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1/28/2016 1 Microeconomia I Arilton Teixeira [email protected] 2016 2 Bibliografia Mankiw, cap 13; Pindyck e Rubinfeld, caps 6 e 7. 3 Teoria da Produção As firmas operam no mercado. O objetivo das firmas é maximização dos retornos para seus acionistas (proprietários). Como obter este objetivo?

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1/28/2016

1

Microeconomia I

Arilton Teixeira [email protected]

2016

2

Bibliografia

• Mankiw, cap 13;

• Pindyck e Rubinfeld, caps 6 e 7.

3

Teoria da Produção

• As firmas operam no mercado.

• O objetivo das firmas é maximização dos retornos para seus acionistas (proprietários).

• Como obter este objetivo?

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Estratégia

• Para alcançar seus objetivos, a firma estabelece um conjunto de políticas.

• A este conjunto de política chamaremos estratégia.

• Nesta primeira abordagem, assumiremos que as firmas querem maximizar lucro (como alcançar esta meta?).

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Pontos Básicos da Estratégia

– Tamanho da firma;

– Mercado: organização industrial (número de participantes) do mercado onde opera;

– Posição no mercado: como competir;

– Organização Interna: departamentos, hierarquia, etc.

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Indústria Poupança e Empréstimos (“Saving and Loans” )

• Instituições financeiras nos USA que podem tomar emprestado (via depósitos) do público para realizar empréstimos.

• Exemplo semelhante no ES: Caderneta de Poupança Tamoyo.

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• Depósitos não honrados pelas instituições eram garantidos pelo governo americano através da FSLIC (Federal Savings and Loan Insurance Corporation).

• Depósitos tinham baixa remuneração, pois tinham baixo risco, dada a garantia do governo.

• Qual deveria ser o comportamento ótimo destas empresas ao investir tais recursos?

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Crise nos Anos 80

• Tradicionalmente estas instituições financiavam imóveis (baixo retorno, mas com baixo risco).

• A partir dos anos 80, estas instituições passaram a fazer investimentos em papéis de alto risco, mas com alto retorno.

• Seria esta política ótima para o dono das empresas? Seria ótima para os donos dos depósitos?

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• Para os donos os ganhos eram muito bons e os riscos eram do governo.

• Se ocorrer ganhos, os donos das empresas levam os lucros.

• Se tiver perdas, os cidadãos (via governo) arcam com o prejuízo.

• Os donos das empresas eram responsáveis até o montante de capital investido.

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A firma

• Decisões dos gerentes, para serem implementadas, dependem do funcionamento da hierarquia interna da firma.

• Mas, quais decisões devem ser implementadas? Quais os instrumentos a serem observados ou utilizados?

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Conceitos Básicos

• Para estudar a firma, devemos antes conhecer conceitos e entender as restrições que as firmas se defrontam.

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Função de Produção

• É a relação entre a quantidade de insumos empregados para fazer um bem e a quantidade produzida deste bem.

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Exemplo

Número de Produto

Trabalhadores

0 0

1 50

2 90

3 120

4 140

5 150

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Produto Marginal (PMg)

• Produto Marginal (PMg): é o aumento do produto devido ao uso de uma unidade adicional de insumo.

• Produto Marginal Decrescente: é a propriedade segundo a qual a PMg de um insumo declina à medida que a quantidade do insumo aumenta.

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Exemplo

Número de Produto PMg

Trabalhadores

0 0

1 50 50

2 90 40

3 120 30

4 140 20

5 150 10

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Produção e Custos

• O valor total pago por todos os insumos usados na produção de um determinado bem é chamado de custo.

• Assim o custo é o gasto associado para produzir um determinado bem.

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Produção e Receita

• O valor total recebido pela empresa pela venda dos bem produzidos é chamada de receita.

• Assim o receita é o montante recebido pela venda dos bens produzidos.

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Conceitos Fundamentais

• Receita Total: quantia que a empresa recebe pela venda de sua produção;

• Custo Total: quantia que a empresa paga para pelos insumos usados na produção;

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• Função lucro: indica o lucro máximo que a firma pode obter para cada quantidade produzida.

• A função lucro é igual à receita total menos o custo total.

21

Função Custo

• É a regra que associa o custo total para produzir uma determinada quantidade Q.

• Qual a importância da função custo? A firma deve saber quanto seu custo varia com a produção. – Ex: mudanças na demanda devem ou não

acarretar aumento da produção.

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Exemplo

Número de Produto PMg Custo Custo CT

Trabalhadores Fixo (CF) Variável (CV)

0 0 30 0 30

1 50 50 30 10 40

2 90 40 30 20 50

3 120 30 30 30 60

4 140 20 30 40 70

5 150 10 30 50 80

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Custo de Capital

• O preço do trabalho é facilmente calculado: é dado pelo salário pago aos trabalhadores.

• Qual é o preço do capital?

• O custo de capital é dado por seu custo de oportunidade: o que deixamos de ganhar se tivéssemos alocado nossos recursos em outras atividade.

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• O custo de capital traz embutido o risco do setor ou país.

• Países com maior risco tem maior custo de capital. Ou seja, investimento tem maior retorno para pagar pelo risco maior.

• Quando o risco de um país aumenta, o investimento cai.

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Função Custo - Gráfico

CT

q

CT(q)

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Custo Fixo e Custo Variável

• Custo Fixo: como o nome diz, não varia com a quantidade produzida; – Ex: despesas de administração, impostos sobre bens

imóveis, etc;

• Custo Variável: aumenta junto com a produção;

– Ex: trabalho, matérias primas, etc.

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Curto Prazo x Longo Prazo

• A definição de custo fixo e variável depende do período de tempo em que se está analisando.

– Ex: capacidade produtiva, etc.

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Definições: Custo Médio e Marginal

· Custo Fixo Médio: é o custo fixo dividido pela quantidade produzida.

• Custo Variável Médio: é o custo variável dividido pela quantidade produzida.

q

CFCFMe

q

CVCVMe

30

• Custo Médio: é o custo total dividido pela quantidade produzida.

• Custo Marginal: é a variação do custo total para se produzir uma unidade adicional.

q

CTCMg

CVMeCFMeq

qCTCMe

)(

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Exemplo

Quantidade CT CF CV CFMe CVMe CMe CMg

0 2 2 0 - - - 1.00

1 3 2 1 2.00 1.00 3.00 0.80

2 3.8 2 1.8 1.00 0.90 1.90 0.60

3 4.4 2 2.4 0.67 0.80 1.47 0.40

4 4.8 2 2.8 0.50 0.70 1.20 0.40

5 5.2 2 3.2 0.40 0.64 1.04 0.60

6 5.8 2 3.8 0.33 0.63 0.97 0.80

7 6.6 2 4.6 0.29 0.66 0.94 1.00

8 7.6 2 5.6 0.25 0.70 0.95 1.20

9 8.8 2 6.8 0.22 0.76 0.98 1.40

10 10.2 2 8.2 0.20 0.82 1.02 1.60

11 11.8 2 9.8 0.18 0.89 1.07 1.80

12 13.6 2 11.6 0.17 0.97 1.13 2.00

13 15.6 2 13.6 0.15 1.05 1.20 2.20

14 17.8 2 15.8 0.14 1.13 1.27

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Escala Eficiente: ponto de CMe mínimo

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Relação Entre Custo Médio e Marginal

• O custo médio está caindo quando o CMg < CMe;

• O custo médio esta aumentando quando o CMg > CMe.

• O custo médio está no ponto mínimo quando CMg = CMe. Este ponto é chamado de Escala Eficiente

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Gráfico

CMe

CMg

q

CMg CMe CMg < CMe

CMg > CMe

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Retornos de Escala

• Se o custo médio cai com o aumento da produção temos retorno crescente de escala.

• Se o custo médio fica constante com o aumento da produção temos retorno constante de escala.

• Se a custo médio aumenta com o aumento da produção temos retorno decrescente de escala.

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Custo Médio

CMe

q

CMe

q*

RCE RDE

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Custo Médio

q’ q”

RCE RCoE RDE

CMe

q

CMe

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Importância da Função Custo

• Se o preço do bem que nós produzimos aumenta, devemos ou não aumentar a produção? – Se o custo marginal for maior que o novo preço, o

aumento da produção reduz o lucro.

– Se o custo marginal for menor que o novo preço, então um aumento da produção aumenta o lucro.

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Longo Prazo x Curto Prazo

• O longo prazo é o período de tempo onde todas as variáveis podem ser ajustadas, como a capacidade de produção.

• Políticas ótimas no curto prazo podem mudar para o longo prazo. – Ex: horas extras ou nova planta.

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Curva de Custo de Curto Prazo • O curto prazo é o período de tempo no qual a

capacidade produtiva é dada. • Para cada planta, existe uma curva de custo de

curto prazo. Assim teremos também uma função custo marginal e média de curto prazo. Elas serão a soma dos custos fixos e variáveis.

• A função custo de longo prazo é o envoltório das funções de curto prazo.

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Curva de Custo de Longo Prazo

• O longo prazo é o período de tempo onde todas as variáveis podem ser ajustadas, como a capacidade de produção.

• Políticas ótimas no curto prazo podem mudar para o longo prazo. – Ex: horas extras ou nova planta.

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• A curva de custo de longo prazo é o envoltório das curvas de custo de curto prazo.

• Ou seja, a custo de longo prazo está sempre abaixo das curvas de custo prazo. No longo prazo, as firmas tem maior opções de ajuste.

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Função Custo - Gráfico

TC

q

CT_LP CT_CP1

CT_CP2

A B

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Custo Médio

CMe_LP

q q’ q”

RCE RCoE RDE

CMe_CP1 CMe_CP2 CMe_CP3

A

B C

CMe

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Custo Contábil x Custo Econômico

• O custo contábil é baseado em valores históricos e explícitos;

• O custo econômico é o custo de oportunidade da produção dos bens e serviços vendidos;

• Esta distinção leva à distinção entre lucro econômico e lucro contábil.

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Lucro Contábil x Lucro Econômico

• Lucro Contábil: a receita total menos os custos explícitos.

• Lucro Econômico: receita total menos todos os custos de oportunidade da produção dos bens e serviços vendidos.

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Exemplos

– As pequenas propriedades não contabilizam os custos da mão de obra dos donos que trabalham na empresa.

– O custo de capital das pequenas empresas não é considerado.

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Lucro Econômico (EP) e Valor da Empresa

• O valor da empresa é igual a soma do fluxo de EP trazido a valor presente. Ou seja,

• De forma reduzida

TT

r

EP

r

EP

r

EPNPV

1...

112

21

T

tt

t

r

EPNPV

1 1

50

• Se os lucros econômicos são constantes (suponha também que o investimento tenha depreciação zero), estamos basicamente tratando de uma perpetuidade. Neste caso temos

• A equação acima sintetiza a relação entre NPV e EP.

r

EPNPV

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Observação

• Dizer que o lucro econômico é zero, não significa dizer que não estamos remunerando o investimento. Significa que a remuneração do investimento é igual ao custo de oportunidade.

• Ou seja, o retorno do investimento não está acima do custo de oportunidade.

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Arilton Teixeira

[email protected]

27-4009-4444