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Analista Tributário Apostila Complementar Direito Tributário (Direito Previdenciário)

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Analista Tributário

Apostila Complementar

Direito Tributário

(Direito Previdenciário)

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Edital

Direito Tributário: 17. Regime Geral de Previdência Social. 17.1. Segurados obrigatórios. 17.2. Conceito, características e abrangência: empregado, empregado doméstico, contribuinte in-dividual, trabalhador avulso, segurado especial. 17.3. Segurado facultativo: conceito, caracte-rísticas. 18. Empresa e empregador doméstico: conceito previdenciário. 19. Financiamento da seguridade social. 19.1. Receitas da União. 19.2. Receitas das contribuições sociais: dos segu-rados, das empresas, do empregador doméstico, do produtor rural, do clube de futebol profis-sional, sobre a receita de concursos de prognósticos, receitas de outras fontes. 19.3. Salário-de--contribuição. 19.3.1. Conceito. 19.3.2. Parcelas integrantes e parcelas não-integrantes. 19.4. Arrecadação e recolhimento das contribuições destinadas à seguridade social. 19.4.1. Obriga-ções da empresa e demais contribuintes. 19.4.2. Prazo de recolhimento. 19.4.3. Recolhimento fora do prazo: juros, multa e atualização monetária. 19.4.4. Obrigações acessórias. Retenção e Responsabilidade solidária: conceitos, natureza jurídica e características.

Banca: ESAF

Cargo: Analista Tributário

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Sumário

EDITAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

LEGISLAÇÃO APLICADA AO CURSO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

1. SEGURADOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RGPS) . . . . . . . . . . . . . . . . 9

1.1. SEGURADOS OBRIGATÓRIOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

SEGURADO EMPREGADO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

SEGURADO EMPREGADO DOMÉSTICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

SEGURADO TRABALHADOR AVULSO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

SEGURADO ESPECIAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

SEGURADO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

1.2. SEGURADO FACULTATIVO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

1.3. PERDA E MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

2. FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

2.1. RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL DA UNIÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

2.2. RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS . . . . . 28

2.2.1. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS DOS SEGURADOS . . . . . . . . . . . . . . . . 28

2.2.2. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS DAS EMPRESAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

2.2.3. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS DO EMPREGADOR DOMÉSTICO . . . . 42

2.3. RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS NÃO PREVIDENCIÁRIAS . . 42

2.4. RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL DE OUTRAS FONTES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

3. SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO (SC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

3.1. SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO PARA EMPREGADO E TRABALHADOR AVULSO. . . . . . . 49

3.2. SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO PARA EMPREGADO DOMÉSTICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

3.3. SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO PARA CONTRIBUINTE INDIVIDUAL. . . . . . . . . . . . . . . . . 50

3.4. SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO PARA SEGURADO FACULTATIVO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

3.5. SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO PARA SEGURADO ESPECIAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

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3.6. REAJUSTE DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

3.7. PARCELAS INTEGRANTES E PARCELAS NÃO-INTEGRANTES DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO.. 52

PARCELAS INTEGRANTES DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

PARCELAS NÃO-INTEGRANTES DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

3.8. PROPORCIONALIDADE DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

4. ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS DOS SEGURADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

4.1. PRAZO DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. . . . . . . . . . . . . 64

4.2. RECOLHIMENTO FORA DO PRAZO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS . . . . . . . 67

JUROS DE MORA E MULTA DE MORA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67

MULTA DE LANÇAMENTO DE OFÍCIO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69

AGRAVAMENTO DA MULTA DE LANÇAMENTO DE OFÍCIO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70

REDUÇÃO DA MULTA DE LANÇAMENTO DE OFÍCIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

5. RETENÇÃO, RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA E OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS . . . . . . . . . 73

5.1. RETENÇÃO DE 11% . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73

EMPRESA CONTRATANTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74

EMPRESA CONTRATADA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74

OBSERVAÇÕES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

RETENÇÃO NA CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76

RETENÇÃO NA EMPREITADA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

EMPRESAS OPTANTES PELO SIMPLES E COOPERATIVAS DE TRABALHO . . . . . . . . . . . . . . . 77

EMPRESAS BENEFICIADAS PELA DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO. . . . . . . . . . 78

5.2. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79

5.3. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81

GFIP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82

FOLHA DE PAGAMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83

CONTABILIDADE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83

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LEGISLAÇÃO APLICADA AO CURSO

1. Constituição Federal (CF) de 1988: Artigo 195.

Aborda o financiamento da seguridade social.

2. Lei nº 8.212/1991 (Lei dos Custeios).Trata das contribuições previdenciárias.

3. Decreto nº 3.048/1999 (Regulamento da Previdência Social).Explica a Lei dos Custeios.

1. SEGURADOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RGPS)

Os segurados do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) podem ser obrigatórios ou facul-tativos. Os segurados obrigatórios são os empregados, os empregados domésticos, o contri-buinte individual, o trabalhador avulso e o segurado especial.

→ Os contribuintes do RGPS são os segurados, a empresa e o empregador doméstico:

CONTRIBUINTES DO RGPS

Contribuintes do RGPS

SeguradosObrigatórios

Empregado

Empregado doméstico

Contribuinte individual

Trabalhador avulso

Especial

Facultativo

Empresa

Empregador Doméstico

IMPORTANTE: Para o segurado obrigatório, a filiação decorre automaticamente do exercício da atividade remunerada abrangida pelo RGPS. Já para o segurado facultativo, a filiação só acontece depois da inscrição e do pagamento da primeira contribuição.

Direito Tributário

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→ Por sua vez, os beneficiários do RGPS são compostos pelos segurados e por seus dependentes:

BENEFICIÁRIOS DO RGPS

Beneficiários do RGPS

SeguradosObrigatórios

Empregado

Empregado doméstico

Contribuinte individual

Trabalhador avulso

Especial

Facultativo

Dependentes

Classe I

Cônjuge, companheiro(a) e filho não eman-cipado de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente

Classe II Os pais

Classe III

O irmão não emancipado, de qualquer con-dição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente

→No RGPS, os segurados são contribuintes e beneficiários.

1.1. SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

Os segurados obrigatórios da previdência social são de cinco categorias:

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SEGURADO EMPREGADO

Lei nº 8.212/1991, Art. 12 (...)

Art. 12. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:

I – como empregado:

a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;

IMPORTANTE: Prestação de Serviço – Continuidade X Não eventualidade:

→ Empregado doméstico é natureza contínua;

→ Empregado é natureza não eventual.

b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica, presta serviço para atender à necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas;

ATENÇÃO! O trabalho temporário possui uma relação trabalhista triangular:

→A empresa cliente só contrata o trabalhador temporário por meio de uma empresa de trabalho temporário em duas situações:

1. Situações de acréscimo extraordinário de serviço (Exemplo: período de festas no final do ano);

2. Situações de necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente (Exemplo: férias de trabalhadores, trabalhadores doentes, etc.).

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c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior;

d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, exclu-ídos os não brasileiros sem residência permanente no Brasil e os brasileiros amparados pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular;

e) o brasileiro civil que trabalha para a União; no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio;

IMPORTANTE 1: Servidor público ocupante de cargo efetivo (Exemplo: diplomata brasileiro que trabalha numa embaixada brasileira em outro país) está amparado pelo Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), não podendo pertencer ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

IMPORTANTE 2: O brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por RPPS, está amparado pelo RGPS como contribuinte individual.

f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empre-gado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença à empre-sa brasileira de capital nacional;

g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autar-quias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais.

DICA DO PROFESSOR: Servidores públicos vinculados ao RGPS

→ CF, Art. 40, § 13 (...)

§ 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social.

→ CF, Art. 37, Inciso IX (...)

IX – a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;

→ Os servidores públicos ocupantes de cargo efetivo estão vinculados como empregado ao RGPS quando trabalharem em municípios que não possuem RPPS.

i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social;

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j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social; (Incluído pela Lei nº 10.887, de 2004) (...)

ATENÇÃO! O servidor público ocupante de cargo efetivo amparado pelo RPPS que se afasta do cargo para exercer um mandato continua vinculado ao RPPS.

SEGURADO EMPREGADO DOMÉSTICO

Empregado doméstico – É aquele que presta serviço:

I – De forma contínua;

II – De forma subordinada;

III – De forma onerosa;

IV – De forma pessoal;

V – De finalidade não lucrativa à pessoa ou à família;

VI – No âmbito residencial desta pessoa ou desta família; e

VII – Por mais de 2 dias por semana.

LC nº 150/2015, Art. 1º e § único (...)

Art. 1º Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei.

Parágrafo único. É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para desempenho de trabalho doméstico, de acordo com a Convenção nº 182, de 1999, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com o Decreto nº 6.481, de 12 de junho de 2008.

SEGURADO TRABALHADOR AVULSO

Conceito de trabalhador avulso:

Lei nº 8.212/1991, Art. 12, Inciso VI (...)

VI – como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empre-gatício, serviços de natureza urbana ou rural definidos no regulamento;

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→ De maneira mais detalhada, o Regulamento da Previdência Social conceitua o trabalhador avulso como aquele que, sindicalizado ou não, presta serviços de natureza urbana ou rural, sem vínculo empregatício, a diversas empresas, com a intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou, quando se tratar de atividade portuária, do Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO).

→ No caso do trabalho avulso, há uma relação triangular entre trabalhador avulso, empresa cliente e intermediário, sabendo-se que o intermediário deve ser obrigatoriamente o sindicato da categoria ou o OGMO:

Exemplos: Estivadores, Carregadores de Bagagens em Porto e Prático de Barra.

SEGURADO ESPECIAL

Quem pode ser Segurado Especial:

CF, Art. 195, § 8º (...)

§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

ATENÇÃO! Com a Emenda Constitucional nº 20, de 16 de dezembro de 1998, o garimpeiro deixou de ser segurado especial. Atualmente, o garimpeiro é classificado como segurado contribuinte individual.

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→ Vantagens de ser segurado especial em relação aos demais segurados:

1. Forma de contribuição previdenciária – A contribuição dos demais segurados (empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso e contribuinte individual) é o resultado de uma alíquota aplicada ao salário-de-contribuição (lembrando que a alíquota varia de 8% até 20%). A contribuição do segurado especial é o resultado da alíquota de 2,1% que incide sobre a Receita Bruta da Comercialização da Produção Rural (RBCPR).

Lei nº 8.212/1991, Art. 25 (...)

Art. 25. A contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à contribuição de que tratam os incisos I e II do art. 22, e a do segurado especial, referidos, respectivamente, na alínea a do inciso V e no inciso VII do art. 12 desta Lei, destinada à Seguridade Social, é de:

I – 2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção;

II – 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção para financiamento das prestações por acidente do trabalho.

2. Recebimento de benefício – Para os demais segurados (empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso e contribuinte individual), a carência (quantidade mínima de contribuições que deve ser recolhida para ter direito a um benefício) é contada com a quantidade de contribuições recolhidas. Para o segurado especial, a carência é contada pela quantidade de meses de efetivo exercício na atividade rural ou pesqueira.

→ Quais são os requisitos necessários para que o pequeno produtor e o pescador artesanal sejam considerados segurados especiais?

SEGURADOS ESPECIAIS (Lei nº 8.212/1991, Art. 12, VII)

Segurado especial é a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, indi-vidualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de ter-ceiros, na condição de:

a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assen-tado, parceiro ou meeiro ou-torgados, comodatário ou ar-rendatário rurais, que explore atividade:

1. agropecuária em área de até 4 módulos fiscais;

2. de seringueiro ou extrativista vegetal que, de modo sustentá-vel, atua na coleta e extração de recursos naturais renováveis, e faça dessas atividades o principal meio de vida.

b) pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida;

c) cônjuge, companheiro, filho maior de 16 anos ou a este equipa-rado, do segurado de que tratam as alíneas a e b, que, comprova-damente, trabalhem com o grupo familiar respectivo.

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→ Regime de economia familiar: Atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes (Lei nº 8.213/1991, Art. 11, § 1º ou Lei nº 8.212/1991, Art. 12, § 1º).

→ O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados contratados por prazo determinado ou de trabalhador autônomo, à razão de no máximo, 120 pessoas por dia no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, não sendo computado nesse prazo o período de afastamento em decorrência da percepção de auxílio-doença. (Lei nº 8.213/1991, Art. 11, § 7º ou Lei nº 8.212/1991, Art. 12, § 8º).

→ Parceiro outorgante, que explora atividade através de prepostos, é segurado contribuinte individual.

→ Considera-se assemelhado ao pescador artesanal aquele que realiza atividade de apoio à pesca artesanal, exercendo trabalhos de confecção e de reparos de artes e apetrechos de pesca e de reparos em embarcações de pequeno porte ou atuando no processamento do produto da pesca artesanal. (Incluído dada pelo Decreto nº 8.499, de 2015)

Regulamento da Previdência Social, Art. 9º, Inciso V, §§ 9º e 14-A (...)

V – como contribuinte individual:

a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área, contínua ou descontínua, superior a quatro módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a quatro módulos fiscais ou atividade pesqueira ou extrativista, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 8º e 23 deste artigo; [...

§ 9º Para os fins previstos nas alíneas “a” e “b” do inciso V do caput, entende-se que a pessoa física, proprietária ou não, explora atividade através de prepostos quando, na condição de parceiro outorgante, desenvolve atividade agropecuária, pesqueira ou de extração de minerais por intermédio de parceiros ou meeiros. (...)

§ 14-A. Considera-se assemelhado ao pescador artesanal aquele que realiza atividade de apoio à pesca artesanal, exercendo trabalhos de confecção e de reparos de artes e petrechos de pesca e de reparos em embarcações de pequeno porte ou atuando no processamento do produto da pesca artesanal. (Incluído dada pelo Decreto nº 8.499, de 2015)

→ Produtor rural: Deve exercer a agropecuária em área de até quatro módulos fiscais. O módulo fiscal é uma unidade de medida agrária usada no Brasil, sendo expressa em hectares e estabelecida para cada município.

→ Pescador artesanal: Aquele que, individualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou meio principal de vida, desde que:

1. não utilize embarcação; ou

2. utilize embarcação própria de pequeno porte (arqueação bruta menor ou igual a 20 toneladas).

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Receita Federal 2015 (Analista) – Direito Tributário

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SEGURADO CONTRIBUINTE INDIVIDUALÉ a categoria de segurado criada pela Lei nº 9.876/1999, que reúne as antigas espécies de segurados empresário, autônomo e equiparado a autônomo.

→ Trabalhadores que se enquadram como Contribuinte Individual (Lei nº 8.212/1991, Art. 12, Inciso V):

a) A pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a quatro módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a quatro módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda quando deixar de satisfazer as condições para ser segurado especial; (Comparar com o segurado especial).

b) A pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral – garimpo –, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua;

c) O ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa;

d) (Revogado pela Lei nº 9.876/1999)

e) O brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social;

f) O titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o membro de conselho de administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural, e o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração;

CONTRIBUINTE INDIVIDUAL – FUNÇÃO DE DIREÇÃO EM EMPRESAS

EMPRESA CONTRIBUINTE INDIVIDUAL

Sociedade Anônima (S.A.):

Diretor não empregado

Membro do conselho de administração

Membro do conselho fiscal

Sociedade Limitada (LTDA.):

O sócio gerente

O sócio cotista que recebe pró-labore

O administrador não sócio e não empregado

Sociedade em Nome Coletivo Todos os sócios

Sociedade de Capital e Indústria Todos os sócios

Firma Individual O titular, o microempreendedor individual (MEI)

Cooperativa, Associação ou Entidades afins O associado eleito para cargo de direção, desde que seja remunerado

Condomínio O síndico, desde que seja remunerado

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IMPORTANTE 1: Requisitos para ser um microempreendedor individual (MEI):

1. Ser empresário individual;

2. Ser optante do Simples Nacional (regime tributário diferenciado aplicado às microempresas e empresas de pequeno porte);

3. Ter auferido receita bruta no ano anterior no máximo até R$ 60 mil;

4. Pode ter, no máximo, um trabalhador com CTPS assinada (pagar, no máximo, um salário mínimo ou piso da profissão).

IMPORTANTE 2: Dirigente Sindical

Lei nº 8.212/1991, Art. 12, § 5º (...)

§ 5º O dirigente sindical mantém, durante o exercício do mandato eletivo, o mesmo enquadramento no Regime Geral de Previdência Social (RGPS) de antes da investidura.

IMPORTANTE 3: O síndico que não recebe uma remuneração direta e que não paga a taxa de condomínio é considerado segurado contribuinte individual, visto que a taxa de condomínio não paga constitui uma remuneração indireta, ou seja, é uma remuneração em forma de utilidades.

g) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego;

Exemplos: eletricista, encanador, pintor, etc.

h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não.

Exemplos: advogado que possui seu próprio escritório de advocacia, médico com seu consultório particular, contador com seu escritório de contabilidade, etc.

1.2. SEGURADO FACULTATIVO

Pode filiar-se ao RGPS como Segurado Facultativo, mediante contribuição, a pessoa física maior de 16 anos de idade, desde que não esteja exercendo atividade remunerada que implique filiação obrigatória a qualquer regime de previdência social no País.

→ Requisitos para ser Segurado Facultativo:

1. Ser maior de 16 anos de idade;

2. Não ser segurado obrigatório do RGPS, nem ser participante de RPPS;

3. Não ser aposentado.

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DICA DO PROFESSOR:

CF, Art. 201, § 5º (...)

§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

→ De acordo com o Art. 11, § 1º, do Regulamento da Previdência Social, podem filiar-se facultativamente, entre outros:

I – A dona-de-casa;

II – O síndico de condomínio, quando não remunerado;

III – O estudante;

IV – O brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior;

V – Aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social;

VI – O membro de conselho tutelar de que trata o Art. 132 da Lei nº 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), quando não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social;

VII – O bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa de acordo com a Lei nº 11.788/2008 (Lei do Estágio de Estudantes);

VIII – O bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de especialização, pós-graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social;

IX – O presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de previdência social;

X – O brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdenciário de país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional;

XI – O segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condição, preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria.

ATENÇÃO 1! Atualmente, tanto o presidiário que exerce atividade remunerada quanto o presidiário que não exerce atividade remunerada podem ser segurados facultativos. Desse modo, mesmo que exerça atividade remunerada dentro ou fora do presídio, o presidiário só pode ser segurado facultativo.

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ATENÇÃO 2! O brasileiro residente ou domiciliado no exterior pode se filiar ao RGPS como segurado facultativo, desde que não seja filiado a regime previdenciário de país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional.

→ Observações sobre o segurado facultativo:

I – É vedada a filiação ao RGPS, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de RPPS, salvo na hipótese de afastamento sem vencimento e desde que não permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio.

IMPORTANTE: O servidor público federal, mesmo estando afastado do cargo sem vencimento, não pode contribuir como segurado facultativo para RGPS, pois um dispositivo da Lei nº 8.112/1990 (Estatuto do Servidor Público Federal) permite que continue contribuindo para seu RPPS.

II – A filiação na qualidade de segurado facultativo representa ato volitivo, gerando efeito somente a partir da inscrição e do primeiro recolhimento.

III – A inscrição do segurado facultativo não pode retroagir, não sendo permitido o pagamento de contribuições relativas a competências anteriores à data da inscrição.

IMPORTANTE: Para o segurado obrigatório, a inscrição pode retroagir, ao passo que, para o segurado facultativo, não pode retroagir.

IV – Após a inscrição, o segurado facultativo somente poderá recolher contribuições em atraso quando não tiver ocorrido perda da qualidade de segurado.

ATENÇÃO! O segurado facultativo perde a qualidade de segurado quando o atraso no recolhimento das contribuições for superior a 6 meses.

1.3. PERDA E MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO

De acordo com a Lei nº 8.213/1991, Art. 15, e com o Regulamento da Previdência Social, Art. 13, mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:

I – Sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;

II – Até 12 meses após a cessação de benefício por incapacidade ou após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela previdência social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;

IMPORTANTE 1: Período de graça é um prazo em que o segurado mantém seus direitos perante a previdência social após deixar de contribuir.

IMPORTANTE 2: Situações para o segurado ter direito aos períodos de graças de 24 e de 36 meses:

1. Duas situações para o período de graça de 24 meses:

a) O segurado possui menos de 120 contribuições e comprova situação de desemprego;

b) O segurado possui mais de 120 contribuições e não comprova que está desempregado.

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2. Período de graça de 36 meses ocorre quando o segurado possui mais de 120 contribuições e comprova situação de desemprego.

Lei nº 8.213/1991, Art. 15 (...) – Regulamento da Previdência Social, Art. 13 (...)

§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.

§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.

III – Até 12 meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória;

IV – Até 12 meses após o livramento, o segurado detido ou recluso;

V – Até 3 meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar;

VI – Até 6 meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.

Lei nº 8.213/1991, Art. 15 (...)

Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:

I – sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;

II – até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;

III – até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória;

IV – até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;

V – até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar;

VI – até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.

§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.

§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.

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§ 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social.

§ 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos.

Regulamento da Previdência Social, Art. 13 (...)

Art. 13. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:

I – sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;

II – até doze meses após a cessação de benefício por incapacidade ou após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela previdência social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;

III – até doze meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória;

IV – até doze meses após o livramento, o segurado detido ou recluso;

V – até três meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar; e

VI – até seis meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.

§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até vinte e quatro meses, se o segurado já tiver pago mais de cento e vinte contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.

§ 2º O prazo do inciso II ou do § 1º será acrescido de doze meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação por registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego.

§ 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a previdência social.

§ 4º Aplica-se o disposto no inciso II do caput e no § 1º ao segurado que se desvincular de regime próprio de previdência social.

§ 5º A perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão das aposentadorias por tempo de contribuição e especial.

§ 6º Aplica-se o disposto no § 5º à aposentadoria por idade, desde que o segurado conte com, no mínimo, o número de contribuições mensais exigido para efeito de carência na data do requerimento do benefício.

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2. FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL

Empresa (Lei nº 8.212/1991, Art. 15): É a firma individual ou a sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e as entidades da administração pública direta, indireta e fundacional.

→ Equiparam-se à empresa (Regulamento da Previdência Social, Art. 12, § único):

I – O contribuinte individual, em relação a segurado (pode ser qualquer segurado) que lhe presta serviço;

II – A cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, inclusive a missão diplomática e a repartição consular de carreiras estrangeiras;

III – O operador portuário e o OGMO (Orgão Gestor de Mão de Obra); e

IV – O proprietário ou dono de obra de construção civil, quando pessoa física, em relação a segurado que lhe presta serviço.

Regulamento da Previdência Social, Art. 12, § único (...)

Parágrafo único. Equiparam-se a empresa, para os efeitos deste Regulamento:

I – o contribuinte individual, em relação a segurado que lhe presta serviço;

II – a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, inclusive a missão diplomática e a repartição consular de carreiras estrangeiras;

III – o operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra de que trata a Lei nº 8.630, de 1993; e

IV – o proprietário ou dono de obra de construção civil, quando pessoa física, em relação a segurado que lhe presta serviço.

IMPORTANTE! Partidos políticos, templos de qualquer culto e sindicatos dos trabalhadores não pagam impostos (espécie de tributo), mas pagam contribuições sociais (espécie de tributo).

CF, Art. 150 (...)

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...)

VI – instituir impostos sobre: (Vide Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

b) templos de qualquer culto;

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c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

Empregador Doméstico:

É aquele que admite a seu serviço, mediante remuneração, sem finalidade lucrativa, emprega-do doméstico.

Lei nº 8.212/1991, Art. 15 (...)

Art. 15. Considera-se:

I – empresa – a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional;

II – empregador doméstico – a pessoa ou família que admite a seu serviço, sem finalidade lucrativa, empregado doméstico.

Parágrafo único. Equipara-se à empresa, para os efeitos desta Lei, o contribuinte individual em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999).

Na tabela abaixo, segue a composição das receitas da Seguridade Social no âmbito federal (Lei nº 8.212/1991, Art. 11):

FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL

Receitas da Segurida-de Social (no âmbito federal)

Da União

Das Contribuições Sociais

Contribuições Sociais Previdenciárias

Dos degurados

Das empresas

Empregadores domésticos

Contribuições Sociais Não Previdenciárias

Das empresas, sobre fatura-mento e lucro

Sobre receita de concursos e prognósticos

Do importador

De outras fontes

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Lei nº 8.212/1991, Art. 11 (...)

Art. 11. No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto das seguintes receitas:

I – receitas da União;

II – receitas das contribuições sociais;

III – receitas de outras fontes.

A Seguridada Social é financiada por toda a sociedade de duas formas:

I – Forma Direta – Recursos das contribuições sociais; e

II – Forma Indireta – Recursos da União (recursos do orçamento da União), do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios.

CF, Art. 195 (...)

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;

b) a receita ou o faturamento;

c) o lucro;

II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;

III – sobre a receita de concursos de prognósticos.

IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

→ Natureza jurídica das Contribuições Sociais: possuem natureza jurídica tributária, ou seja, são uma espécie de tributo.

→ Pelo Código Tributário Nacional (CTN) e pela CF, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconhece cinco tipos de tributos:

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I – Imposto;

II – Taxa;

III – Contribuição de Melhoria;

IV – Empréstimo Compulsório; e

V – Contribuições Especiais (para o Direito Tributário), mas também existem as Contribuições Parafiscais.

→ As Contribuições Especiais podem ser:

I – Cide – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico;

II – Contribuições Corporativas ou Contribuições de Interesses das Categorias Profissionais ou Econômicas;

III – Cosip – Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública;

IV – Contribuições Sociais – Contribuições Sociais da Seguridade Social e Contribuições de outras áreas.

→ As Contribuições Sociais da Seguridade Social são:

I – As Contribuições Sociais Previdenciárias; e

II – As Contribuições Sociais Não Previdenciárias.

→ Contribuições Sociais Previdenciárias (CF, Art. 195, I, “a” e II): São aquelas cujo produto da arrecadação só pode ser usado para pagar benefícios do RGPS.

CF, Art. 167, Inciso XI (...)

Art. 167. São vedados: (...)

XI – a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, “a” e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201.

CF, Art. 195 (...)

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribui-ções sociais:

I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:

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a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;

b) a receita ou o faturamento;

c) o lucro;

II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;

III – sobre a receita de concursos de prognósticos.

IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. (...)

§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.

CF, Art. 154, I (...)

Art. 154. A União poderá instituir:

I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; (...)

DICA DO PROFESSOR: Por meio da Desvinculação das Receitas da União (DRU), o Governo Federal pode usar 20% do produto da arrecadação das contribuições sociais não previdenciárias para aplicar em qualquer outro lugar que não seja a Seguridade Social (saúde, assistência social e previdência social). Vale acrescentar que a DRU não atinge as contribuições sociais previdenciárias, uma vez que só podem ser utilizadas no pagamento de benefícios do RGPS.

2.1. RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL DA UNIÃO

Contribuição da União:

Lei nº 8.212/1991, Art. 16, § Único (...)

Art. 16. A contribuição da União é constituída de recursos adicionais do Orçamento Fiscal, fixados obrigatoriamente na lei orçamentária anual.

Parágrafo único. A União é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras da Seguridade Social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da Previdência Social, na forma da Lei Orçamentária Anual.

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2.2. RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS

→ Cálculo da Contribuição Previdenciária:

Contribuição Previdenciária=%×Base de Cálculo

→ Resumo sobre a Base de Cálculo das Contribuições Sociais Previdenciárias:

BASE DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS

CONTRIBUINTE BASE DE CÁLCULO

Segurados Salário-de-contribuição (SC)

Segurado especial Receita bruta da comercialização da produção rural (RBCPR)

Empresas Remuneração paga ou creditada aos segurados empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual

Empregador doméstico Salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço

ATENÇÃO! Na relação de trabalho entre empregado e empresa, percebe-se que existem duas contribuições previdenciárias, isto é, a contribuição previdenciária do segurado empregado e a contribuição previdenciária da empresa (chamada de contribuição patronal).

2.2.1. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS DOS SEGURADOS

Em regra, a base de cálculo dos segurados é o salário-de-contribuição.

EMPREGADO, TRABALHADOR AVULSO E EMPREGADO DOMÉSTICO

Contribuições Previdenciárias do empregado, do trabalhador avulso e do empregado domés-tico pela Lei nº 8.212/1991, Art. 20:

CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS DO EMPREGADO, DO TRABALHADOR AVULSO E DO EMPREGADO DOMÉSTICO

SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO (Ano 2015) ALÍQUOTA

Até R$ 1.399,12 8%

De R$ 1.399,13 até R$ 2.331,88 9%

De R$ 2.331,89 até R$ 4.663,75 11%

→ Os valores do salário-de-contribuição são reajustados anualmente pelo INPC/IBGE.

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Lei nº 8.212/1991, Art. 21, § 1º (...)

§ 1º Os valores do salário-de-contribuição serão reajustados, a partir da data de entrada em vigor desta Lei, na mesma época e com os mesmos índices que os do reajustamento dos benefícios de prestação continuada da Previdência Social.

CONTRIBUINTE INDIVIDUAL E SEGURADO FACULTATIVO

Contribuições Previdenciárias do contribuinte individual e do segurado facultativo:

I – Segurado Facultativo:

a) 20% do salário-de-contribuição;

b) 11% do salário-mínimo; ou

c) 5% do salário mínimo (sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente à família de baixa renda).

II – Contribuinte individual que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa:

a) 20% do salário-de-contribuição;

b) 11% do salário mínimo; ou

c) 5% do salário mínimo (se for microempreendedorindividual – MEI).

III – Contribuinte individual com relação de trabalho com empresa:

a) 20% do salário-de-contribuição menos dedução (a dedução é igual a 45% da contribuição da empresa, limitada a 9% do salário-de-contribuição).

Lei nº 8.212/1991, Art. 21 (...)

Art. 21. A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo será de 20% sobre o respectivo salário-de-contribuição. (...)

§ 2º No caso de opção pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, a alíquota de contribuição incidente sobre o limite mínimo mensal do salário de contribuição será de:

I – 11% para CI sem relação de trabalho com empresas e para segurado facultativo;

II – 5% para MEI e para segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa renda.

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§ 3º O segurado que tenha contribuído na forma do § 2º deste artigo e pretenda contar o tempo de contribuição correspondente para fins de obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição ou da contagem recíproca do tempo de contribuição a que se refere o art. 94 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, deverá complementar a contribuição mensal mediante recolhimento, sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário-decontribuição em vigor na competência a ser complementada, da diferença entre o percentual pago e o de 20% (vinte por cento), acrescido dos juros moratórios de que trata o § 3º do art. 5º da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996.

§ 4º Considera-se de baixa renda, para os fins do disposto na alínea b do inciso II do § 2º deste artigo, a família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – CadÚnico cuja renda mensal seja de até 2 (dois) salários mínimos.

Lei nº 8.212/1991, Art. 22, Inciso III (...)

III – vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços;

Lei nº 8.212/1991, Art. 30, § 4º (...)

§ 4º Na hipótese de o CI prestar serviço a uma ou mais empresas, poderá deduzir, da sua contribuição mensal, 45% da contribuição da empresa, efetivamente recolhida ou declarada, incidente sobre a remuneração que esta lhe tenha pago ou creditado, limitada a dedução a 9% do respectivo Salário-de-Contribuição.

DICA DO PROFESSOR: Em geral, as empresas retém 11% do salário-de-contribuição do contribuinte individual que tem relação de trabalho com empresa. Já as Entidades Beneficentes de Assistência Social (Ebas), em gozo de isenção, retém 20% do salário-de-contribuição do contribuinte individual com relação de trabalho com empresa.

CF, Art. 195, § 7º (...)

§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Regulamento da Previdência Social, Art. 216, § 26 (...)

§ 26. A alíquota de contribuição a ser descontada pela empresa da remuneração paga, devida ou creditada ao contribuinte individual a seu serviço, observado o limite máximo do salário-de-contribuição, é de onze por cento no caso das empresas em geral e de vinte por cento quando se tratar de entidade beneficente de assistência social isenta das contribuições sociais patronais.

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SEGURADO ESPECIAL

Contribuições previdenciárias do segurado especial:

SEGURADO ESPECIAL (Lei nº 8.212/1991, Art. 25)

CONTRIBUIÇÃO BASE DE CÁLCULO ALÍQUOTAS

Para a Seguridade Social (Obrigatória) Receita bruta da comercialização da produção rural. 2%

Para financiamento das prestações por acidente do trabalho (Obrigatória)

Receita bruta da comercialização da produção rural. 0,1%

Observação:

Além das contribuições acima, o segurado especial poderá contribuir, facultativamente, com 20% sobre o SC, para fazer jus a benefícios com valores superiores a um salário mínimo, bem como à aposentadoria por tempo de contribuição.

Lei nº 8.212/1991, Art. 21 (...)

Art. 21. A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo será de vinte por cento sobre o respectivo salário-de-contribuição. (...)

Lei nº 8.212/1991, Art. 25 (...)

Art. 25. A contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à contribuição de que tratam os incisos I e II do art. 22, e a do segurado especial, referidos, respectivamente, na alínea a do inciso V e no inciso VII do art. 12 desta Lei, destinada à Seguridade Social, é de:

I – 2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção;

II – 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção para financiamento das prestações por acidente do trabalho.

§ 1º O segurado especial de que trata este artigo, além da contribuição obrigatória referida no caput, poderá contribuir, facultativamente, na forma do art. 21 desta Lei.

2.2.2. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS DAS EMPRESAS

A contribuição previdenciária da empresa é de (Lei nº 8.212/1991, Art. 22):

I – 20% sobre remuneração de empregado e trabalhador avulso. Caso for uma instituição financeira, a contribuição previdenciária é de 22,5% sobre remuneração;

II – 1%, 2% ou 3% sobre remuneração de empregado e trabalhador avulso;

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III – 20% sobre remuneração de Contribuinte Individual. Caso for uma instituição financeira, a contribuição previdenciária é de 22,5% sobre remuneração;

IV – 15% sobre o valor bruto da Nota Fiscal de Prestação de Serviço (NFS) prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho. (Vide STF, RE 595838/SP).

ATENÇÃO! O STF, pelo Recurso Extraordinário 595838/SP, deu repercussão geral e considerou inconstitucional a contribuição previdenciária da empresa contida no Inciso IV do Art. 22 da Lei nº 8.212/1991.

CF, Art. 195, Inciso I, Alínea “a” (...)

I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;

Considerações sobre o Inciso II do Art. 22 da Lei nº 8.212/1991:

I – Risco de Acidente de Trabalho (RAT) – pode ser de 1%, 2% ou 3% sobre a remuneração do segurado, dependendo do grau de risco de acidente de trabalho da atividade econômica, que pode ser leve, médio ou grave, respectivamente. No Anexo V, do Regulamento da Previdência Social, encontra-se tabela que relaciona a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e o RAT, com o objetivo de mostrar as alíquotas para cada atividade econômica.

II – Antes da aplicação da alíquota, o RAT ainda deve ser ajustado pelo Fator Acidentário de Prevenção (FAP), que varia de 0,5 até 2 (0,5 ≤ FAP ≤ 2). O FAP é calculado por empresa (individual), dependendo de resultados obtidos a partir dos índices de frequência, gravidade e custo, calculados segundo metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social.

III – Logo, o RAT ajustado pode ser calculado como:

1%RAT Ajustado= 2% × FAP

3%

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Lei nº 8.212/1991, Art. 22 (...)

Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de:

I – vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.

II – para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos:

a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve;

b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio;

c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave.

III – vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços;

IV – quinze por cento sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.

§ 1º No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvi-mento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, socie-dades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada abertas e fechadas, além das contribuições referidas neste artigo e no art. 23, é devida a contribuição adicional de dois vírgula cinco por cento sobre a base de cálculo definida nos incisos I e III deste artigo.

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Lei nº 10.666/2003, Art. 10 (...)

Art. 10. A alíquota de contribuição de um, dois ou três por cento, destinada ao financiamento do benefício de aposentadoria especial ou daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, poderá ser reduzida, em até cinqüenta por cento, ou aumentada, em até cem por cento, conforme dispuser o regulamento, em razão do desempenho da empresa em relação à respectiva atividade econômica, apurado em conformidade com os resultados obtidos a partir dos índices de freqüência, gravidade e custo, calculados segundo metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social.

Regulamento da Previdêcia Social, Art. 202-A, §§ 1º e 4º (...)

§ 1º O FAP consiste num multiplicador variável num intervalo contínuo de cinco décimos (0,5000) a dois inteiros (2,0000), aplicado com quatro casas decimais, considerado o critério de arredondamento na quarta casa decimal, a ser aplicado à respectiva alíquota. (...)

§ 4º Os índices de frequência, gravidade e custo serão calculados segundo metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social, levando-se em conta:

I – para o índice de frequência, os registros de acidentes e doenças do trabalho informados ao INSS por meio de Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT e de benefícios acidentários estabelecidos por nexos técnicos pela perícia médica do INSS, ainda que sem CAT a eles vinculados;

II – para o índice de gravidade, todos os casos de auxílio-doença, auxílio-acidente, apo-sentadoria por invalidez e pensão por morte, todos de natureza acidentária, aos quais são atribuídos pesos diferentes em razão da gravidade da ocorrência, como segue:

a) pensão por morte: peso de cinquenta por cento;

b) aposentadoria por invalidez: peso de trinta por cento; e

c) auxílio-doença e auxílio-acidente: peso de dez por cento para cada um; e

III – para o índice de custo, os valores dos benefícios de natureza acidentária pagos ou devidos pela Previdência Social, apurados da seguinte forma:

a) nos casos de auxílio-doença, com base no tempo de afastamento do trabalhador, em meses e fração de mês; e

b) nos casos de morte ou de invalidez, parcial ou total, mediante projeção da expecta-tiva de sobrevida do segurado, na data de início do benefício, a partir da tábua de mor-talidade construída pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE para toda a população brasileira, considerando-se a média nacional única para ambos os sexos.

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Contribuições previdenciárias a cargo da empresa no caso de segurados com direito à aposentadoria especial (empregado, trabalhador avulso e cooperados):

I – Quando o segurado for Empregado ou Trabalhador Avulso, os acréscimos ocorrem no Inciso II do art. 22 da Lei nº 8.212/1991, resultando em:

a) RAT ajustado mais 12% (Aposentadoria Especial acontece com 15 anos de trabalho);

b) RAT ajustado mais 9% (Aposentadoria Especial ocorre com 20 anos de trabalho); ou

c) RAT ajustado mais 6% (Aposentadoria Especial dá-se com 25 anos de trabalho).

II – Quando o segurado for Cooperado de Cooperativa de Produção (Contribuinte Individual), os acréscimos acontecem no Inciso III do art. 22 da Lei nº 8.212/1991, resultando em:

a) 20% mais 12% (Aposentadoria Especial acontece com 15 anos de trabalho);

b) 20% mais 9% (Aposentadoria Especial ocorre com 20 anos de trabalho); ou

c) 20% mais 6% (Aposentadoria Especial dá-se com 25 anos de trabalho).

III – Quando o segurado for Cooperado de Cooperativa de Trabalho (Contribuinte Individual), os acréscimos dão-se no Inciso IV do art. 22 da Lei nº 8.212/1991, o que resulta em:

a) 15% mais 9% (Aposentadoria Especial acontece com 15 anos de trabalho);

b) 15% mais 7% (Aposentadoria Especial ocorre com 20 anos de trabalho); ou

c) 15% mais 5% (Aposentadoria Especial dá-se com 25 anos de trabalho).

DICA DO PROFESSOR: As contribuições sociais, previstas no inciso I do caput do Art. 195 da CF/1988, poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas.

CF, Art. 195, § 9º (...)

§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho.

EMPRESAS EM GERAL

→ Contribuições previdenciárias das empresas em geral:

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Contribuição da Empresa (Lei nº 8.212/1991, Art. 22)

I – Empresas em geral

Base de CálculoAlíquota

Seguridade social RAT

Total das remunerações pagas, devidas ou creditadas aos segurados empregados e

trabalhadores avulsos

20% 1%

RAT Ajustado= 2% × FAP 3%

Total das remunerações pagas ou creditadas aos segurados

contribuintes individuais20% -

Valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços,

relativamente a serviços que lhe são prestados por

cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho

15% -

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

→ Contribuições previdenciárias das instituições financeiras:

Contribuição da Empresa (Lei nº 8.212/1991, Art. 22, § 1º)

II – Instituições Financeiras

Base de CálculoAlíquota

Seguridade social RAT

Total das remunerações pagas, devidas ou creditadas aos segu-rados empregados e trabalha-dores avulsos

22,5% 1%

RAT Ajustado= 2% × FAP 3%

Total das remunerações pagas ou creditadas aos segurados contribuintes individuais

22,5% -

Valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho

15% -

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Lei nº 8.212/1991, Art. 22, § 1º (...)

§ 1º No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada abertas e fechadas, além das contribuições referidas neste artigo e no art. 23, é devida a contribuição adicional de dois vírgula cinco por cento sobre a base de cálculo definida nos incisos I e III deste artigo.

EMPREGADOR RURAL PESSOA FÍSICA

→ Contribuições previdenciárias do empregador rural pessoa física:

Contribuição da Empresa (Lei nº 8.212/1991, Art. 25)

III – Empregador Rural Pessoa Física

Base de CálculoAlíquota

Seguridade social RAT

Receita bruta proveniente da comercialização da sua produ-ção.

2% 0,1%

Total das remunerações pagas ou creditadas aos segurados contribuintes individuais

20% -

Valor bruto da nota fiscal ou fa-tura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por coopera-dos por intermédio de coopera-tivas de trabalho

15% -

Lei nº 8.212/1991, Art. 25, Incisos I e II (...)

Art. 25. A contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à contribuição de que tratam os incisos I e II do art. 22, e a do segurado especial, referidos, respectivamente, na alínea a do inciso V e no inciso VII do art. 12 desta Lei, destinada à Seguridade Social, é de:

I – 2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção;

II – 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção para financiamento das prestações por acidente do trabalho.

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PRODUTOR RURAL PESSOA JURÍDICA E AGROINDÚSTRIA

→ Contribuições previdenciárias do produtor rural pessoa jurídica e da agroindústria:

Contribuição da Empresa (Lei nº 8.212/1991, Art. 22-A)

IV – Produtor Rural Pessoa Jurídica e Agroindústria

Base de CálculoAlíquota

Seguridade social RAT

Receita bruta proveniente da comercialização da sua produ-ção.

2,5% 0,1%

Total das remunerações pagas ou creditadas aos segurados contribuintes individuais

20% -

Valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho

15% -

IMPORTANTE! Produtor rural pessoa jurídica é aquele que comercializa sua produção rural em estado natural. Já a agroindústria é aquela que industrializa e comercializa o produto resultante de sua produção rural.

Lei nº 8.212/1991, Art. 22-A (...)

Art. 22-A. A contribuição devida pela agroindústria, definida, para os efeitos desta Lei, como sendo o produtor rural pessoa jurídica cuja atividade econômica seja a industrialização de produção própria ou de produção própria e adquirida de terceiros, incidente sobre o valor da receita bruta proveniente da comercialização da produção, em substituição às previstas nos incisos I e II do art. 22 desta Lei, é de:

I – dois vírgula cinco por cento destinados à Seguridade Social;

II – zero vírgula um por cento para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade para o trabalho decorrente dos riscos ambientais da atividade.

ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA QUE MANTÉM EQUIPE DE FUTEBOL PROFISSIONAL

→ Contribuições previdenciárias da associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional:

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Contribuição da Empresa (Lei nº 8.212/1991, Art. 22, § 6º)

V – Associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional

Base de CálculoAlíquota

Seguridade social RAT

Receita bruta, decorrente dos espetáculos desportivos de que participem em todo território nacional em qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais, e de qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e de transmissão de espetáculos desportivos

5%

Total das remunerações pagas ou creditadas aos segurados contribuintes individuais 20% -

Valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho

15% -

Lei nº 8.212/1991, Art. 22, § 6º (...)

§ 6º A contribuição empresarial da associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional destinada à Seguridade Social, em substituição à prevista nos incisos I e II deste artigo, corresponde a cinco por cento da receita bruta, decorrente dos espetáculos desportivos de que participem em todo território nacional em qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais, e de qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e de transmissão de espetáculos desportivos.

EMPRESAS CONTIDAS NO ARTS. 7º E 7º-A DA LEI nº 12.546/2011

→ Contribuições previdenciárias das empresas contidas no Arts. 7º e 7º-A da Lei nº 12.546/2011:

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Desoneração da Folha (Lei nº 12.546/2011, Arts. 7º e 7º-A)

Poderão contribuir sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em substituição às contribuições dos Incisos I e III do Art. 22 da Lei nº 8.212/1991.

EMPRESAS ALÍQUOTA

De TI e TIC; de concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados; do setor hoteleiro enquadradas na subclasse 5510-8/01 da CNAE; do setor de construção civil enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 do CNAE; de construção de obras de infraestrutura enquadradas nos grupos 421, 422, 429 e 431 da CNAE

4,5%

De call center 3%

De transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional enquadradas nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE; de transporte ferroviário de passageiros enquadradas nas subclasses 4912-4/01 e 4912-4/02 da CNAE; de transporte metroferroviário de passageiros enquadradas na subclasse 4912-4/03 da CNAE

2%

IMPORTANTE! Diferença entre Desconto Condicional e Desconto Incondicional:

a) Descontos incondicionais consideram-se parcelas redutoras do preço de vendas, quando constarem da nota fiscal de venda dos bens ou da fatura de serviços e não dependerem de evento posterior à emissão desses documentos. Esses descontos não se incluem na receita bruta da pessoa jurídica vendedora e, do ponto de vista da pessoa jurídica adquirente dos bens ou serviços, constituem dedução do custo de aquisição, não configurando receita;

b) Descontos condicionais são aqueles que dependem de evento posterior à emissão da nota fiscal, usualmente, do pagamento da compra dentro de certo prazo, e configuram despesa financeira para o vendedor e receita financeira para o comprador.

Fonte: www.receita.fazenda.gov.br

EMPRESAS CONTIDAS NO ARTS. 8º E 8º-A DA LEI nº 12.546/2011

Contribuições previdenciárias das empresas contidas no Arts. 8º e 8º-A da Lei nº 12.546/2011:

Desoneração da Folha (Lei nº 12.546/2011, Arts. 8º e 8º-A)

Poderão contribuir sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em substituição às contribuições dos Incisos I e III do Art. 22 da Lei nº 8.212/1991.

EMPRESAS ALÍQUOTA

a) de manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correlatos;

b) de navegação de apoio marítimo e de apoio portuário;

c) de manutenção e reparação de embarcações;

d) de varejo que exercem as atividades listadas no Anexo II da Lei nº 12.546/2011;

e) que fabricam os produtos classificados na TIPI, nos códigos referidos no Anexo I da Lei nº 12.546/2011 (ressalvados os códigos enquadrados nas alíquotas de 1,5% e 1%).

2,5%

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Receita Federal 2015 (Analista) – Direito Tributário

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Que fabricam os produtos classificados na TIPI nos códigos 02.03, 0206.30.00, 0206.4, 02.07, 02.09, 02.10.1, 0210.99.00, 03.03, 03.04, 0504.00, 05.05, 1601.00.00, 16.02, 1901.20.00 Ex 01, 1905.90.90 Ex 01 e 03.02, exceto 0302.90.00.

1%

De transporte aéreo de carga; de transporte aéreo de passageiros regular; de transporte marítimo de carga na navegação de cabotagem; de transporte marítimo de passageiros na navegação de cabotagem; de transporte marítimo de carga na navegação de longo curso; de transporte marítimo de passageiros na navegação de longo curso; de transporte por navegação interior de carga; de transporte por navegação interior de passageiros em linhas regulares; que realizam operações de carga, descarga e armazenagem de contêineres em portos organizados, enquadradas nas classes 5212-5 e 5231-1 da CNAE 2.0; de transporte rodoviário de cargas, enquadradas na classe 4930-2 da CNAE 2.0; de transporte ferroviário de cargas, enquadradas na classe 4911-6 da CNAE 2.0; e jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens de que trata a Lei nº 10.610, de 20 de dezembro de 2002, enquadradas nas classes 1811-3, 5811-5, 5812-3, 5813-1, 5822-1, 5823-9, 6010-1, 6021-7 e 6319-4 da CNAE; que fabricam os produtos classificados na TIPI nos códigos 6309.00, 64.01 a 64.06 e 87.02, exceto 8702.90.10.

1,5%

MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI)

→ Contribuição previdenciária do MEI:

Contribuição da Empresa (LC nº 123/2006, Art. 18-C, §1º, III)

VIII – Contribuição patronal do microempreendedor individual – MEI

Base de CálculoAlíquota

Seguridade social RAT

Salário-de-contribuição do em-pregado que lhe presta serviço 3% -

LC nº 123/2006, Art. 18-C (…)

Art. 18-C. Observado o disposto no art. 18-A, e seus parágrafos, desta Lei Complementar, poderá se enquadrar como MEI o empresário individual que possua um único empregado que receba exclusivamente 1 (um) salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional.

§ 1º Na hipótese referida no caput, o MEI:

I – deverá reter e recolher a contribuição previdenciária relativa ao segurado a seu serviço na forma da lei, observados prazo e condições estabelecidos pelo CGSN;

II – é obrigado a prestar informações relativas ao segurado a seu serviço, na forma estabelecida pelo CGSN; e

III – está sujeito ao recolhimento da contribuição de que trata o inciso VI do caput do art. 13, calculada à alíquota de 3% (três por cento) sobre o salário de contribuição previsto no caput, na forma e prazos estabelecidos pelo CGSN.

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2.2.3. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS DO EMPREGADOR DOMÉSTICO

Contribuição previdenciária do empregador doméstico:

CONTRIBUIÇÃO DO EMPREGADOR DOMÉSTICO

Lei nº 8.212/1991, Art. 24, Incisos I e II (Redação dada pela Lei nº 13.202/2015)

Destinação Alíquota Base de Cálculo

Para a Seguridade Social 8%Salário-de-contribuição do empregado do-méstico a seu serviço.Para financiamento do seguro contra

acidentes de trabalho 0,8%

Lei nº 8.212/1991, Art. 24, Incisos I e II (...)

Art. 24. A contribuição do empregador doméstico incidente sobre o salário de contri-buição do empregado doméstico a seu serviço é de: (Redação dada pela Lei nº 13.202, de 2015)

I – 8% (oito por cento); e (Incluído pela Lei nº 13.202, de 2015)

II – 0,8% (oito décimos por cento) para o financiamento do seguro contra acidentes de trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.202, de 2015)

2.3. RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS NÃO PREVIDENCIÁRIAS

→ Contribuições Sociais da Seguridade Social que são não previdenciárias:

CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS NÃO PREVIDENCIÁRIAS:

1. Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social)

2. PIS/Pasep (Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público)

3. CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido)

4. Incidente sobre Concursos de Prognósticos

5. Cofins – Importação

6. PIS/Pasep – Importação

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CF, Art 195 (...)

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;

b) a receita ou o faturamento;

Cofins – Incide sobre a receita ou faturamento.

c) o lucro;

CSLL – Incide sobre o lucro.

II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;

III – sobre a receita de concursos de prognósticos.

Incidente sobre Concursos de Prognósticos.

IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

Cofins – Importação e PIS/Pasep – Importação.

CF, Art. 239 (...)

Art. 239. A arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de Integração Social, criado pela Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de 1970, e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, criado pela Lei Complementar nº 8, de 3 de dezembro de 1970, passa, a partir da promulgação desta Constituição, a financiar, nos termos que a lei dispuser, o programa do seguro-desemprego e o abono de que trata o § 3º deste artigo. (...)

§ 3º Aos empregados que percebam de empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, até dois salários mínimos de remuneração mensal, é assegurado o pagamento de um salário mínimo anual, computado neste valor o rendimento das contas individuais, no caso daqueles que já participavam dos referidos programas, até a data da promulgação desta Constituição.

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IMPORTANTE! Contribuições sociais não incidirão sobre as exportações.

CF, Art. 149, § 2º (...)

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. (...)

§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo:

I – não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;

II – incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; (...)

ATENÇÃO! Por meio da Desvinculação das Receitas da União (DRU), o Governo Federal pode usar 20% do produto da arrecadação das contribuições sociais não previdenciárias para aplicar em qualquer outro lugar que não seja a Seguridade Social (saúde, assistência social e previdência social). Vale acrescentar que a DRU não atinge as contribuições sociais previdenciárias, uma vez que só podem ser utilizadas no pagamento de benefícios do RGPS.

2.4. RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL DE OUTRAS FONTES

Receitas da Seguridade Social provenientes de outras fontes:

I – As multas, a atualização monetária e os juros moratórios;

II – Remuneração recebida pela prestação de serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança prestados a terceiros (3,5%);

III – As receitas provenientes de prestação de outros serviços e de fornecimento ou arrendamento de bens;

IV – As demais receitas patrimoniais, industriais e financeiras;

V – As doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais;

VI – 50% da receita obtida na forma do parágrafo único do Art. 243 da CF, repassados pelo INSS aos órgãos responsáveis pelas ações de proteção à saúde e a ser aplicada no tratamento e recuperação de viciados em entorpecentes e drogas afins;

DICA DO PROFESSOR: “Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins será confiscado e reverterá em benefício de instituições e pessoal especializado no tratamento e recuperação de viciados e no aparelhamento e custeio de atividades de fiscalização, controle, prevenção e repressão do crime de tráfico dessas substâncias” (Constituição Federal, Art. 243, parágrafo único).

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CF, Art. 243, § único (...)

Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem lo-calizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º.

Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei.

VII – 40% do resultado dos leilões dos bens apreendidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil;

VIII – 50% do valor total do prêmio recolhido pelas companhias seguradoras que mantêm o se-guro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres. Este valor deve ser destinado ao SUS para o custeio da assistência médico-hospitalar aos segurados vitimados em acidentes de trânsito;

IX – Outras receitas previstas em legislação específica.

Lei nº 8.212/1991, Art. 27 (...)

Art. 27. Constituem outras receitas da Seguridade Social:

I – as multas, a atualização monetária e os juros moratórios;

II – a remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança prestados a terceiros;

III – as receitas provenientes de prestação de outros serviços e de fornecimento ou arrendamento de bens;

IV – as demais receitas patrimoniais, industriais e financeiras;

V – as doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais;

VI – 50% (cinqüenta por cento) dos valores obtidos e aplicados na forma do parágrafo único do art. 243 da Constituição Federal;

VII – 40% (quarenta por cento) do resultado dos leilões dos bens apreendidos pelo Departamento da Receita Federal;

VIII – outras receitas previstas em legislação específica.Parágrafo único. As companhias seguradoras que mantêm o seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres, de que trata a Lei nº 6.194, de dezembro de 1974, deverão repassar à Seguridade Social 50% (cinqüenta por cento) do valor total do prêmio recolhido e destinado ao Sistema Único de Saúde (SUS), para custeio da assistência médico-hospitalar dos segura-dos vitimados em acidentes de trânsito.

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3. SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO (SC)

Em regra, para os segurados, utiliza-se o SC no cálculo da Contribuição Previdenciária:

Contribuição Previdenciária= % × SC

Definições de SC para os segurados empregado, trabalhador avulso, empregado doméstico, contribuinte individual e segurado facultativo:

Lei nº 8.212/1991, Art. 28 (...)

Art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição:

I – para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa;

II – para o empregado doméstico: a remuneração registrada na Carteira de Trabalho e Previdência Social, observadas as normas a serem estabelecidas em regulamento para comprovação do vínculo empregatício e do valor da remuneração;

III – para o contribuinte individual: a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observado o limite máximo a que se refere o § 5º;

IV – para o segurado facultativo: o valor por ele declarado, observado o limite máximo a que se refere o § 5º.

ATENÇÃO! Indenização e ressarcimento são parcelas que não integram o SC, pois não possuem natureza remuneratória. A indenização é uma forma de a empresa reparar danos causados ao empregado. Por sua vez, o ressarcimento é uma forma de a empresa reembolsar o empregado das despesas oriundas do ato de prestar o serviço.

→ Parcelas que não integram a remuneração e o SC:

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Lei nº 8.212/1991, Art. 22, § 2º (...)

§ 2º Não integram a remuneração as parcelas de que trata o § 9º do art. 28.

Lei nº 8.212/1991, Art. 28, § 9º (...)

§ 9º Não integram o salário-de-contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente:

a) os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, salvo o saláriomaternidade;

b) as ajudas de custo e o adicional mensal recebidos pelo aeronauta nos termos da Lei nº 5.929, de 30 de outubro de 1973;

c) a parcela “in natura” recebida de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, nos termos da Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976;

d) as importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional constitucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de que trata o art. 137 da Consolidação das Leis do Trabalho-CLT;

e) as importâncias:

1. previstas no inciso I do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;

2. relativas à indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de outubro de 1988, do empregado não optante pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço-FGTS;

3. recebidas a título da indenização de que trata o art. 479 da CLT;

4. recebidas a título da indenização de que trata o art. 14 da Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973;

5. recebidas a título de incentivo à demissão;

6. recebidas a título de abono de férias na forma dos arts. 143 e 144 da CLT;

7. recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos expressamente desvinculados do salário;

8. recebidas a título de licença-prêmio indenizada;

9. recebidas a título da indenização de que trata o art. 9º da Lei nº 7.238, de 29 de outubro de 1984;

f) a parcela recebida a título de valetransporte, na forma da legislação própria;

g) a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de mudança de local de trabalho do empregado, na forma do art. 470 da CLT;

h) as diárias para viagens, desde que não excedam a 50% (cinqüenta por cento) da remuneração mensal;

i) a importância recebida a título de bolsa de complementação educacional de estagiário, quando paga nos termos da Lei nº 6.494, de 7 de dezembro de 1977;

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j) a participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei específica;

l) o abono do Programa de Integração Social-PIS e do Programa de Assistência ao Ser-vidor Público-PASEP;

m) os valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação fornecidos pela empresa ao empregado contratado para trabalhar em localidade distante da de sua re-sidência, em canteiro de obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento e estada, observadas as normas de proteção estabelecidas pelo Ministério do Trabalho;

n) a importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do auxílio--doença, desde que este direito seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa;

o) as parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da agroindústria canavieira, de que trata o art. 36 da Lei nº 4.870, de 1º de dezembro de 1965;

p) o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a programa de previdência complementar, aberto ou fechado, desde que disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes, observados, no que couber, os arts. 9º e 468 da CLT;

q) o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou por ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, despesas médico-hospitalares e outras similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e dirigentes da empresa;

r) o valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos serviços;

s) o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado e o reembolso creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade, quando devidamente comprovadas as despesas realizadas;

t) o valor relativo a plano educacional, ou bolsa de estudo, que vise à educação básica de empregados e seus dependentes e, desde que vinculada às atividades desenvolvidas pela empresa, à educação profissional e tecnológica de empregados, nos termos da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e:

1. não seja utilizado em substituição de parcela salarial; e

2. o valor mensal do plano educacional ou bolsa de estudo, considerado individual-mente, não ultrapasse 5% (cinco por cento) da remuneração do segurado a que se destina ou o valor correspondente a uma vez e meia o valor do limite mínimo mensal do salário-decontribuição, o que for maior;

u) a importância recebida a título de bolsa de aprendizagem garantida ao adolescente até quatorze anos de idade, de acordo com o disposto no art. 64 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990;

v) os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos autorais;

x) o valor da multa prevista no § 8º do art. 477 da CLT.

y) o valor correspondente ao vale-cultura.

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3.1. SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO PARA EMPREGADO E TRABALHADOR AVULSO

SC dos segurados empregado e trabalhador avulso:

SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO (Lei nº 8.212/1991, Art. 28, I)

EMPREGADO ETRABALHADOR AVULSO

LIMITES

MÍNIMO MÁXIMO

A remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.

O piso salarial da categoria; ou quando não existir piso salarial da categoria, o salário mínimo, no seu valor mensal, diário ou horário.

R$ 4.663,75

IMPORTANTE: O limite máximo do SC é reajustado anualmente pelo INPC/IBGE na mesma data de reajuste dos benefícios do RGPS, que é a mesma data de reajuste do salário mínimo.

Lei nº 8.212/1991, Art. 28, § 5º (...)

§ 5º O limite máximo do salário-de-contribuição é de Cr$ 170.000,00 (cento e setenta mil cruzeiros), reajustado a partir da data da entrada em vigor desta Lei, na mesma época e com os mesmos índices que os do reajustamento dos benefícios de prestação continuada da Previdência Social.

3.2. SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO PARA EMPREGADO DOMÉSTICO

SC do segurado empregado doméstico:

SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO

EMPREGADO DOMÉSTICOLIMITES

MÍNIMO MÁXIMO

A remuneração registrada na Carteira Profissional e/ou na Carteira de Trabalho e Previdência Social.

O piso salarial da categoria; ou quando não existir piso salarial da categoria, o salário mínimo, no seu valor mensal, diário ou horário.

R$ 4.663,75

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ATENÇÃO! O SC de empregado, trabalhador avulso e empregado doméstico pode ser menor do que o salário mínimo mensal, dado que esses segurados podem ser admitidos ou demitidos no curso do mês, recebendo proporcionalmente aos dias trabalhados.

3.3. SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO PARA CONTRIBUINTE INDIVIDUAL

SC do segurado contribuinte individual:

SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO

CONTRIBUINTE INDIVIDUALLIMITES

MÍNIMO MÁXIMO

A remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua ativida-de por conta própria, durante o mês.

O salário mínimo de R$ 788,00 R$ 4.663,75

O limite mínimo do SC do contribuinte individual é o valor mensal do salário mínimo, mesmo que sua remuneração mensal seja inferior a um salário mínimo.

Exemplo prático:

SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO – COMPETÊNCIA: 03/2015

CONTRIBUINTE INDIVIDUAL REMUNERAÇÃO SC

João 600,00 788,00

Paulo 2.000,00 2.000,00

Pedro 7.000,00 4.663,75

DICA DO PROFESSOR: O ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa, que são contribuintes individuais, têm o SC representado pelo valor declarado por eles.

Lei nº 8.212/1991, Art. 12, Inciso V, Alínea “c” (...)

Art. 12. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: (...)

V – como contribuinte individual: (...)

c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa;

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3.4. SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO PARA SEGURADO FACULTATIVO

SC do segurado facultativo:

SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO

SEGURADO FACULTATIVOLIMITES

MÍNIMO MÁXIMO

O valor por ele declarado O salário mínimo de R$ 788,00 R$ 4.663,75

3.5. SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO PARA SEGURADO ESPECIAL

Conceito de contribuição para o segurado especial:

I – A contribuição obrigatória desse segurado não incide sobre o SC, mas sobre a receita bruta proveniente da comercialização da sua produção rural;

II – Pode recolher contribuição facultativa, que incide sobre valor declarado pelo segurado es-pecial (IN RFB nº 971/2009).

Lei nº 8.212/1991, Art. 25 (...)

Art. 25. A contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à contri-buição de que tratam os incisos I e II do art. 22, e a do segurado especial, referidos, respectivamente, na alínea a do inciso V e no inciso VII do art. 12 desta Lei, destinada à Seguridade Social, é de:

I – 2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção;

II – 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção para financiamento das prestações por acidente do trabalho.

§ 1º O segurado especial de que trata este artigo, além da contribuição obrigatória referida no caput, poderá contribuir, facultativamente, na forma do art. 21 desta Lei.

Lei nº 8.212/1991, Art. 21 (...)

Art. 21. A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo será de vinte por cento sobre o respectivo salário-de-contribuição.

Instrução Normativa RFB nº 971/2009, Art. 55, Inciso V (...)

Art. 55. Entende-se por salário-de-contribuição: (...)

V – para o segurado especial que optar por contribuir na forma do § 10 do art. 10, o valor por ele declarado, observado o disposto nos §§ 8º e 9º.

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3.6. REAJUSTE DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO

O limite máximo do salário-de-contribuição é reajustado na mesma época e com os mesmos índices que os do reajustamento dos benefícios de prestação continuada da Previdência Social (Lei nº 8.212/1991, Art. 28, § 5º).

Lei nº 8.212/1991, Art. 28, § 5º (...)

§ 5º O limite máximo do salário-de-contribuição é de Cr$ 170.000,00 (cento e setenta mil cruzeiros), reajustado a partir da data da entrada em vigor desta Lei, na mesma época e com os mesmos índices que os do reajustamento dos benefícios de prestação continuada da Previdência Social.

→ Para 2015, o limite máximo do SC é de R$ 4.663,75.

3.7. PARCELAS INTEGRANTES E PARCELAS NÃO INTEGRANTES DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO

As parcelas relativas à indenização e a ressarcimento, em geral, não estão incluídas nos conceitos de SC e de remuneração.

→ Indenização é a reparação de danos causados a uma pessoa.

→ Ressarcimento é a compensação de despesas que o trabalhador tenha efetuado em decor-rência da execução do trabalho.

→ Remuneração é a retribuição pelos serviços prestados.

→ Os valores pagos pelo trabalho integram o SC.

→ Os valores pagos para o trabalho não integram o SC.

Polêmicas sobre algumas parcelas:

I – STJ, REsp nº 1.230.957/RS – Submetido à sistemática de julgamento dos recursos repetitivos (CPC, Art. nº 543-C). De acordo com a jurisprudência do STJ, não incide contribuição previdenciária sobre:

a) Terço constitucional de férias;

b) Aviso prévio indenizado;

c) Valor pago nos 15 dias que antecedem o auxílio-doença.

II – Auxílio-alimentação em pecúnia (em dinheiro):

a) TNU, Súmula nº 67 – Integra o SC;

b) STJ, REsp nº 1.185.685 – Não integra.

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III – Vale-transporte em pecúnia (em dinheiro):

a) STF, RE nº 478.410 – Não integra o SC;

b) STJ, REsp nº 1.180.562 – Não integra o SC.

DICA DO PROFESSOR: Observar como o examinador cobra o entendimento da questão no con-curso, visto que há diferentes posicionamentos quando se consideram a Lei nº 8.212/1991, a Lei nº 8.213/1991 e a jurisprudência vista acima.

PARCELAS INTEGRANTES DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO

Lista exemplificativa de parcelas integrantes do SC:

I – Salário;

II – Saldo de salário pago na rescisão do contrato de trabalho;

III – Salário-maternidade;

Lei nº 8.212/1991, Art. 28, §§ 2º e 9º, Alínea “a” (...)

§ 2º O salário-maternidade é considerado salário-de-contribuição. (...)

§ 9º Não integram o salário-de-contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente:

a) os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, salvo o salário-maternidade;

IMPORTANTE: Auxílio-acidente integra o SC para fins de cálculo de qualquer aposentadoria.

Lei nº 8.213/1991, Art. 31 (...)

Art. 31. O valor mensal do auxílio-acidente integra o salário-de-contribuição, para fins de cálculo do salário-de-benefício de qualquer aposentadoria, observado, no que couber, o disposto no art. 29 e no art. 86, § 5º.

ATENÇÃO! Aposentadorias e pensão por morte no RPPS pagam contribuição previdenciária sobre os valores que excederem o teto do RGPS.

IV – Férias gozadas;

V – 1/3 de férias gozadas (CF, Art. 7º, XVII);

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CF, Art. 7º, Inciso XVII (...)

XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;

IMPORTANTE! O STJ, pelo REsp nº 1.230.957/RS, considera que não incide contribuição previdenciária sobre terço constitucional de férias.

VI – 13º salário;

Lei nº 8.212/1991, Art. 28, § 7º (...)

§ 7º O décimo-terceiro salário (gratificação natalina) integra o salário-de-contribuição, exceto para o cálculo de benefício, na forma estabelecida em regulamento.

ATENÇÃO! O 13º salário não integra o SC para fins de cálculo de benefício.

VII – Horas extras;

VIII – O valor total das diárias para viagem, quando excederem 50% da remuneração mensal do empregado;

IX – Gorjetas (espontâneas ou compulsórias);

X – Comissões e percentagens;

XI – Salário pago sob a forma de utilidades (salário in natura);

XII – Remuneração do aposentado que retornar ao trabalho;

DICA DO PROFESSOR: Incide contribuição previdenciária sobre a remuneração do aposentado que voltar a trabalhar, mas não incide sobre a aposentadoria pelo RGPS.

CF, Art. 195, Inciso II (...)

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (...)

II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;

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ATENÇÃO! O aposentado que continua trabalhando tem direito a três prestações do RGPS, que são: salário-família; salário-maternidade; e reabilitação profissional.

XIII – Aviso prévio.

IMPORTANTE! O STJ, pelo REsp nº 1.230.957/RS, submetido à sistemática de julgamento dos recursos repetitivos (CPC, Art. nº 543-C), considera que não incide contribuição previdenciária sobre aviso prévio indenizado.

PARCELAS NÃO INTEGRANTES DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO

De acordo com a Lei nº 8.212/1991, Art. 28, § 9ºº, não integram o salário-de-contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente:

a) Os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, salvo o salário-maternidade;

ATENÇÃO! O valor mensal do auxílio-acidente integra o salário-de-contribuição para fins de cálculo do salário-de-benefício de qualquer aposentadoria.

Lei nº 8.213/1991, Art. 31 (...)

Art. 31. O valor mensal do auxílio-acidente integra o salário-de-contribuição, para fins de cálculo do salário-de-benefício de qualquer aposentadoria, observado, no que couber, o disposto no art. 29 e no art. 86, § 5º.

b) As ajudas de custo e o adicional mensal recebidos pelo aeronauta nos termos da Lei nº 5.929/1973;

IMPORTANTE!

Lei nº 5.929/1973:

Na transferência provisória: um adicional mensal, nunca inferior a 25% do salário recebido na base.

Na transferência permanente: ajuda de custo, nunca inferior ao valor de 4 meses de salário, para indenização de despesas de mudança e instalação na nova base.

c) A parcela in natura recebida de acordo com o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), nos termos da Lei nº 6.321/1976;

d) Férias indenizadas e respectivo 1/3 constitucional, pagos na rescisão, inclusive a dobra de férias de que trata o Art. 137 da CLT;

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Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, Art. 137 (...)

Art. 137. Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o Art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração.

e) As importâncias:

1. Previstas no inciso I do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) – Indenização de 40% do montante depositado no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), nos casos de despedida sem justa causa;

2. Relativas à indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de outubro de 1988, do empregado não optante pelo FGTS;

3. Recebidas a título da indenização de que trata o Art. 479 da CLT – Indenização por despedida sem justa causa do empregado nos contratos por prazo determinado;

Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, Art. 479 (...)

Art. 479. Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a titulo de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato.

4. Recebidas a título da indenização de que trata o Art. 14 da Lei nº 5.889/1973 – Indenização do tempo de serviço do safrista, quando da expiração normal do contrato;

Lei nº 5.889/1973, Art. 14 (...)

Art. 14. Expirado normalmente o contrato, a empresa pagará ao safrista, a título de indenização do tempo de serviço, importância correspondente a 1/12 (um doze avos) do salário mensal, por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias.

5. Recebidas a título de incentivo à demissão;

6. Recebidas a título de abono de férias na forma dos Arts. 143 e 144 da CLT;

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Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, Art. 143 e 144 (...)

Art. 143. É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. (...)

Art. 144. O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como o concedido em virtude de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento da empresa, de convenção ou acordo coletivo, desde que não excedente de vinte dias do salário, não integrarão a remuneração do empregado para os efeitos da legislação do trabalho.

7. Recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos expressamente desvinculados do salário;

Ganhos eventuais = Liberalidade + Sem habitualidade

Regulamento da Previdência Social, Art. 214, § 9º, V, “j” (...)

Art. 214. Entende-se por salário-de-contribuição: (...)

§ 9º Não integram o salário-de-contribuição, exclusivamente: (...)

V – as importâncias recebidas a título de: (...)

j) ganhos eventuais e abonos expressamente desvinculados do salário por força de lei;

8. Recebidas a título de licença-prêmio indenizada;

9. Recebidas a título da indenização de que trata o Art. 9º da Lei nº 7.238/1984 – Indenização por dispensa sem justa causa no período de 30 dias que antecede a correção salarial;

Lei nº 7.238/1984, Art. 9º (...)

Art 9º O empregado dispensado, sem justa causa, no período de 30 (trinta) dias que antecede a data de sua correção salarial, terá direito à indenização adicional equivalente a um salário mensal, seja ele optante ou não pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

f) A parcela recebida a título de vale-transporte, na forma da legislação própria;

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IMPORTANTE! Na forma da legislação própria, a parcela recebida a título de vale-transporte em dinheiro integra o SC. Pela jurisprudência do STF e do STJ, o vale-transporte em pecúnia (em dinheiro) não integra o SC (STF, RE nº 478410; e STJ, REsp nº 1180562).

g) A ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de mudança de local de trabalho do empregado, na forma do Art. 470 da CLT;

Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, Art. 470 (...)

Art. 470. As despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador.

DICA DO PROFESSOR: Para não intergrar o SC, a ajuda de custo deve ser paga em parcela única. Caso contrário, quando for paga em mais de uma parcela, a ajuda de custo passará a intergrar o SC.

h) As diárias para viagens, desde que não excedam 50% da remuneração mensal;

i) A importância recebida a título de bolsa de complementação educacional de estagiário, quando paga nos termos da Lei nº 11.788/2008 (Lei do Estágio de Estudantes);

j) A participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei específica (Lei nº 10.101/2000);

Lei nº 10.101/2000, Art. 3º, § 2º (...)

§ 2º É vedado o pagameto de qualquer antecipação ou distribuição de valores a título de participação nos lucros ou resultados da empresa em mais de 2 (duas) vezes no mesmo ano civil e em periodicidade inferior a 1 (um) trimestre civil.

l) O abono do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Assistência ao Servidor Público (Pasep);

ATENÇÃO! Pagamento de 1 salário mínimo anual para empregado que recebe até 2 salários mínimos de remuneração mensal.

CF, Art. 239, § 3º (...)

§ 3º Aos empregados que percebam de empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, até dois salários mínimos de remuneração mensal, é assegurado o pagamento de um salário mínimo anual, computado neste valor o rendimento das contas individuais, no caso daqueles que já participavam dos referidos programas, até a data da promulgação desta Constituição.

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m) Os valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação fornecidos pela empresa ao empregado contratado para trabalhar em localidade distante de sua residência, em canteiro de obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento e estada;

n) A importância paga ao empregado, a título de complementação ao valor do auxílio-doença, desde que este direito seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa;

IMPORTANTE! Por lei, durante o período de auxílio-doença, a empresa que garantir licença remunerada ao segurado empregado é obrigada a pagar eventual diferença entre os valores deste benefício e da licença.

Lei nº 8.213/1991, Art. 63, § único (...)

Art. 63. O segurado empregado em gozo de auxílio-doença será considerado pela empresa como licenciado.

Parágrafo único. A empresa que garantir ao segurado licença remunerada ficará obrigada a pagar-lhe durante o período de auxílio-doença a eventual diferença entre o valor deste e a importância garantida pela licença.

o) As parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da agroindústria canavieira, de que trata o Art. 36 da Lei nº 4.870/1965 – 1% sobre saco de açúcar de 60 kg; 1% sobre tonelada de cana; 1% sobre litro de álcool;

p) O valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo à programa de previdência complementar, aberto ou fechado, desde que disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes, observados, no que couber, os Arts. 9º e 468 da CLT;

Exemplo: Previ – Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil.

Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, Arts. 9º e 468 (...)

Art. 9º Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação. (...)

Art. 468. Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.

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q) O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou por ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, despesas médico-hospitalares e outras similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e dirigentes da empresa;

Exemplo: Plano de Saúde (Unimed).

r) O valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos serviços;

s) O ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado e o reembolso creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade, quando devidamente comprovadas as despesas realizadas;

t) O valor relativo a plano educacional, ou bolsa de estudo, que vise à educação básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio) de empregados e seus dependentes e desde que vinculada às atividades desenvolvidas pela empresa, à educação profissional e tecnológica de empregados, nos termos da Lei nº 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB), e: (Redação dada pela Lei nº 12.513/2011)

1. Não seja utilizado em substituição de parcela salarial; e

2. O valor mensal do plano educacional ou bolsa de estudo, considerado individualmente, não ultrapasse 5% da remuneração do segurado a que se destina ou o valor correspondente a uma vez e meia o valor do limite mínimo mensal do salário-de-contribuição (ou seja, o salário-mínimo), o que for maior;

ATENÇÃO! Para o valor mensal do plano educacional ou bolsa de estudo não integrar o SC, considera-se que: se for educação básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio), pode ser para empregados e seus dependentes; e, se for educação profissional e tecnológica, pode ser apenas para empregados.

u) A importância recebida a título de bolsa de aprendizagem garantida ao adolescente até quatorze anos de idade, de acordo com o disposto no Art. 64 da Lei nº 8.069 (Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA), de 13 de julho de 1990;

ATENÇÃO! A alínea “u” do § 9º do Art. 28 da Lei nº 8.212/1991 está tacitamente revogada pelo Inciso XXXIII, do Art. 7º da Constituição Federal.

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Lei nº 8.069/1990, Art. 64 (...)

Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é assegurada bolsa de aprendizagem.

CF/1988, Art. 7º, Inciso XXXIII (...)

XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

v) Os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos autorais;

x) O valor da multa prevista no § 8º do Art. 477 da CLT – Multa paga ao empregado em decorrência da mora no pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão do contrato de trabalho;

Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, Art. 477, §§ 6º e 8º (...)

§ 6º O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos:

a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou

b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento.

§ 8º A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora.

y) O valor correspondente ao vale-cultura.

Lei nº 12.761/2012, Arts. 6º, 7º e 8º (...)

Art. 6º O vale-cultura será fornecido aos usuários pelas empresas beneficiárias e disponibilizado preferencialmente por meio magnético, com o seu valor expresso em moeda corrente, na forma do regulamento.

Parágrafo único. Somente será admitido o fornecimento do vale-cultura impresso quando comprovadamente inviável a adoção do meio magnético.

Art. 7º O vale-cultura deverá ser fornecido ao trabalhador que perceba até 5 (cinco) salários mínimos mensais.

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Parágrafo único. Os trabalhadores com renda superior a 5 (cinco) salários mínimos poderão receber o vale-cultura, desde que garantido o atendimento à totalidade dos empregados com a remuneração prevista no caput, na forma que dispuser o regulamento.

Art. 8º O valor mensal do vale-cultura, por usuário, será de R$ 50,00 (cinquenta reais).

DICA DO PROFESSOR: As parcelas definidas como não integrantes do SC, quando pagas ou creditadas em desacordo com a legislação pertinente, passam a integrá-lo para todos os fins e efeitos, sem prejuízo da aplicação das cominações legais cabíveis.

Regulamento da Previdência Social, Art. 214, § 10 (...)

§ 10. As parcelas referidas no parágrafo anterior, quando pagas ou creditadas em desacordo com a legislação pertinente, integram o salário-de-contribuição para todos os fins e efeitos, sem prejuízo da aplicação das cominações legais cabíveis.

3.8. PROPORCIONALIDADE DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO

Quando a admissão, a dispensa, o afastamento ou a falta do empregado, inclusive o doméstico, ocorrer no curso do mês, o salário-de-contribuição será proporcional ao número de dias efetivamente trabalhados.

Regulamento da Previdência Social, Art. 214, § 1º (...)

§ 1º Quando a admissão, a dispensa, o afastamento ou a falta do empregado, inclusive o doméstico, ocorrer no curso do mês, o salário-de-contribuição será proporcional ao número de dias efetivamente trabalhados, observadas as normas estabelecidas pelo Instituto Nacional do Seguro Social.

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4. ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS DOS SEGURADOS

Arrecadação: É o ato de descontar ou reter a contribuição. Por exemplo, a empresa desconta a contribuição previdenciária ao efetuar o pagamento de salários dos empregados.

Recolhimento: É o pagamento da contribuição previdenciária.

I – Arrecadação e recolhimento das contribuições previdenciárias dos segurados empregado, empregado doméstico, facultativo e trabalhador avulso:

ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES DOS SEGURADOS EMPREGADO, EMPREGADO DOMÉSTICO, FACULTATIVO E TRABALHADOR AVULSO

SEGURADO QUEM ARRECADA E RECOLHE A CONTRIBUIÇÃO

Empregado A empresa ou pessoa equiparada a empresa

Empregado doméstico O empregador doméstico

Facultativo O próprio segurado

Trabalhador avulsoPortuário: o OGMO

Não portuário: a empresa tomadora do serviço

II – Arrecadação e recolhimento das contribuições previdenciárias do segurado contribuinte individual:

ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES DO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL

A empresa, inclusive a optante pelo Simples Nacional e a Ebas em gozo de isenção.

A cooperativa de trabalho, em relação aos cooperados que prestam serviço por seu intermédio

O próprio segurado, quando o contribuinte individual:

a) exercer atividade econômica por conta própria;

b) prestar serviço a pessoa física ou a outro contribuinte individual, produtor rural pessoa física, missão diplomática ou repartição consular de carreira estrangeiras; ou

c) quando se tratar de brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo.

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III – Arrecadação e recolhimento das contribuições previdenciárias do segurado especial:

ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES DO SEGURADO ESPECIAL

O adquirente da produção rural vendida pelo segurado especial se for:a) Pessoa jurídica;b) Pessoa física, não produtor rural, que adquire a produção para venda, no varejo, pessoas físicas.

O próprio segurado, se vender:a) A adquirente domiciliado no exterior (CF, Art. 149, § 2º, I);b) Diretamente, no varejo, a consumidor pessoa física;c) A produtor rural pessoa física; d) A outro segurado especial.

ATENÇÃO! Não incidem contribuições sociais sobre as receitas decorrentes de exportação.

CF, Art. 149, § 2º, Inciso I (...)

§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo:

I – não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;

4.1. PRAZO DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

I – Prazo de recolhimento das contribuições – Até o dia 15 do mês seguinte ao da competência:

PRAZO DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

DATA CONTRIBUIÇÕES

Até dia 15 do mês seguinte ao da competência, prorrogando-se para o dia útil subsequente quando não houver expediente bancário

a) As contribuições do contribuinte individual, quando recolhidas pelo próprio segurado

b) As contribuições do segurado facultativo

II – Prazos de recolhimento das contribuições – Até o dia 20 de dezembro e até 2 dias úteis:

PRAZO DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

DATA CONTRIBUIÇÕES

Até dia 20 de dezembro, antecipando-se para o dia útil imediatamente anterior quando não houver expediente bancário naquele dia

Contribuição incidente sobre o 13º salário

Até 2 dias úteis após a realização do evento A contribuição de 5% incidente sobre a receita bruta de espetáculos desportivos

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ATENÇÃO! A contribuição sobre o décimo terceiro salário sempre é calculada em separado.

III – Prazo de recolhimento das contribuições – Até o dia 7 do mês seguinte ao da competência:

PRAZO DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

DATA CONTRIBUIÇÕES

Até dia 7 do mês seguinte ao da competência. Se não houver expediente bancário, o recolhimento deverá ser antecipado para o dia útil imediatamente anterior. (Lei nº 8.212/1991, Art. 32-C, §§ 3º e 5º)

a) Contribuição recolhida pelo segurado especial incidente sobre a receita bruta da comercialização da produção rural (Lei nº 8.212/1991, Art. 25)b) Contribuição arrecadada pelo segurado espe-cial dos trabalhadores a seu serviço

Lei nº 8.212/1991, Art. 32-C, §§ 3º e 5º (...)

§ 3º O segurado especial de que trata o caput está obrigado a arrecadar as contribui-ções previstas nos incisos X, XII e XIII do caput do art. 30, os valores referentes ao FGTS e os encargos trabalhistas sob sua responsabilidade, até o dia 7 (sete) do mês seguinte ao da competência. (...)

§ 5º Se não houver expediente bancário na data indicada no § 3º, o recolhimento de-verá ser antecipado para o dia útil imediatamente anterior.

IV – Prazo de recolhimento das contribuições – Até o dia 7 do mês seguinte ao da competência:

PRAZO DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

DATA CONTRIBUIÇÕES

Até dia 7 do mês seguinte ao da competência. Se não houver expediente bancário, o recolhimento deverá ser antecipado para o dia útil imediata-mente anterior

a) Contribuição descontada do segurado empre-gado doméstico

b) Contribuição patronal do empregador domés-tico (8% + 0,8%)

Lei nº 8.212/1991, Art. 30, Inciso V (...)

V – o empregador doméstico é obrigado a arrecadar e a recolher a contribuição do segurado empregado a seu serviço, assim como a parcela a seu cargo, até o dia 7 do mês seguinte ao da competência; (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015) (...)

§ 2º Se não houver expediente bancário nas datas indicadas:

I – no inciso II do caput, o recolhimento deverá ser efetuado até o dia útil imediata-mente posterior; e (Redação dada pela Lei nº 13.202, de 2015)

II – na alínea b do inciso I e nos incisos III, V, X e XIII do caput, até o dia útil imediatamente anterior. (Redação dada pela Lei nº 13.202, de 2015)

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V – Prazo de recolhimento das contribuições – Até o dia 20 do mês seguinte ao da competência:

PRAZO DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

DATA CONTRIBUIÇÕES

Até o dia 20 do mês seguinte ao da competên-cia, prorrogando-se para o dia útil subsequente, quando não houver expediente bancário naquele dia (Resolução CGSN nº 94/2011, Art. 38)

A contribuição do MEI de 5% incidente sobre a limite mínimo mensal do salário de contribuição, recolhida na condição de segurado contribuinte individual (Lei nº 8.212/1991, Art. 21, § 2º, Inciso II, Alínea “a”)

VI – Prazo de recolhimento das contribuições – Até o dia 20 do mês seguinte ao da competência:

PRAZO DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

DATA CONTRIBUIÇÕES

Até o dia 20 do mês seguinte ao da competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia.

a) As contribuições descontadas dos segurados empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual;

b) As contribuições da empresa incidentes sobre a remuneração de segurados empregado, traba-lhador avulso e contribuinte individual;

c) As contribuições da empresa (15%) incidentes sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de serviço, relativo a serviços que lhe tenham sido prestados por cooperados, por intermédio de co-operativas de trabalho;

d) As retenções de 11% sobre o valor dos serviços contidos em nota fiscal prestados mediante ces-são de mão de obra ou empreitada;

e) As contribuições incidentes sobre a comercia-lização da produção rural (exceto as recolhidas pelo segurado especial);

f) A contribuição de 5% incidentes sobre patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publi-cidade, propaganda e transmissão de espetáculos;

g) Contribuição patronal do MEI de 3% sobre o SC do empregado que lhe presta serviço;

h) Contribuição que o MEI desconta do seu em-pregado.

DICA DO PROFESSOR: Para evitar o pagamento de multas, nota-se que as contribuições, cujos prazos de recolhimento devem ser antecipadas para o dia útil imediatamente anterior quando não houver expediente bancário, são aquelas que devem ser pagas:

I – Até o dia 20 do mês seguinte ao da competência (exceto a contribuição do MEI na condição de segurado contribuinte individual);

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II – Até dia 20 de dezembro; e

III – Até dia 7 do mês seguinte ao da competência.

4.2. RECOLHIMENTO FORA DO PRAZO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

Os débitos com a União decorrentes das contribuições sociais previdenciárias não pagos nos prazos previstos em legislação serão acrescidos de multa de mora e juros de mora.

Lei nº 8.212/1991, Art. 35 (...)

Art. 35. Os débitos com a União decorrentes das contribuições sociais previstas nas alíneas a, b e c do parágrafo único do art. 11 desta Lei, das contribuições instituídas a título de substituição e das contribuições devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos, não pagos nos prazos previstos em legislação, serão acrescidos de multa de mora e juros de mora, nos termos do art. 61 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996.

JUROS DE MORA E MULTA DE MORA

Juros de Mora:

I – Taxa Selic, acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do mês subsequente ao vencimento do prazo até o mês anterior ao do pagamento; e

II – 1% no mês de pagamento.

Multa de mora: 0,33% por dia de atraso, limitado a 20%.

Lei nº 9.430/1996, Art. 5º, § 3º (...)

§ 3º As quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia – SELIC, para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do primeiro dia do segundo mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de um por cento no mês do pagamento.

Lei nº 9.430/1996, Art. 61 (...)

Art. 61. Os débitos para com a União, decorrentes de tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal, cujos fatos geradores ocorrerem a partir de 1º de janeiro de 1997, não pagos nos prazos previstos na legislação específica, serão acrescidos de multa de mora, calculada à taxa de trinta e três centésimos por cento, por dia de atraso.

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§ 1º A multa de que trata este artigo será calculada a partir do primeiro dia subseqüente ao do vencimento do prazo previsto para o pagamento do tributo ou da contribuição até o dia em que ocorrer o seu pagamento.

§ 2º O percentual de multa a ser aplicado fica limitado a vinte por cento.

§ 3º Sobre os débitos a que se refere este artigo incidirão juros de mora calculados à taxa a que se refere o § 3º do art. 5º, a partir do primeiro dia do mês subseqüente ao vencimento do prazo até o mês anterior ao do pagamento e de um por cento no mês de pagamento.

Exemplo prático de cálculo de Juros de Mora e de Multa de Mora (como foi um exemplo dado em aula, considerar as datas utilizadas como sendo dias úteis para fins de facilitar os cálculos):

I – Juros de Mora

CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA: R$ 10.000,00 de janeiro/2015Data do Vencimento: 20/02/2015

Taxa Selic de Março/2015: 1,0478%Taxa Selic de Abril/2015: 0,9587%

DATA DO PAGAMENTO JUROS DE MORA

23/02/2015(Atraso de 3 dias) Não tem

22/03/2015(Atraso de 30 dias)

J=1%×10.000,00J=100,00

22/04/2015(Atraso de 61 dias)

J=(Selic de Março+1%)×10.000,00J=(1,0478%+1%)×10.000,00

J=(2,0478%)×10.000,00J=204,78

02/05/2015(Atraso de 71 dias)

J=(Selic Março+Selic Abril+1%)×10.000,00J=(1,0478%+0,9587%+1%)×10.000,00

J=(3,0065%)×10.000,00J=300,65

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II – Multa de Mora

CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA: R$ 10.000,00 de janeiro/2015Data do Vencimento: 20/02/2015

DATA DO PAGAMENTO MULTA DE MORA

23/02/2015(Atraso de 3 dias)

M=(3×0,33%)×10.000,00M=99,00

22/03/2015(Atraso de 30 dias)

M=(30×0,33%)×10.000,00M=990,00

22/04/2015(Atraso de 61 dias)

M=20%×10.000,00M=2.000,00.

02/05/2015(Atraso de 71 dias)

M=20%×10.000,00M=2.000,00

DICA DO PROFESSOR: Acima de 60 dias de atraso, aplica-se Multa de Mora de 20% sobre o pagamento da contribuição previdenciária, dado o limite previsto em lei.

III – Valor Total = Contribuição Previdenciária + Juros de Mora + Multa de Mora

CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA: R$ 10.000,00 de janeiro/2015Data do Vencimento: 20/02/2015

Taxa Selic de Março/2015: 1,0478%Taxa Selic de Abril/2015: 0,9587%

DATA DO PAGAMENTO JUROS DE MORA MULTA DE MORAVALOR TOTAL = CON-TRIBUIÇÃO + JUROS +

MULTA

23/02/2015(Atraso de 3 dias) Não tem 99,00 10.099,00

22/03/2015(Atraso de 30 dias) 100,00 990,00 11.090,00

22/04/2015(Atraso de 61 dias) 204,78 2.000,00 12.204,78

02/05/2015(Atraso de 71 dias) 300,65 2.000,00 12.300,65

MULTA DE LANÇAMENTO DE OFÍCIO

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Multa de Lançamento de Ofício: É quando um tributo, uma contribuição ou outra receita administrada for lançada por meio de auto de infração (AI), que é lavrado pelo Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil. O vencimento da multa de ofício ocorre em 30 dias, contados a partir do primeiro dia útil seguinte ao da data em que o contribuinte tomou ciência do respectivo lançamento. Dentro desses 30 dias, o contribuinte pode pagar, parcelar ou impugnar (Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento – DRJ; e Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – Carf).

→Percentual da Multa de Lançamento de Ofício: 75% calculada sobre a totalidade ou diferença de contribuição.

→Aplicação em dobro – 150%:

I – Na hipótese de compensação indevida, quando se comprove falsidade da declaração apresentada pelo sujeito passivo, tendo como base de cálculo o valor total do débito indevidamente compensado (Lei nº 8.212/1991, Art. 89, § 10);

II – Nos casos de evidente intuito de fraude, independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis (Lei nº 9.430/1996, Art. 44, § 1º).

Lei nº 8.212/1991, Art. 89, § 10 (...)

§ 10. Na hipótese de compensação indevida, quando se comprove falsidade da declaração apresentada pelo sujeito passivo, o contribuinte estará sujeito à multa isolada aplicada no percentual previsto no inciso I do caput do art. 44 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, aplicado em dobro, e terá como base de cálculo o valor total do débito indevidamente compensado.

Lei nº 9.430/1996, Art. 44 (...)

Art. 44. Nos casos de lançamento de ofício, serão aplicadas as seguintes multas:

I – de 75% (setenta e cinco por cento) sobre a totalidade ou diferença de imposto ou contribuição nos casos de falta de pagamento ou recolhimento, de falta de declaração e nos de declaração inexata; (...)

§ 1º O percentual de multa de que trata o inciso I do caput deste artigo será duplicado nos casos previstos nos arts. 71, 72 e 73 da Lei nº 4.502, de 30 de novembro de 1964, independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis.

AGRAVAMENTO DA MULTA DE LANÇAMENTO DE OFÍCIOOs percentuais de multa de ofício (de 75% e de 150%) serão aumentados de metade (passando para 112,5% e 225%), nos casos de não atendimento pelo sujeito passivo, no prazo marcado, de intimação para:

I – Prestar esclarecimentos;

II – Quando usuário de sistema de processamento eletrônico de dados, apresentar os arquivos digitais ou sistemas e a documentação técnica completa e atualizada do sistema, suficiente para possibilitar a sua auditoria.

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Lei nº 9.430/1996, Art. 44 (...)

Art. 44. Nos casos de lançamento de ofício, serão aplicadas as seguintes multas:

I – de 75% (setenta e cinco por cento) sobre a totalidade ou diferença de imposto ou contribuição nos casos de falta de pagamento ou recolhimento, de falta de declaração e nos de declaração inexata; (...)

§ 1º O percentual de multa de que trata o inciso I do caput deste artigo será duplicado nos casos previstos nos arts. 71, 72 e 73 da Lei nº 4.502, de 30 de novembro de 1964, independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis. (...)

§ 2º Os percentuais de multa a que se referem o inciso I do caput e o § 1º deste artigo serão aumentados de metade, nos casos de não atendimento pelo sujeito passivo, no prazo marcado, de intimação para:

I – prestar esclarecimentos;

II – apresentar os arquivos ou sistemas de que tratam os arts. 11 a 13 da Lei nº 8.218, de 29 de agosto de 1991;

III – apresentar a documentação técnica de que trata o art. 38 desta Lei.

REDUÇÃO DA MULTA DE LANÇAMENTO DE OFÍCIO

Percentuais de redução da multa de ofício:

REDUÇÃO DA MULTA DE OFÍCIO (Art. 6º da Lei nº 8.218/1991

PRAZOREDUÇÃO DA MULTA DE OFÍCIO

Pagamento/Compensação Parcelamento

De 30 dias da data da notificação do lançamento Redução de 50% Redução de 40%

De 30 dias da ciência da decisão de primeira instância (Delegacia da Receita Federal

do Brasil de Julgamento – DRJ)

Redução de 30% Redução de 20%

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Lei nº 8.218/1991, Art. 6º (...)

Art. 6º Ao sujeito passivo que, notificado, efetuar o pagamento, a compensação ou o parcelamento dos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, inclusive das contribuições sociais previstas nas alíneas a, b e c do parágrafo único do art. 11 da Lei nº. 8.212, de 24 de julho de 1991, das contribuições instituídas a título de substituição e das contribuições devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos, será concedido redução da multa de lançamento de ofício nos seguintes percentuais:

I – 50% (cinquenta por cento), se for efetuado o pagamento ou a compensação no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data em que o sujeito passivo foi notificado do lançamento;

II – 40% (quarenta por cento), se o sujeito passivo requerer o parcelamento no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data em que foi notificado do lançamento;

III – 30% (trinta por cento), se for efetuado o pagamento ou a compensação no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data em que o sujeito passivo foi notificado da decisão administrativa de primeira instância; e

IV – 20% (vinte por cento), se o sujeito passivo requerer o parcelamento no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data em que foi notificado da decisão administrativa de primeira instância.

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5. RETENÇÃO, RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA E OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

5.1. RETENÇÃO DE 11%

Lei nº 8.212/1991, Art. 31 (...)

Art. 31. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia, observado o disposto no § 5º do art. 33 desta Lei.

Natureza tributária da retenção de 11%: Ocorre substituição tributária para frente ou progressiva, visto que o tributo é apurado com base num valor estimado, pois o fato gerador (a ser praticada pelo “substituído”) ainda não ocorreu.

CF, art. 150, § 7º (...)

§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.

ATENÇÃO! A restituição da quantia paga é corrigida pela Selic.

A retenção de 11%, em vigor desde fevereiro de 1999, é adotada quando uma empresa (contratada ou prestadora do serviço) presta serviço a outra empresa (contratante ou tomadora do serviço) mediante empreitada ou cessão de mão de obra.

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I – Cessão de mão de obra: É a colocação à disposição do contratante, em suas dependências ou na de terceiros, de segurados que realizem serviços contínuos, relacionados ou não com a atividade fim da empresa.

II – Empreitada: É a execução, contratualmente estabelecida, de tarefa, de obra ou de serviço, por preço ajustado, com ou sem fornecimento de material ou uso de equipamentos, realizados nas dependências da empresa contratante, nas de terceiros ou nas da empresa contratada, tendo como objetivo um resultado pretendido.

EMPRESA CONTRATANTE

A empresa contratante (tomadora do serviço) deverá:

I – Reter 11% do valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços emitido pela contratada, a título de contribuição para a seguridade social;

II – Recolher a importância retida em nome da empresa contratada até o dia 20 do mês seguinte ao da emissão da nota fiscal, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia.

a) Quem recolhe a retenção é a contratante, mas no campo 5 da GPS (identificador) deve ser identificado o CNPJ ou CEI da empresa contratada.

b) A retenção presumir-se-á feita. A empresa contratante não pode alegar omissão para se eximir do recolhimento.

EMPRESA CONTRATADAA empresa contratada (prestadora do serviço) deverá:

I – Destacar, na nota fiscal, o valor da retenção para a seguridade social;

II – Elaborar folha de pagamento e GFIP distintas para cada obra ou estabelecimento das empresas que contratarem seus serviços;

III – Compensar o valor retido pela contratante, quando do recolhimento de suas contribuições para a seguridade social, incidentes sobre a folha de pagamento dos segurados a seu serviço.

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OBSERVAÇÕESI – O percentual de 11% será acrescido de 4%, 3% ou 2%, se o segurado fizer jus a aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição, respectivamente.

II – Quando a contratada se obriga a fornecer material ou dispor de equipamentos, a retenção de 11% incidirá somente sobre o valor dos serviços.

III – A compensação não pode ser feita com valores de outras entidades (terceiros). Somente pode compensar com os valores do campo 6 da GPS (contribuições previdenciárias).

Modelo de GPS:

MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – MPSINSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSSGUIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – GPS

3 CÓDIGO DE PAGA-MENTO4 COMPETÊNCIA

5 IDENTIFICADOR

1 NOME OU RAZÃO SOCIAL/FONE/ENDEREÇO: 6 VALOR DO INSS

7

89 VALOR DE OUTRAS ENTIDADES

2 Vencimento(Uso do INSS) 10 ATM, MULTA E JUROS

ATENÇÃO: É vedada a utilização de GPS para recolhimento de receita de valor inferior ao estipulado em Resolução publi-cada pelo INSS. A receita que resultar valor inferior deverá ser adicionada à contribuição ou importância correspondente nos meses subseqüentes, até que o total seja igual ou superior ao valor mínimo fixado.

11 TOTAL

12 .AUTENTICAÇÃO BANCÁRIAInstruções para Preenchimento

IV – Na impossibilidade de haver compensação integral na própria competência, o saldo remanescente poderá ser compensado nas competências subsequentes, inclusive na relativa à gratificação natalina, ou ser objeto de pedido de restituição.

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RETENÇÃO NA CESSÃO DE MÃO DE OBRA

Há retenção nos seguintes serviços quando contratados mediante cessão de mão de obra:

RETENÇÃO – CESSÃO DE MÃO DE OBRA

LISTA DOS SERVIÇOS:

Limpeza, conservação e zeladoria;

Vigilância e segurança;

Construção civil;

Serviços rurais;

Digitação e preparação de dados para processamento;

Acabamento, embalagem e acondicionamento de produtos;

Cobrança;

Coleta e reciclagem de lixo e resíduos;

Copa e hotelaria;

Corte e ligação de serviços públicos;

Distribuição;

Treinamento e ensino;

Entrega de contas e documentos;

Ligação e leitura de medidores;

Manutenção de instalações, de máquinas e de equipamentos;

Montagem;

Operação de máquinas, equipamentos e veículos;

Operação de pedágio e de terminais de transporte;

Operação de transporte de passageiros, inclusive nos casos de concessão e sub-concessão;

Portaria, recepção e ascensorista;

Recepção, triagem e movimentação de materiais;

Promoção de vendas e eventos;

Secretaria e expediente;

Saúde; e

Telefonia, inclusive telemarketing.

DICA DO PROFESSOR: O serviço de telemarketing prestado mediante empreitada de mão de obra não sofre a retenção de 11%. Contudo, ocorre a retenção de 11% quando esse serviço for prestado por meio de cessão de mão de obra.

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RETENÇÃO NA EMPREITADA

Há retenção nos seguintes serviços quando contratados mediante empreitada:

RETENÇÃO – EMPREITADA

LISTA DOS SERVIÇOS:

Limpeza, conservação e zeladoria;

Vigilância e segurança;

Construção civil;

Serviços rurais; e

Digitação e preparação de dados para processamento.

EMPRESAS OPTANTES PELO SIMPLES E COOPERATIVAS DE TRABALHO

As microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional que prestarem serviços mediante cessão de mão de obra ou empreitada não estão sujeitas à retenção de 11% sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços emitido.

→ Como exceção à regra, as empresas optantes pelo Simples Nacional que exerçam as atividades de construção civil, vigilância, limpeza e conservação continuam sujeitas à retenção de 11% (IN RFB nº 971/2009, Art. 191, II).

Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil nº 971/2009, Art. 191, Inciso II (…)

Art. 191. As ME e EPP optantes pelo Simples Nacional que prestarem serviços me-diante cessão de mão-de-obra ou empreitada não estão sujeitas à retenção referida no art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991, sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços emitidos, excetuada: (...)

II – a ME ou a EPP tributada na forma do Anexo IV da Lei Complementar nº 123, de 2006, para os fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2009.

→ Não haverá retenção de 11% sobre o valor bruto da nota fiscal emitida por cooperativa de trabalho. No entanto, a empresa que contrata a cooperativa de trabalho paga contribuição patronal de 15% sobre valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços (Lei nº 8.212/1991, Art. 22, IV).

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Lei nº 8.212/1991, Art. 22, Inciso IV (…)

Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de:

IV – quinze por cento sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.

EMPRESAS BENEFICIADAS PELA DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO

Quando a empresa prestadora de serviço é beneficiada pela desoneração da folha de pagamento prevista nos artigos 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011, a empresa contratante deverá reter 3,5% do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços (Lei nº 12.546/2011, Art. 7º, § 6º e Art. 8º, § 5º).

Lei nº 12.546/2011, Art. 7º, § 6º (...)

§ 6º No caso de contratação de empresas para a execução dos serviços referidos no caput, mediante cessão de mão de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e para fins de elisão da responsabilidade solidária prevista no inciso VI do art. 30 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, a empresa contratante deverá reter 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) do valor bruto da nota fiscal ou da fatura de prestação de serviços.

Lei nº 12.546/2011, Art. 8º, § 5º (...)

§ 5º No caso de contratação de empresas para a execução dos serviços referidos no § 3º, mediante cessão de mão de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, a empresa contratante deverá reter 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços.

Aqui, em vez de 11%, a retenção é de apenas 3,5%, porque a empresa prestadora não recolhe as contribuições previstas nos incisos I e III do Art. 22 da Lei nº 8.212/1991.

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Lei nº 8.212/1991, Art. 22 (...)

Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de:

I – vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avul-sos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetiva-mente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo cole-tivo de trabalho ou sentença normativa. (...)

III – vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qual-quer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços;

5.2. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA

Características da Responsabilidade Solidária:

I – Na responsabilidade solidária, cada um dos devedores solidários responde pela dívida inteira, como se fosse o único devedor;

II – O credor (a União) pode escolher qualquer um deles e compeli-lo a pagar a dívida toda. O credor também pode cobrar de todos solidários ao mesmo tempo;

III – A responsabilidade solidária não comporta o benefício de ordem.

Situações em que há Responsabilidade Solidária:

I – Entre o contratante e o contratado nos serviços de construção civil, quando o contrato não envolva cessão de mão de obra (Lei nº 8.212/1991, Art. 30, VI);

Lei nº 8.212/1991, Art. 30, Inciso VI (...)

VI – o proprietário, o incorporador definido na Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, o dono da obra ou condômino da unidade imobiliária, qualquer que seja a forma de contratação da construção, reforma ou acréscimo, são solidários com o construtor, e estes com a subempreiteira, pelo cumprimento das obrigações para com a Seguridade Social, ressalvado o seu direito regressivo contra o executor ou contratante da obra e admitida a retenção de importância a este devida para ga-rantia do cumprimento dessas obrigações, não se aplicando, em qualquer hipóte-se, o benefício de ordem;

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II – Entre empresas que integram grupo econômico (Lei nº 8.212/1991, Art. 30, IX);

Lei nº 8.212/1991, Art. 30, Inciso IX (...)

IX – as empresas que integram grupo econômico de qualquer natureza respondem entre si, solidariamente, pelas obrigações decorrentes desta Lei; (...)

III – Produtores rurais integrantes de consórcio simplificado (Lei nº 8.212/1991, Art. 25-A, § 3º);

Lei nº 8.212/1991, Art. 25-A, § 3º (...)

§ 3º Os produtores rurais integrantes do consórcio de que trata o caput serão responsáveis solidários em relação às obrigações previdenciárias.

IV – O operador portuário e o OGMO são solidariamente responsáveis pelas contribuições previdenciárias relativamente à requisição de mão de obra de trabalhador avulso (Lei nº 9.719/1998, Art. 2º, § 4º);

Lei nº 9.719/1998, Art. 2º, § 4º (...)

§ 4º O operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra são solidariamente responsáveis pelo pagamento dos encargos trabalhistas, das contribuições previdenciárias e demais obrigações, inclusive acessórias, devidas à Seguridade Social, arrecadadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, vedada a invocação do benefício de ordem.

V – Os administradores de autarquias, fundações públicas, empresas públicas e de sociedades de economia mista, em atraso por mais de 30 dias, no recolhimento das contribuições para a seguridade social, são solidariamente responsáveis pelo seu pagamento (Lei nº 8.212/1991, Art. 42).

Lei nº 8.212/1991, Art. 42 (...)

Art. 42. Os administradores de autarquias e fundações públicas, criadas e mantidas pelo Poder Público, de empresas públicas e de sociedades de economia mista sujeitas ao controle da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, que se encontrarem em mora, por mais de 30 (trinta) dias, no recolhimento das contribuições previstas nesta Lei, tornam-se solidariamente responsáveis pelo respectivo pagamento, ficando ainda sujeitos às proibições do art. 1º e às sanções dos arts. 4º e 7º do Decreto-lei nº 368, de 19 de dezembro de 1968.

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VI – O ato para o qual a lei exige a exibição de Certidão Negativa de Débito (CND) (ou de Cer-tidão Positiva de Débito com Efeitos de Negativa – CPD-EN), quando praticado com violação a esse requisito, acarretará a responsabilidade solidária dos contratantes e do oficial cartorário que lavrar ou registrar o instrumento, sem prejuízo da multa e da responsabilização penal e ad-ministrativa cabíveis, sendo o ato nulo para todos os efeitos (Lei nº 8.212/1991, Art. 48).

Lei nº 8.212/1991, Art. 48 (...)

Art. 48. A prática de ato com inobservância do disposto no artigo anterior, ou o seu registro, acarretará a responsabilidade solidária dos contratantes e do oficial que lavrar ou registrar o instrumento, sendo o ato nulo para todos os efeitos.

Caso detalhado da Construção Civil quanto à cessão de mão-de-obra:

CONSTRUÇÃO CIVIL

CONTRATO RETENÇÃO DE 11% SOLIDARIEDADE

Envolve Cessão de Mão-de-Obra Sim (Obrigatória) Não

Não envolve Cessão de Mão-de-Obra Opcional

Sim Não

Não Sim

Obs.: Não se considera cessão de mão de obra a contratação de construção civil em que a empresa construtora assuma a responsabilidade direta e total pela obra ou repasse o contrato integralmente.

Situações em que não há Responsabilidade Solidária:

I – Nos casos de contratação de serviços por intermédio de cooperativa de trabalho.

II – Nos casos em que haja a previsão legal de retenção de 11% do valor bruto da nota fiscal fatura ou recibo de serviços prestados mediante cessão de mão de obra ou empreitada.

5.3. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

Além da obrigação principal, que diz respeito ao recolhimento das contribuições sociais, a empresa também possui obrigações acessórias, como:

I – Preparar folha de pagamento da remuneração paga, devida ou creditada a todos os segu-rados a seu serviço, devendo manter, em cada estabelecimento, uma via da respectiva folha e recibos de pagamentos;

II – Lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições, o montante das quantias descontadas, as contribui-ções da empresa (contribuições patronais) e os totais recolhidos;

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III – Prestar à RFB todas as informações cadastrais, financeiras e contábeis de seu interesse, na forma por ela estabelecida, bem como os esclarecimentos necessários à fiscalização;

IV – Declarar à RFB e ao Conselho Curador do FGTS, na forma, prazo e condições estabelecidos por esses órgãos, dados relacionados a fatos geradores, base de cálculo e valores devidos da contribuição previdenciária e outras informações de interesse do INSS ou do Conselho Curador do FGTS (os dados dessa obrigação acessória são cumpridos pela empresa com a apresentação da GFIP, que será substituída pelo eSocial);

V – Encaminhar ao sindicato representativo da categoria profissional mais numerosa entre seus empregados, até o dia 10 de cada mês, cópia da GPS relativamente à competência ante-rior;

VI – Afixar cópia da GPS, relativamente à competência anterior, durante o período de um mês, no quadro de horário de que trata o Art. 74 da CLT; e

Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, Art. 74 (...)

Art. 74. O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme modelo expedido pelo Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, e afixado em lugar bem visível. Esse quadro será discriminativo no caso de não ser o horário único para todos os empregados de uma mesma seção ou turma.

VIII – Informar, anualmente, à RFB, na forma por ela estabelecida, o nome, o número de inscrição na previdência social e o endereço completo dos comerciantes ambulantes por ela utilizados no período, a qualquer título, para distribuição ou comercialização de seus produtos, sejam eles de fabricação própria ou de terceiros, sempre que se tratar de empresa que realize vendas diretas (RPS, Art. 225, VII).

Regulamento da Previdência Social, Art. 225, Inciso VII (...)

VII – informar, anualmente, à Secretaria da Receita Federal do Brasil, na forma por ela estabelecida, o nome, o número de inscrição na previdência social e o endereço completo dos segurados de que trata o inciso III do § 15 do art. 9º, por ela utilizados no período, a qualquer título, para distribuição ou comercialização de seus produtos, sejam eles de fabricação própria ou de terceiros, sempre que se tratar de empresa que realize vendas diretas.

GFIP

A declaração dada mediante a Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIP) constitui confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência do crédito tributário, e suas informações comporão a base de dados para fins de cálculo e concessão dos benefícios previdenciários (Lei nº 8.212/1991, Art. 32, § 2º).

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Lei nº 8.212/1991, Art. 32, § 2º (...)

§ 2º A declaração de que trata o inciso IV do caput deste artigo constitui instrumento hábil e suficiente para a exigência do crédito tributário, e suas informações comporão a base de dados para fins de cálculo e concessão dos benefícios previdenciários.

Serão inscritas como dívida ativa da União as contribuições previdenciárias que não te-nham sido recolhidas ou parceladas resultantes das informações prestadas na GFIP (Lei nº 8.212/1991, Art. 39, § 3º).

Lei nº 8.212/1991, Art. 39, § 3º (...)

§ 3º Serão inscritas como dívida ativa da União as contribuições que não tenham sido recolhidas ou parceladas resultantes das informações prestadas no documento a que se refere o inciso IV do art. 32 desta Lei.

FOLHA DE PAGAMENTO

Uma folha de pagamento para cada estabelecimento (filial), obra de construção civil e para cada tomador de serviço.

Requisitos da folha de pagamento:

I – Discriminar o nome dos segurados, indicando cargo, função ou serviço prestado;

II – Agrupar os segurados por categoria, assim entendido: segurado empregado, trabalhador avulso, contribuinte individual;

III – Destacar o nome das seguradas em gozo de salário-maternidade;

IV – Destacar as parcelas integrantes e não integrantes da remuneração e os descontos legais; e

V – Indicar o número de quotas de salário-família atribuídas a cada segurado empregado ou trabalhador avulso.

CONTABILIDADE

Os livros Diário e Razão serão exigidos pela fiscalização após 90 dias da ocorrência do fatos ge-radores das contribuições.

Requisitos da contabilidade:

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I – Regime de competência (regime de competência: o registro do documento ocorre na data do fato gerador, isto é, na data do documento, não importando se houve pagamento ou re-cebimento; regime de caixa: considera o registro dos documentos na data do pagamento, da liquidação ou do recebimento);

II – Registrar, em contas individualizadas, todos os fatos geradores de contribuições previden-ciárias de forma a identificar, clara e precisamente, as rubricas integrantes e não integrantes do salário-de-contribuição, bem como as contribuições descontadas do segurado, as da empresa e os totais recolhidos, por estabelecimento da empresa, por obra de construção civil e por toma-dor de serviços;

III – A empresa deverá manter à disposição da fiscalização os códigos ou abreviaturas que iden-tifiquem as respectivas rubricas utilizadas na escrituração contábil (plano de contas).