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Anno V ~ ASSIGNATÜRAB '(Recife) Trimestre8$000 Anno...... J 2$000 (Tntoi iorêPfyrincias) Trimestre4$60(> Anno 18$000 As ássignaturas come- çam om qualquer tempo e termina no ultimo de Mar- ço, Junho, Setembro e De- zembro. Publica-se to- dos os dias. PAGAMENTOS ADIANTADOS iM ¦ Reoife-Quinta-feira 18 de Maio de 1876 æ *, ,—; ORGAO DO PARTIDO LIBERAL Vejo por toda parte um symptoma, que me assusta pela liberdade das nações e da Igreja: aoentralisacão. Um dia os povoe despertarão clamando:—Onde nossas liberdades ? ; p-PR"x-5í»c.woOo»?r«fl. de Malinaa. 1864. JílUlCÇãO (le llOÍe 2500 ! TUte' *$$¦ ° de fazer P^liço ° próje.esBO j gaites eleições, em conseqüência de terem êí•'! Cia aUallfifiaeri.n. P.nmn manílo o 1™' tíiffn niinnln.dfl» nu An Si. «...,„•.,;'- rt..i_ W 872 oorbespondenõías A Redação acceita e figia- deoea collaboracção. A oorrespondenci» política será dirigida a rua Duque de Caxias n. 50 1- andar. ' ÉÜ '¦'¦¦' ÜÈ'' P"~* Todn a demais correspon- dencia, annuncios e publica- ções serão dirigidos para o es oriptorio datypographiíianm ào IMPERADOR K- 77. PAGAMENTOS ADIANTADOS 0FINA Que escândalo, que inaudito escândalo! As Juntas não teem querido publicar as listas de qualifica- cão que organisaram, e o go- verno não teve, nem tem poder de effectuar essa publicação pe- Ia imprensa, coagindo a quem deve cumprir a lei! Ora, assim fica provado de mais que se executa a reforma eleitoral com animo despreveni- do, ecom o mais severo—em- penlio de honra ! a província Recife, 18 de Maio de 1876. PiibfifiCMgao' lia» U«fa« <g<>* VotaiifeM A falta, e falta grave de não se haver publicado a lista geral dos cidadãos qua- liaficdos votantes, recahe principalmen- te sobre o governo. Embora o partido a qne pertencem as Juntas parochiaes tenha incorrido nès- ta ommissão, e allegue a justificativa de que não tem dinheiro para a publicação que a lei prescreve; embora esse partido se alegre e aplauda com a ausência de credito nos orçamentos do estado para pagarem-se taes despezas; embota seu interesse polittico de occultar as lacunas do seu trabalho, e de dificultar as re- clamações dos excluídos ou esquecidos, fique assim satisfeito; nada pôde justifi- car a imprevidencia do governo as re- cusas da câmara municipal, e a impo- tencia do presidente da província. O Br. Manoel Clementino, estadista improvisado,-- qtic distancia-se da po- Utica quando julr/a— subjugou-se ao in- teresso partidário, e estacou diante do espantalho—-a publicação pela imprensa dos defecuivos trabalhos das Juntas pa- rochiaes. S. JÍxç. que veio desenvolver perante esta sociedade atrasada, o novo e fecun- do systhema de governo, por meio do qual osadministradores distanciam-se da ¦poliüca qiúindojalf/am, aproximou-se to- ciayia, e com ardor, da política immòral c frauduhnut, desses homens perdidos que na capital, aproveitando-se da van- tagem dessa.não publicação, falsificaram a qualificação da parochia do Recife.' O regimen das trevas sempre foi favo- ravel ao crime, e os governos que temem a verdade, temem a luz. O Senhor . Manoel Clementino não quer a veidade da qualificação, e assim não encontra meios, não acha recursos, não emprega providencias para obrigar a cumprir-se a lei, publicando-sepela imprensa os cadastros dos cidadãos acti- vos e idôneos para o exercício do direito de votar e ser votado nas eleições do paiz. 'm A grande intelligencia de S. Exc, seu tino demonstrado pelo silencio natribu- na parlamentar, sua experiência longa dos homens e das cousas; não podem descer a applieação e resolução de um problema administrativo tão insignifi- cia qualificação, como manda a lei. De niinimis ne curat Pmtor. Mesquinha e pequenina por demais seria a tarefa de resolver o ridículo pro- blema, e oecupar a attenção dos políticos de polpa, com a observância de tão inu- til disposição de lei. Não por'certo. O Sr. Dr. Manoel Cie- mentino não veio ao mundo, não foi ele- vado até a cadeira da presidência de Pernambuco--elle parahybano do nasci- mento---, para tão pouca cousa. Os fados o talharam para commetti- mentos grandiosos. Estudar e êncàmi- nhar a política no terreno pratico em que se vive, cumprir a lei, respeitar e fa- zer respeitar o exercício dos direitos in- dividuaes, manter por todos os meios a liberdade que serve de base a todo o nos- so regimen constitucional, pugnar, de- fender a verdade de nossas instituições, condemnar e repellir todas as espécies de falseamentos, mentiras, e fraudes na applieação dos princípios, levar asocieda- de pela estrada da moralidade, do pro- gresso, e da civilisação; é uma rotina in- gloria a que S. Exc.', na pujança do seu gênio, não se presta. A sciencia do governo que tem seme- lhante escopo,—esta política qne consti- tue-sc objecto de meditação para os sábios e tira osomnp dos estadistas de tempera diversa do Sr. Manoel Clementino; não abalo a S. Exc. Elle distancia-se desta política, para dátanciav-se do que os grandes honiehs tem feito; S. Exc. quer provar á este pu- bhco de beocios, que não anda neste mundo por ver os outros homens an- darem. S. Exc. foge do terreno prati- co em que pisaram os seus melhores an- tecessores, isola-se da terra, sobe, sobe, distancia-se da nossa política, e pairan- do nas altas e novas regiões, pousa a'fi- nalno mundo da lua! Está em moda as viagens: se uns vão a Europa, e á America do Norte, estudar as exposições o adiantamento e progres- so desses povos, seus usos, costumes, e mecanismo político; desta norma úe es- tudos e apreciações afasta-se o Sr. Ma- noel Clementino, que distanciando-se de uma política tão gasta e commura, prefere tomar outro rumo, e viajar pelo paiz dos Pricolvos. Segundo a Astronomia Lunaris de Klepper, os habitantes da lua são síib- volvos os que moram na parte visível pe- Ia Terra, e Privolvqs, privados da Terra, os que moram na outra parte, a invisível para nós. E' nesta região lunar, inteira- mente desconhecida para nós simples mortaes deste pequenino planeta que ha- bitamos; é nesta região lunar que S. Exc. o Sr. Dr. Manoel Clementino Carneiro da Cunha foi estudar e aprender a san doutrina de que «os presidentes de pro- vincia,os governos são tanto mais sábios e patriotas, quanto mais se distafciajmjjia, política, em seos actos e decisões.» E a publicação das listas de qualifica- ção? Ora ! Esse cumprimento da lei tam- bem se distancia profundamente das pra- ticas constitucionaes dos predilectos Prioólvos do Sr. Clementino da Cunha. «ido aunuladas aa do Sr. Gavini por Corte, do Sr. Rouher pela circumscripção de' Eimuici Teleg rasmnas— Da folha official de hoje transcrevemos os seguintes: Paris, 16 do maio. Realisarani-se domingo ultimo na Corse- Kiom, deixando asaim vaga a deputação de Bastia. A apuração de escrutínio deu o seguinte resultado: Ajaccio.—Príncipe Napoleão. Corte. Sr. Gaviui. Bastia. Um outro candidato bonapartista. Philadelphia, 16 de maio. S.M, o Imperador do Brazill chegou á Cincinnati, e visitou os monumentais publi- cos a as principaes manufaturas dessa dep- sa cidade. Nova York, 16 de maio. Annuciam-se novos sérios conflictos no Estado de Luiziania entre os brancos e os negros. Foram enviadas tropas para as localida- des, aíim de restabelecer a ordem. Londrb8, 17 de maio. Asseguram se que o governo brintannico está quasi decidido a concordar com as ou- trás potências signatárias do tratado de Pa- ris, no que diz respeito á questão do Orien- te, mediante as bases assentadas na cou- feienoia de Berlim, mais a sua adhessão não tem ainda caracter official. Philadelphia, 17 de maio. S. M. o Imperador do Brazil, depois de ter vjsitado a cidade de Cincinnati, (no Estado de Ohio), proseguio em sua viagem, dirigiuds-se para o sul S. M. entrou uo Estado de Kentucky, o visitou diversos pontos importantes ou eu- riosos, entre outros a caverna de Mommoth (Mammoth cave). Paris, 17 de maio. 'C/ndòóretb. iusértõ no Journal Ojficiah contem a nomeação do Sr. Marcére para minietró interior, em snbstintição do Sr. Ricard, que falleceU. ANSembléa l»r<t> Viciai Frmccionou hontem sob a presidência do Sr. N. Portella. ( Approvada a acta da sessão antecedente, o Sr. 1* secretario leu o seguinte expediente: Um oífioio do seórotftrio do «ovtuno da pro- vineia, traâsmittindo por cópia o officio do vice- provedor da Santa Qasade Misericórdia corn oh dooiimentos relativos ao privilegio A"râ & 0.—-A quem fez a requisição. Outro do menino, devolvendo a. petição de Aiitfiiet ¦¦ Genuíno do Figueiredo, com a informa- ção fíá Câmara Municipal do Recife.— A quem fez a lequieição. Outro do mesmo, remettondo por copia as in- forthaçõas prestudan p^lo rowooor do (iyínuasio e pelo direotor EhooIu Normal.—A quem fez a requisição. Outro do mesorn, rometíendo nina petição dos babitauteá de A»uas.tíi<lliiR o Mariannri, p,>- dindo a oreiiç&o de ilua» oudoiriiP da instrucção primi.riu, assim cotho a niinexiiçilo do districto da Mauool AIvpr a villa do Biiiijne. A' com- rai^ào do inatvneçãopnblicii. Unia petição de Wüliurn James Lindsey, en- genheiro civil e hooío da efitiada de Palnjàres a Bebedouro, pedindo que'se autoriae 0 presiden- to da pròyincia a eontractar com cll« a cons- frheçâo dft uma estrada de rodagem arití-e as villufi de Bonito e Pahuaros.—À'1 commissão de obras publicas o m- - -Jose' Antônio 4le Fi- »neHredo—Eealisou.se hoje, pelas dez horas da manhã, na Igreja do Carmo, o acto pio e religioso que o partido liberal mandou celebrar em honra fúnebre á sau dosa raeraona doillustre finado, e benerae- rito-pernambucano, Dr. José Antônio de Figueiredo. Este cidadão, que durante a vida, des!;inguiu.Se somo Lente da Acade- mia Jurídica, advogado, escriptor, fpolitico e religioso, teve ainda üoje o seu túmulo rodeado de grande numero de amigos, que espontaneamente acudiram ao convite do Directorio Liberal, para darem testemu- uno da-saudade sincera que nutrem por / aquella perda, e da veneração posthuma que acompanha á mem.ria do nome puro do íllustre cidadão. Finda a cerimonia christã, len o nosso íllustrado amigo, o Sr. Dr. Aprigio Justi- mano da Silva Guimarães, ura discurso notável, que prendeu a attenção do audi- tono. O Sr. Dr. Aprigio, mais uma vez deu provas do seu talento e erudição : seu dis- enrso se divide em duas partes principaes, uma que contem a historia, a critica das idéas políticas e religiosos do finado, e do modo porque a actual seciedade contempo- ranea encara os homens salientes pela cuU tura do entendimento ; e outra que diz p«r- ticularmente respeito ao caracter do prau- teado cidadão, parte que denominaremos propriamente a necrologica da oração, e que sem duvida alguma foi sentimental, mimo- | za, pathetica, e na altura dos espíritos cul- I tos e delicados, e na altura do solido me- j recimento do amigo que todos nós chora- 1 mos. Soube o Dr. Aprigio commover seus ou- vintes, e com mão do mestre pintar o qua- dro sempre triste, e lugubre, diante do qual a humanidade se humilha, e conhece o nada, que é. ¦ Parafallar de typos da excelleucia emag- nitude, como o do fallecid» correligionário e amigo Dr. José Antônio de Figueiredo, tem-se erguido talentos superiores, o nas mesmas condições veio hoje o Dr. Aprigio com a sua paiavra viva. brilhante, e elo- quente desempenhar uma missão grata a honrosa, o em nome de iodos nós dizer o adeus extremo, dando testemunho de quo no coração brasileiro será perduravel e vivíssima a lembrança do bailo caracter que desappareceu da nossa sociedade. Houra eterna á memória do amigo mor- to ; parabéns ao'orador'. C^sníanífliiog^ação i*itnéS»r<i*— Os discípulos do nosso ilíustre amigo não esqueceram a divida de gratidão ao mestre que lhes devassava oa arcanos da sciencia do direito era meditadas prelecções. A manhã, ás 9 horas do dia, mandam sríftntgar a sua alma, em homenagem & sua memória. Eis o convite por elles d erigido : « Havendo o 2- anno jurídico da facüldà- de do direito do Eecife, deliberado mandar ' V""¦ ~" «" «••»Y^".W «•" «V.ul."?l «tnucillUU UlIliJUilJ Outra de Justino Jopó do Souza Campos, ro- j celebrar uma missa de Eequiom nelo repou- licitando que sejárn declarados sem effoito os 8o eterno de seu sempre chorado lente e contractos quo cel,hrou para^a illuminaçâo a [ amig0 o Dr. José Antônio de Finaeiredo ga» e abastecimento d'affna r-otave para a cida-!-i. . \ J-<<i'<u,uw, S;:j-*«lS;í««« _a>:L.7 ? "" I convidamos oommissiouados por nossos de de Goyauna. A' commitisão de obras pri- blioas, São lidos, julgados objecto de deliberação e vão a imprimir dons paroceres da comrnifisào petições, os qnaes ooucluem por projentos, deferindo as petições do Manoel do Miranda I manhã, a esse neto de religião é niedade Castro e dos partidores do Geral e Orphãoa do termo desta capital. Passando-se á ordem do dia, são approvadas em 2? disoussão as emendas apresentadas em 8* ao orojeoto n. 25 deBte anuo concedendo lo- teriafl. Entraudo em 3? discns«ão o projeoto do força policial, oram os Srs. G. Campollo, Aguiar, G. de Drummond, G. Oavaloante, Rntis e Silva, Mello Reprn o G. Baptista, sondo, finalmente, approvando oom uma emenda o substitutivo da commissão. Continuando a discussão do orçamento pro- vincial, levanta-se a sessão por falta de quorum. A ordem'do dia para bojo é a contmuav-âo antecedente. collegas, a todos os nossos mestres, colle- gas, parentes e amigos do mesmo finado a concorrer com suas presenças, á matriz da Boa-Vista no dia 19 do corrente as 9 horas Fernando Mendes de Almeida, Francisco José Gonçalves Agra Xetto, Marcoíiao Ij. Gamara Júnior. » Como nnn<looaa-@tt si$ s!c«- nas !...—O Sr. deputado Joaquim Pedro de Mello Rego, em represália ao Sr. deputa- do Gervasio Campello, apresentou um pro- jecto reduzindo o subsidio. dos deputados futuros a 5$000 diários. Perseguido, pos rém, posteriormente pelos remorsos pecuriia- rios, anda cabalando para os collegas vota- rem outra seu prbfecto ! Não suppunhamos o Sr. Mello Eego tã0 timorato, pois á não ser distração, não snbe.

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Anno V~

ASSIGNATÜRAB'(Recife)

Trimestre 8$000Anno...... J 2$000

(Tntoi iorêPfyrincias)Trimestre 4$60(>Anno 18$000

As ássignaturas come-çam om qualquer tempo etermina no ultimo de Mar-ço, Junho, Setembro e De-zembro. Publica-se to-dos os dias.PAGAMENTOS ADIANTADOS

iM ¦Reoife-Quinta-feira 18 de Maio de 1876

*, ,—;

ORGAO DO PARTIDO LIBERALVejo por toda parte um symptoma, que me assusta

pela liberdade das nações e da Igreja: aoentralisacão.Um dia os povoe despertarão clamando:—Ondenossas liberdades ?

; p-PR"x-5í»c.woOo»?r«fl. deMalinaa. 1864.

JílUlCÇãO (le llOÍe 2500 ! TUte' *$$¦ ° de fazer P^liço ° próje.esBO j gaites eleições, em conseqüência de terem

êí •' ! Cia aUallfifiaeri.n. P.nmn manílo o 1™ ' tíiffn niinnln.dfl» nu An Si. «...,„•.,; '- rt..i_

W 872oorbespondenõías

A Redação acceita e figia-deoea collaboracção.

A oorrespondenci» políticaserá dirigida a rua Duque deCaxias n. 50 1- andar.

' ÉÜ '¦'¦¦'

ÜÈ'' "~*Todn a demais correspon-dencia, annuncios e publica-ções serão dirigidos para o esoriptorio datypographiíianmào IMPERADOR K-77.

PAGAMENTOS ADIANTADOS

0FINAQue escândalo, que inaudito

escândalo!As Juntas não teem querido

publicar as listas de qualifica-cão que organisaram, e o go-verno não teve, nem tem poderde effectuar essa publicação pe-Ia imprensa, coagindo a quemdeve cumprir a lei!Ora, assim fica provado de

mais que se executa a reformaeleitoral com animo despreveni-do, ecom o mais severo—em-penlio de honra !

a provínciaRecife, 18 de Maio de 1876.

PiibfifiCMgao' lia» U«fa« <g<>*VotaiifeM

A falta, e falta grave de não se haverpublicado a lista geral dos cidadãos qua-liaficdos votantes, recahe principalmen-te sobre o governo.

Embora o partido a qne pertencem asJuntas parochiaes tenha incorrido nès-ta ommissão, e allegue a justificativa deque não tem dinheiro para a publicaçãoque a lei prescreve; embora esse partidose alegre e aplauda com a ausência decredito nos orçamentos do estado parapagarem-se taes despezas; embota seuinteresse polittico de occultar as lacunasdo seu trabalho, e de dificultar as re-clamações dos excluídos ou esquecidos,fique assim satisfeito; nada pôde justifi-car a imprevidencia do governo as re-cusas da câmara municipal, e a impo-tencia do presidente da província.

O Br. Manoel Clementino, estadistaimprovisado,-- qtic distancia-se da po-Utica quando julr/a— subjugou-se ao in-teresso partidário, e estacou diante doespantalho—-a publicação pela imprensados defecuivos trabalhos das Juntas pa-rochiaes.

S. JÍxç. que veio desenvolver peranteesta sociedade atrasada, o novo e fecun-do systhema de governo, por meio doqual osadministradores distanciam-se da¦poliüca qiúindojalf/am, aproximou-se to-ciayia, e com ardor, da política immòralc frauduhnut, desses homens perdidosque na capital, aproveitando-se da van-tagem dessa.não publicação, falsificarama qualificação da parochia do Recife.'

O regimen das trevas sempre foi favo-ravel ao crime, e os governos que temema verdade, temem a luz.

O Senhor . Manoel Clementino nãoquer a veidade da qualificação, e assimnão encontra meios, não acha recursos,não emprega providencias para obrigara cumprir-se a lei, publicando-sepelaimprensa os cadastros dos cidadãos acti-vos e idôneos para o exercício do direitode votar e ser votado nas eleições dopaiz.'m A grande intelligencia de S. Exc, seutino demonstrado pelo silencio natribu-na parlamentar, sua experiência longados homens e das cousas; não podemdescer a applieação e resolução de umproblema administrativo tão insignifi-

cia qualificação, como manda a lei.De niinimis ne curat Pmtor.Mesquinha e pequenina por demais

seria a tarefa de resolver o ridículo pro-blema, e oecupar a attenção dos políticosde polpa, com a observância de tão inu-til disposição de lei.

Não por'certo. O Sr. Dr. Manoel Cie-mentino não veio ao mundo, não foi ele-vado até a cadeira da presidência dePernambuco--elle parahybano do nasci-mento---, para tão pouca cousa.

Os fados o talharam para commetti-mentos grandiosos. Estudar e êncàmi-nhar a política no terreno pratico emque se vive, cumprir a lei, respeitar e fa-zer respeitar o exercício dos direitos in-dividuaes, manter por todos os meios aliberdade que serve de base a todo o nos-so regimen constitucional, pugnar, de-fender a verdade de nossas instituições,condemnar e repellir todas as espéciesde falseamentos, mentiras, e fraudes naapplieação dos princípios, levar asocieda-de pela estrada da moralidade, do pro-gresso, e da civilisação; é uma rotina in-gloria a que S. Exc.', na pujança do seugênio, não se presta.

A sciencia do governo que tem seme-lhante escopo,—esta política qne consti-tue-sc objecto de meditação para os sábiose tira osomnp dos estadistas de temperadiversa do Sr. Manoel Clementino; nãodá abalo a S. Exc.

Elle distancia-se desta política, paradátanciav-se do que os grandes honiehstem feito; S. Exc. quer provar á este pu-bhco de beocios, que não anda nestemundo por ver os outros homens an-darem. S. Exc. foge do terreno prati-co em que pisaram os seus melhores an-tecessores, isola-se da terra, sobe, sobe,distancia-se da nossa política, e pairan-do nas altas e novas regiões, pousa a'fi-nalno mundo da lua!

Está em moda as viagens: se uns vãoa Europa, e á America do Norte, estudaras exposições o adiantamento e progres-so desses povos, seus usos, costumes, emecanismo político; desta norma úe es-tudos e apreciações afasta-se o Sr. Ma-noel Clementino, que distanciando-se deuma política tão gasta e commura,prefere tomar outro rumo, e viajar pelopaiz dos Pricolvos.

Segundo a Astronomia Lunaris deKlepper, os habitantes da lua são síib-volvos os que moram na parte visível pe-Ia Terra, e Privolvqs, privados da Terra,os que moram na outra parte, a invisívelpara nós. E' nesta região lunar, inteira-mente desconhecida para nós simplesmortaes deste pequenino planeta que ha-bitamos; é nesta região lunar que S. Exc.o Sr. Dr. Manoel Clementino Carneiroda Cunha foi estudar e aprender a sandoutrina de que «os presidentes de pro-vincia,os governos são tanto mais sábiose patriotas, quanto mais se distafciajmjjia,política, em seos actos e decisões.»

E a publicação das listas de qualifica-ção?

Ora ! Esse cumprimento da lei tam-bem se distancia profundamente das pra-ticas constitucionaes dos predilectosPrioólvos do Sr. Clementino da Cunha.

«ido aunuladas aa do Sr. Gavini por Corte,do Sr. Rouher pela circumscripção de'

EimuiciTeleg rasmnas— Da folha official

de hoje transcrevemos os seguintes:Paris, 16 do maio.Realisarani-se domingo ultimo na Corse-

Kiom, deixando asaim vaga a deputação deBastia.

A apuração de escrutínio deu o seguinteresultado:

Ajaccio.—Príncipe Napoleão.Corte. Sr. Gaviui.Bastia. Um outro candidato bonapartista.Philadelphia, 16 de maio.S.M, o Imperador do Brazill chegou á

Cincinnati, e visitou os monumentais publi-cos a as principaes manufaturas dessa dep-sa cidade.

Nova York, 16 de maio.Annuciam-se novos sérios conflictos no

Estado de Luiziania entre os brancos e osnegros.

Foram enviadas tropas para as localida-des, aíim de restabelecer a ordem.

Londrb8, 17 de maio.Asseguram se que o governo brintannico

está quasi decidido a concordar com as ou-trás potências signatárias do tratado de Pa-ris, no que diz respeito á questão do Orien-te, mediante as bases assentadas na cou-feienoia de Berlim, mais a sua adhessão nãotem ainda caracter official.

Philadelphia, 17 de maio.S. M. o Imperador do Brazil, depois de

ter vjsitado a cidade de Cincinnati, (noEstado de Ohio), proseguio em sua viagem,dirigiuds-se para o sul

S. M. entrou uo Estado de Kentucky, ovisitou diversos pontos importantes ou eu-riosos, entre outros a caverna de Mommoth(Mammoth cave).

Paris, 17 de maio.'C/ndòóretb. iusértõ no Journal Ojficiah

contem a nomeação do Sr. Marcére paraminietró dó interior, em snbstintição doSr. Ricard, que falleceU.

ANSembléa l»r<t> Viciai — Frmccionouhontem sob a presidência do Sr. N. Portella.

( Approvada a acta da sessão antecedente, oSr. 1* secretario leu o seguinte expediente:

Um oífioio do seórotftrio do «ovtuno da pro-vineia, traâsmittindo por cópia o officio do vice-provedor da Santa Qasade Misericórdia corn ohdooiimentos relativos ao privilegio dè A"râ &0.—-A quem fez a requisição.

Outro do menino, devolvendo a. petição deAiitfiiet ¦¦ Genuíno do Figueiredo, com a informa-ção fíá Câmara Municipal do Recife.— A quemfez a lequieição.

Outro do mesmo, remettondo por copia as in-forthaçõas prestudan p^lo rowooor do (iyínuasioe pelo direotor d» EhooIu Normal.—A quem feza requisição.

Outro do mesorn, rometíendo nina petiçãodos babitauteá de A»uas.tíi<lliiR o Mariannri, p,>-dindo a oreiiç&o de ilua» oudoiriiP da instrucçãoprimi.riu, assim cotho a niinexiiçilo do districtoda Mauool AIvpr a villa do Biiiijne. — A' com-rai^ào do inatvneçãopnblicii.

Unia petição de Wüliurn James Lindsey, en-genheiro civil e hooío da efitiada de Palnjàres aBebedouro, pedindo que'se autoriae 0 presiden-to da pròyincia a eontractar com cll« a cons-frheçâo dft uma estrada de rodagem arití-e asvillufi de Bonito e Pahuaros.—À'1 commissão deobras publicas

o m-- -Jose' Antônio 4le Fi-»neHredo—Eealisou.se hoje, pelas dezhoras da manhã, na Igreja do Carmo, oacto pio e religioso que o partido liberalmandou celebrar em honra fúnebre á saudosa raeraona doillustre finado, e benerae-rito-pernambucano, Dr. José Antônio deFigueiredo. Este cidadão, que durante avida, des!;inguiu.Se somo Lente da Acade-mia Jurídica, advogado, escriptor, fpoliticoe religioso, teve ainda üoje o seu túmulorodeado de grande numero de amigos, queespontaneamente acudiram ao convite doDirectorio Liberal, para darem testemu-uno da-saudade sincera que nutrem por/ aquella perda, e da veneração posthumaque acompanha á mem.ria do nome purodo íllustre cidadão.Finda a cerimonia christã, len o nossoíllustrado amigo, o Sr. Dr. Aprigio Justi-mano da Silva Guimarães, ura discursonotável, que prendeu a attenção do audi-tono.O Sr. Dr. Aprigio, mais uma vez deu

provas do seu talento e erudição : seu dis-enrso se divide em duas partes principaes,uma que contem a historia, a critica dasidéas políticas e religiosos do finado, e domodo porque a actual seciedade contempo-ranea encara os homens salientes pela cuUtura do entendimento ; e outra que diz p«r-ticularmente respeito ao caracter do prau-teado cidadão, parte que denominaremospropriamente a necrologica da oração, e quesem duvida alguma foi sentimental, mimo-

| za, pathetica, e na altura dos espíritos cul-I tos e delicados, e na altura do solido me-j recimento do amigo que todos nós chora-1 mos.

Soube o Dr. Aprigio commover seus ou-vintes, e com mão do mestre pintar o qua-dro sempre triste, e lugubre, diante doqual a humanidade se humilha, e conheceo nada, que é.

¦ Parafallar de typos da excelleucia emag-nitude, como o do fallecid» correligionárioe amigo Dr. José Antônio de Figueiredo,tem-se erguido talentos superiores, o nasmesmas condições veio hoje o Dr. Aprigiocom a sua paiavra viva. brilhante, e elo-quente desempenhar uma missão grata ahonrosa, o em nome de iodos nós dizer oadeus extremo, dando testemunho de quono coração brasileiro será perduravel evivíssima a lembrança do bailo caracterque desappareceu da nossa sociedade.

Houra eterna á memória do amigo mor-to ; parabéns ao'orador'.

C^sníanífliiog^ação i*itnéS»r<i*—Os discípulos do nosso ilíustre amigo nãoesqueceram a divida de gratidão ao mestreque lhes devassava oa arcanos da scienciado direito era meditadas prelecções.

A manhã, ás 9 horas do dia, mandamsríftntgar a sua alma, em homenagem &sua memória.

Eis o convite por elles d erigido :« Havendo o 2- anno jurídico da facüldà-

de do direito do Eecife, deliberado mandar' V"" ¦ ~" «" «••»Y^".W «•" «V.ul."?l «tnucillUU UlIliJUilJOutra de Justino Jopó do Souza Campos, ro- j celebrar uma missa de Eequiom nelo repou-licitando que sejárn declarados sem effoito os 8o eterno de seu sempre chorado lente econtractos quo cel,hrou para^a illuminaçâo a [ amig0 o Dr. José Antônio de Finaeiredoga» e abastecimento d'affna r-otave para a cida-! -i . . \ J-<<i'<u,uw,

S;:j-*«lS;í««« _a>: L.7 ? "" I convidamos oommissiouados por nossosde de Goyauna. — A' commitisão de obras pri-blioas,São lidos, julgados objecto de deliberação e

vão a imprimir dons paroceres da comrnifisàodé petições, os qnaes ooucluem por projentos,deferindo as petições do Manoel do Miranda I dá manhã, a esse neto de religião é niedadeCastro e dos partidores do Geral e Orphãoa dotermo desta capital.

Passando-se á ordem do dia, são approvadasem 2? disoussão as emendas apresentadas em8* ao orojeoto n. 25 deBte anuo concedendo lo-teriafl.

Entraudo em 3? discns«ão o projeoto do forçapolicial, oram os Srs. G. Campollo, Aguiar, G.de Drummond, G. Oavaloante, Rntis e Silva,Mello Reprn o G. Baptista, sondo, finalmente,approvando oom uma emenda o substitutivo dacommissão.

Continuando a discussão do orçamento pro-vincial, levanta-se a sessão por falta de quorum.A ordem'do dia para bojo é a contmuav-âo dáantecedente.

collegas, a todos os nossos mestres, colle-gas, parentes e amigos do mesmo finado aconcorrer com suas presenças, á matriz daBoa-Vista no dia 19 do corrente as 9 horas

Fernando Mendes de Almeida, FranciscoJosé Gonçalves Agra Xetto, Marcoíiao Ij.Gamara Júnior. »

Como nnn<looaa-@tt si$ s!c«-nas !...—O Sr. deputado Joaquim Pedrode Mello Rego, em represália ao Sr. deputa-do Gervasio Campello, apresentou um pro-jecto reduzindo o subsidio. dos deputadosfuturos a 5$000 diários. Perseguido, posrém, posteriormente pelos remorsos pecuriia-rios, anda cabalando para os collegas vota-rem outra seu prbfecto !

Não suppunhamos o Sr. Mello Eego tã0timorato, pois á não ser distração, não snbe.

Page 2: ORGAO DO PARTIDO LIBERALmemoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1876_00872.pdfque na capital, aproveitando-se da van-tagem dessa.não publicação, falsificaram a qualificação da parochia

2 A Província

moa como o ülustre deputado concebeu aidéia de que tal projectò teria probabilidadede passar...

Tranquilise-.se, Sr. Mello Rego; fiquecerto de que o seu projeoto terá unicamenteo mt'voto, por honra da firma, o do Sr. Ger-vasio Campello, e talvez o do sábio estu-âànte:..

Nao precisa, pois, cabalar; nãG continuea dar motivos a sons collegas para o debi-caiem....porque, quanto ao publico, conhe-ce elle geiis sentimentos ^

MeSlaè^á;a4(fiaié.o «Sos fljortos<&'ê lSfi*alsÍa.%-Ò nosso prestimoso e de-dicado amigo, Dr. Manoel. Buarque de Ma-oéàòj ábtuaímenté á testa de uma sécçãotechnicá da secretaria de Agricultura, offo-receu-üo,; um volume nitidamente impres-so contendo oa relatórios de Sir Jonn Haw-lishaw sobre o melhoramento de diversospartos do Brazil, depcis de sua visita a esteimpério,acompanhados de mappas denioustra ti vos;

Esse engenheiro devicle os meihorameu-tos em duas classes : obras que poderão serexecutadas dentro de cinco annos, e outras,cuja execução exigira, termo médio, dez an-nos. Com refereuoiauo nosso porto, acham-se as primeiras avaüiadas em & 875.000 eac segundas,em £ 950,000.

Nesse relatório clama o engenheiro in-glez « contra a liberdade com que lança-seentulhos de toda sorte nos cauaes interiores.Esses entulhos inutilisam os cáes ; e comoa profundidade do porto depende principal-mente do volume d'águas que entra e sabe,o entulho dos cáes redüzil-à-ha gradualmen-te ». São essas as toxtuaes palavras do ei-tado engenheiro.

Agradecemos ao nosso amigo "Dr. Buar-que a obsequiosa remessa.

PropagiMloirat <la laatraicção üPubíiea do íPoço da l*a-BBeS3a— Durante o mez de Abril tiveramo seguinte movimento as escolas que seacham a cargo desta sociedade:

Na escola diurna do sexo masculino doMonteiro a matricula elevou-se a 81, sendoa freqüência media de 22, na nocturna foiaquella de 14 e esta de 8.

Na escola diurna do sexo masculino daPedra Molle á matricula foi de 16 e a fre-queucia media de 10, ua nocturna a inatri-cuia foi de 8 e a freqüência media de 3.

Na escola mixta e diurna do Encana-mento a matricula f°i de 19 e a freqüênciamedia de 17

Na escola mixta e diurna do povoado doMacaco a matricula foi de 9 e a freqüênciamedia de 4, na nootuaua do sexo masculino

foi a matricula de 20 e a freqüência mediade 10.

A. matricula por conseguinte em todna as7 escolas á cargo da sociedade no moz deAbril elevou-se a 118, sendo a freqüênciamedia de 78.

MsaçapaasaBüsa IgrásssÉ'©fr.ât«-Rscebemos o n* 4 do Boletim, do Grande Ori-ente do Brazil, correspondente ao moz deAbril.

— Depois de .uma longa interrupção,cuja causa não podemos assignalar, reco-bomos também os ns. 9 a 12 do Boletim doGrande Oriente Unido e Supremo Conse-lho do Brazil, dos mezes de Setembro aDezembro do corrente anno.

MtòiCafc—-O Sr. Antônio Josód'Aze-vedo acaba de imprimir a walsa, Flor deMaria, composição de H. Albertazzi.

Agradecemos o exemplar que nos offereceu.

E*as»aag«ãa'4^s— Chegados dos por-tos do sul uo" vapor nacional Pernambuco:

¦ Luiz Correia dò Avelar, Lanrindo Gamae sua senhora. Jíian U. Gari", João Baptistada Cruz, Francisco Machado dos Santos,Augusto F. Loureiro, Arthur Alves de Sou-za, Jomia Maria Therezá, João Lopes Gar-oia, Rangel, 1 ex-praça, Custodio José dosRóis, Pedro d'Ab.reu Lages, sentenciadoYictorinu C. de Lima, Alexandre do Ama-irai-, Manoel Pinto Leite, Antouio B. Ribei-ro Dantas, Carlos B. Kleiro Manoel PintoLisboa, Joaquim Pires Novaes, 1 anspeça-da e 2 escravos á entregar.

—Seguem no mesmo iapòr para os por-tos do norte:

Francisca Maria do Bomfim, LeopoldoS. do Nascimento, D. Rosa BarrosojS filhosmeuores ex-praça?,Maria Rosa.Luiza Rosa,Segismundo Aurolio do Moura, TheodoricoF. Gonçalves Matheus Parris, Júlio d'Agui-ar Machado, Emiliò da Costa, Bernardo P.Arouca, 2 praças e 2 ex-ditas.

Dhegádos dos portos do sul no vapornacionai Dantas :

D. Maria G. de Moura, José JoaquimRodrigues Fuimaraes, Joaquim CarneiroFrião, Raymuudo Frok, Mauoel SoaresElesbão, Joaquim Dias, Agostinho Fernan-des Moreira Aranha Leopoldiuo R. de Sou-za Ramos e Moerry.

ObSíaaario—A mortalidade do dia15 foi de 10 pessoas.

As moléstias que oceasionaram estes fal-lecimentos foram as seguintes :Interite 2Denticçào 1Tuberculos pulmonares....*.... 1Erysipela 1Hemoptise 1

Hemorfhagia .....,.............." *¦¦ !Gastrifce chròinea — •Asphyxiá por submerçãoEclampaio

ATISOS

FOLHETIM(Cl)

OS JD~£ÒJ^Ji£J±.&DA

INTERNACIONALPOR

Pt.ERB.Ii: ZA-CCONIS

BLüiRõflVãl-- Ha amanhã os seguintes:Do moveis; pelo ageuto Pipto, á rua

Buquê de Caxias n...., ás 10 lj2 horas damauhà.

De vidros; pelo agente Stepple, notrapiche Barbosa,- ás 11 horas du, manhã.

Do dividas ; pelo agente Pestana, arua dò Vigário n. 11, ás 11 horas da ma-nhà.

De moveis; pelo agente Pinto, á ruodo Queimado n. 80, ás BI horas da manhã.

De sacco-s com algodão avariado ;pelo agente Remigio, no trapiche Ângelo,as 11 horas da manhã.

De moveis; pelo agente Pinto, a ruaDuque de Caxias n. 50, às 10 l\2 horas da.manhã.

CÜeuIfo Pogmllsar — Sessão publicaquinta-feira 18 do corrente ás 7 horas datá; revistado jornaes pelo Sr. Dr. JoséMariaiíno e prelecçuo sobre phibsophiapelo Sr. Dr. José Austregesilo. Nas sessõespublicas teem entrada, tanto os sócios comoquaésqner que a ellas queiram assistir.

UíUhI» iPogimaílaii* —- Os senhores quefazem parte do conselho deliberativo sãoconvidados a comparecer quinta-feira ás 7libras da tarde ; na sede da sociedade, afimdo ass.iguareni a representação que o Clubresolveu fazer ao Exm. presidente da pro-vihcia instando pela publicação, por meioda imprensa, das listas dos votantes do mu-uicipio.Loteria—Na thezouraria das loterias e

loja de calçado u.0B 87 e 39 dos Srs.Porto& Bastos, á praça da Independência,acham-se á venda os bilhetes, meios equartos da loteria, 188.a que corre uo dia24, á beneficio da Casa dos Expostos.ffisi?a;I'v»o de jíbm&iUíwíos---Está

de semana o escrivão Peres Campello, ruado Imperador u. 46, 1; andar.

<J>SüB*iV©«airÈa — Ursulino Torreão,mudou sua officina e estabelecimento deourivesaria para a rua do Visconde de In-haúman. 18, onde pôde ser procurado.

B*ré'ceÍ»tor — Um estrangeiro, deidade, de condücta que pode ser attestadapor pessoas desta cidade, offerecerse paraencarregar-se da educação de alguma fanii-lia, fora da cidade. Ensina as principaeslinguas, historia, geometria, piano.' canto ;émfim, tudo quanto pôde tornar completae esmerada nma educação.

Qnern desejar fallar-lhe, pócle deixar avi-so n'esta typographia.

FuMSlo—Compra-se fumo em folhasou cordas de boa qualidade quem tiver estegênero para vender desta provincia a tratar •a rua Duque de Caxias n. 52,

Vsapoirnj» ©tèjj&eraí8os— Ligaria,da Europa, á 21 ou 28 ; Tille de Santos, daEuropa, á 28.

MaadaBaça «Ee €r:©e£,ipf-w8o—Os advogados José Jnliãò Regueira e José-Mariaiino, mudaram-se para a rua Estrei-*ta do Rosário, u. 28, 1- andar, onde podemser procurados todos os dias das 10 ás 8 datarde.

Fa^g&íiÊ^saçlloráu dBsa 1-áaéfiraá.c-çã© S*6aB&8ã©ã».—A commissão encarr.e-gada polo Conselho Director da Propaga-dora da Instrucção Publica da freguezià deN. S. da Graça de manter nas escolas, comroupa e livros, os meninos dcsvalidoa darnosma freguezià, avisa aos pais ou protec*tores dos mesmo^qne se dirijam para estefim ao Dr. Livino Pinto Brandão, thosou-reiro da mesma com-nussflo, em .Belém,onde encontrarão, para seus filhos ou pro«tégidós, que não podem freqüentar nsesco-Ias por íultn do meios, todos ,os recursosnecessários.

PRIMEIRA PARTE

I DI A.2ST.A. Ott.A.ttT01>r

XXVI

O Petróleo

( Continuação)

,.:Irmãos, está esgotada a nossa pacien-cia: a existência torna-se-nos de dia pa-ra dia cada vez mais pesada.

Temos sido enganados com rjromes-sas vãs e traiçoeiras.

Esta terra que Deus creou para todosos homens, é hoje propriedade exclusivados nossos patrões. Aonde está aqui ajustiça ? pergunto-vos eu.

---Bravo! bravo! gritaram mais devinte vozes ao mesmo tempo.

— xAntigamente não suecedia assim,continuou o estudante, os campos per-tenciam aquelles que os cultivavam.

Os nossos antepassados não conhe-ciam os nobres, os padres e os negocian-tes monopolistas.

Viviam felizes e livres.Mas bem depressa vieram d'alem dos

mares os principes estrangeiros, trazen-do comsigo a nobresa e os funecionarios.Que sei eu !

Subjugaram o pohre povo, assenho-

reando-se-lhe dos campos e vivendo de-pois á custa do nosso suor.

Pois bem, o que suecedeu em seguidaa estes funestos acontecimentos ?

Ouçam! ouçam!... disseram algunsoperários.

--- Depois de se terem declarado ossenhores da terra, os conquistadoresedificaram cidades donde nos dominam.

E' a elles que nós devemos essas leisopressivas, esses pesados impostos quenos reduzem a mizeria....

Ah ! Elles devem estar satisfeitos !E como o não haviam de estar, se en-

gordam com o nosso pão !As suas cidades estão bem fortifica-

das e é-nos impossível atacal-as, a nãolançarmos contra ellas o petróleo.

Pois bem ! já que assim é preciso empregaremos o petróleo.

E essas cidades, que hoje estão empoder dos que se dizem nossos senhorese que nos tratam como escravos, embreve cahirão desmoronadas ao cantarsinistro do gàllo vermelho.

LTm estremecimento geral percorreu,toda a assembléa ao ouvir estas palavras—ninguém ignora hoje que na lingua-gem popular gallo vermelho significa in-cendio.

O joven estudante esperou impassívelque se extinguisse o murmúrio que aspalavras que acabava de pronunciar ti-nham despertado, e continuou passadosinstantes:

— Elles disseram : é nossa a terra,pertence-nos tudo, o povo é nosso escra-vo para nos servir e obedecer.

E em verdade, nós não passamos deuns vis anima es no conceito dos nossosricos e insolentes patrões !

Deixámos qae nos pozessem a albardasobre as costas para agora sentir o pesocom que nos sobrecarregam e opprimem.

A ssosiAcass 3

Ou» PopularEsta sociedade reuniu-se nas noites de 6

e 20 do mez proximamente findo.Na noite de 6, ocoupados qnasi todos os

assentos da saia das sessões, teve lugar aannunciada conferência do Sr. Dr. AprigioGuimarães sobro a comparação das coudi.ções políticas dos Eátadoa-Unidou, Ingla-terra o Brazil.

O illustradò lente da nossa Faculdade,propondo-se a tratar dá organisação de po-deres, entra em largas considerações ,con-olivindo que o poder publico, se deve teruma vida, so devo ter umu organisação, estaò independente dos arranjos legislativos.

Entrando na analyso racional da noçãodo poder, eucontra.se, diz o douto orador, aacção legislativa, a executiva e a judiciaria,como as trez faculdades, pur assim dizer,congeuita.s ao poder.—Uma outra acção,alem destas, e tora dá soberania nacionalqne e o fiscal único do poder, uma acçãoequilibrista, reputa o orador, quo ó umapretonção contra a qual conspiram os mes-mos princípios da mechanica, a quo os seus'punegyriatas se seccorrem.

A expressão—orgúnisar os poderés—dequo aliás sorvem-se todos cs publicistas,

Sabeis o que nos resta fazer na extre-ma e cruel situação a que estamos che-gados ?

Uma única cousa!Estrangular os nossos patrões, como

uns miseráveis, como cães. Declarar-lhes guerra de morte, de extermínio,sem tréguas, sem dar quartel a nin-guem !

E' preciso que todos elles desapparo-çam da superfície desta terra, que énossa!

E' necessário incendiar-lhes as cida-des!

E' forçosc que esta terra seja purifica-da pelo logo!

Para que queremos tantas cidades ?Se ellas só nos servem para forjar

essas pesadas cadeias da escravidão aque pertendem agrilhoar-nhos!

Proclame-se a liberdade, e acabemospor uma vez com esse odioso jugo quenos querem impor.

Quando o jornaleiro se tornar pro-prietario do campo em que trabalha;quando o operário for o dono da fabricaem que hoje consome a vida e a saúdepara enriquecer o patrão, não serão obri-gados a ir servir como escravos no meiode uma cidade que os insulta.

Como elles estão bem armados, temcanhões, espingardas e bayonetas, e nósestamos inermes, só os poderemos ata-car e vencer por meio do fogo.

Uma vez reduzidas a cinzas as mura-lhas, detraz das quaes esta canalha seabriga e esconde, é preciso ainda que ellemorra de fome! (1)

Estas ultimas palavras haviam sidopronunciadas com uma tal energia e tãomedonha expressão de ódio e ferocidade,que um estremecimento geral percorreutodos os membros da assembléa.

De todos os lados rebentaram bravos

enthusiasticos e no meio desta desordemmal se poude ouvir uma voz não menosenérgica e poderosa que reclamava im-penosamente a palavra.

Todavia, quando a agitação geral seacalmou um pouco, Robert voltou-separa o novo orador que acabava de pedira palavra, e impondo, com um gesto, si-lencio á assembléa, disse:

--- E' o cidadão Maurício quem recla-ma a, palavra ?

Sou eu, senhor presidente, respon-deu Maurício.

Que tem a dizer ?Tenho que protestar, com toda a

força das minhas convicções, contra asimpias provocações que acabo de ouvir eque a assembléa fez muito mal em enco-rajar com applausos.

E Maurício esperou, para continuar,que se applacassem os murmúrios quese levantaram ao ouvir esta inesperadadeclaração.

Porem, no momento em que ia conti-nuar, suecedeu um facto inexperado eque deu logar a differentes commenta-rios.

Preparava-se Maurício para fallar,quando vio entrar repentinamente nosalão Mathon correndo precipitadamentepara Robert Liuley.

Houve um momento de silencio e es-pectativa.

Mathon fallava com vivaeidade e emvoz baixa, e á medida que ia fallando to-mava o rosto de Robert um aspecto si-nistro e sombrio.

Quando o mineiro terminou Robert le-vantou-se.

Cidadãos, disse elle com voz forte esonora, um dos nossos fieis associadosacaba de me trazer, neste instante, umanoticia que entendo dever communicar-vos immediatamente. Continua

Page 3: ORGAO DO PARTIDO LIBERALmemoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1876_00872.pdfque na capital, aproveitando-se da van-tagem dessa.não publicação, falsificaram a qualificação da parochia

A Província

não pode ser senão uma expressão figuradana philosophia do direito.

O orador roserva-se para tratar em as-sumptô especial do nosso poder moderador,á fácé do principio da soberania nacionalreconhecida pela nossa-Constitnição.

Faz excursão hi°torieo-politica,- e con-frontii. ás origens políticas da Inglaterra edos Estados Unidos eom as do Brazil.

Concluindo, o o i:;i dor pro testa, que lia defaiir.r sempre como fallou, pois fcoiii a cora-gem mis suas convicções como homem dascieueia : -como cidadão, saberá résoiutaías 1'éis do paiz, mas ficrnpre subordinaua-

desse sustentar decentemente sua familia.Foi elle um dos que achando-se arruma-

dos ua Detenção, percebendo o mesquinho

appellar-se para minha confirmação tácitaa repugnantes falsidades I

Será porque o Athôo ouvio dizer que euordenado de 54$0Ó0 rs., é desarrumado sob ! estava desavindo com aquelle senador ?.

vida-,

mente a &ooorauia naeiqüalei do paiz.

que também é

pretexto futil e sórdido, para em seu logar,ser admittrdp um protegido cios Srs. dopoder I...

Desde eutão qne procura um mniodeporém inutilmente !...

Teem sido taes os esforços que tom feitopara. isso, que já sé sente cansado de pedirum emprego aquelles mesmos, quo muitasvezes subiram as suas escadas, para lhepedirem um voto ua qualidade do eleitor I

E todos estes Srs. desconhecidos aos ser-viços, que lhes foram prestados, teem-se

Concluída a;.preleççu'o cujo. tra usura pio i tornado até hoje surdos ás supplicas cVesseaja fica e que foi ouvido com a mim r.ólí-giosa, attenção, oceupou a. tribuna o Sr. Dr.José Mariauuo, para preencher » seginuíU';parte da ordem do dia", fazendo a revisPi dtijjjornaes.

'¦ ¦O illustre tribuno, depois de dar üi.uh ra-

pidhi noticia dos princípáes acontecimentoshavidos uo estrangeiro c 110 paiz, deteve sè;quanto a estes, nò que Ivtfcráhé pre^eui-e-mento a.attenção de todos os brazileiros,—o processo que cai todo o império so estaf':!::i'udo ua qualificação dos votantes.

Expendeudo jndioiósás Considerações so-bru os meios combinados pelo legishdi-r dánova reforma eleitonfl para assegurar o(riumplio do partido dominante, sobre asiramensas dimculdades que foram diuTiísem partilha ao partido da opposição,«> .-.obroa prepotência, cyúíêinò o espirito do fraudocom que já vão aperfeiçoando o pensamentocio legislador os quo ho acham encarregadosda execução da lei, concluiu o orador porfazer sentir que—actu-lraonfo e a despeitode tudo—só cabe ao partido liberal repit rcomo o conquistador romano:—Jact i esta'eu I...

A's dez horas,nada mais havendo a fazer,foi levantada a sessão. v

Na noite de 20, reunindo o Sr. Dr. CostaRibeiro (presidente) os sócios e mais pes-soas presentes, lhes íe;; ver que era indeeli-.náyel dever do Club o dar uma solemnedoinostráção do fundo pezar que ò òpprimiá

infeliz !Mizeria e vergonha para vós, homens

| desconhecidos, qne só vos lembraés da po-breza, quaudo d'ella tendes precizãoparasubir I...

Esse pae de familia, de quem agora falia-mos é homem destinoto : zeloso e fiel cura-

i pridor de seus deveres, e ao mesmo tempoextremoso para aquelles que lhe sãocharos.'N'essas

circumstánciàs, quanto não lhedeverá ser penosa o agonisante, essa vidade penúria e de martyrio, prolongada assimportanto tempe, vendo o estado lástimosóo degradante a que tem chegado sua fa-milia ? I

Alguém dirá :«trabalhe, que terá sem-pre o que comor. »

Ê nós o affirmamos também.Porém, ainda assim, é precizo saber que

trabalho será eate ; se ostá na razão de suasforças, em relação com a sua condição, oupor outra, se lhe é em tudo condiguo coma posição que oecupa na sociedade.

O emprego publico e nm trabalho, é atépesado : ninguém o pode negar.

Mas quantas vezes não tem elle sollioita-do, mesmo dos presidentes, sem que tenhasido attendido ?

Muitíssimas, infelisraeute. No entantoque um desseè*trabalhos condiria bem cema sua posição. "

A' outra que esteja abaixo deste, não po-dera ello entregar so sem grave prejuisp de

pelo pasaamentb do spu ex-presidente, o sua saúde, sem quebra de sua dignidade,illustre demncrata Dr. José Autouio de Fi- desde que desgraçadamente, ainda vivemos

Entretanto, me parecia quo o meu com-j portuménto em toda. a rniuba obscura vidaI não autorizava ninguém a julgar-me capazi ;le -ealumniar, ainda mesmo á um desaf-Ifeuto.; Bem sei que uera mesmo o nosso silencio' sancciôuaria aquòllás ca!

prezadas pela geuto sensata, mus não è ahonra do Sr. Silveira Lobo e o sou honestopassado o qne me e preciso salvar agora,senão a mesma própria dignidade, por issomesmo que sou o mais obscuro dos irmãos,desdo que se app.ellou para mim, croio amim sò correr o dever de fallar.

E' falso tudo quanto uffirma o Athêo, epara proval-o basta dizer que alguns dosirmãos do Sr. senador sempre se confessa-ram publica o particularmente amigos dei-le ; e se o medissem pela bitola do Athúo, decerto se envergonharia» delle.

Todos sabem que a desharmenia nasceu

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C/3

agora.

gàeiredu, deixando de ostentar galas de vidanessa noite que tão de perto suecédia á cho-rada morte do sahio o honradíssimo liberal.

Fazendo, em phrasea grandemente elo-quentes por animadas que foram da mais.sincera e sympathica admiração, ura breveelogio das virtudes políticas do'finado, somesquecer aphase brilhante dos seus servi-ços na assemblea desta província quando,lago após a revolução de 1848, os ódios dosvencedores so desencadeavam furiosos con-tra os vencidos, o Sr. Dr. Costa Ribeiropagou assim o ultimo o desinteressado tri-trato aquelle que lhe fora em vida fio! cora-pánheiró nas lides políticas e na firmezade crenças.

Í11PAo l*aBlBlleo

Estamos no tempo em que o homem ho-neeto, o 'honrado cidadão, sobrecarregadode onerosa família, não sendo favorecido dafortuna, tem de so vor em lueta horrível epenosa com a deficiência de meios pata suasubsistência.

A penúria, a prostracção o o abatimento,a pallidez e a desfiguração do seu serabltm-te, causadas por essa misoria, filha da con-tingencia humana, voem rednzil-o ao vil ti-mo estado de desalento, sem que para issolance o governo suas vistas, como lhe com-pete.

E ver»8e uma familia arrebatada as gar-ras da fome, n'ura logar como este, u'umacapital como a de Pernambuco !

Oh ! isto é horrível l mas infelismeute óverdade.

Não e a primeira que vemos luetar a bra-ços com a inuigencia, e què quando se vcprestes a entregar-se no todo ao desanimo,é felismente soecorrida pela caridade publi-ca, ou por muitos daquelles, cujo espiritonnniamonte bem fazejo, os induz a compa-decerom-se dos filhos da desgraçai

fi no entanto o governo olha insensível-mente para todas essas sceuas tocantes eséutimentaes, sem ao monos reconhecer odever, que lhe assisto de amparar um des-ses pães do familia por meio d'utn em-prego.

Aspim é que o morador á rua do Amo-rira n* 44, 8* andar, vê-se ha trez annos emeio desarrumado n'esta cidade, sem terpodido d'eutão para. cá obter um emprego,ainda que pequeno, por meio do qual po-

n'uma sociedade toda eivada de velhos prejuisos e graves preoonceitos. Se aqui ve-mos muitas vezes um indivíduo sem farni-lia, sem costumes, sem reputação, om fim,não querer entregar-se a rudeza de certostrabalhos braçaes, ou physioos, para d'allihavor os meios de sua subsistência, comosujeitar-se a esse mesmo trabalho o homemque não está nessas condições, que teveprincípios, que tem familia, e mais aindaa sua dignidade a sustentar ?...

Bem sabemos, que todo o trabalho enno-bre<ie o homem, e não o avilta : mas emoutro paiz, onde a população já chegou acomprehender os seus deveres, e sabe dos-prezar esses males, que tanto influem navida domestica do cidadão.

Não assim no nosso, onde a ignorânciade muitos tem chegado ao ponto de cen-surar-se as vezes o rude trabalhe do ho-mem, que goza de certa consideração, masque a elle se sujeita, por ver-se forçadopele necessidade palpitante de soecorrer asua familia.

Narrando ao publico o triste estado d'cs-sa infeliz familia, diremos que merece ellatoda a caridade que lhe poderem dispensar,uma vez que não tem vindo em seu auxilioa caridade official. Lance S. Exc. o Sr.presidente da província suas vistas sobre ofacto que aqui expendemos com franquezae verdade, e veja se lhe é possível dar algu-mas providencias a este respeito. Até uis-so temos que lamentar as accumulações deempregos t Homens ha, que, para vive-rem folgadamente, não prèoizàriam de um,dois, ou mais empregos rendosos. Entre-tanto, tal é a sympathia que iuspirão aogoverno, que são escolhidos para exercel-ossimultaneamente ! Não se lembrando esteque o emprego que se dá aquelle que dellenão precizava para viver, poder-se-hia dara outro que fosse de valido,que estivesse emindigencia, quem em melhores condições deexercel-o !...

Recife, maio de 1876.Z.

O Ateo UBtB*aiBB«»BBBsBBBo e «> Sr.sesBa«l«>B* Silveira aLo3»«»

Só agora teuho conhecimento do que es-creveu o Athêo Ultramontano na Gazeta deNoticias com relação ao Sr. senador Silvei-ra Lobo.

Não são aqnellas çalrímniàs que me tra-zem a necessidade de vir á imprensa, nem

j ollas me sorprauderião porque todos as sof

Não rue ponho á disposição de ninguém,e menos de anonymos, e, a pessoa algumadou o direito de me obrigar a discutir naimprensa questões de familia.

Demosthenes da. Silva Lodo.Parahyba, 27 de Abril de 1876.Jornal do Commercio do 3 de Maio de

1876..

a «•aaaagíaO' bien qu' aucum bien peut rendre.

M. Falieeo.Como é triste o campanárioN'alta noite, erma, estrellada,Que n'um dobre funerárioSolta a voz amargurada:Pelo descanço dos nossosPelo repouso dos ossos,Frio, das tumbas nos fossos,Direita aos céos elevada.

Como é plangente o cypresteRumuerjando a—Saudade—Ergudio do Sol agresteCo'a fronfca na immcnsidade :Junto a campa fria e núaQue ao frouxo clarão da luaDeixa ver na inscripção suaUm symbolo da Eternidade.

Balviça ao sopro cVAragemO porte augusto, altaneiro ;E á verde-negra ramagemPresta abrigo ao viageiro :.Que ao doudo ondear dos mares,Vindo dos nativos laresVeio concluir seus pezaresSob o esguio hospitaleiro l...

Donde o batei empannadoDesignando austereo porteSe mostra alli limitado :Antro do careado norte;Sendc a demandada terraOnde a vela amaina e ferraE que por fim ahi o encerra :—Consignado pela morte !

F. Beiro.

trem. O que me parece extraordinário é o

ANNONCIOSO Directorio Liberal de Na-

zareth manda resar uma missana Igreja matriz desta cidade,no dia 25 do corrente,ás 9 horasda manhã, por alma do patriotaJoão da Gosta Pereira, e convi-da aos parentes e amigos do fi-nado para que assistam á com-memoração.

AVISOO abaixo ássignado, professor de ins-

trucção primaria jubilado, continua a le-eionar por casas as matérias tendentes áreferida instrucção.

Quem de seu prestimo quizer utilisarso,dirija se, era carta fechada á rua da As-sumpção Hotel n. 2, declarando a rua e onumero da casa para ser procurado.

Recife. 15 de Maio de 1876.Luiz Cyriàco da Silva.

Aluga-se a casa térrea da estrada deLuiz do Rego n. 43, tem bons commodos emuito fresca, quem quizer pôde ir corre-Ia :a tratar ua rua da Caixa cia Água u. 13, aqualquer hora.

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que advoga nas comarcas do Cabo e Esca-cia, podendo ser procurado em sua residen-cia no engenho Castello.l3:Í3SHíSH^ÉSSS?ÉSS^SE88i£r.ÉÉEÊSÉSffiÉS

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Page 4: ORGAO DO PARTIDO LIBERALmemoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1876_00872.pdfque na capital, aproveitando-se da van-tagem dessa.não publicação, falsificaram a qualificação da parochia

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Comarca de Villa-BellaCom este titulo foi publicado em fins do

anuo passado, no Rio de Janeiro, e acha-se exposto k venda nesta cidade, um eu-rioso e interessante trabalho do Sr. A.Attioo Leite a cerca do sanguinolento dra-ma que teve lugar na comarca de Villa--Bella desta província, no anno de 1838.

Encerrando os factos .mais estupendosque podem ser praticados por homens ar-rastados pelas más paixões, esta tragédiaé escripta pelo autor com a maior fidelida-de histórica, e .por isto torna-se digna deser lida e estudada por todos.

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Benigno, portanto, á sombra do sen ele jgante Kiosque, abrigado do ardor do sol edo frio do inverno, offerece ao respeitável;publico em geral, e aos seus fregnezes em,darticular, nem só o seu muito conhecido;Pão de Cerveja, como !Pão comum de manhã e a tarde.Dito de milho.Dito de leite.Bolaxiuha de araruta.Biscoitos de todas as qualidades.Bolaxiuhas, inglezas e japonezas.Bolaxinha aguada para chá.Doce de goiaba.Charutos e cigarros (diversas marcas)Bilhetes de loteria ejornaes.

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UrgênciaO proprietário da Tintnraria Americana,

sita a rua Larga do Rosário n. 12, tendode retirar-se para fora ; a procura de suasaúde, declara que acha-se desposto a fa-zer qualquer negocio com a mesma, issocom a maior urgenoia possível.

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