1º ano sistema prisonal no brasil

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O SISTEMA PRISIONAL NO BRASIL 1º ANO ACESSO

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O SISTEMA PRISIONAL NO

BRASIL1º ANO

ACESSO

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1. Quais os problemas referentes ao sistema

prisional brasileiro?

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PRISIONALIZAÇÃO

Marina Fernanda Valejo (2013,p.28) explica que,uma vez dentro deste ambiente, o detento é submetido adiversas regras de disciplina, com o objetivo de imporum determinado comportamento considerado adequado,tanto das autoridades quanto dos já encarcerados. Comoo meio é de submissão, o indivíduo através do processode prisionalização passa a abrir mão de suascaracterísticas culturais e pessoais, moldando-se acultura prisional. Há portanto uma massificação docomportamento daqueles ali inseridos, perdendo deforma gradual, suas características individuaisdefinidas. (...)

Por todo o exposto, fica claro que este detento quandoposto em liberdade, após tantos anos submetido aoambiente carcerário irá voltar a se delinquir.

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SUPERLOTAÇÃO

A superlotação é, talvez, o mais básico e crônicoproblema que atinge o sistema penal brasileiro.

Segundo o Departamento Penitenciário Nacional, emseu último levantamento nacional de informaçõespenitenciários, que ocorreu em junho de 2014, apopulação prisional brasileira chegou a 607.731 milpessoas.

Pela primeira vez, o número de presos no paísultrapassou a marca de 600 mil. O número de pessoasprivadas de liberdade em 2014 é 6,7 vezes maior do queem 1990. Desde 2000, a população prisional cresceu, emmédia, 7% ao ano, totalizando um crescimento de 161%,valor dez vezes maior que o crescimento do total dapopulação brasileira que apresentou aumento de apenas16% no período, em uma média de 1,1% ao ano.

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OCIOSIDADE

A ociosidade, como demonstra Fabiano Mazzoni

(2007,p.27), pode causar vários efeitos danosos à

saúde física e mental dos condenados, pois, a falta

de atividades educativas, de lazer e esportivas,

associadas as péssimas condições de higiene e

saúde, é capaz de produzir a deterioração físico-

psíquica do preso.

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A FALTA DE ASSISTÊNCIA MÉDICA

Apesar do direito a saúde estar prevista de forma

impecável dentro do ordenamento legal, na prática,

se torna apenas outro trágico problema que atinge

o sistema prisional brasileiro

Segundo os dados trazidos pelo Departamento

Penitenciário Nacional, apenas 37% dos

estabelecimentos prisionais no Brasil possuem um

módulo específico de saúde

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TORTURA

Quando houve a abolição da tortura como forma

de pena, existia a crença de que a sua prática no

sistema prisional estaria extirpada, porém esta não

é a realidade brasileira, sendo os presos

submetidos, tanto a tortura física pelos agentes do

Estado, que deveriam ser os primeiros a dar o

exemplo de integridade moral, como a tortura

psicológica, causada pelos diversos problemas

encontrados no sistema penitenciário, problemas

esses já citados anteriormente.

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FACÇÕES CRIMINOSAS

A forma de atuação dessas facções atualmente, em suagrande maioria, age principalmente como substituo do Estadoque não consegue operar de forma adequada. A completaausência ou má prestação de um serviço público dá margempara o surgimento de um Estado Paralelo, que atuaexecutando e controlando os serviços omissos pelo Estado.

(...)Já dentro do sistema penitenciário, o preso se vê em uma

situação peculiar, onde por sofrer diversas violências, desdesérias lesões corporais a estupros e extorsões, se vê nanecessidade de aliciarem-se a umas das diversas facçõesexistentes, muitas vezes não por escolha própria, mas comomeio de sobrevivência dentro de um sistema corrupto e falido.

Fonte: https://jus.com.br/artigos/48635/principais-problemas-dentro-do-sistema-prisional-brasileiro/2

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Os problemas são diversos nos presídios públicos! Encontramosproblemas com a instalação elétrica, superlotação que coloca emcelas homens e mulheres, falta de prevenção contra incêndios,problemas com a segurança, não só interna, como também externa.

(...)Vemos a ineficácia que é o processo de socialização e assistência

médica. Isso porque não temos um sistema eficaz na prestação deserviços? Não somente! Nós não temos investimentos suficientes e odescaso lastimável do poder público ao longo de muitos anos vemagravando significativamente a situação.

(...)A demanda de presos é uma curva crescente, e a macropopulação

que envolve esse sistema está aumentando cada vez mais,necessitando de novos presídios, estes que não são construídossuficientemente pelo poder público que acaba colocando mais presosque os presídios suportam.

(...)Nossos presídios públicos vão contra os direitos humanos!

https://www.institutoliberal.org.br/blog/como-descrever-situacao-dos-presidios-publicos-brasileiros/

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2. Quais as consequências desses problemas na

sociedade?

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CONSEQUENCIAS DA CRISE NO

SISTEMA PRISIONAL NO BRASIL

REBELIÕES

FUGAS

REFORÇO DAS FACÇÕES CRIMINOSAS NO

PAÍS

VIOLÊNCIA

MAIS CRIMINALIDADE

BARBARIE

INSEGURANÇA E MEDO PARA POPULAÇÃO

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3. Como resolver os problemas do sistema prisional

no Brasil?

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O eminente criminólogo propõe três eixos

principais que precisam ser trabalhados para

resolver o problema: descriminação, despenalização

e desinstitucionalização, que incluem políticas

sociais, penas alternativas efetivas, reintegração de

egressos e avaliação de crimes “insignificantes”.https://neemiasprudente.jusbrasil.com.br/artigos/121

942832/sistema-prisional-brasileiro-desafios-e-solucoes

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Unidades prisionais pequenas, estímulo do

contato dos detentos com suas famílias e com a

comunidade, trabalho, capacitação profissional e

assistência jurídica eficiente. Essas são algumas

das características de prisões consideradas modelo

que já funcionam pelo país. Elas estão sendo

tratadas pelas autoridades como possíveis soluções

para os problemas do sistema prisional brasileiro.

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/03/140312_prisoes_mod

elo_abre_lk

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Modelo americano

Há pouco mais de dez anos as unidades prisionais do Estadodo Espírito Santo viviam uma situação de caos, com umcenário de superlotação, escassez de agentes penitenciários efalta de um modelo de gestão

O governo local então decidiu investir mais de R$ 450milhões em um processo de criação das atuais 26 unidadesprisionais capixabas.

A construção delas foi feita por empresas estrangeiras eseguiu um modelo arquitetônico padronizado criado nosEstados Unidos. Cada unidade abriga no máximo 600detentos (Pedrinhas, por exemplo, tem cerca de 2,2 milpresos). Eles ficam divididos em três galerias de celas e não secomunicam.

Os edifícios têm ainda salas específicas onde os detentosparticipam de oficinas profissionalizantes ou recebematendimento odontológico e psicológico.

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Modelo espanhol

Estados como Alagoas, Goiás e Mato Grosso do Sul,

entre outros, estão apostando em unidades

prisionais de excelência que investem na

ressocialização dos presos.

O alagoano Centro Ressocializador da Capital é

uma dessas prisões. Segundo o tenente-coronel

Carlos Luna, superintendente geral de

administração penitenciária de Alagoas, a

experiência se baseia em um modelo espanhol e

parte do princípio de que um tratamento respeitoso

é essencial para a ressocialização dos detentos.

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Ênfase no trabalho

Segundo o CNJ, uma unidade prisional que aplica

aspectos positivos no regime semiaberto é o Centro

Penal Agroindustrial da Gameleira, no Mato Grosso do

Sul.

Sua principal característica é a ênfase no trabalho,

uma vez que a unidade possui nove oficinas de trabalho

remunerado - em áreas como tapeçaria, produção de

contêineres e portões e cozinha industrial.

Muitos dos presos exercem essas atividades fora do

presídio e são as próprias empresas que se

responsabilizam pelo seu transporte e medidas de

segurança.

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Modelo Apac

Um dos modelos positivos citados por analistas é o da

Associação de Proteção e Amparo aos Condenados (Apac). Ele

funciona em mais de 30 unidades em Minas Gerais e no

Espírito Santo e abriga aproximadamente 2,5 mil detentos.

O modelo tem uma forte ligação com a religião cristã - fato

criticado por alguns especialistas. Suas características

principais são proporcionar aos presos contato constante com

suas famílias e comunidade, ensinar a eles novas profissões -

como a carpintaria e o artesanato - e não usar agentes

penitenciários armados na segurança.

https://noticias.terra.com.br/brasil/policia/prisoes-modelo-apontam-solucoes-para-crise-

carceraria-no-brasil,59dbdca172cd4410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html