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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU __________________________________________________________________________________________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático Getúlio Vargas RS Brasil 1 CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA DE ECTOPARASITAS E ENDOPARASITAS DE FELINOS AMARAL, Bianca Tormen¹ [email protected] ARAÚJO, Sabrina Kohls de¹ [email protected] COMIRAN, Tanise Maria¹ [email protected] SIRENA, Nadine¹ [email protected] KELLM, Naiane¹ [email protected] MAHL, Deise Luiza² [email protected] PIEROZAN, Morgana Karin² [email protected] URIO, Elisandra Andréia² [email protected] ROSÉS, Thiago² [email protected] ROCHA, Anilza Andréia da² [email protected] RANGHETTI, Álvaro Luís² [email protected] RIITER, Filipe² [email protected] ¹ Discentes do Curso Medicina Veterinária, Nível 3 2016/1- Faculdade IDEAU Getúlio Vargas/RS. ² Docentes do Curso Medicina Veterinária, Nível 3 2016/1- Faculdade IDEAU Getúlio Vargas/RS. RESUMO: O presente trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a ocorrência de parasitos em felinos e os classificar taxonomicamente. Foram coletados ectoparasitos e amostras de fezes de 15 gatos, de ambos os sexos, com hábitos alimentares diferentes, sendo 7 de áreas rurais e o restante, residenciais para determinação da presença de ectoparasitas e parasitos gastrointestinais. Obteve-se a presença de Ctenocephalides felis e C. canis observados em lupa estereoscópica, Demodex cati e D. gatoi analisados em microscópio. Os ovos de endoparasitas foram analisados pela técnica de flutuação, apresentando a ocorrência de Ancylostoma spp.em 40%, Dipylidium caninum em 33,3%; Isospora spp., Spirometra sp. e Toxocara spp. em 13,3%; Uncinaria stenocephalacon e Sarcocystis spp. em 6,7%. Os parasitos gastrointestinais estavam presentes em infecções múltiplas em 5 felinos (35,7%). Os resultados obtidos apresentaram inúmeros parasitas, tanto em felinos oriundos de residências como de áreas rurais. Abrangendo também os animais que são desparasitados regularmente. Sendo os mais frequentes Ctenocephalides felis, Ancylostoma spp. e Dipylidium caninum. Palavras-chave: Ctenocephalides felis; Ancylostoma spp; Demodex cati. ABSTRACT: This study was to evaluate the occurrence of parasites in cats and classify taxonomically. Ectoparasites and samples were collected from 15 cats feces, of both sexes, with different dietary habits, 7 rural areas and the remaining residential for determining the presence of gastrointestinal parasites and ectoparasites. Obtained the presence of Ctenocephalides felis and C. canis observed in a stereomicroscope, Demodex cati and D. gatoi analyzed under a microscope. The eggs of endoparasites were analyzed by flotation technique, showing the occurrence of Ancylostoma spp.em 40%, Dipylidium caninum in 33.3%; Isospora spp., Spirometra spp. and

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Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 1

CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA DE ECTOPARASITAS E

ENDOPARASITAS DE FELINOS

AMARAL, Bianca Tormen¹

[email protected]

ARAÚJO, Sabrina Kohls de¹

[email protected]

COMIRAN, Tanise Maria¹

[email protected]

SIRENA, Nadine¹

[email protected]

KELLM, Naiane¹

[email protected]

MAHL, Deise Luiza²

[email protected]

PIEROZAN, Morgana Karin²

[email protected]

URIO, Elisandra Andréia²

[email protected]

ROSÉS, Thiago²

[email protected]

ROCHA, Anilza Andréia da²

[email protected]

RANGHETTI, Álvaro Luís²

[email protected]

RIITER, Filipe²

[email protected]

¹ Discentes do Curso Medicina Veterinária, Nível 3 2016/1- Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS. ² Docentes do Curso Medicina Veterinária, Nível 3 2016/1- Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.

RESUMO: O presente trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a ocorrência de parasitos em felinos e os

classificar taxonomicamente. Foram coletados ectoparasitos e amostras de fezes de 15 gatos, de ambos os sexos,

com hábitos alimentares diferentes, sendo 7 de áreas rurais e o restante, residenciais para determinação da

presença de ectoparasitas e parasitos gastrointestinais. Obteve-se a presença de Ctenocephalides felis e C. canis

observados em lupa estereoscópica, Demodex cati e D. gatoi analisados em microscópio. Os ovos de endoparasitas foram analisados

pela técnica de flutuação, apresentando a ocorrência de Ancylostoma spp.em 40%, Dipylidium caninum em

33,3%; Isospora spp., Spirometra sp. e Toxocara spp. em 13,3%; Uncinaria stenocephalacon e Sarcocystis spp.

em 6,7%. Os parasitos gastrointestinais estavam presentes em infecções múltiplas em 5 felinos (35,7%). Os

resultados obtidos apresentaram inúmeros parasitas, tanto em felinos oriundos de residências como de áreas

rurais. Abrangendo também os animais que são desparasitados regularmente. Sendo os mais frequentes

Ctenocephalides felis, Ancylostoma spp. e Dipylidium caninum.

Palavras-chave: Ctenocephalides felis; Ancylostoma spp; Demodex cati.

ABSTRACT: This study was to evaluate the occurrence of parasites in cats and classify taxonomically.

Ectoparasites and samples were collected from 15 cats feces, of both sexes, with different dietary habits, 7 rural

areas and the remaining residential for determining the presence of gastrointestinal parasites and ectoparasites.

Obtained the presence of Ctenocephalides felis and C. canis observed in a stereomicroscope, Demodex cati and

D. gatoi analyzed under a microscope. The eggs of endoparasites were analyzed by flotation technique, showing

the occurrence of Ancylostoma spp.em 40%, Dipylidium caninum in 33.3%; Isospora spp., Spirometra spp. and

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Toxocara spp. 13.3%; Uncinaria stenocephalacon and Sarcocystis spp. 6.7%. The gastrointestinal parasites were

found in multiple infections in cats 5 (35.7%). The results showed numerous parasites in both cats come from

homes as rural areas. also covering the animals are dewormed regularly. Being the most frequent

Ctenocephalides felis, Ancylostoma spp. and Dipylidium caninum.

Keywords: Ctenocephalides felis; Ancylostoma spp; Demodex cati.

1 INTRODUÇÃO

Os animais de estimação mais populares em todo o mundo são os cães e os gatos. Em

muitos lares são importantes como companhia, contribuindo para o desenvolvimento

emocional, social e físico de crianças (STALLIVIERE et al., 2009). Segundo Mello (2013),

hoje os felinos são os animais de companhia que mais crescem nas casas dos brasileiros e

superam, em número, os cães em países como os Estados Unidos da América. Isto acontece

por sua facilidade de cuidados, hábitos de higiene, por se adaptar a pequenos espaços, dar

maior independência aos seus tutores, além de sua beleza e afetuosidade.

Conforme Stalliviere et al. (2009), apesar dos benefícios, esses animais podem ser

acometidos por ectoparasitas e endoparasitas e propagar agentes responsáveis por zoonoses.

Os ectoparasitas vivem na superfície ou em cavidades do hospedeiro. Os artrópodes de

interesse veterinário são divididos em dois grupos principais, Insecta (moscas e pulgas) e

Arachnida (carrapatos e ácaros). Há os que vivem dentro do hospedeiro, em contato profundo

com seus tecidos e órgãos, que são os endoparasitas. Protozoários e helmintos são exemplos

desses.

Um dos ectoparasitos mais comuns em felinos e caninos é a pulga, inseto hematófago

com muitas subdivisões, inclusive de gêneros (OLIVEIRA, et al., 2008). De acordo com

Fortes (2004), estas são achatadas lateralmente, sem asas, com armadura bucal picadora-

sugadora e com pernas longas e desenvolvimento muscular muito grande no terceiro par de

patas, permitindo-lhes saltos de até um metro de altura. Pertencem ao Filo Arthropoda, à

classe Insecta e à ordem Siphonaptera.

Conforme Oliveira, et al. (2008) Ctenocephalides felis e Ctenocephalides canis são as

pulgas encontradas com maior ocorrência nos cães e gatos. Estas podem provocar irritação

devido à ação alérgica e tóxica da saliva no ato da picada, inclusive hipersensibilidade na

região resultando em prurido, dermatite crônica não específica e infestações secundárias.

Os endoparasitas mais prevalentes em cães e gatos são Ancylostoma spp. e Toxocara

spp. (COELHO, 2009; CÔRTES, 1988; GENNARI, 1999; FARIAS, 1995), em partes

desacordando de Ferreira (2013) que exibe predomínio de Isospora spp. e Giardia spp., e em

sequência Ancylostoma spp..

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A ocorrência de endoparasitoses em animais domésticos com potencial zoonótico tem

sido relatadas em vários ambientes públicos segundo Guimarães et al. (2005) e Moro et al.

(2008), evidenciando-se, em especial, o papel dos felinos no ciclo e na disseminação desses

agentes (ISHIZAKI et al., 2006; COELHO, 2008).

O presente trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a ocorrência de parasitos

em felinos oriundos de residências e áreas rurais e os classificar taxonomicamente.

2 MATERIAL E MÉTODOS

Para a realização do trabalho, foram avaliados 15 gatos SRD (sem raça definida), de

ambos os sexos, sendo alguns de vida livre, obtendo contato com outros animais da mesma

espécie e de espécies diferentes, e outros que permanecem isolados, com hábitos alimentares e

idades diferentes. Considerando os hábitos de desparasitação desses animais divergentes

(Tabela 1). A idade dos felinos foi estimada de acordo com a informação de cada proprietário,

sendo considerados jovens os gatos com até um ano de idade, adultos os que tinham entre 1 e

7 anos de idade, e acima deste, idosos.

Tabela 1-Dados dos felinos utilizados para realização da pesquisa.

Confinamento Felino Hábitos Alimentares Desparasitação

Área Rural I I Variada Ausente

II Variada Ausente

III Variada Ausente

Área Rural II I Ração Ausente

II Ração Ausente

III Ração Ausente

IV Ração Ausente

Residência I I Ração Trimestral

II Ração Trimestral

III Variada/Ração Trimestral

Residência II I Ração Ausente

II Variada/Ração Trimestral

III Variada/Ração Trimestral

IV Variada/Ração Trimestral

Residência III I Ração Trimestral

Fonte: Amaral, B. T., 2016. Getúlio Vargas

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A coleta de ectoparasitas foi realizada superficialmente no corpo do animal

considerando a localização de ocorrência. Os parasitos foram conservados em frascos com

álcool 70% para posterior análise com lupa estereoscópica no laboratório. Cada ectoparasito foi

retirado dos frascos com auxílio de uma pinça e colocada em um vidro de relógio (Figura 1),

retirando quaisquer resquícios de pelo envolto no parasito. Em seguida foi observado na lupa

para identificação e classificação taxonômica com aumento de 400X.

Figura 1 – Pulga sendo colocada no vidro de relógio com auxílio de pinça.

Fonte: Araújo, 2016. Getúlio Vargas, RS.

Foi realizada raspagem cutânea com lâmina de bisturi em um dos felinos, o qual

apresentava sinais clínicos de sarna, até surgir sangue capilar. A lâmina foi preparada com o

raspado para identificação no microscópio e confirmação da presença de ectoparasito.

A coleta de endoparasitas foi efetuada pela técnica de flutuação de Willis Mollay

(1921) modificada. A solução empregada é de elevada concentração (1:1200), o que provoca a

elevação dos ovos e oocistos que apresentam menor densidade. Dessa forma, aderem a

superfície inferior da lâmina e permite a avaliação no microscópico.

Para a técnica, utilizou-se uma espátula para a coleta de aproximadamente 3 gramas de

fezes, sem haver contato com o solo. Estas colocadas em frascos estéreis e encaminhadas para

análise no laboratório. As fezes foram transferidas para um béquer onde acrescentou-se a elas

20 ml de solução hipersaturada de NaCl. As fezes foram desintegradas por compressão com

auxílio de um bastão de vidro (Figura 2), até restar apenas alguns fragmentos visíveis que ao

agitar o conteúdo eram dissolvidos.

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Figura 2 – Fezes sendo desintegradas com auxílio de bastão de vidro.

Fonte: Sirena, 2016. Getúlio Vargas, RS.

Algumas gazes foram sobrepostas, como um revestimento sobre o funil analítico, que

serviram para filtrar a suspensão de fezes para um borel (Figura 3). Depois de filtrado, o

volume foi completado com solução hipersaturada de NaCl, até formar uma superfície curva

que se forma na extremidade superior do borel. Sobre este foi colocada uma lâmina que se

mantinha em contato com a suspensão (Figura 4), evitando a presença de bolhas de ar entre

lâmina e a superfície do líquido. Assim, foi deixado em repouso por 15 minutos.

Figura 3A Revestimento com gazes. 3B Suspensão sendo filtrada.

Fonte: Comiran, 2016. Getúlio Vargas, RS.

Removeu-se a lâmina com imediata inversão em 180º de sua posição, para evitar a

queda dos ovos de nematódeos. Utilizando pipeta volumétrica foi colocado 1 a 2 gotas de

pigmento (lugol) e a lamínula foi posta sobre a lâmina para análise no microscópio.

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Figura 4 – Lâmina disposta em contato com o líquido.

Fonte: Araújo, 2016. Getúlio Vargas, RS.

As análises de ectoparasitos e endoparasitos foram realizadas com lupa estereoscópica e

microscópio, sendo a classificação taxonômica baseada em livros específicos e artigos.

3 RESULTADOS E ANÁLISE

Foi identificada a presença de pulga, sendo as localizações de maior ocorrência na

região dorsal do pescoço, e ventralmente na transição abdômen pelve. Portanto, os animais

com maior incidência de parasitas os apresentavam disseminados por todo corpo.

Para Foreyt (2005) as principais pulgas encontradas em felinos são da família

Pulicidae, sendo elas Ctenocephalides felis, Ctenocephalides canis e Echidnophaga.

Conforme Oliveira et al. (2008), o único gênero importante no gato é o Ctenocephalides. C.

felis é a mais disseminada, e em muitas regiões é a espécie dominante em cães, gatos e no

homem. Embora as duas espécies de Ctenocephalides sejam bastante semelhantes, C. felis

apresenta a cabeça alongada e baixa, enquanto a do C. canis é mais arredondada (Figura 5).

Figura 5 – A- Ctenocephalides felis. B- C. canis.

Fonte: Linardi; Santos, 2012.

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Dos 15 felinos utilizados para o estudo, 46,6% (7) apresentaram infestação de C. felis

(Figura 6), sendo todos da área rural com vida livre, obtendo contato com outros animais da

mesma espécie e de espécies diferentes. Em relação aos outros 8 felinos não foi constatada a

presença de ectoparasitas, apenas esporadicamente, não havendo relevância.

Figura 6 – Ctenocephalides felis encontrados nos felinos avaliados.

Fonte: Araújo, 2016. Getúlio Vargas, RS.

A raspagem cutânea feita em um dos felinos confirmou a suspeita de sarna, sendo

identificada como Demodex cati (Figura 7), que possui o corpo alongado, e D. gatoi (Figura

8), que possui o corpo curto, únicas espécies causadoras da demodicose felina. Doença a qual

é considerada rara em gatos (NUTTALL et al., 2009) e comumente diagnosticado em cães

(ORTÚÑEZ et al., 2009).

Figura 7A- Demodex cati vista em microscópio. 7B, 7C- D. cati conforme a literatura.

Fonte: 7A- Kellm, 2016. Erechim, RS. 7B- Ortúñez et al., 2009. 7C- Rhodes; Werner, 2014.

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Conforme Rocha et al. (2008), os felinos apresentaram Notoedres cati como ácaro

mais frequente, em seguida Sarcoptes scabiei e Lynxacarus radovskyi. Este último, parasito

de maior ocorrência para Ferreira (2010), em seguida Otodectes cynotis e N. cati. Em nenhum

dos estudos citados houve menção a D. cati e D. gatoi, conferindo desacordo com o

encontrado no presente estudo. Relatou-se três casos clínicos de demodicose felina por

Ortúñez et al. (2009), dois felinos infectados por D. cati e outro por D. gatoi, este acometido

pelo uso de altas doses de corticoides.

Figura 8A- Demodex gatoi vista em microscópio. 8B- D. gatoi conforme a literatura.

Fonte: 8A- Kellm, 2016. Erechim, RS. 8B- Rhodes; Werner, 2014.

Para Pereira et al. (2005), a demodicose pode se apresentar nas formas localizada ou

generalizada, tendo como sinais clínicos principalmente alopecia, descamação e eritema. No

caso do agente causador ser D. gatoi, pode também apresentar prurido. Esta é contagiosa e

geralmente causa dermatopatia pruriginosa. Infecções por D. cati estão comumente associadas

a uma doença metabólica ou imunosupressiva subjacente, como infecções pelos vírus da

imunodeficiência felina (FIV), leucemia felina (FeLV), toxoplasmose e lúpus eritematoso

sistêmico (HNILICA, 2012). No entanto, Ortúñez et al. (2009) relataram dois casos de felinos

com a presença de ácaros Demodex cati, tendo como resultado negativo para FeLV e FIV.

Os carrapatos correspondem a um parasitismo incomum nos felinos, sendo

encontrados com mais regularidade na espécie canina (FERREIRA et al., 2013). Os mesmos

não foram encontrados nos animais avaliados.

Nas análises de fezes, os felinos apresentaram pelo menos um gênero de endoparasito

(Tabela 2). A ocorrência de infecção mista por parasitos gastrintestinais foi verificada em 35,7%

das amostras analisadas.

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Os helmintos de maior prevalência foram Ancylostoma spp., resultado concordante

com os achados de Côrtes et al. (1988), Serra (2003), Coelho et al. (2009) e Farias (1995), e

Dipylidium caninum, que esteve presente entre os três (FARIAS, 1995) e entre os seis

(GENNARI et al., 1999) de maior ocorrência. Para Ferreira (2013), a prevalência foi de

Isospora spp. e Giardia spp., em desacordo com a maioria dos relatos.

Tabela 2- Prevalência de endoparasitos detectados nas amostras fecais de felinos pela técnica

de Willis (1921).

Gêneros de parasitos Número de amostras positivas

(n=15)

%

Ancylostoma spp. 6 40

Dipylidium caninum 5 33,3

Isospora spp. 2 13,3

Spirometra sp. 2 13,3

Toxocara spp. 2 6,7

Uncinaria stenocephala 1 6,7

Toxocara spp. 2 6,7

Sarcocystis spp. 1 6,7

n = número total de amostras examinadas.

Fonte: Amaral, B. T., 2016. Getúlio Vargas

As variações nos resultados observados podem ser explicadas, em partes, pelas

diferentes técnicas laboratoriais empregadas no diagnóstico, bem como pela influência do

ambiente e características específicas de cada região na epidemiologia destes agentes

parasitários (COELHO et al., 2009). Entre os dois helmintos mais encontrados está o

Ancylostoma spp. (Figura 9), já havendo larvas presentes nas fezes no momento da análise.

Parasita do intestino delgado de caninos e felinos, e ocasionalmente do homem dependendo

da espécie parasita, exceto A. duodenale que tem como hospedeiro apenas o homem. Os

ancilóstomos são os parasitas mais patogênicos dos felinos (FORTES, 2004), tendo que o

modo de infecção mais comum é por via oral, em consequência de seus hábitos alimentares. A

infecção por esse parasita pode causar anemia, dermatide interdigital, edema, apatia, e, em

casos de infecções maciças, lesões pulmonares e é geralmente fatal em filhotes.

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Figura 9A, B, C, D- Ocorrência de Ancylostoma spp. nas fezes. 9E, F- Ancylostoma spp. conforme a literatura.

Fonte: 9A, B, C, D- Araújo, 2016. Getúlio Vargas, RS. 9E- Taylor et al., 2014. 9F- Foreyt, 2005.

Um helminto adulto (Figura 10) coletado foi classificado como provável Ancylostoma

braziliense, parasita de cães e gatos. Apresenta tamanho pequeno, sendo a fêmea de 9 a 10mm

e macho, 7,5mm, com forma característica da família Ancylostomidae de “gancho” na

extremidade anterior.

Figura 10A- Ocorrência de Ancylostoma. 10B- Ancylostoma spp. conforme a literatura.

Fonte: 10A- Araújo, 2016. Getúlio Vargas, RS. 10B- Monteiro, 2010.

Dipyllidium caninum (Figura 11) indica a presença de pulga, inclusive é conhecido

popularmente como tenídeo da pulga. Essas larvas (Figura 12) se desenvolvem no intestino

delgado do seu hospedeiro, podendo ser eliminadas espontaneamente pelas fezes do animal.

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Sua infecção pode causar enterite crônica, prurido anal, vômito, emagrecimento exagerado e

distúrbio nervoso. Pulex irritans, C. canis, C. felis e Trichodectes canis são hospedeiros

intermediários.

Figura 11A, B, C, D- Dipyllidium caninum encontrados nas análises 11E, F- D. caninum conforme a literatura.

Fonte: 11A, B, C, D- Amaral, 2016. Getúlio Vargas, RS. 11E- Taylor et al., 2014. 11F- Foreyt, 2005.

Figura 12A- Larvas suspensas no líquido. 12B, C- Visualização das larvas no microscópio.

Fonte: Amaral, 2016. Getúlio Vargas, RS.

I. felis (Figura 13) e I. rivolta parasitam o intestino delgado, tem como hospedeiros

definitivos os felinos domésticos e silvestres, sua infecção se dá pela ingestão de oocistos

contidos em alimentos ou água, ou pela ingestão do hospedeiro paratênico, como

camundongo e rato, contaminado com cistos. Geralmente a infecção é assintomática e pouco

patogênica para I. felis, ou apatogênica no caso de infecção por I. rivolta, porém pode causar

diarreia em felinos jovens e ser fatal.

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Figura 13A, B- Oocistos de Isospora encontrados. 13C, D- Oocistos de Isospora felis conforme a

literatura.

Fonte: 13A, B- Comiran, 2016. Getúlio Vargas, RS. 13C, D- Foreyt, 2005.

Spirometra spp. (Figura 14) tem como hospedeiros definitivos os carnívoros, felinos e

ocasionalmente caninos que se infectam ao ingerirem vertebrados contaminados. Os parasitos

adultos permanecem fixos à mucosa do intestino delgado do hospedeiro definitivo, podendo

causar diarreia, anemia secundária e esparganose (nódulos).

Figura 14A, B, C- Ovos de Spirometra spp. encontrados na análise. 14D- Spirometra spp. conforme a literatura.

Fonte: 14A, B, C- Araújo, 2016. Getúlio Vargas, RS. 14D- Foreyt, 2005.

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Uncinaria stenocephala (Figura 15) é caracterizada por possuir placas cortantes na

cavidade bucal. Sua infecção da se dá pela ingestão ou penetração cutânea das larvas

infectantes, que migram pelos tecidos do hospedeiro até chegarem no intestino delgado, onde

permanecem. A severidade da infecção depende da espécie de parasita envolvido, número de

ancilostomídeos e da resistência do hospedeiro, variando de assintomáticos até exsanguinação

rapidamente fatal.

Figura 15 – A- Ovo de Uncinaria stenocephala analisado. 15B- Uncinaria stenocephala conforme a literatura.

Fonte: 15A- Araújo, 2016. Getúlio Vargas, RS. 15B- Bowman, 2006.

Toxocara cati é parasita do intestino delgado, responsável por retardo no crescimento,

lesão devido a migração larval e possível causa de larva migrans visceral em seres humanos.

Em animais jovens podem apresentar sintomas nervosos e raquitismo devido a maior

resistência, os adultos apresentam sintomas relativamente mais amenos, como alteração do

apetite, vômito, cólica, alterações intestinais e ocasionalmente paralisia.

Como os gatos são pouco afeitos a ingerir terra e, em consequência, a ingestão do ovo

(Figura 16), a principal forma de infecção se deve ao perpétuo hábito de limpeza por

lambedura. As larvas (Figura 17) podem permanecer por aproximadamente 385 dias nas

fêmeas felinas e durante todo este tempo podem infectar os neonatos por via transmamária.

Algumas larvas permanecem nos órgãos da gata prenha aguardando novas gestações. Não

ocorre infecção pré-natal pela placenta, diferente do que ocorre em cães.

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Figura 16A- Ocorrência de Toxocara spp.. 16B- Toxocara cati conforme a literatura.

Fonte: 16A- Amaral, 2016. Getúlio Vargas, RS. 16B- Bowman, 2006.

Figura 17A – Os dois helmintos maiores, do gênero Toxocara, foram encontrados nas fezes analisadas.

17B- Toxocara spp. conforme literatura.

Fonte: 17A- Araújo, 2016. Getúlio Vargas, RS. 17B- Pando, 2016.

Sarcocystis spp. (Figura 18) têm como hospedeiros definitivos os caninos e felinos,

que se infectam ao ingerirem formas encistadas presentes na musculatura dos hospedeiros

intermediários, bovinos, ovinos e suínos. Algumas espécies de Sarcocystis spp. são altamente

patogênicas aos hospedeiros intermediários, portando não apresentam patogenicidade a

caninos e felinos. Em todas as fases do ciclo evolutivo do parasito eles podem ser eliminados

com as fezes dos hospedeiros definitivos que infectam unicamente os intermediários.

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Figura 18A- Ocorrência de Sarcocystis spp. nas fezes. 18B, C- Sarcocystis spp. conforme a literatura.

Fonte: 18A- Comiran, 2016. Getúlio Vargas, RS. 18B, C- Foreyt, 2005.

A existência de inúmeros parasitas que acometem os felinos confirma sua importância

como hospedeiros parasitários. Inclusive pelo fato de algumas serem zoonóticas, podendo

oferecer risco de contaminação às pessoas.

4 CONCLUSÃO

Os resultados obtidos apresentaram a ocorrência de inúmeros endoparasitas e

ectoparasitas, tanto em felinos oriundos de residências como de áreas rurais. Abrangendo

também os animais que são desparasitados regularmente. Sendo os mais frequentes

Ctenocephalides felis, Ancylostoma spp. e Dipylidium caninum.

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