11 n.' 73 diÁrio de minasmemoria.bn.br/pdf/376523/per376523_1866_00073.pdf · curato de st....

4
AJVIVO I TERÇA-FEIRA 11 X>E SETEMBRO I>E 1866. N.' 73 ASSIGNATURA ;' SEU SEttO 1 ATÍNIV isSooo a araü^r;;';,,; wni- DIÁRIO DE MINAS ASSIGNÀ1-,ra CO»SELLO 1 ANXU . lõSÜtil C MEZES . SSUÍ'0 3 BEZES - :'.i'liflll A-S PROPRIEDADE DE J. F. DE PAULA CASTRO, assigaaturas são pagas adiantadas, abrem-se em. qualquer* cila e finalizão-se om março, junlio .Z'¦«;....-¦.:¦-. >:X.isetembro e dezembro. Séaaét -serate fptrtíj n. Z. Âceitao-se e imprimem-se quaesquer artigos escriptos em termos decentes., e o preço tanto destes, como dos annuncios será o que se convencionar. Nao se fará restituição dos artigos que sejso remettidos á typographia. Números avulsos vendem-se a 160 rs. PARTE OFFICIAL. .GOVERNO PROVINCIAL. Secretaria da 3Presideri-| ' . ' cia. . REQUERIMENTOS DESPACHADOS NO CORRENTE MEZ. , y „!.,•!:¦::..;:..- . :. DlA 6. -Francisco José Bernardes, tenente coronel do 35.° batalhão de guardas nacionaes de Santo An- torno do Monte, pedindo exoneração do referido posto.— Senado, volte por intermédio do sr. com- mandante superior. Rita Vieira da Silva, pedindo para se lhe man- dar pagar a consignação mensal de 8_90()0 que lhe deixou sen marido do corpo, policial, -.Ap srr inspecfor da tbespuraria prpvincial.. _ Carlos Evapgelista de Souza, guarda nacional, pedindo' ser conservado no corpo da reserva, e no seu posto de caliò esrjuadra.—Informe p sr. presidente do conselhode revista da guarda nacional do município déS, João d'El-Rei. José Fernandes de Souza, i.° escripturano da thesouraria de fazenda, pedindo três mezes de licença para tratar de saà saúde.—Concedo a lir cença requerida.."¦¦ -¦'¦'-¦ ¦¦¦<;: --'- ' - ' ^^,- :' - * _ n.jitãx i.- . . .;i»ortaírlas. .0vice-presidenteda.província, conformando- se com a proposta do inspector municipal desta, capital, datada de honténr, resolve nomear p «idadão Raudolpho José Ferreira Bretas para re:- ger provisoriamente a cadeira de latim. •¦ _ Palácio da presidência da provincia de Minas . ííeraes, * de setembro de 1866.—Joaquim Jos# PS SjLliT^ABriA, ' ',.;;;:•....-. -"-.-r-iti EXTRACTO DO EXPEDIENTE DO MEZ DE AGOSTO DE 1866, dia 21. —Ao juiz de paz mais -votado da parochia da villa do' Jaouhy: x Gom quanto a lei n. 4:190 de 186A no-art, 15 annéxasse a essa villa o cura to de St. Ritta de Cássia., todayia:postejmosdo art. do der qraton, i;08ftda. ,jl§. de, agpstp de 1860. con- tinuou a fazer parte da freguezia de Pores do Atterrado, d'onde foi desmembrado, por perten- " çer"èsta ao collegio eleitoral da cidade de Pas-? sos. : Cumpre, portanto, que os votantes do dito curato de St. Ritta de Cássia, que hoje consti- tue a nova parochia do* mesmo-nome, creada pela lei provincial n. 1:271 de 2 de janeiro do corrente anno , sejâo eliminados da lista de qua- lificaçao da parochia d'essa villa, que acompa- nhou por .copia o officio de vmc. datado de 27 de julho ultimo, o qual fica assim respondido.» —Ao ministério da guerra: « O presidente da provincia de Goyaz em offi- ciei datado de 17 de julho pp., junto por copia, faz ver a esta presidência que nos lugares de- nominados Bahus, Coxim e outros circumvisi- nhos ha grande abundância de viveres, que para alli afnuem constantemente, e que são mui- to minguados os meios de transporte para os levarem ás forças que presentemente se achão á margem do Rio Negro, em consrquencia da peste que dizima os animaes, e vão escasseando cada vez mais; e nestes termos solicita desta pre- sidencia a remessa de 300 bestas de carga com- petentemente arreaidas. Submettendo á consideração de v. exc. este pedido, rogo se digne deliberar com urgência como entender acertado, cabendo-me acerescen- tar que nesta data fiz annunciar a concurrencia em hasta publica para o fornecimento desses animaes; e quando v. exc. o approve, espero se dignará habilitar-me com os precisos meios pa- ra seu transporte desta para aquella provincia. » —Ao coronel commandante superior da guar- da nacional dos municípios de Lavras, e Três Pontas: « Remetto a v. s , em resposta ao seo officio de 28 de julho ultimo, mais dous modelos se- melhantes aos que lhe forão enviados com a circular desta presidência de 19 do mesmo mez. » —Ao coronel comandante superior da guarda nacional dos municípios de' Montes Claros e Guaicuhy; « Respondendo ao officio do 1.° do corrente, em que v. s. fez ver que não se reunião nas pa- rochias do districto d'esse commando superior os conselhos de qualificação de guardas nacionaes, cujos trabalhos deverião começar na 3.* domin- ga do mez de maio, como se acha expressamen- te determinado pelo art. 9 do decreto n. 1:130 12 de março de 1853; tenho a declarar-lhe que nos termos do- mesmo artigo á v. s. com- peto nomear os membros dos conselhos, _e expe dir os necessários avisos para a respectiva reu nião, sendo para esse fim afincados os editaes com antecipação de 8 dias.' » —Ao inspector da thesouraria de fazenda: « Em resposta ao officio, que v. s. dirigio- me com data de 17 do corrente sob n. 183, declaro-lhe que deve também enviar-me copias das relações, que acompanharão os pareceres da commissão, que avaliou os objectos, de que tra- ta o dito officio. » —A' repartição de obras publicas: « Pode y. s, designar um dos engenheiros, afim de proceder ao exame na estrada da corte. TOM11T11 I>o üiarló Minas do dia XI de Setembro. (*) '¦'* ! OMA GAÇADjV de pombos, EPISÓDIO DAS IJIPRBSSÕES - Fizemos uma soberba caçada. Devo'dizer em hò-i menagem á verdade que o sr. de Beauoianoir fira uni excelleiite atirador. A's quatro, horas voltamos. O condo do iillaforte o maderooiséllo Zeferina 'ainda nSo tinham chegado. ¦¦¦• .¦'....¦¦• Subi. ao quarto para . Drepararruie para o jantar. Más como bastavam-me somente duas horas pára o meo - toilette , tomei, o rabecão e tirei alguns accordes. Era um excellonte instrumento, e .fiquei cada vez mais resolvido a nao abandonal-o. À,'s'"'cinco'horas"e niéiá desci para o salBo. Era ou o primeiro. Um instante depois o conde de Vil- laforto o mademoisello Zeferina apresentaram-so. . -^-Ora pois," mèò-caro Louet, disse-me mademüiselle Zelerina, passas tes agra da velmonte o dia? •Tr^Bm' duvida,., mademoiselle, respondi eu: e vós? —Ohl diverti-me á grande; os arredores de An- ticoli sao encantadores.. -r^Capitao! disse: o-sub-rtenanta. ahrindo-a.porta. —Quem.jne;.trata de .capitão^, Aqui. eu nao sou capitão, meo caro Beaumanoir, sou'o conde Villa- forte: "'"".- ' - i-Capitao! - tornou o sub-tononte , é para negocio serio; peço-vos uma palavra. —Desculpai-me , minha,querida amiga; desculpai- me, sr. Louet; irias , >ós' bem òsâbéis'-, ós negócios antes ¦ tudo. " O Vide o n. 70 WSÈ x-. ¦ ¦. ¦ .-¦.¦ —A' vontade, sr, conde ,. á vontade. O capitão sábio. Acompanhei-o com os olhos até que a porta se fechasse; depois, quando estava bem certo de que elle nao podia mais ouvir-me: -^.Vi o.sr. Ernesto, disse eu a mademoisellc Ze- ferina. . p-Quando foi? —Hoje.' —Ah! aquelle querido Ernesto seguio-nos sem du- vida de estalagem em estalagem. —E" provável, ou então é necessário suppol-o fei- ticeiro. '•¦' —^Nao vos deo algum recado para mim ? ::=T7-Dis86Tine. que-amanha térieis noticias suas. ,-M)h! que fortuna , sr.. Louet! elle vem libertar-nos --::—Mas; mademoiselle, disse-lho eu-, como é que vos achais nesta sociedade, se a desprezais assim ? Da mesma forma por que lambem vos achais nella. —Porem eu fui para- aqui trazido, á força. —E eu, julgais- que para aqui viesse voluntária- mente? - .^-.Este bandido de capitão...^ Vio-me . dansar no theatro de Bolonha , apaixo- nou-se por. \ mim e * íurtou-me.. —Mas então este homem é um- atheo , que não res- -peita-: nem as i dansarinas '.nem os rabequistas 1 —E o quo.mais me:.penalisa em tudo isto, é que o meo.pobre Ernesto terá sem duvida acreditado que eu partira com um cardeal , porque nessa occasiao um cardeal;me fazia a corte. - ¦¦-•• —Ohl... —Silencio! eis Tonino que . volta. , ^r-Entao! disse Zèferiria correndo para elle, então, que temos de novo? Ohl que semblante! sao pois más as noticias?.. t '; .—Nao sSo nada boas. '•--J5 vem do: boa fonte? perguntou Zeferina com uma inquietação que desta vez era real. —Da melhor fonte que é possivel; vem de ura de nossos amigos que é empregado da policia. - ' —^Que dizem ellas. Deos bom? -—Nada de positivo; sabe-se apenas que trama alguma cousa contra .nós: fornos seguidos de Chian- ciano até Õsteria Barberini. S6 nos perderam a pista atraz do monto Gennaro. Supponho. minha filha, que nos será preciso renunciar a ir amanha ao theatro ãéifa'Fo«e:. ...'::';.;;"; ,"'.'. '--"'v":" Fica assim respondido o seu officio de hoje. » —A' thesouraria provincial: <c Mande v. s. pôr em hasta publica o con- tracte com quem offerecer condições mais vanta- josas a fazenda, os concertos de que necessita a cadeia de S. João d'El-Rei, efiectuando se a despeza pelo § 3." titulo 14 da lei n.' 1:267, como v. s. propõe era seo officio n. 473 de 18 deste mez. —Ao dr. chefe de policia: « Trausraitto a v. s. para seo conhecimento e execução a inclusa copia do aviso do minis- terio dos negócios da marinha, datado de 10 do corrente mez, acerca do recrutamento, acquisi- ção de menores para as companhias de aprendi- zes marinheiros, o dos voluntários que for pos- sivel coutractar-se. » —Ao ministério da justiça: « Tenho a honra de passar ás mãos de v. exc. a inclusa copia do officio que ao dr. chefe de po- licia desta provincia dirigio o delegado do termo da cidade de Caethé, solicitando augmenlo de vencimentos para o carcereiro da cadeia da dita cidade, visto como não é possivel o actual cun- tinuar a exercer o emprego com o diminuto or- denado annual de 60#000 rs. Informando, como me cumpre, devo dizer a v. exc. que acho justa a exigência do referido delegado; entretanto v. (exc. resolverá, como melhor entender. dia 22. —Circular as câmaras municipaes: «Approximando-se o dia 4 de novembro mar cado pelo art. 40 da lei n. 387 de 19 de agos- to de 1846 para a eleição de eleitores geraes, recommendo a vmcs. que expeção nesse sen- tido as necessárias ordens aos juizesde paz mais votados das parochias d'esse município, afim de que as convocações sejãp feitas sem preterição dos prazos marcados na lei citada. » —Ao ministério da justiça: « Tenho a honra de passar,ás mãos_de v. exc. os mappas dos trabalhos da promotoria pu- blica da comarca do Rio Grande durante os me- zes de junho e julho últimos. » —Circular aos commandantes superiores: « Para que esta presidência possa satisfazer a exigência do ministério da guerra constante do aviso de lido corrente, cumpre que v. s. re- metta á mesma presidência até o dia 15 de no- vembro p. f. uma relaçiío dos indivíduos que mais se distinguirão na organisação dos corpos de voluntários, e na remessa de contingentes da guarda nacional, com declaração do numero de voluntários e guardas por elles apresentados ou reunidos. O que lhes hei por muito recommen- dado. » —Circular aos commandantes superiores: « Communico a v. s., para sua intelligencia e devida execução, que todas as praças da guarda nacional sob seu commando superior, que, depois de designadas para o serviço da guerra, desertarão, e so achão nas circunstan- cias de ser indultadas em virtude do decreto do de maio d'este anno, devem segundo a recommendação que faz o ministério da guerra em aviso de 14 do corrente assentar praça e se- guir para o 1." corpo de exercito em operações fora do império contra o Paraguay. » —Circular aos juizes municipaes: « Para cumprimento do aviso do ministério dos negócios da justiça, de 13 do corrente mez, remrlto á vmc. para sua intelligencia e devida execução ura exemplar das instrucçoes expedi- ¦'as em 3 de janeiro d'este anno pelo da guerra sobre a organisação dos depósitos de aprendizes artilheiros, e por esta occasiao recommendo-lhe que remetta para esla capital, afim de seguirem o conveniente destino, os orphãos desvalidos de 12 annos para cima existentes n'esse termo, » —A' thesouraria de fazenda: <t Approvo o contracto feito com o cidadão Francisco Luiz da Costa para o acerescimo de obra que se verificou no prédio onde funeciona a repartição da policia, Gcando reduzido a um mez o prazo marcado para a conclusão da dita obra: o que declaro a v. s. em resposta ao seu officio de 21 do corrente mez. » —A' repartição das obras publicas: « Transmittó a v. s. para seo conhecimento copia do contracto celebrado com o cidadão Francisco Luiz da Costa para o acerescimo de obra que se verificou no prédio onde trabalha a repartição da policia, ficando reduzido a um mez o prazo estipulado para a conclusão na dila obra. » —Ao inspector municipal de Pouso Alegre: « Em resposta a seo officio de 24 do mez passado cabe-me dizer-lhe que o professor do Desemboque, Antônio Augusto de Oliveira Fran- co, removido para a escola de 1.** letras dessa cidade, pedio e obteve por despacho de 3 daquel- le mez prorogação por mais três mezes do pra- so que lhe foi marcado para entrar em exercício, e que por isso não se pode considerar vaga a escola, mas para que o publico não soffra a pri- vação do ensino por tanto tempo, nesta data no- meio o cidadão proposto por vmc. para reger a escola, em quanto não comparecer o proprieta- rio. » —Ao inspector municipal de Caldas: « Devolvendo o officio que dirigio-me o pro- fessor particular de instrucçao primaria João Pereira Amarante, tenho a recommendar-lhe que exerça sobre elle a fiscalisaçâo que a lei re- commenda, dando-me conta do que houver a respeito de seu comportamento como instituidor da mocidade, advertindo-o de que, quando se quizer dirigir ao governo para pedir qualquer graça, deve fazer por petição sellada.como o quer a lei. o —Mas eu espero, capitüo , que isto nüo nos impe- dirá do jantar? —Olhai, ois-ahi a resposta, disse-me o capitão. —S. exc. está servido, disse, um lacaio abrindo a porta. Entrando na sala do jantar notei que o capitão e o sub-tenente tinham ambos um par de pistolas perto do prato; alem disso, todas as vezes que se abria a porta de serviço, viamos na ante-cambra dous ban- didos com a clavina no braço. A cêa foi silenciosa, como era fácil prevel-o; en- tretanto passou-so sem accidente. Eu sentia instineti- vãmente que nos approximavamos da catastrophe, e nao podia vel-a chegar sem inquietação. Depois da cia, o capitão collocou sentinellas por toda a parte. :—Minha pequena Rina. disse elle, peço-te perdão por te nSó poder fazer companhia; mas é preciso quo eu vele em nossa segurança.; Será bom que te deites vestida, porque pode bem ser que sejamos accommetti- dos durante a noite, e nesse caso eu estimaria aebar-te prompta, afim de que seja possivel conduzir-to a um logar seguro. —1Farei tudo o que quizeres, respondeu mademoiselle Zeferina.' —E vós, sr. Louet, peço-vos que tomeis as mes- mas precauções. æ—Sr. conde, estou ás vossas ordens. —Agora, minha pequena Zeferina, se queres deixar- nos esta câmara, temos de tomar aqui algumas pe- quenas disposições que nao comportao a presença de uma senhora. —Subo immediatamente para a minha câmara, res- pondep mademoiselle Zeferina. —E eu também', exclamei. O capitüo approximou^-se de uma campainha. —Tudo vai bem, sr. Louet. disse mademoisello es- fregando as mãos. Tudo vai mal, mademoiselle Zeferina, respondi eu sacódindo a cabeçár —Conduzi o sr. o mademoiselle cada um para sua câmara, disse o capitão em italiano. Depois acresceu- toú em voz baixa algumas palavras que nSo pôde- mos ouvir. æ—Espero que tudo isto nSo passe de um falso alarma, disse mademoiselle Zeferina. Hum. ..nao sei porque, disse o capitão, mas tenho máos presentimentos... Se me sobrar um instante. Zeferina, irei ver-te. Boa noite, sr. Louet. —Boa noite, capitão, disse eu sahindo. Mademoiselle Zeferina ficara um pouco atraz. En- tretanto, quando eu tinha subido os dez primeiros degráos, vi-a apparecer. Parei para - esperal-a, mas o bandido que me conduzia, empurrou-me pelas costas. . Entrei rio meo quarto; o bandido deixou-me a luz e sahio. Quando elle se retirava, fechou a porta com duas voltas. —Hum! hum! disse comigo, parece que estou preso. O que havia de melhor a fazer, era lançar-me sobre o leito, e foi o que fiz. Sr. Dumas, passei muitas horas em reflexões bem tristes; pouco a pouco, porem, as minhas idéas tornarão- se indistinetas. Apenas de quando cm quando eu estremecia e arregalava os olhos; ernfitn. sr. Dumas, á força de abril-os, fecbei-os por uma vez e adormeci. NSo sei desde que tempo dormia, quando senti que entravão no meu quarto e sacodiSo-me o braço. —Súbito! súbito', disse-me uma voz. ^—Que temos, sr.? perguntei asseotando-me sobre o leito. —.Von niente, ma bisogna seguir mi. Gomprehcndi pouco mais on menos que o homem ordenava-me que o seguisse. —E para onde devo seguir-vos? perguntei. —.Vou capisco, aranti.- acanti —-Eis-me aqui, sr. ,"eis-me aqui; que diabo! n5o pe- gou fogo na casa, creio eu. —-trailíí, acanti. —PerdSo, meu amigo, mas nSo posso deixar aqui o meo rabecão; n3o dezejo que aconteça alguma desgra- ça á este instrumento. Creio que nSo me é prohibido le- var o meu rabecão. . O bandido me fez signal de que não era, mas que urgia despachar-me. Tomei o rabecão ás costas, e disse-lho que estava prompto a seguü-o. Então elle passou adiante, fez-me atravessar muitos corredores, depois descer uma pequena escada, abriu finalmente uma porta e nós nos achamos no parque: co- meçava a amanhecer. fCon(inúa), 'i-Vrajíl':'.:-]: .:?:': '-¦ -¦-':'¦'¦¦i:

Upload: others

Post on 28-Sep-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 11 N.' 73 DIÁRIO DE MINASmemoria.bn.br/pdf/376523/per376523_1866_00073.pdf · curato de St. Ritta de Cássia, que hoje consti-tue a nova parochia do* mesmo-nome, creada pela lei

AJVIVO I TERÇA-FEIRA 11 X>E SETEMBRO I>E 1866. N.' 73

ASSIGNATURA;' SEU SEttO

1 ATÍNIV isSooo

a araü^r;;';,,; wni- DIÁRIO DE MINAS ASSIGNÀ1-,ra

CO» SELLO

1 ANXU . lõSÜtil

C MEZES . SSUÍ'0

3 BEZES - :'.i'liflll

A-S

PROPRIEDADE DE J. F. DE PAULA CASTRO,assigaaturas são pagas adiantadas, abrem-se em. qualquer* cila e finalizão-se om março, junlio

.Z'¦«;....-¦.:¦-. >:X.i setembro e dezembro.

Séaaét-serate fptrtíj n. Z.Âceitao-se e imprimem-se quaesquer artigos escriptos em termos decentes., e o preço tanto destes, como dos annuncios será o que se convencionar. Nao se fará restituição dos artigos

que sejso remettidos á typographia. Números avulsos vendem-se a 160 rs.

PARTE OFFICIAL..GOVERNO PROVINCIAL.

Secretaria da 3Presideri-|' .

' cia. .

REQUERIMENTOS DESPACHADOS NOCORRENTE MEZ.

, y „!.,•!:¦::..;:..- . :. DlA 6.

-Francisco José Bernardes, tenente coronel do35.° batalhão de guardas nacionaes de Santo An-torno do Monte, pedindo exoneração do referidoposto.— Senado, volte por intermédio do sr. com-mandante superior.

Rita Vieira da Silva, pedindo para se lhe man-dar pagar a consignação mensal de 8_90()0 quelhe deixou sen marido do corpo, policial, -.Apsrr inspecfor da tbespuraria prpvincial.. _

Carlos Evapgelista de Souza, guarda nacional,pedindo' ser conservado no corpo da reserva, eno seu posto de caliò dé esrjuadra.—Informe psr. presidente do conselhode revista da guardanacional do município déS, João d'El-Rei.

José Fernandes de Souza, i.° escripturano dathesouraria de fazenda, pedindo três mezes delicença para tratar de saà saúde.—Concedo a lircença requerida. ."¦¦ -¦'¦'-¦

¦¦¦<;: --'- ' -¦ - ' •

^^,-

:' - *

_

n.jitãx i.- . . .;i»ortaírlas. •

.0vice-presidenteda.província, conformando-se com a proposta do inspector municipal desta,capital, datada de honténr, resolve nomear p«idadão Raudolpho José Ferreira Bretas para re:-ger provisoriamente a cadeira de latim. •¦ _

Palácio da presidência da provincia de Minas. ííeraes, * de setembro de 1866.—Joaquim Jos#

PS SjLliT^ABriA, ' ',.;;;:•. ...-. -"-.-r-iti

EXTRACTO DO EXPEDIENTE DO MEZDE AGOSTO DE 1866,

dia 21.—Ao juiz de paz mais -votado da parochia da

villa do' Jaouhy:x Gom quanto a lei n. 4:190 de 186A no-art,

15 annéxasse a essa villa o cura to de St. Rittade Cássia., todayia:postejmosdo art. 2° do derqraton, i;08ftda. ,jl§. de, agpstp de 1860. con-tinuou a fazer parte da freguezia de Pores doAtterrado, d'onde foi desmembrado, por perten-" çer"èsta ao collegio eleitoral da cidade de Pas-?sos. :

Cumpre, portanto, que os votantes do ditocurato de St. Ritta de Cássia, que hoje consti-tue a nova parochia do* mesmo-nome, creada

pela lei provincial n. 1:271 de 2 de janeiro docorrente anno , sejâo eliminados da lista de qua-lificaçao da parochia d'essa villa, que acompa-nhou por .copia o officio de vmc. datado de 27de julho ultimo, o qual fica assim respondido.»

—Ao ministério da guerra:« O presidente da provincia de Goyaz em offi-

ciei datado de 17 de julho pp., junto por copia,faz ver a esta presidência que nos lugares de-nominados Bahus, Coxim e outros circumvisi-nhos ha grande abundância de viveres, quepara alli afnuem constantemente, e que são mui-to minguados os meios de transporte para oslevarem ás forças que presentemente se achãoá margem do Rio Negro, em consrquencia dapeste que dizima os animaes, e vão escasseandocada vez mais; e nestes termos solicita desta pre-sidencia a remessa de 300 bestas de carga com-petentemente arreaidas.

Submettendo á consideração de v. exc. estepedido, rogo se digne deliberar com urgênciacomo entender acertado, cabendo-me acerescen-tar que nesta data fiz annunciar a concurrenciaem hasta publica para o fornecimento dessesanimaes; e quando v. exc. o approve, espero sedignará habilitar-me com os precisos meios pa-ra seu transporte desta para aquella provincia. »

—Ao coronel commandante superior da guar-da nacional dos municípios de Lavras, e TrêsPontas:

« Remetto a v. s , em resposta ao seo officiode 28 de julho ultimo, mais dous modelos se-melhantes aos que lhe forão enviados com acircular desta presidência de 19 do mesmomez. »

—Ao coronel comandante superior da guardanacional dos municípios de' Montes Claros eGuaicuhy;

« Respondendo ao officio do 1.° do corrente,em que v. s. fez ver que não se reunião nas pa-rochias do districto d'esse commando superior osconselhos de qualificação de guardas nacionaes,cujos trabalhos deverião começar na 3.* domin-ga do mez de maio, como se acha expressamen-te determinado pelo art. 9 do decreto n. 1:130dè 12 de março de 1853; tenho a declarar-lheque nos termos do- mesmo artigo á v. s. com-peto nomear os membros dos conselhos, _e expedir os necessários avisos para a respectiva reunião, sendo para esse fim afincados os editaescom antecipação de 8 dias.' »

—Ao inspector da thesouraria de fazenda:« Em resposta ao officio, que v. s. dirigio-

me com data de 17 do corrente sob n. 183,declaro-lhe que deve também enviar-me copiasdas relações, que acompanharão os pareceres dacommissão, que avaliou os objectos, de que tra-ta o dito officio. »

—A' repartição de obras publicas:« Pode y. s, designar um dos engenheiros,

afim de proceder ao exame na estrada da corte.

TOM11T11I>o üiarló dè Minas do dia XI de

Setembro. (*) '¦'*

! OMA GAÇADjV de pombos,EPISÓDIO DAS IJIPRBSSÕES

- Fizemos uma soberba caçada. Devo'dizer em hò-imenagem á verdade que o sr. de Beauoianoir firauni excelleiite atirador. A's quatro, horas voltamos. Ocondo do iillaforte o maderooiséllo Zeferina

'ainda nSo

tinham chegado. ¦¦ ¦• .¦' ....¦¦•Subi. ao quarto para . Drepararruie para o jantar.

Más como bastavam-me somente duas horas pára omeo - toilette , tomei, o rabecão e tirei alguns accordes.Era um excellonte instrumento, e .fiquei cada vezmais resolvido a nao abandonal-o.

À,'s'"'cinco'horas"e niéiá desci para o salBo. Eraou o primeiro. Um instante depois o conde de Vil-laforto o mademoisello Zeferina apresentaram-so.

. -^-Ora pois," mèò-caro Louet, disse-me mademüiselleZelerina, passas tes agra da velmonte o dia?

•Tr^Bm' duvida,., mademoiselle, respondi eu: e vós?—Ohl diverti-me á grande; os arredores de An-ticoli sao encantadores..-r^Capitao! disse: o-sub-rtenanta. ahrindo-a.porta.—Quem.jne;.trata de .capitão^, Aqui. eu nao sou

capitão, meo caro Beaumanoir, sou'o conde dè Villa-forte: "'"" .- '

- i-Capitao! - tornou o sub-tononte , é para negocioserio; peço-vos uma palavra.—Desculpai-me , minha,querida amiga; desculpai-

me, sr. Louet; irias , >ós' bem òsâbéis'-, ós negóciosantes ¦ d© tudo.

" O Vide o n. 70

WSÈ x-. ¦ ¦. ¦ .-¦.¦

—A' vontade, sr, conde ,. á vontade.O capitão sábio. Acompanhei-o com os olhos até

que a porta se fechasse; depois, quando estava bem certode que elle nao podia mais ouvir-me:

-^.Vi o.sr. Ernesto, disse eu a mademoisellc Ze-ferina.

. • p-Quando foi?—Hoje.'—Ah! aquelle querido Ernesto seguio-nos sem du-

vida de estalagem em estalagem.—E" provável, ou então é necessário suppol-o fei-

ticeiro. '•¦'

—^Nao vos deo algum recado para mim ?::=T7-Dis86Tine. que-amanha térieis noticias suas.,-M)h! que fortuna , sr.. Louet! elle vem libertar-nos

--::—Mas; mademoiselle, disse-lho eu-, como é que vosachais nesta sociedade, se a desprezais assim ?

— Da mesma forma por que lambem vos achais nella.—Porem eu fui para- aqui trazido, á força.—E eu, julgais- que para aqui viesse voluntária-

mente? -.^-.Este bandido de capitão... ^

Vio-me . dansar no theatro de Bolonha , apaixo-nou-se por. \ mim e * íurtou-me.. •

—Mas então este homem é um- atheo , que não res--peita-: nem as i dansarinas '.nem os rabequistas 1

—E o quo.mais me:.penalisa em tudo isto, é queo meo.pobre Ernesto terá sem duvida acreditado queeu partira com um cardeal , porque nessa occasiaoum cardeal;me fazia a corte. - ¦¦-••

—Ohl...—Silencio! eis Tonino que . volta. ,^r-Entao! disse Zèferiria correndo para elle, então,

que temos de novo? Ohl que semblante! sao poismás as noticias? .. t ';

.—Nao sSo nada boas.'•--J5 vem do: boa fonte? perguntou Zeferina com

uma inquietação que desta vez era real.—Da melhor fonte que é possivel; vem de ura de

nossos amigos que é empregado da policia. -' —^Que dizem ellas. Deos bom?

-—Nada de positivo; sabe-se apenas que sè tramaalguma cousa contra .nós: fornos seguidos de Chian-ciano até Õsteria Barberini. S6 nos perderam a pistaatraz do monto Gennaro. Supponho. minha filha, quenos será preciso renunciar a ir amanha ao theatroãéifa'Fo«e:. ...'::';.;;"; ,"'.'.

'--"'v":"

Fica assim respondido o seu officio de hoje. »—A' thesouraria provincial:<c Mande v. s. pôr em hasta publica o con-

tracte com quem offerecer condições mais vanta-josas a fazenda, os concertos de que necessitaa cadeia de S. João d'El-Rei, efiectuando sea despeza pelo § 3." titulo 14 da lei n.' 1:267,como v. s. propõe era seo officio n. 473 de 18deste mez.

—Ao dr. chefe de policia:« Trausraitto a v. s. para seo conhecimentoe execução a inclusa copia do aviso do minis-terio dos negócios da marinha, datado de 10 docorrente mez, acerca do recrutamento, acquisi-ção de menores para as companhias de aprendi-zes marinheiros, o dos voluntários que for pos-sivel coutractar-se. »

—Ao ministério da justiça:« Tenho a honra de passar ás mãos de v. exc.

a inclusa copia do officio que ao dr. chefe de po-licia desta provincia dirigio o delegado do termoda cidade de Caethé, solicitando augmenlo devencimentos para o carcereiro da cadeia da ditacidade, visto como não é possivel o actual cun-tinuar a exercer o emprego com o diminuto or-denado annual de 60#000 rs.

Informando, como me cumpre, devo dizer av. exc. que acho justa a exigência do referidodelegado; entretanto v. (exc. resolverá, comomelhor entender.

dia 22.—Circular as câmaras municipaes:«Approximando-se o dia 4 de novembro mar

cado pelo art. 40 da lei n. 387 de 19 de agos-to de 1846 para a eleição de eleitores geraes,recommendo a vmcs. que expeção nesse sen-tido as necessárias ordens aos juizesde paz maisvotados das parochias d'esse município, afim deque as convocações sejãp feitas sem preteriçãodos prazos marcados na lei citada. »

—Ao ministério da justiça:« Tenho a honra de passar,ás mãos_de v.

exc. os mappas dos trabalhos da promotoria pu-blica da comarca do Rio Grande durante os me-zes de junho e julho últimos. »

—Circular aos commandantes superiores:« Para que esta presidência possa satisfazer a

exigência do ministério da guerra constante doaviso de lido corrente, cumpre que v. s. re-metta á mesma presidência até o dia 15 de no-vembro p. f. uma relaçiío dos indivíduos quemais se distinguirão na organisação dos corposde voluntários, e na remessa de contingentes daguarda nacional, com declaração do numero devoluntários e guardas por elles apresentados oureunidos. O que lhes hei por muito recommen-dado. »

—Circular aos commandantes superiores:« Communico a v. s., para sua intelligencia

e devida execução, que todas as praças da

guarda nacional sob seu commando superior,que, depois de designadas para o serviço daguerra, desertarão, e so achão nas circunstan-cias de ser indultadas em virtude do decretodo 1° de maio d'este anno, devem segundo arecommendação que faz o ministério da guerraem aviso de 14 do corrente assentar praça e se-guir para o 1." corpo de exercito em operaçõesfora do império contra o Paraguay. »

—Circular aos juizes municipaes:« Para cumprimento do aviso do ministério

dos negócios da justiça, de 13 do corrente mez,remrlto á vmc. para sua intelligencia e devidaexecução ura exemplar das instrucçoes expedi-¦'as em 3 de janeiro d'este anno pelo da guerrasobre a organisação dos depósitos de aprendizesartilheiros, e por esta occasiao recommendo-lheque remetta para esla capital, afim de seguiremo conveniente destino, os orphãos desvalidos de12 annos para cima existentes n'esse termo, »

—A' thesouraria de fazenda:<t Approvo o contracto feito com o cidadão

Francisco Luiz da Costa para o acerescimo deobra que se verificou no prédio onde funeciona arepartição da policia, Gcando reduzido a um mezo prazo marcado para a conclusão da dita obra:o que declaro a v. s. em resposta ao seu officiode 21 do corrente mez. »

—A' repartição das obras publicas:« Transmittó a v. s. para seo conhecimento

copia do contracto celebrado com o cidadãoFrancisco Luiz da Costa para o acerescimo deobra que se verificou no prédio onde trabalha arepartição da policia, ficando reduzido a um mezo prazo estipulado para a conclusão na dilaobra. »

—Ao inspector municipal de Pouso Alegre:« Em resposta a seo officio de 24 do mez

passado cabe-me dizer-lhe que o professor doDesemboque, Antônio Augusto de Oliveira Fran-co, removido para a escola de 1.** letras dessacidade, pedio e obteve por despacho de 3 daquel-le mez prorogação por mais três mezes do pra-so que lhe foi marcado para entrar em exercício,e que por isso não se pode considerar vaga aescola, mas para que o publico não soffra a pri-vação do ensino por tanto tempo, nesta data no-meio o cidadão proposto por vmc. para reger aescola, em quanto não comparecer o proprieta-rio. »

—Ao inspector municipal de Caldas:« Devolvendo o officio que dirigio-me o pro-

fessor particular de instrucçao primaria JoãoPereira Amarante, tenho a recommendar-lhe queexerça sobre elle a fiscalisaçâo que a lei re-commenda, dando-me conta do que houver arespeito de seu comportamento como instituidorda mocidade, advertindo-o de que, quando sequizer dirigir ao governo para pedir qualquergraça, deve fazer por petição sellada.como o quera lei. o

—Mas eu espero, capitüo , que isto nüo nos impe-dirá do jantar?—Olhai, ois-ahi a resposta, disse-me o capitão.

—S. exc. está servido, disse, um lacaio abrindo aporta.

Entrando na sala do jantar notei que o capitãoe o sub-tenente tinham ambos um par de pistolas pertodo prato; alem disso, todas as vezes que se abriaa porta de serviço, viamos na ante-cambra dous ban-didos com a clavina no braço.

A cêa foi silenciosa, como era fácil prevel-o; en-tretanto passou-so sem accidente. Eu sentia instineti-vãmente que nos approximavamos da catastrophe, enao podia vel-a chegar sem inquietação.

Depois da cia, o capitão collocou sentinellas portoda a parte.

:—Minha pequena Rina. disse elle, peço-te perdãopor te nSó poder fazer companhia; mas é preciso quoeu vele em nossa segurança.; Será bom que te deitesvestida, porque pode bem ser que sejamos accommetti-dos durante a noite, e nesse caso eu estimaria aebar-teprompta, afim de que seja possivel conduzir-to a umlogar seguro.

—1Farei tudo o que quizeres, respondeu mademoiselleZeferina.'

—E vós, sr. Louet, peço-vos que tomeis as mes-mas precauções.—Sr. conde, estou ás vossas ordens.

—Agora, minha pequena Zeferina, se queres deixar-nos esta câmara, temos de tomar aqui algumas pe-quenas disposições que nao comportao a presença deuma senhora.

—Subo immediatamente para a minha câmara, res-pondep mademoiselle Zeferina.

—E eu também', exclamei.O capitüo approximou^-se de uma campainha.—Tudo vai bem, sr. Louet. disse mademoisello es-

fregando as mãos.Tudo vai mal, mademoiselle Zeferina, respondi eu

sacódindo a cabeçár—Conduzi o sr. o mademoiselle cada um para sua

câmara, disse o capitão em italiano. Depois acresceu-toú em voz baixa algumas palavras que nSo pôde-mos ouvir.

—Espero que tudo isto nSo passe de um falso alarma,disse mademoiselle Zeferina.

Hum. ..nao sei porque, disse o capitão, mas tenho

máos presentimentos... Se me sobrar um instante.Zeferina, irei ver-te. Boa noite, sr. Louet.

—Boa noite, capitão, disse eu sahindo.Mademoiselle Zeferina ficara um pouco atraz. En-

tretanto, quando eu já tinha subido os dez primeirosdegráos, vi-a apparecer. Parei para - esperal-a, mas obandido que me conduzia, empurrou-me pelas costas.

. Entrei rio meo quarto; o bandido deixou-me a luze sahio. Quando elle se retirava, fechou a porta comduas voltas.

—Hum! hum! disse comigo, parece que estou preso.O que havia de melhor a fazer, era lançar-me sobre o

leito, e foi o que fiz.Sr. Dumas, passei muitas horas em reflexões bem

tristes; pouco a pouco, porem, as minhas idéas tornarão-se indistinetas. Apenas de quando cm quando euestremecia e arregalava os olhos; ernfitn. sr. Dumas,á força de abril-os, fecbei-os por uma vez e adormeci.

NSo sei desde que tempo dormia, quando senti queentravão no meu quarto e sacodiSo-me o braço.

—Súbito! súbito', disse-me uma voz.^—Que temos, sr.? perguntei asseotando-me sobre o

leito.—.Von cê niente, ma bisogna seguir mi.Gomprehcndi pouco mais on menos que o homem

ordenava-me que o seguisse.—E para onde devo seguir-vos? perguntei.—.Vou capisco, aranti.- acanti—-Eis-me aqui, sr. ,"eis-me aqui; que diabo! n5o pe-

gou fogo na casa, creio eu.—-trailíí, acanti.—PerdSo, meu amigo, mas nSo posso deixar aqui o

meo rabecão; n3o dezejo que aconteça alguma desgra-ça á este instrumento. Creio que nSo me é prohibido le-var o meu rabecão. .

O bandido me fez signal de que não era, mas queurgia despachar-me.

Tomei o rabecão ás costas, e disse-lho que estavaprompto a seguü-o.

Então elle passou adiante, fez-me atravessar muitoscorredores, depois descer uma pequena escada, abriufinalmente uma porta e nós nos achamos no parque: co-meçava a amanhecer.

fCon(inúa),

'i-Vrajíl':'.:-]: .:?:': '-¦ '¦ -¦-':'¦'¦¦i:

Page 2: 11 N.' 73 DIÁRIO DE MINASmemoria.bn.br/pdf/376523/per376523_1866_00073.pdf · curato de St. Ritta de Cássia, que hoje consti-tue a nova parochia do* mesmo-nome, creada pela lei

DIÁRIO DE MINAS

S—Ao iirfpeclor municipal do Grão-Mogol:i. Ituspondo a seo oílicio do t.° do mez p.' p.

ducl-jrniiilo-llii; que a escola de S. José do Go-rufubn está provisoriamente preenchida, emquanto não su verificar o concurso pelo editaliln k <1(! julho p. p. »

DIA 23.—Ao vigário geral do bispado dn Marianna:« Achando-so ausente o oxm. sr. bispo dioce-

sano, a quem, nos termos do artigo 2;).° do re-gimenlo interno <la irssembléa legislativa provin-ciai, compete celebrar a missa votiva ao DivinoEspirilo Santo por oceasião da installaçào damesma assembléa, que devo ter lugar no dia I."de setembro p futuro, haja v. s. de providen-ciar de modii que este acto seja celebrado peladignidade a quem om sua ausência compelir. •

—Ao tenente coronel commandanlo do corpopolicia:

« Expeça vmc as eonvenientos ordens paraque hoje mesmo su apresente ao dr. chefe dopolicia uma escolta de 15 praças commandadapor um oíficial do confiança, afim de estacio-nar na cidade da Bagagem. »

—Ao commandante superior da Piranga:« Devolvo á v. s. os mappas quo vierâo jun-

tos ao odicio de 16 do corrente, afim do os fa-zer assignar. »

—Ao de Marianna:« Para quo esla presidência possa propor ao

governo imperial n divisão d'usse commandosuperior cm dous, como v. s. indicou em seuoílicio do 12 do corrente, cumpre que v. s.envie primeiramente os mappas exigidos na cir-cular de 19 de julho p. p. »

—Ao de Sabaiá o Curvello:« Recorihecendo-se pela informação que v. s.

prestou em data de 18 do corrente quo na no-menção dos membros do conselho de disciplinaa quo foi submeltido o guarda nocional d'essecommando superior, Augusto Pereira da Rocha,não foi slrictaraente observada a disposição doart. 102 d;-, lei de 19 da setembro de l.-sõO, eque fez parte do referido conselho o tenente JoséMarcinhno dos Santos, que ú irmão germano dosargento Francisco do Paula Santos Júnior, quetambém servio «Jo vogai, circunstancias estasquo trazem nullidnde manifesta , cumpre quev. s. providencie em ordem, a que o referidoguarda responda a novo conselho, quo deveráser nomeado, lendo para esse fim em vista ospapeis que lho devolvo. »

—Ao ministério da justiça:« Tenho a honra de devolver á v. exc. o

requerimento documentado em que o major re-formado da g. nacional, 1'rancisco Peixoto deMello, pede a concessão das honras do posto detenente coronel.

Informando a respeito, como me foi recom-mondado cm aviso de 19 do abril ullimo, cabe-me dizer n v. exc. que julgo o supplicanteno caso do ser attendido, visto que outros emidênticas circunstancias as tem obtido.

S. M. o Imperador, porem, resolverá o quelhe parecer melhor. »

—A' thesouraria provincial:« Declaro a v. s., em resposta ao seu ofiicio

de hontem, que approvo o arbitramento das fian-ças que devem prestar os administradores nl-tirnamente nomeados para as recebedorias doParahybuna c Mar d'IIespanha. »

dia 24.—Ao ministério da justiça:« Tenho a honra de passar ás mãos de v. exc.

copia do ofiicio que um dos meus antecossoresdirigio ao ministério á cargo do v. exc. em 20do junho do anno passado, acompanhado dopiano junto por copia para a divisão do com-mando superior de Jacuhy o Passos em dous

Reconhecendo eu ser de conveniência publicatal divisão, o a creação do um commando nomunicipio do Jacuhy, solicito do v. exc. sua ap-provarão. »

—Ao commandante superior do g. nacionaldos municípios do Marianna o Ponte Nova:

a Expeça v. s. suas ordens em bem de queseja postado o auxilio de forçada g. nacio-nal (pie for requisitado polo subdelegado de po-lida do districto de S. Caetano, não servin;!odo obstáculo para o cumprimento d'esla ordem es-tara companhia sendo commandada pelo sargentoThomaz ferreira dos Santos, a quem v. s. re-coramèndorá quo satisfaça tal requisição, quandoestiver com o dito commando. »

—A' thesouraria provincial:« A resolução constante do ofiicio desta pre-

sidencia datado de 7 do corrente comprehendea todos us engenheiros da provincia para o ef-feito de considoral-os com direito á percepçãoda gratificação transitória durante o tempo omque se oecuparem de trabalhos da secção technicaquo lhes toahão sido o continuem a ser distri-liuidos na própria repartição, por quanto e forade duvida que o autor do regulamento n. 53estabelecendo novas bases para o pagamentodestes empregados não teve em vista reduzir-lhesos vencimentos de que se acha vão de posse, re-duecão que se verificaria desde que so desse aoart. 26 dtàquèlle regulamento outra interpreta-não quo não a do ofiicio a que me refiro.

Deve, porem, v. s. ter muito em vista que oscofres provinciaes não paguem gratificações tran-sitorias a engenheiros que não estejão oecupadosem serviço da provincia, visto como, devendo essadospeza, nos termos do respectivo regulamento,ser computada no orçamento da obra a fazer,é claro que deve pesar" sobre o cofrei da repar-lição por conta do qual se houver de fazer aconstrucção nu concerto

l'icão por este modo resolvidas as questões quev. s. submetteo d decisão desta presidência emseu ofiicio n. 479, datado de hontem. »

—Ao presidente do banco do Brazil:« Para satisfazer o exigência que

fnzer-me a thesouraria provincial em officio da-lado do hontem, solicito de v. exc. a remessadas apólices mineiras amortisadas c a exposiçãodas transferencias que tiverão lugar de janeirode 18GJ em diante, de conformidade cornos ar-tigos 12 e 14 do regulamento n. 13. »

—A' thesouraria provincial:«Approvo o arbitramento da fiança de 1:000$

que deve prestar o administrador da recebedoriado Pontal do Escuro: o que declaro a v. s. em res-posta ao seu officio de hontem. »

EXTERIOR.NOTICIAS DA EUKOIJA.

Do Jornal do Commercio de 2 do correntetranscrevemos o seguinte:

Entrou hontem de Southampton o paquete inglez

Douro com folhas de Pariz e Lbniliys até 'J, e Lishoa

13 do passado.Assignádòs os preliminares dé paz, estáyáo os repre-

sentantes das potências bclligerantes reunidos em Pra-

ga para um ajuste definitivo, que não podia já onerecer

difliculdades sérios. O texto do convênio preliminar játinha sido publicado, e ó do teor seguinte:

SS. MM. o imperador d'Austria e rei da Prússia.

¦rei ua rrussiu <iu uunu uj miuu uu ..»^t.«, ~ -..-.—ns nlir que os Estados allemãcs situados ao sul dessaiha contraifio úma união cujos laços nacionaes com a

acaba de

animados do desejo de restltuirem aos seus paizes oshenelicios da paz, nomearão plonipotenciarios para os-se lim, o para fixar os preliminares do paz, a saber:

« S. .M. o imperador d'Austria, o condo Aloy Karo-ly e o liarão Adolpho de Brenner Felsach;

« E S. M. el-rei da Prússia, o seu presidento do con-solho e ministro dos negócios estraugoiros, Olhou deHismarL Scuconliausen, os quaes, tendo trocado osseus plenos poderes, e havendo-os achado cm boa o de-vida fôrma, concordarão nos seguintes pontos funda-mentaes como bases da paz a concluir sem demora.

« Art. 1." A' excepçao do reino Lombardo-íenezia-no. fica intacto o território da monarchia austríaca. S.M. el-rei da Prússia obriga-se a mandar retirar as suastropas dos territórios austríacos por ellas oecupados,assim que estiver firmada a paz, o com reslricçao dasdisposições a tomar na conclusão difinitiva da paz arespeito do penhor do pagamento do ind.-mnisarao daguerra.

« Art. 5.» S. 51. o imperador d'Áustria reconhece adissolurão da Confederação Germânica tal qual oxistioaté agora, o dá o seu consentimento a uma organisacãonova da Allemanha, da qual nílo participe o ImpérioAustríaco. Sua Magestade proinelte. igualmente reco-uhecer a união mais intima, que será fundada por S. M.el-rei da Prússia ao norte do linha do Meno, o declaraconlilill, ..„...- ----confederação do norte da Allemanha fiirão assumpto deaccordo uílerior entre as duas partes.

« Art. 3.° S. .M. o imperador d'Austria transfereS. M. el-rei da Prússia todos os direitos que lho re-conheceu sobre os ducados do Schleswig e do llolsteino tratado do paz assignado em Vienna a 20 do outubrode. 18(14, com a condição, porém, quo os povos dos disytrictos do norte do Schleswig serão de novo unidos aDinamarca, se manifestarem esse desejo por votos livre-mente emittidos.

¦< Art. 4.° S. M. o imperador d'Áustria obriga-se apagar a S. SI. el-rei da Prússia a somma do 40 mi-Ihões de thalers para pagamento parcial das despezasda guerra feita pela Prússia. Mas deverá subtrabir-sodesta quantia a importância da indemnisação de des-pezas do guerra qiie S. SI. o imperador d'Austria lemainda de haver dos ducados do Schleswig e do Hols-tein, cm virtude do art. 12." do tratado de paz do 12de outubro de 1SG4, isto é, 15 milhões de thalers.mais .'i milhões de thalers, como equivalente das des-pezas de manutenção do exercito prussiano feitas pelosterritórios aMstriacos oecupados por este exercito atéo momento da conclusão da paz.

« Art. 5." Conforme os desejos de S. SI. o impo-rador d'Austria, S. SI. o rei da Prússia declara-seprompto a deixar subsistir, em presença das modifica-eões que haverá ria Allemanha, o estado territorial doreino da Saxonia na sua extenção actual, ficando como direito de fixar, por um tratado do paz especial comS. II. el-rei da Saxonia, as questões relativas á parteda Saxonia nas despezas da guerra, assim como á po-sinão Tutura do reino da Saxonia na confederação dono"rto da Allemanha. Em compensação, S. M. o impe-rador d"Austrla prometto reconhecer a nova situaçãoquo o rei da Prússia estabelecer no norte da Allema-nha, incluindo as modificações territoriaes que deliaresultaram:

<: Art. li.0 S. M. el-ivi da Prússia obrigou-se a re-solver S. SI. el-rei da Itália, seu alliado, a approvaros preliminares do paz o o armiticio fundaJo nessespreliminares, desde que, por uma declaração do S. SI.o imperador dos francezes, o reino veneziano estiverposto á disposição do S. SI. el-rei da Itália.

<c Art. "." As ratificações do presente convênio serãotroca-las em Nikolsburg nó prazo de dous dias, quande.muito.

« Art. S.' Logo depois de ratificado o presente con-venio, S. -M. o imperador d'Austria e el-rei da Prus-sia nomearão plonipotenciarios, que so rouniráõ n'umlugar uiterioruiente designado, para concluírem a pazsobre a base do presento tratado preliminar o con-cordaiein nas condições secundarias.

« Art. 9.u Para este effeito os estados contractantes,•lepois do ratificados estes preliminares, concluirão emrelação aos exércitos uustriaco e saxonio por um lado ,e o prussiano por outro, um armistício cujas condi-eões circumstanciadas deverão , sobre o ponto de vistamilitar, ser immediatamente estabelecidas. Este armis-ticio começará a 2 de agosto, dia até o qual seráprolongada" a actual suspensão de armas.

<i O armistício será ao mesmo tempo coucluido aquicom a llaviera. e o general barão do Slantcullel seráencarregado de concluir com o reino do Wurtembergo os grão-ducados deitado o do Hesso Daimatadt,desdo que esles estados o pedirem, um armistício, co-ineçando a 2 do agosto o fnndado no estado do pos-sessão militar quo ontão existir.

<; Em fé do quo os plcnípotenciarios respectivos as-signárão o presente convênio o o sellárão com o sellodas suas armas.

« Dado em Nikolsburgo. a 2G de julho de 1866.—D. Bismark. m. p.—Karoly, in. p.—Ilrenner, m. p.—

Como se ve, ó a Prússia que dictará a lei em toda a

Allemanha. Formará a confederação do norte até á li-

nha do Sleno, aiiuexando-se os estados que lho aprou-

verem, o prescrevendo aos outros as condições com

que devem continuar a existir, sujeitos, todavia

sua supremacia. Neste ultimo numero entra o reino da

Saxonia. Com os estados do sul fará ella separa lamente

a paz, marcará as indeinnisações de guerra que te

rão do pagar-lhe o rogulará as suas futuras relações

com a confederação do norte.Deixado assim tudo ao arbítrio da Prússia, é claro

nus não podiüo mais surgir difliculdades, ao menos da

parto da Áustria. Da porte da Itália, porem, alguma

i-eluciancia houve. Exigia ella, além da Venecia partedo Tvrol e da Istria, o embora, perdida a batalha naval

de Lissa, desistisse da ultima pretenção . persistia em

conservar no Tyrol as tropas que alli tihbão entrado.Com effeito, o exercito italiano, commandado por Ciai-dini, tinha-se adiantado para Treviso , e passando osrios Livenza e Tagliamento no dia 25 eslava diante da

fortaleza da Palma Nova, nos limites das provincias doVeneto e da Istria. g

Emquanto Cialdini com o grosso das' suas tropascaminhava sobre Treviso, o general Sledici com umadivisão do mesmo exercito chegnva a Cisenova. Depoisde um combate de nove horas repellio os Austríacos das

posições de Primolano. No dia -23 caminhou sobre Borgono valle de Lugnno. Depois de um renhido combate , osaustríacos forão de novo repellidos, e ás 10 horas danoite esto general tomava de assalto' a villa de Levico.No dia 45 Mediei dividio as suas forças e tentou dousataques, o primeiro sobro Pergina, a treze kilometrosde Trento, que era o fim do sou movimento, e ósegundodestinado a fazer uma diversão. As tropas que fizerãoeste segundo ataque encontrarão o inimigo cm posição,e tiverão de retirar depois do um vivo combate. Asoutras tropas entrarão em Pergina.

A Áustria, porém, recusou assignar o armistício, coma Itália sem esta se retirar para dentro'das fronteirasda Venocia, e como já noticiamos onviou forças con-sidóraveis para o sul. A Prússia não se comprometteua apoiar as exigências italianas além do território ve-neziano, a França mostrou feia catadura, e a Itália tevede relrahir-se evacuando o Tyrol. Assignou-se entãoo armistício, que pdz termo definitivo a todas as hostili-dados, e em Praga a Itália tratará directamento com aÁustria, sondo-lhe licito esperar ainda obter por meiode negociações alguma parto do Tyrol.

A França, porém, que tanto tinha feito, retirava-sesem o seu quinhão. Principiava por expôr-se á sus-

peita, senão de ter provocado a guerra, ao menos denão a haver impedido, podendd-o, esperançosa de liber-tar-se dos tratados de lS15,oogora era ella que, porassim dizer, punha termo aos combates c nada haviaconseguido senão peiorar a sua condição, vendo rèpen-finamente a seu lado uma Prússia talvez dobradamenteforte do que antes ffira. O espirito francez não podia,pois, estar satisfeito. Luiz Napoleão, tendo partido paraas águas de Vicliy, voltou inesperadamente a Pariz.Disse-se oflicialmente que motivos de saúde o tinhaõreconduzido, mas cada qual fantasiou as razões quemais plausíveis lhe parecerão. Pouco a pouco se foi for-mando a opinião de que não era ainda impossível alcan-cara França uma rectificação das suas fronteiras, aomonos na parte superior do Ilheno. Effectivamente quealguma cousa se tratava neste sentido parece prova-loo seguinte telegramma das folhas do Lisboa:

<* Pariz 11.—O jornal Le Siêcle diz que, em conse-quencia do engrandecimento da Prússia, a França ne-gocia a extensão das suas fronteiras sobre o Klieno.Todavia a Prússia ainda não aceitou as propostas fran-cezas.

Nós mesmos recebemos este telegramma particular:« Londres, 12 de Ago<lo, às 8 horas da manhã.—A

França dirigio ú Prússia uma nota reclamando a res'tauração das suas fronteiras de 1814, era consoquencia das mudanças feitas na Allemanha; »

Se o facto ó verdadeiro parece, poder presumir-se quea França não escreveria semelhante nota sem ter-se

previamente entendido com a Prússia, ou estar resol-vida a fazer valer por qualquer modo a sua reclamação.

Recebido na sua capital com uma esplendida ovação,de que na verdade era digno, ao recolher-se do umadas mais brilhantes campanhas de que ha memória, o

rei da Prússia abrio a 5 as suas câmaras com este dis-

curso:« Illustres, nobres o caros senhores membros das

duas câmaras do parlamento.—Vendo reunidos emtorno de mim os representantes do paiz, o meu pri-meiro dever é de dar graças a Deos tanto em meu pro-prio nome, como do meu povo, não só por ter ajudadoa nossa Prússia a desviar das nossas fronteiras; à custade pesados, posto que fecundos sacrifícios, os perigos, doum ataque inimigo, mas por nos ter permittido'ajuntarnovos louros á nossa gloria hereditária por meio de umamarcha rápida e vicloriosa do nosso exercito , prepa-rando por este modo o caminho ao desenvolvimento na-cional da Allemanha. Com a benção evidente de Deos,a parto da nação capaz de pegar em armas acudio comenthusiasmo á

* voz que a chamou ao comba'6 sagrado

pela independência da pátria, e o nosso heróico exercito,ajudado por poucos, mas Deis alliados, marchou devictoria em victoria, tanto ao poente, como ao nascente.Sangue precioso se derramou; muitos dos seus valen-tes filhos chora hoje a pátria, mortos como heroes nomeio do seu triuinpho, emquanto as nossas bandoirasse despregavão desde os pincaros da Carpatliia até oIlheno.

<c So esta somente ensopada, em sangue não foi lança-da em vão, a concórdia unanime do governo e da repre-sentação do paiz fará amadurecer os fruetos que deliadevem brotar.

« Nobres o caros senhores membros das duas câmarasdo parlamento.—O meu governo pôde lançar os olhoscom satisfação sobre o estado das finanças do paiz. -Es-crupulosa previdência e economia conscienciosa o püze-rão em circumstancias de vencer as grandes diffloulda-des financeiras, que são a conseqüência natural dosacontecimentos actuaes. Posto quo já nestes últimosannos a guerra da Dinamar6a tivesse imposto conside-raveis sacrifícios ao thesouro publico, podemos, todavia,fazer face até aqui a todas as despezas da guerra actual,com às rondas publicas e fundos existentes, sem imporao paiz outros encargos, além de prestações de gene-ros exigidas pela guerra. E', pois, com a maior con-fiança que boje venho pedir os recursos necessáriospara' leva-la ;i bom fim, o para o pagamento das pres-tacões nacionaes, sem prejuízo da ordem e das finanças,e esporo que me serão concedidos com promptidão e

p--rvor.« Nestes últimos annos não foi possível obter a fi-

xação do orçamento de accordo com a representaçãodo paiz; donde segue (e aqui o reconheço de novo) queas despezas publicas, feitas durante este periodo, ca-recém da liaso legal, que, na forma do art. 99 da cons-tituicão, não pôde existir senão por meio do uma leiconcertada aunualmente entre o meu governo e as duascâmaras do parlamento. Isto não obsiante, se o;jneugoverno, durante alguns annos, administrou os .negorcios do Estado som esta base legal,. nio o foz sem omais escrupuloso exame, e com a convicção conscien-ciosa de quo a continuação de uma administração re-guiar, o cumprimento das obrigações Iogaes para coraos credores o funecionarios do Estado, e bem assim amanutenção do exercito e dos estabelecimentos pu-bbcos, erão uma questão de existência para a monar-chia. Um tal procedimento era uma destas hecéssida-

X 'O^í^yte

des.absplutas a.iiuo nenhum governo nem pode, nemdéve; subtrànJNsé^no interesse do paiz.

W Confio què" os últimos acontecimentos contribuirãoa procurar a intelligencia indispensável para que o íiífíde indemnidade, pedido â,,representação do paiz. pelaadministração sem a lei do orçamento, seja concedidode boa vontade.

i O conflicto ficará assim terminado por uma vez, ecom tanto fmais segurança, que a situação política dapátria pènriittirá'-'certa extensão das fronteiras do Es-tado, e a creacão de um exercito federal unitário sob ocommando da

"Prússia, cujo peso será igualmente sup-portado por todos os membros da confederação. Os pro-jectos relativos á convocação da representação nacionaldos Estados, confederados serão apresentados ás ca-maras.

« A importância do momento em que hoje voltoá pátria, por todos vós e pola nação inteira será sen-tida. como eu a sinto. Possa a Providencia abençoar ofuturo da Prússia, assim como já abençoou de uma ma-neira tão visível o seu recente passado. Assim Deos oqueira! »

Desta falia parece resumbrar o desejo de conciliaro partido liberal, pedindo-se ao parlamento um billde indemnidade pela illegal gerencia dos orçamentos, o

que é reconhecer-lhe ao menos o direito de vota-los.

A nenhuma referencia aos esforços feitos pela Françaem prol da paz nSo passou desapercebida.

O progressista Forkenbeck foi eleito presidente dasegunda câmara.

A-defunta dieta germânica conservava-se em Augs-burgo inteiramente ociosa. As mesmas potências es-trangeiras retirarão os seus representantes de juntodelia, á excepçao da Rússia. Esta não se mostravamuito satisfeita com o recente arranjo da Allemanha,mas a sua proposta de congresso europeu foi geralmenterepellida.

O novo gabinete inglez. tendo augmentado conside-ravelraento a despeza publica relativamente ao exercitoe armada, teve de retirar ó plano do Cladstone parareducção da divida nacional. Teve este, porem, aindaforça bastante para compellir o governo a desistir deum projecto que apresentara para fortificações no Ta-misa, e consentir na segunda leitura dá proposta delleGladstone para i regular a questão das dotações eccle-siasticas. Teve também o ministério de acceitar algu-mas modificações no seu projecto relativo á extradi-

ção de criminosos. Por outro lado, porém, concedeu-lhe o parlamento a pedida prolongarão da suspensão dohabeas corpus na Irlanda.

Para formação de uma confederação da America doNorte ingleza, ia abrir-se em Londres uma conferen-cia, á qual todas as colônias estavão mandando de-legados. ........ V. i,

Temos ainda esto telegramma: :•« Londres. 11.—O discurso da coroa diz que o go-

verno conservava rêíaçOes amigáveis com as potênciasestrangeiras, e que a- rainha não interviera na Alie-manha, porque nem a honra nem os interesses do paizforão compromettidos. Espera um honroso resultadodas negociações, i

O governo hollandez desmentio a noticia de quo ce-deria á França o Luxemburgo em trocada annexaçãodo Limburgo.

O conflicto das duas câmaras dinamarquezas termi-nou adoptandoo richsdog as modificações da constituição.Haverá, pois, uma só representação com duas câmaras.

A assembléa federal do Suissa encerrou-se a 25, co governo helvetico dissolveu o corpo de observaçãonas fronteiras.

O governo italiano conservava-sé um tanto taciturno,

pelo menos para com.' o povo. Tinha mandado com-missarios regios para alguns districtos da Venecia, emantecipação do voto universal quo. deve .declarar.seaquella provincia passará para' a Itália ou continuará afazer parte da Áustria. !

Depois do revez de Lissa, ainda irai temporal veiometter a pique, no porto' de Aricbna, o encóuraçadoAffondatore.

A 8 houve em Roma conselho de cardeiies, para de-liberar sobre' as medidas que eiigé o actual estado, das

cousas. , , ,.;; .-O rei da Grécia fez uma viagem à Corfü. ;;. . ,A Turquia também tratava de melhorar.o arma-

mento do seu exercito. «^Mcasia»As folhas do" Mãdrid alcánçãoa 10" de agosto.Fazi5o-se preparativos em SÇavauz para a.y residência

da rainha Isabel durante a estação dos banhos. ,Foi novamente commettidã ao arcebispo de Burgos a

educação do príncipe das Asturias. ... < i, ,O presidente do conselho. .Narvaez passava por ser

dirigido' pelo ministro do interior Gonzales Bravo, quese tornou o director-político :da situação. ..

As idéas do governo* acerca da amnistiãnSõ se rea-lizão antes de appárecer na • folha õfficial ó decreto - da

dissolução da câmara' dos" deputados.O ministro da fazenda.Baraãnallana determinou que

o imposto/lirecto, votado pelas cortes para o anno eco-

nomico, seja cobrado ein duas"prestações, a 5 de agostoe 5 de npyembro.e nSo em quatro,.como até agora; Oscontribuintes terão uma dedução de-9-°/0.¦' A cobrança fazia-se regularmente, não havendo a

opposiçao que se havia vaticinado. .Disse-se que Prim. escrevera a Narvaez offerecendo

o seu concurso para a perseguição dos sectários de

0 Donnell. e promettendo a coriourrencia dos progres-sistas á urna, no caso dese dáreín certas garantias.Accreacentou-se que o presidente do conselho acolherafavoravelmente as suggestões dé Prim. Todavia a atti-

tude dò governo,, francamente reaocionario, hão permit-üa suppfir a possibilidade de um accordo com os Iibe-

raes avançados.Avalião-se em 50 milhões de reales as reducçOes

feitas nos ministérios da guerra, fazenda e repartição

estatística, e fallava-se na diminuição do numero de

conselheiros de estado, e em outras suppressões de-des-

peza.Chegarão a

"figo muitos Hespanuóes expulsos das re-

publicas do Chile e do Peru. Na ilha de Cuba nBo foj

alterada a ordem em parte alguma, sendo falsa a noticia

de rebellião" em Puerto Pi-incipe, "è" dizia-se' que seria

ãâsi&tf3rgx££i& ¦"'¦ -"•:': ¦¦'. '.*: '¦¦:¦

¦

Page 3: 11 N.' 73 DIÁRIO DE MINASmemoria.bn.br/pdf/376523/per376523_1866_00073.pdf · curato de St. Ritta de Cássia, que hoje consti-tue a nova parochia do* mesmo-nome, creada pela lei

DIABIO I>E MINA.S

reforçada a esquadra hespanhola que deve operar no

Pacifico.

NOTICIAS DOS . ESTADOS-U-NIDOS.

Dos Estados-Unidos temos noticias até 6 de agosto

pelo :telegrapho submarinho.Continuava, e porventura aggraváva-se. a dissençao

entre o congresso e o presidente da União, mas o

boato do assassinato ou deposição deste nao passou de

uma invenção. Já quatro membros do gabinete tinhao

dado a sua demissão, mas Seward conservava-se no

poder, e apoiava sinceramente o presidente.O congresso efTectivamente foi adiado, e o presidente

sanccionou a lei da receita, que principia a vigorar em

setembro.O general Crant foi nomeado commandante general

do exercito, e Sherman promovido a tenente-general.Nova-Orleans tinha sido declarada em estado de

sitio, por causa de tumultos que alli houve entre bran-

cos e pretos.As noticias do México por Vera-Cruz chegaoa. SO

de julho. Ã imperatriz tinha embarcado para a Eu-ropa, e de Pariz sabemos que ella alli tinha chegado.

Mejio, forçado, a evacuar Matamoros , tinha-se reti-

rado para Vera-Cruz com 500 homens; agora, porém,diz-se que a perdida cidade fora retomada pelos impe-rialistas.

As guerrilhas redobravao tanto de audácia, que o

general Bazaine.. quando tivesse de retirar-se para aFrança, contava ver-se obrigado a abrir caminho aponta de espada desde a capital até ao ponto de em-barque.

DIÁRIO DE MINAS.Ouro-preto, 11 de setembro de 1866.

Teve lugar ante-hontem a installaçao de nossa assem-lilóa legislativa provincial.

A província de Minas vé sempre esperançosa a rou-niSo dé seus filhos, incumbidos de promoverem por meioda palavra o seu progresso moral e material.

Por nossa vez saudámos os illustres campeões.A quadra é dilticil; em nenbuma outra tao calamitosa

para o partido liberal, teve lugar tal reunião.A câmara temporária em quasi oito mezes de traba-

lho, desenrolou-nos á vista contristada um panoramade ódios e rancores.

Lavrou e roteou o solo estéril do personalismo, ferio-se nas urzes dessa semente maldicta.

A boa fé fugio de entre os políticos, a desconfiançagerou-se feroz nos ânimos dos amigos, os laços sagra-dos da amísade partirão-se, os irmãos em crenças des-conhecerao-se e baterao-se fratricidas, reputações so-lidas e bem firmadas soffrerao ataques inauditos, a bon-ra do cidadão particular sofireo na praça publica oaçoite do despeito, a política transformou-se em arte deguerra, guerra traiçoeira, guerra de extermínio, guerrasem tregoas; no parlamento, nas ruas, e mais do que isso,no lar doméstico.

Só a idéa foi arredada; essa nao teve ás honras dadiscussão.

Quando os eleitos do povo se dispersarem á voz dacorda, procurará em balde o paiz o vestígio do sua ul-tima passagem.

Talvez no tapete do assoalho se encontrem nodoas;ellas attestarao alli a existência de inimigos que se ba-terão.

E' com pezar que recordamos taes scenas e procu-ramos avivat-as na memória dos deputados mineiros.Mas é preciso.

A nossa assembléa provincial tem por uma pra-tica viciosa è que lhe ha tirado grande parte de sua im-portancia, trazido de preferencia á terreiro questSes dealta política, tornando-se descarte uma corporação re-percussora do que se passa na corte*.. Se em outros tempos era essa proceder censurável,agora mais do que nunca o será, se as loucuras de láencontrarem echo, ainda que fraco, no seio da maioriade nosso.parlamento provincial.

Nao nos falta em que cuidar.A instrucção publica da província, o mais importante

ramo do serviço publico afiecto ás assembléas provin-ciaes, precisa de toda a attençSo por parte dos legis-ladores. . ' ""'¦', ''¦';

L.-,.,MfEssa mocidade que mendiga o sagrado pão do espi-

rítò é que a ignorância atira aos braços do crime, pedeluz.

. A agricultura, nossa principal, e quiçá única fonte deriqueza, definha á mingoa de vias do communicação.

O agricultor calleja as mãos ao aperto da rude foucodo trabalho.- a nossa terra abençoada paga-lhe o esforçoe o baptismo suarentp; mas o transporte fál-o desespe-rar, abate-lhe o espirito emprehendedòr. ""-

• ••Luz á mocidade, auxilio ao agricultor. "-¦'- Temos fé na assembléa mineira, ella poupara á pro-

vincia que tudo espera do seu civismo, o espéctaculo de-. úmã séssBo estéril para suas necessidades e fecunda em

ódios para cimento de discórdia entre seus filhos;~ Elltf mostrará por seus actos que tem p bom senso-KS?13.0 PaVa,fechar as portas de sou fórum ao ventopestiterodasmás paixOes, o que só a província será oseu constante cuidado.'

.Seja ella lacônica na resposta a dar aos seus adver-sarios.quando por ventura por nau política tacanha tentarpm plantar a disroraiaom seu seio;; responda-lhes:

somos liberaes e seremos.liberaes.

E' sempre com júbilo e cheia . de confiança que a"província contempla a reunião de seus eleitos.

Si em qualquer época ó diflicil e penosa a missãodo legislador, hoje que a assembléa mineira tem detomar em consideração não só as reformas já feitas,como as que a província ainda reclama, o trabalhoas dilBculdadès se augmentao.

Confiamos, porem, demasiado na illustraçao e pátrio-tismo dos dignos cavalheiros que merecerão a esco-lha do povo, para acreditar que fraqueem na grande,mas honrosa tarefa que actualmente lhes pesa sobreos hombros.

E' precisamente nas épocas diftlceis que as institui-çOes úteis, como suo as assembléas provinciaes, pres-tão melhores e mais relevantes serviços á causa pu-blica.

A mesa da assembléa provincial ficou composta doseguinte modo:

Presidente, o sr. Frederico Silva.Vice-presidente, o sr. F. de Resende.Secretários, os srs. Cassiano Bernardo e Assis Mar-

tins.. Posteriormente dar»mos noticia das commissões.

tudos apurados nos hospitaes, no gabinete e na clinicaparticular, e de experiências minuciosas feitas em todasas classes e em todas as phases da moléstia.

O |)r. Ayer, com aquella magnanimida-io que o faztão conhecido, não fardou snn d.-scob^rta para deliatirar grandes lucros pecuniários, mas divul-iou-a logo aomundo, fazendo publicar em todas as gazelas de medi-cina do mundo a formula da composição d.i .sua pr.para-çao por extenso.

Em outra carta daremos os symptomas da formaçãodos "tuberculos

pulmonares e alguns conselhos sobre seutratamento.

Acha-se preso felizmente o preto escravo que assas-sinou o capitão Francisco Justino de Carvalho, sub-delegado de Cattas Altas do Matto-Dentro.

Graças ao zelo das autoridades policiaes que provi"-denciarão essa captura, não.ficará impune um talcrime.

Em Ãlfenas foi assassinado o collector do município,Ilerculano de Assis Carvalho.

Constando ao digno chefe de policia o dr. F. Cuima-raes que as providencias para a captura do delinqüenteerão morosas, expedio esse magistrado precisas e ter-minantes ordens para quo fosse o criminoso preso im-mediatamente.

Esperamos que as autoridades de Alfenas saberãocumprir o seu dever.

A. salsaparxnilia legitima ao Brls-tol preparada unicamente

por Lanman e liomp.

Poucos remédios ha que tenhâo produzido tantosbenefícios no mundo como este. E' a única preparaçãoque ataca invariavelmente no sangue a origem das en-ferraidades ulcerosas e eruptiveis, e extingue ao mesmotempo a causa e o effeito. Podemos pois confiadamen-to afiançar, que com sua punficadora influencia a cor-rupção se tranforma em incorruptibilidade.

As chagas escrofulosas, e todas as moléstias exter-nas glandulares, e cutâneas, communs aos paizes tro-pícaas, cedem promptamente á sua poderosa essência.

A original e a única legitima salsaparnlha de- líristoltem sido preparada e estabelecida durante o espaço de3i annos por Lanman e Kemp. Nova-Vork.

EDITAES.Secretaria cia 1?

cia.resiclen-

Teve lugar hontem a trasladação da imagom de SFrancisco de Paula do morro do Cruzeiro para a suaigreja.

A festa foi pomposa o concorrida.

MISOEX-iAJVEA..Extraoto de carne.—Nas xarqueadas do

Rio da Prata e do Rio Grande do Sul, trabalha-se ac-tualmente, e já era nSo pequena escala, na confecção deuma nova substancia alimentícia, a que dão o nome deextracto de carne, por ser a parte suceulenta e nutri-tiva d'ella, extrahida por meio de apparelbos ultimamen-te descobertos.

De uma arroba de carne consegue-se apenas fazeruma libra do extracto, mas esta pequena quantidade dáalimento para cento e vinte oito pessoas, sendo ap-plicada como deve ser. Para as pessoas que soffrem doestômago e tem dilBcil digestão, e também para os en-fermos e crianças de peito, o extracto da carne é o ali-mento mais apropriado que pôde haver. Algumas gottasem uma chicara d'agua quente e temperada com sal éum caldo nutritivo e de agradável paladar.

Gomo alimento, uma colher pequena é sufficiente parauma porção de arroz, aletria, pão ou batatas, que emuma vasilha se faça ferver com algumas chicaras d'aguaconvenientemente temperada ou adubada.

Para as pessoas, que viajao por longos e desertos ca-minhos, e para os marítimos, a nova descoberta é deum proveito immenso, pois lhes permitte alimentarem-se, tendo a sua comida o sueco o o sabor da carnefresca.

E', porém, nos hospitaes que esta substancia alimen-ticia está destinada a prestar maior serviço, não só peloextenso uso que pado ter. sem inconveniente algum,como pelo seu diminuto preço, que muitíssimo abaixaráa despeza, que ordinariamente alli se faz com a carnefresca, uma das suas maiores verbas.

S. exc. o sr. vice-presidente da provínciamanda declarar em concurso a cadeira de 1."letras da freguezia de S. Francisco do Capi-vara, do termo da Leopoldina, ficando mar-cado o dia 22 de outubro p. futuro para oexame que deverá ter lugar perante o respe-ctivo inspector.

As pessoas que pretenderem oppòr-se á ditacadeira, apresentarão na forma da lei ao ditoinspector seus requerimentos conveniente-mente documentados, sellados e reconhecidos.

Secretaria da presidência da província deMinas Geraes, 22 de agosto de 1866.—Can-dido Theodoro d'Oliveira.

1775 folhas de Flandres, grandes.—I C á 120 213g0002450 folhas de Flandres, pequenas—I C á. 100 rs 24^.000860 folhas de Flandres, marca X

á 100 rs. . . . . . . . 86S0009 arrobas o 8 libras de latao á4í>00> 37§000martelios de terro para atarracará 100 rs 300

2 sarilhos de ferro com o peso de8 arrobas e 3 libras á 1S400 11ÍS329

e 1/2 arrobas de cera branca á22§400 100S800

1 vidro de ácido muriatico (com5 libras) por lgõOO

40 libras de zinco em barra á 100 4§000

1:737S918Ouro Preto. Secretaria da thesouraria de

fazenda de Minas Geraes, em 24 de agosto de1866.—O official maior, José Pereira Ribeirv.

Juizo de Orpliãos.Pelo juizo d'orfaos desta cidade de Ouro Preto se faz

publico que tendo sido reformadas as avaliacues dosbens que por morte de José Caetano Eduardo e em par-tilha so derão para pagamento de dividas e custas; aso-ra tornao a praça para serem arrematados a saber: Umaescrava parda de nome Maria Ilaímunda, de li annospor S00S rs., Francisco crioulo de 9 annos por UOOíJ rs.,a parte da casa sita ao pé da ponte do Hozarío emÍ00S rs.

As pessoas que pretenderem arrematar podem com-parecer na casa da câmara as onze horas do dia 13 docorrente em diante.

Ouro preto, 7 de setembro de 186G.

Fomos liberaes.

NOTICIÁRIO^• Teve ante-hontem lugar com as solemnidades do es-tylo a abertura da assembléa provincial. '-..viiTiit!.:

PUBLICAÇÕES A PEDIDO.A.o discípulo .do padre Leandro

O redactor dos artigos sobre o sanetuario de Mat-tozinbòs de Congonhas do Campo pede ao escriptordo artigo assignado—O discípulo do padre Leandro—para que o mesmo publique o seu nome; pois seo fitoé pôr em parallelo a sua vida publica,—moral e poli-tica, como a do mesmo senhor discípulo, para que ipublico possa ajuizar sobre a moral, política e honradezde ambos. .. [ír.,

R. V.

••¦ -jTixberóulos pulmonares.No mundo inteiro talvez, não haja moléstia alguma

quo tenha dado mais sérios cuidados á sciencia medicado que esta.' Desde o tempo de Hippocrates tem ella as-solado o mundo, e a estatística mostra que em nada temdiminuído o numero das suas victimás. Em Pariz de to-dos que morrem 20 1/4 °/0 s5o do tuberculos pulmona-res, em Londres 16 3/3 "!„, em Berlim 19 °/0 e em'New-York 14.5/8 °/0.

Ha séculos que os homens scientificos e philantro-pos buscüo anciosos um antídoto que ponha termo aosestragos deste terrível mal, muitos têm-o pronunciadoincurável e abandonado o estudo delle como improficuo;porém outros, confiados nos vastos recursos da sciencia,continuarão; até que por fim no século XIX coube aobem conhecido cbimico americano Or. Ayer, de Lowell,nos Estados-Unidos, a honra de annunciar ao mundo adescoberta de um remédio que preenche o desejado fimChama-se sua preparação o Peitoral de Cerejas, por serseu ingrediente principal extrahido da casca interior dacerejeira brava, combinado com as virtudes medicinaesd'outras plantas já muito conhecidas da medicina.

Um dos escriptores antigos disse: « A casca internada cerejeira brava é útil nos casos de debilidade geral,digestão fraca, e especialmente no tratamento de tuber-culos pulmonares, »

Portanto, esta grande descoberta nao é Iliba do acaso,nem das virtudes maravilhosas de alguma planta atéagora desconhecida, mas resulta de1 muitos annos de es.

S. exc. o sr. vice-presidente da província,em virtude do art. 11 do decreto n.° 817 de30 de agosto de 1851, manda pôr em coucur-so o officio de escrivão privativo do jury dotermo de Baependy, que se acha vago: e naconformidade do referido artigo sao convida-das todas as pessoas que pretenderem ser pro-vidas no dito officio a apresentarem nesta se-cretaria, dentro do praso de 60 dias, e porintermédio do respectivo juiz de direito, seosrequerimentos datados, assignados e acompa-nhados de folha corrida, certidão de idade,exame de sufficiencia e dos demais documen-tos que julgarem convenientes: os quaes re-querimentos serão enviados ao governo im-perial, á quem compete o provimento do di-to officio nos termos do decreto supracitadoque se acha explicado por aviso de 26 de no-vembro de 1853.

Secretaria da presidência da província deMinas Geraes, 25 de agosto de 1866.—Can-dido Theodoro d'Oliveira.

r_riiesou.raria IProvlnoial.Acbao-so em hasta publica os concertos de que ne-

cessita a 7a secção da estrada da Corte, orçados em-14GÍÍ260 rs. As pessoas que pretenderem arrematal-ospodem comparecer nesta repartição no dia 29 de setem-bro p. futuro, em que serão conferidos a quem oüerecercondições mais vantajosas.

Thesouraria provincial 29 de agosto de 1868.—J. Af-fonso de Figueiredo.

Pelo juizo de orfaos desta cidade de Ouro Preto se fazpublico quo estando em praça para serem arrematadosdiversos objectos pertencentes ao expolio do finado ca-pitao Francisco de Souza Lima, já alguns o foi-ao e fal-tao outros como sejao: Uma casa de vivenda sita na ruadas cabeças em 250S rs., Um muinho situado na cba-cara que foi de Joaquim Moreira Lima em lOOÍí rs.,Uma parte de terras de cultura no sitio de Maria Soa-res, com olaria, em 30fi rs., alem de outras miudezascuja praça terá lugar na casa da câmara depois da au-diencia 5.* feira 13 do corrente.

As pessoas que quiserem nos mesmos lançar e ar-rematar podem comparecer no dito lugar ás onze ho-ras.

Ouro Preto, 7 do setembro de 186G.

r£y>?â AHHDHCIOS.

THEATRO.Em conseqüência da doença do director da compa-

nhia nao poude ter lugar o espéctaculo que se ach: >aprompto para solemnisar a installaçao da assembléa pro-vincial, ficando transferido para sabbado 15 de setem-bro com a 1.» representação do drama em 4 actos

Pela secretaria da tbesouraria provincial se annunciaque achao-se em hasta publica os concertos de que ne-cessita a cadéa de S. João d'EI-Rei, orçados em réis...1:1618600.

As pessoas que quizerem arrematar os ditos concer-tos pode.ii comparecer á 24 de setembro próximo futuronesta repartição, onde serão recebidas todas as propôs-tas verbaes que ahi forem feitas , e se firmará contractocom quem oílerecer condições mais vantajosas.

Secretaria da thesouraria provincial, 83 de agostode 1866.

João Affonso de Figueiredo.

Tliesouraria cie Fazenda.Pela thesouraria de fazenda se annuncia

que, conforme a ordem do exm. sr. vice-pre-sidente da província, se achao em hasta pu-blica os objectos constantes da relação abaixotranscripta, os quaes forao novamente avalia-dos com reducçao de preço, como se vê damesma relação.10 arrobas ê 5 libras de arame de

latao á 8§000 . . ..'-'¦¦. . V80 dusias de botões de louça à 10

rs. . ........854 varas de hrim da Rússia á

500 rs. . . . . . -. • • 227S000

815250

800

27 caixões de pinho grande á 3209 arrobas e 9 libras de cobre velho

8$640

-á 41,000 v' . . . • - • - 37$125358 cravos de ferrar (cento) â 300 li?074352 libras de estanho em verga á

300 rs ..-.. • • • 105JJ60018 libras dé cravos estanhados à.

500rs. . . . .. • • • 9$<M>26 e" 1/2 dusias de ferraduras de -

cavallo á 1 §000 . . . • • 26§50021 dusias de ferraduras de besta â

800 rs 168800287 libras de fio de sapateiro a 400 114g800.21040 fivellas de ferro estanhadas

álOrs. . . . ..• • • 210S400

@ OTB)M@ B

Finalisa o espéctaculo com a Farça em 1 acto

CAIXEIRO DATA-VERNA.

Principiará ás 8 1/2 horas.Os camarotes podem ser procurados desde já, no thea-

tro, todos os dias do meio dia ás 3 da tarde.

A quem levar á casa denominada—Palácio—ha Cachoeira) um macho baio, pequeno, ve-lho, com a marca de ferro paulista no quartodireito, que desappareceo do alto de D. Vi-cencia á três mezes pouco mais ou menos,se gratificará com 10ÍJ000.

ESCRIPT0RI0 DE ADY0-CACIA

DECamlllo Augusto Maria de Brltto

bacharel formado em sciencias jurídicas pela faculdadede São Paulo, na villa da Ponte Nova.

RUA OIOEtEIT-A-.Encarrega-se de todos os negócios da sua profissão.

Procurações geraespeeiaes.

e es-

|\ esta typogpaphia acha-se um completolisortimento de procurações tanto geraescomo especiaes pelos preços seguintes. geraesa 2§000 ao cento e especiaes a 1$000.

Vende-se por preço commodo uma escrava creoula de•3 annos de idade, prendada e de bons costumes. Parainformações dirijao-se a esta typographia.

N'esta typographia se dirá quem tem para \ender um

piano inglez de seis oitavas em muito bom uso, e por

preço muito commodo.

;:V.-'~ . .';':.^-;"-

¦.'.¦'¦"¦¦. ""

.-¦"¦_-¦ ' - ¦

Page 4: 11 N.' 73 DIÁRIO DE MINASmemoria.bn.br/pdf/376523/per376523_1866_00073.pdf · curato de St. Ritta de Cássia, que hoje consti-tue a nova parochia do* mesmo-nome, creada pela lei

DIÁRIO Í>E JVIXIVA.Í5

O Peitoral de Cereja,DO DR. AYER,

Tara a ccra radicali: certa dc todos iih molca-Uos do peito c da garganta,tosses, constlpoções, Brou-culte, asma, dcfluxOB, roqui-dão, Coqueluche, angina,Dlptlicrla.

Eite xaropo peitoral «5 oresultado de lotigos annos deCBtudo por um dos primeiros

médicos da America do Norte, e de experiências minu-clod.in nos principaes hospitaes do mundo; é receitadojwloa médicos mais dlstinctos deste século na sua clinicaparticular, portanto é digno de toda confiança, 1»,por serefficaz, alcançando com uma certeza infalível o assento damoluatla c arrancando Jlio as raízes, assim dando aosórgãos afleetadori uma acção naturul o uS:—2«, por ser ín*tiocente c appttcavol a qualquer jicssôadc qualquer idade onsexo, so lioincm robuBto ou ú criança da mais tenra Idade,cada frasco sendo necompanhado dc dlrrccçõcs minu-ciosas : —3», e ultimo, por não ser um remédio secreto, poisqualquer medico ou pharmaecutico podo obter a formulaila sua composição, dirigindo-se pessoalmente ou porcarta ao agente geral, II. AI. Lane, a rua Direita No. 15,Kio de Janeiro.

Muitos casos quo tinhão zombado do todos os ro-cursos da sciencia tem sido curados radicalmente como uso do

Peitoral de Cereja.As pessoas atacadas do tosse, defluxos, Dòr da gar-gattta, Bronchite, asma, etc, e outros symptomos datiska primaria geralmente fazem pouco coso do senpadecimento ato quo seja tardo para cura-lo. Naodescuideis d* uma tosse porquo agora parece de poucaimportância ; uma íosbc descuidada chega a serchronica c induz a formação do Tubcrculos nos pul-mües.

Nenhuma casa de familia devo estar sem um frascodesta xarope á mão ; pois nos ataques repentinos doAwjina, de Croup, o nos paroxismos do Coqueluche jou tosse comprida a que estão sujeitas as crianças,não ha tempo do chamar um medico, nom do fazerreinedios, e esto xaropo alivia immcdiatamento e pãoo íilliu querido são o salvo, fora dc perigo.

As moléstias que estilo ao alcance das virtudes cura-tlvaa do FEITOEAZ, J>E CEREJA. Bio

Defluxos, Tossob, Asma, Esquinencia, Bronchite.Coquoluch.0, Tosso ferina ou convulsiva.

Hoquidúo, Toâaa as moléstias do peitoo garganta. Consumpção dos Pul-

xnfloa ou Tísica pulmonar.Acha-se cm todas as Boticaa e Drogarias do Império.

Pílulas Catharticas do Dr. AyerCURÃO

Prisão do ventre, Jndigeatão, Constipação,Ithcumatismo, Hommorrhoidat, I>ôr do cabeça,A. Nevralgia, inal do estômago, Enxaqueca, mal<lo Fígado, Oattrite, Feiro i/astro-hepatlea, Zoui-urinas. Erytlpella, Uydrofia, Incremento dobaço.

Todos us moléstias quo provém do uso excessivo doQuinino.

0 melhor purgante até hoje conhecido.Estas pílulas assucaradas sao puramente vegitaa.

rTOGÀO E PÜSIFIOÃO BEM KEBCUBIO.

A Tenda em toda» na Boticaa c Drogarias do Império.

AGENTE SEIIAL,H. M. LANE, Itua Direito No. 16,

Bio de Janeiro.Àclia-se ii venda em caza do sr. Carlos Ga-

briel de Andrade.OURO PRETO. RUA DIREITA.

Ha muito tempo que este especifico é pre-parado por um hábil e pratico pliarmaceu-tico, e nem nma ouça é manipulada, sem

que o seja á sua vista com o mais escrupulosocuidado. Os vidros d'este admirável especificoestão lacrados com o sello do inventor, e alei o protege contra falsificações, portanto po-de-se considerar verdadeiro e sem adulteração.

E' elle o mais seguro remédio até hoje co-nhecido para a Jcura de todas! as| moléstias dopulmão: para tosses defluxos, rouquidões, as-tlima, croup, tosse convulsa, bronchites, phlij-nica recente, e alliviu. os soffrimentos causadospela pldysica no ultimo grão. 0 tempo temtornado estes factos mais evidentes, e e co-nhecido o allivio que os doentes experimen-tao com este remédio, desde a maishumil-de cabana de nossos camponeses até ossumptuosos palácios dos soberanos europeos.

Não existe em todo o paiz uma cidade ,villa, aldèa, e mesmo lugarejo em que o xa-rope peitoral de cereja não seja conhecido,camo o melhor remédio, para as moléstiasda garganta e dos pulmões.

Em diversos paizes estrangeiros é muito ap-

plicado por seus mais eminentes facultativosSe se pode prestar fé ao que homens de

todas as classes alfirmão, de que elle temfeito; se podemos acreditar em nossos pro-prios sentidos, quando vemos as perigosas af-fecçOes do pulmão cederem a elle; se pode-mos crer no testemunho de intelligentesfacultativos, cuja obrigação é conservar osfactos; finalmente se é permittido acreditarem cousa alguma, está incontestavelmente

provado que este remédio cura todas as cias-ses de moléstias acima designadas, melhor do

que todos aquelles até hoje conhecidos. Bas-tão unicamente as suas virtudes intrínsecas,e o ini-ontestavel bem que tem feito a mi-lhares de doentes, para que surgisse e sesustentasse a reputação de que goza. Em

quanto que outros remédios inferiores a este,e que forão acolhidos pelo vulgo, falharãoe forão depois abandonados; este tem ganhoamigos pela experiência, e pelos benefícios

que tem prodigalisado aos afflictos que a elletem recorrido, e que nunca poderão esque-cer as maravilhosas curas obtidas, porquesão numerosas demais para- serem olvidadas.

• Agencia central a rua Direita n. 15—Riode Janeiro.

A LEGITIMA

fâ ítiêèêèêêÊi. ".

DE BRISTOL.PREPARADA UBICAMESTE POR

LANMAN & KEIP,NOVA YOEK.

Dasos

OS MAIS AOORMNTIIR

D'iiiua pcrtiiüiz duração

Oü ERUPÇÕES ESGEOFÜLOSAS,Ulcúras (1c toda ;i vt\wck.

SYPHILIS, OU MAL VliNÉRFA

TUMORES,

RtiuElãçõcs,

BERTOEJAS,

0PHTHAL1IA,Jlydrupi.siã,

Ici8p.ige.asiHEHPKS, ,,,.,

ÍPartros,BBYSIFBUS

ESÍORBUTO. -;¦'¦

Tinha,

CHAGAS ANTIGAS,Rheuttiatfettiçt GEitociíg©»

DEBILIDADE GERAL,Nervosidade, Nerralgias,

MM DE MMA PASMO,

/wffi.ydJ n^^rtR*'' "A.

éÊÊÊÊÈÊiÊÊÈk

£HHR¦¦¦¦ 1 ¦ K^^^p^'í>:T?S"^^^S8 Ba

J>

SÜPPB.ESSÃO DAS SEGE A. S, ouAMEJIOBRHEA,

Liiia i Mi iisis,leteiicão das Üriiaas,

EMACIAÇÃO,Ou e.uimarjrecimenlo gemi do corpo, prove-

uiente do estado vicioso do sguyué,

ÍBF1AMMACÕES CHRÔNIGÁS,Affecções Ohronicas do Fígado,

AKSIM COMO TODAS AS MAIS 8IMILTIAXTES MO-LKSTIAB, PKINCirAi.MKNTK QUANDO SAO

CAUSADAS, OU PRODUZIDAS PELO MUILivitii uso no Mekcliuo ou

Quinino,\bmIiii como intnbrni pelo freqüente n*o do AU-

KIíNICO c outras iirepuravfc» .llluerncst

rodas catas Enfennidndea proiapta o offloa^msiite cedem a benéfica, poderoza e

- puríQcautes qualidades da muijustamente afaniada

SSSíiiBl I BRISTOL.TODOS OS MEDICAMENTOS E PREPA-

RAÇÕES DOS CELEBRES CHIMICOSLÂMAN & KEMP DE NOVA-YORK

VENDE-SE NO OÜHO PItETO, ItUA DIIIEITA N. 30na acreditada botica de Manoel José Cabralpharmaceutico, approvado em chimica phisi-ca zoologia, matéria medica, botânica & pe-Ia imperial academia de medicina do Rio deJaneiro.

Francisco Baeta Neves Júnior, natural daÇastanheira Ribeira de Pêra, freguezia de SDomingos, em Portugal; filho de FranciscoBaeta Neves, e dè Anna Maria Francisca, de-clara ao publico que nada deve a pessoa ai-guma, é por haver outro de igual nome, as-signar-se-ha de hoje em diante, FranciscoBaeta Coelho.

Queluz 22 de agosto de 1866.

¦BIIIHANTUNES.

FVu.il IMrolta abaixo da Praça 9."casa.

Acaba de receber do Rio de Janeiro, um completosoitimeiito de gêneros de molhados os quaes vende porpreços muito razoáveis.A saber:

Vinho branco lisboa superior, garrafa—700 rs.Dito tinto idem—700 rs.Dito verde—700 rs.Dito da bnirrada—lSOOO rs.Cerveja branca—l/jl20 rs.Ucnehra hollandeza, frasco—9G0 rs.Kcroscne legitimo, garrafa—800 rs.Manteiga ingleza a melhor que ha—lfjSOO rs.Velas dc composição—790 rs.Sardinhas de Nantes, lata—880 rs.Sahüo do reino—320 rs,Kapé artfa preta superior—1((200 rs.Vendo outros muitos gêneros em proporção.Ouro Preto 1 de setembro de^lSGG.

ves, nao se tendo realisado entre nós negocioalgum, que me constitua devedor ao mesmo;antes é elle auem de mim recebeo a quantiade 150ÍJ000 rs." a 'pretexto do negocio d'umcriotilò{de qüffláao «bféve 6 título,'pôr'sofeero dito crioulo mislésfià 'crônica e ter reclama-do em tempo:

Cattas Altas, 6 de julho da 1866.— AntônioRibeiro Mendes.... ...;.,.,,,; „ ,,,.,..,. .

AOS SRS. FAZENDEIROS,

ABAIXO ASSIGNADO tem uma fazenda decultura sita no ribeirão Vermelho freguezia do AbreCampo, município da Ponte Nova. tem o numero de400 alquercâ de terras superiores com sessenta a oi-tenta alqueires cm capoeira, um paiol, moinho, cazasdc vi venda, olaria, dous pastos, compõem esta boafazenda oito mil pés do café , já dando frueto, coma commodidado do transporte muito fácil ao Porto doSouza, Caxoeira o Itapé-mirim. Outra fazenda annexacom mil alqueires do terras de cultura superiores comuma boa caza de vivenda, engenho movido com bois ,um paiol todo assoalhado e cercado com taboas, umcorrer de senzala para escravos, duas sevas, ura pomarcontendo café e outras fruetas, dous pastos grandesfechados, contendo o numero dc oitenta a cem alqueresem capoeiras.

Quem pretender qualquer dos duas fazendas, queiradirigii-se uo illm. sr. Antônio Justiniahno Monteiro deCoUciy, em Abro Campo, c a Antônio do Souza Gomesno llcquiry, paia se contractar a venda, cujas proprie-dades achQo-se livres de qualquer duvida.

Abro Campo, 10 de julho de 18üG.—Antônio MartinsPinheiro.

BACHAREL FURTÜNATO R. N. PENIDOvende a parte que tem na fazenda da Victoria quo foido padre Joüo Francisco da Silva, cuja parte regulapouco menos de um terço com o abatimento do 30 por »/»a quem pagar á vista, também vendo a prazo, e todosos mais herdeiros deixarão autorização para vende-rem suas partes.

A fazenda tem engenho de cana, o outros maebinismos,uma boa ermida com todos os paramentos. O maça-mo he t3o grande e bom que alguns entendidos dl-zi-m não poderia hojo ser fabricado com dispen-dio menor du 16 contos; entretanto, o maçame commais 210 alqueires do terras está avaliado em poucomais de 8 contos.

A fazenda he situada junto ás margens do Parau-peba, e com facilidade se pode estabelecer pesqueirorendoso no ribeirão que desagãa no rio.

EIXOU o major Josó Antônio de Araújo e Silvaconsignado em soo testamento uma quota de l:000j!000á Luiz Antônio de Araújo e Silva como remuneração dosserviços quo em vida do testador lhe prestara este,. coma condição do passar o legado aos herdeiros do beneü-ciado, caso esse não existisse mais.

Ha 20 annos mais ou menos desappareceo Luiz Anto-nio, e seo filho Antônio Felis de Araújo pretende levan-tar essa quantia na qualidade de herdeiro, por isso fazeste annuncio para que conste a seo pai, caso existaainda, ou para que alguém de ao herdeiro noticias suasdentro do praso de 30 dias, depois do que so-procederáa arrecadação.

Ouro Preto, 27 do junho de 1866.—O procurador,Innocencio Gonçalves Coita.

O abaixo assignado, actualménte mdraSLorna bem conhecida e acreditada., caieira quéfoi da fallecida D. Francisca Koza de S. José,previne ao respeitável publico, para evitarabusos, que tem fixado os preços seguintes:

Por cada um alqueire de cal na caieira 600rs., no Ouro Preto 800 rs., e em Marianna18000 rs.

Com o presente annuncio tem o abaixo as-signado em vista evitar que fabricantes no-vos, que vendem-eal-mferior ao^do abaixo as-signado, possuo dar estracçao a seu gênerodebaixo do pretesto de ser de sua caieira, epor isso só se deverá considerar seu gêneroo comprado na caieira, na casa do sr. Zaca-rias Francisco de Freitas & Comp.% moradorn'esta cidade, no Largo d'Alegria, na casa dosr. José Maria Nolasco Pimenta, residenteem Marianna.

Ouro Preto 25 de Agosto de 1866.—Anto-nio Augusto da Silva Ramos.

Existem, alem de muitos outros, .seis animaes.'raua-res e cavallares lia longo tempo nà freguezia do'OuroBranco sem que se saiba a quem sao pertencentes"

'As autoridades daquella freguezia.nio os fazem apre-sentar a câmara municipal para os vendor como bensdo evento, por quo não teráo de tal apresentaçaofinle-

resso algum, eesperar-selque Attanasio, Roposo fiscalda freguezia e outros o.[fação, ó duvidoso por que sof-frem o prejuízo do uso 'eTruçtó.dè [que estãóde posse:por tanto previne-se á câmara municipal da existênciade taes.animaes, o pede-se qua,ao.menos zele suasrendas, visto que não se falia mais na falta de águanos chafarizes públicos, e no transito que èstájcortadoem algumas ruas em conseqüência do péssimo estado dosuas calçadas.

taimento chinez para soldar louça, vidro, ecristal, tinta para marcar roupa, dita roxa paraescrever, perfumarias, calçado, e roupa feita, tudomuito em conta na

IM Ü1ÜÜ Hi Ü

Concertos de relógios.Saul Splers, relctjoeirro Inglez,

estabelecido na rua de S. Joséconcerta relógios <1© todas asqualidades afiançando os con-certos por seis mezes.

1mm FUGIDOS.IUGIO da cidade de S. João d'El-Rei no dia25 de maio do corrente anuo o cabra ou criou-jo fula Manoel, que muitos o conhecem porSalabadejo, è de estatura regular, magrinho,dentes espontados , muito esperto e fallante,tem falta de um pedacinho em uma das ore-lhas por baixo e uma cicatriz no braço direito,tem costume de trazer os cabellos penteados eos bigodes cumpridos, muito amante de po-voaçoes, convivências e jogos. Dou trinta milróis a quem o prender, e pago a conducçao edespezas.

Joaquim Gonçalves Gomes.

O DIA 3 de ahrll do corrente anno fu-gio desta capita), o crioulo Çassemiro, de esta-tura baixa, reforçado, nariz chato, cara arre-dondada, sem barba, bons dentes., de idade de20 annos mais ou menos; foi vestido de camisadó chita, calça de casemira preta, palito de ca-semira arroxeada, e chapép de chijé: era apren-diz de pedreiro, e muito intelligente pára tudoquanto se lhe manda fazer. Foi arrematadoem praça de orphaos à 6 annos na villa deItaguahi (d'ondeé natural) para;o dr; EugênioCelsq Nogueira: foi.encontrado no ribeirão deAlberto Dias no dia 6 de abril procurandoBarbacena. . ...,;.,

Quem o áppréhènder, ou noticiara seo se-nhòr nesta' cidade, será. gratificado, querendo.

Ourd Preto, 16 de agosto de 1866Í— Dr. E.C. Nogueira.

Francisco de Paula Malaquias. primeiro tahclliüo emexercício nesta cidade o seu termo &., .

Faço saber que era meu cartório existe uma letra de-quatrocentos mil reis para ser protestada por falta depagamento; saccada contra Hugo Humphrcs, e peloprezente o-nottfico para pagal-a ou dar as razões porque o nao faz: ficando desde jâ intimado do mesmo pro-testo.

Ouro Preto 20 do agosto de 1866.—F. P. Malaquias.

Previno ap respeitável publico que nenhu-ma transaççap façao com p sr. João TeixeiraChaves, morador no districto da Espera, hojedeste termo dè Queluz, a respeito.de'um cre-dito passado e firmado por mim da quantiade 600S000 rs. a 18 de Fevereiro do cor-rente anno, pois nada devo o dito sr. Cha-

Desappareceu da fazenda do finado, tenentecoronel Manoel José Baião em fins de junhop. p. um escravo crioulo por nome'João Ama-ro, de idade 40 annos mais ou menos, ai-to, fino de corpo, côr algum .tanto fula,: comfalta de dentes na, frente,. barbas, só no.quei-xo, rosto Jargo, pÜios grandes, muito fallante,entendido dè arreeiro de iàropa, ^que.é muitoinclinado , e levou toda a roupa do tisò; quemo prender e levar à dita fazenda do Guararádo Termo de Queluz,-será bem gratificado.

Fugio da fazenda das Bandeiras da Fre-guezia e Municipio da Ponte Nova no dia 3 docorrente um escravo de nome Manoel, de na-çao congo, de idade de 35 annos mais ou me-nos, estatura regular, com uma grande beli-da em um dos olhos, que parece cego, poucabarba, e muito ladino por ter girado, com tro-pa no Ourp Preto: levou, chapéo de couro.

Quem p prender e levar á dita Fazenda, serágenerosamente gratificado por seu sr.

Ponte Nova 8 de maio de 1866. t-CustodioJosé Ferreira de Souza.&.- CS- . . ., .

Fugio no dia 20 do corrente do abaixo assignadoum escravo de nome-—Cândido; crioulo; idade 32 annos,mais. ou menos, rosto redondo, bastante barbado, côrretinta; grosso de corpo; estatura regular; tem emuma das mãos signal bem pronunciado de uma quoi-madura; falia grosso; á natural dos lados dé Grão Mogol;tem o costume de andar sempre com corbertura de bae-ta vermelha e da qual nüo larga.' Foi vestido com calça de algodão mineiro listado epalito da mesma fasenda o com chapeo pequeno de pa-.lha... .; . - .- f'-"!*"'

Quem b oppreliendor e trouxer ão Taboleiro do Pom-ba a seo dono, será generosamente gratificado.

Taboleiro 24 do Junho dè 1866.Francisco José de Mello.

V

Impresso na typographia hb J. F. dr Paula Castro.RUA DAS HBRCEZ DO OURO PRBTO H. 2

¦V^f'