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PROFESSOR THIAGO RÖSLER www.ricardoalexandre.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO – RECEITA FEDERAL AULA 00 – DEMONSTRATIVA

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PROFESSOR THIAGO RÖSLER

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DIREITO TRIBUTÁRIO – RECEITA FEDERAL

AULA 00 – DEMONSTRATIVA

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Curso de Direito Tributário para Auditor Fiscal da Receita Federal

Professor Thiago Rösler

Aula 00 – Apresentação do Curso

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1. APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR ......................................................... 3

2. APRESENTAÇÃO E METODOLOGIA DO CURSO ....................................... 4

3. CRONOGRAMA DO CURSO .................................................................. 6

4. AULA 00 - DEMONSTRATIVA ............................................................... 7

4.1 Entendendo o Direito Tributário: a tributação e a relação jurídico-tributária ..... 7

4.2 Tributo: conceitos .......................................................................... 11

4.3 Tributo: espécies ........................................................................... 15

4.3.1 Impostos ............................................................................. 16

4.3.2 Taxas .................................................................................. 17

4.3.3 Contribuições de Melhoria ...................................................... 22

4.3.4 Empréstimos Compulsórios .................................................... 25

4.3.5 Contribuições Especiais .......................................................... 27

5. QUESTÕES ESAFIANAS COMENTADAS ............................................... 30

6. QUESTÕES DA AULA E GABARITO ..................................................... 37

7. FICHAS DE AULA ............................................................................. 42

8. RESUMO DA AULA ........................................................................... 42

9. QUESTÕES VIA WHATSAPP ............................................................... 47

10. PALAVRAS FINAIS ......................................................................... 48

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Curso de Direito Tributário para Auditor Fiscal da Receita Federal

Professor Thiago Rösler

Aula 00 – Apresentação do Curso

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1. APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR

Olá, caros alunos e alunas! Aqui é o Professor Thiago Rösler, de Legislação

Tributária, “falando”. Com esta aula mudamos o chip: da legislação tributária para o direito

tributário. Assim, damos o pontapé inicial do nosso Curso de Direito Tributário para Auditor

Fiscal da Receita Federal!

É uma honre recebê-los aqui no portal do professor Ricardo Alexandre e poder

acompanhá-los nesta jornada. Vamos DESTRUIR a prova de Direito Tributário, que com

certeza será uma das disciplinas mais importantes no seu concurso.

Quem quer ser fiscal levanta a mão!!!

Sim! Vocês, os futuros fiscais! E para afazer você alcançar este nobre objetivo,

de figurar na lista de aprovados homologados para o próximo certame da Receita Federal,

recebi o convite (a missão!) do professor Ricardo Alexandre para assumir o Curso de

Direito Tributário. “E você sabe, parceiro, missão dada é missão cumprida!”, como diria o

Cap. Nascimento!

Passada a euforia do convite (afinal, sou fã e fui aluno dele!), tivemos algumas reuniões

e já estou trabalhando duro (final de semana para que né?) para superar o desafio reduzir o

número de páginas e otimizar o escasso tempo do concurseiro ao mesmo tempo em que lhe

entrego um curso completo e suficiente para um desempenho de aprovação. Antes de falar do

curso (que terá 13 aulas em pdf de Direito Tributário, 2 aulas em vídeo (uma sobre as

especificidades da banca em nossa matéria e uma para correção do simulado, que terá o

mesmo número de questões previstas para a prova), interação pelo whatsapp e a

metodologia de estudo com a utilização de fichas de estudo), fica uma breve apresentação

minha e meus cumprimentos por estar iniciando esta jornada comigo, rumo à sua aprovação!

Professor Thiago Rösler

Auditor do TCE-MT.

Professor de Direito Tributário e Legislação Tributária.

Personal and Professional Coach pela SBC.

Bacharel em Direito (UFRGS/Unic).

Bacharel em Ciências Militares (Academia Militar das Agulhas Negras - AMAN).

Mestrando em Direito Constitucional pelo Instituto de Direito Público de Brasília (IDP-2017). Pós Graduado: Direito Tributário (2013), Contabilidade Pública (2014); Direito e Controle Externo (2016).

Aprovado nos seguintes concursos: ATRF, ISS-Porto Alegre, ICMS-Paraná, ICMS-Rio Grande do Sul, TCE-MT.

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2. APRESENTAÇÃO E METODOLOGIA DO CURSO

Quando o Professor Ricardo Alexandre me convidou para assumir o curso,

conversamos sobre algumas ideias para lhe apresentar uma proposta um pouco

diferente, tanto do livro dele quanto dos cursos tradicionais em pdf que estão na praça.

Dessa forma, após queimar um pouco a cabeça , decidi adotar seguinte uma

metodologia baseada nos seguintes pilares:

METODOLOGIA DO CURSO DE DIREITO TRIBUTÁRIO

curso escrito em pdf (teoria e questões), com todas as explicações

questões e dicas extras, enviadas pelo whatsapp, após publicação do edital

utilização de mapas mentais para fichamento das aulas

aulas em vídeo sobre sua banca e para correção do simulado/revisão

Assim, assumo o desafio e o compromisso de enxugar o número de páginas

sem perder qualidade para que consiga entrar na sua mente e colocar o direito

tributário lá dentro, por meio de uma linguagem acessível e descontraída, como esta

que você está tendo contato aqui.

Outro ponto forte será a interação que teremos em nosso grupo de whatsapp,

um diferencial após a publicação do seu edital! O envio de questões da matéria será

dividido por aulas, juntamente com dicas semanais no whatsapp, permitindo uma

revisão constante.

Um exemplo do fichamento utilizado (o da esquerda é ensinado na aula e o da

direita deve ser preenchido pelo aluno, foram retirados do meu curso de legislação

tributária estadual e a forma didática deles será utilizado já nesta aula demonstrativa

para estimular o aprendizado):

As fichas de aula permitirão que você pratique o que foi ensinado, exercendo

mais de um tipo de estímulo no processo cognitivo (que terá curso escrito,

questões no seu telefone, mapeamento da aula e, ainda, as aulas em vídeo).

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Você verá já nesta aula o padrão didático que adotaremos, com uma metodologia

apropriada para tornar seu aprendizado o mais objetivo possível e maximizar o acerto

de questões em prova. Assim, queremos criar um círculo virtuoso!

Apesar de não ser nosso objetivo, não prometemos ficar sem causar danos

ao seu cérebro , mas eles virão acompanhados de MUITO conhecimento e

desempenho em prova!

Ao final do curso disponibilizaremos todas as assertivas em um arquivo na área

do aluno para ser mais uma fonte de revisão por questões, na semana da prova.

O contato constante do nosso curso PDF + Whatsapp + fichas de aula ativará

sua memória para que você não caia na famosa curva do esquecimento:

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Para você ter uma ideia, 24h após uma aula, esquecemos entre 60%-80% do

que foi ensinado. Em outras palavras, lembramos somente entre 20%-40%. Após 30

dias, sem revisões programadas, esquecemos 97% do conteúdo daquela aula.

Note que, conforme se observa na curva, o ideal é que você revise horas depois.

Mas, baseado em estudos mais modernos, recomendamos que você revise a matéria

antes de passar uma noite de sono... no nosso caso estaremos “debatendo a matéria”

e enviando nossos mapas mentais frequentemente em nosso whatsapp.

Nossa aula terá um capítulo de resumo feito por mapas mentais e os pontos

principais da lei ou constituição – justamente para você aplicar o conceito de revisão e

não cair na curva do esquecimento.

Assim, você estará com grande DIFERENCIAL COMPETITIVO. Você verá a

transformação que ocorrerá no seu conhecimento e desempenho.

3. CRONOGRAMA DO CURSO

Teremos o seguinte cronograma para o nosso curso de Legislação Tributária:

Aula Tema Data

0 Apresentação e Metodologia: curso em pdf + questões whatsapp + fichas

de estudo.

Entendendo o Direito Tributário: a tributação e a relação jurídico-tributária.

Tributo: conceitos, espécies.

Disponível

1 Tributo: conceitos, espécies e classificação.

Limitações ao Poder de Tributar (parte 1 de 2): princípios tributários.

07/03/18

2 Limitações ao Poder de Tributar (parte 2 de 2): imunidades tributárias. 15/03/18

3 Competência Tributária. Espécies Tributárias da U, E, DF e M. 22/03/18

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4 Obrigação Tributária: principal e acessória. Fato Gerador. Sujeito ativo e

passivo. Capacidade Tributária. Solidariedade. Domicílio Tributário.

29/03/18

5 Crédito Tributário: lançamento (modalidades) e alteração. Suspensão,

Extinção e Exclusão (conceitos iniciais). Legislação Tributária: Hierarquia (CF

x LC x LO x Tratados), Vigência, Aplicação e Interpretação.

05/04/18

6 Suspensão do Crédito Tributário (Mo-De-Re-Co-Co-Pa). 12/04/18

7 Extinção do Crédito Tributário. 19/04/18

8 Exclusão do Crédito Tributário. 26/04/18

9 Responsabilidade Tributária: dos Sucessores, de Terceiros e por Infrações. 03/05/18

10 Pagamento Indevido e Repetição do Indébito Tributário. Garantias e Privilégios

do Crédito Tributário. Administração Tributária: Fiscalização, Dívida Ativa e

Certidões Negativas.

10/05/18

11 Impostos previstos na Constituição Federal. 17/05/18

Vídeo Aula. Direito Tributário ESAFiano: Preferências da banca. Temas

Estranhos e Bizarros. Dicas focada, Jurisprudência. (disponível alguns dias

após edital).

Após publicação

do edital

12 Repartição das Receitas Tributárias 24/05/18

13 SIMPLES Nacional. 31/05/18

SIMULADO (com correção em vídeo)

10 dias pré-prova

4. AULA 00 - DEMONSTRATIVA

Pegue o seu e a sua ! A partir de agora, sangue nos olhos !

A proposta (e missão!) de hoje é entendermos o que se passa no direito

tributário. Por que motivo se cobra imposto... quem integra a relação de cobrança e

quais tipos de tributos existem!

4.1 Entendendo o Direito Tributário: a tributação e a relação jurídico-tributária

A primeira coisa que você deve saber sobre o direito tributário é que ele foi

definido, doutrinariamente falando, como um ramo do direto público, ao lado, por

exemplo, do direito administrativo e constitucional. Essa divisão é apenas didática, pois

o direito é uno, indivisível, ok?

No direito tributário, assim como lá no direito administrativo, temos uma

relação vertical, onde o Estado (União, Estados e Distrito Federal e Municípios)

aparece com uma situação de supremacia perante o particular.

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Você já deve imaginar que no direito tributário estudaremos ALGO (um tributo

ou multa) que alguém (nós, contribuintes) paga para outro alguém (o Estado, o

governo, podendo ser o estado federal (a união), o estado (o ente estadual), o distrito

federal ou o município.

Vamos colocar a cachola para funcionar (para pensar!) e entender esta relação

de pagamento, à qual damos o nome de relação jurídico-tributária (como bons

futuros fiscais, vamos utilizar a nomenclatura correta)!

De um lado temos o Estado (não pagamos tributos para o governo do PT ou do

PSDB, mas sim para o Estado1, ok?) e de outro temos as pessoas que vivem nele. No

direito tributário, vamos chamar o Estado de sujeito ativo e as pessoas que pagam

tributo de sujeito passivo (ou contribuinte!).

Relação Jurídico-Tributária

Sujeito Ativo (Estado = U, E, DF e M) Sujeito Passivo = Contribuinte (Eu, você, derp, as empresas, etc)

Não precisa decorar este conceito mas entenda que na relação jurídico-tributária,

há um sujeito passivo que normalmente tem uma obrigação tributária (tributo ou

multa) a ser prestada (paga) a um sujeito ativo!

Entendida esta relação, precisamos estudar o objeto dela: os tributos!

Primeiramente, saiba que tributo não é multa. Vamos repetir, ao longo do curso,

as coisas importantes...

Tributo não é multa!

Imposto não é sinônimo de tributo, apesar de ser um tributo.

1 Sempre entenda Estado como um dos entes políticos: União na esfera federal, Estados e DF na esfera

estadual e Municípios na esfera municipal. Lembre-se que o DF é um ente misto, tendo natureza estadual

e municipal ao mesmo tempo.

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Saiba, ainda, que IMPOSTO não é sinônimo de tributo, mas apenas uma ESPÉCIE

do gênero. Assim, o imposto é um tributo, mas não podemos afirmar que tudo que

pagamos é imposto, ok? Cotidianamente vemos exemplos errados disso.

Nos jornais, é comum os apresentadores ou os repórteres comentarem sobre o

“aumento de impostos”, quando na verdade querem falar de tributos! Isso acontece

para que se tenha uma linguagem mais simplificada com o público – se você perguntar

na rua, vão saber o que é imposto, mas não necessariamente o que é uma contribuição

de melhoria! Outro exemplo é o impostômetro...que geralmente engloba todos os

tributos (como contribuições sobre o lucro, taxas, etc).

Gênero é algo (um grupo maior) que tem vários subgrupos, ok? É uma palavrinha

muito usada para definirmos conceitos. Precisamos saber algumas coisas a respeito da

classificação doutrinária dos tributos:

i) o CTN prevê apenas 3 tributos (impostos, taxas e contribuições de melhoria); trata-se de

uma classificação ternária ou tripartite;

Código Tributário Nacional

Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.

ii) já a CF/88 prevê 5 tributos, conforme entendimento do STF (pentapartite ou quinquipartida).

O texto da CF/88 prevê 3 tributos no art. 145 e em diversos outros dispositivos há outras

menções a tributos.

CF/88

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

I - impostos;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços

públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

(outros artigos!)

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Vou te apresentar no mapinha abaixo todas as ESPÉCIES do gênero tributo:

Veja que já destaquei a classificação ternária (de 3!), do CTN (saiba que o

CTN é de 1966...por isso que ele não previu todas as espécies de tributos existentes

hoje, muitas décadas depois). Também ressaltei que a posição do Supremo Tribunal

Federal, que se posicionou pela classificação pentapartida ou quinquipartida

(de 5, né, cabeça!).

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) já cobrou isso em prova:

1.(FGV/Procurador-Niterói/2014) Em um precedente específico, o STF detalhou as

espécies tributárias à luz do Sistema Tributário implantado pela Constituição de 1988.

Isso se deu no julgamento do Recurso Extraordinário nº 138.284-CE, do qual foi Relator

o Ministro Carlos Velloso, cujo voto foi acompanhado pela unanimidade dos demais

Ministros.

Em tal precedente, o STF concluiu que as espécies tributárias são

(A) impostos e taxas.

(B) impostos, taxas e contribuições de melhoria.

(C) impostos, taxas e empréstimos compulsórios.

(D) taxas, contribuições de melhoria e empréstimos compulsórios.

(E) impostos, taxas, empréstimos compulsórios e contribuições de melhoria e

parafiscais.

Fácil a resposta né? Letra (E), pois o posicionamento do STF é pela classificação

com 5 espécies de tributos...agora que sintetizamos as espécies, quero que você

preencha nossa primeira ficha (tá, pode parecer fácil para alguns, mas esse nível vai

subir e muito, pode esperar!):

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Ficha 1 – Aula 00

ESPÉCIES DE TRIBUTOS

Classificação

Quinquipartida

Classificação

Tripartida

1.

2.

3.

4.

5.

Vamos conhecer o quadro completo:

Depois estudaremos uma a uma, começando pelo conceito de TRIBUTO e

desmitificando cada uma de suas espécies.

Sabedores do que é um imposto, seremos os chatos da casa ao corrigirmos

nossos parentes, amigos, colegas, etc, quando eles falarem errado “to pagando muito

imposto!!!”... aí você manda um #VEJA BEM... você paga muito tributo...dentro dos

tributos, existem os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria, que são da

classificação ternária original da década de 60...posteriormente, com o advento da

CF/88 (seja bem chato e fale “constituição cidadã”), o STF entende que há 5 tributos,

além dos três primeiros, temos as contribuições sociais e os empréstimos compulsórios.

Que papinho !

4.2 Tributo: conceitos

O conceito e tributo é dado pelo Código Tributário Nacional:

Conceito de Tributo Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se

possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante

atividade administrativa plenamente vinculada.

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Repararam nos elementos do conceito?

Daqui tiramos o porquê de a multa não ser tributo: multa é sanção. Logo, multa

não pode ser tributo!

Professor...mas este mimimi de conceito cai em prova? Sim! O examinador adora

mimimis...e nós? Bem, nós AMAMOS mimimis, pois amamos o que o examinador adora.

2.(FGV/Auditor-Cuiabá/2014) Assinale a opção que apresenta elemento estranho ao

conceito legal de tributo.

(A) Prestação compulsória.

(B) Prestação pecuniária.

(C) Prestação com natureza de sanção.

(D) Prestação cobrada mediante atividade administrativa vinculada.

(E) Prestação instituída em lei.

Veja que são questões recentes e de concursos de cargos tops! No enunciado da

questão, pede-se o elemento ESTRANHO ao conceito legal de tributo...bem, o conceito

legal de tributo prevê que ele deve ser compulsório (ok na letra (A)), deve ser

pecuniário (Ok letra (B)), que ele não pode ser punição (OPA VIZINHO!, letra (C)

incorreta), que ele tem que ser cobrado mediante atividade administrativa vinculada

(Ok na (D)) e que deve ser previsto em lei (“E” Ok). Assim, o gabarito é (C), pois é a

única alternativa que não atende ao enunciado. O elemento apresentado é

característico, inclusive, da multa, que é quaaase um tributo – mas não é!

Isso também caiu já neste ano, agorinha, em janeiro de 2018!

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Você aí que já se achava nível hard em tributário...e você aí que está começando

a caminhar pela matéria...conceito de tributo ainda cai, viu? Foi na prova para Auditor

Fiscal de Rondônia:

3. (FGV/Auditor-Fiscal Rondônia/2018) De acordo com a definição de tributo, segundo o

Código Tributário Nacional, assinale a afirmativa incorreta.

(A) A compensação financeira pela exploração de recursos minerais não é tributo, por

ausência do caráter compulsório.

(B) A concessão de desconto ao contribuinte do IPVA, que não tenha cometido infrações

de trânsito, viola o conceito de tributo, pois o tributo não é sanção por ato ilícito.

(C) O serviço militar obrigatório não é tributo, por ser uma obrigação compulsória não

pecuniária.

(D) O acréscimo no valor do IPTU, a título de multa administrativa por ausência de

inscrição imobiliária, viola o conceito de tributo, por se tratar de sanção por ato ilícito.

(E) Os agentes públicos envolvidos na cobrança do tributo não podem agir motivados

por pressupostos de conveniência e oportunidade, devendo cumprir o que determina a

lei, pois a cobrança do tributo é atividade administrativa plenamente vinculada.

Na letra (A), se não há caráter compulsório, então não estamos falando de

tributos – essa compensação é um outro tipo de receita; na (C), não temos pecúnia

(dinheiro!) envolvido no serviço militar obrigatório, então não há que se falar em

tributo; na (E), um dos elementos do tributo, o último de nossa figura do conceito de

tributo.

As alternativas que poderiam deixar o candidato em pane eram a (B) e a (D). Na

(D), se aumentarmos o valor de um imposto, como o IPTU, por meio de uma multa,

estaremos diante de uma violação ao conceito de tributo. Não é que não possamos ter

multa: podemos, porém, a multa é algo isolado – ela vai aumentar o valor total a pagar,

mas isso será a título de multa – o valor do imposto permanece o mesmo!

Na (B), não temos uma sanção envolvida – pelo contrário, quer se motivar o bom

comportamento no trânsito – esse é o nosso gabarito, pois a alternativa está errada.

Vejamos uma ficha dos conceitos do tributo e, em seguida, vamos tratar das espécies.

Vimos 5 elementos...você consegue lembrar deles (tente completar a ficha sem olhar

a figura do início da página):

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Ficha 2 - Aula 00

CONCEITO DE TRIBUTO (elementos)

1

2

3

4

5

Agora que sabemos cada partezinha do conceito, vamos conversar um pouco

sobre elas. Vou montar um tabelão para que você possa ver o todo e as observações

(que serão bem objetivas, dentro da ideia de enxugarmos páginas sem perder

qualidade):

Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor

nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em

lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

prestação pecuniária, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir

- pecúnia significa dinheiro, ou seja, o tributo deve ser pago em moeda corrente (o que engloba,

logicamente, pagamentos mediante boletos, darf, guias...);

- cujo valor nela se possa exprimir significa que há outras hipóteses de pagamento que não em moeda

(que é a regra geral); o CTN, no art. 162, determina que o pagamento é efetuado:

I - em moeda corrente, cheque ou vale postal;

II - nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo mecânico.

Repare que o cheque, o vale o selo e a estampilha (que é um selo fiscal) representam valores que

podem representar a moeda;

Assim, não é permitido o pagamento de tributo que não em dinheiro ou os casos que o CTN traz.

Não posso trabalhar em troca do pagamento de tributo, por exemplo (o que seria uma prestação in

labora);

Não posso entregar bens em troca do pagamento de tributo (prestação in natura);

Porém, existe uma exceção trazida pela lei: a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e

condições estabelecidas em lei.

A dação em pagamento em bens imóveis é uma forma de extinção do crédito tributário, ou seja, é

uma exceção à pecúnia – mas veja que o valor de um imóvel pode ser exprimida em dinheiro.

Essa exceção surgiu via Lei Complementar, sendo plenamente válida.

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Daí tentaram fazer isso com bens móveis ... seria possível nós pagarmos tributos pela entrega de

bens, se houvesse uma lei prevendo isso ?

Teeeeêmpo... [tic tac tic tac tic tac]

Não, caro aluno! O Distrito Federal tentou fazer isso e o STF decidiu que isso seria “Ofensa ao

princípio da licitação na aquisição de materiais pela administração pública”.

Prestação compulsória

O pagamento de tributo não pode ser ignorado, sendo obrigatório. O tributo é uma receita derivada,

pois provém do patrimônio do particular.

Não pode ser sanção para ato ilícito

Essa é a principal diferença do tributo para a multa: a sanção. Assim, jamais pode o Estado (U, E,

DF,M) instituir um tributo para penalizar alguém;

Até existe uma função extrafiscal em algumas alíquotas: por exemplo, o cigarro tem altíssimas

alíquotas de IPI e de ICMS, sendo mais caro que um gênero básico de alimentação como o leite.

Essa função extrafiscal não é sanção (parece, né? Mas não é!).

Já a multa sim, essa é sanção! Ex.: multa se você sonegar imposto de renda.

instituída em lei

Somente por Lei pode ser instituído um tributo – e aí também valem as Medidas Provisórias, ok?

cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

Quando falamos em atividade administrativa vinculada, precisamos diferenciá-la da atividade

discricionária.

Uma atividade vinculada significa obrigatoriedade: o servidor que cobra tributos não pode optar por

não cobrar, ele deve realizar a cobrança, sob pena de responsabilidade funcional!

Já na atividade discricionária haveria uma série de opções dentre as quais o servidor poderia escolher,

optando por realizar ou não a atividade.

4.3 Tributo: espécies

Para aprendermos cada uma das espécies do mapinha anterior, precisamos saber

as características de cada um desses tributos. Somente depois disso é que podemos

“classificá-lo”. É importante saber, ainda, aquilo que NÃO é levado em conta para

se determinar a natureza jurídica (classificação!) do tributo:

Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva

obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:

I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;

II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.

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Quanto ao fato gerador da obrigação principal, calma, veremos o que é isso nas

aulas seguintes. Atenha-se aos incisos I e II do art. 4º do CTN (aliás, abra seu CTN e

grife esse art. 4º agora mesmo!). Não interessa para sabermos se o tributo é imposto

ou taxa o NOME dele, as características formais nem a destinação legal da arrecadação!

Agora é imprescindível a gente fragmentar as espécies e estudar cada uma

separadamente.

4.3.1 Impostos

Comecemos pelo conceito do CTN (e você grife com a marca texto amarela):

CONCEITO DE IMPOSTO

Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação

independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.

Isso quer dizer que o imposto não depende de uma atividade do Estado. O

imposto tem como norteadora uma ideia de solidariedade social. Não há um caráter

retribuído: eu não pago imposto em troca de algo específico, mas sim em troca de um

bem estar geral.

Aqui surge o conceito de tributos VINCULADOS e NÃO VINCULADOS. Repare que

o tributo é não vinculado a qualquer atividade estatal específica! Guarde muito bem

esta ideia: o imposto é aquilo que pagamos para o “bolo geral das receitas” ...esse bolo

geral é de onde saem os recursos que custeiam os serviços públicos e que pagam o

funcionamento da máquina pública.

Para provar que eu não estamos loucos nem mentindo, olha que fácil :

4. (FGV/Codemig/2015) O tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação

independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, é:

(A) contribuição de melhoria;

(B) imposto;

(C) taxa;

(D) royaltie;

(E) participação especial.

Resposta: os impostos. Os existentes hoje são os seguintes:

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Hoje não faremos fichas deles, pois isso será tratado na aula de competência!

Dessa forma, guarde que impostos são:

não contraprestacionais, não retributivos

utilizados para os serviços universais, uti universi!

4.3.2 Taxas

Começamos com o texto constitucional das taxas:

TAXAS NA CF/88 Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os

seguintes tributos:

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial,

de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua

disposição;

§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

Agora as taxas no CTN:

TAXAS NO CTN Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos

Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício

regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e

divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

[Portanto, a taxa pode ter duas razões para ocorrer (no direito tributário chamamos isso

de “Fato gerador”...será melhor explicado futuramente):

1) Exercício regular do poder de polícia;

2) utilização, efetiva ou potencial (EOUP), de serviço público específico e divisível (EED), prestado ao contribuinte ou

posto à sua disposição.

Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que

correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.

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Cai em prova: a taxa não pode ser calculada em função do capital das empresas!

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou

disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão

de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da

produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou

autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos

individuais ou coletivos.

Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo

órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de

atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:

I - utilizados pelo contribuinte:

a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;

b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição

mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;

II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de

utilidade, ou de necessidades públicas;

III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus

usuários.

#tenso né?

Mas te ajudamos. Saiba que a taxa é RETRIBUTIVA...ou seja, ela é paga em

TROCA de alguma coisa (o imposto não, lembra?). Essa alguma coisa pode ser:

i) o poder de polícia;

ii) o serviço público;

Daí o legislador se preocupou em definir o que é poder de polícia e qual serviço

público que está abrangido para que se dê a ocorrência da taxa.

Vamos resolver umas questõezinhas e parar de teorizar...

5. (FGV/ISS-Niterói/2015) A Constituição Federal prevê várias espécies tributárias, entre

as quais a modalidade cujo fato gerador pode ser o exercício do poder do Estado de

limitar as liberdades individuais em prol do bem da coletividade. Esse tributo é:

(A) empréstimo compulsório;

(B) contribuição de melhoria;

(C) imposto;

(D) taxa;

(E) contribuição parafiscal.

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Nosso gabarito é D (TAXA), pois essa limitação do poder é inerente ao poder de

polícia. É taxa decorrente do poder de polícia! Deve-se ressaltar que há

prescindibilidade de comprovação do efetivo exercício do poder de polícia, ou seja, não

precisa haver efetiva fiscalização no estabelecimento para que se cobre essa taxa,

bastando haver um órgão constituído de fiscalização.

O primeiro ponto, portanto, é saber que existem dois tipos de taxas: de serviços

públicos e de polícia. A taxa é um tributo vinculado a uma atividade estatal específica,

portanto. Feita esse esclarecimento, vejamos a confusão existente entre taxa e preço

público:

Precisamos discernir “taxas x tarifas públicas” (ou preços públicos). Existe uma

grande controvérsia sobre o que é taxa (tributo, que é pago ao Estado) e sobre o que

é tarifa ou preço público (que pode ser pago ao particular, e que não é tributo). Veja a

súmula do STF que despensa em prova:

Súmula n. 545 do STF: Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque

estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada

à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.

Pratique:

6. (FGV/TJ-PA/2009) A taxa e o preço público se caracterizam por:

(A) o preço público ser receita derivada do Estado e a taxa ser receita originária.

(B) a cobrança da taxa obedecer ao princípio da proporcionalidade do uso e a do preço

público não.

(C) o preço público poder ser cobrado pela utilização potencial do serviço, enquanto e a

taxa não poder.

(D) a taxa ter como sujeito ativo pessoa jurídica de direito público e o preço público

poder ser exigido por pessoa jurídica de direito privado.

(E) o regime jurídico da taxa ser sui generis, já o dos preços públicos ser, sobretudo,

contratual.

Nosso gabarito é D. Os serviços públicos podem, além de serem taxados, serem

remunerados de outra forma – não haverá taxa, mas tarifa ou preços públicos. Nas

taxas, o único sujeito ativo que pode existir é o Estado – na condição de pessoa jurídica

de direito público. No preço público, um ente privado poderá exigir do contribuinte uma

prestação pecuniária – que não será tributo!

Senhores...custas judiciais são taxas! Vamos destacar?

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As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de

taxa de serviço.

7.(FGV/OAB-XVII/2015) Em 17/07/2014, o Tribunal de Justiça do Estado X da Federação

instituiu, por meio de Provimento da Corregedoria Geral da Justiça, as custas judiciais e

os emolumentos cartorários vigentes a partir da data da publicação. Sobre a hipótese,

assinale a afirmativa correta.

(A) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de preço

público e, portanto, não estão sujeitos às limitações constitucionais ao poder de tributar.

(B) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de taxa de

serviço. Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral viola os princípios da

legalidade, da anterioridade de exercício e nonagesimal.

(C) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de

contribuição social. Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral viola os princípios

da legalidade, da anterioridade de exercício e nonagesimal.

(D) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de taxa de

poder de polícia. Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral viola os princípios da

legalidade e da anterioridade de exercício.

Sobre os princípios envolvidos, peço paciência, estudaremos nas próximas aulas,

apenas fique atento à natureza jurídica das custas judiciais e dos emolumentos

cartorários, que são taxas! Letra (B), portanto. Vamos treinando:

8. (FGV/SEFAZ-RJ/2011) Lei Estadual instituiu pedágio a ser cobrado por empresa privada,

concessionária, para os usuários de determinada rodovia que passa pelo território de diferentes

municípios, sem, no entanto, estabelecer via alternativa, gratuita, de trânsito. Considerando a

hipótese acima, assinale a alternativa correta.

(A) O Pedágio, no caso, tem natureza de tarifa e, como tal, apresenta obrigatoriamente a

característica da compulsoriedade.

(B) A cobrança do pedágio por pessoa jurídica de direito privado é compatível com o princípio da

indelegabilidade da competência tributária.

(C) O pedágio, na situação retratada, tem natureza de taxa, não podendo ser cobrado pela

empresa concessionária, conforme aduz o princípio da irrenunciabilidade.

(D) O oferecimento de via alternativa gratuita é condição necessária para a cobrança de pedágio.

(E) É vedado o estabelecimento de limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de pedágio,

por imposição constitucional.

Essa foi mais uma questão para diferenciar taxa de preço público...e a

aplicabilidade disso nos pedágios, já cobrada anteriormente pela banca FGV. Nosso

gabarito é B... a tarifa pública, quando cobrada por particular, não ofende o princípio

da Indelegabilidade, pois não se trata de delegação de competência tributária

(trataremos da competência mais a frente...guarde agora que no caso hipotético acima,

o pedágio seria uma TARIFA (ou preço público) e não uma taxa)!

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A FGV adora inventar casinhos hipotéticos na prova e te pedir um posicionamento

sobre eles! Na A fala-se em Compulsoriedade...o que não existe para tarifa, apenas

para taxa. Na “C”, não podemos ter uma taxa cobrada por empresa privada. Na D, está

errado, pois na lei que disciplina o regime de concessão de serviços públicos (Lei

8.987/95) não se exige obrigatoriedade de outro serviço gratuito, em que pese haver

diversos entendimentos de que quando não há outra via gratuita disponível para o

usuário, ele tem direito ao ressarcimento do pedágio. O tema é polêmico, mas foque

no objetivo da questão, que destacou o fato de o preço público não ser delegação! Na

E, totalmente descabida, algo que sabemos até na prática, por vivenciar pedágios em

nosso cotidiano.

Para um fechamento de taxas x tarifas:

Obs.: não existe mais esse princípio da anualidade; mas permanece a questão da

previsão orçamentária;

TAXA x TARIFA ou Preço Público

TAXA PREÇO PÚBLICO

É tributo, precisa de lei Não é tributo, origina-se em contrato

É compulsória, porque é tributo Facultativa

Regime de Direito Público Regime de Direito Privado ou Híbrido

Receita Derivada Receita Originária

Exemplos:

- Taxa de Serviços Diversos (comum nos municípios)

- Taxa Judiciária (existe nos Estados e União)

Exemplos:

- Tarifa de Energia Elétrica

- Tarifa de Água

Gente, agora vamos listar algumas súmulas... elas são meio autoexplicativas,

não tem porque ficar “inventando moda” em cima delas...pois é literalmente que elas

podem e vão aparecer nas provas:

Súmula n. 545 do STF: Preços de serviços públicos e taxas não se confundem,

porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança

condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.

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SÚMULAS SOBRE O TEMA TAXA

Súmulas Vinculantes - STF

12- Taxa de matrícula - "A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no

art. 206, IV, da Constituição Federal".

19- Taxa de coleta de lixo - "A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta,

remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145,

II, da Constituição Federal.”

29- Um ou mais elementos da base de cálculo dos impostos - "É constitucional a adoção, no cálculo do valor

de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja

integral identidade entre uma base e outra".

41- Taxa de iluminação pública -"O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa".

[o correto é por contribuição de iluminação pública]

Súmulas STF

595 - É inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas de rodagem cuja base de cálculo seja

idêntica à do Imposto Territorial Rural.

667 - Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o

valor da causa.

670 - O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.

665 - É constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários instituída pela lei

7940/1989.

Súmulas STJ

80 - A taxa de melhoramento dos portos não se inclui na base de cálculo do ICMS

Depois de estudar as taxas e ter resolvido 8 questões, você está

merecedor de um café! Faça uma pausa de 5-10mins e volte com força

total para o final da aula...faltam 3 espécies

Na volta, dê uma revisada nos pontos que vimos até aqui, relendo os

artigos que trabalhamos em aula!

4.3.3 Contribuições de Melhoria

Pessoal, vamos pensar. Às vezes, o governo realiza obras públicas que beneficiam

determinada região. Assim, os imóveis dela ficam valorizados...por exemplo, a

construção de uma Arena de futebol moderna, com um lago, local para prática de skate,

caminhada, brincadeiras para criançada... os imóveis dos arredores que valiam R$

100.000,00 passaram a valer R$ 200.000,00.

Não é justo para quem não teve obra perto de casa nem é justo para o Estado,

pois é um “enriquecimento sem causa” daqueles que têm imóveis por ali. Dessa forma,

foi criada a contribuição de melhoria (que tem origem na Inglaterra, quando foram

realizadas obras nas margens do Rio Tâmisa, o que possibilitou uma série de benefícios

para os proprietários dos imóveis locais). Veja o texto da CF/88:

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Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

O STF entende que “Sem valorização imobiliária decorrente de obra pública não há

contribuição de melhoria, porque a hipótese de incidência desta é a valorização e a sua base

de cálculo é a diferença entre os dois momentos: o anterior e o posterior à obra pública, vale

dizer o quantum da valorização imobiliária”. Isso quer dizer que precisa haver incremento

do valor de mercado dos imóveis!

Pessoal, entendam, isso não é automático... precisa haver um edital prevendo o

total do investimento da obra, pois o Estado não pode cobrar dos imóveis mais do que

gastou. Outro ponto importante é que o mero recapeamento asfáltico, sem incremento de

valor dos imóveis, não é suficiente para gerar contribuição de melhoria! Se for um novo

asfalta, do qual provenha valorização imobiliária, aí sim!

Encerrando aqui os ensinamentos da contribuição de melhoria, vejamos o texto

do CTN:

Contribuição de Melhoria no Código Tributário Nacional

Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos

Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras

públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite

individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

Veja, o limite total é o valor da obra; o limite individual é o valor acrescido a cada imóvel.

Já caiu uma questão bobinha da (ESAF) querendo saber se esses limites estavam

previstos na CF...e não estão!

Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:

I - publicação prévia dos seguintes elementos:

a) memorial descritivo do projeto;

b) orçamento do custo da obra;

c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;

d) delimitação da zona beneficiada;

e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada

uma das áreas diferenciadas, nela contidas;

II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de

qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;

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III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que

se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.

§ 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a

que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos

respectivos fatores individuais de valorização.

§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante

da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo

cálculo.

Pessoal, leiam tudo acima e foquem no destacado!

Sobre a Contribuição de Melhoria, você deve saber que há um Decreto-Lei

195/67, recepcionado pela CF/88 como Lei Complementar, que também regula este

tributo! Não apenas o CTN!

Conforme o referido Decreto-lei, a Contribuição de Melhoria “tem como fato

gerador o acréscimo do valor do imóvel localizado nas áreas beneficiadas direta ou

indiretamente por obras públicas”. É o decreto (status de Lei Complementar, plenamente

válido!) que explicita quais obras podem dar origem a uma cobrança da contribuição

de melhoria (não se preocupe em gravar os casos, citei apenas para conhecimento

geral, não vão lhe cobrar quais casos são ou não de contribuição de melhoria):

Art 2º Será devida a Contribuição de Melhoria, no caso de valorização de imóveis de propriedade

privada, em virtude de qualquer das seguintes obras públicas:

I - abertura, alargamento, pavimentação, iluminação, arborização, esgotos pluviais e outros

melhoramentos de praças e vias públicas;

II - construção e ampliação de parques, campos de desportos, pontes, túneis e viadutos;

III - construção ou ampliação de sistemas de trânsito rápido inclusive tôdas as obras e edificações

necessárias ao funcionamento do sistema;

IV - serviços e obras de abastecimento de água potável, esgotos, instalações de redes elétricas,

telefônicas, transportes e comunicações em geral ou de suprimento de gás, funiculares, ascensores e

instalações de comodidade pública;

V - proteção contra sêcas, inundações, erosão, ressacas, e de saneamento de drenagem em geral,

diques, cais, desobstrução de barras, portos e canais, retificação e regularização de cursos d’água e

irrigação;

VI - construção de estradas de ferro e construção, pavimentação e melhoramento de estradas de

rodagem;

VII - construção de aeródromos e aeroportos e seus acessos;

VIII - aterros e realizações de embelezamento em geral, inclusive desapropriações em

desenvolvimento de plano de aspecto paisagístico.

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4.3.4 Empréstimos Compulsórios

Os empréstimos compulsórios estão no art. 148 da CTN. A ideia deles é a

seguinte: em determinados casos, a União (e somente a União!) poderia instituir

empréstimos obrigatórios para se capitalizar. Veja os casos:

Empréstimos Compulsórios na CF/88 Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:

I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa

ou sua iminência;

II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado

o disposto no art. 150, III, "b".

Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será

vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

Pontos importantes:

✓ somente a União pode instituir;

✓ deve ser feito por LEI COMPLEMENTAR;

✓ no caso de guerra, não precisa respeitar anterioridade;

✓ se for para investimento público, precisa respeitar anterioridade (veremos na próxima aula

o que é anterioridade);

✓ os empréstimos compulsórios DEVEM OBRIGATORIAMENTE ser devolvidos

(restituídos!) aos contribuintes; essa restituição, conforme o STF, deve ser feita na

mesma espécie em que foi paga o tributo;

✓ o prazo de devolução deve ser definido na lei que instituir o empréstimo compulsório;

✓ a aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa

que fundamentou sua instituição

O empréstimo compulsório é um tributo! Existe uma súmula antiga do STF que dizia

que não era, mas ela já foi superada. FGV errou em uma questão no exame de

2012:

9. (FGV/OAB-VII/2012) No que se refere aos empréstimos compulsórios, NÃO é correto afirmar

que

(A) são restituíveis.

(B) podem ser instituídos por medida provisória, desde que haja relevância e urgência.

(C) a competência para sua instituição é exclusiva da União Federal.

(D) podem ser instituídos em caso de guerra externa ou sua iminência e, neste caso, não

respeitam o princípio da anterioridade.

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Hum...vamos analisar. A letra (A) está errada porque os empréstimos

compulsórios são restituíveis (a questão pede o que não é correto). A (B) está errada

porque somente lei complementar pode instituir esse tributo. Já as letras (C) e (D)

estão corretas – daí a anulação.

Na sua prova haverá questões bizarras, mal feitas, com duas respostas...sem

resposta...dizem que há casos em que o examinador até faz isso de propósito...mas

não de desespere, sempre marque aquela que achar que traz mais atendimento ao

enunciado da questão. O enunciado é o patrão. Veja mais uma, que deu confusão

na época (a banca trouxe o gabarito errado mas depois o retificou).

10. (ESAF/AFRF/2009) Em relação aos empréstimos compulsórios, é correto afirmar que:

(A) é um tributo, pois atende às cláusulas que integram o art. 3º do Código Tributário

Nacional.

(B) é espécie de confisco, como ocorreu com a retenção dos saldos de depósitos a vista,

cadernetas de poupança e outros ativos financeiros, por ocasião do chamado "Plano

Collor" (Lei n. 8.024/90).

(C) o conceito de 'despesa extraordinária' a que alude o art. 148, inciso I, da Constituição

Federal, pode abranger inclusive aquelas incorridas sem que tenham sido esgotados

todos os fundos públicos de contingência.

(D) se conceitua como um contrato de direito público, com a característica da

obrigatoriedade de sua devolução ao final do prazo estipulado na lei de sua criação.

(E) se subordina, em todos os casos, ao princípio da anterioridade da lei que o houver

instituído.

De cara, você deve marcar que é um tributo, gabarito (A).

O CESPE considerou errada a seguinte:

(CESPE/Procurador Federal/2004) Os empréstimos compulsórios não têm natureza tributária, uma vez

que não transferem definitivamente recursos dos particulares para o Estado, devendo ser restituídos

nos termos da lei.

Tem natureza tributária sim! Sobre os EC, o Código Tributário Nacional traz o

seguinte texto:

Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios:

I - guerra externa, ou sua iminência;

II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos orçamentários

disponíveis;

III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo. [esse aqui não foi

recepcionado pela CF88]

Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu resgate,

observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei.

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4.3.5 Contribuições Especiais

Lembra do nosso mapinha das espécies? Quero que você realize o preenchimento

dele agora:

Ficha 3 - Aula 00 - Espécies Tributárias

Já estudamos 4 das espécies tributárias, falta apenas esta ! As contribuições

especiais se subdividem em contribuições sociais e outras 3. Deixei ali em cima para

você não perder o raciocínio.

Vamos estudar as contribuições sociais, pois elas custeiam a nossa SEGURIDADE

SOCIAL...a seguridade social engloba a saúde, a previdência social e a assistência

social, temas que estão bem na moda, não é mesmo? A reforma previdenciária é um

dos temas que mais tem preocupado os brasileiros.

Contribuições

Parafiscais

(ou especiais)

Contribuições Sociais

De seguridade social

Sociais gerais

outras

CIDE = Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico

CICP = Contribuição no Interesse de Categorias Profissionais

CIP ou COSIP = Contribuição de Iluminação Pública

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As contribuições sociais são divididas nas 3 espécies do quadro acima por

entendimento do STF. Atenha-se em entender apenas a síntese do quadro, pois isso

basta para acertar as questões da prova:

Contribuições de Seguridade Social e outras contribuições sociais

- precisam ser criadas por lei complementar;

- caso já estejam previstas na CF/88, podem ser criadas por lei ordinária;

Contribuições sociais gerais

exemplo: destinadas a custear o salário-educação;

exemplo: contribuições para o Sistema S (Sesi, SESC, SENAI);

Saiba que “As contribuições sociais, previstas no art. 240, da Constituição Federal, têm

at za d ‘ t b çã a g a ’ ã t b çã p a d t d at g a

profissionais”, conforme entendimento do STF. Já já veremos essa contribuição

especial no interesse de categorias profissionais.

As contribuições sociais precisam respeitar a noventena, ou seja, somente podem

ser cobradas ou majoradas após 90 dias! Veremos e detalhes isso na Aula 01. Assim,

elas não respeitam à anterioridade, mas sim à noventena.

Mais uma coisinha sobre as CS: os Estados, o DF e os Municípios podem instituir

as contribuições sociais do art. 149. Veja:

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio

econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua

atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo

do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.

§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores,

para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não

será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.

§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo:

I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;

II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços;

Então, em regra, é competência exclusiva da União. Mas tem exceção: para

custeio do regime de previdência próprio dos servidores estaduais e municipais. Olha

como caiu em prova:

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11.(CESPE/OAB-I/2010) Contribuição cobrada de servidor público estadual e destinada

ao custeio de seu plano de aposentadoria público deve ser recolhida

(A) à União, independentemente de qualquer situação e do ente com o qual o servidor

mantenha o vínculo empregatício.

(B) ao estado, se o servidor for mero detentor de cargo efetivo estadual e se o estado

não tiver regime previdenciário próprio.

(C) à União, se o servidor for mero detentor de cargo em comissão estadual (declarado

em lei de livre nomeação e exoneração), independentemente de o estado ter, ou não,

regime previdenciário próprio.

(D) ao estado, se o servidor for mero detentor de cargo temporário estadual, no caso

de o estado possuir regime previdenciário próprio.

Questão difícil. Explico: o servidor estadual e municipal, se pertencente ao regime

estatutário, cairá na regra do §1º do art. 149: pagará contribuição ao estado ou

município.

Porém, no caso do exercício, temos uma regra diferente exposta na letra (C),

nosso gabarito: o servidor é mero detentor de cargo em comissão estadual (declarado

em lei de livre nomeação e exoneração. Neste caso, ele é filiado ao Regime Geral de

Previdência Geral (o famoso RGPS)...assim, ele contribuirá para a União, que é a “dona”

deste regime, ok?

Pessoal, basicamente é isso que precisamos saber sobre as CS. Agora vejamos

as outras 3: CIDE, CICP e CIP.

CIDE = Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico

É de competência exclusiva da União.

São tributos extrafiscais, que servem para “influenciar” o mercado ou intervir em uma situação sócio-econômica;

Um exemplo é a Cide-Combustíveis, que já caiu na segunda fase!

CICP = Contribuição no Interesse de Categorias Profissionais

São os tributo destinados a custear as corporações. O exemplo maior é a contribuição sindical.

CIP ou COSIP = Contribuição de Iluminação Pública

Haja vista o STF entender que o custeio da iluminação pública não pode ser realizado por taxa, criou-se a

contribuição para custeio da iluminação pública, no art. 149-A da CF/88. Veja:

Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas

leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.

Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo

de energia elétrica.

Pronto. Podemos fazer mais uma questão:

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12. (ESAF/PGFN/2015) A contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública

pode ser instituída

(A) por Estados, Municípios e Distrito Federal.

(B) como imposto adicional na fatura de consumo de energia elétrica.

(C) mediante a utilização de elemento próprio da mesma base de cálculo de imposto.

(D) somente por Lei Complementar.

(E) para cobrir despesas de iluminação dos edifícios públicos próprios.

Pessoa, a COSIP é de competência dos municípios e do DF! Então (A) está errada.

Na (B), fala em imposto – errado! Na (D), fala-se em LC...errado, basta uma lei

ordinária! Na (E), fala-se em cobrir despesas de prédios próprios – errado!

E porque a (C) está certa, sendo o nosso gabarito?

É comum que a COSIP venha cobrada na sua conta de energia elétrica (pode

olhar aí) com base no seu gasto mensal da conta de luz...assim, seria uma base de

calcula “própria de imposto”, geralmente imitando o ICMS.

Alguns municípios também utilizam o IPTU como um mensurador para calcular a

COSIP. Não tem problema, porque ela não é uma taxa!

Lembre-se que a COSIP está no art. 149-A e não 149 da CF/88. Você sabe o que

isso significa?

Nada...ela foi inserida lá após a proibição do uso da taxa como tributo para cobrar

o custeio da iluminação pública...a saída foi achar uma contribuição, que não teria as

vedações das taxas. Saída jurídica tipicamente brasileira...

5. QUESTÕES ESAFIANAS COMENTADAS

Separei algumas questões (e você não deve se limitar a elas, pois consultei os

sites especializados em questões e existem em torno de 70 questões da (ESAF) para o

tema da aula de hoje!

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Trouxe algumas que conseguem trazer um apanhado da nossa aula e também

algumas para te alertar de pontos que não tenham sido tão enfatizados na aula, mas

que já constaram em prova!

13. (ESAF/AFRFB/2000) Assinale a opção que corresponda, na mesma ordem, às

expressões respectivas.

- Prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que

não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade

administrativa plenamente vinculada.

- Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal

específica, relativa ao contribuinte.

- Tem por fato gerador a prestação de serviço de limpeza pública urbana.

(A) preço público, tributo, taxa

(B) tributo, imposto, taxa

(C) tributo, contribuição de melhoria, imposto municipal

(D) imposto, taxa por potencial prestação de serviços, preço público

(E) contribuição de melhoria, imposto, preço público

Na primeira, temos o conceitão de tributo, né? Facinha. Na segunda, o tributo

universal: o imposto! Aquele que não é vinculado a uma atividade estatal! Na última,

uma: prestação de serviço público! Gabarito (B).

14. (ESAF/TCU/2010) Uma taxa de iluminação pública, instituída por lei municipal, é

inconstitucional

(A) por invasão da competência tributária estadual

(B) por ter o mesmo fato gerador do imposto sobre serviços de qualquer natureza

(C) porque o serviço de iluminação pública não é divisível

(D) em razão da impossibilidade de se utilizar potencialmente o serviço de iluminação

pública

(E) porque o serviço de iluminação pública é uma unidade autônoma de intervenção, de

utilidade ou de necessidade pública

Na letra (A) temos uma assertiva absurda: a competência é municipal para a

COSIP – Contribuição para o Custeio do Serviço sobre Iluminação Pública, conforme

autoriza o art. 149-A da CF/88. Não é do Estado! O fato gerador não é o mesmo que o

ISSQN.

As demais alternativas são as que poderiam causar mais confusão...as taxas

devem ser instituídas:

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i) razão do exercício do poder de polícia ou;

ii) pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e

divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; (UEP-EED)

Note: a utilização é efetiva (quando o contribuinte utiliza o serviço, frui dele)

ou potencial (ele não está utilizando, mas o pode fazer a qualquer momento, tendo o

serviço à disposição).

Já o serviço é específico ou divisível. No caso da iluminação pública, ele é

inespecífico e indivisível, conforme orientação do STF! Não conseguimos mensurar

“quem está utilizando” a iluminação pública. Já uma taxa de coleta de lixo domiciliar

pode ser determinada para o usuário (o proprietário de uma casa por exemplo).

Veja os entendimentos do STF:

A orientação do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que a Taxa de Iluminação

Pública é inconstitucional, uma vez que seu fato gerador tem caráter inespecífico e indivisível."

É assente nesta colenda Corte que as taxas de iluminação pública e de limpeza pública se referem a atividades estatais que se traduzem em prestação de utilidades

inespecíficas, indivisíveis e insuscetíveis de serem vinculadas a determinado

contribuinte, não podendo ser custeadas senão por meio do produto da arrecadação dos impostos gerais [mas pode por contribuição, também, moçada!]

Cobrança realizada na fatura de energia elétrica. Universo de contribuintes que não coincide com o de beneficiários do serviço. Base de cálculo que leva

em consideração o custo da iluminação pública e o consumo de energia. Progressividade da alíquota que expressa o rateio das despesas incorridas pelo

município. Ofensa aos princípios da isonomia e da capacidade contributiva. Inocorrência. Exação que respeita os princípios da razoabilidade e

proporcionalidade.

I - Lei que restringe os contribuintes da COSIP aos consumidores de energia elétrica do município não ofende o princípio da isonomia, ante a impossibilidade de se

identificar e tributar todos os beneficiários do serviço de iluminação pública. II - A progressividade da alíquota, que resulta do rateio do custo da iluminação

pública entre os consumidores de energia elétrica, não afronta o princípio da capacidade contributiva.

III - Tributo de caráter 'sui generis', que não se confunde com um imposto, porque sua receita se destina a finalidade específica, nem com uma taxa, por não exigir a

contraprestação individualizada de um serviço ao contribuinte. IV - Exação que, ademais, se amolda aos princípios da razoabilidade e da

proporcionalidade.

Assim, nosso gabarito é (C)!

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15. (ESAF/AFRFB/2003) As contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico

e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, obedecem a algumas

exigências e princípios constitucionais. Aponte qual contribuição tem como fato gerador

o faturamento operacional das empresas privadas com ou sem fins lucrativos e a

utilização do trabalho assalariado ou de quaisquer outros que caracterizem a relação de

trabalho.

(A) Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS).

(B) Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS).

(C) Contribuição Social s/ o Lucro Líquido da Pessoa Jurídica (CSLL).

(D) Contribuição Provisória s/ a Movimentação Financeira (CPMF).

(E) Contribuição para o Programa de Integração Nacional (PIN).

Questão bastante difícil es específica. Ela cobra o Fato Gerador de uma

contribuição que seja o faturamento operacional e a utilização do trabalho assalariado.

Senhoras e senhores, é o famoso PIS.

A seguridade social tem as seguintes contribuições (“contribuições sociais”):

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e

indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições

sociais:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a

qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; [PIS/PASEP]

b) a receita ou o faturamento; [COFINS]

c) o lucro; [CSLL]

II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de

previdência social de que trata o art. 201; [contribuição previdenciária]

III - sobre a receita de concursos de prognósticos.

IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

Agora você já sabe um pouquinho mais sobre as espécies das contribuições da

seguridade social!

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16. (ESAF/PGFN/2007) Contribuição previdenciária classifica-se como

(A) contribuição de intervenção no domínio econômico.

(B) taxa vinculada à prestação de benefícios previdenciários de natureza continuada.

(C) contribuição corporativa.

(D) contribuição social.

(E) contribuição de seguridade vinculada ao tesouro da União, em razão da

universalidade de cobertura e de atendimento.

A questão anterior já nos preparou para essa! A contribuição previdenciária é

espécie do gênero contribuição social! 17. (ESAF/MDIC/2012) Sobre as taxas, espécie tributária prevista pelo art. 145, inciso

II da Constituição Federal, julgue os itens abaixo e a seguir assinale a opção correta.

I. O texto constitucional diferencia as taxas decorrentes do exercício do poder de polícia

daquelas de utilização de serviços específicos e divisíveis, facultando apenas a estas a

prestação potencial do serviço público.

II. O Supremo Tribunal Federal entende como específicos e divisíveis, e passíveis de

tributação por meio de taxa, os serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou

destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, desde que essas atividades

sejam completamente dissociadas de outros serviços públicos de limpeza realizados em

benefício da população em geral (uti universi) e de forma indivisível.

III. Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente

daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização

orçamentária, em relação à lei que as instituiu.

IV. A taxa, enquanto contraprestação a uma atividade do Poder Público, não pode

superar a relação de razoável equivalência que deve existir entre o custo real da atuação

estatal referida ao contribuinte e o valor que o Estado pode exigir de cada contribuinte,

considerados, para esse efeito, os elementos pertinentes às alíquotas e à base de cálculo

fixadas em lei.

(A) Apenas I, II e IV estão corretos.

(B) Apenas I, III e IV estão corretos.

(C) Apenas II e IV estão corretos.

(D) Apenas III e IV estão corretos.

(E) Todos os itens estão corretos.

Veja uma questão TOP para revisão – todas as assertivas estão corretas. Pegue

sua e grife tudão, deixe-a pronta para revisão!

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18.(ESAF/PGFN/1998)

( ) Segundo o Código Tributário Nacional, são tributos os impostos, as taxas e a

contribuição de melhoria.

( ) Os impostos são chamados de 'tributos não vinculados' porque sua cobrança

independe de uma atividade estatal específica em relação ao contribuinte.

( ) A Constituição de 1988 não estabelece que o limite total da contribuição de melhoria

seja o valor da despesa realizada pela obra pública que lhe deu causa.

Marque com um V a afirmação (ou negação) verdadeira, e com F a falsa, Em seguida,

escolha, entre as cinco opções abaixo, aquela que contem a seqüência correta.

(A) V, V, V

(B) V, V, F

(C) V, F, F

(D) F, F, F

(E) F, V, V

Comentei durante a aula que a ESAF havia cobrado em uma questão bobinha se

havia limite para o valor da Contribuição de Melhoria na CF – e não há! Todas estão

corretas, mais uma que deve ser grifada e deixada pronta para revisão.

19. (ESAF/AFRFB/2002) Assinale a opção correta.

(A) Compete supletivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no

domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como

instrumento de sua atuação nas respectivas áreas.

(B) A instituição das contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de

interesse das categorias profissionais ou econômicas depende de lei complementar de

caráter geral que defina o fato gerador e a base de cálculo.

(C) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão reter a contribuição federal,

cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício desses, de sistemas de

previdência e assistência social.

(D) Os rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, a pessoa física

que preste serviços à empresa não pode ser objeto da contribuição para a seguridade

social por constituírem base de cálculo de outra exação, o imposto de renda.

(E) As contribuições para a seguridade podem ser exigidas imediatamente, por não se

lhe aplicar a anterioridade da data da publicação da lei que as houver instituído ou

modificado em relação ao exercício financeiro da cobrança

Aqui temos duas fases para responder a questão e achar o gabarito (B).

Primeiramente, sabemos que a União é que tem competência (e a aula de competência

deixará isso bem claro, futuramente) para instituir as contribuições sociais. Essa

competência é exclusiva (exceto para as contribuições previdenciárias dos servidores

estatutários estaduais e municipais para seus respectivos regimes próprios):

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Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no

domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III,

e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.

Eliminamos a (A) e a (C), que é meio bizarra. Na (D) temos justamente uma das

contribuições de seguridade social, conforme vimos no art. 195. Na (E), temos o

princípio de noventena – será visto nas próximas duas aulas, mas já saiba que as

Contribuições Sociais somente podem ser exigidas depois de 90 dias da publicação de

sua lei:

§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes

aplicando o disposto no art. 150, III, "b".

O gabarito é (B): repare que o art. 149 determina a observância do art. 146, III: Art. 146. Cabe à lei complementar: III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:

a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos

discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;

Assim, é correto afirmar que “A instituição das contribuições sociais, de

intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou

econômicas depende de lei complementar de caráter geral que defina o fato gerador e

a base de cálculo”.

20. (ESAF/AFRFB/2009) Segundo o art. 195, caput, da Constituição Federal, a seguridade social

será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante

recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,

e das contribuições sociais que enumera. Sobre estas, é incorreto afirmar que:

(A) ao afirmar que o financiamento da seguridade social se dará por toda a sociedade, revela-se

o caráter solidário de tal financiamento. Todavia, as pessoas físicas e jurídicas somente podem

ser chamadas ao custeio em razão da relevância social da seguridade se tiverem relação direta

com os segurados ou se forem, necessariamente, destinatárias de benefícios.

(B) a solidariedade não autoriza a cobrança de tributo sem lei, não autoriza exigência de quem

não tenha sido indicado por lei como sujeito passivo de obrigação tributária, e não autoriza que

seja desconsiderada a legalidade estrita que condiciona o exercício válido da competência

relativamente a quaisquer tributos.

(C) as contribuições de seguridade social, sendo tributos, submetem-se às normas referentes às

limitações do poder de tributar, contidas no art. 150 da Constituição Federal, com exceção da

anterioridade geral, em face da norma especial contida no art. 195, § 6º (anterioridade

nonagesimal), especialmente concebida para o condicionamento da instituição de contribuições

de seguridade social.

(D) para a instituição de contribuições ordinárias (nominadas) de seguridade social, quais sejam,

as já previstas nos incisos I a IV do art. 195 da Constituição, basta a via legislativa da lei ordinária,

consoante o entendimento pacificado do Supremo Tribunal Federal.

(E) as entidades beneficentes de assistência social gozam de imunidade das contribuições para a

seguridade social.

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Essa questão está mais para o direito previdenciário – mas como previdenciário está dentro de tributário, no que se refere à parte dos tributos existentes, saiba que

(A) está incorreta, não precisa haver essa relação que a questão prega. As demais estão corretas, grife-as!

6. QUESTÕES DA AULA E GABARITO

1.(FGV/Procurador-Niterói/2014) Em um precedente específico, o STF detalhou as espécies tributárias à

luz do Sistema Tributário implantado pela Constituição de 1988. Isso se deu no julgamento do Recurso

Extraordinário nº 138.284-CE, do qual foi Relator o Ministro Carlos Velloso, cujo voto foi acompanhado

pela unanimidade dos demais Ministros. Em tal precedente, o STF concluiu que as espécies tributárias

são

(A) impostos e taxas.

(B) impostos, taxas e contribuições de melhoria.

(C) impostos, taxas e empréstimos compulsórios.

(D) taxas, contribuições de melhoria e empréstimos compulsórios.

(E) impostos, taxas, empréstimos compulsórios e contribuições de melhoria e parafiscais.

2.(FGV/Auditor-Cuiabá/2014) Assinale a opção que apresenta elemento estranho ao conceito legal de

tributo.

(A) Prestação compulsória.

(B) Prestação pecuniária.

(C) Prestação com natureza de sanção.

(D) Prestação cobrada mediante atividade administrativa vinculada.

(E) Prestação instituída em lei.

3. (FGV/Auditor-Fiscal Rondônia/2018) De acordo com a definição de tributo, segundo o Código

Tributário Nacional, assinale a afirmativa incorreta.

(A) A compensação financeira pela exploração de recursos minerais não é tributo, por ausência do caráter

compulsório.

(B) A concessão de desconto ao contribuinte do IPVA, que não tenha cometido infrações de trânsito,

viola o conceito de tributo, pois o tributo não é sanção por ato ilícito.

(C) O serviço militar obrigatório não é tributo, por ser uma obrigação compulsória não pecuniária.

(D) O acréscimo no valor do IPTU, a título de multa administrativa por ausência de inscrição imobiliária,

viola o conceito de tributo, por se tratar de sanção por ato ilícito.

(E) Os agentes públicos envolvidos na cobrança do tributo não podem agir motivados por pressupostos

de conveniência e oportunidade, devendo cumprir o que determina a lei, pois a cobrança do tributo é

atividade administrativa plenamente vinculada.

4. (FGV/Codemig/2015) O tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de

qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, é:

(A) contribuição de melhoria;

(B) imposto;

(C) taxa;

(D) royaltie;

(E) participação especial.

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5. (FGV/ISS-Niterói/2015) A Constituição Federal prevê várias espécies tributárias, entre as quais a

modalidade cujo fato gerador pode ser o exercício do poder do Estado de limitar as liberdades individuais

em prol do bem da coletividade. Esse tributo é:

(A) empréstimo compulsório;

(B) contribuição de melhoria;

(C) imposto;

(D) taxa;

(E) contribuição parafiscal.

6. (FGV/TJ-PA/2009) A taxa e o preço público se caracterizam por:

(A) o preço público ser receita derivada do Estado e a taxa ser receita originária.

(B) a cobrança da taxa obedecer ao princípio da proporcionalidade do uso e a do preço público não.

(C) o preço público poder ser cobrado pela utilização potencial do serviço, enquanto e a taxa não poder.

(D) a taxa ter como sujeito ativo pessoa jurídica de direito público e o preço público poder ser exigido

por pessoa jurídica de direito privado.

(E) o regime jurídico da taxa ser sui generis, já o dos preços públicos ser, sobretudo, contratual.

7.(FGV/OAB-XVII/2015) Em 17/07/2014, o Tribunal de Justiça do Estado X da Federação instituiu, por

meio de Provimento da Corregedoria Geral da Justiça, as custas judiciais e os emolumentos cartorários

vigentes a partir da data da publicação. Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta.

(A) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de preço público e, portanto,

não estão sujeitos às limitações constitucionais ao poder de tributar.

(B) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de taxa de serviço. Sendo

assim, o provimento da Corregedoria Geral viola os princípios da legalidade, da anterioridade de exercício

e nonagesimal.

(C) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de contribuição social. Sendo

assim, o provimento da Corregedoria Geral viola os princípios da legalidade, da anterioridade de exercício

e nonagesimal.

(D) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de taxa de poder de polícia.

Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral viola os princípios da legalidade e da anterioridade de

exercício.

8. (FGV/SEFAZ-RJ/2011) Lei Estadual instituiu pedágio a ser cobrado por empresa privada,

concessionária, para os usuários de determinada rodovia que passa pelo território de diferentes

municípios, sem, no entanto, estabelecer via alternativa, gratuita, de trânsito. Considerando a hipótese

acima, assinale a alternativa correta.

(A) O Pedágio, no caso, tem natureza de tarifa e, como tal, apresenta obrigatoriamente a característica

da compulsoriedade.

(B) A cobrança do pedágio por pessoa jurídica de direito privado é compatível com o princípio da

indelegabilidade da competência tributária.

(C) O pedágio, na situação retratada, tem natureza de taxa, não podendo ser cobrado pela empresa

concessionária, conforme aduz o princípio da irrenunciabilidade.

(D) O oferecimento de via alternativa gratuita é condição necessária para a cobrança de pedágio.

(E) É vedado o estabelecimento de limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de pedágio, por

imposição constitucional.

9. (FGV/OAB-VII/2012) No que se refere aos empréstimos compulsórios, NÃO é correto afirmar que

(A) são restituíveis.

(B) podem ser instituídos por medida provisória, desde que haja relevância e urgência.

(C) a competência para sua instituição é exclusiva da União Federal.

(D) podem ser instituídos em caso de guerra externa ou sua iminência e, neste caso, não respeitam o

princípio da anterioridade.

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10. (ESAF/AFRF/2009) Em relação aos empréstimos compulsórios, é correto afirmar que:

(A) é um tributo, pois atende às cláusulas que integram o art. 3º do Código Tributário Nacional.

(B) é espécie de confisco, como ocorreu com a retenção dos saldos de depósitos a vista, cadernetas de

poupança e outros ativos financeiros, por ocasião do chamado "Plano Collor" (Lei n. 8.024/90).

(C) o conceito de 'despesa extraordinária' a que alude o art. 148, inciso I, da Constituição Federal, pode

abranger inclusive aquelas incorridas sem que tenham sido esgotados todos os fundos públicos de

contingência.

(D) se conceitua como um contrato de direito público, com a característica da obrigatoriedade de sua

devolução ao final do prazo estipulado na lei de sua criação.

(E) se subordina, em todos os casos, ao princípio da anterioridade da lei que o houver instituído.

11.(CESPE/OAB-I/2010) Contribuição cobrada de servidor público estadual e destinada ao custeio de

seu plano de aposentadoria público deve ser recolhida

(A) à União, independentemente de qualquer situação e do ente com o qual o servidor mantenha o

vínculo empregatício.

(B) ao estado, se o servidor for mero detentor de cargo efetivo estadual e se o estado não tiver regime

previdenciário próprio.

(C) à União, se o servidor for mero detentor de cargo em comissão estadual (declarado em lei de livre

nomeação e exoneração), independentemente de o estado ter, ou não, regime previdenciário próprio.

(D) ao estado, se o servidor for mero detentor de cargo temporário estadual, no caso de o estado

possuir regime previdenciário próprio.

12. (ESAF/PGFN/2015) A contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública pode ser instituída

(A) por Estados, Municípios e Distrito Federal.

(B) como imposto adicional na fatura de consumo de energia elétrica.

(C) mediante a utilização de elemento próprio da mesma base de cálculo de imposto.

(D) somente por Lei Complementar.

(E) para cobrir despesas de iluminação dos edifícios públicos próprios.

13. (ESAF/AFRFB/2000) Assinale a opção que corresponda, na mesma ordem, às expressões respectivas.

- Prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua

sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

- Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao

contribuinte.

- Tem por fato gerador a prestação de serviço de limpeza pública urbana.

(A) preço público, tributo, taxa

(B) tributo, imposto, taxa

(C) tributo, contribuição de melhoria, imposto municipal

(D) imposto, taxa por potencial prestação de serviços, preço público

(E) contribuição de melhoria, imposto, preço público

14. (ESAF/TCU/2010) Uma taxa de iluminação pública, instituída por lei municipal, é inconstitucional

(A) por invasão da competência tributária estadual

(B) por ter o mesmo fato gerador do imposto sobre serviços de qualquer natureza

(C) porque o serviço de iluminação pública não é divisível

(D) em razão da impossibilidade de se utilizar potencialmente o serviço de iluminação pública

(E) porque o serviço de iluminação pública é uma unidade autônoma de intervenção, de utilidade ou de

necessidade pública

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15. (ESAF/AFRFB/2003) As contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse

das categorias profissionais ou econômicas, obedecem a algumas exigências e princípios constitucionais.

Aponte qual contribuição tem como fato gerador o faturamento operacional das empresas privadas com

ou sem fins lucrativos e a utilização do trabalho assalariado ou de quaisquer outros que caracterizem a

relação de trabalho.

(A) Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS).

(B) Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS).

(C) Contribuição Social s/ o Lucro Líquido da Pessoa Jurídica (CSLL).

(D) Contribuição Provisória s/ a Movimentação Financeira (CPMF).

(E) Contribuição para o Programa de Integração Nacional (PIN).

16. (ESAF/PGFN/2007) Contribuição previdenciária classifica-se como

(A) contribuição de intervenção no domínio econômico.

(B) taxa vinculada à prestação de benefícios previdenciários de natureza continuada.

(C) contribuição corporativa.

(D) contribuição social.

(E) contribuição de seguridade vinculada ao tesouro da União, em razão da universalidade de cobertura

e de atendimento.

17. (ESAF/MDIC/2012) Sobre as taxas, espécie tributária prevista pelo art. 145, inciso II da Constituição

Federal, julgue os itens abaixo e a seguir assinale a opção correta.

I. O texto constitucional diferencia as taxas decorrentes do exercício do poder de polícia daquelas de

utilização de serviços específicos e divisíveis, facultando apenas a estas a prestação potencial do serviço

público.

II. O Supremo Tribunal Federal entende como específicos e divisíveis, e passíveis de tributação por meio

de taxa, os serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos

provenientes de imóveis, desde que essas atividades sejam completamente dissociadas de outros

serviços públicos de limpeza realizados em benefício da população em geral (uti universi) e de forma

indivisível.

III. Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são

compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que

as instituiu.

IV. A taxa, enquanto contraprestação a uma atividade do Poder Público, não pode superar a relação de

razoável equivalência que deve existir entre o custo real da atuação estatal referida ao contribuinte e o

valor que o Estado pode exigir de cada contribuinte, considerados, para esse efeito, os elementos

pertinentes às alíquotas e à base de cálculo fixadas em lei.

(A) Apenas I, II e IV estão corretos.

(B) Apenas I, III e IV estão corretos.

(C) Apenas II e IV estão corretos.

(D) Apenas III e IV estão corretos.

(E) Todos os itens estão corretos.

18.(ESAF/PGFN/1998)

( ) Segundo o Código Tributário Nacional, são tributos os impostos, as taxas e a contribuição de melhoria.

( ) Os impostos são chamados de 'tributos não vinculados' porque sua cobrança independe de uma

atividade estatal específica em relação ao contribuinte.

( ) A Constituição de 1988 não estabelece que o limite total da contribuição de melhoria seja o valor da

despesa realizada pela obra pública que lhe deu causa.

Marque com um V a afirmação (ou negação) verdadeira, e com F a falsa, Em seguida, escolha, entre as

cinco opções abaixo, aquela que contem a seqüência correta.

(A) V, V, V (B) V, V, F (C) V, F, F (D) F, F, F (E) F, V, V

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19. (ESAF/AFRFB/2002) Assinale a opção correta.

(A) Compete supletivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico

e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas

respectivas áreas.

(B) A instituição das contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das

categorias profissionais ou econômicas depende de lei complementar de caráter geral que defina o fato

gerador e a base de cálculo.

(C) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão reter a contribuição federal, cobrada de seus

servidores, para o custeio, em benefício desses, de sistemas de previdência e assistência social.

(D) Os rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, a pessoa física que preste serviços

à empresa não pode ser objeto da contribuição para a seguridade social por constituírem base de cálculo

de outra exação, o imposto de renda.

(E) As contribuições para a seguridade podem ser exigidas imediatamente, por não se lhe aplicar a

anterioridade da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado em relação ao exercício

financeiro da cobrança

20. (ESAF/AFRFB/2009) Segundo o art. 195, caput, da Constituição Federal, a seguridade social será

financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos

provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das

contribuições sociais que enumera. Sobre estas, é incorreto afirmar que:

(A) ao afirmar que o financiamento da seguridade social se dará por toda a sociedade, revela-se o caráter

solidário de tal financiamento. Todavia, as pessoas físicas e jurídicas somente podem ser chamadas ao

custeio em razão da relevância social da seguridade se tiverem relação direta com os segurados ou se

forem, necessariamente, destinatárias de benefícios.

(B) a solidariedade não autoriza a cobrança de tributo sem lei, não autoriza exigência de quem não tenha

sido indicado por lei como sujeito passivo de obrigação tributária, e não autoriza que seja desconsiderada

a legalidade estrita que condiciona o exercício válido da competência relativamente a quaisquer tributos.

(C) as contribuições de seguridade social, sendo tributos, submetem-se às normas referentes às

limitações do poder de tributar, contidas no art. 150 da Constituição Federal, com exceção da

anterioridade geral, em face da norma especial contida no art. 195, § 6º (anterioridade nonagesimal),

especialmente concebida para o condicionamento da instituição de contribuições de seguridade social.

(D) para a instituição de contribuições ordinárias (nominadas) de seguridade social, quais sejam, as já

previstas nos incisos I a IV do art. 195 da Constituição, basta a via legislativa da lei ordinária, consoante

o entendimento pacificado do Supremo Tribunal Federal.

(E) as entidades beneficentes de assistência social gozam de imunidade das contribuições para a

seguridade social.

1 E 6 D 11 C 16 D

2 C 7 B 12 C 17 E

3 B 8 B 13 B 18 A

4 B 9 - 14 C 19 B

5 D 10 A 15 B 20 A

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7. FICHAS DE AULA

Ficha 1 – Aula 00

ESPÉCIES DE TRIBUTOS

Classificação

Quinquipartida

Classificação

Tripartida

1.

2.

3.

4.

5.

Ficha 2 - Aula 00

CONCEITO DE TRIBUTO (elementos)

1

2

3

4

5

Ficha 3 - Aula 00 - Espécies Tributárias

8. RESUMO DA AULA

Tributo não é multa!

Imposto não é sinônimo de tributo, apesar de ser um tributo.

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Conceito de Tributo

Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela

se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada

mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

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CONCEITO DE IMPOSTO

Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação

independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.

TAXAS NA CF/88 Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os

seguintes tributos:

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial,

de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua

disposição;

§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

TAXAS NO CTN Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos

Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício

regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e

divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

[Portanto, a taxa pode ter duas razões para ocorrer (no direito tributário chamamos isso

de “Fato gerador”...será melhor explicado futuramente):

3) Exercício regular do poder de polícia;

4) utilização, efetiva ou potencial (EOUP), de serviço público específico e divisível (EED), prestado ao contribuinte ou

posto à sua disposição.

Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que

correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.

Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva

obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:

I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;

II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.

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Cai em prova: a taxa não pode ser calculada em função do capital das empresas!

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou

disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão

de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da

produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou

autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos

individuais ou coletivos.

Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo

órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de

atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:

I - utilizados pelo contribuinte:

a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;

b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição

mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;

II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de

utilidade, ou de necessidades públicas;

III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus

usuários.

Súmula n. 545 do STF: Preços de serviços públicos e taxas não se confundem,

porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança

condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.

As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de

taxa de serviço.

SÚMULAS SOBRE O TEMA TAXA

Súmulas Vinculantes - STF

12- Taxa de matrícula - "A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto

no art. 206, IV, da Constituição Federal".

19- Taxa de coleta de lixo - "A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta,

remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo

145, II, da Constituição Federal.”

29- Um ou mais elementos da base de cálculo dos impostos - "É constitucional a adoção, no cálculo do

valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde

que não haja integral identidade entre uma base e outra".

41- Taxa de iluminação pública -"O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante

taxa". [o correto é por contribuição de iluminação pública]

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Súmulas STF

667 - Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre

o valor da causa.

670 - O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.

665 - É constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários instituída

pela lei 7940/1989.

Súmulas STJ

80 - A taxa de melhoramento dos portos não se inclui na base de cálculo do ICMS

Contribuição de Melhoria no Código Tributário Nacional

Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos

Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras

públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite

individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

Veja, o limite total é o valor da obra; o limite individual é o valor acrescido a cada imóvel.

Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:

I - publicação prévia dos seguintes elementos:

a) memorial descritivo do projeto;

b) orçamento do custo da obra;

c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;

d) delimitação da zona beneficiada;

e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada

uma das áreas diferenciadas, nela contidas;

II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de

qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;

III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que

se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.

§ 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a

que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos

respectivos fatores individuais de valorização.

§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante

da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo

cálculo.

Empréstimos Compulsórios na CF/88

Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos

compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra

externa ou sua iminência;

II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".

Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório

será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

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Pontos importantes:

✓ somente a União pode instituir;

✓ deve ser feito por LEI COMPLEMENTAR;

✓ no caso de guerra, não precisa respeitar anterioridade;

✓ se for para investimento público, precisa respeitar anterioridade (veremos na próxima aula

o que é anterioridade);

✓ os empréstimos compulsórios DEVEM OBRIGATORIAMENTE ser devolvidos

(restituídos!) aos contribuintes; essa restituição, conforme o STF, deve ser feita na

mesma espécie em que foi paga o tributo;

✓ o prazo de devolução deve ser definido na lei que instituir o empréstimo compulsório;

Contribuições

Parafiscais

(ou especiais)

Contribuições Sociais

De seguridade social

Sociais gerais

outras

CIDE = Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico

CICP = Contribuição no Interesse de Categorias Profissionais

CIP ou COSIP = Contribuição de Iluminação Pública

Contribuições de Seguridade Social e outras contribuições sociais

- precisam ser criadas por lei complementar;

- caso já estejam previstas na CF/88, podem ser criadas por lei ordinária;

Contribuições sociais gerais

exemplo: destinadas a custear o salário-educação;

exemplo: contribuições para o Sistema S (Sesi, SESC, SENAI);

Saiba que “As contribuições sociais, previstas no art. 240, da Constituição Federal, têm

natureza de ‘ t b çã a g a ’ ã t b çã p a d t d at g a

profissionais”, conforme entendimento do STF. Já já veremos essa contribuição

especial no interesse de categorias profissionais.

9. QUESTÕES VIA WHATSAPP

As questões e a interação via whatsapp dar-se-á após a publicação do edital do

concurso! A ideia é trabalhar entre 10 a 20 assertivas com um comentário resumido,

revisando ou destacando pontos da aula ou de prova.

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10. PALAVRAS FINAIS

Chegamos ao final de nossa aula demonstrativa e esperamos que tenha gostado

da nossa proposta! Repare que é uma aula enxuta, mas na medida, trazendo questões

importantes de fiscos para ressaltar pontos de cobrança de prova!

Não deixem de estudar conosco as demais matérias! Também não deixe de ler o

artigo que fiz sobre como estudar a famigerada legislação tributária: e você deve

gabaritar ou pontuar muito bem para ser aprovado!!

Bons estudos e vamos juntos GABARITAR DIREITO TRIBUTÁRIO!

Acesse também meu curso pra Auditor Estadual da Bahia:

Prepara-se com os demais cursos do nosso portal!