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Microeconomia Curso Professor Geraldo Goes Página 1 PARTE 1 - INTRODUÇÃO A ECONOMIA

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Microeconomia

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PARTE 1 - INTRODUÇÃO A ECONOMIA

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1.1 DEFINIÇÃO DE ECONOMIA.

1.2 RECURSOS ECONÔMICOS OU FATORES DE PRODUÇÃO.

1. 3 ESCASSEZ : O PROBLEMA ECONÕMICO FUNDAMENTAL.

1. 4 A REMUNERAÇAÕ DOS FATORES DE PRODUÇÃO.

CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Economia é o estudo da maneira pela qual a sociedade realiza a alocação ótima de recursos escassos (limitados) frentes aos desejos humanos ilimitados.

Recursos Econômicos ou Fatores de ProduçãoSão aqueles itens (insumos) necessários ao processo produtivo, sem os quais não se consegue produzir nenhum bem ou serviço. Os Fatores de Produção são: Mão-de-obra (Trabalho) Capital (máquinas, equipamentos, ferramentas, edificações e estoques) Recursos naturais ou Terra Tecnologia Capacidade Empresarial

O problema fundamental da economia é a escassez. Um bem só possui valor econômico quando é escasso, isto é, limitado.

Salários : são a remuneração do fator trabalho.Juros : são a remuneração do capital financeiro.Lucros : são a remuneração do capital de risco ou capital de investimento.Aluguéis : são a remuneração do capital físico.

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1.5 A CLASSIFICAÇÃO DOS BENS

1.6 OS AGENTES OU ATORES ECONÔMICOS.

1.7 O MERCADO DO PRODUTO E O MERCADO DE FATORES.

Agentes EconômicosSão aqueles que agem no cenário econômico, isto é, que possuem ações volitivas na economia e que interferem no ciclo de geração, circulação e distribuição de riqueza. Os agentes (atores) econômicos são :

Famílias Empresas (Firmas) Governo (Setor Público) Setor Externo (Resto do Mundo)

Em uma economia com dois setores os agentes econômicos podem interagir em dois mercados: mercado do produto ou mercado de bens e serviços: é o mercado no qual as

firmas vendem ou alugam (ofertam) os bens e serviços para as famílias mercado de fatores : é o mercado no qual as firmas compram ou alugam

(demandam) os fatores de produção (recursos econômicos) das famílias

Bem econômico : é um bem escasso, e que portanto possui valor econômico. Modernamente é entendido como aquele bem sobre o qual se pode definir precisamente os direitos de propriedade (Ronald Coase).Bem livre : é um bem que existe em abundância.Bens finais: São bens prontos, já acabados, que não sofrerão mais nenhuma transformação.Bens de Consumo : são bens utilizados para satisfazer desejos individuais, tais como: alimentos, roupas, etc.Bens de capital ou Bens de produção: são bens utilizados para produzir outros bens e que não se consomem totalmente no processo de produção. Exemplos; máquinas, ferramentas, etc. Bens em transformação ou bens intermediários: são bens que ainda sofrerão alguma

transformação, isto é, são bens que compõem outros bens, tais como: cimento, chapas de aço, toras de madeira, etc.

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1.8 FLUXO REAL X FLUXO MONETÁRIO.

No mercado de fatores : as famílias representam a oferta pois são as famílias que vendem ou alugam

(isto é, ofertam) os recursos econômicos (mão-de-obra, máquinas, equipamentos, recursos naturais, etc.) para as firmas.

as firmas representam a demanda pois são elas que compram ou alugam os fatores de produção (os recursos econômicos) de propriedade das famílias.

No mercado do produto (mercado de bens e serviços) : as famílias representam a procura (demanda) pois são as famílias que

compram ou alugam (demandam) os bens e serviços produzidos pelas firma. as firmas representam a oferta pois são elas que vendem ou alugam os

produtos (bens e serviços) para as famílias.

Fluxo Real: É a circulação de recursos (fatores de produção) das famílias para as empresas e pelo fluxo de bens e serviços das empresas para as famílias (veja figura 1).

Fluxo monetário ou Fluxo nominal: É a circulação da renda (remuneração dos fatores de produção na forma de salários, aluguéis, juros e lucros) das empresas para as famílias e dos gastos das famílias para adquirir os bens e serviços produzidos pelas empresas (veja figura 1).

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FIGURA 1

EXERCÍCIOS

1. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) O ar que respiramos pode vir a ter um preço na Lua, somente porque

(A) haverá o exercício do direito de propriedade sobre o ar, além do fato de que gastar-se-ão horas de trabalho para produzi-lo.(B) haverá um estoque limitado do mesmo, além do fato de que haverá exercício do direito de propriedade sobre o mesmo.(C) serão utilizados fatores de produção escassos na sua produção.(D) o ar é sempre demandado e será produzido por fatores de produção escassos, além do fato de que alguém exercerá o direito de propriedade sobre o mesmo.(E) haverá uma procura por ar, além do fato de que haverá a necessidade de produção de água (a água é um insumo na produção de ar).

GABARITO

1-D

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2.1 DEFINIÇÃO

2.2 A CPP COMO UMA FRONTEIRA DE PRODUÇÃO

FIGURA 2

A, B: Pontos possíveis de serem produzidos e representam a plena utilização dos recursos.

CAPÍTULO 2

CURVA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO

A Curva de Possibilidade de Produção mostra as combinações de bens que são fisicamente possíveis de serem produzidos utilizando plenamente os recursos econômicos e dada (fixada) uma tecnologia.Cada ponto sobre a CPP representa uma possibilidade de produção, isto é, uma combinação de bens que são fisicamente possíveis de serem produzidos utilizando-se plenamente os recursos econômicos.

A CPP é uma fronteira de produção, isto é, mostra o limite máximo da produção (o máximo que se pode produzir), caso se utilize plenamente os recursos econômicos. A CPP também é interpretada como uma fronteira de produção no sentido de separar o que pode do que não se pode produzir, de modo que (veja figura 2): Pontos situados sobre a CPP: são possíveis de serem produzidos e representam

a plena utilização dos recursos econômicos e portanto mostram o máximo que se pode produzir.

Pontos situados aquém (abaixo) da CPP: são possíveis de serem produzidos, porém representam a não utilização plena dos recursos, logo caracterizam desperdício e ociosidade dos recursos.

Pontos situados além (acima) a CPP: são impossíveis de serem produzidos.

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C: Ponto possível de ser produzido mas representa a não utilização plena dos recursos

econômicos (representa ociosidade ou desperdício)

D: É um ponto (combinação de bens) que é impossível de ser produzido com os recursos disponíveis

2.3 A CPP E O PROBLEMA FUNDAMENTAL DA ECONOMIA

2.4 CUSTO DE OPORTUNIDADE (CUSTO SOCIAL, CUSTO ALTERNATIVO OU CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO)

A CPP reflete, mostra, o problema da escassez dos recursos econômicos. Para se produzir mais de um bem e portanto utilizar mais recursos na produção desse bem deve-se produzir menos do outro bem, pois como os recursos são limitados restam menos recursos para serem aplicados na produção deste último.

O custo de oportunidade é tudo aquilo que deve ser sacrificado ao se fazer determinada escolha. O custo de oportunidade de um bem mostra quantas unidades de um outro bem

devem ser sacrificadas para se produzir uma unidade a mais desse bem. Pôr exemplo: o custo de oportunidade da soja é igual à quantidade de algodão que deve ser sacrificada para se produzir uma unidade a mais de soja. O custo de oportunidade de um bem é sempre medido em quantidades sacrificadas de um outro bem.

O custo de oportunidade é a inclinação da CPP. O custo de oportunidade em um ponto da CPP é a inclinação da reta tangente à CPP nesse ponto (veja figura 3).

A inclinação da reta tangente à CPP em um ponto é o custo de oportunidade do bem que é plotado no eixo horizontal.

A CPP é decrescente devido a existência de custos de oportunidade. A CPP pode ser uma linha reta desde que os custos de oportunidade sejam

constantes, isto é, se os custos de oportunidade forem constantes então a CPP será uma reta.

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tg = Custo de oportunidade do algodão no ponto A.

FIGURA 3

2.5 LEI DOS RENDIMENTOS FÍSICOS MARGINAIS DECRESCENTES

2.6 CUSTOS DE OPORTINIDADE CRESCENTES

2.7 CONCAVIDADE DA CPP

Lei dos rendimentos decrescentesA medida que se utiliza muita quantidade de um insumo sua produtividade marginal (os acréscimos marginais, devidos a utilização de uma unidade à mais do insumo) diminui. Pôr exemplo: A medida que se utiliza uma unidade à mais do trabalho os acréscimos na produção são cada vez menores.

Como os rendimentos físicos marginais são decrescentes então os custos de oportunidade são crescentes. A medida que produz cada vez mais de um bem, devemos utilizar cada vez mais insumos na produção desse bem e pela lei dos rendimentos decrescentes os acréscimos na produção serão cada vez menores, logo o custo de se produzir cada vez mais de um bem é cada vez maior (as quantidades sacrificadas do outro bem serão cada vem maiores), ou seja os custos de oportunidade são crescentes.

A CPP é côncava em relação à origem porque os custos de oportunidade são crescentes.

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2.8 DESLOCAMENTO DA CPP

FIGURA 4

O aumento da disponibilidade dos recursos ou uma melhora da tecnologia desloca a CPP para fora. O ponto B que antes da expansão era impossível de ser produzido tornou-se viável após uma melhoria qualitativa e/ou quantitativa nos recursos econômicos.

EXERCÍCIOS

1. (AFTN 89/ESAF) Em relação à curva de possibilidades de produção abaixo, uma das afirmações é FALSA. Identifique-a:

A CPP se desloca para fora (se afasta da origem) quando:i. aumenta a disponibilidade dos recursos

ii. melhora a tecnologiaUm aumento da disponibilidade dos recursos disponíveis da economia ou melhoria da tecnologia aumentam a capacidade produtiva da economia e consequentemente deslocam a CPP para fora, pois essa mostra o limita máximo da produção e se a capacidade de produzir aumenta então esse limite se expande (veja figura 4). É importante notar que apenas esses aumentos e/ou melhorias dos recursos deslocam a CPP para fora.

0 X1Bem X

Bem Y

Y1

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(a) a curva de possibilidades de produção só se desloca a longo prazo, em função do aumento do número de ofertantes

(b) cada combinação de X e Y significa uma possibilidade de utilização ótima dos fatores produtivos

(c) a produtividade física marginal de cada recurso produtivo decresce com a maior utilização de cada um deles

(d) as combinações de X e Y que formam a curva são tais, que esgotam a utilização de recursos produtivos da economia

(e) os fatores de produção são escassos.2. (AFTN 91/ESAF) Assinale a informação falsa:(a) Um modelo simplificado da economia classifica as unidades econômicas em "famílias" e

"empresas", que integram em dois tipos de mercados: mercados de bens de consumo e serviços e mercados de fatores de produção.

(b) Os serviços dos fatores de produção fluem das famílias para as empresas, enquanto o fluxo contrário, de moeda, destina-se ao pagamento de salários, aluguéis, dividendos e juros.

(c) Os mercados desempenham cinco funções principais: (i) estabelecem valores ou preços; (ii) organizam a produção; (iii) distribuem a produção; (iv) racionam os bens, limitando o consumo à produção e (v) prognosticam o futuro, indicando como manter e expandir a capacidade produtiva.

(d) A curva de possibilidades de produção dos bens X e Y mostra a quantidade mínima de X que deve ser produzida, para um dado nível de produção de Y, utilizando-se plenamente os recursos existentes.

(e) A inclinação da curva de possibilidades de produção dos bens X e Y mostra quantas unidades do bem X podem ser produzidas a mais, mediante uma redução na produção do bem Y.

3. (AFTN 94/ESAF) Uma curva de possibilidades de produção, desloca-se:(a) para a direita quando, tudo o mais constante, aumentam os gastos do governo(b) para a direita quando, tudo o mais constante, aumenta a receita tributária do governo(c) para a esquerda quando, tudo o mais constante, aumenta a receita tributária do governo(d) para a direita, quando, tudo o mais constante, aumenta a disponibilidade de recursos

produtivos escassos(e) em sentido oposto ao da variação da demanda agregada efetiva

4. (BACEN 98/VUNESP) Considere a seguinte curva de "possibilidades de produção" para uma

determinada economia "fictícia":

X

Y

A C

BD

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Onde Y e X são os únicos bens produzidos na economia. Com base nesta curva, pode-se afirmar

que:

(a) a economia só poderá atingir o ponto "C" se houver um aumento na disponibilidade de seus

recursos produtivos e/ou através de inovações tecnológicas;

(b) os pontos "A", "B" e "D" representam condições em que todos os recursos produtivos

disponíveis estão sendo utilizados;

(c) a partir do ponto "D", só é possível atingir os pontos "A" e "B" se houver um aumento na

disponibilidade de recursos produtivos na economia;

(d) somente o ponto "A" representa o pleno emprego dos fatores produtivos, pois destaca-se por

ser o ponto mais alto da curva;

(e) no curto prazo, os pontos "A" e "B" representam maiores potenciais de crescimento

econômico (elevação do produto interno bruto) em relação ao ponto "D".

5. (MPU 96) O problema econômico de decidir que bens devem ser produzidos:

a) pode ser visto como sendo a escolha de um ponto sobre a curva de possibilidades de

produção;

b) ocorre somente quando o estoque do fator trabalho é pequeno em relação ao estoque dos

demais fatores produtivos;

c) perde o significado quando os insumos são completamente especializados;

d) depende basicamente da tecnologia usada e, portanto, não está relacionado à questão da

escassez;

e) é irrelevante em sociedades altamente desenvolvidas, caracterizadas por níveis elevados de

produtividade dos insumos.

6. (AO 97CARLOS CHAGAS) Quando uma economia não está trabalhando na sua curva de possibilidades de produção (A) há perfeita flexibilidade dos preços. (B) o progresso tecnológico é neutro. (C) o custo de oportunidade de aumentar a produção é nulo. (D) a oferta de fatores de produção é inelástica. (E) deve fechar-se ao comércio exterior.

7. (GESTOR 2001/ESAF) Indique a opção que apresenta o custo que representa o grau de sacrifício que se faz ao se optar pela produção de um bem, em termos da produção alternativa sacrificada.

a) custo externob) custo contábilc) custo históricod) custo de oportunidade

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e) custo marginal

GABARITO

1. A 3. D 5. A 7. D2. D 4. A 6. C

3.1 LEI DA DEMANDA (LEI DA PROCURA).

3.2 CURVA DE DEMANDA.

CAPÍTULO 3

DEMANDA (PROCURA)

Lei da Demanda (Lei da Procura) : Preços e quantidades demandadas são inversamente proporcionais, ceteris paribus. Isto é: se o preço aumenta a quantidade demandada diminui e vice- versa, se o preço diminuir então a quantidade demandada aumentará.A demanda (a procura) reflete o comportamento, as intenções, dos consumidores. O preço e a quantidade demandada são inversamente proporcionais porque se o preço estiver alto (caro) o consumidor desejará comprar pouco, porém se o preço estiver baixo (barato) o consumidor desejará comprar muito. A única exceção legítima à lei da demanda é um bem chamado bem de Giffen..OBS: Ceteris Paribus significa: tudo mais constante.

A curva de demanda é decrescente (possui inclinação negativa) porque o preço ( P ) e a quantidade demandada (Qd ) são inversamente proporcionais (veja figura 5).

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FIGURA 5

Ao preço de 1 u.m (unidade monetária) o consumidor deseja consumir 5 laranjas. Se o preço aumentar para 3 u.m então o consumidor deseja consumir apenas 2 laranjas, ou seja, o preço e a quantidade demandada são grandezas inversamente proporcionais.

3.3 FATORES QUE INFLUENCIAM A QUANTIDADE DEMANDADA DE UM BEM.

3.4 DIFERENÇA ENTRE DEMANDA E QUANTIDADE DEMANDADA.

3.5 DIFERENÇA ENTRE DESLOCAMENTO “NA” CURVA DE DEMANDA E DESLOCAMENTO “DA” CURVA DE DEMANDA.

A quantidade demandada de um bem é influenciada, além do seu próprio preço, pêlos seguintes fatores extra preço do bem: Renda Nominal Gostos e preferências Propaganda Preço dos bens relacionados ( preço dos bens substitutos e complementares) Expectativas Número de consumidores (compradores)

A quantidade demandada (Qd ) representa uma simples variável, pôr exemplo: 1, 2 ou 3 quantidades de laranjas demandadas (procuradas) pelo consumidor. A demanda (D) representa a relação , geralmente inversa, que existe entre o preço de um bem e a quantidade demandada deste bem. A quantidade demandada é colocada no eixo horizontal, enquanto que a demanda é a própria curva de demanda. A Demanda, isto é, a relação inversa entre preço e quantidade demandada pode ser mostrada através de um gráfico (a curva de demanda), uma tabela (relacionando o preço com quantidade demandada) ou uma equação matemática envolvendo o preço (P) e a quantidade demandada (Qd ).

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FIGURA 6

A variação na quantidade demandada de laranja foi causada pela variação no preço da laranja, isto é, a quantidade demandada caiu de 6 para 1 unidade porque o preço da laranja aumentou de 1 para 4, houve portanto um deslocamento na curva (ao longo da curva, sobre a curva) de demanda (do ponto A para o ponto B).

Lembre-se que demanda é própria curva de demanda. Portanto um deslocamento na demanda significa um deslocamento sobre a curva (ao longo da curva, em cima da curva, na curva)de demanda (que permanece fixa), enquanto que um deslocamento dademanda significa um deslocamento da curva como um todo, isto é, quando a própria curva desloca-se para a direita ou para a esquerda.

Deslocamento na curva de demanda

Quando as variações de quantidade demandada são causadas exclusivamente pôr variações de preço diremos que houve um deslocamento na demanda. Se quantidade demandada aumentou é porque o preço necessariamente diminuiu e se a quantidade demandada diminuiu é porque o preço aumentou (veja figura 6). Quando ocorre um deslocamento na curva de demanda é errado dizer que a demanda aumentou ou diminuiu, só é correto afirmar que a quantidade demandada aumentou ou então que diminuiu.

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FIGURA 7

Inicialmente ao preço de R$ 100,00 o consumidor deseja consumir 2 unidades de caviar por mês, porem, com o aumento de sua renda o consumidor deseja consumir, ao mesmo preço de R$ 100,00, 30 unidades de caviar, ou seja a demanda se deslocou da posição D para a posição D’.

Deslocamento da curva de demanda

Quando as variações de quantidade demandada são causadas pôr fatores extra preço do bem diremos que houve um deslocamento da demanda, isto é, a demanda desloca-se para a direita ou para a esquerda se as variações de quantidade demandada são causadas pôr outros fatores que não seja o preço do bem, tais como variações na renda, no gosto, no preço dos bens relacionados (substitutos e complementares), na expectativa ou no número de consumidores. Aumentar a demanda é um jargão que significa deslocar a curva de demanda para a direita (veja figura 7), deslocamento este causado pôr um fator extra preço tais como variações na renda, no gosto, etc., de modo análogo, diminuir a demanda significa deslocar a demanda para a esquerda. Quando ocorre um deslocamento da curva de demanda para a direita, além de dizer que a quantidade demandada aumentou, também é lícito dizer que a demanda aumentou. Quando ocorre um deslocamento da demanda para a esquerda, além de dizer que a quantidade demandada diminuiu, também é correto dizer que a demanda diminuiu.

Resumo: Quando as variações de quantidade demandada são causadas pôr variações no preço ocorre um deslocamento na curva de demanda. Quando as variações de quantidade são causadas pôr fatores extra preço do bem ( variações na renda, no gosto, no preço dos bens substitutos e complementares, na expectativa ou no número de compradores) ocorre um deslocamento da curva de demanda (para a direita ou para a esquerda). Portanto variações no preço de um bem causam um deslocamento na curva de demanda , enquanto que variações nos fatores extra preço ( tais como, variações na renda, gosto, preço dos bens relacionados, expectativa e número de consumidores) causam um deslocamento da curva de demanda. Aumentar a demanda é diferente de aumentar a quantidade demandada e diminuir a demanda é diferente de diminuir a quantidade demandada.

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3.6 DETERMINANTES DA DEMANDA DE UM BEM: EFEITO RENDA, EFEITO SUBSTITUIÇÃO E EFEITO PREÇO TOTAL.

EFEITO RENDA

Efeito renda: quando as variações de quantidade demandada de um bem são causadas exclusivamente pôr variações da renda dos consumidores deste bem. O efeito renda pode ser positivo ou negativo.Efeito renda positivo: Renda e quantidade demandada são diretamente proporcionais, isto é, uma variação na renda causa uma variação na quantidade demandada na mesma direção (um aumento da renda dos consumidores causa um aumento da quantidade demandada e vice-versa, uma diminuição na renda causa uma diminuição da quantidade demandada). Ocorre no caso dos bens normais ou superiores.Efeito renda negativo: Renda e quantidade demandada são inversamente proporcionais. Quando o efeito renda é negativo as variações na renda causam variações na quantidade demandada em direção oposta ( um aumento da renda dos consumidores causa uma diminuição da quantidade demandada e vice-versa, uma diminuição na renda dos consumidores causa um aumento da quantidade demandada). Ocorre no caso dos bens inferiores ( incluindo o bem de Giffen)

EFEITO SUBSTITUIÇÃO

Efeito substituição: quando as variações na quantidade demandada de um bem são causadas exclusivamente pôr variações no preço do bem, já compensando o consumidor pela perda de renda real. O efeito substituição é sempre negativo, isto é, qualquer que seja o bem (normal ou superior, inferior ou de Giffen) o efeito substituição é negativo pois implica numa relação inversa entre preço e quantidade demandada. Ocorre em todos os tipos de bens. OBS – Demanda compensada: é aquela na qual só existe efeito substituição, não possui efeito renda, portanto toda demanda compensada é decrescente.

EFEITO PREÇO TOTAL

Efeito preço total: é a soma do efeito renda com o efeito substituição, isto é, uma variação da quantidade demandada causada pôr uma variação no preço pode ser decomposto no efeito renda e no efeito substituição.

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Efeito

Substituição

(ES)

Efeito

Renda (ER)

Demanda

BEM normal ou superior negativo positivo decrescente

BEM inferior; ES>ER negativo negativo decrescente

BEM DE GIFFEN: ES<ER negativo negativo crescente

FIGURA 8

3.7 DEMANDA DE UM BEM: NORMAL OU SUPERIOR, INFERIOR E DE GIFFEN.

Bem normal ou superior: A renda e a quantidade demandada são diretamente proporcionais. Quando um bem é normal (feijão, arroz, etc) ou superior ( caviar, BMW) uma aumento da renda dos consumidores causa um aumento da quantidade demandada do bem, deslocando a curva de demanda deste bem para a direita e para cima, e vice-versa, uma diminuição na renda causa uma diminuição na quantidade demandada , deslocando a curva de demanda para a esquerda e para baixo. Nos bens normais ou superiores o efeito renda é positivo. A curva de demanda de um bem normal ou superior é decrescente porque o efeito renda positivo reforça o efeito substituição negativo.OBS: Note que o efeito renda não distingue o bem normal de um bem superior.

É a elasticidade renda que cria um critério de distinção entre o bem normal e o bem superior.

Bem inferior: A renda e a quantidade demandada são inversamente proporcionais. Um bem inferior é um bem “vagabundo”, de má qualidade (carne de 2ª, sebo, etc.). Quanto menor a renda do consumidor mais ele irá demandar bens inferiores. Quando um bem é inferior um aumento da renda do dos consumidores causa uma diminuição da quantidade demandada, deslocando a curva de demanda deste bem para a esquerda e para baixo e vice-versa, quando a renda dos consumidores diminui, a quantidade demandada do bem inferior aumenta deslocando a curva de demanda para a direita e para cima. Nos bens inferiores o efeito renda é negativo. A curva de demanda de um bem inferior é decrescente porque o efeito substituição negativo (que tende a tornar a demanda decrescente) é em módulo, em magnitude, maior que o efeito renda negativo (que tende a tornar a demanda crescente).

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3.8 BENS SUSTITUTOS E COMPLEMENTARES NA DEMANDA.

Bem de Giffen: é a única exceção legítima à lei da demanda. A curva de demanda de demanda de um bem de Giffen é crescente, isto é, uma diminuição no preço causa uma diminuição das quantidade demandada. Exemplos históricos: (i) batata na Irlanda no século 19, (ii) consumo de pão pela classes proletárias de Londres no século 19. A curva de demanda de um bem de Giffen é crescente porque o efeito renda negativo é maior (em módulo, em magnitude) que o efeito substituição. OBS: Um bem de Giffen é um bem:(i)excessivamente inferior; (ii) de cujo consumo o consumidor está saturado; (iii) e que possui uma participação relativa elevada no orçamento do consumidor.portanto todo bem de Giffen é um bem inferior mas nem todo bem inferior é um bem de Giffen.

OBSERVAÇÃOExistem outras exceções à lei da demanda, porém, não são consideradas exceções legítimas, tais como:( i ) Bem de Veblen ou bem de ostentação,( ii ) Bens para especulação.

Bens substitutos (bens sucedâneos ou concorrentes) na demanda

Bens substitutos na demanda são bens concorrentes no consumo (coca- cola e pepsi-cola, skol e antártica, café e chá, carne bovina e peixe, manteiga e margarina, fósforo e isqueiro, feijão e soja), isto é, disputam a primazia de serem consumidos, caso o consumidor consumir muito de um bem irá consumir pouco (menos) do outro ( do seu substituto),em outra palavras, o consumidor ora substitui o consumo de um bem pelo do outro. O preço de um bem e a quantidade demandada do seu substituto são diretamente proporcionais, isto é, se o preço da coca- cola aumentar então a quantidade demandada de pepsi- cola também aumentará, pois os consumidores deixarão de comprar coca- cola (já que ela está mais cara). Se o preço de um bem aumenta, então a quantidade demandada do seu substituto também aumenta, deslocando a curva de demanda deste (do substituto) para a direita e para cima e vice-versa (veja figura 9), se o preço de um bem diminui, a quantidade demandada do substituto diminui, deslocando a demanda do substituto para a esquerda e para baixo.

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FIGURA 9

Inicialmente ao preço de R$ 1,5 o consumidor deseja consumir 1 coca-cola, porém com o aumento do preço da pepsi-cola, o consumidor irá substituir o consumo de pepsi-cola por coca-cola e portanto, ao mesmo preço de R$ 1,5 seu desejo agora é de consumir 3 unidades de coca-cola, isto é, o aumento do preço da pepsi-cola deslocou a demanda de coca-cola para a direita (da posição D para a posição D’).

FIGURA10:

Bens complementares na demanda

Bens complementares na demanda são bens consumidos conjuntamente (terno e gravata, sapato e meia, cigarro e fósforo, automóvel e gasolina, pizza e guaraná, feijão e arroz), isto é, quando o consumidor consome de um bem quase que automaticamente consome também do outro bem. O preço de um bem e a quantidade demandada do seu complementar são inversamente proporcionais, pois se o preço do sapato diminui então a quantidade de meias aumenta (já que o consumidor comprará mais sapatos). Se o preço de um bem aumenta, então a quantidade do seu complementar diminui, deslocando a curva de demanda deste (do complementar) para a esquerda (veja figura 10) e para baixo e vice- versa, se o preço de um bem diminui, a quantidade demandada do complementar aumenta, deslocando a demanda do complementar para a direita e para cima.

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FIGURA 10

Inicialmente (sobre a demanda D) o consumidor deseja comprar 3 gravatas ao preço de R$ 20,0, porém se o preço do terno aumenta, o consumidor irá comprar menos ternos e portanto também irá comprar menos gravatas, isto é, o aumento do preço do terno desloca a curva de demanda da gravata para a esquerda.

RESUMO

Se o preço de um bem varia então haverá um deslocamento sobre a curva de demanda. Se a renda dos consumidores de um bem normal ou superior aumentar (diminuir) então a

demanda desse bem se deslocará para a direita e para cima ( para a esquerda e para baixo). Se a renda dos consumidores de um bem inferior aumentar (diminuir) então a demanda

desse bem se deslocará para a esquerda e para baixo ( para a direita e para cima). Se o preço de um bem aumentar (diminuir) então a demanda do substituto se deslocará para

a direita e para cima ( esquerda e para baixo). Se o peço de um bem aumentar (diminuir) então a demanda do complementar se deslocará

para a esquerda e para baixo (cima e para a direita). Uma expectativa favorável (desfavorável) desloca a demanda de um bem para a direita e

para cima (esquerda e para baixo). Se o número de consumidores aumenta (diminui) então a demanda se deslocará para a

direita e para cima ( esquerda e para baixo). A cláusula de ceteris paribus , representa uma análise de equilíbrio parcial, isto é, que

algumas variáveis não estão sendo levadas em consideração.

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EXERCÍCIOS

1. (AFTN 85/ESAF) A demanda de um bem normal X é expressa pela equação x = a - bp, onde xé a quantidade demandada do bem X, p é o preço do bem e a e b são parâmetros. Aumentando a renda dos consumidores:(a) a e b aumentam de valor(b) a e b diminuem de valor(c) a mantém-se constante e b aumenta de valor(d) a aumenta de valor e b mantém-se constante(e) a e b mantêm-se constantes

2. (AFTN 85/ESAF) Dado o gráfico abaixo, da demanda do bem x. Podemos afirmar que, tudo o mais mantido constante,

(a) quando aumenta a renda do consumidor, a curva de demanda do bem x desloca-se para a direita, se este bem for inferior

(b) quando aumenta o preço de um bem complementar ao bem x, a curva de demanda do bem x desloca-se para a esquerda

(c) quando aumenta o preço de um bem substituto do bem x, a curva de demanda do bem x desloca-se para a esquerda

(d) quando aumenta o preço do bem x, a curva de demanda de x desloca-se para a direita(e) quando aumenta o preço do bem x, a curva de demanda de x desloca-se para a esquerda.

Deslocamento da demanda para a direita e para cima

A demanda aumenta (desloca-se para a direita) quando : aumenta a renda dos consumidores de um bem normal ou superior, diminui a renda dos consumidores de um bem inferior, aumenta os gostos dos consumidores pelo bem, aumenta o preço de um bem substituto na demanda, diminui o preço de um bem complementar na demanda, aumenta as expectativas favoráveis, aumenta o número de consumidores do bem.

Quantidade de demanda

Preço

Dx

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3. (AFTN85/ESAF) O efeito substituição para qualquer tipo de bem é:(a) negativo(b) positivo(c) nulo(d) positivo e maior que o efeito renda(e) negativo e menor que o efeito renda

4. (BACEN 98VUNESP) Considerando-se a relação entre demanda por um bem e a renda do

consumidor, pode-se afirmar que:

(a) a relação entre renda e a demanda pelo bem é sempre positiva;

(b) uma elevação da renda necessariamente eleva a demanda pelo bem;

(c) uma elevação da renda não necessariamente eleva a demanda pelo bem;

(d) não existe a possibilidade da demanda pelo bem cair quando a renda aumenta;

(e) elevações na renda causam necessariamente elevação na demanda pelo bem na mesma

proporção.

5. (AO 97/CARLOS CHAGAS) A condição necessária e suficiente para um bem ter uma curva de demanda positivamente inclinada é a de ser: (A) um bem inferior e o efeito renda exceder o efeito substituição oposto. (B) um bem inferior. (C) um bem normal. (D) o efeito renda exceder o efeito substituição. (E) o efeito substituição exceder o efeito renda.

6. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) Supondo uma função da demanda marshalliana, um aumento da demanda por gasolina pode ser causado por:(A) queda ou aumento no preço da gasolina, mantidos os demais parâmetros constantes.(B) queda no preço do álcool combustível.(C) aumento da renda disponível dos consumidores.(D) aumento do preço dos carros movidos por gasolina.(E) avanço tecnológico que reduza, ou ao menos mantenha estável, o preço da gasolina.

7. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) Com relação a um bem de Giffen, pode-se afirmar que a

(A) oferta será negativamente inclinada, supondo o preço do bem representado no eixo vertical do plano cartesiano.(B) oferta será positivamente inclinada, supondo o preço do bem representado no eixo vertical do plano cartesiano.(C) demanda será vertical, pois o consumidor não aumentará (ou diminuirá) o consumo do bem em função de mudanças no preço do mesmo.(D) demanda será horizontal e congruente com o eixo horizontal do plano cartesiano.(E) demanda será positivamente inclinada.

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8. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) Com relação aos bens inferiores, normais e de Giffen, pode-se afirmar que

(A) para todos os bens de Giffen, o efeito substituição é maior que o efeito renda.(B) a diferença entre um bem normal e um bem inferior está no fato de que, para o segundo, quando há uma queda no preço do mesmo, o efeito renda possui sentido oposto, se comparado com um bem normal e a diferença, por outro lado, entre um bem de Giffen e um bem inferior reside no fato de que o efeito substituição, em sentido oposto ao efeito renda, é maior no caso dos bens de Giffen.(C) para todos os bens inferiores, o efeito substituição possui o mesmo sinal, o mesmo sentido, que o efeito renda.(D) para todos os bens normais, uma queda no preço do bem implica um efeito substituição e um efeito renda em sentidos opostos.(E) para todos os bens de Giffen, o efeito renda é maior que o efeito substituição.

9. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) Uma diminuição no preço de um bem, se tudo o mais permanecer constante, implicará

(A) em uma diminuição da quantidade demandada deste bem.(B) em um aumento da quantidade demandada deste bem.(C) em um deslocamento para a direita da curva de demanda deste bem.(D) em um deslocamento para a esquerda da curva de demanda deste bem.(E) em um deslocamento da curva de demanda e em uma diminuição da quantidade demandada deste bem.

10. (GESTOR 2000/ CARLOS CHAGAS) Quando o preço de um bem substituto do bem X cai, tem-se que

(A) a quantidade demandada do bem X permanece inalterada.(B) as quantidades demandadas do bem substituto e do bem X aumentam.(C) a quantidade demandada do bem X aumenta.(D) a quantidade demandada do bem X também cai.(E) as quantidades demandadas do bem substituto e do bem X permanecem constantes.

11. (GESTOR 2001) Entre as afirmações abaixo, indique aquelas que são Falsas (F) e as que são Verdadeiras (V).

( ) Bem público refere-se ao conjunto de bens gerais fornecidos pelo setor público: educação, justiça, segurança etc. São bens de consumo coletivo, que se caracterizam pela impossibilidade de excluir determinados indivíduos de seu consumo, uma vez delimitado o volume disponibilizado para a coletividade.

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( ) Bem inferior é um tipo de bem em que a quantidade demandada varia diretamente com o nível de renda do consumidor, coeteris paribus.

( ) Bem normal é um tipo de bem em que a quantidade demandada varia inversamente com o nível de renda do consunidor, coeteris paribus.

( ) Bens complementares são bens tais que a elevação no preço de um dos bens causa um movimento para a esquerda na curva de demanda do outro bem.

a) V, V, V, Vb) V, V, V, Fc) V, V, F, Fd) V, F, F, Ve) F, F, V, V

12. (Gestor 97/Carlos Chagas) Quando a renda de um indivíduo cai, tudo o mais permanecendo constante, a sua demanda por um bem inferior.(a) aumenta.(b) cai numa proporção igual a queda de sua renda.(c) cai numa proporção maior do que a queda de sua renda.(d) cai numa proporção menor do que a queda de sua renda.(e) permanece inalterada.

13. (AFC 97) De acordo com a teoria do consumidor, o efeito total do

decréscimo no preço de um bem qualquer é dividido entre:

(A) Efeito Substituição, devido à alteração nos preços relativos, que pode ser

positivo ou negativo, e Efeito Renda, devido à alteração no poder de

compra, que pode ser positivo ou negativo.

(B) Efeito Substituição, devido à alteração no poder de compra, que pode ser

negativo ou positivo, e Efeito Renda, devido à alteração nos preços

relativos, que só pode ser positivo.

(C) Efeito Substituição, devido à alteração nos preços relativos, que pode ser

negativo ou positivo, e Efeito Renda, devido à alteração no poder de

compra, que só pode ser positivo.

(D) Efeito Substituição, devido à alteração no poder de compra, que só pode

ser positivo, e Efeito Renda, devido à alteração nos preços relativos, que

só pode ser negativo.

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(E) Efeito Substituição, devido à alteração nos preços relativos, que só pode

ser negativo, e Efeito Renda, devido à alteração no poder de compra,

que pode ser positivo ou negativo.

14. (AFCE-TCU/95) Julgue os itens seguintes (certo-C e errado-E).

a) Diz a lei da demanda que há relação inversa entre o preço e a quantidade demandada de um bem normal.Ora, um vendedor de cachorros-quentes afirma ter observado serem as elevações de preço de seu produto acompanhadas de aumentos da quantidade vendida.Descartando-se, por improvável, um equívoco do vendedor, conclui-se que ou a lei da demanda não se aplica a cachorros- quentes, ou este produto não é um bem normal.

b) curva de oferta do bem X elevar-se á em qualquer uma das circunstâncias seguintes: os salários dos trabalhadores sobem; a depreciação do capital reduz a produtividade do trabalho; e o preço de X aumenta.

c) Para qualquer bem, são deslocadores da curva de demanda: a renda dos consumidores, os preços dos bens complementares, os preços dos bens substitutos, os gostos (preferenciais) dos consumidores e o número de consumidores.

d) Se um bem é inferior, um aumento da renda dos consumidores leva a uma redução da demanda do bem.

15. (AFC-TCU/96) A análise da oferta e demanda, que estuda as interações entre vendedores e compradores em uma economia de mercado, constitui o cerne do estudo dos fenômenos econômicos.A respeito desse assunto, julgue os itens a seguir.(certo-C e errado E).

a) A queda substancial do preço dos computadores, concomitantemente ao aumento da produção desses bens, é perfeitamente compatível com a existência, nesse mercado, de uma curva de oferta, de curto prazo, positivamente inclinada.

b) O efeito substituição afirma que as pessoas compram mais quando o preço diminui, porque o poder de compra aumenta.

c) A abertura do mercado automobilístico aos produtores estrangeiros desloca a curva de oferta de carros para a direita.

d) Como bicicletas ergométricas e máquinas simuladoras de escada (step)são bens substitutos, um aumento no preço das bicicletas elevará o preço das máquinas simuladoras de escada.

16. (AFCF/97) D e acordo com a teoria do consumidor, o efeito do decréscimo no preço de um bem qualquer é dividido entre:

a) efeito-substituição, devido a alteração nos preços relativos, que pode ser positivo ou negativo, e efeito-renda, devido a alteração no poder de compra, que pode ser positivo ou negativo;

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b) efeito- substituição, devido a alteração no poder de compra, que pode ser positivo ou negativo, e efeito-renda, devido a alteração nos preços relativos, que só pode ser positivo;

c) efeito-substituição, devido a alteração nos preços relativos, que pode ser positivo ou negativo, e efeito-renda, devido a alteração no poder de compra, que só pode ser positivo;

d) efeito-substituição, devido a alteração no poder de compra, que só pode ser positivo, e efeito-renda, devido a alteração nos preços relativos, que só pode ser negativo;

e) efeito-substituição, devido a alteração nos preços relativos, que só pode ser negativo, e efeito-renda, devido a alteração no poder de compra, que pode ser positivo ou negativo.

17. (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental/97)A curva de demanda de um bem é representada pela seguinte equação: p=200-5q, onde p é o preço e q a quantidade. A receita total será maximizada quando a quantidade for igual a:

a) 10

b) 20

c) 30

d) 40

e) 50

18. (GESTOR 2002-ESAF) “A quantidade demandada de um bem aumentaquando o preço do mesmo diminui e, inversa-mente,diminui quando seu preço aumenta. Assim,a demanda de um bem parece responder àchamada ‘lei da demanda’, que diz que sempreque o preço de um bem aumenta (diminui) suaquantidade demandada diminui (aumenta).”Embora o comportamento da grande maioria dosbens atenda à referida “lei da demanda”, acimamencionada, há exceções, são os chamadosa) bens substitutos.b) bens complementares.c) bens de Giffen.d) bens normais.e) bens inferiores.

GABARITO

1. D 5. A 9. B 13. E 17. B2. B 6. C 10. D 14. F,F,V,V 18. C3. A 7. E 11. D 15. V,F,V,V4. C 8. E 12. A 16. E

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4.1. LEI DA OFERTA

4.2 CURVA DE OFERTA

FIGURA 11

CAPÍTULO 4

OFERTA

Lei da Oferta : Preços e quantidades ofertadas são diretamente proporcionais, ceteris paribus. Isto é: se o preço aumenta a quantidade ofertada aumenta e vice- versa, se o preço diminui então a quantidade ofertada diminui.A oferta reflete o comportamento, as intenções, dos produtores (das firmas). O preço e a quantidade ofertada são diretamente proporcionais porque se o preço estiver alto (caro) o produtor desejará vender muito, porém se o preço estiver baixo (barato) o produtor desejará vender pouco. OBS: Ceteris Paribus significa: tudo mais constante.

A curva de oferta é crescente (possui inclinação positiva) porque o preço ( P ) e a quantidade ofertada (Qs ) são diretamente proporcionais (veja figura 11).

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Se o preço da laranja aumentar de 1 para 2 então a quantidade ofertada pelo produtor aumentará de 3 para 6, isto é, o preço e a quantidade ofertada são diretamente proporcionais.

4.3 FATORES QUE INFLUENCIAM A QUANTIDADE OFERTADA DE UM BEM

4.4 DIFERÊNÇA ENTRE OFERTA E QUANTIDADE OFERTADA

4.5 DIFERENÇA ENTRE DESLOCAMENTO “NA” CURVA DE OFERTA E DESLOCAMENTO “DA” CURVA DE OFERTA

A quantidade ofertada de um bem é influenciada, além do seu próprio preço, pêlos seguintes fatores extra preço do bem: Preço dos insumos (custo) Condições climáticas Tecnologia Preço dos bens relacionados ( preço dos bens substitutos e complementares) Expectativas Impostos Número de vendedores (firmas)

A quantidade ofertada (Qs ) representa uma simples variável, pôr exemplo: 1, 2 ou 3 quantidades de laranjas ofertadas (produzidas) pela firma. A Oferta (S de suplay) representa a relação , direta, que existe entre o preço de um bem e a quantidade ofertada deste bem. A quantidade ofertada é colocada no eixo horizontal, enquanto que a oferta é a própria curva de oferta. A Oferta, isto é, a relação direta entre preço e quantidade ofertada pode ser mostrada através de um gráfico (a curva de oferta), uma tabela (relacionando o preço com quantidade ofertada) ou uma equação matemáticaenvolvendo o preço (P) e a quantidade ofertada (Qs ).

Lembre-se que a oferta é própria curva de oferta. Portanto um deslocamento na oferta significa um deslocamento sobre a curva (ao longo da curva, em cima da curva, nacurva)de oferta (que permanece fixa), enquanto que um deslocamento da oferta significa um deslocamento da curva como um todo, isto é, quando a própria curva desloca-se para a direita ou para a esquerda.

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FIGURA 12

Inicialmente (no ponto A) ao preço de R$ 1,0 e produtor deseja vender 3 unidades-sacos de feijão, porém se o preço do feijão aumenta de R$ 1 para R$ 2 o produtor desejará vender 6 unidades, ou seja, a variação na quantidade ofertada de feijão (de 3 para 6) foi causada pela variação no preço de feijão (de 1 para 2) e portanto houve um deslocamento na curva (ao longo da curva, sobre a curva) de oferta (do ponto A para o ponto B).

Deslocamento na curva de oferta

Quando as variações de quantidade ofertada são causadas exclusivamente pôr variações de preço diremos que houve um deslocamento na oferta (veja figura 12). Se quantidade ofertada aumentou é porque o preço necessariamente aumentou e se a quantidade ofertada diminuiu é porque o preço diminuiu. Quando ocorre um deslocamento na curva de oferta só é lícito dizer que a quantidade ofertada aumentou (ou diminuiu), é errado dizer que a oferta aumentou (ou diminuiu).

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FIGURA 13Uma condição climática adversa desloca a curva de oferta para a esquerda (d posição S

pra a posição S’).

4.6 BENS SUSTITUTOS E COMPLEMENTARES NA OFERTA

Deslocamento da curva de oferta

Quando as variações de quantidade ofertada são causadas pôr fatores extra preço do bem diremos que houve um deslocamento da oferta, isto é, a oferta desloca-se para a direita ou para a esquerda se as variações de quantidade ofertada são causadas pôr outros fatores que não seja o preço do bem, tais como variações no preço dos insumos, na tecnologia, nas condições climáticas, no preço dos bens relacionados (substitutos e complementares), na expectativa ou no número de firmas. Aumentar a oferta significa deslocar a curva de oferta para a direita. Diminuir a oferta significa deslocar a oferta para a esquerda (veja figura 13). Quando ocorre um deslocamento da curva de oferta, é correto afirmar, conforme o caso, que tanto a oferta quanto a quantidade ofertada aumentou ou então que a oferta e quantidade ofertada diminuiu.

Bens complementares na oferta

Bens complementares na oferta são bens produzidos conjuntamente (carne e couro, manteiga e leite com baixo teor de gordura), isto é, quando o produtor está produzindo um bem quase que automaticamente estará produzindo também o outro bem. O preço de um bem e a quantidade ofertada do seu complementar são diretamente proporcionais, pois se o preço da carne aumenta então a quantidade produzida de couro também aumenta (já que ao abater o gado para produzir carne o produtor estará também produzindo o couro). Se o preço de um bem aumenta, então a quantidade ofertada do seu complementar aumenta, deslocando a curva de oferta deste (do complementar) para a direita e para baixo e vice- versa, se o preço de um bem diminui, a quantidade ofertada do complementar diminui, deslocando a oferta do complementar para a esquerda e para cima.

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Resumo: Quando as variações de quantidade ofertada são causadas pôr variações no preço ocorre um deslocamento na curva de oferta. Quando as variações de quantidade são causadas pôr fatores extra preço do bem ( variações no preço dos insumos, na tecnologia, nas condições climáticas, no preço dos bens substitutos e complementares, na expectativa ou no número de vendedores) ocorre um deslocamento da curva de oferta (para a direita ou para a esquerda). Portanto variações no preço de um bem causam um deslocamento na curva de oferta , enquanto que variações nos fatores extra preço ( tais como variações no preço dos insumos, na tecnologia, nas condições climáticas, no preço dos bens substitutos e complementares, na expectativa ou no número de vendedores ) causam um deslocamento da curva de oferta. Aumentar a oferta é diferente de aumentar a quantidade ofertada e diminuir a oferta é diferente de diminuir a Qs

Bens substitutos (bens sucedâneos ou concorrentes) na oferta

Bens substitutos na oferta são bens concorrentes na produção (feijão e soja, laranja e tangerina, manteiga e leite com alto teor de gordura, açúcar e álcool), isto é, disputam a primazia de serem produzidos, caso o produtor decida produzir muito de um bem irá produzir pouco (menos) do outro ( do seu substituto),em outra palavras, o produtor ora substitui a produção de um bem pela produção do outro. O preço de um bem e a quantidade ofertada do seu substituto são inversamente proporcionais, isto é, se o preço da laranja aumentar então a quantidade ofertada (produzida) de tangerina diminuirá, pois o produtor desejará produzir laranjas. Se o preço de um bem aumenta, então a quantidade ofertada do seu substituto diminui, deslocando a curva de oferta deste (do substituto) para a esquerda e para cima e vice-versa, se o preço de um bem diminui, a quantidade ofertada do substituto aumenta, deslocando a oferta do substituto para a direita e para baixo.

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EXERCÍCIOS

1. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) Se a curva de oferta de um bem for positivamente inclinada, um aumento no preço deste bem, implicará

(A) em uma situação inalterada.(B) em uma diminuição de sua quantidade ofertada.(C) em um aumento de sua quantidade ofertada.(D) em um deslocamento para a direita de sua curva de oferta.(E) em um deslocamento para a esquerda de sua curva de oferta.

2. (AFC 96) Suponha um mercado competitivo em situação de equilíbrio.

Qual dos eventos abaixo causará um deslocamento da curva de oferta deste mercado para

cima?

(A) o preço de um dos fatores utilizados na produção do bem deste mercado

diminui.

(B) os consumidores passam a apreciar mais o bem.

RESUMO

Se o preço de um bem varia então haverá um deslocamento sobre a curva de oferta. Se o preço dos insumos de um bem aumentar (diminuir) então a oferta desse bem se

deslocará para a esquerda e para cima ( para a direita e para baixo). Se a tecnologia da produção de um bem melhorar (piorar) então a oferta desse bem se

deslocará para a direita e para baixo ( para a esquerda e para cima). Se o preço de um bem aumentar (diminuir) então a oferta do complementar se deslocará

para a direita e para baixo (esquerda e para cima). Uma condição climática favorável (desfavorável) desloca a oferta de um bem para a direita

e para baixo (esquerda e para cima).

Se o preço de um bem aumentar (diminuir) então a oferta do substituto se deslocará para a esquerda e para cima (para a direita e para baixo).

Se o número de firmas aumentar a oferta desloca para a direita e para baixo ( esquerda e para cima).

p*

p

q* q

O

D

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(C) o preço de todos os fatores utilizados na produção do bem deste

mercado diminui.

(D) uma lei impõe a utilização de uma tecnologia menos eficiente,

aumentando o custo marginal para produzir qualquer quantidade do bem

deste mercado.

(E) o preço do bem aumenta.

3. (GESTOR 2002/ ESAF) A curva de oferta mostra o que acontece com aquantidade oferecida de um bem quando seu preçovaria, mantendo constante todos os outrosdeterminantes da oferta. Quando um desses determinantesmuda, a curva da oferta se desloca.Indique qual das variáveis abaixo, quando alterada,não desloca a curva da oferta.a) Tecnologiab) Preços dos insumosc) Expectativasd) Preço do beme) Número de vendedores

GABARITO

1.C 2. D 3. D

5.1 PREÇO DE EQUILÍBRIO

CAPÍTULO 5

PREÇO DE EQUILÍBRIO E LEI DA OFERTA E DA PROCURA

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FIGURA 14

5.2 QUANTIDADE DE EQUILÍBRIO

5.3 MERCADOS NÃO EQUILIBRADOS

Preço de equilíbrio É o preço determinado conjuntamente pela oferta e pela demanda, isto é, é o preço determinado pelo mercado, pela livre interação entre as forças de demanda e oferta (veja figura 14). Nem a demanda, nem a oferta isoladamente podem determinar o preço, e sim a atuação conjunta de ambas. O preço de equilíbrio é aquele que iguala as intenções da oferta e da demanda ( Qd = Qs ). Para se determinar o preço de equilíbrio basta igualar a quantidade demandada (Qd ) com a quantidade ofertada (Qs ), isto é, ( Qd = Qs ), ou então igualar o preço de demanda (Pd ) com o preço de oferta (Ps ), isto é , (Pd = Ps ).

A quantidade de equilíbrio é aquela que corresponde ao preço de equilíbrio. A quantidade de equilíbrio é aquela que iguala os preços que os consumidores desejam pagar ((Pd ) com os preços que os produtores desejam receber (Ps ). A quantidade de equilíbrio iguala os preços de demanda e de oferta (Pd = Ps ).

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FIGURA 15

5.4 LEI DA OFERTA E DA PROCURA

Lei da Oferta e da Procura ( 1º caso)Se a demanda (procura) pôr um bem aumenta então o preço desse bem aumenta (veja figura 16), em outras palavras, se a procura pôr um bem aumenta, isto é, se a curva de demanda se desloca para a direita, então o preço de equilíbrio desse bem aumenta. De fato, se a procura pôr laranjas aumentar então sei preço aumentará . Lembre-se que a demanda aumenta (desloca-se para a direita) quando : aumenta a renda dos consumidores de um bem normal ou superior, diminui a renda dos consumidores de um bem inferior, aumenta os gostos dos consumidores pelo bem, aumenta o preço de um bem substituto na demanda, diminui o preço de um bem complementar na demanda, aumenta as expectativas favoráveis aumenta. o número de consumidores do bem.

Desequilíbrios de mercados

O mercado encontra-se em desequilíbrio (veja figura 15) quando há : Excesso de oferta (escassez de demanda): Ocorre quando a quantidade

ofertada é maior que a quantidade demandada, ou seja, o preço praticado no mercado é maior que o preço de equilíbrio desse mercado. A concorrência entre os produtores diminuirá o preço praticado, até igualar o preço de equilíbrio.

Excesso de demanda (escassez de oferta) : Ocorre quando a quantidade demandada é maior que a quantidade ofertada, ou seja, o preço praticado é menor que o preço de equilíbrio. A concorrência entre os consumidores aumentará o preço praticado, até igualar o preço de equilíbrio.

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FIGURA 16

‘FIGURA 17

Lei da Oferta e da Procura ( 2º caso)Se a demanda (procura) pôr um bem diminuir então o preço desse bem irá diminuir, ou seja, se a demanda pôr um bem diminuir, isto é, se a curva de demanda do bem se deslocar para a esquerda, então, o preço desse bem diminuirá (veja figura 17). De fato, se a procura pôr laranjas diminuir então seu preço diminuirá. Lembre-se que a demanda de um bem diminui (desloca-se para a esquerda) quando : diminui a renda dos consumidores de um bem normal ou superior, aumenta a renda dos consumidores de um bem inferior, diminui os gostos dos consumidores pelo bem, diminui o preço de um bem substituto na demanda, aumenta o preço de um bem complementar na demanda, diminui as expectativas favoráveis, diminua o número de consumidores do bem.

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FIGURA 18

Lei da Oferta e da Procura ( 3º caso)

Se a oferta de um bem aumentar, então o seu preço irá diminuir. Se a oferta de um bem aumentar, isto é, se a curva de oferta se deslocar para a direita, então o preço de equilíbrio desse bem diminuirá (veja figura 18). De fato, se a oferta de laranjas aumentar, então o seu preço diminuirá. Lembre-se que a oferta aumenta (curva de oferta se desloca para a direita) quando: diminui o preço dos insumos, ocorrem condições climáticas favoráveis, diminui o preço de um bem substituto na oferta, aumenta o preço de um bem complementar na oferta, ocorre expectativas favoráveis, há uma redução dos impostos.

Lei da Oferta e da Procura ( 4º caso)Se a oferta de um bem diminuir, então o seu preço aumentará. De fato, se a oferta de um bem diminuir, isto é, se a curva de oferta se desloca para a esquerda, então o seu preço de equilíbrio aumentará (veja figura 19). De fato, se a oferta de laranjas diminuir então o seu preço aumentará. Lembre-se que a oferta diminui (curva de oferta se desloca para a esquerda) quando: aumenta o preço dos insumos, ocorrem condições climáticas adversas, aumenta o preço de um bem substituto na oferta, diminui o preço de um bem complementar na oferta, ocorre expectativa desfavorável, há um aumento dos impostos.

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FIGURA 19

EXERCÍCIOS1. (AFTN 89/ESAF) Dado o diagrama abaixo, representativo do equilíbrio no mercado do bem X, assinale a alternativa correta:

(a) X é um "bem de Giffen"(b) Tudo mais constante, o ingresso de empresas produtoras no mercado do bem X provocaria

elevação do preço de equilíbrio do bem X(c) O mercado do bem X é caracterizado por concorrência perfeita(d) Tudo mais constante, um aumento na renda dos consumidores provocaria um aumento no

preço de equilíbrio do bem X, se este for inferior(e) Tudo mais constante, a diminuição no preço do bem Y, substituto de X, levará a um aumento

no preço de equilíbrio de X.

2. (TCU 93) Suponha-se que o mercado de batata de Irecê (Bahia) apresente uma estrutura

considerada de concorrência perfeita, com demanda mensal dada pela equação:

QD = 1000 – 2 P, em que QD é a quantidade em quilos, mensalmente demandada, e P é o preço

Demanda de X

Quantidade do bem X

Preço de X Oferta de X

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por quilo. Embora a produção mensal de batata em Irecê seja estável e se situe em torno de 800

quilos, uma praga reduziu-a inesperadamente a 500 quilos. Em conseqüencia:

(a) o preço do quilo deverá sofrer um aumento de 100%, para manter o mercado em equilíbrio;

(b) no intervalo de preços definido pelas duas situações de oferta, antes e depois da praga, a

demanda mensal no município de Irecê será elástica com relação aos preços;

(c) embora ofertando menos, os produtores de Irecê experimentarão um aumento de receita, com

os novos preços de equilíbrio;

(d) a oferta mensal, no município de Irecê, será sempre insuficiente para atender à demanda,

qualquer que seja o preço cotado no mercado;

(e) a curva de oferta mensal, em Irecê, tornar-se-á perfeitamente elástica em relação aos preços.

3. (GESTOR 2001/ESAF) “O preço em uma economia de mercado é determinado tanto pela oferta como pela procura. Colocando em um único gráfico as curvas de oferta e procura de um bem ou serviço qualquer, a intersecção das curvas é o ponto de equilíbrio E, ao qual correspondem o preço p0 e a quantidade q0. Este ponto é único: a quantidade que os consumidores desejam comprar é exatamente a quantidade que os produtores querem vender. Ou seja, não há excesso ou escassez de oferta ou de demanda. Existe coincidência de desejos.”

(Trecho extraído do livro “Economia: micro e macro” de Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos, São Paulo. Atlas, 2.000 p. 66)

Dadas a função de demanda (D = 20 – 2p) e a função de oferta (S = 12 + 2p), pede-se:

1) determinar o preço de equilíbrio (p0); 2) determinar a respectiva quantidade de equilíbrio (q0); 3) identificar se existe excesso de oferta ou de demanda, se o preço for $ 3 e 4) definir a magnitude desse excesso (q).

Indique a opção correta.

a) 1) p0 = $ 2; 2) q0 = 16 un.; 3) excesso de oferta e 4) q = 4 un.

b) 1) p0 = $ 2; 2) q0 = 16 un.; 3) excesso de demanda e 4) q = 4 un.

c) 1) p0 = $ 4; 2) q0 = 12 un.; 3) excesso de oferta e 4) q = 8 un.

d) 1) p0 = $ 4; 2) q0 = 12 un.; 3) excesso de demanda e 4) q = 8 un.

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e) 1) p0 = $ 6; 2) q0 = 10 un.; 3) excesso de oferta e 4) q = 6 un.

4. (AFC 2000/ESAF) Caso haja uma geada na região que produz a alface consumida em uma cidade, pode-se prever que, no curto prazo, no mercado de alface dessa cidade,

a) a curva de demanda deverá se deslocar para esquerda em virtude da elevação nos preços, o que fará com que haja uma redução na quantidade demandada

b) a curva de oferta do produto deverá se deslocar para a esquerda, o que levará a um aumento no preço de equilíbrio e a uma redução na quantidade transacionada

c) a curva de oferta se deslocará para a direita, o que provocará uma elevação no preço de equilíbrio e um aumento na quantidade demandada

d) não é possível prever o impacto sobre as curvas de oferta e de demanda nesse mercado, uma vez que esse depende de variáveis não mencionadas na questão

e) haverá um deslocamento conjunto das curvas de oferta e de demanda, sendo que o impacto sobre o preço e a quantidade de equilíbrio dependerá de qual das curvas apresentar maior deslocamento

5. (Gestor 97/Carlos Chagas) A curva de demanda de um bem é representada pela

seguinte equação p=200-5q onde:

p preço

q quantidade

A receita total será maximizada quando a quantidade for igual a:

(A) 10

(B) 20

(C) 30

(D) 40

(E) 50

6. (Economista do Ministério das Minas e Energia/83) Considere as equações Ps = 100 + 5Qs e Pd = 280 – 4Qd, sendo Os e Pd, respectivamente, os preços de oferta e de procura, e Qs e Qd as quantidades oferta e procurada de um determinado produto. Existe um preço, acima do de equilíbrio, que, se vigorasse no mercado, provocaria um excedente de produção de 18 unidades do produto. Esse preço é igual a

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Microeconomia

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a) 230. b) 240 c) 250 d) 260

7. (GESTOR 2002/ESAF) As curvas de oferta e demanda de mercado deum bem são, respectivamente: S = – 400 + 400 pe D = 5.000 – 500 p. Pede-se:(1) o preço e a quantidade de equilíbrio (p1 e q1)dada a alíquota de um imposto específico T = 0,9por produto e(2) o valor total da respectiva arrecadação do governo.a) (1) p1 = 6,40 e q1 = 1.800 e (2) 1.620,00b) (1) p1 = 6,00 e q1 = 1.920 e (2) 1.728,00c) (1) p1 = 6,00 e q1 = 2.000 e (2) 1.800,00d) (1) p1 = 5,76 e q1 = 2.000 e (2) 1.800,00e) (1) p1 = 4,80 e q1 = 2.400 e (2) 2.160,00

8. (ANLISTA DE ORÇAMENTO 2002/ESAF) Considere o seguinte modelo de oferta e demandapara um determinado bem:Qd = a – b.PtQs = – c + d.Pt – 1onde:Qd = quantidade demandada do bem;Qs = quantidade ofertada do bem;Pt = preço do bem no período t;Pt – 1 = preço do bem no período anterior; e"a", "b", "c" e "d" constantes positivas.Com base neste modelo, é correto afirmar que:a) o modelo é conhecido como "modelo da teiade aranha" e possui dinâmica explosiva umavez que os parâmetros "a", "b", "c" e "d" sãopositivos.b) o modelo tende necessariamente ao equilí-brio.c) a dinâmica do modelo dependerá dos valores"b" e "d".d) não existe equilíbrio neste modelo.e) tanto a curva de oferta quanto a de demandasão positivamente inclinadas.

9. (ANALISTA DE ORÇAMENTO 2002/ESAF) Considere o seguinte modelo de oferta e demandapara um determinado bem:Qd = a – b.PQs = – c + d.P.P/.t = á .(Qd – Qs)onde:Qd = quantidade demandada do bem;Qs = quantidade ofertada do bem;P = preço do bem;"a", "b", "c", "d" e "á " constantes positivas;.P = variação do preço; e.t = variação do tempo.Com base nestas informações, é correto afirmarque:a) a dinâmica do modelo é imprevisível dadoque "b", "d" e "á " são positivos.b) dado que "á " e "d" são positivos, o equilíbriode mercado será necessariamente instável.c) a condição de que "b" > 0 torna o modelo

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instável.d) não é possível encontrar o preço de equilíbriode mercado neste modelo.e) como "d" > "– b", o equilíbrio do modelo seráestável.

GABARITO

1. C 4. B 7. A2. C 5. B 8.C3. A 6. B 9.E

6.1 DEFINIÇÃO

CAPÍTILO 6

ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA

A elasticidade - preço da demanda mede a sensibilidade na quantidade demandada ( Qd ) quando se faz uma variação no preço ( P ) de um bem. A demanda de um bem pode ser elástica, inelástica ou de elasticidade unitária. A demanda é elástica quando uma pequena variação no preço causa proporcionalmente uma grande variação no preço. A demanda é inelástica quando é insensível à variação de preço, isto é, uma grande variação de preço causa proporcionalmente uma pequena variação na quantidade demandada. A demanda é de elasticidade unitária quando uma variação no preço causa uma variação na quantidade demandada na mesma proporção. O coeficiente de elasticidade- preço da demanda () é definido como a razão entre a variação percentual na quantidade demandada e a variação percentual no preço, isto é:

%

%

P

Qd

.

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Curso Professor Geraldo Goes Página 43

6.2 CÁLCULO DA ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA

1º CASO: QUANDO OS DADOS SÃO PERCENTUAIS.

Quando os dados relativos à quantidade demandada e ao preço estão na forma percentual devemos utilizar a fórmula abaixo:

%

%

P

Qd

Ou seja a elasticidade- preço da demanda é igual a variação percentual na quantidade demandada ( %dQ ) dividida pela variação percentual no preço ( %P ).

Exemplo : Se um aumento de 10% no preço de um bem causa uma diminuição de 20% na quantidade demandada desse bem, calcule a elasticidade preço da demanda.

Solução: 210

20

%

%

P

Qd ( demanda elástica)

2º CASO: QUANDO OS DADOS SÃO TABELADOS E É ESPECIFICADO O NÍVEL DE PREÇO.

Quando os dados relativos à quantidade demandada e ao preço estão na forma de uma tabela e o comando da questão especifica o nível de preço no qual deve-se calcular a elasticidade-preço da demanda, devemos utilizar a fórmula abaixo:

Q

P

P

Q

Ou seja a elasticidade- preço da demanda é igual ao produto da razão entre a variação na quantidade ( dQ ) e a variação no preço ( P ) pela razão entre o preço e a quantidade

demandada.

Exemplo: Dada a tabela abaixo calcule a elasticidade- preço da demanda:a) ao preço de 10;b) ao preço de 40.

Preço Quantidade10 8040 20

Solução : a) 4

1

80

10

30

60

xQ

P

P

Q (demanda inelástica)

b) 420

40

30

60

xQ

P

P

Q (demanda elástica)

Page 44: Microeconomia - Geraldo Góes

Microeconomia

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3º CASO: QUANDO OS DADOS SÃO TABELADOS E NÃO É ESPECIFICADO O NÍVEL DE PREÇO (ELASTICIDADE NO ARCO).

Quando os dados relativos à quantidade demandada e ao preço estão na forma de uma tabela e o comando da questão não especifica o nível de preço no qual deve-se calcular a elasticidade- preço da demanda, devemos utilizar a fórmula abaixo:

)(

)(

21

21

QQ

PP

P

Q

Ou seja a elasticidade- preço da demanda é igual ao produto da razão entre a variação na quantidade ( dQ ) e a variação no preço ( P ) pela razão entre a soma dos preços e a soma das

quantidades demandadas.

Exemplo: Dada a tabela abaixo calcule a elasticidade- preço da demanda:

Preço Quantidade10 8040 20

Solução: 1)2080(

)4010(

30

60

)(

)(

21

21

xQQ

PP

P

Q (demanda com elasticidade unitária)

4º CASO: QUANDO É DADA A FUNÇÃO DE DEMANDA (ELASTICIDADE NO PONTO)

Quando a relação entre a quantidade demandada e o preço é dada pôr uma equação de demanda e pede-se para calcular a elasticidade preço da demanda, devemos utilizar a fórmula abaixo:

Q

P

dP

dQ

Ou seja a elasticidade- preço da demanda é igual ao produto da derivada da quantidade

em relação ao preço (dP

dQ) pela razão entre o preço e a quantidade demandada (

Q

P).

Exemplo: A demanda de um bem é 1002 PQd , calcule a elasticidade- preço

da demanda ao preço de 10.

Solução : Para calcular a elasticidade da demanda quando é dada a equação de demanda devemos seguir o procedimento abaixo:

1º passo: calcular a derivada da quantidade em relação ao preço:

Page 45: Microeconomia - Geraldo Góes

Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 45

2dP

dQ

2º passo: calcular a quantidade que corresponde ao preço de 10:

80100)10.(2 Q

3º passo: calcular a razão entre o preço e a quantidade:

80

10

Q

P

3º passo: aplicar a fórmula Q

P

dP

dQ , ou seja multiplicar a derivada (

dP

dQ) pela

razão entre o preço e a quantidade (Q

P) :

4

1

80

10).2(

Q

P

dP

dQ (demanda inelástica).

6.3 PROPRIEDADES DA DEMANDA ELÁSTICA

6.4 RECEITA TOTAL (RT) E RECEITA MARGINAL (RMg)

Quando a demanda é elástica então:i. As variações na quantidade demandada são proporcionalmente maiores que

as variações de preço ( Qd % P%).ii. O coeficiente de elasticidade – preço da demanda () é maior que a unidade.

iii. A receita total e o preço são inversamente proporcionais, isto é, um aumento do preço causa uma redução da receita total e vice-versa.

iv. Os gastos do consumidor (dispêndio) e o preço são inversamente proporcionais, isto é, uma aumento do preço causa uma redução dos gastos do consumidor e vice-versa.

v. A receita total é uma função crescente da quantidadevi. A Receita Marginal é positiva.

A Receita Total é produto da quantidade pelo preço: RT= P. QA Receita Marginal é a variação na receita total causada pelo acréscimo de uma unidade a mais vendida. Se a Receita Total é crescente então a Receita Marginal é positiva. Se a Receita Total é decrescente então a Receita Marginal é negativa. Se a Receita Total é máxima então a Receita Marginal é nula.

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6.5 PROPRIEDADES DA DEMANDA INELÁSTICA

6.6 PROPRIDADES DA DEMANDA DE ELASTICIDADE UNITÁRIA

6.7 FÓRMULAS DA ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA

6.8 DEMANDA COM ELASTICIDADE – PREÇO CONSTANTE

Quando a demanda é inelástica então:i. As variações na quantidade demandadas são proporcionalmente menores que as

variações de preço ( Qd % P%).ii. O coeficiente de elasticidade é menor que a unidade (.

iii. A Receita Total e o Preço são diretamente proporcionais, isto é, um aumento do preço causa uma aumento da Receita Total e vice-versa.

iv. Os Gastos do Consumidor (Dispêndio)e o Preço são diretamente proporcionais, ou seja, um aumento do preço causa um aumento do dispêndio e uma redução do preço causa uma redução do dispêndio.

v. A Receita Total é uma função decrescente da quantidade.vi. A Receita Marginal é negativa.

Quando a demanda possui elasticidade unitária então :i. As variações proporcionais na quantidade demandada são iguais às variações

proporcionais de preço ( Qd % P%).ii. O coeficiente de elasticidade é igual a unidade (.

iii. As variações de preço não afetam a Receita Total.iv. O dispêndio não se altera quando se faz variações de preço.v. A Receita Total é máxima.

vi. A Receita Marginal é nula.

d

d

dd

d

d

dd

Q

P

dP

dQ

QQ

PP

P

Q

Q

P

P

Q

P

Q

)(

)(

%

%21

21

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 47

FIGURA 20

6.9 DEMANDA LINEAR

A elasticidade-preço da demanda depende do nível de preço, isto é, a elasticidade varia ao se percorrer uma curva de demanda. Porém quando a demanda é uma hipérbole a elasticidade é constante. Quando a demanda é uma hipérbole equilátera de

equação aP

CQ então a elasticidade é igual ao expoente do preço, isto é, a (veja

figura 20).

Exemplo: se P

Q4

então 2

1 .

Quando a demanda é uma reta (veja figura 21) então:i. A demanda possui elasticidade unitária ao preço médio (no ponto médio).

ii. A demanda é elástica à preços altos (acima do ponto médio).iii. A demanda é inelástica à preços baixos (abaixo do preço médio).iv. A demanda é perfeitamente elástica no intercepto do eixo vertical dos preços.v. A demanda é perfeitamente inelástica no intercepto do eixo horizontal das

quantidades.

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Microeconomia

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M: ponto médio de AB

FIGURA 21

6.10 ELASTICIDADE E INCLINAÇÃO DA CURVA DE DEMANDA

A inclinação da curva de demanda (dQ

dP) não é sinônimo de elasticidade pois essa é

dada pôr: d

d

Q

P

dP

dQ . Porém a elasticidade é inversamente proporcional à inclinação,

visto que

dQ

dPQ

P

, então quanto mais inclinada a curva de demanda menor será a

elasticidade, isto é, quanto mais íngreme a demanda mais inelástica será essa demanda (veja figura 22). Portanto:

i. Quanto mais inclinada ( mais íngreme, “mais em pé”) a demanda mais inelástica ela é.

ii. Quanto menos inclinada (mais deitada, “mais achatada”) a demanda mais elástica ela é.

iii. Quando a demanda é uma reta vertical (paralela ao eixo vertical dos preços e perpendicular ao eixo horizontal das quantidades) a demanda é perfeitamente (absolutamente, infinitamente) inelástica, ou seja, .

iv. Quando a demanda é uma reta horizontal (paralela ao eixo horizontal das quantidades e perpendicular ao eixo vertical dos preço) a demanda é perfeitamente elástica , ou seja, .

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Curso Professor Geraldo Goes Página 49

FIGURA 22

6.11 FATORES QUE INFLUENCIAM A ELATICIDADE – PREÇO DA DEMANDA DE UM BEM

Os fatores que influenciam a elasticidade – preço da demanda de um bem são:i. número de substitutos

ii. número de usosiii. essencialidade do bemiv. participação relativa no orçamento do consumidorv. preço

vi. o tempo.

Assim, um bem é tanto mais elástico quanto:i. maior o número de substitutos

ii. maior o número de usosiii. menor a essencialidadeiv. maior a participação relativa no orçamentov. maior o preço

vi. maior o tempo disponível para a reação do consumidor à uma variação no preço, isto é, de modo geral a elasticidade de longo prazo é maior que a elasticidade de curto prazo.

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6.12LASTICIDADE-PREÇO DE LONGO PRAZO DA DEMANDA

EXERCÍCIOS

1. (AFTN 85/ESAF) Se um bem tem demanda elástica com relação a variações em seu preço:(a) sua curva de demanda será uma reta paralela ao eixo dos preços(b) um aumento no seu preço, tudo o mais constante, provoca um aumento no dispêndio do

consumidor com o bem(c) sua curva de demanda será uma reta paralela ao eixo das quantidades, necessariamente(d) um aumento no seu preço será sempre mais proporcional à variação na quantidade

demandada(e) um aumento no seu preço, tudo o mais mantido constante, provoca redução no dispêndio do

consumidor com o bem.

2. (AFTN 89/ESAF) Quando à função demanda, é correto afirmar:(a) um aumento no preço do bem deixará inalterada a quantidade demandada do bem, a menos

que também seja aumentada a renda nominal do consumidor(b) um aumento no preço do bem, tudo mais constante, implicará aumento no dispêndio do

consumidor com o bem, se a demanda for elástica com relação a variações no preço desse bem

(c) se essa função for representada por uma linha reta negativamente inclinada, o coeficiente de elasticidade-preço será constante ao logo de toda essa reta

(d) se essa função for representada por uma linha reta paralela ao eixo dos preços, a elasticidade-preço da demanda será infinita

(e) se a demanda for absolutamente inelástica com relação a modificações no preço do bem, a função demanda será representada por uma reta paralela ao eixo dos preços.

De modo geral a demanda é mais elástica no longo prazo do que no curto prazo. Pôr exemplo a demanda pôr gasolina é mais elástica no longo prazo do que no curto prazo.

Para os bens de consumo durável (como automóveis, geladeiras, televisores e bens de capital comprados pelas indústrias) ocorre o oposto, isto é, a demanda de bens duráveis é mais elástica no curto prazo do que no longo prazo.

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3. (AFTN 91/ESAF) O diagrama abaixo representa o mercado do bem X.

Podemos afirmar corretamente que:(a) a cobrança de um imposto específico sobre o bem X incidiria integralmente sobre os

produtores(b) X é um bem “inferior”(c) Um aumento de renda dos consumidores deslocará a curva de oferta para a direita,

elevando a quantidade produzida(d) a fixação de um preço mínimo P1, elevaria a quantidade de equilíbrio para Q1(e) a cobrança de um imposto ad-valorem incidiria em parte sobre os produtores e em parte

sobre os consumidores

4. (AFTN 91/ESAF) Indique a afirmação correta:(a) um aumento na renda dos consumidores resultará em demanda mais alta de X, qualquer

que seja o bem(b) uma queda no preço de X, tudo o mais permanecendo constante, deixará inalterado o

gasto dos consumidores com o bem, se a elasticidade-preço da demanda for igual a 1(c) o gasto total do consumidor atinge um máximo na faixa da curva de demanda pelo bem

em que a elasticidade-preço iguala a zero(d) a elasticidade-preço da demanda pelo bem X independe da variedade de bens substitutos

existentes no mercado(e) um aumento no preço do bem Y, substituto, deslocará a curva de demanda de X para a

esquerda.

5. (AFTN 94/ESAF) Se for possível definir a função demanda de um bem e essa função for representada por uma reta negativamente inclinada, indicando relação inversa entre preço e quantidade demandada, tudo o mais constante, o coeficiente de elasticidade-preço da demanda, em certo ponto da reta, será:

(a) igual à elasticidade em qualquer outro ponto(b) igual à medida da inclinação dessa reta(c) nulo(d) tanto menor quanto maior o preço do bem(e) tanto maior quanto maior o preço do bem

Deman

Oferta

E

QQ

P0

P1

Preço

Quantida

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6. (BACEN 98/VUNESP) Com relação aos conceitos de "elasticidade-preço da demanda" e

"curva de demanda", num gráfico cujo eixo vertical representa o preço e o horizontal a

quantidade, pode-se afirmar que:

(a) não tem sentido o conceito de elasticidade num determinado ponto da curva;

(b) uma curva de demanda é considerada completamente inelástica se ela for horizontal;

(c) uma curva de demanda é considerada completamente elástica se ela for vertical;

(d) em valores absolutos, a elasticidade é sempre menor que um;

(e) a elasticidade é variável ao longo de uma curva de demanda linear negativamente inclinada.

7. (MPU 96) Utilizando os conceitos de oferta e demanda, julgue os itens que se seguem:

I. A elasticidade-preço da demanda é mais elevada para bens e serviços que

têm muitos substitutos próximos;

II. O controle de aluguéis aumenta a disponibilidade de imóveis para locação,

já que provoca uma redução dos aluguéis e, portanto, expande a demanda

nesse mercado;

III. A fixação do salário mínimo acima do nível de equilíbrio, conduz ao

desemprego;

IV. A razão pela qual as curvas de oferta são ascendentes é que, para preços

mais elevados, mais produtores decidem entrar no mercado;

V. Um aumento na renda dos consumidores desloca para baixo a curva de

demanda.

Estão certos apenas os itens:

a) I e V

b) II e V

c) II e III

d) I, III e IV

e) I, III e V

8. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) A elasticidade-preço da demanda mede(A) o ângulo de inclinação da função de demanda.(B) o inverso do ângulo de inclinação da demanda.(C) a sensibilidade do preço diante de mudanças da quantidade demandada.(D) a relação entre uma mudança percentual no preço e uma mudança percentual da quantidade demandada.(E) a sensibilidade da função de demanda relacionada a alterações na renda.

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9. (AO 2001/ESAF) Considere a seguinte curva de demanda linear:

p (preço)

q (quantidade)

Considerando = valor absoluto da elasticidade preço da demanda, podemos então afirmar que:

a) será igual a 0,5 no ponto médio da curvab) terá valor constante em todos os pontos

da curvac) será infinito no ponto em que q = 0d) será igual a 1 no ponto em que p = 0e) será infinito tanto no ponto em que q = 0

quanto no ponto em que p = 0

10. (AFC 96/modificado) Considere a seguinte curva de demanda invertida:

4

30 xPX

A elasticidade da demanda quando x=10 é:

(A) –2;

(B) zero;

(C) 1;

(D) infinita negativa;

(E) infinita positiva.

11. (AFC 97) Suponha que, em um determinado mercado, a curva de demanda

inversa seja expressa pela função p(q), onde p significa preço, e q significa

quantidade. A expressão correta para o cálculo da Receita Marginal neste

mercado é:

(A)q

pxp

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(B)q

pqxq

(C)p

qqx

q

ppx

(D)p

qqxp

(E)p

qqx

p

qpx

12. 10) (AFC – MF/93) A demanda por um determinado bem normal é inelástica quando

a) a uma redução no preço do bem, tudo mais constante, corresponde um aumento na receita total.b) a uma redução no preço do bem, tudo mais constante, não corresponde qualquer alteração na receita total.c) a um aumento no preço do bem, tudo mais constante, não corresponde qualquer alteração na receita total.d) a um aumento no preço do bem, tudo mais constante, corresponde uma queda na receita total.e) a um aumento no preço do bem, tudo mais constante, corresponde um aumento da receita total.

GABARITO

1. E 5. E 9. C2. E 6. E 10.A3. E 7. D 11. A4. B 8. D

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7.1 DEFINIÇÃO

7.2 CÁLCULO DA ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA

1º CASO: QUANDO OS DADOS SÃO PERCENTUAIS.

Quando os dados relativos à quantidade ofertada e ao preço estão na forma percentual devemos utilizar a fórmula abaixo:

%

%

P

QSS

Ou seja a elasticidade- preço da oferta é igual a variação percentual na quantidade ofertada ( %SQ ) dividida pela variação percentual no preço ( %P ).

Exemplo : Se um aumento de 10% no preço de um bem causa um aumento de 20% na quantidade ofertada desse bem, calcule a elasticidade preço da oferta.

Solução: 210

20

%

%

P

QSS ( oferta elástica)

2º CASO: QUANDO OS DADOS SÃO TABELADOS E É ESPECIFICADO O NÍVEL DE PREÇO.

Quando os dados relativos à quantidade ofertada e ao preço estão na forma de uma tabela e o comando da questão especifica o nível de preço no qual deve-se calcular a elasticidade-preço da oferta, devemos utilizar a fórmula abaixo:

CAPÍTULO 7

ELASTICIDADE – PREÇO DA OFERTA

A elasticidade – preço da oferta )( S é a sensibilidade na quantidade ofertada ( Qs ) devido à

uma variação de preço. A oferta pode ser elástica, inelástica ou de elasticidade unitária. A oferta é elástica quando uma variação no preço causa uma variação mais do que proporcional na quantidade ofertada (QS % > P%).. A oferta é inelástica quando as variações na quantidade ofertada são proporcionalmente menores do que as variações de preço (QS % < P%). A oferta é de elasticidade unitária quando uma variação no preço causa uma variação na quantidade ofertada na mesma proporção (QS % = P%). O coeficiente de elasticidade- preço da oferta é definido como a razão entre a variação proporcional na quantidade ofertada e a variação proporcional no preço, ou seja,

%

%

P

QSS

.

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S

SS Q

P

P

Q

Ou seja a elasticidade- preço da oferta é igual ao produto da razão entre a variação na quantidade ofertada ( SQ ) e a variação no preço ( P ) pela razão entre o preço e a quantidade

ofertada.

Exemplo: Dada a tabela abaixo calcule a elasticidade- preço da demanda:c) ao preço de 10;d) ao preço de 40.

Preço Quantidade10 2040 70

Solução : a) 6

5

20

10

30

50

xQ

P

P

Q

S

SS (oferta inelástica)

b) 21

20

70

40

30

50

xQ

P

P

Q

S

SS (oferta inelástica)

3º CASO: QUANDO OS DADOS SÃO TABELADOS E NÃO É ESPECIFICADO O NÍVEL DE PREÇO (ELASTICIDADE NO ARCO).

Quando os dados relativos à quantidade ofertada e ao preço estão na forma de uma tabela e o comando da questão não especifica o nível de preço no qual deve-se calcular a elasticidade-preço da oferta, devemos utilizar a fórmula abaixo:

)(

)(21

21

SS

SS QQ

PP

P

Q

Ou seja a elasticidade- preço da oferta é igual ao produto da razão entre a variação na quantidade ( SQ ) e a variação no preço ( P ) pela razão entre a soma dos preços e a soma das

quantidades ofertadas.

Exemplo: Dada a tabela abaixo calcule a elasticidade- preço da oferta:

Preço Quantidade10 2040 70

Solução : 27

25)

90

50)(

30

50(

)7020(

)4010(

30

50

)(

)(21

21

xQQ

PP

P

Q

SS

SS (oferta inelástica)

4º CASO: QUANDO É DADA A FUNÇÃO DE OFERTA (ELASTICIDADE NO PONTO)

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 57

Quando a relação entre a quantidade ofertada e o preço é dada pôr uma equação de oferta e pede-se para calcular a elasticidade preço da oferta, devemos utilizar a fórmula abaixo:

S

S

Q

P

dP

dQ

Ou seja a elasticidade- preço da oferta é igual ao produto da derivada da quantidade em

relação ao preço (dP

dQS ) pela razão entre o preço e a quantidade ofertada (SQ

P).

Exemplo: A oferta de um bem é 1002 PQS , calcule a elasticidade- preço da

oferta ao preço de 80.

Solução : Para calcular a elasticidade da oferta quando é dada a equação de oferta devemos seguir o procedimento abaixo:

1º passo: calcular a derivada da quantidade em relação ao preço:

2dP

dQS

2º passo: calcular a quantidade que corresponde ao preço de 80:

60100)80.(2 Q

3º passo: calcular a razão entre o preço e a quantidade:

60

80

SQ

P

3º passo: aplicar a fórmula S

SS Q

P

dP

dQ , ou seja multiplicar a derivada (

dP

dQS )

pela razão entre o preço e a quantidade (SQ

P) :

3

8

60

80).2( S (oferta elástica).

7.3 FÓRMULAS DA ELASTICIDADE – PREÇO DA OFERTA

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Curso Professor Geraldo Goes Página 58

7.4 A OFERTA LINEAR

FIGURA 23

7.5 ELASTICIDADE-PREÇO DE LONGO PRAZO DA OFERTA

1. (AFTN 91/ESAF) Assinale a afirmação falsa:

sss

s Q

P

dP

dQs

QQ

PP

P

Qs

Qs

P

P

Qs

P

Qs

)(

)(

%

%21

21

Quando a oferta é uma reta (obviamente, positivamente inclinada) podemos distinguir três casos interessantes (veja figura 23):

i. A oferta é uma reta passando pela origem dos eixos cartesianos (coeficiente linear nulo): a elasticidade da oferta é constante é igual a 1 (unitária).

ii. A oferta é uma reta que intercepta o eixo vertical dos preços (coeficiente linear positivo): a elasticidade da oferta é variável e elástica (maior que 1).

iii. A oferta é uma reta que intercepta o eixo horizontal das quantidades (coeficiente linear negativo): a elasticidade da oferta é variável e inelástica (menor que 1).

De modo geral a oferta é mais elástica no longo prazo do que no curto prazo. Para a oferta secundária (oferta a partir da sucata) ocorre o oposto, isto é, a oferta

secundária é mais elástica no curto prazo do que no longo prazo.

Page 59: Microeconomia - Geraldo Góes

Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 59

(a) a curva de oferta de um bem X, se for uma reta e passar pela origem dos eixos de preços e quantidades terá coeficiente de elasticidade-preço unitário

(b) a curva de oferta da indústria, no curto prazo e em regime de concorrência perfeita, será a soma das quantidades oferecidas por todas as firmas

(c) a curva de oferta indica os preços máximos capazes de induzir os vendedores a colocar as várias quantidades no mercado

(d) a oferta do monopolista, no curto prazo e em condições de demanda e custos inalterados, é um único ponto que indica uma quantidade e um preço

(e) a curva de oferta de uma firma, no curto prazo e em regime de concorrência perfeita, será a curva de custo marginal para todas as quantidades iguais ou superiores àquela para a qual o custo variável médio é mínimo.

2. (Gestor 97/Carlos Chagas) Um aumento da demanda de um bem não elevará o

preço de equilíbrio se

(A) a elasticidade da demanda for infinita.

(B) o bem for inferior.

(C) o bem for superior.

(D) os custos de produção forem crescentes.

(E) a elasticidade da oferta for infinita.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25C E26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

51 52 53 54 55 56

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 60

8.1 DEFINIÇÃO

8.2. CLASSIFICAÇÃO

Nota: Quando um bem é superior (lagosta, BMW, caviar) a elasticidade- renda da demanda é maior que 1. Quando um bem é normal (feijão, arroz) a elasticidade- renda está compreendida entre 0(zero) e 1(um). Quando a elasticidade – renda é igual à 1 o bem é normal. Quando um bem é inferior (carne de 2ª) a elasticidade renda é negativa.

CAPÍTULO 8

ELASTICIDADE – RENDA DA DEMANDA

A elasticidade- renda da demanda mede a sensibilidade na quantidade demandada ( Qd ) quando se varia a renda do consumidor (R). A elasticidade- renda é utilizada para classificar um bem como superior, normal ou inferior. O coeficiente de elasticidade – renda da demanda é definido como a razão entre uma variação percentual na quantidade demandada e a variação percentual

na renda, isto é, %

%

R

QdR

.

Bem superior: R 1.

Bem Normal: 0 R 1.

Bem Inferior : R 0.

Page 61: Microeconomia - Geraldo Góes

Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 61

8.3 CÁLCULO DA ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA

1º CASO: QUANDO OS DADOS SÃO PERCENTUAIS.

Quando os dados relativos à quantidade demandada e à renda estão na forma percentual devemos utilizar a fórmula abaixo:

%

%

R

QdR

Ou seja a elasticidade- renda da demanda é igual a variação percentual na quantidade demandada ( %dQ ) dividida pela variação percentual na renda ( %R ).

Exemplo 1: Se um aumento de 10% na renda do consumidor de um bem causa um aumento de 20% na quantidade demandada desse bem, calcule a elasticidade renda da demanda.

Solução: O primeiro fato a se observar é que um aumento da renda do consumidor causou um aumento na quantidade demandada e portanto a elasticidade renda é positiva.

210

20R ( bem superior)

Exemplo 2: Se um aumento de 10% na renda do consumidor de um bem causa um aumento de 5% na quantidade demandada desse bem, calcule a elasticidade renda da demanda.

Solução: O primeiro fato a se observar é que um aumento da renda do consumidor causou um aumento na quantidade demandada e portanto a elasticidade renda é positiva.

2

1

10

5R ( bem normal)

Exemplo 3: Se um aumento de 10% na renda do consumidor de um bem causa um aumento de 10% na quantidade demandada desse bem, calcule a elasticidade renda da demanda.

Solução: O primeiro fato a se observar é que um aumento da renda do consumidor causou um aumento na quantidade demandada e portanto a elasticidade renda é positiva.

110

10R ( bem normal)

Exemplo 4: Se um aumento de 10% na renda do consumidor de um bem causa uma redução de 20% na quantidade demandada desse bem, calcule a elasticidade renda da demanda.

Solução: O primeiro fato a se observar é que um aumento da renda do consumidor causou uma diminuição na quantidade demandada e portanto a elasticidade renda é negativa.

210

20R ( bem inferior)

Page 62: Microeconomia - Geraldo Góes

Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 62

Exemplo 5: Se um aumento de 10% na renda do consumidor de um bem causa uma diminuição de 5% na quantidade demandada desse bem, calcule a elasticidade renda da demanda.

Solução: O primeiro fato a se observar é que um aumento da renda do consumidor causou uma redução na quantidade demandada e portanto a elasticidade renda é negativa.

2

1

10

5R ( bem inferior)

Exemplo 6: Se um aumento de 10% na renda do consumidor de um bem causa uma diminuição de 10% na quantidade demandada desse bem, calcule a elasticidade renda da demanda.

Solução: O primeiro fato a se observar é que um aumento da renda do consumidor causou uma redução na quantidade demandada e portanto a elasticidade renda é negativa.

110

10R ( bem inferior)

2º CASO: QUANDO OS DADOS SÃO TABELADOS E É ESPECIFICADO O NÍVEL DE RENDA DO CONSUMIDOR.

Quando os dados relativos à quantidade demandada e à renda estão na forma de uma tabela e o comando da questão especifica o nível de renda do consumidor no qual deve-se calcular a elasticidade- renda da demanda, devemos utilizar a fórmula abaixo:

Q

R

R

QR

Ou seja a elasticidade- renda da demanda é igual ao produto da razão entre a variação na quantidade ( dQ ) e a variação na renda ( R ) pela razão entre a renda e a quantidade

demandada.

Exemplo 1: Dada a tabela abaixo calcule a elasticidade- renda da demanda:a) quando a renda do consumidor é de 10 unidades monetárias;b) quando a renda do consumidor é de 20 unidades monetárias.

Renda Quantidade10 4020 80

Solução : Devemos notar que a renda e a quantidade são diretamente proporcionais, pois, quando a renda aumentou de 10 para 20 então a quantidade aumentou de 40 para 80, e portanto a elasticidade renda da demanda é positiva.

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 63

a) 140

10

10

40 xR (bem normal)

b) 180

20

10

40 xR (bem normal)

Exemplo 2: Dada a tabela abaixo calcule a elasticidade- renda da demanda quando a renda do consumidor é de 10 unidades monetárias.

Renda Quantidade10 4020 100

Solução : Devemos notar que a renda e a quantidade são diretamente proporcionais, pois, quando a renda aumentou de 10 para 20 então a quantidade aumentou de 40 para 100, e portanto a elasticidade renda da demanda é positiva.

2

3

40

10

10

60 xR (bem superior)

Exemplo 3: Dada a tabela abaixo calcule a elasticidade- renda da demanda quando a renda do consumidor é de 10 unidades monetárias.

Renda Quantidade10 4020 70

Solução : Devemos notar que a renda e a quantidade são diretamente proporcionais, pois, quando a renda aumentou de 10 para 20 então a quantidade aumentou de 40 para 70, e portanto a elasticidade renda da demanda é positiva.

4

3

40

10

10

30 xR (bem normal)

Exemplo 4: Dada a tabela abaixo calcule a elasticidade- renda da demanda quando a renda do consumidor é de 10 unidades monetárias.

Renda Quantidade10 4020 30

Page 64: Microeconomia - Geraldo Góes

Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 64

Solução : Devemos notar que a renda e a quantidade são inversamente proporcionais, pois, quando a renda aumentou de 10 para 20 então a quantidade diminui de 40 para 30, e portanto a elasticidade renda da demanda é negativa.

4

1

40

10

10

10 xR (bem inferior)

3º CASO: QUANDO OS DADOS SÃO TABELADOS E NÃO É ESPECIFICADO O NÍVEL DE RENDA (ELASTICIDADE NO ARCO).

Quando os dados relativos à quantidade demandada e à renda estão na forma de uma tabela e o comando da questão não especifica o nível de renda do consumidor no qual deve-se calcular a elasticidade- renda da demanda, devemos utilizar a fórmula abaixo:

)(

)(

21

21

QQ

RR

R

QR

Ou seja a elasticidade- renda da demanda é igual ao produto da razão entre a variação na quantidade ( dQ ) e a variação na renda ( R ) pela razão entre a soma das rendas e a soma das

quantidades demandadas.

Exemplo: Dada a tabela abaixo calcule a elasticidade- preço da demanda:

Renda Quantidade10 8040 20

Solução : 1)2080(

)4010(

30

60

xR (bem inferior)

4º CASO: QUANDO É DADA A EQUAÇÃO DA CURVA DE ENGEL

Quando a relação entre a quantidade demandada e a renda é dada pôr uma equação envolvendo a renda e a quantidade demandada (curva de Engel) e pede-se para calcular a elasticidade renda da demanda, devemos utilizar a fórmula abaixo:

Q

R

dR

dQR

Ou seja a elasticidade- renda da demanda é igual ao produto da derivada da quantidade

em relação à renda (dR

dQ) pela razão entre a renda e a quantidade demandada (

Q

R).

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 65

Exemplo 1: A demanda de um bem é expressa em função da renda do consumidor pela equação 1002 RQd , calcule a elasticidade- renda da

demanda quando a renda do consumidor é de 10 unidades monetárias.

Solução : Para calcular a elasticidade- renda da demanda quando é dada a curva de Engel devemos seguir o procedimento abaixo:

1º passo: calcular a derivada da quantidade em relação à renda:

2dR

dQ

2º passo: calcular a quantidade que corresponde à renda de 10:

80100)10.(2 Q

3º passo: calcular a razão entre a renda e a quantidade:

80

10

Q

R

3º passo: aplicar a fórmula Q

R

dR

dQR , ou seja multiplicar a derivada (

dR

dQ) pela

razão entre o preço e a quantidade (Q

R) :

4

1

80

10).2( (bem inferior).

Exemplo 2: A demanda de um bem é expressa em função da renda do consumidor pela equação 1002 RQd , calcule a elasticidade- renda da demanda quando a

renda do consumidor é de 10 unidades monetárias.

Solução : Para calcular a elasticidade- renda da demanda quando é dada a curva de Engel devemos seguir o procedimento abaixo:

1º passo: calcular a derivada da quantidade em relação à renda:

2dR

dQ

2º passo: calcular a quantidade que corresponde à renda de 10:

120100)10.(2 Q

Page 66: Microeconomia - Geraldo Góes

Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 66

3º passo: calcular a razão entre a renda e a quantidade:

120

10

Q

R

3º passo: aplicar a fórmula Q

R

dR

dQR , ou seja multiplicar a derivada (

dR

dQ) pela

razão entre o preço e a quantidade (Q

R) :

6

1

120

10).2( (bem normal).

8.3 FÓRMULAS DA ELASTICIDADE RENDA

1. (BACEN 94/CESGRANRIO) Considere a seguinte função-demanda pelo bem X: X = M – 3

Px, onde M é a renda dos consumidores e Px o preço de X. Quando M = 10 e Px = 1 a

elasticidade-renda e a elasticidade-preço da demanda são, respectivamente:

(a) 1, -1

(b) 1, -3

(c)7

3,

7

1

(d)7

3,

7

10

(e) 3,7

10

2. (BACEN 94/CESGRANRIO) Pela teoria da demanda bens superiores são aqueles para os

quais:

(a) a elasticidade-renda da demanda é maior do que zero;

d

d

dd

d

d

dd

Q

R

dR

dQ

QQ

RR

P

Q

Q

R

R

Q

R

Q

)(

)(

%

%21

21

Page 67: Microeconomia - Geraldo Góes

Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 67

(b) a elasticidade-renda da demanda é maior do que um;

(c) a elasticidade-preço da demanda é maior do que zero;

(d) a elasticidade-preço da demanda é maior do que um;

(e) ambas as elasticidades são maiores do que zero.

3. (AO 97/CARLOS CHAGAS) A elasticidade renda da demanda de um bem é constante e igual a 0,5. Uma elevação da renda dos consumidores de 10%, fará com que a quantidade demandada aumente em: (A) 3% (B) 5% (C) 8% (D) 10% (E) 0,5%

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25D B B26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

51 52 53 54 55 56

9.1 DEFINIÇÃO

CAPÍTULO 9

ELASTICIDADE – PREÇO CRUZADA DA DEMANDA

Page 68: Microeconomia - Geraldo Góes

Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 68

9.2 CLASSIFICAÇÃO

Nota: Quando dois bens são substitutos a elasticidade cruzada entre eles é positiva. Quando dois bens são complementares a elasticidade cruzada entre eles é negativa. Quando dois bens não estão relacionados então a elasticidade cruzada entre eles é nula.

9.3 FÓRMULAS DA ELASTICIDADE-PREÇO CRUZADA DEMANDA

A elasticidade – preço cruzada da demanda mostra a sensibilidade na quantidade demandada de um bem quando se varia o preço de um outro do bem. A elasticidade preço cruzada serve para classificar os bens como substitutos ou complementares na demanda. A elasticidade –preço cruzada da demanda do bem X em relação ao preço do bem Y (XY)é definida como a razão entre a variação percentual na quantidade do bem X e a variação percentual no preço do

bem Y, isto é, %

%

yXY P

Qx

. A elasticidade –preço cruzada da demanda do bem Y em

relação ao preço do bem X (YX)é definida como a razão entre a variação percentual na

quantidade do bem Y e a variação percentual no preço do bem X, isto é, %

%

xYX P

Qy

.

Note que (XY) e (YX) possuem o mesmo sinal.

Bens substitutos: XY .

Bens complementares: XY .

Bens não correlacionados: XY = .

x

y

y

x

xx

yy

y

x

x

y

y

x

y

xxy Q

P

dP

dQ

QQ

PP

P

Q

Q

P

P

Q

P

Q

)(

)(

%

%21

21

y

x

x

y

yy

xx

x

y

y

x

x

y

x

yyx Q

P

dP

dQ

QQ

PP

P

Q

Q

P

P

Q

P

Q

)(

)(

%

%21

21

Page 69: Microeconomia - Geraldo Góes

Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 69

1. (MPU 96) Suponha que, quando o preço do brócolis aumenta em 2%, a quantidade vendida de couve-flor aumenta 4%. Ceteris paribus, isto significa que:

a) a elasticidade-renda da demanda de couve-flor é 2 e que os bens são complementares;

b) a elasticidade-preço cruzada da demanda entre os bens é 2 e que os bens são substitutos;

c) a elasticidade-preço da demanda de couve-flor é 0,5 e que os bens são substitutos;

d) a elasticidade-preço cruzada da demanda entre os bens é -0,5 e que os bens são

complementares;

e) a elasticidade-preço da demanda de brócolis é -0,2 e que os bens são substitutos.

2. (AO 2001/ESAF) Considere as seguintes equações:Da (Pa,Pb) = 50 - 4Pa + 10 x PbSa (Pa, Pi) = 6 x Pa x Pi

onde Da = demanda pelo bem A Sa = oferta do bem A Pa = preço do bem A Pb = preço do bem B Pi = preço do insumo I

Considerando Pb = 3 e Pi = 1, podemos então afirmar que:

a) O preço de equilíbrio do bem A será de 8; a quantidade de equilíbrio de mercado será de 48; os bens A e B são substitutos na demanda; e um aumento de 20% no preço de B resultará num aumento de 7,5% na quantidade de equilíbrio de mercado.

b) O preço de equilíbrio do bem A será de 8; a quantidade de equilíbrio de mercado será de 48; os bens A e B são complementares na demanda; e um aumento de 20% no preço de B resultará num aumento de 7,5% na quantidade de equilíbrio de mercado.

c) O preço de equilíbrio do bem A será de 8; a quantidade de equilíbrio de mercado será de 48; os bens A e B são substitutos na demanda; e um aumento de 20% no preço de B resultará num aumento de 20% na quantidade de equilíbrio de mercado.

Page 70: Microeconomia - Geraldo Góes

Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 70

d) O preço de equilíbrio do bem A será de 9; a quantidade de equilíbrio de mercado será de 58; os bens A e B são substitutos na demanda; e um aumento de 20% no preço de B resultará num aumento de 10,5% na quantidade de equilíbrio de mercado.

e) O preço de equilíbrio do bem A será de 9; a quantidade de equilíbrio de mercado será de 58; os bens A e B são complementares na demanda; e um aumento de 20% no preço de B resultará num aumento de 10,5% na quantidade de equilíbrio de mercado.

3. (AFC 2000) A função de demanda de um consumidor por um bem x é dada por qx=20px-1py

0,5

sendo qx a quantidade demandada do bem x por parte desse consumidor e px e py,respectivamente, os preços do bem x e de outro bem y. Nesse caso, pode-se afirmar que, para esse consumidor,

a) os bens x e y são substitutosb) os bens x e y são complementaresc) o bem x é um bem de Giffend) a elasticidade preço da demanda pelo bem

x é 2e) a elasticidade preço cruzada da demanda

pelo bem x em relação ao bem y é negativa

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25B A A26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

51 52 53 54 55 56

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Microeconomia

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Microeconomia

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TEORIA DO CONSUMIDOR

10.1 CESTAS DE CONSUMO

10.2 PREFERÊNCIA ESTRITA

CAPÍTULO 10

PREFERÊNCIAS

Cestas de bensUma cesta A ( x, y ) é uma combinação das quantidades dos bens X e Y. Suponha que o bem X seja pêra e que o bem Y seja uva, então o par ordenado (2, 3) é uma cesta, isto é, a cesta (2,3) significa que 2 unidades (quantidades) de pêras e 3 unidades de uvas. De modo análogo a cesta (1,4) representa 1 pêra e 4 uvas. Generalizando, a cesta (x1, y1) representa x1 unidades do bem X e y1 unidades do bem Y.

BA

Definição: Uma cesta A é estritamente preferível à cesta B, se o consumidor prefere estritamente a cesta A do que a cesta B, isto é, se para ele a cesta A é sempre melhor do que a cesta B, em outras palavras, a cesta A dá ao consumidor uma maior satisfação do que a cesta B . Exemplo: a cesta (4,3) é estritamente preferível à cesta (1,2) se o consumidor sempre preferir consumir 4 pêras e 3 uvas do que consumir 1 pêra e 2 uvas.Notação: BA . Lê-se: a cesta A é estritamente preferível a cesta BAssim, ),(),( 2211 yxByxA , significa que o consumidor prefere consumir x1 unidades do bem X e y1unidades do bem Y do que consumir x2unidades do bem X e y2unidades do bem Y.

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 73

10.3 RELAÇÃO DE INDIFERÊNÇA

10.4 PREFERÊNCIA FRACA

10.5 HIPÓTESES RELATIVAS ÀS PREFERÊNCIAS

10.6 PREFERÊNCIAS BEM-COMPORTADAS

1. (Gestor 97/Carlos Chagas) Supondo um consumidor com preferências bem

comportadas, pode-se afirmar que a Taxa Marginal de Substituição

Definição: duas cesta A e B são indiferentes ( A B) se essas cesta fornecem a mesma satisfação para o consumidor. Exemplo : a cesta (4,3) é indiferente à cesta (5,1) se para o consumidor tanto faz consumir 4 pêras e 3 uvas ou consumir 5 pêras e 1 uva.Notação: A B lê-se: a cesta A é indiferente a cesta B.

Definição: Um consumidor prefere fracamente uma cesta A (x1,y1) à uma cesta B (x2,y2) , isto é, A B, se A é estritamente preferível à B ( A B ) ou A é indiferente à B ( A B ).

As preferências possuem três hipóteses fundamentais (axiomas), são as propriedades de: Completeza: as preferências são completas, isto é, dadas duas cesta A e B, então ou

A é fracamente preferível a B ( A B ) ou B é fracamente preferível à A ( B A), em outras palavras, ou AB, ou B A ou A B.

Reflexiva: A A, isto é, uma cesta é pelo menos tão boa quanto ela mesma. Transitiva : Se a cesta A é preferível à cesta B (AB )e a cesta B é preferível a

cesta C (BC), então a cesta A é preferível à cesta C (AC).

Definição: Uma preferência é dita bem- comportada quando é monotônica e convexa ao mesmo tempo. Preferencias monotônicas: Se a cesta A possui mais de ambos os bens do que a

cesta B, implicar que a cesta A é sempre preferível à cesta B, então essa preferência é dita monotônica.

Preferências Convexas: Sejam A e B duas cesta preferíveis à uma terceira cesta C, implicar que uma combinação (uma média ponderada), entre as cesta A e B também seja preferível à cesta C ( preferencia pela diversificação) então essa preferência é dita convexa.

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 74

(A) é sempre igual à razão de troca do mercado.

(B) é igual à razão de troca do mercado apenas no equilíbrio do consumidor.

(C) nunca é igual à razão de troca do mercado.

(D) é maior ou igual à razão de troca do mercado.

(E) é menor ou igual à razão de troca do mercado.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25B26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

51 52 53 54 55 56

11.1 ESPAÇO DAS MERCADORIAS

CAPÍTULO 11

UTILIDADE

Se as quantidades do bem X são plotadas no eixo horizontal e as quantidades do bem Y são plotadas no eixo vertical (veja figura 24), então o plano assim obtido é chamado de Espaço das Mercadorias. Note que cada ponto nesse plano é uma cesta de bens, isto é, uma combinação de bens.

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 75

ESPAÇO DAS MERCADORIASFIGURA 24

11.2 FUNÇÃO UTILIDADE - U(x, y)

Definição: É uma função U(x, y) que associa a cada cesta de consumo (x, y) um nível de satisfação (de utilidade). Exemplo: suponha que seja possível medir cardinalmente (utilizando números) a satisfação que uma determinada cesta de bens fornece ao consumidor, se função de utilidade é dada pôr U(x, y) = 2x + y, então se o consumidor consumir a cesta (5, 4), isto é, se o consumidor consumir 5 pêras e 4 uvas, obterá de satisfação, de utilidade, 2.(5)+4=14 útiles (unidades de satisfação). Se porém o consumidor consumir a cesta (1,3), seu nível de utilidade será de 2.(1)+3=5 útiles.

Page 76: Microeconomia - Geraldo Góes

Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 76

11.3 ABORDAGENS DA UTILIDADE

11.4 UTILIDADE MARGINAL( UMg) DE UM BEM

Historicamente o estudo da utilidade passou pelas fases da utilidade cardinal e da utilidade ordinal. Utilidade Cardinal: originalmente, pensou-se que fosse possível medir a utilidade

cardinalmente, isto é, utilizando os números cardinais e criou-se uma unidade de medida para a utilidade chamada “útile”. Tal abordagem verificou-se inadequada , dado o caráter subjetivo da utilidade( da satisfação) que uma cesta de bens fornece à um consumidor, pôr isto, esta abordagem foi abandonada da Teoria Econômica. Atualmente utiliza-se a abordagem ordinal da utilidade. Exemplo: se U(x, y) = x + y, então se o consumidor consumir a cesta (4, 3), isto é, se o consumidor consumir 4 pêras e 3 uvas, obterá de satisfação, de utilidade, .4+3=7 útiles (unidades de satisfação). Se porém o consumidor consumir a cesta (1,2), seu nível de utilidade será de 1+2=3 útiles.

Utilidade Ordinal: nesta abordagem não é preciso medir as utilidades fornecidas pelas cestas de bens, e sim, apenas, ordenar as preferencias do consumidor. Exemplo: se U(x, y)=x + y, então a cesta A (4,3) fornece um nível de satisfação u1, enquanto a cesta B (1,2) fornece um nível de satisfação u2, não sabemos, e não precisamos saber, os valores numéricos (cardinais) de u1 e u2, mas sabemos que a cesta A fornece um nível de utilidade maior que a cesta B, pois a cesta A possui mais de ambos os bens.

Definição: A utilidade marginal de um bem é a variação na utilidade (satisfação) total devido ao acréscimo de uma unidade a mais desse bem. O consumo de uma unidade a mais de um bem, pôr exemplo uma pêra a mais, causa um acréscimo na satisfação (utilidade) do consumidor, acréscimo este chamado de utilidade marginal desse bem (utilidade marginal da pêra). A utilidade marginal do bem X é a derivada parcial da função utilidade em relação

a quantidade do bem X, isto é: x

UUMg x

.

A utilidade marginal do bem Y é a derivada parcial da função utilidade em relação

à quantidade do bem Y, isto é, y

UUMg y

.

Princípio das utilidades marginais decrescentes : As utilidades marginais são positivas e decrescentes, isto é, os acréscimos nas utilidades são cada vez menores.

Page 77: Microeconomia - Geraldo Góes

Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 77

11.5 CURVA DE INDIFERENÇA

U(A)=U(B)=U(C)=M1

U(D)=U(E)=M2

U(F)=U(G)=M3

FIGURA 25

Definição: É a curva no espaço das mercadorias que mostra as cestas (as combinações de bens) que fornecem ao consumidor o mesmo nível de satisfação (de utilidade). As curvas de indiferença são curvas de níveis da função utilidade. O conceito de curva de indiferença faz parte da abordagem ordinal.As curvas de indiferença possuem as seguintes propriedades (veja figura 25): São decrescentes: pois existe a possibilidade de substituir um bem pelo outro de

maneira a permanecer no mesmo nível de satisfação. Preferencias monótonas implicam em curvas de indiferença decrescentes (com inclinação negativa).

São côncavas para cima (convexas em relação à origem): pois as taxas marginais de substituição são decrescentes e também porque existe uma preferencia pela diversificação.

São densas, isto é, entre duas curvas de indiferença sempre podemos traçar uma terceira.

Não se interceptam. Afasta-se da origem à medida que aumenta o nível de utilidade.

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11.6 PRINCIPAIS TIPOS DE PREFERENCIAS E SUAS RESPECTIVAS UTILIDADES E CURVAS DE INDIFERENÇA

11.7 TAXA MARGINAL DE SUSTITUIÇÃO ENTRE DOIS BENS (PROPENSÃO MARGINAL A PAGAR)

Os principais tipos de utilidade são: Cobb- Douglas: yAxyxU ),( . As curvas de indiferenças são bem

comportadas. Bens Substitutos Perfeitos: U(x, y) = x + y. As curvas de indiferença são

retas. Bens Complementares Perfeitos : U(x, y) = min {ax, by}. As curvas de

indiferença são em forma de cantoneira (em forma de L) “penduradas” na reta y = ax/b pois a racionalidade econômica impõe que ax = by.

Bens Neutros: se y é um bem neutro então U(x,y) = f(x) e se o bem y é plotado no eixo vertical então as curvas de indiferenças são retas verticais, paralelas ao eixo dos y.

Um mal : se y é um “mal” então as curvas de indiferença são crescentes e a utilidade do consumidor aumenta quando as curvas de indiferença se afastam desse mal.

Preferencias saciadas: se existe uma cesta de saciedade ou de satisfação plena então as curvas de indiferença são círculos em volta dessa cesta de saciedadee a utilidade do consumidor aumenta quando esses círculos se aproximam da cesta do ponto de satisfação.

Definição: A taxa marginal de substituição de y pôr x (TMgSy,x) é a quantidade do bem Y que deve ser sacrificada para se obter uma unidade a mais do bem X de maneira a permanecer no mesmo nível de satisfação.

Interpretação geométrica: A taxa marginal de substituição é a inclinação negativa da curva de indiferença, isto é, a taxa marginal de substituição é a inclinação da reta tangente à curva de indiferença em um ponto (veja figura 26).

Relação (Cálculo matemático): A taxa marginal de substituição entre dois bens é

igual à razão entre as utilidades marginais desses bens, isto é: y

x

UMg

UMgxTMgSy ,

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Ay

AxA

xyUMg

UMgTMgSTg ,

FIGURA 26

11.8 A RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA DO CONSUMIDOR

Definição: A reta de restrição orçamentária mostra os pontos, as cestas de bens, que são factíveis, isto é, que podem ser compradas pelo consumidor (veja figura 27).Equação : A equação da restrição orçamentária é Rpypx yx .. , onde R é a

renda do consumidor, x e y são respectivamente as quantidades dos bens X e Y , px

é o preço do bem X e py é o preço dos bem Y. Inclinação : A inclinação da restrição orçamentária é igual à razão entre os preços dos bens ( - px / py ). A inclinação da restrição orçamentária é igual ao preço relativo do bem X porque é igual ao preço do bem X dividido pelo preço do bem Y, isto é, a inclinação da restrição orçamentária é igual ao preço do bem X (do bem que é plotado no eixo horizontal) dividido pelo preço do bem Y (que é plotado no outro eixo). A inclinação da restrição orçamentária é igual ao preço relativo do bem plotado no eixo horizontal.

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Curso Professor Geraldo Goes Página 80

FIGURA 27

1. (AO 97/CARLOS CHAGAS) A hipótese da aditividade das utilidades equivale à suposição de que a utilidade marginal de um bem depende unicamente da (A) quantidade disponível desse bem. (B) quantidade disponível dos outros bens. (C) quantidade disponível desse bem e dos outros bens. (D) renda dos consumidores. (E) condição técnica da produção desse bem.

2. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) Um conjunto de curvas de indiferença verticais no plano cartesiano para uma economia com dois bens ilustra, para um consumidor, uma situação em que

(A) um dos bens pode ser absolutamente indesejado para o consumidor, como no caso de cigarros para um não fumante.(B) não existem bens que causam dependência no consumidor.(C) o consumidor é infinitamente indiferente entre os bens ou entre as cestas dos dois ens.(D) a taxa marginal de substituição no consumo é igual a um (TMSc = 1).(E) a taxa marginal de substituição fora do módulo é, no limite, igual a + para um dos bens, no caso um bem que causa dependência (heroína, por exemplo).

3. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) A inclinação da curva de indiferença, considerando-se uma economia com dois bens representados no plano cartesiano, é

(A) conhecida como a taxa de utilidade marginal dos bens, que é sempre igual aos preços relativos.(B) necessariamente igual aos preços relativos.(C) a taxa marginal de substituição no consumo.

(D) a inclinação da restrição orçamentária.(E) representada somente pela igualdade entre as razões de utilidades marginais e preços relativos.

4. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) Suponha um consumidor de serviços políticos, ou escolhas públicas, (o eleitor) que seja indiferente entre votar em um político de centro- esquerda

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ou dois políticos social-democratas. Nesse caso, a taxa marginal de substituição de políticos de centro esquerda por políticos social-democratas será (supondo que os políticos social-democratas estejam representados no eixo horizontal do plano cartesiano em que se localiza o mapa de indiferença entre políticos com o qual se defronta nosso eleitor):

(A) menos meio.(B) meio.(C) um.(D) menos um.(E) tangente de 45 graus.

5. (Gestor 97/Carlos Chagas) Um determinado consumidor tem suas preferências

representadas por U=X1+X2, onde X1 é a quantidade do bem 1 e X2 a quantidade do

bem 2. Neste caso, pode-se afirmar que para este consumidor os bens 1 e 2 são

(A) substitutos perfeitos.

(B) complementares perfeitos.

(C) bens de luxo.

(D) bens de Giffen.

(E) bens inferiores.

6. (AFC 95) Dada as funções x1a x2

1-a e alnx1+(1-a)lnx2, é falso afirmar que:

(A) a utilidade marginal do bem 1, quando se considera a primeira função, é

ax1a-1 x2

1-a;

(B) a utilidade marginal do bem 1, quando se considera a segunda função, é

a/x;

(C) ambas as funções representam as mesmas referências;

(D) a razão entre as utilidades marginais dos bens x1 e x2 para as duas

funções é igual;

(E) a utilidade marginal do bem 2, quando se considera a segunda função, é

1/x2.

7. (TCE-TCU/82) Quando a utilidade total proporcionada por determinado bem cresce, a utilidade marginal é:

a) constante;

b) negativa e declinante;

c) positiva e declinante;

d) negativa e crescente;

e) positiva e crescente.

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 82

8. (TCE- TCU/82) A Curva De Indiferença Do Consumidor Mostra As Diversas Combinações Possíveis De Dois Bens, Que Proporcionam A Mesma Utilidade Ou Satisfação.Curva de indiferença mais alta proporciona maior satisfação e curva de indiferença mais baixa. Menor satisfação.Apresentam as curvas de indiferença tr~es características básicas, que são:

a) possuem inclinação positiva, são convexas em relação ‘a origem e muito raramente se interceptam;

b) possuem inclinação negativa, são convexas em relação ‘a origem e não se interceptam;

c) possuem inclinação negativa, são côncovas em relação ‘a origem e se interceptam com freqüência;

d) possuem inclinação positiva, são convexas em relação ‘a origem e não se interceptam;

e) possuem inclinação negativa e podem ser tanto convexas quanto côncovas.

9. ( Assessor Técnico-Economista da Câmara Legislativa- DF/92)Tendo em vista a Teoria do Consumidor, é correto afirmar que:

a) duas curvas de indiferença de um mesmo indivíduo podem se cruzar;

b) o equilíbrio do consumidor ocorre quando a reta de restrição orçamentária tangencia a curva de indiferença mais externa;

c) o excedente do consumidor ocorre quando este não está disposto a pagar pelo bem o valor que o mercado solicita;

d) o efeito substituição gera aumento de satisfação.

10. (Assessor Técnico-Economista da Câmara Legislativa –DF/92) Assinale as alternativas incorretas, com base na teoria do Consumidor.

a) A taxa marginal de substituição, que corresponde à inclinação da reta de restrição orçamentária, é constante.

b) O objetivo do consumidor é maximizar sua função utilidade, dada a sua restrição orçamentária.

c) As curvas de indiferença são convexas em relação à origem.Se este fato não for observado, a solução do problema do consumidor será a especialização do consumo.

d) A utilidade marginal torna-se negativa a partir do momento em que a curva de utilidade atinge seu pico.

11. (AFCE-TCU/98) A teoria da demanda baseia-se nas decisões dos consumidores e requer o conhecimento de como são formadas as suas preferências.A esse respeito, julgue os itens seguintes.

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Curso Professor Geraldo Goes Página 83

a) Tanto a posição como a forma das curvas de indiferença, para um consumidor particular, dependem unicamente de suas preferências, não sendo afetadas pelo nível de renda e pelos preços de mercado.

b) Supondo que, para um determinado consumidor, raquetes e bolas de tênis sejam complementos perfeitos, a variação da demanda de raquetes resultantes de uma redução do preço desse produto dever-se à tão-somente ao efeito-renda.

c) A inclinação da curva de restrição orçamentária depende dos preços relativos dos bens e da renda do consumidor.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 1415

16

17 18 19 20 21 22 23 24 25

A A C A A E C B B fvvf vvf

26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 3940

41

42 43 44 45 46 47 48 49 50

51 52 53 54 55 56

10-F,V,V,F11- V,V,F

12.1 O OBJETIVO DO CONSUMIDOR

12.2 A CESTA ÓTIMA E O EQUILÍBRIO DO CONSUMIDOR

CAPÍTULO 12

A ESCOLHA ÓTIMA DO CONSUMIDOR

O objetivo do consumidor é obter a maior satisfação possível, isto é, atingir o maior nível de utilidade possível, sujeito á sua restrição orçamentária. A escolha ótima é a cesta de bens que maximiza a utilidade do consumidor, dado a sua restrição orçamentária.

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 84

FIGURA 28

12.3 A UTILIDADE MARGINAL DA MOEDA

A Cesta ÓtimaDefinição: A cesta ótima (a combinação de bens) é aquela que é factível (que pode ser adquirida) e que maximiza a utilidade do consumidor. A cesta ótima representa a solução do problema do consumidor. A cesta ótima é o ponto de equilíbrio do consumidor.Interpretação geométrica: A cesta ótima é aquela situada sobre a reta de restrição orçamentária (e portanto é factível) e ao mesmo tempo pertence à curva de indiferença mais elevada ( e portanto fornece o maior nível de utilidade), isto é, a cesta ótima é obtida geometricamente quando a curva de utilidade mais alta possível ( de maior utilidade) tangencia a restrição orçamentária (vide figura 28).Condições de Obtenção: A cesta ótima (x*, y* ) satisfaz as duas condições abaixo: Rpypx yx .. ** , isto é, a cesta ótima ),( ** yx é factível (pode ser comprada) e

portanto satisfaz a equação da restrição orçamentária;

y

x

y

x

p

p

UMg

UMg , isto é, a razão entre as utilidades marginais dos bens é igual à

razão entre os preços desses bens. De fato, na cesta ótima, e apenas nela, a restrição orçamentária (cuja inclinação é dada pela razão entre os preços dos bens) é tangente á curva de indiferença e portanto a restrição orçamentária torna-se uma taxa marginal de substituição (que é igual à razão entre as utilidades marginais ). Note que a

igualdade (y

x

y

x

p

p

UMg

UMg ) só se verifica no ponto de equilíbrio do consumidor, isto

é, só se verifica para a cesta ótima.

Page 85: Microeconomia - Geraldo Góes

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Curso Professor Geraldo Goes Página 85

12.4 A CONDIÇÃO DE EQUILÍBRIO E A UTILIDADE MARGINAL DA MOEDA

12.5 A CESTA ÓTIMA PARA UMA FUNÇÃO DE UTILIDADE DO TIPO COBB - DOUGLAS

Exemplo: Sabendo que a função de utilidade de um consumidor é xyyxU ),( , sua

renda e de 10 unidades monetárias e os preços dos bens X e Y são respectivamente 1 e 2,calcule as quantidades ótimas que maximizam a utilidade do consumidor.

Solução:

Dados: 2/12/1),( yxxyyxU R= 10Px = 1

Definição: A utilidade marginal da moeda () é igual à razão entre a utilidade

marginal de um bem e o preço desse bem (x

x

p

UMg). A utilidade marginal da

moeda é a utilidade obtida com a última unidade monetária gasta em um bem.

A condição de equilíbrio y

x

y

x

p

p

UMg

UMg pode ser escrita como

y

y

x

x

p

UMg

p

UMg , isto é,

a máxima satisfação é obtida quando a utilidade marginal da moeda é constante. O consumidor maximiza sua utilidade quando a utilidade obtida com a última unidade monetária gasta nos diversos bens é constante, pois o preço da moeda é

unitário : 1

moeda

moeda

y

y

x

x

preço

UMg

p

UMg

p

UMg.

Se a função utilidade for do tipo Cobb-Douglas, isto é, se yAxyxU ),( , então :

A quantidade ótima do bem X será: xp

Rx

)(*

A quantidade ótima do bem Y será:yp

Ry

)(*

Onde: R é a renda do consumidorPx é o preço do bem XPy é o preço do bem Y

Page 86: Microeconomia - Geraldo Góes

Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 86

Py = 2

Sabemos que xp

Rx

)(*

, substituindo os dados acima temos

51

10

)2/12/1(

2/1*

x

De modo análogo yp

Ry

)(*

, substituindo os dados teremos:

5,22

10

)2/12/1(

2/1*

Y

1. (BACEN 94/CESGRANRIO)Tomemos uma economia com dois bens, X e Y, com preços Px =

1 e Py = 1, respectivamente. Para um consumidor cuja função-utilidade seja dada por U = x . y e

que possua uma renda total M de seis unidades monetárias a cesta de consumo que lhe maximiza

a satisfação é:

(a) X = 3, Y = 3

(b) X = 3, Y = 2

(c) X = 2, Y = 3

(d) X = 2, Y = 2

(e) X = 0, Y = 6

2. (AFC 2000) Imagine um consumidor que consuma apenas dois bens e cujas preferências possam ser representadas pela função de utilidade U(x, y)= xayb, na qual x e y são as quantidades consumidas dos dois bens, e a e b são constantes reais e positivas. Com relação à demanda desse consumidor é correto afirmar que:

a) a demanda pelo bem y é elástica, ou seja, possui um valor, em módulo, superior à unidade

b) dada a renda do consumidor, o volume do dispêndio realizado por ele com a aquisição do bem x não depende do preço do mesmo

c) a demanda pelo bem x é inelástica

d) o bem x é um bem inferior

e) o bem y é um bem de Giffen

3. (IPEA 97/Carlos Chagas) Suponha uma função de utilidade quase-linear da forma

U(x0,x1)=x0 + u(x1): Neste caso, se x0 > 0, a demanda pelo bem 1

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Curso Professor Geraldo Goes Página 87

(A) só depende do preço do bem 0.

(B) depende do preço de bem 1 e da renda.

(C) só depende do preço do bem 1.

(D) depende do preço do bem 0, do preço do bem 1 e da renda.

(E) depende do preço do bem 0 e da renda.

4. (Gestor 97/Carlos Chagas) Suponha um consumidor com sua função de utilidade

dada por U=X21.X

32, onde X1 é a quantidade do bem 1 e X2 a quantidade do bem 2.

Sabendo-se que o preço do bem 1 é igual a 2, o preço do bem 2 é igual a 3 e a renda

do consumidor igual a 500, pode-se afirmar que as quantidades demandadas dos bens

são:

(A) X1 = 145 e X2 = 70

(B) X1 = 122,5 e X2 = 85

(C) X1 = 100 e X2 = 100

(D) X1 = 90 e X2 = 120

(E) X1 = 80 e X2 = 125

5. (Gestor 97/Carlos Chagas) Suponha um consumidor com a função utilidade dada por

U=X1.X2+X2, sendo que P1 = P2 = 5 e a renda é igual a 100. Se o governo cobrar um

imposto de 5 para cada quantidade do bem 1 que o consumidor adquira, o efeito renda

e o efeito substituição, segundo Slutsky, seriam:

(A) –2,625 e –2,275

(B) –2,5 e –2,5

(C) –2,35 e –2,65

(D) –1,535 e –3,465

(E) –1,5 e –3,5

6. (AFC 96) Suponha que a taxa marginal de substituição no consumo para um

indivíduo seja dada por TMS = y/x, sendo y e x os dois bens disponíveis para

escolha. Assinale abaixo a afirmativa verdadeira para este indivíduo:

(A) x é um bem inferior e y é um bem superior;

(B) x é um bem supeior e y é um bem inferior;

(C) x é um bem normal, e y também é um bem normal;

(D) y não é exatamente um bem normal, mas está na fronteira de ser

considerado um bem normal;

(E) x não é exatamente um bem normal, mas está na fronteira de ser

considerado um bem normal.

Page 88: Microeconomia - Geraldo Góes

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Curso Professor Geraldo Goes Página 88

7. (Assessor Técnico-Economista da Câmara Legislativa- DF/92) No que diz respeito ao modelo de equilíbrio do consumidor, através das curvas de indiferença, é correto afirma que:

a) a partir da curva de preço-consumo, obtido através da união dos vários pontos de equilíbrio decorrentes de variações do preço de um dos bens, constrói-se a curva de demanda pelo bem cujo preço vario, a qual relaciona preços e quantidades, negativamente, para o respectivo bem normal;

b)a partir da curva de renda-consumo, obtida através da união dos vários pontos de equilíbrio decorrentes de variações da renda do consumidor, constrói-se a curva de Engel, que relaciona a renda negativamente com qualidade demandada de um bem normal;

c)um aumento na renda disponível do consumidor deslocará a curva de restrição orçamentária, fazendo com que seja alcançada curva de indiferença mais externa, podendo significar nível de satisfação menor;

d)quando existe variação do preço dos bens no modelo de equilíbrio, não se observa o efeito-renda.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25A B C C A C A26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

51 52 53 54 55 56

13.1 DESLOCAMENTO DA RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA

CAPÍTULO 13

DESLOCAMENTO PARALELO DA RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIACURVA DE RENDA CONSUMO

CURVA DE ENGEL

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13.2 CURVA DE RENDA – CONSUMO

13.3 CURVA DE ENGEL

1. (FTF/83) A curva de Engel é baseada em uma das seguintes hipóteses:

a) preços constantes e variações na renda;

b) preços e rendas constantes;

c) variação nos preços e rendas constantes;

Quando se varia a renda nominal ( R ) mantendo-se constante os preços dos bens a reta de restrição orçamentária sofre um deslocamento paralelo. Um aumento da renda nominal R, mantendo-se constante os preços dos bens (e portanto não alterando a inclinação da

restrição orçamentária Y

X

p

p) causa um deslocamento paralelo da restrição orçamentária

para cima e vice-versa.

É o lugar geométrico das cestas de equilíbrio obtidas quando se varia a renda nominal mantendo-se constante os preços dos bens, isto é, a curva de renda consumo é construída ligando-se as cestas de equilíbrio obtidas quando se faz sucessivos deslocamentos da restrição orçamentária. A curva de renda consumo de bens substitutos perfeitos é o próprio eixo horizontal das quantidades do bem X (caso esse bem seja o mais barato) ou o eixo vertical das quantidades do bem Y (caso esse bem seja o mais barato). A curva de renda consumo de bens complementares perfeitos é uma reta passando pela origem (é a própria reta onde estão “penduradas” as curvas de indiferença em forma de cantoneiras).Quando um bem é normal ou superior a curva de renda consumo é crescente. Quando um bem é inferior a curva de renda consumo é decrescente.

A curva de Engel é obtida a partir da curva de renda consumo relacionando-se as quantidades de equilíbrio de um bem com os respectivos níveis de renda. A curva de Engel é qualquer curva que relacione a renda com a quantidade demandada. A curva de Engel para bens substitutos perfeitos é uma reta passando pela origem e cuja inclinação é o preço do bem X caso esse seja o bem mais barato. A curva de Engel de bens complementares perfeitos é uma reta passando pela origem e cuja inclinação é a soma dos preços dos bens. Quando um bem é normal ou superior a curva de Engel é crescente (possui inclinação positiva), Quando um bem é inferior a curva de Engel é decrescente (possui inclinação negativa). Se a curva Engel possui concavidade para baixo (para o eixo da Renda) o bem é dito necessário. Se a curva de Engel possui concavidade para cima o bem é dito de luxo.

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Microeconomia

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d) variações nos preços e rendas;

e) falta de correlação entre a quantidade de um bem e a renda.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

51 52 53 54 55 56

14.1 ROTAÇÃO DA RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA

CAPÍTULO 14

ROTAÇÃO DA RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIACURVA DE PREÇO – CONSUMO

CURVA DE DEMANDA

Um aumento no preço de um bem, mantendo-se constante a renda e o preço dos demais bens causa uma rotação da restrição orçamentária. Quando se aumenta o preço do bem X, mantendo-se constante o preço do bem Y e da renda, a restrição orçamentária sofre uma rotação no sentido horário.

Page 91: Microeconomia - Geraldo Góes

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Curso Professor Geraldo Goes Página 91

14.2 CURVA DE PREÇO-CONSUMO

14.3 CURVA DE DEMANDA

1. (AFC 97) Um consumidor pode escolher entre apenas dois bens, x e y.

Suponha que os preços do dois bens são tais que a reta de restrição

orçamentária é descrita pela linha cheia nos cinco diagramas da figura abaixo.

Em um segundo momento, o governo cria um novo imposto, que só incide sobre

quantidades de x consumidas a mais que a quantidade representada por xx* nos

cinco diagrama da figura a seguir.

É o lugar geométrico das cestas de equilíbrio obtidas quando se varia o preço de um bem mantendo-se constante a renda e o preço dos demais bens, isto é, a curva de preço consumo é construída ligando-se as cestas de equilíbrio obtidas pôr sucessivas rotações da restrição orçamentária. A curva de preço- consumo de bens substitutos perfeitos é o próprio eixo horizontal das quantidades do bem X (caso esse bem seja o mais barato) ou o eixo vertical das quantidades do bem Y (caso esse bem seja o mais barato). A curva de preço- consumo de bens complementares perfeitos é uma reta passando pela origem (é a própria reta onde estão “penduradas” as curvas de indiferença em forma de cantoneiras). Se a curva de preço- consumo é horizontal então a elasticidade- preço da demanda é unitária. Se a curva de preço- consumo é decrescente então a demanda é elástica. Se a curva de preço consumo é crescente então a demanda é inelástica.

A curva de demanda é obtida a partir da curva de preço – consumo. A curva de demanda é construída a partir da curva de preço - consumo relacionado-se as quantidade de equilíbrio de um bem com os respectivos níveis de preço desse bem. A demanda para bens substitutos perfeitos é uma hipérbole. A demanda para bens complementares perfeitos também é uma hipérbole.

y

xx*

a)

y

xx*

b)

y

xx*

c)

y

xx*

d)

y

xx*

e)

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Curso Professor Geraldo Goes Página 92

A linha que representa a restrição orçamentária correta na figura acima, após a

introdução deste imposto, é:

(A) a linha pontilhada da figura (a);

(B) o pedaço da linha cheia para x < x*, e o pedaço da linha pontilhada para

x > x* da figura (b);

(C) a linha pontilhada da figura (c);

(D) o pedaço da linha cheia para x < x*, e o pedaço da linha pontilhada para

x > x* da figura (d);

(E) a linha pontilhada da figura (e).

2. (ANPEC/87) Se a curva de preço-consumo para uma mercadoria é horizontal para todos os preços significantes, a curva de demanda para essa mercadoria é:

a) positivamente inclinada;

b) hipérbole retangular, elasticidade preço unitária;

c) hipérbole retangular, elasticidade-preço variável ao longo da curva;

d) horizontal.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25D B26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

51 52 53 54 55 56

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Curso Professor Geraldo Goes Página 93

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Curso Professor Geraldo Goes Página 94

TEORIA DA FIRMA

PARTE 1- TEORIA DA PRODUÇÃO

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Curso Professor Geraldo Goes Página 95

15.1 OS TIPOS DE INSUMOS UTILIZADOS PELA FIRMA

15.2 HIPÓTESES SOBRE A PRODUÇÃO COM UM INSUMO VARIÁVEL

15.3 O PRODUTO TOTAL OU PRODUÇÃO TOTAL DA FIRMA ( PT)

15.4 PRODUTO MÉDIO (PMe)

CAPÍTULO 15

PRODUÇÃO COM UM INSUMO VARIÁVEL

As hipóteses sobre a produção com um insumo variável são:(i) só existe um insumo variável que é a mão de obra (trabalho), representado pela

letra L.(ii) só existe um insumo fixo que é a terra.

Exemplo: a produção de um bem agrícola que utiliza como insumo variável a mão de obra, isto é, é possível contratar ou demitir qualquer quantidade de mão de obra e a terra é um insumo fixo , ou seja, não se pode aumentar ou diminuir o total da terra disponível para a produção desse bem.

Insumos fixos: são aqueles que não podem variar instantaneamente. Exemplos: a terra, capital instalado, setor administrativo.Insumos variáveis: são aqueles que podem variar instantaneamente. Exemplo: mão-de-obra.Curto Prazo: é o período d tempo em que pelo menos um insumo é fixo.Longo Prazo: é o período de tempo em que todos os insumos são variáveis. È o horizonte de planejamento da firma. A firma produz no curto prazo e paneja no longo prazo.

Produto Total (PT): é uma função (gráfico ou tabela) que fornece a quantidade produzida (o nível do produto) em função do nível de insumo variável (mão-de-obra) utilizado pela firma.

Produto Médio (PMe): É a razão entre o produto total (PT) e o nível de trabalho(L).

L

PTPMe

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15.5 PRODUTO MARGINAL (PMg)

15.6 RELAÇÕES ENTRE O PRODUTO TOTAL (PT), O PRODUTO MARGINAL (PMg) E O PRODUTO MÉDIO (PMe)

FIGURA 29

Produto Marginal (PMg) : É a variação do produto total devido ao acréscimo de uma unidade a mais do insumo variável (L). O produto marginal é a derivada do produto total em relação à mão-de-obra (L).

dL

dPTPMg

As principais relações entre o Produto Total (PT), o Produto Marginal (PMg) e o Produto Médio (PMe) são (veja figura 29):(i) Se o Produto Total é crescente então o Produto Marginal é positivo.(ii) Se o Produto Total é decrescente então o Produto Marginal é negativo.(iii) Se o Produto Total é máximo então o Produto Marginal é nulo.(iv) O Produto Marginal atinge seu máximo para o mesmo nível de trabalho no

qual o Produto Total atinge o seu ponto de inflexão.(v) O Produto Médio atinge seu ponto de máximo quando corta (se iguala)

ao Produto Marginal.(vi) O Produto Médio atinge seu ponto de máximo se iguala ao Produto

Marginal no ramo descendente deste e no ponto de máximo daquele.(vii) Quando o Produto Marginal é negativo, então o Produto Médio é

decrescente (não vale a volta).

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Curso Professor Geraldo Goes Página 97

15.7 LEI DOS RENDIMENTOS FÍSICOS MARGINAIS DECRESCENTES

15.8 OS ESTÁGIOS DE PRODUÇÃO DE UM INSUMO

A medida que se varia, que se utiliza cada vez mais quantidade de um insumo (pôr exemplo a mão-de-obra), mantendo-se fixa a quantidade do outro insumo (pôr exemplo a terra), o insumo variável passa pôr três estágios, denominados de estágios I, II e III desse insumo. Tome como exemplo a produção de uma fazenda na qual a terra é fixa e o fazendeiro vai contratando cada vez mais lavradores para cultivar sua terra. A mão-de-obra, que é o insumo variável passará sucessivamente pelos estágios I, II e III.

Inicialmente utiliza-se pouca mão-de-obra para muita terra e portanto nos encontramos no estágio I da mão-de-obra. A medida que se utiliza cada vez mais mão-de-obra, esse insumo atingirá seu estágio II e atingirá seu estágio III quando a produtividade dessa mão-de-obra for nula, para qualquer quantidade de mão-de-obra acima desse ponto a produtividade dessa mão-de-obra torna-se negativa, isto é, quando se utiliza muita mão-de-obra para pouca terra.

Lei dos rendimentos físicos marginais decrescentes: Existe um nível de insumo no qual a produtividade marginal do insumo (o Produto Marginal) começa a decrescer, isto é, ao se utilizar muita quantidade de um insumo sua produtividade marginal diminui. Essa Lei só é válida no curto prazo, quando pelo menos um insumo é mantido fixo, portanto não devemos confundi-la com os rendimentos decrescentes de escala, pois este é um conceito de longo prazo, no qual todos os insumos são variáveis.

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Os estágios do insumo variável (da mão-de-obra) são:

(i) Estágio I da mão-de-obra: ocorre quando o nível de mão-de-obra varia de zero até o ponto de máximo do Produto Médio. Nesse estágio a firma utiliza pouca mão-de-obra para muita terra. A mão-de-obra encontrasse no seu estágio I quando é usado de uma forma extensiva, isto é, em pouca quantidade em relação à terra.

(ii) Estágio II da mão-de-obra: ocorre quando o nível de mão-de-obra varia do ponto de máximo do Produto Médio até o ponto onde o Produto Marginal se anula. Nesse estágio tanto o Produto Médio quanto o Produto Marginal são decrescentes.

(iii) Estágio III da mão-de-obra: ocorre quando o nível de mão-de-obra é maior do que aquele no qual o Produto Marginal se anula, ou seja, nesse estágio o Produto Marginal da mão-de-obra é negativo. Nesse estágio a firma utiliza muita mão-de-obra para pouca terra. A mão-de-obra encontrasse no seu estágio III quando é usado de uma forma excessivamente intensiva, isto é, em muita quantidade em relação à terra, consequentemente existe mão-de-obra com ociosidade, desperdício e portanto o produto marginal da mão-de-obra é negativo.

Os estágios do insumo fixo (da terra) são (veja figura 30):

(iv) Estágio I da terra: Nesse estágio a firma utiliza pouca terra para muita mão-de-obra. A terra encontrasse no seu estágio I quando é usado de uma forma extensiva, isto é, em pouca quantidade em relação à mão-de-obra.

(v) Estágio II da terra: ocorre quando o nível de insumo fixo não é usado nem de forma extensiva, nem de forma excessivamente intensiva.

(vi) Estágio III da terra: Nesse estágio a firma utiliza muita terra para pouca mão-de-obra. A terra encontrasse no seu estágio III quando é usado de uma forma excessivamente intensiva, isto é, em muita quantidade em relação à mão-de-obra, consequentemente existe terra em ociosidade, desperdício e, portanto o produto marginal da terra é negativo.

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Curso Professor Geraldo Goes Página 99

FIGURA 30

15.9 A SIMETRIA DOS ESTÁGIOS DE PRODUÇÃO

Existe uma simetria entre os estágios de produção dos insumos fixo e variável, a saber:(i) O Estágio I da mão-de-obra (insumo variável) eqüivale ao estágio III da

terra (insumo fixo): quando o nível de mão-de-obra varia de zero até o ponto de máximo do Produto Médio da mão-de-obra notamos que a mão-de-obra está sendo utilizada em pouca quantidade em relação à terra, ou seja a mão-de-obra está sendo utilizada de forma extensiva e a terra de forma excessivamente intensiva e portanto a mão-de-obra está no seu estágio I e a terra está no seu estágio III.

(ii) O Estágio II da mão-de-obra (insumo variável) eqüivale ao estágio II da terra (insumo fixo): quando o nível de mão-de-obra varia do ponto de máximo do Produto Médio até o ponto onde o Produto Marginal se anula notamos que tanto a mão-de-obra quanto a terra não estão mais sendo utilizados de forma extensiva mas também não estão sendo utilizados de forma excessivamente intensiva e portanto a mão-de-obra está e a terra estão no seu estágio II. Esse é portanto o único estágio em que a firma produz, é irracional a firma produzir nos outros estágios.

(iii) Estágio III da mão-de-obra (insumo variável) eqüivale ao estágio I da terra (insumo fixo): quando o nível de mão-de-obra é maior do que aquele no qual o seu Produto Marginal se anula, ou seja, nesse quando o Produto Marginal da mão-de-obra é negativo notamos que a mão-de-obra está sendo utilizada em muita quantidade em relação à terra, ou seja a mão-de-obra está sendo utilizada de forma excessivamente intensiva e a terra de forma extensiva e portanto a mão-de-obra está no seu estágio III e a terra está no seu estágio I.

Portanto a firma só produz no estágio II (da mão-de-obra ou da terra).

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15.10 A IRRACIONALIDADE DO ESTÁGIO III DO TRABALHO OU MÃO-DE-OBRA (INSUMO VARIÁVEL)

15.11 A IRRACIONALIDADE DO ESTÁGIO III DA TERRA (INSUMO FIXO)

15.12 OS LIMITES DO EXTENSIVO E DO INTENSIVO

O estágio III da mão-de-obra não é utilizado pela firma pois para esses níveis de insumo o produto marginal da mão-de-obra é negativo, ou seja, o produto total é decrescente. Nesse estágio a o insumo trabalho está sendo utilizado de forma irracionalmente intensiva, isto é, muita mão-de-obra para pouca terra. Note que esse estágio também corresponde ao estágio I do insumo fixo (da terra), portanto a irracionalidade é devido à utilização excessiva da mão-de-obra em relação à terra.

O estágio III da mão-de-obra não é utilizado pela firma pois para esses níveis de insumo o produto marginal da terra é negativo. Nesse estágio o insumo trabalho está sendo utilizado de forma irracionalmente intensiva, isto é, muita mão-de-obra para pouca terra. Note que esse estágio também corresponde ao estágio I do insumo variável (da mão-de-obra), portanto a irracionalidade é devido à utilização excessiva da terra em relação à mão-de-obra.

Os limites da mão-de-obra (do insumo variável) são:

Limite do Extensivo da mão-de-obra: Ocorre para o nível de mão-de-obra correspondente ao ponto no qual o Produto Médio da mão-de-obra atinge o seu máximo. É chamado de limite do extensivo da mão-de-obra porque : (i) antes desse nível de insumo a mão-de-obra está sendo usada em pouca

quantidade em relação à terra, isto é, está sendo usada de forma extensiva.(ii) corresponde ao maior nível de insumo no qual a mão-de-obra pode ser

usada extensivamente, a partir desse ponto a mão-de-obra deixa de ser utilizada extensivamente e passa a ser usada intensivamente, mantendo-se fixa a quantidade de terra.

Limite do Intensivo da mão-de-obra: Ocorre para o nível de mão-de-obra correspondente ao ponto no qual o Produto Marginal da mão-de-obra se anula. É chamado de limite do intensivo da mão-de-obra porque : (i) depois desse nível de insumo a mão-de-obra está sendo usada em muita

quantidade em relação à terra, isto é, está sendo usada de forma excessivamente intensiva (portanto de forma irracional).

(ii) corresponde ao maior nível de insumo no qual a mão-de-obra pode ser usada racionalmente de forma intensiva, mantendo-se fixa a quantidade de terra; a partir desse ponto a mão-de-obra deixa de ser utilizada de forma intensiva e racional e passa a ser usada de forma excessivamente intensiva e portanto de forma irracional.

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1. (MPU 96) Em relação à lei dos rendimentos decrescentes, julgue os itens a seguir:

I. O produto médio de um insumo qualquer atinge um máximo e depois começa

a declinar quando a utilização dos demais insumos aumenta de maneira

proporcional;

II. Mantendo-se a utilização dos demais insumos constante, o produto marginal

de qualquer insumo declinará, se o uso desse insumo for aumentado;

III. Nessa lei, se um insumo for excessivamente utilizado, a produção total será

reduzida;

IV. Em virtude da existência de fatores fixos, essa lei implica custos de

oportunidade, associados a acréscimos na produção cada vez menores;

V. Essa lei diz respeito às quantidades relativas dos insumos e, portanto, não se

aplica, se houver um aumento no uso de todos os fatores considerados.

Estão certos apenas os itens:

a) I e II

b) II e III

c) II e V

d) III e V

RESUMO

(i) Quando um insumo está no seu primeiro estágio ( estágio I ) é porque está sendo utilizado de forma extensiva, isto é, está sendo usado em pouca quantidade em relação ao outro insumo.

(ii) Quando um insumo está no seu terceiro estágio ( estágio III) é porque está sendo utilizado de forma excessivamente intensiva, isto é, está sendo usado em muita quantidade em relação ao outro insumo e portanto seu produto marginal é negativo.

(iii) O estágio I da mão-de-obra (do insumo variável) eqüivale ao estágio III da terra (do insumo fixo) e vice-versa, o estágio III da mão-de-obra eqüivale ao estágio I da terra. O estágio II é igual tanto para a mão-de-obra quanto para a terra.

(iv) A firma só produz no estágio II (da mão-de-obra e da terra). Nesse estágio os produto marginal e médio da mão-de-obra são decrescentes.

(v) O estágio I da mão-de-obra (estágio III da terra) não é utilizado(é irracional) porque o Produto Marginal da terra( do insumo fixo) é negativo.

(vi) O estágio III da mão-de-obra (estágio I da terra) não é utilizado(é irracional) porque o Produto Marginal da mão-de-obra (do insumo variável) é negativo.

(vii) O nível de mão-de-obra correspondente ao ponto de máximo do Produto Médio da mão-de-obra é chamado de limite do extensivo do insumo variável e de limite do intensivo do insumo fixo.

(viii) O nível de mão-de-obra correspondente ao ponto de onde o Produto Marginal da mão-de-obra se anula é chamado de limite do intensivo do insumo variável e de limite do extensivo do insumo fixo.

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e) IV e V.

2. (MPU 96) Em relação à teoria da produção, julgue os itens abaixo:

I. Se a produtividade média de um fator for maior que o produto marginal, então

o produto médio deve estar crescendo com uma maior utilização desse

insumo;

II. Em presença de rendimentos constantes de escala, as produtividades médias e

marginais são iguais e independem do nível de produção;

III. Inovações tecnológicas conduzem a modificações nos métodos produtivos e,

portanto, deslocam a função de produção das firmas;

IV. Quando o produto total é maximizado com respeito a um determinado fator, o

produto marginal deste último se anula;

V. Se a produtividade marginal de dois insumos variar na mesma proporção, a

taxa marginal de substituição técnica entre esses insumos não se altera.

Estão certos apenas os itens:

a) I e III

b) II e V

c) I, II e III

d) I, III e IV

e) III, IV e V.

3. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) Os fatores fixos de produção referem-se a insumos que

(A) não podem ter seu estoque alterado, mesmo no longo-prazo, sendo esta uma das razões para o surgimento de deseconomias de escala ou custos médios crescentes no longo-prazo.

(B) devem ser utilizados em proporção fixa com outros fatores.(C) não podem ter seus estoques alterados no curto-prazo. (D) não podem variar no longo-prazo.(E) possuem relação técnica constante.

4. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) A lei dos rendimentos decrescentes refere-se a

(A) rendimentos totais decrescentes.(B) rendimentos marginais decrescentes.(C) rendimentos modais decrescentes.(D) custos médios decrescentes.(E) custos totais crescentes.

5. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) Supondo um fator fixo de produção, quando o produto marginal é igual a zero pode-se afirmar que

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Curso Professor Geraldo Goes Página 103

(A) o produto total é máximo.(B) o produto marginal é mínimo e, por esta razão, igual a zero, o que é uma tautologia por definição.(C) o produto médio é máximo.(D) o custo marginal é mínimo.(E) os retornos marginais de ambos os fatores de produção são decrescentes.

6. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) Se na produção de um bem vale a lei dos rendimentos decrescentes, então pode-se afirmar que a produtividade

(A) marginal é decrescente.(B) marginal fica negativa.(C) média é igual à marginal.(D) média aumenta a taxas crescentes.(E) marginal é crescente.

7. (Gestor 97/Carlos Chagas) Se na produção de um bem vale a lei dos rendimentos

decrescentes, pode-se afirmar que a produtividade

(A) marginal é decrescente.

(B) média aumenta a taxas crescentes.

(C)média é igual a marginal.

(D)marginal torna-se negativa.

(E) marginal é crescente.

8. (Assessor Técnico-Economista da Câmara Legislativa – DF/92) Assinale a alternativa correta, considerando o modelo de produção com apenas um insumo variável.

a)A curva de produto total, em relação a um determinado insumo, é sempre crescente.b)A curva de produto marginal, obtida como sendo a inclinação, para cada valor do insumo considerado, da curva de produto total, é sempre decrescente.c)As curvas de produto médio e produto marginal cruzam-se no ponto mínimo da primeira.d)A curva de produto médio, obtida como sendo a inclinação da reta que liga a origem e a curva do produto total, para cada valor do insumo considerado, é crescente até determinado nível de insumo, tornando-se decrescente após.

9. (Assessor Técnico-Economista da Câmara Legislativa – DF/92) Considere F (falsa) ou V (verdadeira) para cada uma das afirmativas a seguir, considerando a curva de produto físico total a seguir representado.

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Curso Professor Geraldo Goes Página 104

I – Da origem até o ponto A temos o produto marginal crescenteII – De A até B, exclusive, temos o produto marginal maior do que o produto médio.III – A partir do ponto C, inclusive, temos produto marginal negativoIV – No ponto B temos o produto marginal igual ao produto médio.

A alternativa correta éa) F, F, V, V c) V, F, V, Vb) V, V, F, V d) F, V, F, V

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25C E C B A A A D B26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

51 52 53 54 55 56

16.1 ESPAÇO DOS INSUMOS

CAPÍTULO 16PRODUÇÃO COM DOIS INSUMOS VARIÁVEIS:

CAPITAL(K) E TRABALHO(L)

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ESPAÇO DOS INSUMOSFIGURA 31

16.2 FUNÇÃO DE PRODUÇÃO - Q(L, K)

16.3 PRODUTO MARGINAL( PMg) DE UM INSUMO

Definição: É uma função Q(L,K) que associa a cada cesta de insumos (L,K) utilizada pela firma, um nível de produção. Exemplo: Suponha que uma firma

produza carros, se a função de produção de uma firma é dada pôr KLKLQ ),( , então se a firma utilizar a cesta (9, 4), isto é, se a firma utilizar 9 unidades de capital e

4 unidades de trabalho produzirá, 6364.9 unidades de produto, isto é, produzirá 6 carros. Se porém a firma utilizar a cesta (16,25), seu nível de produção

será de 2040025.16 unidades de produto.

Se as quantidades do insumo trabalho L são plotadas no eixo horizontal e as quantidades do insumo capital K são plotadas no eixo vertical (veja figura 31), então o plano assim obtido é chamado de Espaço dos Insumos. Note que cada ponto nesse plano é uma cesta de insumos, isto é, uma combinação de insumos trabalho e capital.

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16.4 ISOQUANTA

Definição: O produto marginal de um insumo é a variação na produção total (na quantidade produzida) devido ao acréscimo de uma unidade a mais desse insumo. A utilização, pôr parte da firma, de uma unidade a mais de um insumo, causa uma variação na quantidade produzida, variação essa chamada de produto marginal desse insumo.

O Produto Marginal do capital (PMgK) é a variação no produto total devido ao acréscimo de uma unidade a mais de capital, exemplo: se a firma utilizar uma unidade a mais de capital, se utilizar uma máquina a mais na produção, obterá um acréscimo na sua produção total , acréscimo esse chamado de produto marginal do capital. O Produto Marginal do capital (PMgK) é a derivada parcial da função de produção em relação a quantidade do

insumo capital K, isto é: K

QPMg K

.

O Produto Marginal do trabalho (PMgL) é a variação no produto total devido ao acréscimo de uma unidade a mais de trabalho, exemplo: se a firma utilizar uma unidade a mais de mão-de-obra, se utilizar uma hora a mais de trabalho na produção, ou contratar umempregado a mais, obterá um acréscimo na sua produção total , acréscimo esse chamado de produto marginal do trabalho. O Produto Marginal do trabalho (PMgL) é a derivada parcial da

função de produção em relação a quantidade do insumo trabalho L, isto é: L

QPMgL

.

Definição: É a curva no espaço dos insumos que mostra as cestas (as combinações de insumos) que fornecem para a firma o mesmo nível de produção (veja figura 32). As isoquantas são curvas de níveis da função de produção. As isoquantas possuem as seguintes propriedades : São decrescentes : pois existe a possibilidade de substituir um insumo pelo outro de

maneira a permanecer no mesmo nível de produção. São côncavas para cima (convexas em relação à origem) : pois as taxas marginais de

substituição técnica são decrescentes e também porque a firma possui uma preferencia pela diversificação dos insumos que utiliza.

São densas, isto é, entre duas isoquantas sempre podemos traçar uma terceira. Não se interceptam. Afasta-se da origem à medida que aumenta o nível de produção.

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FIGURA 32

16.5 PRINCIPAIS TIPOS DE FUNÇÃO DE PRODUÇÃO E SUAS RESPECTIVAS ISOQUANTAS

16.6 TAXA MARGINAL DE SUSTITUIÇÃO TÉCNICA ENTRE DOIS INSUMOS

Os principais tipos de função de produção são: Cobb- Douglas: LAKKLQ ),( . As isoquantas são em forma de hipérboles.

Insumos Substitutos Perfeitos: Q(L, K) = K + L. As isoquantas são retas. Insumos Complementares Perfeitos : Q(L, K) = min {aL, bK}. As isoquantas são

em forma de cantoneira (em forma de “L”) “penduradas” na reta K = aL/b pois a racionalidade econômica impõe que aL = bK.

Definição: A taxa marginal de substituição de L pôr K (TMgSTL,K) é a quantidade do insumo L que deve ser sacrificada para se obter uma unidade a mais do insumo K de maneira a permanecer no mesmo nível de produção.

Interpretação geométrica: A taxa marginal de substituição técnica é a inclinação negativa da isoquanta, isto é, a taxa marginal de substituição técnica é a inclinação da reta tangente à isoquanta em um ponto (veja figura 33).

Relação (Cálculo matemático): A taxa marginal de substituição técnica entre dois insumos é igual à razão entre os produtos marginais desses insumos, isto é:

K

LKL PMg

PMgTMgST ,

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AK

ALA

KLQMg

QMgTMgSTg ,

FIGURA 33

16.7 A RETA DE ISOCUSTO DA FIRMA

Definição: A reta de isocusto mostra os pontos, as cestas de insumos, que são factíveis, isto é, que podem ser compradas pela firma (veja figura 34).Equação : A equação da reta de isocusto é CKrLw .. , onde C é o custo da firma, L e K são respectivamente as quantidades dos insumos bens trabalho e Capital , w é o preço (remuneração) do trabalho e r é o preço (remuneração) do capital. Inclinação : A inclinação da reta de isocusto é igual à razão entre os preços dos

insumos (r

w ). A inclinação da isocusto é igual ao preço relativo do insumo

trabalho L porque é igual ao preço do trabalho (w) dividido pelo preço do capital (r), isto é, a inclinação da restrição orçamentária é igual ao preço do trabalho (do insumo é plotado no eixo horizontal) dividido pelo preço do capital (que é plotado no outro eixo). A inclinação da restrição orçamentária é igual ao preço relativo do insumo plotado no eixo horizontal.

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r

wTg

FIGURA 34

16.8 O OBJETIVO DA FIRMA

16.9 O 1º PROBLEMA DA FIRMA: MAXIMIZAÇÃO DA PRODUÇÃO

O objetivo da firma é maximizar seu lucro, sujeito á sua restrição de custo.

O 1º problema da firma é o de maximizar sua produção sujeito à um nível de custo, isto é, fixado o custo C , e os preços dos insumos w e r, qual a cesta ótima de insumos ),( ** KL que maximiza o seu nível de produção.

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16.10 O EQUILÍBRIO DA FIRMA : A SOLUÇÃO DO 1º PROBLEMA

FIGURA 35

A Cesta Ótima de insumos para o 1º problema da firmaDefinição: A cesta ótima (a combinação de insumos) é aquela que é factível (que pode ser adquirida pela firma) e que maximiza a produção da firma, fixado o seu custo. A cesta ótima representa a solução do 1º problema da firma. A cesta ótima é o ponto de equilíbrio da firma.Interpretação geométrica: A cesta ótima é aquela situada sobre a reta de isocusto (e, portanto é factível) e ao mesmo tempo pertence à isoquanta mais elevada ( e portanto fornece o maior nível de produção), isto é, a cesta ótima é obtida geometricamente quando a isoquanta mais alta possível ( de maior nível de produção) tangencia a reta de isocusto (vide figura 35).Condições de Obtenção: A cesta ótima (L*, K* ) satisfaz as duas condições abaixo: CKrLw ** .. , isto é, a cesta ótima de insumos ),( ** KL é factível (pode ser

comprada) e portanto satisfaz a equação da reta de isocusto;

r

w

PMg

PMg

K

L , isto é, a razão entre os produtos marginais dos insumos é igual à

razão entre os preços desses insumos. De fato, na cesta ótima, e apenas nela, a reta de isocusto (cuja inclinação é dada pela razão entre os preços dos insumos) é tangente á isoquanta e portanto a reta de isocusto torna-se uma taxa marginal de substituição técnica (que é igual à razão entre os produtos marginais ). Note que a igualdade

(r

w

PMg

PMg

K

L ) só se verifica no ponto de equilíbrio da firma, isto é, só se verifica

para a cesta ótima de insumos que resolvem o 1º problema da firma.

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16.11 A CESTA ÓTIMA DE INSUMOS PARA UMA FUNÇÃO DE PRODUÇÃO DO TIPO COBB DOUGLAS

16.12 O 2º PROBLEMA DA FIRMA

16.13 O VERDADEIRO PROBLEMA DA FIRMA

Se a função de produção for do tipo Cobb- Douglas, isto é, se KALKLQ ),( , então :

A quantidade ótima do insumo L será: w

CL

)(*

A quantidade ótima do insumo K será:r

CK

)(*

Onde: C é o custo fixado pela firma w é o preço (remuneração) da mão-de-obra (salário)r é o preço (remuneração) do capital

A firma também enfrentar o problema de minimizar seu custo sujeito a atingir um nível de produção fixado, ou seja, fixado o nível de produção e os preços dos insumos a firma irá minimizar seus custos de maneira a alcançar o nível de produto fixado. O 1º e 2º problema da firma são equivalentes, ou seja, a cesta ótima de insumos que maximiza a produção sujeita à um custo fixado é a mesma cesta de insumos que minimiza sue custo sujeita a atingir um nível de produto fixado.

O verdadeiro problema da firma é o de maximizar seu lucro sujeito a uma restrição de custo e não o de maximizar a produção ou o de minimizar custo, portanto a cesta ótima apresentada nesta seção não resolve o problema da firma, ela é apenas uma condição necessária mas não suficiente para maximizar o lucro, ou seja se uma firma está maximizando seu lucro, então necessariamente estará minimizando seu custo (maximizando a produção), porém se a firma está minimizando custo (maximizando a produção) não necessariamente estará maximizando seu lucro.

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16.14 GRAU DE HOMOGENEIDADE DA FUNÇÃO DE PRODUÇÃO

16.15 RENDIMENTOS DE ESCALA

16.16 HOMOGENEIDADE DE UMA FUNÇÃO COBB-DOUGLAS

Uma função de produção é dita ser homogênea de grau k se:

),(.).,.( LKQLKQ k

de modo que se a função de produção é homogênea de grau 3 e a firma duplicar os insumos então a produção da firma será multiplicada pôr 8 pois: ),(.8),(.2).2,.2( 3 LKQLKQLKQ

RENDIMENTOS DE ESCALA

Rendimentos constantes de escala: um aumento nos insumos causa um aumento proporcional na quantidade produzida, ou seja se a firma duplicar seus insumos (usar o dobro de mã0-de-obra e capital) então a produção duplicará; se triplicar seus insumos então sua produção irá triplicar. Se a função de produção for homogênea de grau 1 então ela possui rendimentos constantes de escala.

Rendimentos crescentes de escala: um aumento nos insumos causa um aumento mais que proporcional na quantidade produzida, ou seja se a firma duplicar seus insumos (usar o dobro de mã0-de-obra e capital) então a produção mais que duplicará; se triplicar seus insumos então sua produção mais que triplicará. Se a função de produção for homogênea de grau maior que 1 então ela possui rendimentos crescentes de escala.

Rendimentos decrescentes de escala: um aumento nos insumos causa um aumento menos que proporcional na quantidade produzida, ou seja se a firma duplicar seus insumos (usar o dobro de mã0-de-obra e capital) então a produção aumentará mas não chega a duplicar; se triplicar seus insumos então sua produção menos que triplicará. Se a função de produção for homogênea de grau menor que 1 então ela possui rendimentos decrescentes de escala

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16.17 RELAÇÕES ENVOLVENDO RENDIMENTOS DE ESCALA

16.18 ISOLINHA

Se a função de produção for do tipo Cobb- Douglas então seu grau de homogeneidade é dado pela soma dos expoentes, ou seja: se KALKLQ ),(

então + é o grau de homogeneidade.+=1 homogênea de grau 1 (rendimento constante de escala)+1 homogênea de grau maior que 1 (rendimento crescente de escala)+1 homogênea de grau menor que 1 (rendimento decrescente de escala)

i. Se uma função de produção possui rendimentos constantes de escala então, para as mesmas variações no produto, suas isoquantas são igualmente espaçadas.

ii. Se uma função de produção possui rendimentos crescentes de escala então, para as mesmas variações no produto, suas isoquantas se aproximam uma das outras.

iii. Se uma função de produção possui rendimentos decrescentes de escala então, para as mesmas variações no produto, suas isoquantas se afastam uma das outras.

iv. Se uma função de produção possui rendimentos constantes de escala (é homogênea de grau 1) então os produtos marginais do trabalho e da mão-de-obra são funções homogêneas de grau 0, e portanto não dependem da magnitude dos insumos e sim da proporção entre eles.

v. Se uma função de produção é homogênea de grau k então suas derivadas parciais de 1ª ordem são homogênea de grau k-1; suas derivadas parciais de 2ª ordem são homogênea de grau k-2 e suas derivadas parciais de n-ésima ordem são homogênea de grau k- n.

É o lugar geométrico dos pontos de equilíbrio nos quais a taxa marginal de substituição técnica é constante. Se a função de produção for homogênea de grau um então suas isolinhas são retas.

Page 114: Microeconomia - Geraldo Góes

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16.19 CAMINHO DE EXPANSÃO

16.20 ELASTICIDADE SUBTITUIÇÃO

1. (BACEN 94/CESGRANRIO) Considere uma função de produção de tipo Cobb-Douglas: Y =

AL K1-, onde Y é o produto, A é uma constante, L é trabalho e K é capital. As produtividades

marginais do trabalho e do capital são dadas, respectivamente por:

(a) ; 1-(b) ALK-; (1 - ) AL-1 K1-

(c) (-1) AL K-; AL-1 K1-

(d) AL-1 K1-; (1-)ALK-

(e) (1-)ALK; (1-)AL K

2. (AO 97/CARLOS CHAGAS) A produção de um bem é feita usando capital e trabalho em proporções fixas. Neste caso pode-se concluir que a elasticidade de substituição entre capital e mão-de-obra é (A) infinita. (B) menor do que a unidade. (C) igual a zero. (D) maior do que a unidade. (E) igual a unidade.

3. (Gestor 97/Carlos Chagas) Quando uma função de produção é homogênea do

primeiro grau

O caminho de expansão é uma isolinha na qual a produção aumenta, mantendo-se constante os preços dos insumos. O caminho de expansão mostra como variam as proporções dos insumos quando se varia a produção (ou a despesa), mantendo-se constante os preços dos insumos. Se a função de produção for homogênea de grau um então o caminho de expansão é uma reta. As curvas de custo médio de longo prazo e de custo total de longo prazo são obtidas à partir do caminho de expansão.

Todo caminho de expansão é uma isolinha mas nem toda isolinha é um caminho de expansão.

A elasticidade de substituição ( ) mostra a sensibilidade da relação capital- trabalho(K/L) devido à uma variação na taxa marginal de substituição técnica de trabalho pôr capital.

)/(.

)(

)/(

)%(

)%/(

, LK

TMgST

TMgSTd

LKd

TMgST

LK

KL

A elasticidade de substituição de uma função de produção Cobb-Douglas é dada pelo seu grau de homogeneidade.

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(A) o aumento da quantidade de um fator diminui a produtividade marginal de outro

fator.

(B) aumentando a utilização dos fatores de produção numa dada proporção, a

produção não aumentará nesta proporção.

(C) as produtividades marginais dos fatores dependem da proporção em que estes

fatores são utilizados.

(D) os custos totais de produção são constantes ao longo do caminho de

expansão.

(E) não se verifica a lei dos rendimentos decrescentes.

4. (IPEA 97/Carlos Chagas) Se um pequeno aumento percentual da taxa técnica de

substituição, que mede a inclinação da isoquanta, der origem a um

(A) grande aumento percentual na razão de fatores, pode-se dizer que a isoquanta

é relativamente plana e que a elasticidade de substituição é grande.

(B) pequeno aumento percentual na razão de fatores, pode-se dizer que a

isoquanta é relativamente curva e que a elasticidade de substituição é grande.

(C) pequeno aumento percentual na razão de fatores, pode-se dizer que a

isoquanta é relativamente plana e que a elasticidade de substituição é grande.

(D) grande aumento percentual na razão de fatores, pode-se dizer que a isoquanta

é relativamente curva e que a elasticidade de substituição é pequena.

(E) grande aumento percentual na razão de fatores, pode-se dizer que a isoquanta

é relativamente curva e que a elaticidade de substituição é grande.

5. (IPEA 97/Carlos Chagas) Considere a função de produção Cobb-Douglas: y(x,z)=xa

z1-a. É INCORRETO afirmar que

(A) esta função é homogênea de grau 1.

(B) a taxa técnica de substituição é igual a: -

(C) a elasticidade de substituição é igual a 1.

(D) esta função exibe retornos constantes de escala.

(E) esta função engloba a função de produção CES.

6. (Gestor 97/Carlos Chagas) A taxa técnica de substituição mede a

(A) inclinação de uma isocusto.

(B) inclinação de uma isolucro.

(C) inclinação de uma isoquanta.

(D) razão de preços dos insumos.

(E) produtividade marginal do insumo variável.

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7. (AFC 96) Considere uma função de produção dada por f(x1, x2) = C x1a x2

b,

onde x1 e x2 são os fatores de produção, e a, b e C são parâmetros. A Taxa de

Substituição técnica entre os fatores é dada por:

(A)2

1

x

xC ;

(B) 12

11

ba xx ;

(C)1

2

bx

ax;

(D) 12

11

ba xabx ;

(E)2

1

x

xC .

8. (AFC 97) Qual das afirmações abaixo envolvendo o conceito de “retornos de

escala”, dentro do contexto da teoria da firma, é falsa:

(A) A análise dos retornos de escala envolve a capacidade de a firma variar

todos os insumos utilizados na produção.

(B) Retornos de escala podem ser considerados como um fator determinante

da estrutura de um mercado.

(C) Não é possível afirmar qualquer coisa sobre os retornos de escala de

uma firma sem antes conhecermos sua tecnologia de produção.

(D) Se os retornos de escala de uma firma são constantes, então a teoria

microeconômica diz que, no longo prazo, esta firma não pode extrair

lucros de monopólio.

(E) Retornos de escala podem ser constantes ou positivos, mas nunca

negativos.

9. (ICMS SP/1997/VUNESP) Com relação aos conceitos de rendimentos decrescentes e retornos

de escala no processo de produção de uma firma, pode-se afirmar que:

(A) existem deseconomias de escala se ocorre uma queda da produtividade dos fatores de

produção, quando a empresa diminui a escala de produção.

(B) A lei dos rendimentos decrescentes defere-se à situação em que uma empresa aumenta a

utilização de todos os fatores de produção, mas a quantidade produzida aumenta menos

que proporcionalmente ao aumento dos fatores.

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(C) A lei dos rendimentos decrescentes ocorre quando, ao adicionarmos fatores de produção

variáveis, com pelo menos um fator de produção fixo, a produção inicialmente aumenta

a taxas crescentes, depois continua aumentando, mas a taxas decrescentes, até começar

a cair.

(D) Nos rendimentos decrescentes, supõe-se que todos os fatores de produção são

variáveis, entretanto nos retornos de escala supões-se que exista pelo menos um fator

fixo de produção.

(E) O formato da curva de custo médio de longo prazo deve-se à lei dos rendimentos

decrescentes, enquanto o formato da curva de custo médio de curto prazo é devido às

economias de escala.

10. 1 (Economista – Petrobrás/97) A função de produção Y = F(K,L) onde Y é produto, K é o capital e L é o trabalho, apresenta retornos constantes de escala se

a) F(ZK, ZL) = ZY d) F(K+1

,L+1

) – F(K,L) = 1

b) F(ZK,ZL) = Y e) ZF(K,L) = Y.c) F(K/L,1) = K/L

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25D C C A E C C E C26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

51 52 53 54 55 56

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17.1 TIPOS DE CUSTOS

17.2 CUSTO TOTAL (CT)

FIGURA 36

CAPÍTULO 17

TEORIA DOS CUSTOS NO CURTO PRAZO

GEOMETRIA DOS CUSTOS (veja figura 36)

Custo Fixo (CF): É aquele que não depende da quantidade produzida (Q). É a parte do custo total que não é função da quantidade produzida Q.

Custo Variável (CV): É aquele que depende da quantidade produzida (Q). É a parte do custo total que é função da quantidade produzida Q.

O Custo Total é a soma do Custo Fixo com o Custo Variável.

CVCFCT

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17.3 CUSTO MÉDIO (CMe) OU CUSTO TOTAL MÉDIO (CTMe)

17.4 CUSTO FIXO MÉDIO (CFMe)

17.5 CUSTO VARIÁVEL MÉDIO (CVMe)

17.6 CUSTO MARGINAL (CMg)

17.7 GEOMETRIA DOS CUSTOS TOTAL, FIXO E VARIÁVEL

É a razão entre o Custo Total (CT) e a quantidade produzida (Q).

Q

CTCMe

É a razão entre o Custo Fixo (CF) e a quantidade produzida (Q).

Q

CFCFMe

É a razão entre o Custo Variável (CV) e a quantidade produzida (Q).

Q

CVCVMe

É a variação no custo total devido ao acréscimo de uma unidade a mais produzida. O Custo Marginal é a derivada do Custo Total (CT) em à quantidade produzida Q.

dQ

dCTCMg

Custo Fixo (CF): é uma reta horizontal (paralela ao eixo das quantidades produzidas), pois não depende dessa quantidade.Custo Variável (CV): é uma função crescente da quantidade produzida pois quanto mais a firma produz, maior será o custo. O CV parte da origem porque se a firma não produzir nada seu custo variável será zero.Custo Total (CT): como o custo total é a soma do custo variável com o custo fixo e este é uma reta horizontal então o CT possui a mesma forma do CV só que partindo do custo fixo.

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17.8 GEOMETRIA DOS CUSTOS MÉDIO, VARIÁVEL MÉDIO, MARGINAL E FIXO MÉDIO (veja figura 37)

FIGURA 37

1. (MPU 96) Em relação à teoria dos custos, julgue os itens a seguir:

I. Os custos médios são minimizados quando os custos marginais são maiores

que o custo médio;

II. Em presença de economias crescentes de escala, os custos marginais são

decrescentes e a curva de custo total torna-se menos inclinada;

III. Os custos de oportunidade de uma firma devem incluir a depreciação das

máquinas utilizadas;

IV. Custos fixo médios são os custos médios associados aos fatores fixos e,

portanto, não variam com o nível de produção;

Custo Médio (CMe): é uma curva em forma de “U”. O Custo Médio se iguala (corta) o Custo Marginal no ponto de mínimo daquele e no ramo ascendente deste.Custo Marginal (CMg): o CMg corta o CMe no ponto de mínimo do CMe.Custo Variável Médio (CVMe): O CVMe atinge seu ponto de mínimo quando se iguala (corta) o custo marginal. O CVMe se aproxima assintoticamente do Custo Médio, isto é, a medida que a quantidade produzida aumenta o CVMe se aproxima cada vez mais do CMe, porém sem nunca corta-lo.Custo Fixo Médio (CFMe): o CFMe é uma hipérbole.

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V. A curva de custo marginal intercepta a curva de custo médio no ponto mínimo

da curva de custo médio.

Estão certos apenas os itens:

a) I e V

b) II e III

c) I, II e IV

d) I, II e V

e) II, III e V

2. (AO 97/CARLOS CHAGAS) Se o custo médio de uma empresa for crescente: (A) o custo fixo médio também será crescente. (B) o custo variável médio será maior que o custo médio. (C) não vale a "lei dos rendimentos decrescentes". (D) o custo marginal será maior que o custo médio. (E) existem economias externas à firma.

3. (Gestor 97/Carlos Chagas) Se o custo marginal for superior ao custo médio

(A) este estará no seu ponto de mínimo.

(B) este será decrescente.

(C)o custo marginal será decrescente.

(D)vale a lei dos rendimentos.

(E) este será crescente.

4. (Gestor 97/Carlos Chagas) A curva de custo marginal

(A) pode se situar acima ou abaixo da curva de custo variável médio dependendo

do formato da curva de custo total médio.

(B) situa-se sempre acima da curva de custo variável médio quando a curva de

custo variável médio é decrescente e sempre abaixo quando ela é crescente.

(C) pode se situar acima ou abaixo da curva de custo variável médio, dependendo

do formato da curva de custo fixo médio.

(D) situa-se sempre abaixo da curva de custo variável médio quando a curva de

custo variável médio é decrescente e sempre acima quando ela é crescente.

(E) sempre cruza a curva de custo variável médio quando a curva de custo variável

médio está no seu ponto de máximo.

5. (AFC 95) Uma firma incorre em custo de x2+2x+9, se deseja produzir x unidades de

seu produto. Se sua função demanda inversa é dada por P=10–2x, o valor da elasticidade

da demanda, quando ela produz no ponto mínimo de sua curva de custo médio é:

(A) 1

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(B) 1/3

(C) 0

(D) 2/3

(E) 2/9

6. (AFC 97) Na figura a seguir, o eixo horizontal representa a mensuração das quantidades de um bem, produzidas por uma firma, e o eixo vertical representa a mensuração dos custos associados a estas quantidades:

3 21

Custos

QuantidadeProduzida

As figuras 1, 2 e 3 representam, respectivamente, as curvas de custo:

(A) médio variável, médio e marginal;

(B) médio, médio variável e marginal;

(C) marginal, médio e médio variável;

(D) marginal, médio variável e médio;

(E) médio, marginal e variável médio.

7. (Fiscal de Contribuições Previdenciárias/79) Se o custo marginal de um produto é crescente, podemos afirmar que

a) o custo médio também é crescente.b) o custo médio é decrescente.c) o custo marginal é inferior ao custo médiod) o custo médio é inferior ao marginal.e) Nenhuma das afirmativas acima está correta.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25E D B D D A E

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26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

51 52 53 54 55 56

18.1 O CUSTO TOTAL DE LONGO PRAZO (CTLP)

18.2 O CUSTO MÉDIO DE LONGO PRAZO (CMeLP)

FIGURA 38

CAPITULO 18

TEORIA DOS CUSTOS DE LONGO PRAZO

O Custo Total de longo prazo é uma função crescente da quantidade, porém parte da origem porque no longo prazo não existe custo fixo.

O Custo Médio de longo Prazo (CMeLP) é a envoltória dos Custos médios de curto prazo (veja figura 38). (i) De modo geral os pontos de tangencia entre os custo médios de curto

prazo (CMeCP) e o CMeLP são diferentes dos pontos de mínimos dos CMeCP.

(ii) O ponto de mínimo do CMeCP só pertence ao CMeLP no ponto de mínimo do CMeLP.

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18.3 O CUSTO MARGINAL DE LONGO PRAZO (CMgLP)

18.4RELAÇÕES ENTRE O CMeLP E O CMgLP

FIGURA 39

O Custo marginal de longo prazo (CMgLP) é caracterizado pôr dois pontos:(i) O ponto de mínimo do CMeLP;(ii) O ponto obtido, fixado uma planta, pela intercessão entre o CMgCP e

a reta vertical traçada pelo ponto de tangencia entre o CMeLP e o CMeCP.

As principais relações entre o CMeLP e o CMgLP são (veja figura 39):

(i) O CMgLP corta (se iguala) o CMeLP no ponto de mínimo deste e no ramo ascendente daquele.

(ii) no ponto de mínimo do CMeLP temos que CMeLP = CMeCP = CMgCP = CMgLP

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18.5 O CMeLP E OS RENDIMENTOS DE ESCALA (VIDE FIGURA 40)

FIGURA 40

i. Quando o CMeLP é decrescente existem rendimentos crescentes de escala.

ii. Quando o CMeLP é crescente existem rendimentos decrescentes de escala.

iii. No ponto de mínimo do CMeLP existem rendimentos constantes de escala.

iv. Se função de produção é homogênea de grau 1, isto é, possui rendimentos constantes de escala, então o CMeLP é uma reta horizontal.

v. Se função de produção possui rendimentos constantes de escala então o CMeLP e o CMgLP são iguais (são retas horizontais) (veja figura 41)

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Curso Professor Geraldo Goes Página 126

FIGURA 41

1. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) Se a curva de custo médio de longo preço for decrescente, esta diminuição se deve a existência de

(A) rendimentos decrescentes.(B) rendimentos constantes de escala.(C) deseconomias externas.(D) economias de escala.(E) deseconomias de escala.

2. (AFC 2000) A função de produção de uma empresa é dada por y=min{5L, 25K} na qual y é a quantidade produzida, L é a quantidade empregada de trabalho e K, a quantidade empregada de capital. Sendo r a taxa de remuneração do capital e w a taxa de remuneração do trabalho, a função de custo (CT(y))dessa empresa será dada por:

a) CT(y)=5w+25rb) CT(y)=rw(y+y2)c) CT(y)=min{0,2y,0,04r}d) CT(y)=y(0,2w+0,04r)e)

CT(y)= 2wry

3. (Analista de Finanças Federal/89) Admita que a função e produção de uma firma competitiva possa ser expressa como Q = K1/2 L1/2, onde Q representa a quantidade física produzida, e K e L são as quantidades de capital e trabalho, respectivamente. O custo total de longo prazo para produzir 4 unidades de produto, admitindo-se que a remuneração do capital seja 8 e o salário 2, será

a) 32 b)34 c) 36 d) 38 e) 40

4. (Fiscal de tributes Federal/81) A afirmação de que a longo prazo, em concorrência perfeita e com todas as firmas iguais, o lucro puro das firmas tende a 0 (zero) se explica porque

a) as firmas igualam o preço ao custo marginalb) as firmas igualam o preço ao mínimo do custo variável médioc) a livre entrada e saída de firmas do mercado impede a formação de lucros extraordináriosd) as firmas igualam o preço ao custo fixo.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25D D A C26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

51 52 53 54 55 56

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19.1 TIPOS DE MERCADO

19.2 HIPÓTESES DO MERCADO COMPETITIVO

CAPÍTULO 19

TEORIA DOS MERCADOS

Os mercados podem se estruturar de diversas maneiras, a saber:Concorrência Perfeita: é o mercado caracterizado por um grande número de pequenas firmas. O lucro econômico de uma firma competitiva é zero.Monopólio: é o mercado no qual só existe uma única firma, um único vendedor.Oligopólio: é mercado no qual existe um pequeno número de grandes firmasConcorrência Monopolística: é um mercado no qual a firma possui no curto prazo um lucro econômico positivo, porém no longo prazo o lucro econômico é nulo, nesses mercados existe uma forte diferenciação do produto.Monopsônio: é o mercado no qual só existe um único comprador.Oligopsônio: é o mercado no qual existe um pequeno número de grandes compradores.

Um mercado em concorrência perfeita é caracterizado pelas seguintes hipóteses:i. Grande número de pequenas firmas: cada firma é um átomo, uma fatia

ínfima do mercado.ii. Produto homogêneo: nos mercados competitivos, os produtos produzidos

pelas firmas são idênticos, isto é, nos mercados competitivos não existe diferenciação do produto.

iii. Perfeito conhecimento de preços e salários: o consumidor sabe a cada instante se uma firma está ou não cobrando o preço de mercado.

iv. Perfeita Mobilidade de Recursos: não há barreira para entrar ou sair do mercado.

Uma conseqüência importante dessas hipóteses é que a firma competitiva é uma simples tomadora de preços (seguidora de preços), isto é, a firma competitiva simplesmente adota o preço de mercado.

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Curso Professor Geraldo Goes Página 128

19.3 DEMANDA INDIVIDUAL DE UMA FIRMA COMPETITIVA

19.4 RECEITA MARGINAL DE UMA FIRMA COMPETITIVA

19.5 CONDIÇÃO DE LUCRO DE UMA FIRMA COMPETITIV

19.6 CURVA DE OFERTA DE UMA FIRMA COMPETITIVA

A demanda individual (a fatia de mercado) de uma firma competitiva é uma reta horizontal (perfeitamente elástica ao preço).

A Receita marginal de uma firma competitiva é igual ao preço. A curva de receita marginal de uma firma em concorrência prefeita é uma reta horizontal e é igual à curva de demanda dessa firma.

A condição de lucro de uma firma em concorrência perfeita é que o preço deve ser igual ao custo marginal:

CMgp Uma firma competitiva, com o objetivo de maximizar seu lucro ou de minimizar seu prejuízo, sempre irá igualar seu custo marginal ao preço do bem que produz.

A curva de oferta de uma firma competitiva no curto prazo é o ramo ascendente do custo marginal, a partir do ponto de mínimo do custo variável médio.

OBSERVAÇÃO

Se o preço é maior que o custo médio ( PCMe ) então a firma possui lucro positivo.

Se o preço é igual ao custo médio ( P = CMe ) então a firma possui lucro zero.

Se o preço é menor que o custo médio e maior que o custo variável médio ( CVMe PCMe) então a firma possui lucro negativo (prejuízo) mas continuará produzindo pois a Receita Total cobre o custo variável e abate parte do custo fixo.

Se o preço é igual ao custo variável médio ( P = CVMe ) então diremos:i. que a firma fecha (prejuízo máximo) ou

ii. que a firma é indiferente entre fechar ou produzir ouiii. que a firma inicia suas operações (preço mínimo).

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Curso Professor Geraldo Goes Página 129

19.7 EQULÍBRIO DE LONGO PRAZO DE UMA FIRMA COMPETITIVA

19.8 MONOPÓLIO

19.9 CAUSAS DO MONOPÓLIO

19.10 DEMANDA DO MONOPOLISTA

19.11 RECEITA MARGINAL NOS MERCADOS NÃO COMPETITIVOS

O equilíbrio de longo prazo de uma firma em concorrência perfeita ocorre no ponto de mínimo do custo médio de longo prazo. Devemos lembrar que nesse ponto de mínimo do CMeLP temos que CMeLP = CMeCP = CMgCP = CMgLP.

O monopólio é o mercado no qual só existe uma única firma no mercado. Um monopólio puro é um monopólio que produz um bem que não possui substituto perfeito.Um monopólio natural é aquele no qual existem rendimentos crescentes de escala

As principais causas de formação de monopólios são:i. Controle da oferta de matéria prima

ii. Franquia governamentaliii. Patentesiv. Custos médios elevados

A demanda de um monopolista é a própria demanda de mercado, pois não existe outra firma no mercado.O monopolista sempre opera no ramo elástico da curva de demanda.

Quando a demanda é uma reta então a receita marginal também é uma reta e ambas possuem o mesmo coeficiente linear, porém a receita marginal é mais inclinada, ou seja, se a demanda é dada pela equação baQP então a Receita Marginal será dada pela equação baQRMg 2 .

Demanda linear inversa: baQP

Receita Marginal: baQRMg 2No mercado em concorrência perfeita a Receita Marginal é uma reta horizontal, porém nos mercados não competitivos a receita marginal é uma curva decrescente.

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Curso Professor Geraldo Goes Página 130

19.12 CONDIÇÃO DE LUCRO DO MONOPOLISTA

19.13 OFERTA DO MONOPOLISTA

19.14 O MONOPOLISTA COM DUAS PLANTAS (FÁBRICAS)

19.15 O MONOPOLISTA DISCRIMINADOR DE PREÇOS

19.16 O MONOPÓLIO NATURAL

A condição de maximização para um monopolista é:

CMgRMg

Com o objetivo de maximizar seu lucro ou de minimizar seu prejuízo, um monopolista sempre irá igualar seu custo marginal à sua receita marginal.

A oferta de um monopolista é composta de um conjunto de pontos (de combinações de preço e quantidade), porém não existe uma curva de oferta para o monopólio.

A condição de lucro para um monopólio com duas fábricas é :

RMgCMgCMg 21

Com o objetivo de maximizar seu lucro, um monopólio com duas fábricas irá igualar os custos marginais dessas plantas à sua receita marginal.

A condição de lucro para um monopólio discriminador de preços é :

CMgRMgRMg 21

Com o objetivo de maximizar seu lucro, um monopolista discriminador de preços irá igualar as receitas marginais desses mercados ao seu custo marginal.

No monopólio natural o custo médio de longo prazo é decrescente, isto é, no monopólio natural possui rendimentos crescentes de escala. No monopólio natural o custo médio é maior que o custo marginal.

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Curso Professor Geraldo Goes Página 131

1. (BACEN 94/CESGRANRIO) Uma firma em concorrência imperfeita se distingue de uma

firma em concorrência perfeita porque sua(s) curva(s) de:

(a) custo marginal é ascendente;

(b) custo marginal é descendente;

(c) receita marginal é ascendente;

(d) receita marginal é descendente;

(e) custo e receita marginais coincidem.

2. (BACEN 97/CESPE) Um dos ramos da ciência econômica é a microeconomia, que estuda

aspectos referentes ao consumidor, às empresas, à organização dos mercados, à distribuição e à

produção de bens e serviços. Dentro do contexto dos conceitos básicos de microeconomia, julgue

os itens abaixo:

(a) as curvas de indiferença são negativamente inclinadas, côncavas e raramente se interceptam;

(b) se a demanda é inelástica, a receita total varia inversamente com o preço;

(c) com o aumento progressivo da quantidade de insumo variável, mantendo-se constante a

quantidade de outro insumo fixo, obtém-se um ponto no qual o produto marginal é máximo;

(d) são condições necessárias para a existência de um mercado perfeitamente competitivo;

nenhum comprador, ou vendedor, consegue influir nos preços mediante seu comportamento

comercial individual; cada agente econômico está completamente informado acerca de sua

produção e das possibilidades de consumo; os agentes econômicos agem de maneira a

maximizar seu ganho; e os fatores de produção são perfeitamente móveis;

(e) para que um monopólio seja efetivo, deve haver barreiras à entrada de novos fornecedores e

devem existir outros bens que sejam substitutos perfeitos para o produto.

3. (BACEN 98/VUNESP) Um mercado em concorrência perfeita é caracterizado:

(a) pelo fato de os compradores diferenciarem os vendedores em situações nas quais existe

informação imperfeita;

(b) pelo fato de os compradores poderem diferenciar os vendedores pela qualidade dos bens;

(c) pelo fato de os compradores não diferenciarem os vendedores por nenhum critério de

preferência, exceto pelo preço;

(d) pelo fato de a informação ser imperfeita e ainda assim o mercado funcionar de acordo com as

leis da oferta e procura;

(e) por uma curva de demanda para a firma completamente inelástica.

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 132

4. (MPU 96) Em mercados competitivos, pode-se afirmar que:

I. A regra de maximização de lucros implica que a firma irá aumentar sua

produção até o ponto em que o custo marginal se iguale ao custo médio;

II. A receita marginal é menor que o preço porque a venda de unidades

adicionais somente é possível por meio de uma redução de preços;

III. A ausência de barreiras à entrada/saída das firmas na indústria fixa o preço de

mercado no ponto mínimo da curva de custo médio e faz com que os lucros

econômicos se anulem no longo prazo;

IV. Mesmo se a curva de oferta de uma firma é ascendente no curto prazo, no

longo prazo ela pode ser perfeitamente elástica;

V. No equilíbrio competitivo, o custo marginal é igual ao salário dividido pela

produtividade marginal física do fator trabalho.

Estão certos apenas os itens:

a) I, II e V

b) I, III e V

c) I, IV e V

d) II, III e IV

e) III, IV e V

5. (MPU 96) Uma firma, operando em condições competitivas, fatura diariamente R$ 5.000,00.

Essa firma maximiza lucros, e os seus custos total médio, marginal e médio variável são

respectivamente de, R$ 8,00, R$ 10,00 e R$ 5,00. Nesse caso, a produção diária:

a) é de 200 unidades;

b) é de 500 unidades;

c) é de 625 unidades

d) é de 1.000 unidades

e) não pode ser calculada, em razão da insuficiência de dados.

6. (MPU 96) Em relação ao problema do monopólio, julgue os itens a seguir:

I. No longo prazo, a existência de barreiras à entrada possibilita aos

monopolistas auferirem lucros econômicos positivos;

II. No equilíbrio, um monopolista maximizador de lucros fixa seu preço ao nível

de sua receita marginal;

III. A curva de receita marginal do monopólio é descendente, porque as firmas

monopolistas são obrigadas a reduzir o preço, caso desejem vender unidades

adicionais do produto;

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 133

IV. O monopólio natural caracteriza-se pela existência de economias de escala na

produção;

V. Comparados com a concorrência perfeita, mercados monopolistas produzem

mais, porém cobram um preço mais elevado.

Estão certos apenas os itens:

a) II e III

b) IV e V

c) I, III e V

d) II, III e V

e) III, IV e V.

7. (AO 97/CARLOS CHAGAS) Em um mercado concorrencial, se o preço for maior que o custo variável médio, uma firma , no curto prazo, deve: (A) continuar produzindo no ponto onde o preço é igual ao custo marginal. (B) contrair a produção até o ponto onde o preço é igual ao custo variável médio. (C) não produzir nada. (D) contrair a produção até o ponto onde o preço é igual ao custo fixo médio. (E) expandir a produção até o ponto onde o preço é igual ao custo fixo.

8. (AO 97/CARLOS CHAGAS) A permanência do monopólio no longo prazo é garantida (A) pelo baixo custo de produção do monopolista. (B) pelos gastos em propaganda. (C) pelo alto preço do produto vendido. (D) pela impossibilidade de novas firmas entrarem no mercado. (E) pelo controle dos canais de distribuição.

9. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) Uma estrutura de mercado caracterizada por muitas firmas e compradores, produtos homogêneos, livre entrada e saída do mercado, completo conhecimento e mobilidade, é conhecida como

(A) concorrência monopolista.(B) monopsônio.(C) oligopólio.(D) concorrência imperfeita.(E) concorrência perfeita.

10. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) Em uma indústria, onde vigora a concorrência perfeita, uma firma estará em equilíbrio de curto prazo, no nível de produção onde

(A) o preço for igual ao custo médio mínimo.(B) a receita marginal for igual a receita média.(C) o preço for igual ao custo fixo médio.(D) a receita marginal for igual ao custo variável médio.(E) o preço for igual ao custo marginal.

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 134

11. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) Em um setor onde vigora, no longo prazo, um regime de concorrência monopolística, pode-se concluir que

(A) as curvas de demanda terão elasticidade infinita.(B) empresas sairão do setor por causa do excesso de capacidade produtiva.(C) não haverá lucro extraordinário no setor.(D) as empresas irão operar no ponto de custo unitário mínimo.(E) não haverá excesso de capacidade produtiva no setor.

12.(TCU 94) Assinale a afirmativa correta:

(a) Monopólios podem ser uma forma eficiente de organização econômica quando os

retornos de escala forem crescente e a função de produção for homogênea;

(b) Quando os custos marginais são ascendentes, os custos médios são mais elevados que

os custos marginais;

(c) A empresa perfeitamente competitiva opera apenas no ramo inelástico da curva de

demanda;

13. (GESTOR 2001/ESAF) Em um monopólio, onde a curva de demanda do produto é Q = 300 – 2 P (sendo Q e P, respectivamente, quantidade e preço), qual deverá ser a combinação de Q e P para que haja a maximização da receita total ?

a) Q = 250 e P = 25b) Q = 200 e P = 50c) Q = 150 e P = 75d) Q = 100 e P = 100e) Q = 50 e P = 125

14. (GESTOR 2001/ESAF) A curva de demanda de uma empresa que opera num mercado de concorrência perfeita é:

a) negativamente inclinadab) positivamente inclinadac) vertical ou perfeitamente inelásticad) horizontal ou perfeitamente inelásticae) horizontal ou perfeitamente elástica

15. (GESTOR 2001/ESAF) No modelo de concorrência perfeita (a curto prazo), a receita marginal da empresa, para que haja a maximização do seu lucro, será:

a) menor que o seu custo marginalb) igual ao custo médioc) igual ao custo marginal, sendo o custo

marginal crescented) igual ao custo marginal, sendo o custo

marginal decrescentee) maior que o custo marginal

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 135

16. (AFC 2000) Um mercado em concorrência perfeita possui 10.000 consumidores. As funções de demanda individual de cada um desses consumidores são idênticas e são dadas por q=100,5p, em que q é a quantidade demandada em unidades por um consumidor e p é o preço do produto em reais. As empresas desse mercado operam com custo marginal constante igual a 4 e custo fixo nulo. Pode-se afirmar que

a) o preço de equilíbrio é igual a R$ 4.000,00 e a quantidade de equilíbrio é igual a 8 unidades

b) o preço de equilíbrio é igual a R$ 4,00 e a quantidade de equilíbrio é igual a 8 unidades

c) a curva de demanda agregada é dada pela soma vertical das curvas de demanda individuais

d) não é possível determinar preço e quantidade de equilíbrio

e) o preço de equilíbrio desse mercado é igual a R$ 4,00 e a quantidade de equilíbrio é igual a 80.000 unidades

17. (IPEA 97/Carlos Chagas) É INCORRETO afirmar

(A) a função de lucros é sempre não-decrescente com relação aos preços dos

produtos.

(B) a curva de demanda por fatores tem sempre inclinação negativa.

(C) as funções de demanda por insumos são homogêneas de grau um.

(D) a função de lucros é homogênea de grau um com relação a preços.

(E) a função de lucros é convexa com relação a preços.

18. (IPEA 97/Carlos Chagas) Suponha que a curva de demanda da indústria seja dada

por X(P) = a – bP e que há m firmas idênticas com a curva de custo: c(y) = y2+1. Pode-

se dizer que o preço de equilíbrio nesta indústria será igual a:

(A) p* = m/(a+b)

(B) p* = b/(a+m/2)

(C) p* = a/(b+m/2)

(D) p* = (m/2)/(a+b)

(E) p* = (a+b/2)/m

19. (IPEA 97/Carlos Chagas) Uma firma monopolista enfrenta uma demanda linear

inversa da forma: p(y) = a – by e tem uma função de custo igual a c(y) = cy. Pode-se

dizer que o preço de monopólio e o nível de produção serão respectivamente iguais a:

(A) y* = (a – c)/2 e p* = (a – c)/2b

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 136

(B) y* = (a – c)/2 e p* = (a – c)/2b

(C) y* = (a + c)/2b e p* = (a + c)/2

(D) y* = (a – c)/2b e p* = (a – c)/2

(E) y* = (a – c)/2b e p* = (a + c)/2

20. (Gestor 97/Carlos Chagas) Uma firma vende o seu produto, em concorrência

perfeita, a um preço igual a $ 40. O custo total é dado por C=10+2Q2, onde Q

representa a quantidade produzida. O nível de produção ótimo da firma é:

(A) Q = 4

(B) Q = 6

(C) Q = 8

(D) Q = 10

(E) Q = 12

21. (Gestor 97/Carlos Chagas) Em um mercado perfeitamente competitivo, cada ofertante pode

optar entre dois tipos de plantas: a do tipo 1, que possui um custo fixo de $1.000 e cuja a função

de custo variável é CV1=10q2 (q é a quantidade produzida); e a do tipo 2, que possui um custo

fixo de $500 e com CV2=5q2. Para uma demanda total de Q=5.000-10P (Q é a quantidade total e

P, o preço do bem), no equilíbrio de longo prazo, qual deveria ser o número de firmas em

operação?

(A) 200

(B) 400

(C) 600

(D) 800

(E) 1.000

22. (AFC 95) Uma firma usa um único insumo H para produzir um produto Q. A

firma é uma tomadora de preços nos mercados de insumo e produto. Suponha

que a função de produção da firma seja: 1 HQ

A resposta da oferta da firma a um pequeno aumento no preço dos insumos é

dada por: (Use P, para denominar o preço do produto e w, para denominar o

preço do insumo).

(A) –P/4w

(B) –P/2w

(C) –P/2w2

(D) 0

(E) P/2w

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 137

23. (AFC 96) Suponha uma empresa cuja produção é dividida entre duas

plantas, A e B. As funções de custo marginal para as duas plantas A e B são,

respectivamente, 5+2qA e 40+qB, onde qA e qB são as quantidades produzidas

em cada uma das duas plantas. Se o produto total da empresa for dado por

q=15, assinale a divisão ótima de produto entre as duas plantas.

(A) qA=10, qB=5;

(B) qA=8, qB=7;

(C) qA=9, qB=6;

(D) qA=6, qB=9;

(E) qA=15, qB=0;

24. (AFC 96) A lógica da maximização de lucros nas decisões de uma firma não

implica que:

(A) o valor do produto marginal de um fator de produção deva ser igual ao

seu preço;

(B) a firma deve sempre escolher uma tecnologia na qual o produto marginal

do fator capital seja superior ao produto marginal do fator trabalho;

(C) a função de oferta de uma firma competitiva deve sempre ser uma

função nunca será crescente em relação a seu preço;

(D) a função de demanda por um fator de produção empregado pela firma

nunca será crescente em relação a seu preço;

a escolha da tecnologia adotada depende dos preços relativos dos fatores.

25. (AFC 96) Algumas firmas operam em mercados cuja estrutura é denominada

pela teoria microeconômica como “monopólio natural”. Do ponto de vista da

teoria microeconômica, o principal fator determinante da existência desta

estrutura de mercado é:

(A) a preferência dos consumidores neste mercado;

(B) a relação entre a curva de demanda do mercado e a curva de custo

médio das firmas potenciais que desejam operar neste mercado;

(C) o comportamento estratégico da primeira firma a estabelecer-se neste

mercado como produtora;

(D) a elasticidade da demanda neste mercado;

(E) a existência de retornos constantes de escala para a atividade produtiva

neste mercado.

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 138

26. (AFC 97) Um monopolista atua em um mercado em que a curva de demanda

inversa é dada por p(q)=2–3q, e sua função de custo é dada por c(q)=4q, onde p

representa o preço e q representa a quantidade. Se o monopolista decide

produzir a quantidade que maximiza seus lucros, o preço de equilíbrio neste

mercado será:

(A) 5/4

(B) 2/5

(C) 5/2

(D) 3/5

(E) 4/5

27. (BACEN 2001/ESAF) Sobre a oferta de uma firma em concorrência perfeita, assinale a

opção correta.

(A) Uma empresa com rendimentos constantes de escala necessa-riamente apresenta uma

curva de oferta de curto prazo horizontal.

(B) Uma firma nunca deve operar caso o preço de seu produto seja inferior ao seu custo

médio de produção.

(C) A curva de oferta de curto prazo é dada pelo ramo ascendente da curva custo variável

médio acima do ponto de cruzamento dessa curva com a curva de custo marginal.

(D) A curva de oferta de curto prazo não guarda nenhuma relação com a curva de custo

marginal.

(E) A curva de oferta de curto prazo é dada pelo ramo ascendente da curva de custo

marginal acima do ponto de cruzamento dessa curva com a curva de custo variável

médio.

28. (BACEN 2001/ESAF) A curva de custo marginal de um monopolista é dada pela expressão

CMg=5q na qual q é a quantidade produzida pelo monopolista. A função de demanda pelo seu

produto é p=42–q, na qual p é o preço do produto. Nessas condições, assinale a opção correta.

(A) Caso o custo fixo do monopolista seja nulo e ele não tenha o seu preço regulado, então

seu lucro será igual a 420.

(B) Caso o custo fixo do monopolista seja nulo e ele não tenha o seu preço regulado, então

seu lucro será igual a 210.

(C) Caso o custo fixo do monopolista seja nulo e ele tenha o seu preço regulado de modo a

induzi-lo a produzir uma quantidade eficiente de seu produto, então seu lucro será igual

a 420.

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 139

(D) Caso o custo fixo do monopolista seja nulo e ele tenha o seu preço regulado de modo a

induzi-lo a produzir uma quantidade eficiente de seu produto, então seu lucro será igual

a 210.

(E) O monopólio terá um déficit igual a 200 caso seu preço seja regulado.

29. (BACEN 2001/ESAF) Uma empresa vende seu produto a preços diferenciados para dois grupos de consumidores. Supondo-se que essa empresa seja maximizadora de lucro, pode-se inferir que:

(A) A elasticidade preço da demanda do grupo de consumidores que paga o maior preço

pelo produto é maior do que a elasticidade preço da demanda do grupo de consumidores

que paga o menor preço por esse produto.

(B) A elasticidade preço da demanda do grupo de consumidores que paga o menor preço

pelo produto é maior do que a elasticidade preço da demanda do gruo de consumidores

que paga o maior preço por esse produto.

(C) Os consumidores que pertencem ao grupo que paga o maior preço pelo produto são em

menor número do que os consumidores que pagam o menor preço pelo produto.

(D) Os consumidores que pertencem ao grupo que paga o menor preço pelo produto são em

menor número do que os consumidores que pagam o maior preço pelo produto.

(E) A diferenciação de preços e a maximização de lucros não são compatíveis.

30. (ICMS SP/1997/VUNESP) Sobre o comportamento de uma firma e a estrutura de um de um

determinado produto, assinale a alternativa correta.

(A) Se o preço excede o Custo Variável Médio, mas é menor que o Custo Total Médio, no

nível de equilíbrio de produção, a empresa está incorrendo em perdas, mas deve

continuar a produzir no curto prazo.

(B) O nível ótimo de produção para uma firma em concorrência perfeita é dado pelo ponto

no qual a Receita Marginal excede o Custo Marginal na maior quantidade possível, com

o Custo Marginal crescente.

(C) Se a demanda de um dado produto é elástica, uma elevação do seu preço provocará

aumento de receita total dos produtores desse produto, coeteris paribus.

(D) A única diferença entre um mercado em concorrência perfeita e um mercado em

concorrência monopolista é que, neste último, existem barreiras á entrada de novas

firmas.

(E) No monopólio e no oligopólio, persistirão lucros normais a longo prazo.

31. (Assessor Técnico-Economista da Câmara Legislativa-DF/92) A curva de demanda que um produtor competitivo vislumbra no mercado é

a) Infinitamente elástica.b) Infinitamente inelástica

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c) Negativamente inclinadad) Positivamente inclinada

32. (GESTOR 2002/ESAF) Uma firma, em concorrência perfeita, apresentaum custo total (CT) igual a 2 + 4 q + 2 q2 , sendoq a quantidade vendida do produto por um preçop igual a 24. Assinale o lucro máximo que essafirma pode obter.a) 46b) 48c) 50d) 54e) 60

33. (GESTOR 2002/ESAF) Indique, nas opções abaixo, o mercado no qual sóhá poucos compradores e grande número devendedores.a) Monopóliob) Monopsônioc) Oligopóliod) Oligopsônioe) Concorrência Perfeita

34. (GESTOR 2002/ESAF) Em monopólio, a curva da oferta:a) é dada pela curva da receita marginal.b) é dada pela curva do custo marginal, acimado custo fixo médio.c) é dada pela curva do custo marginal, acimado custo variável médio.d) é dada pela curva do custo variável médio.e) não existe.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25D ffvvf C E B C A D E E C A C E C E C C E D B C E B B26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50E E D B A A B D E51 52 53 54 55 56

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20.1 ÓTIMO DE PARETO NAS TROCAS

20.2 CAIXA DE EDGWORTH PARA UMA ECONOMIA DE TROCAS

CAPÍTULO 20

EQUILÍBRIO GERAL E BEM ESTAR

Uma alocação é dita Eficiente de Pareto ou um Ótimo de Pareto nas trocas se uma das afirmações abaixo são satisfeitas:

i. É impossível melhorar a situação de um agente sem piorar a de outro.ii. Não há como fazer com que todos os agentes envolvidos melhorem.

iii. Não existem trocas de bens mutuamente vantajosas para serem efetuadas.iv. Esgotaram-se (foram realizadas) todas as trocas de bens mutuamente vantajosas.v. Todos os ganhos de comércio foram exauridos.

vi. Os agentes igualaram suas taxas marginais de substituição entre os bens disponíveis na economia.

vii. As curvas de indiferença dos agentes, plotadas na caixa de Edgeworth, são tangentes.

Suponha que numa economia só existem dois agentes (agente I e agente II). Cada agente possui seu espaço das mercadorias na qual se encontram suas respectivas curvas de indiferença (veja figura 42).A caixa de Edgworth é uma caixa obtida (construída) pela junção do espaço das mercadorias de um agente com o espaço das mercadorias do outro agente, após a rotação do espaço deste último agente (veja figura 43).As dimensões dessa caixa são determinadas pelas dotações iniciais de bens dos

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FIGURA 42

FIGURA 43

20.3 CURVA DE CONTRATO NAS TROCAS

A curva de contrato para uma economia de trocas é o lugar geométrico dos pontos (das alocações) que são ótimos de Pareto para as trocas (veja figura 43 acima), isto é, para as alocações nas quais as taxas marginais de substituição entre os bens são iguais para todos os agentes (consumidores) dessa economia e, portanto são aquelas alocações nas quais foram esgotadas as possibilidades de trocas mutuamente vantajosas, ou seja, qualquer troca que aumente a utilidade de um agente irá diminuir a utilidade do outro agente.

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20.4 LEI DE WALRAS

20.5 CURVA DE POSSIBILIDADE DE UTILIDADE (CPU)

FIGURA 44

20.6 TAXA MARGINAL DE SUBTITUIÇÃO DA ECONOMIA

O valor do excesso de demanda agregada é identicamente zero, isto é, o valor do excesso de demanda agregada é zero para todas as escolhas possíveis de preço, não apenas para o preço de equilíbrio.

A Curva de Possibilidade de Utilidade é a curva de contrato plotada no espaço das utilidades (veja figura 44). Cada ponto sobre a CPU é um ótimo de Pareto nas trocas.

A Taxa Marginal de Substituição de uma economia é a inclinação da CPU em um ponto (veja figura 45).

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FIGURA 45

20.7 O 1º TEOREMA DO BEM ESTAR PARA UMA ECONOMIA DE TROCAS

O Primeiro Teorema do Bem Estar (1º TBE) para uma economia de trocas afirma que todo equilíbrio Walrasiano (competitivo) é também um equilíbrio de Pareto. Se uma alocação *x é um equilíbrio walrasiano então *x também é um equilíbrio de Pareto, em outras palavras todos os equilíbrios de mercado são eficientes de Pareto.As hipóteses implícitas do 1º TBE numa economia de trocas são:

i. Os agentes só se preocupam com o seu consumo de bens, e não com o consumo dos outros agentes, isto é, não existe externalidade no consumo.

ii. Os agentes se comportam com numa economia competitiva, isto é, são tomadores de preço, tomam o preço como dado.

iii. Supõe a existência real de um equilíbrio competitivo.

O 1º TBE numa economia de trocas afirma que existe um mecanismo (a saber, o mecanismo competitivo) que faz com que os recursos sejam alocados de uma maneira eficiente, independente da distribuição dos benefícios econômicos entre os agentes. Note que se no mundo real fossem encontradas as condições para a realização do 1º TBE então não haveria condições para a atuação do Estado visto que o mercado competitivo alocaria os recursos da melhor maneira possível. Porém nas chamadas “falhas de mercado” não se encontram as condições necessárias para a realização do 1º TBE e portanto, em presença dessas falhas de mercado, somente a atuação do Estado pode levar a economia a atingir uma eficiência de Pareto.

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20.8 O 2º TEOREMA DO BEM ESTAR PARA UMA ECONOMIA DE TROCAS

20.9 ÓTIMO DE PARETO NA PRODUÇÃO

20.10 CAIXA DE EDGWORTH PARA UMA ECONOMIA COM PRODUÇÃO

O Segundo Teorema do Bem Estar (2º TBE) para uma economia de trocas afirma que se as preferências são bem comportadas (monótonas e convexas) então dado um particular equilíbrio de Pareto existirá um sistema de preços para o qual esse equilibro de Pareto também é um equilibro competitivo, ou seja, quando as preferências são bem comportadas , uma alocação eficiente de Pareto é um equilíbrio de mercado para algum conjunto de preços.O 2º TBE para uma economia de trocas garante sob que condições valem a volta do 1º TBE. Se *x é um equilíbrio de Pareto e se as preferências são bem comportadas então, existirá um sistema de preços para o qual *x também é um equilíbrio competitivo.O 2º TBE afirma que sob certas condições, toda alocação eficiente de Pareto pode ser obtida como um equilíbrio competitivo de mercado. O 2º TBE implica os problemas da eficiência e da distribuição podem ser separados, isto é que as funções alocativas e distributivas dos preços podem ser separadas.

Uma alocação é dita Eficiente de Pareto ou um Ótimo de Pareto na produção se umadas afirmações abaixo são satisfeitas:

i. É impossível melhorar a situação de um agente sem piorar a de outro.viii. Não há como fazer com que todos os agentes envolvidos melhorem.

ix. Não existem trocas de insumos mutuamente vantajosas para serem efetuadas.x. Esgotaram-se (foram realizadas) todas as trocas de insumos mutuamente

vantajosas.xi. Todos os ganhos de comércio foram exauridos.

xii. Os agentes igualaram suas taxas marginais de substituição técnica entre os insumos disponíveis na economia.

xiii. As isoquantas dos agentes (das firmas), plotadas na caixa de Edgeworth, são tangentes.

Suponha que numa economia só existem dois agentes (firma I e firma II). Cada firma possui seu espaço dos insumos no qual se encontram suas respectivas isoquantas. A caixa de Edgworth é uma caixa obtida (construída) pela junção do espaço dos insumos de uma firma com o espaço dos insumos da outra firma, após a rotação do espaço desta última firma.As dimensões dessa caixa são determinadas pelas dotações iniciais de insumos dessas firmas.

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Curso Professor Geraldo Goes Página 146

20.11 CURVA DE CONTRATO NA PRODUÇÃO

20.12 CURVA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO (CPP)

FIGURA 46

20.13 TAXA MARGINAL DE SUBTITUIÇÃO TÉCNICA DA ECONOMIA

A curva de contrato para uma economia com produção é o lugar geométrico dos pontos (das alocações) que são ótimos de Pareto na produção, isto é, para as alocações nas quais as taxas marginais de substituição técnica entre os insumos são iguais para todos os agentes (firmas) dessa economia e, portanto são aquelas alocações nas quais foram esgotadas as possibilidades de trocas mutuamente vantajosas de insumos, ou seja, qualquer troca de insumos que aumente a produção de uma firma irá diminuir a produção da outra firma.

A Curva de Possibilidade de Produção é a curva de contrato plotada no espaço das quantidades produzidas (veja figura 46). Cada ponto sobre a CPP é um ótimo de Pareto na produção. O leitor deve notar que se trata da mesma curva estudada no capítulo 2.

A Taxa Marginal de Substituição Técnica de uma economia é a inclinação da CPP em um ponto (veja figura 47).

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Curso Professor Geraldo Goes Página 147

FIGURA 47

20.14 O 1º TEOREMA DO BEM ESTAR PARA UMA ECONOMIA COM PRODUÇÃO

O Primeiro Teorema do Bem Estar (1º TBE) para uma economia com produção afirma que todo equilíbrio Walrasiano (competitivo) é também um equilíbrio de Pareto na produção. Se uma alocação *x é um equilíbrio walrasiano então

*x também é um equilíbrio de Pareto na produção, em outras palavras todos os equilíbrios de mercado são eficientes de Pareto na produção.As hipóteses implícitas do 1º TBE numa economia de trocas são:iv. Os agentes só se preocupam com o seu consumo de bens, e não com o

consumo dos outros agentes, isto é, não existe externalidade no consumo.v. As firmas se comportam como maximizadoras de lucro e são tomadoras de

preço no mercado de fatores, tomam o preço dos insumos como dados.vi. Supõe a existência real de um equilíbrio competitivo.

vii. As escolhas de uma firma não afetam a possibilidade de produção das outras firmas, isto é, não existe produção de externalidade.

O 1º TBE numa economia com produção afirma que se todas as firmas agem como maximizadoras competitivas de lucro então um equilíbrio competitivo será eficiente de Pareto, independente da distribuição dos benefícios econômicos entre os agentes, ou seja, a maximização dos lucros não implica em eqüidade.Note que se no mundo real fossem encontradas as condições para a realização do 1º TBE na produção isto excluiria a existência de rendimentos crescentes de escala.

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20.15 O 2º TEOREMA DO BEM ESTAR PARA UMA ECONOMIA COM PRODUÇÃO

20.16 O 1º MELHOR ÓTIMO.

O Segundo Teorema do Bem Estar (2º TBE) para uma economia com produção afirma que se as preferências são bem comportadas (monótonas e convexas) e em ausência de rendimentos crescentes de escala então dado um particular equilíbrio de Pareto na produção existirá um sistema de preços para o qual esse equilíbrio de Pareto também é um equilibro competitivo, ou seja, quando a função de produção das firmas possuem retornos decrescentes ou constantes de escala, uma alocação eficiente de Pareto é um equilíbrio de mercado para algum conjunto de preços.O 2º TBE na produção para uma economia de trocas garante sob que condições valem a volta do 1º TBE na produção. Se *x é um equilíbrio de Pareto e em ausência de retornos crescentes de escala então, existirá um sistema de preços para o qual *x também é um equilíbrio competitivo.O 2º TBE afirma que sob certas condições, toda alocação eficiente de Pareto pode ser obtida como um equilíbrio competitivo de mercado.

O First Best (o Primeiro Melhor Ótimo) (veja figura 48) é atingido quando as três condições abaixo são satisfeitas ao mesmo tempo.

i. Eficiência nas trocas: Os agentes, enquanto consumidores igualam suas taxas marginais de substituição entre os bens (Condição marginal para as trocas)

ii. Eficiência na produção: Os agentes, enquanto firmas igualam suas taxas marginais de substituição técnica entre insumos (Condição marginal para substituição de fatores).

iii. Eficiência na composição do produto: A taxa marginal de substituição no consumo da economia é igual à taxa marginal de substituição técnica da economia, isto é, o que os agentes produzem enquanto firma é igual ao que querem consumir enquanto consumidores (Condição marginal para a substituição de produções).

Basta que uma dessas condições não seja satisfeita para que a economia não atinja o 1º Melhor Ótimo. Uma tributação é dita ótima quando não altera o 1º melhor ótimo. Caso não seja possível incidir um imposto sem alterar o First Best, procura-se então a determinação do Second Best ( Segundo Melhor ótimo), isto é, um imposto que cause a menor distorção possível. O Problema do Segundo Melhor ótimo é um problema de maximização condicionada e, portanto as condições para a realização do 1º melhor ótimo não estão relacionadas com as condições para se atingir o 2º melhor ótimo.

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Microeconomia

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FIGURA 48

20.17 MONOPÓLIO E EFICIÊNCIA DE PARETO

20.18 EXCEDENTE DO CONSUMIDOR

O monopólio de modo geral não é eficiente no sentido de Pareto. Um monopolista produz menos e mais caro que uma firma competitiva, ou seja a quantidade produzida pelo monopólio é menor do que a quantidade produzida pela firma competitiva e o preço do monopólio é maio do que o preço praticado no mercado competitivo. Porém se o monopolista é um perfeito discriminador de preços então o monopólio é eficiente no sentido de Pareto pois consegue se apoderar de todo o excedente do consumidor.

O excedente do consumidor é o montante máximo (ou o preço máximo) que o consumidor está disposto a pagar para não ser expulso do mercado caso se encontre em uma situação de pressão (ou paga o preço estipulado pelo vendedor ou deixa de comprar o bem). Fixado um determinado preço, o excedente do consumidor pela primeira unidade demandada é a diferença entre o preço que estaria disposto a pagar (dado pela sua demanda) e o preço que realmente paga (o preço inicialmente fixado). Fixado um preço, o excedente do consumidor é a área situada abaixo da demanda e acima desse preço (veja figura 49). O excedente do consumidor é uma medida do seu bem estar. Quanto menor o preço maior o excedente do consumidor. Ceteris Paribus, quanto mais inelástica a demanda, maior será o excedente do consumidor.

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FIGURA 49

20.19 EXCEDENTE DO PRODUTOR

O excedente do produtor é o montante mínimo (ou o preço mínimo) que o produtor está disposto a receber para não ser expulso do mercado caso se encontre em uma situação de pressão (ou recebe o preço estipulado pelo comprador ou deixa de vender o bem). Fixado um determinado preço, o excedente do produtor pela primeira unidade ofertada é a diferença entre preço que realmente recebe (o preço inicialmente fixado) e o preço que estaria disposto a receber (dado pela sua oferta). Fixado um preço, o excedente do produtor é a área situada acima da oferta e abaixo desse preço (veja figura 50). O excedente do produtor é uma medida do seu bem estar. Quanto maior o preço maior o excedente do produtor. Ceteris Paribus, quanto mais inelástica a oferta, maior será o excedente do produtor.

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 151

FIGURA 50

20.20 PERDA DE PESO MORTO (EXCESSO DE CARGA FISCAL, EXCESSO DE GRAVAME OU DEADWIEGTH LOSS)

A imposição de um imposto causa uma perda de bem estar tanto para os consumidores quanto para os produtores. Parte dessa perda é apropriada pelo Governo, porém uma outra parte é perdida, essa perda de eficiência, medida em termos de bem estar é chamada de perda de peso morto. A perda de peso morto depende da elasticidade.Teoricamente quando um imposto é neutro ele não causa perda de peso morto, pois esse tipo de imposto (a tributação neutra) só possui efeito renda, não possui efeito substituição e portanto não altera os preços relativos. Na prática, todo imposto gera alguma perda de peso morto, de modo que alguns autores definem um imposto neutro como sendo aquele que, na prática, causa a menor distorção possível. Os principais impostos neutros, que, teoricamente, não causam perda de peso morto são:

i. Imposto lump-sun ii. Imposto per-capita

iii. Imposto geral sobre o consumoiv. Imposto geral sobre a renda

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Curso Professor Geraldo Goes Página 152

1. (MPU 96) O termo eficiência alocativa – ou Pareto-eficiência – refere-se a situações em que:

a) a alocação de recursos correspondente implica a melhhor distribuição da renda possível;

b) não se pode realocar os recursos de forma a beneficiar simultaneamente a todos os agentes

econômicos;

c) todas as firmas auferem lucros econômicos redistribuídos aos consumidores sob forma de

dividendos;

d) as decisões de produção são tomadas de maneira centralizada pelo governo;

e) todas as firmas estão produzindo no ponto mínimo de suas curvas de custo marginal.

2. (MPU 96) Na presença de falhas do sistema de mercado:

a) a ação do governo pode aumentar a eficiência na alocação de recursos; deve-se porém,

atentar para o eventual surgimento de falhas potenciais do poder público;

b) poder-se-á, sempre, por meio de uma realocação dos direitos de propriedade, atingir o

nível de eficiência desejado;

c) é impossível melhorar a situação, porque a alocação de mercado conduz à eficiência

alocativa máxima;

d) governo deve tomar a maioria das decisões nessa economia;

e) as decisões de alocação de recursos devem ser tomadas levando-se em conta os interesses

do eleitor mediano.

3. (BACEN 97/CESPE) Na análise referente ao impacto da tributação sobre os agentes

econômicos, existe a necessidade de se proceder a análises de ordens micro e macroeconômica,

utilizando-se uma série de instrumentos analíticos desses dois segmentos extremamente

relevantes. Acerca desse assunto, julgue os itens que se seguem:

(a) quando uma indústria está trabalhando com custos crescentes, o que significa que um

aumento de produção resulta em maiores custos por unidade de produção - o custo marginal

é menor que o custo médio -, sua curva de oferta é declinante. A imposição de um imposto

per capita sobre seu produto fará com que o preço de venda suba mais que o valor do

imposto;

(b) a resposta da teoria de second best tem sido que, mesmo se uma ou mais das condições

necessárias para a existência de um ótimo de Pareto não possam ser satisfeitas, ainda assim é

desejável satisfazer às demais;

(c) um exemplo de tributação neutra que, em qualquer hipótese, não causa excesso de carga, é o

imposto per capita. Essa forma de imposição, ao não provocar mudanças nos preços

relativos, pois não se relaciona com a atividade econômica, tem sido classicamente

empregada em modelos de tributação ótima;

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Microeconomia

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4. (AO 97/CARLOS CHAGAS) O lugar geométrico dos pontos de troca de equilíbrio geral numa economia de 2 indivíduos e dois bens é a chamada curva de (A) contrato de produção. (B) contrato de consumo. (C) transformação. (D) oferta dos bens. (E) possibilidade de produção.

5. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) Supondo um mercado perfeitamente competitivo, pode-se afirmar que uma política de(A) preços máximos gera transferência de parte do excedente do produtor para o governo.(B) tarifas protecionistas gera peso-morto e diminuição do excedente do produtor associada ao aumento do excedente do consumidor.(C) quotas gera menos distorções e peso-morto do que a simples transferência direta de receita tributária para os produtores domésticos.(D) preço mínimo sustentado gera transferências de parte do excedente dos consumidores para os produtores.(E) preços máximos ou mínimos gera peso-morto que será, em parte, transferido para os produtores.

6. (GESTOR 2001/ESAF) “Uma apreciação do bem-estar social – objetivo que o Governo busca maximizar – exige julgamentos de valor respectivos àquilo que é “desejável”, no sentido ético e moral. Três desses julgamentos – considerados hipóteses plausíveis sobre utilidade e bem-estar –são essenciais para o estabelecimento de um padrão normativo a respeito do tema.Tais julgamentos de valor são os seguintes: (a) o bem-estar da comunidade deve ser definido em termos da situação dos indivíduos que a integram. Isto significa dizer que o homem (e não a sociedade ou determinados grupos sociais) é o objetivo último da experiência social; (b) cada indivíduo deve ser considerado o melhor juiz de seu próprio bem-estar; (c) uma ação deve ser considerada claramente desejável se, e somente se, contribuir para elevar o bem-estar de pelo menos um indivíduo, sem reduzir o bem-estar dos demais.”

(Trecho extraído do livro “Economia do Setor Público” de Alfredo Filellini, São Paulo. Atlas, 1989, p. 19)

A hipótese do julgamento de valor (c), acima mencionada, corresponde ao conceito da (o):

a) “Armadilha de liquidez”b) “Ótimo de Pareto” c) “Bem de Giffen”d) “Ilusão monetária”e) “Lei de Say”

7. (AFC 2000/ESAF) As curvas de oferta e de demanda de um bem que é vendido em um

mercado concorrencial são dadas por, respectivamente, qs=3

000.1p e qd=8.000 -

3

000.1p, sendo p

o preço da mercadoria vendida nesse mercado, medido em reais por unidade, qs a quantidade ofertada da mesma e qd a sua quantidade demandada. Caso seja introduzido um imposto sobre a venda dessa mercadoria no valor de R$ 3,00 por unidade vendida, pode-se afirmar que

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a) o peso morto do imposto será igual a R$ 750,00

b) a quantidade de equilíbrio desse mercado antes da introdução do imposto é igual a 5.000 unidades

c) após a introdução do imposto, o preço ao consumidor deverá subir de R$ 12,00 para R$ 14,00

d) a redução no excedente do consumidor em decorrência da introdução do imposto será igual a R$ 9,00

e) o imposto irá implicar uma redução no lucro dos produtores superior à redução causada sobre o excedente dos consumidores

8. (AFC 2000/ESAF) O primeiro teorema do bem estar social estabelece que todo equilíbrio concorrencial é eficiente no sentido de Pareto. Para que esse teorema seja válido, é necessário supor que

a) todos os agentes se comportem como tomadores de preço

b) as preferências dos consumidores sejam convexas

c) os consumidores busquem intencionalmente a eficiência da economia

d) haja poucos consumidores e poucos vendedores em cada mercado

e) cada um dos consumidores conheçam as funções de utilidade de todos os outros consumidores

9. (AFC 2000/ESAF) Muitos ambientalistas têm chamado atenção para o fato de que a pesca de determinadas espécies de peixe é tão elevada que a própria lucratividade de tal atividade acaba sendo comprometida. Como conseqüência, eles sugerem que sejam adotadas medidas para reduzir-se o volume pescado. Do ponto de vista da teoria econômica, esse problema

a) só será sanado caso haja uma proibição da pesca das espécies de peixe em questão. Tal proibição deveria vir acompanhada de um programa de educação e conscientização dos pescadores para que esses percebam que estão agindo contra seus próprios interesses

b) não é concebível uma vez que ele viola o primeiro teorema do bem estar social

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 155

c) só é possível caso os agentes envolvidos não tenham informações suficientes acerca de suas funções de produção ou não tenham a habilidade necessária para resolver os problemas relacionados à maximização de seu lucro

d) ocorre em virtude do fato de que os recursos pesqueiros são bens públicos e, como tal, deveriam ser explorados exclusivamente pelo poder público

e) pode ser conseqüência da existência do livre acesso a um recurso comum, o que leva a uma super exploração do mesmo. Entre as soluções possíveis para esse problema estaria a adoção de um imposto específico sobre o produto da atividade pesqueira

10. (IPEA 97/Carlos Chagas) O primeiro teorema do bem-estar nos diz que um

equilíbrio de Walras:

(A) é Pareto eficiente, ótimo num sentido ético e não depende da distribuição inicial

de fatores.

(B) é Pareto eficiente, não é necessariamente ótimo num sentido ético e depende

da distribuição inicial de fatores.

(C) não necessariamente é Pareto eficiente, não necessariamente é ótimo num

sentido ético e não depende da distribuição inicial de fatores.

(D) é Pareto eficiente, ótimo num sentido ético e depende da distribuição inicial de

fatores.

(E) não necessariamente é Pareto eficiente, é ótimo num sentido ético e não

depende da distribuição inicial de fatores.

11. (Gestor 97/Carlos Chagas) Suponha que o custo marginal de uma empresa competitiva para

obter um nível de produção q seja expresso pela equação: Cmg(q) = 3+2q. Se o preço de

mercado do produto da empresa for 9, o excedente do produtor para esta empresa seria:

(A) 0

(B) 3

(C) 6

(D) 9

(E) 12

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 156

12. (Gestor 97/Carlos Chagas) Suponha que a fronteira de possibilidade de utilidades

para uma sociedade composta de dois indivíduos é UA+2UB=300. Admitindo que a

função de bem-estar social satisfaça o critério de Rawls, então a função bem-estar

social será maximizada quando:

(A) UA=50 e UB=125

(B) UA=80 e UB=110

(C) UA=90 e UB=105

(D) UA=100 e UB=100

(E) UA=120 e UB=90

13. (AFC 95) Suponha a seguinte economia com dois agentes e dois bens:

UA=min[2X1A, X2

A] eA=[e1A=0, e2

A=1]

UB=min[X1B, 3X2

B] eB=[e1B=1, e2

B=0]

O preço relativo de equilíbrio do bem 1 em unidades do bem 2 dessa economia

é:

(A) 1/4

(B) 1/3

(C) ½

(D) 1

(E) 2

14. (AFC 95) Um estudante acaba de aprender o primeiro teorema do bem-estar

e faz as seguintes críticas:

(1) o fato de existir incerteza nas decisões econômicas não é levado em

consideração;

(2) o fato de que uma parte dos bens recebidos por uma pessoa só será

consumida no futuro, enquanto outra pessoa desejaria consumir esses

mesmos bens no presente não é levado em consideração;

(3) a equidade na distribuição final dos bens não é levada em consideração;

(4) o fato de existirem pessoas que não tomam decisões sempre

consistentes com seus objetivos não é levado em consideração.

Indique, entre essas críticas, aquelas que realmente se referem a aspectos não

tratados, de alguma maneira, pela teoria por trás do primeiro teorema do bem-

estar.

(A) Todas

(B) 1, 2 e 4

(C) 2 e 3

(D) 3 e 4

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 157

(E) Nenhuma

15. (AFC 96) A análise microeconômica preocupa-se, do ponto de vista

normativo, com soluções “eficientes” para o funcionamento de mercados.

Identifique a opção que apresenta a razão desta preocupação, sempre

considerando o ponto de vista normativo.

(A) soluções eficientes garantem distribuições de recursos idênticas para os

participantes de um mercado.

(B) soluções eficientes garantem distribuições de recursos não

necessariamente idênticas, mas certamente justas para os participantes.

(C) Na presença de soluções eficientes em um mercado, não existe uma

relação inflexível entre a quantidade de um bem que as pessoas desejam

consumir e o preço deste bem.

(D) Somente no caso da existência de resultados eficientes garante-se que

todas as firmas participantes de um mercado estão simultaneamente

maximizando seus lucros.

(E) As quantidades e os preços de um bem numa solução de equilíbrio

eficientes são tais que a disposição dos consumidores em pagar por uma

unidade adicional deste bem é igual à disposição dos produtores em

ofertar uma unidade adicional deste bem.

16. (AFC 97) Indique a afirmação falsa em relação ao conceito microeconômico

de “excedente do consumidor”.

(A) Seu montante depende da elasticidade da demanda em um mercado.

(B) Seu montante não depende dos custos de quem produz o bem em

questão.

(C) Ele pode ser usado como um tipo de medida de bem-estar dos

consumidores.

(D) Ele pode ser usado no contexto da avaliação da eficiência econômica de

uma determinada política tributária sobre o bem em questão.

O fato de um mercado estar em equilíbrio não implica que o montante do excedente do consumidor seja igual ao montante do excedente do produtor

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17. (AFC 97) O “Primeiro Teorema do Bem-Estar Econômico” é uma prova

formal da seguinte afirmação:

(A) Todo mercado em equilíbrio geral produz uma distribuição eqüitativa de

recursos entre seus participantes.

(B) Se um mercado está em equilíbrio geral, então não existe troca possível

entre os agentes que seja capaz de melhorar a utilidade de pelo menos

um deles sem piorar a utilidade de pelo menos um dos demais.

(C) Se um mercado está em equilíbrio geral, então os preços relativos dos

bens independem das preferências dos participantes.

(D) Se um mercado está em equilíbrio geral, então a distribuição dos

recursos neles transacionados independe das dotações iniciais de

recursos de seus participantes.

Se um mercado está em equilíbrio geral, então os preços relativos dos bens independem das dotações iniciais de recursos de seus participantes.

18. (AFC 97) Supondo que um mercado esteja inicialmente em equilíbrio, e que

o governo decida cobrar um imposto sobre as vendas do produto deste

mercado; indique a única afirmação correta que podemos fazer neste contexto.

(A) O “peso morto” criado por este imposto refere-se unicamente, à perda do

excedente do consumidor resultante.

(B) Haverá um “peso morto” associado a este imposto, cujo montante não

depende da elasticidade da demanda neste mercado.

(C) A perda do excedente do produtor, potencialmente causada pelo imposto

deve ser levada em consideração para o cálculo do “peso morto”.

(D) A curva de oferta deste mercado pode se deslocar como conseqüência

direta do imposto, fazendo com que o “peso morto” resultante seja

anulado.

(E) A curva de demanda deste mercado pode se deslocar como

conseqüência direta do imposto, fazendo com que o “peso morto”

resultante seja anulado.

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19. (BACEN 2001/ESAF) Considere as duas alternativas de políticas tributárias que se seguem:Alternativa I: Aplicar um imposto per capita no valor de R$ 30,0 mensais por pessoa.

Alternativa II: Introduzir um imposto de R$ 1,00 por unidade vendida sobre a venda de um bem,

cuja oferta é perfeitamente (infinitamente) elástica.

Assinale a opção correta.

(A) Para um consumidor que, na hipótese de adotada a alternativa II, opte por consumir 30

unidades mensais do bem tributado, a alternativa I é inferior à alternativa II.

(B) Para um consumidor que, na hipótese de adotada a alternativa II, opte por consumir 30

unidades mensais do bem tributado, a alternativa I é indiferente à alternativa II, uma vez

que as duas implicam o mesmo gasto com impostos.

(C) Para um consumidor que, na hipótese de adotada a alternativa II, opte por consumir 30

unidades mensais do bem tributado, a alternativa I é preferível à alternativa II.

(D) Para um consumidor que, na hipótese de adotada a alternativa II, opte por consumir 30

unidades mensais do bem tributado, a alternativa I é superior à alternativa II caso a sua

demanda por esse bem seja inelástica e inferior à alternativa II caso sua demanda por

esse bem seja elástica.

(E) Para um consumidor que, na hipótese de adotada a alternativa II, opte por consumir 30

unidades mensais do bem tributado, a alternativa I é superior à alternativa II caso a sua

demanda por esse bem seja elástica e inferior à alternativa II caso sua demanda por esse

bem seja inelástica.

20. (BACEN 2001/ESAF) O assim chamado primeiro teorema do bem-estar social estabelece

que todo equilíbrio de mercado concorrencial é eficiente no sentido de Pareto. Indique quais das

seguintes condições não são necessárias para que esse teorema seja válido.

(A) Todos os bens devem ser bens privados.

(B) Todos os consumidores devem apresentar preferências convexas

(C) Não se devem verificar externalidades positivas ou negativas associadas às atividades

de consumo ou de produção.

(D) Não deve haver poder de monopólio ou monopsônio.

(E) Todas as informações relevantes devem ser de conhecimento comum de compradores e

vendedores.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25B A ffv B D B A A E B D D C D E B B C C B26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

51 52 53 54 55 56

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21.1 JOGOS

21.2 MATRIZ DE GANHOS OU MATRIZ DE PAY-OFF

Cada par ordenado na matriz de pay-off mostra os respectivos ganhos dos jogadores. Por exemplo, suponha a matriz de ganhos a seguir:

B BI BII AI

A AII

Então notamos que: O par (1,3) na matriz de pay-off significa que se o jogador A jogar a estratégia AI

e o jogador B escolher a estratégia BI então o jogador A ganhará 1 e o jogador B ganhará 3.

O par (2,-1) na matriz de pay-off significa que se o jogador A jogar a estratégia AI

e o jogador B escolher a estratégia BII então o jogador A ganhará 1 e o jogador B perderá 1.

O par (1,0) na matriz de pay-off significa que se o jogador A jogar a estratégia AII

e o jogador B escolher a estratégia BI então o jogador A ganhará 1 e o jogador B nada ganhará .

(1,3) (2,-1)

(1,0) (1,1)

Suponha que existem dois jogadores A e B Cada jogador possui as estratégias (as jogadas) AI e AII e o jogador B possui as estratégias (jogadas) BI e BII.

A matriz de pay-off mostra os ganhos de cada jogador em função das suas estratégias e das estratégias do outro jogador.

CAPÍTULO 21

TEORIA DOS JOGOS

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O par (1,1) na matriz de pay-off significa que se o jogador A jogar a estratégia AII

e o jogador B escolher a estratégia BII então o jogador A ganhará 1 e o jogador B ganhará 1.

21.3 ESTRATÉGIA DOMINANTE

Exemplo 1: considere um jogo com a matriz de pay-off a seguir:

B BI BII AI

A AII

Notamos que a estratégia AII é uma estratégia dominante para o jogador A, pois:i. Se o jogador B jogar BI é melhor para o jogador A escolher AII e ganhar 2 do

que escolher AI e ganhar 1.ii. Se o jogador B jogar BII é melhor para o jogador A escolher AII e ganhar 3 do

que escolher AI e ganhar 2.

Logo AII é uma estratégia dominante para o jogador A, pois jogar AII é o melhor que ele faz independente das jogadas do outro jogador.

Notamos também que a estratégia BI é uma estratégia dominante para o jogador B, pois:iii. Se o jogador A jogar AI é melhor para o jogador B escolher BI e ganhar 3 do

que escolher BII e ganhar 1.iv. Se o jogador A jogar AII é melhor para o jogador B escolher BI e ganhar 2 do

que escolher BII e ganhar 0.Logo BI é uma estratégia dominante para o jogador B, pois jogar BI é o melhor que ele faz independente das jogadas do outro jogador.

O par (AII,BI) é chamado de um equilíbrio de estratégias dominantes.

Exemplo 2: considere o jogo a seguir:

B BI BII AI

A AII

(1,3) (2,1)

(2,2) (3,0)

(3,3) (2,1)

(2,-1) (1,0)

Uma estratégia é dita dominante para um jogador quando for sua melhor escolha independente do que faça o outro jogador, isto é, existe uma escolha ótima, não importando o que o outro faça.

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Notamos que a estratégia AI é uma estratégia dominante para o jogador A, pois:v. Se o jogador B jogar BI é melhor para o jogador A escolher AI e ganhar 3 do

que escolher AII e ganhar 2.vi. Se o jogador B jogar BII é melhor para o jogador A escolher AI e ganhar 2 do

que escolher AII e ganhar 1.

Logo AI é uma estratégia dominante para o jogador A, pois jogar AI é o melhor que ele faz independente das jogadas do outro jogador.

Notamos também que não existe uma estratégia dominante para o jogador B, pois:vii. Se o jogador A jogar AI é melhor para o jogador B escolher BI e ganhar 3 do

que escolher BII e ganhar 1.viii. Se o jogador A jogar AII é melhor para o jogador B escolher BII e nada ganhar

do que escolher BI e perder 1.Logo não existe uma estratégia dominante para o jogador B.

Exemplo 3: considere o jogo a seguir:

B BI BII AI

A AII

Notamos que não uma estratégia dominante para o jogador A, pois:ix. Se o jogador B jogar BI é melhor para o jogador A escolher AI e ganhar 3 do

que escolher AII e ganhar 2.x. Se o jogador B jogar BII é melhor para o jogador A escolher AII e ganhar 4 do

que escolher AI e ganhar 2.Logo não existe uma estratégia dominante para o jogador A.

Notamos também que não existe uma estratégia dominante para o jogador B, pois:xi. Se o jogador A jogar AI é melhor para o jogador B escolher BI e ganhar 3 do

que escolher BII e ganhar 1.xii. Se o jogador A jogar AII é melhor para o jogador B escolher BII e nada ganhar

do que escolher BI e perder 1.Logo não existe uma estratégia dominante para o jogador B.

21.4 MÉTODO PRÁTICO PARA DETERMINAR SE UMA ESTRATÉGIA É DOMINANTE.

Se os ganhos de um jogador par uma determinada estratégia são maiores que os ganhos desse jogador com a outra estratégia então a primeira estratégia é dita dominante, isto é, considere o seguinte jogo:

B BI BII

(3,3) (2,1)

(2,-1) (4,0)

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AI

A AII

Onde aij é o ganho do jogador A se ele jogar a estratégia i e o jogador B jogar j bij é o ganho do jogador A se ele jogar a estratégia i e o jogador B jogar j

A estratégia AI é dominante para o jogador A se a11 a21 e a12 a22 .

A estratégia AII é dominante para o jogador A se a11 a21 e a12a22 .

A estratégia BI é dominante para o jogador A se b11 b12 e b21 b22 .

A estratégia BII é dominante para o jogador A se b11 b12 e b21 b22 .

21.5 EQUILÍBRIO DE NASH COM ESTRATÉGIA PURA

Exemplo 1: Considere o jogo: B BI BII AI

A AII

No jogo acima o par de estratégias (AI,BI) é um equilíbrio de Nash pois se o jogador A escolher AI então a melhor coisa que o jogador B tem a fazer é escolher BI e vice-versa, se o jogador B escolher BI então a melhor jogada do jogador A é AI.

Se o jogador A escolher AII então o jogador B escolherá BII, se o jogador B escolher BII, o jogador A escolherá AII, logo (AII,BII) também é um equilíbrio de Nash.

Portanto existem nesse jogo dois equilíbrios de Nash: (AI,BI) e (AII,BII).Exemplo 2: Seja o jogo abaixo:

B BI BII

(a11,b11) (a12,b12)

(a21,b21) (a22,b22)

(2,1) (0,0)

(0,0) (1,2)

Um par de estratégias (A*,B*) é um equilíbrio de Nash se A* é a escolha ótima do jogador A caso o jogador B escolha a estratégia B* e vice-versa, B* é a melhor escolha do jogador B caso o jogador A escolha A*. Em outras palavras, um par de estratégias (A*,B*) é um equilibro de Nash se A* é o melhor dado B* e B* é o melhor dado A*.

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Microeconomia

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AI

A AII

Se o jogador A escolher AI então o jogador B escolherá BI e se o jogador B escolher BI

escolher então o jogador A escolherá AII, logo não existe equilíbrio de Nash com essa estratégia. Se o jogador A escolher AII então o jogador B escolherá BI e se o jogador B escolher BI então o jogador A escolherá AII, logo (AII,BI) é um equilíbrio de Nash.

Portanto só existe um equilíbrio de Nash nesse jogo: (AII,BI).

Exemplo 3: B

BI BII AI

A AII

Se o jogador A escolher AI então o jogador B escolherá BI e se o jogador B escolher BI escolher então o jogador A escolherá AII, logo não existe equilíbrio de Nash com essa estratégia. Se o jogador A escolher AII então o jogador B escolherá BII e se o jogador B escolher BII então o jogador A escolherá AI, logo não existe equilíbrio de Nash com essa jogada. Portanto não existe equilíbrio de Nash nesse jogo.

21.6 O DILEMA DO PRISIONEIROConsidere a seguinte situação: duas pessoas são presas e acusadas de um crime. È dito a

cada um dos prisioneiros que se ele confessar e seu parceiro não confessar então ele será libertado e seu parceiro será condenado à 6 anos de prisão. Se ambos confessarem serão condenados à 3 ano e se ambos não confessarem serão condenados à 1 ano de prisão. Essa situação é representada na matriz a seguir:

Prisioneiro B C NC C

Prisioneiro A NC

Se o prisioneiro A confessa então a melhor escolha do prisioneiro B é confessar e o prisioneiro B confessar então a melhor escolha do prisioneiro A é confessar, logo o par de estratégias (C,C) é um equilíbrio de Nash. Se o prisioneiro A não confessa então o prisioneiro B

(1,2) (2,1)

(2,1) (1,0)

(0,0) (0,-1)

(1,0) (-1,3)

(-3,-3) (0,-6)

(-6,0) (-1,-1)

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Curso Professor Geraldo Goes Página 165

irá confessar, porém se o prisioneiro B confessar então o prisioneiro A confessará, logo não existe equilíbrio de Nash com essa estratégia.

Devemos notar que nesse jogo, o equilíbrio de Nash (C,C) não é Pareto Ótimo pois se os dois prisioneiros não confessassem poderiam aumentar o bem estar de ambos.

21.7 ESTRATÉGIA MAX-MIN

Exemplo: Seja o jogo abaixo:

B BI BII AI

A AII

Estratégia maxmin para o jogador A:Se o jogador A escolher a estratégia AI, dependendo da escolha do outro jogador, poderá ganhar 10 ou perder 10, tomamos o mínimo desses valores, ou seja: min{10,-10}= -10. Se o jogador A escolher a estratégia AII, dependendo da escolha do outro jogador, poderá ganhar 9 ou 8, tomamos o mínimo desses valores, ou seja: min{8,9}= 8. Tomaremos agora o máximo entre osganhos mínimos, ou seja: Max{-10,8}= 8, como esse ganho resultou da estratégia AII, então AII

é uma estratégia max-min para o jogador A .

Estratégia maxmin para o jogador B:Se o jogador B escolher a estratégia BI, dependendo da escolha do outro jogador, poderá ganhar 10 ou perder 10, tomamos o mínimo desses valores, ou seja: min{10,-10}= -10. Se o jogador B escolher a estratégia BII, dependendo da escolha do outro jogador, poderá ganhar 9 ou 8, tomamos o mínimo desses valores, ou seja: min{8,9}= 8. Tomaremos agora o máximo entre os ganhos mínimos, ou seja: Max{-10,8}= 8, como esse ganho resultou da estratégia BII, então BII é uma estratégia max-min para o jogador B .Portanto o par de estratégias (AII,BII) é um equilíbrio de estratégia maxmin para o jogo.

(10,10) (-10,9)

(9,-10) (8,8)

Considere um jogo bi-matricial. A estratégia maxmin maximiza os ganhos mínimos. Para determinar a estratégia maxmin de um jogador devemos seguir os seguintes passos:

i. Determinar os ganhos mínimos de cada jogada.ii. Determinar o máximo entre esses ganhos mínimos.

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Curso Professor Geraldo Goes Página 166

21.8 JOGOS NA FORMA NORMA E NA FORMA EXTENSIVA (SEQUENCIAL)

21.9 EQUILÍBRIO PERFEITO EM SUBJOGOS

OBSERVAÇÕESi. Se um jogo possui equilíbrios de Nash então todo equilíbrio de estratégia

dominante é Nash, mas nem todo equilíbrio de Nash é um equilíbrio de estratégia dominante.

ii. Se um jogo possui equilíbrios maxmin então todo equilíbrio de estratégia dominante é maxmin, mas nem todo equilíbrio maxmin é um equilíbrio de estratégia dominante.

iii. Um jogo é dito de soma zero quando os ganhos de um jogador são as perdas do outro.

iv. Um equilíbrio de Nash em estratégia mista é obtido pela randomização (aleatorização) da matriz de ganhos.

v. Um equilíbrio de Nash com estratégia pura é um caso particular de um equilíbrio de Nash com estratégia mista.

vi. Se pelo menos um dos jogadores tiver uma estratégia dominante então existirá um equilíbrio de Nash em estratégia pura.

vii. Todo jogo tem um equilíbrio de Nash: se não em estratégia pura pelo menos em estratégia mista.

viii. Quando o jogo é repetido um número infinito de vezes a solução desse jogo será cooperativa e então o equilíbrio de Nash será também Pareto Ótimo.

ix. Quando o jogo é repetido um número finito de vezes a solução desse jogo será não-cooperativa e então o equilíbrio de Nash não será Pareto Ótimo.

Um jogo pode está na forma Normal ou na forma Extensiva (Seqüencial). Na forma normal as jogadas são feitas simultaneamente ou sem que um jogador conheça as jogadas do outro. Na forma seqüencial um dos jogadores joga primeiro e, portanto o segundo jogador conhece a jogada do primeiro jogador.

Pode acontecer que um determinado par de estratégias seja Nash na forma norma mas não seja Nash na forma extensiva.

Um subjogo é um ramo da arvore de um jogo na forma seqüencial. Um equilíbrio é dito perfeito em todos os subjogo se também é um equilíbrio em cada um dos subjogo, ou seja, se o equilíbrio não se altera quando tiramos qualquer ramo da arvore.

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Curso Professor Geraldo Goes Página 167

1. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) Com relação ao conceito de equilíbrio de Nash, pode-se afirmar que

(A) é um equilíbrio de estratégia dominante, sempre.(B) cada jogador toma a decisão que maximiza seus pay-offs, independentemente das decisões que os outros jogadores estão tomando.(C) cada jogador toma decisão que maximiza seus pay-offs, levando em consideração as decisões que os outros jogadores estão tomando e, por esta razão, todo equlíbrio de Nash é equilíbrio de estratégia dominante, como mostra o dilema do prisioneiro com dois jogadores.(D) a dependência entre agentes é condição necessária e suficiente para que exista um único equilíbrio possível.(E) o equilíbrio de estratégia dominante é um caso especial de equilíbrio de Nash.

2. (AFC 2000/ESAF) Considere o jogo abaixo representado na forma estratégica na qual A e B são duas estratégias disponíveis para o jogador 1, a e b são duas estratégias disponíveis para o jogador 2, e os payoffs do jogo estão representados pelos números entre parênteses sendo que o número à esquerda da vírgula representa o payoff do jogador 1 e o número à direita da vírgula representa o payoff do jogador 2.

Jogador 2a b

Jogador 1A (3,2) (0,0)B (0,0) (2,3)

Com base nesse jogo, é possível afirmar que:

a) se o jogo for jogado seqüencialmente, sendo que o jogador 1 determina inicialmente a sua estratégia e é seguido pelo jogador 2, que toma sua decisão já conhecendo a estratégia escolhida pelo jogador 1, então, haverá mais de um equilíbrio perfeito de subjogos

b) o jogo não apresenta nenhum equilíbrio de Nash

c) todos os equilíbrios de Nash do jogo acima são eficientes no sentido de Pareto

d) todos os equilíbrios de Nash do jogo são equilíbrios com estratégias dominantes

e) um equilíbrio de Nash para esse jogo ocorre quando o jogador 1 escolhe a estratégia B e o jogador 2 escolhe a estratégia a

3. (IPEA 97/Carlos Chagas) No caso clássico do dilema do prisioneiro:

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(A) a solução de Nash para jogos não repetidos é sempre cooperar; para jogos

repetidos com duração finita é sempre não cooperar e para jogos repetidos

com duração infinita é sempre não cooperar.

(B) a solução de Nash para jogos não repetidos é sempre não cooperar; para jogos

repetidos com duração finita é sempre cooperar e para jogos repetidos com

duração infinita é sempre cooperar.

(C) a solução de Nash para jogos não repetidos é sempre não cooperar; para jogos

repetidos com duração finita é sempre cooperar e para jogos repetidos com

duração infinita é sempre cooperar.

(D) a solução de Nash para jogos não repetidos é sempre não cooperar; para jogos

repetidos com duração finita é sempre não cooperar; e para jogos repetidos

com duração infinita depende do grau de impaciência dos jogadores.

(E) a solução de Nash para jogos não repetidos é sempre cooperar; para jogos

repetidos com duração finita é sempre cooperar e para jogos repetidos com

duração infinita depende do grau de impaciência dos jogadores.

4. (IPEA 97/Carlos Chagas) Suponha que a demanda de mercado é linear e igual a

P(q1+q2)=a-b(q1+q2) e que duas firmas operam com custos C1 = c1q1 e C2 = c2q2. O

equilíbrio estável de Nash em produtos será igual a:

(A) q1 = (a-2c1+2c2)/3b e q2 = (a-2c2+2c1)/3b

(B) q1 = (a-c1+2c2)/b e q2 = (a-c2-2c1)/b

(C) q1 = (a-c1-2c2)/3b e q2 = (a-c2-2c1)/3b

(D) q1 = (a-2c2+c1)/2b e q2 = (a-2c1+c2)/2b

(E) q1 = (a-2c1+c2)/3b e q2 = (a-2c2+2c1)/3b

5. (IPEA 97/Carlos Chagas) No caso de equilíbrio de Nash em estratégias mistas pode-

se dizer com certeza que, se um jogador acredita que o outro jogará a estratégia mista

de equilíbrio:

(A) ele prefere jogar a sua estratégia mista de equilíbrio a jogar uma das

estratégias puras que são parte de sua estratégia mista, pois aquela sempre

lhe dá um retorno maior.

(B) ele é indiferente entre jogar a sua estratégia mista de equilíbrio ou uma das

estratégias puras que são parte de sua estratégia mista.

(C) ele prefere jogar uma das estratégias puras que são parte de sua estratégia

mista, pois aquelas sempre lhe dão um retorno maior.

(D) ele pode tanto jogar sua estratégia mista de equilíbrio como uma das

estratégias puras que são parte de sua estratégia mista, dependendo dos

retornos associados a cada opção.

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 169

(E) ele é indiferente entre jogar a sua estratégia mista de equilíbrio ou uma das

estratégias puras que não são parte de sua estratégia mista.

6. (Gestor 97/Carlos Chagas) É um resultado típico do jogo do dilema dos prisioneiros

(sem repetição) que

(A) existem pelo menos dois equilíbrios de Nash.

(B) o equilíbrio de Nash é sempre Pareto-eficiente.

(C) não existe nenhum equilíbrio de Nash.

(D) não existe estratégia dominante.

(E) o resultado Pareto-eficiente é estrategicamente dominado por um resultado

ineficiente.

7. (AFC 95) Considere o seguinte jogo:

O equilíbrio de Nash, que é subjogo perfeito, é:

(A) Dyb;

(B) Dxb;

(C) Dya;

(D) Dxa;

(E) axDE.

8. (AFC 95) A matriz abaixo contém os pay-offs para os dois jogadores em um

jogo em forma estratégica. A primeira entrada de cada elemento da matriz

refere-se ao pay-off do jogador 1, que escolhe entre as estratégias a1, a2, a3, e a

segunda ao pay-off do jogador 2, que escolhe entre as estratégias 1, 2, 3.

1 2 3

1 3,2 -10,8 -3,5

2 8,3 5,5 -10,4

3 4,6 5,8 4,4

Os pares de estratégias referentes aos equilíbrios de Maximis e Nash, nesse

jogo, são:

(A) Maximin = (2,2), Nash = (2,2);

DE

1(3,3)

2x

y

1

1

a

b

a

b

(1,1)

(0,10)

(7,0)

(8,8)

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 170

(B) Maximin = (1,2), Nash = (2,1);

(C) Maximin = (3,2), Nash = (2,2);

(D) Maximin = (2,2), Nash = (3,3);

(E) Maximin = (2,1), Nash = (1,2);

9. (AFC 96) Considere o seguinte jogo representado na sua forma normal:

João

E D

C 2,1 0,0

B 0,0 1,5

José pode escolher entre as estratégias C eB, enquanto João pode escolher

entre as estratégias E e D. Os payoffs são tais que se, por exemplo, José

escolher C e João escolher E, Jos´recebe 2 e João 1. Assinale as combinações

de estratégias que produzem um equilíbrio de Nash neste jogo:

(A) CE e BD;

(B) BE e CD;

(C) somente CE;

(D) CE e BE;

(E) somente BD.

10. (AFC 97) Considere o jogo em forma normal dado pela matriz abaixo:

2

A B

1I (3,3) (4,2)

II (8,0) (5,1)

Aqui, as estratégias disponíveis para o jogador 1 são I e II, e as estratégias

disponíveis para o jogador 2 são A e B. As entradas representam os pay-offs

resultantes das combinações de estratégias, de forma que, por exemplo, se o

jogador 1 escolhe I e o jogador 2 escolhe B, 1 recebe 4 e 2 recebe 2. Quais

combinações de estratégias resultam em um equilíbrio de Nash para este jogo?

(A) (I, A)

(B) (I, A) e (II, B)

(C) (I, B)

José

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 171

(D) (I, B) e (II, B)

(E) (II, B)

11. (BACEN 2001/ESAF) Considere o jogo representado pela matriz de payoffs abaixo, na qual

A e B são as estratégias disponíveis para o jogador 1 e C e C são as estratégias disponíveis para o

jogador 2:

Jogador 1

Jogador 2

C D

A (1,1) (0,0)

B (0,0) (2,2)

(A) O jogo apresenta dois equilíbrios de Nash e dois equilíbrios com estratégias dominantes.

(B) A combinação das estratégias B e D é um equilíbrio com estratégias dominantes.

(C) O jogo apresenta dois equilíbrios de Nash e nenhum equilíbrio com estratégica

dominante.

(D) O jogo não apresenta nenhum equilíbrio de Nash e nenhum equilíbrio com estratégias

dominantes.

(E) A combinação das estratégias A e C e um equilíbrio com estratégias dominantes, mas

não é um equilíbrio de Nash.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25E C D E B E A C A E C26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

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22.1 ASSIMETRIA DE INFORMAÇÕES

22.2 O MERCADO DE LIMÕES

22.3 TIPOS DE ASSIMETRIA

CAPÍTULO 22

TEORIA DA INFORMAÇÃO

Existe uma assimetria de informação quando um dos lados do mercado possui mais informações que o outro lado, pôr exemplo:

i. os compradores podem possuir menos informações sobre a qualidade (o tipo) do bem que está sendo transacionado do que os vendedores desse bem.

ii. Em certos contratos , como pôr exemplo os contratos de seguro, as seguradoras não possuem informações completas sobre a conduta (o comportamento) dos seus segurados.

Esses mercados são chamados de mercados com informação imperfeita ou mercados com assimetria de informações.

O mercado de limões é o mercado de carros usados. O termo “limão” é uma gíria americana para algo ruim e “ameixa” significa algo bom, na língua portuguesa usamos respectivamente os termos ‘’abacaxi’’ e ‘’uva’’, em outras palavras uma “ameixa” é uma “uva” e um “limão” é um “abacaxi”.No mercado de automóveis usados, os vendedores (proprietários dos carros) sabem se os seus carros são um limão ou uma ameixa, porém os compradores não conhecem a qualidade desses carros, existe portanto uma assimetria de informações.

As assimetrias de informações podem ser classificadas em duas categorias:i. Seleção Adversa ou tipo oculto: um dos lados do mercado não observa a

qualidade, o tipo, a característica do outro lado do mercado.ii. Moral Hazard (Perigo Moral) ou ação oculta: um dos lados do mercado não

observa a conduta, a ação, o comportamento do outro lado do mercado.

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 173

22.4 SELEÇÃO ADVERSA

22.5 PERIGO MORAL (COMPORTAMENTO OPORTUNISTA)

Em um problema de seleção adversa um dos lados do mercado não observa a qualidade do outro lado do mercado. O mercado de limões (o mercado de carros usados) é um exemplo de seleção adversa pois os vendedores sabem a qualidades dos automóveis, porém os compradores apenas conhecem a qualidade na média, isto é, sabem se em média os carros são um “limão” ou uma “ameixa”.

Suponha que nesse mercado são praticados preços médios, pôr exemplo, que os compradores desejam pagar um preço médio formado a partir da informação de que em média 50% dos carros são do tipo ameixa e os outros 50% são do tipo limão mas não sabem se um carro em particular é uma ameixa ou um limão. Mas, a este preço médio, apenas os proprietários de limões desejam vender seus carros; os proprietários de ameixas, não. Consequentemente os proprietários de um carro do tipo ameixa serão expulsos do mercado, isto é, não desejarão vender seus carros. Se um comprador pratica um preço médio então é muito provável que esse preço médio pertença à uma faixa de preços que satisfaça o dono de um limão mas não satisfaça o dono de uma ameixa, e portanto os donos de carros do tipo ameixa não irão vender seus automóveis, serão expulsos do mercado; daí o nome seleção adversa. Em resumo, quando existe uma assimetria de informação de tipo oculto, se são praticados preços médios então os melhores serão expulsos do mercado.

O problema de seleção adversa pode se resolvido através de uma sinalização. Os donos de uma ameixa podem sinalizar a boa qualidade se seus carros oferecendo pôr exemplo uma garantia maior.

Em um problema de perigo moral um dos lados do mercado não observa a conduta (o comportamento, a ação) do outro lado do mercado. Considere o mercado de contrato de seguro saúde no qual as seguradoras não sabem se seus segurados possuem ou não o hábito de zelar pôr sua saúde; considere também o caso de contratos de seguro contra o furto de automóveis no qual um segurado pode tomar as precauções necessárias para dificultar o furto de seu carro ou pode Ter um comportamento desleixado, aumentando as chances de um furto; os exemplos acima caracterizam um problema de Perigo moral, pois um dos lados do mercado não observa a conduta do outro lado do mercado.As situações abaixo são exemplos de Perigo Moral (comportamento oportunista):

i. Uma pessoa faz seguro contra roubo para seu carro e passa a estacioná-lo com a porta destrancada.

ii. Um médico pede um número exagerado de exames clínicos para um paciente, a ser pago pelo seguro do paciente.

iii. Uma empresa baixa a qualidade dos produtos e/ou a quantidade contida nas embalagens quando percebe que a qualidade e/ou a quantidade em cada embalagem não é imediatamente verificável.

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 174

22.6 RELAÇÃO PRINCIPAL E AGENTE

1. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) Uma agência de controle da concorrência, como o CADE por exemplo, funcionará a contento se, e somente se,(A) a informação for perfeita.(B) supondo que a informação seja imperfeita, existirem contratos que tornem compatíveis incentivos entre o Principal (Sociedade, representada pelos agentes públicos, no caso os políticos e os burocratas) e o Agente (a agência) e entre a agência (agora Principal) e os ministérios e órgãos do governo fiscalizados (Agentes).(C) a eficácia do contrato não dependa da estrutura de incentivos com a qual o Agente (agência ou sociedade) se depara, mesmo considerando informação assimétrica.(D) houver algum controle da sociedade sobre a agência, estabelecido contratualmente, pois sempre há o risco do fiscalizador cooperar com o fiscalizado (ser cooptado pelo mesmo) e houver algum controle contratual-legal sobre os fiscalizados (as empresas do setor privado).(E) havendo assimetria de informação a possibilidade de controle direto ou indireto será nula, por parte da agência, sobre as ações ocultas das empresas do setor privado.

2. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) Suponha um mercado secundário de bens de capital em que se deparam vendedores de máquinas e equipamentos usados com compradores, nesta situação:

O problema do Principal e do Agente é a questão do sistema de incentivo: “como eu posso conseguir que alguém faça alguma coisa pôr mim”. Considere uma situação envolvendo dois atores: o principal e o agente. O principal quer induzir o agente a fazer alguma coisa par si (o principal) mas que para o agente acarreta um custo e o principal não pode observar a ação do agente, mas pode observar a quantidade produzida. Pôr exemplo, você emprega alguém para arar a sua terra pôr você. Trata-se portanto de desenhar um contrato que satisfaça tanto aos interesses do principal quanto aos interesses do agente. A relação Principal/Agente é uma relação contratualista. As situações abaixo caracterizam uma relação principal/agente:

i. Estado (principal) x burocrata (agente)ii. Governo (principal) x Agência reguladora (agente)

iii. Agência reguladora (principal) x firmas prestadoras do serviço (agentes)iv. Firma (principal) x vendedores (agente)v. Dono da terra (principal) x lavrador (agente).

Um contrato para resolver de maneira eficiente o problema dos incentivos deve ser bem desenhado, isto é, deve satisfazer duas condições: A restrição de participação: A utilidade do agente, caso aceite o contrato, deve

ser maior ou igual à utilidade desse agente caso não aceite o contrato. A restrição de compatibilidade do incentivo: Caso o agente aceite o contrato, a

utilidade desse agente deve ser maior (ou igual) caso ele se esforce do que caso ele não se esforce, ou seja, deve-se igualar o produto marginal do esforço ao nível do esforço ótimo. Essas duas condições podem ser obtidas de várias formas, a saber: aluguel, trabalho assalariado, pegar ou largar e parceria.

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 175

(A) se os vendedores possuem mais informação sobre os produtos do que os compradores, pode-se esperar que os vendedores que oferecem produtos de pior qualidade tenderão a ficar fora do mercado.(B) há um problema de informação e, provavelmente, os melhores produtos ficarão fora do mercado; por esta razão é razoável traduzir para o português a expressão do inglês market for lemmons como “mercado de abacaxis”.(C) caso os vendedores sejam avessos ao risco e os compradores, neutros, o first best sempre seria aquele que implicasse menor moral hazard. (D) não há moral hazard no mercado em questão, dado que sempre os compradores poderão trocar o produto, caso não haja, inclusive, garantia.(E) não existirão problemas de Principal-Agente no mercado, caso a informação seja assimétrica e, portanto, não haja seleção adversa.

3. (AFC 2000/ESAF) Considere as afirmações abaixo:I – Os problemas relacionados ao que ficou conhecido na literatura sobre assimetria de informação como moral hazard ou risco moral dizem respeito ao fato de que uma das partes de um contrato não tem como observar, direta ou indiretamente, algumas ações praticadas pela outra parte do contrato, relevantes para o objetivo do contrato.II – Nem sempre a assimetria de informação acerca da qualidade de um bem que é transacionado em um mercado leva ao problema de seleção adversa.III – O oferecimento de uma garantia na compra de um bem é um exemplo de um mecanismo de incentivo usado para evitar problemas de moral hazard, mecanismo esse que não tem eficácia na prevenção dos problemas relacionados ao fenômeno da seleção adversa. Pode-se afirmar que:

a) todas as afirmações estão corretasb) apenas as afirmações I e II estão corretasc) nenhuma afirmação está corretad) apenas a afirmação III está corretae) apenas as afirmações I e III estão corretas

4. (AFC 97) Considere um mercado onde os vendedores conhecem

perfeitamente a qualidade dos produtos que estão ofertando, porém os

compradores não conhecem a qualidade de cada produto individual, apenas a

média de todo o mercado. Você pode apenas, por exemplo, no mercado de

carros usados. Assinale a afirmação falsa a respeito deste mercado.

(A) O volume de trocas pode ser menor que o considerado eficiente.

(B) Existem mecanismos possíveis para que os ofertantes sinalizem a

qualidade dos seus produtos.

(C) O problema em questão recebe, na teoria microeconômica, o nome de

“seleção adversa”.

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 176

(D) Apesar de o volume de trocas poder ser menor que aquele que seria

observado em um mercado onde a informação fosse perfeita, o preço de

equilíbrio será necessariamente igual nos dois casos.

(E) Se os compradores agem de forma a maximizar o valor esperado da

utilidade, então o preço que estarão dispostos a pagar por um bem pode

ser maior que o preço mínimo pelo qual um vendedor estaria disposto a

vender aquele bem.

5. (BACEN 2001/ESAF) Considere as seguintes afirmações:

I. Um dos problemas que as instituições financeiras encontram quando a taxa de juros se

encontra muito elevada é que os pedidos de empréstimo que se fazem nessas condições

envolvem usualmente projetos com risco elevado.

II. Um problema encontrado por uma instituição financeira que financia um projeto é que o

executor desse projeto pode estar propenso a assumir um risco maior do que seria

adequado para a instituição financiadora, caso ele tenha pouco a perder com o fracasso do

projeto e muito a ganhar com seu sucesso.

Assinale a opção correta.

(A) A afirmação I diz respeito a um problema de seleção adversa e a afirmação II diz

respeito a um problema de moral hazard.

(B) A afirmação I diz respeito a um problema de moral hazard e a afirmação II diz respeito

a um problema de seleção adversa.

(C) As duas afirmações dizem respeito a problemas de seleção adversa.

(D) As duas afirmações dizem respeito a problemas de moral hazard.

(E) As afirmações não se referem a problemas de seleção adversa nem a problemas de

moral hazard.

6. (BACEN 2001/ESAF) Dos mecanismos abaixo, indique qual não pode ser entendido como um

mecanismo para minimizar problemas de moral hazard.

(A) Remuneração do trabalhador agrícola igual à metade do produto da terra por ele

trabalhada.

(B) Participação nos lucros da empresa por parte de seus executivos.

(C) Estabelecimento de franquia em seguros de automóveis.

(D) Renovação de seguro de automóveis com desconto para segurados que não sofreram

acidentes na vigência do contrato anterior.

(E) Oferecimento de garantia na revenda de automóveis usados.

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Microeconomia

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01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25D B B D A E26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

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23.1 DEFINIÇÃO DE EXTERNALIDADE

23.2 TIPOS DE EXTERNALIDADE

CAPÍTULO 23

EXTERNALIDADES

Existe uma externalidade quando as ações de um agente impactam (positivamente ou negativamente) as ações de outros agentes da economia. A presença de externalidade pode ser caracterizada quando:

i. Os benefícios marginais sociais são diferente dos benefícios marginais privados.ii. Os custos marginais sociais são diferente dos custos marginais privados.

iii. Os preços praticados não refletem os verdadeiros custos.Diremos que existe uma externalidade no consumo quando um consumidor se preocupa com a produção ou consumo de outro agente. Na prática, os problemas de externalidade são devidos aos direitos de propriedade mal definidos.

Uma externalidade pode ser positiva ou negativa:i. Externalidade positiva: ocorre quando as ações de um agente impactam

positivamente as ações de outros agentes da economia, ou seja, ocorre quando o benefício marginal social é maior que o benefício marginal privado (no caso de externalidade no consumo) ou quando o custo marginal social é menor que o custo marginal privado (no caso de externalidade na produção). Pôr exemplo um floricultor se beneficia (e não recebe nada pôr isto) pela polemização realizadas pelas abelhas de seu vizinho apicultor.

ii. Externalidade negativa: ocorre quando as ações de um agente impactam negativamente as ações de outros agentes da economia, ou seja, ocorre quando o custo marginal social é maior que o custo marginal privado (no caso de uma externalidade na produção) ou quando o Benefício marginal social é menor que o benefício marginal privado (no caso de uma externalidade no consumo). Pôr exemplo uma firma prejudica (e não paga nada pôr isto) a produção de uma colônia de pescadores quando despeja detritos na água.

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 178

23.3 A TRAGÉDIA DOS COMUNS

23.4 A EXTERNALIDADE COMO FALHA DE MERCADO

23.5 IMPOSTO DE PIGOU

23.6 TOREMA DE COASE

A tragédia dos comuns é a tendência que a sociedade tem de utilizar em excesso (podendo chegar à exaustão) os recursos comuns (públicos). A externalidade negativa pode ser baixa individualmente porém será elevada em termos coletivos.

Em presença de externalidade o mercado não realiza uma alocação eficiente dos recursos e portanto a externalidade representa uma falha de mercado. Se os custos de transação forem baixos o processo de negociação levará à eficiência, caso contrário, a eficiência é obtida através da atuação do Estado pôr meio de regulação ou de impostos corretivos.

O imposto de Pigou é um imposto implementado para corrigir os efeitos de uma externalidade negativa.

Teorema de Coase: se as preferências dos consumidores são do tipo quaselinear então a curva de contrato ( o conjunto das alocações eficientes de Pareto) será uma reta horizontal, isto é, só existe uma quantidade ótima de externalidade. O Teorema de Coase afirma que, sob certas circunstancias, a quantidade eficiente do bem envolvida numa externalidade não depende da distribuição inicial dos direitos de propriedade. Se os agentes privados puderem negociar sem custos de transação ( ou com baixo custo de transação) em relação à alocação dos recursos , então o processo de barganha levará à uma eficiência, independente da distribuição inicial dos direitos.

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Microeconomia

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1. (BACEN 98/VUNESP) Considerando o conceito de externalidades, é correto afirmar que

elas:

(a) são corrigidas pelo sistema de preços;

(b) decorrem do fato de ser impossível que a ação de um agente ou grupo de agentes tenha

impactos sobre resultados desejados por outros agentes;

(c) são sempre negativas, de vez que estão relacionadas com a piora, decorrente de ações de

outros, dos resultados desejados por determinados agentes;

(d) são sempre positivas, de vez que estão relacionadas com a melhora, decorrente de ações de

outros, dos resultados desejados por determinados agentes;

(e) são decorrentes do fato de que a ação de um agente ou grupo de agentes pode ter impactos

sobre resultados desejados por outros agentes;

2. (GESTOR 2001/ESAF) “As ações econômicas desenvolvidas por produtores e consumidores exercem, necessariamente, efeitos incidentes sobre outros produtores e/ou consumidores que escapam ao mecanismo de preços, ainda que estes sejam determinados em regimes de mercado perfeitamente competitivos. Estes efeitos, não refletidos nos preços, são conhecidos por “efeitos externos” ou “externalidades”.Uma externalidade pode implicar tanto ganhos como perdas para os recipientes da ação econômica inicial. Quando o recipiente for um produtor, um benefício externo tornará a forma de um acréscimo no lucro. A imposição de um custo externo, por outro lado, significará redução no lucro. Quando o recipiente for um consumidor, sua função de bem-estar é que estará sendo afetada pelas externalidades, positiva ou negativamente.Percebe-se, então, que as externalidades positivas representam sempre “economias externas”, enquanto as externalidades negativas trazem “deseconomias externas”.

(Trecho extraído do livro “Economia do Setor Público” de Alfredo Filellini, São Paulo, Atlas, 1989, p. 73)

Uma empresa provoca uma deseconomia externa quandoa) os benefícios sociais excedem os

benefícios privadosb) os custos privados excedem os custos

sociaisc) não há diferença entre os custos sociais e

os custos privadosd) não há diferença entre os benefícios

sociais e os benefícios privadose) os custos sociais excedem os custos

privados

3. (AFC 2000/ESAF) Uma empresa produtora de papel e celulose despeja parte dos resíduos de sua produção em um rio, poluindo-o. Isso faz com que a produtividade de uma empresa pesqueira que atua nesse rio seja reduzida. Essa empresa pesqueira é a única afetada pela poluição gerada pela empresa de papel e celulose. Com relação a uma situação como essa, assinale a opção correta.

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 180

a) A introdução de um imposto sobre a emissão de poluição por parte da empresa de papel e celulose pode levar a um nível de poluição mais eficiente do que aquele que seria obtido sem nenhuma forma de controle.

b) Segundo o teorema de Coase, na ausência de custos de transação, a definição de quem tem o direito ao uso das águas do rio levará a uma geração ótima de poluição, mas não terá efeito sobre a lucratividade individual de cada uma das empresas.

c) O nível ótimo de emissão de poluição depende de como o direito ao uso das águas do rio é alocado entre a empresa pesqueira e a empresa de papel e celulose.

d) A quantidade eficiente de emissão de poluição é zero, uma vez que a poluição é danosa à atividade da empresa pesqueira.

e) A situação descrita acima é um exemplo típico de externalidade positiva na produção.

4. (AFC 96) A análise microeconômica contém uma série de considerações

acerca da presença de “externalidades” na produção e/ou no consumo em

certos tipos de mercado. Assinale a opção que justifica esta preocupação, do

ponto de vista normativo da teoria.

(A) Externalidades na produção são normalmente apontadas como a

principal causa da existência dos monopólios, e das ineficiências deles

decorrentes.

(B) Externalidades no consumo implicam que, mesmo sem precisar se

preocupar com as decisões de outras pessoas, os consumidores sempre

conseguem maximizar suas utilidades quando o mercado está em

equilíbrio.

(C) Quando externalidades no consumo estão presentes, as pessoas

precisam de mais informações além de simplesmente preços de mercado

para realizarem trocas eficientes.

(D) Externalidades na produção sempre diminuem o potencial de produção

das firmas.

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Microeconomia

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(E) Instituições tais como o governo nada podem fazer para corrigir as

distorções impostas por qualquer tipo de externalidade em um mercado.

5. (AFC 97) Na linguagem da teoria microeconômica, diz-se que um bem produz

uma “externalidade” se:

(A) ele afeta a função de utilidade das pessoas, mas não existe um mercado

em que este bem possa ter transacionado;

(B) ele gera um potencial de exportação para a economia em questão;

(C) o único preço relevante para este bem é aquele dado pelo mercado

internacional;

(D) existem “direitos de propriedade” bem definidos sobre este bem;

(E) não existe nenhum consumidor potencial para este bem.

6. (GESTOR 2002/ESAF) Tecnicamente ocorre uma externalidade quandoos custos sociais (CS) de produção ou aquisiçãosão diferentes dos custos privados (CP), ouquando os benefícios sociais (BS) são diferentesdos benefícios privados (BP).Uma externalidade positiva apresenta-se quando:a) BS < BPb) BS = BPc) CS > CPd) CS = CPe) BS > BP

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25E E A C A E26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

51 52 53 54 55 56

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PROVAS TCU

1. (TCU 92) É muito comum a fixação de preços mínimos para proteger os produtores do setor

agrícola contra as flutuações de mercado. Supersafras leva a quedas nos preços de equilíbrio e à

diminuição nas receitas auferidas pelos respectivos produtores.

Assinale a opção correta:

(a) Toda queda de preço implica redução de receita, independente do tipo de bem

produzido;

(b) Quedas de preço implicam redução de receita apenas quando a demanda pelo produto

for elástica;

(c) A política de fixação de preços mínimos para produtos agrícolas não estimula a

produção;

(d) A política de fixação de preços mínimos é sempre menos onerosa aos cofres públicos

que a concessão de subsídios. Independente, portanto, do tipo de bem produzido.

(e) A política de interferência nos mercados de produtos agrícolas, por meio de fixação de

preços mínimos , onera menos os cofres públicos que um programa de subsídios. Isso

decorre do fato de a demanda por produtos agrícolas ser inelástica

(f) Desconheço a resposta correta

Nas questões de 1 a 5, marque, em cada questão, a única opção correta, de acordo com o

comando de cada uma delas:

2. (TCU 93) Suponha-se que o mercado de batata de Irecê (Bahia) apresente uma estrutura

considerada de concorrência perfeita, com demanda mensal dada pela equação:

QD = 1000 – 2 P, em que QD é a quantidade em quilos, mensalmente demandada, e P é o preço

por quilo. Embora a produção mensal de batata em Irecê seja estável e se situe em torno de 800

quilos, uma praga reduziu-a inesperadamente a 500 quilos. Em conseqüencia:

(a) o preço do quilo deverá sofrer um aumento de 100%, para manter o mercado em

equilíbrio;

(b) no intervalo de preços definido pelas duas situações de oferta, antes e depois da praga,

a demanda mensal no município de Irecê será elástica com relação aos preços;

(c) embora ofertando menos, os produtores de Irecê experimentarão um aumento de

receita, com os novos preços de equilíbrio;

(d) a oferta mensal, no município de Irecê, será sempre insuficiente para atender à

demanda, qualquer que seja o preço cotado no mercado;

(e) a curva de oferta mensal, em Irecê, tornar-se-á perfeitamente elástica em relação aos

preços.

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Microeconomia

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3. (TCU 94) Assinale a afirmativa correta:

(a) Monopólios podem ser uma forma eficiente de organização econômica quando os

retornos de escala forem crescente e a função de produção for homogênea;

(b) Quando os custos marginais são ascendentes, os custos médios são mais elevados que

os custos marginais;

(c) A empresa perfeitamente competitiva opera apenas no ramo inelástico da curva de

demanda;

(d) Contrariamente às economias externas pecuniárias, as externalidades tecnológicas são

compatíveis ao “ótimo de Pareto”;

(e) O teorema de Euler da distribuição requer que o equilíbrio seja competitivo e que a

função de produção seja homogênea linear.

4. (TCU 94) Assinale o item que completa a afirmativa: Se a economia está em pleno

emprego, um deslocamento para cima somente da curva de demanda de trigo:

(a) levará a uma queda gradual no preço do trigo;

(b) levará à falência os plantadores de trigo;

(c) não alternará a produção de trigo;

(d) levará a um aumento na quantidade ofertada de trigo com uma conseqüente

diminuição na quantidade ofertada de alguns outros produtos;

(e) levará a um aumento da quantidade ofertada de milho.

5. (TCU 94) Em relação às características de um oligopólio, assinale o item que melhor o

descreve:

(a) uma situação de mercado com poucos compradores;

(b) uma situação de mercado com poucos produtores;

(c) uma situação de mercado com apenas um comprador;

(d) uma situação de mercado com os preços controlados pelo Governo;

(e) uma situação de mercado com apenas um vendedor.

6. (TCU 95) Julgue os itens abaixo:

(1) Diz a lei da demanda que há uma relação inversa entre o preço e a quantidade

demandada de qualquer bem normal. Ora, um vendedor de cachorro-quente afirma ter

observado serem as elevações do preço do seu produto acompanhadas de aumentos da

quantidade vendida. Descartando-se, por improvável, um equívoco do vendedor,

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Curso Professor Geraldo Goes Página 184

conclui-se que ou a lei da demanda não se aplica a cachorros-quentes, ou este produto

não é um bem normal;

(2) A curva de oferta do bem “X” elevar-se-á em qualquer uma das circunstâncias

seguintes: os salários dos trabalhadores sobem; a depreciação do capital reduz a

produtividade do trabalho; e o preço de “X” aumenta;

(3) Para qualquer bem, são deslocadores da curva de demanda; a renda dos cinsumidores,

os preços dos bens complementares, os preços dos bens substitutos, os gostos

(preferências) dos consumidores e o número de consumidores;

(4) Se um bem é inferior, um aumento da renda dos consumidores leva a uma reduçào da

demanda do bem.

(5) A elasticidade-renda da demanda de um bem será tanto menor quanto maior for a

participação dos gastos com o bem no orçamento familiar.

7. (TCU 95) Julgue os itens a seguir:

(1) Se uma alteração no preço de um bem provoca uma variação em sentido oposto na

receita total, então a demanda do bem é elástica. Caso a variação da receita total se dê

no mesmo sentido da mudança do preço, a demanda será inelástica;

(2) Em boa parte, a reconhecida variabilidade dos preços dos produtos agrícolas é

explicada pela combinação das flutuações da oferta (que depende de fatores

aleatórios), de um lado, com a relativa inelasticidade da demanda desses bens tanto ao

preço quanto à renda, de outro lado;

(3) A incidência de um imposto sobre compradores e/ou vendedores depende da

elasticidade-preço das curvas de oferta e de demanda do produto tributado. Assim,

quanto mais elásticas forem as curvas de demanda e de oferta maior será a parcela do

imposto que incidirá sobre os consumidores;

(4) Mantidos constantes os preços, se a quantidade vendida de determinado bem cresce à

taxa anual de 3%, enquanto a renda per capita cresce à taxa de 6%, conclui-se que a

elasticidade-renda da demanda do bem é igual a 2%;

(5) Terá mais possibilidades de aumentar a sua receita de exportações o país que exporta

um bem de demanda elástica à renda e inelástica ao preço do que o país que exporta

um produto de demanda inelástica à renda e elástica ao preço.

8. (TCU 95) Julgue os itens a seguir:

(1) custos fixos médios são constantes;

(2) considere a curva de transformação apresentada no gráfico abaixo:

Bem Y

Bem X

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 185

É correto afirmar que o aumento da produção do bem Y se dá a custos marginais crescentes.

(3) economias de escala resultam do melhor aproveitamento dos fatores fixos de

produção;

(4) a curva de oferta de uma firma perfeitamente competitiva coincide com o segmento de

sua curva de custo marginal situado acima da curva de custo médio;

(5) o gráfico abaixo mostra as curvas de custo médio (CMe) e custo marginal (CMg) de

produção de determinado bem. Verifica-se, no gráfico, que a curva de custo marginal

corta a de custo médio de baixo para cima, no ponto onde o custo médio é mínimo.

Apesar de freqüente, a situação retratada é um caso especial que somente se verifica

quando a função de produção for homogênea linear.

QuantidadeEEe

R$CMe

CMg

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 186

9.(TCU 96) Com relação à teoria da produção, dos custos e da alocação de recursos, julgue os

itens abaixo:

(1) A lei da produtividade marginal decrescente é compatível com qualquer tipo de

rendimentos de escala que caracterize a função de produção;

(2) Uma firma minimiza custos quando seus gastos entre os diferentes insumos são

igualmente distribuídos;

(3) Em mercados competitivos, o produto da receita marginal de um determinado insumo

iguala-se ao valor da produtividade marginal desse mesmo insumo;

(4) No longo prazo, uma firma monopolista, que não produz no ponto em que seus custos

médios totais são mínimos, será obrigada a encerrar suas atividades;

(5) A alocação de recursos gerada pelo equilíbrio competitivo, embora eficiente no

sentido de Pareto, não pode ser justa do ponto de vista social.

10. (TCU 96) A análise da oferta e demanda, que estuda as interações entre vendedores e

compradores em uma economia de mercado, constitui o cerne do estudo dos fenômenos

econômicos. A respeito desse assunto, julgue os itens a seguir:

(1) Se a demanda for preço-elástica, um imposto específico sobre um determinado bem

será inteiramente repassado aos consumidores;

(2) A queda substancial do preço dos computadores, concomitantemente ao aumento da

produção desses bens, é perfeitamente compatível com a existência, nesse mercado, de

uma curva de oferta, de curto prazo, positivamente inclinada;

(3) O efeito substituição afirma que as pessoas compram mais quando o preço diminui,

porque o poder de compra aumenta;

(4) A abertura do mercado automobilístico aos produtores estrangeiros desloca a curva de

oferta de carros para a direita;

(5) Como bicicletas ergométricas e máquinas simuladoras de escada (step) são bens

substitutos, um aumento no preço das bicicletas elevará o preço das máquinas

simuladoras de escada.

11. (TCU 98) A teoria da demanda baseia-se nas decisões dos consumidores e requer o

conhecimento de como são formadas as suas preferências. A esse respeito, julgue os itens

abaixo:

(1) se a elasticidade-preço da demanda de um bem for igual a –1, duplicando-se o preço

desse produto, duplicar-se-á também o gasto total com esse produto;

(2) tanto a posição como a forma das curvas de indiferença, para o consumidor particular,

dependem unicamente de suas preferências, não sendo afetadas pelo nível de renda e

pelos preços de mercado;

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 187

(3) supondo que, para um determinado consumidor, raquetes e bolas de tênis sejam

complementos perfeitos, a variação da demanda de raquetes resultante de uma redução

do preço desse produto dever-se-á tão somente ao efeito renda;

(4) visto que as curvas de demanda tendem a ser mais elásticas no longo prazo, o

excedente do consumidor tende da diminuir provocando, com o decorrer do tempo, a

redução dos níveis de satisfação do consumidor;

(5) a inclinação da curva de restrição orçamentária depende dos preços relativos dos bens

e da renda do consumidor.

12. (TCU 98) A teoria da produção e dos custos analisa as características básicas que descrevem

as operações das empresas e serve de base para determinar as decisões de produção e emprego

das empresas, no curto e no longo prazos. Nesse contexto, julgue os itens a seguir:

(1) a existência de franquias na indústria de fast food, em que a unidade produtiva é

possuída e administrada por proprietários individuais, que seguem regras pré-

determinadas de controle de qualidade e vendem um tipo de produto previamente

especificado, está relacionada à existência de economias de escala;

(2) uma redução do IPTU pago pelas empresas, no âmbito de um programa de incentivos

fiscais que visa aumentar o potencial produtivo de uma região, deslocará a curva de

custo marginal dessas empresas para baixo e para a esquerda;

(3) quando o produto marginal de valor positivo torna-se nulo, o produto total é

maximizado e o produto médio é decrescente;

(4) em mercados competitivos, a inclinação descendente da curva do produto da receita

marginal (marginal revenue product), reflete o fato de a empresa ser obrigada a

reduzir o preço, caso deseje vender maiores quantidades de seu produto;

(5) se uma empresa produz aviões no ponto em que os produtos marginais de todos os

seus insumos igualam-se, então essa empresa está minimizando seus custos.

13. (TCU 98) A determinação dos preços dos bens e dos fatores de produção é influenciada pelo

ambiente de mercado vigente. Torna-se então necessário examinar as estruturas de mercados em

que as decisões de oferta e demanda são operacionalizadas. A esse respeito, julgue os itens

seguintes:

(1) uma contração permanente da demanda em uma indústria competitiva, caracterizada

por custos decrescentes, provoca um aumento do preço do produto e reduz a produção;

(2) a imposição de um tributo de 25% sobre os lucros de um monopolista fará que ele

aumente o preço e restrinja o nível de produção;

(3) sabendo que os postos de gasolina usam a locação para diferenciarem seus produtos,

fixam o preço no nível do custo marginal e auferem lucros econômicos positivos n

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 188

curto prazo e nulos no longo prazo, é correto concluir que eles constituem bons

exemplos de concorrência monopolística;

(4) a formação bem-sucedida de um cartel requer atuação em mercados cuja demanda seja

inelástica, além da existência de empresas de tamanho similar que se disponham a

seguir as regras da organização;

(5) em um monopólio perfeitamente discriminador, um tipo de regulação que obrigue o

produtor a fixar um preço único para os diferentes consumidores resulta em uma perda

de eficiência.

GABARITO TCU

1) E

2) C

3) A

4) D

5) D

6) FFVVF

7) VVFVV

8) FVFFF

9) VFVFV

10) FVFVF

11) FVVFF

12) VFVFF

13) VFFFV

APÊNCICE MATEMÁTICO

DERIVADA DE UMA FUNÇÃO

Seja y= f(x) uma função de uma variável real.

1. DEFINIÇÃO

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 189

A derivada de y no ponto x é a inclinação da reta tangente ao

gráfico de y= f (x) no ponto x.

Inseri gráfico

2. NOTAÇÃO

dx

dyouy`,

E lê-se “ derivada de y em relação a x”.

3. REGRAS DE DERIVAÇÃO

I) A derivada de uma constante ( ) é zero, isto é:

Se y = , então `y =0

Exemplos :

1) Se y 10 então `y = 0

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 190

2) Se y - 3 então `y = 0

II) A derivada de uma variável em relação a si mesma é 1 (um) , isto é:

Se xy então 1̀y

Exemplos:

1) Se xy então 1̀y

2) Se 3 Q então 1dQ

dP

3) Se Q = 17

d

dQentão

III) A derivada de Kx em relação à x é K (onde K é uma constante) ,isto

é:

Se Kxy então Ky ̀

Exemplos:

1) Se xy 3 então 3̀y

2) Se xy 8 então 8` y

3) Se xy então 1` y

4) Se = 3Q + 7 então 3

dQ

d

5) Se 104 PQ então 4d

dQ

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 191

IV) A derivada de nx em relação à x é 1. nxn

Se nxy , então y = 1. nn x

EX.:

1) Se 5xy então 45` xy

2) Se 10xy então 910` xy

3) Se 1000xy então 9991000` xy

4) Se 7xy então 67` xy

5) Se 3xy então 23` xy

6) Se 2xy então xy 2̀

7) Se 35xy então 2` 15y x

8) Se 54xy então 420` xy

9) Se 8103 3 xxy então 109` 2 xy

10) Se = 3Q 2 +5 Q + 7 então 56

QdQ

d

11) Se Q = -3 2 +5 + 7 então 6 5dQ

Pd

4. PROPRIEDADES

4.1) Se uma função é crescente sua derivada é positiva.

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 192

4.2) Se uma função é decrescente sua derivada é negativa.

4.3) Se uma função tem um máximo sua derivada é nula.

4.4) Para calcular o máximo de uma função devemos derivá-la e igualar a

zero.

5. APLICAÇÕES DA DERIVADA À ECONOMIA

Marginal = Derivada

5.1. CUSTO MARGINAL (CMg)

dCTCMg

dQ

Se o CT = Q2 + 10.Q calcule o custo marginal para Q= 10.

5.2. RECEITA MARGINAL (RMg)

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 193

RMg = dQ

dR

Se a RT = Q2 + 10Q, calcule a receita marginal para Q = 10.

6. PRODUTO MARGINAL(PMg)

PMg = dL

d

Se o = L3 +L2 +3L calcule o produto marginal para L =10.

6. DERIVADA PARCIAL

Seja ),( yxf uma função de duas variáveis x e .y

x

f

é a derivada parcial de f em relação a x

y

f

é a derivada parcial de f em relação a y

x

f

= deriva em relação a x e considera y como constante.

y

f

=deriva em relação a y e considera x como constante.

Exemplos:

a) xyyxyxyxf 510),( 32

yxx

f

102

xyy

f

53 2

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Microeconomia

Curso Professor Geraldo Goes Página 194

b) 32),( KLLKQ

LL

Q2

23KK

Q

c) 32 .),( KLLKQ

3.2 KLL

Q

22 .3 LKK

Q