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CONTRATOS Aula 4 Professor: Gildásio Pedrosa de Lima Direito Civil III - 2º Semestre 2013 [email protected] Telefone: 9814-8157 1

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CONTRATOSAula 4

Professor: Gildásio Pedrosa de LimaDireito Civil III - 2º Semestre [email protected]: 9814-8157

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1. Vício Redibitório

Vícios Redibitórios são defeitos jurídicos que diminuem o valor ou prejudicam a utilização da coisa recebida por força de um contrato comutativo.Art. 441 ao 446

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1. Vício Redibitório

Vício oculto (não aparente) que torna a coisa imprópria ao uso ou diminui o seu valor.

Deve estar presente no momento da Tradição.

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1. Vício Redibitório

Garantia contratual x Erro (subjetivo)

Consequências (art. 442):a) rejeitar a coisa, redibindo o contrato. ação redibitóriab) Reclamar o abatimento do preço

ação quanti minoris 4

1. Vício Redibitório

Conhecimento do Vício pelo alienante, art. 443, incorre em perdas e danos.Norma decorre da boa-fé objetiva e do dever de lealdade.

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1. Vício RedibitórioPrazo para denunciar o contrato ou reclamar o

abatimento é DECADENCIAL.

Art. 445:30 dias para coisas móveis1 ano para coisas imóveis

Reduz à metade se o adquirente já estava na posse. Conta-se da alienação.

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1. Vício Redibitório

PRAZO:

§ 1º: 180 dias

§ 2º: Animais – Lei Especial ou Usos do Local ou 180 dias.

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1. Vício Redibitório

Vícios Redibitórios e o CDC

Art. 18 e seguintes do CDC.

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1. Vício RedibitórioDIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. CONTRATO DE COMPRA E VENDA. CAMINHÃO E BOMBA-LANÇA CONCRETO (ACOPLADOS). VÍCIO REDIBITÓRIO. CÓDIGO CIVIL. CERCEAMENTO DE DEFESA. DECADÊNCIA. OPERAÇÃO DO MAQUINÁRIO. SUBSTITUIÇÃO DO BEM. HONORÁRIOS DE ADVOGADO. ELEVAÇÃO. PERÍCIA. CUSTO. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. RATEIO.

1. Sendo o juiz o destinatário último da prova (CPC, 131), cabe a ele, diante do livre convencimento motivado (CF, IX, 93), avaliar sobre a necessidade de elastério probatório. Não há, diante disso, cerceamento de defesa se a conclusão for pelo indeferimento de produção da prova requerida pela parte.

2. Nos termos do parágrafo primeiro do artigo 445 do Código Civil, o prazo para reclamar vício redibitório, em se tratando de defeito que, pela sua natureza, só foi percebido ao depois, é de 180 (cento e oitenta dias), contados da data da ciência.

3. Aperícia judicial realizada nos autos permite a conclusão no sentido de que o dano experimentado pela empresa adquirente não é resultante de imperícia no uso do equipamento/maquinário.

4. É adequada a decisão de substituição do bem pelo vendedor, com a respectiva devolução pelo adquirente do bem defeituoso, se restou comprovada existência de vício no produto adquirido.

5. Se a verba honorária, no valor em que fixada em primeira instância, não representa adequada contrapartida aos serviços advocatícios realizados nos autos, então se mostra necessária a majoração correspondente.

6. Adespesa com o pagamento do perito judicial deve ser suportada pela parte sucumbente. Em tendo havido sucumbência recíproca, essa verba deve ser rateada na proporção determinada judicialmente.

7. Recursos conhecidos. Negado provimento integral ao da ré, e dado parcial provimento ao da adquirente. Sentença reformada parcialmente.

(Acórdão n.703883, 20120110033445APC, Relator: MARIO-ZAM BELMIRO, Revisor: NÍDIA CORRÊA LIMA, 3ª Turma Cível, Data de Julgamento:

07/08/2013, Publicado no DJE: 21/08/2013. Pág.: 126)

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1. Vício RedibitórioAPELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS. VÍCIO REDIBITÓRIO. PRAZO DECADENCIAL DE TRINTA DIAS. EXEGESE DO § 1º DO ARTIGO 445 DO NOVO CÓDIGO CIVIL. DECADÊNCIA CONFIGURADA.-A decadência faz perecer o direito potestativo do sujeito pela inação de seu titular ao longo do prazo previsto em lei.-Vícios redibitórios possuem prazo decadencial prescrito no artigo 445 do Código Civil.-Veículo que apresenta grave defeito em seu motor poucos dias após a sua tradição está inserido nas hipóteses de aplicação do § 1º do artigo 445 do CC/02, com prazo decadencial para exercício do direito potestativo do seu titular fixado em trinta dias.-Recurso desprovido. Unânime.(Acórdão n.685166, 20120110246042APC, Relator: OTÁVIO AUGUSTO, 3ª Turma Cível, Data de Julgamento: 12/06/2013, Publicado no DJE: 21/06/2013. Pág.: 91)

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1. Vício RedibitórioCONSUMIDOR. VEÍCULO NOVO. DEFEITOS NÃO SOLUCIONADOS. DEVOLUÇÃO DA QUANTIA PAGA.

DANOS MORAIS.O defeito apresentado em veículo novo caracteriza vício do produto, que, não solucionado no prazo

máximo de trinta dias, possibilita ao consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha, a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos, ou; o abatimento proporcional do preço.

O CDC exige do fornecedor, inicialmente, apenas a reparação do defeito. No entanto, quando o vício no produto é sanado apenas em decorrência do ajuizamento de demanda judicial, o fornecedor não se isenta da responsabilidade pelos pedidos indenizatórios formulados pelo consumidor.

Os aborrecimentos decorrentes da aquisição de veículo novo, com defeito, em regra, não são passíveis de indenização por danos morais. No entanto, quando a situação vivenciada abala a tranqüilidade cotidiana, pela demasiada perda de tempo que a solução do defeito demandou, tendo que permanecer durante longo prazo com um produto defeituoso, mostra-se cabível a indenização. Ao adquirir um bem novo, gera-se a expectativa de ter um produto livre dos problemas de manutenção, que geralmente afetam os veículos usados.

(Acórdão n.690281, 20070110947450APC, Relator: ANA MARIA DUARTE AMARANTE BRITO, Revisor: JAIR SOARES, 6ª Turma Cível, Data de Julgamento: 03/07/2013, Publicado no DJE: 09/07/2013. 11

2. EVICÇÃO

Garantia contratual para proteger o adquirente da alienação de coisa não pertencente ao alienante.

Art. 447 ao 457

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2. EVICÇÃO

Consiste na perda, pelo adquirente (evicto), da posse ou propriedade da coisa transferida por força de uma sentença judicial ou ato administrativo que reconheceu o direito anterior de terceiro, denominado evictor.

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2. EVICÇÃO

Personagens principais:

a)Alienante b)Adquirente (evicto)c)Terceiro/reivindicante (evictor)

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2. EVICÇÃOQual o fundamento?Enriquecimento indevido, boa-fé objetiva

Requisitos:a)Aquisição de bem (onerosa ou hasta);b)Perda da posse ou da propriedade;c)Prolação de sentença judicial execução

ato administrativo;15

2. EVICÇÃODireitos do Evicto:

restituição integral do preço ou das quantias que pagou e indenização pelos:

a)frutos que tiver sido obrigado a restituir;b)despesas do contrato e demais

prejuízos;c)Custas e honorários advocatícios.

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2. EVICÇÃO•Art. 451. Subsiste para o alienante esta

obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente.•Art. 452. Se o adquirente tiver auferido

vantagens das deteriorações, e não tiver sido condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante. 17

2. EVICÇÃO•Parcial ou Total:Art. 450Parágrafo único. O preço (?), seja a

evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial.

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2. EVICÇÃO•Parcial ou Total:Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a

evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização.

Prazo dedução do preço? 445, 205 ou 206, §3º, V? 19

2. EVICÇÃO•Cláusula de não EvicçãoArt. 448Art. 447 – exclusão legal de garantiaArt. 449 - se não soube do risco da

evicção, ou, dele informado, não o assumiu. (direito de receber o preço pago)

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2. EVICÇÃO•BenfeitoriasArt. 453. As benfeitorias necessárias ou úteis,

não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante.

Art. 454. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitas pelo alienante, o valor delas será levado em conta na restituição devida.

E as voluptuárias? Art. 1.219 21

2. EVICÇÃOAPELAÇÃO CÍVEL. REPARAÇÃO CIVIL. COMPRA DE VEÍCULO EM LEILÃO EXTRAJUDICIAL. ADULTERAÇÃO DE SINAL IDENTIFICADOR. VÍCIO INSANÁVEL. APREENSÃO DO BEM. RESPONSABILIDADE DO ALIENANTE. EVICÇÃO. ART. 447 DO CC/02. DEVER DE INDENIZAR. ART. 450. DANOS COMPROVADOS. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DO LEILOEIRO. INAPLICABILIDADE DO CDC. AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. DANO MORAL INEXISTENTE. 1. O leiloeiro não tem legitimidade passiva ad causam para responder pela evicção de bens adquiridos em leilão. Precedentes deste Tribunal. 2. É direito do evicto, salvo estipulação em contrário, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou: à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção; às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído, nos termos do art. 450 do CC/02.3. A situação narrada nos autos não tem o condão de caracterizar o abalo moral passível de reparação pecuniária, porquanto, ainda que tenha proporcionado sentimentos negativos, não é razoável admitir que tenha sido em grau tão elevado ao ponto de acarretar o dano moral. 4. Recurso do réu conhecido e parcialmente provido para excluir a condenação por danos morais. Recurso do autor conhecido e parcialmente provido para elevar a condenação nos danos materiais, no ponto pertinente aos reparos do veículo, para R$ 3.110,00 (três mil e cem reais).

(Acórdão n.648845, 20120110207058APC, Relator: SIMONE LUCINDO, 1ª Turma Cível, Data de Julgamento: 23/01/2013, Publicado no DJE: 29/01/2013. Pág.: 105)

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