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Curso de Contabilidade Geral para ATRFB - 2016 Teoria e Resolução de Questões PDF 1: Parte Introdutória Prof. Marcondes Fortaleza www.3dconcursos.com.br PDF 01: Aulas 01 a 06 1 PDF 1: PARTE INTRODUTÓRIA SUMÁRIO PÁGINA Apresentação do professor 01 O curso 03 Conteúdo programático (edital ATRFB 2012) 09 Análise: contabilidade nas 10 últimas provas de ATRFB 10 Retrato ESAF de 2008 a 2016 11 Teoria: núcleo fundamental da disciplina 12 70 fatos contábeis tirados de provas de concursos 77 Lançamento dos 70 fatos contábeis 85 Fórmulas e classificação dos fatos 91 Questões ESAF 92 Gabarito 114 Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são ilegais e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize nosso trabalho e adquira nossos cursos apenas pelo site www.3dconcursos.com.br! O PROFESSOR Olá, Ilustres! É com grande satisfação que damos início a esse curso de Contabilidade Geral para ATRFB. Quero parabenizá-lo pela escolha! Aqui, você terá à disposição um curso que permanecerá atualizado até a data da prova. Esse curso passou por um cuidadoso processo de ampliação e reformulação, tudo para entregar todas as ferramentas necessárias para você botar a prova de Contabilidade Geral no bolso! Antes de falar mais sobre o curso, deixa eu me apresentar. Sou o professor Marcondes Fortaleza, ensino Contabilidade Geral e Avançada para concursos desde 2003, já passei por alguns dos maiores cursos preparatórios Brasil afora e posso dizer que tenho

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Curso de Contabilidade Geral para ATRFB - 2016 Teoria e Resolução de Questões

PDF 1: Parte Introdutória

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PDF 1: PARTE INTRODUTÓRIA

SUMÁRIO PÁGINA Apresentação do professor 01 O curso 03 Conteúdo programático (edital ATRFB 2012) 09 Análise: contabilidade nas 10 últimas provas de ATRFB 10 Retrato ESAF de 2008 a 2016 11 Teoria: núcleo fundamental da disciplina 12 70 fatos contábeis tirados de provas de concursos 77 Lançamento dos 70 fatos contábeis 85 Fórmulas e classificação dos fatos 91 Questões ESAF 92 Gabarito 114 Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são ilegais e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize nosso trabalho e adquira nossos cursos apenas pelo site www.3dconcursos.com.br!

O PROFESSOR Olá, Ilustres! É com grande satisfação que damos início a esse curso de Contabilidade Geral para ATRFB. Quero parabenizá-lo pela escolha! Aqui, você terá à disposição um curso que permanecerá atualizado até a data da prova. Esse curso passou por um cuidadoso processo de ampliação e reformulação, tudo para entregar todas as ferramentas necessárias para você botar a prova de Contabilidade Geral no bolso! Antes de falar mais sobre o curso, deixa eu me apresentar. Sou o professor Marcondes Fortaleza, ensino Contabilidade Geral e Avançada para concursos desde 2003, já passei por alguns dos maiores cursos preparatórios Brasil afora e posso dizer que tenho

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uma grande experiência em preparar alunos para a Receita Federal. ESAF é minha praia! � Passei na prova de Analista-Tributário da RFB (cargo que exerci

com satisfação durante 1 ano); � Passei na prova de Auditor-Fiscal da RFB (cargo que exerço desde

2002); � Fui instrutor do curso de formação para Analista-Tributário; � Fui instrutor do curso de formação para Auditor-Fiscal; � Fui conteudista da ESAF. “O que é isso professor?” A ESAF

ministrou um curso à distância para Auditores Fiscais da Receita Federal e Procuradores da Procuradoria da Fazenda Nacional. O curso se chamava “Contabilidade Aplicada à Administração Tributária” e eu fui uma das pessoas convidadas a escrever o material;

� Até fiscal de prova da ESAF eu fui, no concurso da Secretaria da Fazenda do Pará, em 2002. Participei das reuniões preparatórias, do processo de pegar provas, recolher, entregá-las ao coordenador na unidade, etc. “E isso serve pra quê no nosso curso, professor?”. Nada! É só pra mostrar que o Marcondinho realmente conhece as diversas facetas de um dos seus grandes adversários: a ESAF (o outro grande adversário é você mesmo; falaremos a respeito ao longo das outras aulas).

Veja bem, sem medo de ser feliz, digo que se você acompanhar atentamente esse curso, ninguém, mas ninguém mesmo, irá para a prova conhecendo mais o jeitinho de ser da ESAF do que você. Pode confiar! Continuando com minha apresentação, sou formado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Ceará e em Direito pela Universidade Federal do Pará. Possuo também pós-graduação em Direito pela Universidade de Fortaleza em parceria com a ESAF (não tem jeito, a ESAF me persegue...). Para encerrar, antes de entrar na Receita, estagiei em bancos e trabalhei mais de sete anos em uma grande empresa comercial, que possuía quase 40 filiais. Dentre outros setores, tive a oportunidade de trabalhar no contas a pagar, na tesouraria e na contabilidade dessa empresa, tendo passado por diversos etapas do processo contábil na

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prática. Conheço, enfim, a contabilidade na teoria e na prática. Mas fiquem tranquilos, esse curso será totalmente voltado para a preparação para o concurso de ATRFB. Só interessa o que já caiu ou pode cair na prova! Objetividade! Quem me conhece já sabe. Nosso negócio é ensinar a marcar o ‘x” na letra correta.

O CURSO O presente curso diz respeito à Contabilidade Geral e abordará, através de videoaulas, todo o programa descrito no cronograma. As aulas serão ministradas pensando no aluno que está vendo a disciplina pela primeira vez ou já viu a matéria e teve dificuldades. Nossa missão é desmitificar a contabilidade. Adoro ensinar para quem nunca viu ou acha contabilidade muito difícil. Deixa comigo! Cada tema será tratado passo a passo ao longo dos vídeos. Após a explanação teórica, iremos resolver questões da ESAF sofre o assunto. Depois disso, detonaremos as questões cobradas nas provas de ATRFB sobre o tema. Vejam bem, em meio as 400 questões que serão resolvidas, iremos metralhar todas (eu disse TODAS!) as de contabilidade geral cobradas na prova de Analista-Tributário nos últimos 20 anos! O PDF com todas as questões ATRFB que serão resolvidas, da mesma forma que este PDF, está disponível na parte aberta do site. Fique à vontade para compartilhar esses PDFs das aulas demonstrativas com seus amigos concurseiros: www.3dconcursos.com.br/info_cursos.php?id=347&nome=Contabilidade%20Geral%20para%20Analista-Tribu%E1rio%20da%20RFB Principalmente nesse início, o curso será intencionalmente beeeeem cadenciado. A ideia é conduzir o aluno zerado na matéria até o debitar e creditar com segurança. Para isso seguiremos todo um script já consagrado (e aqui agradeço às diversas mensagens nos fóruns Brasil afora indicando o Marcondinho), um passo a passo cuidadosamente planejado para que você efetivamente entenda a matéria. Sempre pensaremos em quem está vendo o assunto pela primeira vez ou tem dificuldade na disciplina. Mas é bom ficar esperto! Com o passar das aulas o curso ganha uma dinâmica mais intensa. O aluno iniciante terá que fazer bem o dever de casa para

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conseguir acompanhar o curso, pois não ficaremos, nem de longe, em um nível superficial. Pelo contrário! Você ficará preparado para resolver as questões simples, as de nível médio de dificuldade, as difíceis e as mal feitas (vá se acostumando com a ESAF). Só para lembrar, estamos nos preparando para um concursos bastante visado, para entrar em um dos órgãos mais fortes do serviço público. Seu sacrifício vai valer a pena, ah, vai... Sobre o Material de Apoio Esse é um curso de videoaulas. Sendo assim, não terá a teoria completa na forma de PDF (alguns cursos do 3D, notadamente os dos professores Pacelli e Fonte, terão PDF com teoria completa, constituindo-se em verdadeiros cursos “2 em 1”). Ainda assim, quem já estudou comigo sabe, vocês terão um belo material de apoio, com as informações de que precisam para conhecer a ESAF, as principais normas cobradas em prova e todas as questões que serão resolvidas. Para cada assunto diferente (que pode abranger apenas uma aula ou mais de uma aula) será disponibilizado um PDF de apoio e os slides com as anotações feitas em sala. Esse primeiro PDF diz respeito à parte introdutória da nossa matéria (aulas 1 a 6 do curso). Novidade exclusiva para aluno 3D Concursos Mesmo sendo essencialmente um curso de videoaulas, nada impede que eu faça ao longo da jornada resumos teóricos destacando os pontos principais de alguns temas, algo que vai ajudar bastante na hora da revisão final. Tais destaques teóricos, quando houver, aparecerão sempre no início dos PDFs, sendo seguidos pelas questões relativas ao assunto, com gabarito no final. Nessa PDF inicial, por exemplo, vou tratar daquilo que eu costumo chamar de “núcleo fundamental da disciplina”. Isso porque é importantíssimo que todo aluno saiba:

a) o que é ativo, passivo, pl, receita e despesa, diferenciando numa boa um grupo do outro; e

b) debitar e creditar com tranquilidade.

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Questões Foco total em questões da ESAF, Ilustres! Serão 400 questões. Vai ter de tudo: questões recentes, questões antigas (devidamente adaptadas), questões clássicas, questões polêmicas, questões fáceis, questões mais ou menos e questões difíceis. Cada pegadinha, cada artimanha da banca será esquadrinhada no nosso curso. Será um verdadeiro passeio pelo Universo ESAF. No que diz respeito a questões recentes, vamos resolver, inclusive, as questões de contabilidade geral da ANAC 2016 e FUNAI 2016 (prova que ocorrerá apenas em agosto de 2016). O curso mais atualizado do Marcondinho à disposição no mercado será esse do 3D! Resolveremos também, quando necessário, questões de outras bancas, pois nem sempre há questões suficientes da ESAF sobre todos os assuntos. Estou atento às questões de todas as instituições organizadoras, Ilustres. Questões importantes para uma preparação top estarão no material. Podem confiar! Estrutura Antes de postar a estrutura, algumas considerações importantes. Não estou querendo ser artista, mas um curso desse pra mim é uma obra em constante construção. Sendo assim, nada impede que ocorram mudanças na estrutura do curso. Por exemplo: uma aula prevista para o meio do curso pode ser remanejada para o final ou uma aula com mais de um assunto pode ser desmembrada. O importante, no final das contas, é o seguinte: todos os assuntos serão vistos. Todas as questões serão resolvidas. Simples assim. No que diz respeito a datas, também poderão ocorrer mudanças. “Ô professor, pra que cronograma, se tudo pode ser alterado?” Precisamos de um norte, pessoal, algo para ter como referência. Cabe destacar que nos meus cursos já gravados Brasil afora, os cronogramas sempre foram cumpridos. 100%. Mas imprevistos

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acontecem. Sou servidor público e às vezes aparecem viagens não previstas. Enfim, é bom avisar (“o combinado não é caro”). De início, o curso está dividido didaticamente em 30 aulas, da seguinte forma:

AULA PDF ASSUNTOS 01 1 Contabilidade Introdutória – Parte I 02 1 Contabilidade Introdutória – Parte II 03 1 Contabilidade Introdutória – Parte III 04 1 Contabilidade Introdutória – Parte IV 05 1 Contabilidade Introdutória – Parte V 06 1 Contabilidade Introdutória – Parte VI 07 2 Balanço: Estrutura e Critérios de Classificação 08 3 Regimes de Escrituração 09 4 Operações com Duplicatas 10 5 Escrituração: Resolução CFC e Código Civil 11 6 Princípios de Contabilidade 12 7 CPC 00 – Estrutura Conceitual Básica 13 8 Perdas Estimadas 14 8 CPC 25: Provisões, Passivos e Ativos Contingentes 15 9 Depreciação – Parte I 16 9 Depreciação – Parte II 17 9 Amortização e Exaustão 18 10 Classificação de todas as contas da ESAF 19 11 Operações com Mercadorias – Parte I 20 11 Operações com Mercadorias – Parte II 21 11 Operações com Mercadorias – Parte III 22 12 Demonstração do Resultado do Exercício 23 13 Reservas de Lucros, Debêntures, Doações e

Subvenções Governamentais 24 14 Dividendos

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AULA PDF ASSUNTOS 25 15 Reservas de Capital 26 16 Critérios de Avaliação do Ativo e do Passivo,

Mensuração a Valor Justo 27 17 Folha de Pagamento

28 18 Intangível. Tratamento dos saldos existentes do ativo diferido e da reserva de reavaliação

29 20 Resumão Pronunciamentos do CPC para ATRFB Já houve alteração em relação ao cronograma inicial. Verifique, sempre, no site, o cronograma completo atualizado. Índice dos Vídeos Ninguém aí tem tempo a perder não é verdade? Irei disponibilizar um índice completo com o conteúdo de todos os vídeos (a previsão é que o curso tenha 120 vídeos de 30 minutos). Com esse índice você poderá ir direto no assunto e/ou na questão de seu interesse. Eis um exemplo (fictício):

VÍDEO 50 • Operações com duplicatas, Cobrança em carteira • Cobrança simples bancária e Desconto de duplicatas • Resolução das questões: 71 e 72

Questões ATRFB - VÍDEO 05 • Questões ATRFB 70, 71, 72, 73, 74 e 75 Além dos PDFs que serão fornecidos ao longo das aulas (previsão de 20 PDFs), com as questões relativas a cada assunto, já foi disponibilizado o PDF com as 80 questões ATRFB que serão resolvidas. No exemplo dado, houve a resolução das questões 71 e 72 do PDF 4, que trata de Operações com Duplicatas, e de seis questões ATRFB. Observe que teremos uma numeração para as questões ATRFB e outra para as questões “normais” (teremos a questão 71 dos PDFs “normais” e a 71 do PDF das questões ATRFB; da mesma forma, teremos o vídeo nº 20 relativo à teoria + questões “normais” e o vídeo nº 20 referente à resolução de questões ATRFB). Enfim, as questões ATRFB terão numeração separada.

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Para finalizar, lembre do seguinte (e espalhe!!!): � As aulas ficarão disponíveis até a data para apresentação dos recursos do próximo concurso para ATRFB. � Acesso ilimitado durante a vigência do curso: veja o vídeo quantas vezes quiser. Aproveite! � Vídeos com acelerador de velocidade. � Fórum de dúvidas: até o momento, 100% das perguntas respondidas. Esse é o padrão Marcondinho. � Garantia de atualização: se mudar algo na matéria ou algum entendimento da ESAF, gravarei uma atualização e disponibilizarei imediatamente. Você estudará por um curso totalmente atualizado até a próxima prova de Analista-Tributário da RFB! Qualquer dúvida em relação à matéria, dinâmica do curso ou

comentário, estou à disposição no fórum do curso ou através do e-mail [email protected]. Siga o Marcondinho nas redes sociais: Canal do YouTube: https://www.youtube.com/channel/UClumKyGeC3dmE5meO00Ni9Q Vamos, juntos, vencer a danada da contabilidade!

Face: www.facebook/marcondesfortaleza

Instagram: @marcondesfortaleza

Periscope: @marcondesfortaleza

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ATRFB 2012

CONTABILIDADE GERAL:

01. Princípios Contábeis Fundamentais. 02. Patrimônio: Componentes Patrimoniais: Ativo, Passivo e Situação Líquida (ou

Patrimônio Líquido). 03. Diferenciação entre Capital e Patrimônio. 04. Equação Fundamental do Patrimônio. 05. Representação Gráfica dos Estados Patrimoniais. 06. Fatos Contábeis e Respectivas Variações Patrimoniais. 07. Contas: Conceito, Débito, Crédito e Saldo – Teorias, Função e Estrutura das

Contas – Contas Patrimoniais e de Resultado. 08. Apuração de Resultados. 09. Sistemas de Contas. Plano de Contas. 10. Provisões em Geral. 11. Escrituração: Conceito e Métodos – Lançamento Contábil: Rotina e Fórmulas.

Processo de Escrituração. Escrituração de Operações Financeiras. 12. Livros de Escrituração: Obrigatoriedade, Funções e Formas de Escrituração.

Erros de Escrituração e suas correções. 13. Sistema de Partidas Dobradas. 14. Balancete de Verificação. 15. Balanço Patrimonial: Obrigatoriedade e apresentação. Conteúdo dos Grupos e

Subgrupos. 16. Classificação das Contas, Critérios de Avaliação do Ativo e Passivo e

Levantamento do Balanço de acordo com a Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações).

17. Demonstração do Resultado do Exercício: Estrutura, Características e Elaboração de acordo com a Lei nº 6.404/76.

18. Apuração da Receita Líquida, do Custo das Mercadorias ou dos Serviços Vendidos e dos Lucros: Bruto, Operacional e Não-Operacional do Exercício, do Resultado do Exercício antes e depois da Provisão para o Imposto sobre a Renda e para a Contribuição Social sobre o Lucro.

19. PIS/PASEP e COFINS - Regime cumulativo e não-cumulativo. O edital de 2012 está idêntico aos de 2009 e 2005 (igualzinho mesmo, sem tirar

nem pôr). Em relação aos de 2003, 2002.2, 2002.1 e 2000, foi acrescentado apenas o item "19- PIS/PASEP e COFINS - Regime cumulativo e não-cumulativo". Deste modo, basta uma olhada no que caiu nos últimos concursos para vermos o que pode ou não ser cobrado.

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CONTABILIDADE NAS PROVAS DE ANALISTA-TRIBUTÁRIO DA RFB � 1997: 5 questões ..................... todas ok � 1998: 5 questões ..................... todas ok � 2000: 10 questões ................... 1 anulada + uma mal feita não anulada � 2002.1: 10 questões ................ 1 anulada; as demais ok � 2002.2: 10 questões ................ 2 anuladas + uma absurda � 2003: 10 questões ................... 1 anulada; as demais ok � 2006: 10 questões ................... 2 anuladas + uma mal feita não anulada � 2009: 10 questões ................... sem anulações; uma mal feita � 2012: 10 questões ................... todas ok � Total: 80 questões

Veja que de 97 pra cá tivemos 80 questões de Analista-Tributário da Receita Federal. Vez ou outra aparece uma questão mal feita (prepare seu espírito pra isso). Geralmente as questões têm um nível “mais ou menos” (nem água com açúcar, nem fim de mundo). Eis os assuntos que mais caíram:

� Relação de Contas ...................................... 14 � Operações com Mercadorias ...................... 12 � Lei 6.404/76 (art.175 a 202) ....................... 07 � Lançamentos/ARE...................................... 07 � Desconto de Duplicatas .............................. 05 � DRE ............................................................ 05 � Depreciação ................................................ 05 � Provisões .................................................... 05 � Regimes de Escrituração ............................ 03 � Escrituração ................................................ 02 � Teorias das Contas...................................... 02 � Conciliação Bancária- ................................ 01 � Equação Fundamental ................................ 01 � Equivalência Patrimonial ........................... 01 � Lucro Real – Noções .................................. 01 � Princípios .................................................... 01 � Reserva Legal ............................................. 01 � Tipos de Fatos Contábeis ........................... 01 � Fórmulas de Lançamento ........................... 01 � Diversos ...................................................... 05 � Total............................................................ 80

O peso de contabilidade no último concurso (prova de 2012): � Quantidade de questões: 10/135 � Quantidade de pontos: 20/240 => 8,33% do total � É a segunda matéria mais importante para fins de desempate

(A primeira é Direito Tributário. Olha o curso do Tudão galera!).

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RETRATO ESAF: 2008 A 2016 De 2008 pra cá a ESAF fez as seguintes provas de Contabilidade Geral:

CONCURSO MÊS/ANO Contador da FUNAI (questões serão resolvidas nesse curso) 08/2016 Especialista da ANAC 03/2016 Auditor-Fiscal da RFB 05/2014 Contador do Ministério do Turismo 02/2014 Analista Técnico-Administrativo do MF 08/2013 Contador do MF 08/2013 Analista de Finanças e Controle da STN 03/2013 Auditor-Fiscal da RFB 09/2012 Analista-Tributário da RFB 09/2012 Analista do Comércio Exterior do MDIC 05/2012 Analista da CVM 10/2010 Fiscal de Rendas do RJ 09/2010 Analista Técnico da SUSEP 04/2010 Analista de Planejamento e Orçamento 03/2010 Auditor-Fiscal da RFB 12/2009 Analista-Tributário da RFB 12/2009 Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças 03/2009 Analista de Finanças e Controle da STN 11/2008 Auditor da Prefeitura de Natal 08/2008 Analista de Planejamento e Orçamento 06/2008 Analista de Finanças e Controle da CGU 03/2008

Vamos ver quais foram os assuntos de Contabilidade Geral mais cobrados nesses 8/9 últimos anos: 1º Lugar: Contas 2º Lugar: Operações com mercadorias 3º Lugar: Lei 6.404/76 4º Lugar: Demonstração do Resultado do Exercício Depreciação 6º Lugar: Provisões Parte introdutória 8º Lugar: Fatos contábeis seguidos de perguntas sobre o patrimônio Equivalência Patrimonial 10º Lugar:Princípios Nada é mais eficiente do que resolver provas anteriores. Baixe essas provas. Resolva as questões das disciplinas que cairão no concurso, tomando o devido cuidado com as desatualizadas. Vire especialista em ESAF!

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CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA -Núcleo Fundamental da Disciplina-

1.1 INTRODUÇÃO

Ilustres,

Nesse primeiro bate papo irei apresentar a vocês a parte central da nossa disciplina, aquela parte inegociável, sem a qual não dá para seguir adiante de modo satisfatório, que é: saber o que é ativo, passivo, pl, receitas e despesas e saber debitar e creditar. Se você entender isso direitinho, será meio caminho andado para botar a contabilidade no bolso. “E se eu não entender, professor?”. Bem se não entender, entrará na lista dos que consideram contabilidade o “fim do mundo”. Mas não será o caso. Não tem porque não entender. É fácil. De cara, uma dica importantíssima é você tirar da cabeça, desde já, essa história de que débito é ruim e que crédito é bom. Antes de avançar até o núcleo fundamental, no entanto, vamos conversar rapidamente sobre os aspectos iniciais, itens básicos que devem ser vistos porque caem em concurso. Aliás, tudo o que gente for ver aqui cai em concurso: foco total. Vamos lá, rapidinho. Conceito Contabilidade é uma ciência. Afaste, de cara, qualquer alternativa que trate a contabilidade como arte, técnica ou metodologia. Enquanto ciência, obviamente, ela possui objeto próprio. No nosso querido planeta terra, onde há uma supervalorização do “ter”, chega a ser óbvia a existência de uma ciência voltada especificamente para o estudo do patrimônio das pessoas, haja vista a enorme importância que este tem no nosso dia a dia. No caso das empresas, então, o perfeito controle de tudo o que elas possuem e devem e o acompanhamento de como a riqueza aumenta ou diminui ao longo do tempo chega a ser decisivo em um ambiente de grande concorrência, onde a eficiência nos processos precisa ser aperfeiçoada constantemente. É nesse contexto que ganha importância a contabilidade, que é a ciência voltada para o estudo, registro, controle e acompanhamento do patrimônio das entidades.

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Objeto

O objeto da contabilidade, ou seja, o assunto do qual ela trata,

é o patrimônio das entidades. Mas, o que vem a ser o patrimônio? É o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade, a saber: as coisas que a entidade possui para usar ou vender (móveis, equipamentos, veículos, mercadorias, exemplos de bens), os valores a receber de alguém (direitos) e as dívidas perante terceiros (obrigações). Quantificar exatamente esses montantes e acompanhar quaisquer modificações ocorridas neles. É a isso que a contabilidade se dedica.

É importante que cada um de nós saibamos quanto possuímos

e devemos. Você, aluno 3D, tem controle sobre seu patrimônio? Sabe quanto tem em bens e direitos? E em relação às dívidas, sabe quanto deve nesse momento? Comparando sua situação patrimonial com a do ano anterior, seu patrimônio aumentou ou diminuiu? Sabe os motivos desse acréscimo/decréscimo?

A contabilidade responde a essas questões.

Finalidade/Usuários

A finalidade da contabilidade é fornecer informações úteis aos

seus diversos usuários. Qualquer pessoa interessada na informação contábil, quer esteja dentro da entidade (gerentes, administradores, sócios) ou fora dela (clientes, fornecedores, bancos, governo) é considerada um usuário da informação contábil. Mas que tipo de informação o usuário quer? Qual tipo de informação a entidade deve divulgar? Ora, é claro que não interessam informações insignificantes do tipo, “em uma tarde, no escritório da multinacional X, em São Paulo, são utilizados, pelo funcionário Y, 50 clipes de papel”. O que interessa é o fornecimento de informações úteis1, aquelas que são relevantes e que representam fidedignamente a realidade.

1 Na aula 12, no estudo do CPC 00, estudaremos as características da informação contábil bem direitinho.

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Contabilidade é a ciência que controla o patrimônio (objeto) a fim de fornecer informações (finalidade) a quem interessar possa (usuários). Campo de Aplicação

Onde a contabilidade vai atuar? Onde houver um patrimônio sendo gerido, ou seja, um patrimônio com alguém cuidando dele. Cabe destacar que essa gerência, esse ‘cuidar’, não tem nada a ver com eficiência. Essa gerência pode ser um desastre e ainda assim, haverá contabilidade. Enfim, onde houver um conjunto de bens, direitos e obrigações, com atos de gestão, aí haverá a contabilidade. Para a prova, no entanto, o mais importante é memorizar o seguinte: o campo de aplicação da contabilidade é a entidade econômico-administrativa, também chamada de azienda. Cabe destacar que azienda ou entidade econômico-administrativa é algo mais amplo do que empresa. Pensamos muito em contabilidade para empresas que prestam serviços, compram, fabricam e vendem com lucro, mas a contabilidade vai além. Você, caro aluno, é uma azienda, assim como as empresas, as associações, igrejas, clubes de futebol, municípios, etc. Dito isto, é bom destacar que no nosso curso a abordagem será focada nas empresas comerciais, assim como acontece nas provas de contabilidade geral.

Funções

Aqui mais um decorebinha para acertar aquela questão dada na

prova. A contabilidade tem duas funções:

� Função Administrativa: controlar o patrimônio � Função Econômica: apurar o resultado (ou rédito)

Se a contabilidade tem por finalidade fornecer informações

úteis sobre o patrimônio, é obvio que ela precisa conhecer ‘só tudo’

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sobre o seu objeto, enfim, tem que controlar e conhecer a fundo o patrimônio, para poder dar as informações de que os usuários necessitam (função administrativa). Outra coisa, não basta saber qual é o patrimônio da entidade em determinada data. Temos que verificar, por exemplo, se esse patrimônio aumentou ou diminuiu no último ano, conhecendo as razões desse aumento ou diminuição. Via de regra, a riqueza de uma entidade aumenta ou diminui por conta do chamado resultado, que é a verificação da ocorrência de lucro (receitas maiores do que despesas) ou prejuízo (despesas maiores do que receitas). Daí a importância da função econômica. Calma que no momento adequado iremos estudar o que é receita e despesa.

Técnicas Contábeis

Mais um assunto fácil, Ilustres. Técnicas contábeis são as

ferramentas que a contabilidade utiliza para exercer o seu papel. Existem quatro técnicas: escrituração, demonstrações, auditoria e análise.

Tudo começa com a escrituração2, que é o registro de todas as

ocorrências que afetam o patrimônio. Sendo a ciência que controla o patrimônio a fim de fornecer informações, é óbvio que a Contabilidade deve estar atenta a todos os fatos que alteram os bens, direitos e obrigações de uma empresa. Houve alguma alteração, por menor que seja? Devemos efetuar o respectivo registro, dizer o que exatamente foi modificado no patrimônio. Isso também é chamado de lançamento que é, no final das contas, o debitar e o creditar na Contabilidade. Por ser o ponto de partida, é fundamental o entendimento de como se registra um fato, assunto que será cuidadosamente debatido adiante, em meio a vários exemplos.

A contabilidade existe para fornecer informações úteis, que

auxiliem na tomada de decisões por parte dos usuários. Sendo assim, de nada adianta dizer ao dono de uma empresa que em relação ao seu patrimônio houve, por exemplo, cinco mil fatos que alteraram seu patrimônio e passar a narrar um festival de débitos e créditos. Será 2 Na realidade, chamamos de escrituração a reunião de lançamentos. Nesse primeiro momento, no entanto, trataremos escrituração como sinônimo de registro contábil.

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que ele compreenderia alguma coisa? Provavelmente não! É por isso que, após o registro de todos os fatos ocorridos em determinado período, a empresa elabora demonstrativos diversos, cada um com uma finalidade específica, informando aos usuários, por exemplo, qual é o seu patrimônio em uma data determinada data (Balanço Patrimonial), qual foi o lucro ou prejuízo apurado (Demonstração do Resultado do Exercício), o que foi feito com esse resultado (Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados), o que tem acontecido com o caixa (Demonstração dos Fluxos de Caixa) e como a empresa gera riqueza e a distribui entre os funcionários, proprietários, governo e terceiros (Demonstração do Valor Adicionado). São feitas, enfim, tabelinhas criadas para atender a finalidades específicas. Tais tabelinhas são conhecidas como demonstrações contábeis3, as quais resumem a escrituração, tornando-a mais amigável ao usuário.

A auditoria consiste, grosso modo, na obtenção de evidências

sobre as informações contidas nas demonstrações: todos os fatos foram realmente registrados de forma correta? As demonstrações foram elaboradas de acordo com os princípios e normas contábeis?

Por fim, a análise das demonstrações contábeis, também

conhecida como análise de balanços, trata do estudo das demonstrações, através do qual elas são analisadas sob diferentes aspectos, de modo que o usuário consiga extrair diversas informações, tais como liquidez, endividamento, rotatividade e rentabilidade.

3 Há outras demonstrações contábeis. Neste curso iremos estudar detalhadamente o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício. As demais demonstrações (inclusive as não citadas aqui) serão estudadas no curso de Contabilidade Avançada para a AFRFB.

Escrituração(registrar)

Demonstrações(montar quadros

explicativos)

Auditoria(verificar se está

tudo certo)Análise

(estudar as demonstrações)

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1.2 PATRIMÔNIO Já vimos que o objeto de estudo da contabilidade é o

patrimônio, que é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade. Pensando, sempre, em quem está vendo a matéria pela primeira vez, vamos conversar um pouco sobre os termos tratados no conceito de patrimônio. Perceba que o senso comum vai nos ajudar bastante nessa tarefa. Bens (também chamados de direitos reais)

Bem é algo que atende a uma necessidade humana e pode ser mensurado. São os elementos que podem ser utilizados ou vendidos e que têm valor: dinheiro no bolso, dinheiro no banco, máquinas, equipamentos, móveis, utensílios, veículos, terrenos, mercadorias, produtos, etc. A despeito dos exemplos dados, nem todo bem é tangível ou material. Veja o caso de um programa de computador: tem utilidade e é avaliável em dinheiro (custa algum valor) e, por isso, também é um bem, só que intangível. Há outros exemplos de bens incorpóreos, tais como marcas e patentes. É importante que fique claro que um bem pode ser material ou imaterial e que necessariamente a ele deve ser possível atribuir um custo. O ar, por exemplo, tem uma enorme utilidade, mas nós não atribuímos um custo a ele. Ninguém diz: “o ar da minha empresa foi comprado por tantos reais”.

Cabe destacar que a contabilidade só trata de itens que possam

ser mensurados. Se não tiver valor, não entra na contabilidade. Sendo assim, essa história de que precisa ter um custo vale para todos os elementos da contabilidade (ativo, passivo, pl, receitas e despesas). Direitos (também conhecidos como direitos pessoais)

São todos os valores que a empresa tem a receber ou a recuperar, bem como tudo o que ela emprestou ou adiantou a alguém. São os créditos perante terceiros. Emprestou algo a alguém?

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Ficou com um direito denominado empréstimos concedidos4. Adiantou salário a um empregado? Surgiu no seu patrimônio um direito denominado adiantamento a empregados. Vendeu mercadorias ou prestou serviços a prazo? Apareceu um direito comumente chamado de clientes ou duplicatas a receber. Direitos, simplificando, são os montantes que a empresa tem a receber ou a recuperar dos outros. Obrigações

Aqui também o senso comum ajuda bastante: obrigações são as dívidas que a entidade contraiu junto a terceiros: contas a pagar, empréstimos obtidos, tributos a recolher; enfim, são os valores que cedo ou tarde a empresa terá de pagar a alguém. Situação Líquida

Embora não esteja expresso no conceito de patrimônio, é importante o entendimento do que seja a situação líquida (adiante veremos se há diferença entre situação líquida e patrimônio líquido). Se uma pessoa converter todos os seus bens e direitos em dinheiro e pagar todas as suas dívidas, diz-se que a sobra é sua situação líquida (SL). A SL é, portanto, quanto efetivamente pertence ao dono da entidade sendo, por isso, conhecida como capital próprio (riqueza do proprietário). É fácil visualizar. Imagine que alguém tenha, em bens e direitos o valor de R$ 20 e que possua, ao mesmo tempo, uma dívida também de R$ 20. Essa pessoa, no final das contas, não possui recurso próprio, sua riqueza é zero! Ora, se ela vender o bem pelo preço de custo e receber o direito ficará com R$ 20 nas mãos. Só que terá de pagar sua dívida, também no valor de R$ 20. No final da história: nada no bolso! É por isso que para avaliarmos se alguém é “rico” ou não, não devemos focar apenas nos bens e direitos (praxe nesse mundão doido que adora aparências, diga-se de passagem), pois alguém pode ter aplicações, terrenos, investimentos e carros na casa de bilhões mas, do mesmo modo, pode estar devendo bilhões. Já outro, com apenas uma simples casa, mas sem dever a ninguém, pode ter uma SL maior. Vamos comparar duas situações: 4 Veremos mais adiante que há flexibilidade na nomenclatura das contas, a depender do plano de contas estruturado pela entidade. O que é “empréstimos concedidos” em uma empresa, pode ser “empréstimos a receber” em outra, por exemplo.

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Patrimônio 1 Dinheiro--------- 100.000 Financiamentos Bancários a Pagar-----400.000 Casa------------- 200.000 Contas a Pagar--------------------------200.000 Terrenos--------- 300.000 TOTAL------------600.000 TOTAL------------------------------------600.000 Análise: A pessoa possui bens e direitos no valor de 600 mil,

mas sua riqueza é zero, pois suas dívidas também chegam a 600 mil. Patrimônio 2 Dinheiro--------- 1 Contas a Pagar------- 0,50 Análise: A pessoa quase não possui patrimônio, pois há

somente um bem (dinheiro) na quantia irrisória de um real (R$ 1); entretanto, as dívidas são menores ainda (praticamente zero), de modo que possui patrimônio líquido de 0,50 centavos – quase nada, mas possui!

Embora prosaicos, os exemplos servem para deixar claro, desde já, que:

• Não é um Ativo (bens e direitos) grande, por si só, que vai indicar

que alguém está “rico” • Não é um PASSIVO (obrigações) enorme, por si só, que vai indicar

que alguém está “pobre”.

Por fim, cabe destacar que, por convenção, quando vamos representar o patrimônio de alguém, os bens e os direitos ficam do lado esquerdo. Já as dívidas e a situação líquida ficam do lado direito. Em termos de valor, o lado direito sempre será igual ao lado esquerdo. Veremos o motivo adiante!

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1.3 CONTAS

Nesse ponto do material já deu pra perceber que a contabilidade trabalha com dois aspectos do patrimônio: o aspecto qualitativo (dizer o nome do item) e o aspecto quantitativo (mostrar o valor do item). Não interessa informar que uma entidade tem um terreno, sem conseguir indicar qual é o valor desse terreno: mil, um milhão ou um bilhão? Ora, tem que dizer o valor, tem que ter o aspecto quantitativo. Da mesma forma, não adianta nada dizer que alguém tem “algo” de 10 mil, sem dizer o que é esse algo. É um carro, dinheiro, valor a receber de alguém, uma dívida? Tem que ter também o aspecto qualitativo. E é nesse contexto de aspecto qualitativo que a contas entram.

Imagine que você seja o responsável pela contabilidade de

alguém e chegou o momento de mostrar a essa pessoa qual é o patrimônio dela no final de determinado período. Caso você diga “seu patrimônio é de R$ 1 milhão”, essa informação gerará, por certo, outras indagações do tipo “Mas um milhão em quê? Dinheiro? Casas? Terrenos? Valores a Receber?” Ora, se a contabilidade existe para fornecer informações, deve fazer isso de modo decente. A informação deve ser prestada levando em consideração que o patrimônio é composto de diversos itens. Para fins de comparação, para ficarmos só nos bens, alguém pode ter “apenas” um imóvel de um milhão, enquanto outro pode ter dinheiro em caixa, dinheiro no banco, aplicações financeiras, terrenos, máquinas, móveis, veículos, utensílios, enfim, diversos itens que somados também cheguem a um milhão. Observe que embora os dois patrimônios (brutos) possuam um mesmo valor, eles têm uma composição muito diferente! É por isso que a contabilidade fornece informações indicando cada elemento que compõem o patrimônio de uma pessoa; e é cada elemento desse, cada item que forma o patrimônio de alguém, que chamamos de contas.

Na contabilidade há uma infinidade de contas pois, na prática,

cada empresa tem liberdade de criar o nome que quiser. Desse modo, não vá atrás de querer saber o nome de todas as contas que existem. Não dá! Não precisa! Para a nossa prova, vai ser

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importante, isso sim, conhecer todas as contas já cobradas em provas da ESAF (faremos isso na aula 18). O que interessa, e isso você vai ter que conhecer, não tem jeito, é saber a qual grupo a conta que estiver diante de você pertence. Então vamos lá.

Uma conta pode pertencer a cinco grandes grupos: ATIVO,

PASSIVO, SITUAÇÃO LÍQUIDA (SL), RECEITAS e DESPESAS. É importantíssimo entendermos a característica de cada um desses grupos. Vamos, então, estruturar nosso estudo da seguinte forma: em um primeiro momento, aprenderemos a identificar as contas do ativo, passivo e SL para, em seguida, entender como se dá o registro de fatos envolvendo tais grupos.

Na sequência, apresentaremos os conceitos de despesas e

receitas, com exemplos de lançamentos, mostrando cuidadosamente a diferença entre as contas usadas para aferir o resultado (receitas e despesas) e as utilizadas para evidenciar o patrimônio de alguém em determinada data (ativo, passivo e SL). Essa sequência foi cuidadosamente planejada para que você entenda – mas entenda mesmo! – o núcleo fundamental da disciplina: quais são os grupos de contas e como lançar.

Preste atenção!!!

1.4 ATIVO

No ativo ficam todas as contas representativas de bens e direitos da entidade. Foi bem, foi direito, tá no ativo.

Já vimos o que são bens e direitos. A hora agora é de ir se

familiarizando com algumas contas famosas do ativo, sem querer esgotar o assunto, já que teremos uma aula específica sobre contas. Leia a relação abaixo. Nela constarão apenas bens e direitos, ou seja, contas do ativo. Veja se tem algo que vai contrariar sua lógica. Qualquer dúvida, entre em contato, pois estamos adentrando a parte central do conteúdo e cada passo é importante. Vamos começar com algumas contas bem fáceis:

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• Caixa: é o dinheiro em espécie; • Bancos conta movimento: é o dinheiro que está na conta

corrente; • Mercadorias: é o que a empresa compra para revender; • Produtos: é o que a indústria fabrica para vender; • Matéria-prima: é o que a indústria compra para utilizar na

fabricação de produtos; • Material de consumo: é o material de expediente utilizado pela

empresa (papel, clipes, grampos, caneta). Pode ser também o material utilizado na limpeza;

• Estoques: é gênero, do qual são espécies: mercadorias, produtos, matéria-prima, material de consumo, etc. Nesse curso, quando aparecer a palavra estoques de forma isolada, estaremos nos referindo a estoque de mercadorias;

• Clientes*: quando a empresa vende a prazo, ela fica com um valor a receber do seu cliente. Equivale a “valor que eu tenho a receber do meu cliente”. É um direito, portanto;

• Contas a receber* • Duplicatas a receber* • Títulos a receber* • Empréstimos concedidos: se emprestamos para alguém,

ficamos com um direito; • Adiantamentos a funcionários: “Adiantamento A Alguém é

Ativo” • Máquinas e equipamentos: geralmente equipamentos usados

pelas indústrias • Móveis e utensílios: é só pensar nos móveis do escritório

(mesas, cadeiras, etc.); • Veículos: veículos usados pela empresa no dia a dia (para

entrega, por exemplo); • Terrenos: na contabilidade o valor do prédio (edificação) vai

para uma conta, o do terreno vai para outra; • Edificações: é a parte construída do imóvel; • Imóveis: vá se acostumando. Pode aparecer tudo separado

(terrenos e edificações) e pode aparecer a conta imóveis mesmo. No final das contas o que interessa é que são bens;

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• Investimentos: ações que compramos de outras empresas, por exemplo;

• Aplicações Financeiras: CDB, RDB, Poupança, etc; • Casa: não tem diferença para imóvel. É só para alertar que

pode aparecer assim também; • Computadores: computadores usados pela empresa no dia a

dia. Lembrando, se a empresa vende computadores, tais computadores ficam na conta mercadorias (tudo o que a empresa compra para revender é mercadoria, do chiclete ao edifício);

• Marcas: direito de explorar comercialmente uma marca; • Patentes: direito de explorar, por exemplo, a fórmula de um

medicamento por um determinado período. * Há flexibilidade na nomenclatura das contas. Ao invés de ‘clientes’,

podemos usar: ‘duplicatas a receber’ ou ‘duplicatas emitidas’ (sinônimo de duplicatas a receber). Podemos até mesmo utilizar ‘contas a receber’ ou ‘títulos a receber’; enfim, o importante é usar uma conta que represente um valor a receber. Com lógica, claro.

Sinônimos para Ativo: Patrimônio Bruto, Recursos Aplicados, Capital Aplicado. Valores possíveis para o Ativo: o ativo pode ser zero ou maior que zero. Jamais o ativo será menor que zero. Ou temos bens e direitos ou não temos. Não há bens e direitos negativos. 1.5 PASSIVO

O passivo é formado pelas dívidas da entidade, ou seja, tudo o que a empresa está devendo para terceiros. Quaisquer contas a pagar (títulos a pagar, duplicatas a pagar, notas promissórias a pagar), empréstimos e financiamentos obtidos, adiantamentos recebidos de alguém, tributos a recolher, dívidas junto a fornecedores, enfim, tudo o que devemos fica no nosso Passivo.

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Lembrando o que foi dito anteriormente, não é um passivo grande, por si só, que vai indicar que minha situação está ruim. Por exemplo, se peguei um empréstimo de mil, mas possuo esse dinheiro no caixa (ou aplicado em máquinas, mercadorias, etc.), minha riqueza não foi alterada (não fiquei “mais rico” nem “mais pobre”), pois se é verdade que tenho uma dívida de mil, também é verdade que esse valor está no meu ativo. Basta eu realizar os bens (ou seja, transformá-los em dinheiro) e pagar a obrigação. Seguindo o mesmo raciocínio, não é porque tenho um ativo de um milhão que posso dizer que estou em uma situação confortável; isso porque posso estar com esse dinheirão na conta, mas ao mesmo tempo, dever igual quantia ao banco. Não custa lembrar, então, algo que vai ser importante para entendermos adiante a diferença entre passivo e despesa, bem como entre ativo e receita:

� Não é um Ativo grande, por si só, que vai indicar que meu PL

também é grande ou está aumentando; � Não é um PASSIVO enorme, por si só, que vai indicar que meu PL

é pequeno ou está diminuindo. Vamos dar uma olhadinha em algumas contas clássicas do

passivo: • Fornecedores: quando a empresa compra estoque a prazo, ela

fica com um valor a pagar a quem está fornecendo a mercadoria. Equivale a “valor que eu tenho a pagar ao meu fornecedor”. É uma obrigação, portanto.

• Contas a pagar* • Duplicatas a pagar* • Títulos a pagar* • Empréstimos obtidos, Empréstimos a pagar ou apenas

Empréstimos: quem pede emprestado fica com uma dívida; • Financiamentos obtidos, Financiamentos a pagar ou apenas

Financiamentos: • Adiantamento de clientes: se um cliente adiantou algum valor

para a empresa, a empresa ficou com uma dívida.

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É importante destacar que quando aparece apenas a palavra empréstimo, sem indicar se foi concedido ou obtido, classificamos no passivo, ou seja, fica subtendido, que se trata de um empréstimo obtido. O mesmo vale para financiamentos.

Sinônimos para Passivo: Passivo Exigível, Passivo Real, Capital de Terceiros, Recursos de Terceiros, Capital Alheio e Recursos Alheios. Valores possíveis para o Passivo: o passivo pode ser zero ou maior que zero. Assim como o ativo, o passivo jamais será menor que zero. Ou temos dívidas ou não temos.

1.6 SITUAÇÃO LÍQUIDA

Quando alguém resolve começar uma empresa deve, necessariamente, entregar algum recurso para que a pessoa jurídica comece a funcionar, afinal, a empresa precisa de algo para sair do papel. Pois bem, esse recurso inicial entregue pelos sócios é chamado de capital social, e é sobre essa conta que vamos nos deter, em um primeiro momento, para sacramentar a ideia de que é a SL quem vai evidenciar quanto do patrimônio efetivamente pertence ao sócio.

Imagine que João e José resolveram abrir uma empresa tendo,

cada um, se comprometido a entregar R$ 50 em dinheiro para a formação do capital (pense na conta capital social como sendo “o sócio colocou na empresa tanto”). Imagine que pela manhã eles abriram a empresa, entregando (integralizando, realizando) um capital de R$ 100, em dinheiro. O patrimônio fica assim:

ATIVO SITUAÇÃO LÍQUIDA Caixa--------100 Capital Social-------100 Acontece que à tarde eles se arrependem e decidem liquidar a

empresa. Como não há dívidas, tudo o que existe no ativo pertence aos sócios; sendo assim, cada um vai ficar com os R$ 50 que entregou na parte da manhã (para simplificar, desconsideramos que, na prática, a empresa teria gastos para concretizar a liquidação).

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Agora imagine que após a integralização do Capital a empresa tenha obtido um empréstimo bancário de R$ 100 mil. Teríamos o seguinte Balanço Patrimonial5:

ATIVO PASSIVO Caixa 100 Empréstimos 100.000 Bancos 100.000 PL Capital Social 100 Ativo Total 100.100 Passivo Total 100.100

Agora, caso resolvam acabar com a empresa, quanto cada sócio

vai botar no bolso? Simples, continua sendo o valor de R$ 50 para cada. Veja que o primeiro passo será pagar todas as dívidas. Ora, usando o dinheiro da conta corrente para pagar a obrigação bancária, a empresa voltará à situação de possuir apenas R$ 100 aplicados no caixa. Veja que o valor constante no ativo (patrimônio bruto) não pertence, efetivamente, ao sócio, não faz parte de “sua riqueza”. Devemos diminuir do patrimônio bruto todas as dívidas e, aí sim, chegamos ao que os sócios colocarão no bolso no final das contas.

Repetindo, é a SITUAÇÃO LÍQUIDA que vai indicar:

a) a riqueza da entidade; b) quanto, efetivamente, o titular do patrimônio possui de recurso

próprio; c) quanto, no final das contas, o sócio bota no bolso caso ocorra a

liquidação da empresa; d) se ao longo do tempo a pessoa “está ficando mais rica” ou “mais

pobre”.

Mas a SL não é formada apenas do capital colocado inicialmente na empresa. Primeiro, porque a qualquer momento os sócios podem aumentar esse capital mediante novos aportes, bem como diminui-lo. 5 Representação gráfica do Balanço Patrimonial: por convenção, do lado esquerdo ficam as contas do Ativo, e do lado direito as do Passivo e PL. A Lei nº 6.404/76 (base da contabilidade) chama o lado direito do balanço, composto de Passivo (dívidas) e Patrimônio Líquido, de PASSIVO. Como os dois lados do balanço sempre terão o mesmo valor, diz-se que o ATIVO vai sempre bater com o PASSIVO. Na realidade, o termo PASSIVO da lei se refere ao que a doutrina chama de PASSIVO TOTAL (termo que engloba o Passivo Exigível e o PL).

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Segundo, porque outros fatores também influenciam na riqueza do proprietário, sendo o mais conhecido deles, o lucro. Ora, se ao longo de suas operações, a empresa tem mais receitas do que despesas, diz-se que houve um lucro e tal resultado aumenta sua riqueza. Caso, entretanto, ocorra prejuízo em determinado período (despesas superiores às receitas) a SL da empresa ficará menor.

Outra coisa: quando ocorre lucro, a empresa pode aproveitar o

bom momento e, por segurança ou exigência da lei, destinar parte dele para a constituição das reservas de lucros, guardando, assim, um pouco da “gordura” criada para usar, caso necessário, em determinadas ocasiões no futuro6. Há, obviamente, outras contas no Patrimônio Líquido, as quais serão estudadas no momento oportuno.

Antes de citar algumas contas clássicas do patrimônio líquido,

deixa eu tirar logo uma dúvida que deve estar encasquetando muita gente: “Professor, mas afinal, é situação líquida ou patrimônio líquido”. No geral, nos livros, na lei, nos pronunciamentos do CPC (estudaremos o que é isso depois) você verá o termo Patrimônio Líquido. Vou tratar da diferença entre os dois termos porque a ESAF (sempre ela) cobrou essa frescura na prova do MDIC em 2012. Eis a alternativa da discórdia: “b) O patrimônio líquido pode ser entendido como sendo a diferença entre o valor do ativo e o valor do passivo de um patrimônio”.

A ESAF considerou essa assertiva errada. Para a ESAF, olha o

que seria correto:

“b) A situação líquida pode ser entendida como sendo a diferença entre o valor do ativo e o valor do passivo de um patrimônio”.

É o seguinte: ao contrário do ativo e do passivo, que podem

apenas ser zero ou maior que zero, a situação líquida pode ser tudo: zero, maior que zero ou menor que zero7. Sendo bem rigoroso tecnicamente, só podemos falar em patrimônio líquido quando a 6 Vamos estudar as oito reservas de lucros existentes na aula 23. 7 Você visualizará melhor isso no assunto ‘Estados Patrimoniais’, nas videoaulas.

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situação líquida for positiva, ou seja, patrimônio líquido é a situação líquida positiva. Por esse raciocínio, nem sempre ativo menos passivo será igual a patrimônio líquido. Será igual, isso sim, a situação líquida. Havia, nessa questão, uma alternativa claramente correta que foi o gabarito definitivo (letra c). Digo aos meus alunos: nessa questão (resolvida no vídeo 10), o problema da ‘b’ foi a letra ‘c’ existir. Se as outras quatro assertivas trouxessem absurdos, a resposta seria a ‘b’. Esse é o mundo dos concursos, ilustres. Temos, por vezes, que marcar a “mais certa” ou a “menos errada”. Enfim, “saber fazer a prova também é um conhecimento”.

Ainda sobre o assunto, a própria ESAF, em uma prova da

SEFAZ PI, em 2001, chamou a situação líquida negativa de patrimônio líquido. Ou seja, esse item cobrado em 2012 se enquadra no contexto de uma questão polêmica que a ESAF quis fazer (ela adora isso). Na prática, nos seus estudos, para simplificar, você irá tratar patrimônio líquido e situação líquida como a mesma coisa (a não ser que se depare com uma nova questão polêmica...aí, só a análise das alternativas vai indicar a posição a tomar). Daqui pra frente vou tratar patrimônio líquido como sinônimo de situação líquida, ok? Eis algumas contas clássicas do PL:

• Capital Social; • Reservas: todas as reservas ficam no PL; • Lucros Acumulados; • Prejuízos Acumulados; • Lucros ou Prejuízos Acumulados: é a junção das duas contas anteriores

em apenas uma. O saldo dessa conta determinará se a empresa está com lucro ou prejuízo acumulado. Se o saldo for positivo, haverá lucro acumulado. Se o saldo for negativo, teremos um prejuízo acumulado.

Sinônimos para Situação Líquida: Patrimônio Líquido, Capital Próprio e Recursos Próprios. Valores possíveis para a Situação Líquida: a situação líquida topa tudo! Pode ser zero, menor que zero ou maior que zero. Quando a empresa tem mais dívidas do que bens e direitos, ela apresenta situação líquida negativa.

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1.7 ENTENDENDO O QUE HÁ POR TRÁS DO LANÇAMENTO CONTÁBIL - Origens e Aplicações e o Método das Partidas Dobradas - Origens e Aplicações

A Contabilidade está toda pautada na ideia de que para toda

aplicação, há uma origem. Se algo mexe com o patrimônio de alguém, podemos garantir que houve, pelo menos, uma origem e uma aplicação em relação ao fato; por isso, diz-se que as origens sempre serão iguais às aplicações – eis porque os dois lados do Balanço sempre são iguais. É por isso também que todo fato contábil mexe com pelo menos duas contas, uma indicando a origem e outra a aplicação. Não é exagero dizer que esse é o fundamento que está por trás de toda a ciência contábil.

Ora, se a Contabilidade é a ciência voltada para o fornecimento

de informações sobre o patrimônio, não basta dizer, por exemplo, que houve o recebimento de R$ 100 em dinheiro ou o pagamento de R$ 200. Os R$ 100 vieram de onde? Os R$ 200 foram pagos a título de quê? Perceba que o fornecimento de informações deve acontecer de modo satisfatório. Os R$ 100, com certeza, tiveram alguma origem (doação, venda à vista, recebimento de um cliente, empréstimo obtido). Do mesmo modo, o valor de R$ 200 foi aplicado em alguma coisa (compra de um bem, empréstimo a alguém, pagamento de uma dívida). Podemos garantir, então, que quando ocorre um evento que altera o patrimônio, o chamado fato contábil, pelo menos dois itens são movimentados, existindo, assim, uma origem e uma aplicação.

Embora hoje isso pareça óbvio, nem sempre foi assim.

Antigamente o registro contábil era feito retratando apenas uma repercussão no patrimônio. Era a época da unigrafia. Em 1494, no entanto, houve o grande boom contábil: Frei Luca Pacioli documentou as bases da contabilidade moderna, ao incorporar à ciência contábil a ideia das origens e aplicações. Surgia, assim, a digrafia ou método das partidas dobradas.

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30 MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS “Em cada lançamento, o valor total lançado nas contas a débito deve ser sempre igual ao total do valor lançado nas contas a crédito”.

Inicialmente... UNIGRAFIA: registro do fato contábil levando em consideração

que apenas um item do patrimônio era alterado.

Fato 1) Houve entrada de dinheiro de R$ 100,00

Fato 2) Houve saída de dinheiro de R$ 200,00 Com o avanço da contabilidade... DIGRAFIA: registro do fato contábil levando em consideração

que, a cada fato, pelo menos dois itens do patrimônio são movimentados. Fato 1) Houve entrada de dinheiro de R$ 100,00, porque peguei emprestado de alguém Fato 2) Houve saída de dinheiro de R$ 200,00, porque comprei um veículo à vista

O ‘Método das Partidas Dobradas’, veja, significa que uma conta

registrada (partida) terá a companhia de outra (contrapartida), por isso, o termo “partidas dobradas” nada tem a ver com uma mesma coisa sendo feita duas vezes.

Já vimos que tudo na Contabilidade começa com o registro das

ocorrências que alteram o patrimônio e que, por causa da regra das origens e aplicações, ocorrido um fato contábil, pelo menos duas contas são movimentadas, o que significa dizer que elas sofrerão aumentos ou diminuições. Como vamos, então, registrar os acréscimos e decréscimos ocorridos nas contas?

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Será na forma de redação? “Houve entrada de dinheiro de R$ 100, porque peguei

emprestado de alguém” “Houve saída de dinheiro de R$ 200, porque comprei um

veículo à vista” Será na base de sinais ou setas? + Dinheiro ↑Caixa + Empréstimo Obtido ↑Empréstimo + Veículos ↑Veículos - Dinheiro ↓ Caixa

Nada disso! Na Contabilidade, o registro dos aumentos e

diminuições nas contas é feito através das palavras “Débito” e “Crédito”. Cabe alertar, desde já, que “débito” e “crédito”, aqui, não possuem a conotação dada no cotidiano. São, isso sim, convenções adotadas para registrar os fatos (escolhidas, pense, em detrimento das setinhas, dos sinais e do “estilo redação”). Para que não reste dúvida, e mesmo que pareça estranho, imagine que ao invés das palavras débito e crédito poderiam ter sido escolhidas outras quaisquer (“sol e lua” ou “sal e açúcar”) e, mesmo assim, a contabilidade continuaria funcionando normalmente. Entenda, então, que para fins de escrituração:

a) DÉBITO não significa algo ruim (nem bom); b) CRÉDITO não significa algo bom (muito menos ruim); São, simplesmente, palavras utilizadas para o registro dos aumentos e diminuições que ocorrem nas contas.

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Seguindo o raciocínio que levará à regra para registro dos fatos, houve a vinculação dos débitos e créditos à ideia das origens e aplicações, já que tudo na contabilidade funciona com base nessa premissa. Ficou convencionado, então, que os créditos representariam as origens, e os débitos as aplicações.

DÉBITOS = APLICAÇÕES CRÉDITOS = ORIGENS

Passo seguinte foi a identificação do que seria origem e do que

seria aplicação no patrimônio. De onde vêm os recursos? De terceiros (empréstimos, por exemplo), dos proprietários (capital social, reservas) e das receitas (uma doação recebida, por exemplo, representa uma fonte de recurso). Aumentos no passivo, PL e receitas representam, assim, as origens. Por sua vez, tais recursos são aplicados na compra de bens (máquinas, mercadorias, veículos), podem ser emprestados a alguém (direitos) ou usados para pagamentos de serviços ou consumos, as chamadas despesas; diz-se, por isso, que aumentos no ativo e despesas representam as aplicações. É importante fixar que:

Aumento em contas do ATIVO e DESPESAS => APLICAÇÕES Aumento em contas do PASSIVO, PL e RECEITAS => ORIGENS. Observe que toda conta possui uma natureza, que pode ser devedora ou credora. Ter natureza devedora significa gostar de débitos e detestar créditos. Com as contas de natureza credora acontece exatamente o contrário: gostam de créditos e detestam débitos.

Estava, assim, aberto o caminho para o lançamento contábil.

Como ativo e despesa representam uma aplicação, e uma vez convencionado que as aplicações são os débitos, temos que ativo e despesas possuem natureza devedora (adoram débitos). Isso significa que para uma conta do ativo ou de despesa ser aumentada,

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debitamos referida conta (damos a ela o que ela gosta: débitos). É por isso que na contabilidade, quando entra dinheiro na empresa, debitamos a conta caixa (caixa é do ativo, e ativo adora débitos!). Por seu turno, para diminuirmos uma conta do ativo, devemos creditá-la (lembre que conta de natureza devedora detesta créditos). O raciocínio traçado para a conta caixa pode ser estendido às demais contas do ativo.

Perceba que o fato de uma conta adorar débitos não significa

que ela nunca será creditada, por favor! Significa apenas que ela aumentará por meio de débitos e diminuirá através de créditos. As contas do ativo, vamos repetir até cansar, podem ser debitadas (para aumentar) ou creditadas (para diminuir). Caixa, por exemplo, cada vez que diminui é creditada e nem por isso deixa de ser conta do ativo.

Como as contas do passivo, PL e receitas representam origens,

e uma vez convencionado que as origens são os créditos, temos que passivo, PL e receitas possuem natureza credora (adoram créditos). Dito isso, você já sabe, então, que para aumentarmos uma conta de tais grupos, devemos creditar referida conta (afinal elas adoram créditos). Como adoram créditos, diante daquilo que não gostam (débitos), elas diminuem. “Como assim uma conta aumenta ou diminui?”. Estamos nos referindo, obviamente, ao saldo das contas.

Lembra que a contabilidade trata do patrimônio? Pois bem,

cada item desse patrimônio possui um valor (se não puder ser quantificado em bases confiáveis, não entrará na contabilidade). Quando compramos um carro, o saldo da conta veículos será aumentado: se era zero, não é mais. Se já existia algum valor, ele agora cresceu. “Aumentar ou diminuir uma conta” significa, então, aumentar ou diminuir o saldo existente em determinada conta, afinal, se um fato mexeu com um item do patrimônio, o saldo dele foi aumentado ou diminuído (não há uma terceira hipótese).

Debitar e creditar é muito simples. Basta que você saiba quais

contas têm natureza devedora e quais possuem natureza credora. Repetindo: as contas de natureza devedora adoram débitos e

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detestam créditos; logo, débito para aumentar e crédito para diminuir. As contas de natureza credora, por sua vez, adoram créditos e detestam débitos; sendo assim, para aumentar, crédito, e para diminuir, débito. Ativo e despesa têm natureza devedora e passivo, PL e receita possuem natureza credora. Pronto, você já possui todo o instrumental para registrar os fatos contábeis. Não esqueça:

Como Ativo e Despesa têm natureza devedora: � Para AUMENTAR => Débito � Para DIMINUIR => Crédito

Como Passivo, PL e Receita têm natureza credora: � Para AUMENTAR => Crédito � Para DIMINUIR => Débito

Pode causar estranheza, para quem está vendo o assunto pela

primeira vez, o fato de “algo bom” (ativo) ter o mesmo funcionamento de “algo ruim” (despesas). A lógica, para alguns iniciantes, seria que toda a parte boa (ativo, PL e receitas) tivesse saldo credor e a parte ruim (passivo e despesas), saldo devedor. Desse modo, aí sim, coisa boa seria sempre registrada através de crédito e coisa ruim através de débito! Acontece que a contabilidade não está fundamentada em uma equação onde de um lado temos “coisa boa” e, do outro, “coisa ruim”. A lógica contábil, como dissemos, gira em torno de uma equação onde de um lado temos as origens (passivo, PL e receitas) e do outro as aplicações (ativo e despesas). Como todas as origens possuem um mesmo mecanismo de funcionamento (seria ilógico imaginar parte das origens funcionando de um jeito, parte de outro), passivo, PL e receitas seguem um mesmo caminho na escrituração. Da mesma forma, enquanto aplicações, ativo e despesas caminham juntos, ambos aumentando pelos débitos e diminuindo pelos créditos. É isso mesmo pessoal, na turma do crédito, tem coisa boa (receitas e pl) e coisa ruim (passivo). Na turma do débito acontece a mesma coisa:

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elemento bom (ativo) e elemento ruim (despesa). Resumindo: não dá pra pensar que débito é ruim, pois tem coisa boa e coisa ruim aumentando através de débito. Da mesma forma, não dá pra raciocinar que crédito é bom, pois tem coisa boa e coisa ruim aumentando através de crédito.

Chegamos a um ponto decisivo no nosso estudo. A regra para

lançar é simples, mas como estamos acostumados à ideia de que débito é ruim e crédito é bom, por vezes complicamos algo desnecessariamente.

Não confunda. Mire no seguinte:

1) A contabilidade deve controlar o patrimônio; 2) Esse controle começa pelo registro de todos os fatos que alteram o

patrimônio; 3) Registrar é indicar que pelo menos duas contas foram movimentadas

(aumentando ou diminuindo); 4) Esses aumentos e/ou diminuições são representados por débitos e

créditos que, por sua vez, são simples convenções contábeis. Não representam, de modo algum, algo “ruim” ou “bom”;

5) Cientes disso, para sabermos quando debitar ou creditar, devemos nos ater à natureza das contas;

6) Contas do ativo e de despesas têm natureza devedora, as do passivo, PL e receitas têm natureza credora;

7) Por terem natureza devedora, contas do ativo e de despesas são aumentadas pelo débito e diminuídas pelo crédito;

8) Por terem natureza credora, contas do passivo, PL e receitas são aumentadas ao serem creditadas e diminuídas ao serem debitadas.

Não fique brigando com a natureza das contas. Bote isso na

cabeça e pronto! E é por isso que muitas pessoas formadas em engenharia, por exemplo, fecham a prova de contabilidade: assimilam a regrinha e praticam numa boa, sem filosofadas. Mesmo sendo isso o que interessa, como eu conheço meu eleitorado, vou dar uma outra explicação, que vai resultar na mesma regrinha.

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Há uma teoria na contabilidade, chamada teoria personalista das contas8, segundo a qual podemos pensar as contas como se fossem pessoas. É só imaginar que há uma pessoa específica para cuidar do caixa (o “sr. caixa”), outra pessoa para cuidar da conta empréstimos obtidos (o “sr. empréstimos obtidos”), e assim por diante. Quando a empresa entrega 100 reais em espécie para a conta caixa (para o “sr. caixa”), ele, o “sr. caixa”, fica devendo 100 para a empresa, concorda? Quanto mais dinheiro for para o caixa, mais a conta caixa ficará devendo para a empresa. Veja como é fácil! É por isso que a conta caixa tem natureza devedora (ela, a conta caixa, deve para a empresa!). Por seu turno, se o “sr. caixa” faz algum pagamento para a empresa, sua dívida diminui (se o aumento é através de débito a diminuição se dá por crédito). Isso vale, Ilustres, para todas as contas do ativo: quanto mais máquinas eu entregar para o ‘sr. máquinas”, mais ele ficará devendo para a empresa. Quanto mais terrenos eu entregar para o “sr. terrenos”, mais ele ficará devendo para a empresa.

Vamos pensar, agora, na conta empréstimos. Imagine que a

empresa pegou um empréstimo bancário. Ora, o banco que emprestou está com um crédito perante a empresa, ou seja, é credor da empresa. Quanto mais empréstimos conceder, mais o “sr. empréstimos” será credor. É por isso que as dívidas adoram crédito! As contas que representam as obrigações da empresa têm crédito perante a entidade. A empresa deve para elas!

Pessoal, podemos continuar esse raciocínio para as contas do

PL, receitas e despesas. Saibam, para simplificar, que a natureza de todas as contas pode ser explicada através da teoria personalista ou por meio do simples entendimento de que se trata de convenção. O que interessa, no final das contas, é você botar na cabeça, de um jeito ou de outro, a seguinte tabelinha:

8 Estudamos as teorias da contabilidade no vídeo 29.

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GRUPO NATUREZA PARA AUMENTAR PARA DIMINUIR ATIVO Devedora Débito Crédito PASSIVO Credora Crédito Débito PL Credora Crédito Débito RECEITAS Credora Crédito Débito DESPESAS Devedora Débito Crédito Vamos, agora, lançar alguns fatos contábeis envolvendo apenas

contas patrimoniais (ativo, passivo e PL), no valor hipotético de R$ 100:

Fatos envolvendo apenas contas do ATIVO/PASSIVO/PL

01. Compra de mercadorias à vista

Para quem está começando é bom iniciar com fatos que envolvam entrada e saída de dinheiro. Se entrar dinheiro, DEBITA caixa (e no crédito, professor? É só responder: entrou por quê?). Se sair dinheiro, CREDITA caixa (e no débito: saiu pra quê?). Eis o lançamento:

D- Mercadorias----100 (houve a entrada de mercadorias) C- Caixa-----------100 (“saiu dinheiro, credita caixa”)

Fazendo passo a passo... Tudo começa com a interpretação do fato, não é verdade? Olha,

lá, antes da contabilidade vem o português. Pois bem, quais itens do patrimônio estão envolvidos nessa ocorrência? Mercadorias e caixa. Aumentando ou diminuindo? Mercadorias aumentando (mais mercadorias na empresa) e caixa diminuindo (saindo por conta do pagamento). Agora é só identificar a natureza das contas:

Mercadorias => ATIVO => Natureza Devedora (adora débitos) Caixa =====> ATIVO => Natureza Devedora (detesta créditos) Como a Contabilidade funciona na base de débitos e créditos:

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D- Mercadorias----100 (para aumentar o saldo de uma conta que gosta de débito) C- Caixa-----------100 (para diminuir o saldo de uma conta que detesta crédito) Algumas observações:

a) Esse mesmo lançamento poderia aparecer assim: Mercadorias----100 a Caixa-----------100

Ou seja, nada na frente da conta debitada e um “a” na frente da conta creditada. Simples convenção.

b) Outra convenção: sempre a conta debitada vai aparecer antes da

conta creditada. c) O lançamento deve conter, no mínimo: data do registro contábil,

conta devedora, conta credora, histórico e valor. Por questões didáticas, porém, apresentaremos os lançamentos apenas com débito, crédito e valor. 02. Compra de mercadorias a prazo

Quando a empresa compra mercadorias, referido item entra em

seu patrimônio. Como mercadorias é do ativo e, por isso, adora débitos, devemos debitar tal conta. Se tivesse sido paga à vista, creditaríamos a conta caixa (“saiu dinheiro, credita caixa”). No caso, porém, a empresa acertou o pagamento para depois, ficando com uma dívida junto ao seu fornecedor (para aumentar uma conta do passivo, você já sabe, creditamos referida conta):

D- Mercadorias----100 (mais uma vez, houve a entrada de mercadorias) C- Fornecedores--100 (passivo tem saldo credor, logo, adora créditos)

Não confunda compra de mercadorias a curto prazo com

compra à vista de mercadorias, hein?! Na compra à vista o dinheiro sai do caixa da empresa no ato. Na compra a curto prazo a empresa

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assume uma dívida que tem vencimento daqui a pouco. Perceba a diferença através dos exemplos seguintes:

� Compra de mercadorias à vista: debita mercadorias e credita caixa.

� Compra de mercadorias a curto prazo: debita mercadorias e

credita duplicatas a pagar no curto prazo (ou fornecedores).

� Compra de mercadorias a longo prazo: debita mercadorias e credita contas a pagar no longo prazo (ou fornecedores LP).

03. Pagamento de fornecedores

Quando chegar a hora de pagar a dívida junto ao fornecedor

(continuando o fato anterior), a empresa irá desembolsar dinheiro (crédito na conta caixa).

D- Fornecedores----100 (para diminuir o saldo de uma dívida, debitamos tal dívida) C- Caixa------------100 (saiu dinheiro, credita caixa) 04. Recebimento de duplicatas de clientes

Quando a empresa vende a prazo, fica com um direito perante seus clientes. Na hora em que o cliente paga, a empresa registra a entrada de dinheiro (debitando caixa) e dá baixa no respectivo direito, afinal ele acaba de ser recebido. Não esqueça que você pode “conversar” com o fato contábil: “Entrou dinheiro (D- Caixa) por quê? Porque houve o recebimento de uma duplicata a receber (C- Clientes)”

D- Caixa-------100 C- Clientes----100 (a origem do dinheiro foi o recebimento de um cliente)

05. Empréstimo bancário obtido

Quando a entidade pega um empréstimo fica, por certo, com uma dívida perante a instituição financeira. Para registrar essa dívida,

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sabemos, devemos creditá-la, visto que as obrigações possuem saldo credor.

D- Bancos c/ Movimento-------100 (para aumentar um ativo, débito) C- Empréstimos Bancários----100 (para aumentar um passivo, crédito)

É simples: “de onde veio o recurso que entrou na conta-corrente (D- Bancos)? De um empréstimo que peguei no banco (C- Empréstimos)”

“Poderia ser a conta caixa ao invés de banco, professor”. Fique

tranquilo que no vídeo 19 eu trato desse assunto, explicando em quais situações devemos necessariamente utilizar a conta caixa e em quais temos que usar a conta bancos. 06. Pagamento de empréstimo bancário, sem juros

Quando do pagamento do empréstimo, há saída de dinheiro da

conta da empresa, pelo que ela é creditada. Já a obrigação, para ser eliminada (ou diminuída, conforme o caso), será debitada:

Empréstimos------------------100

a Bancos c/Movimento-------100

Perceba que o dinheiro que estava na conta corrente da empresa foi aplicado na quitação de um empréstimo. Com isso, verificamos que uma conta do ativo pode, dependo do fato, funcionar como uma origem bastando, para isso, que apareça no crédito. Uma conta do passivo, por seu turno, também pode aparecer como aplicação, quando for diminuída. Sendo assim:

Aplicações => aumento de Ativo e Despesa; diminuição de Passivo, PL e Receita Origens => aumento de Passivo, PL e Receita; diminuição de Ativo e Despesa 07. Empréstimos concedidos a empresas coligadas9

Emprestar dinheiro a alguém significa ficar com um direito. Para

registrar o surgimento (ou aumento) de um direito, debitamos tal 9 Se a empresa X possui influência significativa na empresa Y, diz-se que Y é coligada de X.

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direito. Quanto à saída do dinheiro, você já sabe: crédito na conta caixa!

D- Empréstimo a Coligadas-------100 C- Caixa---------------------------100

08. Recebimento de empréstimos concedidos a empresas coligadas

Com o recebimento do dinheiro há, de cara, um débito na conta caixa. Para identificarmos qual será a conta creditada, basta perguntarmos: “de onde veio o dinheiro?” Um empréstimo concedido acaba de ser quitado, devemos, portanto, dar baixa nesse direito:

D- Caixa-------------------------100 C- Empréstimo a Coligadas----100

Alguns alunos, nessa hora, perguntam: “professor não teria que

aparecer aí a conta empréstimos obtidos?”. De jeito nenhum!!! Não estamos pegando empréstimo com ninguém. Não há dívida sendo feita. O que acontece é que um direito está sendo liquidado. Devemos eliminar esse direito. Só isso. 09. Subscrição de Capital no valor de R$ 100, para posterior integralização

Quando resolvem abrir uma empresa os sócios definem qual será o capital social. Esse é o chamado capital subscrito, que significa o capital que os sócios se comprometem a entregar para a formação da empresa. Como, em um primeiro momento, o capital subscrito ainda está no campo da “promessa”, a contrapartida será uma conta retificadora do PL10 denominada capital a realizar (ou capital a integralizar):

D- Capital a Integralizar--------100 C- Capital Social----------------100

10 Como é retificadora do PL, a conta Capital a Integralizar possui natureza devedora e por isso está sendo debitada ao surgir. Falaremos detidamente sobre contas retificadoras nas videoaulas.

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Caso precisássemos demonstrar o PL nesse exato instante, a informação apareceria do seguinte modo:

Patrimônio Líquido Capital Social---------------100 Capital a Integralizar ----(100)

10. Integralização do Capital: R$ 50 em dinheiro e R$ 20 em máquinas

Dando sequência ao fato anterior, imaginemos que, ato contínuo à subscrição do capital, tenha ocorrido a realização no montante de R$ 70. Observe que não se trata de aumento do capital prometido (subscrito), mas tão somente da realização de parte da promessa. Devemos, assim, diminuir a conta capital a integralizar registrando, em contrapartida, a entrada do dinheiro e das máquinas no patrimônio.

D- Caixa-------------------------50 D- Máquinas--------------------20 C- Capital a Integralizar-------70

Com isso, a informação no Balanço apareceria assim: Patrimônio Líquido Capital Social---------------100 Capital a Integralizar ------(30) Observe que, agora, do capital prometido (subscrito), só está

faltando cumprir o valor de R$ 30. Por dedução, conclui-se que o capital realizado é R$ 70. Para finalizar o raciocínio, quando todo o capital for realizado, não haverá mais necessidade de aparecer a conta retificadora:

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Patrimônio Líquido

Capital Social---------------100 Veja que todo o capital já foi realizado. Nada mais há a

integralizar. Não se preocupe: essa historinha de capital subscrito, a integralizar e outras coisinhas mais envolvendo o capital serão vistas com calma nos vídeos.

11. Aumento de Capital mediante a utilização de Reservas de Lucros

Contas envolvidas: capital e reservas de lucros, ambas do PL. Como as contas do PL adoram crédito, basta creditar a conta que está aumentando e debitar a que está diminuindo. No caso, as reservas estão sendo usadas (diminuídas) para aumentar o capital:

D- Reservas de Lucros-------100 C- Capital---------------------100

Uma primeira etapa foi vencida, sabemos o que é ativo, passivo

e PL, bem como os fundamentos para o registro dos fatos contábeis envolvendo tais grupos. Vamos, na sequência, inserir despesas e receitas no nosso estudo! 1.8 DESPESAS

Despesa é uma ocorrência (geralmente a utilização de um

serviço ou consumo de um bem), que diminui o PL da entidade. Quando você compra um sanduíche, por exemplo, você está tendo uma despesa, quer pague pelo sanduíche no ato, quer deixe para pagar depois (comprando no cartão). Isso porque o sanduíche não irá para o seu ativo (não é um bem, muito menos um direito). Ninguém diz, na declaração de rendimentos, que possui carro, casa, máquinas... e um sanduíche! “Então, professor, se for um lanche baratinho, eu considero como despesa, é isso?” Não! Se você levar, por sua conta, vinte amigos para o restaurante mais caro da cidade, também terá tido uma despesa, só que bem maior. Isso porque o

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jantar caro também não é um ativo. Ora, perceba que lanches e refeições, quer seja uma tapioquinha na barraca da esquina, quer seja um super jantar no endereço mais caro de Londres, será despesa. Você irá consumir e terá que pagar por isso, no ato ou depois.

Pelo consumo de um bem temos, assim, uma despesa. Como as

despesas têm natureza devedora (lembre da tabelinha de ouro, já passou do tempo de memorizar) iremos registrá-las a débito. Houve uma despesa? Debite essa despesa! No crédito, iremos informar se a despesa foi paga no momento de sua ocorrência (creditando caixa ou bancos) ou se iremos pagar depois (creditando contas a pagar ou algo equivalente)

O exemplo mais comum, no entanto, de despesa é a utilização

de um serviço. Imagine que alguém consertou o pneu do seu carro. Você terá que pagar no ato ou depois. Seu carro está no ativo, mas o serviço do borracheiro, não! Quando nos utilizamos de um serviço, qualquer um, temos uma diminuição no patrimônio.

Como estamos dizendo que despesa diminui nossa riqueza, vai

nos ajudar bastante entender, primeiro, os fatos que não alteram o valor total do PL (os chamados fatos permutativos). Temos cinco exemplos:

a) Se ↑ PASSIVO mas, no mesmo valor, ↑ATIVO => não altera o valor do PL

Ex.: Empréstimo bancário obtido (aumenta bancos e empréstimos)

b) Se ↓ PASSIVO mas, no mesmo valor, ↓ATIVO => não altera o valor do PL Ex.: Pagamento de um Empréstimo (diminui bancos e empréstimos)

c) Se ↑ ATIVO mas, no mesmo valor, ↓ ATIVO => não altera o valor do PL Ex.: Compra de mercadorias à vista (diminui caixa, mas aumenta

mercadorias)

d) Se ↑ PASSIVO mas, no mesmo valor, ↓PASSIVO => não altera o valor do PL Ex.: Troca de uma dívida de curto prazo por uma de longo prazo

e) Se ↑ PL mas, no mesmo valor, ↓ PL => não altera o valor do PL Ex.: Aumento de capital com reservas (aumenta capital, mas diminui

reservas)

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Podemos dizer que todos esses fatos, do ponto de vista da

riqueza patrimonial (PL), configuram um empate: saímos deles “nem mais ricos, nem mais pobres”. Observe que neles, ocorre “algo bom” (↑ativo ou ↓passivo) mas, concomitantemente, acontece “algo ruim” (↓ativo ou ↑passivo). No caso das despesas, entretanto, no final das contas, ocorre “algo ruim” (↓ativo ou ↑passivo), sem a contrapartida do “algo bom” para configurar o empate, e é por isso que quando ocorre uma despesa, o PL diminui.

Vejamos o exemplo de alguém que trabalhou para você em

determinado mês. Você tem um funcionário. Todo mês ele trabalha para você. Como você se utiliza desse serviço, no final do mês deverá debitar a conta despesa de salários (como regra, a despesa é sempre debitada). E no crédito? Ora, se o pagamento for efetuado dentro do mês, haverá a saída de dinheiro (crédito em caixa); caso o pagamento fique para o mês seguinte, surgirá uma obrigação (crédito em salários a pagar).

Veja que: Despesa de Salários paga no mês de sua ocorrência:

D- Salários C- Caixa => a despesa resultou em diminuição de ativo. Cadê o algo bom para configurar o empate?

Despesa de Salários que ficou para ser paga no mês seguinte:

D- Salários C- Salários a Pagar => a despesa resultou em aumento do passivo. Da mesma forma, não há algo bom (aumento do ativo ou diminuição do passivo) para configurar o empate.

Observe o seguinte: seja qual for a despesa (Salários, Energia,

Água e Esgoto, Lanches e Refeições, Fretes e Carretos, Propaganda e Publicidade, etc.), ela deverá ser registrada no mês de sua ocorrência, independente de quando ocorrerá o pagamento. Se alguém conserta nosso computador hoje mas o pagamento fica para

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daqui a 10 anos, a despesa com manutenção deverá ser registrada hoje!

Registro hoje: D- Despesa com Manutenção de Computadores C- Contas a Pagar Daqui a 10 anos, quando a dívida for paga: D- Contas a Pagar C- Caixa Veja bem, não há motivo para confundirmos despesa com

passivo. São coisas diferentes! Pode, inclusive, ocorrer uma despesa e não haver qualquer repercussão no passivo, no caso de despesa paga à vista. Somente quando uma despesa fica para ser paga no mês seguinte é que vai aparecer uma dívida. Fique atento:

a) a empresa pode ter despesas de um milhão e zero no

passivo. É só pagar todas as despesas no ato; b) a empresa pode ter passivo de um milhão e zero em

despesa. É só pegar empréstimo de um milhão sem fazer qualquer despesa;

c) por fim, a empresa pode ter passivo de um milhão e despesa

de um milhão. É só a empresa “pendurar” (deixar para pagar depois) todas as despesas.

Entendeu que despesa é uma coisa e passivo é outra?!

DESPESA PASSIVO Salários Salários a Pagar Energia Energia a Pagar

Água e Esgoto Água e Esgoto a Pagar Fretes e Carretos Fretes e Carretos a Pagar

Propaganda e Publicidade Propaganda e Publicidade a Pagar

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Impostos Impostos a Recolher Despesas de Juros Juros a Pagar Despesa de Aluguel Aluguéis a Pagar

Continuando com a explicação sobre despesas, podemos citar,

como exemplos clássicos, os tributos e os juros. Ocorrido o fato gerador de um tributo, a empresa fica com a obrigação de recolher ao Estado determinado valor, sem que surja um aumento no ativo ou diminuição de um passivo para configurar o fato permutativo. Deste modo, tributos, como um todo, representam diminuições na riqueza de uma entidade: ICMS, IPI, PIS, COFINS, IR, CSLL, INSS e FGTS são contas de despesas. Como os tributos não são pagos na data do seu fato gerador (o governo é bonzinho, ele dá um prazo para efetuar o pagamento) tais despesas irão gerar dívidas perante o governo e é por isso que ICMS a Recolher, IPI a Recolher, PIS a Recolher, COFINS a Recolher, IR a Pagar, CSLL a Pagar, INSS a Recolher e FGTS a Recolher são contas do passivo.

Não confunda!

DESPESA PASSIVO Imposto de Renda Imposto de Renda a Pagar

Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

Contribuição Social sobre o Lucro Líquido a Pagar

ICMS (ou ICMS sobre vendas) ICMS (ou ICMS sobre vendas) a Recolher

IPI IPI a Recolher PIS PIS a Recolher

COFINS COFINS a Recolher INSS INSS a Recolher FGTS FGTS a Recolher

Em relação aos juros, imagine que alguém, tendo pedido R$

100 emprestados a um amigo, tenha que pagar R$ 110 quando da quitação da dívida (juros de R$ 10). O lançamento ficaria assim:

D- Contas a Pagar---------100

D- Despesas de Juros------10 C- Caixa-------------------110

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Para se livrar de uma obrigação de R$ 100, a pessoa precisou

desembolsar R$ 110. Desse modo, a redução do ativo foi superior à redução do passivo em R$ 10, exatamente o montante da despesa. Se não houvesse juros, a saída de caixa seria de apenas R$ 100, e o fato, permutativo.

Percebeu que é ainda mais fácil registrar despesas (e receitas

também, vou logo avisando) do que ativo, passivo e PL? Isso porque as contas patrimoniais aumentam e diminuem a todo instante. Ora entra dinheiro no caixa, ora sai. Um dia pedimos dinheiro emprestado, no outro, pagamos esse empréstimo. Por isso as contas do ativo, passivo e PL são debitadas ou creditadas, conforme estejam aumentando ou diminuindo.

Já com receitas e despesas não há esse problema. Receitas e

despesas não diminuem, elas simplesmente ocorrem. “Não entendi, professor, eu mesmo já diminuí bastante minhas despesas!” . Deixa eu explicar. Imagine que você foi no dia 25/09 a um restaurante e a conta deu R$ 400,00. Eis o registro:

D- Despesa com refeições---------- 400 C- Cartão de crédito a pagar ------ 400 Digamos que você se deu conta de que exagerou na dose, não

estava com tanto recurso para fazer um estrago desse. Então você promete a si mesmo que vai economizar nas próximas idas ao restaurante. No dia 25/10 você volta ao restaurante mas, dessa vez comedido, a conta dá apenas R$ 80,00. “Viu professor, como uma despesa pode diminuir?” Calma lá. Aquela despesa de 400 virou 80? Claro que não! Ocorreu uma despesa de 400, a qual foi registrada com um débito. Depois, ocorreu uma outra despesa, só que em um valor menor. Tal despesa também deve ser registrada a débito.

Perceba que aquela despesa com restaurante de 400, feita em

setembro, só iria diminuir se, por exemplo, o gerente ligasse para você informando que havia ocorrido um erro na conta e que, na realidade, o valor consumido era de apenas 350,00. Nesse caso, aí sim, aquela despesa registrada em 25/9 iria diminuir! Esse é um dos

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raros casos em que creditamos uma despesa: para correção de um erro:

D- Cartão de crédito a pagar----50,00

C- Despesa com refeições-------50,00 Veja bem, se a empresa tem uma despesa com energia de

10.000, ela registra essa despesa debitando. Se no mês seguinte o consumo de energia der 1,00, ela registra essa nova despesa (bem menor, é verdade) também debitando despesa com energia elétrica. Se no mês seguinte a conta der 1 milhão (ô gangorra maluca) teremos um novo registro da despesa, novamente através de um débito. No final das contas temos o seguinte, para simplificar11 :

GRUPO COMO LANÇAR

Ativo “débito para aumentar e crédito para diminuir” Passivo “crédito para aumentar e débito para diminuir” PL “crédito para aumentar e débito para diminuir” Despesas “despesa a gente debita” Receitas “receita a genta credita” Vamos, agora, lançar algumas despesas:

Fatos envolvendo DESPESAS 12. Registro de salários de R$ 300,00, para pagamento posterior

D- Salários--------------300 => “Despesa adora débito” C- Salários a Pagar-----300

13. Registro de impostos do mês, no valor de 120,00, para recolhimento posterior

Impostos

a Impostos a Recolher---120

11 As despesas podem ser creditadas em duas ocasiões: para correção de um erro ou quando for feita a apuração do resultado do exercício (item 1.12 desse material). Já as receitas podem ser debitadas em duas ocasiões: para correção de um erro ou quando for feita a apuração do resultado do exercício

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Observe que não necessariamente é preciso colocar o valor ao lado da conta debitada. Como as origens (créditos) serão sempre idênticas às aplicações (débitos), subtende-se que foi debitado e creditado o valor de R$ 120. 14. Pagamento do aluguel do mês no valor de 28,00

Aluguéis Passivos

a Caixa-----------------------28 Para quem paga juros ou aluguel, há uma despesa. Do outro

lado da moeda, entretanto, há alguém que recebe juros ou aluguel e esse alguém está tendo uma receita. Para diferenciar a receita de aluguel da despesa de aluguel, são utilizadas, respectivamente, as expressões aluguéis ativos e aluguéis passivos. A palavra “ativos”, no caso, não tem relação com o grupo patrimonial que representa os bens e direitos. Do mesmo modo, o termo “passivos” não significa dívidas. Tais palavras devem ser entendidas como um modo de diferenciar uma receita de uma despesa; sendo assim, juros ativos são “juros bons” e juros passivos, “juros ruins”.

DESPESA É A MESMA COISA DE...

Juros Passivos Despesas de Juros Aluguéis Passivos Despesas de Aluguéis

Comissões Passivas Despesas de Comissões Desconto Passivo Despesa de Desconto ou Desconto Concedido

Já adiantando...

RECEITA É A MESMA COISA DE... Juros Ativos Receita de Juros

Aluguéis Ativos Receita de Aluguéis Comissões Ativas Receita de Comissões Desconto Ativo Receita de Descontos ou Desconto Obtido

15. Quitação de duplicatas no valor de R$ 1.100,00, com juros de 10% de seu valor

D- Duplicatas a Pagar---------1.100

D- Juros Passivos----------------110

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C- Caixa------------------------1210 Esse mesmo fato pode aparecer de outras maneiras:

Duplicatas a Pagar----------1.100

Juros Passivos-----------------110 a Caixa--------------------------1210

ou Diversos

a Caixa Duplicatas a Pagar---------1.100

Juros Passivos-----------------110 1.210.

O termo “diversos” é utilizado para indicar que mais de uma conta está sendo, no caso, debitada (veja que não há o “a” na frente). Obviamente, tal palavra não é suficiente para informar quais itens do patrimônio foram movimentados, por isso, após a conta creditada, há a necessidade de dizer quais exatamente foram as diversas contas debitadas. No vídeo 19 abordamos calmamente isso e mostramos vários exemplos. 16. Recebimento de títulos de R$ 120.000,00, concedendo desconto de 8%

Diversos a Títulos a Receber

Caixa-------------------------110.400 Descontos Concedidos---------9.600 120.000.

1.9 RECEITAS

Geralmente, a receita acontece quando fazemos por onde ter

um aumento no ativo sem que para isso tenhamos uma diminuição em outro ativo ou o aumento de uma dívida. “Fazer por onde, professor? Não entendi!”. Calma que o conceito de receita no estilo bate papo é mais enjoado de passar mesmo, mas você irá entender! Quando prestamos um serviço, iremos receber por ele não é verdade? E aí não vai acontecer “algo ruim” para caracterizar o empate, a empresa irá ter um aumento na sua situação líquida

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(“ficará mais rica”). Quando vendemos mercadorias ou alugamos um imóvel para alguém, estamos fazendo algo que vai merecer um pagamento não é verdade? Veja, se nos chamados fatos permutativos ocorre “algo bom” (↑ativo ou ↓passivo) e, concomitantemente, “algo ruim” (↓ativo ou ↑passivo), no caso das receitas ocorre, no final das contas, “algo bom” (↑ativo ou ↓passivo), sem a contrapartida do “algo ruim”.

Cabe destacar, que nem todo aumento de riqueza decorre de

receitas. O PL pode aumentar, por exemplo, pelo aumento do capital social e aí não haverá receita. Lá na aula 12 vamos ver o conceito completinho de receita. Nesse momento, o importante é você pegar o ‘fio da meada’ e entender que:

� Toda receita aumenta o PL, mas nem todo aumento do PL

vem de receitas.

� Toda despesa diminui o PL, mas nem toda diminuição do PL vem de despesas.

Vamos analisar o exemplo de alguém que ganhou um milhão na

loteria. De repente, vai entrar na conta dele esse valor. Por conta desse um milhão que vai pingar na conta, algum ativo dessa pessoa diminuiu ou algum passivo aumentou? Não. Veja, está ocorrendo algo bom e pronto! Não é empate. Não é zero a zero.

D- Bancos Conta Movimento --------1.000.000,00 C- Receita com Prêmio de Loteria--1.000.000,00 Qual foi a origem do dinheirão na conta do cidadão sortudo do

nosso exemplo? Ora, um prêmio de loteria. Receita, enquanto origem, adora crédito. É por isso que, quando ocorre uma receita, ela é creditada. “Mas ele não teve que pagar pra fazer a aposta, professor?” Teve sim, e essa aposta é lançada como despesa.

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Imagine agora o proprietário de um imóvel alugado. Ao disponibilizar o imóvel para o inquilino, o dono faz jus a uma receita de aluguel. Por conta desse aluguel que será recebido, está ocorrendo a diminuição de algum ativo ou o aumento de alguma dívida do proprietário? Novamente não! Quando há uma receita, veja, ocorre o aumento do ativo ou a diminuição de um passivo sem que ocorra algo ruim para configurar o empate.

Se a utilização de um serviço é uma despesa, a prestação de

serviços é exemplo clássico de receita. Se você trabalha consertando computadores, por exemplo, ao executar um serviço, ou irá receber no ato ou irá receber depois. Por conta desse serviço, algum ativo seu irá diminuir? Alguma dívida irá aumentar? Não! Veja, você está aumentando sua riqueza. Eis o registro:

D- Caixa--------------------� caso você receba no ato C- Receita de Serviços----� “receita a gente credita” ou D- Clientes-----------------� se o recebimento ficar para depois C- Receita de Serviços----� “receita a gente credita” Perceba que registramos a receita independente do

recebimento do dinheiro. A receita, então, deve ser registrada quando a empresa faz por onde obter aquela receita. Alguns exemplos:

Receita de... Registrada quando...

Aluguel O proprietário disponibiliza o imóvel para o inquilino, independente do recebimento

Serviços Há a prestação do serviço, independente do recebimento

Vendas Há a entrega da mercadoria, independente do recebimento

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E por aí vai. Já que eu citei a receita de vendas, deixa eu conversar um pouquinho mais sobre ela. Fique atento porque é a receita que mais aparece em prova.

Imagine que eu comprei uma mercadoria por 20 e vendi por 25.

Vamos aos lançamentos: Na compra da mercadoria: D- Mercadorias--------------20 C- Caixa ou Fornecedores--20 Na venda da mercadoria: D- Caixa ou Clientes----------25 C- Vendas de Mercadorias----25 D- Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)---20 C- Mercadorias---------------------------------20 Na venda há dois lançamentos. Além de registrar a venda em

si, registramos a baixa da mercadoria. Muitos alunos perguntam se não poderia ser feito o seguinte lançamento:

D- Caixa ou Clientes----------25 C- Mercadorias----------------20 C- Lucro------------------------5 Tem lógica pensar assim, mas não pode ser feito dessa

maneira. Isso porque a legislação tributária exige que seja lançado o valor da venda bruta. Perceba que no lançamento acima não aparece em nenhum local o valor da venda. Aparece, isso sim, o valor do lucro. “Mas não é o lucro que interessa, professor?”. Veja bem, o governo cobra alguns tributos sobre o lucro (imposto de renda e contribuição social) e outros sobre a venda (ICMS, PIS, COFINS, ISS). Sendo assim, é importantíssimo para o governo que conste na contabilidade das empresas a informação de quanto foi a venda. Por

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isso, no lançamento de uma venda tem que aparecer a conta vendas de mercadorias (ou algum sinônimo).

Comparando o lançamento certo com o imaginado pelos alunos

(quando aparece a conta lucros), verificamos que a repercussão no patrimônio é a mesma: em relação às contas patrimoniais, registramos o aumento da disponibilidade (se for à vista) ou do direito (se for a prazo) e a diminuição da mercadoria; já no que diz respeito às contas de resultado, registramos uma receita de 25 e uma despesa (CMV funciona como uma despesa) de 20. Desse modo, o fiquei mais rico, no final das contas, é de 5, o mesmo montante do lucro. O lucro, portanto, no lançamento da venda, fica subentendido, não aparece expressamente!

Vamos analisar mais dois exemplos.

Exemplo A) José trabalha para alguém em determinado mês Como José prestou o serviço, ocorreu o fato gerador da receita,

independente do recebimento. Assim, no final do mês, na contabilidade do José, a conta receita de serviços deve ser creditada (como regra, a receita é creditada). No débito, caso ele tenha recebido o pagamento no mês da prestação do serviço, aparecerá a conta caixa; caso o recebimento tenha ficado para o mês posterior, o débito será em contas a receber (poderia ser também em clientes ou duplicatas a receber).

Veja que: Receita recebida no mês de sua ocorrência: D- Caixa C- Receita de Serviços Receita que ficou para ser recebida no mês seguinte: D- Clientes C- Receita de Serviços

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É importante destacar mais uma vez que assim como as despesas, as receitas devem ser registradas no mês de sua ocorrência. Não é preciso esperar a repercussão financeira. Exemplo B) Venda, no valor de R$ 3.000, de mercadoria anteriormente adquirida por R$ 2.400.

Primeiro registramos a receita decorrente da venda: D- Caixa ou Clientes------3.000 C- Receita de Vendas-----3.000 Ato contínuo, damos baixa na mercadoria que, por ter sido

vendida, não faz mais parte do nosso patrimônio: D- Custo das Mercadorias Vendidas---2.400 C- Mercadorias--------------------------2.400 Observe que, no final das contas, o PL aumentou no montante

de 600, exatamente o valor do lucro (lucro = venda - custo). O CMV diminui o PL causando no patrimônio o efeito de uma despesa.

Vamos treinar, mais?!

Fatos envolvendo RECEITAS 17. Venda, à vista, de mercadorias por R$ 50.000,00, com lucro de 30% sobre as vendas

Pela venda da mercadoria Caixa

a Vendas de Mercadorias-----50.000

Pela baixa do estoque

CMV a Mercadorias------35.000 => vendeu por 50 ganhando 15. O custo foi 35.

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18. Perdão de uma dívida no valor de R$ 500

Contas a Pagar-------------------500

a Receita com Perdão de Dívida-- 500 19. Registro de serviço realizado para recebimento a prazo, no valor de 52,00

D- Duplicatas a Receber------52 C- Serviços Prestados--------52

20. Prestação de serviços por R$ 400,00, recebendo, no ato, apenas 40%

D- Caixa-----------------------160 D- Clientes--------------------240 C- Receita de Serviços-------400

21. Pagamento de duplicatas de R$ 70.000,00, obtendo desconto de 12%

D- Duplicatas a Pagar---------70.000

C- Desconto Obtido-------------8.400 C- Caixa------------------------61.600

Esse mesmo fato pode aparecer de outras maneiras:

Duplicatas a Pagar----------70.000 a Desconto Obtido-----------8.400 a Caixa----------------------61.600

ou

Duplicatas a Pagar

a Diversos a Desconto Obtido-----------8.400 a Caixa------------------------61.600 70.000

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O termo “diversos” é utilizado para indicar que mais de uma conta está sendo creditada. Como há a necessidade de dizer quais exatamente foram os diversos itens creditados, abaixo da palavra “diversos” são colocadas todas as contas creditadas, com seus respectivos valores. Ao final, do lado do valor da última conta creditada, consta o total creditado, que será, por conta do método das partidas dobradas, igual ao total debitado. 22. Recebimento de duplicatas de 2.000, com juros de R$ 400,00

Caixa a Diversos a Duplicatas a Receber-----------2.000 a Juros Ativos--------------------------400 2.400

1.10 RECEITAS E DESPESAS ANTECIPADAS

Se uma despesa é paga antes de ocorrido o seu fato gerador, estamos adiantando um valor que só seria devido lá na frente e, por isso, ficamos com um direito. Então cuidado com o seguinte: o fato da palavra despesa aparecer no título de uma conta não significa que ela seja efetivamente uma despesa. É o caso, por exemplo, das despesas antecipadas, as quais representam um ativo.

Imagine que no dia primeiro de janeiro, uma empresa adiantou 3 meses de salário a um empregado que ganha 100 por mês. A despesa, do ponto de vista da empresa, só ocorrerá quando ela efetivamente receber a prestação do serviço por parte do empregado, por isso, a despesa deverá ser registrada apenas no final de cada mês. No momento do adiantamento, a empresa fica com um direito perante seu funcionário e registra o seguinte:

Em 1º-1-X1:

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D- Salários a Vencer (sinônimo de salários pagos antecipadamente) C- Caixa-------------------------300

No final de janeiro, a empresa enfim deverá reconhecer

(apropriar) a despesa de salários, diminuindo o direito perante seu funcionário, afinal, ela já usufruiu de um mês do trabalho dele.

Em 31-1-X1:

Salários a Salários a Vencer-------100

Com esse lançamento, a despesa de salários está sendo

registrada dentro do mês de sua ocorrência, como deve ser. Essa apropriação deverá ser registrada também no final de fevereiro e de março, de modo que cada despesa fique dentro do seu mês de ocorrência e o direito resulte zerado, pois não mais existirá direito da empresa junto ao empregado, já que este, cumprindo sua parte, trabalhou os três meses. Atenção redobrada, então, com a expressão “a vencer” na contabilidade pois ela é altamente traiçoeira! Salários a vencer não é sinônimo de salários a pagar. Na realidade, quer dizer exatamente o contrário! Salários a pagar surge quando o funcionário trabalha e a empresa diz que vai pagar só no outro mês. A empresa está devendo para ele. Já salários a vencer aparece quando, antes de trabalhar, o funcionário recebe adiantado da empresa. Veja que, nesse caso, a empresa fica é com um direito. O termo “a vencer”, portanto, diz respeito à ocorrência do fato gerador: o fato gerador da despesa, ou da receita, conforme o caso, ainda irá ocorrer (vencer).

Perceba que o pagamento de qualquer despesa de forma antecipada vai gerar um direito. Por isso, contas como despesas antecipadas, despesa paga antecipadamente ou despesas a vencer são classificadas no Ativo.

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DESPESA ATIVO PASSIVO Despesa Despesa Antecipada ou

Despesa a Vencer Despesa a Pagar

Salários Salários a Vencer Salários a Pagar Seguros Seguros a Vencer Seguros a Pagar Aluguéis Passivos Aluguéis Passivos a Vencer Aluguéis Passivos a Pagar Juros Passivos Juros Passivos a Vencer Juros Passivos a Pagar

Se alguém paga antecipado é porque alguém está recebendo de forma antecipada, não é verdade? Ainda no mesmo exemplo, o empregado, ao receber o valor de R$ 300 no começo de janeiro não tem, ainda, uma receita, já que ele não prestou o serviço, não fez por onde. No dia primeiro, então, ele deverá reconhecer uma receita antecipada, a qual representa a obrigação de trabalhar ou, em última instância, devolver o dinheiro. Somente no final de cada mês, com a efetiva prestação do serviço, o fato gerador da receita terá ocorrido devendo, então, ser reconhecida no resultado. Vamos aos lançamentos do ponto de vista do funcionário que recebeu o adiantamento.

Em 1º-1-X1: D- Caixa C- Receita Antecipada--------300

No final de janeiro, o empregado deverá reconhecer a receita,

diminuindo sua obrigação perante a empresa, afinal, ele já trabalhou um mês.

Em 31-1-X1:

Receita Antecipada a Receita de Serviços-------100

Com esse lançamento, a receita está sendo registrada dentro do mês de sua ocorrência, atendendo aos princípios contábeis. Esse mesmo registro também deverá ser feito no final de fevereiro e de março, zerando a obrigação.

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Veja que o recebimento de qualquer receita de forma antecipada vai gerar uma obrigação e, por isso, receita antecipada ou adiantamento de clientes é conta do passivo.

RECEITA PASSIVO ATIVO

Receita Receita Antecipada ou Receita a Vencer

Receita a Receber

Juros Ativos Juros Ativos a Vencer Juros Ativos a Receber Aluguéis Ativos Aluguéis Ativos a Vencer Aluguéis Ativos a Receber

Fatos envolvendo DESPESAS E RECEITAS ANTECIPADAS 23. Pagamento antecipado de uma despesa de R$ 100,00

D- Despesa Antecipada--------100 => conta do ativo

C- Caixa------------------------100 24. Apropriação de uma despesa paga antecipadamente no valor de R$ 100,00

D- Despesa ----------------------100 => registra a despesa C- Despesa Antecipada----------100 => e diminui o direito

25. Recebimento antecipado de uma Receita de R$ 100,00

D- Caixa-----------------------------100 C- Receita Antecipada--------------100 => conta do passivo

26. Reconhecimento de uma Receita recebida antecipadamente no valor de R$ 100,00

D- Receita Antecipada--------------100 => diminui a obrigação C- Receita---------------------------100 => e registra a receita Da análise dos 26 fatos lançados até aqui, percebemos que não

necessariamente o registro deve conter apenas um débito e um crédito. É aí onde entra a historinha das fórmulas de lançamentos.

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Fórmulas de Lançamentos Dizem respeito à quantidade de débitos e créditos existentes

em um registro. São 4 as fórmulas de lançamento:

a) 1ª Fórmula: uma conta debitada e uma conta creditada; b) 2ª Fórmula: uma conta debitada e mais de uma conta creditada; c) 3ª Fórmula: mais de uma conta debitada e uma conta creditada; d) 4ª Fórmula: mais de uma conta sendo debitada e mais de uma conta

creditada.

1.11 O CAMINHO PERCORRIDO ENTRE OS FATOS CONTÁBEIS E AS DEMONSTRAÇÕES

Já sabemos que no final do exercício social, a empresa deve

elaborar as Demonstrações Contábeis. Vejamos o caso do Balanço Patrimonial, onde aparecem todos os itens que compõem o patrimônio da entidade em determinada data. No Balanço de 31.12.X1, por exemplo, serão mostrados os saldos das contas do ativo, passivo e PL nessa data. Como fazer para, após um ano de escrituração, que pode envolver milhares de lançamentos, sabermos o valor exato de cada item que fará parte da Demonstração? Diário x Razão

Até aqui, o que vimos sobre lançamentos – o debitar e o

creditar – corresponde ao chamado Livro Diário. Nele, há o registro, em ordem cronológica, de todos os fatos contábeis ocorridos no exercício social. Quando, então, neste curso, debitamos uma conta e creditamos outra, com os respectivos valores, estamos simplesmente lançando no Diário.

Lançamento do aumento de capital em espécie:

D- Caixa-------------- 100 C- Capital Social------100

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Se durante o ano o movimento da empresa fosse apenas esse, seria a maior moleza preparar o balanço:

ATIVO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Caixa--------100 Capital Social-------100 Agora, imagine que a contabilidade de uma empresa tenha uma

movimentação enorme. Milhares, milhões de lançamentos. No final do ano, para montar o balanço, o contador terá que encontrar o saldo das contas em 31 de dezembro. Se existisse apenas o Livro Diário, para encontrar o saldo da conta caixa, por exemplo, o profissional teria que procurar, em meio a milhares (ou mais!) de lançamentos, quais mexeram com caixa, pra ir somando cada entrada no caixa (débitos) e cada saída (créditos), até chegar ao saldo atualizado...seria um suplício! Imagine fazer esse mesmo procedimento em relação a todas as contas do patrimônio de uma multinacional? É por isso que, na medida em que um fato é registrado no Diário, ele também é registrado no Livro Razão. Razão, pessoal, para nós, nesse momento, vai ser o “T” fartamente encontrado nos materiais de contabilidade. Esse “T” é o razonete em T, que é uma representação simplificada do Razão. Através desse razonete controlamos o saldo de todas as contas movimentadas. Com ele, o saldo de cada conta é acompanhado a cada momento, pois o registro é feito de forma sistematizada, separando cada item que faz parte do patrimônio. O lançamento citado seria registrado do seguinte modo no Razão:

Caixa Capital Social

100 100

Perceba que toda conta movimentada terá seu próprio

razonete. Por convenção, do lado esquerdo ficam os débitos e do lado direito, os créditos. Observe que sempre a digrafia contábil será respeitada: a conta caixa foi debitada no valor de 100, e a conta capital social foi creditada no mesmo valor.

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Nome da Conta

Com a utilização do razonete, no final do período é só a empresa somar as colunas débitos e créditos. Caso haja mais débitos do que créditos, diz-se que a conta ficou com saldo devedor. Isso é o que vai acontecer com as contas do ativo e de despesas. Por seu turno, se os créditos superarem os débitos, o saldo será credor (passivo, PL e receitas).

De posse de todos os saldos, a contabilidade prepara o

Balancete de Verificação, que consiste em uma relação ordenada dos saldos das contas do Razão. Haverá uma coluna para os saldos devedores e outra para os credores, as quais, por conta do método das partidas dobradas, devem apresentar valores iguais. Eis o exemplo de um balancete simples:

Balancete de Verificação Inicial

Contas Saldo Devedor Saldo Credor Caixa 10 - Máquinas 40 - Fornecedores - 15 Capital - 30 Despesa de Juros 5 - Receita de Serviços - 10 TOTAL 55 55

No balancete inicial aparecem todas as contas movimentadas

pela empresa, quer sejam patrimoniais, quer sejam de resultado. A partir daí, a empresa efetua os lançamentos de ajustes, apura o resultado do exercício (veja próximo item), faz a destinação deste resultado e elabora um novo Balancete de Verificação, agora apenas com as contas patrimoniais, a partir do qual a entidade prepara seu Balanço Patrimonial.

créditos débitos

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Balancete de Verificação Final Contas Saldo Devedor Saldo Credor Caixa 10 - Máquinas 40 - Fornecedores - 15 Capital - 30 Reservas de Lucros - 5 TOTAL 55 55

1.12 APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Apuração do resultado é o processo através do qual é feito o confronto entre as receitas e as despesas de determinado período. O resultado, ou rédito, será um lucro se as receitas forem maiores que as despesas; caso contrário, se as despesas superarem as receitas, haverá prejuízo.

O resultado sempre é apurado em relação a um período

específico, por isso, na apuração do lucro ou prejuízo do ano “X“, interessam apenas as receitas e as despesas ocorridas no dito ano “X”. Em nenhuma hipótese, receitas e despesas de um período se comunicam com as ocorridas em outro exercício social (anterior ou posterior). Veja bem, se estamos apurando o resultado de 2017 só me interessam as receitas e as despesas ocorridas em 2017. Não vou querer saber de receitas e despesas de 2016 ou de 2018. No resultado do ano 2038, por exemplo, não vai entrar nenhuma receita ou despesa do ano 2037 ou do ano 2039. Entendeu?

Este é o motivo pelo qual, no final do exercício social, todas as

contas de resultado são zeradas. Ora, todo começo de ano tem que começar zerado em relação a receitas e despesas, já que para o resultado do ano que se inicia não vão interessar as receitas e as despesas ocorridas no passado, não é verdade?! Sendo assim, no final do ano, todas as receitas são debitadas e todas as despesas são creditadas. “E a contrapartida, professor?”. Será uma conta chamada Apuração do Resultado do Exercício (ARE). É fácil, pessoal, é só

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lembrar que as receitas e despesas estão sendo zeradas porque estamos apurando o resultado.

ARE, então, é uma conta que existe apenas para zerar receitas

e despesas e transferir o resultado para o PL. Diz-se que ela é transitória, pois também não pode ter saldo no final do período. Costumo dizer que ela é uma conta descartável. No final do ano, chamamos ela, usamos para zerar receitas e despesas e depois zeramos a dita cuja. Dura um dia a coitada! É descartável, mas muito importante! Todo bendito ano precisaremos dela. Vou dar um exemplo simples, preocupado apenas com as contas de resultado, ok?

A empresa X, no ano de 2017, teve apenas uma receita

(recebida no ato), no valor de 50, e uma despesa (para pagamento posterior), no valor de 40. De cara, já verificamos que houve um lucro de 10, não é verdade? Nossa missão é zerar essa receita e essa despesa e transferir esse lucro para o PL. Vamos lá!

registro da receita registro da despesa D- Caixa------50 D- Despesa----------40 C- Receita ----50 C- Contas a Pagar---40 Temos, agora, que zerar a receita e a despesa. Para isso, lembre,

pedimos a ajuda da conta Apuração do Resultado do Exercício. zerando a receita zerando a despesa D- Receita-----50 D- ARE----------40 C- ARE---- ----50 C- Despesa-----40 Veja, nesse momento, as receitas e as despesas foram

eliminadas e a conta ARE apresenta saldo credor de 10:

ARE 40 50 10 � saldo credor

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Falta, agora, zerar a conta ARE. O legal é que ao zerarmos a ARE automaticamente fazemos o último passo: transferimos o resultado para o PL. Se ARE está com saldo credor, para zerá-la devemos efetuar um débito nessa conta.

zerando a conta ARE D- ARE--------------------50 C- Lucros Acumulados---50

� A conta ARE é debitada pelas despesas e creditada pelas

receitas.

� Os débitos na conta ARE representam as despesas. Os créditos na conta ARE representam as receitas.

� Se a conta ARE ficar com saldo credor, houve lucro. Se a

conta ARE ficar com saldo devedor, houve prejuízo. Vamos fazer um exemplo com prejuízo, para que não reste

qualquer dúvida. Imagine agora que a empresa X, no ano de 2018, teve apenas

uma receita (para recebimento posterior), no valor de 70, e uma despesa (pagamento no ato), no valor de 100. Já deu pra perceber que houve um prejuízo de 30, não é verdade? Vamos, então, zerar essa receita e essa despesa e transferir o prejuízo para o PL.

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registro da receita registro da despesa D- Clientes----70 D- Despesa---------100 C- Receita ----70 C- Caixa-------------100 Temos, agora, que zerar a receita e a despesa. Para isso, lembre,

pedimos a ajuda da conta Apuração do Resultado do Exercício. zerando a receita zerando a despesa D- Receita-----70 D- ARE---------100 C- ARE---- ----70 C- Despesa-----100 As receitas e as despesas foram eliminadas e a conta ARE

apresenta, dessa vez, saldo devedor de 30:

ARE 100 70 saldo devedor � 30

Falta, agora, zerar a conta ARE. Como ARE está com saldo

devedor, para zerarmos devemos creditar referida conta. “E no débito, professor?” Ora, não houve um prejuízo? Vamos transferi-lo para o PL:

zerando a conta ARE D- Prejuízos Acumulados--50 C- ARE----------------------50 Para encerrar esse PDF 01, vamos acompanhar a

movimentação ocorrida na empresa MAVIFOR S/A no ano X1, aproveitando para revisar alguns pontos.

Fato I – Capital subscrito e imediatamente integralizado

no valor de R$ 350, sendo R$ 100 em dinheiro e R$ 250 em mercadorias.

Registro no Diário

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D- Caixa------------100

D- Mercadorias-----250 C- Capital---------- 350 Balanço Patrimonial levantado após a ocorrência do fato I

Ativo Passivo ---- Caixa 100 Mercadorias 250 PL Capital Social 350 Ativo Total 350 Passivo Total 350

O lado esquerdo do balanço (aplicações) sempre vai bater com

o lado direito (origens). Fato II - Empresa pega um empréstimo bancário no

valor de R$ 600. Como se trata de um fato permutativo, o valor do patrimônio

líquido não vai ser alterado.

D- Bancos c/ Movimento-----600 C- Empréstimos Obtidos-----600

Ativo Passivo Exigível Caixa 100 Empréstimos 600 Bancos 600 PL Mercadorias 250 Capital Social 350 Ativo Total 950 Passivo Total 950

Fato III - Empresa paga metade do empréstimo bancário. Na operação há incidência de juros no montante de R$

40. Registro no Diário

D- Empréstimos---300

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D- Juros Passivos--40 C- Bancos---------340 A despesa de juros, por ser conta de resultado, vai aparecer na

demonstração conhecida como DRE – Demonstração do Resultado do Exercício, e não no Balanço Patrimonial. Mas como, afinal, a despesa vai diminuir o PL, se ela não faz parte do Balanço? A despesa vai afetar o Balanço de duas formas. Primeiro, no registro da despesa, há uma contrapartida em conta patrimonial (saindo dinheiro ou aumentando dívida). Eis a primeira repercussão. Depois, após a apuração do resultado, ocasião na qual as receitas e as despesas são zeradas, o lucro ou prejuízo apurado, conforme o caso, é transferido para uma conta do patrimônio líquido denominada Lucros ou Prejuízos Acumulados. Dessa forma, se for um lucro, o PL será aumentado; caso haja prejuízo, será diminuído. Eis a segunda repercussão. Da mesma forma, as receitas também irão repercutir no patrimônio em dois momentos.

Caso o exercício social fosse encerrado após esse terceiro fato,

o resultado apurado pela empresa seria um prejuízo de R$ 40, pois a única conta de resultado existente seria a despesa de juros. O Balanço ficaria assim:

ATIVO PASSIVO Caixa 100 Empréstimos 300 Bancos 260 PL Mercadorias 250 Capital Social 350 Prejuízos Acumulados12 (40) Ativo Total 610 Passivo Total 610 Na prática, porém, a apuração do resultado e sua transferência

para o Balanço ocorre somente após o término do período, o que no nosso caso equivale ao 4º e último fato adiante narrado.

Fato IV – Empresa vende todo o seu estoque de

mercadorias, metade à vista e metade a prazo, pelo valor total de R$ 400. 12 Conta retificadora do PL. Sendo assim, tem natureza devedora e reduz o valor do capital próprio.

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Registro no Diário

a) Venda D- Caixa-------------200

D- Clientes----------200 C- Vendas---------- 400

b) Baixa da mercadoria

D- CMV--------------250 => equivale a uma despesa C- Mercadorias----- 250 Registrados todos os fatos ocorridos, a empresa, antes de

elaborar o Balanço, deve apurar o resultado, zerando as contas de receitas e despesas. No nosso exemplo, houve duas despesas. Vamos zerá-las:

D- Apuração do Resultado do Exercício------290 C- Juros Passivos-------------------------------40 C- CMV-----------------------------------------250 As duas contas de despesas já estão zeradas. Falta agora zerar

as receitas (no caso, apenas a conta vendas): D- Vendas--------------------------------------400 C- Apuração do Resultado do Exercício-------400

Após o encerramento das receitas e despesas a conta ARE ficou

com saldo final de R$ 110, credor. Isso significa que as receitas superaram as despesas nesse montante e houve, assim, um lucro.

Acontece que a conta ARE é transitória e, diante de sua

efemeridade, precisa ser encerrada logo após a apuração do rédito. A contrapartida será a conta Lucros Acumulados, em caso de resultado positivo, ou Prejuízos Acumulados, na ocorrência de prejuízo. Em

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suma: assim como receitas e despesas, a própria conta ARE precisa ser encerrada no final do exercício social:

Se a conta ARE estiver com saldo credor (lucro): D- ARE C- Lucros Acumulados => aumentando o PL Se a conta ARE estiver com saldo devedor (prejuízo): D- Prejuízos Acumulados => diminuindo o PL C- ARE Voltando ao nosso exemplo, a conta ARE, que ficou com saldo

credor de R$ 110, deve ser encerrada da seguinte forma: D- ARE---------------------110 C- Lucros Acumulados----110 É assim que receitas e despesas se comunicam com a riqueza

patrimonial de alguém, através da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. Acontece que o Balanço também tem sua conta de curta duração: Lucros Acumulados. A partir da lei nº 11.638/07 os balanços das sociedades por ações não podem mais ter saldo em Lucros Acumulados, de modo que, assim que chega ao PL, o lucro deve ser integralmente distribuído, na forma de dividendos, constituição de reservas de lucros ou aumento de capital. Vamos, então, distribuir nosso lucro:

D- Lucros Acumulados------ 110

C- Dividendos a Pagar--------55 C- Reservas de Lucros--------55

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O Balanço Patrimonial do final do período ficará assim:

ATIVO PASSIVO Caixa 300 Empréstimos 300 Bancos 260 Dividendos a Pagar 55 Clientes 200 PL Capital Social 350 Reservas de Lucros 55 Ativo Total 760 Passivo Total 760

Vamos estudar reservas e dividendos passo a passo nesse

curso. Fiquem tranquilos!

É isso, Ilustres! Vamos, na sequência, treinar ainda mais essa historinha de debitar e creditar, importantíssimo para a contabilidade.

Tá só começando!!! Abordaremos, através de 120 vídeos, todos

os assuntos de contabilidade geral, passo a passo. Resolveremos 400 questões! Resolveremos todas as questões de ATRFB dos últimos 20 anos!

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70 Fatos Contábeis Tirados de Provas de Concursos

1 - FATOS ENVOLVENDO COMPRAS À VISTA/SAÍDA DE DINHEIRO 1- (ESAF 2014) Empresa adquiriu 4 máquinas de igual valor e pagou por elas, à vista, R$ 10.000. 2- (CARLOS CHAGAS 2014) Aquisição de estoque no valor de R$ 18.000,00, à vista. 3 - (FGV 2013) Aquisição, à vista, de 10 (dez) peças para revenda no valor de R$ 45 cada. 4- (FGV 2013) Aquisição de móveis e utensílios no valor de R$ 40.000 a vista. 5- (CARLOS CHAGAS 2014) Pagamento de R$ 80.000,00 referentes à aquisição de imobilizado. 6- (CARLOS CHAGAS 2014) Pagamento de R$ 80.000,00 referentes à aquisição de imobilizado. 7- (ESAF) Pagamento de um título no valor de 3.000,00 8- (ESAF) Pagamento de um título vencido no valor de R$ 1.200,00 9- (ESAF) Pagamento de empréstimos a curto prazo R$ 150,00

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10- (ESAF) Pagamento de empréstimos a longo prazo R$ 900,00 11- (ESAF) Pagamento de R$ 12.000,00 de hipotecas de longo prazo

2 - FATOS ENVOLVENDO COMPRAS A PRAZO 12- (CARLOS CHAGAS 2014) Aquisição de Estoques no valor de R$ 35.000, a prazo, sem juros. 13- (CESPE 2014) Aquisição a prazo, em 5/1/X1, de matérias-primas industriais no valor de R$ 5.000; 14- (FGV 2014) Compra de R$ 18.000,00 em estoques, para pagamento em 60 dias. 15- (FGV 2013) Aquisição de 20 (vinte) peças para revenda no valor de R$ 50 cada, para pagamento em duas parcelas iguais vencíveis em 30 e 60 dias. 16- (FGV 2013) Aquisição financiada de equipamentos no valor de $ 6.000; 17- (ESAF) Compra a prazo (160 dias) de móveis para o escritório R$ 1.650,00 18- (ESAF) Compras de máquinas industriais a longo prazo R$ 1.500,00

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19- (ESAF) Compra a prazo de máquinas para o próprio uso, no valor de R$ 15.000,00 20- (ESAF) Compra, a prazo, de móveis e utensílios para uso por R$ 40.000,00 21- (ESAF) Compra de bens para revender: cem unidades por R$ 21.000,00, a prazo

3 - COMPRAS COM PAGAMENTO PARTE À VISTA E PARTE A PRAZO

22- (FGV 2013) Aquisição de equipamentos no valor de R$ 80.000 sendo R$ 30.0000 em dinheiro e o restante financiado a longo prazo. 23- (ESAF) Compra de móveis para uso, por R$ 6.000,00, aceitando duplicatas, sendo dois terços com vencimento a longo prazo 24- (ESAF) Compra de móveis para venda, por R$ 2.200,00, pagando uma entrada de 20% e o restante a prazo 25- (ESAF) Compra de máquinas por R$ 5.000,00, pagando entrada de 20% 26- (ESAF) Compra de mesas por R$ 300,00, sendo 40% para vender e 60% para usar, pagando R$ 100,00 e aceitando duplicatas

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4 - FATOS ENVOLVENDO RECEBIMENTO DE DINHEIRO

27- (CARLOS CHAGAS 2014) Recebimento de R$ 30.000 das duplicatas a receber de clientes. 28- (CARLOS CHAGAS 2014) Recebimento de R$ 250.000,00 referentes à venda de um imóvel. 29- (CARLOS CHAGAS 2014) Recebimento de R$ 150.000,00 referentes ao Adiantamento do Cliente Pedro. 30- (CARLOS CHAGAS 2013) Recebimento de $18.000 de um cliente, para entrega futura de mercadorias. 31- (CARLOS CHAGAS 2014) Recebimento de R$ 140.000,00 referentes a um empréstimo obtido.

5 - FATOS ENVOLVENDO DESPESAS

32- (FGV 2014) Reconhecimento, em janeiro, de despesas de salários no valor de R$ 5.000,00, que deverão ser pagas em fevereiro. 33- (FGV 2013) Apropriação das despesas administrativas no valor de R$ 100 a serem pagas no mês seguinte. 34- (ESAF) Registro de salários de R$ 300,00, para pagamento posterior 35- (ESAF) Registro de impostos do mês, no valor de 120,00, para recolhimento posterior

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36- (ESAF) Ocorrência de uma despesa de R$ 160,00 para pagamento futuro 37- (ESAF) Empresa registrou a conta de luz do mês (R$ 80,00) para pagamento no mês seguinte 38- (ESAF) Registro do aluguel do mês no valor de R$ 300,00 para pagamento posterior 39- (ESAF) Pagamento do aluguel do mês no valor de 28,00 40- (ESAF) Pagamento de despesas do mês no valor de R$ 7.000,00 41- (ESAF) Pagamento de juros do mês corrente no valor de R$ 400,00 42- (ESAF) Pagamento de despesas com vendas R$ 1.320,00 43- (ESAF) Pagamento antecipado de uma despesa de R$ 100,00

6 - FATOS ENVOLVENDO RECEITAS

44- (CARLOS CHAGAS 2014) Venda de R$ 60.000 à vista. O custo das mercadorias vendidas foi de R$ 21.000. 45- (CARLOS CHAGAS 2014) Venda de estoque por R$ 50.000,00, a prazo. O estoque havia custado R$ 32.000,00. 46- (FGV 2013) Aquisição de mercadorias a prazo no valor de $ 10.000. 47- (FGV 2013) Venda a vista de 80% do estoque de mercadorias por $ 15.000.

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48- (ESAF) Vendas de mercadorias a vista R$ 15.000,00 49- (ESAF) Vendas de mercadorias por R$ 18 mil, com entrada de R$ 8 mil e duplicatas 50- (ESAF) Firma prestou serviços a vista por R$ 800,00 51- (ESAF) registro de serviço realizado para recebimento a prazo, no valor de 52,00 52- (ESAF) Prestação de serviços por R$ 400,00, recebendo, no ato, apenas 40%

7º FATOS ENVOLVENDO PAGAMENTO COM JUROS

53- (CESPE 2014) Liquidação de título no valor de R$ 1.000, com juros de R$ 50 54- (ESAF) Quitação de duplicatas no valor de R$ 1.100,00, com juros de 10% de seu valor. 55- (ESAF) Quitação, por via bancária, de uma duplicata no valor de R$ 600,00, com acréscimo de 10% relativos a juros. 56- (ESAF) Ao quitar uma dívida em duplicatas no valor de R$ 2.000,00, a empresa foi compelida a pagar multa e juros de mora de R$ 100,00. 57- (ESAF) Pagamento de uma dívida já vencida no valor de R$ 8.000,00, efetuado com juros moratórios de 11%.

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58- (ESAF) Pagamento de imposto atrasado no valor de R$ 500,00, com juros de 10%.

8º FATOS ENVOLVENDO PAGAMENTO COM DESCONTO 59- (FGV 2013) Pagamento de fornecedores no valor do título de $ 3.000 com desconto ainda de $ 300 sobre o mesmo. 60- (ESAF) Empresa resolveu antecipar o pagamento de uma dívida de R$ 5.000,00, ainda não vencida, para aproveitar o desconto de 10% oferecido pelo fornecedor. 61- (ESAF) Pagamento de dívidas de R$ 6.000,00 com descontos de 15%, em cheque. 62- (ESAF) Pagamento de títulos vencidos no valor de R$ 200,00, com desconto de 10%.

9º FATOS ENVOLVENDO RECEBIMENTO COM JUROS 63- (FGV 2013) Recebimento de direitos de clientes no valor de $ 3.000 mais juros do período de $ 100. 64- (ESAF) A empresa recebeu uma duplicata no valor de R$ 30.000,00, com acréscimo de juros de 10% por atraso no pagamento em relação ao vencimento original. 65- (ESAF) Recebimento de duplicatas de 2.000, com juros de R$ 400,00.

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66- (ESAF) Recebimento de direitos de R$ 500,00, com juros de 10%.

10º FATOS ENVOLVENDO RECEBIMENTO COM DESCONTO 67- (ESAF) Recebimento de títulos de R$ 120.000,00, concedendo desconto de 8%. 68- (ESAF) Recebimento de títulos de R$ 4.000,00, com descontos de 15%, em dinheiro. 69- (ESAF) Recebimento, em cheque do Banco S/A, de uma duplicata, no valor de R$ 500,00, com desconto de 5%. 70- (ESAF) Recebimento de um título de 360,00, com desconto de 10%.

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LANÇAMENTO DOS FATOS CONTÁBEIS

Cuidado! Quem está começando na matéria não deve tentar entender a lógica do lançamento começando por aqui. De jeito nenhum! Lembre: todos esses lançamentos foram feitos, com explicações detalhadas, ao longo dos vídeos. Por exemplo, em diversos casos poderiam ser aplicados sinônimos às contas aqui apresentadas. Acompanhe, com muita calma, as videoaulas para entender tudo direitinho. 01) D- máquinas e equipamentos C- caixa--------------------------10.000 02) D- estoque C- caixa--------------------18.000 03) D- mercadorias C- caixa--------------------450 04) D- móveis e utensílios C- caixa-----------------40.000 05) D- imobilizado C- caixa------------------80.000 06) D- imobilizado C- caixa------------------80.000 (repetido, eu sei, mas saiu assim no vídeo) 07) D- títulos a pagar C- caixa-------------------3.000 08) D- títulos a pagar C- caixa------------1.200 09) D- empréstimos C- caixa------------150 10) D- empréstimos LP C- caixa-------------900 11) D- hipotecas a pagar LP C- caixa-----------------12.000 12) D- estoque de mercadorias C- fornecedores-------------------35.000

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13) D- estoque de matérias-primas C- fornecedores-------------------5.000 14) D- mercadorias C- duplicatas a pagar---18.000 15) D- mercadorias C- duplicatas aceitas----1.000 16) D- máquinas e equipamentos C- financiamento-----------------6.000 17) D- móveis e utensílios C- móveis a pagar-----------1.650 18) D- máquinas--------------1.500 C- máquinas a pagar LP--1.500 19) D- máquinas--------------15.000 C- máquinas a pagar-----15.000 20) D- móveis e utensílios C- móveis a pagar-----------40.000 21) D- estoque de mercadorias C- fornecedores-------------------21.000 22) D- equipamentos-------------------80.000 C- caixa-----------------------------30.000 C- financiamento a pagar LP-------50.000 23) D- móveis-------------------6.000 C- duplicatas aceitas-------2.000 C- duplicatas aceitas LP----4.000 24) D- mercadorias-------------2.200 C- caixa-----------------------440 C- fornecedores-------------1.760 25) D- máquinas----------------5.000 C- caixa---------------------1.000 C- contas a pagar----------4.000 26) D- mercadorias-------------120 D- móveis e utensílios-----180 C- caixa---------------------100

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C- duplicatas aceitas-------200 27) D- caixa C- clientes--------30.000 28) D- caixa C- imóvel--------------250.000 29) D- caixa C- adiantamento de clientes ----150.000 30) D- caixa C- adiantamento de clientes ----18.000 31) D- banco conta movimento C- empréstimos obtidos---------140.000 32) D- despesa de salários C- salários a pagar------------5.000 33) D- despesas administrativas C- contas a pagar---------------100 34) D- salários C- salários a pagar---300 35) D- impostos C- impostos a recolher--120 36) D- despesa C- despesa a pagar---160 37) D- despesa de luz C- luz a pagar----------80 38) D- despesa de aluguel C- aluguéis a pagar---300 39) D- aluguéis passivos C- caixa------------------28 40) D- despesas C- caixa-----------------7.000 41) D- juros passivos C- caixa--------------400

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42) D- despesas com vendas C- caixa---------------1.320 43) D- despesa paga antecipadamente (despesa a vencer) C- caixa---------------100 44) D- caixa C- vendas de mercadorias----60.000 D- custo das mercadorias vendidas C- mercadorias------------------------21.000 45) D- caixa C- vendas de mercadorias----50.000 D- custo das mercadorias vendidas C- mercadorias------------------------32.000 46) D- mercadorias-----------10.000 D- fornecedores----------10.000 47) D- caixa C- vendas de mercadorias----15.000 D- custo das mercadorias vendidas C- mercadorias------------------------8.000 48) D- caixa C- vendas-----------------15.000 49) D- caixa--------------------8.000 D- duplicatas a receber--10.000 C- vendas-----------------18.000 50) D- caixa C- receita de serviços---800 51) D- clientes C- receita de serviços---52 52) D- caixa----------------------160 D- clientes-------------------240 C- serviços prestados-------400

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53) D- títulos a pagar-------------1.000 D- juros passivos-----------------50 C- caixa------------------------1.050 54) D- duplicatas a pagar-------------1.100 D- despesa de juros-----------------110 C- caixa----------------------------1.210 55) D- duplicatas a pagar-----------600 D- juros passivos-----------------60 C- banco conta movimento-----660 56) D- títulos a pagar-------------2.000 D- multa e juros passivos------100 C- caixa------------------------2.100 57) D- contas a pagar-------------8.000 D- juros passivos----------------880 C- caixa------------------------8.880 58) D- impostos a pagar-------------500 D- juros passivos------------------50 C- caixa---------------------------550 59) D- fornecedores-------------3.000 C- desconto obtido------------300 C- caixa----------------------2.700 60) D- fornecedores-------------5.000 C- desconto obtido------------500 C- caixa----------------------4.500 61) D- duplicatas a pagar--------6.000 C- desconto obtido-------------900 C- bancos c/ movimento—---5.100 62) D- títulos a pagar----------200 C- desconto obtido----------20 C- caixa--------------------180 63) D- caixa----------------3.100 C- juros ativos-----------100 C- clientes-------------3.000

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64) D- caixa-------------------33.000 C- receita de juros---------3.000 C- duplicatas a receber--30.000 65) D- caixa----------------2.400 C- juros ativos-----------400 C- clientes-------------2.000 66) D- caixa-----------------550 C- juros ativos-----------50 C- contas a receber----500 67) D- caixa------------------110.400 D- descontos passivos-----9.600 C- títulos a receber------120.000 68) D- caixa---------------------3.400 D- descontos concedidos-----600 C- títulos a receber---------4.000 69) D- caixa-----------------------475 D- desconto concedido--------25 C- duplicatas a receber------500 70) D- caixa------------------324 D- descontos passivos----36 C- títulos a receber------360

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Fórmula e Classificação dos Fatos Contábeis

Fato Contábil Fórmula Classificação 01 a 21 1ª Permutativo 22 a 25 2ª Permutativo 26 4ª Permutativo

27 a 31 1ª Permutativo 32 a 42 1ª Modificativo Diminutivo 43 1ª Permutativo

44 e 45 * * 46 1ª Permutativo 47 * * 48 1ª Modificativo Aumentativo 49 3ª Modificativo Aumentativo

50 e 51 1ª Modificativo Aumentativo 52 3ª Modificativo Aumentativo

53 a 58 3ª Misto Diminutivo 59 a 62 2ª Misto Aumentativo 63 a 66 2ª Misto Aumentativo 67 a 70 3ª Misto Diminutivo

* O registro da venda (débito de caixa ou clientes e crédito de vendas), analisado isoladamente, é modificativo aumentativo. O registro da baixa da mercadoria (débito de CMV e crédito de mercadorias), analisado isoladamente, é modificativo diminutivo. Juntando tudo em um único lançamento de 4ª fórmula, teremos um fato misto aumentativo. Se fosse uma venda com prejuízo, ao juntarmos tudo em um único registro, teríamos um fato misto diminutivo.

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QUESTÕES ESAF – CONCEITOS INICIAIS

01 (ESAF/IRB 2004) O objeto da contabilidade está presente na única opção correta.

a) Ativo b) Capital Social c) Passivo d) Patrimônio e) Patrimônio Líquido 02 (ESAF/ATRFB) É função econômica da Contabilidade a) apurar lucro ou prejuízo b) controlar o patrimônio c) evitar erros ou fraudes d) efetuar o registro dos fatos contábeis e) verificar a autenticidade das operações 03 (ESAF/TCI SEFAZ PI 2001) Estão excluídas do campo de

aplicação da Contabilidade a) as reuniões de pessoas sem organização formal, ausência de

finalidade explícita e inexistência de quaisquer recursos específicos. b) as sociedades não registradas ou que não possuam atos constitutivos

formais. c) as entidades que explorem atividades ilícitas ou não estejam

autorizadas a funcionar. d) as organizações estrangeiras que tenham sede no exterior. e) as pessoas jurídicas dispensadas pelo Fisco do cumprimento das

obrigações relativas à escrituração.

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04 (ESAF/ATRFB) “O patrimônio, que a contabilidade estuda e controla, registrando

todas as ocorrências nele verificadas.” “Estudar e controlar o patrimônio, para fornecer informações sobre

sua composição e variações, bem como sobre o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial.”

As proposições indicam, respectivamente, a) a finalidade e o conceito da contabilidade b) o campo de aplicação e o objeto da contabilidade c) o campo de aplicação e o conceito da contabilidade d) a finalidade e as técnicas contábeis da contabilidade e) o objeto e a finalidade da contabilidade 05 (ESAF/FISCAL RJ 2010) Assinale abaixo a única opção que

contém uma afirmativa falsa. a) Enquanto a entidade econômico-administrativa é o objeto da

Contabilidade, o patrimônio é o seu campo de aplicação. b) A finalidade da Contabilidade é assegurar o controle do patrimônio

administrado e fornecer informações sobre a composição e as variações patrimoniais, bem como sobre o resultado das atividades econômicas desenvolvidas pela entidade para alcançar seus fins.

c) A Contabilidade pode ser conceituada como sendo “a ciência que estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades com fins lucrativos ou não”.

d) Pode-se dizer que o campo de aplicação da Contabilidade é a entidade econômico-administrativa, seja ou não de fins lucrativos.

e) O objeto da Contabilidade é definido como o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculado a uma entidade econômico-administrativa.

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06 (ESAF/ANALISTA SEFAZ CE 2007) Para alcançar seus objetivos precípuos, a Contabilidade utiliza técnicas formais específicas. Assinale abaixo o grupo que discrimina essas técnicas.

a) Registro contábil, Balanços e Auditoria. b) Escrituração, Demonstração, Auditoria e Análise de Balanços. c) Livros contábeis Diário e Razão, Inventários, Orçamentos e Balanços. d) Escrituração, Lançamentos, Balancetes, Balanços, Inventários e

Auditoria. e) Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado do Exercício,

Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados e Demonstração de Origem e Aplicação de Recursos.

07 (ESAF/AUDITOR RECIFE 2003) Considerando o Método das

Partidas Dobradas, assinale a única opção correta. a) Para cada fato contábil, teremos um registro indicando que, para

cada débito, haverá um ou mais créditos de igual valor, ou ainda, para cada aplicação, haverá uma ou mais origens de igual valor.

b) O Método garante o equilíbrio entre as receitas e as despesas, em respeito ao princípio da continuidade da Entidade, no tempo, considerando que o mais importante é que a empresa continue funcionando.

c) Representa uma duplicidade de lançamentos, pois um valor contábil deve ser dividido por dois para localizar o valor correto. Esta é a razão de ser muito pouco utilizado.

d) É um método de cálculo relacionado com as definições de Fatura e Duplicata, quando da emissão das notas fiscais pela venda de mercadorias, ou seja, emite-se a fatura e a duplicata será cobrada.

e) Esse método só foi aplicado pelos mercadores de Veneza no século XIV. Atualmente ele só faz parte da história da evolução contábil, porque o método utilizado atualmente é o direto.

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08 (ESAF/MDIC 2012) Em relação ao patrimônio, objeto da contabilidade, é correto afirmar que

a) o ativo patrimonial é composto dos bens, direitos e obrigações de uma pessoa física ou jurídica.

b) o patrimônio líquido pode ser entendido como sendo a diferença entre o valor do ativo e o valor do passivo de um patrimônio.

c) se calcularmos os direitos reais e os direitos pessoais pertencentes a uma entidade, estaremos calculando o ativo patrimonial dessa entidade.

d) o capital social de um empreendimento comercial é o montante de recursos aplicados em seu patrimônio.

e) o montante dos bens e dos direitos de uma pessoa física ou jurídica tem o mesmo valor de seu passivo real.

QUESTÕES ESAF – ORIGENS E APLICAÇÕES

09 (ESAF/CONTADOR PECFAZ MF 2013) Considerando que a

movimentação contábil sempre ocorre em forma de equação, para que as origens de recursos sejam iguais à sua aplicação, organize os seguintes elementos segundo os critérios de débito e crédito.

Aumentos de ativo R$ 1.000,00 Aumentos de passivo R$ 1.200,00 Bens existentes R$ 2.000,00 Consumos realizados R$ 700,00 Direitos a receber R$ 1.500,00 Ganhos e rendas obtidos R$ 950,00 Obrigações a pagar R$ 2.150,00 Reduções de ativo R$ 450,00 Reduções de passivo R$ 800,00 Situação Líquida anterior R$ 1.350,00

Considerando que todo o movimento contábil dessa entidade está expresso na relação acima, pode-se dizer que o item que a completará será

a) débito no valor de R$ 100,00. b) crédito no valor de R$ 100,00. c) débito no valor de R$ 50,00. d) crédito no valor de R$ 50,00. e) redução de caixa no valor de R$ 50,00.

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10 (ESAF/AUDITOR SEFAZ CE 2007) Assinale abaixo a assertiva verdadeira. Na equação geral do sistema contábil também são considerados como origem de recursos

a) os aumentos de ativo, os aumentos de despesas e as diminuições de passivo.

b) os aumentos de patrimônio líquido, os aumentos de resultado e as diminuições de passivo.

c) os aumentos de ativo, os aumentos de patrimônio líquido e as diminuições de passivo.

d) os aumentos de ativo, os aumentos de resultado e as diminuições de passivo.

e) os aumentos de passivo, os aumentos de patrimônio líquido e as diminuições de ativo.

11 (ESAF/ANALISTA SEFAZ CE 2007) Assinale abaixo a assertiva

verdadeira. Na equação geral do sistema contábil, também são considerados como aplicação de recursos:

a) os aumentos de ativo, os aumentos de despesas e as diminuições de passivo.

b) os aumentos de patrimônio líquido, os aumentos de resultado e as diminuições de passivo.

c) os aumentos de ativo, os aumentos de patrimônio líquido e as diminuições de passivo.

d) os aumentos de ativo, os aumentos de resultado e as diminuições de passivo.

e) os aumentos de passivo, os aumentos de patrimônio líquido e as diminuições de ativo.

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FÓRMULAS DE LANÇAMENTO 12 (ESAF/MDIC 2012) O lançamento de terceira fórmula é chamado

de lançamento composto porque é formado de a) duas contas devedoras e duas contas credoras. b) duas contas devedoras e uma conta credora. c) uma conta devedora e duas ou mais contas credoras. d) duas ou mais contas devedoras e duas ou mais contas credoras. e) duas ou mais contas devedoras e uma conta credora.

TIPOS DE FATOS CONTÁBEIS 13 (ESAF/TCI SEFAZ PI 2001) O lançamento

D – Duplicatas a Pagar 120 D – Despesas de Juros 12 C – Bancos 126 C – Abatimentos Obtidos 6

corresponde a um fato a) modificativo diminutivo b) permutativo aumentativo c) misto diminutivo d) permutativo modificativo e) misto modificativo

14 (ESAF/ANALISTA MPU 2004) O pagamento de uma letra de

câmbio já vencida, com encargos de multas e de juros, constitui um a) Fato Administrativo Permutativo. b) Fato Administrativo Modificativo diminutivo. c) Fato Administrativo Modificativo aumentativo. d) Fato Administrativo Composto diminutivo. e) Fato Administrativo Composto aumentativo.

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15 (ESAF/CVM 2010) A empresa Material de Construções Ltda. adquiriu 500 sacos de argamassa Votoram, de 20 kg cada um, ao custo unitário de R$1,00 o quilo, pagando 15% de entrada e aceitando duplicatas pelo valor restante. A operação foi isenta de tributação. Do material comprado, 10% serão para consumo posterior da própria empresa e o restante, para revender. O registro contábil dessa transação é, tipicamente, um lançamento de quarta fórmula, e o fato a ser registrado é um Fato Administrativo

a) composto aumentativo. b) composto diminutivo. c) modificativo aumentativo. d) modificativo diminutivo. e) Permutativo. 16 (ESAF/IRB 2006) Assinale a opção que contenha proposição

incorreta. a) O patrimônio líquido representa o registro do valor que os

proprietários de uma empresa, entidade ou atividade, têm aplicado no negócio.

b) O passivo exigível representa todas as obrigações financeiras que a entidade tem para com terceiros. São as dívidas que a entidade contraiu.

c) A compra de uma máquina, a prazo, mesmo com pagamento de entrada no ato da compra, representa um fato administrativo permutativo.

d) Se um desembolso financeiro provocar um aumento no ativo ou uma redução no passivo exigível, não será uma despesa.

e) A operação que provoque uma despesa, simultaneamente à quitação de uma dívida, deverá ser classificada como fato administrativo Modificativo.

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17 (ESAF/ATA PECFAZ MF 2013) Assinale a opção correta. a) A contabilização feita ao mesmo tempo a débito de duas contas e a

crédito de apenas uma conta caracteriza um lançamento de terceira fórmula.

b) O lançamento contábil efetuado a débito de uma conta de despesa aumentará o patrimônio líquido, pois a conta representa um consumo de riquezas.

c) A contabilização feita ao mesmo tempo a débito de duas contas e a crédito de apenas uma conta caracteriza o registro de um fato administrativo aumentativo.

d) O lançamento contábil efetuado a crédito de uma conta de receita aumentará o patrimônio líquido, pois a conta representa uma redução de consumo.

e) O lançamento contábil efetuado a crédito de uma conta de despesa reduzirá o patrimônio líquido, pois a conta representa um consumo de riquezas.

18 (ESAF/AFTE SEFAZ PI 2001) Durante o mês de novembro, a empresa Cia. Indústria & Comércio realizou as seguintes operações:

01) compra de mesas por R$ 300,00, sendo 40% para vender e 60% para usar, pagando R$ 100,00 e aceitando duplicatas.

02) pagamento de duplicatas de R$ 100,00, com desconto de 10%. 03) registro do aluguel do mês no valor de R$ 300,00 para pagamento

posterior. 04) venda a vista de mercadorias por R$ 300,00, com lucro de 20%

sobre o valor de venda. Cada uma destas operações foi contabilizada mediante um único lançamento. Antes das operações a conta Caixa apresentava saldo devedor de R$ 160,00. Baseados, exclusivamente, nas informações acima e, considerando que as aquisições não sofrem tributação, podemos afirmar que:

a) o primeiro fato é administrativo permutativo e recebeu lançamento de quarta fórmula

b) o segundo fato é administrativo modificativo e recebeu lançamento de terceira fórmula

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c) o terceiro fato é administrativo composto e recebeu lançamento de segunda fórmula

d) a ocorrência dos quatro fatos aumentou o lucro do exercício em R$ 230,00

e) o saldo da conta Caixa agora, após os quatro fatos, é de R$ 230,00 19 (ESAF/ATE MS 2001) O fato contábil decorrente da quitação ou

liquidação de um crédito de curto prazo causa no patrimônio o seguinte efeito:

a) diminuição do ativo disponível e do passivo circulante b) aumento do ativo disponível e do passivo circulante c) diminuição e aumento no passivo circulante simultaneamente d) diminuição e aumento no ativo circulante simultaneamente e) não haverá alterações, pois o fato é permutativo

ESTADOS PATRIMONIAIS 20 (ESAF/AAA SEFAZ PI 2001) Identifique a situação em que se

caracteriza a existência de passivo a descoberto (sendo A = Ativo, PE = Passivo Exigível e PL = Patrimônio Líquido).

a) A – PE = PL b) A + PL = PE c) A – PL = PE d) A = PE + PL e) A = PE 21 (ESAF/AFC CGU 2008) Em relação ao patrimônio de uma empresa

e às diversas situações patrimoniais que pode assumir de acordo com a equação fundamental do patrimônio, indique a opção incorreta.

a) A empresa tem passivo a descoberto quando o Ativo é igual ao Passivo menos a Situação Líquida.

b) A Situação Líquida negativa acontece quando o total do Ativo é menor que o passivo exigível.

c) Na constituição da empresa, o Ativo menos o Passivo Exigível é igual a zero.

d) A situação em que o Passivo mais o Ativo menos a Situação Líquida é igual a zero é impossível de acontecer.

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e) A Situação Líquida é positiva quando o Ativo é maior que o Passivo Exigível.

EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DO PATRIMÔNIO Noções de Balanço Patrimonial 22 (ESAF/AAA SEFAZ PI 2001) A situação patrimonial de uma

empresa era a seguinte: $ 50 (A) = $ 30 (PE) + $ 20 (PL), correspondendo A a Ativo, PE a Passivo Exigível e PL a Patrimônio Líquido. Houve a liquidação de um empréstimo de $10, devido pela empresa, mediante pagamento de $ 15, em virtude de juros e outros encargos. A nova situação patrimonial da empresa está assim representada:

a) $ 60 (A) = $ 40 (PE) + $ 20 (PL) b) $ 45 (A) = $ 30 (PE) + $ 15 (PL) c) $ 55 (A) = $ 30 (PE) + $ 25 (PL) d) $ 35 (A) = $ 20 (PE) + $ 15 (PL) e) $ 40 (A) = $ 15 (PE) + $ 25 (PL) 23 (ESAF/AFTE SEFAZ PI 2001) No último dia do exercício social, a

empresa Red Green Ltda. demonstrou um patrimônio com bens no valor de R$ 13.000,00, direitos no valor de R$ 7.000,00, dívidas no valor de R$ 9.000,00 e capital social no valor de R$ 10.000,00, devidamente registrado na Junta Comercial. Com base nessas informações pode-se afirmar que, do ponto de vista contábil, o patrimônio referido apresenta:

a) Situação Líquida Nula ou Compensada b) Passivo a Descoberto no valor de R$ 1.000,00 c) Prejuízos Acumulados no valor de R$ 1.000,00 d) Patrimônio Líquido no valor de R$ 1.000,00 e) Patrimônio Líquido no valor de R$ 11.000,00

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24 (ESAF/ANALISTA ANEEL 2006) No início do ano, a empresa

AmontUado S/A tinha patrimônio líquido de R$ 12.000,00. No fim do exercício, o balanço da mesma empresa apresentava passivo a descoberto no valor de R$ 11.000,00. Examinando-se o que pode ter ocorrido no exercício social, que tanto alterou a equação do patrimônio, é certo dizer que, no período, houve

a) redução de ativo no valor de R$ 23.000,00. b) prejuízo líquido no valor de R$ 23.000,00. c) aumento de passivo no valor de R$ 23.000,00. d) aumento de passivo no valor de R$ 11.000,00. e) prejuízo líquido no valor de R$ 11.000,00. 25 (ESAF/AGENTE SUSEP 2006) A empresa A de Amélia S/A,

possuindo dinheiro, máquinas e dívidas, respectivamente, na proporção de 30, 70 e 40 por cento do patrimônio total, ostenta um patrimônio líquido de R$ 48.000,00. Tecnicamente, isso significa que a empresa possui

a) Disponibilidades de R$ 24.000,00. b) Passivo a Descoberto de R$ 32.000,00. c) Passivo Exigível de R$ 40.000,00. d) Capital Próprio de R$ 60.000,00. e) Ativo de R$ 100.000,00. 26 (ESAF/CONTADOR MTUR 2014) Assinale a opção correta. a) Na representação gráfica do patrimônio, devem constar os grupos

Ativo Circulante, Ativo Permanente, Passivo Circulante e Patrimônio Líquido.

b) Capital Social é o mesmo que o capital aplicado pelos sócios na atividade empresarial.

c) O capital próprio mais o capital de terceiros é o capital aplicado no patrimônio.

d) O valor dos bens, dos direitos e das obrigações é o valor do patrimônio líquido da empresa.

e) Dá-se o nome de patrimônio bruto ao valor dos ativos aplicados na atividade empresarial.

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TEORIAS DAS CONTAS

27 (ESAF/ATA PECFAZ MF 2013) A Teoria Materialista das Contas é

aquela que classifica todos os títulos contábeis como sendo a) Contas Materiais e Contas Imateriais. b) Contas Integrais e Contas Diferenciais. c) Contas Patrimoniais e Contas de Resultado. d) Contas de Agentes e Contas do Proprietário. e) Contas de Agentes Consignatários e Contas do Proprietário. 28 (ESAF/MDIC 2012) A evolução do pensamento científico em

Contabilidade foi marcada pela contribuição de diversos pensadores que culminaram no desenvolvimento das chamadas Teorias das Contas, as quais subdividem as rubricas contábeis em grandes grupos. A respeito desse assunto, podemos afirmar que

a) a teoria personalista subdivide as contas em Contas do Proprietário e Contas de Agentes Consignatários.

b) a teoria materialista subdivide as contas em Contas Materiais e Contas de Resultado.

c) a teoria patrimonialista subdivide as contas em Contas Patrimoniais e Contas Diferenciais.

d) a teoria personalista subdivide as contas em Contas do Proprietário e Contas de Agentes Correspondentes.

e) a teoria materialista subdivide as contas em Contas Integrais e Contas Diferenciais.

29 (ESAF/AFC CGU 2008) A Ciência Contábil estabeleceu diversas

teorias doutrinárias sobre as formas de classificar os componentes do sistema contábil, que são denominadas “Teorias das Contas”. Sobre o assunto, indique a opção incorreta.

a) A “Teoria Materialística” divide as contas em Integrais e de Resultado. b) Na “Teoria Personalística”, as contas dos agentes consignatários são

as contas que representam os bens, no ativo. c) Segundo a “Teoria Personalística”, são exemplos de contas do

proprietário as contas de receitas e de despesas.

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d) Na “Teoria Materialística”, as contas traduzem simples ingressos e saídas de valores, que evidenciam o ativo, sendo este representado pelos valores positivos, e o passivo representado pelos valores negativos.

e) Na contabilidade atual, há o predomínio da “Teoria Patrimonialista”, que classifica o ativo e passivo como contas patrimoniais.

30 (ESAF/AUDITOR SEFAZ CE 2007) No Plano de Contas da

Empresa Valpeças e Acessórios S/A constam diversos títulos contábeis, dos quais extraímos os seguintes, em ordem alfabética:

01 - CAIXA 02 - CAPITAL SOCIAL 03 - CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 04 - DESPESAS DE ALUGUEL 05 - DUPLICATAS A PAGAR 06 - DUPLICATAS A RECEBER 07 - IMPOSTOS A RECOLHER 08 - LUCROS ACUMULADOS 09 - MERCADORIAS 10 - MÓVEIS E UTENSÍLIOS 11 - RECEITAS DE JUROS 12 - RECEITAS DE VENDAS 13 - RESERVA LEGAL 14 - SALÁRIOS E ORDENADOS 15 - VEÍCULOS

Analisando-se as contas acima de conformidade com a classificação técnica indicada nas Teorias Personalista e Patrimonialista das Contas, respectivamente, pode-se dizer que a relação contém

a) 06 Contas de Resultado e 09 Contas Patrimoniais. b) 07 Contas Integrais e 08 Contas Diferenciais. c) 07 Contas de Consignatários e 08 Contas do Proprietário. d) 08 Contas do Proprietário e 05 Contas de Resultado. e) 10 Contas Patrimoniais e 08 Contas do Proprietário.

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31 (ESAF/AFC STN 2000) A consolidação do pensamento contábil

pautou-se em diversos estudos e correntes doutrinárias, entre as quais se destaca uma teoria de cunho jurídico denominada “Personalismo” ou “Teoria Personalista das Contas”, que divide os componentes do sistema contábil em contas de agentes consignatários, contas de agentes correspondentes e contas do proprietário.

Assinale entre as opções abaixo aquela que, segundo a Teoria Personalista, contém apenas contas do proprietário.

a) Juros Ativos, Salários a Pagar, Capital Social, Lucros Acumulados, Ações de Coligadas

b) Juros a Receber, Salários, Capital Social, Móveis e Utensílios, Imposto a Recolher

c) Juros Passivos, Salários, Capital Social, Impostos, Reservas de Contingências

d) Patentes, Capital Social, Juros a Pagar, Impostos, Reservas de Reavaliação

e) Depreciação Acumulada, Impostos a Recolher, Juros a Receber, Cliente e Duplicatas a Pagar

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LANÇAMENTOS 32 (ESAF/CONTADOR MTUR 2014) A Empresótima Ltda. prestou

serviços pelo valor de R$ 8.000,00 e aceitou uma duplicata para 30 dias. Na liquidação dessa letra, em moeda corrente, ocorreu a incidência de juros de 12%, por isto também deverá ocorrer o seguinte registro contábil:

a) Débito de Caixa R$ 8.960,00 Crédito de Duplicatas a Receber R$ 8.000,00 e Crédito de Receitas R$ 960,00

b) Débito de Duplicatas a Receber R$ 8.000,00 Débito de Despesas R$ 960,00 e Crédito de Caixa R$ 8.960,00

c) Débito de Caixa R$ 8.000,00 Crédito de Duplicatas a Receber R$ 7.040,00 e Crédito de Receitas R$ 960,00

d) Débito de Caixa R$ 8.960,00 Crédito de Duplicatas a Pagar R$ 8.000,00 e Crédito de Receitas R$ 960,00

e) Débito de Duplicatas a Pagar R$ 8.000,00 Débito de Despesas R$ 960,00 e Crédito de Caixa R$ 8.960,00

33 (ESAF/CONTADOR MTUR 2014) A firma Entreoutras Ltda. acertou o

pagamento antecipado de uma conta de R$ 7.000,00, aceitando um desconto financeiro de 15%, o que provocou a necessidade de efetuar um registro contábil na forma seguinte:

a) Débito de contas a Pagar R$ 7.000,00 Crédito de Caixa R$ 5.950,00 e Crédito de Receitas R$ 1.050,00

b) Débito de Caixa R$ 5.950,00 Débito de Receitas R$ 1.050,00 e Crédito de Contas a Pagar R$ 7.000,00

c) Débito de Contas a Pagar R$ 8.050,00 Crédito de Caixa R$ 7.000,00 e Crédito de Receitas R$ 1.050,00

d) Débito de Caixa R$ 7.000,00 Crédito de Contas a Pagar R$ 5.950,00 e Crédito de Receitas R$ 1.050,00

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e) Débito de contas a Pagar R$ 7.000,00 Crédito de Caixa R$ 5.950,00 e Crédito de Desc. Concedidos R$ 1.050,00

34 (ESAF/ATA PECFAZ MF 2013) O lançamento contábil que serve para registrar, no livro Diário, o pagamento de uma duplicata de R$ 15.000,00, com desconto de 10%, é o seguinte:

35 (ESAF/CONTADOR MP 2006) A empresa Mercantil Etcétera S/A

recebeu uma duplicata no valor de R$ 30.000,00, com acréscimo de juros de 10%, por atraso no pagamento em relação ao vencimento original. Remetidos os documentos para registro no Setor de Contabilidade, foi efetuado o lançamento no livro Diário na forma seguinte:

a) Caixa a Duplicatas a Receber 30.000,00 a Juros Ativos 3.000,00 33.000,00.

b) Caixa a Duplicatas a Receber 30.000,00 a Juros a Receber 3.000,00 33.000,00.

c) Caixa a Duplicatas a Pagar 30.000,00 a Receitas de Juros 3.000,00 33.000,00.

d) Caixa a Duplicatas a Receber 27.000,00 a Juros Ativos 3.000,00 30.000,00.

e) Caixa

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a Duplicatas a Receber 27.000,00 a Juros a Receber 3.000,00 30.000,00.

36 (ESAF/IRB 2006) A empresa Almondegarst S/A resolveu antecipar

o pagamento de uma dívida de R$ 5.000,00, ainda não vencida, para aproveitar o desconto de 10% oferecido pelo fornecedor. Ao contabilizar o pagamento efetuado, o Contador deverá realizar o seguinte lançamento:

a) Bancos conta Movimento a Diversos a Fornecedores 5.000,00 a Descontos Obtidos 500,00 5.500,00.

b) Diversos a Bancos conta Movimento Fornecedores 5.000,00 Descontos Obtidos 500,00 5.500,00.

c) Fornecedores a Diversos a Bancos conta Movimento 5.000,00 a Descontos Obtidos 500,00 5.500,00.

d) Fornecedores a Diversos a Bancos conta Movimento 4.500,00 a Descontos Obtidos 500,00 5.000,00.

e) Bancos conta Movimento a Diversos a Fornecedores 4.500,00 a Descontos Obtidos 500,00 5.000,00.

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37 (ESAF/AUDITOR SEFAZ CE 2007) Assinale abaixo o lançamento contábil (com omissão de data e histórico, para fins de simplificação) que deverá ser utilizado para registrar no livro Diário a quitação de duplicatas no valor de R$ 1.100,00, com juros de 10% de seu valor.

a) Diversos a Bancos conta Movimento Duplicatas a Pagar 1.100,00 Juros Ativos 110,00 1.210,00

b) Diversos a Bancos conta Movimento Duplicatas a Receber 1.100,00 Juros Ativos 110,00 1.210,00

c) Bancos conta Movimento a Diversos a Duplicatas a Pagar 1.100,00 a Juros Ativos 110,00 1.210,00

d) Bancos conta Movimento a Diversos a Duplicatas a Receber 1.100,00 a Juros Ativos 110,00 1.210,00

e) Duplicatas a Receber a Diversos a Bancos conta Movimento 1.100,00 a Juros Ativos 110,00 1.210,00

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38 (ESAF/ANALISTA SEFAZ CE 2007) A empresa Comercial do Ponto Ltda., ao contabilizar a quitação, por via bancária, de uma duplicata no valor de R$ 600,00, com acréscimo de 10% relativos a juros, terá de efetuar o seguinte lançamento no livro Diário (omitindo-se data e históricos para simplificação):

a) Diversos a Bancos conta Movimento Duplicatas a Pagar 600,00 Juros Passivos 60,00 660,00

b) Diversos a Bancos conta Movimento Duplicatas a Receber 600,00 Juros Passivos 60,00 660,00

c) Bancos conta Movimento a Diversos a Duplicatas a Pagar 600,00 a Juros Passivos 60,00 660,00

d) Bancos conta Movimento a Diversos a Duplicatas a Receber 600,00 a Juros Passivos 60,00 660,00

e) Duplicatas a Pagar a Diversos a Bancos conta Movimento 600,00 a Juros Passivos 60,00 660,00

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39 (ESAF/AFC CGU 2006) Assinale abaixo a afirmativa correta. Em relação ao mecanismo de débito e crédito pode-se dizer que a Contabilidade determina que sejam

a) debitadas todas as entradas e creditadas todas as saídas de valores contábeis.

b) debitadas todas as aplicações de recursos e creditadas todas as origens de recursos.

c) debitadas as entradas de ativo, as saídas de passivo e as ocorrências de despesas e creditadas as entradas de passivo, as saídas de ativo e as variações da situação líquida.

d) debitadas as entradas de ativo, as saídas de passivo e os pagamentos de despesas e creditadas as entradas de passivo, as saídas de ativo e os recebimentos de receitas.

e) debitados os pagamentos e perdas e creditados os recebimentos e ganhos.

40 (ESAF/SEFA PA 2002) Assinale a opção correta. a) Todo acréscimo de valor em contas do Ativo corresponde,

necessariamente, a um decréscimo de valor em contas do Passivo. b) Um decréscimo no valor de contas do Ativo corresponde,

necessariamente, a um acréscimo de valor em contas do Passivo. c) Um acréscimo no valor de uma conta do Ativo corresponde,

necessariamente, a um acréscimo de valor em conta do Passivo ou do Patrimônio Líquido.

d) A um decréscimo no valor total do Ativo corresponde, necessariamente, um acréscimo no valor de uma, ou mais, contas do Passivo ou do Patrimônio Líquido.

e) Um acréscimo no valor total do Ativo não corresponde, necessariamente, a um acréscimo no valor do Patrimônio Líquido.

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FATOS CONTÁBEIS SEGUIDOS DE PERGUNTAS SOBRE O PATRIMÔNIO 41 (ESAF/AFC CGU 2004) Os seguintes fatos foram praticados pela

empresa Alfa & Cia. Ltda.: 1. pagamento de imposto atrasado no valor de R$ 500,00, com juros de

10%; 2. recebimento de título no valor de R$ 400,00, com juros de 10%; 3. pagamento de juros do mês corrente no valor de R$ 400,00; 4. compra de móveis para venda, por R$ 2.200,00, pagando uma

entrada de 20% e o restante a prazo. Após contabilizar as operações no livro Diário, poderemos dizer que, com elas

a) o passivo aumentou R$ 1.760,00 b) o ativo aumentou R$ 850,00 c) o ativo aumentou R$ 2.640,00 d) o passivo diminuiu R$ 1.260,00 e) o resultado do exercício diminuiu R$ 390,00 42 (ESAF/CONTADOR MP 2006) A função das contas patrimoniais é

representar os valores de cada elemento do patrimônio em determinada data. Seu funcionamento, entretanto, é processado em registros formais a débito ou a crédito, dependendo de sua natureza. Considerando-se que a empresa iniciou um período com R$ 35.000,00 em dinheiro, R$ 20.000,00 em mercadorias e um capital registrado de R$ 15.000,00, evidentemente a diferença aritmética da equação patrimonial será a representação das dívidas já assumidas. Sabe-se também que essa empresa realizou os seguintes fenômenos: 1) venda, a prazo, de metade das mercadorias por R$17.000,00; 2) registro de salários de R$300,00, para pagamento posterior; 3) compra de mercadorias por R$15.000,00 pagando um terço como entrada. Após o registro contábil desses fatos, a empresa apresentará

a) ativo de R$ 87.000,00. b) ativo de R$ 65.000,00. c) passivo de R$ 50.300,00. d) passivo de R$ 40.000,00. e) patrimônio líquido de R$ 22.300,00.

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43 (ESAF/ESPECIALISTA ANEEL 2006) A empresa Atacados e Varejos Ltda., em 31 de dezembro de 2005, levantou os seguintes valores para seus elementos contábeis: Dinheiro em caixa R$ 520.000,00 Estoques de bens R$ 650.000,00 Móveis e Utensílios R$ 400.000,00 Dívidas com Fornecedores R$ 800.000,00 Capital registrado R$ 700.000,00 Salários não quitados R$ 180.000,00 Receitas auferidas no período R$ 270.000,00 Despesas efetuadas no período R$ 220.000,00 Prejuízos anteriores R$ 160.000,00 Após a elaboração do balanço com tais elementos, pode-se verificar que a empresa tem patrimônio líquido no valor de

a) R$ 540.000,00. b) R$ 590.000,00. c) R$ 610.000,00. d) R$ 750.000,00. e) R$ 770.000,00. 44 (ESAF/ESPECIALISTA ANEEL 2006) A firma Inflorescências S/A,

no encerramento do exercício em 31 de dezembro de 2005, apurou valores patrimoniais em bens de uso: R$ 1.200,00; bens de venda: R$ 2.100,00; bens de consumo: R$ 600,00; créditos: R$ 1.100,00; débitos: R$ 2.300,00; além da situação líquida evidenciada contabilmente. Sabendo-se que no referido exercício, a firma sofreu prejuízos de R$ 900,00, pode-se dizer que o seu balanço patrimonial deve apresentar um ativo de

a) R$ 3.500,00 b) R$ 4.100,00. c) R$ 4.400,00. d) R$ 5.000,00. e) R$ 6.200,00.

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GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D A A E A B A C A E 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 A E C D E E A A D B

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Anulada D E B A E B E A D

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 C A A A A D D A B E

41 42 43 44 B C B D