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Curso de Questões Comentadas de Contabilidade Geral – ESAF Analista Tributário da RFB - 2013 Professor Thiago Ultra Prof. Thiago Ultra www.estrategiaconcursos.com.br 1 AULA 01 Questões Comentadas de Contabilidade Geral - ESAF Analista Tributário da RFB - 2013 SUMÁRIO PÁGINA Questões Comentadas 02 Lista de exercícios comentados 80 Gabaritos 100 Referência para os Blocos de Teoria PÁGINA Bloco de Teoria 1 02 Bloco de Teoria 2 29 Bloco de Teoria 3 37 Bloco de Teoria 4 41 Bloco de Teoria 5 47 Bloco de Teoria 6 52

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Curso de Questões Comentadas de Contabilidade Geral – ESAF

Analista Tributário da RFB - 2013

Professor Thiago Ultra

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AULA 01 Questões Comentadas de Contabilidade Geral - ESAF

Analista Tributário da RFB - 2013

SUMÁRIO PÁGINAQuestões Comentadas 02Lista de exercícios comentados 80Gabaritos 100

Referência para os Blocos de Teoria PÁGINABloco de Teoria 1 02Bloco de Teoria 2 29Bloco de Teoria 3 37Bloco de Teoria 4 41Bloco de Teoria 5 47Bloco de Teoria 6 52

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bunda na cadeira pra todo mundo!

Vamos com tudo!

Questões Comentadas

Então, pra começar bem a aula, vamos estudar a Teoria das Contas. Eu

adoro este ponto da matéria, por que é aqui que nós afastamos a aparente

“falta de lógica” da contabilidade – creditar dívidas e debitar bens e direito!

Portanto, antes da resolução das questões, vejamos um bloco de teoria

sobre o assunto.

Bloco de Teoria 1

Antes de conhecermos a Teoria das Contas, precisamos saber o que são contas

contábeis, né?

Contas contábeis são utilizadas para registrar elementos

semelhantes do patrimônio, de maneira a possibilitar seu controle

e acompanhamento minucioso, tão importante à finalidade informativa da

contabilidade. Por exemplo:

• A conta Caixa, de ativo, registra as variações ocorridas com o numerário

(moeda) que a empresa guarda consigo (fora do banco).

• A conta Veículos, de ativo, registra as variações ocorridas com os bens

que a empresa possui e que podem ser considerados como veículos (carros,

motos, caminhões, etc...)

• A conta Fornecedores, de passivo, registra as variações ocorridas com as

obrigações que a entidade possui com seus fornecedores.

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Nas contas contábeis que são realizados os registros das variações de valores dos

elementos semelhantes no patrimônio, portanto, elas devem ser denominadas

de maneira a identificar a que elementos se referem. Não faria nenhum

sentido criar uma conta chamada “Terrenos” que controlasse alterações de

máquinas e equipamentos, não é verdade?

Apesar de haver grande liberdade às entidades, para a nomenclatura de suas

contas (desde que identifiquem corretamente os elementos do patrimônio aos

quais se referem), existe uma vedação, imposta pela Lei nº 6.404/76, no que diz

respeito a nomes genéricos. Vejam o que diz o § 2º do Art. 176 da referida Lei:

“Art. 176 (…)

§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser

agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que

indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do

respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações

genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes".

(...)”

Existem duas informações importantes neste parágrafo. A primeira é

a que diz respeito à possibilidade de agregação de contas

semelhantes, para fins de apresentação nas demonstrações

contábeis (desde que não ultrapassem 10% do valor do grupo de contas). A

segunda é, justamente, a vedação quanto à utilização de designações

genéricas. Isso já caiu em prova!

As contas contábeis possuem uma estrutura básica, composta por elementos

essenciais, necessários para a correta identificação e mensuração dos eventos

contábeis em cada um dos componentes patrimoniais (ativo, passivo, patrimônio

líquido) e de resultado (receitas e despesas). A estrutura padrão de uma conta é

a que se segue:

Nome da ContaData Histórico Débito Crédito Saldo

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Este modelo apresentado é o que, normalmente, será encontrado no Livro Razão

das entidades. Nós ainda teremos uma aula sobre Livros contábeis mas, de

antemão, saibam que o Livro Razão organiza e totaliza os lançamentos contábeis

para cada conta da entidade.

Felizmente, para fins didáticos e, principalmente, para acertar as questões na

prova, existe uma estrutura simplificada das contas contábeis denominada conta

em T ou Razonete (em referência ao Livro Razão), com a seguinte forma

gráfica.

Ou apenas

Fixem o seguinte: no lado esquerdo do Razonete são

registrados os lançamentos a Débito, e no lado Direito são

registrados os lançamentos a Crédito.

O saldo da conta (devedor ou credor) é obtido pela diferença entre os

lançamentos a débito e a crédito que forem efetuados na conta.

Existem três teorias principais que foram formuladas ao longo do tempo no

sentido de explicar e sistematizar o estudo da contabilidade. As principais teorias

desenvolvidas são a Personalista, a Materialista e a Patrimonialista. Estas

três teorias nos concedem três visões distintas a respeito das contas contábeis.

TEORIA PERSONALISTA:

A Teoria Personalista é fantástica! Nela, as contas contábeis

representam pessoas e as relações entre elas geram créditos e

débitos que se correlacionam.

Pela teoria personalista, as contas são classificadas em:

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Título da ContaDébito Crédito

Saldo Devedor Saldo Credor

Título(lado débito) (lado crédito)

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Contas dos agentes consignatários

As contas dos agentes consignatários (de confiança) representam os bens da

entidade. A razão desta classificação é que, sob a óptica da teoria personalista,

os bens são confiados pela entidade a seus agentes internos,

(empregados, gerentes e diretores). Assim, a conta Caixa representa o dinheiro

que foi confiado ao responsável pelo caixa. A conta Veículos representa os

veículos que foram confiados aos gerentes respectivos, e assim por diante. Estes

agentes utilizarão e preservarão os bens recebidos em “confiança” no sentido de

promoverem a sua devida operacionalização e gerarem as Receitas esperadas.

Saquem só “the jump of the cat” (o pulo do gato!) -> Como os bens são

confiados pela entidade a seus agentes “de confiança”, entende-se que estes

agentes estão em débito com a entidade, pois respondem pelos bens

confiados, devendo zelar por eles e prestar contas!

Por isso, quando se aumenta o saldo de uma conta que registre bens, no

Ativo, é realizado um lançamento a débito, por importar no aumento do

“saldo devedor” dos agentes consignatários com a entidade. Já a redução do

saldo de um bem no ativo é realizado por um lançamento a crédito,

significando a redução do saldo devedor dos agentes consignatários.

Contas dos Agentes Correspondentes:

As contas dos agentes correspondentes se referem a terceiros (pessoas de

fora da entidade) com os quais a entidade se relaciona. Estas contas englobam

tanto os Direitos (no ativo) como as Obrigações (no Passivo exigível). Aqui

também existe uma lógica particular. Os agentes correspondentes que

representam direitos da entidade são aqueles que receberam um “voto de

confiança”, como o cliente que levou a mercadoria e se comprometeu a pagá-la

no futuro. No entanto, enquanto não realizado o pagamento, este cliente

encontra-se em débito com a entidade! Ou seja, o Direito que a entidade

possui representa um débito do cliente para com a entidade.

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Os agentes correspondentes que representam obrigações da entidade, por

sua vez, são pessoas que deram à entidade algum “voto de confiança”, como um

fornecedor que entregou uma mercadoria para recebimento no futuro. Em outras

palavras, obrigações que a entidade possui representam créditos que

terceiros têm com a entidade.

As contas dos agentes correspondentes representantes de direitos

funcionam como as dos agentes consignatários: O aumento dos seus saldos é

efetuado por meio de um lançamento a débito, no sentido de aumentar o

saldo devedor destes agentes. A redução do saldo, por outro lado, é feito por

meio de um lançamento a crédito.

As contas dos agentes correspondentes representantes de obrigações, no

Passivo, por significarem créditos de terceiros com a entidade, têm seus saldos

aumentados através de lançamentos a crédito, no sentido de aumentar o

saldo credor destes agentes. A redução, ao contrário, é feito por lançamentos a

débito.

Contas do Proprietário

Por último, o proprietário! As contas do proprietário representam as contas

do Patrimônio líquido, de Receitas e de Despesas da entidade. No entanto,

a lógica aqui é parecida com as obrigações existentes com os agentes

correspondentes, sabem por quê? Tal qual os terceiros que representam

obrigações da entidade, o proprietário está em crédito com a entidade, uma

vez que entregou à azienda seus recursos (representados pelo capital social) para

que a entidade desempenhasse suas funções. Os lucros auferidos também são do

proprietário!

A que conclusão chegamos?

Se os bens e direitos no Ativo significam “pessoas em débito

com a entidade”, representadas pelos agentes consignatários

(bens) e agentes correspondentes (direitos), concluímos que o

Ativo possui natureza devedora. Assim, sempre que houver aumento do

saldo do ativo, haverá aumento do débito destes agentes com a entidade. Na

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prática isto significa que o saldo do Ativo aumenta com registro a Débito e

diminui com registro a crédito.

Do mesmo modo, se as obrigações no passivo exigível e no patrimônio

líquido da entidade significam “pessoas em crédito com a entidade”,

representadas pelos agentes correspondentes (obrigações) e pelo proprietário

(PL), concluímos que o Passivo Exigível e o Patrimônio Líquido possuem

natureza credora. Assim, sempre que houver aumento do saldo do Passivo ou

do PL, haverá aumento do crédito destas pessoas com a entidade. Na prática, isto

significa que os saldos do Passivo e do PL aumentam com registro a Crédito

e diminuem com registro a débito.

Assim, as contas Patrimoniais (ativo, passivo e patrimônio líquido) são bilaterais,

por aceitarem tanto lançamentos a débito quanto lançamentos a crédito,

que irão aumentar ou diminuir o saldo da conta a depender de sua natureza

devedora ou credora, respectivamente.

E as Receitas e Despesas?

Vocês viram que as Receitas e Despesas são contas do proprietário. Estas contas,

em regra, só admitem um tipo de lançamento (a débito ou a crédito) e por

isso são chamadas de Unilaterais. As contas de Receita, por representarem

aumentos do patrimônio, são, em regra, escrituradas a crédito. Já as contas

de despesas, por representarem reduções do patrimônio, são, em geral,

registradas a débito.

Pessoal, o “em regra” no parágrafo anterior foi só pra demonstrar que, na maioria

das vezes, os lançamentos são unilaterais. Mas, essa determinação não é

absoluta, pois poderá ser feito lançamento diverso na conta, especialmente em

casos de estorno. Portanto, se a entidade registra uma despesa de R$ 1.000 como

R$ 10.000, por erro, ela posteriormente deverá creditar a conta de despesa (R$

9.000) para corrigir o lançamento.

Pra resumir, vejam o quadro abaixo:

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Vamos aproveitar este gancho para apresentar, com base neste mesmo gráfico, o

conceito de Origens e Aplicações de Recursos.

Origens e Aplicações de Recursos

As entidades, ao desempenharem suas funções, contam com

recursos próprios e com recursos de terceiros para persecução

de seu objetivo, seja ele o lucro econômico ou a finalidade social.

No gráfico ilustrativo da teoria personalista, fica claro que aqueles que “entregam

recursos à entidade” caracterizam as origens dos recursos, que podem ser

próprios ou de terceiros. Os recursos próprios da entidade são aqueles

contidos no patrimônio líquido, composto pelo capital social (recursos

entregues pelos sócios) e pelo lucro da atividade. Os recursos de terceiros, por

sua vez, são aqueles provenientes de obrigações da entidade (do Passivo

Exigível), terceiros estes que entregam recursos à entidade na expectativa de, por

eles, serem retribuídos (com juros, taxas, encargos).

Muito bem. No sentido de dar o melhor aproveitamento possível a estes recursos

recebidos, a entidade os aplica em bens e direitos que, pela teoria

personalista, é o mesmo que dizer que a entidade entrega estes recursos aos

agentes em quem ela confia, para que deles façam bom uso. Portanto, o Ativo

representa a aplicação dos recursos que as entidades têm a sua disposição.

Desta classificação foram extraídos alguns termos que podem confundi-los em

prova e, por isso, vou colocá-los aqui pra que todos acertem!

• Capital Aplicado ou Total de Recursos Aplicados – são sinônimos de

Ativo!

• Capital de Terceiros ou Capital Alheio – é o Passivo Exigível

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• Capital Próprio – é o mesmo que Patrimônio Líquido

• Capital à Disposição da Empresa – é o total das origens de recursos, ou

seja, Passivo Exigível + Patrimônio Líquido.

• Situação Líquida – é o mesmo que patrimônio líquido! Alguns autores

preferem a expressão Situação Líquida, principalmente por entenderem que

em alguns casos o uso da expressão Patrimônio Líquido não seja apropriado,

como quando houver Passivo a Descoberto (quando a Situação Líquida é

negativa). Nas questões de concursos, vocês irão encontrar ambos os termos,

como sinônimos, portanto fiquem espertos!

TEORIA MATERIALISTA

Pela teoria Materialista (ou materialística), as contas não representam nada mais

do que valores em movimentação, positivos ou negativos. Por esta teoria, as

contas dividem-se em Integrais e Diferenciais:

• Contas Integrais: São as contas que representam o patrimônio da

entidade, e são positivas (ativo) ou negativas (passivo exigível)

• Contas Diferenciais: São as contas capazes de promover a alteração do

patrimônio líquido da entidade e, por isso, representam as Receitas, as

Despesas, e o Patrimônio líquido.

TEORIA PATRIMONIALISTA

A Teoria Patrimonialista é a utilizada atualmente na Contabilidade. Por

esta teoria, as contas contábeis são divididas em:

• Contas Patrimoniais: envolvem as contas do Ativo, do Passivo, e do

Patrimônio líquido.

• Contas de Resultado: engloba as Receitas e Despesas.

As contas patrimoniais são contas permanentes e, a menos que excluídas do

plano de contas da entidade, são apresentadas no balanço patrimonial ao longo

dos exercícios sociais, continuamente. O que isso significa? Significa que o

saldo das contas patrimoniais, ao final de um exercício, será transportado

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para o primeiro dia do exercício seguinte. Com isso, o saldo de encerramento

de uma conta patrimonial, é igual ao saldo inicial desta mesma conta, no exercício

imediatamente posterior. Por exemplo, se no Balanço Patrimonial de 31/12/X1 o

saldo de encerramento da conta Veículos for de R$ 10.000, no dia 01/01/X2 o

saldo da conta Veículos será mantido, passando os mesmos R$ 10.000 a figurar

como saldo inicial.

As contas de resultado, por sua vez, registram os fatos que aumentaram ou

diminuíram o patrimônio da entidade ao longo do exercício. Ao final do exercício,

o saldo líquido das contas de resultado (receitas menos despesas) é

incorporado ao Patrimônio Líquido de maneira a refletir, no Balanço

Patrimonial, os lucros auferidos ou prejuízos incorridos. Por esta razão, o saldo

das contas de Resultado no início de cada exercício é Zero. Por exemplo, se

em 31/12/X1 verifica-se que a entidade teve como resultado R$ 50.000 de lucro,

este saldo será transportado para o Patrimônio líquido e, em 01/01/X2 o saldo

das contas de resultado estará zerado.

Para ilustrar o exemplo acima:

DESPESAS RECEITAS Saldo Inicial 0,00 Saldo Inicial 0,0001/01/X1 ... ...

... ...

... 31/12/XX01 ...Resultado 31/12/X1

O que é o exercício social?

“Art. 175. O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término

será fixada no estatuto.

Parágrafo único. Na constituição da companhia e nos casos de alteração

estatutária o exercício social poderá ter duração diversa.” Lei n. 6404/76 (Lei

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ATIVO PASSIVO

PATRIMÔNIO LÍQUIDOResultado 31/12/X1

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das S.A.).

O exercício social, ou apenas exercício, corresponde ao período de 12 meses ao

longo do qual as entidades irão apurar seus resultados e apresentar seus

balanços patrimoniais, de maneira a mensurar seus desempenhos. Conforme

transcrito, o Art. 175 da Lei nº. 6404/76 fixa para as Sociedades Anônimas o

período de 1 ano para o exercício social (que poderá ser maior ou menor em

caso de constituição da companhia ou alteração estatuária) mas não fixa uma

data específica, deixando a critério das companhias esta definição. Assim, o

exercício social pode ou não coincidir com o ano civil (que vai de 01/jan a

31/dez).

Apesar de a teoria patrimonialista ser a base da Contabilidade atual, ela herdou

algumas características das outras teorias. A principal delas foi a que trata da

natureza devedora ou credora das contas patrimoniais. Como na teoria

personalista, aqui o Ativo também possui natureza Devedora, enquanto que o

Passivo Exigível e o Patrimônio Líquido possuem natureza Credora. Além

disso, as Receitas, por representarem aumentos do patrimônio, têm natureza

credora. E as despesas, por representarem reduções do patrimônio, têm natureza

devedora.

Pra finalizar a teoria, deixo para vocês uma tabela de natureza das contas

contábeis, pra fixação:

Natureza da conta

Saldo aumenta com lançamento a:

Saldo diminui com lançamento a:

Ativo devedora débito créditoPassivo credora crédito débitoPL credora crédito débitoDespesas devedora débito créditoReceitas credora crédito débito

Fim do Bloco de Teoria 1

01 – (ESAF – ACE/MDIC - 2012) - A evolução do pensamento

científico em Contabilidade foi marcada pela contribuição de

diversos pensadores que culminaram no desenvolvimento das

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chamadas Teorias das Contas, as quais subdividem as rubricas

contábeis em grandes grupos.

A respeito desse assunto, podemos afirmar que

a) a teoria personalista subdivide as contas em Contas do

Proprietário e Contas de Agentes Consignatários.

b) a teoria materialista subdivide as contas em Contas Materiais e

Contas de Resultado.

c) a teoria patrimonialista subdivide as contas em Contas

Patrimoniais e Contas Diferenciais.

d) a teoria personalista subdivide as contas em Contas do

Proprietário e Contas de Agentes Correspondentes.

e) a teoria materialista subdivide as contas em Contas Integrais e

Contas Diferenciais.

Comentários:

Beleza! Agora, após teoria do Bloco 1, vamos iniciar a resolução dos

exercícios!

Alternativa A: Incorreta. A teoria personalista subdivide as contas em

Contas do Proprietário, Contas de Agentes Consignatários e Contas dos

Agentes Correspondentes.

Alternativa B: Incorreta. A teoria materialista subdivide as contas em

Contas Integrais e Contas Diferenciais.

Alternativa C: Incorreta. A teoria patrimonialista subdivide as contas em

Patrimoniais e de Resultado.

Alternativa D: Incorreta. A teoria personalista subdivide as contas em

Contas do Proprietário, Contas de Agentes Consignatários e Contas dos

Agentes Correspondentes.

Alternativa E: Correta! É o gabarito.

Gabarito: Letra E.

02 – (ESAF – AFC/CGU – 2008) A Ciência Contábil estabeleceu

diversas teorias doutrinárias sobre as formas de classificar os

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componentes do sistema contábil, que são denominadas “Teorias

das Contas”. Sobre o assunto, indique a opção incorreta.

a) A “Teoria Materialística” divide as contas em Integrais e de

Resultado.

b) Na “Teoria Personalística”, as contas dos agentes consignatários

são as contas que representam os bens, no ativo.

c) Segundo a “Teoria Personalística”, são exemplos de contas do

proprietário as contas de receitas e de despesas.

d) Na “Teoria Materialística”, as contas traduzem simples ingressos

e saídas de valores, que evidenciam o ativo, sendo este

representado pelos valores positivos, e o passivo representado

pelos valores negativos.

e) Na contabilidade atual, há o predomínio da “Teoria

Patrimonialista”, que classifica o ativo e passivo como contas

patrimoniais.

Comentários:

A base para a resposta está no Bloco de Teoria 1!

Alternativa A: Incorreta. A Teoria Materialística, como vimos, divide as

contas contábeis em Integrais (ativo e passivo exigível) e Diferenciais

(patrimônio líquido, receitas e despesas).

Alternativa B: Correta! Para a teoria personalística as contas dos agentes

consignatários representam os bens da entidade. Nesta teoria, os bens são

confiados pela entidade a seus agentes internos, agentes estes que ficam

“em débito” com a entidade.

Alternativa C: Correta. Na teoria Personalística as contas do proprietário

representam, mesmo, as receitas e despesas.

Alternativa D: Correta. É a transcrição quase literal do que vimos no Bloco

de Teoria 1, sobre a Teoria Materialística.

Alternativa E: Também está certa! Atualmente, a teoria patrimonialística é

a predominante na contabilidade. Nela, o ativo e o passivo representam as

contas patrimoniais. As contas de resultado, por outro lado, são as receitas

e despesas da entidade.

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Gabarito: Letra A.

03 - (ESAF – ATRFB - 2002.1) Estudiosos notáveis da Contabilidade

têm-na contemplado com diversas teorias e proposições. Três

dessas teorias sobrevivem e, hoje, são consideradas principais.

Uma delas, conhecida como Teoria Personalista ou Personalística,

classifica todas as contas em:

a) contas patrimoniais e contas diferenciais.

b) contas integrais e contas diferenciais.

c) contas patrimoniais e contas de resultado.

d) contas de agentes consignatários e contas de proprietário.

e) contas de agentes e contas de proprietário.

Comentários:

Como estudamos, a teoria personalista divide as contas em Agentes

Consignatários e Correspondentes (que a ESAF denominou apenas

Agentes) e contas do proprietário, portanto, a única resposta correta é a

alternativa E.

Gabarito: Letra E.

04 – (ESAF – ATRFB – 2002.2) A firma J.J.Montes Ltda. apurou os

seguintes valores em 31.12.01:

- dinheiro existente 200,00

- máquinas 400,00

- dívidas diversas 900,00

- contas a receber 540,00

- rendas obtidas 680,00

- empréstimos bancários 500,00

- mobília 600,00

- contas a pagar 700,00

- consumo efetuado 240,00

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- automóveis 800,00

- capital registrado 450,00

- adiantamentos a diretores 450,00

Os componentes acima, examinados pelo prisma doutrinário

lecionado segundo a Teoria das Contas, demonstra a seguinte

atribuição de valores:

a) R$ 2.990,00 às contas de agentes devedores.

b) R$ 2.540,00 às contas de agentes consignatários.

c) R$ 2.100,00 às contas integrais devedoras.

d) R$ 890,00 às contas de resultado.

e) R$ 440,00 às contas diferenciais.

Comentários:

Neste tipo de questão, precisamos classificar as contas contábeis de acordo

com cada teoria para, após a classificação, tentarmos encontrar a resposta

correta. Vamos, então, à classificação:

Alternativa A: Para a ESAF, “agentes devedores”, na teoria personalista, é

o conjunto de agentes que “devem” para a entidade, sejam eles

consignatários ou correspondentes. Por isso, a afirmativa está correta, pois

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TeoriasPersonalista Materialista Patrimonialista

dinheiro existente 200 Consignatários Integrais (+) Patrimoniais bemmáquinas 400 Consignatários Integrais (+) Patrimoniais bem

dívidas diversas 900 Integrais (-) Patrimoniais obrigação

contas a receber 540 Integrais (+) Patrimoniais direitorendas obtidas 680 Proprietário Diferenciais Resultado receita

empréstimos bancários 500 Integrais (-) Patrimoniais obrigaçãomobília 600 Consignatários Integrais (+) Patrimoniais bem

contas a pagar 700 Integrais (-) Patrimoniais obrigaçãoconsumo efetuado 240 Proprietário Diferenciais Resultado despesaautomóveis 800 Consignatários Integrais (+) Patrimoniais bemcapital registrado 450 Proprietário Diferenciais Patrimoniais Capital social

adiantamento a diretores 450 Integrais (+) Patrimoniais direitoObs.: integrais (+) = integrais positivas, e integrais (-) = integrais negativas

Correspondentes Credores

Correspondentes Devedores

Correspondentes Credores

Correspondentes Credores

Correspondentes Devedores

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o total dos bens (agentes consignatários) e direitos (agentes

correspondentes devedores) da entidade somam 2.990.

Alternativa B: Incorreta. Os agentes consignatários representam os bens

da entidade. Os bens estão representados nas contas “dinheiro existente”,

“máquinas”, “mobília” e “automóveis”, cuja soma é 2.000,00.

Alternativa C: Incorreta. Contas integrais devedoras representam as

contas integrais que possuem natureza devedora! Portanto, se

referem às contas do ativo! Cuidado para não confundirem com contas

integrais negativas (que representam o passivo, cuja natureza é

credora). A soma das contas integrais devedoras (bens e direitos) totaliza

R$ 2.990,00.

Alternativa D: Incorreta. Os valores atribuídos às contas de resultado

(teoria patrimonialista) são os envolvidos nas contas de receitas e

despesas. Tais contas são as seguintes: rendas obtidas (680,00) e

consumo efetuado (240,00). A soma destes valores é 920,00 e, por isso, a

afirmativa está incorreta.

Alternativa E: Incorreta. As contas diferenciais, segundo a teoria

materialística, são as contas do patrimônio líquido, das receitas e das

despesas. A soma de todos os valores atribuídos a estas contas é: 450,00

(capital social) + 680,00 (rendas obtidas) + 240,00 (consumo efetuado) =

1.370,00.

Gabarito: Letra A.

05 – (ESAF – AFRFB – 2009) Exemplificamos, abaixo, os dados

contábeis colhidos no fim do período de gestão de determinada

entidade econômico-administrativa:

– dinheiro existente 200,00

– máquinas 400,00

– dívidas diversas 730,00

– contas a receber 540,00

– rendas obtidas 680,00

– empréstimos bancários 500,00

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– mobília 600,00

– contas a pagar 700,00

– consumo efetuado 240,00

– automóveis 800,00

– capital registrado 650,00

– casa construída 480,00

Segundo a Teoria Personalística das Contas e com base nas

informações contábeis acima, pode-se dizer que, neste patrimônio,

está sob responsabilidade dos agentes consignatários o valor de:

a) R$ 1.930,00.

b) R$ 3.130,00.

c) R$ 2.330,00.

d) R$ 3.020,00.

e) R$ 2.480,00.

Comentários:

Percebam que esta questão facilitou um pouco nosso trabalho, pois ela

questiona, apenas, o valor que está sob responsabilidade dos agentes

consignatários. Com isso, iremos apenas classificar quais contas da relação

apresentada no enunciado se referem a bens, no ativo. Notem que as

contas do enunciado são muito parecidas com as da questão

imediatamente anterior, aplicada no concurso de ATRFB 2002.2. As contas

que pertencem aos agentes consignatários (bens, no ativo), são as

seguintes:

– dinheiro existente 200,00

– máquinas 400,00

– mobília 600,00

– automóveis 800,00

– casa construída 480,00

Total: 2.480,00

Gabarito: Letra E.

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06 - (ESAF – ATRFB – 2003) A empresa Primavera Ltda., no

encerramento do exercício de 2002, obteve as seguintes

informações, conforme segue:

Valores em R$

Adiantamento a Fornecedores 1.000,00

Adiantamento de Clientes 2.000,00

Ativo Imobilizado 20.000,00

Capital Social 29.000,00

Contas a Pagar 40.000,00

Depreciação Acumulada 2.000,00

Despesas Antecipadas 1.000,00

Disponibilidades 1.000,00

Duplicatas a Receber 30.000,00

Estoques 20.000,00

Realizável a Longo Prazo 2.000,00

Reserva Legal 2.000,00

Assinale a opção correta, que corresponde ao valor do Ativo que

estará presente no Balanço Patrimonial.

a) R$ 71.000,00

b) R$ 72.000,00

c) R$ 73.000,00

d) R$ 74.000,00

e) R$ 75.000,00

Comentários:

Nesta questão, o enunciado pede que indiquemos o valor do Ativo. Para

isso, precisaremos apenas classificar as contas adequadamente. Em prova,

vocês irão direto nas contas do Ativo, pra não perder tempo. Eu, contudo,

irei classificar todas as contas, a fim de favorecer o entendimento e fixação

da matéria:

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Adiantamento a Fornecedores – ATIVO – adiantamentos a fornecedores são

valores que a entidade adianta aos seus fornecedores, e representam um direito.

Ao adiantar valores a seus fornecedores a entidade passa a ter direito a 1)

receber o produto ou serviço a ser fornecido ou 2) ser ressarcida dos valores

adiantados.

Adiantamento de Clientes – PASSIVO – adiantamentos de clientes são valores

que foram recebidos antecipadamente pela entidade, em geral relacionados a

futuras vendas. Representam uma obrigação da entidade, já que, ao receber o

adiantamento, a companhia estará obrigada a 1) entregar o produto a ser vendido

ou 2) devolver os valores recebidos antecipadamente.

Ativo Imobilizado – ATIVO – O ativo imobilizado engloba os bens corpóreos, de

propriedade da entidade, que sejam utilizados nas atividades operacionais da

companhia, destinados a proporcionar futuros benefícios econômicos. Em geral,

relacionam-se a bens utilizados na produção ou nas áreas administrativas, como

máquinas, equipamentos, edificações, veículos, entre outros.

Capital Social – PATRIMÔNIO LÍQUIDO - conta que registra o capital

subscrito pelos sócios.

Contas a Pagar - PASSIVO - obrigações que a entidade tem a pagar,

registradas no passivo exigível.

Depreciação Acumulada – Retificadora de ATIVO – Depreciação acumulada é

conta que registra a perda de valor dos bens do ativo imobilizado, pelo uso,

desgaste ou obsolescência, desde seu registro inicial no patrimônio da entidade.

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No exemplo abaixo, as contas “Provisão para Devedores Duvidosos”,

“Depreciação Acumulada”, “Juros a transcorrer” e “Ações em

Tesouraria” são todas contas retificadoras:

Despesas Antecipadas - ATIVO - Despesas Antecipadas são contas que

registram antecipações de despesas que pertencem ao exercício corrente ou

seguinte mas que, pelo regime de competência, não podem ser consideradas

como incorridas. Ou seja, a entidade paga antecipadamente por algo que ainda

irá ocorrer no futuro, por isso, surge para ela um direito (de exigir algo de

outrem) que deve ser classificado no ativo.

Disponibilidades – ATIVO - bens de alta liquidez do patrimônio, em geral

representados pelo dinheiro (ca$h)

Duplicatas a Receber – ATIVO - A duplicata é uma espécie de título de crédito

e está vinculada a um contrato de compra e venda de mercadorias ou de

prestação de serviços. O comprador (sacado da duplicata) ao assiná-la afirma o

seu “aceite”, que nada mais é que o reconhecimento da sua condição de devedor,

se obrigando a pagar ao vendedor (sacador da duplicata) a quantia nela

informada, originada na negociação de mercadorias ou serviços. Não se admite a

emissão de duplicatas que não estejam amparadas por um contrato de compra e

venda de mercadorias ou de prestação de serviços. Elas podem ser endossadas

(transferidas) a terceiros e negociadas. Portanto, quando vocês se depararem

com a conta “Duplicatas a pagar” saibam que elas se referem a mercadorias

que foram adquiridas pela entidade e que, mediante aceite, esta se obrigou ao

pagamento do título na data estipulada. “Duplicatas a receber”, por sua vez,

correspondem a vendas realizadas pela entidade, cujo aceite foi dado pelo cliente

e, portanto, representam um Direito!

Estoques – ATIVO – a conta estoques representa os bens que a entidade tem

em seu estoque para industrialização, consumo ou revenda. Em qualquer caso, é

registrado no ativo.

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Balanço Patrimonial ExemplificativoATIVO R$ PASSIVO R$Disponibilidades 10.000 Empréstimos 10.000Duplicatas a Receber 10.000 Juros a transcorrer (5.000)

Devedores Duvidosos (2.000)

Imóveis 10.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Depreciação Acumulada (3.000) Capital Social 25.000

Ações em Tesouraria (5.000)

25.000 25.000

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Realizável a Longo Prazo – ATIVO – Realizável a longo prazo representam

direitos realizáveis a longo prazo, cuja realização se espera para após o término

do exercício social subsequente.

Reserva Legal – PATRIMÔNIO LÍQUIDO – conta que registra a reserva de

lucros constituída pela entidade. Diz-se “legal” porque decorrente de

determinação específica da Lei n. 6.404/76 (Lei das S.A.).

Voltando à questão, a soma das contas de ATIVO, portanto, é a seguinte:

Adiantamento a Fornecedores 1.000,00

Ativo Imobilizado 20.000,00

Depreciação Acumulada -2.000,00

Despesas Antecipadas 1.000,00

Disponibilidades 1.000,00

Duplicatas a Receber 30.000,00

Estoques 20.000,00

Realizável a Longo Prazo 2.000,00 73.000

Gabarito: Letra C.

07 – (ESAF – ISS/RECIFE – 2003) A empresa “Z” Ltda., no

encerramento do exercício de 2002, obteve as seguintes

informações:

Valores em R$

Adiantamento a Fornecedores 500,00

Adiantamento de Clientes 1.000,00

Ativo Imobilizado Bruto 20.000,00

Capital Social 26.500,00

Contas a Pagar 40.000,00

Depreciação Acumulada 2.000,00

Disponibilidades 1.000,00

Duplicatas a Receber 50.000,00

Reserva Legal 2.000,00

Considerando somente estas informações, assinale a única opção

correta, correspondente ao valor do Ativo.

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a) R$ 69.000,00

b) R$ 69.500,00

c) R$ 72.000,00

d) R$ 73.000,00

e) R$ 74.500,00

Comentários:

Vejam que as contas desta questão são bem parecidas com a da anterior.

A única diferença fica por conta da conta de “Ativo Imobilizado Bruto”. O

bruto está aí apenas para informar que os valores atribuídos ao Ativo

Imobilizado não levaram em consideração a depreciação acumulada, a

qual, portanto, por ser uma conta retificadora de ativo, deverá ser

considerada no cálculo (com sinal negativo). Diferente seria se o enunciado

trouxesse uma conta de Ativo Imobilizado Líquido (já deduzida de

depreciação).

Enfim, a soma das contas de ativo apresentadas no enunciado é:

Adiantamento a Fornecedores 500,00

Ativo Imobilizado Bruto 20.000,00

Depreciação Acumulada -2.000,00

Disponibilidades 1.000,00

Duplicatas a Receber 50.000,00

Total 69.500,00

Gabarito: Letra B.

08 – (ESAF – ATRFB - 2002.1) O patrimônio da Empresa Alvas

Flores, em 31.12.01, era composto pelas seguintes contas e

respectivos saldos, em valores simbólicos.

Caixa R$ 100,00

Capital Social R$ 350,00

Empréstimos Obtidos LP R$ 150,00

Bancos c/Movimento R$ 200,00

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Lucros Acumulados R$ 200,00

Fornecedores R$ 100,00

Contas a Receber R$ 100,00

Empréstimos Concedidos LP R$ 100,00

Dividendos a Pagar R$ 150,00

Duplicatas Emitidas R$ 800,00

Notas Promissórias Emitidas R$ 500,00

Adiantamento de Clientes R$ 200,00

Impostos a Pagar R$ 50,00

Equipamentos R$ 100,00

Clientes R$ 450,00

Reserva Legal R$ 100,00

Mercadorias R$ 500,00

Notas Promissórias Aceitas R$ 250,00

Duplicatas Aceitas R$ 1.000,00

Patentes R$ 200,00

A representação gráfica do patrimônio que acima se compõe

evidenciará um ativo total no valor de

a) R$ 2.400,00

b) R$ 2.600,00

c) R$ 2.800,00

d) R$ 2.850,00

e) R$ 3.050,00

Comentários:

Nesta questão há alguns nomes de contas novos, os quais comentarei

abaixo:

Bancos c/Movimento – ATIVO – é a conta que registra os valores

movimentados nas contas bancárias da entidade.

Lucros Acumulados - PATRIMÔNIO LÍQUIDO – registra os lucros

acumulados no exercício, que ainda não tenham sido destinados,

absorvidos por prejuízos ou integrados ao capital social.

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Dividendos a Pagar - PASSIVO EXIGÍVEL – Dividendo é a parcela do

lucro que é distribuída aos sócios/acionistas. “a Pagar” representa uma

obrigação e por isso, integra o passivo exigível.

Duplicatas Emitidas – ATIVO – Duplicatas Emitidas é outro nome para

as “Duplicatas a Receber”. Quem emite a duplicata é o credor, e que a

aceita é o devedor.

Notas Promissórias Emitidas – PASSIVO - As notas promissórias são

um título de crédito em que o emitente (devedor) assume a obrigação (faz

uma promessa) de saldar a dívida constante do título, em favor do

beneficiário (credor). Atenção! Ao contrário das duplicatas, quem emite a

Nota Promissória é o DEVEDOR e quem as aceita é o credor. Vejam que a

Nota Promissória é uma “promessa de pagamento”, portanto, só quem

pode emiti-la (quem faz a promessa) é o devedor.

Notas Promissórias Aceitas - ATIVO – Notas Promissórias Aceitas

representam um direito a receber da entidade.

Patentes – ATIVO - Patentes são bens incorpóreos (intangíveis) que a

entidade possui. É um direito de exploração de um determinado produto

com exclusividade, conferido pelo Estado. Por exemplo, um inventor de

uma fórmula (de remédio, por exemplo), “patenteia” sua invenção, tendo

assim direito a explorá-la com exclusividade no mercado.

Enfim, o saldo do ativo, então, é:

Caixa R$ 100,00

Bancos c/Movimento R$ 200,00

Contas a Receber R$ 100,00

Empréstimos Concedidos LP R$ 100,00

Duplicatas Emitidas R$ 800,00

Equipamentos R$ 100,00

Clientes R$ 450,00

Mercadorias R$ 500,00

Notas Promissórias Aceitas R$ 250,00

Patentes R$ 200,00

Total R$ 2.800,00

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Gabarito: Letra C.

09 – (ESAF – AFTM/TERESINA – 2001) Assinale a opção que

completa corretamente a expressão:

Na atividade empresarial ...

a) os débitos da entidade titular do patrimônio são creditados em

contas patrimoniais.

b) os créditos da entidade titular do patrimônio são creditados em

contas patrimoniais.

c) os custos e ingressos do período deverão ser debitados em

contas do resultado do exercício.

d) os estoques finais de mercadorias devem ser avaliados a preço

de custo ou de mercado, se este for maior.

e) a classificação dos débitos e créditos em curto e longo prazo

deve obedecer a duração do exercício social ou do ciclo

operacional, se este for menor.

Comentários:

Esta questão faz um mix de alguns conceitos que vimos anteriormente.

Para resolvê-la, é importante que tenhamos em mente o funcionamento

das contas contábeis, resumida na tabelinha apresentada no final do Bloco

de Teoria 1, que transcrevo abaixo:

Natureza da conta

Saldo aumenta com lançamento a:

Saldo diminui com lançamento a:

Ativo devedora débito créditoPassivo credora crédito débitoPL credora crédito débitoDespesas devedora débito créditoReceitas credora crédito débito

A base para a resposta está no Bloco de Teoria 1!

Alternativa A: Correta! Percebam que o enunciado faz um joguinho de

palavras. “Os débitos da entidade” representam as dívidas que ela possui.

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As dívidas, ou obrigações, como sabemos, são apresentadas no Passivo. As

contas de passivo são contas patrimoniais, segundo a teoria

patrimonialista. Por isso, a afirmativa está correta. Os débitos (as dívidas)

da entidade são creditadas (aumentando seu saldo) em contas

patrimoniais (passivo).

Alternativa B: Incorreta. “Os créditos da entidade” são direitos que a

entidade tem a exigir contra terceiros. São apresentados no grupo

patrimonial do ativo e, por essa razão, aumentam com lançamentos a

débito, e não a crédito.

Alternativa C: Incorreta. O custos efetivos do período (conforme o regime

de competência) devem ser registrados a débito de contas de resultado (de

despesa). Os ingressos, por outro lado, por representarem entrada de

recursos, devem ser debitados em contas patrimoniais, aumentando o

valor dos ativos respectivos. Por exemplo, o ingresso de dinheiro aumenta

o saldo do caixa, aumento este registrado a débito.

Alternativa D: Incorreta. Veremos este ponto com mais profundidade a

partir da 04, mas, desde já, saibam que existe uma máxima em

contabilidade que afirma o seguinte: custo ou mercado, dos dois o menor.

Esta regra está refletida na Lei n. 6.404/76 (Lei das S.A.), da seguinte

forma:

Lei das S.A.

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes

critérios:

I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e

títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo:

(...)

b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme

disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização,

quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos

de crédito; (Incluída pela Lei nº 11.638,de 2007)

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Ou seja, ao final do ano, quando for apurado o estoque final de

mercadorias, a entidade deverá avaliar os valores em estoque com base

em seu custo original e compará-los ao seu valor provável de realização.

No caso dos estoques, o valor provável de realização são os seguintes:

1) matérias-primas, materiais diversos e almoxarifado de uso geral é o

preço pelo qual possam ser repostos (preço de reposição), mediante compra no

mercado.

2) estoques de produtos finais para venda é o seu preço de venda.

Aquele que for menor irá prevalecer na contabilidade. Quando o preço de

reposição ou mercado, a depender do estoque, for inferior ao custo

original, a entidade precisará reconhecer uma provisão por perdas

prováveis, conta retificadora de ativo.

Alternativa E: Incorreta. A Lei das S.A. (n. 6.404/76) Prevê no parágrafo

único do art. 179 o seguinte:

art. 179 - (…)

(...)

Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa

tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante

ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.

Os componentes do ativo e do passivo são classificados em curto prazo

(circulante) e longo prazo (não-circulante). Regra geral, consideram-se

como de curto prazo aqueles ativos e passivos que tenham prazo de

vencimento até o término do exercício social subsequente, e de longo

prazo os que tenham vencimento após o término do exercício social

subsequente.

O parágrafo único do art. 179 fixa que apenas quando o ciclo operacional

da companhia for maior que o exercício social, que ele servirá de base

para a avaliação dos ativos e passivos em curto ou longo prazo. Portanto, a

classificação dos débitos e créditos em curto e longo prazo deve obedecer a

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duração do exercício social ou do ciclo operacional, se este último for

maior.

Gabarito: Letra A.

10 – (ESAF – ISS/RECIFE – 2003) A empresa “Ω” Ltda. realizou

uma operação de recebimento de duplicata no valor de R$ 100,00,

em dinheiro. Essa operação gerou um registro contábil de débito à

conta CAIXA e crédito à conta Duplicatas a Receber. Assinale o tipo

de fato contábil presente na única opção correta.

a) Aumentativo

b) Diminutivo

c) Misto

d) Modificativo

e) Permutativo

Comentários:

Show galera! Vamos estudar um assunto novo no curso, qual seja, a

classificação dos fatos contábeis. Para isso, vejamos o Bloco de Teoria 2.

Bloco de Teoria 2

Antes de tudo, é importante que saibamos diferencias Atos de Fatos contábeis.

• Atos Contábeis

Atos Contábeis (ou Atos Administrativos) são acontecimentos que não

alteram o patrimônio da entidade. Os melhores exemplos de atos contábeis

são as prestações de garantias (como o aval ou a fiança) em contratos de

empréstimos ou de aluguéis. Pra clarear, vamos chamar o Zé Luís!

Olha o doido aí denovo! O Zé Luís, com sua inesgotável gentileza

e prestatividade, aceita o “convite” de seu conhecido Bartô para

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ser avalista de um contrato de empréstimo. No momento em que o Zé Luís

assina o contrato, colocando-se como avalista, ele se torna garantidor da

operação contratada. No entanto, não há qualquer obrigação patrimonial para o

Zé Luís nesse momento, já que o Bartô acabara de tomar o empréstimo. A

obrigação para o Zé Luís só irá surgir a partir da inadimplência do Bartô,

momento em que o Zé será acionado para o pagamento das prestações vencidas.

Assim, o ato de conceder a garantia (na assinatura do contrato) é um Ato

Contábil, pois apesar de vincular o Zé à operação de empréstimo do Bartô, não

gera nenhuma implicação patrimonial enquanto não se implemente a condição de

inadimplência.

Os atos contábeis quando relevantes (como a prestação de garantias) são

registrados nas contas de compensação, que não integram o sistema de contas

patrimoniais, mas que se prestam a registrar todos aqueles atos relevantes que

podem tornar-se, no futuro, uma obrigação ou um direito para a entidade.

• Fatos Contábeis

Vejam como um “F” faz toda a diferença... Fatos contábeis são

acontecimentos que alteram o patrimônio da entidade. Em outras

palavras, Fatos contábeis são acontecimentos que Flexionam o

patrimônio, assim fica mais fácil pra associar e decorar!

Muito bem. Como vimos, o ato de concessão de uma garantia é um Ato Contábil

que não causa qualquer mutação no patrimônio da entidade concessora,

inicialmente. Porém, uma vez implementada a condição (futura e incerta, porque

ela pode ocorrer ou não) de não-pagamento pelo tomador do empréstimo, surge

para a entidade garantidora a obrigação de pagar a dívida. Neste momento,

ocorre um Fato Contábil, pois a obrigação de pagar afeta diretamente o

patrimônio da entidade.

Portanto, complementando a história do Zé Luís, somente a partir do instante em

que o Bartô deixar de pagar o empréstimo e se tornar inadimplente é que surgirá

a obrigação, com reflexos patrimoniais, para o Zé Luís.

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Os Fatos Contábeis alteram o patrimônio da entidade tanto em termos

qualitativos (apenas troca de valores entre os componentes do patrimônio – bens,

direitos e obrigações – mantido o patrimônio líquido constante) quanto em termos

quantitativos (quando o fato provoca aumento ou redução do patrimônio líquido).

Classificam-se em Permutativos, Modificativos ou Mistos.

Fatos contábeis permutativos são transações que alteram a composição do

patrimônio, promovendo a permuta (troca) de valores entre suas contas, mas

que não afetam o patrimônio líquido da entidade.

Fatos contábeis modificativos são transações que modificam o patrimônio

líquido da entidade sem, contudo, haver permuta de valores entre contas

patrimoniais. As alterações podem ser no sentido de aumentar ou de reduzir o

valor do PL, por isso são classificados em:

• Fatos Modificativos aumentativos: aqueles que aumentam diretamente

o patrimônio líquido, como o recebimento de juros, de aluguéis ou

comissões..

• Fatos Modificativos diminutivos: aqueles que reduzem diretamente o

patrimônio líquido, como o pagamento de juros ou de aluguéis. F

Os Fatos Contábeis Mistos promovem a permuta de valores entre os

componentes patrimoniais e, também, modificam o valor do patrimônio

líquido. Ou seja, são permutativos e modificativos, ao mesmo tempo. Por

isso, classificam-se em:

• Fatos Mistos aumentativos: aumentam o PL, como a venda de um bem

por um preço acima do custo de sua produção, gerando um excedente

positivo (lucro).

• Fatos Mistos diminutivos: reduzem o PL, como a venda de um veículo

por um preço abaixo de seu valor contábil, gerando um prejuízo.

Vejam que salada rsrs! Fatos Contábeis Mistos são aqueles que, quando ocorridos,

provocam tanto a permuta de valores entre componentes patrimoniais como a

mudança de valor do patrimônio líquido da entidade. Para ficar mais tranquilo,

vamos seguir exemplificando!

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Fim do Bloco de Teoria 2

Vista a teoria, voltemos à questão! A operação apresentada no enunciado

indica, apenas, que houve o recebimento de R$ 100,00 de duplicatas em

dinheiro. Esta operação tem duas implicações sobre o patrimônio da

entidade:

1) redução do saldo da conta Duplicatas a Receber (afinal os

100,00 que foram recebidos deverão ser baixados da conta de

duplicatas).

2) Aumento do saldo da conta Caixa, pelo ingresso do dinheiro.

Tanto a conta Caixa quando a conta Duplicatas a Receber são contas

patrimoniais. Portanto, o fato contábil apresentado é permutativo, por

envolver permuta de valores entre contas patrimoniais, sem alteração do

patrimônio líquido.

Gabarito: Letra E.

11 – (Simulado) Considere a representação gráfica do patrimônio

em R$, em dois momentos:

Pode-se afirmar que o fato contábil ocorrido entre “ANTES” e

“DEPOIS” é um fato:

A) misto aumentativo;

B) permutativo;

C) misto diminutivo;

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DEPOISAtivo PassivoCaixa 50 Fornecedores 90Clientes 10 Empréstimos 100Estoque 35 Patrimônio LíquidoVeículos 200 PL = A-P 105

295 295

ANTESAtivo PassivoCaixa 50 Fornecedores 90Estoque 40 Empréstimos 100Veículos 200 Patrimônio Líquido

PL = A-P 100290 290

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D)modificativo aumentativo;

E) modificativo diminutivo.

Comentários:

Base teórica no Bloco de Teoria 2.

Para encontrarmos a resposta, precisamos antes identificar quais

mudanças se procederam no balanço patrimonial. A primeira coisa que

salta aos olhos é que houve aumento do patrimônio líquido, já que o PL

= A - P passou de 100 para 105! Esta informação, por si só, já nos mostra

que: 1) ou o fato contábil foi modificativo aumentativo; 2) ou o fato

contábil foi misto aumentativo. Portanto, já podemos eliminar as

alternativas B, C e E.

Analisando as demais contas, percebemos que houve redução da conta

Estoque (de 40 para 35), e surgimento da Conta Clientes! Esta

variação indica permuta de valores entre as contas! Sendo assim, se houve

aumento do patrimônio líquido e permuta de valores entre contas

patrimoniais, estamos diante de um Fato Misto Aumentativo!

Gabarito: Letra A.

12 – (FCC – Agente Fiscal de Rendas/SP - 2009) A empresa

Aquisições S.A. comprou 100 ônibus à vista, para substituição de

sua frota. Esse evento contábil representa um fato

A) permutativo entre elementos do Passivo.

B) modificativo entre elementos do Ativo e do Passivo.

C) permutativo entre elementos do Ativo.

D) modificativo no Passivo Não-Circulante.

E) misto diminutivo no Ativo e no Passivo.

Comentários:

Base teórica no Bloco de Teoria 2.

A aquisição de 100 ônibus deve ser registrada da seguinte forma: Aumento

da conta Veículos, de maneira a refletir os ônibus adquiridos; e redução da

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conta Caixa, para registrar a saída de dinheiro. Vamos supor um Balanço

Patrimonial fictício, e, ainda, que cada ônibus custou 10,00 (total de

1.000,00 em aquisições), para ilustrar esse evento:

Como ocorreu apenas uma troca de valores entre as contas do Ativo (Caixa

e Ônibus), o Patrimônio Líquido manteve-se constante e o fato é

permutativo entre elementos do Ativo.

Gabarito: Letra C.

13 – (ESAF – Prefeitura do Recife/Contador - 2003) A operação de

compra de mercadorias com pagamento a vista é considerada como

um fato contábil;

A) de iliquidez;

B) modificativo;

C) misto;

D)extraordinário;

E) permutativo.

Comentários:

Base teórica no Bloco de Teoria 2.

Na operação de compra de mercadorias com pagamento a vista ocorre o

seguinte registro no patrimônio: Redução do saldo da conta Caixa, pela

saída do dinheiro; aumento do saldo da conta Mercadorias, pela aquisição.

Vamos supor que o total de mercadorias adquiridas some R$ 10.000,

assim:

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Registro da compra de 100 ônibus a 10 cada

ATIVO R$ PASSIVO R$Caixa↓↓↓↓ 9.000 Empréstimos 5.000Ônibus ↑↑↑↑ 1.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO PL = A - P 5.000

10.000 10.000

Balanço Patrimonial Inicial

ATIVO R$ PASSIVO R$Caixa 10.000 Empréstimos 5.000

PATRIMÔNIO LÍQUIDO PL = A - P 5.000

10.000 10.000

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Em razão de haver apenas a permuta de valores entre as contas Caixa e

Mercadorias, o fato contábil é permutativo.

Gabarito: Letra E.

(CESPE – TRE/ES – ANALISTA JUD. CONTABILIDADE – 2010) A

Julgue os itens seguintes, relativos a atos e fatos administrativos.

14 - Considera-se a compra de um computador para uso da

administração da firma com parte do pagamento à vista e parte a

prazo como um fato administrativo modificativo.

Comentários:

Base teórica no Bloco de Teoria 2.

O enunciado afirma que a compra de um computador para uso da

administração da firma com parte do pagamento à vista e parte a prazo é

um fato administrativo modificativo. Esta informação está incorreta, pois a

operação trata, apenas, de um fato permutativo, caracterizado pela troca

de valores entre componentes patrimoniais. Vejam só: digamos que uma

entidade adquiria R$ 5.000,00 em computadores, sendo R$ 2.000,00 à

vista e R$ 3.000,00 a prazo. O balanço patrimonial sofreria as seguintes

alterações.

Balanço Patrimonial inicial

ATIVO R$ PASSIVO R$ Caixa 10.000 Fornecedores 5.000 Bancos 5.000 Computador - PATRIMÔNIO LÍQUIDOVeículos 20.000 PL = A - P 30.000

35.000 35.000

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Balanço Patrimonial Inicial

ATIVO R$ PASSIVO R$Caixa 50.000 Dupl a pagar 10.000Mercadorias 20.000 PATR. LÍQUIDO PL = A - P 60.000

70.000 70.000

Registro da compra, a vista, de 10.000 em mercadorias

ATIVO R$ PASSIVO R$Caixa ↓↓↓↓ 40.000 Dupl a pagar 10.000Mercadorias ↑↑↑↑ 30.000 PATR. LÍQUIDO PL = A - P 60.000

70.000 70.000

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Compra de um computador ATIVO R$ PASSIVO R$ Caixa ↓↓↓↓ 8.000 Fornecedores ↑↑↑↑ 8.000 Bancos 5.000 Mercadorias ↑↑↑↑ 5.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDOVeículos 20.000 PL = A - P 30.000

38.000 38.000

Percebam que houve redução do saldo da conta caixa (R$ 2.000,00),

aumento do saldo da conta fornecedores (R$ 3.000) e aumento da conta

mercadorias (R$ 5.000). Com isso, compra de um computador, com parte

do pagamento à vista e parte a prazo, é um fato contábil que importa na

troca de valores entre contas do patrimônio e que, até provoca o

aumento do valor do ativo e passivo totais, contudo, não logra

alterar o Patrimônio Líquido da entidade. Por este motivo, tal fato é

permutativo e a afirmativa está errada.

Gabarito: ERRADA.

15 - (CESPE – SEC/PE - AUDITOR – 2010) A conta de seguros a

vencer é uma conta de resultado, retificando o saldo das despesas

totais incorridas com seguros

Comentários:

Base teórica no Bloco de Teoria 2.

A conta Seguros a Vencer representa um direito da entidade. Como

sabemos, os seguros são pagos antecipadamente e têm prazo

determinado. Uma vez que a entidade efetue o pagamento da apólice, o

prazo de validade se inicia e, a partir de então, considera-se que o seguro

está por vencer. A apólice representa um direito, já que em caso de

sinistro a entidade irá reclamar da seguradora os valores respectivos. Por

isso, Seguros a Vencer são considerados Ativos da entidade e, portanto,

contas patrimoniais.

Gabarito: ERRADA.

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16 – (ESAF – ISS/RECIFE – 2003) Considerando o Método das

Partidas Dobradas, assinale a única opção correta.

a) Para cada fato contábil, teremos um registro indicando que, para

cada débito, haverá um ou mais créditos de igual valor, ou ainda,

para cada aplicação, haverá uma ou mais origens de igual valor.

b) O Método garante o equilíbrio entre as receitas e as despesas,

em respeito ao princípio da continuidade da Entidade, no tempo,

considerando que o mais importante é que a empresa continue

funcionando.

c) Representa uma duplicidade de lançamentos, pois um valor

contábil deve ser dividido por dois para localizar o valor correto.

Esta é a razão de ser muito pouco utilizado.

d) É um método de cálculo relacionado com as definições de Fatura

e Duplicata, quando da emissão das notas fiscais pela venda de

mercadorias, ou seja, emite-se a fatura e a duplicata será cobrada.

e) Esse método só foi aplicado pelos mercadores de Veneza no

século XIV. Atualmente ele só faz parte da história da evolução

contábil, porque o método utilizado atualmente é o direto.

Comentários:

Ponto novo e importante! Bloco de Teoria 03!

Bloco de Teoria 03

Quem está iniciando na Contabilidade hoje pode ser levado a pensar que os

lançamentos a débito representam algo “negativo” para a conta, e que os

lançamentos a crédito representam algo “positivo” para a conta. No entanto,

como vocês estudaram na teoria Personalista, os aumentos ou redução dos

saldos da contas são considerados a depender da natureza devedora ou

credora da conta contábil que estivermos estudando. Vamos ver como fica

isso.

• Contas de Ativo

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Já foi visto que as contas de Ativo têm

natureza DEVEDORA e, por este motivo,

sempre que quisermos aumentar o saldo

de uma conta de ativo deveremos

efetuar um lançamento a Débito. A redução de seu saldo, por outro lado,

depende de um lançamento a Crédito.

Convém ressaltar que, como representam Bens e Direitos, as contas de ativo não

podem ter saldo credor, já que a entidade ou tem bens e direitos, ou não os

tem! Portanto, ou as contas de ativo têm saldo Devedor ou são nulas.

• Contas de Passivo

As contas de passivo aparecem do lado

Direito do balanço patrimonial e, segundo a

teoria personalista, possuem natureza

CREDORA. Portanto, para promovermos o

aumento do saldo de uma conta de Passivo deveremos realizar um

lançamento a crédito, e para sua redução realizamos um lançamento a débito.

A entidade ou possui obrigações ou não as possui. Por consequência, as contas

de Passivo ou possuem saldo credor ou saldo nulo.

• Conta de Patrimônio Líquido

O Patrimônio líquido possui natureza

CREDORA, porém, ao contrário das contas de

Passivo, admite tanto saldo credor como

saldo devedor (quando ocorre a situação de

passivo a descoberto).

Método das Partidas Dobradas

Escrituração é a técnica contábil desenvolvida para registrar as transações que

afetem o patrimônio das entidades. Essas transações são chamadas de Fatos

Contábeis. O registro dos fatos é feito mediante a sua descrição em livros

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Conta de AtivoDébito Crédito

Aumentos Diminuições

Conta de PassivoDébito Crédito

Diminuições Aumentos

Conta de Patrimônio LíquidoDébito Crédito

Diminuições Aumentos

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contábeis específicos. O ato de descrever um fato contábil é chamado de

Lançamento. Assim, a escrituração nada mais é que um conjunto de

lançamentos realizados nos livros contábeis.

Muito bem, como vocês podem imaginar, precisa haver um método bastante

específico para a realização dos lançamentos contábeis. Isto porque, considerando

que as entidades incorrem numa quantidade enorme de fatos contábeis

diariamente, os lançamentos, se feitos de maneira pouco organizada, dificilmente

poderiam ser recuperados, o que prejudicaria o controle e o estudo patrimonial

das entidades.

Pois bem, o método bastante específico ao qual me referi já existe (que bom!) e é

denominado Métodos das Partidas Dobradas.

Por que “partidas dobradas”?

Na escrituração dos fatos contábeis, todo e qualquer

lançamento deverá ter, no mínimo, duas partidas, uma a

débito e outra a crédito, ambas no mesmo valor. Por isso, diz-

se que as partidas são dobradas! A consequência deste método é que,

necessariamente, os saldos devedores se igualam aos saldos credores da

entidade. Por isso o lado esquerdo do balanço patrimonial (devedor) deve ser

igual ao seu lado direito (credor). As partidas dobradas também são conhecidas

por Digrafia Contábil!

O método das partidas dobradas é importantíssimo para a próxima aula,

quando veremos questões sobre lançamentos contábeis.

Fim do Bloco de Teoria 03

Beleza. Vejamos, agora, os comentários da questão:

Alternativa A: Certíssima! No registro dos fatos contábeis (dos eventos que

promovem a alteração do patrimônio), os registros apresentam débitos e

créditos de igual valor. A afirmativa de que para cada aplicação haverá

uma ou mais fontes de recursos de igual valor também está correta! A

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maior prova disso é que o Ativo (total de recursos aplicados) é igual ao

Passivo + PL (total das origens de recursos).

Alternativa B: Incorreta. O método não garante qualquer tipo de equilíbrio

entre receitas e despesas, mas, apenas, nos registros a débito e a crédito,

na escrituração contábil.

Alternativa C: Incorreta. rsrs... nessa aí o examinador colocou a

criatividade pra funcionar. O método das partidas dobradas é amplamente

utilizado hoje em dia e os registros a débito e a créditos do lançamento são

efetuados afim de racionalizar as contas da entidade.

Alternativa D: Incorreta. Besteira total!

Alternativa E: Incorreta. De fato, o método das partidas dobradas foi criado

por um Veneziano chamado Luca Pacioli. Contudo, a antiguidade do

método não o tornou inadequado diante da evolução contábil, ao contrário,

o tempo provou-o ser de enorme importância, sendo utilizado até hoje.

Gabarito: Letra A.

(CESPE – SEC/PE - AUDITOR – 2010) Com relação a um sistema

que emprega o método das partidas dobradas, julgue os itens a

seguir.

17 - O valor total dos débitos é sempre igual ao valor total dos

créditos.

Comentários:

Beleza. Questãozinha direta e objetiva, sem maiores enrolações. Como já

estudamos no Bloco de Teoria 3, o método das partidas dobradas orienta

que o total dos débitos seja, sempre, igual ao total dos créditos. Por isso, a

afirmativa está correta!

Gabarito: CERTA.

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18 - O total dos saldos devedores é sempre igual ao total dos

saldos credores.

Comentários:

Gente, pelo mesmo motivo apresentado nos comentários da questão

anterior, esta afirmativa também está correta. De fato, em razão do

método das partidas dobradas, o total dos saldos devedores é sempre igual

ao total de saldos credores! E isto só é possível porque todos os

lançamentos da entidade, sem exceção, devem observar às partidas

dobradas. Como todo lançamento terá registros a débito e a crédito no

mesmo valor, os totais dos débitos e créditos da entidade, por

consequência, serão, também, iguais.

Gabarito: CERTA.

19 - O valor total das receitas é sempre igual ao valor total das

despesas.

Comentários:

Opa! Essa não! O total das receitas, em geral, é diferente do total de

despesas. Esta é a própria finalidade da empresa, né gente! Quando a

receita é maior que a despesa existe lucro e é, justamente isso, que as

empresas buscam!

Gabarito: ERRADA.

20 - Após o encerramento do exercício, o ativo total é sempre igual

à soma do passivo total com o patrimônio líquido.

Comentários:

Essa aí têm uma incongruência que eu não concordo, apesar de o gabarito

oficial ter considerado a afirmativa correta. O ativo total é igual ao

passivo total (que corresponde ao passivo exigível somado ao patrimônio

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líquido). Sendo assim, se no passivo total já está considerado o patrimônio

líquido, não há que se falar em soma de passivo total com PL. Por isso, a

afirmativa está incorreta.

Gabarito oficial (que eu discordo): CERTA.

21 - A empresa “X”, em 31 de dezembro, tem créditos normais,

sem garantias específicas de recebimento, no montante de R$

60.000,00. Deve, portanto, constituir uma provisão para risco de

crédito.

No seu livro Razão há um saldo remanescente da Provisão para

Devedores Duvidosos no valor de R$ 1.000,00. A nova provisão

deverá ser contabilizada à razão de 3% dos créditos sob risco, o

que, neste balanço, fará a empresa suportar uma despesa no valor

de

a) R$ 770,00.

b) R$ 800,00.

c) R$ 1.770,00.

d) R$ 1.800,00.

e) R$ 2.800,00.

Comentários:

Essa questão inaugura um assunto novo no curso: Provisões! No Bloco de

Teoria 4 veremos alguns pontos importantes sobre a matéria.

Bloco de Teoria 4

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa – PCLD

Como sabemos, as entidades podem efetuar suas vendas tanto à

vista quanto a prazo. Quando a entidade transaciona uma

mercadoria para recebimento a prazo, surge para ela o direito a

receber os recursos referentes à venda. No entanto, a entidade sabe que parte

destes recursos não lhe serão entregues, pois alguns de seus clientes não

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honrarão suas dívidas. Como decorrência, a fim de atender ao princípio da

prudência e manter a confiabilidade das demonstrações contábeis, a entidade

precisa reduzir o valor de seu ativo por meio de uma Provisão, para refletir esta

provável perda futura. Esta redução do ativo ao valor provável de realização

está amparada na Lei das Sociedades por Ações (Lei das S.A. - 6.404/76), Art.

183, inciso b:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os

seguintes critérios:

(...)

b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado

conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável

de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações

e os direitos e títulos de crédito; (Incluída pela Lei nº 11.638,de 2007)

(...)

O princípio da prudência só se aplica a mutações patrimoniais posteriores ao

registro inicial, envolvendo incertezas em grau variável. Nos créditos de liquidação

duvidosa, o registro inicial que dá ensejo à constituição da provisão é o direito a

receber pela venda. Por outro lado, a incerteza está relacionada tão somente ao

montante da perda e a data de ocorrência. Não é uma questão de “se” a

entidade irá perder, mas “quanto” irá perder e “quando” a perda

ocorrerá. Portanto:

O registro da provisão é uma perda (despesa) incorrida!

A contrapartida de qualquer provisão realizada é, sempre, uma conta de

despesa!

Portanto, gente, as provisões são estimativas realizadas em relação a

valores que provavelmente serão perdidos no futuro, porém, há incertezas

em relação ao montante ou a data em que a perda se efetivará. Elas tanto

podem ser redutoras de ativo (que é o caso da PCLD), como podem

representar verdadeiras obrigações, no passivo.

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A provisão para créditos de liquidação duvidosa – PCLD – é, justamente, um

ajuste do ativo (duplicatas a receber) ao seu valor provável de realização.

Ou seja, a entidade tem R$ 100.000,00 a Receber ao final do exercíci mas sabe

que o seu valor provável de realização é de, digamos, R$ 96.000,00. Assim,

deverá constituir uma PCLD, no valor de R$ 4.000,00, no sentido de reduzir o

saldo do grupo de contas Duplicatas a Receber. Com isso, suas demonstrações

refletirão estas perdas prováveis e os usuários estarão corretamente informados.

Neste contexto, quando a entidade provisiona um valor para devedores duvidosos

(ou para qualquer outro fim) ela irá reconhecer que já perdeu, mas,

considerando as incertezas envolvidas em relação a “quanto” e “quando” a

inadimplência de seu cliente virá a tona, será preciso que a entidade estime os

valores envolvidos com base em estudos técnicos e estatísticos. Não há, na

legislação, nenhuma imposição neste sentido. Em regra, as entidades adotam

como critério para estimar as perdas os índices de inadimplência, com base no

histórico de operação. Por exemplo, se uma determinada empresa sabe que, em

média, 5% de suas duplicatas a receber não são honradas pelos clientes, ela

deverá provisionar estas perdas desde logo, para que suas demonstrações

financeiras reflitam as perdas prováveis.

Bom, o Zé Luís retorna para nos ajudar! A empresa do Zé, a

essa altura, já está vendendo a todo vapor e o Zé já tá

começando a sentir o peso dos “cheques borrachudos”. Sua

empresa, a Zé Louis S/A, verifica, ao final de 20X1, que tem

R$ 10.000,00 a receber de clientes, mas o Zé Luis, com sua experiência, estima

que 5% deste valor ele já perdeu, por se tratarem de clientes que não honrarão

suas contas. Por isso, o Zé irá lançar mão de uma PCLD, refletindo no seu

patrimônio esta perda de R$ 500,00, mas que ele ainda não sabe quando se

confirmará, nem se a confirmação da perda será, mesmo, nesse valor de R$

500,00. Ao constituir a provisão, O Balanço Patrimonial de sua companhia ficará

assim:

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Então gente, vejam que o Zé estimou, ao final de 20X1, as perdas

para o exercício de 20X2 e já as reconheceu como despesa. No

entanto, como o montante de 5% das duplicatas a receber foi baseado

numa estimativa, pode ser que, ao longo de 20X2 o Zé tenha a grata surpresa de

descobrir que o índice de inadimplência foi menor que o previsto inicialmente.

Neste caso, ele poderá tanto reverter o saldo existente em PCLD, ou

complementar seu saldo.

Reversão da PCLD

Quando a entidade contabiliza uma provisão para créditos de liquidação duvidosa,

ela o faz baseada em estimativas, pois não sabe precisar, ao certo, qual montante

de débitos de seus clientes não serão honrados. A reversão da PCLD é a

contabilização que se faz necessária para reconhecer que parte dos valores

considerados perdidos pela entidade foram, ao longo do exercício de 20X2,

pagos pelos seus clientes. Portanto, se o registro original da PCLD envolveu

como contrapartida uma conta de Despesa, na reversão a contrapartida será

uma conta de Receita!

Complementação da PCLD

A complementação da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ocorre

quando, ao final do exercício, a entidade permanece com saldo existente na conta

de PCLD e, ao mesmo tempo, verifica a necessidade de constituir mais alguns

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Balanço Patrimonial ao final de 20X1, após da PCLDATIVO R$ PASSIVO R$ Caixa 6.000 Fornecedores 5.000 Bancos 4.000 Duplicatas a Receber 10.000 Prov.Cred.Liq.Duvidosa (500) PATRIMÔNIO LÍQUIDO Mercadorias 5.000 Capital Social 20.000

Resultado parcial 20X1 (500)24.500 24.500

DESPESAS RECEITAS Despesa com Provisão 500

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valores a título de PCLD, pois o saldo ali existente é insuficiente para surprir as

novas estimativas.

Para exemplificar, vamos aproveitar o balanço da Zé Luís S.A. Ao final de 20X1,

apresentada na página anterior. Digamos que dos R$ 500 provisionados para

créditos de liquidação duvidosa, R$ 300,00 tenham se confirmado créditos

incobráveis e, por isso, foram baixados da contabilidade (da PCLD), restando, ao

final do exercício de 20X2 (um ano depois) R$ 200,00 de saldo em PCLD. Vejamos

o balanço:

Balanço Patrimonial ao final de 20X2, antes das estimativas de perdas prováveis com duplicatas a receber para 20X3.

ATIVO R$ PASSIVO R$ Caixa 6.000 Fornecedores 5.000 Bancos 4.000 Duplicatas a Receber 10.000 Prov.Cred.Liq.Duvidosa (200) PATRIMÔNIO LÍQUIDO Mercadorias 5.000 Capital Social 20.000

Resultado parcial 20x2 1.00024.500 24.500

Estes R$ 200,00 que não foram utilizados para a baixa de créditos incobráveis

significam que a estimativa de perdas realizada em 20X1 (de R$ 500,00) se

confirmou apenas em parte (em R$ 300,00), portanto, os R$ 200,00 poderiam ser

revertidos da PCLD e apropriados como Receita.

Contudo, ao final de 20X2, o Zé Luís realiza uma nova estimativa de perdas (para

2003) e chega a conclusão que provavelmente irá perder R$ 400,00 em Contas a

Receber. Esta estimativa importa na necessidade de constituir uma PCLD no

mesmo valor, entretanto, já existem R$ 200,00 de saldo em PCLD e, por isso, ele

apenas precisará complementá-la com outros R$ 200,00 (reconhecendo

despesas do exercício no mesmo montante). A memória de cálculo, neste

caso, ficaria assim:

Perdas estimadas com clientes para 20X3 = R$ 400,00

Saldo em PCLD existente ao final de 20x2 = R$ 200,00

Complementação da PCLD (despesas com PCLD) = 400 – 200 = R$ 200,00

Nas próximas aulas veremos com mais propriedade como devem ser

efetuados os lançamentos respectivos.

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Fim do Bloco de Teoria 4

Então, agora vamos retonar à questão!

O enunciado afirma quem a empresa deverá constituir provisões no valor

de 3% do montante de créditos de R$ 60.000,00. Portanto, o balanço da

entidade precisará “virar o ano” com Provisões para Devedores Duvidosos

(PDD, sinônimo de PCLD) no valor de R$ 60.000,00 x 3% = R$ 1.800,00.

Ocorre que a entidade já possui, na conta PDD, saldo de R$ 1.000,00. Com

isso, para que a entidade atinja o saldo de R$ 1.800,00, basta que ela

reconheça uma despesa com PDD no valor de R$ 800,00, complementando

o saldo existente. Por isso, o gabarito é a Letra B.

Gabarito: Letra B.

22- Uma máquina adquirida em abril de 2010 por R$ 3.000,00,

instalada para funcionar em julho do mesmo ano, com expectativa

de vida útil estimada em 10 anos, tem depreciação contabilizada,

considerando-se um valor residual de 20%.

No balanço referente ao exercício social de 2011, deverá ser

computado como encargo de depreciação, em relação a essa

máquina, o valor de

a) R$ 450,00.

b) R$ 360,00.

c) R$ 300,00.

d) R$ 240,00.

e) R$ 180,00.

Comentários:

Esta questão estende um pouco mais nossas noções sobre Provisões,

exigindo conhecimento em relação à depreciação. Vejamos:

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Bloco de Teoria 5

Depreciação é a perda de valor de um bem (veículos,

máquinas, equipamentos, imóveis, exceto terrenos) pelo uso,

desgaste ou obsolescência. Esta perda de valor é registrada como

Despesa de Depreciação. No entanto, a perda de valor do bem não significa

que iremos reduzir o saldo original da conta Veículos, por exemplo. O lançamento

é realizado à crédito da conta de Depreciação Acumulada, retificadora de

ativo, integrante do grupo patrimonial ao qual pertence o bem depreciado.

As despesas de depreciação estão baseadas na vida útil dos bens. A vida útil

nos indica o período de “validade”, após o qual, em tese, o bem não será mais

“útil” à entidade. Ao final da vida útil, o bem atingirá o seu menor valor

contábil, que equivale ao seu valor residual.

Como temos uma série de novos conceitos neste ponto da matéria, vou explicá-

los a seguir, para evitar dúvidas.

- Valor original

Valor original é o valor pelo qual o bem é inicialmente registrado na contabilidade

da entidade. Está intrinsecamente relacionado ao princípio do registro pelo valor

original. Em regra, equivale ao custo de aquisição dos veículos, máquinas,

imóveis, etc.

- Valor contábil

É o valor original do bem deduzido das despesas de depreciação previamente

registradas. Por exemplo, um veículo que possua valor original de R$ 50.000 e

que já tenha acumulado despesas de depreciação de R$ 10.000, terá como valor

contábil o montante de R$ 40.000.

- Valor residual

“Pior do que tá não fica!”. O valor residual é justamente isso. Contabilmente, o

menor valor que o bem poderá assumir na entidade , após depreciado ao longo de

sua vida útil, é o seu valor residual. Por exemplo, um bem adquirido em

01/fev/20x1 por 60.000 tem vida útil de 05 anos e valor residual de 20%

(12.000). O menor valor contábil que o bem poderá atingir após a depreciação

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será, justamente, 12.000. Portanto, a entidade somente poderá utilizar como

base de cálculo para as despesas de depreciação a parcela referente ao valor

depreciável.

- Valor depreciável

O valor depreciável é o montante que a entidade deverá utilizar como base de

cálculo para lançamento das despesas de depreciação. Para calcularmos o

valor depreciável, devemos deduzir o valor residual do valor original.

Aproveitando o exemplo anterior, vejamos o valor depreciável do bem:

Valor original do bem adquirido = 60.000Valor residual -> 20% x 60.000 = 12.000Valor depreciável -> 60.000 – 12.000 = 48.000

Em regra, as despesas de depreciação são reconhecidas mensalmente, pelo

método linear. E por linear, devemos entender proporcional, ou pro-rata. Em

outras palavras, se o bem tem vida útil de 05 anos (60 meses), as despesas de

depreciação deverão ser apropriadas a razão de 1/60 avos do valor depreciável do

bem. Assim:

Valor original do bem adquirido em 01/fev/20x1-> 60.000Valor residual -> 20% x 60.000 = 12.000Valor depreciável -> 60.000 – 12.000 = 48.000Vida útil -> 05 anos (60 meses)Despesa mensal de depreciação -> 48.000 x 1/60 = 800

Fim do Bloco de Teoria 5

Retornando ao enunciado da questão após esta pequena teoria, já

podemos utilizar os dados informados:

Valor original do bem adquirido = 3.000Valor residual -> 20% x 3.000 = 600Valor depreciável -> 3.000 – 600 = 2.400

Como o bem tem vida útil de 10 anos, ele deprecia à taxa de 10% ao ano.

Com isso, os encargos de depreciação do bem no ano de 2011 serão

de 10% do valor depreciável, ou seja, R$ 2.400 x 10% = R$ 240.

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Importante observar que os encargos de depreciação são os valores

reconhecidos como despesa de depreciação limitado ao exercício, em

obediência ao regime de competência. A Depreciação Acumulada, por

outro lado, registra o total da perda de valor do bem ao longo dos

exercícios (é o somatório de todos os encargos de depreciação já

incorridos pelo bem, desde seu ingresso no patrimônio).

Gabarito: Letra D.

23 – (ESAF – AFC/CGU – 2006) Pedro Miguel da Silva e Márcio Elias

são proprietários de pequena indústria de laticínios e utilizam dois

veículos em sua atividade, sendo um, no valor de R$ 15.000,00, em

nome da empresa e outro, no valor de R$ 18.000,00, em nome de

Pedro Miguel que por ele recebe da empresa o aluguel mensal de

R$ 500,00.

A empresa adota estimativa de cinco anos de vida útil para veículos

e contabiliza depreciação mensal pelo método linear, embora as

condições citadas já perdurem desde o exercício de 2004.

Em 31 de dezembro de 2005, se tiver observado o Princípio

Contábil da Entidade, a empresa deverá ter contabilizado no

exercício de 2005 despesas de depreciação no valor de

a) R$ 3.000,00.

b) R$ 4.200,00.

c) R$ 6.600,00.

d) R$ 7.800,00.

e) R$ 9.000,00.

Comentários:

A base teórica está no Bloco de Teoria 5!

Gente, em primeiro lugar, a empresa só pode depreciar aquilo que ela tem

lançado em seu ativo. Com isso, o veículo alugado de terceiros não pode

ser depreciado pela entidade locatária, mas apenas pela entidade

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proprietária do bem. Deveremos considerar nos cálculos apenas o veículo

em nome da empresa, no valor de R$ 15.000,00. Vamos lançar as

informações do enunciado no esquema de cálculo:

Valor original do bem-> 15.000Valor residual -> não háValor depreciável -> 15.000Vida útil -> 05 anos (60 meses)Despesa mensal de depreciação → 15.000 x 1/60 = 250Despesas de depreciação em 2005 = 250 x 12 = R$ 3.000

Gabarito: Letra A.

24 – (ESAF – AFC/CGU – 2006) O único Jeep da empresa Vásculo

Ltda., foi adquirido há algum tempo, por R$ 2.000,00 e vem sendo

usado ininterruptamente, desde então, com um nível de desgaste

físico estimado em 20% ao ano. Se a empresa tem contabilizado

essa depreciação, levando em conta o valor residual de 10% e

sabendo-se que ainda resta ao veículo uma vida útil de quatro anos

e três meses, pode-se dizer que o valor contábil atual desse veículo

é de

a) R$ 2.000,00.

b) R$ 1.730,00.

c) R$ 1.700,00.

d) R$ 1.640,00.

e) R$ 1.530,00.

Comentários:

A base teórica está no Bloco de Teoria 5!

Nessa questão, não há dúvidas de que o Jeep é da empresa e, portanto,

integra seu ativo e pode ser depreciado.

O enunciado nos informa que o valor original do Jeep (preço de aquisição)

é de R$ 2.000,00. Também dá conta de que o desgaste físico do veículo é

estimado em 20% ao ano. Se a cada ano o Jeep perde 20% do seu valor,

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em 5 anos ele terá perdido 100% seu valor depreciável, portanto, a vida

útil do bem é de 5 anos. A questão também nos fornece o valor residual do

veículo, correspondente a 10% do valor original e pede que calculemos o

seu valor contábil. Vamos lançar estas informações na tabela baixo.

Valor original do Jeep = R$ 2.000,00Valor residual -> 10% x 2.000 = R$ 200,00Valor depreciável -> 2.000 - 200 = R$ 1.800,00Vida útil -> 05 anos (60 meses)

Despesa mensal de depreciação -> 1.800 x 1/60 = 30,00

Lembrem que o valor depreciável corresponde ao valor original

diminuído do valor residual! Já achamos a despesa de depreciação

mensal a ser contabilizada, com base no regime de competência. Mas tem

outro dado importante no enunciado que precisamos considerar. Ao

informar que ainda resta ao veículo uma vida útil de 4 anos e três meses, a

questão quis dizer que ele já depreciou 9 meses. Portanto, para

acharmos o valor contábil do veículo (valor original menos depreciação

acumula) basta acharmos a depreciação acumulada nestes 9 meses que se

passaram. Assim:

Despesa mensal de depreciação -> 1.800 x 1/60 = R$ 30Depreciação acumulada nos primeiros 9 meses = R$ 30 x 9 = R$ 270Valor contábil do Jeep -> R$ 2.000 – R$ 270 = R$ 1.730

Portanto, conforme apresentado na memória de cálculo acima, o gabarito

da questão é a Letra B.

Gabarito: Letra B.

25 – (ESAF – AFRE/MG – 2005) A mina Etereal, após a aquisição e

instalação, custara R$ 300.000,00 aos cofres da nossa empresa,

mas tinha capacidade estimada em 500 mil metros cúbicos de

minério e foi instalada com capacidade de exploração em 8 anos,

mantendo-se o residual de proteção de 20% da capacidade

produtiva. Ao fim do 5º ano de exploração bem-sucedida, a mina foi

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alienada por R$ 200.000,00, com quitação em vinte duplicatas

mensais. Analisando essas informações, assinale abaixo a única

assertiva que não é verdadeira.

a) A exploração anual será de 50 mil m³ de minério.

b) A taxa de exaustão será de 10% do custo total por ano.

c) A taxa de exaustão será de 12,5% ao ano.

d) Ao fim do 5º ano, a exaustão acumulada será de 50% do custo

da mina.

e) O custo a ser baixado no ato da venda será de R$ 90.000,00.

Comentários:

Para respondermos a questão, vejamos o que significa a exaustão, e já

adiantaremos o conceito de Amortização (também espécies de Provisões,

assim como a Depreciação)

Bloco de Teoria 6

A Exaustão está relacionada à perda de valor de bens cujos recursos são

extraídos ou exauridos, como minas, florestas, ou reservas naturais. A

perda de valor do ativo é proporcional ao percentual de redução das reservas no

período, segundo o método linear.

processo de extração do minério das jazidas, o valor contábil do ativo deverá ser

reduzido proporcionalmente ao montante de minério extraído, redução esta a ser

realizada por meio da conta de Exaustão Acumulada, retificadora de ativo.

Assim, se a Zé Louis S.A extrai 10.000 t de minério (20% do total do “estoque”

da jazida) no primeiro ano após a aquisição das jazidas, deverá registrar despesas

com exaustão na mesma proporção (20% do valor contábil). Vejamos o cálculo:

Valor contábil das jazidas (custo de aquisição) – R$ 100.000,00Estimativa total de minério na jazida – 50.000 t

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Total de minério extraído primeiro exercício pós aquisição – 10.000 tRedução da capacidade da jazida no exercício – 20%Despesas de Exaustão – 20% de 100.000 – R$ 20.000,00

Assim, por este exemplo, observamos que o valor contábil do ativo sujeito a

exaustão irá diminuir na mesma proporção da redução de sua capacidade

de fornecimento de insumos, em decorrência da atividade extrativa.

A Amortização está relacionada a perda de valor do capital aplicado na

aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial, ou outros,

com duração ou existência limitada, tendo por objetos bens de utilização com

prazo legal ou contratualmente limitado.

Assim, as despesas de amortização (lançadas a contrapartida de amortização

acumulada – retificador de ativo) serão reconhecidas proporcionalmente à

duração do direito. Por exemplo, se a entidade firma um contrato de exploração

de um bem por 05 anos, ao custo de R$ 20.000,00, este direito será amortizado à

taxa de 20% ao ano, gerando despesas de amortização anuais na ordem de R$

4.000,00 (20% do total do investimento). Assim como a Depreciação e a

Exaustão, os encargos de Amortização são totalizados pela conta Amortização

Acumulada, a qual registrará a amortização até o final do prazo de duração do

direito.

Fim do Bloco de Teoria 6

Antes das alternativas, vamos analisar os dados fornecidos pelo enunciado:

Custo de aquisição das jazidas = R$ 300.000,00Estimativa total de minério na jazida – 500.000 m3Valor residual da mina = 20% = R$ 60.000,00 ou 100mil m3Parcela exaurível da Mina (base de calculo da exaustão) = R$ 240.000,00 ou 400mil m3Capacidade máxima de exploração = 8 anosTaxa de exaustão anual da mina = 100% / 8 = 12,5%

O valor residual serve para indicar que a mina não poderá ser exaurida

além do limite de 20% de sua capacidade. Portanto, o valor exaurível da

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mina (utilizado para o cálculo das despesas de exaustão) será de 80% de

sua capacidade, ou 400.000 m3.

Alternativa A: Correta. Se a mina tem capacidade exaurível de 400.000

m3, e a capacidade de exploração é de 8 anos, então, a exaustão anual da

mina será de 400.000 m3 / 8 = 50.000 m3/ano.

Alternativa B: Correta. A taxa de exaustão anual da mina será de 12,5%

da parcela exaurível, portanto, 240.000 x 12,5% = R$ 30.000,00. R$

30.000,00 é, justamente, 10% do custo total de mina, que foi R$

300.000,00.

Alternativa C: Correta. Taxa de exaustão de 12,5% ao ano levará a mina a

ser 100% exaurida (observado o valor residual) em 8 anos, que é

justamente o período de capacidade de exploração da mina.

Alternativa D: Correta. Como a despesa de exaustão anual da mina é de

R$ 30.000,00, ao final de 5 anos a exaustão acumulada será de R$

150.000,00, que equivale a 50% do custo de aquisição da mina.

Alternativa E: Incorreta! O custo a ser baixado no ato da venda será o

valor contábil da mina, dado pelo custo de aquisição deduzido da exaustão

acumulada:

Custo de aquisição das jazidas = R$ 300.000,00Exaustão acumulada (final do 5o ano) – R$ 150.000,00Valor contábil das jazidas – 300.000 150.000 = R$ 150.000,00

Gabarito: Letra E.

26 – (ESAF – AFRE/MG – 2005) A empresa Paulistinha S/A possuía

uma máquina, adquirida por R$ 7.680,00, instalada para utilização

em 12 anos. Após nove anos de uso desse equipamento, tendo a

depreciação adequada sido oportunamente contabilizada, foi ele

vendido, ocasionando perda de R$ 720,00. Para que as afirmações

acima sejam corretas podemos dizer que o valor obtido na venda

foi de

a) R$ 6.960,00

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b) R$ 5.040,00

c) R$ 1.920,00

d) R$ 1.200,00

e) R$ 48,00

Comentários:

A base teórica desta questão está no Bloco de Teoria 5!

Esta questão faz uma abordagem interessante da Depreciação, exigindo

que o candidato entenda não apenas o mecanismo da Provisão, como

também o reconhecimento de ganhos ou perdas na venda de um ativo

previamente depreciado.

Ganhos têm caráter eventual e derivam de uma atividade não usual da

entidade. Por exemplo, se uma empresa prestadora de serviços de

informática vender um imóvel de sua propriedade por um valor superior ao

seu valor contábil, esta venda será não usual - já que o negócio da

empresa é prestar serviços de informática, e não negociar imóveis - e a

diferença a maior registrada (entre o valor de venda e o valor contábil do

ativo) será considerada ganho de capital, reconhecida como Receita.

Perdas também têm caráter não usual, sem relação com a atividade fim

(operacional). Por exemplo, se um veículo é destruído por um incêndio,

deverá ser registrada uma Perda com Veículos (conta de Despesa) pela

entidade. Como esta perda não possui qualquer relação com a atividade

operacional da entidade, será lançada a título de outras despesas. As

perdas também podem decorrer da venda não habituais de ativos por

valores inferiores ao seu valor contábil. Se uma entidade comercial de

alimentos vende por R$ 10.000,00 um veículo cujo valor contábil é de R$

12.000,00 (já líquido de depreciação), ela precisará reconhecer uma Perda

de Capital de R$ 2.000,00.

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Estes conhecimentos sobre Ganhos e Perdas são importantes para

perguntas que envolvam a depreciação, como na presente questão. Vamos

esquematizar os dados do enunciado:

Valor original do bem-> 7.680,00Valor residual -> não háValor depreciável -> 7.680,00Vida útil -> 12 anos

Após 09 anos de uso, o bem foi vendido, gerando uma perda de R$

720,00. Basicamente, precisamos descobrir o valor contábil do bem para

resolvermos a questão. Se já temos o valor original do bem (informado no

enunciado), precisamos, agora, encontrar a depreciação acumulada ao

longo de 9 anos de uso do bem.

→Vida útil 12 anosDepreciação acumulada em 9 anos = 9/12 x 7.680 = 5.760,00Valor contábil do bem = 7.680 – 5.760 = 1.920Perda de capital = Valor contábil – Valor de venda720 → = 1.920 – valor de venda Valor de venda = 1.200,00

Gabarito: Letra D.

27 - (ESAF – AFRFB – 2009) A diminuição do valor dos elementos

do ativo será registrada periodicamente nas contas de:

a) provisão para perdas prováveis, quando corresponder à perda

por ajuste ao valor provável de realização, quando este for inferior.

b) depreciação, quando corresponder à perda do valor de capital

aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou

comercial.

c) exaustão, quando corresponder à perda de valor dos direitos que

têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de

utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.

d) provisão para ajuste ao valor de mercado, quando corresponder

à perda pelo ajuste do custo de aquisição ao valor de mercado,

quando este for superior.

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e) amortização, quando corresponder à perda de valor, decorrente

da exploração de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou

florestais, ou bens aplicados nessa exploração.

Comentários:

A base teórica desta questão está no Bloco de Teoria 4, 5 e 6!

Esta questão faz um apanhado da teoria vista ao longo da aula. Vamos lá.

Alternativa A: Correta. Quando um ativo tem valor provável de realização

inferior ao seu valor contábil, a entidade precisará constituir uma Provisão

para Perdas Prováveis, retificadora de ativo, a fim de trazer seu valor

contábil ao mesmo nível do valor realizável.

Alternativa B: Incorreta. A depreciação se aplica a bens. A perda do valor

do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou

comercial é objeto de Amortização.

Alternativa C: Incorreta. A definição que se segue a “Exaustão” diz respeito

à Depreciação.

Alternativa D: Incorreta. Lembrem-se da máxima “custo ou mercado, dos

dois o menor”. A perda pelo ajuste do custo de aquisição ao valor do

mercado só ocorre quando o valor de mercado for inferior ao valor de

aquisição.

Alternativa E: Incorreta. A definição que se segue à “Amortização” diz

respeito à Exaustão.

Gabarito: Letra A.

28 – (ESAF – AFRFB – 2009) Na Contabilidade da empresa

Atualizadíssima S.A. Os bens depreciáveis eram apresentados com

saldo de R$ 800.000,00 em 31/03/2008, com uma Depreciação

Acumulada, já contabilizada, com saldo de R$ 200.000,00, nessa

data.

Entretanto, em 31/12/2008, o saldo da conta de bens depreciáveis

havia saltado para R$ 1.100.000,00, em decorrência da aquisição,

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em primeiro de abril, de outros bens com vida útil de 5 anos, no

valor de R$ 300.000,00.

Considerando que todo o saldo anterior é referente a bens

depreciáveis à taxa anual de 10%, podemos dizer que no balanço

patrimonial a ser encerrado em 31 de dezembro de 2008 o saldo da

conta Depreciação Acumulada deverá ser de

a) R$ 340.000,00.

b) R$ 305.000,00.

c) R$ 325.000,00.

d) R$ 320.000,00.

e) R$ 290.000,00.

Comentários:

A base teórica desta questão está no Bloco de Teoria 5!

Nesta questão, precisaremos dividir os cálculos em duas frentes: Uma para

os bens já existentes no patrimônio, depreciáveis à taxa de 10% ao ano, e

outra para os bens adquiridos a partir de abril de 2008, depreciáveis e taxa

de 20% ao ano (vida útil de 5 anos).

Como a alternativa já nos fornece os dados da depreciação até

31/03/2008, nossos cálculos serão no sentido de encontrar as despesas de

depreciação de abril a dez/2008 (9 meses, ou ¾ do ano), para os dois

tipos de bens. Com isso, temos que:

Valor dos bens depreciáveis a taxa de 10% ao ano = 800.000,00

Depreciação de abril a dez/2008 = ¾ de 10% = 7,5%

800.000,00 x 7,5% = 60.000,00

Valor dos bens depreciáveis a 20% ao ano = 300.000,00

Depreciação de abril a dez/2008 = ¾ de 20% = 15%

300.000,00 x 15% = 45.000,00

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Depreciação acumulada em 31/12/2008 = 200.000 + 60.000 +

45.000 = 305.000,00.

Gabarito: Letra B.

29 – (ESAF – AFTM/NATAL – 2008) A empresa Fastfood Ltda., com

contas a receber no valor de R$ 800.000,00, em 31.12.2007, tinha

também uma conta de Provisão para Créditos de Liquidação

Duvidosa com saldo remanescente de R$ 13.000,00. No

encerramento do exercício de 2007, mandou fazer nova provisão

baseada numa estimativa de perdas de 3,5%, igual às perdas

efetivas ocorridas no recebimento de créditos nos últimos três

exercícios. Feitos os lançamentos cabíveis, a empresa levará ao

resultado do exercício uma despesa provisionada de:

a) R$ 15.000,00.

b) R$ 13.000,00.

c) R$ 11.000,00.

d) R$ 24.000,00.

e) R$ 28.000,00.

Comentários:

A base teórica desta questão está no Bloco de Teoria 4!

Vamos esquematizar os dados do enunciado:

Saldo em PCLD existente ao final de 2007 = R$ 13.000,00

Perdas estimadas com clientes para 2008 = 800.000 x 3,5% = 28.000,00

Complementação da PCLD necessária = 28.000 – 13.000 = 15.000,00

As despesas provisionadas solicitadas pelo enunciado são, justamente,

aquelas a serem reconhecidas pela entidade no exercício de 2007, para

complementação do saldo existente em PCLD, no valor de R$ 15.000,00.

Gabarito: Letra A.

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30 - (ESAF – AFTM/NATAL – 2008) A empresa Meireles S.A., em

31.12.2007, tem um saldo de R$ 900.000,00 na conta Máquinas e

Equipamentos, que já tem Depreciação Acumulada no valor de R$

240.000,00. A composição das máquinas é a seguinte: adquiridas

até 2006: R$ 770.000,00; adquiridas em abril de 2007: R$

130.000,00; adquiridas em abril de 2008: R$ 80.000,00; e

adquiridas em julho de 2008: R$ 60.000,00. A vida útil das

máquinas é estimada em 5 anos e a depreciação é contabilizada

anualmente.

Com base nessas informações, pode-se dizer que a despesa de

depreciação, no exercício social de 2008, será de:

a) R$ 18.000,00.

b) R$ 150.000,00.

c) R$ 191.500,00.

d) R$ 198.000,00.

e) R$ 208.000,00.

Comentários:

Base teórica da questão no resumo do Bloco de Teoria 5.

Gente, neste tipo de questão, quando o enunciado relaciona diversos bens,

adquiridos em períodos diferentes, o ideal é que calculemos os valores

relativos à depreciação de forma individualizada para cada classe de bem.

Vamos esquematizar os dados do enunciado:

Saldo na conta Máquinas e Equipamentos = R$ 900.000,00 (valor original)

Depreciação Acumulada = R$ 240.000,00

Como o enunciado pede que indiquemos a despesa de depreciação do ano

de 2008, nós precisaremos calcular, individualmente, a depreciação anual

dos bens, que já sabemos seguir a taxa de 20% ao ano. Contudo, para os

bens adquiridos ao longo de 2008, a depreciação deverá ser proporcional à

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quantidade de meses em que o bem esteve no patrimônio da entidade.

Vamos lá:

Vida útil de todas as máquinas = 05 anos (depreciação anual 20%).

Composição de Máquinas de Equipamentos:

• Adquiridas até 2006: 770.000,00

depreciação em 2008 = 770.000 x 20% = 154.000,00

• Adquiridas em abril/2007: 130.000,00

depreciação em 2008 = 130.000 x 20% = 26.000,00

• Adquiridas em abril/2008: 80.000,00

Depreciação em 2008 = proporcional ao meses de abril a

dezembro (9 meses) = 9/12 x 20% = 15%

80.000 x 15% = 12.000,00

• Adquiridas em julho/2008: 60.000,00

Depreciação em 2008 = proporcional ao meses de julho a

dezembro (6 meses) = 6/12 x 20% = 10%

60.000 x 10% = 6.000,00

Total das despesas de depreciação em 2008 = 154.000 + 26.000 + 12.000

+ 6.000 = 198.000,00

Gabarito: Letra D.

31 – (ESAF – ATRFB – 2009) A empresa Hélices Elíseas S.A. já tinha

máquinas e equipamentos adquiridos em outubro de 2007, por R$

8.000,00, quando comprou outra, em primeiro de abril de 2008, por

R$ 6.000,00 e mais outra, por R$ 10.000,00, em primeiro de

outubro de 2008. Sabendo-se que a vida útil desses equipamentos

é de apenas dez anos, podemos dizer que, no balanço de 31 de

dezembro de 2008, o seu valor contábil será de

a) R$ 22.500,00.

b) R$ 22.300,00.

c) R$ 21.600,00.

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d) R$ 21.400,00.

e) R$ 20.800,00.

Comentários:

Como sabemos, o valor contábil destes equipamentos será o valor original

deduzido da depreciação acumulada. Portanto, para encontrarmos a

resposta, precisaremos calcular, individualmente, a depreciação de

acumulada de cada equipamento, até a data base de 31/12/2008. Vamos

lá!

Vida útil dos equipamentos = 10 anos (10% ao ano)

Equipamento adquirido em out/2007 = 8.000,00

→ →Depreciação de 2007 out a dez/07 = 3/12 x 10% = 2,5% 8.000,00 x

2,5% = 200,00

Depreciação de 2008 = jan a dez/08 = 8.000 x 10% = 800,00

Depreciação acumulada em dez/2008 = 200 + 800 = 1.000,00

Equipamento adquirido em abril/2008 = 6.000,00

→ →Depreciação de 2008 abr a dez/08 = 9/12 x 10% = 7,5% 6.000 x

7,5% = 450,00

Depreciação acumulada em dez/2008 = 450,00

Equipamento adquirido em out/2008 = 10.000,00

→ →Depreciação de 2008 out a dez/08 = 3/12 x 10% = 2,5% 10.000 x

2,5% = 250,00

Depreciação acumulada em dez/2008 = 250,00

Custo de aquisição dos equipamentos = 24.000,00

(-) Depreciação acumulada (1.000 + 450 + 250) = (1.700,00)

Valor contábil dos bens = 22.300,00

Gabarito: Letra B.

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32 – (ESAF – ISS/RECIFE – 2003) A empresa Multimáquinas Ltda.

adquiriu um equipamento pelo valor de R$ 25.000,00, no dia

02/01/1995; vendeu-o em 02/01/2003, por R$ 8.000,00.

Inicialmente estimou-se a vida útil de 10 anos, sem valor residual.

Assinale a opção que contém o resultado da operação de venda do

bem.

a) R$ 500,00

b) R$ 1.500,00

c) R$ 3.000,00

d) R$ 5.500,00

e) R$ 8.000,00

Comentários:

O resumo da teoria está no Bloco de Teoria 5.

A questão nos forneceu os dados em relação ao custo de aquisição e

depreciação do bem, assim como seu valor venal. Resta-nos descobrir o

valor contábil na data de venda para que possamos apurar o resultado da

operação (o ganho de capital auferido).

Custo de aquisição do bem = 25.000,00

Vida útil do bem = 10 anos

Valor residual = não há

Valor depreciável = 25.000,00

Data de aquisição = 02/01/1995

Data de venda = 02/01/2003

Anos de depreciação:

• 1995 a 2002 = integral (janeiro a dezembro) = 8 anos

Depreciação acumulada = 8 anos x 10% = 80% do valor do bem

= 25.000,00 x 80% = 20.000,00

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Valor contábil do bem = valor original – depreciação acumulada

em 02/01/2003 = 25.000 – 20.000 = 5.000

Ganho de capital auferido = Valor venal – valor contábil

= 8.000 – 5.000 = 3.000

Gabarito: Letra C.

33 - (ESAF – FISCAL DE RENDAS ISS/RJ – 2010) A Cia. das

Máquinas S/A faz seus balanços considerando um exercício

coincidente com o ano calendário. Nesse exercício, a conta

Máquinas e Equipamentos apresenta um saldo devedor de R$

900.000,00.

A empresa utiliza contabilização mensal dos encargos de

depreciação e uma taxa anual de 12%, para os cálculos. Entre os

equipamentos, R$ 400.000,00 foram comprados em abril de 2008;

R$ 300.000,00 foram comprados em abril de 2009 e o restante, em

agosto de 2009.

Ao encerrar o ano de 2009, na Demonstração do Resultado do

Exercício, os encargos de depreciação com esses equipamentos

terão o valor de

a) R$144.000,00.

b) R$121.000,00.

c) R$108.000,00.

d) R$ 85.000,00.

e) R$ 60.000,00.

Comentários:

O resumo teórico está no Bloco de Teoria 5!

Para encontrarmos a resposta desta questão, deveremos calcular as

despesas de depreciação para cada equipamento separadamente para,

então, acharmos as despesas totais no ano de 2009. Atenção para o

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enunciado! A questão pede os encargos de depreciação em 2009, e não o

saldo da depreciação acumulada!

Portanto, temos vários equipamentos, um de R$ 400.000,00 adquirido em

abril/2008 (equipamento A), outro de R$ 300.000,00, adquirido em

abril/2009 (equipamento B) e os demais (outros equipamentos), no valor

de R$ 200.000,00, adquiridos em agosto de 2009. Vejamos os cálculos

relacionados.

Custo de aquisição do equipamento A = R$ 400.000,00

Data de aquisição = abril/2008

Taxa de depreciação anual = 12% = 1% ao mês

Valor residual = zero (não informado)

Meses incorridos em 2009 = 12 meses

Despesa de depreciação em 2009 = 12% de 400.000 = R$ 48.000,00

Custo de aquisição do equipamento B = R$ 300.000,00

Data de aquisição = abril/2009

Taxa de depreciação anual = 12% = 1% ao mês

Valor residual = zero (não informado)

Meses incorridos em 2009 = 9 meses (abril a dezembro)

Despesa de depreciação em 2009 = 9% de 300.000 = R$ 27.000,00

Custo de aquisição dos outros equipamentos = R$ 200.000,00

Data de aquisição = agosto/2009

Taxa de depreciação anual = 12% = 1% ao mês

Valor residual = zero (não informado)

Meses incorridos em 2009 = 5 meses (agosto a dezembro)

Despesa de depreciação em 2009 = 5% de 200.000 = R$ 10.000,00

Total de despesas de depreciação em 2009 = 48.000 + 27.000 + 10.000 =

R$ 85.000,00

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Gabarito: Letra D.

34 – (ESAF – AFC/STN – 2005) Em 20 de outubro de 2004, a

empresa Milícias S/A mandou contabilizar a baixa por venda de

uma máquina de uso, auferindo um lucro da ordem de 20% sobre o

preço obtido na alienação.

Referida máquina fora comprada por R$150.000,00, em primeiro de

abril de 1998, e seu valor tem sido atualizado, trimestralmente, por

depreciação feita com base em vida útil estimada de 10 anos e

saldo residual de 20% do custo.

A operação, devidamente contabilizada vai-nos mostrar que o

preço de venda obtido na alienação foi de

a) R$ 52.500,00

b) R$ 63.000,00

c) R$ 65.625,00

d) R$ 86.400,00

e) R$ 90.000,00

Comentários:

Beleza galera. Outra questão que trata da venda de bens do imobilizado,

após depreciação. Vejam que, nesta questão, o examinador quer que

indiquemos o valor venal do bem e, para isso, nos forneceu dados sobre o

custo de aquisição e depreciação (para a apuração do valor contábil) e o

“lucro” auferido na operação. O primeiro passo, portanto, é encontrarmos o

valor contábil do bem.

Custo de aquisição da máquina = 150.000,00

Vida útil = 10 anos (depreciação 10% a.a.)

Valor residual = 20% do custo (30.000)

Valor depreciável = 150.000 – 30.000 = 120.000

Data de aquisição = 01/abr/98

Data de venda = 20/10/2004

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Despesas de Depreciação

• em 1998 (abr a dez) = 9/12 de 10% = 7,5%

= 120.000 x 7,5% = 9.000,00

• em 1999 (jan a dez) = 120.000 x 10% = 12.000,00

• em 2000 (jan a dez) = 120.000 x 10% = 12.000,00

• em 2001 (jan a dez) = 120.000 x 10% = 12.000,00

• em 2002 (jan a dez) = 120.000 x 10% = 12.000,00

• em 2003 (jan a dez) = 120.000 x 10% = 12.000,00

• em 2004 (jan a set)* = 9/12 x 10% = 7,5%

= 120.000 x 7,5% = 9.000,00

* O mês de outubro não deve ser considerado para o cálculo da

depreciação, pois o enunciado afirma que ela é trimestral. Ou seja, só deve

ser calculada a cada trimestre completo.

A depreciação acumulada pela máquina ao longo de sua utilização

corresponde à soma das despesas de depreciação anuais, o que totaliza

78.000,00

Agora, podemos descobrir o valor contábil da máquina na data da venda:

Custo de aquisição da máquina em out/2004 = 150.000,00

Depreciação acumulada até out/2004 = 78.000,00

Valor contábil da máquina em out/2004 = 72.000,00

Cuidado no cálculo do valor venal. Os 20% de lucro são em relação ao

próprio valor venal, ou seja: valor venal – valor contábil = 20% do valor

venal. Com isso:

V.Venal – 72.000 = 0,2V.Venal

0.8V.Venal = 72.000

Valor Venal = 90.000

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Gabarito: Letra E.

35 – (ESAF – AFC/STN – 2008) A empresa Dúbias Cobranças S/A

tinha créditos no valor de R$ 160.000,00 em 31.12.06 e de R$

110.000,00 em 31.12.07.

Durante o exercício de 2007, houve a baixa de perdas no valor de

R$ 3.200,00, referente a créditos já existentes em 2006 e de R$

1.100,00, referente a créditos de 2007.

A conta provisão para créditos de liquidação duvidosa foi a balanço

em 2006 com saldo de R$ 4.800,00 e deverá ir a balanço em 2007

com saldo equivalente a 3% dos créditos cabíveis.

Após a contabilização dos ajustes para o balanço de 2007, pode-se

dizer que essa empresa contabilizou, no exercício de 2007, perdas

com créditos de liquidação duvidosa no valor de

a) R$ 2.800,00.

b) R$ 3.300,00.

c) R$ 3.900,00.

d) R$ 7.100,00.

e) R$ 7.600,00.

Comentários:

A base teórica da questão está no Bloco de Teoria 4. Vejamos os dados do

exercício.

Balanço em 31/12/2006:

Duplicatas a Receber = R$ 160.000,00

PCLD = R$ 4.800,00

Baixa de perdas ao longo de 2007 = R$ 3.200,00 + R$ 1.100,00 = R$

4.300,00

Saldo em PCLD ao final de 2007 = R$ 4.800 – 4.300 = R$ 500,00

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Balanço em 31/12/2007:

Duplicatas a Receber = R$ 110.000,00

Perdas estimadas para 2008 = 3% x 110.000,00 = R$ 3.300,00

O enunciado questiona quanto a empresa deve contabilizar para perdas

com créditos de liquidação duvidosa no exercício de 2007. Em outras

palavras, a questão solicita a despesa incorrida pela entidade no final de

2007 com constituição da PCLD. Como ainda restava na conta de PCLD

um saldo de R$ 500,00, deverá ser efetuado um lançamento de

complementação, de maneira a alcançar os R$ 3.300,00 de perdas

prováveis (previsto para 2008). Portanto, R$ 3.300,00 – R$ 500,00 = R$

2.800,00.

Gabarito: Letra A.

36 - (ESAF – AFC/STN – 2008) Assinale abaixo a opção que contém

uma afirmativa falsa.

a) A quota de depreciação registrável na escrituração, como custo

ou despesa operacional, será determinada mediante a aplicação da

taxa anual de depreciação sobre o custo de aquisição dos bens

depreciáveis.

b) A quota anual de depreciação será ajustada proporcionalmente

no caso de período-base com duração inferior a doze meses, e de

bem acrescido ao ativo, ou dele baixado, no curso do período-base.

c) A taxa anual de depreciação será fixada em função do prazo

durante o qual se possa esperar utilização econômica do bem pelo

contribuinte, na produção de seus rendimentos.

d) Será admitida quota de depreciação referente a prédios ou

construções não alugados nem utilizados pelo proprietário na

produção dos seus rendimentos ou destinados a revenda.

e) Podem ser objeto de depreciação todos os bens sujeitos a

desgaste pelo uso ou por causas naturais ou obsolescência normal,

inclusive edifícios e construções e projetos florestais destinados à

exploração dos respectivos frutos.

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Comentários:

Vamos diretamente às alternativas.

Alternativa A: Afirmativa correta, conforme estudamos no Bloco de Teoria

5.

Alternativa B: Certa. A depreciação anual deverá ser proporcional ao

período de meses em que o bem permanecer no patrimônio da entidade,

no ano em questão.

Alternativa C: Certa. É a famosa “vida útil” do bem. A taxa de depreciação

está diretamente relacionada à vida útil dos ativos, qual seja, o período

pelo qual se espera a utilização econômica do bem.

Alternativa D: Incorreta. Não se permite a depreciação de bens que não

sejam utilizados na produção ou administração da entidade, nem estejam

alugados. Também não se admite a depreciação de bens destinados a

revenda (não se deprecia estoques!).

Alternativa E: Correta. É o que afirma o Regulamento do Imposto de Renda

(RIR/99) no artigo 307. Vejam:

Decreto n. 3.000 – RIR/99

Art. 307. Podem ser objeto de depreciação todos os bens sujeitos a desgaste pelo uso ou por causas naturais ou obsolescência normal, inclusive:

I - edifícios e construções, observando-se que (Lei nº 4.506, de 1964, art. 57, § 9º):

a) a quota de depreciação é dedutível a partir da época da conclusão e início da utilização;

b) o valor das edificações deve estar destacado do valor do custo de aquisição do terreno, admitindo-se o destaque baseado em laudo pericial;

II - projetos florestais destinados à exploração dos respectivos frutos (Decreto-Lei nº 1.483, de 6 de outubro de 1976, art. 6º, parágrafo único).

Parágrafo único. Não será admitida quota de depreciação referente a (Lei nº 4.506, de 1964, art. 57, §§ 10 e 13):

I - terrenos, salvo em relação aos melhoramentos ou construções;

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II - prédios ou construções não alugados nem utilizados pelo proprietário na produção dos seus rendimentos ou destinados a revenda;

III - bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, como obras de arte ou antigüidades;

IV - bens para os quais seja registrada quota de exaustão.

Gabarito: Letra D.

37 – (ESAF – ATRFB – 2002.1) A empresa Andaraqui S/A possui no

Ativo Imobilizado um imóvel adquirido por R$ 65.000,00 e Móveis e

Utensílios adquiridos por R$ 20.000,00. O desgaste desses bens é

contabilizado anualmente, calculado pelo método da linha reta.

No encerramento do exercício, em 31.12.01, o imóvel completou

exatos oito anos de uso e os móveis apenas quatro anos. A vida útil

do imóvel (edificação) foi estimada em 25 anos e a dos móveis e

utensílios em 10 anos. Os saldos não sofreram baixas, reavaliação,

nem correção monetária. O custo do terreno equivale a 60% do

imóvel.

Com as informações supra alinhadas, feitos os cálculos corretos,

podemos dizer que no balanço de 31.12.01, a depreciação

acumulada de imóveis e de móveis e utensílios estará com saldo

credor de

a) R$ 4.600,00

b) R$ 14.720,00

c) R$ 16.320,00

d) R$ 18.400,00

e) R$ 28.800,00

Comentário:

Novamente, questão de depreciação que apresenta dois ativos com datas

de aquisição e vidas úteis distintas. Como sempre, precisaremos apurar

separadamente a depreciação acumulada dos ativos. A informação mais

importante do enunciado é a que diz respeito ao custo do terreno em

relação ao imóvel. Em vista desta informação, precisaremos excluir do

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valor depreciável dos imóveis a parcela referente aos terrenos, pois

terrenos não são depreciáveis.

Imóveis:

Terrenos = 60% de 65.000

Edificação (valor depreciável) = 40% de 65.000 = 26.000

Vida útil = 25 anos

Depreciação acumulada em 8 anos = 8/25 x 26.000 = 8.320,00

Móveis e utensílios:

Valor original = 20.000

Valor residual = não há

Vida útil = 10 anos

Depreciação acumulada em 4 anos = 4/10 x 20.000 = 8.000,00

Saldo credor em Depreciação Acumulada = 16.320,00

Obs: depreciação acumulada tem saldo credor porque é uma conta

retificadora de ativo, apresentada com sinal negativo no lado esquerdo do

balanço.

Gabarito: Letra C.

38 – (ESAF – ATRFB – 2005) No encerramento do exercício de

2005, a empresa Javeli S/A promoveu a contabilização do encargo

de depreciação do exercício, no valor de R$ 12.000,00; da provisão

para créditos de liquidação duvidosa, no valor de R$ 7.000,00, e da

provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o

Lucro, no valor de R$ 17.000,00. Com o registro contábil dos fatos

indicados a empresa teve seu ativo patrimonial diminuído em

a) R$ 12.000,00.

b) R$ 19.000,00.

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c) R$ 24.000,00.

d) R$ 29.000,00.

e) R$ 36.000,00.

Comentários:

Neste exercício, são apresentadas provisões distintas e o enunciado pede

que indiquemos quais delas implicaram na redução do ativo patrimonial.

Tanto os encargos de depreciação, quando a provisão para créditos de

liquidação duvidosa, já aprendemos ao longo do curso que reduzem os

valores do ativo, sendo apropriados em contas retificadoras de ativos (as

despesas de depreciação são “acumuladas” na conta de Depreciação

Acumulada). Contudo, a Provisão para o Imposto de Renda e

Contribuição Social, ao invés de representarem uma perda de valor dos

bens ou direitos, constituem verdadeiras obrigações (de entregar

recursos ao governo) e, por este motivo, são apresentadas no Passivo,

sem reflexo sobre o ativo patrimonial da entidade.

Assim, o registro dos fatos contábeis indicados no enunciado diminuirá o

ativo patrimonial da entidade em: 12.000 (encargos de depreciação) +

7.000 (PCLD) = 19.000,00

Gabarito: Letra B.

39 - (ESAF – ATRFB – 2005) Uma máquina de uso próprio,

depreciável, adquirida por R$15.000,00 em março de 1999 e

instalada no mesmo dia com previsão de vida útil de dez anos e

valor residual de 20%, por quanto poderá ser vendida no mês de

setembro de 2006, sem causar ganhos nem perdas contábeis?

Referido bem, nas condições acima indicadas e sem considerar

implicações de ordem tributária ou fiscal, poderá ser vendido por

a) R$ 5.900,00.

b) R$ 5.400,00.

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c) R$ 3.900,00.

d) R$ 3.625,00.

e) R$ 3.000,00.

Comentários:

Esquematizando:

Custo de aquisição da máquina = R$ 15.000,00

Valor residual 20% = R$ 15.000 x 20% = R$ 3.000

Valor depreciável = R$ 15.000 – 3.000 = R$ 12.000

Vida útil = 10 anos (depreciação 10% a.a.)

Data de aquisição = mar/1999

Data de venda = set/2006

O enunciado pede que indiquemos o valor pelo qual o bem pode ser

vendido, em set/2006, sem causar ganhos nem perdas. Ora, a operação

sem “ganhos nem perdas” é vender o bem por equivalente seu valor

contábil. Assim, precisaremos calcular a depreciação acumulada para,

então, encontrarmos o valor contábil.

Despesas de depreciação:

• →em 1999 março a dezembro = 10/12 x 10% = 8,3333% x 12.000

= 1.000,00

• →em 2000 janeiro a dezembro = 10% x 12.000 = 1.200

• →em 2001 janeiro a dezembro = 10% x 12.000 = 1.200

• →em 2002 janeiro a dezembro = 10% x 12.000 = 1.200

• →em 2003 janeiro a dezembro = 10% x 12.000 = 1.200

• →em 2004 janeiro a dezembro = 10% x 12.000 = 1.200

• →em 2005 janeiro a dezembro = 10% x 12.000 = 1.200

• →em 2006 janeiro a setembro = 9/12 x 10% = 7,5% x 12.000 =

900,00

Depreciação acumulada = somatório das despesas de depreciação = 9.100

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Custo de aquisição – depreciação acumulada = valor contábil

15.000 – 9.100 = 5.900.

Gabarito: Letra A.

40 - (ESAF – AFRFB - 2002) A Cia. Poços & Minas possui uma

máquina própria de sua atividade operacional, adquirida por R$

30.000,00, com vida útil estimada em 5 anos e depreciação

baseada na soma dos dígitos dos anos em quotas crescentes.

A mesma empresa possui também uma mina custeada em R$

60.000,00, com capacidade estimada de 200 mil kg, exaurida com

base no ritmo de exploração anual de 25 mil kg de minério.

O usufruto dos dois itens citados teve início na mesma data. As

contas jamais sofreram correção monetária.

Analisando tais informações, podemos concluir que, ao fim do

terceiro ano, essa empresa terá no Balanço Patrimonial, em relação

aos bens referidos, o valor contábil de:

a) R$ 34.500,00

b) R$ 40.500,00

c) R$ 49.500,00

d) R$ 55.500,00

e) R$ 57.500,00

Comentários:

A “depreciação baseada na soma dos dígitos dos anos em quotas

crescentes” pode confundir inicialmente, mas funciona assim: a vida útil

das máquinas é de 5 anos, mas a cota de depreciação ao longo destes

cinco anos é crescente e baseada na soma dos dígitos dos anos: 1 + 2 + 3

+ 4 + 5 anos = 15. Assim, no primeiro Ano, a depreciação será de 1/15

do valor, no segundo de 2/15, no terceiro de 3/15, no quarto 4/15 e no

quinto 5/15. Vamos, então calcular a depreciação acumulada dos bens, ao

final do terceiro ano.

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Máquina:

Valor original = 30.000,00

Valor residual = não há

Vida útil = 5 anos

Depreciação no primeiro ano = 1/15 x 30.000 = 2.000

Depreciação no segundo ano = 2/15 x 30.000 = 4.000

Depreciação no terceiro ano = 3/15 x 30.000 = 6.000

Depreciação acumulada = 2.000 + 4.000 + 6.000 = 12.000

Valor contábil da máquina = 30.000 – 12.000 = 18.000

Mina:

Valor original = 60.000

Capacidade máxima = 200 mil kg

Exploração anual = 25mil kg

Valor residual = não há

Exaustão acumulada em 3 anos = 25 mil kg x 3 = 75 mil kg

= 75/200 mil kg x 60.000

= 22.500

Valor contábil da mina = 60.000 – 22.500 = 37.500

Valor contábil dos bens = 18.000 + 37.500 = 55.500

Gabarito: Letra D.

41 – (ESAF – ANALISTA/CVM – 2010) (adaptada) A empresa ARPEC

S/A, em 31 de dezembro de 2010, apresenta um saldo de R$

84.210,00 na conta Veículos. A conta Depreciação Acumulada,

nessa data, já tinha saldo de R$ 20.500,00, antes de se contabilizar

os encargos do exercício.

A vida útil econômica dos veículos foi estimada em cinco anos e o

seu valor residual foi estimado em 5%, dispensando-se os

centavos, após o arredondamento matemático. O método de cálculo

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da depreciação utilizado é o linear.

Os veículos foram adquiridos e incorporados ao patrimônio, para

uso, na forma como segue:

em outubro de 2008 R$ 33.000,00;

em junho de 2009 R$ 25.000,00;

em abril de 2010 R$ 22.000,00.

Ao registrar na contabilidade os encargos de depreciação do

exercício de 2010, a empresa vai encontrar o valor de

a) R$ 26.650,00

b) R$ 16.000,00

c) R$ 14.155,00

d) R$ 11.900,00

e) R$ 10.800,00

Comentários:

Vamos calcular os encargos de depreciação para o exercício de 2010,

veículo a veículo:

Veículo de Outubro de 2008:

Valor original = 33.000

Valor residual (5%) = 5% x 33.000 = 1.650

Valor depreciável = 33.000 – 1.650 = 31.350

Vida útil = 5 anos (20% a.a.)

Depreciação em 2010 (jan a dez) = 31.350 x 20% = 6.270

Veículo de Junho de 2009:

Valor original = 25.000

Valor residual (5%) = 5% x 25.000 = 1.250

Valor depreciável = 25.000 – 1.250 = 23.750

Vida útil = 5 anos (20% a.a.)

Depreciação em 2010 (jan a dez) = 23.750 x 20% = 4.750

Veículo de abril de 2010:

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Valor original = 22.000

Valor residual (5%) = 5% x 22.000 = 1.100

Valor depreciável = 22.000 – 1.100 = 20.900

Vida útil = 5 anos (20% a.a.)

Depreciação em 2010 (abr a dez) = 9/12 x 20% = 15%

= 20.900 x 15% = 3.135

Total dos encargos de depreciação do exercício de 2010:

6.270 + 4.750 + 3.135 = 14.154

Gabarito: Letra C.

42 – (ESAF – ANALISTA/CVM – 2010) A empresa Modistas da Moda

S/A, tem um histórico de perdas no recebimento de seus créditos,

por isto, não costuma negligenciar a utilização de provisão para

riscos de crédito.

Sob esse aspecto, verificamos que do balanço patrimonial de 2008

constou a conta Provisão para Devedores Duvidosos com saldo de

R$ 2.300,00. Ao longo do exercício de 2009 foram comprovadas

perdas efetivas no recebimento de créditos, no valor de R$

1.100,00, e a estimativa de perdas que se faz para 2010, monta a

R$ 1.800,00.

Com base nessas informações, pode-se dizer que a empresa deverá

lançar na Demonstração do Resultado do Exercício, relativa a 2009,

uma despesa provisionada para risco de crédito no montante de

a) R$ 3.000,00

b) R$ 2.900,00

c) R$ 1.800,00

d) R$ 1.100,00

e) R$ 600,00

Comentários:

A base teórica desta questão está no Bloco de Teoria 4!

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Vamos esquematizar os dados do enunciado:

Saldo em PCLD existente ao final de 2008 = R$ 2.300,00

Perdas efetivas ao longo de 2009 = R$ 1.100,00

Saldo em PCLD existente ao final de 2009 = 2.300 – 1.100 = R$ 1.200,00

Ao final de 2009 a empresa terá saldo em PCLD no valor de 1.200, após as

perdas comprovadas ao longo do exercício. Como as estimativas para o

ano de 2010 são de perdas no valor de R$ 1.800, a empresa deverá

efetuar uma complementação de saldo de PCLD, fato que ocasionará o

reconhecimento de uma despesa pela complementação de R$ 1.800 –

1.200 = R$ 600,00.

Gabarito: Letra E.

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01 – (ESAF – ACE/MDIC - 2012) - A evolução do pensamento

científico em Contabilidade foi marcada pela contribuição de

diversos pensadores que culminaram no desenvolvimento das

chamadas Teorias das Contas, as quais subdividem as rubricas

contábeis em grandes grupos.

A respeito desse assunto, podemos afirmar que

a) a teoria personalista subdivide as contas em Contas do

Proprietário e Contas de Agentes Consignatários.

b) a teoria materialista subdivide as contas em Contas Materiais e

Contas de Resultado.

c) a teoria patrimonialista subdivide as contas em Contas

Patrimoniais e Contas Diferenciais.

d) a teoria personalista subdivide as contas em Contas do

Proprietário e Contas de Agentes Correspondentes.

e) a teoria materialista subdivide as contas em Contas Integrais e

Contas Diferenciais.

02 – (ESAF – AFC/CGU – 2008) A Ciência Contábil estabeleceu

diversas teorias doutrinárias sobre as formas de classificar os

componentes do sistema contábil, que são denominadas “Teorias

das Contas”. Sobre o assunto, indique a opção incorreta.

a) A “Teoria Materialística” divide as contas em Integrais e de

Resultado.

b) Na “Teoria Personalística”, as contas dos agentes consignatários

são as contas que representam os bens, no ativo.

c) Segundo a “Teoria Personalística”, são exemplos de contas do

proprietário as contas de receitas e de despesas.

d) Na “Teoria Materialística”, as contas traduzem simples ingressos

e saídas de valores, que evidenciam o ativo, sendo este

representado pelos valores positivos, e o passivo representado

pelos valores negativos.

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Lista de questões comentadas

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e) Na contabilidade atual, há o predomínio da “Teoria

Patrimonialista”, que classifica o ativo e passivo como contas

patrimoniais.

03 - (ESAF – ATRFB - 2002.1) Estudiosos notáveis da Contabilidade

têm-na contemplado com diversas teorias e proposições. Três

dessas teorias sobrevivem e, hoje, são consideradas principais.

Uma delas, conhecida como Teoria Personalista ou Personalística,

classifica todas as contas em:

a) contas patrimoniais e contas diferenciais.

b) contas integrais e contas diferenciais.

c) contas patrimoniais e contas de resultado.

d) contas de agentes consignatários e contas de proprietário.

e) contas de agentes e contas de proprietário.

04 – (ESAF – ATRFB – 2002.2) A firma J.J.Montes Ltda. apurou os

seguintes valores em 31.12.01:

- dinheiro existente 200,00

- máquinas 400,00

- dívidas diversas 900,00

- contas a receber 540,00

- rendas obtidas 680,00

- empréstimos bancários 500,00

- mobília 600,00

- contas a pagar 700,00

- consumo efetuado 240,00

- automóveis 800,00

- capital registrado 450,00

- adiantamentos a diretores 450,00

Os componentes acima, examinados pelo prisma doutrinário

lecionado segundo a Teoria das Contas, demonstra a seguinte

atribuição de valores:

a) R$ 2.990,00 às contas de agentes devedores.

b) R$ 2.540,00 às contas de agentes consignatários.

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c) R$ 2.100,00 às contas integrais devedoras.

d) R$ 890,00 às contas de resultado.

e) R$ 440,00 às contas diferenciais.

05 – (ESAF – AFRFB – 2009) Exemplificamos, abaixo, os dados

contábeis colhidos no fim do período de gestão de determinada

entidade econômico-administrativa:

– dinheiro existente 200,00

– máquinas 400,00

– dívidas diversas 730,00

– contas a receber 540,00

– rendas obtidas 680,00

– empréstimos bancários 500,00

– mobília 600,00

– contas a pagar 700,00

– consumo efetuado 240,00

– automóveis 800,00

– capital registrado 650,00

– casa construída 480,00

Segundo a Teoria Personalística das Contas e com base nas

informações contábeis acima, pode-se dizer que, neste patrimônio,

está sob responsabilidade dos agentes consignatários o valor de:

a) R$ 1.930,00.

b) R$ 3.130,00.

c) R$ 2.330,00.

d) R$ 3.020,00.

e) R$ 2.480,00.

06 - (ESAF – ATRFB – 2003) A empresa Primavera Ltda., no

encerramento do exercício de 2002, obteve as seguintes

informações, conforme segue:

Valores em R$

Adiantamento a Fornecedores 1.000,00

Adiantamento de Clientes 2.000,00

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Ativo Imobilizado 20.000,00

Capital Social 29.000,00

Contas a Pagar 40.000,00

Depreciação Acumulada 2.000,00

Despesas Antecipadas 1.000,00

Disponibilidades 1.000,00

Duplicatas a Receber 30.000,00

Estoques 20.000,00

Realizável a Longo Prazo 2.000,00

Reserva Legal 2.000,00

Assinale a opção correta, que corresponde ao valor do Ativo que

estará presente no Balanço Patrimonial.

a) R$ 71.000,00

b) R$ 72.000,00

c) R$ 73.000,00

d) R$ 74.000,00

e) R$ 75.000,00

07 – (ESAF – ISS/RECIFE – 2003) A empresa “Z” Ltda., no

encerramento do exercício de 2002, obteve as seguintes

informações:

Valores em R$

Adiantamento a Fornecedores 500,00

Adiantamento de Clientes 1.000,00

Ativo Imobilizado Bruto 20.000,00

Capital Social 26.500,00

Contas a Pagar 40.000,00

Depreciação Acumulada 2.000,00

Disponibilidades 1.000,00

Duplicatas a Receber 50.000,00

Reserva Legal 2.000,00

Considerando somente estas informações, assinale a única opção

correta, correspondente ao valor do Ativo.

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a) R$ 69.000,00

b) R$ 69.500,00

c) R$ 72.000,00

d) R$ 73.000,00

e) R$ 74.500,00

08 – (ESAF – ATRFB - 2002.1) O patrimônio da Empresa Alvas

Flores, em 31.12.01, era composto pelas seguintes contas e

respectivos saldos, em valores simbólicos.

Caixa R$ 100,00

Capital Social R$ 350,00

Empréstimos Obtidos LP R$ 150,00

Bancos c/Movimento R$ 200,00

Lucros Acumulados R$ 200,00

Fornecedores R$ 100,00

Contas a Receber R$ 100,00

Empréstimos Concedidos LP R$ 100,00

Dividendos a Pagar R$ 150,00

Duplicatas Emitidas R$ 800,00

Notas Promissórias Emitidas R$ 500,00

Adiantamento de Clientes R$ 200,00

Impostos a Pagar R$ 50,00

Equipamentos R$ 100,00

Clientes R$ 450,00

Reserva Legal R$ 100,00

Mercadorias R$ 500,00

Notas Promissórias Aceitas R$ 250,00

Duplicatas Aceitas R$ 1.000,00

Patentes R$ 200,00

A representação gráfica do patrimônio que acima se compõe

evidenciará um ativo total no valor de

a) R$ 2.400,00

b) R$ 2.600,00

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c) R$ 2.800,00

d) R$ 2.850,00

e) R$ 3.050,00

09 – (ESAF – AFTM/TERESINA – 2001) Assinale a opção que

completa corretamente a expressão:

Na atividade empresarial ...

a) os débitos da entidade titular do patrimônio são creditados em

contas patrimoniais.

b) os créditos da entidade titular do patrimônio são creditados em

contas patrimoniais.

c) os custos e ingressos do período deverão ser debitados em

contas do resultado do exercício.

d) os estoques finais de mercadorias devem ser avaliados a preço

de custo ou de mercado, se este for maior.

e) a classificação dos débitos e créditos em curto e longo prazo

deve obedecer a duração do exercício social ou do ciclo

operacional, se este for menor.

10 – (ESAF – ISS/RECIFE – 2003) A empresa “Ω” Ltda. realizou

uma operação de recebimento de duplicata no valor de R$ 100,00,

em dinheiro. Essa operação gerou um registro contábil de débito à

conta CAIXA e crédito à conta Duplicatas a Receber. Assinale o tipo

de fato contábil presente na única opção correta.

a) Aumentativo

b) Diminutivo

c) Misto

d) Modificativo

e) Permutativo

11 – (Simulado) Considere a representação gráfica do patrimônio

em R$, em dois momentos:

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Pode-se afirmar que o fato contábil ocorrido entre “ANTES” e

“DEPOIS” é um fato:

A) misto aumentativo;

B) permutativo;

C) misto diminutivo;

D)modificativo aumentativo;

E) modificativo diminutivo.

12 – (FCC – Agente Fiscal de Rendas/SP - 2009) A empresa

Aquisições S.A. comprou 100 ônibus à vista, para substituição de

sua frota. Esse evento contábil representa um fato

A) permutativo entre elementos do Passivo.

B) modificativo entre elementos do Ativo e do Passivo.

C) permutativo entre elementos do Ativo.

D) modificativo no Passivo Não-Circulante.

E) misto diminutivo no Ativo e no Passivo.

13 – (ESAF – Prefeitura do Recife/Contador - 2003) A operação de

compra de mercadorias com pagamento a vista é considerada como

um fato contábil;

A) de iliquidez;

B) modificativo;

C) misto;

D)extraordinário;

E) permutativo.

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DEPOISAtivo PassivoCaixa 50 Fornecedores 90Clientes 10 Empréstimos 100Estoque 35 Patrimônio LíquidoVeículos 200 PL = A-P 105

295 295

ANTESAtivo PassivoCaixa 50 Fornecedores 90Estoque 40 Empréstimos 100Veículos 200 Patrimônio Líquido

PL = A-P 100290 290

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(CESPE – TRE/ES – ANALISTA JUD. CONTABILIDADE – 2010) A

Julgue os itens seguintes, relativos a atos e fatos administrativos.

14 - Considera-se a compra de um computador para uso da

administração da firma com parte do pagamento à vista e parte a

prazo como um fato administrativo modificativo.

15 - (CESPE – SEC/PE - AUDITOR – 2010) A conta de seguros a

vencer é uma conta de resultado, retificando o saldo das despesas

totais incorridas com seguros

16 – (ESAF – ISS/RECIFE – 2003) Considerando o Método das

Partidas Dobradas, assinale a única opção correta.

a) Para cada fato contábil, teremos um registro indicando que, para

cada débito, haverá um ou mais créditos de igual valor, ou ainda,

para cada aplicação, haverá uma ou mais origens de igual valor.

b) O Método garante o equilíbrio entre as receitas e as despesas,

em respeito ao princípio da continuidade da Entidade, no tempo,

considerando que o mais importante é que a empresa continue

funcionando.

c) Representa uma duplicidade de lançamentos, pois um valor

contábil deve ser dividido por dois para localizar o valor correto.

Esta é a razão de ser muito pouco utilizado.

d) É um método de cálculo relacionado com as definições de Fatura

e Duplicata, quando da emissão das notas fiscais pela venda de

mercadorias, ou seja, emite-se a fatura e a duplicata será cobrada.

e) Esse método só foi aplicado pelos mercadores de Veneza no

século XIV. Atualmente ele só faz parte da história da evolução

contábil, porque o método utilizado atualmente é o direto.

(CESPE – SEC/PE - AUDITOR – 2010) Com relação a um sistema

que emprega o método das partidas dobradas, julgue os itens a

seguir.

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17 - O valor total dos débitos é sempre igual ao valor total dos

créditos.

18 - O total dos saldos devedores é sempre igual ao total dos saldos

credores.

19 - O valor total das receitas é sempre igual ao valor total das

despesas.

20 - Após o encerramento do exercício, o ativo total é sempre igual

à soma do passivo total com o patrimônio líquido.

21 - A empresa “X”, em 31 de dezembro, tem créditos normais,

sem garantias específicas de recebimento, no montante de R$

60.000,00. Deve, portanto, constituir uma provisão para risco de

crédito.

No seu livro Razão há um saldo remanescente da Provisão para

Devedores Duvidosos no valor de R$ 1.000,00. A nova provisão

deverá ser contabilizada à razão de 3% dos créditos sob risco, o

que, neste balanço, fará a empresa suportar uma despesa no valor

de

a) R$ 770,00.

b) R$ 800,00.

c) R$ 1.770,00.

d) R$ 1.800,00.

e) R$ 2.800,00.

22- Uma máquina adquirida em abril de 2010 por R$ 3.000,00,

instalada para funcionar em julho do mesmo ano, com expectativa

de vida útil estimada em 10 anos, tem depreciação contabilizada,

considerando-se um valor residual de 20%.

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No balanço referente ao exercício social de 2011, deverá ser

computado como encargo de depreciação, em relação a essa

máquina, o valor de

a) R$ 450,00.

b) R$ 360,00.

c) R$ 300,00.

d) R$ 240,00.

e) R$ 180,00.

23 – (ESAF – AFC/CGU – 2006) Pedro Miguel da Silva e Márcio Elias

são proprietários de pequena indústria de laticínios e utilizam dois

veículos em sua atividade, sendo um, no valor de R$ 15.000,00, em

nome da empresa e outro, no valor de R$ 18.000,00, em nome de

Pedro Miguel que por ele recebe da empresa o aluguel mensal de

R$ 500,00.

A empresa adota estimativa de cinco anos de vida útil para veículos

e contabiliza depreciação mensal pelo método linear, embora as

condições citadas já perdurem desde o exercício de 2004.

Em 31 de dezembro de 2005, se tiver observado o Princípio

Contábil da Entidade, a empresa deverá ter contabilizado no

exercício de 2005 despesas de depreciação no valor de

a) R$ 3.000,00.

b) R$ 4.200,00.

c) R$ 6.600,00.

d) R$ 7.800,00.

e) R$ 9.000,00.

24 – (ESAF – AFC/CGU – 2006) O único Jeep da empresa Vásculo

Ltda., foi adquirido há algum tempo, por R$ 2.000,00 e vem sendo

usado ininterruptamente, desde então, com um nível de desgaste

físico estimado em 20% ao ano. Se a empresa tem contabilizado

essa depreciação, levando em conta o valor residual de 10% e

sabendo-se que ainda resta ao veículo uma vida útil de quatro anos

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e três meses, pode-se dizer que o valor contábil atual desse veículo

é de

a) R$ 2.000,00.

b) R$ 1.730,00.

c) R$ 1.700,00.

d) R$ 1.640,00.

e) R$ 1.530,00.

25 – (ESAF – AFRE/MG – 2005) A mina Etereal, após a aquisição e

instalação, custara R$ 300.000,00 aos cofres da nossa empresa,

mas tinha capacidade estimada em 500 mil metros cúbicos de

minério e foi instalada com capacidade de exploração em 8 anos,

mantendo-se o residual de proteção de 20% da capacidade

produtiva. Ao fim do 5º ano de exploração bem-sucedida, a mina foi

alienada por R$ 200.000,00, com quitação em vinte duplicatas

mensais. Analisando essas informações, assinale abaixo a única

assertiva que não é verdadeira.

a) A exploração anual será de 50 mil m³ de minério.

b) A taxa de exaustão será de 10% do custo total por ano.

c) A taxa de exaustão será de 12,5% ao ano.

d) Ao fim do 5º ano, a exaustão acumulada será de 50% do custo

da mina.

e) O custo a ser baixado no ato da venda será de R$ 90.000,00.

26 – (ESAF – AFRE/MG – 2005) A empresa Paulistinha S/A possuía

uma máquina, adquirida por R$ 7.680,00, instalada para utilização

em 12 anos. Após nove anos de uso desse equipamento, tendo a

depreciação adequada sido oportunamente contabilizada, foi ele

vendido, ocasionando perda de R$ 720,00. Para que as afirmações

acima sejam corretas podemos dizer que o valor obtido na venda

foi de

a) R$ 6.960,00

b) R$ 5.040,00

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c) R$ 1.920,00

d) R$ 1.200,00

e) R$ 48,00

27 - (ESAF – AFRFB – 2009) A diminuição do valor dos elementos

do ativo será registrada periodicamente nas contas de:

a) provisão para perdas prováveis, quando corresponder à perda

por ajuste ao valor provável de realização, quando este for inferior.

b) depreciação, quando corresponder à perda do valor de capital

aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou

comercial.

c) exaustão, quando corresponder à perda de valor dos direitos que

têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de

utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.

d) provisão para ajuste ao valor de mercado, quando corresponder

à perda pelo ajuste do custo de aquisição ao valor de mercado,

quando este for superior.

e) amortização, quando corresponder à perda de valor, decorrente

da exploração de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou

florestais, ou bens aplicados nessa exploração.

28 – (ESAF – AFRFB – 2009) Na Contabilidade da empresa

Atualizadíssima S.A. Os bens depreciáveis eram apresentados com

saldo de R$ 800.000,00 em 31/03/2008, com uma Depreciação

Acumulada, já contabilizada, com saldo de R$ 200.000,00, nessa

data.

Entretanto, em 31/12/2008, o saldo da conta de bens depreciáveis

havia saltado para R$ 1.100.000,00, em decorrência da aquisição,

em primeiro de abril, de outros bens com vida útil de 5 anos, no

valor de R$ 300.000,00.

Considerando que todo o saldo anterior é referente a bens

depreciáveis à taxa anual de 10%, podemos dizer que no balanço

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patrimonial a ser encerrado em 31 de dezembro de 2008 o saldo da

conta Depreciação Acumulada deverá ser de

a) R$ 340.000,00.

b) R$ 305.000,00.

c) R$ 325.000,00.

d) R$ 320.000,00.

e) R$ 290.000,00.

29 – (ESAF – AFTM/NATAL – 2008) A empresa Fastfood Ltda., com

contas a receber no valor de R$ 800.000,00, em 31.12.2007, tinha

também uma conta de Provisão para Créditos de Liquidação

Duvidosa com saldo remanescente de R$ 13.000,00. No

encerramento do exercício de 2007, mandou fazer nova provisão

baseada numa estimativa de perdas de 3,5%, igual às perdas

efetivas ocorridas no recebimento de créditos nos últimos três

exercícios. Feitos os lançamentos cabíveis, a empresa levará ao

resultado do exercício uma despesa provisionada de:

a) R$ 15.000,00.

b) R$ 13.000,00.

c) R$ 11.000,00.

d) R$ 24.000,00.

e) R$ 28.000,00.

30 - (ESAF – AFTM/NATAL – 2008) A empresa Meireles S.A., em

31.12.2007, tem um saldo de R$ 900.000,00 na conta Máquinas e

Equipamentos, que já tem Depreciação Acumulada no valor de R$

240.000,00. A composição das máquinas é a seguinte: adquiridas

até 2006: R$ 770.000,00; adquiridas em abril de 2007: R$

130.000,00; adquiridas em abril de 2008: R$ 80.000,00; e

adquiridas em julho de 2008: R$ 60.000,00. A vida útil das

máquinas é estimada em 5 anos e a depreciação é contabilizada

anualmente.

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Com base nessas informações, pode-se dizer que a despesa de

depreciação, no exercício social de 2008, será de:

a) R$ 18.000,00.

b) R$ 150.000,00.

c) R$ 191.500,00.

d) R$ 198.000,00.

e) R$ 208.000,00.

31 – (ESAF – ATRFB – 2009) A empresa Hélices Elíseas S.A. já tinha

máquinas e equipamentos adquiridos em outubro de 2007, por R$

8.000,00, quando comprou outra, em primeiro de abril de 2008, por

R$ 6.000,00 e mais outra, por R$ 10.000,00, em primeiro de

outubro de 2008. Sabendo-se que a vida útil desses equipamentos

é de apenas dez anos, podemos dizer que, no balanço de 31 de

dezembro de 2008, o seu valor contábil será de

a) R$ 22.500,00.

b) R$ 22.300,00.

c) R$ 21.600,00.

d) R$ 21.400,00.

e) R$ 20.800,00.

32 – (ESAF – ISS/RECIFE – 2003) A empresa Multimáquinas Ltda.

adquiriu um equipamento pelo valor de R$ 25.000,00, no dia

02/01/1995; vendeu-o em 02/01/2003, por R$ 8.000,00.

Inicialmente estimou-se a vida útil de 10 anos, sem valor residual.

Assinale a opção que contém o resultado da operação de venda do

bem.

a) R$ 500,00

b) R$ 1.500,00

c) R$ 3.000,00

d) R$ 5.500,00

e) R$ 8.000,00

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33 - (ESAF – FISCAL DE RENDAS ISS/RJ – 2010) A Cia. das

Máquinas S/A faz seus balanços considerando um exercício

coincidente com o ano calendário. Nesse exercício, a conta

Máquinas e Equipamentos apresenta um saldo devedor de R$

900.000,00.

A empresa utiliza contabilização mensal dos encargos de

depreciação e uma taxa anual de 12%, para os cálculos. Entre os

equipamentos, R$ 400.000,00 foram comprados em abril de 2008;

R$ 300.000,00 foram comprados em abril de 2009 e o restante, em

agosto de 2009.

Ao encerrar o ano de 2009, na Demonstração do Resultado do

Exercício, os encargos de depreciação com esses equipamentos

terão o valor de

a) R$144.000,00.

b) R$121.000,00.

c) R$108.000,00.

d) R$ 85.000,00.

e) R$ 60.000,00.

34 – (ESAF – AFC/STN – 2005) Em 20 de outubro de 2004, a

empresa Milícias S/A mandou contabilizar a baixa por venda de

uma máquina de uso, auferindo um lucro da ordem de 20% sobre o

preço obtido na alienação.

Referida máquina fora comprada por R$150.000,00, em primeiro de

abril de 1998, e seu valor tem sido atualizado, trimestralmente, por

depreciação feita com base em vida útil estimada de 10 anos e

saldo residual de 20% do custo.

A operação, devidamente contabilizada vai-nos mostrar que o

preço de venda obtido na alienação foi de

a) R$ 52.500,00

b) R$ 63.000,00

c) R$ 65.625,00

d) R$ 86.400,00

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e) R$ 90.000,00

35 – (ESAF – AFC/STN – 2008) A empresa Dúbias Cobranças S/A

tinha créditos no valor de R$ 160.000,00 em 31.12.06 e de R$

110.000,00 em 31.12.07.

Durante o exercício de 2007, houve a baixa de perdas no valor de

R$ 3.200,00, referente a créditos já existentes em 2006 e de R$

1.100,00, referente a créditos de 2007.

A conta provisão para créditos de liquidação duvidosa foi a balanço

em 2006 com saldo de R$ 4.800,00 e deverá ir a balanço em 2007

com saldo equivalente a 3% dos créditos cabíveis.

Após a contabilização dos ajustes para o balanço de 2007, pode-se

dizer que essa empresa contabilizou, no exercício de 2007, perdas

com créditos de liquidação duvidosa no valor de

a) R$ 2.800,00.

b) R$ 3.300,00.

c) R$ 3.900,00.

d) R$ 7.100,00.

e) R$ 7.600,00.

36 - (ESAF – AFC/STN – 2008) Assinale abaixo a opção que contém

uma afirmativa falsa.

a) A quota de depreciação registrável na escrituração, como custo

ou despesa operacional, será determinada mediante a aplicação da

taxa anual de depreciação sobre o custo de aquisição dos bens

depreciáveis.

b) A quota anual de depreciação será ajustada proporcionalmente

no caso de período-base com duração inferior a doze meses, e de

bem acrescido ao ativo, ou dele baixado, no curso do período-base.

c) A taxa anual de depreciação será fixada em função do prazo

durante o qual se possa esperar utilização econômica do bem pelo

contribuinte, na produção de seus rendimentos.

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d) Será admitida quota de depreciação referente a prédios ou

construções não alugados nem utilizados pelo proprietário na

produção dos seus rendimentos ou destinados a revenda.

e) Podem ser objeto de depreciação todos os bens sujeitos a

desgaste pelo uso ou por causas naturais ou obsolescência normal,

inclusive edifícios e construções e projetos florestais destinados à

exploração dos respectivos frutos.

37 – (ESAF – ATRFB – 2002.1) A empresa Andaraqui S/A possui no

Ativo Imobilizado um imóvel adquirido por R$ 65.000,00 e Móveis e

Utensílios adquiridos por R$ 20.000,00. O desgaste desses bens é

contabilizado anualmente, calculado pelo método da linha reta.

No encerramento do exercício, em 31.12.01, o imóvel completou

exatos oito anos de uso e os móveis apenas quatro anos. A vida útil

do imóvel (edificação) foi estimada em 25 anos e a dos móveis e

utensílios em 10 anos. Os saldos não sofreram baixas, reavaliação,

nem correção monetária. O custo do terreno equivale a 60% do

imóvel.

Com as informações supra alinhadas, feitos os cálculos corretos,

podemos dizer que no balanço de 31.12.01, a depreciação

acumulada de imóveis e de móveis e utensílios estará com saldo

credor de

a) R$ 4.600,00

b) R$ 14.720,00

c) R$ 16.320,00

d) R$ 18.400,00

e) R$ 28.800,00

38 – (ESAF – ATRFB – 2005) No encerramento do exercício de

2005, a empresa Javeli S/A promoveu a contabilização do encargo

de depreciação do exercício, no valor de R$ 12.000,00; da provisão

para créditos de liquidação duvidosa, no valor de R$ 7.000,00, e da

provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o

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Lucro, no valor de R$ 17.000,00. Com o registro contábil dos fatos

indicados a empresa teve seu ativo patrimonial diminuído em

a) R$ 12.000,00.

b) R$ 19.000,00.

c) R$ 24.000,00.

d) R$ 29.000,00.

e) R$ 36.000,00.

39 - (ESAF – ATRFB – 2005) Uma máquina de uso próprio,

depreciável, adquirida por R$15.000,00 em março de 1999 e

instalada no mesmo dia com previsão de vida útil de dez anos e

valor residual de 20%, por quanto poderá ser vendida no mês de

setembro de 2006, sem causar ganhos nem perdas contábeis?

Referido bem, nas condições acima indicadas e sem considerar

implicações de ordem tributária ou fiscal, poderá ser vendido por

a) R$ 5.900,00.

b) R$ 5.400,00.

c) R$ 3.900,00.

d) R$ 3.625,00.

e) R$ 3.000,00.

40 - (ESAF – AFRFB - 2002) A Cia. Poços & Minas possui uma

máquina própria de sua atividade operacional, adquirida por R$

30.000,00, com vida útil estimada em 5 anos e depreciação

baseada na soma dos dígitos dos anos em quotas crescentes.

A mesma empresa possui também uma mina custeada em R$

60.000,00, com capacidade estimada de 200 mil kg, exaurida com

base no ritmo de exploração anual de 25 mil kg de minério.

O usufruto dos dois itens citados teve início na mesma data. As

contas jamais sofreram correção monetária.

Analisando tais informações, podemos concluir que, ao fim do

terceiro ano, essa empresa terá no Balanço Patrimonial, em relação

aos bens referidos, o valor contábil de:

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a) R$ 34.500,00

b) R$ 40.500,00

c) R$ 49.500,00

d) R$ 55.500,00

e) R$ 57.500,00

41 – (ESAF – ANALISTA/CVM – 2010) (adaptada) A empresa ARPEC

S/A, em 31 de dezembro de 2010, apresenta um saldo de R$

84.210,00 na conta Veículos. A conta Depreciação Acumulada,

nessa data, já tinha saldo de R$ 20.500,00, antes de se contabilizar

os encargos do exercício.

A vida útil econômica dos veículos foi estimada em cinco anos e o

seu valor residual foi estimado em 5%, dispensando-se os

centavos, após o arredondamento matemático. O método de cálculo

da depreciação utilizado é o linear.

Os veículos foram adquiridos e incorporados ao patrimônio, para

uso, na forma como segue:

em outubro de 2008 R$ 33.000,00;

em junho de 2009 R$ 25.000,00;

em abril de 2010 R$ 22.000,00.

Ao registrar na contabilidade os encargos de depreciação do

exercício de 2010, a empresa vai encontrar o valor de

a) R$ 26.650,00

b) R$ 16.000,00

c) R$ 14.155,00

d) R$ 11.900,00

e) R$ 10.800,00

42 – (ESAF – ANALISTA/CVM – 2010) A empresa Modistas da Moda

S/A, tem um histórico de perdas no recebimento de seus créditos,

por isto, não costuma negligenciar a utilização de provisão para

riscos de crédito.

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Sob esse aspecto, verificamos que do balanço patrimonial de 2008

constou a conta Provisão para Devedores Duvidosos com saldo de

R$ 2.300,00. Ao longo do exercício de 2009 foram comprovadas

perdas efetivas no recebimento de créditos, no valor de R$

1.100,00, e a estimativa de perdas que se faz para 2010, monta a

R$ 1.800,00.

Com base nessas informações, pode-se dizer que a empresa deverá

lançar na Demonstração do Resultado do Exercício, relativa a 2009,

uma despesa provisionada para risco de crédito no montante de

a) R$ 3.000,00

b) R$ 2.900,00

c) R$ 1.800,00

d) R$ 1.100,00

e) R$ 600,00

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GABARITOS

Questão Gabarito Questão Gabarito1 E 22 D2 A 23 A3 E 24 B4 A 25 E5 E 26 D6 C 27 A7 B 28 B8 C 29 A9 A 30 D10 E 31 B11 A 32 C12 C 33 D13 E 34 E14 ERRADA 35 A15 ERRADA 36 D16 A 37 C17 CERTA 38 B18 CERTA 39 A19 ERRADA 40 D20 CERTA () 41 C21 B 42 E