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Legislação Aduaneira p/ Receita Federal Disposições Constucionais Jurisdição Aduaneira Controle Aduaneiro de Veículos Professor Arquimedes Júnior www.ricardoalexandre.com.br PDF PDF VÍDEO Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil AULA 00

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Legislação Aduaneira p/Receita Federal

Disposições ConstitucionaisJurisdição Aduaneira

Controle Aduaneiro de Veículos

ProfessorArquimedes Júnior

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Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil

AULA 00

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Legislação Aduaneira p/ Receita FederalAnalista-Tributário da Receita Federal do BrasilAULA 00 | Disposições Constitucionais, Jurisdição Aduaneira e Controle Aduaneiro de VeículosProf. Arquimedes Júnior

Apresentação PessoalOlá, futuros Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil. Tudo bem com

vocês? Primeiramente, vou me apresentar. Meu nome é Arquimedes Júnior, tenho 30anos recém-completados e sou Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil desdenovembro de 2014. Fui aprovado no último concurso.

Quando tomei posse no cargo de Auditor, eu era Analista da Receita desde maiode 2013. Fui aprovado no concurso de Analista em 2012. Já são quase 5 anos deReceita Federal. Atualmente eu em “período de trânsito”. Ainda oficialmente lotado naInspetoria de Pacaraima-RR, fronteira com a Venezuela, mas já saiu minha portaria deremoção para trabalhar no Escritório da Corregedoria da 2ª Região Fiscal (Norte), comsede na cidade de Belém-PA. Minha primeira lotação de Auditor foi na Delegacia deMacapá-AP onde fui chefe da SACAT (Seção de Controle e AcompanhamentoTributário) até ser removido para Pacaraima-RR.

No cargo de Analista, trabalhei na Delegacia de Foz do Iguaçu-PR e na extintaAgência de Afogados da Ingazeira no Sertão do Pajeú do meu Pernambuco.

Antes de ser aprovado nos concursos da Receita Federal, eu era funcionário doBanco do Brasil, onde trabalhei durante 3 anos e 7 meses na cidade de Ipojuca-PE,município onde se localiza a famosa praia de Porto de Galinhas. Também estoucursando o 5º semestre da faculdade de Direito.

Comecei no mundo dos concursos em 2008 quando fiz a prova do concurso daCaixa Econômica Federal. Fui aprovado mas nunca fui convocado. No ano seguinte fuiaprovado e convocado para o Banco do Brasil, não tendo conseguido aprovação noconcurso de ATA daquele mesmo ano. Em 2010 fiz o concurso do TRE-PE, queposteriormente foi anulado, mas eu não passaria se não tivesse sido anulado. kkkkkDei uma parada nos concursos para me dedicar ao BB, pois cogitei a seguir carreira nainstituição. Depois dessa parada, tudo mudou...

Em 2012, quando eu retornei das férias, uma colega de trabalho me informou:“olha, saiu o concurso que você sempre disse que queria fazer: Receita Federal”. Fuiolhar os editais e então vi que as provas de Auditor e Analista seriam no mesmo dia.Tendo em vista que estava um pouco “enferrujado”, optei pelo cargo de Analista poistinha um conteúdo programático menor e o tempo era curto. Falei com o Gerente-Geral da minha agência e pedi para sair de férias novamente no mês seguinte quandoadquiriria novamente esse direito. Expliquei a situação e ele permitiu. Dei todo o gáspossível, mas bem sem esperanças e para a minha surpresa, quando fui conferir ogabarito, vi que estava com um bom número de acertos e que tinha alguma chancede ir para a segunda etapa. Mais uma vez apelei para o meu GG e pedi para trabalhar2 horas a menos por dia para compensar depois da prova. E novamente ele permitiu epassei a trabalhar 6 horas por dia. No final das contas, deu certo, consegui minhaaprovação, chorei igual uma criança quando saiu o resultado, quase mato meu pai docoração ao ligar às 6h da “madrugada” chorando para dizer que tinha sido aprovado.(Isso mesmo. Na semana prevista para sair o resultado, eu acordava super cedo paraver o Diário Oficial). Sabe aquela sensação indescritível de ter conseguido o queparecia impossível para mim? Demorei a acreditar que tinha sido aprovado para umconcurso da Receita Federal. Depois foi só esperar ANSIOSAMENTE a hora de arrumar

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as malas e ir só Deus sabe para onde. Fui para Foz do Iguaçu-PR, uma cidadefantástica que tenho saudades até hoje.

Em Foz dei uma parada nos estudos, aquela relaxada para conhecer a cidade edescansar. Posteriormente, ao saber da notícia que teria um concurso para aAssembleia Legislativa de Pernambuco, retomei os estudos. Era a chance de voltarpara casa. Enquanto eu estudava, aconteceu o que quase ninguém esperava:autorização para o concurso de Auditor! PQP (perdão pela expressão, mas foi só issoque pensei). Poucos dias depois já saiu o edital. PQP de novo!!! A ESAF não ouviufalar que tem até 6 meses para publicar o edital??? A partir daí, foi “tranquilo”: deixeide viver novamente e “simbora” estudar. Mas essa “pressa” para publicar o editaltinha um motivo: era ano de eleição e a Receita tinha interesse em nomear osaprovados no mesmo ano. Diminuiu o edital, provas discursivas no mesmo final desemana das objetivas e seja o que Deus quiser. Passei a ter uma rotina absurdamentefrenética até o dia da prova. Dormia todos os dias às 6h, trabalhava de 13h-19h (Maisuma vez apelei ao chefe. Chefe novo, pedido velho kkkkkk) e todo o tempo restanteera para algum mínimo descanso e estudar até de manhã. E assim foi até o dia daprova.

Como estava morando em Foz do Iguaçu-PR, optei por fazer as provas emCuritiba-PR. Ainda em Curitiba, no dia de voltar para Foz após as provas, o gabaritofoi divulgado. Ao conferir, veio aquela sensação de tristeza e frustração. No geral,tinha ido bem, mas não alcancei o mínimo em 2 disciplinas: Raciocínio Lógico eLegislação Tributária. Faltou 1 questão em cada. Bateu o desânimo, voltei para Foz,curti o “luto” naquele dia e bola pra frente. No dia seguinte, surgiram algumasesperanças de anulação. Muitos professores questionando os gabaritos. Fiz algunsrecursos e só restava aguardar. Nesse período da prova, eu já estava removido paraPernambuco aguardando apenas o dia de ir embora. Orientado por amigos de Foz,peguei as certidões necessárias para o caso de conseguir anulação das questões. Edeu certo. As questões foram anuladas (até mais do que eu precisava), tive umaótima nota na redação e consegui mais essa aprovação. Agora era arrumar as malas eesperar mais uma mudança (Êta vida cigana…). O pessoal lá em casa nem acreditouquando eu falei porque eu já tinha dito não tinha passado e não teria mais chances.Foi uma baita surpresa. kkkkkk

Uma informação sobre minha formação que não falei anteriormente: souformado em Ciências Biológicas. Isso mesmo. Sabe o que isso quer dizer? Se euconsegui superar minhas limitações e aprender as disciplinas dos concursos da ReceitaFederal, você também pode. Não usem a formação acadêmica de vocês como algoimpeditivo. Usem para se estimularem! Superar as dificuldades como eu e muitosoutros colegas fizeram. Vocês não precisam ser formados em Direito, CiênciasContábeis ou Engenharia para serem aprovados!

Saibam que vou fazer todo o possível para vocês terem o melhoraproveitamento possível na nossa disciplina. Darei meu máximo. Espero que vocêsdeem o máximo também. Nenhuma vitória vem sem esforço. Gosto muito de umafrase que desconheço o autor, mas tem tudo a ver com a vida de um concurseiro:“Aquele que não luta pelo futuro que quer, deve aceitar o futuro que vier”.Lutem, corram atrás que a vitória virá. Um grande abraço a todos e contem comigopara essa caminhada! Vamos em frente

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Apresentação do CursoO objetivo desse curso é ser completo sem ser maçante e cansativo. Sem enrolações, sem “encheção de linguiça”, indo direto “na veia” sem prejudicar o aprendizado. Pelo contrário, ao final do curso quero todos afiadíssimos para encarar a ESAF. Resolveremos centenas de questões de concursos anteriores, bem como questões Inéditas criadas por mim, as QPA (Questões do Professor Arquimedes), preferencialmente questões maldosas mas que preparem vocês para as possíveis pegadinhas na hora da prova. Mas tenham calma. Nem só de maldades vive o homem. Teremos questões inéditas para estimular o raciocínio de vocês também. Prometo. :)

A base principal da nossa disciplina é o Regulamento Aduaneiro que é muitoextenso. São mais de 800 artigos. E ainda por cima não é o único ato normativo queestudaremos, pois existem outros que disciplinam a Legislação Aduaneira. Adiantoque é humanamente impossível e também contraproducente estudarmos artigo porartigo. Focaremos no que realmente interessa para as provas. A ideia é “mastigar” oconteúdo para vocês, facilitar a difícil vida do concurseiro que almeja uma vaga numdos concursos mais difíceis e concorridos do país.

Para o edital de Analista de 2012, Legislação Aduaneira estava ali grudadinhacom a Legislação Tributária e foram cobradas 30 questões das 2 disciplinas. 15 decada com peso 2. Ou seja, 30 pontos da sua prova foram de Legislação Aduaneira,12,5%. Fora esse percentual da prova objetiva, é possível que a disciplina tambémseja cobrada na prova discursiva. Como se pode perceber, a importância é enorme.Não só para a prova, mas também para o dia a dia se você for lotado numa fronteiraou num setor de aduana nas demais unidades do país.

Abaixo segue o conteúdo cobrado no último concurso. Não se assustem. Éextenso mas daremos conta do recado:

1. Jurisdição Aduaneira. 1.1. Território Aduaneiro. 1.2. Portos, Aeroportos e Pontos deFronteira Alfandegados. 1.2.1. Alfandegamento. 1.3. Recintos Alfandegados. 1.4.Administração Aduaneira. 2. Controle Aduaneiro de Veículos. 3. Tributos Incidentessobre o Comércio Exterior. 3.1. Regramento Constitucional e Legislação Específica.3.2. Produtos, Bens e Mercadorias. 3.3. Produtos Estrangeiros, Produtos Nacionais,Nacionalizados e Desnacionalizados. 4. Imposto de Importação. 4.1. Sujeitos Ativo ePassivo. 4.2. Incidência. 4.3. Fato Gerador. 4.4. Base de Cálculo. 4.5. Alíquotas. 4.6.Regime de Tributação Simplificada. 4.7. Regime de Tributação Especial. 4.8. Regimede Tributação Unificada. 4.9. Pagamento do Imposto. 4.10. Imunidades do Imposto deImportação e Controle exercido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. 5.Imposto de Exportação. 5.1. Sujeitos Ativo e Passivo. 5.2. Incidência. 5.3. FatoGerador. 5.4. Base de Cálculo. 5.5. Alíquotas. 5.6. Pagamento. 6. Imposto SobreProdutos Industrializados vinculado à Importação. 6.1. Sujeitos Ativo e Passivo. 6.2.Incidência e Fato Gerador. 6.3. Base de Cálculo. 6.4. Imunidades. 7. Contribuição parao PIS/PASEP Importação e COFINS Importação. 7.1. Sujeitos Ativo e Passivo. 7.2.Incidência e Fato Gerador. 7.3. Base de Cálculo. 7.4. Alíquotas. 8. Imposto sobreOperações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços deTransporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação vinculado à Importação.8.1. Sujeitos Ativo e Passivo. 8.2. Fato Gerador. 8.3 Alíquotas. 8.4. Isenções eImunidades. 8.5. Pagamento do Imposto e Controle pela Secretaria da Receita Federal

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do Brasil. 9. Procedimentos Gerais de Importação e de Exportação. 9.1. AtividadesRelacionadas aos Serviços Aduaneiros. 9.2. Despacho Aduaneiro de Importação eDespacho Aduaneiro de Exportação. 9.2.1. Disposições Gerais. 9.2.2. Modalidades.9.2.3. Documentos que os Instruem. 9.2.4. Casos Especiais de Importação e deExportação Previstos na Legislação. 9.3. Espécies de Declaração de Importação e deDeclaração de Exportação. 9.4. Declaração de Importação. 9.5. Conferência eDesembaraço na Importação e na Exportação. 9.6. Cancelamento da Declaração deImportação e da Declaração de Exportação. 9.7. SISCOMEX. 10. Regimes AduaneirosEspeciais e Regimes Aduaneiros aplicados em Áreas Especiais. 10.1. DisposiçõesGerais e Específicas de cada Regime e de cada Área. 11. Bagagem e RegimeAduaneiro de Bagagem no MERCOSUL. 12. Mercadoria Abandonada. 13. MercadoriaAvariada e Extraviada. 13.1. Definição. 13.2. Vistoria Aduaneira. 14. Termo deResponsabilidade. 15. Infrações e Penalidades previstas na Legislação Aduaneira. 16.Pena de Perdimento. 16.1. Natureza Jurídica. 16.2. Hipóteses de Aplicação. 16.3.Limites. 16.4. Processo/Procedimento de Perdimento. 16.5. Processo de Aplicação dePenalidades pelo Transporte Rodoviário de Mercadoria Sujeita a Pena de Perdimento.17. Aplicação de Multas na Importação e na Exportação. 18. Intervenientes nasOperações de Comércio Exterior. 19. Sanções Administrativas a que estão sujeitos osIntervenientes nas Operações de Comércio Exterior e o Processo de sua Aplicação. 20.Procedimentos Especiais de Controle Aduaneiro. 21. Destinação de Mercadorias. 22.Subfaturamento e Retenção de Mercadorias. 23. Legislação Aduaneira aplicável aoMERCOSUL. 24. Disposições Constitucionais Relativas à Administração e Controlesobre Comércio Exterior. 25. SISCOSERV (Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de2011).

Sem mais conversas, vamos ao cronograma do curso e à aula de hoje.

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Cronograma do Curso

Aula Assuntos Abordados Data

00 24. Disposições Constitucionais. 1. Jurisdição Aduaneira. 2.Controle Aduaneiro de Veículos.

Disponível

01 3. Tributos Incidentes sobre o Comércio Exterior. 4. Imposto deImportação - Parte I

13/04

02 4. Imposto de Importação - Parte II 02/05

03 5. Imposto de Exportação. 6. IPI na Importação. 7. PIS/PASEPImportação e COFINS Importação.

22/05

04 8. ICMS na Importação 11/06

05 9. Procedimentos Gerais de Importação e Exportação - Parte I 01/07

06 9. Procedimentos Gerais de Importação e Exportação - Parte II 21/07

07 10. Regimes Aduaneiros Especiais - Parte I 10/08

08 10. Regimes Aduaneiros Especiais - Parte II 30/08

09 10. Regimes Aduaneiros Especiais - Parte III 19/09

10 11. Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul. 12.Mercadoria Abandonada. 13. Mercadoria Avariada e Extraviada 14.Termo de Responsabilidade

09/10

11 15. Infrações e Penalidades. 16. Pena de Perdimento. 17. Aplicaçãode Multas na Importação e na Exportação. 18. Intervenientes nasOperações de Comércio Exterior. 19. Sanções Administrativas aosIntervenientes.

29/10

12 20. Procedimentos Especiais de Controle Aduaneiro. 21. Destinaçãode Mercadorias. 22. Subfaturamento e Retenção de Mercadorias.23. Legislação Aduaneira aplicável ao Mercosul. 9.7. SISCOMEX.25. SISCOSERV.

18/11

13 Simulados 25/11

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IconografiaIremos agora mostrar alguns ícones gráficos que ilustrarão o curso, no sentido deacompanhar o nosso assunto. Esses iconográficos aparecerão sempre parademonstrar as seguintes ideias:

CAI NA PROVA DESPENCA NA PROVA

ESQUEMATIZOU ACORDE

PEGADINHA ESSA CONFUNDE

LISTA DE QUESTÕES COMPLEMENTO DO ALUNO

ATENÇÃO INTERVALO

QUESTÕES COMENTADAS GABARITO

Com isso, desta forma, fica bem mais fácil para você usuário poder acompanhar eentender aquilo que o professor deseja lhe passar. Basta notar alguns desses íconespara saber aquilo que virá em seguida, em seu material.

Boa Leitura!

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Sumário1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................................... 9

2 DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS RELATIVAS À ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE SOBRE COMÉRCIO EXTERIOR ............................................................................................. 9

3 JURISDIÇÃO ADUANEIRA ............................................................................................ 11

3.1 Território Aduaneiro ......................................................................................... 11

3.2 Portos, Aeroportos e Pontos de Fronteira Alfandegados ........................................ 15

3.3 Recintos Alfandegados ..................................................................................... 18

3.4 Alfandegamento .............................................................................................. 20

3.5 Administração Aduaneira .................................................................................. 24

4 CONTROLE ADUANEIRO DE VEÍCULOS ......................................................................... 32

4.1 Normas Gerais ................................................................................................ 32

4.2 Manifesto de Carga .......................................................................................... 38

4.3 Normas Específicas .......................................................................................... 41

4.4 Descarga e Custódia de Mercadorias .................................................................. 42

4.5 Disposições Finais sobre o Controle Aduaneiro de Veículos .................................... 43

5 ANOTAÇÕES .............................................................................................................. 45

6 QUESTÕES COMENTADAS ........................................................................................... 47

7 LISTA DE QUESTÕES .................................................................................................. 56

8 GABARITO ................................................................................................................ 67

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1 Considerações Iniciais

Para um melhor aproveitamento da disciplina, é ESSENCIAL que o alunoacompanhe as aulas pelo Regulamento Aduaneiro, pois além de facilitar oentendimento, muitas questões cobram a literalidade dos seus dispositivos, quemuitas vezes são autoexplicativos. No início de cada aula eu indicarei os artigoscorrespondentes do Regulamento, bem como dos demais atos normativos queporventura tratem do assunto estudado, uma vez que o Direito Aduaneiro é muitoamplo e não está concentrado apenas no Regulamento Aduaneiro. Temos, porexemplo, diversas Instruções Normativas da Receita Federal.

Os assuntos da aula de hoje estão contidos nos artigos 2º a 68 do RegulamentoAduaneiro.

E o que vem a ser o Regulamento Aduaneiro que eu já citei várias vezes? É oDecreto nº 6.759 de 5 de fevereiro de 2009. O Decreto regulamenta aadministração das atividades aduaneiras, e a fiscalização, o controle e atributação das operações de comércio exterior.

O Regulamento Aduaneiro não é uma norma primária. O objetivo de sua edição, foiatualizar, sistematizar e consolidar a legislação já existente e de acordo com a ReceitaFederal, essa consolidação visa “democratizar o acesso do pessoal que trabalha comcomércio exterior à legislação, diante da elevada quantidade de normas legais sobre amatéria, com o objetivo de melhorar a aplicação da legislação aduaneira.”

A fim de simplificar, durante todo o curso irei me referir ao Decreto como RA.

2 Disposições Constitucionais Relativas àAdministração e Controle sobre ComércioExterior

Optei por iniciar nosso curso falando sobre as disposições constitucionais pelo“simples” fato de o ordenamento jurídico brasileiro ter como principal norma aConstituição Federal (CF/88), a quem todas as demais normas devem “obediência”,sob pena de padecerem de inconstitucionalidade. Então nada mais natural do queestudarmos primeiro o que nossa Carta Magna “tem a dizer” sobre o assunto.

A CF/88 pouco trata sobre o comércio exterior. Para ser mais exato, são apenasdois artigos que dispõem sobre o tema: Art. 22 e Art. 237, conforme transcritosabaixo:

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

VII – comércio exterior e interestadual

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Art. 237. A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior,essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, serão exercidospelo Ministério da Fazenda.

Desses dispositivos, temos duas informações importantes:

A União detém a competência para legislar sobre o comércio exterior econsequentemente sobre o Direito Aduaneiro*, que é um ramo autônomo eindependente do Direito Tributário;

A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior são exercidos peloMinistério da Fazenda.

* Sobre o Direito Aduaneiro, de acordo com Caparroz, é justamente o supracitadoinciso VII do Art. 22, que dá a fundamentação constitucional para a sua existência eautonomia, conceituado pelo ilustre autor como o conjunto de normas jurídicasdestinado a regular o comércio exterior brasileiro.

O Direito Aduaneiro possui características, competências e princípios próprios, o quenão faria sentido se este ramo do direito fosse um subsistema do Direito Tributário,por exemplo, como defendido por alguns autores.

# Na maioria dos países, há uma divisão sobre quem “cuida” do comércio exterior edos tributos internos, mas no Brasil ambas as funções são concentradas no Ministérioda Fazenda.

CAI NA PROVA

01. (QPA) A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesados interesses fazendários nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Indústria,Comércio Exterior e Serviços (MDIC), por intermédio da Secretaria de ComércioExterior (SECEX).

Falso. Para responder a essa questão, basta saber a literalidade do Art. 237 da CF/88que determina ser de competência do Ministério da Fazenda a fiscalização e o controlesobre o comércio exterior.

Pronto! Estudamos o item 29 do edital. Vamos agora para o item 1.

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3 Jurisdição Aduaneira

3.1 Território Aduaneiro

Art. 2º O território aduaneiro compreende todo o território nacional.

A jurisdição aduaneira é poder de fiscalizar e controlar as operações decomércio exterior. Quem possui essa Jurisdição é a Receita Federal do Brasil.

O território aduaneiro é dividido em zona primária e zona secundária. Essadivisão se justifica pela intensidade do controle aduaneiro realizado, que é muitomaior em zona primária, pois as regras de controle são bem mais rigorosas.

* Zona Primária:

a) área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados;

b) área terrestre, nos aeroportos alfandegados;

c) área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados.

Essas áreas de zona primária são demarcadas pela autoridade aduaneira local.Para a demarcação, deverá ser ouvido o órgão ou empresa a que esteja afeta aadministração do local a ser alfandegado (Ex: Infraero para alfandegamento deaeroportos estatais).

É possível que a autoridade aduaneira exija que a zona primária, ou parte dela,seja protegida por obstáculos a fim de impedir o acesso indiscriminado de veículos,pessoas ou animais.

A zona primária é o ponto de entrada e saída de mercadorias, veículos e pessoas nopaís.

* Zona Secundária:

A parte restante do território aduaneiro, incluindo as águas territoriais e o espaçoaéreo.

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É possível que a autoridade aduaneira estabeleça, em locais e recintosalfandegados, restrições à entrada de pessoas que ali não exerçam atividadesprofissionais, e a veículos não utilizados em serviço.

# Em aula posterior, falaremos sobre as Zonas de Processamento de Exportações(ZPE). Por agora, só quero que vocês saibam que as ZPEs, para efeito de controleaduaneiro, constituem zona primária.

ESSA CONFUNDE

Professor, ZPE é zona primária? NÃO! ZPE é zona secundária. Apenas paraefeitos de controle aduaneiro, são consideradas zona primária. Ok? Isso pode causarconfusão no candidato num momento tão estressante de uma prova. Mas você nãopode errar. Vamos em frente!

Vamos em frente! Falar um pouquinho das ACI e ZVA. Calma. Não se assustem com asopa de letrinhas não. Vocês vão entender tudo. kkkkkkkkkk

# Áreas de Controle Integrado (ACI) – criação na fronteira entre países-membrosdo Mercosul com o objetivo de concentrar as autoridades fiscais, de imigração,sanitárias e de transporte dos dois países em um único lugar e assim facilitar oprocesso de controle aduaneiro. A ACI poderá estar instalada no Brasil ou no paísvizinho.

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A fiscalização das autoridades dos dois países pode ser simultânea se assim fordefinido. Se não, primeiro é realizada a fiscalização pelas autoridades do país desaída, e depois pelas do país de entrada.

Um questionamento para vocês: existe a possibilidade de um Auditor da ReceitaFederal do Brasil exercer a jurisdição fora do nosso país?

Uma das questões discursivas do concurso de 2014 foi justamente sobre ACI. Epara mim foi muito tranquilo responder porque na época em que fiz a prova eu estavalotado na Delegacia de Foz do Iguaçu-PR, no cargo de ATRFB, e em Ciudad del Este noParaguai existe uma ACI em que trabalham Auditores da Receita Federal e possuemjurisdição aduaneira mesmo fora do Brasil.

Segue abaixo a questão cobrada.

PROVA DISCURSIVA

Em tempos de globalização o comércio internacional adquire importância cada vezmaior no cenário econômico mundial. A administração aduaneira deve se manterconstantemente atualizada no intuito de não se tornar obstáculo desnecessário aocomércio lícito, tampouco em incentivo a práticas ilícitas. Partindo dessa premissa,nos termos da legislação aduaneira, é possível a atuação do Auditor-Fiscal da ReceitaFederal do Brasil além da linha de fronteira terrestre do Brasil? Justifique efundamente sua resposta em um mínimo de 20 (vinte) e em um máximo de 40(quarenta) linhas, a qual deverá abordar, obrigatoriamente, os seguintes tópicos:

a) Definição de território aduaneiro; e

b) Abrangência da jurisdição dos serviços aduaneiros.

ATENÇÃO

É importante salientar que com o exercício da juridição por um Auditor numaACI fora do Brasil, não há expansão do território aduaneiro. Este continua sendoo território nacional. Apenas a jurisdição que se dá fora do nosso país.

# Zonas de Vigilância Aduaneira (ZVA) – Podem ser demarcadas na orla marítimaou na faixa de fronteira para sujeitar a permanência ou circulação de mercadorias,veículos, pessoas ou animais às exigências fiscais, proibições e restrições que foremestabelecidas. O ato de demarcação das ZVAs é do Ministro de Estado da Fazenda.

O ato de demarcação pode ser geral ou específico em relação a determinadossegmentos, pode estabelecer medidas específicas para determinado local, e podetambém ter vigência temporária.

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No caso de demarcação da orla marítima, a demarcação levará em conta a existênciade portos ou ancoradouros naturais, propícios à realização de operações clandestinasde carga e descarga de mercadorias, além de outras circunstâncias de interesse fiscal.

Uma informação importante e que pode dar margem para questões maldosas é emrelação ao Art. 4º § 3º do RA:

§ 3º Compreende-se na zona de vigilância aduaneira a totalidade do Municípioatravessado pela linha de demarcação, ainda que parte dele fique fora da linhademarcada. Isso mesmo. Município. Não caiam em pegadinha que diga que é atotalidade do Estado, como já foi cobrado em prova.

DESPENCA NA PROVA

02. (TTN/1997 - adaptada) A zona primária aduaneira compreende:

a) a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados, incluindo o espaço aéreocorrespondente, a área terrestre ocupada pelos portos alfandegados e a área contíguaaos pontos de fronteira alfandegados.

b) a área terrestre e aquática ocupada pelos portos alfandegados, as ilhas fluviais oulacustres de domínio da União, a área interna dos aeroportos alfandegados e a faixade fronteira demarcada pela União.

c) a área terrestre ou aquática ocupada pelos portos alfandegados, a área descontínuaocupada pelas ilhas marítimas, fluviais ou lacustres, a área terrestre ocupada pelosaeroportos alfandegados e a área adjacente aos pontos de fronteira alfandegados.

d) a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, ocupada pelos portosalfandegados, a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados e a áreaterrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados.

e) as faixas internas e externas ocupadas pelos portos e aeroportos alfandegados,terrestres ou aquáticas, os armazéns alfandegados situados na hinterlândia de portose aeroportos e a área contígua aos pontos de fronteira alfandegados desde quesituada na faixa de fronteira.

Letra D. Lembrem-se. Zona primária: portos alfandegados (área terrestre ouaquática, contínua ou descontínua), aeroportos alfandegados (área terrestre), pontosde fronteira alfandegados (área terrestre). SÓ ISSO! Espaço aéreo é zona secundária.

CAI NA PROVA

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03. (QPA) A zona primária é constituída pelos portos, aeroportos e pontos defronteira.

Falso. É importante que o candidato fique atento pois apenas são zona primária osportos, aeroportos e pontos de fronteira ALFANDEGADOS. A ausência do termo“alfandegados” em questões que versam sobre zona primária é uma pegadinhaconstante nas provas.

04. (ATRFB/2012 - Adaptada) Sobre território aduaneiro, portos, aeroportos epontos de fronteira alfandegados, recintos alfandegados, e administração aduaneira, éincorreto afirmar que compreende-se na Zona de Vigilância Aduaneira a totalidade doEstado atravessado pela linha de demarcação, ainda que parte dele fique fora da áreademarcada.

Verdadeiro. Questão literal. Art. 4º, § 3º do RA.

PEGADINHA

05. (QPA) Com o alfandegamento de uma zona de vigilância aduaneira, é possívelsujeitar a permanência ou circulação de mercadorias, veículos, pessoas ou animais àsexigências fiscais, proibições e restrições.

Falso. Olha a pegadinha!!! ZVA não é área alfandegada. O que ocorre é umademarcação de orla marítima ou faixa de fronteira para um maior controle aduaneiro.Fiquem atentos!!!

3.2 Portos, Aeroportos e Pontos de Fronteira Alfandegados

A competência para o alfandegamento dos portos, aeroportos e pontos defronteira é da Secretaria da Receita Federal e é realizado por ato declaratório daautoridade aduaneira competente. Como houve delegação de competência por partedo Secretário, atualmente cabe aos Superintendentes Regionais o alfandegamento.

ATENÇÃO

É importante vocês saberem que quando uma questão se referir à autoridadeaduaneira nacional, está falando do Secretário da Receita Federal. Se a referência forà autoridade aduaneira regional, está falando dos Superintendentes Regionais da

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Receita Federal. E por último, a autoridade aduaneira local é o titular das Delegacias,Inspetorias e Alfândegas.

O ato declaratório estabelecerá as operações aduaneiras autorizadas e os termos,limites e condições para sua execução. Percebe-se então que pode ocorrerdiferenciação no que diz respeito às operações aduaneiras autorizadas em cada local.

E o que é alfandegar? De acordo com o Art. 2º da Portaria RFB nº3.518/2011, entende-se por alfandegamento a autorização, por parte da Secretaria daReceita Federal do Brasil (RFB), para estacionamento ou trânsito de veículosprocedentes do exterior ou a ele destinados, embarque, desembarque ou trânsito deviajantes procedentes do exterior ou a ele destinados, movimentação, armazenageme submissão a despacho aduaneiro de mercadorias procedentes do exterior, ou a eledestinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial, bens de viajantes procedentes doexterior, ou a ele destinados e remessas postais internacionais, nos locais e recintosonde tais atividades ocorram sob controle aduaneiro

E para que alfandegar? De forma simplificada, com o alfandegamento épossível a entrada ou saída de pessoas, mercadorias e veículos procedentes doexterior ao a ele destinados.

É realizado o alfandegamento dos portos, aeroportos e pontos de fronteira para queneles possam, sob controle aduaneiro:

I – estacionar ou transitar veículos procedentes do exterior ou a ele destinados;

II – ser efetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem demercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas;

III – embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a eledestinados.

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O alfandegamento será precedido da respectiva habilitação ao tráfegointernacional pelas autoridades competentes em matéria de transporte. Quando oprocesso de habilitação for iniciado, a autoridade competente notificará a Secretariada Receita Federal.

A regra é a entrada ou saída de mercadorias procedentes do exterior ou a eledestinadas somente pelos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados. Noentanto, o RA prevê exceções:

I – a importação e exportação de mercadorias conduzidas por linhas de transmissãoou por dutos, ligados ao exterior, observadas as regras de controle estabelecidas pelaSecretaria da receita Federal;

II – os outros casos estabelecidos em ato normativo da Secretaria da Receita federaldo Brasil.

CAI NA PROVA

06. (QPA) O ato declaratório de alfandegamento de portos, aeroportos ou pontos defronteira produz efeitos uniformes quanto às operações aduaneiras autorizadas, nãohavendo diferenciação quanto aos termos, limites e condições para a sua execução.

Falso. É justamente o contrário. O ato que declarar o alfandegamento estabelecerá asoperações aduaneiras autorizadas e os termos, limites e condições para a suaexecução (Art. 7º do RA).

07. (QPA) Somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegadospoderá efetuar-se a entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou aele destinadas.

Falso. Apesar de ser a regra, há exceções previstas no Art. 8º, parágrafo único, I e II.

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3.3 Recintos Alfandegados

Os recintos podem ser alfandegados em zona primária ou secundária, a fim deque neles possam ocorrer, sob controle aduaneiro, movimentação, armazenagem edespacho aduaneiro de:

I – mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regimeaduaneiro especial;

II – bagagem de viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados; e

III – remessas postas internacionais

Em zona primária, poderão ser alfandegados recintos destinados à instalação de lojasfrancas

* Portos Secos:

São recintos alfandegados de uso público aos quais são executadas, sobcontrole aduaneiro, operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneirode mercadorias e bagagens.

E para que serve um porto seco? Imagine uma empresa de importação queesteja localizada numa cidade do interior de Cuiabá e outra que esteja em Recife.Concorda que seria muito mais fácil o importador que esteja em Recife ir até o Portode Suape (PE) acompanhar as operações de importação realizadas por ele? Percebecomo seria trabalhoso/oneroso o cidadão sair lá de Cuiabá para ir em Pernambuco? Acriação dos portos secos visa a interiorização dos procedimentos aduaneiros. Odespacho aduaneiro poderá ser realizado no porto seco de Cuiabá. A mercadoria vaichegar em Suape, de lá partirá para Cuiabá sob controle aduaneiro, sem que oimportador precise se deslocar até Pernambuco. As atividades de controle efiscalização em um porto seco são tão rígidas quanto de um porto alfandegado.

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- O exemplo acima foi de uma operação de importação. No entanto, os portos secospodem ser autorizados a operar com carga de importação, exportação ou ambas;

ATENÇÃO

Os portos secos NÃO podem ser instalados em zona primária de portos eaeroportos alfandegados; No entanto, podem ser instalados em áreas contíguas aospontos de fronteira alfandegados.

É necessário regime de concessão ou permissão para as operações de armazenagem emovimentação de mercadorias sob controle aduaneiro, e também para a prestação deserviços conexos.

- Geralmente: permissão

- Se prestados em porto seco instalado em imóvel pertencente à União: concessãoprecedida da execução de obra pública.

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08. (QPA) Os recintos podem ser alfandegados apenas em zona primária, a fim deque neles possam ocorrer, sob controle aduaneiro, movimentação, armazenagem edespacho aduaneiro de mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas,inclusive sob regime aduaneiro especial; bagagem de viajantes procedentes doexterior ou a ele destinados; e remessas postas internacionais.

Falso. Os recintos podem ser alfandegados tanto em zona primária quanto em zonasecundária (Art. 9º do RA).

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09. (Exame de Despachante Aduaneiro/2014) São locais onde podem serefetuadas a entrada ou a saída de veículos e mercadorias procedentes do exterior oua ele destinadas:

a) quaisquer aeroportos sob controle da Infraero, independentemente de processo dealfandegamento.

b) portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados.

c) recintos alfandegados de zona secundária.

d) Portos Secos.

e) quaisquer pontos de fronteira.

Letra B. Salvo exceções previstas no RA, apenas por portos, aeroportos e pontosde fronteira alfandegados. (Art. 8º RA). Questão bem simples.

10. (QPA) Portos Secos são recintos alfandegados de uso público ou privado.

Falso. Apenas de uso público

11. (QPA) Portos Secos poderão ser autorizados a operar com carga deimportação, exportação ou ambas.

Verdadeiro. Art. 11, §2º do RA.

3.4 Alfandegamento

O alfandegamento de portos, aeroportos e pontos de fronteira somente poderáser efetivado quando atendidas as seguintes condições:

I – depois de atendidas as condições de instalação do órgão de fiscalização aduaneirae de infraestrutura indispensável à segurança fiscal;

II – se atestada a regularidade fiscal do interessado;

III – se houver disponibilidade de recursos humanos e materiais; e

IV – se o interessado assumir a condição de fiel depositário da mercadoria sob suaguarda

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No que couber, essas condições também se aplicam ao alfandegamento derecintos de zona primária e zona secundária.

Nos casos de permissão ou concessão de serviços públicos, o alfandegamentosó poderá ser efetivado somente após a conclusão do devido procedimento licitatóriopelo órgão competente, e o cumprimento das condições fixadas em contrato.

O alfandegamento poderá abranger a totalidade ou parte da área dos portos edos aeroportos e pode ser permanente ou temporário.

# Silos ou tanques localizados em áreas contíguas a porto organizado ou instalaçõesportuárias, ligados a estes por tubulações, esteiras rolantes ou similares, instaladasem caráter permanente poderão ser alfandegados para o armazenamento de produtosa granel. O alfandegamento é subordinado à comprovação do direito de construção ede uso das esteiras rolantes ou similares e ao cumprimento das mesmas condiçõesnecessárias ao alfandegamento dos portos, aeroportos e pontos de fronteira citadasacima.

# Compete à Secretaria da Receita Federal definir os requisitos técnicos eoperacionais para o alfandegamento e nessa definição deverá estabelecer:

I - segregação e proteção física da área do local ou recinto, inclusive entre as áreas dearmazenagem de mercadorias ou bens para exportação, para importação ou pararegime aduaneiro especial;

II - disponibilização de edifícios e instalações, aparelhos de informática, mobiliário emateriais para o exercício de suas atividades e, quando necessário, de outros órgãosou agências da administração pública federal;

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III - disponibilização e manutenção de balanças e outros instrumentos necessários àfiscalização e ao controle aduaneiros;

IV - disponibilização e manutenção de instrumentos e aparelhos de inspeção nãoinvasiva de cargas e veículos, como os aparelhos de raios X ou gama;

V - disponibilização de edifícios e instalações, equipamentos, instrumentos e aparelhosespeciais para a verificação de mercadorias frigorificadas, apresentadas em tanquesou recipientes que não devam ser abertos durante o transporte, produtos químicos,tóxicos e outras mercadorias que exijam cuidados especiais para seu transporte,manipulação ou armazenagem; e

VI - disponibilização de sistemas (cuja utilização deverá ser supervisionada porAuditor-Fiscal e acompanhada por ele por ocasião da realização da conferênciaaduaneira), com acesso remoto pela fiscalização aduaneira, para:

a) vigilância eletrônica do recinto; e

b) registro e controle:

- de acesso de pessoas e veículos; e

- das operações realizadas com mercadorias, inclusive seus estoques

A pessoa jurídica responsável pela administração do local ou recinto alfandegado éobrigada a observas os referidos requisitos técnicos e operacionais.

Considerando as características específicas do local ou recinto, a Secretaria da ReceitaFederal pode dispensar a implementação de algum dos requisitos supracitados.

# Nas cidades fronteiriças, poderão ser alfandegados pontos de fronteira para otráfego local e exclusivo de veículos matriculados nessas cidades => competência daautoridade aduaneira regional, que poderá fixar as restrições que julgarconvenientes.

As autoridades aduaneiras locais com jurisdição sobre as cidades fronteiriças poderãoinstituir, no interesse do controle aduaneiro, cadastros de pessoas que habitualmentecruzam a fronteira.

ESSA CONFUNDE

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Não confundir qual competência é da autoridade local e qual é da autoridade regional.

# Também é possível que ocorra o desalfandegamento quando os requisitos para oalfandegamento são descumpridos ou quando ocorre o vencimento do prazoconcedido. Nesse caso, após a publicação do Ato Declaratório Executivo para odesalfandegamento, o local ou recinto que antes era alfandegado não poderá maisreceber ou transitar mercadorias importadas ou destinadas à exportação. No entanto,os procedimentos pendentes serão concluídos.

CAI NA PROVA

12. (QPA) Para o alfandegamento de aeroportos estatais, não é exigido a ateste deregularidade fiscal do interessado, tendo em vista que a Infraero é uma EmpresaPública Federal, sendo então dispensada essa exigência.

Falso. Não existe no RA a previsão dessa exceção. Mesmo para aeroportos estatais,as condições previstas no Art. 13 do RA devem ser atendidas.

13. (QPA) O alfandegamento poderá abranger a totalidade ou parte da área dosportos e dos aeroportos.

Verdadeiro. Questão literal, simples, direta e bem tranquila. Não faria sentido quetoda a área de um aeroporto fosse alfandegada. Já imaginou alfandegar o banheiro deum aeroporto? Também não tem porque alfandegar a parte de voos domésticos.Fugiria do propósito do alfandegamento.

14. (QPA) Nos casos de permissão ou concessão de serviços públicos, oalfandegamento poderá ser efetivado independentemente da conclusão do devidoprocedimento licitatório pelo órgão competente.

Falso. É necessária a conclusão do devido procedimento licitatório pelo órgãocompetente, e o cumprimento das condições fixadas em contrato.

15. (QPA) Na definição dos requisitos técnicos e operacionais para o alfandegamento,a Secretaria da Receita Federal do Brasil deverá estabelecer a disponibilização deedifícios e instalações, aparelhos de informática, mobiliário e materiais para oexercício de suas atividades e, quando necessário, de outros órgãos ou agências daadministração pública federal.

Verdadeiro. Questão literal, porém decoreba. A definição dos requisitos técnicos eoperacionais para o alfandegamento está prevista no Art. 13-B do RA. Leiam e releiam

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o artigo e tentem “captar a essência” do que está ali disposto. De repente você nãovai lembrar da literalidade mas pela ideia geral da questão você consiga acertar.Lembre-se sempre que a Receita Federal deve ser razoável em suas exigências. Nãovai exigir nada demais nem de menos. O interessado tem que cumprir uma série deexigências para o alfandegamento e no que diz respeito aos requisitos técnicos eoperacionais, tem que disponibilizar uma série de “coisas”.

16. (QPA) Compete à autoridade aduaneira local a faculdade de alfandegar pontos defronteira para o tráfego local e exclusivo de veículos matriculados nas respectivascidades fronteiriças.

Falso. A competência é da autoridade regional

3.5 Administração Aduaneira

O Art. 15 do RA nos traz exatamente o que compreende o exercício daadministração aduaneira e está em total sintonia com o disposto no Art. 237 CF/88que estudamos no início dessa aula. Segue abaixo a transcrição dos referidos artigospara melhor entendimento:

Art. 15. O exercício da administração aduaneira compreende afiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesados interesses fazendários nacionais, em todo o território aduaneiro.

Art. 237. A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior,essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, serão exercidospelo Ministério da Fazenda.

O parágrafo único do Art. 15 nos diz que as atividades de fiscalização de tributosincidentes sobre as operações de comércio exterior serão supervisionadas eexecutadas por Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil.

Quanto à fiscalização aduaneira, ela pode ser ininterrupta, em horáriosdeterminados ou eventual, nos locais e recintos alfandegados. Os horários e condiçõesde realização dos serviços aduaneiros serão determinados pela administraçãoaduaneira. É possível que o atendimento seja realizado fora do expediente normal daunidade aduaneira, mas nesse caso é considerado serviço extraordinário e asdespesas decorrentes dos serviços efetivamente prestados devem ser ressarcidaspelos interessados, na forma estabelecida em ato normativo da Secretaria da RFB.

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* Precedência da Aduana

Um assunto simples mas que causa confusão é sobre a precedência da aduana.Vou tentar ser o mais claro possível com vocês, ok?

Art. 17. Nas áreas de portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintosalfandegados, bem como em outras áreas nas quais se autorize carga oudescarga de mercadorias, ou embarque e desembarque de viajante,procedentes do exterior ou a ele destinados, a autoridade aduaneira temprocedência sobre as demais que ali exerçam suas atribuições.

Porque eu sublinhei a expressão acima? Justamente porque é possível que “tudo isso”que fala o artigo se dê em “outras áreas nas quais se autorize blá blá blá”. Aí vemuma questão:

“Tá certo, professor. Entendi. Mas o que é esse negócio aí de precedência?” Calma,meu jovem Padawan. Explico agora, mas antes vou transcrever o que o RA nos diz,beleza?

§1o A precedência de que trata o caput implica:

I - a obrigação, por parte das demais autoridades, de prestar auxílioimediato, sempre que requisitado pela autoridade aduaneira,disponibilizando pessoas, equipamentos ou instalações necessários àação fiscal; e

II - a competência da autoridade aduaneira, sem prejuízo das atribuiçõesde outras autoridades, para disciplinar a entrada, a permanência, amovimentação e a saída de pessoas, veículos, unidades de carga emercadorias nos locais referidos no caput, no que interessar à FazendaNacional.

Resumindo, que manda é a RFB. Kkkkkk Tô brincando, mas, na prática, as demaisautoridades que ali atuam (Polícia Federal, Anvisa, MAPA, ANP, etc.), devem prestarauxílio imediato sempre que requisitado. E de acordo com o inciso II, também é aautoridade aduaneira que disciplina a entrada, a permanência, a movimentação e asaída de pessoas, veículos unidades de carga e mercadorias nos locais estabelecidosno caput do Art. 17.

PEGADINHA

CUIDADO com questões que falem em precedência da aduana em locais que não osestabelecidos no Art. 17, por mais “tentadoras” que sejam as opções, como porexemplo, terminais rodoviários sem autorização para embarque ou desembarque de

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passageiros vindos do exterior onde encontramos aqueles ônibus cheios de muamba ede vez em quando acontece fiscalização da RFB, ou até a mais tentadora de todas asopções: estabelecimento do importador! Nesses locais, a fiscalização pode e deve,quando necessário, solicitar apoio, mas não há a precedência.

* No que diz respeito à guarda e apresentação de documentos relativos às transaçõesde comércio exterior, prestação de informações, bem como algumas prerrogativas daautoridade aduaneira, leiam os artigos 18 a 25 do RA que transcrevi abaixo, poisbasta a leitura sem maiores explicações, ok? No próprio texto eu grifarei algumasinformações que considero mais importantes.

Art.18. O importador, o exportador ou o adquirente de mercadoriaimportada por sua conta e ordem têm a obrigação de manter, em boaguarda e ordem, os documentos relativos às transações que realizarem,pelo prazo decadencial estabelecido na legislação tributária a que estãosubmetidos, e de apresentá-los à fiscalização aduaneira quando exigidos:

§ 1o Os documentos de que trata o caput compreendem os documentos deinstrução das declarações aduaneiras, a correspondência comercial,incluídos os documentos de negociação e cotação de preços, osinstrumentos de contrato comercial, financeiro e cambial, de transporte eseguro das mercadorias, os registros contábeis e os correspondentesdocumentos fiscais, bem como outros que a Secretaria da Receita Federaldo Brasil venha a exigir em ato normativo

§ 2o Nas hipóteses de incêndio, furto, roubo, extravio ou qualquer outrosinistro que provoque a perda ou deterioração dos documentos a que serefere o caput, deverá ser feita comunicação, por escrito, no prazo dequarenta e oito horas do sinistro, à unidade de fiscalização aduaneira daSecretaria da Receita Federal do Brasil que jurisdicione o domicílio matrizdo sujeito passivo, instruída com os documentos que comprovem oregistro da ocorrência junto à autoridade competente para apurar o fato;

§ 3o No caso de encerramento das atividades da pessoa jurídica, aguarda dos documentos referidos no caput será atribuída à pessoaresponsável pela guarda dos demais documentos fiscais, nos termos dalegislação específica;

§ 4o O descumprimento de obrigação referida no caput implicará o não-reconhecimento de tratamento mais benéfico de natureza tarifária,tributária ou aduaneira eventualmente concedido, com efeitos retroativosà data da ocorrência do fato gerador, caso não sejam apresentadasprovas do regular cumprimento das condições previstas na legislaçãoespecífica para obtê-lo;

§ 5o O disposto no caput aplica-se também ao despachante aduaneiro, aotransportador, ao agente de carga, ao depositário e aos demaisintervenientes em operação de comércio exterior quanto aos documentos

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e registros relativos às transações em que intervierem, na forma e nosprazos estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil;

Art. 19. As pessoas físicas ou jurídicas exibirão aos Auditores-Fiscais daReceita Federal do Brasil, sempre que exigidos, as mercadorias, livrosdas escritas fiscal e geral, documentos mantidos em arquivos magnéticosou assemelhados, e todos os documentos, em uso ou já arquivados, queforem julgados necessários à fiscalização, e lhes franquearão os seusestabelecimentos, depósitos e dependências, bem assim veículos, cofrese outros móveis, a qualquer hora do dia, ou da noite, se à noite osestabelecimentos estiverem funcionando.

§ 1o As pessoas físicas ou jurídicas, usuárias de sistema deprocessamento de dados, deverão manter documentação técnicacompleta e atualizada do sistema, suficiente para possibilitar a suaauditoria, facultada a manutenção em meio magnético, sem prejuízo dasua emissão gráfica, quando solicitada;

§ 2o As pessoas jurídicas que utilizarem sistemas de processamentoeletrônico de dados para registrar negócios e atividades econômicas oufinanceiras, escriturar livros ou elaborar documentos de natureza contábilou fiscal ficam obrigadas a manter, à disposição da Secretaria da ReceitaFederal do Brasil, os respectivos arquivos digitais e sistemas, pelo prazodecadencial previsto na legislação tributária;

§ 3o Na hipótese a que se refere o § 2o, a Secretaria da Receita Federaldo Brasil:

I - poderá estabelecer prazo inferior ao ali previsto, que poderá serdiferenciado segundo o porte da pessoa jurídica; e

II - expedirá ou designará a autoridade competente para expedir os atosnecessários ao estabelecimento da forma e do prazo em que os arquivosdigitais e sistemas deverão ser apresentados;

Art. 20. Os documentos instrutivos de declaração aduaneira ounecessários ao controle aduaneiro podem ser emitidos, transmitidose recepcionados eletronicamente, na forma e nos prazosestabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil;

§ 1o A outorga de poderes a representante legal, inclusive quandoresidente no Brasil, para emitir e firmar os documentos referidos nocaput, também pode ser realizada por documento emitido e assinadoeletronicamente;

§ 2o Os documentos eletrônicos referidos no caput são válidos para osefeitos fiscais e de controle aduaneiro, observado o disposto na legislaçãosobre certificação digital e atendidos os requisitos estabelecidos pelaSecretaria da Receita Federal do Brasil;

Art. 21. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicaçãoquaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito

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de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéisde efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes, industriais ouprodutores, ou da obrigação destes de exibi-los;

Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal eos comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservadosaté que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes dasoperações a que se refiram;

Art. 22. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar àautoridade fiscal todas as informações de que disponham comrelação aos bens, negócios ou atividades de terceiros:

I - os tabeliães, os escrivães e demais serventuários de ofício;

II - os bancos, as casas bancárias, as caixas econômicas e demaisinstituições financeiras;

III - as empresas de administração de bens;

IV - os corretores, os leiloeiros e os despachantes oficiais;

V - os inventariantes;

VI - os síndicos, os comissários e os liquidatários; e

VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razãode seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

Parágrafo único. A obrigação prevista no caput não abrange aprestação de informações quanto a fatos sobre os quais oinformante esteja legalmente obrigado a observar segredo emrazão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão,nos termos da legislação específica .

Art. 23. A autoridade aduaneira que proceder ou presidir a qualquerprocedimento fiscal lavrará os termos necessários para que sedocumente o início do procedimento, na forma da legislação aplicável,que fixará prazo máximo para a sua conclusão

§ 1o Os termos a que se refere o caput serão lavrados, sempre quepossível, em um dos livros fiscais exibidos pela pessoa sujeita àfiscalização;

§ 2o Quando os termos forem lavrados em separado, deles se entregará, àpessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela autoridade aduaneira

Art. 24. No exercício de suas atribuições, a autoridade aduaneira terálivre acesso:

I - a quaisquer dependências do porto e às embarcações, atracadas ounão; e

II - aos locais onde se encontrem mercadorias procedentes do exteriorou a ele destinadas.

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Parágrafo único. Para o desempenho das atribuições referidas no caput, aautoridade aduaneira poderá requisitar papéis, livros e outrosdocumentos, bem como o apoio de força pública federal, estadual oumunicipal, quando julgar necessário.

Art. 25. A estrutura, competência, denominação, sede e jurisdição dasunidades da Secretaria da Receita Federal do Brasil que desempenhamas atividades aduaneiras serão reguladas em ato do Ministro de Estadoda Fazenda.

ESQUEMATIZOU

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CAI NA PROVA

17. (QPA) Enquanto o controle aduaneiro nos locais e recintos alfandegados pode serininterrupto, em horários determinados ou eventual, a fiscalização aduaneira épermanente.

Falso. É exatamente o contrário. A fiscalização pode ser ininterrupta, em horáriosdeterminados ou eventual. No entanto, o controle ocorre durante todo o tempo, 24horas por dia.

18. (QPA) A precedência da aduana se dá apenas nas áreas dos portos, aeroportos,pontos de fronteira e recintos alfandegados.

Falso. Justamente porque pode ser autorizadas as supracitadas “atividades” emoutros locais. Então a precedência “acompanha” essa autorização.

Além do mais, também existe essa precedência nas zonas de vigilância aduaneira(ZVA).

19. (QPA) Após a apresentação à unidade de despacho da Receita Federal dosdocumentos relativos às transações que realizarem, o importador, o exportador ou oadquirente de mercadoria importada por conta e ordem não mais necessitam guardaros referidos documentos, uma vez que já foram conferidos e fiscalizados pelaautoridade aduaneira.

Falso. É obrigatório manter em boa guarda e ordem os referidos documentos peloprazo decadencial estabelecido na legislação tributária a que estão submetidos paraque apresentem à fiscalização aduaneira quando exigidos. Art. 18 RA.

20. (QPA) Não existe prazo máximo nem forma estabelecida para que sejacomunicada à Receita Federal a ocorrência de incêndio, furto, roubo, extravio ouqualquer outro sinistro que provoque a perda ou deterioração dos documentosrelativos às operações de comércio exterior realizadas por importadores, exportadoresou adquirentes de mercadorias importadas por sua conta e ordem.

Falso. A comunicação deve ser feita por escrito no prazo de quarenta e oito horas etem que ser instruída com os documentos que comprovem o registro da ocorrênciajunto à autoridade competente para apurar o fato.

21. (QPA) As pessoas físicas ou jurídicas, usuárias de sistema de processamento dedados, deverão manter documentação técnica completa e atualizada do sistema,

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suficiente para possibilitar a sua auditoria, facultada a manutenção em meiomagnético, sem prejuízo da sua emissão gráfica, quando solicitada.

Verdadeiro. Questão literal. Art. 19 § 1º do RA. Atente para questões que afirmemser obrigatória a manutenção em meio magnético.

22. (QPA) Os documentos instrutivos de declaração aduaneira ou necessários aocontrole aduaneiro podem ser emitidos eletronicamente. No entanto, ainda não háessa previsão para a transmissão e recepção, que continua sendo realizadafisicamente com documentos impressos.

Falso. Tanto a emissão quanto a transmissão e recepção pode, ser feitaseletronicamente, conforme previsão do Art. 20 do RA.

23. (QPA) O Art. 22 do RA prevê uma série de pessoas que, mediante intimaçãoescrita, devem prestar à autoridade fiscal todas as informações de que disponhamcom relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros. A obrigação prevista nocitado artigo abrange inclusive a prestação de informações quanto a fatos sobre osquais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão do cargo,ofício, função, ministério atividade ou profissão, pois a Receita Federal detém ajurisdição aduaneira no país e a previsão legal para a prestação das informações sesobrepõe ao dever do sigilo, tendo em vista o interesse público da fiscalização.

Falso. A parte que diversas pessoas têm a obrigação de prestar informações éverdadeira. No entanto, o parágrafo único do Art. 22 é claro ao ressalvar os casos emque há obrigação a manter segredo em razão do cargo, ofício, função, ministérioatividade ou profissão, nos termos da legislação específica.

24. (QPA) No exercício de suas atribuições, a autoridade aduaneira poderá requisitaro apoio de força pública federal, estadual ou municipal, quando julgar necessário.

Verdadeiro. Previsão contida no Art. 24, parágrafo único do RA.

INTERVALO

Vamos dar uma pausa? Vá tomar um cafezinho, comer alguma “gordice” e já já voltepara continuarmos.

E aí? Prontos para continuarmos? “Simbora”. Demore muito não que a concorrência táestudando.

Vamos agora para o item 2 do nosso edital.

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4 Controle Aduaneiro de Veículos

4.1 Normas Gerais

A entrada ou a saída de veículos procedentes do exterior ou a ele destinados sópoderá ocorrer em porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado. O controleaduaneiro exercido pela RFB se dá desde a entrada do veículo no território brasileiroaté a efetiva saída e se estende a todos os bens possivelmente existentes no seuinterior, como mercadorias e bagagens de viajantes. Nada foge ao controle da RFB.

Mesmo com essa exigência de entrada/saída por locais alfandegados, é possívelque a autoridade aduaneira jurisdicionante autorize, em casos justificados, que sedê por locais não alfandegados. No entanto, o controle citado acima ocorrerá damesma forma. Apenas, em situações excepcionais, há a referida autorização, mas issonão implica que não haverá o controle aduaneiro.

* Vedações ao condutor do veículo procedente do exterior ou a ele destinado

I – estacionar ou efetuar operações de carga ou descarga de mercadoria, inclusivetransbordo, fora do local habilitado;

II – trafegar no território aduaneiro em situação ilegal quanto às normas reguladorasdo transporte internacional correspondente à sua espécie;

III – desviá-lo da rota estabelecida pela autoridade aduaneira, sem motivo justificado.

# Existe outra vedação ao condutor que diz respeito à aproximação entre doisveículos, sendo um deles procedente do exterior ou a ele destinado, de modo a tornarpossível o transbordo de pessoa ou mercadoria, sem observância das normas decontrole aduaneiro.

Perceba que as hipóteses anteriormente citadas de vedação dizem respeito ao veículo“sozinho”: operações fora do local habilitado, tráfego em situação ilegal e desvio derota. A vedação que estamos falando agora é em relação à aproximação de veículos,não mais um veículo “sozinho”. E tudo isso é para evitar o transbordo entre veículos.No entanto, há exceções previstas para essa proibição. São as seguintes:

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I – veículos de guerra, salvo se utilizados no transporte internacional;

II – veículos das repartições públicas, em serviço;

III – autorizados para utilização em operações portuárias ou aeroportuárias,inclusive de transporte de passageiros e tripulantes; e

IV – que estejam prestando ou recebendo socorro.

ATENÇÃO

PRESTEM BASTANTE ATENÇÃO A ESSAS EXCEÇÕES!!! Não pode encostar ali dolado para bater um papo um tanque de guerra vendendo fralda venezuelana nem umaambulância lotada de aparelhos eletrônicos ou uma viatura policial a passeio. Seliguem!

Vamos em frente!

O ingresso nesses veículos sob controle aduaneiro somente será permitido aostripulantes e passageiros, às pessoas em serviço (devidamente identificadas) e àspessoas expressamente autorizada pela autoridade aduaneira.

Quando conveniente aos interesses da Fazenda Nacional, poderá serdeterminado, pela autoridade aduaneira, o acompanhamento fiscal de veículo peloterritório aduaneiro. Imagine um veículo entrando pela cidade de Pacaraima-RR comdestino a Boa Vista-RR e que a autoridade aduaneira entenda que seja necessário oreferido acompanhamento. Os fiscais de Pacas City pegarão a viatura e seguirão até olocal de destino do veículo lá em Boa Vista para de certificarem que o veículo vaichegar ao destino informado para a carga importada, por exemplo.

* Prestação de Informações pelo Transportador

Deve prestar a Secretaria da RFB, na forma e no prazo por elaestabelecidos, as informações sobre as cargas transportadas, bem como sobre achegada de veículo procedente do exterior ou a ele destinado. Se for o caso, devecomunicar a existência de mercadorias ou pequenos volumes de fácil extravio noveículo.

A RFB editou instruções normativas para disciplinar a prestação de informaçõespara as diferentes vias de chegada: aérea, terrestre e marítima. Mesmo que nãotenhamos estudado ainda, só quero que vocês saibam que as informações serãoprestadas através de sistemas que compõe o SISCOMEX – Sistema Integrado de

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Comércio Exterior: MANTRA para via aérea e terrestre e SISCOMEX Carga para viamarítima. Tá bom! Depois estudaremos esses sistemas. Sem pressa.

Também devem prestar informações sobre as operações que executem e asrespectivas cargas: os agentes de carga e os operadores portuários.

E quem seriam esses agentes de carga? Qualquer pessoa que, em nome doimportador ou do exportador, contrate o transporte de mercadoria, consolide oudesconsolide cargas e preste serviços conexos.

Após a prestação das informações e a efetiva chegada do veículo ao país, será emitidoo respectivo termo de entrada.

As operações de carga, descarga ou transbordo em embarcações procedentes doexterior somente poderão ser executadas após a prestação das informações citadasacima.

As empresas de transporte internacional que operem em linha irregular, por via aéreaou marítima, deverão prestar informações sobre tripulantes e passageiros. Essadeterminação também poderá ser estendida a outras vias de transporte.

* Busca em Veículos

As buscas podem ser realizadas em qualquer veículo para prevenir e reprimir aocorrência de infração à legislação aduaneira, mesmo antes da prestação dasinformações que falamos no tópico anterior. Mas não é só chegar e fazer a buscaporque você é autoridade da RFB não. Existem regras a serem cumpridas. As buscasserão precedidas de comunicação, verbal ou por escrito, ao responsável pelo veículo.

Nos casos em que o transportador comunicou a existência de mercadorias oupequenos volumes de fácil extravio no veículo, a autoridade aduaneira poderádeterminar a colocação de lacres nos compartimentos em que os referidos itensestejam contidos. Além dos lacres, é possível adotar outras medidas de controle fiscal.

Se por acaso houver indícios de falsa declaração de conteúdo, a autoridade aduaneirapoderá determinar a descarga do volume ou da unidade de carga, para a devidaverificação, lavrando-se termo.

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* Controle dos Sobressalentes e das Provisões de Bordo

A quantidade e qualidade dessas mercadorias devem corresponder àsnecessidades do serviço de manutenção do veículo (sobressalentes) e de uso ouconsumo de sua tripulação e dos passageiros (provisões de bordo). Durante apermanência do veículo em zona primária, as mercadorias que não forem necessáriaspara os fins indicados, serão depositadas em compartimento fechado, o qual sópoderá ser aberto na presença da autoridade aduaneira ou após a saída do veículo dolocal. Esse compartimentos podem ser lacrados por determinação da autoridadeaduaneira, bem como também é possível a adoção de outras medidas de controlefiscal. Em contrapartida, se o período de permanência do veículo em zona primária forcurto, a autoridade aduaneira poderá dispensar o depósito das mercadorias emcompartimento fechado.

Entenderam? Em resumo: veículo tá lá paradão na ZP e os sobressalentes e provisõesde bordo não serão utilizados. Guarda tudo num compartimento fechado e, se fordeterminado, mete o lacre. Ah! Mas vai passar pouco tempo lá parado. Aí o auditorpode dizer: deixa pra lá. Precisa guardar nada não! Tá tranquilo. Tá favorável! ;)

Tem mais uma coisa sobre esse assunto que é bem interessante. Nesses veículosutilizados em transporte internacional, foi previsto que a RFB disciplinará ofuncionamento de lojas, bares e instalações semelhantes porventura ali existentespara poder impedir a venda de produtos em desconformidade com o que diz alegislação aduaneira. Não pode vender muamba lá dentro “a torto e a direito”. Temdiretoria, rapá.

Também é possível a colocação de lacres e a adoção de outras medidas de controlefiscal

* Unidades de Carga

Em primeiro lugar, o que são unidades de carga? Para efeitos de aplicação dalegislação aduaneira, são quaisquer equipamentos adequados à unitização demercadorias a serem transportadas, sujeitas a movimentação de forma indivisível.Isso é o que diz o nosso querido RA. Posso ir em frente? Entenderam tudo? Uniti oque, professor? Kkkkkkk

Tudo bem. Vou “traduzir”. Unitizar as cargas é o mesmo que agrupá-las em volumes,o que facilita demais o manuseio, a movimentação, a armazenagem e o transporte dacarga. Quer um exemplo de unidade de carga? Os famosos contêineres. Joga tudo ládentro e pronto. Unitizou o negócio. kkkkkkk

No Brasil é livre a entrada e saída de unidades de carga e seus acessórios eequipamentos, de qualquer nacionalidade, bem como a sua utilização no transportedoméstico. A essas unidades de carga aplicam-se automaticamente o regime deadmissão temporária ou de exportação temporária (estudaremos posteriormenteesses regimes, mas só para resumir, em cada caso os bens entrarão ou sairão do país

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com suspensão dos tributos condicionada à posterior saída ou retornorespectivamente. Deu para entender? Vou usar um exemplo que acontece diariamenteem Pacaraima-RR. Com a suspensão da Venezuela do Mercosul, os venezuelanos queentram no Brasil precisam dar uma passadinha pela Inspetoria da RFB e solicitarem aconcessão do regime de admissão temporária para os seus veículos. Nós autorizamose fixamos o prazo de retorno para a Venezuela. Assim os veículos entram no Brasilcom suspensão dos tributos com a condição que têm que voltar para a Venezuela noprazo estabelecido. Ok? Assim que você for aprovado no concurso e tomar posse emPacaraima, saiba que essa será uma de suas atribuições. :)

* Identificação de Volumes no Transporte de Passageiros

No caso de viagem internacional ou que transite por ZVA, é obrigatória aidentificação dos volumes (e seus respectivos proprietários) transportados comobagagem em compartimento isolado. Se o transporte for terrestre, também deve-seidentificar os volumes que estejam com os passageiros no interior do veículo.

As mercadorias que estejam no compartimento comum de bagagem ou de carga doveículo, que não constituam bagagem identificada dos passageiros, devem estaracompanhadas do respectivo conhecimento de transporte. E o que vem a ser esseconhecimento de transporte? É o documento que atesta a propriedade da mercadoriae é emitido pelo transportador. É utilizado em todos os tipos de transporte.

De acordo com a Receita Federal, conhecimento de carga, também conhecidocomo conhecimento de transporte emitido pelo transportador, define a contratação daoperação de transporte internacional, comprova o recebimento da mercadoria naorigem e a obrigação de entregá-la no lugar de destino, constitui prova de posse oupropriedade da mercadoria e é um documento que ampara a mercadoria e descreve aoperação de transporte.

O conhecimento de carga recebe denominações específicas em função da via detransporte: CRT (Rodoviário), TIF (Ferroviário), BL (Marítimo) ou AWB (Aéreo).

#Para efeitos fiscais, presume-se que as mercadorias transportadas sem aidentificação dos respectivos proprietários são de propriedade do transportador.

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CAI NA PROVA

25. (QPA) A entrada ou saída de veículos procedentes do exterior ou a ele destinadossó poderá ocorrer em porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado, nãohavendo previsão expressa de situações que justifiquem a entrada por locais nãoalfandegados.

Falso. Há sim a previsão de entrada por locais não alfandegados em casosjustificados.

26. (QPA) É proibido ao condutor de veículo procedente do exterior ou a eledestinado estacionar ou efetuar operações de carga ou descarga de mercadoria,inclusive transbordo, fora do local habilitado.

Verdadeiro. Questão literal. Art. 27, I do RA.

27. (QPA) Mesmo que não estejam prestando socorro, é permitido que ambulânciasestejam nas proximidades de veículo procedente do exterior ou a ele destinado, tendoem vista que são veículos utilizados estritamente para situações de emergênciasmédica, sem relação alguma com atividades comerciais de mercadorias estrangeiras.

Falso. Apenas ambulâncias que estejam prestando socorro podem estar nasproximidades de veículo procedente do exterior ou a ele destinado.

28. (QPA) Os agentes de carga e os operadores portuários estão dispensados deprestar informações sobre as operações que executem, sendo a referida exigênciaprevista apenas para os transportadores.

Falso. Também há expressa previsão para prestação de informações pelos agentes decargas e operadores portuários sobre as operações que executem e as respectivascargas. Art. 32 §2º.

29. (QPA) Mesmo antes da prestação de informações pelo transportador, a fim deprevenir e reprimir a ocorrência de infração à legislação aduaneira, podem serrealizadas buscas em qualquer veículo.

Verdadeiro. Exatamente isso. Não tem isso de esperar informações não. Basta acomunicação verbal ou por escrito ao responsável pelo veículo.

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4.2 Manifesto de Carga

O que é manifesto de carga? Em resumo, é um relatório das mercadorias queestão entrando no país.

Independentemente de qual seja a via de transporte, a mercadoria procedentedo exterior será registrada em manifesto de carga ou em outras declarações de efeitoequivalente. O responsável pelo veículo apresentará à autoridade aduaneira omanifesto de carga, com cópia dos conhecimentos correspondentes, e a lista desobressalentes e provisões de bordo. Em complemento aos referidos documentos, sefor o caso, o responsável pelo veículo apresentará: relação das unidades de cargavazias existentes a bordo, declaração de acréscimo de volume ou mercadoria emrelação ao manifesto e outras declarações ou documentos de seu interesse.

# O conhecimento de carga deverá identificar a unidade de carga em que amercadoria por ele amparada esteja contida.

# O número de manifestos deverá ser igual ao número de locais, no exterior, ondetiver recebido carga. Ausência de manifesto ou de declaração de efeito equivalentepara algum ponto de escala no exterior indica declaração negativa de carga.

O manifesto deve conter diversas informações e o Art. 44 do RA lista quais são:

Art. 44. O manifesto de carga conterá:

I - a identificação do veículo e sua nacionalidade;

II - o local de embarque e o de destino das cargas;

III - o número de cada conhecimento;

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IV - a quantidade, a espécie, as marcas, o número e o peso dosvolumes;

V - a natureza das mercadorias;

VI - o consignatário de cada partida;

VII - a data do seu encerramento; e

VIII - o nome e a assinatura do responsável pelo veículo.

É possível que eventualmente sejam embarcadas cargas após o encerramentodo manifesto. Nesse caso, essas cargas serão incluídas em manifesto complementarque deverá ter as mesmas informações listadas no Art. 44 do RA.

Correções no conhecimento de carga deverão ser feitas por carta de correçãodirigida pelo emitente do conhecimento à autoridade aduaneira do local de descarga.Para efeitos fiscais, se a carta de correção for aceita, implicará correção do manifesto.A carta deverá estar acompanhada do conhecimento objeto da correção e serapresentada antes do início do despacho aduaneiro.

A critério da autoridade aduaneira, carta de correção apresentada após o início dodespacho aduaneiro, até o desembaraço da mercadoria, poderá ainda ser apreciada enão implica denúncia espontânea.

Pode ser que ocorra divergência entre o manifesto e o conhecimento. Nessecaso, prevalece o que estiver contido no conhecimento, podendo o manifesto sercorrigido de ofício.

Se objeto de conhecimento regularmente emitido, a omissão de volume emmanifesto de carga poderá ser suprida mediante a apresentação da mercadoria sobdeclaração escrita do responsável pelo veículo, anteriormente ao conhecimento dairregularidade pela autoridade aduaneira.

Para efeitos fiscais, não serão consideradas, no manifesto, ressalvas que visema excluir a responsabilidade do transportador por extravios ou acréscimos.

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É obrigatória a assinatura do emitente nas averbações, nas ressalvas, nas emendasou nas entrelinhas lançadas nos conhecimentos ou manifestos.

A competência para autorizar descarga de mercadoria em local diverso doindicado no manifesto é da autoridade de destino, que comunicará o fato à unidadecom jurisdição sobre o local para onde a mercadoria estava manifestada.

Está prevista no RA a conferência final do manifesto para apuração daresponsabilidade por eventuais diferenças quanto a extravio ou a acréscimo demercadoria.

Uma última informação sobre o manifesto de carga: a Secretaria da RFB poderáestabelecer normas sobre a tradução do manifesto de carga e de outras declaraçõesde efeito equivalente, escritos em idiomas estrangeiros.

CAI NA PROVA

30. (QPA) Independentemente do número de locais, no exterior, onde tenha recebidocarga, é suficiente a apresentação de um único manifesto que consolide asinformações sobre todas as cargas.

Falso. Para cada local no exterior onde tenha recebido carga, é necessário ummanifesto diferente.

31. (QPA) No caso de embarque de cargas após o encerramento do manifesto, énecessário que as informações sobre essas cargas sejam incluídas em um manifestocomplementar que deve possuir todas as informações exigidas pelo RegulamentoAduaneiro para os manifestos de carga.

Verdadeiro. Conforme previsão expressa no Art. 45 do RA.

32. (QPA) Mesmo que a autoridade aduaneira aprecie carta de correção deconhecimento de carga apresentada após o início do despacho aduaneiro, talapresentação implica denúncia espontânea.

Falso. NÃO implica denúncia espontânea. Fiquem atentos aos detalhes.

33. (QPA) Não é possível a apresentação de carta de correção de conhecimento decarga após o início do despacho aduaneiro.

Falso. A critério da autoridade aduaneira, carta de correção apresentada após o iníciodo despacho aduaneiro, até o desembaraço da mercadoria, poderá ainda serapreciada e não indica denúncia espontânea.

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4.3 Normas Específicas

* Veículos Marítimos

Os transportadores, bem como os agentes autorizados de embarcaçõesprocedentes do exterior, deverão informar à autoridade aduaneira dos portos deatracação a hora estimada de sua chegada, procedência, destino e quantidade depassageiros (se houver).

Além dos documentos que estudamos no tópico “manifesto de carga”, oresponsável pelo veículo deverá apresentar as declarações de bagagens dos viajantes(se exigidas pelas normas específicas), e a lista dos pertences da tripulação (bens eobjetos de uso pessoal).

Depois que o veículo entrar no primeiro porto, para poder entrar nos portosseguintes, será exigido o passe de saída do porto da escala anterior.

* Veículos Aéreos

Os agentes ou os representantes de empresas de transporte aéreo deverãoinformar à autoridade aduaneira do aeroporto os horários previstos para a chegada deaeronaves procedentes do exterior.

A identificação dos volumes transportados por via aérea será feita por etiquetaprópria que conterá:

- nome da empresa transportadora;

- número do conhecimento de carga aéreo;

- quantidade e numeração dos volumes;

- aeroporto de procedência e de destino;

- nome do consignatário

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# No caso de pouso de emergência de aeronaves procedentes do exterior, fora deaeroporto alfandegado, o controle aduaneiro será realizado pela autoridade comjurisdição sobre o local de aterrissagem. Enquanto as formalidades de desembarque edescarga não estiverem satisfeitas ou o voo tenha prosseguimento, a bagagem dosviajantes e a carga ficarão sob a responsabilidade da empresa transportadora.

# As exigências estudadas nesse tópico também se aplicam, no que couber, àsaeronaves de aviação geral ou não engajadas em serviço aéreo regular. Osresponsáveis pelos aeroportos deverão comunicas a chegada dessas aeronaves àautoridade aduaneira jurisdicionante.

Quando eu estava lotado na cidade de Macapá-AP, fazíamos um revesamento emduplas para ficarmos de sobreaviso aguardando a chegada dessas aeronaves. Duranteos 7 dias que cada dupla ficava no sobreaviso, dormíamos com o telefone ligado parao caso de uma aeronave chegar. Aí íamos para o aeroporto, fazíamos a fiscalização eliberávamos a aeronave.

* Veículos Terrestres

Muitas vezes, a fiscalização das mercadorias procedentes do exterior ocorre emdeterminado local alfandegado, mas seu destino é o interior do território aduaneiro eserão conduzidas no mesmo veículo até lá. Nesses casos, o RA prevê que, sempre quepossível, a conferência aduaneira seja feita sem descarga. Essa previsão também seaplica às mercadorias destinadas ao exterior por via terrestre.

Existe uma previsão no RA para os casos em que não seja possível o trasporteem um único veículo de toda a mercadoria de uma só importação. É então permitido ofracionamento em lotes, e cada veículo deve apresentar seu próprio manifesto e oconhecimento de carga total da partida. A partir do segundo lote, o conhecimentoserá apresentado por cópia para cada um dos veículos, com averbação da quantidadede volumes ou de mercadorias de cada um dos lotes. Cada manifesto será conferidoseparadamente, mas sem prejuízo da apuração final. Os lotes subsequentes aoprimeiro devem entrar no país dentro de trinta dias contados do início do despacho deimportação. Em casos justificados, é possível que seja estabelecido prazo maior.

Se o prazo estabelecido for descumprido, será necessário refazer o cálculo dostributos correspondentes aos lotes seguintes e esse cálculo tomará por base alegislação vigente à data da efetiva entrada.

De acordo com o Art. 62 do RA, é possível que a Secretaria da RFB estabeleçaprocedimentos de controle aduaneiro para o tráfego de veículos nas localidadesfronteiriças do Brasil com outros países.

4.4 Descarga e Custódia de Mercadorias

O transportador (ou seu representante) e o depositário devem registrar amercadoria descarregada de veículo procedente do exterior.

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Pode ser que algum volume, ao ser descarregado, apresente-se quebrado, comdiferença de peso, com indícios de violação ou com qualquer modo de avaria. Nessescasos, deverá ser consertado e pesado e o depositário deve fazer a devida anotaçãono registro de descarga.

É possível que a autoridade aduaneira determine a aplicação de cautelas fiscaise o isolamento dos volumes em local próprio do recinto alfandegado, inclusive noscasos de extravio ou avaria. As cautelas fiscais visam a impedir a violação do veículo,da unidade de carga, e dos volumes. Um exemplo de cautela fiscal é a aplicação delacres.

4.5 Disposições Finais sobre o Controle Aduaneiro de Veículos

Existe a previsão no RA de que o veículo será tomado como garantia dosdébitos fiscais, inclusive os decorrentes de multas que sejam aplicadas aotransportador ou ao seu condutor.

Enquanto não concluídos os procedimentos fiscais destinados a verificar aexistência de eventuais débitos para com a Fazenda Nacional, é possível que aautoridade aduaneira permita a saída do veículo, mediante termo de responsabilidadefirmado pelo representante do transportador, no país. Desse termo deresponsabilidade pode vir a ser constituído crédito tributário, e a exigência dessecrédito será de acordo com o disposto nos Art. 761 a 766 do RA. Não vamos entrarem detalhes agora sobre termo de responsabilidade pois estudaremos sobre ele emaula futura quando estudarmos os Regimes Aduaneiros. Só quero que vocês saibamque do termo de responsabilidade firmado pode vir a ocorrer a constituição econsequentemente a exigência de crédito tributário. Ok?

Caso algum veículo, em zona primária, não tenha satisfeito as exigências legaisou regulamentares, é possível que a autoridade aduaneira impeça a sua saída. Alémdisso, se a permanência de algum veículo for considerada inconveniente aosinteresses da Fazenda Nacional, seu acesso a locais ou recintos alfandegados pode servetado.

O RA prevê um prazo de vinte e quatro horas para o responsável porembarcação de recreio, aeronave particular ou veículo de competição que entrar nopaís por meios próprios se apresentar à unidade aduaneira do local habilitado deentrada para a adoção dos procedimentos aduaneiros pertinentes.

# Todos esses procedimentos previstos para o controle aduaneiro de veículos tambémse aplicam aos veículos militares que estejam sendo utilizados no transporte demercadorias.

CAI NA PROVA

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34. (QPA) As aeronaves procedentes do exterior que forem obrigadas a realizarpouso de emergência fora do aeroporto alfandegado ficarão sujeitas ao controle daautoridade aduaneira com jurisdição sobre o local da aterrissagem, a quem oresponsável pelo veículo comunicará a ocorrência. Nesses casos, a bagagem dosviajantes e a carga ficarão sob a responsabilidade da empresa transportadora até quesejam satisfeitas as formalidades de desembarque e descarga ou tenhaprosseguimento o voo.

Verdadeiro. Perfeito. Enunciado extenso que cobra a literalidade do Art. 58 eparágrafo único do RA.

35. (QPA) Tendo em vista o papel das forças armadas na defesa do país, essencialpara a segurança nacional, os veículos militares não estão sujeitos ao controleaduaneiro.

Falso. Se os veículos militares estiverem sendo utilizados para o transporte demercadorias, estarão sujeitos a todos os procedimentos previstos no RA para controleaduaneiro de veículos.

Pronto! Resolvemos várias questões durante a nossa aula e deixei o espaçoabaixo para vocês fazerem anotações que julgarem importantes.

Em seguida teremos mais questões comentadas para vocês resolveremsozinhos. Só olhem a resolução depois que tentarem resolver sozinhos, ok? A hora deerrar é essa!!!!! Ao final desse material segue a lista de todas as questões trabalhadasna aula. Oriento que vocês não resolvam as questões agora pois a teoria está muito“fresca” na cabeça. Façam a revisão de 24 horas da teoria e no dia seguinte resolvamas questões que faltam, ok? Lembrem que vocês precisam fazer muitas questões paraestarem bem preparados. Daqui para o dia da prova tenho certeza que terão resolvidoa lista de questões dessa e das outras aulas várias vezes.

É isso. Encerramos então a aula de hoje. Até a próxima aula.

Grande abraço, Arquimedes Júnior

E-mail: [email protected]

Instagram: @prof.arquimedesjr

Facebook: Arquimedes Júnior (Professor)

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5 Anotações

COMPLEMENTO DO ALUNO

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6 Questões Comentadas

QUESTÕES COMENTADAS

36. (AFRFB/2014) Sobre Jurisdição Aduaneira e Controle Aduaneiro deVeículos, é correto afirmar:

a) o território aduaneiro compreende todo o território nacional, exceto as Áreas deLivre Comércio, sujeitas à legislação específica.

b) somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados poderá efetuar-se a entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas,mas isso não se aplica à importação e à exportação de mercadorias conduzidas porlinhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior, observadas as regras decontrole estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, e a outros casosestabelecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

c) compete ao Ministro de Estado da Fazenda definir os requisitos técnicos eoperacionais para o alfandegamento dos locais e recintos onde ocorram, sob controleaduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadoriasprocedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial,bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados, e remessaspostais internacionais.

d) relativamente à mercadoria descarregada de veículo procedente do exterior, ovolume que, ao ser descarregado, apresentar-se quebrado, com diferença de peso,com indícios de violação ou de qualquer modo avariado, deverá ser objeto de consertoe pesagem, fazendo-se, ato contínuo, a devida anotação no registro de descarga, pelodepositário. A autoridade aduaneira poderá determinar a aplicação de cautelas fiscaise o isolamento dos volumes em local próprio do recinto alfandegado, exceto nos casosde extravio ou avaria, dado o estado já verificado dos volumes, os quais não poderãopermanecer no recinto alfandegado.

e) o transportador deve prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil, na forma eno prazo por ela estabelecidos, as informações sobre as cargas transportadas, bemcomo sobre a chegada de veículo procedente do exterior ou a ele destinado. Aautoridade aduaneira poderá proceder às buscas em veículos necessárias paraprevenir e reprimir a ocorrência de infração à legislação, mas, em respeito à ampladefesa e ao contraditório, as buscas poderão ocorrer apenas em momento ulterior àapresentação das referidas informações pelo transportador.

Comentários

a) Incorreta. O território aduaneiro compreende o território nacional, sem exceções.

b) Correta. Art. 8º do RA.

c) Incorreta. A competência é da Receita Federal do Brasil (Art. 13-A do RA)

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d) Incorreta. Não há essa restrição em relação às mercadorias extraviadas ouavariadas. Pelo contrário. O Art. 63 §2º diz que a aplicação das cautelas fiscais e oisolamento de volumes poderão ser determinados inclusive nos casos de extravio ouavaria.

e) Incorreta. As buscas a que se referem a questão poderão ocorrer mesmo antes daapresentação das informações pelo transportador.

Gabarito: B

37. (Exame de Despachante Aduaneiro/2013 – adaptada) Assinale a opçãocorreta. Os recintos alfandegados serão assim declarados pela autoridade aduaneiracompetente, na zona primária ou na zona secundária, a fim de que neles possamocorrer, sob controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneirode:

a) mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regimeaduaneiro especial.

b) bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados e de viajantesem voos domésticos.

c) remessas postais internacionais e nacionais.

d) mercadorias conduzidas por linhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior.

Comentários

a) Correta. Art. 9º, I do RA.

b) Incorreta. O erro da assertiva é “voos domésticos”. Se o voo é doméstico, não hámotivos para alfandegar.

c) Incorreta. Apenas remessas postais internacionais (Art. 9º, III do RA).

d) Incorreta. Essa é justamente a exceção prevista no RA em seu Art. 8º, parágrafoúnico, I.

Gabarito: A

38. (TRF/2002.1) Identifique a razão que leva o legislador aduaneiro a"alfandegar" determinados portos, aeroportos ou pontos da fronteiraterrestre, fixando os locais servidos por repartições aduaneiras onde possam:

a) estacionar ou transitar veículos procedentes ou destinados ao exterior; serefetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadoriasprocedentes do exterior ou a ele destinadas; embarcar, desembarcar ou transitarviajantes procedentes do exterior ou a ele destinados.

b) estacionar ou transitar veículos procedentes ou destinados ao exterior; serefetuadas operações de descarga e pesagem de mercadorias procedentes do exterior

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ou a ele destinadas; embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes doexterior ou a ele destinados.

c) estacionar ou transitar veículos procedentes do exterior; ser efetuadas operaçõesde carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias procedentes doexterior ou a ele destinadas; embarcar, desembarcar ou transitar viajantesprocedentes do exterior ou a ele destinados.

d) estacionar ou transitar veículos destinados ao exterior; ser efetuadas operações decarga, ou passagem de mercadorias destinados ao exterior; embarcar, desembarcarou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados.

e) estacionar ou transitar veículos procedentes ou destinados ao exterior; serefetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadoriasprocedentes do exterior ou a ele destinadas; desembarcar ou transitar viajantesprocedentes do exterior.

Comentários

Típica questão em que você tem que ler palavra por palavra e ver o que está faltandoem cada assertiva. Literalidade do Art. 5º do RA. Gabarito: A

39. (AFTN/1996) A descrição, a propriedade, o valor, a origem e o destino deuma mercadoria exportada e a condições relativas ao seu transporte e àentrega ao destinatário são atestados através da (do):

a) Certificado de Origem

b) Conhecimento de Embarque

c) Declaração de Importação

d) Manifesto de Carga

e) Fatura Comercial

Comentários

Todas essas informações estão contidas no Conhecimento de Embarque, que conformefalamos na parte teórica da nossa aula, é o documento que atesta a propriedade damercadoria. Gabarito: B

40. (Exame de Despachante Aduaneiro/2013) A jurisdição dos serviçosaduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro e abrange, nas áreas abaixo,exceto:

a) na zona primária, a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portosalfandegados.

b) na zona secundária, as águas territoriais.

c) na zona primária, a área terrestre, nos aeroportos alfandegados.

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d) as Áreas de Controle Integrado criadas em regiões limítrofes dos países integrantesdo Mercosul com o Brasil.

e) na zona secundária, as filiais das empresas brasileiras localizadas no exterior.

Comentários

Tudo certinho com exceção da última alternativa. Se a empresa está localizada noexterior, não temos o que falar sobre jurisdição aduaneira do Brasil lá. Como já vimosna nossa aula, o único caso em que a jurisdição aduaneira brasileira se estende aoexterior é no caso das ACI. Gabarito: E

41. (TTN/1997) A omissão de volume em manifesto de carga, desde que talvolume conste no conhecimento emitido regularmente:

a) poderá ser suprida por carta de correção dirigida pelo emitente do conhecimento àautoridade aduaneira do local da descarga para fim de correção do manifesto.

b) poderá ser relevada se for devidamente averbada ou ressalvada pelo responsávelpelo veículo, no próprio manifesto de carga, por exigência da autoridade aduaneira.

c) poderá ser suprida se o volume for incluído em manifesto de carga complementaremitido antes da chegada do veículo no local da descarga.

d) é irrelevante, pois a existência do conhecimento para efeito do controle aduaneirodo veículo e da carga a bordo supre a omissão em qualquer circunstância.

e) poderá ser suprida se apresentada a mercadoria sob declaração escrita doresponsável pelo veículo e anteriormente ao conhecimento da irregularidade pelaautoridade aduaneira.

Comentários

A questão cobra conhecimento do Art. 48 do RA. Gabarito: E

42. (Exame de Despachante Aduaneiro/2014) As operações demovimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e debagagem, sob controle aduaneiro, podem ser realizadas:

a) em recintos alfandegados de zona primária e secundária, incluindo Portos Secos.

b) em qualquer aeroporto sob controle da Infraero, independentemente de processode alfandegamento.

c) em quaisquer terminais portuários determinados pela Secretaria dos Portos.

d) em qualquer ponto de fronteira.

e) somente dentro das Alfândegas e Inspetorias da Receita Federal do Brasil.

Comentários

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Lembrem-se! Para ocorrer as operações citadas o enunciado, o recinto precisa seralfandegado. Tanto em zona primária quanto secundária e isso inclui os portos secos.Gabarito: A

43. (TRF/2003) Avalie a correção das afirmações abaixo. Assinale com aletra V as verdadeiras e com a letra F as falsas. Em seguida, marque a opçãoque contenha a seqüência correta.

( ) Pode ser autorizada, justificadamente, por ato conjunto da SRF e do Ministério dosTransportes, a entrada de veículos procedentes do exterior por local não alfandegado.

( ) As operações de carga de veículo procedente do exterior somente podem serexecutadas depois de formalizada sua entrada no País.

( ) Podem ser colocados na proximidade de veículo destinado ao exterior os veículosde repartição pública, de guerra ou destinados à prestação de socorro.

( ) Os veículos que transportem chefes de Estado e os veículos militares não estãosujeitos ao controle aduaneiro.

( ) O veículo garantirá os débitos fiscais decorrentes de multas aplicadas pelasautoridades aduaneiras ao seu condutor ou ao transportador.

a) F, V, F, F, V

b) F, F, V, F, F

c) V, F, V, F, F

d) V, V, F, V, F

e) F, F, V, V, V

Comentários

1ª assertiva: Falsa. Art. 26 §2º do RA. Não tem isso de ato conjunto entre SRF eMinistério dos Transportes. A referida autorização é de competência do titular daunidade aduaneira jurisdicionante.

2ª assertiva: Verdadeira. Art. 32 do RA. Após a prestação das informações pelotransportador, será emitido respectivo termo de entrada e assim poderão serexecutadas as operações de carga, descarga e transbordo.

3ª assertiva: Falsa. Art. 28 do RA. Repartição pública (em serviço), de guerra (salvose utilizados no transporte comercial), que estejam efetivamente prestando ourecebendo socorro, além da hipótese de veículos autorizados para utilização emoperações portuárias ou aeroportuárias, inclusive transporte de passageiros etripulantes.

4ª assertiva: Falsa. Não existe essa exceção. Tanto os veículos que transportemchefes de Estado e os veículos militares estão sujeitos ao controle aduaneiro.

5º assertiva: Verdadeira. Art. 64 do RA.

Gabarito: A (F V F F V)

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44. (TTN/1997) A conferência final do manifesto em confronto com osregistros de descarga da mercadoria dos veículos transportadores feita pelafiscalização aduaneira tem por finalidade:

a) verificar as divergências porventura existentes e intimar o importador a pagar asmultas correspondentes.

b) constatar a falta ou acréscimo de volume ou mercadoria entrada no territórioaduaneiro e a adoção do procedimento fiscal adequado contra o transportador.

c) verificar se do manifesto constam todos os conhecimentos de carga, confrontando-se as quantidades de volumes registradas e os respectivos pesos brutos com os totaisconstantes do manifesto.

d) após a descarga do veículo transportador verificar se todos os conhecimentos decarga estão arrolados no manifesto para confronto com os despachos aduaneiroscorrespondentes.

e) proceder às averbações no manifesto das diferenças encontradas após a descarga,entre os dados constantes dos conhecimentos de carga e os dados constantes dasfolhas de controle de carga para efeito de apurar a responsabilidade pela diferença detributos.

Comentários

Art. 53 do RA: o manifesto será submetido à conferência final para apuração daresponsabilidade por eventuais diferenças quanto a extravio ou a acréscimo demercadoria. Gabarito: B

45 – (AFTN/1991 - adaptada) Define-se como zona primária a área:

a) ocupada pelas zonas de vigilância aduaneira e pelos portos, aeroportos epontos de fronteira alfandegados

b) terrestre ou aquática, ocupada pelos portos e aeroportos alfandegados, ou aeles adjacentes, bem como a área ocupada por pontos de fronteira alfandegados,por depósitos alfandegados, por entrepostos aduaneiros ou industriais e pelaszonas francas

c) terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, ocupada pelos portosalfandegados, a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados e a áreaterrestre que compreende os pontos de fronteira alfandegados

d) terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, ocupada pelos portosalfandegados, a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados e espaçoaéreo adjacente, bem como a área adjacente aos pontos de fronteiraalfandegados.

e) ocupada pelos portos, aeroportos, pontos de fronteira alfandegados, depósitosalfandegados, entrepostos aduaneiros, entrepostos industriais, zonas francas eáreas de trânsito aduaneiro

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Comentários

Art. 3º do RA. Gabarito: C

46. (TTN/1998) Em ato de busca em veículo procedente do exterior ehavendo indícios de falsa declaração de conteúdo em volume ou unidade decarga manifestados, a autoridade aduaneira:

a) poderá determinar a descarga do volume ou unidade de carga para a devidaverificação, lavrando-se termo de ocorrência.

b) determinará a retenção do veículo até a confirmação das suspeitas

c) suspenderá a execução das operações de descarga do veículo até a realização davistoria aduaneira

d) procederá, de imediato à apreensão dos mesmos

e) lavrará termo circunstanciado que será anexado ao manifesto de carga para acompetente ação fiscal por ocasião da conferência final do manifesto.

Comentários

Art. 36 do RA. Havendo indícios de falsa declaração de conteúdo, a autoridadeaduaneira poderá determinar a descarga de volume ou de unidade de carga, para adevida verificação, lavrando-se termo. Gabarito: A

47. (TRF/2000) No despacho aduaneiro para consumo, no regime comum deimportação, cumulativamente, a prova de posse ou propriedade demercadoria, seu peso bruto, despesas atinentes ao transporte e especificaçãodos volumes relacionam-se à (ao)

a) declaração de importação

b) conhecimento de carga

c) fatura comercial

d) manifesto de carga

e) certificado de origem de carga

Comentários

Prova de posse ou propriedade: conhecimento de carga! Gabarito: B

48. (TRF/2002-2) Avalie a correção das afirmações abaixo. Atribua a letra Vpara as verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a opção quecontenha a sequência correta:

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( ) Nas zonas de vigilância aduaneira demarcadas na faixa de fronteira terrestre éproibida a presença ou circulação de mercadorias, animais e veículos em viageminternacional.

( ) As operações de despacho aduaneiro nos portos, aeroportos e pontos de fronteiraalfandegados a título permanente serão efetuados nos horários, locais e condiçõesdeterminados pela autoridade aduaneira.

( ) A busca aduaneira, para prevenir ou reprimir a ocorrência de extravio ou deacréscimos de volumes ou de mercadorias, deve ser precedida da lavratura do termode entrada do veículo e da comunicação ao responsável, que poderá ser verbal.

a) VVV

b) VFV

c) FVV

d) FFF

e) FVF

Comentários

1ª assertiva: Falsa. Não existe tal proibição. De acordo com o Art. 4º do RA, nasZVAs, a permanência de mercadorias ou a sua circulação e a de veículos, pessoas ouanimais ficarão sujeitas às exigências fiscais, proibições e restrições que foremestabelecidas.

2ª assertiva: Verdadeira. Os horários e condições de realização dos serviçosaduaneiros serão determinados pela administração aduaneira. É possível que oatendimento seja realizado fora do expediente normal da unidade aduaneira, masnesse caso é considerado serviço extraordinário e as despesas decorrentes dosserviços efetivamente prestados devem ser ressarcidas pelos interessados, na formaestabelecida em ato normativo da Secretaria da RFB.

3ª assertiva: Falsa. Não há a necessidade de aguardar a lavratura do termo deentrada do veículo. A busca pode ser realizada a qualquer tempo. Quanto acomunicação prévia ao responsável, esta pode ser verbal ou por escrito.

Gabarito: E (F V F)

49. (TTN/1998) A não-apresentação de manifesto de carga ou de documentoequivalente em relação a qualquer ponto de escala no exterior:

a) impedirá a Alfândega de liberar o veículo para as operações de carga, descarga outransbordo até a sua efetiva regularização.

b) obstará a saída do veículo transportador, salvo se o agente do veículo no local dadescarga se responsabilizar por quaisquer débitos que vierem a ser apurados.

c) será objeto de apuração de responsabilidade por eventuais diferenças quanto afalta ou acréscimo de mercadoria por ocasião da conferência final dos manifestosrelativos a toda a carga descarregada do veículo transportador.

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d) será objeto de penalidade por embaraço à fiscalização

e) será considerada declaração negativa de carga, sujeitando-se o responsável peloveículo aos efeitos daí decorrentes.

Comentários

Art. 43, parágrafo único do RA. A não apresentação de manifesto ou declaração deefeito equivalente, em relação a qualquer ponto de escala no exterior, seráconsiderada declaração negativa de carga. Gabarito: E

50. (AFRF/2002.1) A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior,essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, serão exercidospelo Ministério da Fazenda. (Constituição Federal 1988, art. 237). Com baseno enunciado acima, assinale a opção correta.

a) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle somente quando asoperações de comércio exterior sejam definidas como essenciais aos interessesfazendários nacionais.

b) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações decomércio exterior, atividades administrativas consideradas essenciais aos interessesfazendários nacionais.

c) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações decomércio exterior relativas a bens ingressados no país, tendo em vista serem asimportações essenciais aos interesses fazendários nacionais.

d) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações decomércio exterior relativas a bens saídos do pais, tendo em vista serem asexportações essenciais aos interesses fazendários nacionais.

e) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações decomércio exterior relativamente às obrigações do País frente aos seus compromissosinternacionais.

Comentários

Questão que cobra o Art. 237 da CF/88: A fiscalização e o controle sobre o comércioexterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, serão exercidospelo Ministério da Fazenda. Gabarito: B

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7 Lista de Questões

LISTA DE QUESTÕES

01. (QPA) A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesados interesses fazendários nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Indústria,Comércio Exterior e Serviços (MDIC), por intermédio da Secretaria de ComércioExterior (SECEX).

02. (TTN/1997 - adaptada) A zona primária aduaneira compreende:

a) a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados, incluindo o espaço aéreocorrespondente, a área terrestre ocupada pelos portos alfandegados e a área contíguaaos pontos de fronteira alfandegados.

b) a área terrestre e aquática ocupada pelos portos alfandegados, as ilhas fluviais oulacustres de domínio da União, a área interna dos aeroportos alfandegados e a faixade fronteira demarcada pela União.

c) a área terrestre ou aquática ocupada pelos portos alfandegados, a área descontínuaocupada pelas ilhas marítimas, fluviais ou lacustres, a área terrestre ocupada pelosaeroportos alfandegados e a área adjacente aos pontos de fronteira alfandegados.

d) a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, ocupada pelos portosalfandegados, a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados e a áreaterrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados.

e) as faixas internas e externas ocupadas pelos portos e aeroportos alfandegados,terrestres ou aquáticas, os armazéns alfandegados situados na hinterlândia de portose aeroportos e a área contígua aos pontos de fronteira alfandegados desde quesituada na faixa de fronteira.

03. (QPA) A zona primária é constituída pelos portos, aeroportos e pontos defronteira.

04. (ATRFB/2012 - adaptada) Sobre território aduaneiro, portos, aeroportos epontos de fronteira alfandegados, recintos alfandegados, e administração aduaneira, éincorreto afirmar que compreende-se na Zona de Vigilância Aduaneira a totalidade doEstado atravessado pela linha de demarcação, ainda que parte dele fique fora da áreademarcada.

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05. (QPA) Com o alfandegamento de uma zona de vigilância aduaneira, é possívelsujeitar a permanência ou circulação de mercadorias, veículos, pessoas ou animais àsexigências fiscais, proibições e restrições.

06. (QPA) O ato declaratório de alfandegamento de portos, aeroportos ou pontos defronteira produz efeitos uniformes quanto às operações aduaneiras autorizadas, nãohavendo diferenciação quanto aos termos, limites e condições para a sua execução.

07. (QPA) Somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegadospoderá efetuar-se a entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou aele destinadas.

08. (QPA) Os recintos podem ser alfandegados apenas em zona primária, a fim deque neles possam ocorrer, sob controle aduaneiro, movimentação, armazenagem edespacho aduaneiro de mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas,inclusive sob regime aduaneiro especial; bagagem de viajantes procedentes doexterior ou a ele destinados; e remessas postas internacionais.

09. (Exame de Despachante Aduaneiro/2014) São locais onde podem serefetuadas a entrada ou a saída de veículos e mercadorias procedentes do exterior oua ele destinadas:

a) quaisquer aeroportos sob controle da Infraero, independentemente de processo dealfandegamento.

b) portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados.

c) recintos alfandegados de zona secundária.

d) Portos Secos.

e) quaisquer pontos de fronteira.

10. (QPA) Portos Secos são recintos alfandegados de uso público ou privado.

11. (QPA) Portos Secos poderão ser autorizados a operar com carga de importação,exportação ou ambas.

12. (QPA) Para o alfandegamento de aeroportos estatais, não é exigido a ateste deregularidade fiscal do interessado, tendo em vista que a Infraero é uma EmpresaPública Federal, sendo então dispensada essa exigência.

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13. (QPA) O alfandegamento poderá abranger a totalidade ou parte da área dosportos e dos aeroportos.

14. (QPA) Nos casos de permissão ou concessão de serviços públicos, oalfandegamento poderá ser efetivado independentemente da conclusão do devidoprocedimento licitatório pelo órgão competente.

15. (QPA) Na definição dos requisitos técnicos e operacionais para o alfandegamento,a Secretaria da Receita Federal do Brasil deverá estabelecer a disponibilização deedifícios e instalações, aparelhos de informática, mobiliário e materiais para oexercício de suas atividades e, quando necessário, de outros órgãos ou agências daadministração pública federal.

16. (QPA) Compete à autoridade aduaneira local a faculdade de alfandegar pontos defronteira para o tráfego local e exclusivo de veículos matriculados nas respectivascidades fronteiriças.

17. (QPA) Enquanto o controle aduaneiro nos locais e recintos alfandegados pode serininterrupto, em horários determinados ou eventual, a fiscalização aduaneira épermanente.

18. (QPA) A precedência da aduana se dá apenas nas áreas dos portos, aeroportos,pontos de fronteira e recintos alfandegados.

19. (QPA) Após a apresentação à unidade de despacho da Receita Federal dosdocumentos relativos às transações que realizarem, o importador, o exportador ou oadquirente de mercadoria importada por conta e ordem não mais necessitam guardaros referidos documentos, uma vez que já foram conferidos e fiscalizados pelaautoridade aduaneira.

20. (QPA) Não existe prazo máximo nem forma estabelecida para que sejacomunicada à Receita Federal a ocorrência de incêndio, furto, roubo, extravio ouqualquer outro sinistro que provoque a perda ou deterioração dos documentosrelativos às operações de comércio exterior realizadas por importadores, exportadoresou adquirentes de mercadorias importadas por sua conta e ordem.

21. (QPA) As pessoas físicas ou jurídicas, usuárias de sistema de processamento dedados, deverão manter documentação técnica completa e atualizada do sistema,

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suficiente para possibilitar a sua auditoria, facultada a manutenção em meiomagnético, sem prejuízo da sua emissão gráfica, quando solicitada.

22. (QPA) Os documentos instrutivos de declaração aduaneira ou necessários aocontrole aduaneiro podem ser emitidos eletronicamente. No entanto, ainda não háessa previsão para a transmissão e recepção, que continua sendo realizadafisicamente com documentos impressos.

23. (QPA) O Art. 22 do RA prevê uma série de pessoas que, mediante intimaçãoescrita, devem prestar à autoridade fiscal todas as informações de que disponhamcom relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros. A obrigação prevista nocitado artigo abrange inclusive a prestação de informações quanto a fatos sobre osquais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão do cargo,ofício, função, ministério atividade ou profissão, pois a Receita Federal detém ajurisdição aduaneira no país e a previsão legal para a prestação das informações sesobrepõe ao dever do sigilo, tendo em vista o interesse público da fiscalização.

24. (QPA) No exercício de suas atribuições, a autoridade aduaneira poderá requisitaro apoio de força pública federal, estadual ou municipal, quando julgar necessário.

25. (QPA) A entrada ou saída de veículos procedentes do exterior ou a ele destinadossó poderá ocorrer em porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado, nãohavendo previsão expressa de situações que justifiquem a entrada por locais nãoalfandegados.

26. (QPA) É proibido ao condutor de veículo procedente do exterior ou a eledestinado estacionar ou efetuar operações de carga ou descarga de mercadoria,inclusive transbordo, fora do local habilitado.

27. (QPA) Mesmo que não estejam prestando socorro, é permitido que ambulânciasestejam nas proximidades de veículo procedente do exterior ou a ele destinado, tendoem vista que são veículos utilizados estritamente para situações de emergênciasmédica, sem relação alguma com atividades comerciais de mercadorias estrangeiras.

28. (QPA) Os agentes de carga e os operadores portuários estão dispensados deprestar informações sobre as operações que executem, sendo a referida exigênciaprevista apenas para os transportadores.

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29. (QPA) Mesmo antes da prestação de informações pelo transportador, a fim deprevenir e reprimir a ocorrência de infração à legislação aduaneira, podem serrealizadas buscas em qualquer veículo.

30. (QPA) Independentemente do número de locais, no exterior, onde tenha recebidocarga, é suficiente a apresentação de um único manifesto que consolide asinformações sobre todas as cargas.

31. (QPA) No caso de embarque de cargas após o encerramento do manifesto, énecessário que as informações sobre essas cargas sejam incluídas em um manifestocomplementar que deve possuir todas as informações exigidas pelo RegulamentoAduaneiro para os manifestos de carga.

32. (QPA) Mesmo que a autoridade aduaneira aprecie carta de correção deconhecimento de carga apresentada após o início do despacho aduaneiro, talapresentação implica denúncia espontânea.

33. (QPA) Não é possível a apresentação de carta de correção de conhecimento decarga após o início do despacho aduaneiro.

34. (QPA) As aeronaves procedentes do exterior que forem obrigadas a realizarpouso de emergência fora do aeroporto alfandegado ficarão sujeitas ao controle daautoridade aduaneira com jurisdição sobre o local da aterrissagem, a quem oresponsável pelo veículo comunicará a ocorrência. Nesses casos, a bagagem dosviajantes e a carga ficarão sob a responsabilidade da empresa transportadora até quesejam satisfeitas as formalidades de desembarque e descarga ou tenhaprosseguimento o voo.

35. (QPA) Tendo em vista o papel das forças armadas na defesa do país, essencialpara a segurança nacional, os veículos militares não estão sujeitos ao controleaduaneiro.

36. (AFRFB/2014) Sobre Jurisdição Aduaneira e Controle Aduaneiro deVeículos, é correto afirmar:

a) o território aduaneiro compreende todo o território nacional, exceto as Áreas deLivre Comércio, sujeitas à legislação específica.

b) somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados poderá efetuar-se a entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas,mas isso não se aplica à importação e à exportação de mercadorias conduzidas por

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linhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior, observadas as regras decontrole estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, e a outros casosestabelecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

c) compete ao Ministro de Estado da Fazenda definir os requisitos técnicos eoperacionais para o alfandegamento dos locais e recintos onde ocorram, sob controleaduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadoriasprocedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial,bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados, e remessaspostais internacionais.

d) relativamente à mercadoria descarregada de veículo procedente do exterior, ovolume que, ao ser descarregado, apresentar-se quebrado, com diferença de peso,com indícios de violação ou de qualquer modo avariado, deverá ser objeto de consertoe pesagem, fazendo-se, ato contínuo, a devida anotação no registro de descarga, pelodepositário. A autoridade aduaneira poderá determinar a aplicação de cautelas fiscaise o isolamento dos volumes em local próprio do recinto alfandegado, exceto nos casosde extravio ou avaria, dado o estado já verificado dos volumes, os quais não poderãopermanecer no recinto alfandegado.

e) o transportador deve prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil, na forma eno prazo por ela estabelecidos, as informações sobre as cargas transportadas, bemcomo sobre a chegada de veículo procedente do exterior ou a ele destinado. Aautoridade aduaneira poderá proceder às buscas em veículos necessárias paraprevenir e reprimir a ocorrência de infração à legislação, mas, em respeito à ampladefesa e ao contraditório, as buscas poderão ocorrer apenas em momento ulterior àapresentação das referidas informações pelo transportador.

37. (Exame de Despachante Aduaneiro/2013 – adaptada) Assinale a opçãocorreta. Os recintos alfandegados serão assim declarados pela autoridade aduaneiracompetente, na zona primária ou na zona secundária, a fi m de que neles possamocorrer, sob controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneirode:

a) mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regimeaduaneiro especial.

b) bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados e de viajantesem voos domésticos.

c) remessas postais internacionais e nacionais.

d) mercadorias conduzidas por linhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior.

38. (TRF/2002.1) Identifique a razão que leva o legislador aduaneiro a"alfandegar" determinados portos, aeroportos ou pontos da fronteiraterrestre, fixando os locais servidos por repartições aduaneiras onde possam:

a) estacionar ou transitar veículos procedentes ou destinados ao exterior; serefetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias

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procedentes do exterior ou a ele destinadas; embarcar, desembarcar ou transitarviajantes procedentes do exterior ou a ele destinados.

b) estacionar ou transitar veículos procedentes ou destinados ao exterior; serefetuadas operações de descarga e pesagem de mercadorias procedentes do exteriorou a ele destinadas; embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes doexterior ou a ele destinados.

c) estacionar ou transitar veículos procedentes do exterior; ser efetuadas operaçõesde carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias procedentes doexterior ou a ele destinadas; embarcar, desembarcar ou transitar viajantesprocedentes do exterior ou a ele destinados.

d) estacionar ou transitar veículos destinados ao exterior; ser efetuadas operações decarga, ou passagem de mercadorias destinados ao exterior; embarcar, desembarcarou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados.

e) estacionar ou transitar veículos procedentes ou destinados ao exterior; serefetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadoriasprocedentes do exterior ou a ele destinadas; desembarcar ou transitar viajantesprocedentes do exterior.

40. (Exame de Despachante Aduaneiro/2013) A jurisdição dos serviçosaduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro e abrange, nas áreas abaixo,exceto:

a) na zona primária, a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portosalfandegados.

b) na zona secundária, as águas territoriais.

c) na zona primária, a área terrestre, nos aeroportos alfandegados.

d) as Áreas de Controle Integrado criadas em regiões limítrofes dos países integrantesdo Mercosul com o Brasil.

e)na zona secundária, as filiais das empresas brasileiras localizadas no exterior.

41. (TTN/1997) A omissão de volume em manifesto de carga, desde que talvolume conste no conhecimento emitido regularmente:

a) poderá ser suprida por carta de correção dirigida pelo emitente do conhecimento àautoridade aduaneira do local da descarga para fim de correção do manifesto.

b) poderá ser relevada se for devidamente averbada ou ressalvada pelo responsávelpelo veículo, no próprio manifesto de carga, por exigência da autoridade aduaneira.

c) poderá ser suprida se o volume for incluído em manifesto de carga complementaremitido antes da chegada do veículo no local da descarga.

d) é irrelevante, pois a existência do conhecimento para efeito do controle aduaneirodo veículo e da carga a bordo supre a omissão em qualquer circunstância.

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e) poderá ser suprida se apresentada a mercadoria sob declaração escrita doresponsável pelo veículo e anteriormente ao conhecimento da irregularidade pelaautoridade aduaneira.

42. (Exame de Despachante Aduaneiro/2014) As operações demovimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e debagagem, sob controle aduaneiro, podem ser realizadas:

a) em recintos alfandegados de zona primária e secundária, incluindo Portos Secos.

b) em qualquer aeroporto sob controle da Infraero, independentemente de processode alfandegamento.

c) em quaisquer terminais portuários determinados pela Secretaria dos Portos.

d) em qualquer ponto de fronteira.

e) somente dentro das Alfândegas e Inspetorias da Receita Federal do Brasil.

43. (TRF/2003) Avalie a correção das afirmações abaixo. Assinale com aletra V as verdadeiras e com a letra F as falsas. Em seguida, marque a opçãoque contenha a seqüência correta.

( ) Pode ser autorizada, justificadamente, por ato conjunto da SRF e do Ministério dosTransportes, a entrada de veículos procedentes do exterior por local não alfandegado.

( ) As operações de carga de veículo procedente do exterior somente podem serexecutadas depois de formalizada sua entrada no País.

( ) Podem ser colocados na proximidade de veículo destinado ao exterior os veículosde repartição pública, de guerra ou destinados à prestação de socorro.

( ) Os veículos que transportem chefes de Estado e os veículos militares não estãosujeitos ao controle aduaneiro.

( ) O veículo garantirá os débitos fiscais decorrentes de multas aplicadas pelasautoridades aduaneiras ao seu condutor ou ao transportador.

a) F, V, F, F, V

b) F, F, V, F, F

c) V, F, V, F, F

d) V, V, F, V, F

e) F, F, V, V, V

44. (TTN/1997) A conferência final do manifesto em confronto com osregistros de descarga da mercadoria dos veículos transportadores feita pelafiscalização aduaneira tem por finalidade:

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a) verificar as divergências porventura existentes e intimar o importador a pagar asmultas correspondentes.

b) constatar a falta ou acréscimo de volume ou mercadoria entrada no territórioaduaneiro e a adoção do procedimento fiscal adequado contra o transportador.

c) verificar se do manifesto constam todos os conhecimentos de carga, confrontando-se as quantidades de volumes registradas e os respectivos pesos brutos com os totaisconstantes do manifesto.

d) após a descarga do veículo transportador verificar se todos os conhecimentos decarga estão arrolados no manifesto para confronto com os despachos aduaneiroscorrespondentes.

e) proceder às averbações no manifesto das diferenças encontradas após a descarga,entre os dados constantes dos conhecimentos de carga e os dados constantes dasfolhas de controle de carga para efeito de apurar a responsabilidade pela diferença detributos.

45 – (AFTN/1991) Define-se como zona primária a área (adaptada)

a) ocupada pelas zonas de vigilância aduaneira e pelos portos, aeroportos e pontos defronteira alfandegados

b) terrestre ou aquática, ocupada pelos portos e aeroportos alfandegados, ou a elesadjacentes, bem como a área ocupada por pontos de fronteira alfandegados, pordepósitos alfandegados, por entrepostos aduaneiros ou industriais e pelas zonasfrancas

c) terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, ocupada pelos portos alfandegados,a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados e a área terrestre quecompreende os pontos de fronteira alfandegados

d) terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, ocupada pelos portos alfandegados,a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados e espaço aéreo adjacente,bem como a área adjacente aos pontos de fronteira alfandegados.

e) ocupada pelos portos, aeroportos, pontos de fronteira alfandegados, depósitosalfandegados, entrepostos aduaneiros, entrepostos industriais, zonas francas e áreasde trânsito aduaneiro

46. (TTN/1998) Em ato de busca em veículo procedente do exterior ehavendo indícios de falsa declaração de conteúdo em volume ou unidade decarga manifestados, a autoridade aduaneira:

a) poderá determinar a descarga do volume ou unidade de carga para a devidaverificação, lavrando-se termo de ocorrência.

b) determinará a retenção do veículo até a confirmação das suspeitas

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c) suspenderá a execução das operações de descarga do veículo até a realização davistoria aduaneira

d) procederá, de imediato à apreensão dos mesmos

e) lavrará termo circunstanciado que será anexado ao manifesto de carga para acompetente ação fiscal por ocasião da conferência final do manifesto.

47. (TRF/2000) No despacho aduaneiro para consumo, no regime comum deimportação, cumulativamente, a prova de posse ou propriedade demercadoria, seu peso bruto, despesas atinentes ao transporte e especificaçãodos volumes relacionam-se à (ao)

a) declaração de importação

b) conhecimento de carga

c) fatura comercial

d) manifesto de carga

e) certificado de origem de carga

48. (TRF/2002-2) Avalie a correção das afirmações abaixo. Atribua a letra Vpara as verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a opção quecontenha a sequência correta:

( ) Nas zonas de vigilância aduaneira demarcadas na faixa de fronteira terrestre éproibida a presença ou circulação de mercadorias, animais e veículos em viageminternacional.

( ) As operações de despacho aduaneiro nos portos, aeroportos e pontos de fronteiraalfandegados a título permanente serão efetuados nos horários, locais e condiçõesdeterminados pela autoridade aduaneira.

( ) A busca aduaneira, para prevenir ou reprimir a ocorrência de extravio ou deacréscimos de volumes ou de mercadorias, deve ser precedida da lavratura do termode entrada do veículo e da comunicação ao responsável, que poderá ser verbal.

a) VVV

b) VFV

c) FVV

d) FFF

e) FVF

49. (TTN/1998) A não-apresentação de manifesto de carga ou de documentoequivalente em relação a qualquer ponto de escala no exterior:

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a) impedirá a Alfândega de liberar o veículo para as operações de carga, descarga outransbordo até a sua efetiva regularização.

b) obstará a saída do veículo transportador, salvo se o agente do veículo no local dadescarga se responsabilizar por quaisquer débitos que vierem a ser apurados.

c) será objeto de apuração de responsabilidade por eventuais diferenças quanto afalta ou acréscimo de mercadoria por ocasião da conferência final dos manifestosrelativos a toda a carga descarregada do veículo transportador.

d) será objeto de penalidade por embaraço à fiscalização

e) será considerada declaração negativa de carga, sujeitando-se o responsável peloveículo aos efeitos daí decorrentes.

50. (AFRF 2002.1) A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior,essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, serão exercidospelo Ministério da Fazenda. (Constituição Federal 1988, art. 237). Com baseno enunciado acima, assinale a opção correta.

a) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle somente quando asoperações de comércio exterior sejam definidas como essenciais aos interessesfazendários nacionais.

b) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações decomércio exterior, atividades administrativas consideradas essenciais aos interessesfazendários nacionais.

c) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações decomércio exterior relativas a bens ingressados no país, tendo em vista serem asimportações essenciais aos interesses fazendários nacionais.

d) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações decomércio exterior relativas a bens saídos do pais, tendo em vista serem asexportações essenciais aos interesses fazendários nacionais.

e) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações decomércio exterior relativamente às obrigações do País frente aos seus compromissosinternacionais.

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8 Gabarito

GABARITO

01. Falso 18. Falso 35. Falso

02. Letra D 19. Falso 36. Letra B

03. Verdadeiro 20. Falso 37. Letra A

04. Falso 21. Verdadeiro 38. Letra A

05. Falso 22. Falso 39. Letra B

06. Falso 23. Falso 40. Letra E

07. Falso 24. Verdadeiro 41. Letra E

08. Falso 25. Falso 42. Letra A

09. Letra B 26. Verdadeiro 43. Letra A

10. Falso 27. Falso 44. Letra B

11. Verdadeiro 28. Falso 45. Letra C

12. Falso 29. Verdadeiro 46. Letra A

13. Verdadeiro 30. Falso 47. Letra B

14. Falso 31. Verdadeiro 48. Letra E

15. Verdadeiro 32. Falso 49. Letra E

16. Falso 33. Falso 50. Letra B

17. Falso 34. Verdadeiro

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