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MARIA DA GRAA AMARAL DA SILVA
DOENAS INFECTO-CONTAGIOSAS CAUSADAS POR INFECO CRUZADA NO
LABORATRIO DE PRTESES DENTRIAS
SO JOS DO RIO PRETO
2009
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MARIA DA GRAA AMARAL DA SILVA
DOENAS I NFECTO-CONTAGIOSAS CAUSADAS POR INFECO CRUZADA
NO LABORATRIO DE PRTESES DENTRIAS
SO JOSDO RIO PRETO
2009
Monografia para Obteno do Ttulo de Tcnico em Prtese Dentria da Escola Tcnica Philadelpho Gouva Netto de So Jos do Rio Preto. Professor Orientador: Dr. Gustavo C. Botelho Nogueira
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Agradeo a Deus a oportunidade e a capacidade a que me concedeu,
e aos Professores pela pacincia e dedicao.
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Dedico esta monografia ao meu marido
e filhos pelo incentivo
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O nico homem que nunca comete erros aquele que nunca faz coisa alguma.
No tenha medo de errar, pois voc aprender
a no cometer duas vezes o mesmo erro.
Theodore Roosevelt
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RESUMO
O nmero de doenas infecciosas e a infeco cruzada ainda vm se
disseminando entre os profissionais da rea odontolgica, seja ele dentista,
auxiliares ou protticos. O objetivo deste trabalho apontar os riscos existentes no
manuseio de moldagens, equipamentos e instrumentais contendo saliva e ou
sangue contaminados por vrus, bactrias e fungos no laboratrio de prtese
dentria. Este trabalho aborda o agente infeccioso, a penetrao no hospedeiro, a
proliferao e sinais e sintomas de diversas doenas.
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ABSTRACT
The number of infectious diseases and cross infection has been spreading
even among professionals in the dental field, bathe, assistant, surgeon dentist and
prosthetic technician. The good off this paper is to evidence the risks in the handling
of impression, equipment and instruments and with saliva or blood contaminated by
viruses, bacteria and fungi in the dental laboratory. This work deals with the
infectious agent, the lest penetration, the proliferation, signs and symptoms of
various diseases.
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SUMRIO
1. Resumo............................................................................................................6
2. Resumo em lngua estrangeira - Abstract.......................................................7
3. Sumrio............................................................................................................8
4. Introduo.........................................................................................................9
5. Bactrias.........................................................................................................18
6. Vrus................................................................................................................27
7. Fungos............................................................................................................36
8. Infeco Cruzada............................................................................................41
9. Concluso.......................................................................................................43
10. Referncias Bibliogrficas...............................................................................44
11. Lista de Figuras...............................................................................................45
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1. INTRODUO
No ano 300 ac., Hipcrates1, clebre mdico na historia da medicina grega, foi
o primeiro a indicar no tratamento de feridas infectadas era com calor, o uso de
pomadas e remoo de material necrosado.
Surgiu a utilizao de erva medicinal, mel e leite, e o vinagre como assepsia,
com recomendaes de lavagens de feridas com vinho e vinagre e a manuteno do
local seco. Ele observou que quando ocorria eviscerao, banhando as alas
intestinais em vinho antes de recoloc-las no abdmen evitava a peritonite.
(inflamao do peritnio - membrana serosa, transparente, com duas camadas -
parietal e visceral - que cobre as paredes abdominais e alguns rgos.)
Fig.1(HIPCRATES-300 a.C.)
Em 24 de outubro de 1632, nasce em Delf na Holanda, ANTONI VAN
LEEUWENHOK2, primeiro microbilogo que se tem conhecimento, diz ele ter
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inventado o microscpio, embora essa atribuio seja dada a HANS e ZACARIAS
JANSEN.
LEEUWENHOEK foi seguramente o primeiro a fazer observaes
microscpicas de materiais biolgicos.
Numa carta, datada de 9 de Setembro de 1676, escrevia Royal Society of
London, que incentivava pensadores de toda a Europa a contriburem com idias ou
descobertas cientificas a serem publicadas. O teor era estranho para a poca.
Dizia: No ano de 1675, meados de Setembro descobri criaturas vivas na gua
da chuva que ficava estaguinada por alguns dias num novo barril...Isso encorajou-
me a investigar essa gua mais atentamente, j que esses (animais) me pareciam
aos olhos mais de dez mil vezes menores que o (animal) de nome pulga dgua, que
se pode ver em movimento na gua vista desarmada.
Comerciante Textil-Holandes, LEEUWENHOEK divertia-se, nas horas vagas,
a montar lentes, tendo observado, aquilo que denominou de animalculus,
pequenas criaturas vivas apenas identificveis atravs de vidros curvos que montou
num microscpio rudimentar.
Viu microorganismos que moviam em gotas de chuva, infuses ptricas,
saliva e vinagre. Em outra carta, narra o horror das pessoas que o visitavam para
testemunhar as suas descobertas.
Vieram vrias damas minha casa ver as enguias no vinagre, mas algumas
to enjoadas com o espetculo que juravam nunca mais usar vinagre. E se algum
contasse a essas pessoas, no futuro, que h mais dessas criaturas nos resduos dos
dentes da boca de um homem, do que o total de homens em todo o reino?
Especialmente naqueles que nunca limpam os dentes.
Naquela poca as observaes de LEEUWNHOEK, homem de pouca
formao cientifica, teve grande interesse na comunidade cientifica, foi ele que deu
os primeiros passos no universo do microscpio permitindo assim a outros
prosseguirem com seus estudos.
LEEUWENHOEK viveu at aos 90 anos.
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Fig.2 - ANTONI VAN LEEUWENHOK - 1632
LOUIS PASTEUR3 (1822-1895) em 1842 obteve o bacharelado em cincias
em Bensanon, na Frana, sendo lhe atribuda a nota de medocre em qumica.
Graas as suas pesquisas sempre coroadas de xito, PASTEUR ascendeu
sistematicamente.
PASTEUR, do ponto de vista terico, contribuiu para responder as indagaes
sobre o ciclo da vida e da morte, na natureza, ao considerar os fenmenos da
fermentao e putrefao.
No ponto de vista prtico, sua influncia ainda maior, ao descobrir a ao
transmissora e o campo de propagao dos microorganismos. As descobertas de
PASTEUR contribuiro para a evoluo da medicina preventiva dos mtodos
cirrgicos de higiene em geral.
A partir de 1865 dedicou-se aos problemas das molstias contagiosas. Em
1868 sofre uma paralisia do lado esquerdo, mas continua suas pesquisas. De 1887
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em diante estuda doenas infecciosas dos animais superiores. Os ltimos anos dele
foram os mais importantes, descobriu a origem dos furnculos e da osteomielite na
bactria, hoje denominada estafilococos, e o causa da infeco puerperal na
bactria, hoje denominada estreptococos.
Sustentou polmicas memorveis com os membros da academia de medicina
ao declarar taxativamente que as doenas contagiosas eram causadas por agentes
exteriores, recomendando medidas profilticas especiais.
Depois de 1879 descobriu duas importantes vacinas preventivas, contra a
clera das galinhas, pela inoculao de micrbios de virulncia atenuada, e contra a
raiva. Esta ltima, doena do sistema nervoso, apresenta quando transmitida ao
homem, em perodo de incubao, durante o qual se poda aplicar a vacina. Foi sua
maior contribuio para a evoluo da medicina.
O instituto PASTEUR foi inaugurado em 1888 e logo teria filiais no mundo
inteiro com difuso dos estudos bioqumicos.
Fig.3 - Louis Pasteur - 18821895
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ALEXANDRE FLEMING4 (1881-1955) mdico escocs, conclui o curso em
1906 e comea a pesquisar, em seguida, substncias com potencial bactericida, que
no sejam txicas ao organismo humano. Durante a guerra, foi mdico militar nas
frentes de batalha da Frana e ficou impressionado pela grande mortalidade nos
hospitais de campanha, causadas pelas feridas de armas de fogo que resultavam
em gangrena.
Finalizada a guerra, regressou ao hospital St. Mary, onde buscou
intensamente, um novo anti-sptico que evitasse a dura agonia provocada pelas
infeces durante a guerra.
O descobrimento da lisozima (enzima com atividade de muramidase - destri
a parede celular das bactrias - e ao microbiana contra bactrias gram-positivas).
Fig.4 - ALEXANDRE FLEMING - 18811955
JOSEPH LISTER5 (1827-1912) nascido em Upon, Essex, filho de um
comerciante de vinhos de Londres, desenvolveu a cirurgia anti-sptica, poupando
inmeros pacientes da dor e da morte horrvel de infeco ps-cirurgia.
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Seu pai inventou a lente acromtica que criou o microscpio moderno, e
incentivou o filho o interesse do menino em microbiologia.
Formou-se em medicina na University College Hospital em 1852, em Londres.
Praticada e ensinada primeira cirurgia em Edimburgo e em seguid