, justa e solidária é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil.

c) A cooperação entre os povos para o progresso da humanidade constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil.

d) Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação é princípio que rege a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais.

e) O repúdio ao terrorismo e ao racismo é princípio que rege a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais.

39. (FUNIVERSA/Advogado-CEB/2010) A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos estados, municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito. Os fundamentos dela não incluem:

a) a soberania.

b) a defesa da paz. .

c) dignidade da pessoa humana.

d) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

e) o pluralismo político.

40. (FUNIVERSA/Advogado-CEB/2010) Não se constitui um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil

a) construir uma sociedade livre, justa e solidária.

b) garantir o desenvolvimento nacional.

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c) erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais.

d) garantir a independência nacional.

e) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

41. (FGV/Técnico - TRE-PA/2011) A Constituição brasileira apresenta como seus fundamentos:

a) o respeito à liberdade de qualquer cidadão de ser candidato a cargo político.

b) a defesa da cidadania, soberania e dignidade da pessoa humana.

c) a existência de partidos políticos que possam disputar eleições pelo critério majoritário.

d) a construção de uma sociedade que valorize o capital intelectual do ser humano.

e) a construção de uma sociedade que seja uniforme no que diz respeito à composição de sua população.

42. (FGV/Polícia Legislativa – Senado Federal/2009) Não é (são) fundamento(s) da República Federativa do Brasil:

a) pluralismo político.

b) dignidade da pessoa humana.

c) valores sociais da livre iniciativa.

d) divisão dos Poderes do Estado.

e) valores sociais do trabalho.

43. (FGV/Analista - MEC/2009) Entre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, constantes da Constituição Federal/88, não se inclui:

a) promover o bem de todos.

b) erradicar a marginalização.

c) reduzir as desigualdades sociais.

d) priorizar o desenvolvimento das regiões rurais.

e) construir uma sociedade livre, justa e solidária.

44. (FGV/Documentador-MEC/2009) Analise as afirmativas a seguir:

I. Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, tal como previstos no art. 3.º da Constituição, uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e

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regionais; e promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

II. São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo, o Judiciário e o Ministério Público.

III. A Constituição prevê expressamente que a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

Assinale:

a) se nenhuma alternativa estiver correta.

b) se todas as alternativas estiverem corretas.

c) se apenas as alternativas I e II estiverem corretas.

d) se apenas as alternativas II e III estiverem corretas.

e) se apenas as alternativas I e III estiverem corretas.

45. (FGV/ACI-SAD-PE/2009) A respeito dos princípios que regem o Brasil nas suas relações internacionais, tal como disposto no art. 4.º da Constituição, assinale a afirmativa incorreta.

a) Repúdio ao terrorismo e ao racismo.

b) Não concessão de asilo político.

c) Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade.

d) Independência nacional.

e) Não intervenção.

46. (Consulplan/Adv. CHESF/2007 - Adaptada) A Constituição Federal - 1988 estabelece como fundamentos do estado democrático de direito:

A) A independência nacional, a prevalência dos direitos humanos, a autodeterminação dos povos e a igualdade entre os Estados.

B) Soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político.

C) A construção de uma sociedade livre, justa e solidária, a erradicação da pobreza, o desenvolvimento nacional e a redução das desigualdades sociais e regionais.

D) A defesa da paz, a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade, a solução pacífica dos conflitos e o repúdio ao terrorismo e ao racismo.

E) A cooperação entre os povos para o progresso da humanidade, a defesa da paz e a concessão de asilo político.

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47. (Consulplan/Adv. Pref. Nossa Senhora do Socorro - SE/2005) Não é fundamento da República Federativa do Brasil:

A) A soberania nacional.

B) O pluralismo político.

C) A cidadania.

D) A igualdade entre os Estados.

E) A dignidade da pessoa humana.

48. (Consulplan/Adv. Pref. São Brás - AL/2005) Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, EXCETO:

A) Garantir o desenvolvimento nacional.

B) Conquistar a independência nacional.

C) Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

D) Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais.

E) Construir uma sociedade livre, justa e solidária.

49. (Consulplan/Adv. Pref. Laranjeiras – SE/2006) A República Federativa do Brasil, segundo a Constituição Federal rege-se, nas suas relações internacionais, dentre outros, pelo princípio da prevalência dos direitos humanos.

50. (CESGRANRIO/Técnico-BACEN/2009) A Constituição de 1988 estabelece alguns princípios fundamentais que apontam um perfil estruturante do Estado brasileiro e que devem, portanto, ser observados pelos órgãos de governo. Nesse sentido, caso o Governo Federal decidisse adotar medidas a partir das quais o Estado passasse a planejar e dirigir, de forma determinante, a ordem econômica do país, inclusive em relação ao setor privado, essas medidas violariam o valor constitucional da

a) soberania.

b) República.

c) Federação.

d) livre iniciativa.

e) supremacia do interesse público.

51. (ESAF/EPPGG-MPOG/2008) A Constituição acolhe uma sociedade conflitiva, de interesses contraditórios e antagônicos, na qual as opiniões não ortodoxas podem ser publicamente sustentadas, o que conduz à poliarquia, um regime onde a dispersão do Poder numa multiplicidade de grupos é tal que o sistema político não pode funcionar senão por uma negociação constante entre os líderes

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desses grupos é tal que o sistema político não pode funcionar senão por uma negociação constante entre os líderes desses grupos ( SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo, 25. ed. São Paulo: Malheiros, 2005, pp. 143-145, com adaptações ).

Assinale a opção que indica com exatidão o fundamento do Estado brasileiro expressamente previsto na Constituição, a que faz menção o texto transcrito.

a) Soberania.

b) Dignidade da pessoa humana.

c) Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

d) Cidadania.

e) Pluralismo político.

52. (FCC/DPE-SP/2009) O princípio republicano, que traduz a maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e a relação entre governantes e governados, mantém-se na ordem constitucional mas hoje não mais protegido formalmente contra emenda constitucional.

53. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) A República é uma forma de Estado.

54. (CESPE/SECONT-ES/2009) O termo Estado republicano refere-se não apenas a organizações institucionais, mas a um compromisso social com a coisa pública, no exercício da tolerância, no respeito à identidade do homem, dentro do prisma individual (pluralismo) e cultural.

55. (CESPE/Juiz Substituto–TJ-PI/2007) Para Maquiavel, as formas de governo são os principados, as repúblicas e as democracias.

56. (CESPE/Juiz Substituto–TJ-PI/2007) Para Montesquieu, três são as formas de governo: monarquia, aristocracia e politéia, que se degeneram por meio da tirania, da oligarquia e da democracia, respectivamente.

57. (CESPE/Juiz Substituto–TJ-PI/2007) Para Aristóteles, os governos são republicano - no qual todo o povo, ou pelo menos uma parte dele, detém o poder supremo -; monárquico - em que uma só pessoa governa - e despótico - em que um só arrasta tudo e todos com sua vontade e seus caprichos, sem leis ou freios.

58. (ESAF/AFC-STN/2005) Forma de governo diz respeito ao modo como se relacionam os poderes, especialmente os Poderes Legislativo e Executivo, sendo os Estados, segundo a classificação dualista de Maquiavel, divididos em repúblicas ou monarquias.

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59. (ESAF/Analista Jurídico-SEFAZ-CE/2007) A República é a forma de organização do Estado adotada pela Constituição Federal de 1988. Caracteriza-se pela temporariedade do mandato dos governantes e pelo processo eleitoral periódico.

60. (ESAF/AFC-CGU/2006) O princípio republicano tem como características essenciais: a eletividade, a temporariedade e a necessidade de prestação de contas pela administração pública.

61. (ESAF/AFC-CGU/2006) Em função da forma de governo adotada na Constituição de 1988, existe a obrigação de prestação de contas por parte da administração pública.

62. (ESAF/MPU/2004) Nos termos da Constituição de 1988, o Brasil adota a república como sistema de governo, elegendo, portanto, o princípio republicano como um dos princípios fundamentais do Estado brasileiro.

63. (ESAF/AFT/2006) A forma republicana não implica a necessidade de legitimidade popular do presidente da República, razão pela qual a periodicidade das eleições não é elemento essencial desse princípio.

64. (ESAF/ENAP/2006) Como conseqüência direta da adoção do princípio republicano como um dos princípios fundamentais do Estado brasileiro, a Constituição estabelece que a República Federativa do Brasil é composta pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e do Distrito Federal.

65. (FGV/Fiscal-SEFAZ-RJ/2008) O Brasil é uma república, a indicar o governo como:

a) sistema.

b) forma.

c) regime.

d) paradigma.

e) modelo.

66. (FGV/Juiz Substituto-TJ-MG/2008) São características do princípio republicano: eleições periódicas para Chefe de Estado e Chefe de Governo, cidadania, soberania, diversas esferas de distribuição de poder, observância dos direitos fundamentais implícitos e explícitos, observância dos princípios sensitivos.

67. (Consulplan/Adv. Pref. Nossa Senhora do Socorro - SE/2005) República é a forma de governo em que os governantes são eleitos periodicamente pelo povo. Quanto às suas características, assinale a alternativa INCORRETA:

A) Eletividade.

B) Temporariedade.

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C) Clássica divisão dos poderes.

D) Pessoalidade.

E) Responsabilidade política.

68. (Consulplan/Adv. Pref. São Brás - AL/2005) Sendo a forma republicana um dos princípios constitucionais do Estado brasileiro, a ser observado e assegurado, a Constituição Federal veda, nas chamadas cláusulas pétreas, emenda tendente a aboli-la.

69. (FCC/AJAA-TRT 8ª/2010) As finalidades básicas do princípio da indissolubilidade do vínculo federativo são

a) a unidade nacional e a necessidade descentralizadora.

b) o direito de secessão e a prevalência dos interesses da União sobre os Estados, Distrito Federal e Municípios.

c) o direito de secessão e a necessidade de auto- organização.

d) dúplice capacidade de auto-organização dos Estados e Municípios e sujeição aos interesses da União.

e) dúplice capacidade de auto-organização dos Estados e Municípios e o direito de secessão.

70. (FCC/TCE-CE/2006) Confederação é a união permanente de dois ou mais Estados-membros, os quais, conservando sua autonomia político-administrativa, abrem mão de sua soberania, em favor do Estado Federal.

71. (FCC/TCE-CE/2006) Estado simples é aquele formado por mais de um Estado com alguns ou vários poderes públicos internos funcionando ao mesmo tempo.

72. (CESPE/AJAJ-TJAL/2012) Segundo a doutrina, o federalismo nacional é simétrico, dada a homogeneidade dos entes federativos.

73. (CESPE/MPS/2010) O Estado federado nos moldes do brasileiro é caracterizado pelo modelo de descentralização política, a partir da repartição constitucional de competências entre entidades federadas autônomas que o integram, em um vínculo indissolúvel, formando uma unidade.

74. (CESPE/Analista-SERPRO/2008) A federação é uma forma de governo na qual há uma nítida separação de competências entre as esferas estaduais, dotadas de autonomia, e o poder público central, denominado União.

75. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A federação é o sistema de governo cujo objetivo é manter reunidas autonomias regionais.

76. (CESPE/MMA/2009) O modelo de federalismo brasileiro é do tipo segregador.

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77. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O federalismo brasileiro, quanto à sua origem, é um federalismo por agregação.

78. (CESPE/PGE-AL/2008) Doutrinariamente, entende-se que a formação da Federação brasileira se deu por meio de movimento centrípeto (por agregação), ou seja, os estados soberanos cederam parcela de sua soberania para a formação de um poder central. Isso explica o grande plexo de competências conferidas aos estados-membros brasileiros pela CF se comparados à pequena parcela de competências da União.

79. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Existia no Brasil um federalismo de segundo grau até a promulgação da CF, após a qual o país passou a ter um federalismo de terceiro grau.

80. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Uma das características comuns à federação e à confederação é o fato de ambas serem indissolúveis.

81. (CESPE/ABIN/2008) O direito de secessão somente pode ocorrer por meio de emenda à CF, discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, sendo ela considerada aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

82. (CESPE/PGE-AL/2008) A descentralização política, apesar de ocorrer em alguns países que adotam a forma federativa de Estado, não é uma característica marcante do federalismo.

83. (CESPE/PGE-AL/2008) Quando da constituição de um Estado na forma federativa, os entes que passam a compor o Estado Federal (estados-membros) perdem sua soberania e autonomia. Esses elementos passam a ser característicos apenas do todo, ou seja, do Estado Federal.

84. (CESPE/PGE-AL/2008) Alguns dos elementos que asseguram a soberania dos estados-membros no federalismo são a possibilidade de auto-organização por meio da elaboração de constituições estaduais e a existência de câmara representativa dos estados-membros.

85. (CESPE/PGE-AL/2008) As constituições dos estados organizados sob a forma federativa possuem, em regra, instrumentos para coibir movimentos separatistas. No Brasil, a CF prevê a possibilidade de se autorizar a intervenção da União nos estados para manter a integridade nacional e considera a forma federativa de Estado uma cláusula pétrea.

86. (ESAF/AFC-STN/2005) A divisão fundamental de formas de Estados dá-se entre Estado simples ou unitário e Estado composto ou complexo, sendo que o primeiro tanto pode ser Estado unitário centralizado como Estado unitário descentralizado ou regional.

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87. (ESAF/AFTE-RN/2005) O Estado unitário distingue-se do Estado federal em razão da inexistência de repartição regional de poderes autônomos, o que não impede a existência, no Estado unitário, de uma descentralização administrativa do tipo autárquico.

88. (ESAF/AFTE-RN/2005) Em um Estado federal temos sempre presente uma entidade denominada União, que possui personalidade jurídica de direito público internacional, cabendo a ela a representação do Estado federal no plano internacional.

89. (ESAF/AFC-CGU/2006) Não é elemento essencial do princípio federativo a existência de dois tipos de entidade - a União e as coletividades regionais autônomas.

90. (FGV/Juiz Substituto-TJ-MG/2008) Como corolário do princípio federativo, a União, os Estados-membros, o Distrito Federal e os Municípios, no Brasil, são autônomos e possuidores da tríplice capacidade de autoorganização e normatização própria, autogoverno e autoadministração (Certo/Errado).

91. (FGV/Juiz Substituto-TJ-MG/2008 - Adaptada) O princípio da indissolubilidade do vínculo federativo no Estado Federal Brasileiro tem como finalidades básicas a unidade nacional e a necessidade descentralizadora.

92. (FGV/Advogado-BADESC/2010 - Adaptada) O sistema federativo brasileiro prevê a indissolubilidade da federação, sendo vedada a aprovação de emenda constitucional tendente a abolir a forma federativa de Estado.

93. (Consulplan/Adv. SMTT-Pref. Itabaiana-SE/2010) Sobre o tema Forma de Estado, pode-se afirmar que o Estado Brasileiro é:

A) Um Estado Democrático.

B) Um Estado Federal.

C) Um Estado Republicano.

D) Um Estado Unitário.

E) Um Estado de bem-estar social.

94. (FCC/TCE-CE/2006) Democracia semidireta é aquela que se caracteriza pela eleição de representantes do povo, por meio do voto, dotada de mecanismos de participação popular direta, como o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular.

95. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) A soberania popular é exercida, em regra, por meio da democracia representativa. A Constituição Federal brasileira consagra, também, a democracia participativa ao prever instrumentos de participação intensa e efetiva do cidadão nas decisões governamentais.

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96. (FCC/TCE-CE/2006) Parlamentarismo é a forma de governo em que há profunda independência entre os Poderes Legislativo e Executivo, que são exercidos por pessoas diferentes, podendo o Primeiro-Ministro indicado pelo Chefe do Executivo, ser destituído por decisão da maioria do Legislativo, através da aprovação de moção de desconfiança.

97. (FCC/TCE-CE/2006) Sistema diretorial de governo, é aquele no qual existe total subordinação do Poder Legislativo ao Executivo, que concentra, em sua totalidade, o poder político estatal, sendo que o colegiado de governantes é indicado pelo Chefe do Executivo, para exercício do mandato com prazo indeterminado.

98. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A CF adota o presidencialismo como forma de Estado, já que reconhece a junção das funções de chefe de Estado e chefe de governo na figura do presidente da República.

99. (ESAF/TCU/2006) Imagine que uma certa constituição disponha que o exercício das funções do Poder Executivo é dividido entre um Chefe de Estado e um Chefe de Governo. Este último é escolhido entre os integrantes do Poder Legislativo e depende da vontade da maioria do parlamento para se manter no cargo. De seu turno, em certas circunstâncias, o Executivo pode dissolver o Legislativo, convocando novas eleições. A partir dessas considerações, é certo dizer:

a) Uma tal constituição, pelas características acima delineadas, introduz a forma federativa de Estado.

b) Um Estado-membro no Brasil poderia, se quisesse, adotar o mesmo regime referido no enunciado da questão.

c) De uma constituição como a referida pode-se afirmar, com segurança, que se classifica como uma constituição flexível, instituindo um regime tipicamente antidemocrático, na medida em que permite um autêntico golpe de Estado (a dissolução do parlamento pelo Executivo).

d) A constituição aludida assumiu característica própria de regime parlamentarista, em que a separação entre os poderes do Estado não costuma ter a mesma rigidez do regime presidencialista.

e) De acordo com a informação dada, a norma constitucional referida consagra regime parlamentarista, Estado unitário e apresenta característica de constituição flexível.

100. (ESAF/AFTE-RN/2005) Sistema de governo pode ser definido como a maneira pela qual se dá a instituição do poder na sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados.

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101. (ESAF/AFTE-RN/2005) O presidencialismo é a forma de governo que tem por característica reunir, em uma única autoridade, o Presidente da República, a Chefia do Estado e a Chefia do Governo.

102. (ESAF/AFRF/2001) De uma Constituição que adota uma chefia dual do Executivo, com um Chefe de Estado e um Chefe de Governo, em que a permanência deste no cargo depende da confiança do Poder Legislativo, pode-se dizer que adota característica típica do presidencialismo.

103. (ESAF/AFC-CGU/2004) Em um Estado Parlamentarista, a chefia de governo tem uma relação de dependência com a maioria do Parlamento, havendo, por isso, uma repartição, entre o governo e o Parlamento, da função de estabelecer as decisões políticas fundamentais.

104. (Consulplan/Adv. CEPISA/2007) A República, Federação, Presidencialismo e Democracia são, respectivamente:

A) Forma de Governo, Forma de Estado, Sistema de Governo, Regime de Governo.

B) Forma de Estado, Sistema de Governo, Regime de Governo, Forma de Governo.

C) Sistema de Governo, Regime de Governo, Forma de Estado, Forma de Governo.

D) Forma de Governo, Forma de Estado, Regime de Governo, Sistema de Governo.

E) Sistema de Governo, Forma de Estado, Sistema de Estado, Regime de Governo.

105. (FEPESE/Analista Jurídico – PGE-SC/2010) Sobre o Presidencialismo e Parlamentarismo, é possível dizer:

a) No Parlamentarismo concentram-se as chefias de Estado e de Governo.

b) No Presidencialismo separam-se as chefias de Estado e de Governo.

c) Chama-se Primeiro Ministro o chefe de Governo no Presidencialismo.

d) O chefe de Estado assume as funções governamentais no Parlamentarismo.

e) Enquanto que Monarquia é forma, Presidencialismo e Parlamentarismo são sistemas de governo.

106. (CESPE/Analista Judiciário - TJRJ/2008) A expressão "Estado Democrático de Direito", contida no art. 1.º da CF, representa a necessidade de se providenciar mecanismos de apuração e de efetivação da vontade do povo nas decisões políticas

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fundamentais do Estado, conciliando uma democracia representativa, pluralista e livre, com uma democracia participativa efetiva.

107. (ESAF/AFT/2006) A concretização do Estado Democrático de Direito como um Estado de Justiça material contempla a efetiva implementação de um processo de incorporação de todo o povo brasileiro nos mecanismos de controle das decisões.

108. (ESAF/AFC-CGU/2006) O pluralismo político, embora desdobramento do princípio do estado Democrático de Direito, não é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil.

109. (ESAF/Técnico da Receita Federal/2006) Segundo a doutrina, não se constitui em um princípio do Estado Democrático de Direito o princípio da constitucionalidade, o qual estaria ligado apenas à noção de rigidez constitucional.

110. (ESAF/Auditor da Receita Federal/2006) Segundo a doutrina, o princípio do Estado Democrático de Direito resulta da reunião formal dos elementos que integram o princípio do Estado Democrático e o princípio do Estado de Direito.

111. (ESAF/APO-MPOG/2005) O conteúdo do princípio do estado democrático de direito, no caso brasileiro, não guarda relação com o sistema de direitos fundamentais, uma vez que esse sistema possui disciplina própria no texto constitucional.

112. (FESAG/Analista do TRE-ES/2005) Um dos pilares do Estado Democrático de Direito é a divisão das funções estatais, consagrada pela doutrina constitucional sob a denominação "Princípio da Separação dos Poderes". Nesse sentido, a Independência dos Poderes importa que, entre outras características, a investidura e a permanência das pessoas num dos órgãos do governo não dependam da confiança e nem da vontade dos outros.

113. (OAB/OAB-MG/2005) São características essenciais do paradigma "Estado Democrático de Direito", EXCETO:

a) vinculação dos atos estatais à Constituição.

b) consolidação do Estado Mínimo.

c) vinculação do legislador à Constituição.

d) afirmação do princípio da soberania popular.

114. (ESAF/Técnico MPU/2004) Como decorrência da adoção do princípio do Estado Democrático de Direito, temos o princípio da independência do juiz, cujo conteúdo relaciona-se, entre outros aspectos, com a previsão constitucional de garantias relativas ao exercício da magistratura.

115. (CESPE/Delegado - PF/1997) No Estado democrático de direito, a lei tem não só o papel de limitar a ação estatal como também a função de transformação da sociedade

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116. (MPE-RS/MPE-RS/2009) O direito do Estado Democrático de Direito assume uma característica nitidamente transformadora da sociedade.

117. (FAPEU/Técnico TRE-SC/2002) O Estado Democrático de Direito possui os seguintes fundamentos:

a) a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, a fidelidade partidária;

b)a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, o pluralismo político;

c) a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, o desenvolvimento nacional, a fidelidade partidária;

d)a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, a filiação partidária, o valor social do trabalho.

118. (FCC/Técnico Judiciário-TRE-SP/2012) O mecanismo pelo qual os Ministros do Supremo Tribunal Federal são nomeados pelo Presidente da República, após aprovação da escolha pelo Senado Federal, decorre do princípio constitucional da:

a) separação de poderes

b) soberania

c) inafastabilidade do Poder Judiciário

d) cidadania

e) solução pacífica dos conflitos

119. (FCC/TJAA-TRT-SP/2008) A função do Vice-Presidente da República de substituir o Presidente da Republica impedido do exercício do cargo é classificada como

a) típica de ordem constitucional.

b) atípica de ordem legal.

c) objetiva de ordem legal.

d) objetiva de ordem mandamental.

e) analítica de ordem mandamental.

120. (FCC/TCE-SP/2011) Considera-se função atípica do Poder Executivo, sob a ótica do princípio da separação de poderes, a previsão constitucional segundo a qual compete ao Presidente da República

a) vetar e sancionar projetos de lei.

b) suspender a eficácia de lei declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal.

c) editar decretos e regulamentos para a execução de leis.

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d) nomear Ministros do Supremo Tribunal Federal, após arguição pelo Congresso Nacional.

e) editar leis delegadas e medidas provisórias.

121. (FCC/Assistente - TCE - AM/2008) O Estado Unitário é incompatível com o príncipio da separação de poderes.

122. (FCC/Assistente - TCE - AM/2008) A monarquia absoluta é incompatível com o príncipio da separação de poderes.

123. (FCC/Defensor Público/2006) A teoria dos checks and balances prevê que a cada função foi dado o poder para exercer um grau de controle direto sobre as outras, mediante a autorização para o exercício de uma parte, embora limitada, das outras funções (Certo/Errado).

124. (FCC/AJAJ-TRT3ª/2005 - Adaptada) O princípio da independência e harmonia entre os Poderes figura entre os princípios constitucionais fundamentais, tendo merecido um tratamento segundo o qual:

a) nenhum dos Poderes poderá exercer funções típicas dos demais.

b) a separação dos Poderes goza da garantia reforçada de ser uma cláusula pétrea da Constituição.

c) não será obrigatório que nenhum Poder preste contas de seus atos a outro dos Poderes.

d) a nomeação de membros de um dos Poderes não poderá depender da aprovação de outro Poder.

125. (CESPE/ Analista de Infraestrutura - MP/2012) O princípio da separação dos Poderes adotado no Brasil pode ser caracterizado como rígido, uma vez que todos os Poderes da República exercem apenas funções típicas. 126. (CESPE/PGE-AL/2008) O poder soberano é uno e indivisível e emana do povo. A separação dos poderes determina apenas a divisão de tarefas estatais, de atividades entre distintos órgãos autônomos. Essa divisão, contudo, não é estanque, pois há órgãos de determinado poder que executam atividades típicas de outro.

127. (CESPE/PGE-AL/2008) Para a moderna doutrina constitucional, cada um dos poderes constituídos exerce uma função típica e exclusiva, afastando o exercício por um poder de função típica de outro.

128. (CESPE/PGE-AL/2008) A cada um dos poderes foi conferida uma parcela da autoridade soberana do Estado. Para a convivência harmônica entre esses poderes existe o mecanismo de controles recíprocos (checks and balances). Esse mecanismo, contudo, não chega ao ponto de autorizar a instauração de processo administrativo

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disciplinar por órgão representante de um poder para apurar a responsabilidade de ato praticado por agente público de outro poder.

129. (ESAF/AFRFB/2012) Uma Assembleia Legislativa de um dos Estados da Federação brasileira acolheu proposta de um dos seus deputados e emendou a Constituição Estadual, estabelecendo que o governador do Estado, na hipótese de viagem ao exterior, necessitaria de autorização prévia do Legislativo estadual, sempre que esse deslocamento ao exterior ultrapassasse o prazo de 7 (sete) dias. Considerando o enunciado, assinale a opção correta. a) A emenda implementada na Constituição estadual é constitucional sob qualquer ponto de vista, inclusive porque, dentro da autonomia legislativa do Estado, em alterar sua própria Constituição. b) A emenda é constitucional no âmbito da autonomia estadual, entretanto, somente pode ser considerada efetiva após a sanção do governador do Estado, considerando que sem ela o processo legislativo não se completa. c) A emenda é inconstitucional porque a Proposta de Emenda não poderia ser de autoria do deputado, e sim do governador, na medida em que se trata de tema que diz respeito a essa autoridade. d) A emenda é inconstitucional porque contraria o princípio da simetria constitucional, estabelecendo norma mais rígida do que aquela que a Constituição Federal estabelece para o Presidente da República, em casos de viagem ao exterior. e) A emenda é inconstitucional porque viola uma cláusula pétrea comum às Constituições estaduais. 130. (ESAF/CGU/2004) O poder político de um Estado é composto pelas funções legislativa, executiva e judicial e tem por características essenciais a unicidade, a indivisibilidade e a indelegabilidade.

131. (ESAF/ATA-MF/2009) A divisão funcional do poder é, mais precisamente, o próprio federalismo.

132. (ESAF/AFT/2006) Segundo a doutrina, "distinção de funções do poder" e "divisão de poderes" são expressões sinônimas e, no caso brasileiro, é um dos princípios fundamentais da República Federativa do Brasil.

133. (ESAF/AFTE-RN/2005) A adoção do princípio de separação de poderes, inspirado nas lições de Montesquieu e materializado na atribuição das diferentes funções do poder estatal a órgãos diferentes, afastou a concepção clássica de que a unidade seria uma das características fundamentais do poder político.

134. (ESAF/MRE/2004) O exercício de uma das funções do poder político do Estado por um determinado órgão se dá sob a forma de exclusividade, com vistas à preservação do equilíbrio no exercício desse poder.

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135. (ESAF/MRE/2004) É característica fundamental do poder político do Estado ser ele divisível, o que dá origem às três funções que serão atribuídas a diferentes órgãos.

136. (ESAF/AFC-STN/2005) A função executiva, uma das funções do poder político, pode ser dividida em função administrativa e função de governo, sendo que esta última comporta atribuições políticas, mas não comporta atribuições co-legislativas.

137. (ESAF/Analista Jurídico-SEFAZ-CE/2007) A Constituição Federal de 1988 prevê independência e harmonia entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Logo, se o Poder Judiciário determinar que algum órgão administrativo adote providências em virtude de decisão judical, estaria o Poder Judiciário ferindo o princípio da independência dos poderes.

138. (ESAF/Auditor Fiscal do Trabalho – MTE/2006) O exercício da função jurisdicional, uma das funções que integram o poder político do Estado, não é exclusivo do Poder Judiciário.

139. (ESAF/MRE/2004) O princípio da separação de poderes, previsto no art. 2º, da Constituição Federal, assegura a independência absoluta entre o Poder Legislativo, o Poder Executivo e o Poder Judiciário.

140. (ESAF/ATA-MF/2009) Aristóteles apresenta as funções do Estado em deliberante, executiva e judiciária, sendo que Locke as reconhece como: a legislativa, a executiva e a federativa.

141. (ESAF/ATA-MF/2009) Montesquieu abria exceção ao princípio da separação dos poderes ao admitir a intervenção do chefe de Estado, pelo veto, no processo legislativo.

142. (FCC/Executivo Público – Casa Civil/2010) Os princípios da independência e do desenvolvimento nacional, da justiça social e o de não discriminação, dizem respeito aos princípios relativos à

a) organização da sociedade.

b) comunidade internacional.

c) prestação positiva do Estado.

d) forma de governo e organização dos poderes.

e) existência, forma e estrutura do tipo de Estado.

143. (CESGRANRIO/Advogado - Petrobrás/2008) De acordo com a doutrina, os princípios constitucionais fundamentais estabelecidos no Título I da Constituição Federal de 1988 podem ser discriminados em princípios relativos (i) à existência, forma e tipo de Estado; (ii) à forma de governo; (iii) à organização dos Poderes; (iv) à organização da sociedade; (v) à vida política; (vi) ao regime democrático; (vii) à prestação positiva do Estado e (viii) à comunidade internacional. Adotando essa classificação, é exemplo

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típico de princípio fundamental relativo à forma de governo o princípio:

a) federalista.

b) republicano.

c) de soberania.

d) do pluralismo político.

e) do Estado Democrático de Direito.

144. (FCC/DPU-SP/2009) Em relação aos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil previstos no artigo 3o da Constituição Federal, considere as seguintes afirmações:

I. São reveladores de uma axiologia, uma antevisão de um projeto de sociedade mais justa esposado pelo constituinte.

II. Vem enunciados em forma de ação verbal (construir, erradicar, reduzir, promover), que implicam a necessidade de um comportamento ativo pelos que se acham obrigados à sua realização.

III. Como possuem enunciado principialista e generalista não possuem valor normativo, daí porque o estado brasileiro descumpre-os sistematicamente.

IV. O repúdio ao terrorismo e racismo está dentre os objetivos mais importantes, pois respalda outra normaregra objetiva que é a dignidade da pessoa humana.

V. Além de outras normas constitucionais, encontramos vários instrumentos e disposições para efetivação dos objetivos nos títulos que tratam da ordem econômica e da ordem social.

Estão corretas SOMENTE

a) I, II e IV.

b) I, II e V.

c) I, IV e V.

d) II, III e IV.

e) III, IV e V.

145. (FCC/DPE-SP/2009) Assinale a afirmativa correta.

a) Nosso federalismo prevê a atuação do poder constituinte derivado decorrente, por meio de instituições que correspondam à idéia centralizadora de afirmação do estado que atua em bloco único.

b) A teoria da 'tripartição de poderes' confirma o princípio da indelegabilidade de atribuições, por isso qualquer exceção, mesmo advinda do poder constitucional originário, deve ser considerada inconstitucional.

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c) O princípio do pluralismo político refere-se à ideologia unitária da preferência político-partidária, já que nesse terreno é imperativa a aplicação da reserva da constituição.

d) Nas relações internacionais aplica-se o princípio constitucional da intervenção, com repúdio ao terrorismo e defesa da paz, além da solução pacífica dos conflitos.

e) O princípio republicano, que traduz a maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e a relação entre governantes e governados, mantém-se na ordem constitucional mas hoje não mais protegido formalmente contra emenda constitucional.

146. (CESPE/Analista Adm. - MPU/2010) A dignidade da pessoa humana, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, apresenta-se como direito de proteção individual em relação ao Estado e aos demais indivíduos e como dever fundamental de tratamento igualitário dos próprios semelhantes.

147. (CESPE/Analista Judiciário - TJRJ/2008) Acerca dos princípios fundamentais da CF, julgue os itens a seguir.

I A República é uma forma de Estado.

II A federação é uma forma de governo.

III A República Federativa do Brasil admite o direito de secessão, desde que esta se faça por meio de emenda à CF, com três quintos, no mínimo, de aprovação em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos.

IV São poderes da União, dos estados e do DF, independentes e harmônicos, o Legislativo, o Judiciário e o Executivo.

V A expressão "Estado Democrático de Direito", contida no art. 1.º da CF, representa a necessidade de se providenciar mecanismos de apuração e de efetivação da vontade do povo nas decisões políticas fundamentais do Estado, conciliando uma democracia representativa, pluralista e livre, com uma democracia participativa efetiva.

A quantidade de itens certos é igual a

a) 1.

b) 2.

c) 3.

d) 4.

e) 5.

148. (ESAF/AFC-CGU/2006) Sobre os princípios fundamentais na Constituição Federal de 1988, assinale a única opção correta.

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a) Não é elemento essencial do princípio federativo a existência de dois tipos de entidade - a União e as coletividades regionais autônomas.

b) Rege a República Federativa do Brasil, em suas relações internacionais, o princípio da livre iniciativa.

c) O pluralismo político, embora desdobramento do princípio do estado Democrático de Direito, não é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil.

d) O princípio republicano tem como características essenciais: a eletividade, a temporariedade e a necessidade de prestação de contas pela administração pública.

e) É um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, expresso no texto constitucional, a garantia do desenvolvimento nacional e a busca da auto-suficiência econômica.

CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ

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GABARITO:

1 Correto 31 Errado 61 Correto 91 Correto 121 Errado 2 Errado 32 Correto 62 Errado 92 Correto 122 Correto 3 A 33 D 63 Errado 93 B 123 Correto 4 D 34 D 64 Errado 94 Correto 124 B 5 D 35 Errado 65 B 95 Correto 125 Errado 6 E 36 Errado 66 Errado 96 Errado 126 Correto 7 E 37 Errado 67 D 97 Errado 127 Errado 8 E 38 E 68 Errado 98 Errado 128 Correto 9 E 39 B 69 A 99 D 129 D

10 B 40 D 70 Errado 100 Errado 130 Correto 11 B 41 B 71 Errado 101 Errado 131 Errado 12 C 42 D 72 Errado 102 Errado 132 Errado 13 E 43 D 73 Correto 103 Correto 133 Errado 14 C 44 E 74 Errado 104 A 134 Errado 15 C 45 B 75 Errado 105 E 135 Errado 16 B 46 B 76 Correto 106 Correto 136 Errado 17 B 47 D 77 Errado 107 Correto 137 Errado 18 Correto 48 B 78 Errado 108 Errado 138 Correto 19 Errado 49 Correto 79 Correto 109 Errado 139 Errado 20 Errado 50 D 80 Errado 110 Errado 140 Correto 21 Correto 51 E 81 Errado 111 Errado 141 Correto 22 Correto 52 Correto 82 Errado 112 Correto 142 C 23 Errado 53 Errado 83 Errado 113 B 143 B 24 Errado 54 Correto 84 Errado 114 Correto 144 B 25 Errado 55 Errado 85 Correto 115 Correto 145 E 26 Correto 56 Errado 86 Correto 116 Correto 146 Correto 27 Errado 57 Errado 87 Correto 117 B 147 A 28 Correto 58 Errado 88 Errado 118 A 148 D 29 Errado 59 Errado 89 Errado 119 A 30 Errado 60 Correto 90 Correto 120 E