apostila modulo ii

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Contabilidade Básica Módulo II Parabéns por participar de um curso dos Cursos 24 Horas. Você está investindo no seu futuro! Esperamos que este seja o começo de um grande sucesso em sua carreira. Desejamos boa sorte e bom estudo! Em caso de dúvidas, contate-nos pelo site www.Cursos24Horas.com.br Atenciosamente Equipe Cursos 24 Horas

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Page 1: Apostila Modulo II

CCoonnttaabbiilliiddaaddee BBáássiiccaa

Módulo II

Parabéns por participar de um curso dos

Cursos 24 Horas.

Você está investindo no seu futuro!

Esperamos que este seja o começo de um

grande sucesso em sua carreira.

Desejamos boa sorte e bom estudo!

Em caso de dúvidas, contate-nos pelo site

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Atenciosamente

Equipe Cursos 24 Horas

Page 2: Apostila Modulo II

Sumário

Unidade 3 - Escrituração Contábil................................................................................ 4

3.1 – Patrimônio sob o aspecto contábil..................................................................... 5

3.2 – Princípios fundamentais da contabilidade ....................................................... 11

3.3 – Método das Partidas Dobradas........................................................................ 15

3.4 – Contas Contábeis............................................................................................ 17

3.4.1.Contas Patrimoniais.................................................................................... 18

3.4.2. Contas de Resultados................................................................................. 19

3.4.3. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS CONTAS....................................... 21

3.4.4. PLANO DE CONTAS............................................................................... 21

3.5 – Lançamentos Contábeis.................................................................................. 34

3.5.1. Como realizar um Lançamento .................................................................. 39

3.6 – Livros Contábeis ............................................................................................ 40

3.6.1. Livro Diário............................................................................................... 41

3.6.2. Livro Razão............................................................................................... 45

3.6.3. Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR).............................................. 47

3.7 – Balancete de Verificação ................................................................................ 49

3.7.1. Erros não detectáveis pelo Balancete de Verificação.................................. 51

3.7.2. Apresentação do Balancete ........................................................................ 52

3.8 – Erros de escrituração ...................................................................................... 53

3.9 – Encerramento do Exercício............................................................................. 55

3.10 – Tributação .................................................................................................... 56

3.10.1. Classificação dos tributos ........................................................................ 56

3.10.2. Tipos de tributos ...................................................................................... 57

3.10.3. Tributos cobrados de empresas ................................................................ 58

3.10.4. Imposto de Renda .................................................................................... 59

Unidade 4 – Relatórios Contábeis ............................................................................... 72

4.1 – O que são Relatórios Contábeis?..................................................................... 73

4.2 – Balanço Patrimonial ....................................................................................... 74

4.2.1. Classificação de contas do Grupo Ativo..................................................... 75

4.3 – Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)............................................ 80

Page 3: Apostila Modulo II

4.4 – Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) .......................... 87

4.5 – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) ........................ 90

4.6 – Demonstração das Origens e Aplicações dos Recursos (DOAR)..................... 92

Chegamos ao fim da Unidade 4! Nesta Unidade você aprendeu que:.......................... 95

Conclusão do Curso .................................................................................................... 96

Bibliografia................................................................................................................. 97

Page 4: Apostila Modulo II

4

Unidade 3 - Escrituração Contábil

Olá,

Seja bem vindo à Unidade 3!

Existem várias técnicas usadas pela contabilidade para que ela possa atingir os

seus objetivos, sendo as escriturações os principais meios.

Nesta unidade, você terá contato com a parte prática da contabilidade, com

destaque para a definição de patrimônio, sem o qual não existe contabilidade, os

princípios que regem a atividade e devem ser obedecidos e o método de partidas

dobradas.

Você verá também, o que são contas contábeis, os livros, lançamentos contábeis

e como deve ser feito um balancete de verificação. Por fim, aprenderá sobre a

importância do encerramento de exercício e informações sobre tributação, com destaque

para a declaração de Imposto de Renda, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.

Bom estudo!

Page 5: Apostila Modulo II

5

3.1 – Patrimônio sob o aspecto contábil

Podemos definir patrimônio como um conjunto de BENS, DIREITOS e

OBRIGAÇÕES vinculados a uma pessoa, física ou jurídica, num determinado

momento, susceptível de avaliação econômica, ou seja, podem ser avaliados em moeda.

Podemos caracterizar como bens, todo item material de posse da entidade como

dinheiro, estoques, maquinários, entre outros.

Como direitos, caracterizam-se os itens incorpóreos (imateriais), mas que

podem ser mensuráveis (medidos), cuja realização poderá se tornar um bem. Neste caso,

podemos destacar contas a receber, duplicatas a serem descontadas, seguros a realizar,

entre outros.

Já as obrigações, são as dívidas que deverão ser pagas em curto ou longo prazo,

sendo caracterizadas por contas a pagar, empréstimos, financiamentos, entre outros.

Vale reforçar que, do ponto de vista contábil, bens, direitos e obrigações como a

vida, o caráter, a amizade e a liberdade, não são de competência do contabilista, uma

vez que não podem ser avaliados economicamente.

Neste sentido, podemos considerar ainda que o patrimônio é formado por

elementos positivos e negativos, nos quais os bens e direitos se constituem como

elementos positivos, enquanto as obrigações se constituem em elementos negativos. É

importante saber que, mesmo que as dívidas sejam maiores que os bens e os direitos, o

patrimônio continua a existir.

Os itens acima discutidos dão origem a novos conceitos na contabilidade:

A) Os bens e direitos passam a formar o ATIVO

B) As obrigações passam a formar o PASSIVO EXIGÍVEL

Page 6: Apostila Modulo II

6

C) A relação entre estes dois elementos geram o PATRIMÔNIO LÍQUIDO.

Ou seja: ATIVO – PASSIVO = PATRIMÔNIO LÍQUIDO

De forma conceitual, podemos definir o patrimônio líquido como o registro de

valor que os proprietários de uma empresa têm aplicado no negócio. Ou seja, podemos

considerar que o valor inicial investido (capital) para abrir um negócio, representa o

patrimônio líquido da empresa.

Porém, isto pode causar uma dúvida muito comum para quem está recebendo

esta informação pela primeira vez e que acabou de aprender que os bens de uma

empresa representam seu patrimônio: Por que o valor que os sócios aplicaram no

negócio é chamado de patrimônio líquido e não patrimônio?

A resposta é simples e pode ser dada através de um exemplo muito prático.

Acompanhe então o exemplo dado pelo professor Nelson Gouveia:

Vamos supor que você decida comprar um

veículo. Porém, uma parte da compra deverá ser

financiada. Assim, teremos:

Valor do veículo - R$ 20.000,00

Valor pago á vista - R$ 8.000,00

Valor a pagar - R$ 12.000,00

A posse do veículo representa para você um patrimônio, chamado de ativo. Ao

mesmo tempo, o valor que você ficou devendo, representa uma obrigação e,

consequentemente, um passivo exigível. Dessa forma, se você tem um patrimônio no

valor de R$ 20.000,00 mas ainda está devendo R$ 12.000,00 referente à sua compra, o

valor líquido de seu ativo é R$ 8.000,00. O que equivale a dizer que seu patrimônio

líquido monta em R$ 8.000,00, como representado abaixo:

Page 7: Apostila Modulo II

7

Valor total do patrimônio (ativo) - R$ 20.000,00

Valor da obrigação assumida na compra

do patrimônio (passivo exigível) - R$ 12.000,00

Valor líquido do patrimônio, ou patrimônio líquido - R$ 8.000,00

Depois de transmitidos os conceitos de ativo, passivo exigível e patrimônio

líquido, que formam o que os especialistas chamam de Componentes Básicos da

Contabilidade, cabe-nos fechar esse tópico, apresentando a equação básica da

contabilidade:

ATIVO = PASSIVO EXIGÍVEL + PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Embora aparentemente simples, esta equação é fundamental no aprendizado da

contabilidade, uma vez que provoca reflexos na situação econômico-financeira das

empresas.

Para fixação dessa equação veremos, através de exemplos, possíveis variações

que algumas negociações podem provocar no ativo (A), passivo exigível (PE) e

patrimônio líquido (PL):

1ª. Negociação: Duas pessoas decidem abrir uma empresa com capital inicial no valor

de R$ 20.000,00, disponibilizando cada uma, o valor de R$ 10.000,00. O dinheiro é

depositado no banco.

Variações:

Page 8: Apostila Modulo II

8

No ativo (A) O dinheiro no banco representa um bem da empresa. Logo, o

dinheiro é um ativo.

No Passivo

Exigível (PE)

Desde que a criação da empresa não tenha contraído dívidas, não

houve variação no passivo exigível.

No Patrimônio

Líquido (PL)

A empresa criada teve um aumento em seu ativo através da

aplicação de capital inicial pelos sócios, provocando um

aumento no patrimônio líquido.

A equação:

A PE PL

Dinheiro – R$ 20.000,00 = Sem movimento – R$ 0,00 + Capital – R$ 20.000,00

2ª. Negociação: Para funcionar, a empresa compra móveis no valor de R$ 2.000,00 para

pagamento à prazo.

Variações:

No ativo (A) Os móveis tornam-se bens da empresa. Portanto, são ativos.

Como a empresa já possuía um ativo (dinheiro) de R$ 20.000,00,

a compra dos móveis provocou um aumento no ativo total que

passou a ser de R$ 22.000,00.

No Passivo

Exigível (PE)

Por outro lado, como a compra dos móveis foi a prazo, a

empresa contraiu uma dívida de R$ 2.000,00, alterando seu

passivo exigível de zero para R$ 2.000,00.

No Patrimônio

Líquido (PL)

Como não houve nenhuma compra a vista ou outro

investimento, o patrimônio líquido não sofreu alterações.

Page 9: Apostila Modulo II

9

A equação:

A PE PL

Dinheiro – R$ 20.000,00 = Sem movimento – R$ 0,00 + Capital – R$ 20.000,00

Móveis – R$ 2.000,00 Contas a pagar – R$ 2.000,00 Sem alteração – R$ 0,00

Totais – R$ 22.000,00 R$ 2.000,00 R$ 20.000,00

3ª. Negociação: Para montar seu estoque, a empresa adquiriu à vista, mercadorias no

valor de R$ 6.000,00.

Variações:

No ativo (A) Assim como os móveis, mercadorias são bens da empresa, ou

seja, ativos. Assim, houve um aumento do ativo no valor de R$

6.000,00. Porém, surgiu uma nova circunstância com o

pagamento á vista da mercadoria, realizada com dinheiro. Desta

forma, o ato de pagar a compra, representa uma diminuição no

ativo “dinheiro”. Portanto, uma mesma transação, provocou duas

variações no ativo: um aumento em “mercadorias” e uma

diminuição em “dinheiro”.

No Passivo

Exigível (PE)

Não houve variação.

No Patrimônio

Líquido (PL)

Não houve variação.

Page 10: Apostila Modulo II

10

A equação:

A PE PL

Dinheiro – R$ 14.000,00 = Sem movimento – R$ 0,00 + Capital – R$ 20.000,00

Móveis – R$ 2.000,00 Contas a pagar – R$ 2.000,00 Sem alteração – R$ 0,00

Mercadorias – R$ 6.000,00 Sem alteração Sem alteração

Totais – R$ 22.000,00 R$ 2.000,00 R$ 20.000,00

4ª. Negociação: O prazo para pagamento dos móveis venceu e a empresa pagou os R$

2.000,00 que estava devendo.

Variações:

No ativo (A) Nesta negociação a empresa pagou os R$ 2.000,00 em dinheiro,

causando uma diminuição no total em dinheiro que a empresa

possuía.

No Passivo

Exigível (PE)

Com o pagamento da dívida, a empresa diminuiu suas

obrigações e consequentemente, o seu passivo exigível.

No Patrimônio

Líquido (PL)

Não houve variação.

A equação:

A PE PL

Dinheiro – R$ 12.000,00 = Sem movimento – R$ 0,00 + Capital – R$ 20.000,00

Móveis – R$ 2.000,00 Contas a pagar – R$ 0,00 Sem alteração – R$ 0,00

Mercadorias – R$ 6.000,00 Sem alteração Sem alteração

Totais – R$ 20.000,00 R$ 0,00 R$ 20.000,00

Page 11: Apostila Modulo II

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Esta equação é conhecida como “equação de balanço”, pois visa balancear o total do

ativo com o total obtido pela soma do passivo exigível mais o patrimônio líquido.

3.2 – Princípios fundamentais da contabilidade

O contabilista deve seguir algumas regras para que suas informações sejam

tratadas de maneira uniforme e sirvam de guia para um exame de seus relatórios

contábeis. Tais regras orientam os procedimentos e práticas de sua atividade.

Elas se manifestam através de princípios contábeis que permitem ao usuário dar

mais credibilidade nas informações em função dos critérios adotados para a elaboração

das demonstrações financeiras.

Os estudiosos da contabilidade distinguem três grupos de princípios: os

postulados, os princípios básicos e as convenções.

Postulados – São axiomas, dogmas, máximas e proposições cuja aceitação como

verdadeiras é indiscutível.

Princípios – São preceitos básicos, mutáveis e sujeitos a discussão, que devem orientar

os registros contábeis.

Convenções – São restrições e delimitações à aplicação dos princípios contábeis. Para

deixar mais claro, podemos usar o exemplo de José Carlos Marion que diz: “Os

Princípios representam uma estrada que segue rumo a uma cidade. Já as convenções

seriam sinais ou placas que indicam, com mais especificidades, o caminho a seguir”.

Para efeito de aprendizado, destacaremos o previsto na Resolução nº. 750/93 do

Conselho Federal de Contabilidade que estabelece a obrigatoriedade no exercício da

profissão, da observância dos Princípios Fundamentais da Contabilidade. Tais

princípios representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da

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Contabilidade e procuram reunir e condensar em sete princípios fundamentais, todos

os Postulados, Princípios e Convenções já existentes e que continuam a existir. São eles:

1. O da Entidade

2. O da Continuidade

3. O da Oportunidade

4. O do Registro pelo Valor Original

5. O da Atualização Monetária

6. O da Competência

7. O da Prudência

1) PRINCÍPIO DA ENTIDADE

a) O patrimônio da empresa não se confunde com o de seus sócios ou acionistas ou

proprietário individual. Ou seja, o patrimônio da empresa, não se confunde com o da

pessoa física.

b) A contabilidade é voltada para a empresa como uma entidade identificada,

registrando os fatos que afetam o seu patrimônio e não o de seus titulares, sócios ou

acionistas.

c) Este princípio reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma que este

não se confunde com aqueles de seu sócios ou proprietários, no caso de sociedades ou

instituições.

Page 13: Apostila Modulo II

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2) PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE

a) A continuidade ou não da entidade, bem como sua vida definida ou provável, devem

ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações (mudanças)

patrimoniais, quantitativas e qualitativas.

b) Pressupõe a continuidade indefinida das atividades operacionais de uma entidade até

que surjam evidências ou indícios muito fortes que digam o contrário. As

demonstrações contábeis são estáticas e, portanto, não podem ser desvinculadas de

períodos anteriores e subsequentes. Deve-se tomar muito cuidado na observância deste

princípio, pois, uma informação não fundamentada, pode trazer graves consequências

para a empresa.

3) PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE

a) Refere-se ao momento em que são registradas as variações patrimoniais,

determinando que estas sejam registradas de imediato e com a extensão correta,

independentemente das causas as originaram.

b) Reconhecimento imediato de ativos e passivos nos registros contábeis, considerando-

se, inclusive, para os casos em que não haja uma prova documental concreta, a

possibilidade de uma estimativa técnica, razoável e objetiva, visando evitar o

liberalismo por parte das pessoas.

4) PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

a) Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das

transações com o mundo exterior, expressos sobre valor presente na moeda do País, que

serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando

configurarem agregações ou decomposições no interior da entidade.

Page 14: Apostila Modulo II

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5) PRINCÍPIO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA

a) Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda

nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis

através do ajustamento da expressão formal dos valores dos

componentes patrimoniais.

b) Indica a necessidade de reconhecimento da perda do poder

aquisitivo da moeda sobre os valores que integram as demonstrações financeiras.

c) O objetivo do princípio da atualização monetária é o de eliminar das demonstrações

financeiras da entidade as distorções causadas pela desvalorização da moeda.

6) PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA

a) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em

que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se relacionarem, independentemente de

recebimento ou pagamento.

b) As receitas e as despesas são atribuídas aos períodos de acordo com a real ocorrência

dos mesmos, isto é, de acordo com a data do fato gerador e não quando são recebidos ou

pagos.

7) PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA

a) Na preparação dos registros contábeis de uma empresa podem haver variações nos

valores do Ativo e do Passivo. Tais variações são resultantes de fatos como um cliente

que atrasa para fazer um pagamento ou uma conta que tem o seu valor aumentado. O

princípio da prudência tem como objetivo assegurar que, mesmo na ocorrência destas

variações, a empresa terá um patrimônio líquido mínimo garantido. Para isso, este

princípio determina a adoção do menor valor para os componentes do Ativo e do maior

valor para os componentes do Passivo.

Page 15: Apostila Modulo II

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Fonte: http://www.algosobre.com.br/contabilidade-geral/principios-fundamentais-de-contabilidade.html

3.3 – Método das Partidas Dobradas

No ano de 1494, talvez tentando controlar, organizar, orientar e padronizar os

processos administrativos, um matemático e teólogo chamado Frei Lucca Paccioli, com

autoridade, escreveu a sua “Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et

Proportionalita” tornando-se o propulsor do “método das partidas dobradas”. Afirma-

se que ele não foi o criador de tal método, uma vez que há indícios de seu uso, 300 anos

antes. Porém, foi a pessoa que melhor conseguiu desenvolvê-lo.

Este método transformou-se no sistema universal padrão para as empresas e

demais organizações registrarem suas transações financeiras. O professor Nelson

Gouveia entende que o conceito do método de partidas dobradas surpreende por sua

simplicidade: para cada lançamento de débito efetuado, deve corresponder um

lançamento de crédito, de forma que o valor total de débitos seja sempre igual ao valor

total de créditos em cada lançamento.

Esta é a razão pela qual, na contabilidade, a soma de todos os valores debitados

é sempre igual à soma de todos os valores creditados. Funciona da mesma forma no

Balanço Patrimonial, onde o total do Ativo é sempre igual ao total do Passivo.

Para tentar deixar mais claro, vamos utilizar um exemplo do professor Nelson

Gouveia:

Transação no. 1: Duas pessoas físicas formam uma

sociedade, cada uma entregando o valor de R$

5.000,00 ao responsável pela empresa, que deposita

o valor em um banco.

Page 16: Apostila Modulo II

16

Variações:

No ativo (A) A empresa passa a ser proprietária de R$ 10.000,00, aumentando

seu ativo. O ativo, sempre aumenta por débito, logo, a conta

“Contas de movimento” vai ser debitada em R$ 10.000,00.

No Passivo

Exigível (PE)

Não há alteração, mas ressalte-se que o PE sempre aumenta por

crédito.

No Patrimônio

Líquido (PL)

O valor investido pelos sócios deve ser registrado pela empresa,

o que representa um aumento no patrimônio líquido. O PL

sempre aumenta por crédito, logo, a conta “Capital social” será

creditada em R$ 10.000,00.

Transação no. 2: A empresa compra os móveis à prazo, no valor de R$ 2.000,00.

Variações:

No ativo (A) Foi aumentado o ativo da empresa. Da conta “Móveis”, será

debitado o valor de R$ 2.000,00.

No Passivo

Exigível (PE)

A empresa constituiu uma dívida, aumentando seu passivo

exigível, que como dissemos, aumenta por crédito, logo, a conta

“Contas a pagar” será creditada em R$ 2.000,00.

No Patrimônio

Líquido (PL)

Não houve alteração.

Note que tanto na transação nº. 1 quanto na transação nº. 2, o total de débito é

exatamente igual ao total de crédito, atendendo assim, aos princípios do método das

partidas dobradas.

Page 17: Apostila Modulo II

17

3.4 – Contas Contábeis

As contas contábeis são consideradas a essência da contabilidade, que um dia, já

foi conhecida como a “Ciência das Contas”. Tais contas são representações

escrituradas do patrimônio de uma empresa.

Tem por finalidade registrar as movimentações do

livro diário, de forma monetária, transportando cada

fato contábil para sua respectiva conta como datas,

históricos e valores.

Como já foi dito, as contas contábeis devem ser expressas com títulos de acordo

com os fatos e atos administrativos provocados, representando facilmente a operação

realizada pela empresa. Assim, se a empresa realiza a compra de móveis, tal

movimentação será lançada na conta “Móveis” ou se adquire um veículo, a

movimentação é lançada na conta “Veículo” e assim por diante.

Através dessas contas, a contabilidade consegue registrar e controlar todos os

acontecimentos econômico-financeiro que ocorrem na empresa. Portanto, concluímos

que todos os acontecimentos que ocorrem na empresa, responsáveis pela administração

do patrimônio, são registrados em livros próprios por meio de contas.

Para elucidar, citamos abaixo alguns exemplos de contas:

Caixa – É a conta responsável pela movimentação de numerário (dinheiro) dentro da

empresa.

Conta de Movimento – É a conta relacionada com movimentos bancários. Banco X:

todas as transações bancárias como depósitos, cheques, empréstimos, realizados pela a

empresa junto ao Banco X.

Duplicatas a Receber – É a conta para valores relativos à contrapartida dos créditos de

vendas.

Page 18: Apostila Modulo II

18

Produtos Acabados – Conta responsável pela movimentação dos produtos fabricados.

Capital Social – Conta que cuida do montante aportado pelo titular, sócios ou

acionistas de uma empresa, para formação do respectivo capital.

Salários Diretos – Conta que registra as remunerações de empregados aplicados na

fabricação de produtos.

Existem vários critérios que podem servir para classificar uma conta. Porém,

para facilitar o entendimento, destacaremos as contas em dois grupos:

1) Contas Patrimoniais

2) Contas de Resultados

3.4.1.Contas Patrimoniais

São as contas que representam os bens, direitos e obrigações. Dividem-se em

Ativo, Passivo Exigível e Patrimônio Líquido. Como veremos mais adiante, estas contas

representam o patrimônio da empresa no Balanço Patrimonial.

Assim, as contas se dividem conforme o exemplo abaixo:

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BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO

Bens

Caixa

Veículos

Direitos

Duplicatas a Receber

Promissórias a Receber

Obrigações

Fornecedores

Duplicatas a Pagar

Patrimônio Líquido

Capital

Lucros Acumulados

3.4.2. Contas de Resultados

São as contas que não fazem parte do Balanço Patrimonial, mas são de suma

importância para a contabilidade, uma vez que decorrem do exercício social. Dividem-

se em Contas de Despesas e Contas de Receitas e é por meio delas que a empresa avalia

se apresentou lucro ou prejuízo em suas atividades.

Contas de Despesas – As despesas para uma empresa decorrem do consumo de bens e

serviços, como a energia elétrica, materiais de limpeza, materiais de expediente, até

mesmo o cafezinho que é servido, entra nas contas de despesas.

Outros exemplos de despesas:

Page 20: Apostila Modulo II

20

- Água e Esgoto

- Fretes e Carretos

- Impostos

- Juros Passivos

- Contribuições de Previdência

- Despesas Bancárias

- Prêmios de Seguro

Contas de Receitas – Por outro lado, as receitas decorrem das vendas de bens e

serviços oferecidos pela empresa. Geralmente, se apresentam em número menor que as

despesas, podendo ser representadas pelas seguintes contas:

- Aluguéis Ativos

- Descontos Obtidos

- Juros Ativos

- Receitas de Serviços

- Vendas de Mercadorias

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21

3.4.3. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS CONTAS

A conta é a representação gráfica da relação débito e crédito de um determinado

fato administrativo. Esta representação é chamada de “Conta em T” ou “Razonete”.

Em contabilidade, Conta em T ou Razonete, é uma representação gráfica em

forma de “T” bastante utilizada pelos contadores. É um instrumento didático para

desenvolver o raciocínio contábil e realizar os registros contábeis individuais por conta.

A representação gráfica abaixo ilustra melhor os dois instrumentos:

Razonete

Balanço Patrimonial Título da Conta

Ativo Passivo Débitos Créditos

O Razonete é muito utilizado junto com o livro razão, apesar de não ser exigido

pela legislação. Por ser muito eficiente, é indispensável em qualquer tipo de empresa.

Do ponto de vista contábil, é um livro imprescindível.

Veremos o Livro Razão com mais detalhes em tópico próprio.

3.4.4. PLANO DE CONTAS

Assim como em qualquer profissão, a contabilidade também exige que se

estabeleça um plano de ações para que nenhuma informação seja esquecida. Este plano

prévio chama-se Plano de Contas e é definido como um elenco de todas as contas

previstas pelo contabilista como necessárias aos seus registros contábeis. Além de

nortear todo o trabalho de registro de atos e fatos inerentes à empresa, também servirá

de parâmetro para a elaboração de futuras demonstrações contábeis.

Page 22: Apostila Modulo II

22

Segundo o Conselho Federal de Contabilidade: “plano de Contas é a estrutura básica da

escrituração contábil, pois é com sua utilização que se estabelece o banco de dados com

informações para geração de todos os relatórios e livros contábeis, tais como: Diário,

Razão, Balancete, Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultados e Análises, além

de outros. (CFC, 2002:31)”.

É importante ressaltar que este plano de contas é personalizado, ou seja, cada

empresa deve criar o seu plano, uma vez que seus usuários poderão necessitar de mais

detalhes específicos que um plano geral não poderá oferecer. Ao preparar um projeto

para a elaboração de seu plano de contas, a empresa deve avaliar todas as possibilidades

e necessidades de relatórios gerencias tanto para usos interno quanto externo.

Independente do projeto ou modelo escolhido, um plano de contas deve seguir

algumas orientações e apresentar características em comum, como:

1) É preciso levar em consideração que se trata de uma matriz destinada a orientar a

execução de serviços contábeis e que busca uma padronização de procedimentos e

racionalização de tarefas.

2) Deve estar claro que o plano de contas estabelece previamente a conduta a ser

adotada na escrituração.

3) Relaciona as contas em que são registrados os fatos contábeis pertinentes às

atividades de cada empresa, contendo, além dos títulos, as respectivas funções e as

regras de funcionamento.

4) Deve ser estruturado agrupando as contas para que seja viável realizar análises

setoriais e ser flexível para permitir dilatações e reduções sem prejuízo do conjunto.

5) Deve considerar que é a base para a construção de banco de dados que alimenta

relatórios gerenciais e para uso externo.

Abaixo, segue um modelo de plano de contas, baseado na Lei 11.638/07:

Page 23: Apostila Modulo II

23

1 ATIVO

1.1 ATIVO CIRCULANTE

1.1.1 DISPONÍVEL

1.1.1.1 CAIXA

1.1.1.1.01 Caixa Geral

1.1.1.2 BANCOS CONTA MOVIMENTO

1.1.1.2.01 Banco A

1.1.1.3 APLICAÇÕES FINANCEIRAS

1.1.1.3.01 Banco A

1.1.2 CONTAS A RECEBER

1.1.2.1 CLIENTES

1.1.2.1.01 Cliente A

1.1.2.2 (-) DUPLICATAS DESCONTADAS

1.1.2.2.01 Banco A

1.1.2.9 OUTRAS CONTAS A RECEBER

1.1.2.9.01 Conta A

1.1.3 ESTOQUES

1.1.3.1 MERCADORIAS PARA REVENDA

1.1.3.1.01 Estoque Inicial

1.1.3.1.02 Compras

1.1.3.1.03 Fretes e Carretos

1.1.3.1.04 ICMS – Substituição Tributária

1.1.3.1.05 ICMS – Antecipado

1.1.3.1.10 (-) Devoluções de Compras

1.1.3.1.11 (-) ICMS sobre Compras

1.1.3.1.12 (-) COFINS sobre Compras

1.1.3.1.13 (-) PIS sobre Compras

1.1.3.1.19 (-) Custo das Mercadorias Vendidas

1.1.3.2 PRODUTOS ACABADOS

1.1.3.2.01 Estoque Inicial

1.1.3.2.02 Produção

Page 24: Apostila Modulo II

24

1.1.3.2.09 (-) Custo dos Produtos Vendidos

1.1.3.3 MATÉRIAS-PRIMAS

1.1.3.3.01 Estoque Inicial

1.1.3.3.02 Compras

1.1.3.3.03 Fretes e Carretos

1.1.3.3.04 ICMS – Substituição Tributária

1.1.3.3.05 ICMS – Antecipado

1.1.3.3.10 (-) Devoluções de Compras

1.1.3.3.11 (-) ICMS sobre Compras

1.1.3.3.12 (-) COFINS sobre Compras

1.1.3.3.13 (-) PIS sobre Compras

1.1.3.3.19 (-) Transferência para Consumo

1.1.3.4 MATERIAIS DE EMBALAGEM

1.1.3.4.01 Estoque Inicial

1.1.3.4.02 Compras

1.1.3.4.03 Fretes e Carretos

1.1.3.4.04 ICMS – Substituição Tributária

1.1.3.4.05 ICMS – Antecipado

1.1.3.4.10 (-) Devoluções de Compras

1.1.3.4.11 (-) ICMS sobre Compras

1.1.3.4.12 (-) COFINS sobre Compras

1.1.3.4.13 (-) PIS sobre Compras

1.1.3.4.19 (-) Transferência para Consumo

1.1.3.9 MATERIAIS DE CONSUMO

1.1.3.9.01 Estoque Inicial

1.1.3.9.02 Compras

1.1.3.9.03 Fretes e Carretos

1.1.3.9.04 ICMS – Antecipado

1.1.3.9.10 (-) Devoluções de Compras

1.1.3.9.19 (-) Transferência para Consumo

1.1.4 OUTROS CRÉDITOS

1.1.4.1 IMPOSTOS A RECUPERAR

Page 25: Apostila Modulo II

25

1.1.4.1.01 IPI

1.1.4.1.02 ICMS

1.1.4.1.03 ICMS Antecipado

1.1.4.1.04 COFINS

1.1.4.1.05 PIS

1.1.4.1.06 IRPJ

1.1.4.1.07 CSLL

1.1.4.1.08 IRF

1.1.4.1.09 ISSF

1.1.9 DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE

1.1.9.1 DESPESAS ANTECIPADAS

1.1.9.1.01 Seguros a Apropriar

1.1.9.1.02 Encargos a Apropriar

1.1.9.1.03 IPTU a Apropriar

1.2 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

1.2.1 APLICAÇÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO

1.2.1.1 APLICAÇÕES FINANCEIRAS

1.2.1.1.01 Banco A

1.2.2 CONTAS A RECEBER

1.2.2.1 CLIENTES

1.2.2.1.01 Cliente A

1.3 ATIVO PERMANENTE

1.3.1 INVESTIMENTOS

1.3.1.1 PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS

1.3.1.1.01 Consórcio Simples A

1.3.1.1.02 Cooperativa de Crédito A

1.3.2 IMOBILIZADO

1.3.2.1 BENS EM OPERAÇÃO

1.3.2.1.01 Terrenos

1.3.2.1.02 Construções e Benfeitorias

1.3.2.1.03 Máquinas, Aparelhos e Equipamentos

1.3.2.1.04 Ferramentas

Page 26: Apostila Modulo II

26

1.3.2.1.05 Matrizes

1.3.2.1.06 Móveis & Utensílios

1.3.2.1.07 Equipamentos de Informática

1.3.2.1.08 Instalações Comerciais

1.3.2.1.09 Veículos e Acessórios

1.3.2.9 (-) DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS

1.3.2.9.01 Construções e Benfeitorias

1.3.2.9.02 Máquinas, Aparelhos e Equipamentos

1.3.2.9.03 Ferramentas

1.3.2.9.04 Matrizes

1.3.2.9.05 Móveis & Utensílios

1.3.2.9.06 Equipamentos de Informática

1.3.2.9.07 Instalações Comerciais

1.3.2.9.08 Veículos e Acessórios

1.3.3 INTANGÍVEL

1.3.3.1 BENS INCORPÓREOS

1.3.3.1.01 Marcas e Patentes

1.3.3.1.02 Sistemas Aplicativos (softwares)

1.3.3.9 (-) AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS

1.3.3.9.01 Marcas e Patentes

1.3.3.9.02 Sistemas Aplicativos (softwares)

1.3.4 DIFERIDO

1.3.4.1 GASTOS PRÉ-OPERACIONAIS

1.3.4.1.01 Gastos de Organização e Administração

1.3.4.1.02 Projetos e Desenvolvimento de Novos Produtos

1.3.4.9 (-) AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS

1.3.4.9.01 Gastos de Organização e Administração

1.3.4.9.02 Projetos e Desenvolvimento de Novos Produtos

2 PASSIVO

2.1 CIRCULANTE

2.1.1 CONTAS A PAGAR

Page 27: Apostila Modulo II

27

2.1.1.1 SALÁRIOS A PAGAR

2.1.1.1.01 Salários

2.1.1.1.02 Férias a Pagar

2.1.1.1.03 13º Salário a Pagar

2.1.1.2 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS

2.1.1.2.01 INSS a Recolher

2.1.1.2.02 FGTS a Recolher

2.1.1.2.03 Contribuição Sindical a Recolher

2.1.1.3 OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS

2.1.1.3.01 Simples Nacional a Recolher

2.1.1.3.02 IPI a Recolher

2.1.1.3.03 ICMS a Recolher

2.1.1.3.04 COFINS a Recolher

2.1.1.3.05 PIS a Recolher

2.1.1.3.06 IRPJ a Recolher

2.1.1.3.07 CSLL a Recolher

2.1.1.3.08 ISS a Recolher

2.1.1.3.09 IRF a Recolher

2.1.1.3.10 ISSF a Recolher

2.1.1.3.11 ICMS Substituição Tributária a Recolher

2.1.1.4 FORNECEDORES

2.1.1.4.01 Fornecedor A

2.1.1.5 EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS

2.1.1.5.01 Banco A

2.1.1.6 (-) ENCARGOS FINANCEIROS A TRANSCORRER

2.1.1.6.01 Juros Passivos

2.1.1.9 OUTRAS CONTAS A PAGAR

2.1.1.9.01 Aluguéis a Pagar

2.1.1.9.02 Energia Elétrica a Pagar

2.1.1.9.03 Telefone a Pagar

2.1.1.9.04 Água e Esgotos a Pagar

2.1.1.9.05 Pró-labore a Pagar

Page 28: Apostila Modulo II

28

2.2 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

2.2.1 CONTAS A PAGAR

2.2.1.1 FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS

2.2.1.1.01 Banco A

2.3 RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS

2.3.1 RESULTADOS DIFERIDOS

2.3.1.1 RECEITAS DIFERIDAS

2.3.1.1.01 Receitas de Obras em Andamento

2.3.1.2 (-) CUSTOS DIFERIDOS

2.3.1.2.01 Custos de Obras em Andamento

2.3.1.3 (-) DESPESAS DIFERIDAS

2.3.1.3.01 Despesas de Obras em Andamento

2.4 PATRIMÔNIO LÍQUIDO

2.4.1 CAPITAL SOCIAL REALIZADO

2.4.1.1 CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO

2.4.1.1.01 Capital Nacional

2.4.1.2 (-) CAPITAL SOCIAL A REALIZAR

2.4.1.2.01 Sócio A

2.4.2 RESERVAS

2.4.2.1 RESERVAS DE CAPITAL

2.4.2.1.01 Reserva de Incentivos Fiscais

2.4.2.2 AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

2.4.2.2.01 Variações de Elementos Ativos

2.4.2.2.02 Variações de Elementos Passivos

2.4.2.3 RESERVAS DE LUCROS

2.4.2.3.01 Retenções de Lucros

2.4.2.3.02 Lucros a Realizar

2.4.3 QUOTAS EM TESOURARIA

2.4.3.1 QUOTAS EM TESOURARIA

2.4.3.1.01 Quotas de Capital Realizado

2.4.4 LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS

Page 29: Apostila Modulo II

29

2.4.4.1 LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS

2.4.4.1.01 Lucros Acumulados

2.4.4.1.02 Prejuízos Acumulados

3 CUSTOS

3.1 CUSTOS DE PRODUÇÃO

3.1.1 CUSTOS INDUSTRIAIS

3.1.1.1 INSUMOS

3.1.1.1.01 Matérias-primas

3.1.1.1.02 Materiais de embalagem

3.1.1.2 MÃO-DE-OBRA DIRETA

3.1.1.2.01 Salários

3.1.1.2.02 Encargos Sociais

3.1.1.2.03 Vale Transporte

3.1.1.2.04 Refeições

3.1.1.2.05 Uniformes

3.1.1.2.06 Assistência Médica

3.1.1.3 OUTROS CUSTOS DIRETOS

3.1.1.3.01 Materiais de consumo

3.1.1.9 CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO

3.1.1.9.01 Salários

3.1.1.9.02 Encargos Sociais

3.1.1.9.03 Vale Transporte

3.1.1.9.04 Refeições

3.1.1.9.05 Uniformes

3.1.1.9.06 Assistência Médica

3.1.1.9.10 Energia elétrica

3.1.1.9.11 Manutenção

3.1.1.9.12 Aluguel de bens imóveis

3.1.1.9.13 Locação de bens móveis

3.1.1.9.14 Água e Esgoto

3.1.1.9.15 Materiais de consumo

Page 30: Apostila Modulo II

30

3.1.1.9.90 Prêmios de Seguro

3.1.1.9.91 Depreciação e Amortização

3.1.2 CUSTOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

3.1.2.1 CONSUMO DE MATERIAIS

3.1.2.1.01 Materiais Aplicados

3.1.2.2 MÃO-DE-OBRA DIRETA

3.1.2.2.01 Salários

3.1.2.2.02 Encargos Sociais

3.1.2.2.03 Vale Transporte

3.1.2.2.04 Refeições

3.1.2.2.05 Uniformes

3.1.2.2.06 Assistência Médica

3.1.2.3 OUTROS CUSTOS DIRETOS

3.1.2.3.01 Materiais de consumo

3.1.2.9 CUSTOS INDIRETOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

3.1.2.9.01 Salários

3.1.2.9.02 Encargos Sociais

3.1.2.9.03 Vale Transporte

3.1.2.9.04 Refeições

3.1.2.9.05 Uniformes

3.1.2.9.06 Assistência Médica

3.1.2.9.10 Energia elétrica

3.1.2.9.11 Manutenção

3.1.2.9.12 Aluguel de bens imóveis

3.1.2.9.13 Locação de bens móveis

3.1.2.9.14 Água e Esgoto

3.1.2.9.15 Materiais de consumo

3.1.2.9.16 Ferramentas

3.1.2.9.90 Prêmios de Seguro

3.1.2.9.91 Depreciação e Amortização

4 PRODUÇÃO

Page 31: Apostila Modulo II

31

4.1 PRODUÇÂO

4.1.1 PRODUÇÂO

4.1.1.1 PRODUÇÂO

4.1.1.1.01 De Bens

4.1.1.1.02 De Serviços

5 DESPESAS

5.1 DESPESAS DIVERSAS

5.1.1 DESPESAS OPERACIONAIS

5.1.1.1 CUSTO DAS VENDAS

5.1.1.1.01 Custo das Mercadorias Vendidas

5.1.1.1.02 Custo dos Produtos Vendidos

5.1.1.1.03 Custo dos Serviços Prestados

5.1.1.2 DESPESAS COM PESSOAL

5.1.1.2.01 Salários

5.1.1.2.02 Encargos Sociais

5.1.1.2.03 Vale Transporte

5.1.1.2.04 Refeições

5.1.1.2.05 Uniformes

5.1.1.2.06 Assistência Médica

5.1.1.3 DESPESAS ADMINISTRATIVAS

5.1.1.3.01 Pró-labore

5.1.1.3.02 Aluguel de Imóveis

5.1.1.3.03 Locação de Bens

5.1.1.3.04 Energia Elétrica

5.1.1.3.05 Telefone e Internet

5.1.1.3.06 Água e Esgoto

5.1.1.3.07 Tarifas Bancárias

5.1.1.3.08 Material de Consumo

5.1.1.3.09 Material de Expediente

5.1.1.3.10 Correios

5.1.1.4 DESPESAS DE COMERCIALIZAÇÃO

Page 32: Apostila Modulo II

32

5.1.1.4.01 Fretes e Carretos

5.1.1.4.02 Comissões e Corretagens

5.1.1.4.03 Despesas de Viagens e Estadas

5.1.1.5 DESPESAS TRIBUTÁRIAS

5.1.1.5.01 IPTU

5.1.1.5.02 IPVA

5.1.1.5.03 IOF

5.1.1.5.04 Multas Fiscais

5.1.1.5.05 COFINS s/Outras Receitas

5.1.1.5.06 PIS s/Outras Receitas

5.1.1.5.07 IRPJ s/Aplicações Financeiras

5.1.1.5.08 Impostos e Taxas Diversas

5.1.1.6 DESPESAS FINANCEIRAS

5.1.1.6.01 Juros Passivos

5.1.1.6.02 Juros de Mora

5.1.1.6.03 Descontos Concedidos

5.1.1.6.04 Variações Monetárias Passivas

5.1.1.6.05 Variações Cambiais Passivas

5.1.1.7 DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO

5.1.1.7.01 Depreciação

5.1.1.7.02 Amortização

5.1.1.8 PERDAS DIVERSAS

5.1.1.8.01 Perdas por Insolvência

5.1.2 DESPESAS NÃO OPERACIONAIS

5.1.2.1 DESPESAS DIVERSAS

5.1.2.1.01 Multas de Trânsito

5.1.2.1.02 Multas Fiscais

5.1.2.1.03 Gastos com Festividades

6 RECEITAS

6.1 RECEITAS DIVERSAS

6.1.1 RECEITAS OPERACIONAIS

Page 33: Apostila Modulo II

33

6.1.1.1 RECEITA BRUTA DE VENDAS

6.1.1.1.01 Vendas de Mercadorias

6.1.1.1.02 Vendas de Mercadorias com Substituição Tributária

6.1.1.1.03 Vendas de Mercadorias para o Exterior

6.1.1.1.10 Vendas de Produtos de Fabricação Própria

6.1.1.1.11 Vendas de Produtos de Fabricação Própria com Substituição

Tributária

6.1.1.1.12 Vendas de Produtos de Fabricação Própria para o Exterior

6.1.1.1.20 Vendas de Serviços Prestados

6.1.1.1.21 Vendas de Serviços Prestados com Substituição Tributária

6.1.1.1.22 Vendas de Serviços Prestados para o Exterior

6.1.1.2 (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA

6.1.1.2.01 Simples Nacional

6.1.1.2.02 ISS Substituição Tributária

6.1.1.2.03 ICMS

6.1.1.2.04 ISS

6.1.1.2.05 COFINS

6.1.1.2.06 PIS

6.1.1.2.09 Devoluções de Vendas

6.1.1.3 RECEITAS FINANCEIRAS

6.1.1.3.01 Juros Ativos

6.1.1.3.02 Rendimentos de Aplicações Financeiras

6.1.1.4 RECEITAS DIVERSAS

6.1.1.4.01 Recuperação de Despesas

6.1.2 RECEITAS NÃO OPERACIONAIS

6.1.2.1 RECEITAS DIVERSAS

6.1.2.1.01 Ganhos de Capital

6.1.2.1.02 Outras Receitas

7 CONTAS DE APURAÇÃO

7.1 CONTAS DIVERSAS

7.1.1 BALANÇO

Page 34: Apostila Modulo II

34

7.1.1.1 BALANÇO DE ABERTURA

7.1.1.1.01 Ativo

7.1.1.1.02 (-) Passivo

7.1.1.2 BALANÇO DE ENCERRAMENTO

7.1.1.2.01 Ativo

7.1.1.2.01 (-) Passivo

7.1.2 RESULTADO

7.1.2.1 RESULTADO DO EXERCÍCIO

7.1.2.1.01 Resultado Final de Exercício

Fonte: http://www.crcsp.org.br

3.5 – Lançamentos Contábeis

Toda vez que uma empresa realiza uma transação comercial, como comprar

equipamentos, vender produtos ou serviços, pagar seus empregados ou qualquer outra

transação, ela está realizando operações que deverão ser analisadas contabilmente sob

dois aspectos: o primeiro é entender onde se originaram os recursos e o segundo,

entender onde esses recursos foram aplicados. Para exemplificar, vamos utilizar a

compra de um computador com pagamento à vista, no valor de R$ 2.000,00. Desta

forma, são gerados os dois aspectos:

A) Onde foi aplicado o recurso de R$ 2.000,00? Na compra do computador.

B) Qual a origem desse recurso? Conta bancária ou dinheiro no bolso.

Com esse exemplo, chegamos ao foco de nosso tópico, ou seja, ao lançamento

contábil. Lançamento, nada mais é do que o registro dos fatos contábeis, neste caso, a

compra de um computador, realizado de acordo com o método das partidas dobradas,

que já conhecemos anteriormente.

Deve ser realizado em ordem cronológica e obedecendo a determinadas técnicas

que veremos a seguir.

Page 35: Apostila Modulo II

35

Todo lançamento deve ser feito nas Contas Patrimoniais (Ativo, Passivo

Exigível e Patrimônio Líquido) e nas Contas de Resultados (Receitas e Despesas). Neste

ponto é preciso ter muita atenção, pois muitos profissionais saem dos cursos, tanto

superiores quanto técnicos, sem conseguir identificar o que é crédito e o que é débito.

Componentes Aumenta por Diminui por

ATIVO (bens e direitos) Débitos Créditos

PASSIVO EXIGÍVEL (obrigações) Créditos Débitos

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Créditos Débitos

RECEITAS Créditos Débitos

DESPESAS Débitos Créditos

Ativo – Por terem saldo devedor, são aumentadas de valor por DÉBITO e diminuídas

por CRÉDITO.

Passivo Exigível – Por apresentarem saldo credor, são aumentadas de valor por

CRÉDITO e diminuídas por DÉBITO.

Patrimônio Líquido – Por apresentarem saldo credor, são aumentadas de valor por

CRÉDITO e diminuídas por DÉBITO.

Receitas – Um aumento nas receitas representa um aumento no Patrimônio Líquido,

portanto, as contas de Receitas aumentam por CRÉDITO.

Despesas – Um aumento nas contas de Despesas representa uma diminuição no

Patrimônio Líquido, portanto, aumentam por DÉBITO.

Neste ponto é importante abrirmos um parênteses para tentar deixar o mais claro

possível, os conceitos de DÉBITO e CRÉDITO.

Page 36: Apostila Modulo II

36

Como dissemos, muitos alunos deixam o curso de contabilidade sem entender

este conceito, uma vez que não conseguem compreender porque o dinheiro ou bens que

entram para a empresa, na forma de ativos é considerado débito.

A pergunta que sempre fazem é: “Se o patrimônio da empresa está aumentando,

então não deveria ser crédito?”.

A questão é que o raciocínio que adotam, baseia-se pela ótica da movimentação

financeira e não por uma movimentação contábil. Sem dúvidas, se pensarmos em uma

conta bancária, todo dinheiro que entra é crédito e todo dinheiro que sai é débito.

Voltando ao conceito de débito e crédito dos lançamentos contábeis, torna-se

muito difícil tentar conceituar de forma didática seus significados. Tanto isso é verdade

que o professor José Carlos Marion, um dos maiores especialistas em contabilidade

empresarial, define este tema em sua obra “Contabilidade Empresarial” (12º Edição),

como sendo o “fantasma” do débito e do crédito (pág. 201).

Ele entende que as demonstrações (débito e crédito) são meras convenções

contábeis. Como vimos no tópico anterior quando aprendemos sobre os razonetes, seu

lado esquerdo denomina-se débito e seu lado direito denomina-se crédito.

Débito Crédito

Neste sentido podemos compreender seus significados, uma vez que no

lançamento contábil, os ativos ficam do lado esquerdo e o passivo exigível e patrimônio

líquido do lado direito.

Assim, utilizando-se do método das partidas dobradas de Frei Luca Pacioli, os

aumentos de uma conta são registrados de um lado e as diminuições registradas no

outro lado. Se for uma conta de ATIVO, os aumentos são lançados no lado esquerdo

(débito) e as diminuições no lado direito (crédito). Se for uma conta de PASSIVO

Page 37: Apostila Modulo II

37

EXIGÍVEL ou PATRIMÔNIO LÍQUIDO, os aumentos são lançados no lado direito

(crédito) e as diminuições no lado esquerdo (débito).

Sugerimos o exemplo do próprio professor José Carlos Marion para demonstrar

como funciona a relação débito e crédito:

Vamos admitir que a Cia. Ângelo tenha em seu Patrimônio Líquido um capital

de $ 1.5000.000 totalmente aplicados no caixa.

ATIVO PASSIVO e PL

Circulante

Caixa 1.500.000

PL

Capital 1.5000.000

D Caixa C D Capital C

1.500.000 1.500.000

Compra de Máquinas e Equipamentos, a vista, por $ 900.000

Nessa operação, teremos uma nova conta Máquina e Equipamento (aumenta

uma conta de Ativo) e uma redução do caixa pelo pagamento a vista (diminui uma conta

de Ativo).

Pela regra, quando aumenta uma conta de Ativo, debitamos a conta aumentada

(Máquina e Equipamento), e quando diminui uma conta de Ativo, creditamos a conta

diminuída (Caixa).

D Caixa C D Máquinas e equipamentos C

1.500.000 900.000 900.000

Page 38: Apostila Modulo II

38

Portanto, debitamos a conta “Máquinas e Equipamentos” por $ 900.000 e

creditamos a conta Caixa por idêntico valor (Partidas dobradas: haver um débito e um

crédito de igual valor).

Observação: O saldo do Caixa é de $ 600.000, a maior no lado de débito, portanto

“saldo devedor”.

O professor Marion ressalta ainda que não teria problema algum, esses lados

receberam outras nomenclaturas como o lado esquerdo ser chamado de “sol” e o lado

direito ser chamado de “lua”, por tratar-se apenas de convenção entre os profissionais de

contabilidade.

Neste sentido, alguns países como a China se preocuparam em desenvolver um

novo sistema contábil onde os termos débito e crédito foram substituídos por termos

como adição e subtração.

No Brasil, alguns profissionais preferem pensar que o valor recebido por uma

empresa caracteriza-se como um DÉBITO com a sociedade (população) enquanto que

um valor desembolsado para pagamentos de dívidas ou contas, representa um

CRÉDITO com a mesma sociedade (população).

A verdade é que cada profissional de contabilidade deverá buscar um melhor

entendimento sobre o assunto ou a maneira que melhor lhe convém compreender tal

convenção.

Para que um lançamento seja realizado com sucesso, deve apresentar cinco elementos:

1) Local e data – É preciso informar corretamente qual o

local da empresa e o dia, mês e ano da ocorrência do

registro.

2) Conta devedora – É a conta debitada. Vem sempre

em primeiro lugar.

Page 39: Apostila Modulo II

39

3) Conta credora – É a conta creditada, que vem acompanhada da preposição acidental

“a”.

4) Histórico – É a narração do fato ocorrido, a qual deve ser resumida, mas

identificando bem a operação. Geralmente, se inicia com as seguintes expressões:

a) Pago – quando a conta credora for “Caixa”

b) Recebido – quando a conta devedora for “Caixa”

c) Valor ou Importe – quando o lançamento não envolver a conta Caixa. É o

denominado LANÇAMENTO EXTRA-CAIXA.

5) Importância ou quantia – É o valor das operações expresso em unidades monetárias.

3.5.1. Como realizar um Lançamento

Como dissemos, para realizar um lançamento de um fato contábil, é preciso

seguir algumas regras e procedimentos, como veremos a seguir:

Exemplo: Compra de um computador à vista em dinheiro no valor total de R$

2.000,00.

1º passo – O contador deve identificar as contas envolvidas no fato.

Conta “Caixa” – A compra foi realizada em dinheiro

Conta “Equipamento” – Aquisição de um bem

2º passo – Deve identificar a natureza das contas, ou seja, a que grupos pertencem.

Ativo (A)

Passivo(PE)

Patrimônio Líquido (PL)

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40

Receitas (R) ou Despesas (D).

Em nosso exemplo:

Conta “Caixa” – Pertence ao Ativo (A)

Conta “Equipamento” – Pertence ao Ativo (A)

3º passo – Deve identificar o que o fato provoca sobre o saldo das contas, ou seja, se o

saldo aumentará ou diminuirá.

Conta “Caixa” (A) – O saldo diminuirá (-)

Conta “Equipamento” (A) – O saldo aumentará (+)

4º passo – O contador deve efetuar o lançamento contábil segundo o método das

partidas dobradas, com a utilização do quadro-resumo do mecanismo do débito e

crédito, da seguinte forma:

DÉBITO = APLICAÇÃO DE RECURSO

CRÉDITO = ORIGEM DO RECURSO

3.6 – Livros Contábeis

Depois que você aprendeu sobre lançamentos contábeis, é preciso conhecer as

formas de escriturá-los nos livros contábeis que se dividem basicamente em dois: o

Livro Diário, o Livro Razão e o Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR).

Page 41: Apostila Modulo II

41

3.6.1. Livro Diário

Livro Diário, como o próprio nome já

identifica, é o livro que registra todos os fatos

contábeis, incluídos os de natureza aleatória e

quaisquer outros que provoquem variações

patrimoniais, em partidas dobradas na ordem

rigorosamente cronológica do dia, mês e ano. É

um livro exigido por lei, que obrigatoriamente

deve estar presente em todas as empresas.

Cumprindo estes requisitos, admite-se:

1) A escrituração do livro por meio de partidas mensais.

2) A escrituração resumida ou sintética, com valores totais que não excedam a

operações de um mês, desde que haja escrituração analítica lançada em registros

auxiliares.

3) No caso de a entidade adotar para sua escrituração contábil o processo eletrônico, os

formulários contínuos, numerados mecânica ou tipograficamente, serão destacados e

encadernados em forma de livro.

Um inconveniente deste livro é o fato de, devido à ordem cronológica que deve

seguir, as contas costumam ficar todas misturadas, dificultando com isso, o exame

individualizado das mesmas.

Como já dissemos, os lançamentos no Livro Diário devem ser realizados de

forma clara e concisa, compondo-se em cinco partes importantes:

1) A conta debitada

2) A conta creditada

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42

3) A data em que se realizou a operação

4) O histórico da movimentação

5) O valor referente à movimentação.

Veja o modelo:

DIÁRIO GERAL

Empresa: Comercial Jc.Leite Ltda. Mês: Janeiro/2001 Pág. 002

Conta debitada Conta creditada Dia Histórico Valor

2.1.1.001.003 1.1.1.001.001 03 Pgto da Guia INSS 12/2000 272,00

1.1.1.001.001 3.1.1.001.001 05 Venda à vista conf NF 65 380,00

2.1.1.002.001 1.1.1.001.001 07 Pgto Assist Contábil 12/00 130,00

2.1.1.002.002 1.1.1.001.001 07 Pgto Pro-Labore mês 12/00 1.230,00

1.1.1.001.001 3.1.1.001.001 08 Venda à vista conf NF 66 1.700,00

1.1.1.001.001 3.1.1.001.001 09 Venda à vista conf NF 67 735,00

2.1.1.001.002 1.1.1.001.001 14 Pgto da Guia Cofins mês 12/00 283,03

1.1.1.001.001 3.1.1.001.001 14 Venda à vista conf NF 68 357,00

2.1.1.001.001 1.1.1.001.001 14 Pgto da Guia PIS mês 12/00 61,32

1.1.1.001.001 3.1.1.001.001 21 Venda à vista conf NF 69 7.889,00

111.001.001 3.1.1.001.001 24 Venda à vista conf NF 70 279,00

3.1.2.001.001 2.1.1.001.001 31 Vr PIS-Faturamento 01/01 73,71

3.1.2.001.002 2.1.1.001.002 31 Vr Cofins mês 01/01 340,20

3.1.2.001.003 2.1.1.001.003 31 Vr INSS mês 01/2001 272,00

3.3.1.001.003 1.1.1.001.001 31 Pgto Guia Contr. Sindical 29,60

2.1.1.001.005 1.1.1.001.001 31 Pgto Guia Contr. Social 12/00 108,29

2.1.1.001.005 1.1.1.001.001 31 Pgto Guia IRPJ 12/00 871,33

3.3.1.001.001 2.1.1.002.002 31 Pro-Labore mês 01/01 1.230,00

3.3.1.001.002 2.1.1.002.001 31 Vr Assist. Contábil mês 01/01 130,00

Fonte: http://www.contabilizando.com/os.livros.cont.html

O livro diário deve seguir algumas formalidades:

Page 43: Apostila Modulo II

43

Formalidades Extrínsecas:

- Encadernação: os livros devem ser encadernados mantendo aparência de limpeza e

higiene.

- Autenticação: deverão ser autenticados pelo órgão competente do registro do

comércio. Quando for Sociedade Simples ou sem fins lucrativos, deverá ser autenticado

no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede.

- Termo de Abertura e Encerramento: de acordo com a lei, o Livro Diário deverá conter

respectivamente, na primeira e na última página os termos de abertura e encerramento

tipograficamente numerados. Importante ressaltar que tanto o termo de abertura quanto

o termo de encerramento, deverão ser datados e assinados pelo comerciante ou seu

procurador e por um contabilista habilitado para tal.

No termo de abertura deverá constar:

- A finalidade do livro

- O número de ordem

- O número de folhas

- O nome da sociedade a que pertença

- O local da sede ou estabelecimento

- O número e data do arquivamento dos atos constitutivos no órgão de registro

- O número de registro no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas).

Já nos termos de encerramento, deverá constar:

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44

- O fim a que se destinou o livro

- O número de ordem

- O número de folhas

- E respectiva firma individual ou sociedade mercantil.

Formalidades Intrínsecas:

- Lançamentos: Os lançamentos devem ser feitos sem rasuras, raspaduras ou borrões,

em moeda e idioma nacionais.

Neste ponto, há um fato curioso que vale a pena destacarmos. Por muitos anos,

os livros Diários foram escriturados a mão, com canetas tinteiros, com uma caligrafia

que, na maioria das vezes era impecável.

Depois de 1970, aproximadamente, o

Livro Diário passou a ser escriturado em uma

máquina de datilografar, com um adaptador que

permitia as escriturações do Diário e do Razão,

simultaneamente. Na verdade, não era o livro que

ia para a máquina de datilografar, mas formulários

que eram vendidos em papelarias e vinham com

um carbono especial que permitia copiar a

segunda via para os livros, através de placas ou rolos de gelatinas. Este processo era

muito parecido com as figurinhas de chiclete ou tatuagens que, para tirar o desenho, era

preciso molhar o braço e segurar a imagem por algum tempo.

Por volta de 1980, surgiram as máquinas eletrônicas que facilitaram em muito a

vida dos contabilistas. Tal máquina, à medida que se realizavam os lançamentos, já

executava as operações de adição e subtração. Porém, estes equipamentos não tiveram

vida longa, pois logo chegaram ao mercado os microcomputadores. Assim, nos dias

Page 45: Apostila Modulo II

45

atuais, existe uma série de softwares de contabilidade que facilitam demais a vida e o

trabalho dos contabilistas que, além de fornecer todas as informações para a área

contábil, podem ser interligados com outras áreas da empresa para que o lançamento

contábil seja automático.

3.6.2. Livro Razão

Ainda que seja facultativo por lei, o Livro Razão é indispensável no

processamento das informações contábeis. Trata-se de um agrupamento de valores em

contas de mesma natureza e de forma racional. Ou seja, o registro neste livro

acompanha as posições de cada uma das contas que formam o sistema escritural de um

patrimônio, o que proporciona um controle maior por conta.

Por estar organizado por contas, é muito mais fácil analisar os impactos gerados

para cada transação.

Neste livro, cada conta terá uma página individualizada e os lançamentos, assim

como no Livro Diário, deverão ser realizados em ordem cronológica dentro de cada

conta. O razão pode ser escriturado em fichas, utilizando a mesma forma do livro, ou

seja, cada conta em sua própria ficha.

Ainda que seu registro não seja obrigatório, caso venha a ser utilizado, é preciso

conter o termo de abertura e encerramento com as respectivas assinaturas do contabilista

e do responsável pela empresa.

A princípio, o razão só existia em forma de livros. Com o passar do tempo, para

facilitar e agilizar o trabalho, o livro foi sendo substituído por folhas avulsas que

receberam o nome de fichas. Hoje, dado o aspecto prático da contabilidade

informatizada, é muito comum o uso de tais fichas. Ressaltamos ainda que é a partir

desse livro ou fichas que se levantam os balancetes de verificação da posição das

contas, para posterior encerramento do Balanço.

Page 46: Apostila Modulo II

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Veja o modelo:

Empresa: Comercial Jc.Leite Ltda. Jan a Dez/2001

RAZÃO ANALÍTICO Página. 01

Conta: 3.1.1.001.001 - Vendas à vista

Data Histórico Débito Crédito Saldo

05/01 Venda à vista conf NF 65 380,00 380,00 C

08/01 Venda à vista conf NF 66 1.700,00 2.080,00 C

09/01 Venda à vista conf NF 67 735,00 2.815,00 C

14/01 Venda à vista conf NF 68 357,00 3.172,00 C

21/01 Venda à vista conf NF 69 7.889,00 11.061,00 C

24/01 Venda à vista conf NF 70 279,00 11.340,00 C

Fonte: http://www.contabilizando.com/os.livros.cont.html

Quando o livro abrange a conta em sua totalidade, denomina-se Razão

Sintético. Quando há o desdobramento dessas contas para realizar um controle mais

efetivo, denomina-se Razão Analítico.

Page 47: Apostila Modulo II

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Assim:

Razão Sintético Razão Analítico

Estoques

- Estoque de mercadorias

- Estoque de produtos acabados

- Estoque de matéria prima

Duplicatas a Receber

- Cia. nacional de siderurgia

- Lojas Felicidades

- Depósito Santa-fé

Bancos Conta Movimento

- Banco do Brasil

- Banco Bradesco

- Banco Real

Fornecedores

- Comércio de ferragens Santa Luzia

- Pedreira São Mateus

- Castor & Andrade Ltda

Empréstimos a Pagar

- Banco do Brasil

- Financeira Credial

- Banco Unioeste

3.6.3. Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR)

O Livro de Apuração do Lucro Real, também conhecido por sua sigla

“LALUR” é um livro fiscal obrigatório para empresas que declaram seu Imposto de

Renda pela modalidade de LUCRO REAL.

O Lucro Real é o lucro líquido, referente ao período que está sendo apurado,

com os ajustes referentes a adições, exclusões ou compensações.

A função desse livro é realizar um ajuste dos demonstrativos contábeis com a

declaração do imposto de renda, com adições e exclusões ao lucro líquido do período

base. Esse ajuste deverá apurar a base de cálculo do imposto de renda do período base e

Page 48: Apostila Modulo II

48

controlar valores que possam influenciar a determinação do lucro real de períodos base

futuros e que não constem da escrituração comercial.

O LALUR é um livro dividido em duas partes, com folhas numeradas

tipograficamente e reunidas em um só volume encadernado.

A primeira parte, chamada de “Parte A”, é destinada aos lançamentos de ajustes

do lucro líquido do período. Tais informações, como despesas indedutíveis e valores

excluídos, deverão estar organizadas por data, tendo como fecho a demonstração do

lucro real.

A segunda parte, chamada de “Parte B” é destinada exclusivamente ao controle

dos valores que não constam da escrituração comercial, mas que afetam a determinação

do lucro real em períodos base futuros. Como exemplo, podemos citar prejuízos a

compensar, depreciação acelerada, lucro inflacionário acumulado, entre outros.

Parte A

A escrituração deverá ser realizada em ordem cronológica, folha após folha, sem

intervalos e nem entrelinhas. Deve ser encerrada período após período com a transcrição

da demonstração do lucro real. Cada período deve ser assinado pelo responsável da

empresa e pelo contabilista legalmente habilitado.

Parte B

Na sua parte B, utilizando uma folha para cada conta ou fato que requeira

controle individualizado, serão mantidos os registros de controle de valores que, pela

sua característica, integram a tributação de períodos subsequentes, quer como adição,

exclusão ou compensação.

Veja o modelo:

Page 49: Apostila Modulo II

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Parte A

Parte B

Fonte: http://www.g-10.net/12_27.htm

3.7 – Balancete de Verificação

Trabalhar com números requer muita concentração e foco no que se está fazendo

para que as informações não sejam trocadas ou lançadas com valores errados.

Page 50: Apostila Modulo II

50

Infelizmente, é muito difícil um profissional ser eficiente cem por cento do tempo e

falhas acabam acontecendo.

O balancete de verificação é uma técnica muito eficiente para verificar se os

lançamentos contábeis de determinado período foram realizados com sucesso. É

importante ressaltar que esta técnica também não apresenta cem por cento de eficiência

e pode deixar de detectar alguns erros de maior amplitude.

Esta técnica tem por base o método

das partidas dobradas que, como vimos

anteriormente, conceitua que não há débito

sem crédito correspondente. Assim, ao somar

todos os valores de débitos e todos os valores

de créditos, estes deverão ser iguais.

Se houver qualquer diferença de valores entre débito e crédito e este resultado

não tiver como causa um erro de soma das colunas do balancete, certamente os registros

contábeis não estão corretos. Neste caso é preciso parar todo o processo contábil e

averiguar onde está o erro. O contabilista deverá realizar um trabalho de pesquisa dos

lançamentos contábeis já realizados para localizar a falha.

Por este motivo, a periodicidade do balancete de averiguação deve ser curta,

uma vez que, quanto menor o período de abrangência do balancete, mais eficiente será a

contabilidade. Para elucidar essa periodicidade, os bancos costumam realizar esse

balancete diariamente em razão da grande quantidade de lançamentos que costumam

realizar. Isso evita que um erro passe de um dia para o outro, dificultando ainda mais

essa verificação.

O balancete de verificação será montado conforme a necessidade da empresa e

poderá conter uma série de colunas. Quanto mais colunas existirem, maior será a

quantidade de informações oferecidas ao usuário.

Modelos de balancetes de verificação:

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Balancete Mensal de Verificação. ABR/09

Contas Natureza Débito Crédito

Caixa

Bancos

Duplicatas a Receber

Mercadorias

Imobilizado

Fornecedores

Empréstimos e Financiamentos

Capital Social

Lucros ou Prejuízos

Acumulados

AC

AC

AC

AC

ANC

PC

PC

PL

PL

4800

10200

6000

9400

32000

-

-

-

-

-

-

-

-

-

17800

10100

28000

6500

Total 62400 62400

Legenda:

AC = Ativo Circulante / ANC = Ativo não Circulante

PC = Passivo Circulante / PL = Patrimônio Liquido

Fonte: http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/balancete-de-verificacao.htm

3.7.1. Erros não detectáveis pelo Balancete de Verificação

1) Quando o contador se distrai e debita uma determinada compra em uma conta

diferente da conta de origem. Neste caso, os lançamentos, para efeito de verificação,

estariam corretos. No entanto, o débito foi realizado em conta errada.

2) Outro erro não detectável pelo balancete, é a inversão de lançamentos. Ou seja, o

contador lança um crédito como débito e um débito como crédito, simultaneamente. Por

exemplo: o contador deveria debitar caixa e creditar receita, mas inverte, creditando

caixa e debitando receita. Os totais, para efeito de balancete, serão os mesmos, mas os

lançamentos estarão invertidos.

Page 52: Apostila Modulo II

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3.7.2. Apresentação do Balancete

O balancete, por ser uma ferramenta que pode servir de instrumento para tomada

de decisão, uma vez que analisa os débitos e créditos das movimentações financeiras de

uma empresa, deve ser apresentado de forma clara para que o usuário consiga

interpretar adequadamente as informações nele constantes.

Como já vimos também, o balancete comporta as contas de patrimoniais que

representam o ativo, passivo exigível e patrimônio líquido e as contas de resultados que

representam as receitas e despesas. Se o contador lançar todas as informações em

sequência como na figura abaixo, poderá gerar um material de difícil análise.

Figura 1

Entretanto, se adotar o cuidado de separar as duas contas (patrimoniais e de

resultados) em dois grupos, poderá trazer mais clareza para interpretação das

informações.

Note a diferença entre a figura 1 e a figura 2. Trata-se de um balancete

semelhante, com a diferença de que na figura 1 está montado em uma sequência e na

figura 2, está organizado em grupos.

Page 53: Apostila Modulo II

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Figura 2

Organizado como a figura 2, poderá inclusive servir de base para a preparação

da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) como veremos em tópico próprio.

3.8 – Erros de escrituração

O contador é um ser humano e, como tal, é passível de erro. Neste sentido,

destacaremos os erros mais comuns cometidos durante a escrituração e quais os meios

utilizados para sua correção.

Erros de redação: Costuma acontecer quando o contabilista inverte os lançamentos, ou

seja, em uma conta de crédito, quando deveria lançar em uma conta de débito. Neste

caso, deve usar o Estorno para corrigir o erro.

Borrões, rasuras, registros nas entrelinhas: Neste tipo de acidente, o contabilista

deverá ressalvar, datar e assinar a ressalva na própria escrituração. Exemplo:

Ressalva: O valor correto do cheque número 982.433 é de R$ 10.000,00. Por engano

lançamos R$ 100.000,00. Portanto, ficou rasurado o lançamento.

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Salto de linhas ou de páginas: Quando o contabilista se distrai e causa um salto de

linha, deverá corrigir o erro, preenchendo o espaço com traços horizontais e ressalvando

com data e assinatura do profissional. Se o salto for de página inteira, o procedimento é

o mesmo, apenas os traços que deixam de ser na horizontal e passam a ser na diagonal.

Valores lançados a maior: Neste caso, o contabilista pode agir de duas formas. Realiza

a correção da diferença com um lançamento de retificação, ou anula e lança os valores

novamente. Exemplo: Histórico: Estorno de parte do lançamento efetuado a maior, em

.../..../..., referente ao pagamento de imposto predial do primeiro trimestre.

Valores lançados a menor: Neste caso, a correção pode ser feita com o estorno do

lançamento e um novo lançamento, agora com o valor correto ou apenas efetuar um

lançamento complementar. Exemplo: Histórico: Complemento do lançamento efetuado

a menor em../../.., referente ao pagamento do imposto predial deste trimestre.

Troca de uma conta por outra: Este é um erro muito comum entre os profissionais de

contabilidade. Quando ocorre a troca de conta, o contabilista deve fazer a correção por

estorno do lançamento e lançar corretamente ou estornar somente a conta errada e

debitar a conta correta. Exemplo:

Histórico: Transferência que se processa da 1ª para a 2ª conta, tendo em vista

lançamento indevido em.../.../..., referente à compra de um automóvel, conforme Nota

Fiscal nº 000.

Inversão de contas: Na inversão de contas, o profissional deve realizar a correção por

estorno do lançamento e lançando corretamente, ou, invertendo as contas e lançar a

importância duas vezes. Exemplo: Histórico: Estorno do lançamento de../../.., referente à

compra de um automóvel. Compra de um automóvel.

Omissão de lançamentos: Geralmente, esta omissão ocorre pelo esquecimento do

contabilista em efetuar o registro de um fato na data oportuna. Neste caso, basta

proceder ao registro do fato no dia em que verificou a omissão, mencionando, no

Page 55: Apostila Modulo II

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histórico, o motivo e a data correta do evento. Se a omissão implicar em falta de

recolhimento de impostos, a empresa deverá providenciar os respectivos recolhimentos,

espontaneamente, acrescidos dos encargos correspondentes.

Lançamento em duplicata: Quando notada tal ocorrência, basta que se proceda ao

estorno do lançamento que estiver a mais.

3.9 – Encerramento do Exercício

A gestão administrativa das empresas é contínua, porém, é necessário

estabelecer determinados períodos para obter informações sobre a situação patrimonial,

econômica e financeira, como por exemplo, se a empresa obteve lucro ou prejuízo.

Geralmente, esse período tem duração de um ano, coincidindo com o ano civil.

Como exemplo, podemos avaliar a legislação para declaração de imposto de

renda que determina que os balanços apresentados com base no pagamento do imposto,

devem compreender um período de doze meses, encerrando-se no dia 31 de dezembro

do ano corrente. Já o Banco Central determina que os bancos apresentem balanços a

cada seis meses, embora os exercícios sociais permaneçam por doze meses.

Ao final desse período, chamamos de encerramento do exercício. A

contabilidade deverá encerrar as Contas de Resultados, que compreende as Contas de

Despesas e Receitas, transferindo seus saldos para uma nova Conta chamada de

“Resultado do Exercício”.

Depois de conhecido o resultado do exercício e montado de forma ordenada,

para um fácil entendimento, serão elaborados os relatórios contábeis, dentro os quais,

destacamos:

- Balanço Patrimonial

- Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)

Page 56: Apostila Modulo II

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- Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA)

- Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)

Tais demonstrações, veremos com mais detalhes na próxima Unidade.

3.10 – Tributação

Segundo o Código Tributário Nacional Brasileiro, em seu art. 3º, Tributo é

"toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir,

que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade

administrativa plenamente vinculada".

A palavra tributo parte do radical latino “tribuire” que significa “distribuir”, no

sentido de repartir entre os entes da comunidade os ônus da satisfação das necessidades

coletivas. Em outras palavras, são valores pagos à União, Estados e Municípios, em

moeda corrente (dinheiro), de forma compulsória, ou seja, sem disposição de vontade

do contribuinte, por pessoas físicas e jurídicas, para atender os custos de manutenção do

Estado.

3.10.1. Classificação dos tributos

Os tributos podem ser classificados da seguinte forma:

Tributo Direto – São aqueles em que o contribuinte é o único responsável pelo

pagamento do tributo, ou seja, uma única pessoa é responsável pelo cumprimento de

todas as obrigações tributárias previstas em lei. Exemplo: Imposto de Renda por

declaração.

Tributo Indireto – Trata-se da relação jurídico-tributária que se estabelece entre o

Estado e o contribuinte, no qual este paga o tributo correspondente e pode se ressarcir

cobrando de terceiros, através da inclusão do valor pago de imposto, no preço final de

seu produto ou serviço. Exemplo: IPI e ICMS.

Page 57: Apostila Modulo II

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Tributo Real – É o tributo que incide sobre bens e serviços. Exemplo: IPVA e ISS.

Tributos Proporcionais – São caracterizados pela incidência de uma única

percentagem sobre o valor da matéria. Exemplo: ITBI

Tributos Progressivos – São caracterizados pelos impostos de alíquotas fixadas em

percentagens variáveis e crescentes. Exemplo: IRPF

3.10.2. Tipos de tributos

Muitas pessoas generalizam e denominam os tributos de “impostos”. Contudo, o

tributo é gênero do qual o imposto é espécie. De forma simplificada, o imposto é apenas

um tipo de tributo, como veremos a seguir:

Impostos – Trata-se de um tributo não vinculado, ou seja, é devido pelo contribuinte e

deve ser pago de forma compulsória independente de qualquer contraprestação por parte

do Estado. Exemplo: O pagamento do IPVA que é um imposto sobre a posse de

automóvel, não garante que este valor seja revertido para melhorias das ruas ou

rodovias.

Taxas – São tributos pagos em contrapartida a execução de serviços públicos prestados

ou colocados à disposição do contribuinte. As taxas também estão relacionadas ao poder

de polícia exercido pela administração pública. Exemplo: taxa de bombeiro ou taxa de

iluminação pública cobradas em alguns municípios.

Contribuições Sociais – Trata-se de contribuições que tem por finalidade garantir a

seguridade social. Exemplo: PIS, COFINS, CSLL.

Contribuições de Melhoria – São tributos cobrados de contribuintes que, em razão de

obras e serviços públicos, acarretem uma valorização de seus imóveis. Em outras

palavras, trata-se de uma contribuição para custear obras públicas que venham a

valorizar os imóveis daquela região.

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Empréstimo Compulsório – São valores cobrados de contribuintes, mediante lei

complementar para a realização de obras de caráter emergencial decorrentes de

calamidade pública ou guerra externa, que demande relevante interesse nacional.

3.10.3. Tributos cobrados de empresas

Destacamos aqui, os tributos mais comuns cobrados das

empresas no Brasil:

1) Contribuição para o PIS – É uma contribuição social que

deve ser paga pelas empresas com o objetivo de financiar o

pagamento do seguro-desemprego e do abono salarial para os

trabalhadores que ganham até dois salários mínimos.

2) Contribuição para o financiamento da seguridade social – COFINS – É uma

contribuição federal, de natureza tributária, incidente sobre a receita bruta das empresas

em geral, destinada a financiar a seguridade social.

3) Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI – Imposto sobre Produtos

Industrializados (IPI) é um imposto federal cobrado sobre mercadorias industrializadas,

estrangeiras e nacionais.

4) Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS – O Imposto

sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços, é um imposto de competência

estadual que incide sobre a circulação de mercadorias, prestações de serviços de

transporte interestadual, ou intermunicipal, de comunicações, de energia elétrica.

Também sobre a entrada de mercadorias importadas e serviços prestados no exterior.

5) Imposto de Renda Pessoa jurídica – IRPJ – É um tributo federal pago por todas as

pessoas jurídicas estabelecidas no Brasil, desde que estas não sejam isentas de

pagamento.

6) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL – É uma contribuição que

incide sobre as pessoas jurídicas e entes equiparados pela legislação do Imposto de

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59

Renda e se destina ao financiamento da Seguridade Social, estando disciplinado pela lei

n.º 7.689/88.

7) Simples - Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – é o nome fantasia dado ao sistema de

tributação simplificada criado em 1996, chamado de Simples Federal. Porém, foi

extinto em 30/06/2007 e substituído na data seguinte 01/07/2007 pelo Simples

Nacional criado pela Lei Complementar 123/06, com o objetivo de facilitar o

recolhimento de contribuições das micro e médias empresas, tanto no âmbito federal

(como era o Simples Federal) quanto no estadual, através do (ICMS) e municipal

(através do ISS).

Vale ressaltar aqui, que a carga tributária cobrada das empresas é muito maior

que estes simples sete impostos. Além de impostos como IOF, ISS, IE e outros que não

foram mencionados, há também uma série de contribuições que devem ser analisadas

em um curso próprio, uma vez que sua complexidade é muito grande para ser definida

em poucas linhas.

3.10.4. Imposto de Renda

Quem nunca ouviu falar do famoso leão do

imposto de renda? Ou ainda, quem nunca pegou seu

holerite no final do mês e viu que faltava uma parte do

salário? Justamente ela foi “mordida” por tal leão!

Pois é, poucas pessoas são isentas do pagamento de tal imposto. Mesmo aqueles

que não possuem carteira assinada, como profissionais liberais ou autônomos, não

conseguem se isentar de tal obrigação. Ou seja, este imposto incide sobre quase todas as

pessoas, físicas ou jurídicas, que possuem algum rendimento, deixando de fora apenas

aquelas que ganham até o limite da isenção, como veremos mais a frente.

No entanto, existem regras e princípios que devem ser observados pelo fisco

(parte da administração pública responsável pela cobrança dos impostos) para exercer

Page 60: Apostila Modulo II

60

esta cobrança. Um exemplo é o princípio da progressividade, que determina saltos na

alíquota, conforme o aumento do rendimento de uma pessoa.

A seguir, veremos com mais detalhes sobre este imposto que assombra tanto aos

trabalhadores como os donos de empresas.

O que é o Imposto de Renda?

O Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza, popularmente

conhecido como Imposto de Renda ou apenas IR é um tributo federal, de competência

exclusiva da União, que incide sobre o produto do capital e/ou do trabalho das pessoas.

Este tributo pode ser enquadrado na modalidade de homologação, ou seja, o

contribuinte é quem vai dizer quanto deve pagar de imposto, através de uma declaração

anual e os valores serão homologados ou não pela autoridade competente, neste caso, a

Receita Federal.

Voltamos a lembrar que tal imposto não se limita apenas a salários, seja de

celetistas (profissionais com carteira assinada), seja de profissionais autônomos ou

liberais. Qualquer rendimento que uma pessoa tenha e que possa ser tributado, como por

exemplo, renda de aluguel de imóveis, torna-se uma contribuinte e deve pagar Imposto

de Renda.

Não podemos esquecer também das empresas, incluindo as micro e pequenas

empresas que são obrigadas a recolher o Imposto de Renda como Pessoa Jurídica.

Principais características:

Fato Gerador – O Código Tributário Nacional define o fato gerador do Imposto de

Renda como sendo “a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda. De

Renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;

de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais.” Em

outras palavras, fato gerador é o motivo que gera a sua ocorrência, significando na

Page 61: Apostila Modulo II

61

prática, qualquer tipo de rendimento ou proventos, podendo ser salários, rendas de

aluguéis, heranças, entre outros.

Contribuintes Equiparados – Além das pessoas físicas (IRPF) e das pessoas jurídicas

(IRPJ), existe ainda um grupo de contribuintes conhecidos como “equiparados a pessoas

jurídicas”. Esta equiparação se deve ao fato de apesar de serem “pessoas físicas” para o

ramo do direito privado, para o direito tributário, possuem status de “pessoa jurídica”.

Neste sentido, a tributação é feita como pessoa jurídica e não pessoa física. Como

exemplo, podemos citar as firmas individuais, atualmente conhecidas como

“empresários individuais”.

Modalidades:

PESSOA FÍSICA

Imposto de Renda retido na fonte – Trata-se de uma antecipação do imposto, ou seja,

o contribuinte vai gerando rendimentos e recolhendo o imposto durante o ano. Ao final

do ano, vai declarar o que já recolheu e o que de fato era devido. Assim, pode ser gerada

uma restituição, que veremos com mais detalhes, logo a seguir.

Outra maneira de se cobrar o imposto de renda na fonte, é a através da cobrança

exclusiva na fonte. Trata-se de uma tributação sobre a gratificação de natal. Neste caso,

o contribuinte perde o direito à restituição, porém, o cálculo do imposto permite uma

tributação menor, diferente se esta gratificação fosse somada ao salário do mês o que

causaria um aumento do imposto devido à progressividade da tabela.

Page 62: Apostila Modulo II

62

PESSOA JURÍDICA

Imposto de Renda sobre o lucro real anual e

estimativa – Trata-se de uma forma de recolhimento

do imposto de renda de pessoa jurídica que se faz de

forma antecipada com base em percentuais sobre a

receita bruta ou balancetes mensais. No final do

exercício, apura-se o lucro real anual e qual o imposto

devido, deduzindo as antecipações que já foram

recolhidas durante o ano.

Imposto de Renda sobre o lucro real trimestral – Os impostos de pessoas jurídicas

são recolhidos com base em balanços trimestrais, ou seja, neste caso, não deve ser

considerado como uma antecipação, mas o imposto efetivamente devido.

Imposto de Renda sobre o lucro presumido – É uma forma mais simples de se

calcular e recolher o imposto de renda, uma vez que não necessita da manutenção de um

sistema contábil e de um profissional de contabilidade. É um imposto recolhido

trimestralmente com base nas receitas escrituradas ou em um livro caixa expandido

(relatório criado para auxiliar no fechamento diário de todas as operações financeiras).

Base de cálculo:

Em Direito Tributário, base de cálculo é o montante real, arbitrado ou

presumido sobre o qual se aplica a alíquota para calcular o valor do imposto que deve

ser recolhido, ou seja, é o valor em dinheiro sobre o qual se aplica determinado imposto.

Por exemplo, na venda de um imóvel, a base de cálculo do Imposto de Renda é a

diferença entre o valor da venda e o valor declarado do imóvel.

Alíquota é o percentual ou o valor fixo que será aplicado sobre a base de

cálculo para o cálculo do valor de um tributo.

Page 63: Apostila Modulo II

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Pessoa Física – A base de cálculo para cobrança do Imposto de Renda de

pessoas físicas são todos os seus rendimentos, ou seja, tudo aquilo que recebeu durante

o ano. No entanto, há alguns tipos de despesas que podem ser abatidos, como despesas

com saúde, despesas com educação e dependentes.

Pessoa Jurídica – A base de cálculo para cobrança do Imposto de Renda de

pessoas jurídicas são os lucros gerados por ela. Na prática, somente empresas de grande

porte trabalham com esta apuração. A maioria das empresas menores apuram seus

impostos pelo lucro presumido.

Alíquotas:

PESSOA FÍSICA

Como dissemos, o Imposto de Renda no Brasil, segue o princípio da

progressividade, ou seja, quem ganha mais, paga mais. Para oficializar quanto cada

contribuinte deveria pagar, a Receita Federal criou uma tabela, que sofre alterações

constantes, contendo faixas de contribuição e cada faixa com seu respectivo redutor,

como veremos a seguir:

Tabela Progressiva para o cálculo mensal do Imposto de Renda de Pessoa Física a

partir do exercício de 2014, ano-calendário de 2013.

Base de cálculo mensal em R$ Alíquota % Parcela a deduzir do imposto em R$

Até 1.710,78 - -

De 1.710,79 até 2.563,91 7,5 128,31

De 2.563,92 até 3.418,59 15,0 320,60

De 3.418,60 até 4.271,59 22,5 577,00

Acima de 4.271,59 27,5 790,58

Page 64: Apostila Modulo II

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Primeira faixa: Vamos imaginar que seu salário seja de R$ 1.300,00. Nesse

caso, você não é obrigado a recolher o Imposto de Renda, uma vez que se encontra

abaixo do limite da primeira faixa, que é isenta de recolhimento.

- salário: R$ 1.300,00

- alíquota: isento (0%)

- desconto: R$ 0,00

- redutor da faixa: não há

- IR a recolher (desconto - redutor da faixa): R$ 0,00

Segunda faixa: Imagine agora que você tenha sido promovido e seu salário

tenha subido para R$ 2.000,00. Por se encontrar na segunda faixa de contribuição, a

alíquota é de 7,5%, o que totaliza R$ 150,00. Deste valor, subtrai-se o redutor da faixa

(R$ 128,31), obtendo-se o valor devido de IR. Neste caso, o recolhimento é de R$

21,69.

- salário: R$ 2.000,00

- alíquota: 7,5%

- desconto: R$ 150,00

- redutor da faixa: R$ 128,31

- IR a recolher (desconto - redutor da faixa): R$ 21,69

Terceira faixa: Considere agora que seu salário seja R$ 3.000,00. Ele encontra-

se na terceira faixa de contribuição, cuja alíquota é de 15%, o que corresponde a R$

375,00. Subtrai-se deste valor o redutor da faixa (R$ 320,60) e tem-

se o total a ser recolhido: R$ 54,40

- salário: R$ 3.000,00

- alíquota: 15%

- desconto: R$ 375,00

- redutor da faixa: R$ 320,60

Page 65: Apostila Modulo II

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- IR a recolher (desconto - redutor da faixa): R$ 54,40

Quarta faixa: Considere seu salário como sendo de R$ 3.500,00. Ele está na quarta

faixa de contribuição, cuja alíquota é de 22,5%, o que corresponde a R$ 742,50.

Subtrai-se deste valor o redutor da faixa (R$ 577,00) e tem-se o total a ser recolhido: R$

165,50.

- salário: R$ 3.500,00

- alíquota: 22,5%

- desconto: R$ 742,50

- redutor da faixa: R$ 577,00

- IR a recolher (desconto - redutor da faixa): R$ 165,50

Quinta faixa: Considere agora seu salário como sendo de R$

5.500,00. Ele está na quinta e última faixa de contribuição, cuja alíquota é de 27,5%, o

que corresponde a R$ 1.512,50. Subtrai-se deste valor o redutor da faixa (R$790,58) e

tem-se o total a ser recolhido: R$721,92

- salário: R$ 4.000,00

- alíquota: 27,5%

- desconto: R$ 1.512,50

- redutor da faixa: R$ 790,58

- IR a recolher (desconto - redutor da faixa): R$ 721,92

PESSOA JURÍDICA

A pessoa jurídica, seja ela comercial ou civil, pagará o imposto de renda com

base na alíquota de 15% sobre o lucro real ou presumido, conforme regulamento. Será

gerado um imposto adicional de 10% sobre o montante que ultrapassar R$ 20.000,00 ao

mês, resultando em um limite máximo de alíquota de 25%.

Page 66: Apostila Modulo II

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Existem exceções como, por exemplo, isenção ou reduções de impostos para

incentivar a instalação de empresas em determinadas regiões do Brasil. Outra exceção é

a figura dos “juros sobre capital próprio” que serve para distribuir parcela de lucro a

sócios (pessoas físicas) com apenas a retenção na fonte de 15% e mais nenhuma outra

incidência.

É importante ressaltar que, com o objetivo de legalizar pequenos e

microempresários, o governo criou a figura do Simples Nacional. Trata-se de uma

tributação diferenciada e que engloba praticamente todos os tributos federais, estaduais

e municipais, sendo pago sobre uma porcentagem das receitas que varia conforme o

tamanho da empresa.

Quem deve declarar:

Seguem abaixo as situações que obrigam o contribuinte a declarar o imposto de

renda para o ano de 2014, como exemplo de operacionalização do pagamento do

imposto.

1) Contribuintes que receberam, durante o ano de 2013, rendimentos brutos

tributáveis sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma anual foi superior a R$ 10

milhões, rendimentos isentos e não tributáveis, cuja soma foi superior a R$ 10

milhões, rendimentos tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior

a R$ 10 milhões, realizou pagamentos de rendimentos a pessoas jurídicas,

quando constituam dedução na declaração, ou a pessoas físicas, quando

constituam, ou não, dedução na declaração, cuja soma foi superior a R$ 10

milhões, em cada caso ou no total, deve transmitir a Declaração de Ajuste Anual

com a utilização de certificado digital.

2) Contribuintes que receberam rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na

declaração, cuja soma anual foi superior a R$ 25.661,70 e rendimentos isentos,

não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a

R$ 40.000,00.

Page 67: Apostila Modulo II

67

3) Contribuintes que obtiveram, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de

bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em

bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;

Optou pela isenção do imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de capital

auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja destinado

à aplicação na aquisição de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de

180 (cento e oitenta) dias contados da celebração do contrato de venda, nos

termos do art. 39 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005.

4) Contribuintes que tiveram a posse ou a propriedade, em 31 de dezembro de

2013, de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$

300.000,00.

5) Contribuintes que passaram à condição de residente no Brasil em qualquer mês e

nessa condição se encontravam em 31 de dezembro de 2013.

6) Indivíduos com receita bruta superior a R$ 128.308,50 através de atividade

rural, ou que pretendam compensar no ano-calendário de 2013 ou posteriores,

prejuízos de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2013.

Como fazer a declaração:

Houve um tempo em que para fazer a

declaração do imposto de renda, era necessário

retirar um formulário na Receita Federal, preenchê-

lo a mão e entregá-lo, enfrentando filas

intermináveis, nas agências da própria Receita

Federal, Caixa Econômica Federal ou Correios.

Com a chegada da tecnologia, tudo melhorou. Dos volumes enormes de papel, o

contribuinte passou a entregar um disquete contendo sua declaração, mas ainda era

obrigado a enfrentar filas, até que surgiu a internet e tudo ficou mais fácil ainda.

Page 68: Apostila Modulo II

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Atualmente, as declarações exigidas pela Receita Federal, devem ser realizadas

por computadores, com o recurso da internet através do site da unidade

(www.receita.fazenda.gov.br).

Pela Internet – O contribuinte deve baixar em seu computador o programa

“Receitanet”, fazer o preenchimento eletrônico com as informações solicitadas, fazer a

transmissão dos dados, pelo próprio sistema, para a Receita Federal.

As entregas por meio de mídias removíveis, como CD e pendrive, poderão ser utilizadas

em caso de declaração em atraso, em unidades da Receita Federal, exceto para esse

caso.

Restituição e recolhimento:

Depois de entregue a declaração, será apurado se terá imposto a restituir, ou seja,

se o governo deverá devolver algum valor que foi recolhido a mais ou se ainda terá de

complementar o recolhimento com um valor referente a alguma informação (bem) que

não foi declarada.

Tudo vai depender dos rendimentos (rendimentos tributáveis, não tributáveis,

isentos e tributados na fonte) e de suas despesas (valor que pode ser dedutível do IR e

que poderá gerar um valor a ser restituído).

Na prática, a restituição ocorre quando as despesas dedutíveis não são

computadas durante o período anual, ou seja, ao longo do ano, teve gastos com

educação e despesas médicas que só serão considerados quando fizer a declaração, só

assim, saberá se vai receber algum valor de volta. Essa restituição deverá ser paga na

conta corrente ou poupança do contribuinte, indicada por ele para esse fim, reduzindo

com isso o risco de fraudes. Esses pagamentos são divididos por lotes, e os

contribuintes são pagos pela ordem em que fizeram suas declarações, ou seja, quem fez

primeiro, recebe primeiro e vice-versa.

Page 69: Apostila Modulo II

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Já o recolhimento ocorre quando o contribuinte fica devendo ao fisco, ou seja,

deixa de declarar alguma coisa que é apurada na homologação da declaração. Neste

caso, o contribuinte poderá recolher o valor que faltou à vista ou parcelado.

É importante destacar que a restituição somente ocorre para as pessoas físicas.

Isto porque, a pessoa jurídica que não apresenta lucro ao final do exercício social não

efetua o recolhimento do imposto devido ao fato de não apresentar ganhos ou rendas e

sim prejuízo.

Malha fina:

Todo contribuinte, ao entregar sua declaração, está sujeito a uma fiscalização

realizada pela Receita Federal. Essa ação gera dois resultados: ou a declaração do

contribuinte é homologada, sinal de que está correta ou cairá na malha fina, que se trata

de uma segunda instância de fiscalização em que o contribuinte deverá esclarecer os

problemas identificados em sua declaração. Por ser mais rigorosa, podem ser pedidas

novas informações sobre os rendimentos e, quando necessário, poderá ser encaminhada

para analistas especializados.

CHEGAMOS AO FIM DA UNIDADE 3! NESTA UNIDADE VOCÊ APRENDEU

QUE:

• O patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações ligados a uma pessoa

física ou jurídica que pode ser avaliado economicamente;

• Os bens e direitos são elementos positivos e as obrigações são elementos

negativos;

• Ativo – Passível = Patrimônio Líquido;

• Os princípios da contabilidade se dividem em três grupos: postulados, princípios

e convenções;

Page 70: Apostila Modulo II

70

• São princípios da contabilidade: o da entidade, o da continuidade, o da

oportunidade, o do registro pelo valor original, o da atualização monetária, o da

competência e o da prudência;

• O método das partidas dobradas estabelece que, para cada lançamento de débito

efetuado, deve corresponder um lançamento de crédito, de forma que o valor

total de débitos seja sempre igual ao valor total de créditos em cada lançamento;

• As contas contábeis são representações escrituradas do patrimônio de uma

empresa. Elas têm a finalidade de registrar, de forma monetária, todas as

movimentações e suas respectivas particularidades como datas, histórico e

valores. Podem ser classificadas em patrimoniais ou de resultados;

• O plano de contas é um elenco de todas as contas previstas pelo contabilista

como necessárias aos seus registros contábeis;

• Os lançamentos contábeis são os registros dos fatos contábeis. Todos eles devem

ter: local e data, conta devedora, conta credora, histórico e quantia;

• Os lançamentos contábeis devem ser registrados em livros contábeis, que se

dividem em Livro Diário, Livro Razão e Livro de Apuração do Lucro Real

(LALUR);

• O balancete de verificação é uma técnica que serve exatamente para verificar se

os lançamentos contábeis de determinado período foram realizados com sucesso;

• Os tributos são valores pagos à União, Estados e Municípios, em moeda corrente

(dinheiro) para atender os custos de manutenção do Estado. Eles podem ser

classificados em: diretos, indiretos, reais, proporcionais e progressivos;

Page 71: Apostila Modulo II

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• São tipos de tributos: impostos, taxas, contribuições sociais, contribuições de

melhoria e empréstimo compulsório;

• O Imposto de Renda é um tributo referente ao produto do trabalho do capital das

pessoas físicas, jurídicas e cidadãos equiparados às pessoas jurídicas;

• O cálculo do imposto de renda é feito com base nos rendimentos das pessoas;

• A declaração do imposto feita pelas pessoas é fiscalizada pela receita federal e

pela malha fina, que verificam se o contribuinte pagou a mais ou a menos do

valor devido a ele.

Page 72: Apostila Modulo II

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Unidade 4 – Relatórios Contábeis

Olá,

Chegamos à última unidade do nosso curso.

Nesta unidade você vai aprender sobre a importância dos relatórios contábeis e

como eles devem ser usados estrategicamente pelas empresas.

Conhecerá também a estrutura de um Balanço Comercial e os demais

demonstrativos que compõem estes relatórios.

Bom estudo!

Page 73: Apostila Modulo II

73

4.1 – O que são Relatórios Contábeis?

Segundo o Professor José Carlos Marion:

“Relatório Contábil é a exposição resumida e

ordenada de dados colhidos pela contabilidade com o

objetivo de relatar às pessoas que se utilizam da

contabilidade os principais fatos registrados por ela

em determinado período”.

Também conhecidos como Informes Contábeis, estes relatórios recebem o nome,

pela Lei das Sociedades por Ações, de demonstrações financeiras, mas os contadores

preferem chamá-los por demonstrações contábeis.

É importante destacar também que, além das demonstrações contábeis que

devem ser elaboradas no encerramento de cada período social e que geralmente tem

duração de doze meses, é preciso elaborar também as chamadas Notas Explicativas.

Trata-se de um complemento às demonstrações, dispostas no rodapé das demonstrações

contábeis.

Estas Notas Explicativas referem-se a informações detalhadas e que esclarecem

determinados lançamentos constantes dos demonstrativos. Para maior elucidação,

podemos citar, como exemplo, as garantias oferecidas aos bancos em caso de

empréstimos, mudanças de critério contábil, taxas de juros, entre outros.

No seguimento de nosso curso, daremos destaques às principais demonstrações,

quais são:

1) Balanço Patrimonial

2) Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

3) Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA)

Page 74: Apostila Modulo II

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4) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)

5) Demonstração das Origens e Aplicações dos Recursos (DOAR)

4.2 – Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial pode ser considerado a

principal demonstração contábil de uma empresa. Se

pensarmos em balanço como a busca do equilíbrio,

podemos compará-lo a uma balança de dois pratos, onde

o lado esquerdo, denominado ATIVO, representa os

elementos positivos (bens e direitos), enquanto o lado

direito, denominado PASSIVO, representa os elementos negativos (obrigações). É

importante ressaltar também que, do lado direito, encontra-se a representação do

PATRIMÔNIO LÍQUIDO.

O objetivo do balanço patrimonial é evidenciar, tanto qualitativa com

quantitativamente, num determinado período (geralmente anual), a posição financeira

de uma empresa. O balanço permite fazer uma radiografia de todos os bens, valores a

receber e valores a pagar em uma determinada data.

O balanço patrimonial, como dissemos é dividido em duas colunas, nas quais

estarão as contas do ativo (lado esquerdo) e passivo e patrimônio líquido (lado direito).

Eles deverão ser classificados e agrupados de modo a facilitar a análise e o

entendimento da situação financeira da empresa naquele período. Assim, destacamos

abaixo, uma representação gráfica de um balanço patrimonial com suas contas e

subcontas:

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BALANÇO PATRIMONIAL

Ativo Passivo e Patrimônio Líquido

Ativo Circulante

- Disponível

- Realizável a curto prazo

- Estoques

- Despesas Antecipadas

Passivo Circulante

Ativo Realizável a Longo Prazo Passivo Exigível a Longo Prazo

Ativo Permanente

- Investimento

- Imobilizado

- Diferido

Patrimônio Líquido

- Capital Social

- Reservas de Capital

- Lucros ou Prejuízos Acumulados

Para melhor compreensão, descreveremos a finalidade de cada conta e subconta

do balanço patrimonial.

4.2.1. Classificação de contas do Grupo Ativo

O Ativo Circulante é considerado o item mais líquido do balanço, uma vez que

se trata dos bens e direitos que podem ser revertidos em dinheiro a curto prazo de, no

máximo, 12 meses. A Liquidez é um conceito econômico que considera a facilidade

com que um ativo pode ser convertido em um meio de troca da economia, ou seja, é a

facilidade em que ele pode ser revertido em dinheiro.

Page 76: Apostila Modulo II

76

O grupo do Ativo Circulante subdivide-se em:

Disponível – Conta que apresenta exigibilidade imediata. É representada pelas

contas de caixa, banco conta movimento, cheques para cobrança e outras.

Realizável a curto prazo – Representa os direitos a receber no prazo de até 12 meses,

como impostos a recuperar, duplicatas a receber e outras.

Estoques – Representam os produtos destinados à venda e que variam de acordo

com a atividade da empresa. Podemos destacar os produtos acabados, produtos em

desenvolvimento, mercadorias e outras.

Despesas Antecipadas – Compreende as despesas pagas antecipadamente e que

serão consideradas como custo ou despesa no decorrer do exercício seguinte. São elas:

os seguros a vencer, aluguéis a vencer e outras.

Ativo Realizável a Longo Prazo – É um item que tem menor liquidez que o

Circulante. Este grupo de contas é composto pelos direitos que serão recebidos após o

período de 12 meses.

Já o Ativo Permanente trata-se dos ativos que dificilmente serão vendidos, uma

vez que praticamente não possuem liquidez. É o grupo de contas que compreende os

bens fixos necessários para que a empresa realize seus objetivos. Este grupo subdivide-

se em:

Investimento – São as aplicações de recursos que não se caracterizam como

objetivo da empresa. Podemos destacar a renda com aluguel de imóveis, terrenos para

expansão, ações de outras empresas, entre outras.

Imobilizado – É a aplicação de recursos em bens instrumentais que permitem à

empresa atingir seus objetivos. São eles os veículos, máquinas e equipamentos, marcas

e patentes, entre outros.

Page 77: Apostila Modulo II

77

Diferido – Representa as aplicações de recursos em despesas, que irão

influenciar o resultado de outro exercício, como gastos de implantação, gastos pré-

operacionais e outros.

Classificação de contas do Grupo Passivo

Passivo Circulante – São as obrigações que se renovam constantemente. É o

grupo de contas composto pelas obrigações com prazo para vencimento em até 12

meses. Como exemplo, podemos citar os salários a pagar, provisões para impostos,

empréstimos bancários, entre outros.

Passivo Exigível a Longo Prazo – Neste caso, as obrigações possuem

vencimento após os 12 meses. Podemos citar os empréstimo e os financiamentos.

Classificação do Patrimônio Líquido

O Patrimônio Líquido pode ser considerado como

sendo a diferença entre o valor dos ativos e dos passivos.

Também representa o investimento dos sócios no negócio.

Subdivide-se em uma série de contas dentre as quais

destacamos:

Capital Social – Discrimina o valor subscrito e o valor que ainda está por ser

realizado pelos sócios ou acionistas.

Reservas de Capital – São as contas que registram o recebimento de eventuais

doações pela empresa.

Lucros ou Prejuízos Acumulados – Registra os resultados da empresa, antes da

distribuição aos sócios ou acionistas.

Page 78: Apostila Modulo II

78

MODELO DE BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE CIRCULANTE

DISPONÍVEL Fornecedores

Caixa Obrigações Fiscais

Bancos c/ movimento Obrigações Sociais e Trabalhistas

Bancos c/ aplicação Outras Contas a pagar

CRÉDITOS

Duplicatas a receber EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

(-)Duplicatas descontadas Fornecedores a pagar

Adiantamentos a fornecedores Empréstimos bancários

Adiantamentos a empregados Outras Contas a pagar

Adiantamentos a sócios

Impostos a recuperar RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS

Outras contas a receber Aluguéis Ativos a vencer

ESTOQUES Outras receitas a vencer

Mercadorias

Matérias primas PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Produtos acabados Capital Social

DESPESAS DO EXERCÍCIO

SEGUINTE Lucro do Exercício

Prêmios de Seguros a apropriar Lucros Acumulados

Juros Passivos a apropriar (-) Prejuízos acumulados

Reservas de Lucros

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Reserva Legal

Empréstimos a sócios

Investimentos temporários a longo prazo =

Despesas antecipadas

Outras contas a receber =

PERMANENTE =

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79

INVESTIMENTOS

Participações permanentes em outras

empresas =

Participações em fundos de investimentos

Outros investimentos =

IMOBILIZADO

Imóveis =

Móveis e Utensílios

Maquinários =

Veículos

Equipamentos de informática =

Instalações

Construção em andamento =

Terrenos

(-) Depreciação acumulada

=

DIFERIDO

Despesas pré-operacionais

TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO

Fonte: http://www.contabilizando.com/

Modelo de Balanço Patrimonial preenchido:

Page 80: Apostila Modulo II

80

4.3 – Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

Como vimos, para efeito contábil, o exercício social

de uma empresa tem a duração de um ano e a cada exercício

fechado, deverá ser apurado o resultado do exercício para que

se verifique se a empresa obteve lucro ou prejuízo.

Dentre os vários demonstrativos que a contabilidade

da empresa deve elaborar, destaca-se a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

como um poderoso indicador de eficiência da empresa e uma ferramenta essencial para

tomadas de decisão. Isso porque a DRE apresenta dados relativos à performance da

empresa através de dados acumulados das contas de receitas, custos e despesas.

Para o professor José Carlos Marion, “a DRE é extremamente relevante para

avaliar o desempenho da empresa e a eficiência dos gestores em obter resultado

positivo. O lucro é o objetivo principal das empresas”.

Vale destacar aqui a importância da terminologia lucro, que está em constante

evidência na apresentação da DRE. O professor Marion entende que, de forma

inadequada, a palavra RESULTADO é substituída pela palavra LUCRO, uma vez que

grande parte das empresas obtém lucro em seus resultados e não prejuízos. Porém, a

Page 81: Apostila Modulo II

81

palavra LUCRO tem uma terminologia bastante ampla, dentre elas as terminologias que

usaremos no estudo da DRE. São elas:

1) Lucro Bruto

2) Lucro Operacional

3) Lucro antes do Imposto de Renda

4) Lucro depois do Imposto de Renda

5) Lucro Líquido

O objetivo principal desse demonstrativo é informar aos leitores e usuários como

foi obtido o resultado do exercício. Deve ser ordenado de tal forma que permita uma

avaliação gerencial, como a análise de custos, despesas e projeções de ganhos, quanto

para uma avaliação fiscal que permita visualizar rapidamente os impostos devidos e

recolhidos durante o exercício.

Durante o exercício, a empresa utiliza uma conta, chamada conta de resultado,

que apura todas as despesas e receitas que fizeram parte de sua movimentação

financeira. No final do exercício essas despesas e receitas são transferidas para a

Demonstração de Resultado do Exercício. É importante ressaltar que estas despesas e

receitas não se acumulam de um período para o outro. No exercício seguinte, a

contabilidade vai fazer nova apuração partindo do valor zero.

Ao lançar todas estas despesas e receitas no demonstrativo, este deverá seguir

um determinado padrão que hoje, apresenta-se na forma vertical ou dedutível, como

veremos a seguir:

Page 82: Apostila Modulo II

82

RECEITA BRUTA (de vendas / serviços)

(-) Deduções, descontos concedidos, devoluções

(-) Impostos sobre vendas

RECEITA LÍQUIDA

(-)Custo dos produtos vendidos

LUCRO BRUTO

(-) DESPESAS OPERACIONAIS:

De vendas,

Administrativas

Financeiras

Outras Despesas Operacionais

(+) Outras Receitas Operacionais

LUCRO OPERACIONAL

(-) Despesas Não Operacionais

(+) Receitas Não Operacionais

(±) Resultado da Correção Monetária

LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (LAIR)

(-) Provisão Para Imposto de Renda

LUCRO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA

(-) Contribuições

(-) Participações

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

LUCRO POR AÇÃO

Lucro Bruto

RECEITA BRUTA (de vendas / serviços)

(-) Deduções, descontos concedidos, devoluções

(-) Impostos sobre vendas

RECEITA LÍQUIDA

(-)Custo dos produtos vendidos

LUCRO BRUTO

Page 83: Apostila Modulo II

83

Podemos conceituar lucro bruto como sendo a diferença entre a Receita Líquida

das vendas realizadas pela empresa e o custo dos produtos vendidos. Para as empresas

prestadoras de serviço, o conceito é o mesmo.

O Lucro Bruto, após cobrir os custos de fabricação do produto ou a prestação

do serviço, será destinado à remuneração das despesas de vendas, administrativas e

financeiras, além do pagamento de impostos e remuneração dos sócios. Assim, destaca-

se a sua importância, uma vez que, quanto maior for a sua fatia na empresa, maior

poderá ser a remuneração dos colaboradores como diretores, administradores e sócios.

Em função disso, também há uma grande preocupação com o controle de custos

da empresa, dado que, quanto mais baixos e controlados forem os custos, maior será a

fatia do Lucro Bruto.

Lucro Operacional

LUCRO BRUTO

(-) DESPESAS OPERACIONAIS:

De vendas,

Administrativas

Financeiras

Outras Despesas Operacionais

(+) Outras Receitas Operacionais

LUCRO OPERACIONAL

Pode ser conceituado como o resultado das atividades principais ou acessórias

que constituam objeto da pessoa jurídica. Ou seja, é o lucro resultante da atividade

operacional da empresa.

Mas note que no conceito, fica claro que se trata do lucro resultante da atividade

presente no objeto social da empresa. Assim, se o objeto social da empresa é vender

canos de PVC, então, todo o lucro resultante dessa operação de venda, será operacional.

Page 84: Apostila Modulo II

84

Tal lucro é obtido por meio da diferença entre o Lucro Bruto e as Despesas

Operacionais, que se caracterizam como sendo as despesas necessárias para vender o

produto, administrar a empresa e financiar as operações.

Despesas de vendas – Despesa com o pessoal da área de vendas, comissões,

divulgação do produto, entre outros.

Despesas Administrativas – Salários e encargos do pessoal administrativo,

aluguéis de escritórios, materiais de escritório, entre outros.

Despesas Financeiras – Juros pagos, comissões bancárias, juros de mora, entre

outros.

Lucro antes do Imposto de Renda (LAIR)

LUCRO OPERACIONAL

(-) Despesas Não Operacionais

(+) Receitas Não Operacionais

(±) Resultado da Correção Monetária

LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (LAIR)

O LAIR é a diferença entre o Lucro Operacional e as despesas não operacionais.

Estas despesas não possuem relação direta com o objetivo do negócio. Geralmente são

ganhos ou perdas aleatórias, como a venda de um veículo da empresa ou um

equipamento. Da mesma forma, podem ocorrer perdas com geadas ou chuvas

torrenciais, entre outros.

Vale ressaltar que o LAIR apura a forma como a empresa se relaciona com o

mercado financeiro. Assim, se a empresa tiver superávit, o LAIR medirá os ganhos

obtidos com a empresa na forma de juros e se a empresa for deficitária, o LAIR

apontará como o pagamento de juros vai refletir no lucro da empresa.

Page 85: Apostila Modulo II

85

Lucro depois do Imposto de Renda

LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (LAIR)

(-) Provisão Para Imposto de Renda

LUCRO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA

Antes de tudo, é importante saber que o Imposto de Renda incide sobre o lucro

da empresa. Como vimos também, ele é cobrado através de alíquotas que podem ser

mudadas ano a ano. Portanto, não vamos nos preocupar com a apuração do valor desse

tipo de lucro, mas com sua conceituação.

Esse lucro é calculado sobre uma provisão para IR, ou seja, calcula-se um

determinado valor a pagar de Imposto de Renda, sendo esse valor deduzido do LAIR.

Essa provisão é importante para que a empresa não seja pega de surpresa com um valor

de IR inesperado que possa causar danos na saúde financeira da empresa.

Lucro Líquido

LUCRO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA

(-) Contribuições

(-) Participações

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

Após o provisionamento de valores para pagamento do IR, o que gerou o Lucro

depois do Imposto de Renda, será preciso deduzir participações, que devem estar

previstas nos estatutos da empresa. Essas participações referem-se a debêntures,

empregados e partes beneficiárias. Também será deduzido o valor de contribuições para

instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados.

Realizando todas estas deduções, será encontrado o valor do lucro líquido, que é

o valor disponível para sócios e acionistas. Estes decidirão o que será dividido entre eles

(dividendos) e o que ficará retido para reinvestimento no negócio.

Page 86: Apostila Modulo II

86

Legenda:

Debêntures – São empréstimos, formalizados pela emissão de títulos a longo

prazo, que as empresas solicitam ao público em geral, pagando juros periódicos e

concedendo amortizações regulares. Poderá ainda assegurar a seu titular, além de juros e

correções, participação no lucro da empresa.

Participação de Empregados e Administradores – Trata-se de um complemento à

remuneração desses colaboradores, representada pela participação nos lucros e

resultados da empresa.

Contribuições para Instituições ou Fundos de Assistência ou Previdência de

empregados – São todas as doações com o objetivo de assistir seu quadro de

empregados, às previdências privadas, no sentido de complementar a aposentadoria.

Devem ser definidas em estatutos, sendo calculadas e deduzidas como uma participação

nos lucros anuais da empresa.

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM

31 DE DEZEMBRO DE 20xx

(Em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação, apresentado em reais)

Receita operacional bruta 1.537.873

Deduções (401.439)

Receita operacional líquida 1.136.434

Custos das vendas (618.409)

Lucro bruto 518.025

(Despesas) receitas operacionais

Vendas (290.724)

Administrativas e gerais (104.722)

Remuneração dos administradores (3.116)

Tributárias (15.358)

Amortização de ágio (2.865)

Page 87: Apostila Modulo II

87

Depreciações e amortizações (30.867)

Outras receitas operacionais líquidas 35.374

Resultado de equivalência patrimonial 1.977

Despesas extraordinárias (18.563)

Receitas (despesas) financeiras, líquidas 20.590

Total das despesas operacionais, líquidas (408.274)

Lucro operacional 109.751

Resultado não operacional (593)

Lucro antes do imposto de renda,

contribuição social e participações

109.158

Imposto de renda e contribuição social (25.789)

Participações estatutárias (3.078)

Lucro líquido do exercício 80.291

Lucro líquido por ação - R$ 3,31

Quantidade de ações ao final do

exercício (em milhares)

24.292

4.4 – Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA)

Geralmente, as empresas distribuem para seus sócios, parte de seu lucro líquido

em forma de dividendos. Porém, grande parte do lucro, fica na própria empresa de

forma a ser reinvestido no negócio. Tanto a distribuição de dividendos quanto o

reinvestimento do lucro, serão evidenciados na Demonstração de Lucros ou Prejuízos

Acumulados, também conhecida como DLPA.

A DLPA está intimamente ligada ao Balanço Patrimonial e à Demonstração do

Resultado do Exercício, uma vez que apurado o lucro líquido na DRE, este será

imediatamente transportado para a DLPA, para que seja feita a sua distribuição. O que

ficar retido na empresa será transportado para o Balanço Patrimonial, no grupo

Patrimônio Líquido. O mesmo acontece para o prejuízo.

Para ficar mais claro:

Page 88: Apostila Modulo II

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1) O saldo da conta de lucros acumulados constante do balanço patrimonial do ano 1

deve coincidir com o saldo inicial da DLPA do ano 2.

2) O saldo final da conta de lucros acumulados constante do balanço patrimonial do ano

2 deve coincidir com o saldo final da DLPA do ano 2.

3) E o valor do lucro líquido do exercício constante da DLPA do ano 2 deve ser o

mesmo valor apresentado na DRE do ano 2.

É importante ressaltar ainda que essa demonstração poderá ser substituída pela

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), que veremos a seguir.

Vamos fazer um exercício para compreender essa demonstração:

Imagine que a empresa XYZ obteve lucro no final dos exercícios de 2007 e

2008. A DLPA da empresa ficaria da seguinte forma:

Page 89: Apostila Modulo II

89

DLPA da XYZ Ltda (em R$)

Saldo em 31/12/2007 ..21.000

(+) Ajustes de exercícios anteriores ......zero

(+) Lucro Líquido ..29.000

(-) Reserva legal ..(1.500)

(-) Reserva estatutária ..(3.000)

(-) Reservas para contingência ..(3.000)

(-) Dividendos .(10.500)

(-) Parcela para aumento do Cap.Social ..(5.763)

(=) Lucros Acumulados 31/12/2008 ..26.237

Vamos supor que no exercício social de 2008, a XYZ Ltda tenha enfrentado um

Prejuízo de 12.800 Reais. Nesse caso, a DLPA fica assim:

Page 90: Apostila Modulo II

90

DLPA da XYZ Ltda (em R$)

Saldo em 31/12/2008 ..26.237

(-) Prejuízo Líquido .(12.800)

(+) Reserva legal .....1.500

(+) Reserva estatutária .....3.000

(+) Reserva para contingência .....3.000

(-) Dividendos .(10.500)

(=) Lucros Acumulados 31/12/2009 .......10.437

4.5 – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)

Ao contrário da DLPA, que fornece a movimentação de uma conta específica do

Patrimônio Líquido (lucro ou prejuízo acumulado), a DMPL evidencia a movimentação

de diversas contas do Patrimônio Líquido ocorridas durante o período. Desta forma, é

possível concluir que todo acréscimo ou diminuição do PL é avaliado por este

demonstrativo.

Embora seja facultativa, a DMPL é mais completa e abrangente que a DLPA,

por isso dissemos que esta pode ser substituída por aquela.

É muito simples elaborar a DMPL, uma vez que seus componentes em linha

vertical são os mesmos da DLPA. Já na linha horizontal, serão consignados os

elementos componentes do patrimônio líquido.

Page 91: Apostila Modulo II

91

Modelo de DMPL:

CIA. NACIONAL - DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

DO EXERCÍCIO FINDO EM 31.12.X2 EM MILHARES DE R$

RESERVAS DE

CAPITAL

RESERVAS DE LUCROS

Histórico Capital

Realizado Ágio na

Emissão

de Ações

Sub-venções

para Inves-

timentos

Reserva Para

Contingência

Reserva

Estatutária

Reserva

Legal

Lucros

Acumulados

Total

Saldo em 31.12.x1

Ajustes de Exercícios

Anteriores:

efeitos de mudança de

critérios contábeis

retificação de erros de

exercícios anteriores

Aumento de Capital:

com lucros e reservas

por subscrição realizada

Reversões de Reservas:

de contingências

de lucros a realizar

Lucro Líquido do

Exercício:

Proposta da Administração

de Destinação do Lucro:

Transferências para

reservas

Reserva legal

Reserva estatutária

Reserva de lucros para

expansão

Reserva de lucros a realizar

Dividendos a distribuir (R$

... por ação)

Saldo em 31.12.X2

Fonte: http://www.portaldecontabilidade.com.br

Page 92: Apostila Modulo II

92

4.6 – Demonstração das Origens e Aplicações dos Recursos (DOAR)

Segundo o professor Marion, DOAR “explica a variação do Capital Circulante

Líquido (Capital de Giro Próprio ou Capital de Giro Líquido) ocorrida de um ano para

outro. Ajuda-nos a compreender como e por que a Posição Financeira mudou de um

exercício para outro”.

A DOAR tem por finalidade apresentar as informações relativas às operações de

financiamento e investimento da empresa durante determinado exercício. Deve ainda:

1) Identificar as fontes de recursos responsáveis por alterações no capital de giro.

2) Completar a informação sobre a posição financeira e resultados das operações dentro

de um mesmo período.

3) Orientar os profissionais que a utilizam para tomada de decisão de ordem econômica

e financeira.

Assim como a DLPA, a DOAR também está ligada ao Balanço Patrimonial e à

DRE, pois, aponta os rumos que a administração financeira está seguindo, as fontes para

financiar atividades, a velocidade e as tendências futuras da empresa. Enquanto o

Balanço apresenta uma posição financeira estática, a DRE demonstra o lucro líquido e a

DOAR faz todos os ajustes para demonstrar o que isto representou em termos de

Recursos Financeiros.

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

EXERCÍCIO FINDOS EM 31.12.20XX (em R$):

ORIGENS DE RECURSOS: Valor R$ Soma:

DAS OPERAÇÕES:

Lucro Líquido do Exercício 46.000,00

Page 93: Apostila Modulo II

93

Mais: Depreciação e amortização

68.000,00

Variações monetárias de empréstimo a longo prazo

41.500,00

Menos: Participação de R$ 8.000 no lucro da controlada, menos

dividendos recebidos no valor de R$ 1.500

(6.500,00)

Lucro na venda de imobilizado

(29.300,00)

SOMA DAS OPERAÇÕES 119.700,00

DOS ACIONISTAS:

Integralização de capital

91.000,00

SOMA DOS ACIONISTAS 91.000,00

DE TERCEIROS:

Ingresso de novos empréstimos

50.000,00

Baixa do imobilizado (valor de venda)

50.000,00

Venda de investimentos

2.000,00

Resgate de títulos a longo prazo

6.000,00

SOMA DE TERCEIROS 108.000,00

TOTAL DAS ORIGENS 318.700,00

APLICAÇÕES DE RECURSOS: Valor R$ Soma:

Aquisição de imobilizado

203.700,00

Adições ao custo no ativo diferido

21.000,00

Integralização de novos investimentos

5.500,00

Aumento em empréstimos compulsórios

1.000,00 231.200,00

Transferência para o passivo circulante dos empréstimos a longo

prazo

56.500,00 56.500,00

Dividendos propostos e pagos 10.000,00

Page 94: Apostila Modulo II

94

10.000,00

TOTAL DAS APLICAÇÕES 297.700,00

VARIAÇÃO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 21.000,00

Demonstração do Aumento no Capital Circulante Líquido (em R$):

Saldos em 31.12.2002 31.12.2003 Variação

Ativo Circulante 60.000,00 100.000,00 40.000,00

Passivo Circulante 36.000,00 55.000,00 (19.000,00)

Capital Circulante Líquido 24.000,00 45.000,00 21.000,00

Fonte: http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstorigaplirecursos.htm

Page 95: Apostila Modulo II

95

Chegamos ao fim da Unidade 4!

Nesta Unidade você aprendeu que:

• Relatórios contábeis são exposições resumidas e ordenadas de dados que tem

como objetivo relatar para as pessoas interessadas pela contabilidade os

principais fatos registrados por ela em determinado período;

• Todas as demonstrações contábeis devem ser acompanhadas de notas

explicativas;

• Os principais relatórios contábeis são: balanço patrimonial, demonstração do

resultado do exercício, demonstração de lucros ou prejuízos acumulados,

demonstração das mutações do patrimônio líquido e demonstração das origens e

aplicações dos recursos.

Page 96: Apostila Modulo II

96

Conclusão do Curso

Olá,

Encerramos nosso curso com a certeza de que conseguimos transmitir uma boa

noção do que é a Contabilidade.

Torcemos para que, com as informações que recebeu, possa avaliar os prós e

contras da profissão, analisando de forma racional o seu perfil e analisando se suas

características pessoais atendem ao perfil necessário para o exercício desta profissão.

Lembramos que este curso não capacita ou habilita seus alunos ao exercício da

profissão, constituindo apenas um apanhado geral sobre os principais aspectos que

envolvem a profissão.

Sinta-se livre para fazer a avaliação quando estiver preparado(a). Assim que for

aprovado, você poderá visualizar uma cópia de seu certificado. O original será postado

nos correios num prazo de dois a oito dias a contar do dia da conclusão do curso.

Sucesso e Boa Sorte!

Page 97: Apostila Modulo II

97

Bibliografia

- MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 12ª. Edição. São Paulo. Editora

Atlas S.A., 2006

- GOUVEIA, Nelson. Contabilidade. 2ª. Edição. São Paulo. Editora McGraw-Hill do

Brasil Ltda.

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