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LÍNGUA PORTUGUESA P/ MPE - RJ - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR DÉCIO TERROR Aula 4 Coesão e coerência; Reescrita de textos: síntese, ampliações, uso dos conectivos, discurso direto e indireto; Olá, pessoal! Primeiramente, gostaria de informar a todos que tive de trocar o arquivo da aula 2, por um erro meu de digitação da última folha, no quadro dos gabaritos. Somente isso foi modificado, ok!!! Coerência e coesão Coerência: é o resultado de articuladores no texto que transmitem a harmonia de pensamento. A coerência é pautada na lógica, com produção de sentido possível. A ruptura desta lógica ocorrerá por desvio do uso desses articuladores. Por exemplo: Se estou em dificuldades financeiras e necessito de um veículo para me locomover ao trabalho, há lógica em comprar um carro de luxo? Certamente, não! Então, se uma agência me oferece um veículo novo, pela lógica financeira em que me encontro, devo recusar, pois não terei como pagar. No texto, a coerência é a utilização de articuladores que mantenham a lógica. A incoerência ocorre quando o produtor do texto, por desconhecimento ou até mesmo intencionalmente, utiliza marcadores linguísticos inconvenientes ao resultado esperado. Por exemplo: Faço faculdade, mas aprendo muito. O enunciado "Faço faculdade" nos transmite a ideia de estudo, o que nos levaria à conclusão de que naturalmente aprenderíamos muito neste ambiente do saber. Não caberia, então, na relação entre esses dois enunciados, a conjunção "mas", por transmitir valor de oposição, contraste. Tendo em vista manter a coerência nos argumentos, o ideal neste contexto seria a conjunção "portanto", "logo", pois transmitiria um resultado esperado. Essa incoerência pode ter ocorrido porque o autor desconhecia o valor do conectivo "mas". Então teríamos um vício na linguagem. Mas essa incoerência poderia ter sido proposital, pois a intenção do autor seria justamente a de criticar o ensino nas faculdades. Diante desse novo contexto, percebemos que a frase passa, agora, a ter coerência. Resumindo, percebemos que a coerência se baseia na lógica, na harmonia dos elementos linguísticos em seu contexto. A incoerência, portanto, será o rompimento dessa lógica. Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br LÍNGUA PORTUGUESA P/ MPE - RJ (TEORIA E EXERCÍCIOS) 1

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Aula 4

Coesão e coerência; Reescrita de textos: síntese, ampliações, uso dos conectivos, discurso direto e indireto;

Olá, pessoal! Primeiramente, gostaria de informar a todos que tive de trocar o arquivo

da aula 2, por um erro meu de digitação da última folha, no quadro dos gabaritos.

Somente isso foi modificado, ok!!!

Coerência e coesão

Coerência: é o resultado de articuladores no texto que transmitem a harmonia de pensamento. A coerência é pautada na lógica, com produção de sentido possível. A ruptura desta lógica ocorrerá por desvio do uso desses articuladores.

Por exemplo:

Se estou em dificuldades financeiras e necessito de um veículo para me locomover ao trabalho, há lógica em comprar um carro de luxo?

Certamente, não!

Então, se uma agência me oferece um veículo novo, pela lógica financeira em que me encontro, devo recusar, pois não terei como pagar.

No texto, a coerência é a utilização de articuladores que mantenham a lógica. A incoerência ocorre quando o produtor do texto, por desconhecimento ou até mesmo intencionalmente, utiliza marcadores linguísticos inconvenientes ao resultado esperado. Por exemplo:

Faço faculdade, mas aprendo muito.

O enunciado "Faço faculdade" nos transmite a ideia de estudo, o que nos levaria à conclusão de que naturalmente aprenderíamos muito neste ambiente do saber. Não caberia, então, na relação entre esses dois enunciados, a conjunção "mas", por transmitir valor de oposição, contraste. Tendo em vista manter a coerência nos argumentos, o ideal neste contexto seria a conjunção "portanto", "logo", pois transmitiria um resultado esperado.

Essa incoerência pode ter ocorrido porque o autor desconhecia o valor do conectivo "mas". Então teríamos um vício na linguagem. Mas essa incoerência poderia ter sido proposital, pois a intenção do autor seria justamente a de criticar o ensino nas faculdades.

Diante desse novo contexto, percebemos que a frase passa, agora, a ter coerência.

Resumindo, percebemos que a coerência se baseia na lógica, na harmonia dos elementos linguísticos em seu contexto. A incoerência, portanto, será o rompimento dessa lógica.

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Coesão: é o elemento que faz as ligações entre as palavras do texto para gerar a coerência entre os argumentos.

Assim, no exemplo anterior, vimos que a conjunção "mas", numa primeira leitura, traria incoerência. Essa conjunção é o elemento coesivo, e sua utilização gera a coerência ou não nos argumentos, dependendo sempre do contexto. Portanto, a coerência é o resultado da boa utilização dos elementos de coesão.

Normalmente, dizemos que a coesão está no plano gramatical (o uso das palavras) e a coerência está no plano dos sentidos (a interpretação dos elementos coesivos no plano do texto, dos argumentos).

Vários são os mecanismos de coesão. Eles podem ligar palavras ou orações (coesão sequencial) ou ser elemento de referência a algo expresso anteriormente (coesão referencial).

Vamos a eles!!!!

1. Coesão seqüencial

As conjunções representam este tipo de coesão. Vejamos primeiramente as conjunções coordenadas:

1.1. Conjunções coordenadas:

1.1.1. Aditivas: servem para somar termos, encadear enumeração dentro de uma lógica. As principais são: e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como também, senão também, tanto...como.

Ex.: Ele caminha e corre todos os dias. Ele não caminha nem corre. Josefina não trabalha, tampouco estuda. Ele não só ajuda financeiramente, mas também aconselha os amigos.

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Questão 1: (IBGE / 2007 / Técnico) Fragmento do texto:

Segundo também leio, ele conta com a assistência de um advogado, mas, ao que parece, não tem direito a fiança e não pode explicar suas ações e certamente teve pedidos de habeas corpus indeferidos — porque ninguém fala cachorrês com a necessária fluência para um evento dessa magnitude.

Tampouco sei se a prisão é arbitrária, apesar de ser verdade, segundo testemunhas, que ele mordeu alguém, que deu queixa em juízo. (...) Em "Tampouco sei se a prisão é arbitrária", a parte em destaque pode ser substituída, sem alteração de sentido, por:

(A) Também não sei se ... (B) Apenas sei que ... (C) Mal sei se ... (D) Sei tão pouco que ... (E) Sei tanto que ... Comentário: "Tampouco" é um conectivo coordenado aditivo, o qual significa "também não", "e não", "nem" etc. Por isso, a alternativa correta é "A". Gabarito: A

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Questão 2: Metrô 2008 Superior Não apenas a construção, mas também a operação das ferrovias dependeu de subsídios estatais.

O sentido correto da afirmativa acima está, em outras palavras, em:

(A) Não apenas a construção, nem também a operação das ferrovias dependeram de subsídios estatais. (B) Tanto a construção quanto a operação das ferrovias dependeram de subsídios estatais. (C) Não era apenas a construção, mas somente a operação das ferrovias que dependeu de subsídios estatais. (D) Não foi apenas a construção, nem a operação das ferrovias, que dependeram de subsídios estatais. (E) Apenas a construção, e não somente a operação das ferrovias, dependeu de subsídios estatais. Comentário: A expressão correlativa "não só...mas também" tem o mesmo sentido de "tanto quanto". Ela marca a adição de duas ideias: construção e operação das ferrovias. Por isso, a correta é a alternativa (B).

As outras construções não marcam a ideia de adição. Veja que, na alternativa (A), "Não...nem" negam a dependência; na (C), somente a operação dependeu... ; na (D), há o mesmo sentido da alternativa (A); na (E), apenas a construção dependeu... Gabarito: B

Questão 3: BNDES Superior 2005 Uma creche de São Paulo mandou fazer uma faixa - colocada na fachada do prédio - com os seguintes dizeres:

"Ame-os e deixe-os!". Sobre os dizeres contidos nessa faixa, só NÃO se pode dizer que:

(A) há uma aparente contradição lógica entre os termos do período; (B) os dizeres recordam uma frase da época do "milagre brasileiro": "Brasil,

ame-o ou deixe-o!"; (C) a conjunção "e" substitui uma esperada conjunção "mas"; (D) o pronome "os" refere-se a "filhos"; (E) a creche reconhece a impossibilidade de amar como os pais. Comentário: Como a questão pediu a errada, perceba que as alternativas (A), (B), (C) e (D) são altamente pertinentes e interpretam a intenção do cartaz; já a alternativa (E) realmente é a errada, pois, se inseriram os dizeres "Ame-os e deixe-os" para transmitirem credibilidade aos profissionais da creche, naturalmente esses reconhecem a possibilidade de tratar tão bem como os pais: amar como os pais. Gabarito: E

Questão 4: (BNDES / 2009 / Superior) Fragmento do texto: Conclui-se, então, que o gerenciamento do estresse passa pelo desenvolvimento pessoal, além de programas efetivos de qualidade de vida no trabalho. Isso porque os custos do estresse não afetam apenas a Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 3

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saúde do trabalhador, mas, também, o bolso do empregador.

Reescrevendo a oração "Isso porque os custos do estresse não afetam apenas a saúde do trabalhador", o sentido NÃO se altera em: (A) Porque a saúde do trabalhador é afetada não apenas por isso mas também pelos custos do estresse. (B) Isso porque os custos apenas do estresse não afetam a saúde do trabalhador. (C) Isso porque somente a saúde do trabalhador não é afetada pelos custos do estresse. (D) Isso porque apenas os custos do estresse não afetam a saúde do trabalhador. (E) Isso porque não somente a saúde do trabalhador é afetada pelos custos do estresse. Comentário: Perceba que a estrutura "não...apenas...mas também..." transmite valor coordenado aditivo; assim se somam a saúde do trabalhador e o bolso dele. Essa ideia de adição só cabe à alternativa (E). Veja: Isso porque não somente a saúde do trabalhador é afetada pelos custos do estresse... mas, também, o bolso do empregador. Gabarito: E

Questão 5: (PROMINP / 2010 / Superior) Fragmento do texto: A cidade pode estar em velocidade máxima, os carros zunindo pela avenida, pessoas correndo de um lado para o outro nas ruas, e então surge aquela espaçonave branca atravessando o céu, seja decolando ou aterrissando, num ritmo tão lento que custamos a acreditar que consiga se manter no ar sem despencar. Não despencam. Nem disparam. Mantêm-se em slow. Planam, como pássaros que também são. Na linha argumentativa do texto, a opção cuja expressão corresponde, semanticamente, ao conector destacado em "Nem disparam.", é

(A) deste modo. (B) sem que. (C) até mesmo. (D) no entanto. (E) e sequer. Comentário: O conectivo "Nem" inicia um período coordenado ao outro, somando uma ideia de negação (não disparar) à primeira (não despencar). Assim, a expressão "e sequer" corresponde à ideia de adição, por uso da conjunção aditiva "e", e o vocábulo "sequer" transmite ideia de "também não", "tampouco", reforçando o valor de negação. Por isso, a alternativa E é a correta. Gabarito: E

1.1.2. Adversativas: exprimem contraste, oposição, ressalva, compensação.

As principais são: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.

Além delas, há outras palavras que, em determinado contexto, passam a valor adversativo e podem iniciar este tipo de oração, tais como senão, ao

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passo que, antes (=pelo contrário), já, não obstante, apesar disso, em todo caso. Há uma diversidade de vocábulos que transmitem o valor adversativo; por isso é importante entender a oposição e não apenas memorizar as conjunções.

Ex.: Estudou muito, mas não passou. Ele teve aumento salarial, porém não quis continuar na empresa. Estude bastante o conteúdo específico, todavia não se desligue dos conhecimentos básicos. Não desmatar é importante, no entanto não é a única solução para a sustentabilidade do planeta. O rico esbanja gastos desnecessários, já o pobre só quer sobreviver.

Questão 6: MPE RJ Superior 2007 Ainda há uma dificuldade em relacionar os problemas ambientais aos

nossos hábitos de consumo cotidianos. Quando compramos uma roupa, não pensamos nos agrotóxicos usados na plantação de algodão ou no trabalho escravo encontrado nas fazendas.

Entretanto, se queremos justiça social e preservação da natureza, vamos ter de mudar nossos hábitos de consumo. A palavra "entretanto", que inicia um dos parágrafos, foi empregada para introduzir:

(A) a exemplificação de uma idéia a partir de um novo argumento; (B) a contraposição a ser estabelecida entre uma solução e um problema; (C) o reforço de uma opinião polêmica anteriormente defendida; (D) a confirmação de uma idéia sugerida no parágrafo anterior; (E) a negação de uma tese contrária à que está sendo defendida. Comentário: Vimos que a conjunção coordenada adversativa transmite valor de oposição, contraste ou ressalva. Assim, entendemos que houve uma contraposição entre uma solução ("se queremos justiça social e preservação da natureza, vamos ter de mudar nossos hábitos de consumo") e um problema ("Quando compramos uma roupa, não pensamos nos agrotóxicos usados na plantação de algodão ou no trabalho escravo encontrado nas fazendas"). Por isso, a alternativa correta é a (B). Gabarito: B

Questão 7: (SECAD / 2009 / Superior) Em "As visitas no hospital acontecem em média duas vezes por mês, mas o grupo pretende expandir a periodicidade das visitas.", o conectivo destacado só NÃO pode ser substituído, devido a alterar o sentido original, por:

(A) não obstante. (B) no entanto. (C) todavia. (D) contudo. (E) porquanto. Comentário: A conjunção "mas" é coordenada adversativa, assim como "não obstante", "no entanto", "todavia", "contudo". Somente a conjunção "porquanto" tem valor diferente: explicação. Gabarito: E

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Questão 8: (BNDES / 2010 / Superior) Fragmento do texto: "Só existem dois dias em que nada pode ser feito: um se chama ontem e o outro amanhã" - Dalai Lama. Início de ano é sempre a mesma coisa: "Este ano vou emagrecer", "Este ano vou arranjar um bom trabalho", "Este ano vou achar o amor da minha vida", este ano, este ano... e por aí vai. Vale tudo (ou quase tudo): roupa branca, pular sete ondas, comer lentilha, se consultar com cartomantes, tarólogos, astrólogos que podem até nos dar uma previsão. Contudo, mais que prever o futuro é preciso concebê-Jo! "Contudo, mais que prever o futuro...". Na linha argumentativa do texto, qual o conector que substitui, sem alteração de sentido, o destacado acima e que relação ele estabelece entre o enunciado que introduz e o anterior?

(A) não obstante - oposição. (B) por isso - conclusão. (C) porquanto - explicação. (D) de modo que - consequência. (E) enquanto - tempo. Comentário: Na lista de conjunções coordenativas, vimos a conjunção "contudo" como adversativa. A expressão "não obstante" também transmite esse valor. Veja como as outras conjunções estão bem fora do sentido de "contudo". Gabarito: A

1.1.3. Alternativas: a conjunção alternativa é por excelência "ou", sozinha ou repetida em cada uma das orações. Veja as principais conjunções:

ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer.

Ex.: Faça sua parte, ou procure outro trabalho.

Muitas vezes se cobra, além do valor alternativo, a noção de inclusão ou exclusão entre substantivos ou adjetivos.

Inclusão:

João ou Pedro são bons candidatos. (valor de inclusão)

Há alternativa de inclusão quando se mostra que, independente de qual dos termos, os dois possuem tal característica: Tanto João quanto Pedro possuem as características de bons candidatos.

Exclusão:

João ou Pedro ganhará a presidência do clube. (valor de exclusão)

Um termo exclui o outro automaticamente. Se João ganhar, excluirá Pedro e vice-versa.

Há outros vocábulos de diferentes classes gramaticais que cumprem valor conjuntivo indicando alternância, como ora...ora, já...já, quer...quer, seja...seja, bem...bem. Eles devem ser duplos e iniciar cada uma das orações alternativas.

Ora narrava, ora comentava.

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Questão 9: BNDES Superior 2005 Na frase "Ou vai ou racha!", a conjunção OU tem o mesmo valor significativo que apresenta na seguinte frase:

(A) O turista compreendia inglês ou francês com facilidade; (B) As vaias ou os aplausos não perturbaram o presidente; (C) O empregado faz o que deve ou perde o emprego; (D) Na hora da premiação, chorava ou ria; (E) Morávamos no segundo ou no terceiro andar. Comentário: A conjunção alternativa tem o valor de exclusão na frase "Ou vai ou racha!". A única alternativa que possui valor também de exclusão é a (C), pois entendemos que o empregado deve escolher apenas uma das duas ações.

Já as demais alternativas possuem valor de inclusão, isto é, tanto faz uma ação ou outra. Gabarito: C

Questão 10: Sec Edu SP 2010 Superior Fragmento do Texto: Quatro ou cinco cavalheiros debatiam, uma noite, várias questões de alta transcendência, sem que a disparidade dos votos trouxesse a menor alteração aos espíritos. A casa ficava no morro de Santa Teresa, a sala era pequena, alumiada a velas, cuja luz fundia-se misteriosamente com o luar que vinha de fora. Entre a cidade, com as suas agitações e aventuras, e o céu, em que as estrelas pestanejavam, através de uma atmosfera límpida e sossegada, estavam os nossos quatro ou cinco investigadores de coisas metafísicas, resolvendo amigavelmente os mais árduos problemas do universo. Por que quatro ou cinco? Rigorosamente eram quatro os que falavam; mas, além deles, havia na sala um quinto personagem, calado, pensando, cochilando, cuja espórtula no debate não passava de um ou outro resmungo de aprovação. O autor utiliza-se da conjunção ou, na expressão quatro ou cinco, que se repete ao longo do texto. Com essa conjunção o autor quis expressar:

(A) alternância entre os elementos. (B) equívoco. (C) comparação entre os elementos. (D) dúvida. (E) redução de um dos elementos. Comentário: Se o candidato não lesse o texto, teria marcado a alternativa (A), pois a banca induziu a isso, colocando na primeira alternativa. Mas veja que "alternância entre os elementos" supõe uma exclusão de um termo em relação ao uso do outro. E não foi esse o caso deste contexto. O autor diz que eram quatro ou cinco, sem uma precisão, e, no final, ele diz por que há essa imprecisão. Não sabe se conta ou não aquele que estava cochilando. Note que ele sabe quantos havia na sala, mas houve a imprecisão quanto à efetividade da participação deste quinto participante. Portanto, houve dúvida. Gabarito: D

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1.1.4. Conclusivas: são muito utilizadas em textos dissertativos, como resultado de um fato originário, fechamento de argumento conclusivo e dedução. As principais são: logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada depois do verbo), por isso, então, assim, em vista disso.

Ex.: Ele se manteve organizado, logo teve êxito nas tarefas. O Brasil vem exportando muito, portanto está crescendo economicamente. Joaquim trabalhou duro; terminou, pois, sua casa própria. Realizamos muitos exercícios, por conseguinte a prova foi fácil. Estudou, então passou.

Questão 11: (Petrobras / 2010 / Técnico) "Portanto, plante você mesmo seu jardim...".

O conector que NÃO pode substituir o destacado na passagem acima, por provocar alteração de sentido, é

(A) logo. (B) então. (C) todavia. (D) assim. (E) por conseguinte. Comentário: A conjunção "Portanto" tem valor conclusivo, bem como "logo", "então", "assim", "por conseguinte". A única conjunção de valor diferente é "todavia", que tem valor adversativo. Gabarito: C

Questão 12: (REFAP / 2007 / Superior) Fragmento do texto:

Ser aceito é ser percebido antes de ser entendido. É ser acolhido antes de ser querido. É ser recebido antes de ser conhecido. É ser experimentado antes da experiência. É, pois, um estado de compreensão prévia, que abre caminho para uma posterior concordância ou discordância, sem perda do afeto natural por nossa maneira de ser. "É, pois, um estado de compreensão prévia". Assinale a opção em que o

vocábulo destacado tem o mesmo valor semântico que o do destacado na passagem acima.

(A) Ele é tão irreverente que chega a ser mal educado. (B) Como disse a verdade, não foi punido. (C) Você foi injusto com seu amigo; deve, portanto, desculpar-se com ele. (D) Não veio à reunião, pois estava acamado. (E) Fiquei atento porque você será chamado a seguir. Comentário: A conjunção "pois", quando se encontra deslocada, tem valor de conclusão. A conjunção "portanto" é a única com esse valor. Na sequência das alternativas, a conjunção "que" tem valor adverbial de consequência; a conjunção "Como" tem valor de causa; as conjunções "pois" e "porque" transmitem valor adverbial de causa. Gabarito: C

Questão 13: (BNDES / 2009 / Superior) Fragmento do texto:

Para chegar a esta conclusão foram analisados três fatores: as pressões e as demandas no trabalho, o nível de ansiedade (somática, comportamental

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e cognitiva) e o nível de tensão muscular e a satisfação profissional. Conclui-se, então, que o gerenciamento do estresse passa pelo

desenvolvimento pessoal, além de programas efetivos de qualidade de vida no trabalho. Em "Conclui-se, então, que o gerenciamento do estresse passa pelo desenvolvimento pessoal,", o conectivo destacado NÃO pode ser substituído, sem alteração de sentido, por:

(A) pois. (B) por conseguinte. (C) assim. (D) entretanto. (E) portanto. Comentário: A conjunção "então" está deslocada; por isso a conjunção "pois" está obrigatoriamente com valor de conclusão. Veja que outras três também possuem este valor: "por conseguinte", "assim", "portanto". Resta a conjunção "entretanto", que possui valor coordenado adversativo. Gabarito: D

1.1.5. Explicativas: iniciam termo que esclarece uma declaração anterior ou ameniza uma ordem. As principais conjunções são: porque, pois(anteposto ao verbo), porquanto, que.

Podem-se dividir as orações coordenadas explicativas em duas:

a) Esclarecimento de uma informação anterior:

Chorou muito, porque os olhos estão inchados.

Choveu durante a madrugada, pois o chão está alagado.

Era uma criança estudiosa, porquanto sempre tirava boas notas.

b) Amenização de uma ordem:

Volte logo, que vai chover.

Nesse tipo de oração, o sinal de dois-pontos também é elemento coesivo. Assim, dependendo do contexto, podemos substituir a conjunção que traduz o valor explicativo pelo sinal de dois-pontos. Veja os exemplos:

Ele não foi à casa dos pais pois sua aparência de esgotamento os preocuparia.

A conjunção "pois" pode ser substituída por dois-pontos. Veja:

Ele não foi à casa dos pais: sua aparência de esgotamento os preocuparia.

Questão 14: (TRT 23 R 2007 Técnico) Fragmento do texto: A integração europeia representa o inédito na vida internacional. É uma resposta historicamente distinta de qualquer outra no trato dos três conhecidos problemas inerentes à dinâmica do funcionamento do sistema internacional, no qual paz e guerra se alternam. Com efeito, a Europa que se constituiu a partir do Tratado de Roma logrou: 1) captar e levar adiante o interesse comum; 2) administrar as desigualdades do poder; e 3) mediar e dirimir pacificamente controvérsias e conflitos de valores. ... logrou: 1) captar e levar adiante o interesse comum; 2) administrar as desigualdades do poder; e 3) mediar e dirimir pacificamente controvérsias e conflitos de valores.

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Os dois-pontos introduzem, considerando-se o contexto, (A) citação exata de anotações em documentos referentes ao assunto. (B) segmento enumerativo e explicativo, importante para dar continuidade à explanação das ideias. (C) repetição, com detalhes necessários, de um dado anteriormente apontado. (D) gradação na seqüência dos itens, para assinalar a importância maior do seguinte em relação ao anterior. (E) condição importante no desenvolvimento, como justificativa das medidas citadas anteriormente. Comentário: Perceba o emprego dos dois-pontos. Neste caso, há uma enumeração de ações, com verbos no infinitivo, as quais explicam o "trato dos três conhecidos problemas". Por isso, a alternativa B é a correta. Gabarito: B

Questão 15: AGU Superior 2006 Há um caminho simples: proibir. Há o caminho correto: educar. Pois cidadãos responsáveis e consumidores conscientes se forjam com informação. "Pois cidadãos responsáveis e consumidores conscientes se forjam com informação"; este terceiro período do primeiro parágrafo funciona como:

(A) justificativa do primeiro período; (B) explicação do segundo período; (C) causa do segundo período; (D) exemplificação do segundo período; (E) conclusão dos dois períodos anteriores. Comentário: A conjunção "Pois" explica o motivo de se afirmar que o caminho correto é educar: cidadãos responsáveis e consumidores conscientes se forjam com informação.

Poderíamos ter ficado na dúvida se haveria uma causa ou uma explicação. Mas perceba que o segmento iniciado pela conjunção "Pois" não é a origem de um problema, não é uma situação ou ação que ocorreu antes para seja causa de algo que seria o seu efeito. Simplesmente se afirmou algo que necessitou de uma explicação para ampliar o seu entendimento. Gabarito: B

Questão 16: (BACEN 2005 Analista) O requisito para que a máquina neoliberal funcione é mais refinado do que a venda dos mesmos sabonetes ou filmes para todos. Trata-se de alimentar um sonho infinito de perfectibilidade (...).

Entre os dois períodos acima, há uma conexão lógica que se manteria com a substituição do segmento sublinhado por

(A) para todos; assim como há a necessidade de (B) para todos? Não, já que se trata de (C) para todos? Sim, a despeito de consistir em (D) para todos, conquanto seja o caso de (E) para todos, pois consiste em Comentário: A estrutura coordenada é constituída de termos independentes.

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Neste caso, veja que o período "Trata-se de alimentar um sonho infinito de perfectibilidade..." está coordenado ao anterior, explicando-o. Há, assim, uma estrutura assindética. O que a banca quer é que você visualize que pode inserir uma conjunção para que a estrutura passe a sindética explicativa. Para tal, a conjunção cabível é "pois". Única, dentre as alternativas, com valor explicativo. Gabarito: E

Questão 17: (Petrobras / 2010 / Superior) Em "Não minta para você, essa é a forma mais rápida de se perder.", relacionando a 2a oração com a 1a, o conectivo que NÃO poderia introduzir a 2a oração, por provocar alteração do sentido inicial, é

(A) porquanto. (B) que. (C) pois. (D) logo. (E) porque. Comentário: Esse período é composto por coordenação, não havendo conjunção. Perceba que se pede a conjunção que transmita valor diferente. Veja que "porquanto", "que", "pois" e "porque" transmitem valor de explicação; mas a conjunção "logo" traz valor de conclusão. Por isso, a alternativa é a D. Gabarito: D

Questão 18: (FUNASA / 2009 / Superior)

A primeira frase do personagem pode ser lida como uma hipótese formulada a partir da fala que faz a seguir. Apesar de não estarem ligadas por um conectivo, pode-se perceber a relação estabelecida entre as duas orações. O conectivo que deve ser usado para unir essas duas orações, mantendo o sentido, é

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(A) embora. (B) entretanto. (C) logo. (D) se. (E) pois. Comentário: Note a fala do personagem, já com os ajustes pedidos na questão: Deveria ser a primeira, pois é o país que mais faz economia na saúde, educação, habitação... Gabarito: E

Questão 19: (REFAP / 2007 / Superior) Fragmento do texto:

Lorca interpela os que se beneficiam com esse sistema, investe contra a contabilidade deles: "Embaixo das multiplicações / há uma gota de sangue de pato. / Embaixo das divisões, há uma gota de sangue de marinheiro".

Acusa os detentores do poder e da riqueza de camuflarem a dura realidade social para fazê-la aparecer apenas como espaço de rudes entretenimentos e vertiginoso progresso tecnológico. Furioso, brada: "Cuspo-lhes na cara".

É possível que alguns aspectos da reação do poeta nos pareçam exagerados, unilaterais. Afinal, Nova York também é lugar de cultura, tem museus maravilhosos, encena peças magníficas, faz um excelente cinema, apresenta espetáculos musicais fantásticos. Em "Afinal, Nova York também é lugar de cultura", o termo destacado introduz um novo período, atribuindo a este, em relação ao anterior, a noção de:

(A) explicação. (B) conclusão. (C) finalização. (D) oposição. (E) condição Comentário: A palavra "afinal" tem valor de afinal de contas, finalmente, pensando bem". Perceba que, neste contexto, ele explica por que é possível considerar exagerada a reação do poeta: pois Nova York também é lugar de cultura. Para confirmar, basta substituirmos pela conjunção "porque" e refazer a leitura. Veja: É possível que alguns aspectos da reação do poeta nos pareçam exagerados, unilaterais, porque Nova York também é lugar de cultura... Gabarito: A

As orações coordenadas são chamadas de independentes. Isso porque geralmente elas não dependem umas das outras para fazerem sentido.

Assim, algumas vezes encontramos frases muito longas no texto e podemos reduzi-las por meio da separação dessas orações coordenadas. Portanto, é papel do elemento coesivo também reduzir o tamanho das frases, utilizando, para tal, a pontuação necessária.

Observe a questão abaixo:

Questão 20: (TRE - ES / 2011 / Técnico) Fragmento de texto: Octaciano Nogueira, em trabalho a respeito do tema, parte da premissa de que essa distorção "não é obra do regime militar, que, na verdade, se utilizou desse expediente, como de inúmeros outros, para reforçar a Arena, durante o bipartidarismo; sua origem remonta à Constituinte de 1890, quando, por sinal, o problema foi exaustivamente debatido; a partir

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daí, incorporou-se à tradição de nosso direito constitucional legislado, em todas as subsequentes constituições; e o princípio, portanto, estabelecido durante as fases democráticas sob as quais viveu o País e mantido sempre que se restaurou o livre debate, subsequente aos regimes de exceção, foi invariavelmente preservado, como ocorreu em 1946 e 1988."

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) Os três sinais de ponto e vírgula empregados neste parágrafo do texto poderiam ser substituídos, com correção, por ponto final, ajustando-se as iniciais maiúsculas nos novos períodos e suprimindo-se a conjunção "e" do segmento "e o princípio". Comentário: Veja que toda a estrutura se constitui de orações coordenadas, com isso os sinais de ponto e vírgula que demarcam pausas maiores (orações coordenadas) podem ser substituídos por ponto final. Note que cada oração (numerada abaixo) constitui um argumento a mais na composição do texto, por isso cabe a divisão em períodos.

Além disso, perceba que o último enunciado coordenado já está com a conjunção coordenativa conclusiva, o que permite a eliminação da conjunção "e". Veja:

©

Gabarito: C

Questão 21: ANAC Superior 2007 "Houve alguma confusão acerca do que estava errado na prática da "maquiagem". Uma empresa tem todo direito de diminuir, quando e quanto quiser, o volume contido na embalagem de seus produtos. O que estava errado na prática da "maquiagem", e que configura um desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor, era que as empresas mudaram os seus produtos sem avisar clara e antecipadamente o consumidor do que estavam fazendo."

Entre os três períodos desse parágrafo do texto, os conectores adequadamente empregados em lugar dos pontos seriam:

(A) pois - no entanto; (B) já que - embora; (C) visto que - apesar de; (D) porque - pois;

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(E) então - já que. Comentário: A conjunção "pois" iniciaria o segundo período, denotando uma explicação sobre a confusão acerca do que estava errado na prática da "maquiagem"; o conectivo "no entanto" inicia a oposição sobre as empresas mudarem os seus produtos sem avisar clara e antecipadamente o consumidor.

Por isso, a alternativa correta é a (A). Gabarito: A

1.2. Conjunções subordinadas adverbiais

Elas basicamente se dividem em 9.

1.2.1. Causais: exprimem causa, motivo, razão. Esta oração faz parte da estrutura causa-consequência, em que a origem ocorre temporalmente antes. E a consequência, por ser o resultado, ocorre depois. As principais conjunções causais são: porque, pois, que, como (quando a oração adverbial estiver antecipada), já que, visto que, desde que, uma vez que, porquanto, na medida em que, etc:

Estudo porque necessito. Como fazia frio, fechou as janelas. Já que estou cansado, vou descansar. Uma vez que estudou muito, foi aprovado.

Observações:

I - A conjunção se também pode transmitir valor de causa a orações que funcionam como base ou ponto de partida de um raciocínio, em construções como:

Se o estudo é o princípio do concurseiro, é imprescindível a organização de seu material de estudo.

Questão 22: MPE RJ Superior 2007 "Nossa sociedade é chamada 'sociedade de consumo' porque consumir se tornou uma atividade cotidiana".

Assinale a opção que NÃO mantém na segunda oração a idéia causal:

(A) ...conquanto consumir se tornou uma atividade cotidiana; (B) ...porquanto consumir se tornou uma atividade cotidiana; (C) ...visto que consumir se tornou uma atividade cotidiana; (D) ...uma vez que consumir se tornou uma atividade cotidiana; (E) ...que consumir se tornou uma atividade cotidiana. Comentário: A conjunção "conquanto" tem valor adverbial de concessão, que será visto adiante. As demais alternativas apresentam conjunções ou locuções conjuntivas com valor adverbial de causa. Gabarito: A

Questão 23: MPE RJ Superior 2007 "Os jovens tiveram acesso ao crédito fácil demais nos últimos dois anos. Ficaram deslumbrados e perderam o controle", diz Antônio Praxedes, vice-presidente da Telecheque.

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Ao falar sobre o assunto, Praxedes utiliza o conectivo E para ligar os segmentos "ficaram deslumbrados" e "perderam o controle". Há duas relações entre esses dois segmentos: uma de adição, e outra de:

(A) comparação; (B) oposição; (C) proporcionalidade; (D) causalidade; (E) finalidade. Comentário: Note que a relação entre as duas orações é marcada pela adição, por causa da conjunção coordenada aditiva "e". Porém, percebemos que entre esses dois enunciados há uma sequência temporal, em que primeiro ficaram deslumbrados e por causa disso acabaram por perderem o controle. Assim, a primeira oração também pode ser entendida como uma origem e a segunda oração como o efeito, o resultado. Assim, temos a relação de causalidade (causa e efeito). Gabarito: D

Questão 24: (Petrobras / 2010 / Técnico) Em "E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, pois o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, uma vez que o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.", o conectivo sublinhado introduz uma oração que, em relação à anterior, configura-se como

(A) condicional. (B) proporcional. (C) consecutiva. (D) causal. (E) concessiva. Comentário: Note que a locução conjuntiva "uma vez que" pode ter dois valores: condicional (veremos esse valor adiante) e causal. Para ser condicional, o verbo deve estar no subjuntivo: Uma vez que ele se esforce, terá bons resultados.

Para ser causal, basta o verbo estar no indicativo, transmitindo o processo verbal como origem de outro. Para facilitar, basta trocar por "Porque". Veja: Uma vez que ele se esforçou, teve bons resultados. (=porque)

Assim, perceba que, na frase em questão, a locução conjuntiva "uma vez que" transmite valor de causa:

"...o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, uma vez que o futuro tem o costume de cair em meio ao vão." (=porque) Gabarito: D

Questão 25: (Petrobras / 2011 / Técnico) "(...)meus pais estavam precisando de dinheiro e venderam o sítio." O trecho acima transcrito pode ser reescrito, mantendo o mesmo sentido, como: (A) Meus pais venderam o sítio porque precisavam de dinheiro. (B) Meus pais venderam o sítio embora precisassem de dinheiro. (C) Meus pais venderam o sítio apesar de precisarem de dinheiro. (D) Meus pais precisavam de dinheiro mas venderam o sítio. (E) Meus pais precisavam de dinheiro se venderam o sítio.

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Comentário: Note que a conjunção "e", neste caso, está juntando orações, sendo que a primeira "meus pais estavam precisando de dinheiro" ocorreu temporalmente antes e a segunda, "venderam o sítio", ocorreu temporalmente depois, o que traduz um valor de causa e efeito. Primeiro precisavam de dinheiro e depois venderam o sítio. Agora, basta achar nas alternativas aquela que traduz esse valor de causa e efeito. Somente a alternativa (A) possui esse valor. (B) "embora": conjunção subordinada adverbial concessiva. (C) "apesar de:" locução prepositiva subordinada adverbial concessiva. (D) "mas": conjunção coordenada adversativa. (E) "se": conjunção subordinada adverbial condicional. Gabarito: A

1.2.2. Consecutivas: Na relação causa-consequência, o processo verbal da consequência ocorre após o da causa, e suas conjunções exprimem um efeito, um resultado, e aparecem de duas formas:

I - conjunção que precedida de tal, tão, tanto, tamanho:

Trabalharam tanto que suas mãos ficaram inchadas.

Tal foi o problema na empresa que todos foram demitidos.

Nesta estrutura, os intensificadores tal, tamanho, tão, tanto podem ficar subentendidos.

Bebia que caía pelas ruas. (bebia tanto...)

II - locuções conjuntivas de maneira que, de jeito que, de ordem que, de sorte que, de modo que, etc:

Motivamos a classe empresarial, de sorte que o Brasil aumentou o nível de empregos regulares.

"As notícias de casa eram boas, de maneira que pude prolongar minha viagem." (Domingos Paschoal Cegalla)

III - locução conjuntiva sem que, e a conjunção que, seguida de negação.

Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine sem que a queira comprar.

Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine, que não a queira comprar.

Perceba que, na primeira estrutura, a preposição sem tem valor de negação; na segunda, sua ausência é substituída pelo advérbio de negação "não".

Questão 26: (PROMINP / 2010 / Superior) Em "num ritmo tão lento que custamos a acreditar...", o conectivo destacado introduz uma ideia de

(A) consequência. (B) conclusão. (C) oposição. (D) explicação. (E) causa. Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 16

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Comentário: A conjunção "que" se relaciona com o intensificador "tão", por isso tem valor de consequência. Gabarito: A

Questão 27: (PROMINP / 2010 / Médio) Observe os fragmentos abaixo. I - "Foi de tanto machucar os pés ao caminhar descalço que algum remoto

ancestral inventou o calçado," II - "Cansado de beber água usando as próprias mãos, alguém concebeu o

copo." III - "Foi esse rumo que o motorista de caminhão aposentado José Roberto

Rodrigues, de 55 anos, escolheu."

Há relação de causa e consequência APENAS em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. Comentário: Na frase I, note que a estrutura "tanto...que" aparece, para que entendamos a oração "que algum remoto ancestral inventou o calçado" como adverbial consecutiva, e a oração anterior tem valor de causa. Na frase II, a oração "Cansado de beber água usando as próprias mãos" tem valor de causa. Veja que podemos substituir "Cansado" por "Já que estava cansado". Assim a oração principal terá valor de consequência. Veja: "Cansado de beber água usando as próprias mãos, alguém concebeu o copo."

causa consequência

Na frase III, o "que" é apenas um pronome relativo, o qual inicia a oração subordinada adjetiva restritiva, a qual será vista na próxima aula. Logo, o valor é de restrição, não cabendo causa, tampouco consequência.

"Foi esse rumo o qual o motorista de caminhão aposentado José Roberto Rodrigues, de 55 anos, escolheu." Veremos este tipo de oração na nossa última aula.

Por isso, a alternativa correta é a (D). Gabarito: D

1.2.3. Condicionais: Nesta relação de condição, hipótese, é muito cobrada a correlação de modo e tempo verbal. Veja:

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Se uma condição é expressa no futuro ou presente, há condições de cumpri-la; por isso o resultado expresso na oração principal é provável. Não há certeza de o candidato ser aprovado, mas há grande possibilidade.

Já numa condição expressa no passado, não há condições de cumpri-la; por isso o resultado expresso na oração principal é pouco provável, ou mesmo improvável.

Algumas vezes, por motivo de ênfase e reforço motivacional, o autor do texto troca o tempo verbal da oração principal de futuro do presente para presente do indicativo e futuro do pretérito para pretérito imperfeito do indicativo. Veja a diferença:

Se o candidato estudar, passa no concurso. Se o candidato estudasse, passava no concurso.

Não há erro nestas substituições, há apenas ênfase.

Além das conjunções condicionais se e caso, há também as locuções conjuntivas contanto que, desde que, salvo se, sem que (=se não), a não ser que, a menos que, dado que.

Caminharei com você desde que não chova.

Não terminará a matéria, sem que se dedique muito.

Poderão ganhar o campeonato, salvo se acontecer algum imprevisto.

"A carinha podia ser de chinesa, fossem os olhos mais enviesados." (Raquel de Queirós)

Note a última construção. A conjunção condicional fica subentendida, e com isso é imprescindível entender a correlação verbal para que não haja dúvida neste valor semântico.

As locuções conjuntivas condicionais desde que, dado que, uma vez que podem ser confundidas com as causais. Para não ficar com dúvida, verifique que os verbos nas orações condicionais ficam no modo subjuntivo, enquanto os das orações causais ficam no modo indicativo. Compare esses exemplos nos respectivos valores adverbiais vistos anteriormente.

É encontrada também a forma reduzida:

Conhecendo os alunos, o professor não os teria punido. (reduzida de gerúndio)

Questão 28: (BACEN / 2009 / Técnico) No fragmento "O novo acordo precisa ir muito além de Kyoto, se a meta for impedir que o aumento da temperatura média da atmosfera ultrapasse 2 °C de aquecimento neste século, como recomenda a maioria dos climatologistas.", o termo "se" tem o sentido equivalente ao de

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(A) logo que. (B) à medida que. (C) no caso de. (D) apesar de. (E) uma vez que. Comentário: A conjunção "se" tem valor condicional. O único conectivo de valor também condicional é "no caso de". Na alternativa (A), "logo que" é temporal. Na alternativa (B), "à medida que" é proporcional. Na alternativa (D), "apesar de" é concessiva. Na alternativa (E), "uma vez que" é causal. Esta poderia, de acordo com possíveis ajustes, também transmitir valor de condição. Gabarito: C

Questão 29: MPE RJ Superior 2007 Nossa sociedade é chamada de "sociedade de consumo" porque

consumir se tornou uma atividade cotidiana que foi além da idéia inicial de satisfazer necessidades para se tornar até uma doença. Consumimos de forma impulsiva, e "ser alguém" passa a estar associado à posse de determinados produtos ou ao uso de determinados serviços.

O consumismo não existiria sem a publicidade, ferramenta fundamental para influenciar padrões de consumo, formar estilos de vida e, conseqüentemente, criar necessidades que, independentemente de serem físicas e biológicas, podem ser psicossociais. Na expressão "O consumismo não existiria sem a publicidade" (2° parágrafo), o sintagma "sem a publicidade" relaciona-se com o verbo "existir" atribuindo-lhe um argumento:

(A) concessivo; (B) condicional; (C) consecutivo; (D) explicativo; (E) temporal. Comentário: A preposição "sem" é a mesma da locução conjuntiva "sem que". Como não há verbo nessa expressão, temos apenas um adjunto adverbial de condição. Gabarito: B

1.2.4. Concessivas: exprimem um fato que se concede, que se admite, em oposição, contraste, ressalva ao da oração principal. As conjunções são: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito que, por menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que (=embora não).

Gostava de Matemática, embora não tivesse dificuldades com cálculos. Por incrível que pareça, eles não conheciam pen-drive'. Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas

afirmações. (Domingos Paschoal Cegalla)

Dado que soubesse, não dirigia à noite. Por mais que gritasse, não me ouviram. Nem que a gente quisesse, conseguiria esquecer. (Otto Lara Resende)

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Deve-se tomar muito cuidado quando a banca pedir a substituição de conjunção ou locução conjuntiva por preposição ou locução prepositiva. Veja:

Embora chegasse cedo, não conseguiu lugar para sentar-se.

Ao se substituir a conjunção embora pela preposição mesmo, o verbo é obrigado a sair da forma conjugada em modo e tempo verbal para a forma nominal gerúndio. Isso fará com que esta oração seja reduzida de gerúndio:

Mesmo chegando cedo, não conseguiu lugar para sentar-se.

Se fosse substituída pela locução prepositiva "apesar de", a oração seria reduzida de infinitivo:

Apesar de chegar cedo, não conseguiu lugar para sentar-se.

Assim, cuidado com as substituições pedidas na prova.

Questão 30: (Petrobras / 2010 / Médio) Fragmento do texto: "Se és homem, ergue os olhos para admirar os que empreenderam coisas grandiosas, ainda que hajam fracassado". (Sêneca) A locução destacada em "ainda que hajam fracassado." pode ser substituída, sem alterar o sentido, por

(A) à medida que. (B) mesmo que. (C) assim que. (D) visto que. (E) desde que. Comentário: A locução conjuntiva "ainda que" tem valor adverbial de concessão, sentido que permanece com a locução conjuntiva "mesmo que". As outras possuem valor distinto: "à medida que" é proporcional, "assim que" é temporal, "visto que" é causal e "desde que", dependendo do contexto, pode ter valor causal (com verbo no indicativo), temporal (com verbo no indicativo, entendendo-se "desde quando") ou condicional (com verbo no subjuntivo). Gabarito: B

1.2.5. Comparativas: representam o segundo termo de uma comparação e se expressam de três formas, com as conjunções como, (tal) qual, tal e qual, assim como, (tal) como, (tão ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que, tanto quanto, que nem, feito (=como, do mesmo modo que), o mesmo que (=como):

I - com verbo expresso:

A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro.

Como a flor se abre ao sol, assim minha alma se abriu à luz daquele olhar.

A praia é tal qual você descreveu. (tal como)

II - com o predicado ou verbo subentendido:

A luz é mais veloz do que o som. (do que o som é)

O leopardo é tão ágil quanto a onça. (quanto a onça é)

Ele corre feito uma gazela.

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Nas estruturas comparativas de superioridade e inferioridade (com verbos expressos ou não), a palavra "do" é opcional.

Cantava mais do que trabalhava.

Cantava mais que trabalhava.

Os mais magros correm mais do que os mais cheinhos.

Os mais magros correm mais que os mais cheinhos.

III - como comparação hipotética (uso da conjunção se):

O homem parou perplexo, como se esperasse um guia.

Questão 31: (Petrobras / 2010 / Médio) Fragmento do texto: Assim como amor e ódio são vizinhos de um mesmo quintal, o fracasso e o sucesso são igualmente separados por uma linha tênue. Mas o sucesso é vaidoso, tem muitos pais, motivo pelo qual costuma ostentar-se publicamente. Nasce em função do fracasso e não raro sobrevive às custas dele - do demérito de outrem. Por outra via, deve-se lembrar que o sucesso faz o fracasso de muitos homens... Neste parágrafo, o primeiro período estrutura-se por

(A) uma relação de oposição. (B) uma relação de comparação. (C) causa e efeito. (D) análise e classificação . (E) apresentação de fatos. Comentário: Perceba que há comparação entre "amor e ódio" e "fracasso e sucesso", pois a oração subordinada adverbial comparativa está antecipada e iniciada pela locução conjuntiva "Assim como": "Assim como amor e ódio são vizinhos de um mesmo quintal, o fracasso e o sucesso são igualmente separados por uma linha tênue". Gabarito: B

1.2.6. Conformativas: exprimem acordo ou conformidade de um fato com outro. Suas conjunções são: como, conforme, segundo, consoante. Geralmente é usado para reforçar argumento. A oração principal é a declaração feita pelo autor e a oração subordinada adverbial conformativa é a base de sustentação do argumento, muito marcado por leis, regulamentos, fala de especialistas, etc. Esse valor adverbial é vastamente explorado como argumento de autoridade:

Como disse o prefeito, o IPTU vai subir 5% este ano.

"Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi contar."(Machado de Assis)

Conforme prevê o artigo 37 da CF, o serviço público é impessoal.

Consoante opinam alguns, a história se repete.

1.2.7. Proporcionais: iniciam ideia de proporção, com as locuções conjuntivas à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais ... tanto mais, quanto mais ... tanto menos, quanto mais ... tanto menos, quanto

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menos ... tanto mais, quanto mais ... mais, quanto menos ... menos, tanto ... quanto (como).

Os alunos respondiam, à medida que eram chamados.

À proporção que subiam a montanha, o ar ia ficando rarefeito.

O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai diminuindo.

Tanto gostava de um quanto aborrecia o outro.

Não são corretas as locuções à medida em que, na medida que, a medida que, com valor de proporção, cabendo apenas à medida que. Outro detalhe, não há crase em locuções conjuntivas de outro valor, somente há nas proporcionais: "à medida que" e "à proporção que".

Vimos que a locução conjuntiva "na medida em que" é causal.

Questão 32: (SEAD / 2005 / Técnico) "Porque, por mais que se viva, cada dia descubro novidades: deliciosas ou assustadoras."

A ideia expressa pela oração sublinhada é de:

(A) tempo. (B) causa. (C) concessão. (D) condição. (E) comparação. Comentário: A locução conjuntiva "por mais que" traduz um valor de contraste, oposição, como ocorre no trecho da questão. Por isso, a oração é subordinada adverbial concessiva. Gabarito: C

1.2.8. Finais: indicam finalidade, objetivo, com as locuções conjuntivas: para que, a fim de que, que (= para que), porque (= para que):

Afastou-se depressa, para que não o víssemos.

Viemos aqui a fim de que realizássemos um acordo.

"Fiz-lhe sinal que se calasse." (Machado de Assis)

"Fez tudo porque eu não obtivesse bons resultados."

Muito utilizada é a forma reduzida de infinitivo:

Suportou todo tipo de humilhação para obter o visto americano.

Questão 33: MPE RJ Médio 2001 Sempre que se reúnem para lamuriar, os empresários falam no Custo Brasil, no preço que pagam para fazer negócios num país com regras obsoletas e vícios incrustados. "...no preço que pagam para fazer negócios..."; a forma desenvolvida da oração reduzida iniciada por para fazer é:

a) para que se façam negócios... ; b) para que fizessem negócios...; c) para que façam negócios...; d) para fazerem negócios...; e) para que sejam feitos negócios... Comentário: Como no trecho do texto o verbo "pagam" está no tempo

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presente do indicativo, o verbo que resultará da oração reduzida também deverá estar no presente. Quando uma oração reduzida recebe uma conjunção, naturalmente passa a ser desenvolvida e força o verbo a se conjugar em modo e tempo verbal. Como a oração subordinada adverbial de finalidade exige o modo subjuntivo, o verbo "fazer" deve ser flexionado no tempo presente do subjuntivo ("façam"). Note que a alternativa (A) está errada, porque foi inserido o pronome "se", sem necessidade. Assim: Oração reduzida: para fazer negócios Oração desenvolvida: para que façam negócios Gabarito: C

Questão 34: (BNDES / 2011 / Superior) Fragmento de texto: Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos. Desenvolvendo-se a oração reduzida "Para ser notado,", tem-se:

(A) para ter sido notado (B) para que fosse notado (C) para que tenha notado (D) para que seja notado (E) para que se note Comentário: Perceba que foi pedido para desenvolver a oração reduzida, e a alternativa (A) continua reduzida de infinitivo. Agora, perceba a relação da oração principal com esta. Ela possui um verbo no pretérito perfeito "teve", significando que o verbo a ser conjugado na oração subordinada adverbial de finalidade deve preservar o passado e a única opção é a alternativa (B): para que fosse notado. O verbo auxiliar "fosse" também se encontra no passado. Por isso é a alternativa correta. Veja que as outras possuem verbos no presente do subjuntivo: "tenha notado", "seja notado" e "note". Isso causaria incoerência. Gabarito: B

Questão 35: (PROMINP / 2010 / Superior) Desenvolvendo-se a oração reduzida de infinitivo "...para buscar a poesia...", a opção correspondente, semanticamente, é (A) contanto que se busque a poesia. (B) posto que se busque a poesia. (C) a fim de que se busque a poesia. (D) desde que se busque a poesia. (E) devido a buscar-se a poesia. Comentário: A preposição "para" tem valor de finalidade, e a única alternativa com este valor semântico é "a fim de que". Na alternativa (B), "contanto que" é condicional.

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Na alternativa (C), "posto que" é concessiva. Na alternativa (D), "desde que" é condicional. Na alternativa (E), "devido a" é locução prepositiva que traduz valor causal. Gabarito: C

1.2.9. Temporais: indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na oração principal, podendo ser um tempo geral, concomitante, antes ou depois de um referente. Suas conjunções: quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora que, ao mesmo tempo que, toda vez que.

Não fale enquanto come.

Mal você saiu, ela chegou.

Só voltou a jogar quando se sentiu bem.

Assim que chegou, foi para a cozinha.

A forma reduzida também é muito utilizada:

Terminada a festa, todos foram embora.

Questão 36: (CITEPE / 2011 / Médio) Fragmento do texto: Conta-se que ela foi descoberta por uma imperatriz chinesa, que tomava uma xícara de chá sob uma amoreira, quando um casulo do bicho-da-seda caiu no seu chá. Ela, ao tentar puxar a ponta de fio do casulo, fez com que fino fio de seda se desenrolasse, amolecido pela água quente do chá. A oração reduzida "ao tentar puxar a ponta de fio do casulo," transmite uma ideia de

(A) finalidade (B) concessão (C) condição (D) tempo (E) consequência Comentário: Note que se pode transformar a oração subordinada adverbial temporal reduzida de infinitivo "ao tentar puxar a ponta de fio do casulo" em desenvolvida com o acréscimo da conjunção "quando". Veja:

Ela, quando tentou puxar a ponta de fio do casulo, fez com que fino fio de seda se desenrolasse... Gabarito: D

Questão 37: BB 2011 Escriturário Fragmento do texto: O exercício da memória, seu exercício mais intenso e mais contundente, é indissociável da presença dos velhos entre nós. Quando ainda não contidos pelo estigma de improdutivos, quando por isso ainda não constrangidos pela impaciência, pelos sorrisos incolores, pela cortesia inautêntica, pelos cuidados geriátricos impessoais, pelo isolamento, quando então ainda não-calados, dedicam-se os velhos, cheios de espontaneidade, à cerimônia da evocação, evocação solene do que mais impressionou suas retinas tão fatigadas, enquanto seus interesses e suas mãos laborosas

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participavam da norma e também do mistério de uma cultura. Na iminência de um temporal, o enorme tronco, que armazena grande quantidade de líquido, dá uma descarga de água para as raízes - resultado da variação atmosférica.

O sentido do trecho grifado acima está reproduzido com outras palavras em: (A) Quando se aproxima uma tempestade ... (B) Com a força destruidora das águas ... (C) Para que o temporal venha com força ... (D) Desde que venha a cair uma forte chuva ... (E) Depois de uma forte tempestade ... Comentário: Veja que o adjunto adverbial "Na iminência de um temporal" traduz valor de tempo, e o substantivo "iminência" transmite ideia de algo que está por ocorrer. Assim, por transmitir valor de tempo, eliminamos as alternativas (B): causa; (C): finalidade; (D): condição. Como entendemos que é algo que está por ocorrer, então eliminamos alternativa (E), sobrando a alternativa (A), como correta.

Perceba que esta questão está trabalhando a transformação do adjunto adverbial numa oração subordinada adverbial. Gabarito: A

2. Coesão referencial: Muitas vezes, deparamo-nos na escrita com a repetição de vocábulos.

Essa repetição sem um tom estilístico (de reforço, poético) não é bem vista na língua culta. Assim, o autor do texto tem a possibilidade de escolher entre vários recursos para evitar esta repetição, os quais serão vistos adiante:

2.1. Elementos de coesão por substituição:

2.1.1. sinônimos:

O presidente dos Estados Unidos reuniu-se com os assessores imediatos a fim de verificar a melhor estratégia de enxugamento da dívida pública. O presidente dos Estados Unidos sabe que o período é muito crítico.

Este parágrafo possui um inconveniente na linguagem. Repetiu vocábulos muito próximos. Isso empobrece o texto. A fim de transmitir uma linguagem culta e adequada à formalidade, deve-se evitar a repetição viciosa. Neste caso, é necessário inserir palavras de mesmo valor semântico, chamadas sinônimas contextuais. Veja:

O presidente dos Estados Unidos reuniu-se com os assessores imediatos a fim de verificar a melhor estratégia de enxugamento da dívida pública. O chefe da nação mais poderosa do planeta sabe que o período é muito crítico.

Perceba que a palavra "chefe" é sinônima contextual de "presidente" e a expressão "nação mais poderosa do planeta" é sinônima contextual de "Estados Unidos". Assim, o texto fica mais elegante, seguindo os padrões da norma culta.

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2.1.2. Pronomes Os pronomes são elementos de coesão por princípio, pois retomam ou projetam elementos no texto. Veja:

Ana Clara realizou uma prova ontem. Ela não havia levado seu material de estudo, então pediu a um amigo que morava perto de sua casa que o trouxesse à faculdade, pois todo o resumo se encontrava nele.

Perceba que o pronome pessoal "Ela" retomou "Ana Clara". O pronome possessivo "seu", além de fazer subentender a preposição "de", retoma "Ela" (=material dela). O pronome relativo "que" se refere ao vocábulo "amigo" (amigo morava...). O pronome "sua" novamente retoma "Ela" (casa dela). Os pronomes "o" e "nele" fazem referência à expressão "material de estudo".

Com isso, podemos perceber o papel crucial dos pronomes na retomada de palavras. Essa referência ao que foi dito anteriormente é chamada de recurso anafórico — recurso muito utilizado.

Mas ele também pode projetar o sentido, isto é, fazer uma abertura para depois inserir o elemento. Veja:

Ana já soube de sua nota: cinco. A nota de Ana foi esta: cinco. Preciso de algo: descanso.

Chamamos isso de recurso catafórico. Não temos que decorar os nomes, mas saber identificar a quem o nome se refere, quem ele retoma, quem ele projeta. Para tal, basta lermos com calma o texto e confirmarmos os dados nele.

Verifique essa coesão referencial em um texto da prova de Analista de Finanças e Controle (STN) 2008:

determinadas. Além do arcabouço institucional original, o

espírito que norteou a confecção do texto constitucional

e o aprendizado posterior têm produzido efeitos

democratizantes na vida política brasileira. Ainda há, no

plano da cidadania, distância entre o Brasil legal e o

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Questão 38: (Petrobras / 2010 / Superior) Fragmento do texto: Como podemos superar esses momentos? Como fazer para evitar esses erros súbitos? Perguntas a que também quero responder, afinal, sou humano e cometo todos os erros inerentes a minha condição, contudo, posso afirmar que o mundo não acaba amanhã e, retirando a morte, as decisões podem ser adiadas, lembrando que algumas delas geram ônus e multas. No direito e na medicina isso é mais complexo, mas em muitas outras áreas isso é perfeitamente aceito. A máxima de que "não deixe para fazer amanhã o que você pode fazer hoje" não é tão máxima assim. Devemos lembrar que nada é absoluto, mas relativo. Em "No direito e na medicina isso é mais complexo,", o elemento destacado faz referência semântica, especificamente, a que passagem do texto?

(A) "...cometo todos os erros..." (B) "...o mundo não acaba amanhã..." (C) "retirando a morte," (D) "as decisões podem ser adiadas," (E) "...em muitas outras áreas..." Comentário: A atenção quantos aos elementos linguísticos do texto é muito importante. Neste caso, houve o recurso anafórico, com a retomada da expressão "as decisões podem ser adiadas". Veja que a afirmativa após a adversativa "contudo" dá ênfase ao contraste motivado pelo autor. Assim, salienta que o mundo não acaba amanhã e que as decisões podem ser adiadas. O autor faz umas ressalvas, dizendo que "algumas delas geram ônus e multas". No campo do direito e da medicina esse adiamento das decisões pode trazer prejuízos, mas nas outras áreas não. Por isso, só cabe a alternativa (D). Gabarito: D

Questão 39: (TRE - TO/ 2006 / Analista)

1 Um dos lugares-comuns do pensamento político é o de que o sistema democrático exige a descentralização do poder. Democracia não é só o governo do povo, mas o governo do povo

4 a partir de sua comunidade. Esse é um dos argumentos clássicos para o voto distrital: o eleitor fortalece seu poder, ao associá-lo ao de seus vizinhos. Em países de boa tradição democrática, esses

7 vizinhos discutem, dentro dos comitês dos partidos, mas também fora deles, suas idéias com os candidatos. Embora isso não signifique voto imperativo — inaceitável em qualquer situação

10 —, o parlamentar escolhido sabe que há o eleitor múltiplo e bem identificado, ao qual deverá dar explicações periódicas. Se a esse sistema se vincula a possibilidade do recall, do contramandato,

13 cresce a legitimidade do instituto da representação parlamentar. O fato é que, com voto distrital ou não, tornou-se inadiável a discussão em torno do sistema federativo. Quem conhece o Brasil

16 fora das campanhas eleitorais sabe das profundas diferenças entre os estados.

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Mauro Santayana. Jornal do Brasil, 24/11/2006.

Acerca das relações lógico-sintáticas do texto acima, assinale a opção incorreta. (A) "-lo", em "associá-lo" (linha 5), refere-se a "poder" (linha 2). (B) "deles" (linha 8) refere-se a "comitês dos partidos" (linha 7). (C) "isso" (linha 8) refere-se a "discutem, dentro dos comitês dos partidos, mas também fora deles, suas idéias com os candidatos" (linha 7-8). (D) "ao qual" (linha 11) refere-se a "parlamentar escolhido" (linha 10).

Comentário: (A) O pronome "-lo" refere-se diretamente ao substantivo "poder" da linha 5. Textualmente, entendemos que esse poder do eleitor refere-se, mesmo que indiretamente, ao "poder" (linha 2), cuja descentralização é exigida pelo sistema democrático.

(B) Observe o reforço para o referente com os advérbios "dentro" e "fora" (dentro dos comitês dos partidos, mas também fora deles).

(C) É natural o pronome "isso" retomar toda a estrutura oracional anterior. Foi justamente isso que ocorreu nesta alternativa.

(D) ...o parlamentar escolhido sabe que há o eleitor múltiplo e bem identificado, ao qual deverá dar explicações periódicas.

A locução verbal "deverá dar" é transitiva direta e indireta, seu objeto direto é "explicações periódicas" e seu objeto indireto é "ao qual". Contextualmente, entendemos que o sujeito dessa locução verbal está elíptico, referindo-se a "parlamentar escolhido". Esse "parlamentar escolhido" deve dar explicações periódicas ao "eleitor múltiplo e bem identificado", por isso o pronome relativo "ao qual" retoma esse eleitor. Gabarito: D

Questão 40: Eletrobras 2007 - Superior Fragmento do texto:

O teste definitivo para você saber se você está ou não integrado no mundo moderno é a secretária eletrônica. O que você faz quando liga para alguém e quem atende é uma máquina.

Tem gente que nem pensa nisso. Falam com a secretária eletrônica com a maior naturalidade, qual é o problema? É apenas um gravador estranho com uma função a mais. "Tem gente que nem pensa nisso". O pronome sublinhado se refere: (A) à existência de secretárias eletrônicas; (B) ao fato de sermos atendidos por máquinas; (C) ao teste de integração no mundo moderno; (D) à impossibilidade de falar com alguém para quem se ligou; (E) à dificuldade de dialogar com uma máquina. Comentário: A melhor maneira de mostrar o referente é marcando no texto, por isso segue a transcrição do trecho do texto:

O teste definitivo para você saber se você está ou não integrado no mundo moderno é a secretária eletrônica. O que você faz quando liga para alguém e quem atende é uma máquina.

Tem gente que nem pensa nisso.

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Gabarito: B

Questão 41: Eletrobras 2007 - Superior Fragmento do texto: O teste definitivo para você saber se você está ou não integrado no mundo moderno é a secretária eletrônica. O que você faz quando liga para alguém e quem atende é uma máquina. "O que você faz quando liga para alguém e quem atende é uma máquina". O comentário correto sobre o vocábulo O, colocado ao início desse período do texto, é que se trata de:

(A) um pronome demonstrativo, referindo-se a "teste"; (B) um artigo definido, determinando a oração seguinte; (C) um pronome pessoal, equivalendo a "ele"; (D) um pronome interrogativo, juntamente com "que"; (E) um pronome indefinido, correspondendo a "algum". Comentário: O pronome demonstrativo "O" pode ser substituído por "Aquele" e desta forma fica mais claro que ele retoma o substantivo "teste". Veja: O teste definitivo para você saber se você está ou não integrado no mundo moderno é a secretária eletrônica. Aquele (teste) que você faz quando liga para alguém e quem atende é uma máquina. Gabarito: A

2.1.3. Advérbios ou locuções adverbiais

Questão 42: (CITEPE / 2011 / Médio) Fragmento do texto: Ela, ao tentar puxar a ponta de fio do casulo, fez com que fino fio de seda se desenrolasse, amolecido pela água quente do chá. Diz ainda a lenda que a imperatriz fez um fino manto de seda para o imperador.

Em "Diz ainda a lenda que a imperatriz fez um fino manto de seda para o imperador.", o elemento destacado é um conector de

(A) inclusão (B) oposição (C) comparação (D) explicação (E) retificação Comentário: O vocábulo "ainda" é palavra denotativa de inclusão, adicionando termos por coesão. Gabarito: A

2.1.4. Coesão referencial com o pronome relativo "que":

Este pronome inicia uma oração subordinada adjetiva (a categorização desta oração será vista na próxima aula) e serve para retomar um substantivo anterior.

Conversei com o fundador da instituição que cuida de crianças carentes.

Perceba que o pronome relativo "que" retoma o substantivo "instituição". Assim, quando lemos "que", entendemos "instituição" e então teríamos: "a instituição cuida de crianças carentes". Veja: Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 29

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Questão 43: SEAGE Superior 2006 Desde que a TV surgiu, nos anos 40, fala-se do seu poder de causar

dependência. Os educadores dos anos 60 bradaram palavras acusando-a de "chupeta eletrônica". Os militantes políticos creditavam a ela a alienação dos povos. Era um demônio que precisava ser destruído. Continuou a existir, e quem cresceu vendo desenhos animados, enlatados americanos e novelas globais não foi mais imbecilizado - ao menos não por esse motivo. Ponto para a televisão, que provou ser também informativa, educativa e (por que não) um ótimo entretenimento. Com exceção da qualidade da programação dos canais abertos, tudo melhorou. Mas começaram as preocupações em relação aos telespectadores que não conseguem dormir sem o barulho eletrônico ao fundo. Ou aos que deixam de ler, sair com amigos e até de namorar para dedicar todo o tempo livre a ela, ainda que seja pulando de um programa para o outro. "Nada nem ninguém me faz sair da frente da TV quando volto do trabalho", afirma a administradora de empresas Vânia Sganzerla.

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Conversei com o fundador da instituição cuida de crianças carentes.

Conversei com o fundador da instituição. A instituição cuida de crianças carentes.

É fácil achar o pronome relativo: basta substituí-lo pelos também pronomes relativos "o qual, a qual, os quais, as quais".

Este pronome também inicia uma oração subordinada adjetiva.

Note que "Algumas leis" é o sujeito da locução verbal "deverão ser revistas" e o pronome relativo "que" (ou "as quais") é o sujeito do verbo "estão". Quando se lê "que" ou "os quais", devemos entender o substantivo "leis": leis estão em vigor no país.

Veja uma frase na prova do TRT MG 2009 - Técnico

respeito aos desmandos nos gastos, as normas e as sanções da LRF sao inflexíveis.

Note que a oração "que diz respeito aos desmandos nos gastos" possui o verbo "diz". O pronome relativo "que" retoma o pronome demonstrativo "o" (singular). No lugar do "que" podemos entender "aquilo": ...aquilo diz respeito aos desmandos nos gastos...

Assim, o pronome relativo na função de sujeito, com o substantivo anterior no singular, leva verbo para o singular.

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A alternativa em que o termo sublinhado - todos do primeiro parágrafo do texto - NÃO tem seu referente identificado como a televisão é:

(A) "Desde que a TV surgiu, nos anos 40, fala-se do seu poder de causar dependência";

(B) "Os educadores dos anos 60 bradaram palavras acusando-a de 'chupeta eletrônica' ";

(C) "Era um demônio que precisava ser destruído"; (D) "Ponto para a televisão, que provou também ser informativa..."; (E) "Os militantes políticos creditaram a ela a alienação dos povos". Comentário: A questão trabalhou o vocábulo "TV" e "televisão" como mesmos elementos de referência.

A alternativa (C) é a errada, pois o pronome relativo "que" retoma o substantivo "demônio". Mesmo sabendo que esta palavra se refere ao substantivo "televisão", isso não é feito diretamente. Além disso, há uma conotação diferente das demais alternativas.

A alternativa (A) está correta, porque o pronome possessivo "seu" refere-se à sigla "TV" (televisão).

A alternativa (B) está correta, pois o pronome átono "a" se refere à sigla TV (televisão).

A alternativa (D) está correta, pois o pronome relativo "que" retoma o substantivo "televisão".

A alternativa (E) está correta, pois o pronome oblíquo tônico "ela" se refere à sigla TV (televisão). Gabarito: C

2.2. Elemento de coesão por omissão (elipse): Muitas vezes, para evitar a repetição viciosa, basta omitir o vocábulo que

está se repetindo, desde que ele fique facilmente subentendido. Isso é chamado de elipse.

Gustavo foi à casa de sua mãe. Ficou por lá uns oito dias. Antes do verbo "ficou" subentende-se "Gustavo", então por omissão

realizamos a coesão. Tipos de discursos

Discurso direto: É a reprodução das palavras de alguém nos termos exatos em que elas foram ditas. Possui algumas características marcantes:

a) Emprego de verbos chamados dicendi ou "de elocução", do tipo: afirmar, negar, perguntar, responder, entre outros;

b) Usam-se os seguintes sinais de pontuação:

b1.) dois-pontos, com travessão na outra linha:

O juiz disse: — O réu é inocente.

b2.) dois-pontos, seguido de aspas: O juiz disse: "O réu é inocente".

b3.) travessão: "O réu é inocente" — disse o juiz

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b4.) vírgula:

"O réu é inocente", disse o juiz

Discurso indireto: É a reprodução da fala de alguém com as palavras do narrador. Ele fala no lugar do personagem:

No discurso indireto, eliminamos os sinais de pontuação e usamos conjunções: que (para afirmação, certificação), se (expressar dúvida, pergunta indireta), como (modo), etc.

Exemplo:

O réu contou como ocorrera o fato. (modo) O promotor perguntou se o réu poderia explicar melhor. (pergunta

indireta)

O juiz disse que o réu era inocente. (afirmação)

Transposição dos discursos:

Verbos, pronomes e advérbios nos discursos direto e indireto:

Vimos que, no discurso direto, há duas vozes: a do narrador e a do personagem.

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Carlos afirmou: Voz do narrador

Voz do personagem — Sairei daqui ainda hoje.

Quando o verbo dicendi estiver no pretérito perfeito do indicativo, o narrador faz alusão a algo já decorrido e, possivelmente, ele pode estar distante temporalmente e espacialmente do personagem. Veja esta situação.

O narrador está em São Paulo, no ano de 2011, contando algo ocorrido com seu colega e esposa em Paris, no ano de 2009. Ele pode contar o caso no discurso direto, preservando a voz do personagem:

Carlos exclamou:

— Este ano é muito especial para mim, pois estou aqui com você, Isabela!

Na transposição para o discurso direto, note que os vocábulos "este", "é", "mim", "estou", "aqui" e "você" referem-se ao personagem, e o narrador deve mudar quando usar suas próprias palavras para contar o caso em discurso indireto. Veja:

Carlos exclamou que aquele ano era muito especial para ele, pois estava lá com Isabela.

Veja que o pronome demonstrativo "Este" e os verbos "é" e "estou", no discurso direto, retratam o tempo presente do fato ocorrido com o personagem (2009), mas é o passado do narrador, que se encontra em 2011. Por isso, em referência ao narrador, o pronome demonstrativo passa a "aquele".

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Os verbos "é", e "estou" transmitem o momento atual do personagem (2009), mas na voz do narrador, que se encontra em 2011, esses verbos devem ser flexionados no pretérito imperfeito do indicativo ("era" e "estava"), os quais denotam a regularidade no passado.

O pronome "mim" se refere ao personagem. Na voz do narrador, passa a ser "ele".

O advérbio "aqui" remete ao lugar onde se encontrava o personagem (Paris), mas o narrador está em São Paulo, então, na voz do narrador passa a "lá".

O pronome "você" marca com quem o personagem fala diretamente, mas, na voz do narrador, esta fala já não é direta, por isso podemos substituí-lo por "Isabela".

Agora, vamos usar outros tempos verbais para estruturar melhor esse discurso:

1. O futuro do presente do indicativo vira futuro do pretérito do indicativo: Discurso direto: Carlos afirmou: "Sairei daqui ainda hoje." Discurso indireto: Carlos afirmou que Sairia de lá ainda naquele dia."

2. O presente do indicativo vira pretérito imperfeito do indicativo: Discurso direto: Carlos afirmou: "Estudo todos os dias." Discurso indireto: Carlos afirmou que estudava todos os dias."

Mas devemos entender que, se a ação de estudar continua até o momento presente, o narrador deve preservar o tempo presente:

Discurso indireto: Carlos afirmou que estuda todos os dias."

3. O pretérito perfeito do indicativo vira pretérito mais-que-perfeito do indicativo: Discurso direto: Carlos afirmou: "Já passei por aqui ontem." Discurso indireto: Carlos afirmou que já passara por lá_ no dia anterior."

4. Às vezes, usamos um tempo verbal por outro:

Discurso direto: Carlos afirmou: "Saio daqui ainda hoje." Discurso indireto: Carlos afirmou que Sairia de lá ainda naquele dia."

Veja que o verbo "Saio" está no presente, mas com valor de futuro, por isso cabe o tempo futuro do pretérito do indicativo.

5. O imperativo afirmativo vira pretérito imperfeito do subjuntivo: Discurso direto: Carlos insistiu com Carla: "Estude toda a matéria." Discurso indireto: Carlos insistiu que Carla estudasse toda a matéria."

6. O presente do subjuntivo vira pretérito imperfeito do subjuntivo: Discurso direto: Carlos afirmou: "Talvez estude ainda hoje." Discurso indireto: Carlos afirmou que talvez estudasse ainda naquele dia."

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Resumindo, vamos ao esquema:

Futuro do presente do indicativo

Presente do indicativo

Futuro do pretérito do indicativo

Pretérito imperfeito do indicativo

Pretérito mais-que-perfeito do indicativo

imperativo anrmativo

Presente do subjuntivo

Pretérito imperfeito do subjuntivo

Pretérito imperfeito do subjuntivo

Questão 44: MPE RJ 2007 - Superior "Os jovens ficaram deslumbrados e perderam o controle", diz José Antônio Praxedes.

A frase acima exemplifica o uso do discurso direto.

Transpondo-a para o discurso indireto e evitando-se o emprego do verbo "dizer", uma das possibilidades de reescritura, segundo a língua padrão, é:

(A) José Antônio Praxedes afirma de que os jovens ficaram deslumbrados e perderam o controle;

(B) José Antônio Praxedes resume: os jovens ficaram deslumbrados e perderam o controle;

(C) É que os jovens ficaram deslumbrados e perderam o controle - define José Antônio Praxedes;

(D) Opina José Antônio Praxedes que os jovens ficaram deslumbrados e perderam o controle;

(E) José Antônio Praxedes fala em jovens que ficaram deslumbrados e perderam o controle.

Comentário: Para haver o discurso indireto, há necessidade do verbo de elocução seguido do conectivo "que", "como", "se" etc.

A alternativa (A) está errada, pois a preposição "de" não é necessária e transmite erro gramatical.

A alternativa (B) está errada, pois houve a fala direta do personagem, assim entendemos que ocorreu o discurso direto, mesmo sem a pontuação adequada.

A alternativa (C) está errada, pois houve novamente a fala direta do personagem, por isso ocorreu o discurso direto.

A alternativa (D) é a correta, pois o verbo dicendi (de elocução) "Opina" tem o mesmo sentido contextual de "diz". Veja que o conectivo "que" marca a afirmação do discurso indireto.

A alternativa (E) está errada, pois não há discurso indireto, mas simplesmente a declaração de que alguém fala sobre algum assunto (em jovens que ficaram deslumbrados e perderam o controle). Gabarito: D Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 34

Passado

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Questão 45: Eletrobras Superior 2007 "...eu telefono depois"; se colocamos essa frase na forma de discurso indireto, iniciando-a por "ele disse que...", a forma adequada é:

(A) telefonará no dia seguinte; (B) telefonará depois; (C) telefonava no dia seguinte; (D) telefona mais tarde; (E) telefonaria depois. Comentário: Como há o advérbio "depois", percebemos que o verbo "telefono" encontra-se no presente com valor de futuro. Por isso, na voz do narrador em discurso direto, passa a futuro do pretérito do indicativo "telefonaria". Gabarito: E

Questão 46: CVM 2005 - Médio Um anúncio apresentava a seguinte frase: "Filho, compre aqui nesta loja um celular para mim"; uma forma adequada de discurso indireto dessa frase é:

(A) O pai disse ao filho que ele comprasse ali nessa loja um celular para ele;

(B) A mãe disse ao filho que ele comprasse lá naquela loja um celular para ela;

(C) O pai disse ao filho dele que comprasse um celular para ele na loja;

(D) O pai disse ao filho que compre naquela loja um celular para o pai dele;

(E) A mãe disse ao filho que comprasse ali naquela loja um celular para ele.

Questão 47: ANAC 2007 - Médio "Donde vieram esses sujeitos em mangas de camisa?" - se colocarmos essa frase em discurso indireto, sua forma adequada será:

(A) Ele perguntou de onde havia vindo aquela gente em mangas de camisa; (B) ele perguntou de onde essa gente em mangas de camisa tinha vindo; (C) ele perguntou de onde essa gente em mangas de camisa viera; (D) ele perguntou de onde aquela gente em mangas de camisa vinha; (E) ele perguntou de onde viera esta gente em mangas de camisa. Comentário: Veja que, no discurso indireto, os referentes mudam. A banca forçou nossa reconstrução com a expressão "Ele perguntou de onde", além disso, inseriu o substantivo "gente". Assim, o pronome demonstrativo "esses" deve mudar para "aquela". Assim, eliminamos as alternativas (B), (C) e (E).

O verbo "vieram" encontra-se no pretérito perfeito do indicativo. Ele deve ser transposto para o pretérito mais-que-perfeito do indicativo. Por isso, eliminamos a alternativa (D), pois o verbo "vinha" está no pretérito imperfeito

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Gabarito: B

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do indicativo. A alternativa (A) é a correta, porque "havia vindo" está no pretérito mais-que-perfeito do indicativo.

Donde vieram esses sujeitos em mangas de camisa?

Ele perguntou de onde havia vindo aquela gente em mangas de camisa Gabarito: A

Resumo "Este material foi extraído do Livro Redação em Construção -

A Escritura do Texto, de Agostinho Carneiro, Ed. Moderna."

Reduzir um texto é fazer com que ocupe menor espaço; para isso, adotam-se várias técnicas estritamente relacionadas com as condições gerais que envolvem o resumo. Quando o texto original não é passível de alteração, pode-se reduzi-lo de modo puramente gráfico, substituindo os tipos de impressão ou reduzindo o espaço entre letras ou linhas.

Quando o texto pode ser alterado na forma, mas não é possível cortar qualquer informação, a solução é apelar para a redução extensiva dos termos, ou seja, a substituição de vocábulos e expressões por outros equivalentes no sentido, porém mais curtos. Geralmente se trata da substituição de elementos por outros de mesma função.

Se o texto original pode ter informações eliminadas, emprega-se a redução seletiva, com corte das informações consideradas menos importantes. Nesse caso, os cortes variarão bastante, já que distintas situações poderão gerar prioridades diferentes para as informações veiculadas pelo texto; por isso esse tipo de redução apela para o espírito crítico do leitor. Normalmente se eliminam introduções textuais não significativas, explicitações de termos desnecessárias, redundâncias, informações sem decorrência textual, etc.

Às vezes o texto deve sofrer cortes para que tenha sua qualidade melhorada. Trata-se do que se poderia chamar de redução estética, a eliminação de segmentos vistos como de mau gosto ou desnecessários, em geral, redundâncias, circunlóquios, vocábulos sem significação precisa, etc.

Há ainda a redução acadêmica, que se refere à produção de resumos de livros ou artigos com finalidade de trabalho escolar, a resenhas de livros, etc. Trata-se de redução de caráter especial, pois deve levar em conta a estrutura original do texto a ser reduzido, obedecendo a normas específicas traçadas pala ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Exercícios

1. Se temos que reduzir um texto sem retirar nenhuma informação, o processo mais simples é o da redução extensiva, ou seja, a substituição de palavras longas por outras mais curtas, de sentido equivalente. Utilize esse processo com as palavras em destaque das frases a seguir.

a) O candidato não preparou corretamente a campanha. Consequentemente não foi eleito. b) A vida é repleta de responsabilidades. c) Há muito individualismo nas grandes metrópoles.

Respostas: a. bem; Assim b. cheia; deveres c. egoísmo; cidades

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2. Indique sinônimos possíveis, de menor extensão, para as seguintes palavras. Exemplos:

a) casamento b) tonalidade c) indelicadeza d) esplendor Respostas: a. união b. tom c. rudeza d. brilho

3. Substitua as locuções em destaque por um único vocábulo de sentido equivalente.

a) A história é a ciência da infelicidade dos homens. b) As almas das mulheres são impenetráveis. c) As montanhas com neve são atração no inverno. d) O temperamento da família era explosivo. e) A guerra está por um fio no Oriente Médio.

Respostas: a. humana b. femininas c. nevadas d. familiar e. iminente

4. Substitua por um adjetivo de sentido equivalente as locuções adjetivas destacadas. a) Comida com sabor / sem sabor. b) Terreno com água / sem água. c) Flor com cheiro / sem cheiro. d) Pintura com figuras / sem figuras.

Respostas: a. saborosa/insípida b. úmido/árido c. cheirosa/inodora d. figurativa/abstrata

5. Preencha as lacunas com advérbios de sentido correspondente às locuções adverbiais entre parênteses.

a) Capistano de Abreu declarava só ter entrado para a sociedade humana porque não consultado. (com antecedência) b) Tanto se adoece por comer como por definhar à míngua. (em excesso) c) A multidão se arrasta sobre o leito da via férrea. O quadro é típico do subdesenvolvimento pois me asseguram que há um trem em movimento. (por baixo dela) d) Se o coveiro é teu amigo, te garantirá melhor abrigo. (com certeza) e) Não menosprezo a fama, nem lhe peço os favores; ela vem , se é que vem mesmo. (sem a gente esperar) f) Um homem de gênio foi arruinado senão por ele mesmo. (pouquíssimas vezes) g) Temo os gregos, ainda que venham . (com polidez)

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Respostas: a. antecipadamente/previamente b. excessivamente c. subterraneamente d. certamente e. inesperadamente f. raramente g. polidamente

6. Torne a frase mais concisa, substituindo as expressões destacadas por um advérbio de sentido correspondente.

a. O novo governo pretende eliminar a corrupção pouco a pouco. b. Os ônibus passam muitas vezes por aquela ponte. c. O namorado reagiu como criança à brincadeira. d. O governo pretende cortar pela base os subsídios. e. O presidente respondia sem pressa a todas as perguntas. f. O ministro criticou de modo delicado o seu antecessor. g. Concordamos com as novas idéias sem qualquer ressalva. h. Anulou o gol sem que se entendesse o motivo. i. Seguiu as ordens do chefe ao pé da letra. j. Sem dizer nada, todos se retiraram.

Respostas: a. progressivamente, paulatinamente b. frequentemente/amiúde c. infantilmente d. radicalmente e. lentamente f. delicadamente g. integralmente h. inexplicavelmente i. literalmente j. tacitamente, silenciosamente

7. Preencha as lacunas com adjetivos correspondentes às orações adjetivas entre parênteses. a. Amor é amor . (que se repete; que se multiplica) b. O senador padece de uma enfermidade . (que tem longa duração) c. O médico disse tratar-se de uma enfermidade . (que logo passará) d. Seu pai sofre de uma enfermidade . (que afeta o coração)

Respostas: a. repelido, multiplicado b. crônica c. passageira d. cardíaca

8. Preencha as lacunas com adjetivos de significado correspondente ao das orações adjetivas entre parênteses.

a. Os jornais nada dizem sobre os acontecimentos . (que haviam ocorrido anteriormente) b. Era uma sensação . (que durava pouco tempo) c. O tapete era um objeto . (que não tinha mais utilidade) d. O marido era o tipo de homem . (que não gostava de sair de casa)

Respostas: a. anteriores b. efêmera, transitória, fugaz c. inútil d. caseiro

9. Substitua as palavras em destaque por um só vocábulo de sentido equivalente.

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a. Um objeto que se pode comprar porque não é caro. b. Um telefonema que se faz entre duas cidades. c. Um homem que diz sem reservas o que pensa. d. Uma pessoa que se deixa comprar.

Respostas: a. acessível b. interurbano c. franco d. venal

10. Reescreva o texto a seguir de modo a eliminar as palavras que dispensáveis. Faça as alterações necessárias.

Marcus Nadrus explicou que as vitórias-régias foram retiradas do lago porque muitas foram devoradas por traíras que tinham sido colocadas ali exatamente para comer caramujos que prejudicavam as lindas plantas aquáticas, que são atração do parque. Esse complicado ecossistema, que tem funcionado bem nos cento e oitenta anos de existência do Jardim Botânico, não resistiu às chuvas de março, que quase arrasaram o parque.

Resposta; Marcus Nadrus explicou terem sido as vitórias-régias retiradas do lago porque muitas foram devoradas por traíras colocadas ali exatamente para comer caramujos prejudiciais às lindas plantas aquáticas, atração do parque. Esse complicado ecossistema, funcionando bem nos cento e oitenta anos de existência do Jardim Botânico, não resistiu às chuvas de março, que quase arrasaram o parque.

11. Reescreva as frases transformando as orações desenvolvidas, entre parênteses, em formas reduzidas.

a. É necessário (que se comprem as frutas na estação adequada). b. (Quando chegarmos ao mercado), telefonarei para casa. c. Foi necessário (que todos nós chegássemos antes da hora). d. Era natural (que elas preferissem ganhar mais). e. Saíram todos da sala (para que pudessem limpá-la)

Respostas; a. É necessário comprar as frutas na estação adequada. b. Chegando ao mercado, telefonarei para casa. c. Foi necessário chegarmos antes da hora. d. Era natural elas preferirem ganhar mais. e. Saíram todos da sala para poderem limpá-la.

12. Todos os exercícios até agora propostos visavam à redução extensiva do texto através da substituição de palavras ou expressões longas por outras mais curtas, de mesmo sentido. Agora faremos a redução seletiva, ou seja, passaremos a suprimir do texto elementos que consideremos desnecessários ou de mau gosto. Reescreva os parágrafos a seguir eliminando os pormenores sem importância textual e as redundâncias.

a. Estamos envolvidos no processo de fazer uma comparação entre a capacidade de raciocínio mental do homem de hoje, do século XXI, com a capacidade de raciocínio mental do homem do século XV.

b. O Conselho Estadual de Educação define quinta-feira próxima, em reunião, o aumento das escolas particulares de Ensino Fundamental e de Ensino Médio da rede privada do estado para o primeiro semestre deste ano.

c. A princípio era praticamente improvável que Brizola pudesse vencer as eleições de 1982.

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d. A televisão leva os candidatos para dentro da casa dos eleitores, facilitando a comunicação entre ambas as partes.

e. O Tribunal Superior Eleitoral procedeu a uma verdadeira investigação na vida dos candidatos.

f. O pequeno cãozinho demonstrava afeto e carinho por seu dono. g. O cavalo corria pela areia e, enterrando as patas no solo fofo e macio, tinha

dificuldade em perseguir o cão.

Respostas; a. Estamos envolvidos em fazer uma comparação entre o raciocínio do homem de hoje e o do século XV. b. O Conselho Estadual de Educação define quinta-feira o aumento das escolas particulares do estado para o primeiro semestre. c. A princípio era improvável que Brizola vencesse as eleições de 1982. d. A tevê leva os candidatos à casa dos eleitores, facilitando a comunicação. e. O Tribunal Superior Eleitoral investigou a vida dos candidatos. f. O cãozinho demonstrava afeto por seu dono. g. O cavalo corria pela areia e, enterrando as patas, tinha dificuldade em perseguir o cão.

13. Reduza a extensão das frases, conservando o sentido original. a. Louvemos a máquina que possui inteligência humana e choremos os homens que se automatizam. b. Marido é a pessoa que, depois do jantar, é encarregada de cuidar da louça. c. Na época do carnaval, o homem põe sobre sua máscara um rosto de papelão. d. Só há dois minutos importantes no destino do homem: o minuto em que nasce e aquele em que morre.

Respostas; a. Louvemos a máquina inteligente e choremos os homens autômatos. b. Marido é a pessoa que, após o jantar, cuida da louça. c. No carnaval, o homem põe sobre sua máscara um rosto de papelão. d. Só há dois minutos importantes no destino do homem: o do nascimento e o da morte.

14. Indique a ideia central de cada texto a seguir, escrevendo-a num espaço máximo de duas linhas.

a. Frequentemente desejo que a expressão "ciência aplicada" não tivesse sido inventada. Ela sugere a existência de uma espécie de conhecimento científico de uso prático, que pode ser estudado separadamente de uma outra espécie, que não é de utilidade prática, denominada "ciência pura". Mas não há nada mais falso do que isso. O que se denomina ciência aplicada não é nada mais do que a aplicação da ciência pura a tipos particulares de problemas.

b. Quando se compara o sucesso financeiro de duas firmas da mesma espécie, não dizemos simplesmente que a firma de maior lucro é a de maior sucesso. O que comparamos não é o lucro isoladamente, mas os ganhos relativos ao total de investimentos. Ou seja, se P e I representam respectivamente o lucro e o investimento, o valor do quociente P/I serve para medir o sucesso financeiro relativo.

Sugestões de resposta: a. Ciência pura e ciência aplicada é uma distinção enganadora, pois sugere que a ciência pura não é útil. b. O sucesso financeiro de duas firmas é medido pelo quociente entre lucro e investimento. Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 40

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Questão 48: Eletrobrás Superior 2003 TEXTO - É sabido que o fato novo assusta os indivíduos, que preferem o mal velho, testado e vivido, à experiência nova, sempre ameaçadora. Se você disser ao cidadão desprevenido que o leite, por ser essencial, deve sair das mãos dos particulares para cooperativas ou entidades estatais, se você disser que os bancos, vivendo exclusivamente das poupanças populares, não têm nenhuma razão de estar em mãos privadas, o cidadão o olhará com olhos perplexos de quem vê alguém propondo algo muito perigoso. Mas, se, ao contrário, você advogar a tese de que a água deveria ser explorada por particulares, todos se voltarão contra você pois - com toda razão - jamais poderiam admitir essa hipótese, tão acostumados estão com essa que é uma das mais antigas realizações comunitárias do homem: a água é direito e serventia de todos. Por isso o cidadão deve ficar alerta, sobretudo para com os malucos, excepcionais e marginais, pois estes, quase sempre, são os que trazem as mais espantosas propostas de renovação contra tudo o que foi estabelecido.

(Millôr Fernandes, Livro vermelho dos pensamentos de Millôr) A conclusão global do texto é a de que:

(A) a água é direito e serventia de todos; (B) todos os cidadãos se voltarão contra você; (C) o cidadão deve ficar alerta para com malucos, excepcionais e marginais; (D) os malucos, os excepcionais e os marginais são os que trazem as mais

espantosas propostas de renovação; (E) a água deveria ser explorada por particulares. Comentário: Veja que a questão pediu a conclusão global do texto, isto é, a parte final dele que se inicia com a conjunção coordenada conclusiva:

Por isso o cidadão deve ficar alerta, sobretudo para com os malucos, excepcionais e marginais, pois estes, quase sempre, são os que trazem as mais espantosas propostas de renovação contra tudo o que foi estabelecido.

A alternativa (C) é a correta, pois a essência da frase é que o cidadão deve ficar alerta, sobretudo para com os malucos, excepcionais e marginais. Além disso, houve a explicação: pois estes, quase sempre, são os que trazem as mais espantosas propostas de renovação contra tudo o que foi estabelecido.

Com essa explicação, você ainda poderia ficar em dúvida na alternativa (C) e (D), porém perceba que a alternativa (D) afirma de maneira geral que "os malucos, os excepcionais e os marginais são os que trazem as mais espantosas propostas de renovação", porém a expressão "quase sempre" exclui esta possibilidade de interpretação. Gabarito: C

Questão 49: AGU Superior 2006 Há um caminho simples: proibir. Há o caminho correto: educar. Pois cidadãos responsáveis e consumidores conscientes se forjam com informação. O texto é do tipo argumentativo e a tese apresentada por seu autor pode ser resumida do seguinte modo:

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(A) educar, sim; proibir, não; (B) proibir é melhor que educar; (C) educar é mais fácil que proibir; (D) educar é proibir; (E) proibir, segundo a lei. Comentário: O autor faz um contraste entre o simples (proibir) e o correto (educar). Assim, deve-se educar (correto) e não se deve proibir (simples). Por isso, a alternativa (A) é a correta.

Veja que também se poderia resumir em "proibir é mais fácil que educar", mas nenhuma alternativa abordou assim. Gabarito: A

Questão 50: PRF Médio 2008 Fragmento do texto: Houve uma época em que os homens viviam bem mais próximos do céu. E o céu, dos homens. Imagine um mundo sem luz elétrica, esparsamente povoado, um mundo praticamente sem tecnologia, fora os arados dos campos e os metais das ferramentas e das espadas. Nesse mundo, o céu tinha um significado muito diferente do que tem hoje. A sobrevivência das pessoas dependia de sua regularidade e clemência. Assinale a opção em que é apresentado resumo do parágrafo acima de acordo com a técnica de resumo de frases e textos.

A Em um mundo sem energia elétrica e quase sem tecnologia, os homens atribuíam ao céu o poder de lhes determinar a sobrevivência, o que os tornava mais próximos do céu do que são atualmente.

B Nos primórdios da humanidade, quando os homens usavam apenas arados, espadas e algumas ferramentas, os homens sabiam que, diferentemente do que ocorre hoje, dependiam da clemência do céu e da regularidade das tempestades.

C Há muitos e muitos anos, quando ainda não estava disponível a energia elétrica e quando a tecnologia era muito atrasada e pouco útil, os homens valorizavam muito o que observavam de regularidade no céu porque era ele que lhes indicava se a sobrevivência deles corria risco.

D Os homens já viveram mais próximos do céu do que vivem nos dias atuais. Isso aconteceu porque não se usava luz elétrica nem havia toda a tecnologia atual. Naquela época, os homens respeitavam o céu, porque não sabiam defender-se de tempestades.

E Num passado remoto, as únicas tecnologias que os homens dominavam eram o arado e metais de ferramentas e espadas. Não havia luz elétrica nessa época e, por isso, o céu era observado apenas à noite, quando os homens temiam os fenômenos inesperados. Isso os aproximava e garantiu a sobrevivência da espécie humana.

Comentário: A alternativa (A) é a correta. Perceba pela numeração que houve a preservação da ideia central, somente com explicações necessárias ao entendimento do texto. Compare com a numeração:

Trecho do texto; Houve uma época em que os homens viviam bem mais próximos do céu1. E o céu, dos homens. Imagine um mundo sem luz elétrica2,

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esparsamente povoado, um mundo praticamente sem tecnologia2, fora os arados dos campos e os metais das ferramentas e das espadas. Nesse mundo, o céu tinha um significado muito diferente do que tem hoje. A sobrevivência das pessoas dependia de sua regularidade e clemência3.

Alternativa (A): Em um mundo sem energia elétrica2 e quase sem tecnologia2, os homens atribuíam ao céu o poder de lhes determinar a sobrevivência3, o que os tornava mais próximos do céu do que são atualmente1.

A alternativa (B) possui uma oração explicativa ("quando os homens usavam apenas arados, espadas e algumas ferramentas") desnecessária para o entendimento do texto, além de repetir o vocábulo "homens".

Na alternativa (C), perceba a repetição da palavra "muitos". Além disso, note que a expressão "era ele que lhes" é desnecessária, pois sua retirada preserva o sentido no texto.

Na alternativa (D), perceba a repetição da expressão "Naquela época" e "céu", desnecessariamente.

Note que a alternativa (E) ampliou alguns trechos e não resumiu o principal. Gabarito: E

Ampliação A ampliação basicamente consta do oposto ao resumo. Ela é empregada

para analisar, desenvolver os argumentos do texto, ou também para caracterizar elementos do texto. Veja isso numa dissertação:

Terra; uma preocupação constante

Chegado o terceiro milênio, o homem ainda não conseguiu resolver graves problemas que preocupam a todos, pois existem populações imersas em completa misériai, a paz é interrompida frequentemente por conflitos internacionais2 e, além do mais, o meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico3.

Embora o planeta disponha de riquezas incalculáveis - estas, mal distribuídas, quer entre Estados, quer entre indivíduos -, encontramos legiões de famintos em pontos específicos da Terra. Nos países do Terceiro Mundo, sobretudo em certas regiões da África, vemos, com tristeza, a falência da solidariedade humana e da colaboração entre as nações.

Além disso, nestas últimas décadas, temos assistido, com certa preocupação, aos inúmeros conflitos internacionais que se sucedem. Muitos trazem na memória a triste lembrança das guerras do Vietnã e da Coreia, as quais provocaram grande extermínio. Em nossos dias, testemunhamos conflitos na antiga Iugoslávia, em alguns países membros da Comunidade dos Estados Independentes, sem falar da Guerra do Golfo, que tanta apreensão nos causou.

Outra preocupação constante é o desequilíbrio ecológico, provocado pela ambição desmedida de alguns, que promovem desmatamentos desordenados e poluem as águas dos rios. Tais atitudes contribuem para que o meio ambiente, em virtude de tantas agressões, acabe por se transformar em local inabitável.

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Assim, somos levados a acreditar que o homem está muito longe de solucionar os graves problemas que afligem diretamente uma grande parcela da humanidade e indiretamente a qualquer pessoa consciente e solidária. É desejo de todos nós que algo seja feito no sentido de conter essas forças ameaçadoras, para podermos suportar as adversidades e construir um mundo que, por ser justo e pacífico, será mais facilmente habitado pelas gerações vindouras.

Observe que, na Introdução do texto, os argumentos são apenas mencionados (resumidos).

Cada argumento será convenientemente ampliado nos parágrafos seguintes.

Na conclusão do texto, perceba uma reafirmação do tema como um resumo da ideia central "somos levados a acreditar que o homem está muito longe de solucionar os graves problemas que afligem diretamente uma grande parcela da humanidade e indiretamente a qualquer pessoa consciente e solidária."

Vamos à prática!!!

Questão 51: AGE MT Superior 2004 EDUCAÇÃO: O FUTURO ESTÁ EM NOSSAS MÃOS

José Henrique Vilhena - Folha de São Paulo A posição do Brasil no que se refere ao acesso da juventude ao nível

superior, comparada com a de diversos países (em especial na América Latina), é no mínimo lamentável. O número de matriculados corresponde a cerca de 13% da população entre 20 e 24 anos, muito inferior ao da Argentina (39%), Chile (37%), Bolívia (23%), França (50%), Espanha (46%) ou EUA (80%), país que caminha rapidamente para a universalização do ensino superior.

Temos hoje cerca de 2 milhões de alunos matriculados no ensino superior. Desses, 21% estão nas universidades públicas federais, 13% nas universidades estaduais, 6% nas universidades públicas municipais e 60% nas universidades privadas. É verdade que, ao contrário do que ocorre na grande maioria das instituições privadas, a pesquisa de alto nível está fortemente concentrada nas públicas, especialmente nas redes federal e estadual de São Paulo. Mas isso não pode justificar o pequeno número de alunos que elas são capazes de absorver. É fundamental e urgente desenvolver estratégias de aumento das matrículas, garantindo a qualidade do ensino e da pesquisa.

Todos sabemos que, nos últimos anos, o sistema de financiamento das universidades públicas tem atravessado uma sucessão de crises, embora a qualidade geral do ensino tenha melhorado. Mesmo em momentos de crise, quadros bem qualificados são capazes de melhorar seu desempenho (fato, aliás, mundialmente reconhecido).

Essa melhoria, porém, não é suficiente para equacionar os difíceis problemas da nossa sociedade - sobretudo os da juventude, que precisa de excelente formação para disputar postos de trabalho em condições vantajosas e garantir o crescimento econômico e sociocultural do país. Assim, nós, que temos pleno conhecimento da dramática situação de 87% da juventude brasileira, sem acesso aos benefícios da ciência, da tecnologia e da cultura, Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 44

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impedida de participar da construção e das decisões da sociedade, estamos obrigados a buscar soluções urgentes. Do contrário, que futuro se pode esperar para uma tal sociedade? Não podemos nos comportar como a elite brasileira do século 19, que, na forma de escravidão, embora sabedora de seus malefícios, convivia com ela de forma hipócrita e desleal para com o país e seu povo.[...] O título do texto "Educação: o futuro está em nossas mãos" se explicita no segmento do texto:

(A) "Temos hoje cerca de 2 milhões de alunos matriculados no ensino superior. Desses, 21% estão nas universidades públicas federais, 13% nas universidades estaduais, 6% nas universidades públicas municipais e 60% nas universidades privadas";

(B) "Não podemos nos comportar como a elite brasileira do século 19, que, na forma de escravidão, embora sabedora de seus malefícios, convivia com ela de forma hipócrita e desleal para com o país e seu povo.[...]";

(C) "Essa melhoria, porém, não é suficiente para equacionar os difíceis problemas da nossa sociedade - sobretudo os da juventude, que precisa de excelente formação para disputar postos de trabalho em condições vantajosas e garantir o crescimento econômico e sociocultural do país";

(D) "Assim, nós, que temos pleno conhecimento da dramática situação de 87% da juventude brasileira, sem acesso aos benefícios da ciência, da tecnologia e da cultura, impedida de participar da construção e das decisões da sociedade, estamos obrigados a buscar soluções urgentes";

(E) "Do contrário, que futuro se pode esperar para uma tal sociedade?". Comentário: A questão pediu um trecho que demonstrasse uma ampliação do título. Percebemos que o trecho correto é o da alternativa (D), justamente o que se encontra no início da conclusão do texto, a qual é empregada para confirmar o tema central.

O título ressalta o dever de se fazer algo. Isso está expresso basicamente no trecho: "nós (... ) estamos obrigados a buscar soluções urgentes". A frase como um todo amplia essa ideia. Gabarito: D

Questão 52: BNDES Superior 2005 Uma lata de um conhecido refrigerante traz escrita a seguinte frase: "Mais importante do que a beleza é o conteúdo". Considerando-se ser essa uma frase publicitária, pode-se inferir que a leitura esperada pelos publicitários é a de que:

(A) a lata é bonita, mas mais valioso é o refrigerante; (B) a lata é feia, mas o produto é bom; (C) não importa a embalagem desde que o produto seja bom; (D) a lata não é para ser admirada, mas sim o refrigerante; (E) o refrigerante é ótimo apesar da embalagem. Comentário: A questão pede a inferência do texto, que na realidade é uma ampliação do entendimento da frase "Mais importante do que a beleza é o conteúdo". A alternativa (A) é a correta, pois o "refrigerante" é o conteúdo, o

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qual foi o elemento valorizado pela estrutura comparativa "Mais importante do que". A "beleza" é representada pela "lata". Gabarito: A

A partir da próxima aula, começaremos a inserir o comentário de provas na íntegra. Atente principalmente ao primeiro assunto desta aula: conjunções.

Grande abraço! Terror

Lista de questões

Questão 1: (IBGE / 2007 / Técnico) Fragmento do texto:

Segundo também leio, ele conta com a assistência de um advogado, mas, ao que parece, não tem direito a fiança e não pode explicar suas ações e certamente teve pedidos de habeas corpus indeferidos — porque ninguém fala cachorrês com a necessária fluência para um evento dessa magnitude.

Tampouco sei se a prisão é arbitrária, apesar de ser verdade, segundo testemunhas, que ele mordeu alguém, que deu queixa em juízo. (...) Em "Tampouco sei se a prisão é arbitrária", a parte em destaque pode ser substituída, sem alteração de sentido, por:

(A) Também não sei se ... (B) Apenas sei que ... (C) Mal sei se ... (D) Sei tão pouco que ... (E) Sei tanto que ...

Questão 2: Metrô 2008 Superior Não apenas a construção, mas também a operação das ferrovias dependeu de subsídios estatais.

O sentido correto da afirmativa acima está, em outras palavras, em:

(A) Não apenas a construção, nem também a operação das ferrovias dependeram de subsídios estatais. (B) Tanto a construção quanto a operação das ferrovias dependeram de subsídios estatais. (C) Não era apenas a construção, mas somente a operação das ferrovias que dependeu de subsídios estatais. (D) Não foi apenas a construção, nem a operação das ferrovias, que dependeram de subsídios estatais. (E) Apenas a construção, e não somente a operação das ferrovias, dependeu de subsídios estatais.

Questão 3: BNDES Superior 2005 Uma creche de São Paulo mandou fazer uma faixa - colocada na fachada do prédio - com os seguintes dizeres:

"Ame-os e deixe-os!". Sobre os dizeres contidos nessa faixa, só NÃO se pode dizer que:

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(A) há uma aparente contradição lógica entre os termos do período; (B) os dizeres recordam uma frase da época do "milagre brasileiro": "Brasil,

ame-o ou deixe-o!"; (C) a conjunção "e" substitui uma esperada conjunção "mas"; (D) o pronome "os" refere-se a "filhos"; (E) a creche reconhece a impossibilidade de amar como os pais.

Questão 4: (BNDES / 2009 / Superior) Fragmento do texto: Conclui-se, então, que o gerenciamento do estresse passa pelo desenvolvimento pessoal, além de programas efetivos de qualidade de vida no trabalho. Isso porque os custos do estresse não afetam apenas a saúde do trabalhador, mas, também, o bolso do empregador.

Reescrevendo a oração "Isso porque os custos do estresse não afetam apenas a saúde do trabalhador", o sentido NÃO se altera em: (A) Porque a saúde do trabalhador é afetada não apenas por isso mas também pelos custos do estresse. (B) Isso porque os custos apenas do estresse não afetam a saúde do trabalhador. (C) Isso porque somente a saúde do trabalhador não é afetada pelos custos do estresse. (D) Isso porque apenas os custos do estresse não afetam a saúde do trabalhador. (E) Isso porque não somente a saúde do trabalhador é afetada pelos custos do estresse.

Questão 5: (PROMINP / 2010 / Superior) Fragmento do texto: A cidade pode estar em velocidade máxima, os carros zunindo pela avenida, pessoas correndo de um lado para o outro nas ruas, e então surge aquela espaçonave branca atravessando o céu, seja decolando ou aterrissando, num ritmo tão lento que custamos a acreditar que consiga se manter no ar sem despencar. Não despencam. Nem disparam. Mantêm-se em slow. Planam, como pássaros que também são. Na linha argumentativa do texto, a opção cuja expressão corresponde, semanticamente, ao conector destacado em "Nem disparam.", é

(A) deste modo. (B) sem que. (C) até mesmo. (D) no entanto. (E) e sequer.

Questão 6: MPE RJ Superior 2007 Ainda há uma dificuldade em relacionar os problemas ambientais aos

nossos hábitos de consumo cotidianos. Quando compramos uma roupa, não pensamos nos agrotóxicos usados na plantação de algodão ou no trabalho escravo encontrado nas fazendas.

Entretanto, se queremos justiça social e preservação da natureza, vamos ter de mudar nossos hábitos de consumo.

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A palavra "entretanto", que inicia um dos parágrafos, foi empregada para introduzir:

(A) a exemplificação de uma idéia a partir de um novo argumento; (B) a contraposição a ser estabelecida entre uma solução e um problema; (C) o reforço de uma opinião polêmica anteriormente defendida; (D) a confirmação de uma idéia sugerida no parágrafo anterior; (E) a negação de uma tese contrária à que está sendo defendida.

Questão 7: (SECAD / 2009 / Superior) Em "As visitas no hospital acontecem em média duas vezes por mês, mas o grupo pretende expandir a periodicidade das visitas.", o conectivo destacado só NÃO pode ser substituído, devido a alterar o sentido original, por:

(A) não obstante. (B) no entanto. (C) todavia. (D) contudo. (E) porquanto.

Questão 8: (BNDES / 2010 / Superior) Fragmento do texto: "Só existem dois dias em que nada pode ser feito: um se chama ontem e o outro amanhã" - Dalai Lama. Início de ano é sempre a mesma coisa: "Este ano vou emagrecer", "Este ano vou arranjar um bom trabalho", "Este ano vou achar o amor da minha vida", este ano, este ano... e por aí vai. Vale tudo (ou quase tudo): roupa branca, pular sete ondas, comer lentilha, se consultar com cartomantes, tarólogos, astrólogos que podem até nos dar uma previsão. Contudo, mais que prever o futuro é preciso concebê-Jo! "Contudo, mais que prever o futuro...". Na linha argumentativa do texto, qual o conector que substitui, sem alteração de sentido, o destacado acima e que relação ele estabelece entre o enunciado que introduz e o anterior?

(A) não obstante - oposição. (B) por isso - conclusão. (C) porquanto - explicação. (D) de modo que - consequência. (E) enquanto - tempo.

Questão 9: BNDES Superior 2005 Na frase "Ou vai ou racha!", a conjunção OU tem o mesmo valor significativo que apresenta na seguinte frase:

(A) O turista compreendia inglês ou francês com facilidade; (B) As vaias ou os aplausos não perturbaram o presidente; (C) O empregado faz o que deve ou perde o emprego; (D) Na hora da premiação, chorava ou ria; (E) Morávamos no segundo ou no terceiro andar.

Questão 10: Sec Edu SP 2010 Superior Fragmento do Texto: Quatro ou cinco cavalheiros debatiam, uma noite, várias questões de alta transcendência, sem que a disparidade dos votos trouxesse a menor alteração aos espíritos. A casa ficava no morro de Santa Teresa, a sala era pequena, alumiada a velas, cuja luz fundia-se Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 48

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misteriosamente com o luar que vinha de fora. Entre a cidade, com as suas agitações e aventuras, e o céu, em que as estrelas pestanejavam, através de uma atmosfera límpida e sossegada, estavam os nossos quatro ou cinco investigadores de coisas metafísicas, resolvendo amigavelmente os mais árduos problemas do universo. Por que quatro ou cinco? Rigorosamente eram quatro os que falavam; mas, além deles, havia na sala um quinto personagem, calado, pensando, cochilando, cuja espórtula no debate não passava de um ou outro resmungo de aprovação. O autor utiliza-se da conjunção ou, na expressão quatro ou cinco, que se repete ao longo do texto. Com essa conjunção o autor quis expressar:

(A) alternância entre os elementos. (B) equívoco. (C) comparação entre os elementos. (D) dúvida. (E) redução de um dos elementos.

Questão 11: (Petrobras / 2010 / Técnico) "Portanto, plante você mesmo seu jardim...".

O conector que NÃO pode substituir o destacado na passagem acima, por provocar alteração de sentido, é

(A) logo. (B) então. (C) todavia. (D) assim. (E) por conseguinte.

Questão 12: (REFAP / 2007 / Superior) Fragmento do texto:

Ser aceito é ser percebido antes de ser entendido. É ser acolhido antes de ser querido. É ser recebido antes de ser conhecido. É ser experimentado antes da experiência. É, pois, um estado de compreensão prévia, que abre caminho para uma posterior concordância ou discordância, sem perda do afeto natural por nossa maneira de ser. "É, pois, um estado de compreensão prévia". Assinale a opção em que o

vocábulo destacado tem o mesmo valor semântico que o do destacado na passagem acima.

(A) Ele é tão irreverente que chega a ser mal educado. (B) Como disse a verdade, não foi punido. (C) Você foi injusto com seu amigo; deve, portanto, desculpar-se com ele. (D) Não veio à reunião, pois estava acamado. (E) Fiquei atento porque você será chamado a seguir.

Questão 13: (BNDES / 2009 / Superior) Fragmento do texto:

Para chegar a esta conclusão foram analisados três fatores: as pressões e as demandas no trabalho, o nível de ansiedade (somática, comportamental e cognitiva) e o nível de tensão muscular e a satisfação profissional.

Conclui-se, então, que o gerenciamento do estresse passa pelo desenvolvimento pessoal, além de programas efetivos de qualidade de vida no trabalho.

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Em "Conclui-se, então, que o gerenciamento do estresse passa pelo desenvolvimento pessoal,", o conectivo destacado NÃO pode ser substituído, sem alteração de sentido, por:

(A) pois. (B) por conseguinte. (C) assim. (D) entretanto. (E) portanto.

Questão 14: (TRT 23 R 2007 Técnico) Fragmento do texto: A integração europeia representa o inédito na vida internacional. É uma resposta historicamente distinta de qualquer outra no trato dos três conhecidos problemas inerentes à dinâmica do funcionamento do sistema internacional, no qual paz e guerra se alternam. Com efeito, a Europa que se constituiu a partir do Tratado de Roma logrou: 1) captar e levar adiante o interesse comum; 2) administrar as desigualdades do poder; e 3) mediar e dirimir pacificamente controvérsias e conflitos de valores. ... logrou: 1) captar e levar adiante o interesse comum; 2) administrar as desigualdades do poder; e 3) mediar e dirimir pacificamente controvérsias e conflitos de valores.

Os dois-pontos introduzem, considerando-se o contexto, (A) citação exata de anotações em documentos referentes ao assunto. (B) segmento enumerativo e explicativo, importante para dar continuidade à explanação das ideias. (C) repetição, com detalhes necessários, de um dado anteriormente apontado. (D) gradação na seqüência dos itens, para assinalar a importância maior do seguinte em relação ao anterior. (E) condição importante no desenvolvimento, como justificativa das medidas citadas anteriormente.

Questão 15: AGU Superior 2006 Há um caminho simples: proibir. Há o caminho correto: educar. Pois cidadãos responsáveis e consumidores conscientes se forjam com informação. "Pois cidadãos responsáveis e consumidores conscientes se forjam com informação"; este terceiro período do primeiro parágrafo funciona como:

(A) justificativa do primeiro período; (B) explicação do segundo período; (C) causa do segundo período; (D) exemplificação do segundo período; (E) conclusão dos dois períodos anteriores.

Questão 16: (BACEN 2005 Analista) O requisito para que a máquina neoliberal funcione é mais refinado do que a venda dos mesmos sabonetes ou filmes para todos. Trata-se de alimentar um sonho infinito de perfectibilidade (...).

Entre os dois períodos acima, há uma conexão lógica que se manteria com a substituição do segmento sublinhado por

(A) para todos; assim como há a necessidade de (B) para todos? Não, já que se trata de (C) para todos? Sim, a despeito de consistir em

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(D) para todos, conquanto seja o caso de (E) para todos, pois consiste em

Questão 17: (Petrobras / 2010 / Superior) Em "Não minta para você, essa é a forma mais rápida de se perder.", relacionando a 2a oração com a 1a, o conectivo que NÃO poderia introduzir a 2a oração, por provocar alteração do sentido inicial, é

(A) porquanto. (B) que. (C) pois. (D) logo. (E) porque.

Questão 18: (FUNASA / 2009 / Superior)

A primeira frase do personagem pode ser lida como uma hipótese formulada a partir da fala que faz a seguir. Apesar de não estarem ligadas por um conectivo, pode-se perceber a relação estabelecida entre as duas orações. O conectivo que deve ser usado para unir essas duas orações, mantendo o sentido, é

(A) embora. (B) entretanto. (C) logo. (D) se. (E) pois.

Questão 19: (REFAP / 2007 / Superior) Fragmento do texto:

Lorca interpela os que se beneficiam com esse sistema, investe contra a contabilidade deles: "Embaixo das multiplicações / há uma gota de sangue de pato. / Embaixo das divisões, há uma gota de sangue de marinheiro".

Acusa os detentores do poder e da riqueza de camuflarem a dura realidade social para fazê-la aparecer apenas como espaço de rudes entretenimentos e vertiginoso progresso tecnológico. Furioso, brada: "Cuspo-lhes na cara".

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E possível que alguns aspectos da reação do poeta nos pareçam exagerados, unilaterais. Afinal, Nova York também é lugar de cultura, tem museus maravilhosos, encena peças magníficas, faz um excelente cinema, apresenta espetáculos musicais fantásticos. Em "Afinal, Nova York também é lugar de cultura", o termo destacado introduz um novo período, atribuindo a este, em relação ao anterior, a noção de:

(A) explicação. (B) conclusão. (C) finalização. (D) oposição. (E) condição

Questão 20: (TRE - ES / 2011 / Técnico) Fragmento de texto: Octaciano Nogueira, em trabalho a respeito do tema, parte da premissa de que essa distorção "não é obra do regime militar, que, na verdade, se utilizou desse expediente, como de inúmeros outros, para reforçar a Arena, durante o bipartidarismo; sua origem remonta à Constituinte de 1890, quando, por sinal, o problema foi exaustivamente debatido; a partir daí, incorporou-se à tradição de nosso direito constitucional legislado, em todas as subsequentes constituições; e o princípio, portanto, estabelecido durante as fases democráticas sob as quais viveu o País e mantido sempre que se restaurou o livre debate, subsequente aos regimes de exceção, foi invariavelmente preservado, como ocorreu em 1946 e 1988."

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) Os três sinais de ponto e vírgula empregados neste parágrafo do texto poderiam ser substituídos, com correção, por ponto final, ajustando-se as iniciais maiúsculas nos novos períodos e suprimindo-se a conjunção "e" do segmento "e o princípio".

Questão 21: ANAC Superior 2007 "Houve alguma confusão acerca do que estava errado na prática da "maquiagem". Uma empresa tem todo direito de diminuir, quando e quanto quiser, o volume contido na embalagem de seus produtos. O que estava errado na prática da "maquiagem", e que configura um desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor, era que as empresas mudaram os seus produtos sem avisar clara e antecipadamente o consumidor do que estavam fazendo."

Entre os três períodos desse parágrafo do texto, os conectores adequadamente empregados em lugar dos pontos seriam:

(A) pois - no entanto; (B) já que - embora; (C) visto que - apesar de; (D) porque - pois; (E) então - já que.

Questão 22: MPE RJ Superior 2007 "Nossa sociedade é chamada 'sociedade de consumo' porque consumir se tornou uma atividade cotidiana".

Assinale a opção que NÃO mantém na segunda oração a idéia causal:

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(A) ...conquanto consumir se tornou uma atividade cotidiana; (B) ...porquanto consumir se tornou uma atividade cotidiana; (C) ...visto que consumir se tornou uma atividade cotidiana; (D) ...uma vez que consumir se tornou uma atividade cotidiana; (E) ...que consumir se tornou uma atividade cotidiana.

Questão 23: MPE RJ Superior 2007 "Os jovens tiveram acesso ao crédito fácil demais nos últimos dois anos. Ficaram deslumbrados e perderam o controle", diz Antônio Praxedes, vice-presidente da Telecheque. Ao falar sobre o assunto, Praxedes utiliza o conectivo E para ligar os segmentos "ficaram deslumbrados" e "perderam o controle". Há duas relações entre esses dois segmentos: uma de adição, e outra de:

(A) comparação; (B) oposição; (C) proporcionalidade; (D) causalidade; (E) finalidade.

Questão 24: (Petrobras / 2010 / Técnico) Em "E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, pois o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, uma vez que o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.", o conectivo sublinhado introduz uma oração que, em relação à anterior, configura-se como

(A) condicional. (B) proporcional. (C) consecutiva. (D) causal. (E) concessiva.

Questão 25: (Petrobras / 2011 / Técnico) "(...)meus pais estavam precisando de dinheiro e venderam o sítio." O trecho acima transcrito pode ser reescrito, mantendo o mesmo sentido, como: (A) Meus pais venderam o sítio porque precisavam de dinheiro. (B) Meus pais venderam o sítio embora precisassem de dinheiro. (C) Meus pais venderam o sítio apesar de precisarem de dinheiro. (D) Meus pais precisavam de dinheiro mas venderam o sítio. (E) Meus pais precisavam de dinheiro se venderam o sítio.

Questão 26: (PROMINP / 2010 / Superior) Em "num ritmo tão lento que custamos a acreditar...", o conectivo destacado introduz uma ideia de

(A) consequência. (B) conclusão. (C) oposição. (D) explicação. (E) causa.

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Questão 27: (PROMINP / 2010 / Médio) Observe os fragmentos abaixo. I - "Foi de tanto machucar os pés ao caminhar descalço que algum remoto

ancestral inventou o calçado," II - "Cansado de beber água usando as próprias mãos, alguém concebeu o

copo." III - "Foi esse rumo que o motorista de caminhão aposentado José Roberto

Rodrigues, de 55 anos, escolheu."

Há relação de causa e consequência APENAS em

(A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III.

Questão 28: (BACEN / 2009 / Técnico) No fragmento "O novo acordo precisa ir muito além de Kyoto, se a meta for impedir que o aumento da temperatura média da atmosfera ultrapasse 2 °C de aquecimento neste século, como recomenda a maioria dos climatologistas.", o termo "se" tem o sentido equivalente ao de

(A) logo que. (B) à medida que. (C) no caso de. (D) apesar de. (E) uma vez que.

Questão 29: MPE RJ Superior 2007 Nossa sociedade é chamada de "sociedade de consumo" porque

consumir se tornou uma atividade cotidiana que foi além da idéia inicial de satisfazer necessidades para se tornar até uma doença. Consumimos de forma impulsiva, e "ser alguém" passa a estar associado à posse de determinados produtos ou ao uso de determinados serviços.

O consumismo não existiria sem a publicidade, ferramenta fundamental para influenciar padrões de consumo, formar estilos de vida e, conseqüentemente, criar necessidades que, independentemente de serem físicas e biológicas, podem ser psicossociais. Na expressão "O consumismo não existiria sem a publicidade" (2° parágrafo), o sintagma "sem a publicidade" relaciona-se com o verbo "existir" atribuindo-lhe um argumento:

(A) concessivo; (B) condicional; (C) consecutivo; (D) explicativo; (E) temporal.

Questão 30: (Petrobras / 2010 / Médio) Fragmento do texto: "Se és homem, ergue os olhos para admirar os que empreenderam coisas grandiosas, ainda que hajam fracassado". (Sêneca) A locução destacada em "ainda que hajam fracassado." pode ser substituída,

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Questão 31: (Petrobras / 2010 / Médio) Fragmento do texto: Assim como amor e ódio são vizinhos de um mesmo quintal, o fracasso e o sucesso são igualmente separados por uma linha tênue. Mas o sucesso é vaidoso, tem muitos pais, motivo pelo qual costuma ostentar-se publicamente. Nasce em função do fracasso e não raro sobrevive às custas dele - do demérito de outrem. Por outra via, deve-se lembrar que o sucesso faz o fracasso de muitos homens... Neste parágrafo, o primeiro período estrutura-se por

(A) uma relação de oposição. (B) uma relação de comparação. (C) causa e efeito. (D) análise e classificação . (E) apresentação de fatos.

Questão 32: (SEAD / 2005 / Técnico) "Porque, por mais que se viva, cada dia descubro novidades: deliciosas ou assustadoras."

A ideia expressa pela oração sublinhada é de:

(A) tempo. (B) causa. (C) concessão. (D) condição. (E) comparação.

Questão 33: MPE RJ Médio 2001 Sempre que se reúnem para lamuriar, os empresários falam no Custo Brasil, no preço que pagam para fazer negócios num país com regras obsoletas e vícios incrustados. "...no preço que pagam para fazer negócios..."; a forma desenvolvida da oração reduzida iniciada por para fazer é:

a) para que se façam negócios... ; b) para que fizessem negócios...; c) para que façam negócios...; d) para fazerem negócios...; e) para que sejam feitos negócios...

Questão 34: (BNDES / 2011 / Superior) Fragmento de texto: Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos. Desenvolvendo-se a oração reduzida "Para ser notado,", tem-se:

(A) para ter sido notado Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 55

sem alterar o sentido, por

(A) à medida que. (D) visto que.

(B) mesmo que. (E) desde que.

(C) assim que.

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(B) para que fosse notado (C) para que tenha notado (D) para que seja notado (E) para que se note

Questão 35: (PROMINP / 2010 / Superior) Desenvolvendo-se a oração reduzida de infinitivo "...para buscar a poesia...", a opção correspondente, semanticamente, é (A) contanto que se busque a poesia. (B) posto que se busque a poesia. (C) a fim de que se busque a poesia. (D) desde que se busque a poesia. (E) devido a buscar-se a poesia.

Questão 36: (CITEPE / 2011 / Médio) Fragmento do texto: Conta-se que ela foi descoberta por uma imperatriz chinesa, que tomava uma xícara de chá sob uma amoreira, quando um casulo do bicho-da-seda caiu no seu chá. Ela, ao tentar puxar a ponta de fio do casulo, fez com que fino fio de seda se desenrolasse, amolecido pela água quente do chá. A oração reduzida "ao tentar puxar a ponta de fio do casulo," transmite uma ideia de

(A) finalidade (B) concessão (C) condição (D) tempo (E) consequência

Questão 37: BB 2011 Escriturário Fragmento do texto: O exercício da memória, seu exercício mais intenso e mais contundente, é indissociável da presença dos velhos entre nós. Quando ainda não contidos pelo estigma de improdutivos, quando por isso ainda não constrangidos pela impaciência, pelos sorrisos incolores, pela cortesia inautêntica, pelos cuidados geriátricos impessoais, pelo isolamento, quando então ainda não-calados, dedicam-se os velhos, cheios de espontaneidade, à cerimônia da evocação, evocação solene do que mais impressionou suas retinas tão fatigadas, enquanto seus interesses e suas mãos laborosas participavam da norma e também do mistério de uma cultura. Na iminência de um temporal, o enorme tronco, que armazena grande quantidade de líquido, dá uma descarga de água para as raízes - resultado da variação atmosférica.

O sentido do trecho grifado acima está reproduzido com outras palavras em: (A) Quando se aproxima uma tempestade ... (B) Com a força destruidora das águas ... (C) Para que o temporal venha com força ... (D) Desde que venha a cair uma forte chuva ... (E) Depois de uma forte tempestade ...

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Questão 38: (Petrobras / 2010 / Superior) Fragmento do texto: Como podemos superar esses momentos? Como fazer para evitar esses erros súbitos? Perguntas a que também quero responder, afinal, sou humano e cometo todos os erros inerentes a minha condição, contudo, posso afirmar que o mundo não acaba amanhã e, retirando a morte, as decisões podem ser adiadas, lembrando que algumas delas geram ônus e multas. No direito e na medicina isso é mais complexo, mas em muitas outras áreas isso é perfeitamente aceito. A máxima de que "não deixe para fazer amanhã o que você pode fazer hoje" não é tão máxima assim. Devemos lembrar que nada é absoluto, mas relativo. Em "No direito e na medicina isso é mais complexo,", o elemento destacado faz referência semântica, especificamente, a que passagem do texto?

(A) "...cometo todos os erros..." (B) "...o mundo não acaba amanhã..." (C) "retirando a morte," (D) "as decisões podem ser adiadas," (E) "...em muitas outras áreas..."

Questão 39: (TRE - TO/ 2006 / Analista)

1 Um dos lugares-comuns do pensamento político é o de que o sistema democrático exige a descentralização do poder. Democracia não é só o governo do povo, mas o governo do povo

4 a partir de sua comunidade. Esse é um dos argumentos clássicos para o voto distrital: o eleitor fortalece seu poder, ao associá-lo ao de seus vizinhos. Em países de boa tradição democrática, esses

7 vizinhos discutem, dentro dos comitês dos partidos, mas também fora deles, suas idéias com os candidatos. Embora isso não signifique voto imperativo — inaceitável em qualquer situação

10 —, o parlamentar escolhido sabe que há o eleitor múltiplo e bem identificado, ao qual deverá dar explicações periódicas. Se a esse sistema se vincula a possibilidade do recall, do contramandato,

13 cresce a legitimidade do instituto da representação parlamentar. O fato é que, com voto distrital ou não, tornou-se inadiável a discussão em torno do sistema federativo. Quem conhece o Brasil

16 fora das campanhas eleitorais sabe das profundas diferenças entre os estados.

Mauro Santayana. Jornal do Brasil, 24/11/2006.

Acerca das relações lógico-sintáticas do texto acima, assinale a opção

incorreta.

(A) "-lo", em "associá-lo" (linha 5), refere-se a "poder" (linha 2).

(B) "deles" (linha 8) refere-se a "comitês dos partidos" (linha 7).

(C) "isso" (linha 8) refere-se a "discutem, dentro dos comitês dos partidos, mas também fora deles, suas idéias com os candidatos" (linha 7-8).

(D) "ao qual" (linha 11) refere-se a "parlamentar escolhido" (linha 10).

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Questão 40: Eletrobras 2007 - Superior Fragmento do texto:

O teste definitivo para você saber se você está ou não integrado no mundo moderno é a secretária eletrônica. O que você faz quando liga para alguém e quem atende é uma máquina.

Tem gente que nem pensa nisso. Falam com a secretária eletrônica com a maior naturalidade, qual é o problema? E apenas um gravador estranho com uma função a mais. "Tem gente que nem pensa nisso". O pronome sublinhado se refere:

(A) à existência de secretárias eletrônicas; (B) ao fato de sermos atendidos por máquinas; (C) ao teste de integração no mundo moderno; (D) à impossibilidade de falar com alguém para quem se ligou; (E) à dificuldade de dialogar com uma máquina.

Questão 41: Eletrobras 2007 - Superior Fragmento do texto: O teste definitivo para você saber se você está ou não integrado no mundo moderno é a secretária eletrônica. O que você faz quando liga para alguém e quem atende é uma máquina. "O que você faz quando liga para alguém e quem atende é uma máquina". O comentário correto sobre o vocábulo O, colocado ao início desse período do texto, é que se trata de:

(A) um pronome demonstrativo, referindo-se a "teste"; (B) um artigo definido, determinando a oração seguinte; (C) um pronome pessoal, equivalendo a "ele"; (D) um pronome interrogativo, juntamente com "que"; (E) um pronome indefinido, correspondendo a "algum".

Questão 42: (CITEPE / 2011 / Médio) Fragmento do texto: Ela, ao tentar puxar a ponta de fio do casulo, fez com que fino fio de seda se desenrolasse, amolecido pela água quente do chá. Diz ainda a lenda que a imperatriz fez um fino manto de seda para o imperador.

Em "Diz ainda a lenda que a imperatriz fez um fino manto de seda para o imperador.", o elemento destacado é um conector de

(A) inclusão (B) oposição (C) comparação (D) explicação (E) retificação

Questão 43: SEAGE Superior 2006 Desde que a TV surgiu, nos anos 40, fala-se do seu poder de causar

dependência. Os educadores dos anos 60 bradaram palavras acusando-a de "chupeta eletrônica". Os militantes políticos creditavam a ela a alienação dos povos. Era um demônio que precisava ser destruído. Continuou a existir, e quem cresceu vendo desenhos animados, enlatados americanos e novelas Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 58

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globais não foi mais imbecilizado - ao menos não por esse motivo. Ponto para a televisão, que provou ser também informativa, educativa e (por que não) um ótimo entretenimento. Com exceção da qualidade da programação dos canais abertos, tudo melhorou. Mas começaram as preocupações em relação aos telespectadores que não conseguem dormir sem o barulho eletrônico ao fundo. Ou aos que deixam de ler, sair com amigos e até de namorar para dedicar todo o tempo livre a ela, ainda que seja pulando de um programa para o outro. "Nada nem ninguém me faz sair da frente da TV quando volto do trabalho", afirma a administradora de empresas Vânia Sganzerla. A alternativa em que o termo sublinhado - todos do primeiro parágrafo do texto - NÃO tem seu referente identificado como a televisão é:

(A) "Desde que a TV surgiu, nos anos 40, fala-se do seu poder de causar dependência";

(B) "Os educadores dos anos 60 bradaram palavras acusando-a de 'chupeta eletrônica' ";

(C) "Era um demônio que precisava ser destruído"; (D) "Ponto para a televisão, que provou também ser informativa..."; (E) "Os militantes políticos creditaram a ela a alienação dos povos".

Questão 44: MPE RJ 2007 - Superior "Os jovens ficaram deslumbrados e perderam o controle", diz José Antônio Praxedes.

A frase acima exemplifica o uso do discurso direto.

Transpondo-a para o discurso indireto e evitando-se o emprego do verbo "dizer", uma das possibilidades de reescritura, segundo a língua padrão, é:

(A) José Antônio Praxedes afirma de que os jovens ficaram deslumbrados e perderam o controle;

(B) José Antônio Praxedes resume: os jovens ficaram deslumbrados e perderam o controle;

(C) E que os jovens ficaram deslumbrados e perderam o controle - define José Antônio Praxedes;

(D) Opina José Antônio Praxedes que os jovens ficaram deslumbrados e perderam o controle;

(E) José Antônio Praxedes fala em jovens que ficaram deslumbrados e perderam o controle.

Questão 45: Eletrobras Superior 2007 "...eu telefono depois"; se colocamos essa frase na forma de discurso indireto, iniciando-a por "ele disse que...", a forma adequada é:

(A) telefonará no dia seguinte; (B) telefonará depois; (C) telefonava no dia seguinte; (D) telefona mais tarde; (E) telefonaria depois.

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Questão 46: CVM 2005 - Médio Um anúncio apresentava a seguinte frase: "Filho, compre aqui nesta loja um celular para mim"; uma forma adequada de discurso indireto dessa frase é:

(A) O pai disse ao filho que ele comprasse ali nessa loja um celular para ele;

(B) A mãe disse ao filho que ele comprasse lá naquela loja um celular para ela;

(C) O pai disse ao filho dele que comprasse um celular para ele na loja;

(D) O pai disse ao filho que compre naquela loja um celular para o pai dele;

(E) A mãe disse ao filho que comprasse ali naquela loja um celular para ele.

Questão 47: ANAC 2007 - Médio "Donde vieram esses sujeitos em mangas de camisa?" - se colocarmos essa frase em discurso indireto, sua forma adequada será:

(A) Ele perguntou de onde havia vindo aquela gente em mangas de camisa; (B) ele perguntou de onde essa gente em mangas de camisa tinha vindo; (C) ele perguntou de onde essa gente em mangas de camisa viera; (D) ele perguntou de onde aquela gente em mangas de camisa vinha; (E) ele perguntou de onde viera esta gente em mangas de camisa.

Questão 48: Eletrobrás Superior 2003 TEXTO - E sabido que o fato novo assusta os indivíduos, que preferem o mal velho, testado e vivido, à experiência nova, sempre ameaçadora. Se você disser ao cidadão desprevenido que o leite, por ser essencial, deve sair das mãos dos particulares para cooperativas ou entidades estatais, se você disser que os bancos, vivendo exclusivamente das poupanças populares, não têm nenhuma razão de estar em mãos privadas, o cidadão o olhará com olhos perplexos de quem vê alguém propondo algo muito perigoso. Mas, se, ao contrário, você advogar a tese de que a água deveria ser explorada por particulares, todos se voltarão contra você pois - com toda razão - jamais poderiam admitir essa hipótese, tão acostumados estão com essa que é uma das mais antigas realizações comunitárias do homem: a água é direito e serventia de todos. Por isso o cidadão deve ficar alerta, sobretudo para com os malucos, excepcionais e marginais, pois estes, quase sempre, são os que trazem as mais espantosas propostas de renovação contra tudo o que foi estabelecido.

(Millôr Fernandes, Livro vermelho dos pensamentos de Millôr) A conclusão global do texto é a de que:

(A) a água é direito e serventia de todos; (B) todos os cidadãos se voltarão contra você; (C) o cidadão deve ficar alerta para com malucos, excepcionais e marginais; (D) os malucos, os excepcionais e os marginais são os que trazem as mais

espantosas propostas de renovação; (E) a água deveria ser explorada por particulares.

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Questão 49: AGU Superior 2006 Há um caminho simples: proibir. Há o caminho correto: educar. Pois cidadãos responsáveis e consumidores conscientes se forjam com informação. O texto é do tipo argumentativo e a tese apresentada por seu autor pode ser resumida do seguinte modo:

(A) educar, sim; proibir, não; (B) proibir é melhor que educar; (C) educar é mais fácil que proibir; (D) educar é proibir; (E) proibir, segundo a lei.

Questão 50: PRF Médio 2008 Fragmento do texto: Houve uma época em que os homens viviam bem mais próximos do céu. E o céu, dos homens. Imagine um mundo sem luz elétrica, esparsamente povoado, um mundo praticamente sem tecnologia, fora os arados dos campos e os metais das ferramentas e das espadas. Nesse mundo, o céu tinha um significado muito diferente do que tem hoje. A sobrevivência das pessoas dependia de sua regularidade e clemência. Assinale a opção em que é apresentado resumo do parágrafo acima de acordo com a técnica de resumo de frases e textos.

A Em um mundo sem energia elétrica e quase sem tecnologia, os homens atribuíam ao céu o poder de lhes determinar a sobrevivência, o que os tornava mais próximos do céu do que são atualmente.

B Nos primórdios da humanidade, quando os homens usavam apenas arados, espadas e algumas ferramentas, os homens sabiam que, diferentemente do que ocorre hoje, dependiam da clemência do céu e da regularidade das tempestades.

C Há muitos e muitos anos, quando ainda não estava disponível a energia elétrica e quando a tecnologia era muito atrasada e pouco útil, os homens valorizavam muito o que observavam de regularidade no céu porque era ele que lhes indicava se a sobrevivência deles corria risco.

D Os homens já viveram mais próximos do céu do que vivem nos dias atuais. Isso aconteceu porque não se usava luz elétrica nem havia toda a tecnologia atual. Naquela época, os homens respeitavam o céu, porque não sabiam defender-se de tempestades.

E Num passado remoto, as únicas tecnologias que os homens dominavam eram o arado e metais de ferramentas e espadas. Não havia luz elétrica nessa época e, por isso, o céu era observado apenas à noite, quando os homens temiam os fenômenos inesperados. Isso os aproximava e garantiu a sobrevivência da espécie humana.

Questão 51: AGE MT Superior 2004 ^ EDUCAÇÃO: O FUTURO ESTA EM NOSSAS MÃOS

José Henrique Vilhena - Folha de São Paulo A posição do Brasil no que se refere ao acesso da juventude ao nível

superior, comparada com a de diversos países (em especial na América Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 61

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Latina), é no mínimo lamentável. O número de matriculados corresponde a cerca de 13% da população entre 20 e 24 anos, muito inferior ao da Argentina (39%), Chile (37%), Bolívia (23%), França (50%), Espanha (46%) ou EUA (80%), país que caminha rapidamente para a universalização do ensino superior.

Temos hoje cerca de 2 milhões de alunos matriculados no ensino superior. Desses, 21% estão nas universidades públicas federais, 13% nas universidades estaduais, 6% nas universidades públicas municipais e 60% nas universidades privadas. E verdade que, ao contrário do que ocorre na grande maioria das instituições privadas, a pesquisa de alto nível está fortemente concentrada nas públicas, especialmente nas redes federal e estadual de São Paulo. Mas isso não pode justificar o pequeno número de alunos que elas são capazes de absorver. E fundamental e urgente desenvolver estratégias de aumento das matrículas, garantindo a qualidade do ensino e da pesquisa.

Todos sabemos que, nos últimos anos, o sistema de financiamento das universidades públicas tem atravessado uma sucessão de crises, embora a qualidade geral do ensino tenha melhorado. Mesmo em momentos de crise, quadros bem qualificados são capazes de melhorar seu desempenho (fato, aliás, mundialmente reconhecido).

Essa melhoria, porém, não é suficiente para equacionar os difíceis problemas da nossa sociedade - sobretudo os da juventude, que precisa de excelente formação para disputar postos de trabalho em condições vantajosas e garantir o crescimento econômico e sociocultural do país. Assim, nós, que temos pleno conhecimento da dramática situação de 87% da juventude brasileira, sem acesso aos benefícios da ciência, da tecnologia e da cultura, impedida de participar da construção e das decisões da sociedade, estamos obrigados a buscar soluções urgentes. Do contrário, que futuro se pode esperar para uma tal sociedade? Não podemos nos comportar como a elite brasileira do século 19, que, na forma de escravidão, embora sabedora de seus malefícios, convivia com ela de forma hipócrita e desleal para com o país e seu povo.[...] O título do texto "Educação: o futuro está em nossas mãos" se explicita no segmento do texto:

(A) "Temos hoje cerca de 2 milhões de alunos matriculados no ensino superior. Desses, 21% estão nas universidades públicas federais, 13% nas universidades estaduais, 6% nas universidades públicas municipais e 60% nas universidades privadas";

(B) "Não podemos nos comportar como a elite brasileira do século 19, que, na forma de escravidão, embora sabedora de seus malefícios, convivia com ela de forma hipócrita e desleal para com o país e seu povo.[...]";

(C) "Essa melhoria, porém, não é suficiente para equacionar os difíceis problemas da nossa sociedade - sobretudo os da juventude, que precisa de excelente formação para disputar postos de trabalho em condições vantajosas e garantir o crescimento econômico e sociocultural do país";

(D) "Assim, nós, que temos pleno conhecimento da dramática situação de 87% da juventude brasileira, sem acesso aos benefícios da ciência, da tecnologia e da cultura, impedida de participar da construção e das

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decisões da sociedade, estamos obrigados a buscar soluções urgentes";

(E) "Do contrário, que futuro se pode esperar para uma tal sociedade?".

Questão 52: BNDES Superior 2005 Uma lata de um conhecido refrigerante traz escrita a seguinte frase: "Mais importante do que a beleza é o conteúdo". Considerando-se ser essa uma frase publicitária, pode-se inferir que a leitura esperada pelos publicitários é a de que:

(A) a lata é bonita, mas mais valioso é o refrigerante; (B) a lata é feia, mas o produto é bom; (C) não importa a embalagem desde que o produto seja bom; (D) a lata não é para ser admirada, mas sim o refrigerante; (E) o refrigerante é ótimo apesar da embalagem.

GABARITO

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1. A 2. B 3. E 4. E 5. E 6. B 7. E 8. A 9. C 10. D 11. C 12. C 13. D 14. B 15. B 16. E 17. D 18. E 19. A 20. C 21. A 22. A 23. D 24. D 25. A 26. A 27. D 28. C 29. B 30. B 31. B 32. C 33. C 34. B 35. C 36. D 37. A 38. D 39. D 40. B 41. A 42. A 43. C 44. D 45. E 46. B 47. A 48. C 49. A 50. E 51. D 52. A