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___________________________________________________________________________________________________________ Nº PESSOA COLECTIVA 502054689 Rua Avelino Santos Leite, 16 * Apartado 1205 * 4471-909 MAIA * Telfs. 229489018 – 229488348 – 229411101 Fax 229449382 E-Mail: [email protected] * Internet: www.apeca.pt NOVIDADES E LEMBRANÇAS Síntese de diversas matérias fiscais de maior relevo ocorridas na 1.ª quinzena de maio de 2014 1 2 1 - Regime fiscal das entidades organizadoras das finais das competições UEFA: - Lei n.º 24/2014, de 28 de abril. Estabelece o regime fiscal das entidades organizadoras das finais das competições UEFA Champions League e UEFA Women’s Champions League da época 2013/2014, bem como dos clubes desportivos, respetivos jogadores e equipas técnicas, em virtude da organização e participação naquelas partidas. Nota: - São isentos de IRS e de IRC os rendimentos auferidos pelas entidades (que não sejam consideradas residentes em território português) organizadoras da final da UEFA Champions League e UEFA Women’s Champions League da época 2013/2014, pelos seus representantes e funcionários, relativos à organização e realização das referidas provas, bem como pelos clubes de futebol, respetivos desportistas e equipas técnicas, nomeadamente treinadores, equipas médicas e de segurança privada e outro pessoal de apoio, em virtude da sua participação nas referidas partidas. 2 - Código do Trabalho: - Lei n.º 27/2014, de 8 de maio. Procede à sexta alteração ao Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2008, de 12 de fevereiro. Nota: - Define os critérios relevantes que a decisão do empregador deve observar, por referência aos respetivos titulares, para determinação do posto de trabalho a extinguir. 3 - Convenção sobre Dupla tributação entre Portugal e o Qatar: - Aviso n.º 51/2014, de 2014.05.02, do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Torna público que foram emitidas notas, em que se comunica terem sido cumpridas as respetivas formalidades constitucionais internas de aprovação do Acordo entre a República Portuguesa e o Estado do Qatar para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, assinado em Doha, a 12 de dezembro de 2011. 4 - Taxa de juro aplicada pelo BCE às suas principais operações de refinanciamento: - Informação da Comissão da U. E., publicada no jornal oficial C 134/2014, de 3 de maio, a páginas 3. 1 Destina-se apenas a que os nossos associados tenham conhecimento, em tempo útil, da existência da norma ou instrução administrativa e fiquem com uma ideia sucinta do seu conteúdo. Não dispensa a leitura cuidada dos próprios documentos, aquando da sua aplicação prática. 2 Recentemente foram disponibilizadas, no Portal da AT, centenas de Informações Vinculativas, que continuarão a ser tratadas nas próximas Circulares.

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___________________________________________________________________________________________________________ Nº PESSOA COLECTIVA 502054689 Rua Avelino Santos Leite, 16 * Apartado 1205 * 4471-909 MAIA * Telfs. 229489018 – 229488348 – 229411101 Fax 229449382 E-Mail: [email protected] * Internet: www.apeca.pt

NOVIDADES E LEMBRANÇAS

Síntese de diversas matérias fiscais de maior relevo ocorridas na

1.ª quinzena de maio de 2014 1 2

1 - Regime fiscal das entidades organizadoras das finais das competições UEFA: - Lei n.º 24/2014, de 28 de abril.

Estabelece o regime fiscal das entidades organizadoras das finais das competições UEFA Champions League e UEFA Women’s Champions League da época 2013/2014, bem como dos clubes desportivos, respetivos jogadores e equipas técnicas, em virtude da organização e participação naquelas partidas.

Nota: - São isentos de IRS e de IRC os rendimentos auferidos pelas entidades (que não sejam consideradas residentes em território português) organizadoras da final da UEFA Champions League e UEFA Women’s Champions League da época 2013/2014, pelos seus representantes e funcionários, relativos à organização e realização das referidas provas, bem como pelos clubes de futebol, respetivos desportistas e equipas técnicas, nomeadamente treinadores, equipas médicas e de segurança privada e outro pessoal de apoio, em virtude da sua participação nas referidas partidas.

2 - Código do Trabalho: - Lei n.º 27/2014, de 8 de maio.

Procede à sexta alteração ao Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2008, de 12 de fevereiro.

Nota: - Define os critérios relevantes que a decisão do empregador deve observar, por referência aos respetivos titulares, para determinação do posto de trabalho a extinguir.

3 - Convenção sobre Dupla tributação entre Portugal e o Qatar: - Aviso n.º 51/2014, de 2014.05.02, do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Torna público que foram emitidas notas, em que se comunica terem sido cumpridas as respetivas formalidades constitucionais internas de aprovação do Acordo entre a República Portuguesa e o Estado do Qatar para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, assinado em Doha, a 12 de dezembro de 2011.

4 - Taxa de juro aplicada pelo BCE às suas principais operações de refinanciamento: - Informação da Comissão da U. E., publicada no jornal oficial C 134/2014, de 3 de maio, a páginas 3.

1 Destina-se apenas a que os nossos associados tenham conhecimento, em tempo útil, da existência da norma ou instrução administrativa e fiquem com uma ideia sucinta do seu conteúdo. Não dispensa a leitura cuidada dos próprios documentos, aquando da sua aplicação prática.

2 Recentemente foram disponibilizadas, no Portal da AT, centenas de Informações Vinculativas, que continuarão a ser tratadas nas próximas Circulares.

___________________________________________________________________________________________________________ Nº PESSOA COLECTIVA 502054689 Rua Avelino Santos Leite, 16 * Apartado 1205 * 4471-909 MAIA * Telfs. 229489018 – 229488348 – 229411101 Fax 229449382 E-Mail: [email protected] * Internet: www.apeca.pt

A taxa de juro aplicada pelo Banco Central Europeu às suas principais operações de refinanciamento, é de 0,25 % a partir de 1 de maio de 2014.

Nota: - Esta taxa define o fator da capitalização dos resultados líquidos constante da fórmula prevista na alínea a) do n.º 3 do artigo 15.º do Código do Imposto do selo, que determina o valor das ações, títulos e certificados da dívida pública e outros papéis de crédito sem cotação na data da transmissão.

5 - Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) — Ouro para investimento isento: - Lista publicada no JOUE n.º C138/2014, de 8 de maio, a páginas 4.

Publica a lista das moedas de ouro que preenchem os critérios fixados no n.º 1, ponto 2), do artigo 344.º da Diretiva 2006/112/CE, do Conselho, de 28 de novembro de 2006 (regime especial aplicável ao ouro para investimento), válida para o ano de 2014.

6 - IVA - Taxas - Contrato de fornecimento e exploração das unidades alimentares dos serviços de ação social do Instituto Politécnico do …: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-07-09 - Processo nº 5105.

Nos termos do artigo 9.º alínea 36) do Código do IVA, os serviços de alimentação e bebidas fornecidos pelas entidades patronais aos seus empregados estão isentas de IVA.

Nota: - No entanto, e no mesmo espírito de interpretação literal, a aplicação desta isenção está condicionada pela circunstância de ser a própria entidade patronal a fornecer diretamente a alimentação e bebidas aos funcionários, não sendo aplicável nos casos em que esta entidade presta o serviço através do recurso a terceiros.

7 - IVA - Taxas – ONG - Eco-turismo - Visitas guiadas a zonas naturais, reservas e parques naturais e restante património ambiental, …. conhecer a avifauna ….., o artesanato e gastronomia típicos: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-08-22 - Processo nº 5368.

As prestações de serviços que consistam em proporcionar a "visita guiada a diversos locais do ….., mais concretamente a zonas naturais, designadamente em reservas e parques naturais e restante património ambiental" não preenchem a condição sine qua non da isenção objetiva prevista na al. 13) do art.º 9.º, na medida em que não é efetuada única e exclusivamente por intermédio dos agentes do Estado, de outras pessoas coletivas públicas ou de organismos sem finalidade lucrativa a quem pertença o referido património.

Nota: - O enquadramento proposto pelo sujeito passivo para as atividades descritas não se afigura, assim, como correto, sendo a prestação destes serviços sujeita a IVA e dele não isenta, à taxa normal em vigor, com consequente liquidação do imposto a jusante e dedução do imposto suportado a montante.

8 - IVA - Taxas – Prestações de serviços agrícolas - espalhar adubo na terra; arrancar cepas; fazer poda de vinhas; fazer vindima nas vinhas e desmatar terrenos: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-08-19 - Processo nº 5032.

As prestações de serviços identificadas no pedido – espalhar adubo na terra; arrancar cepas; fazer poda de vinhas; fazer vindima nas vinhas e desmatar terrenos, efetuadas mediante a utilização de diferentes equipamentos motorizados, e que contribuem para a produção agrícola, têm enquadramento na verba 4.2 da Lista I anexa ao CIVA, sendo tributadas à taxa reduzida.

Nota: - De acordo com o teor da verba 4.2 da Lista I anexa ao Código do IVA, são tributadas à taxa reduzida, as "prestações de serviços que contribuem para a realização da produção agrícola.

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9 - IVA - Taxas – Comercialização de flores provenientes de uma estufa dum s.p. que se dedica à floricultura: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-07-11 - Processo nº 5048.

De acordo com o considerando 7 da Diretiva 2006/112/CE, do Conselho, de 28 de novembro, "O sistema comum do IVA deverá, ainda que as taxas e isenções não sejam completamente harmonizadas, conduzir a uma neutralidade concorrencial, no sentido de que, no território de cada Estado-membro, os bens e serviços do mesmo tipo estejam sujeitos à mesma carga fiscal, independentemente da extensão do circuito de produção e de distribuição".

Nota: - Daí que a aplicação desta taxa reduzida deva ser concretizada em função do produto em si, e não de quem o transmite, pelo que, realizando o Requerente a transmissão de bens enquadrados na verba 5.1.2 da Lista I anexa ao CIVA, pode beneficiar da aplicação da taxa reduzida.

10 - IVA - Taxas - Coop Agrícola que presta serviços aos seus associados, possuindo ao seu serviço um médico veterinário, visando a prevenção de doenças infecto-contagiosas, desparasitação dos animais para controle da carga de parasitas e consultoria técnica: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-07-15 - Processo nº 5016.

É aplicável a taxa reduzida de IVA aos serviços de medicina veterinária que contribuam para a realização das atividades de "prevenção de doenças infecto-contagiosas, desparasitação dos animais e consultoria técnica", desde que essas atividades tenham conexão com a exploração do solo ou este tenha caráter essencial.

Nota: - A mesma taxa reduzida é aplicável nas prestações de serviços do médico veterinário quando exerce a sua profissão a título independente, mas não é aplicável a taxa reduzida aos serviços médicos veterinários que não contribuam para a realização das atividades de tratamento de animais assinaladas, como é o caso dos serviços relativos a animais de estimação ou companhia. Assim, tendencialmente, não será aplicável taxa reduzida quando a criação de animais não se insira no âmbito de uma atividade económica de criação de animais ou não se destine ao consumo.

11 - IVA - Taxas - Surribas em terrenos agrícolas para plantação; Despedrega em terrenos agrícolas; Horas de máquinas de desaterro em terrenos agrícolas: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-06-04 - Processo nº 4920.

De harmonia com o disposto na verba 4.1 da Lista I anexa ao Código do IVA, são tributadas à taxa reduzida as "prestações de serviços de limpeza e de intervenção cultural nos povoamentos, realizadas em explorações agrícolas e silvícolas".

Nota: - As operações de surriba, despedrega e desaterro consistem em escavar, limpar e aplanar um terreno agrícola, preparando-o para uma determinada cultura ou plantação, pelo que, tratando-se de serviços de preparação de um terreno para plantação de vinha, olival e amendoal, estamos perante serviços agrícolas contemplados na verba 4.1 da Lista I anexa ao CIVA.

12 - IVA - Taxas - Terapias e medicinas de Campo Bio Energético: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-08-30 - Processo nº 4891.

Embora a Lei nº 45/2003, de 22 de agosto, preveja no seu artigo 19.º a sua regulamentação no prazo de 180 dias após a entrada em vigor (23.08.2003), tal não se verificou até á presente data, pelo que, por não existir regulamentação subjacente à referida Lei, nomeadamente, no que diz respeito ao processo de credenciação, formação e certificação dos profissionais de terapêuticas não convencionais, em sede de IVA, o enquadramento destas atividades mantém-se no regime de tributação.

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Nota: - Assim, a atividade de terapias e medicinas de Campo Bio Energético é, para efeitos de enquadramento em IVA, uma operação sujeita a imposto e dele não isenta, sendo-lhe aplicável a taxa normal.

13 - IVA - Ato isolado – Venda de madeira em pé – Auto Faturação – Taxas Informação Vinculativa – Despacho de 2013-09-13 - Processo nº 5422.

A venda de madeira, efetuada por um particular, de forma extemporânea e não repetida, configura um ato isolado, sujeito a imposto e dele não isento, sendo tributada à taxa reduzida de 6%, cuja prática não obriga à apresentação de qualquer declaração de início de atividade, salvo se a operação exceder o montante de 25.000 eur.

Nota: - O nº 11 do art. 36º permite o recurso à autofaturação por parte do adquirente dos bens, desde que cumpridas as condições aí descritas, pelo que, sendo o caso, o adquirente da madeira pode emitir fatura por conta do fornecedor. Caso a venda de madeira se torne uma atividade habitual, então deve o fornecedor proceder à entrega de declaração de início de atividade, nos termos do art. 31º do CIVA.

14 - IVA - ACE – Enquadramento para efeitos de IVA nas operações realizadas com outros terceiros que não os seus membros: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-11-22 - Processo nº 5235.

A liquidação de IVA sobre serviços prestados ao mercado em geral pelo ACE, nos termos legalmente estabelecidos, não é suscetível de colocar em causa "de per si" a aplicação da isenção prevista nas alíneas 21) e 22) do artigo 9.º do Código do IVA aos serviços prestados pelo ACE aos seus membros, na medida em que não deverá contrariar a verificação dos pressupostos da isenção.

Nota: - Contudo, a atividade do ACE será sujeita e tributada em IVA, não se aplicando o referido regime de isenção se, em resultado da aplicação do regime de incumprimento do fim para o qual foi constituído, o ACE for sujeito às regras das sociedades em nome coletivo.

15 - IVA - Ato isolado – Taxas - Auto Faturação – Compra de madeira (árvores em pé) diretamente aos proprietários das matas que se configuram como particulares: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-11-04 - Processo nº 5828.

A transmissão de madeira é uma operação sujeita a imposto e dele não isenta que, no caso da prática de um ato isolado não beneficia do regime de isenção previsto no artigo 53.º do CIVA, devendo tal operação ser tributada à taxa reduzida.

Nota: - De acordo com o n.º 2 do artigo 27.º do CIVA, a entrega ao Estado do imposto liquidado num ato isolado é efetuado nos locais de cobrança legalmente autorizados até ao final do mês seguinte ao da conclusão da operação, através da guia de pagamento P2.

16 - IVA - Taxas - "guarda, criação e engorda de animais" - [alínea d) da verba 4.2 da lista I anexa ao CIVA]: - Informação Vinculativa – Despacho de 2014-02-03 - Processo nº 6154.

Beneficiam da taxa reduzida as prestações de serviços de "guarda, criação e engorda de animais" se realizadas pelo ou ao produtor agrícola [alínea d) da verba 4.2 da lista I anexa ao CIVA].

Nota: - As operações que consistiam na guarda, criação e engorda de aves efetuadas em aviários, (produção industrial) até 31.12.2012, eram consideradas prestações de serviços sujeitas a imposto, nos termos do n.º 1 do artigo 4.º do CIVA, e dele não isentas que conferiam o direito à dedução, tributadas à taxa normal em vigor.

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17 - IVA - Taxas – Quotas – Serviços prestados por veterinários – Produtos aplicados por veterinários - Passaporte bovino - Declarações de nascimento/morte - Marcas auriculares: - Informação Vinculativa – Despacho de 2014-02-05 - Processo nº 6022.

O débito efetuado por uma associação aos seus associados, relativo ao reembolso de despesas com impressos de modelo oficial, que configurem prestações de serviços, não deverá ser tributado se forem verificadas cumulativamente as seguintes condições: a) Na fatura emitida aos associados constar a discriminação dos respetivos encargos, elementos necessários ao respetivo enquadramento em IVA, designadamente no n.º 2 do art.2.º do CIVA. b) O débito efetuado corresponder aos valores efetivamente suportados.

Nota: - Caso não se verifiquem estas condições, o valor debitado encontra-se sujeito a tributação, à taxa normal.

18 - IVA - Taxas – Frutos de casca rija - Miolo de avelãs simples ou caramelizada, efetuada pelo próprio produtor ou em qualquer outra fase de comercialização (comerciante ou intermediário): - Informação Vinculativa – Despacho de 2014-01-28 - Processo nº 6110.

A verba 5 da lista I anexa ao CIVA passou a abranger as transmissões de bens efetuadas no âmbito das atividades de produção agrícola. A avelã (fruto de casca rija) é em botânica classificado como um fruto mais ou menos esférico, lenhoso e indeiscente, de casca resistente contendo no seu interior uma semente comestível, constituindo a sua cultura uma atividade de produção agrícola de cariz económico, pelo que os bens resultantes da referida atividade agrícola (fruto de casca rija com ou sem casca), enquadram-se na verba 5.1.1 da lista I anexa ao CIVA, sendo tributados à taxa reduzida. No que respeita às avelãs que sofram algum tipo de transformação mecânica ou manual com vista á sua caramelização, são as mesmas tributadas à taxa normal de imposto, ainda que o processo de transformação seja efetuado por produtor agrícola, já que as mesmas não podem ser consideradas resultantes de uma atividade de produção agrícola, nomeadamente porque a citada transformação não é efetuada com os meios normalmente utilizados nas explorações agrícolas e silvícolas.

Nota: - O teor da verba 5 conjugada com a verba 5.1.1, ambas da lista I anexa ao CIVA levaria a supor que a aplicação da taxa reduzida aos produtos resultantes da atividade agrícola, onde se incluem as nozes (com ou sem casca), ocorre quando o produtor procede à sua transmissão, o que a assumir-se este procedimento, estar-se-ia a reduzir a aplicação da taxa reduzida ao produtor, excluindo outras fases do circuito económico e, consequentemente causando uma tributação visando quem transmite e não o produto em si, atentando, assim, contra o principio da neutralidade, característico do IVA.

19 - IVA - Taxas - Transmissão de nozes, c/ ou s/ casca, efetuada pelo produtor ou em qualquer outra fase de comercialização: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-12-19 - Processo nº 6205.

A transmissão de nozes com ou sem casca efetuadas pelo produtor ou em qualquer outra fase de comercialização, beneficia de enquadramento na verba 5.1.1 da lista I anexa ao CIVA, sendo tributados à taxa reduzida

Nota: - Com efeito, operações do mesmo tipo devem ser sujeitas à mesma carga fiscal, independentemente da extensão do circuito de produção e de distribuição.

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20 - IVA - Taxas - "Descasque e transformação de frutos de casca rija comestíveis" - noz (fruto de casca rija), fruto seco: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-12-19 - Processo nº 6183.

Por todo o exposto, a transmissão de noz com ou sem casca efetuada pelo produtor ou em qualquer outra fase de comercialização, beneficia de enquadramento na verba 5.1.1 da lista I anexa ao CIVA, sendo tributada à taxa reduzida.

Nota: - Efetivamente, face ao teor da verba 5 conjugada com a verba 5.1.1, ambas da lista I anexa ao CIVA leva a supor que a aplicação da taxa reduzida aos produtos resultantes da atividade agrícola, onde se incluem as nozes (com ou sem casca), ocorre quando o produtor procede à sua transmissão, o que a assumir-se este procedimento, estar-se-ia a condicionar apenas a utilização da taxa reduzida para o produtor, excluindo outras fases do circuito económico e, consequentemente causando uma tributação visando quem transmite e não o produto em si, atentando, assim, contra o principio da neutralidade, característico do IVA.

21 - IVA - Prestações de serviços de acupunctura: - Informação Vinculativa – Despacho de 2014-02-18 - Processo nº 6372.

Os profissionais constantes do artigo 2.º da Lei n.º 71/2013, de 2 de setembro, nomeadamente os "acupuntores", realizam operações sujeitas a imposto e dele não isentas que conferem o direito à dedução, sem prejuízo do enquadramento no regime especial de isenção estabelecido no artigo 53.º do CIVA, desde que reunidas cumulativamente as condições aí estabelecidas.

Nota: - Não existindo, ainda, regulamentação subjacente à Lei n.º 45/2003, de 22 de agosto, no que respeita ao processo de credenciação, formação e certificação dos profissionais de terapêuticas não convencionais, o enquadramento em sede de IVA destas atividades, nas quais se insere a atividade de acupuntura, mantém-se no regime de tributação.

22 - IVA - Associação pública profissional - Formação profissional - Cursos e colóquios - Manuais de apoio à formação – Direitos de autor: - Informação Vinculativa – Despacho de 2014-02-20 - Processo nº 6109.

Encontra-se isenta de tributação a aquisição de direitos de autor, quer a mesma se efetue por referência ao respetivo criador intelectual/titular originário (e/ou respetivos herdeiros ou legatários) ou por referência a titulares subsequentes de tais direitos (e/ou herdeiros ou legatários destes últimos).

Nota: - A transmissão de exemplares dos manuais de formação, feita, pela Requerente, aos respetivos membros, deve ser considerada como uma operação sujeita e não isenta de imposto, enquanto que a aquisição dos direitos de autor, por parte da Requerente, beneficia da isenção de imposto, constante da alínea 16) do art. 9.º do CIVA.

23 - IVA - Inversão do sujeito passivo – Não aplicação da al. i) do n.º 1 do artigo 2.º do CIVA - Bens e serviços do sector de desperdícios, resíduos e sucatas recicláveis - VFV (veículos em fim de vida): - Informação Vinculativa – Despacho de 2014-02-20 - Processo nº 5801.

Na informação da DSIVA n.º 2184, datada de 2009.07.29, que mereceu despacho concordante do Senhor Subdirector de 2009.01.30, é determinado que: "(…) Relativamente à aplicação das regras especiais de tributação introduzidas pela Lei n.º 33/2006, de 28 de Julho, e no que concerne à alienação dos veículos em fim de vida ou para desmantelamento "(…)" que a citada legislação não abrange os bens que sejam reutilizáveis no seu estado original.

Nota: - É o caso das peças resultantes da decomposição de máquinas e outros equipamentos, veículos automóveis incluídos, ou das próprias máquinas, outros equipamentos ou veículos automóveis, enquanto suscetíveis de reutilização, já que a venda de bens usados não lhes confere, por si só, a característica de sucata, resíduo ou desperdício reciclável "(…)"

___________________________________________________________________________________________________________ Nº PESSOA COLECTIVA 502054689 Rua Avelino Santos Leite, 16 * Apartado 1205 * 4471-909 MAIA * Telfs. 229489018 – 229488348 – 229411101 Fax 229449382 E-Mail: [email protected] * Internet: www.apeca.pt

24 - IVA - Taxas - Produtos de higiene designados como toalhitas higiénicas: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-03-13 – Processo n.º 4576.

De harmonia com o disposto na alínea c) da verba 2.5 da Lista I ao Código do IVA (CIVA), as "pastas, gazes, algodão hidrófilo, tiras e pensos adesivos e outros suportes análogos, mesmo impregnados ou revestidos de quaisquer substâncias, para usos higiénicos, medicinais ou cirúrgicos", são tributados à taxa reduzida.

Nota: - Assim, as toalhitas descartáveis, impregnadas ou não de substâncias, destinadas a fins medicinais ou higiénicos, porque se tratam de suportes análogos previstos na citada verba 2.5 alínea c) da Lista I anexa ao CIVA, beneficiam do enquadramento na referida verba e, consequentemente devem ser tributados à taxa reduzida de imposto.

25 - IVA - Taxas - produtos de higiene, como sejam, pensos higiénicos, protetores diários e tampões para uso higiénico: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-03-13 – Processo n.º 4542.

De harmonia com o disposto na alínea c) da verba 2.5 da Lista I anexa ao Código do IVA (CIVA), as "Pastas, gazes, algodão hidrófilo, tiras e pensos adesivos e outros suportes análogos, mesmo impregnados ou revestidos de quaisquer substâncias, para usos higiénicos, medicinais ou cirúrgicos", são tributados à taxa reduzida.

Nota: - Assim, relativamente aos produtos para uso higiénico, designadamente os pensos higiénicos, protetores diários e tampões para uso higiénico, porque considerados suportes análogos a que se refere a alínea c) da verba 2.5 da Lista I anexa ao CIVA, independentemente da sua designação comercial, beneficiam do enquadramento na citada verba e, consequentemente, devem ser tributados à taxa reduzida de imposto.

26 - Taxas – Artigos de higiene, toalhitas de WC e de limpeza facial …. Informação Vinculativa – Despacho de 2013-03-04 – Processo n.º 4508.

De harmonia com o disposto na alínea c) da verba 2.5 da Lista I anexa ao Código do IVA (CIVA), são tributadas á taxa reduzida, as "pastas, gazes, algodão hidrófilo, tiras e pensos adesivos e outros suportes análogos, mesmo impregnados ou revestidos de quaisquer substâncias, para usos higiénicos, medicinais ou cirúrgicos".

Nota: -Assim, as toalhitas descartáveis, independentemente da marca com que são comercializadas, impregnadas de loção, destinadas a fins higiénicos, porque se trata de suportes análogos previstos na citada verba 2.5 alínea c) da Lista I anexa ao CIVA, beneficiam de enquadramento na mesma, sendo, consequentemente, sujeitos a tributação à taxa reduzida.

27 - IVA - Taxas - Produtos de higiene para adultos e bebés - Toalhetes impregnados para uso higiénico, comercialmente designados por toalhitas: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-03-13 – Processo n.º 4540.

De harmonia com o disposto na alínea c) da verba 2.5 da Lista I anexa ao Código do IVA (CIVA), as "Pastas, gazes, algodão hidrófilo, tiras e pensos adesivos e outros suportes análogos, mesmo impregnados ou revestidos de quaisquer substâncias, para usos higiénicos, medicinais ou cirúrgicos", são tributados à taxa reduzida.

Nota: - Assim, relativamente às toalhitas descartáveis, impregnadas de loção, para uso higiénico, designadamente as "Toalhitas iiii", "Toalhitas llll de iiii" e "Toalhitas mmmm", porque se tratam de suportes análogos previstos na citada verba 2.5 alínea c) da Lista I anexa ao CIVA, beneficiam do enquadramento na referida verba, sendo tributadas à taxa reduzida.

28 - IVA - Taxas - Elaboração de candidaturas e acompanhamento de projetos de investimento relacionados com a produção agrícola, efetuadas no âmbito do PRODER (que não contribuem

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diretamente e de forma inequívoca para a «produção agrícola»): - Informação Vinculativa – Despacho de 2014-03-06 – Processo n.º 5684.

No caso em apreço, o sujeito passivo presta serviços de elaboração de candidaturas e acompanhamento de projetos de investimento relacionados com a produção agrícola, efetuadas no âmbito do PRODER., pelo que, para que os serviços prestados pelo sujeito passivo sejam considerados de assistência técnica, para efeitos de aplicação da taxa reduzida prevista na al. f) da verba 4.2 da Lista I do CIVA, não basta que os destinatários sejam produtores agrícolas, ou que os serviços se traduzam na elaboração de candidaturas e acompanhamento de projetos de investimento relacionados com a produção agrícola.

Nota: - Com efeito, é necessário que contribuam diretamente e de forma inequívoca para a «produção agrícola», o que não sucede no caso em apreço, pelo que devem ser tributados à taxa normal.

29 - IVA - Taxas - Transportador rodoviário de mercadorias realizado pelo próprio ou por outro subcontratado, a produtores agrícolas, de madeira (eucaliptos): - Informação Vinculativa – Despacho de 2014-03-28 – Processo n.º 5221.

No caso em apreço, atendendo a que o adquirente dos serviços de transporte, conforme refere a requerente, se trata de um produtor agrícola, assim registado para efeitos de IVA, conclui-se que tais prestações de serviços de transporte de madeira, de eucalipto ou outra, têm enquadramento na alínea a) da verba 4.2 da Lista I anexa ao CIVA.

Nota: - No que respeita aos serviços de transporte adquiridos pela requerente com recurso a empresas transportadoras, que lho faturam diretamente, são operações passíveis de IVA à taxa normal

30 - IVA - Taxas - Prestações de serviços de transporte de produtos agrícolas, efetuadas por um agrupamento de produtores de cereais ou por uma empresa por este subcontratada, a produtores agrícolas: - Informação Vinculativa – Despacho de 2014-03-28 – Processo n.º 5716.

As prestações de serviços de transporte de matérias-primas ou bens resultantes da produção agrícola efetuadas ao produtor agrícola beneficiam da aplicação da taxa reduzida por enquadramento na alínea a) da verba 4.2 da lista I anexa ao CIVA.

Nota: - Quando estas circunstâncias não se encontram verificadas, a prestação de serviços de transporte deve ser sujeita à aplicação da taxa normal do imposto, por falta de enquadramento na referida verba 4.2 da lista I ou em outra das diferentes verbas das listas anexas ao citado Código.

31 - IVA - Taxas – Prestações de serviços de corte de madeiras para terceiros (eucaliptos e pinheiros), efetuado diretamente na floresta: - Informação Vinculativa – Despacho de 2014-03-28 – Processo n.º 6538.

Porque as operações efetuadas pelo requerente consubstanciam prestações de serviços de corte de arvores em florestas, designadamente de eucaliptos, de pinheiros, etc. constituem operações a que se refere a verba 4.2, alínea i), da lista I anexa ao CIVA.

Nota: - Face ao exposto, beneficiam da taxa reduzida, quando efetuadas a sujeito passivo que exerça uma das atividades referidas na verba 5 da lista I anexa ao citado código (atividade de produção agrícola).

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32 - IVA - Taxas - Transmissão de casca de pinheiro e de lenha efetuada pelo produtor ou em qualquer outra face de comercialização: - Informação Vinculativa – Despacho de 2014-03-28 – Processo n.º 6671.

O considerando (7) da Diretiva IVA (2006/112/CE do Conselho de 28 de novembro de 2006) estabelece o principio da neutralidade fiscal, segundo o qual "O sistema comum do IVA deverá, ainda que as taxas e isenções não sejam completamente harmonizadas, conduzir a uma neutralidade concorrencional, no sentido de que, no território de cada Estado-Membro, os bens e os serviços do mesmo tipo estejam sujeitos à mesma carga fiscal, independentemente da extensão do circuito de produção e de distribuição".

Nota: - Assim, porque a casca de pinheiro e a lenha resultam de operações de produção silvícola de cariz económico, independentemente da extensão do circuito de produção e de distribuição, as suas transmissões, efetuadas pelo produtor ou em qualquer outra fase de comercialização, beneficiam de enquadramento na verba 5.4 da lista I anexa ao CIVA, pelo que são tributadas à taxa reduzida

33 - IVA - Taxas - Transmissão de flores comestíveis, efetuada pelo produtor ou em qualquer outra fase de comercialização, independentemente do estágio de comercialização em que tais produtos se encontrem (no produtor ou no retalho): - Informação Vinculativa – Processo n.º 6670.

O teor da verba 5 conjugada com a verba 5.1.2, ambas da lista I anexa ao CIVA, leva a supor que a aplicação da taxa reduzida aos produtos resultantes da atividade agrícola, onde se incluem as flores comestíveis, ocorre quando o produtor procede à sua transmissão, o que a assumir-se este procedimento, estar-se-ia a condicionar apenas a utilização da taxa reduzida para o produtor, excluindo outras fases do circuito económico e, consequentemente, causando uma tributação visando quem transmite e não o produto em si, atentando, assim, contra o principio da neutralidade, característico do IVA.

Nota: - Nestes termos, desde 1 de janeiro de 2013, as transmissões de bens efetuadas no âmbito da horticultura floral e ornamental, independentemente do estágio de comercialização em que tais produtos se encontrem (no produtor ou no retalho), beneficiam de enquadramento na verba 5.1.2 da Lista I, anexa ao CIVA, pelo que são tributadas à taxa reduzida.

34 - IVA - Taxas - Transmissão de cana-de-açúcar efetuada pelo produtor ou em qualquer outra fase de comercialização: - Informação Vinculativa – Despacho de 2014-03-28 – Processo n.º 6667.

O considerando (7) da Diretiva IVA (2006/112/CE do Conselho de 28 de novembro de 2006) estabelece o princípio da neutralidade fiscal, segundo o qual "O sistema comum do IVA deverá, ainda que as taxas e isenções não sejam completamente harmonizadas, conduzir a uma neutralidade concorrencional, no sentido de que, no território de cada Estado-Membro, os bens e os serviços do mesmo tipo estejam sujeitos à mesma carga fiscal, independentemente da extensão do circuito de produção e de distribuição".

Nota: - Assim, porque a cana-de-açúcar resulta de uma cultura de produção agrícola de cariz económico, independentemente da extensão do circuito de produção e de distribuição, as suas transmissões efetuadas pelo produtor ou em qualquer outra fase de comercialização, beneficiam de enquadramento na verba 5.1.1 da lista I anexa ao CIVA, pelo que são tributadas à taxa reduzida

35 - IVA - Taxas - Desperdícios de pinhas, resultantes do processamento para retirada dos pinhões efetuada pelo produtor ou em qualquer outra face de comercialização: - Informação Vinculativa – Despacho de 2014-03-28 – Processo n.º 6666.

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O teor da verba 5 conjugada com a verba 5.4, ambas da lista I anexa ao CIVA, leva a supor que a aplicação da taxa reduzida aos produtos resultantes da atividade silvícola, onde se inclui o desperdício de pinhas, ocorre quando o produtor procede à sua transmissão, o que a assumir-se este procedimento, estar-se-ia a condicionar apenas a utilização da taxa reduzida para o produtor, excluindo outras fases do circuito económico e, consequentemente causando uma tributação visando quem transmite e não o produto em si, atentando, assim, contra o principio da neutralidade, característico do IVA.

Nota: - Deste modo, uma vez que se admite que o simples processo de descasque das pinhas pode ser realizado com os meios normalmente utilizados nas explorações agrícolas e silvícolas, sendo, assim, considerado atividade da produção agrícola conforme o disposto na verba 5.5 da lista I, o respetivo desperdício tem enquadramento na verba 5.4 da citada lista, sendo sujeito a tributação à taxa reduzida, independentemente da sua transmissão ser efetuada pelo produtor ou em qualquer outra forma de comercialização

36 - IVA - Taxas - transmissões de pinhão verde (com casca), considerado semente: - Informação Vinculativa – Despacho de 2014-03-28 – Processo n.º 6665.

As transmissões de pinhão verde (com casca) são passíveis de IVA à taxa reduzida, por enquadramento na verba 3.5 da lista I anexa ao citado código, uma vez que, neste estado é considerado semente.

Nota: - Uma vez que se admite que o simples processo de descasque do pinhão possa ser realizado com os meios normalmente utilizados nas explorações agrícolas e silvícolas, as transmissões de pinhão descascado, efetuadas pelo produtor ou em qualquer outra fase de comercialização, beneficiam de enquadramento na verba 5.1.1 da lista I anexa ao CIVA, sendo tributados à taxa Os produtos que sofram outro tipo de transformação mecânica ou manual, nomeadamente com vista à sua moagem ou laminação são sujeitos a tributação à taxa normal de imposto.

37 - IVA - Taxas - Serviços de transporte respeitantes a matérias-primas ou bens resultantes da produção agrícola efetuados a produtores agrícolas ou quando estas não visem o transporte de matérias-primas ou bens resultantes da produção agrícola: - Informação Vinculativa – Despacho de 2014-03-28 – Processo n.º 6638.

Atendendo a que os serviços de transporte não se encontram autonomizados numa alínea dedicada (como sucede, por exemplo, com a assistência técnica ou o armazenamento de produtos agrícolas), mas se encontram diretamente relacionados com os demais serviços mencionados na alínea a), ou seja, com as operações mais comuns à produção agrícola, afigura-se de aplicar a taxa reduzida ao transporte associado àquelas operações, no âmbito da atividade de produção agrícola, com exclusão das elencadas nas restantes alíneas, quando estas não visem o transporte de matérias-primas ou bens resultantes da produção agrícola.

Nota: - Se os serviços de transporte respeitarem a matérias-primas ou bens resultantes da produção agrícola porque efetuados ao produtor agrícola beneficiam da aplicação da taxa reduzida por enquadramento na alínea a) da verba 4.2 da lista I anexa ao CIVA. Quando estas circunstâncias não se encontram verificadas, a prestação de serviços de transporte deve ser sujeita à aplicação da taxa normal do imposto, por falta de enquadramento na referida verba 4.2 da lista I ou em qualquer outra das diferentes verbas das listas anexas ao citado Código.

38 - IVA - Taxa - Transmissão de amêndoas, com ou sem casca, onde se inclui o seu miolo, efetuada pelo produtor ou em qualquer outra fase de comercialização: - Informação Vinculativa – Despacho de 2014-03-28 – Processo n.º 6752.

Uma vez que se admite que o simples processo de descasque dos frutos de casca rija possa ser realizado com os meios normalmente utilizados nas explorações agrícolas e silvícolas, a transmissão de amêndoas, com ou sem

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casca, onde se inclui o seu miolo, efetuada pelo produtor ou em qualquer outra fase de comercialização, beneficia de enquadramento na verba 5.1.2 da lista I anexa ao CIVA, sendo tributados à taxa reduzida.

Nota: - Os produtos que sofram outro tipo de transformação mecânica ou manual, nomeadamente com vista à sua moagem ou laminação em palitos ou cubos, são sujeitos a tributação à taxa normal de imposto. 39 - IRC - Procedimento de aplicação das normas antiabuso consagradas no Código do IRC: - Informação Vinculativa – Despacho de 2012.03.13 – Processo n.º 2890/2007.

De acordo com o nº10 do art.º73º do CIRC, o legislador apenas considera que o regime de neutralidade fiscal não é aplicável, quando se conclua que as operações tiveram como principal objetivo ou como um dos principais objetivos a evasão fiscal, designadamente quando as operações não foram realizadas por razões económicas válidas, procedendo-se, se for caso disso, às correspondentes liquidações adicionais de imposto. Quer isto dizer que não é necessário desconsiderarem-se os efeitos da operação, mas apenas retirar os benefícios previstos no regime especial.

Nota: - Assim, a medida antiabuso prevista no nº10 do artigo 73º não está sujeita ao procedimento a que se refere o artigo 63º do Código de Procedimento e de Processo Tributário.

40 - IRC - Calculo do PEC das entidades instaladas na Zona Franca da Madeira de forma proporcional à respetiva taxa reduzida do IRC: - Informação Vinculativa – Despacho de 2012.04.11 – Processo n.º 2012001102.

Não se prevê qualquer dispensa, total ou parcial, para sujeitos passivos que beneficiem de redução de taxa. Por outro lado, dada a fórmula de cálculo do PEC, que incide sobre o volume de negócios, com limites mínimo e máximo, não é possível fazer refletir, por via administrativa, o efeito da redução de taxa do imposto.

Nota: - Assim, carece de apoio legal qualquer dispensa, total ou parcial, de PEC relativamente às entidades instaladas na Zona Franca da Madeira e que beneficiem de redução de taxa do IRC.

41 - IRC - Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas - Taxa de tributação autónoma aplicável aos encargos provenientes de contratos de rent-a-car: - Informação Vinculativa – Despacho de 2012.05.21 – Processo n.º 2012 001228.

Uma vez que o legislador não alterou expressamente a taxa de tributação autónoma dos encargos suportados provenientes de contratos de rent-a-car e estando os mesmos sujeitos a esta tributação por se enquadrarem no conceito de encargos com viaturas previsto no n.º 5 do artigo 88.º do Código do IRC e não se tratando de aquisição nem de situação assimilável a aquisição, deve a tributação autónoma daqueles encargos ser a mesma que vinha sendo aplicável, ou seja, à taxa de 10 %, nos termos do atual n.º 3 do artigo 88.º do Código do IRC.

Nota: - Sendo os encargos provenientes de contratos de rent-a-car totalmente dedutíveis para efeitos fiscais, nas condições gerais do artigo 23.º do CIRC, ao invés do que sucede relativamente aos alugueres de longa duração, leasing ou aquisição direta, o enquadramento mais correto é no n.º 3 do artigo 88.º do CIRC, estando, por consequência, sujeitos a tributação autónoma à taxa de 10%.

42 - IRC - Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas - Dedutibilidade fiscal das rendas e tributação autónoma dos encargos associados a contratos de renting: - Informação Vinculativa – Despacho de 2012.03.30 – Processo n.º 2011 004399.

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Para efeitos de aplicação do disposto no n.º 14 do art.º 88.º do CIRC, nos casos em que os sujeitos passivos integram um grupo abrangido pelo regime especial de tributação das sociedades (RETGS), deve ser considerado o resultado (lucro tributável ou prejuízo fiscal) apurado declaração do grupo referente ao período de tributação a que respeitem quaisquer dos factos tributários passíveis de tributação autónoma e não o lucro tributável ou o prejuízo fiscal apurado por cada uma das sociedades que integram o perímetro de consolidação abrangido pelo regime.

Nota: - No que se refere aos gastos suportados pela requerente relativos a contratos de renting de viaturas ligeiras de passageiros ou mistas que se encontram afetas (por acordo escrito) à utilização pessoal dos seus colaboradores, é de aplicar a exceção prevista no n.º 6 do art.º 88.º do CIRC. E como a viatura está a ser usada a coberto de um contrato de renting, o valor que não fica sujeito a tributação autónoma será – tão só – a parcela da renda que corresponda à amortização de capital.

43 - IRC - Dedução de Prejuízos Fiscais – Prazo de entrega do requerimento quando estejam em causa prejuízos fiscais relativos ao período imediatamente anterior ao da ocorrência das alterações previstas no nº 8 do artº 52º e prejuízos fiscais relativos a períodos anteriores: - Informação Vinculativa – Despacho de 2012.07.02 – Processo n.º 2011 000950.

O nº 12 do artº 52º, aditado ao Código do IRC pela Lei nº55-A/2010, de 31 de Dezembro, estatui que o requerimento para autorização da dedução dos prejuízos fiscais pode ser apresentado no prazo de 15 dias contados do termo do prazo de entrega da declaração de rendimentos ou da respetiva entrega, se anterior, desde que estejam em causa prejuízos fiscais relativos ao período imediatamente anterior ao da ocorrência de alguma das alterações previstas no nº 8 e esta ocorra antes do termo do prazo da entrega da referida declaração.

Nota: - Nos casos em que, além de prejuízos reportáveis do período imediatamente anterior àquele em que se verificam as alterações previstas no nº 8 do artº 52º do Código do IRC, existam, também, prejuízos de períodos anteriores, o requerimento deve ser apresentado nos termos e prazos previstos no nº 9 do mesmo artigo, sem prejuízo de, relativamente aos prejuízos entretanto determinados do período imediatamente anterior, ser apresentado novo requerimento no prazo previsto no nº 12.

44 - IRC - Aplicação do regime especial de neutralidade fiscal às operações de fusão inversa: - Informação Vinculativa – Despacho de 2012.08.17 – Processo n.º 2012 001151.

Numa operação em que os únicos ativos transferidos são as próprias participações sociais detidas na incorporante, a situação reconduz-se inteiramente à dissolução da sociedade mãe com a correspondente entrega das participações na filial aos sócios daquela. Inclusivamente, acrescente-se, neste caso, é também posta em causa a lógica da continuidade que consta do n.º 3 do artigo 74º do Código do IRC, e que é um dos princípios básicos para aplicação do regime especial de neutralidade.

Nota: - Por essa razão, tendo em conta os elementos apresentados, a operação projetada não deverá beneficiar do regime especial de neutralidade fiscal previsto nos artigos 73º e seguintes, pelo que deverá ser tido em conta o regime geral das fusões previsto na alínea d) do n.º 3 do artigo 46º do Código do IRC.

45 - IRC - Vigência da taxa de IRC, prevista na alínea b) do n.º 1 do artigo 43.º, para entidades constituídas entre 2007 e 2011: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013.01.18 – Processo n.º 4/2013.

O Regime dos Benefícios Fiscais à Interioridade, previsto no artigo 43.º do EBF, pretendia fomentar determinados comportamentos nos agentes económicos, no caso em concreto, a constituição e instalação de novas entidades nas denominadas áreas beneficiárias do interior, através da redução da respetiva taxa de IRC

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para 10%, sendo que os benefícios em causa manter-se-iam enquanto as entidades beneficiárias verificassem os respetivos pressupostos, não podendo a vigência da redução de taxa de IRC ultrapassar os cinco períodos de tributação contados desde a constituição e instalação das mesmas nas áreas beneficiárias.

Nota: - Face ao exposto, mesmo que o legislador tenha revogado o Regime dos Benefícios Fiscais à Interioridade, as entidades referidas na alínea b) do n.º 1 do artigo 43.º do EBF podem, se verificarem as condições referidas no Decreto-Lei n.º 55/2008, de 26 de março e na Portaria n.º 170/2002, de 28 de fevereiro, durante o período de 5 anos (no caso em análise 2008, 2009, 2010, 2011 e 2012) usufruir da redução de taxa (10%) estabelecida naquela alínea.

46 - IRC - Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (RETGS) – Processo de Insolvência - Processo Especial de Revitalização (PER): - Informação Vinculativa – Despacho de 2013.01.21 – Processo n.º 4209/2012.

A alínea b) do n.º 4 do artigo 69.º do Código do IRC tem, agora, o seguinte sentido: não podem fazer parte do grupo de sociedades tributado pelo RETGS, as sociedades que, no início ou durante a aplicação do regime, tenham sido objeto de instauração de processos no âmbito do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas em que haja sido proferida sentença de declaração de insolvência ou, no caso do PER, despacho de nomeação de administrador judicial provisório.

Nota: - O momento a partir do qual deve ser contado o prazo de comunicação a que se refere a subalínea ii), da alínea b) do n.º 7 do artigo 69.º do Código do IRC, corresponde ao momento da notificação ou citação da sentença de declaração de insolvência (artigo 37.º do CIRE) ou, no caso do PER, da notificação ou citação do despacho de nomeação de administrador judicial (n.º 4 do artigo 17.º - C do CIRE).

47 - IRC - Tratamento fiscal dos ajustamentos de transição nos casos de cessação de atividade e de operações de fusão ou cisão ocorridas no decurso de aplicação do regime transitório: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013.04.30 – Processo n.º 2013 0001012.

De um modo geral, nos casos em que ocorra cessação de atividade nos termos do n.º 5 do art.º 8.º do Código do IRC (CIRC), os ajustamentos que ainda não tenham sido tributados / deduzidos devem sê-lo no período de tributação em que ocorre a cessação de atividade. Nas situações de fusão ou de cisão com dissolução da sociedade cindida, situações estas que têm como consequência a cessação de atividade da sociedade fundida ou da sociedade cindida, há que distinguir as operações que beneficiam do regime de neutralidade fiscal previsto no art.º 74.º do CIRC das restantes.

Nota: - Assim, nos casos em que seja aplicável o referido regime, as correções para efeitos de determinação do lucro tributável relativas aos ajustamentos ainda não tributados / deduzidos devem passar a ser efetuadas pela(s) sociedade(s) beneficiária(s), nos mesmos termos em que o eram pela sociedade fundida ou cindida. Não sendo aplicável à operação em causa o regime de neutralidade fiscal, compete à sociedade fundida ou cindida tributar ou deduzir no período de tributação em que ocorre a cessação de atividade, os ajustamentos que ainda não tenham sido tributados / deduzidos.

48 - IRC - Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas: dedutibilidade fiscal das rendas e tributação autónoma dos encargos associados a contratos de renting - Aclaramento do ponto 4 da informação vinculativa sobre o mesmo assunto emitida no âmbito do Processo 2011 004399: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-07-02 – Processo n.º 2012 003690.

Embora a viatura não tenha sido objeto de aquisição direta, o que é certo é que a mesma tem um preço de venda público ou um preço com desconto (o qual pode ou não figurar no contrato). Logo, será esse o preço a considerar como “custo de aquisição” para efeitos de aplicação da taxa de tributação autónoma (de 10% ou de 20%), bem como para efeitos de determinação das depreciações anuais que seriam dedutíveis.

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Nota: - O preço a considerar (PVP ou preço com desconto) será, pois, aquele que o locador considerou para o cálculo da renda (do aluguer) mensal, antes de deduzir o valor residual. A esse preço terá de ser adicionado o IVA, uma vez que, não sendo dedutível, constitui um componente do custo de aquisição da viatura.

49 - IRC - Créditos incobráveis não abrangidos pelo art.º 41.º - Consequências fiscais do seu desreconhecimentos: - Informação Vinculativa emitida sob o assunto “Créditos Incobráveis” (Processos n.ºs 1759/93 e 3783/02): - Informação Vinculativa – Despacho de 2014-01-28 – Processo n.º 2013 001629.

Nos casos em que se proceda ao desreconhecimento dos créditos de cobrança duvidosa – sem que se verifiquem os requisitos exigidos no art.º 41.º do Código do IRC para que o crédito possa ser considerado incobrável para efeitos fiscais –, o “gasto” associado à incobrabilidade do crédito vai constituir uma componente positiva do lucro tributável. Daí que o respetivo montante tenha de ser acrescido no Quadro 07 da Declaração Modelo 22.

Nota: - Este “gasto” só não constitui uma componente positiva do lucro tributável se, cumulativamente: i) - O crédito estiver em mora há mais de dois anos; ii) - Ter já sido reconhecida a perda por imparidade de 100%; e iii) - O desreconhecimento for motivado pela extinção do direito do credor [situação prevista na alínea (a) do § 30 da NCRF 27], o que só acontece quando ocorra qualquer uma das causas de extinção das obrigações, além do cumprimento, previstas no Código Civil.

50 - IRC - Benefícios Fiscais ao Investimento (CFEI de 2013 e RFAI de 2010 e de 2013): - Limites, acumulações e prioridades na dedução à coleta: - Informação Vinculativa – Despacho de 2014-04-16 – Processo n.º 2014 000628.

Tendo a requerente o direito de usufruir dos benefícios em questão (RFAI referente a 2010, RFAI de 2013 e CFEI), o limite de dedução à coleta seria, em termos teóricos, de uma percentagem superior à própria coleta. Isto porque, teoricamente, o investimento que aproveitou do RFAI em 2013 teria originado 50% da coleta e o investimento afeto ao CFEI teria dado origem a 70% da coleta (abstraindo do RFAI em “reporte”).

Nota: - Não podendo, porém, a dedução global a efetuar em cada período de tributação representar um valor superior ao da própria coleta, e sendo diferentes os limites de dedução para cada um dos benefícios em questão, terá de ser utilizado um critério de repartição proporcional – que seja justificável – para determinar a parcela de cada benefício que está a ser objeto de dedução à coleta.

51 - IRS - Prestações de Serviços – Sujeição a IRS dos rendimentos e Retenção na fonte: - Informação Vinculativa – Despacho de 2012-03-08 – Processo n.º 993/12.

Se à data da realização da prestação de serviços, o titular dos rendimentos da categoria B estiver obrigado à emissão de fatura ou documento equivalente, o rendimento fica sujeito a tributação em IRS, desde o momento em que para efeitos de IVA seja obrigatória a emissão de fatura ou documento equivalente, ou seja, no momento em que ocorra a realização da prestação de serviços.

Nota: - Se à data da realização da prestação de serviços, o titular dos rendimentos não estiver obrigado à emissão da fatura ou documento equivalente, o rendimento fica sujeito a tributação em IRS desde o momento do pagamento ou colocação à disposição do respetivo titular, ou seja, no momento do pagamento ou da colocação à disposição dos rendimentos.

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52 - IRS - Regime de tributação em sede de IRS, do ganho inerente à diferença entre o custo de aquisição e o valor de reembolso de obrigações adquiridas no mercado bolsista a uma cotação “abaixo do par”: - Informação Vinculativa – Despacho de 2012-10-01 – Processo n.º 8929/2011.

O diferencial positivo apurado no momento do reembolso de obrigações constitui, na sua essência, um rendimento da aplicação de capitais consubstanciada na aquisição da obrigação. De facto, o preço de mercado de uma obrigação, num mercado eficiente, deve ser igual ao valor de reembolso do valor facial acrescido dos eventuais juros periódicos associados. Isto é, o preço da obrigação será igual ao benefício económico de todos os direitos que foram adquiridos com a sua compra (relativamente ao rendimento de aplicações alternativas substitutas próximas), independentemente da obrigação poder ser comprada acima ou abaixo do par.

Nota: - O rendimento de capital a considerar nesses casos, consubstanciar-se-á na diferença positiva apurada no momento do reembolso de obrigações, entre o montante do reembolso e o custo de aquisição dos títulos. Essa diferença fica abrangida pela al.p) do n.º2 do art.5º do CIRS.

53 - IRS - Pensões atribuídas em consequência de lesão corporal ou doença resultantes do cumprimento do serviço militar: - Informação Vinculativa – Despacho de 2012-11-02 – Processo n.º 1533/2012.

Através do Despacho nº 547/2012-XIX, de 2 de novembro de 2012, do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, foi considerado que estão abrangidas pelo nº 1 do artº 12º do Código do IRS, as importâncias pagas pela Caixa Geral de Aposentações a título de pensão/indemnização, devidas em consequência de lesão corporal ou doença, resultantes do cumprimento do serviço militar, ainda que os respetivos beneficiários não se encontrem qualificados como DFA, GDFA ou GDSEN.

Nota: - As demais importâncias pagas àqueles beneficiários pela Caixa Geral de Aposentações, que não resultem da lesão corporal ou doença ocorrida no cumprimento do serviço militar, mas da contagem do tempo de serviço no âmbito de qualquer atividade laboral exercida antes ou após o facto que tenha originado a deficiência, não se enquadram nos pressupostos de exclusão.

54 - IRS - Tributação de rendimentos obtidos de certificados enquanto produtos financeiros complexos: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-10-04 – Processo n.º 7402/2010.

São mais-valias os ganhos obtidos que, não sendo rendimentos empresariais e profissionais, de capitais ou prediais, resultem de operações relativas a certificados que atribuam ao titular o direito a receber um valor de determinado ativo subjacente, e são tributados pela categoria G, conforme n.º4 do art.º72 do CIRS à taxa especial de 20% (atualmente 28%), podendo ser objeto de opção pelo englobamento (desde que obtidos fora do âmbito do exercício de atividades empresariais e profissionais; caso contrário, serão de englobamento obrigatório).

Nota: - Estes rendimentos deverão ser inscritos: - No caso de alienação onerosa, no quadro 8 do anexo G, com discriminação dos montantes de aquisição, de alienação e despesas de alienação associadas às operações - caso os rendimentos tenham origem em Portugal -, e no anexo J, campo 414 – caso tenham origem no estrangeiro - ambos da declaração modelo 3. - No caso de vencimento, no quadro 9, campo 903 do anexo G - caso os rendimentos tenham origem em Portugal -, e no anexo J, campo 414 – caso tenham origem no estrangeiro - ambos da declaração modelo 3.

55 - Sexta Diretiva IVA — Isenções — Artigo 13.º, A, n.º 1, alínea b) — Entrega de bens — Administração de medicamentos citostáticos no âmbito de cuidados em ambulatório —

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Prestações administradas por diferentes sujeitos passivos — Artigo 13.º, A, n.º 1, alínea c) — Prestação de cuidados de saúde — Medicamentos prescritos por um médico que exerce a título independente nas instalações do hospital — Operações estreitamente ligadas — Prestações acessórias à prestação de cuidados de saúde — Operações material e economicamente indissociáveis): - Acórdão do TJUE, de 2014.03.1 - Processo C-366/12, publicado no JOUE n.º C 135/2014, de 5/5 a páginas 4.

Uma entrega de bens, como os medicamentos citostáticos em causa no processo principal, prescritos no âmbito de um tratamento contra o cancro, em ambulatório, por médicos que exercem a título independente num hospital, não pode estar isenta de imposto sobre o valor acrescentado ao abrigo do artigo 13.º, A, n.º 1, alínea c), da Sexta Diretiva 77/388/CEE do Conselho, de 17 de maio de 1977, relativa à harmonização das legislações dos Estados-Membros respeitantes aos impostos sobre o volume de negócios — sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado: matéria coletável uniforme, conforme alterada pela Diretiva 2005/92/CE do Conselho, de 12 de dezembro de 2005, a menos que esta entrega seja material e economicamente indissociável da prestação principal de cuidados médicos, o que compete ao órgão jurisdicional de reenvio verificar.

56 - Artigo 63.º TFUE — Livre circulação de capitais — Artigo 49.º TFUE — Liberdade de estabelecimento — Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares — Mecanismo para a limitação dos impostos diretos em função dos rendimentos — Convenção fiscal bilateral para evitar a dupla tributação — Tributação dos dividendos distribuídos por uma sociedade estabelecida noutro Estado-Membro e já sujeitos a retenção na fonte — Não tomada em consideração ou tomada em consideração parcial do imposto pago nesse outro Estado-Membro para o cálculo do limite máximo do imposto — Artigo 65.º TFUE — Restrição — Justificação: - Acórdão do TJUE, de 2014.03.13 – Processo n.º C-375/12, publicado no JOUE n.º C 135/2014, de 5 de maio, a páginas 5.

Os artigos 49.º TFUE, 63.º TFUE e 65.º TFUE devem ser interpretados no sentido de que se opõem à legislação de um Estado-Membro nos termos da qual, quando um residente desse Estado-Membro, acionista de uma sociedade estabelecida noutro Estado-Membro, recebe dividendos tributados nos dois Estados e a dupla tributação é regulada pela imputação no Estado de residência de um crédito de imposto de um montante igual ao imposto pago no Estado da sociedade que distribuiu os dividendos, um mecanismo de limitação de diversos impostos diretos até uma certa percentagem dos rendimentos obtidos durante um ano não tem em consideração, ou tem apenas parcialmente em consideração, o imposto pago no Estado da sociedade que procede à distribuição.

57 - IVA — Regime especial das agências de viagens — Operações efetuadas fora da União Europeia — Sexta Diretiva 77/388/CEE — Artigo 28.º, n.º 3 — Diretiva 2006/112/CE — Artigo 370.º — Cláusulas de congelamento — Alteração da legislação nacional durante o prazo de transposição: - Acórdão do TJUE, de 2014.03.13 – Processo n.º C-599/12, publicado no JOUE n.º C 135/2014, de 5 de maio, a páginas 10.

1) O artigo 28.º, n.º 3, da Sexta Diretiva 77/388/CEE do Conselho, de 17 de maio de 1977, relativa à harmonização das legislações dos Estados-Membros respeitantes aos impostos sobre o volume de negócios — Sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado: matéria coletável uniforme, e o artigo 370.º da Diretiva 2006/112/CE do Conselho, de 28 de novembro de 2006, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado, não se opõem à introdução por um Estado-Membro, antes de 1 de janeiro de 1978, durante o prazo de transposição da Sexta Diretiva 77/388, de uma disposição que altera a sua legislação existente,

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passando a sujeitar a imposto sobre o valor acrescentado as operações das agências de viagens relativas a viagens efetuadas fora da União Europeia. 2) Um Estado-Membro não viola o artigo 309.º da Diretiva 2006/112 por não equiparar as prestações de serviços das agências de viagens às atividades de intermediários isentas quando estas prestações de serviços se refiram a viagens efetuadas fora da União Europeia, e por sujeitar as referidas prestações a imposto sobre o valor acrescentado, quando essas prestações já estivessem sujeitas ao imposto sobre o valor acrescentado em 1 de janeiro de 1978. 3) O artigo 370.º da Diretiva 2006/112 lido em conjugação com o anexo X, parte A, alínea 4), desta diretiva, não viola o direito da União ao conceder aos Estados-Membros a faculdade de continuarem a sujeitar a imposto as prestações de serviços das agências de viagens relativas às viagens efetuadas fora da União Europeia. 4) Um Estado-Membro não viola o direito da União, em particular os princípios da igualdade, da proporcionalidade e da neutralidade fiscal, ao tratar as agências de viagens, na aceção do artigo 26.º, n.º 1, da Sexta Diretiva 77/388 e do artigo 306.º da Diretiva 2006/112, e os intermediários de forma diferente, e ao prever uma regra, como o Decreto Real de 28 de novembro de 1999, por força da qual apenas as prestações de serviços destas agências de viagens, e não as prestações efetuadas por intermediários, estão sujeitas a imposto na medida em que digam respeito a viagens efetuadas fora da União Europeia.

58 - IVA - Dedução do imposto pago a montante - Pagamentos por conta - Recusa de concessão da dedução - Fraude - Regularização da dedução quando a operação tributável não é efetuada — Condições: - Acórdão do TJUE, de 2014.03.13 – Processo n.º C-107/13, publicado no JOUE n.º C 135/2014, de 5 de maio, a páginas 14.

Os artigos 65.º, 90.º, n.º 1, 168.º, alínea a), 185.º, n.º 1, e 193.º da Diretiva 2006/112/CE do Conselho, de 28 de novembro de 2006, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado, devem ser interpretados no sentido de que exigem que a dedução do imposto sobre o valor acrescentado efetuada pelo destinatário de uma fatura emitida para efeitos de um pagamento por conta da entrega de bens seja regularizada quando, em circunstâncias como as do processo principal, essa entrega acaba por não ser efetuada, mas não obstante o fornecedor continua a ser devedor desse imposto e não devolveu o pagamento por conta.

59 - IVA — Constituição e alcance do direito à dedução —Dissolução de uma sociedade por um sócio — Aquisição de uma parte da carteira de clientes desta sociedade — Entrada em espécie noutra sociedade — Pagamento antecipado do imposto — Dedução possível: - Acórdão do TJUE, de 2014.03.13 – Processo n.º C-204/13, publicado no JOUE n.º C 135/2014, de 5 de maio, a páginas 18.

Os artigos 4.º, n.ºs 1 e 2, bem como 17.º, n.º 2, alínea a), da Sexta Diretiva 77/388/CEE do Conselho, de 17 de maio de 1977, relativa à harmonização das legislações dos Estados-Membros respeitantes aos impostos sobre o volume de negócios — Sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado: matéria coletável uniforme, conforme alterada pela Diretiva 95/7/CE do Conselho, de 10 de abril de 1995, devem, à luz do princípio da neutralidade do imposto sobre o valor acrescentado, ser interpretados no sentido de que um sócio de uma sociedade civil de consultoria fiscal, que adquire desta sociedade uma parte da carteira de clientes apenas com o objetivo de a ceder imediatamente a seguir, a título gratuito e para utilização profissional, a uma sociedade civil de consultoria fiscal constituída recentemente, da qual é o sócio principal, sem que a mesma integre o património dessa sociedade, não tem direito à dedução do imposto sobre o valor acrescentado pago a montante sobre a aquisição da carteira de clientes em questão

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60 - Sexta Diretiva IVA — Isenções — Operações relativas à venda de títulos e que implicam a transferência da propriedade de bens imóveis — Sujeição a um imposto indireto diferente do IVA — Artigos 49.º TFUE e 63.º TFUE — Situação puramente interna: - Acórdão do TJUE, de 2014.03.20 – Processo n.º C-139/12, publicado no JOUE n.º C 142 de 2014.05.12, a páginas 5.

A Sexta Diretiva 77/388/CEE do Conselho, de 17 de maio de 1977, relativa à harmonização das legislações dos Estados-Membros respeitantes aos impostos sobre o volume de negócios — Sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado: matéria coletável uniforme, conforme alterada pela Diretiva 91/680/CEE do Conselho, de 16 de dezembro de 1991, deve ser interpretada no sentido de que não se opõe a uma disposição nacional, como o artigo 108.o da Lei 24/1988, relativa ao mercado de valores (Ley 24/1988 del Mercado de Valores), de 28 de julho de 1988, conforme alterada pela Lei 18/1991 relativa ao imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (Ley 18/1991 del Impuesto sobre la Renta de las Personas Físicas), de 6 de junho de 1991, que sujeita a aquisição da maioria do capital da sociedade cujo ativo seja essencialmente constituído por imóveis a um imposto indireto, diferente do imposto sobre o valor acrescentado, como o que está em causa no processo principal.

61 - Manifestações de fortuna - Âmbito temporal – Presunção - Lei Geral Tributária: - Acórdão do STA, de 2014.04.23 – Processo n.º 0400/14.

A determinação do rendimento com base na aquisição de um bem previsto na tabela do n.º 4 do art. 89.º-A da LGT só pode ser feita uma vez, relativamente ao ano em que se verificou ou em qualquer um dos três anos seguintes em que, nos termos do n.º 1 do mesmo artigo, falte a declaração de rendimentos ou se verifique a desproporção aí prevista, e não em todos esses anos.

62 - Imposto do Selo – Verba - Tabela do Imposto do Selo - Prédio urbano – Afetação - Habitação: - Acórdão do STA, de 2014.04.23 – Processo n.º 0272/14.

Não tendo o legislador definido o conceito de “prédios (urbanos) com afectação habitacional”, e resultando do artigo 6.º do Código do IMI - subsidiariamente aplicável ao Imposto do Selo previsto na nova verba n.º 28 da Tabela Geral - uma clara distinção entre “prédios urbanos habitacionais” e “terrenos para construção”, não podem estes ser considerados, para efeitos de incidência do Imposto do Selo (Verba 28.1 da TGIS, na redacção da Lei n.º 55-A/2012, de 29 de Outubro), como prédios urbanos com afectação habitacional.

63 - Graduação de créditos – IRS – Hipoteca - Privilégio imobiliário geral: - Acórdão do STA, de 2014.04.23 – Processo n.º 0252/14.

Os privilégios imobiliários previstos no artigo 111º do CIRS são gerais, e não especiais, pelo que não preferem ao crédito hipotecário, também reclamado, na respetiva graduação de créditos.

64 - Contra-ordenação fiscal - Atenuação especial – Coima – Falta - Prestações tributárias - Aplicação da lei no tempo: - Acórdão do STA, de 2014.04.23 – Processo n.º 0194/14.

I - O n.º 2 do artigo 114.º do RGIT, na redacção que lhe foi dada pela Lei n.º 64.º-A/2011, de 30 de Dezembro - nos termos da qual o limite mínimo da contra-ordenação negligente por “falta de entrega da prestação tributária” foi elevado de 10% para 15% do valor do imposto em falta -, é aplicável aos factos praticados após a data da entrada em vigor daquela lei. II - Julgando-se preenchidos os pressupostos legais de atenuação especial da coima, previstos no artigo 32.º, n.º 2 do RGIT, haverá que atender a que, nos termos do disposto no artigo 18.º do Regime Geral das Contra-

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ordenações, os limites mínimos e máximos das coimas abstractamente aplicáveis se reduzem para metade, sendo dentro destes novos limites que terão de ser fixadas as coimas concretamente aplicadas a cada uma das contra-ordenações fiscais em concurso. III - As coimas individualmente fixadas para as contra-ordenações em concurso praticadas após a entrada em vigor da Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro - que deu nova redacção ao artigo 25.º do RGIT, reintroduzindo-lhe a sua redacção originária (que havia sido alterada pela Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro) - são objecto de cúmulo material, e não de cúmulo jurídico.