433 diÁrio - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/376523/per376523_1868_00433.pdf · tiça aos...

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.AJVXSO II. ASSIGNATURA SÈM SELLO. . 1 ANH0 12g000' 6 MEZES ^$000 3'ubzbs 4g000 SEXTA-FEIRA 6 DE MA-OEtÇO DB.1868 433 DIÁRIO ãml I RI ^W fí^ 15S000 8S000 5§000 PROPRIEDADE DE J. F. DE PAULA CASTRO. A-Sasslsn.atu.ras sao pagas adiantado, abrem-se em. qualquer dia e flualizSo-se em março, setembro, e dezembro. junho, WÊtÊm m xm to ppt| n Z- Aceitao-se e imprimem-se quaesquer artigos escriptos em termos decentes, e o preço tanto destes, como dos annuncios será o que se convencionar. Nao se fará restituição dos artigos .que sejao remettidos à typographia. Numero3 avulsos vendem-se a 160 rs. DMIO DE MIES. Ouro Preto, 6 de Março de 1868.. Viva a esquadra imperial! .Foi este o grito da população da capital, - ap ler as importantes noticias de que nos foi portador o correio de hontem. O espirito publico que conservava aba- tido ante a delonga de: uma guerra que a todos; parecia quasi que interminável, reani- . mou-se & nova do brilhante feito dos nossos encouraçados. Partindo o primeiro grito do palácio da presidência em torno do qual ja se havia agglomerado grande numero de pessoas para saudar o governo na pessoa do seu delegado, estejcom mais de seiscentos companheiros des- Ceoa percorrer as ruas da cidade. Foi um delírio de enthusiasmo! As saudações ao nosso exercito e armada, aos seus commandantes, ao imperador e ao '.governo, erao com frenesi correspondidas. , A cidade iUuminou-se como que pòr en- canto, a vida movimento appàrecerao em todos os' seus recantos. '.^ A uma voz dizia o povo—está concluída a guerra. .Sim, ella toca ao seu-termo, e a ultima palavra desse drama de sangue foi proferida -pela. esquadra imperial! Honra aos bravos que commandarao os encouraçados e aquelles que lhes fizerSo a ' guarniçao ! No dia manoravel- da passagem do Hu- maità mostrarão os brasileiros, que mais for- toque as couraças do3 navios , éa que lhes robustece 03 peitos, o patriotismo que lhes fortifica o espirito. Que esquadra do mundo poderia sobrepujar os nossos seis vasos de guerra,. que realisarfio q".impossível, no pensar da culta Europa? A Tnàrinha brasileira pode rivalisar com as melhores do mundo. A Europa assombrada fará a devida jus- tiça aos 'nossos bravos do mar. Depois dos brilhantes feitos de Riachuelo, Cúévas e Mercedes, era justo que viesse a so- bèrba passagem do Humaitá! Os que tomarão.parte nessa jornada de tanto arrojo, ppdemdormir tranquillos á som- bra dos louros conquistados sob as baterias da nova . Sebastopol. - Cahio a tyrania de Lopes, o. canhão bra-' Bileiro fez a luz nas somhrias selvas do Pa- raguay 1 Déòs ó justo.. Honra aos nossos .bravos que vencerão, uma .lagrima de dor sobre os que tem succumbido até hoje. «TI»!.. RIO P-A- I»3ÊfeA.TíA. Jornal do Commercio de 2 do corrente transcrevemos o seguinte: ¦ ¦ Commando em onefe da: força operações contra naval do Brasil em do Paraguay. Bordo -do Humaitá,. 21 de fever«iro da o. governo vapor" Brasil, em-frente, a. de 1868.- , UlaueÉxm. Sr.—A marinha e o exercito nacional ocábao de dar ao. Brasil o.mais brilhante dia dp gloria A 19 do (corrente, pelas 3 horas e 35 minutos da manha, a 3.»'divisão da esquadra do meo commando, composta aos~eooouraçados Bahia, Barroso, Tamandare, e monitores Pará, Alagoas e Rio Grande, debaixo das ordens do capitão de mar e guerra .Delphim Carlos, de Carvalho, e protegida pelos fogos dos.,encouraçados Brasil, «mo flarTÒsyCoJam&o.CaDra.l.SiIeado e Herval, debaixo do meu commando em. chefe e.do do respectivo commandante-da divisão, o capitSo de mar e gueara Joa- quim Rodrigues dà'Cesta, forçou o passo famoso de liu- msrtá.e em seguida o—ainda-mais r°rte7-a°J£1,n'?°>. ™Srafcnao poWctér at EidraesãVIâlos-tíóniièndres desta seção estrondosa, que equipara nossa marinha ás mais importantes do mundo. No momento em qne es- crevò (11 horas da manha) é que recebo do bravo mar- quez de Caxias, commandante em cbefe do exercito, o bilhete que tenho a honra de offerecer a V. Exc, por copia, e bem assim o boletim ligeiramente traçcdo que me enviou o capitão de mar e guerra Delphim. Estes escriptos bastão para que V. Exc. conheça quanto de nobre e grandioso Gzerâo marinha e exercito neste dia, um dos mais felizes que tem tido a nação brasileira. O coip!<.-.?ndanto Delphim, que. acto continuo, vai seguir sobre Assumpção, nao pdde mandar-me as partes of- üciaes. Ao que deixo descripto devo, cheio de prazer, acres- centar um episódio heróico, parte delle por mim teste- munliado, e parte noticiado do exercito. Uma bata de Humaitá cortara o reboque que o Bahia dava ao Alagoas; este monitor vinha águas abaixo, o eu lhe ordenara que desse fundo. O commandante Mau- rity imitando Nelson, nao.vio o signal de Parker. So- guio' S O rio acima, e passou debaixo de uma abobada de balas todas as baterias de Humaitá, que transpoz completamente depois de clarear o dia. Tanta bravura, tanta dedicação, tao bello exemplo, encherão-me de en- thusiasmo: acçües como esta não devem ser tolhidas por illimitada prudência; deixei, pois. quo o heróico 1." te- nente Joaquim Antônio Cordovil .Maurity, a quem. se me fosse permittido, daria na occasilo o mais impor- tante dos prêmios, seguisse seu bello destino, pois Deos protvjé taes feitos.. Mal ficava . o jllagíus fora das baterias do Humaitá, quando é commettido por 40 canoas carregadas de paraguayos; Maurity vai acima dellas, metlé a pique umas poucas, afugenta o resto e marcha triumpbaote a rennir-so ao seu chefe! Honra ao bravo joven, honro a um dos mais bravos officiaes da -nossa armada, oi.' tenente Maurity!-^ a voz unanime desta esquadra. Compréhenderá V. Exc. quanto me é sensível nao lhe poder, como custumo, mandar e informações mais amplas! Entretanto; posso dar-lhe a. grata noticia de que tivemos contundido o cbefe Delphim. ferido levemente o 1." tenente'pratico Etchebárne e poucos outros; - algumas avarias importantes na £.* divisão, e o fogo do inimigo foi horrível! Computo em 3,000 ti- ros cs que enviou-hds, a- que correspondemos com perto de 1,000. Passou-se Humaitá, destruindo o fogo da esquadra centenas ds obstáculos. A honra da nação e da marinha forao levadas ao sau apogeo. Esse ponto que os homens de guerra e da sciencia diziao em seus escriptos que nem as primeiras marinhas do mundo reunidas serião capazes de forçar, forçou-o uma divisão da marinha brasileira! Viva o Imperador! . E V. Exc. seu muito digno ministro, receba em meu nome, e no desta; esquadra, os agradecimentos pelo muito que. por ella tem feito. Permitia v. Exc. que lhe recommende o chefe, com- mandantes e officiaes da 3.* divisão, e com muita espe- cialidade o 1.° tenente Maurity: e bem assim o chefe, "commandantes e cfüciaes da 2.* divisão (a dos encoura- çados) que.muito secundou a |3.* O meu estado maior çompoz-se do chefe Alvim, ca- pitâo de fragata Fernandes, capitâo-lente Salgado, meu capitão de bandeira, os 1." tenentes Palmeira, Legey, Proença e tenente do exercito Miguel Antônio de Mello Tamborim. Sao dignos dos maiores elogios pelo muito que me ajudarão, o 1.°, 4." e 6 na a.« gran- de divisão, o os demais junto a mim. O capitão de mar e guerra Affonso Lima, também coro uma pequena divi- sâo, fez bons serviços pela lagoa Pires. De tudo darei opportunamente conta minuciosa a V' Exc. Rogo a V. Exc. a bondade de beijar a {augusta m3o de S. M. o.Imperador, no meu nome e no 'dos meus commandados. Deos guarde a V. Exc—Illm. e Exm. Sr. conse- lheiro Affonso Celso de Assis Figueiredo, ministro e secretario de estado dos negócios da marinha.—Barão de Inhaúma, commandante em chefe. Tuyu-Cüé, de fevereiro de 1868.—Meu amigo. A sía esquadra brilhou! Nao-se podia fazer mais, nem com mais habilidade. Estive hontem em Tayi com o Delphim, a quem dei um apertado abraço ó aos commandantes e práticos dos felizes navios que subirão. Nao perderão um homem! E encontrarão tanta Tesistencia nas baterias de Timbo, como em Humaitá. Os paraguayos tiverao até a ousadia do tentar abor- dar o .álagôas com canoas cheias da. tropa; mas forâo todas para o. fundo, e um nao saltou no convez desse nosso monitor. -Eu por terra fiz o que lhe prometti; n3o mandei, rui em pessoa dirigir uma cõlumna-de 68000 homens das tres armas, na hora ajustada para a passagem dos mo- nitores e encouraçados da esquadra, o com essa força atacar a extrema esquerda' de Humaitá. Tomei, depois de tres horas de renhido combate, o Torto da fianco "esquerdo daquella praça que estava guarnecido com 15 bocas de fogo, e todas estão no meu acampamento.a. , Toda a guarniçao do forte foi morta ou prisioneira: eu tive fora de combate, entre mort03 e feridos grave e levemente, cerca de 600'hpmens! Mas.:., depois do ter emprehendido o ataque, ou havia de ficar alli eu mesmo côm toda a força que levei, ou vencer. Deos, nois. nao me abandonou ainda desta vez. Os dous vapores que Lopez tinha em Humaitá, met- têrao-se na lagoa próxima do ponta que ataquei, o a minha bateria os bateu e os fez fugir, para nao irem ao fundo. Dèi ordem ao Delphim para subir hoje com tres encouraçados alé onfle puder, e bombardear, se lhe fór possível, a Assumpção. Estou com muita pressa e o portador lhe dirá o resto. Seu amiso è collega—Luxz.. - w J—fou mandar o Cunha levar a noticia no S.José, que deve sahir amanha; se quizer escrever ao ministro alguma cousa, elle pôde ser o portador. O Del- phim foi contuso. mas nâo é cousa de cuidado. Elle ficou de remetter-me hoje a sua parla para eu a enviar a V. Exc. horas e 30 minutos da madrugada, com avaria de mais ou menos importância. Poucos feridos, dos quaes o bravo pratico Etchbarne, ferido levemente, e o chefe Delphim contundido. O Barroso, navio testí com o monitor Rio-Grande ao costado, recebeu 4 balas. O Timbó está fortificado do lado do rio Paraguay. O Barroso recebeu mais de 50 ou 30 bala3 desta fortiicaçâo. O ponto de Laureies foi bombardeado vigorosamente. Os vapores inimigos nao apparecêrSo. Estão provável- mento dentro da lagoa contígua a Humaitá. Viva Sua Mageslade o lmperadur! Tayi, :9 de fevereiro de 1863, ás 10 horas e 40 mi- nutos.—Delphim Carlos de Carvalho, capitão de mar e guerra, commandante da divisão. Commandante da divisão naval do Rio da Prata, bordo da canhoneira Araguary. 23 de fevereiro de 1868. Illm. e Exm. Sr.—E' com a mais viva satisfação que coogratulo-me com V. Exc. pelo assignalado aconteci- mento da passagem da divisão expedicionária por Hu- maitá.. A situação desta republica vai melhorando diária- mente, ainda que se nâo tenha recebido noticias de di- versos pontos da campanha e do litoral, onde se teme tenhao havido scenas lamentáveis. A cidade está em socego, mas a confiança nao foi ainda restabelecida. O commercio está paralysado e varias casas feichadas. As forças estrangeiras occupao ainda a alfândega, e a nossa o quartel da Aguada, fora da cidade. O vapor Recife, que veio de Buenos-Ayres reforçar a divisão.- regressa amanha para -continuar á disposição do Exm. Sr. ministro Joaquim Thomaz do Amaral. O rassimo». logo quo conclua o recebimento do car- vao, seguirá viagem.- O lKernect que, como communiquei a V. Exc, foi levar officios de urgência á barra do Rio-Grande, deve estar de volta esta noite. Concluindo, permitia V. Exc. que mencione a cir- çomstancia, aliás muito lisongeira. de que tenho sido era todos os acontecimentos que ultimamente aqui si téni dado, coadjuvado elficazmente e com a maior dedi- cação pelo meu chefe do estado-maior e pelos comman- dantes e officiaes dos navios desta divisão. Deus guarde a V. Exc.—Illm. e Exm. Sr. conselhei- ro Affonso Celso de Assis Figueiredo, digníssimo minis- tro e secretario de estado dos negócios da marinha.— Theolonio Raymundo de Brito. xo de um chuveiro de balas, agora muito mais certeiras por ter entretanto clareado o dia. Vendo-o zombar do fogo, 40 canoas, carregadas de paraguayos, tentarão aborda-lo; despedaçadas pela me- taalha. tiverao. porem, de recuar as que nao forao logo á pique, e momentos depois, o ultimo foguete atroava os ares cora sons festivos. Era'o Alagoas, que, derradei- ro na ordem do tempo, mas primeiro na gloria, trans- punha a seu turno as correntes com que Lopez julgava conservar para sempre encadeados os nosso3 vasos de guerra. Soifrerão algumas avarias os navios, mas este dia de esplendido triumpho não custou ao Brazil um dos seus valentes marinheiros. Apenas o pratico Etchebárne foi ligeiramente ferido, Gcou contuso o cheia Delfim, que, commandando a expedição, ligou o seu nome a uma das maiores façanhas navaes que admirará o mundo..Emquanto um punhado de bravos assim immortali- sava os seus nomes, dando á pátria com uma brilhan- te victorià a quasi certeza do próximo termo desta ao longa e porfiada guerra, o resto da esquada encou- raçada e a de madeira bombardeava activamente as La- terias inimigas sobre o rio, e em todas as nossas posi- ções de terra troava o canhão, envolvendo o entrinchei- ramento paraguayo com uma cinta de ferro e Togo. Nem ficarão ociosas as forças terrestres. Reproduzimos um boletim distribuído ao exercito a 20 de fevereiro: i: Uma columna de 5,000 homens de infantaria, 2,000 cavalleiros, dos quaes 200 Argentinos, e algumas bocas de fogo de calibre 4, ao mando da marquez de Caxias em pessoa, avançou na noite de 18 sobre o flanco es- quenlo de flumaitâ e tomou posição. « Ao romper do dia chegarão sem novidade os en- couraçados e mnnilores brazileiros em frente á Tayi on- Legaçao do Brazil, Monteyidéo, 24 de Fevereiro de 1868. Illm. e Exm. Sr.—Hontem escrevi a V. Exc. pelo transporto Lima e Silva, transmitiíndo-lhi as primeiras noticias aqui recebidas pelo telegrapbo elétrico so- bre o forçamento de Humahitá pela nossa esqnadri- lha de ehcoraçados, ao commando do capitão de mar e guerra Delphim Carlos de Carvalho; e hoje tenho a ímmensa satisfação de remetter-lhe os inclusos boletins do Sígío desta capital, que nao confirmão aquellas noticias,, como acrescentao as demais um' brilhante triumpho obtido no mesmo dia 19 do corrente por forças do exercito imperial, que deú em resultado a lomada.de um reducto com .15 canhões, munições, gado, etc, e a morte ou aprisionamento de quasi todo a sua guarniçao composta de cerca do 1,600 homens. Pelos mesmos boletins verá V. Exc. que a nossa es- quadrilha, apoiando uma expedição por terra, seguia sobre Assumpção. Estas noticias forao aqui recebidas com as mais vivas demonstrações de regosijo. O governo, apezar luto official "em que ainda se conserva pela mor- te do general Fldres, mandou immediatamente duas bandas de musica tocar á porta desta legaçao, vin- do pessoalmente feliçitar-me o ministro das relações exteriores, o sr. Heitor Varela. Congratulando-me com V. Exc. por tao faustas sue- cessos. que presagiâo a breve terminação da Juta qua travamos como despbsta do Paraguay, prevaleço-me do ensejo para reiterar-lba os protestos do meu .profundo respeito.' A' S. Exc. o Sr. Conselheiro João Lustosa da Cunha Paranaguá, ministro e secretario de estado dos negócios estrangeiros.-^ulío iíenrígue de. Mello e .-Hcim. •Boletim da divisão avançada. 19 de fevereiro de 1868. Viva o inclyto general pm chefe de todas as forças brazileiras em aperaçOes contra o Paraguay! Viva o distincto viceriúniíante barão de Inhaúma, commandante em chefe da esquadra brazileiral A divisão avançada forçou'O'passo de Humaitá as 3 Do mesmo jornal transcrevemos mais as se- guintes e importantes noticias: Foi'consummádo um grande feito. A façanha que mesmo aos olhos de muitos estrangeiros se reputava impossível para qualquer esquadra do mundo, a nossa valente, marinha, sob o commando do baj-ao de Inhau- ma, acaba de pratica-la, e na madrugada de 19 do pas- sado seis dos nossos encouraçados, Barroso, Bahia, Ta- mandaré. Pará. Alagoas e Rio-Grande, transpuzerao [sem perda de um. d'entre elles o formidável passo 1 de Humaitá, debaixo do fogo dos canhões inimigos, ai- guns dos quaes vomilavao balas de aço de 125 libras. O Barroso foi o primeiro que passou por cima da cor- rente sem tocal-a, graças á enchente do rio; e vencida esta difficuldade, que se antolhava"a maior, fez subir ao ar um-foguete, e este signal foi para o exercito o arma- da prenuncio do victorià. Successivamente se virão bri- lhar outros foguetes indicando cada um que mais um dos nossos encouraçados se achava da parte décima do Humaitá, ameaçando próxima ruína ao baluarte ini- migo. Cada monitor ia rebocado por um navio maior, e o Alagoas o ia pelo Bahia. Desprendendo-se, porem, por alguma causa ainda nao bem conhecida o Alagoas, veio a-mas abaixo, quasi ató ao fundeadouro dos encoura- çados grandes. todos suppunhao que ellê se deixaria ficar áquem da fottalezá, quando o commandante Mau, rity, conseguindo metter á caminho o seu navio, com heróico denodo foi a sós anfrontar a passagem , debai- de forâo recebidos calorosamente pelo corpo de exerci- to, alli acampado., i Neste ínterim dirigia o marquez de Caxias rápido e vigoroso ataque á baioneta sobre o reducto denominado —estabelecimento—, posto avançado do inimigo entre Humaitá e Sanja Honda. « .Tenaz resistência do reducto, fortemente entrinchei- rado, artilhado e guarnecido por mais de 2 batalhões de infantaria, 1 regimento de cavallaria, os quaes, apoia- dos por 3 vapores fundeados em uma lagoa junto á ei- tada posição, varriuo com sua grossa artilharia as avan- radas do reducto, e haviüo tomado esta posição com o duplo fim de proteger o mesmo reducto e fugir dos en- couraçados, que não puderão distingui-los em sua passagem. rr. O combate durou das 5 ás 8 horas da manhã, re- sultando a morte e aprisionamento de toda a guarniçao do mesmo reducto, a tomada de canhões de diversos calibres, grande numero de armamento, munições, equi- pamentos, arreiamentos, etc, etc, cavallos, bois, etc, etc. <! Fora de combate da parte dos assaltantes: 16 offi- ciaes mortos, 15 feridos e 17 contusos; 132 praças mor- tas, 294 feridas e 25 contusas. Total 148 mortos, 339 feridos e 42 contusos. « A posição foi acommettida apenas por cinco bata- lhões de infantaria e um corpo de cavallaria, que põz o em terra. « A artilharia brazileira, assestada depois de tomado o reducto, fez fogo sobre os dous vapores citados, os quaes, depois de terem calado os seus fogos. lográrSo evadir-se muito arruinados para Humaitá. c O marquez, concluído o combate, seguia xmmeàia- tamente para Tayi a felicitar o chefe Delfim pelo bri- lhante feito de sua esquadrilha eucouraçada, sendo en-. thusiasticamenle victoriado pelas gtiarnições de terra e de mar; e determinou aquelle chefe qne com os eucou- raçados Bahia, Barroso e um monitor, subisse- imme- diatamente o rio até Assumpção', destruindo tudo quan- to encontrasse em seu trajecto, e fosse bombardear aquel- Ia capital, para onde em breve seguirá um corpo da exercito de 10,000 homens, organisado de forças ai- liadas. Estes encouraçados seguirão enectivamente rio acima no mesmo dia 90, e pouco depois devem ter apparecido diante da Assumpção como o anjo exterminador da ty- rannia de Lopez. Com as.novas posições ganhas encurtou-se duas le- goas a linha de assedio em torno das trincheiras para- guayas, cuja rendição nao pôde ser questão de muito tempo. . Honra, pois, ao nosso eiercito e marinha, honra ao marquez de Caxias, seu commandante, que mais uma xez justificou o titulo, com que ha annos o saudámos, de filho querido da victorià. Sobre a tomada do Estabelecimento dirigiu o mesmo marquez ao barão do Herval a seguinte parte official. Illm. e Exm. Sr. barão do Herval.—Tenho a maior satisfação em communicar a V. Exc. que boje, ás 5 ho- ras da manha, mandei atacar com partes das forças que marcharão commigo de Tuyu-Cué o forte inimigo deno- minado estabelecimento, que como V. Exc. sabe, fica alem de Loureles, a> era de summa importância para Lopes, porque lhe facilitava çommunicaçSes e favorecia o 'arrebanhamento de gado. « Tinha o forte duas trincheiras com uma guarniçao de 1,600 homens, pouco mais ou menos, além de 15 peças de pequeno calibre assestadas nas suas batarias. Os nossos soldados atacarão com o denodo e bravura que lhes sao peculiares. c O inimigo, depois de tenaz resistência, foi v600"1?* fugindo em debandada para o lado da I»g«a que ooro. a localidade, sende perseguido pelos nossos -saa' ¦ qn6. fizerao cabir sob seus golpes aos qua *—^ com "vida na forüfieaçüo.

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.AJVXSO II.

ASSIGNATURASÈM SELLO . .

1 ANH0 12g000'6 MEZES ^$0003'ubzbs 4g000

SEXTA-FEIRA 6 DE MA-OEtÇO DB.1868 433

DIÁRIO ãml I RI ^« ^W fí^ 15S0008S0005§000

PROPRIEDADE DE J. F. DE PAULA CASTRO.A-Sasslsn.atu.ras sao pagas adiantado, abrem-se em. qualquer dia e flualizSo-se em março,

setembro, e dezembro.junho,

WÊtÊm m xm to ppt| n Z-Aceitao-se e imprimem-se quaesquer artigos escriptos em termos decentes, e o preço tanto destes, como dos annuncios será o que se convencionar. Nao se fará restituição dos artigos

.que sejao remettidos à typographia. Numero3 avulsos vendem-se a 160 rs.

DMIO DE MIES.Ouro Preto, 6 de Março de 1868..

Viva a esquadra imperial!.Foi este o grito da população da capital,

- ap ler as importantes noticias de que nosfoi portador o correio de hontem.

O espirito publico que sé conservava aba-tido ante a delonga de: uma guerra que atodos; parecia quasi que interminável, reani-

. mou-se & nova do brilhante feito dos nossosencouraçados.

Partindo o primeiro grito do palácio dapresidência em torno do qual ja se haviaagglomerado grande numero de pessoas parasaudar o governo na pessoa do seu delegado,estejcom mais de seiscentos companheiros des-Ceoa percorrer as ruas da cidade.

Foi um delírio de enthusiasmo!As saudações ao nosso exercito e armada,

aos seus commandantes, ao imperador e ao'.governo, erao com frenesi correspondidas. ,

• A cidade iUuminou-se como que pòr en-canto, a vida eò movimento appàreceraoem todos os' seus recantos. '. ^

A uma só voz dizia o povo—está concluídaa guerra.

.Sim, ella toca ao seu-termo, e a ultimapalavra desse drama de sangue foi proferida

-pela. esquadra imperial!Honra aos bravos que commandarao os

encouraçados e aquelles que lhes fizerSo a' guarniçao !

• No dia manoravel- da passagem do Hu-maità mostrarão os brasileiros, que mais for-toque as couraças do3 navios , éa fé quelhes robustece 03 peitos, o patriotismo quelhes fortifica o espirito.

Que esquadra do mundo poderia sobrepujaros nossos seis vasos de guerra,. que realisarfioq".impossível, no pensar da culta Europa?

A Tnàrinha brasileira pode rivalisar comas melhores do mundo.

A Europa assombrada fará a devida jus-tiça aos 'nossos bravos do mar.

Depois dos brilhantes feitos de Riachuelo,Cúévas e Mercedes, era justo que viesse a so-bèrba passagem do Humaitá!

Os que tomarão.parte nessa jornada detanto arrojo, ppdemdormir tranquillos á som-bra dos louros conquistados sob as bateriasda nova . Sebastopol. -

Cahio a tyrania de Lopes, o. canhão bra-'

Bileiro fez a luz nas somhrias selvas do Pa-raguay 1

Déòs ó justo..Honra aos nossos .bravos que vencerão, uma

.lagrima de dor sobre os que tem succumbidoaté hoje.

«TI»!..RIO P-A- I»3ÊfeA.TíA.

Dò Jornal do Commercio de 2 do correntetranscrevemos o seguinte:

¦ ¦ Commando em onefe da: forçaoperações contra

naval do Brasil emdo Paraguay. Bordo -do

Humaitá,. 21 de fever«iro

dao. governo

vapor" Brasil, em-frente, a.de 1868. - ,

UlaueÉxm. Sr.—A marinha e o exercito nacionalocábao de dar ao. Brasil o.mais brilhante dia dp gloria

A 19 do (corrente, pelas 3 horas e 35 minutos damanha, a 3.»'divisão da esquadra do meo commando,composta aos~eooouraçados Bahia, Barroso, Tamandare,e monitores Pará, Alagoas e Rio Grande, debaixo dasordens do capitão de mar e guerra .Delphim Carlos, deCarvalho, e protegida pelos fogos dos.,encouraçadosBrasil, «mo flarTÒsyCoJam&o.CaDra.l.SiIeado e Herval,debaixo do meu commando em. chefe e.do do respectivocommandante-da divisão, o capitSo de mar e gueara Joa-quim Rodrigues dà'Cesta, forçou o passo famoso de liu-msrtá.e em seguida o—ainda-mais r°rte7-a°J£1,n'?°>.™Srafcnao

poWctér at EidraesãVIâlos-tíóniièndres

desta seção estrondosa, que equipara nossa marinha ásmais importantes do mundo. No momento em qne es-crevò (11 horas da manha) é que recebo do bravo mar-quez de Caxias, commandante em cbefe do exercito, obilhete que tenho a honra de offerecer a V. Exc, porcopia, e bem assim o boletim ligeiramente traçcdo queme enviou o capitão de mar e guerra Delphim. Estesescriptos bastão para que V. Exc. conheça quanto denobre e grandioso Gzerâo marinha e exercito neste dia,um dos mais felizes que tem tido a nação brasileira.O coip!<.-.?ndanto Delphim, que. acto continuo, vai seguirsobre Assumpção, nao pdde mandar-me as partes of-üciaes.

Ao que deixo descripto devo, cheio de prazer, acres-centar um episódio heróico, parte delle por mim teste-munliado, e parte noticiado do exercito.

Uma bata de Humaitá cortara o reboque que o Bahiadava ao Alagoas; este monitor vinha águas abaixo, oeu lhe ordenara que desse fundo. O commandante Mau-rity imitando Nelson, nao.vio o signal de Parker. So-guio' S O rio acima, e passou debaixo de uma abobadade balas todas as baterias de Humaitá, que só transpozcompletamente depois de clarear o dia. Tanta bravura,tanta dedicação, tao bello exemplo, encherão-me de en-thusiasmo: acçües como esta não devem ser tolhidas porillimitada prudência; deixei, pois. quo o heróico 1." te-nente Joaquim Antônio Cordovil .Maurity, a quem. seme fosse permittido, daria na occasilo o mais impor-tante dos prêmios, seguisse seu bello destino, pois Deosprotvjé taes feitos. .

Mal ficava . o jllagíus fora das baterias do Humaitá,quando é commettido por 40 canoas carregadas deparaguayos; Maurity vai acima dellas, metlé a piqueumas poucas, afugenta o resto e marcha triumpbaotea rennir-so ao seu chefe! Honra ao bravo joven, honroa um dos mais bravos officiaes da -nossa armada, oi.'tenente Maurity!-^ a voz unanime desta esquadra.

Compréhenderá V. Exc. quanto me é sensível nao lhepoder, como custumo, mandar já e já informações maisamplas! Entretanto; posso dar-lhe a. grata noticia deque só tivemos contundido o cbefe Delphim. feridolevemente o 1." tenente'pratico Etchebárne e poucosoutros; - algumas avarias importantes na £.* divisão, eo fogo do inimigo foi horrível! Computo em 3,000 ti-ros cs que enviou-hds, a- que correspondemos comperto de 1,000.

Passou-se Humaitá, destruindo o fogo da esquadracentenas ds obstáculos. A honra da nação e da marinhaforao levadas ao sau apogeo. Esse ponto que os homensde guerra e da sciencia diziao em seus escriptos quenem as primeiras marinhas do mundo reunidas seriãocapazes de forçar, forçou-o uma divisão da marinhabrasileira!

Viva o Imperador! .E V. Exc. seu muito digno ministro, receba em meu

nome, e no desta; esquadra, os agradecimentos pelomuito que. por ella tem feito.

Permitia v. Exc. que lhe recommende o chefe, com-mandantes e officiaes da 3.* divisão, e com muita espe-cialidade o 1.° tenente Maurity: e bem assim o chefe,"commandantes

e cfüciaes da 2.* divisão (a dos encoura-çados) que.muito secundou a |3.*

O meu estado maior çompoz-se do chefe Alvim, ca-pitâo de fragata Fernandes, • capitâo-lente Salgado,meu capitão de bandeira, os 1." tenentes Palmeira,Legey, Proença e tenente do exercito Miguel Antôniode Mello Tamborim. Sao dignos dos maiores elogiospelo muito que me ajudarão, o 1.°, 4." e 6 • na a.« gran-de divisão, o os demais junto a mim. O capitão de mare guerra Affonso Lima, também coro uma pequena divi-sâo, fez bons serviços pela lagoa Pires. De tudo dareiopportunamente conta minuciosa a V' Exc.

Rogo a V. Exc. a bondade de beijar a {augusta m3ode S. M. o.Imperador, no meu nome e no

'dos meuscommandados.

Deos guarde a V. Exc—Illm. e Exm. Sr. conse-lheiro Affonso Celso de Assis Figueiredo, ministro esecretario de estado dos negócios da marinha.—Barãode Inhaúma, commandante em chefe.

Tuyu-Cüé, SÓ de fevereiro de 1868.—Meu amigo.A sía esquadra brilhou! Nao-se podia fazer mais, nemcom mais habilidade.

Estive jà hontem em Tayi com o Delphim, a quemdei um apertado abraço ó aos commandantes e práticosdos felizes navios que subirão. Nao perderão um homem!E encontrarão tanta Tesistencia nas baterias de Timbo,como em Humaitá.

Os paraguayos tiverao até a ousadia do tentar abor-dar o .álagôas com canoas cheias da. tropa; mas forâotodas para o. fundo, e um só nao saltou no convez dessenosso monitor.-Eu por terra fiz o que lhe prometti; n3o mandei, ruiem pessoa dirigir uma cõlumna-de 68000 homens dastres armas, na hora ajustada para a passagem dos mo-nitores e encouraçados da esquadra, o com essa forçaatacar a extrema esquerda' de Humaitá.

Tomei, depois de tres horas de renhido combate, oTorto da fianco

"esquerdo daquella praça que estavaguarnecido com 15 bocas de fogo, e todas já estão nomeu acampamento. . ,

Toda a guarniçao do forte foi morta ou prisioneira:eu tive fora de combate, entre mort03 e feridos gravee levemente, cerca de 600'hpmens! Mas.:., depois doter emprehendido o ataque, ou havia de ficar alli eumesmo côm toda a força que levei, ou vencer. Deos,nois. nao me abandonou ainda desta vez.

Os dous vapores que Lopez tinha em Humaitá, met-têrao-se na lagoa próxima do ponta que ataquei, o aminha bateria os bateu e os fez fugir, para nao iremao fundo. Dèi ordem ao Delphim para subir hoje comtres encouraçados alé onfle puder, e bombardear, se lhe

fór possível, a Assumpção. Estou com muita pressa e o

portador lhe dirá o resto.Seu amiso è collega—Luxz. .

- w J—fou mandar o Cunha levar a noticia noS.José, que deve sahir amanha; se quizer escrever aoministro alguma cousa, elle pôde ser o portador. O Del-

phim foi contuso. mas nâo é cousa de cuidado. Elle ficoude remetter-me hoje a sua parla para eu a enviar aV. Exc.

horas e 30 minutos da madrugada, com avaria de maisou menos importância.

Poucos feridos, dos quaes o bravo pratico Etchbarne,ferido levemente, e o chefe Delphim contundido.

O Barroso, navio testí com o monitor Rio-Grande aocostado, só recebeu 4 balas. O Timbó está fortificadodo lado do rio Paraguay. O Barroso recebeu mais de 50ou 30 bala3 desta fortiicaçâo. O ponto de Laureies foibombardeado vigorosamente.

Os vapores inimigos nao apparecêrSo. Estão provável-mento dentro da lagoa contígua a Humaitá.

Viva Sua Mageslade o lmperadur!Tayi, :9 de fevereiro de 1863, ás 10 horas e 40 mi-

nutos.—Delphim Carlos de Carvalho, capitão de mar eguerra, commandante da divisão.

Commandante da divisão naval do Rio da Prata, bordoda canhoneira Araguary. 23 de fevereiro de 1868.

Illm. e Exm. Sr.—E' com a mais viva satisfação quecoogratulo-me com V. Exc. pelo assignalado aconteci-mento da passagem da divisão expedicionária por Hu-maitá. .

A situação desta republica vai melhorando diária-mente, ainda que se nâo tenha recebido noticias de di-versos pontos da campanha e do litoral, onde se temetenhao havido scenas lamentáveis.

A cidade está já em socego, mas a confiança nao foiainda restabelecida. O commercio está paralysado evarias casas feichadas.

As forças estrangeiras occupao ainda a alfândega, e anossa o quartel da Aguada, fora da cidade.

O vapor Recife, que veio de Buenos-Ayres reforçar adivisão.- regressa amanha para -continuar á disposiçãodo Exm. Sr. ministro Joaquim Thomaz do Amaral.

O rassimo». logo quo conclua o recebimento do car-vao, seguirá viagem. -

O lKernect que, como communiquei a V. Exc, foilevar officios de urgência á barra do Rio-Grande, deveestar de volta esta noite.

Concluindo, permitia V. Exc. que mencione a cir-çomstancia, aliás muito lisongeira. de que tenho sidoera todos os acontecimentos que ultimamente aqui siténi dado, coadjuvado elficazmente e com a maior dedi-cação pelo meu chefe do estado-maior e pelos comman-dantes e officiaes dos navios desta divisão.

Deus guarde a V. Exc.—Illm. e Exm. Sr. conselhei-ro Affonso Celso de Assis Figueiredo, digníssimo minis-tro e secretario de estado dos negócios da marinha.—Theolonio Raymundo de Brito.

xo de um chuveiro de balas, agora muito mais certeiras

por ter entretanto clareado o dia.Vendo-o zombar do fogo, 40 canoas, carregadas de

paraguayos, tentarão aborda-lo; despedaçadas pela me-taalha. tiverao. porem, de recuar as que nao forao logoá pique, e momentos depois, o ultimo foguete atroavaos ares cora sons festivos. Era'o Alagoas, que, derradei-ro na ordem do tempo, mas primeiro na gloria, trans-

punha a seu turno as correntes com que Lopez julgavaconservar para sempre encadeados os nosso3 vasos de

guerra.Soifrerão algumas avarias os navios, mas este dia de

esplendido triumpho não custou ao Brazil um só dosseus valentes marinheiros. Apenas o pratico Etchebárnefoi ligeiramente ferido, Gcou contuso o cheia Delfim,

que, commandando a expedição, ligou o seu nome auma das maiores façanhas navaes que admirará omundo.. •

Emquanto um punhado de bravos assim immortali-sava os seus nomes, dando á pátria com uma brilhan-te victorià a quasi certeza do próximo termo desta jáao longa e porfiada guerra, o resto da esquada encou-raçada e a de madeira bombardeava activamente as La-terias inimigas sobre o rio, e em todas as nossas posi-ções de terra troava o canhão, envolvendo o entrinchei-ramento paraguayo com uma cinta de ferro e Togo. Nemficarão ociosas as forças terrestres.

Reproduzimos um boletim distribuído ao exercito a20 de fevereiro:

i: Uma columna de 5,000 homens de infantaria, 2,000cavalleiros, dos quaes 200 Argentinos, e algumas bocasde fogo de calibre 4, ao mando da marquez de Caxiasem pessoa, avançou na noite de 18 sobre o flanco es-quenlo de flumaitâ e tomou posição.

« Ao romper do dia chegarão sem novidade os en-couraçados e mnnilores brazileiros em frente á Tayi on-

Legaçao do Brazil, Monteyidéo, 24 de Fevereiro de1868.

Illm. e Exm. Sr.—Hontem escrevi a V. Exc. pelotransporto Lima e Silva, transmitiíndo-lhi as primeirasnoticias aqui recebidas pelo telegrapbo elétrico so-bre o forçamento de Humahitá pela nossa esqnadri-lha de ehcoraçados, ao commando do capitão de mare guerra Delphim Carlos de Carvalho; e hoje tenho aímmensa satisfação de remetter-lhe os inclusos boletinsdo Sígío desta capital, que nao só confirmão aquellasnoticias,, como acrescentao as demais um' brilhantetriumpho obtido no mesmo dia 19 do corrente por forçasdo exercito imperial, que deú em resultado a lomada.deum reducto com .15 canhões, munições, gado, etc, e amorte ou aprisionamento de quasi todo a sua guarniçaocomposta de cerca do 1,600 homens.

Pelos mesmos boletins verá V. Exc. que a nossa es-quadrilha, apoiando uma expedição por terra, seguiajã sobre Assumpção.

Estas noticias forao aqui recebidas com as maisvivas demonstrações de regosijo. O governo, apezardó luto official

"em que ainda se conserva pela mor-

te do general Fldres, mandou immediatamente duasbandas de musica tocar á porta desta legaçao, vin-do pessoalmente feliçitar-me o ministro das relaçõesexteriores, o sr. Heitor Varela.

Congratulando-me com V. Exc. por tao faustas sue-cessos. que presagiâo a breve terminação da Juta quatravamos como despbsta do Paraguay, prevaleço-me doensejo para reiterar-lba os protestos do meu .profundorespeito. —

'

A' S. Exc. o Sr. Conselheiro João Lustosa da CunhaParanaguá, ministro e secretario de estado dos negóciosestrangeiros.-^ulío iíenrígue de. Mello e .-Hcim.

•Boletim da divisão avançada. 19 de fevereiro de 1868.

Viva o inclyto general pm chefe de todas as forças

brazileiras em aperaçOes contra o Paraguay!Viva o distincto viceriúniíante barão de Inhaúma,

commandante em chefe da esquadra brazileiralA divisão avançada forçou'O'passo de Humaitá as 3

Do mesmo jornal transcrevemos mais as se-

guintes e importantes noticias:Foi'consummádo um grande feito. A façanha que

mesmo aos olhos de muitos estrangeiros se reputava

impossível para qualquer esquadra do mundo, a nossa

valente, marinha, sob o commando do baj-ao de Inhau-

ma, acaba de pratica-la, e na madrugada de 19 do pas-sado seis dos nossos encouraçados, Barroso, Bahia, Ta-

mandaré. Pará. Alagoas e Rio-Grande, transpuzerao

[sem perda de um. só d'entre elles o formidável passo

1 de Humaitá, debaixo do fogo dos canhões inimigos, ai-

guns dos quaes vomilavao balas de aço de 125 libras.

O Barroso foi o primeiro que passou por cima da cor-

rente sem tocal-a, graças á enchente do rio; e vencida

esta difficuldade, que se antolhava"a maior, fez subir ao

ar um-foguete, e este signal foi para o exercito o arma-

da prenuncio do victorià. Successivamente se virão bri-

lhar outros foguetes indicando cada um que mais um

dos nossos encouraçados se achava da parte décima

do Humaitá, ameaçando próxima ruína ao baluarte ini-

migo.Cada monitor ia rebocado por um navio maior, e o

Alagoas o ia pelo Bahia. Desprendendo-se, porem, poralguma causa ainda nao bem conhecida o Alagoas, veio

a-mas abaixo, quasi ató ao fundeadouro dos encoura-

çados grandes. Já todos suppunhao que ellê se deixaria

ficar áquem da fottalezá, quando o commandante Mau,

rity, conseguindo metter á caminho o seu navio, com

heróico denodo foi a sós anfrontar a passagem , debai-

de forâo recebidos calorosamente pelo corpo de exerci-to, alli acampado.,

i Neste ínterim dirigia o marquez de Caxias rápido evigoroso ataque á baioneta sobre o reducto denominado—estabelecimento—, posto avançado do inimigo entreHumaitá e Sanja Honda.

« .Tenaz resistência do reducto, fortemente entrinchei-rado, artilhado e guarnecido por mais de 2 batalhõesde infantaria, 1 regimento de cavallaria, os quaes, apoia-dos por 3 vapores fundeados em uma lagoa junto á ei-tada posição, varriuo com sua grossa artilharia as avan-radas do reducto, e haviüo tomado esta posição com oduplo fim de proteger o mesmo reducto e fugir dos en-couraçados, que não puderão distingui-los em suapassagem.

rr. O combate durou das 5 ás 8 horas da manhã, re-sultando a morte e aprisionamento de toda a guarniçaodo mesmo reducto, a tomada de lã canhões de diversoscalibres, grande numero de armamento, munições, equi- •pamentos, arreiamentos, etc, etc, cavallos, bois,etc, etc.

<! Fora de combate da parte dos assaltantes: 16 offi-ciaes mortos, 15 feridos e 17 contusos; 132 praças mor-tas, 294 feridas e 25 contusas. Total 148 mortos, 339feridos e 42 contusos.

« A posição foi acommettida apenas por cinco bata-lhões de infantaria e um corpo de cavallaria, que põz opó em terra.

« A artilharia brazileira, assestada depois de tomadoo reducto, fez fogo sobre os dous vapores citados, osquaes, depois de terem calado os seus fogos. lográrSoevadir-se muito arruinados para Humaitá.

c O marquez, concluído o combate, seguia xmmeàia-tamente para Tayi a felicitar o chefe Delfim pelo bri-lhante feito de sua esquadrilha eucouraçada, sendo en-.thusiasticamenle victoriado pelas gtiarnições de terra ede mar; e determinou aquelle chefe qne com os eucou-raçados Bahia, Barroso e um monitor, subisse- imme-diatamente o rio até Assumpção', destruindo tudo quan-to encontrasse em seu trajecto, e fosse bombardear aquel-Ia capital, para onde em breve seguirá um corpo daexercito de 10,000 homens, organisado de forças ai-liadas.

Estes encouraçados seguirão enectivamente rio acimano mesmo dia 90, e pouco depois devem ter apparecidodiante da Assumpção como o anjo exterminador da ty-rannia de Lopez.

Com as.novas posições ganhas encurtou-se duas le-

goas a linha de assedio em torno das trincheiras para-guayas, cuja rendição já nao pôde ser questão de muito

tempo. .

Honra, pois, ao nosso eiercito e marinha, honra aomarquez de Caxias, seu commandante, que mais umaxez justificou o titulo, com que ha annos o saudámos,de filho querido da victorià.

Sobre a tomada do Estabelecimento dirigiu o mesmomarquez ao barão do Herval a seguinte parte official.

Illm. e Exm. Sr. barão do Herval.—Tenho a maiorsatisfação em communicar a V. Exc. que boje, ás 5 ho-ras da manha, mandei atacar com partes das forças quemarcharão commigo de Tuyu-Cué o forte inimigo deno-minado estabelecimento, que como V. Exc. sabe, ficaalem de Loureles, a> era de summa importância paraLopes, porque lhe facilitava çommunicaçSes e favoreciao 'arrebanhamento de gado.

« Tinha o forte duas trincheiras com uma guarniçaode 1,600 homens, pouco mais ou menos, além de 15peças de pequeno calibre assestadas nas suas batarias.Os nossos soldados atacarão com o denodo e bravuraque lhes sao peculiares.

c O inimigo, depois de tenaz resistência, foi v600"1?*fugindo em debandada para o lado da I»g«a que ooro.

a localidade, sende perseguido pelos nossos -saa' ¦

qn6. fizerao cabir sob seus golpes aos qua *—^com "vida na forüfieaçüo.

Page 2: 433 DIÁRIO - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/376523/per376523_1868_00433.pdf · tiça aos 'nossos bravos do mar. Depois dos brilhantes feitos de Riachuelo, Cúévas e Mercedes, era

DIAIt-IO I>Ei 3MINAS.'

« A porda do inimigo foi do 500 a 600 mortos dei-xondo em nosso poder as 15 praças de que acima fa lei.

quantidade considerável de armamento o munições bel-licas, quo so achavâo om deposito.

,< I)o nosso lado tivemos fora de combate 600 ho-moiis, pouco mais ou mons, entre mortos, feridos o con-"Tv.

Exc. so dignará dar as mais enérgicas-providen-cias para quo quanto antes se dirija a este pontei o^ ma-

ior numero possível do ca. retas, ainda que as teobdeobter poi- qualquer meio do commercio; esta medida tor

na-se necessária por nao convir do forma alguma queso demorem aqui as presos-feitas oo inimigo..

,< lista tarde, ás 4 horas, pretendo fazer s?6Uir,noraS. Solano duas das brigadas quo mais soUrfirâo ficando

o resto da força neste ponto. Eu pretendo seguir -oesso

mesma Hora para Taiy. ronde pernoitara£«£»£*« »&toudor-mo com o capitão do mar o guerra DolphimCd; Carvalho, quo. segundo acaba de O^C.ar-me. o

marechal de campo Victurino, forçou de madrugada o

passo do Uumaitá con. os Ires monitores o jlSu"s na

lios encouracados, para com ello entender-me sobro a

continuação de empreza tão felizmente real.saila.« Felicitando a v. exc. por tudo quanto acaboi do conv

municar-lhe, sou. como sabo. com a maior estima e

particular consideração. .« De v. oxc. amigo o companheiro

« Marque: de Caxias.

« Forte Estabelecimento; iodo fevereiro de 1808;« S. Exc. terá a bondade de fazer passar «iMWt

muiiicaçao para Tuyuty o ao sr. general Gellj 1 Obes. »

Na parto oflkial o nas correspondências quo om ou-

tro lugar publicamos, oncontiaráõ os leitores interes-

santos pormenores sobre estes feitos, que coroarão as

nossas armas do immarcosoivois louros.

Nas folhas do Rio da Prata apenas onconlrámos o

soguinte :<t ltapirú, 2'/, horas da madrugada do dia 18. . .5'Trta o canhão, e as baterias respondem com forte

° ^resT madrugada.-O fogo ó Horroroso A esta

hora já nâo so distingue quaes sao as peças do torra, e

qu.es as de bordo. E' um sô estampido, quo rotumba o

"", Âqü^em ItapiVú, abala.se a terra, o sobro a Ribei-

ri «n faz sentir dobradamento.«Três o meia.—Continuo o fogo no mesmo estado som

descanso o sem interrupção.« \tú esta liora náo temos sentido explosão olguma

quo a.inuncio torpedo; tudo é estampido secco o de

''Ti menos um quarto.-0 fogo parou, o só do vez em

quando rotumba um, dous, três tiros do peça. o estes

^"liora^a manhã.-Estarnos om ospectayiva Devoz om quando algum tiro do peça, fogo do fuzilaria,'"«

Vhoras!-Muita anciedado por saber-se o resultado.Creio o lenho íi em que a osquadra passou. Os tiros ao

lcngo o iiidicão« R da manha« Viva a pátria! .« O formidável alcazar de Lopez vem a terra. A

guerra, como llio tenho repelido nas minhas anten-ores. vai terminar. , „ ,.

,Va -i 1/2 passarão Humaitá os encouracados BahiaTrmundaré c Barroso, o os monitores Para e Rio-üran-de. Estes cinco navios passarão sem sofirer damno ai

ST A. sua passagem elToctuou-se em 42 minutos.

« A esquadra do madeira alacava vigorosamente Lu-rupaily; tios bombardeiras na lagoa Pires faziuo igualfoso para o campo do inimigo.

« Os encouracados, em rrente a Humaitá, Taz.ao os-tra"os nas baterias inimigas. .

í 1 1/2 da tarde.—O fogo do mosqiietana om Tuyu-

Cuó continua com força.« O exercito está a esta hora polejando sobre as

trincheiras, mas nao posso convencer-me quo seja ata-

quo serio; talvez mo engane. - « Entretanto, tenho esperanças, e se o, como di-

zèm um verdadeiro ataque, o levando a direita o va-

lento Osório, o o centro Gelly. talvez quo hojo mos-mo caia Humaitá!

« A única cousa que posso assegurar a respeito do

fo-o do íuzllaria o ataque por terra, é quo.as nossas

foíças chegarão ató ás trincheiras sem ser hos-

tilisadas. .c Tomou-so ao inimigo duas baterias de importan-

cio. uma entre Humaitá o Curupaity. o a outra en-ire Humaitá o Tuyi. A osquadra sofireu. mas naoo quo era do esperar. O combato por terra o poranòa foi violento.' „ ,. -...

« Onde so lera mettido o tigre paraguayo? Humaitáo Curupaity sollrorao muito.

« Càlárào os seus fogos. Asseguro que Lopez n3o es.lava nem está em Humaitá, nem em Passo-Pocu; assimsuecedo aos tyrannos, fogem quando vem a cousa séria._«

19 de fevereiro de 1868.—A's 3 '/. horas da manhacanhões dé todos os pontos da osquadra o do exerci-

F.ra a divisão do encouracados Barroso,

das ostações novaes com os offlciaes o tropa que pudes-sem levar para tornar mais solemna o acto.

A respeito de movimentos 4e blancos fora da capital

pouco so sabia ainda. Apenas noticia o Siglo qua o ca-

becilha blancj Rodrigues se havia apoderado da povoa-

çao de S. Josó, cujo chefe político tinba sabido poro o

Cerrito com todas os forças quo pudera reunir. 0,facto

do ter sido cortado o fio telegraphico parecia confirmar

a occupaçao, mas o mesmo chefe político retrocedia pa-

ra oquolle ponto com terças sufiiciontes para bater e

punir os revoltosos.Em Montovidéo fallocou repentinamente o comman-

dante das armos D. Manoel Flores, irmão do assassinado

geoeral. O decreto que lhe nomoou suecessor na pessoa

do coronel D. José Maria Solsona, diz que a morto foi

causada pela epidemia reinante. A Tribuna do 23. po-

róm, insere estas terríveis linhas:<r A morto repentina do commandante D. Manoel FIO-

res nao foi um facto isolado.« Calculao-so em móis dezaseis as pessoas quo ante-

hontem morrerão no cabildo o em suas casas de um

ataque fulminante.

« Ató agora só conhecemos os nomes das seguintes

victimas: commissarios Jo3o Josó Fernandes . Carlos

Labandera. o Leonardo Majobro, tenente-coronel Thomaz

Larragovtia. commandanto Diogenes Letorre Garcia, ca-

pitao 1-iorencio Canata e cidadão Romoaldo Gard.

« A respoito da morte destes bravos ninguém mais se-

nao os blancos podem ser aceusados como causantes. »

Tendo-se praticado alguns actos de violência con-

tra membros do partido blanco, o governo, querendo

atalhar as vindictas particulares, promulgou um do-

creto mandando passar immediatamento pelas armas

qualquer indivíduo quo fosse summoriamente conven-

ctdo do assassinato.Vários outros decretos se expodirao no intuito de

assegurar a ordem, e que bom reveiao o estado de

oxarcebomento dos ânimos.Em Buenos-Ayres n3o oecorrêra facto do importan-

cia. Em ambas as capitães do Prata a noticia da 'vic-

toria das armas alliodas foi recebida com júbilo.

iiiigi:F». d.e Oalasaxxs ao pixTblieo.

« Homem da imprensa, e amigo das posi-çoes definidas, sempre tive como necessidadeindeclinável na vida política o nao deixar detirar á limpo todo o facto que se preste, ainda

que de longe, a qualquer suspeita, a qualquersupposiçao menos airosa, qüe porventura possapairar sobre o meu caracter, a respeito de mi-nlias crenças. Foi sempre este o meu modode proceder, e espero em Deus nao desmentira minha tradição política.

«Entendo que me corre a obrigação de vir àimprensa declarar que deixe de fazer parte daredacçao do Correio Mercantil, na qual estavaencarregado dos debates do senado, nenhumaingerência tendo tido, convém dizê-lo por amor

da verdade, em qualquer dos outros ramos daredacçao daquella folha.

«Se venho com toda franqueza fazer publicaesta declaração, é pelo simples motiyo de naoconcordar com a direcçáo que ultimamente setem dado ao partido conservador, a que sem-

pre tive- a honra'de pertencer desde que appa-reci na sceaa política; e muito menos com a daimprensa conservadora, que, apenas ruminan-

dreiros livres, e com elles terá chegado o paizá república de Platão.

« E'por isso que em tempo dou-me -pressa

em declarar que, conservador da velha guarda,nao adhiro à nova ordem de cousas do actual

partido conservador, represesntado pelo. Mer-

cantil e pelas maçonarias, por isso mesmo tam-

bem que nao desejo partilhar de suas glorias.Catholico-apostolico-romano, nao poderia, ain-

da que o quizesse, em consciência pertencera nenhuma loja, depois da formal excummu-nhao fulminada do alte do "Vaticano sobre to-

dos os pedreiros-livres espalhados pela super-

ficie do globo.« Conservador como sempre fui, acompa-

nbando a-sorte do meu partido nos períodosmais dolorosos da proscripòao, tomando parteactiva no movimento de. resistência razoável

que se tem offerecido ao poder, sempre em meu

posto, agora que a imprensa conservadora an-

nuncia a próxima volta dos tempos felizes, de-

claro alto e bom som que prefiro as amargu-ras da adversidade a trilhar sob o commandodos novos Moysés de pacutilha, que nos vao le-

var por uma estrada em cujo trajecto chove o

maná do deserto, e que conduz direito á terrada promissao.

« Boa viagem lhes desejo sem mim. As co

lumnas de luz que allumiao nao os desampa-rem, nem tenha força de apaga-las a descorte-zia dos ventos da fortuna. Eu ficarei no pontoem que julguei não poder acompanha-los pelosatalhos e desvios que buscao. Da minha, par-te—erro talvez de apreciação, myopia intel-lectual. Só amestrados guias podem arriscar-se por lugares invios e devesas nao batidas.

« Eu fico na estrada real. Ainda quandoficasse em unidade, o que sei que nao aconte-ce, ficaria tranquillo çom a seguridade de mi-nha consciência, ambora os ódios a que minhafranqueza um pouco rude haja de expòr-menaturalmente, necessariamente. Sujeito-me às

conseqüências,-.carrego coma responsabilida-ce dos meus actos.

« E assim, como recapitulacçao e em con-clusao do protesto que ao correr da pennaacabo de lavrar, fique, bem claro e fora deduvida:

« 1." Que eu nao pertenço a nenhum dos

clubs do actual partido conservador;« 2." Que não faço parte da redacçao da

actual imprensa conservadora;« 3.° Que sou conservador de hontem, de

hoje e de amanhã, mas com a esperança firme

e o animo rosoluto de nao esquecer com a le-viandade e facilidade com que outros a têm

esquecido, esta em política a minha única e

indefectível profissão de fé.Pedbo de Cai.asa.ns.

Corte, 24 de'Outubro de 1867.

(Do Jornal do Commercio).

Dormiste, Rabudo, na noite em que recebeste talcarta?

Eu duvidaria, si nao soubesse que aos usuranos per-versos,' acalmao o espirito a vista do ouro ao. dely-rio do luxo, como aos sequiosòs, o limpido lagrimalque corre. . . .

Ficasle bem tranquillo; - o pranto da indigencia. ossentidos ais da viuva, o queixume do orphao, nadavalem, naò fazem'mossa; nas almas empedernidas.

Sao leves aguaceiros cabidos sobro torridàs areias dodeserto.-' Nao haverá regeneração pBra ti?

Não descreio delia ainda!O senhor me illumine o espirito, guie-me a penna,

e talvez, ao tocar o fim da jornada pelo teu passadoeu possa destemperar. a tinta com que te escreveo,com alguma gota do lagrima, qüe o arrependimento tefiser bailar nos olbos.

Robudo, tem fé em Deos e na dedicação doJoalheiro.

I -gi-B-i-M. |

O dr. Cesario Alvim.

A autorisoção- quo neguei ao sr. dr. Benjamim Ro-

drigues Pereira para publicar uma Carta que lhe diri-

gi em dezembro do anno passado, quando s. s. quei-xava-se de que eu havia injuriado á sua familia, dou-

lh'-a eu hoje por esta folho.Quero-a integralmente impressa. '.Disse eu as. s. nessa carta, que para esmòga-lo

nas accusaçOes qua mo Dsesse, eu não precisava de in-

juriar a pessoas estranhas ás nossas lutas a para mim

mais do quo para qualquer outro, dignas de respeito.

Repito outra vez a mesma cousa.

Quando ouvir quo a discussão ontre mim es. s.

pode -conservar-sè na aithra do minha dignidade,. eu

sahirei i campo como já o tenho foito; ao. contrario

doixa-lo-bei só a gritar impotente contra quem n3o

sente o menor incommodo com os sous. gritos.Reprovo altamente a luta travada em terreno menos

digno, como aquelle em que sempre interreira o Consti-

tucional as suas discussões, provocando por isso jus-te reacçâo.

Si n3o posso aconselhar os combatentes e impedir

taes lutas, fica-me. an menos o consolo de pacifica neü-

tralidado na pugna.Aconselho ao sr. dr. Benjamim que modere mais, o

ardor da penna quo accompanhou ferina o nosso info-

íiz collega dr. Coimbra até o túmulo, para onde

encaminhou também os passos do tenente coronel Mou-

tinho.Ha uma justiça no céo. e essa vem infallivel. por

quo éDeos quem a faz. Está. sempre ás ordens do

sr. dr. Benjamim Rodrigues Pereira.José Cesario de Faria Alvisi.

to bp ouvirão, fcra a aivisau uu çmuuu.»*£*.»«? --..--•-, —t . *.iiakia, Tamundarè, Pari, Alagoas Rio-ürande. o mi- d jnteressea particulares, oecupada das gran-mi»o fazia fogo com sous canhões, que parecia descor- .. >_

/ g^sd fuziarla; era horrível o quadro A's 0 horas da

manha houve um tologramma: « A divisão expedicio-

flIIlBIBS,

transpôz com felicidade o Humaitá, o o nosso

«e To passar" Humaitá, o monitor .-línguas veio águasabaixo, subindo depois só, lornando-so o commandantoun. bravo, pois o fez jáon. claro dia, recebendo assim ti-

ros do todos as baterias.« Todos os encouracados passui-ao por cima das cor-

rentes o atravessarão o rio o so opjlocár.ao em posiçãopara fazor fogo sobro os tortos Laureies o Tiinho.

« üiu "0 —Os dous vapores paraguayos, que estavaoen. Humaitá. Taquanjo Iijurcy. estão passando tropasda fortaleza paru o Chaco.

« O exercito avançou pola direita, e tomou uma forti-ficarão, Kstancia. com li. canhões do grosso calibre, a

qiial foi defendida com energia: os atacantes tiverâoDardos de 10 ofliciaes.

« A tomada dosta fortilicaçao diminue du»p léguas a

''"«Vol-ao'prisioneiros muitas praças e um official de

marinha, que era commandanto da dita fortilicaçao, quodisso quo nunca pensou, nem o mesmo Lopoz, que aesquadra forçasse Humaitá. _.

5 O chefe Delfim, no Bahia, com o monitor fio-Outide, seguiu para AsatimpçSo a host.lisar a capitalc o quo encontrasse em caminho.

i O ramaiidarii oo Pará tiverao bastantes avarias.»

Polo transporto S. José, entrado hontem o portador

destas noticias, recebemos um bolotim do exercito, mas

om tao limitado numero, quo nao nos foi possivol distri-

liui-lo pelos nossos ássignantes. Carecendo de tempo

para completar as noticias, receber o imprimir as nossas

diversas correspondências, o quo nao poderia ficar

prompto sonao á hora adiantada do dia, proferimos

doixar para hojo efo trabalho; mórmento'qtiando orao

geralmenlo conhecidos os factos capitães quo encherão

do júbilo todo o povo braziloiro.

Do Rio da Prata as ultimas datas que temos sao do

Si do passado.Os funoraos do genoral Fldres em Montovidéo tinhao

ficado adiados para 20, o para olles forao convidodos,

além do população o tropa nacional, os agentes diplo-

maticos o consulares estrangeiros o os commandantes

des thesef: pitangueira não dd mangas, de co-bra não nasce passarinho, etc, nao é nem pôdeser a representante legitima de um grandepartido, o qual, infelizmente retalhado peladesmarcada ambição de alguns, pelo desleixoe indiÉFerença da muitos, e mais que tudo

pelos ciúmes surdos e pequenas rivalidadesentre os novos chefes (hoje o sao tantos quan-tos podem pegar n'uma espingarda), apresen-ta aos olhos de quem o houver acompanhadoem todas as suas phases gloriosas o triste es-

pectaculo da mais lamentável desorganisaçao.«Para prova única e valiosa do que adianto,

basta a apreciação de um facto que attesta elo-

qflentemente essa verdade, pelos seus propri-os pregadores ingenuamente reconhecida: bas-ta a maçonarisação do partido. De todas as

partes pullulao os clubs, os grêmios, as lojas,

presas ao Grande-Oriente central, sem que no-mes muito conhecidos em diversas localidadesleiao-se inscriptos rios catálogos do novo arro-lamento, e alhures talvez muitos se lendoapenas pela fatalidade do exemplo que tem aforça do contagio.

« O que ó verdade é que as pranchas e as

peças de architectura trocao-se e revesao-se. Asofficinasde sirgueiro trabalhao afanosas nosbordados dos aventaes, das insígnias e dastetéas dos novos cavalheiros Icadosks, dos sobe-ranos príncipes rosa cruzes da ordem; Tudovai a caminho. Breve estarão no poder os pe-

carta ã Rabudo..1.

Alguma cousa de sobrenatural demoveu-me do pro-posito em que estava de deixar-te perdido n»> tri-lha do vicio.' contando os crimes e as iníamins pelosfios de cabellos brancos quo as noites pesodas detuas cruciontes vigílias te fazem brotar na fronte.

Crês em sonhos, Rabudo? Crês nossas revelações quemãos mysteriosas desenhüo-nos á face do espirito, pai-lidas, fugitivas, como delgados nimbos ou ligeiras ne-voas, quo enroupao os montes' nas noites do estio?.Talvez que nao; entro tudo quo descrês, nao deixaráõde oecupar lugar distineto esses phenomenos do espi-rito dormido.• Creias ou nao. Foi em sonho que ou li nma carta a tidirigida em agosto do anno passado.

Traçada com sangue o lagrimas, cada letra dess9papel devia ter-to ferido a consciência como fino pu-nhal, si consciência tiveras. ¦ .

Desse grito agudo e penetrante do mundo subjectivotu estás livre, bem sef; mas, nao importa. Deos orde-nou-mo que te exortasse, que procurasso chamar-teao caminho do bem. hei-de cumprir a minha missão; em-hora cansado pastor eu veja os échos de minha vozquebrados a perdidos nas encostas montanhosas, semquo, desgarrada pvalba, voltes ao rebanho do senhor.

Rabudo. tens tantos crimes, tantos, que eu quasi mesinto tomado do desanimo ao folhear-to as poginas dolivro negro.

Ao correrem a primeira os olhos soffregqs, a minhacuriosidsde pedio-me que estancasse a fonte de taó ne-gras revelações; a mao tremula voltou á custo a se-gunda. depois a vertigem foz o resto. Tudo li: quantaserao as folhas., .eu mesmo nao sei diser-to. Sao mui-tes... infinitas... .si é possível.

O teu caleodario de culpãstem appendices ainda.Forma um delles a carta a que me referi: a qua

muito brevemente eu.darei ao publico integralraenteoUm de'seus trechos é assim concebido.« Vendi também a minha pobre preta que nos pro-

parava os alimentos; mas, felizmente Deos deo-rae fi-lhas, e estas fazem as vozes de mlnha"cosinheira.

Nao te asseguro—Rabudo, que sejao formaes palavras,o quo affianço é que o pensamento é esse; no originala dõr seria

"mais bom pintada por certo.

Que pincel móis delicado para pintar a desesporaçaode um pai, que aquelle de um próprio pai?!

A magua funda empresta aos espirites os mais rus-ticos a eloqüência que os grandes motivos gerao nascreaturas intelügentes e illustradas, a palavra arden-te o as apostrophes arrojadas.

Marlana X.° de março de 1868.

Sr. redactor.—Hade permittir que ou reclame porum erro de data que deixo rao escapar no meu artigo.

Em vez de 25 de fevereiro, está 55 do janeiro; emjaneiro n8o houvo entrudo e nem o Sagüi estava naterra; elle estava lá pelas bandas da Piranga para fazera eleição. ".,

Assim lhe peco quo admitia esta minha reclamaçãopara olla nao ir assim tao chôcba, consinta quo eu

conto mais rciudamento o que é quo S^gui fez paraenganar ns pessoas em quem queria jogar laranjas.

Já todos sabem que ello sahio vestido de mulher,o vestido era proto. Sagüi sahiu'de lute para brincar.

Elle chegava numa casa e disia assim.-.a Eu. souuma pobre quo estou com muita fome, so mo deremalguma cousa para comer eu espero aqui caladinbd,eu nao grito nao. »

Que Sagüi esperto! ,,O povo desta nossa cidade é muito esmolar; assini

que ouviao rins casas a choradeira do Sagüi, sahia umasenhora para dar esmollas, Sagüi aproveitava a zás—laranjas. - i-

Depois corria, o repetia a scena em outros pontos.Más. ò coitado do Sagüi chegou a casa dosr. Váscon-

celios, repetio as lamúrias-,; gritarão de: dentro—perdãominha irmã—Sagüi tornou a pedir e como se tornasseimpertinonte, o Dioguinho sahio e foi enian.que pegou-o.O resto já sabom. .' . •

Corre que tio Firminn disseque Sagüi nBo fez bemom sahir assim como mulher pedinchona,r;e aconselhoua Sagüi quo uma pessoa deve esperar as cousa3 compaciência, quo muitas vezes se é repollido n'um pedidoquo só foz, e que n3o d6V0 chorar, o esperar qua otempo faça seus milagres.

Eu cá acho que tio Firmino tem. razgp, ella tem ex-periencia dessas cousas do' bsperar è pedir tfnpôrtutia-mente. úi ¦

v Meu bomsinho está esquivoNüo me importo co'isso riao;Meu coração nao so muda .:O chinfrim é feito em'vao.

E' um verso quo me ensinou outro dia á ChicadosMussuns; o eu como.nao gosto do perder o que eu seipor isso pus o verso para fora.

Elle nao tem relação nem. com Sagüi nem.com tioFirrriino, • mas é ã mesma cousa.

Outro dia vierBo daui uns cascudos para visitarema tio Firmino, vinha um montado n'um .cavallo ro-silho, outro n'um pampa o outro n'um baio;-vieraomais outros, mas eu só tomei sentido nos tros cavai-los., ,

Eu hei de lhe mandar diser o que é que se passouno dia da recepção; isso, porem, ha de ser ao depois.Por boje adeos.

Benjamim Gaspar.

MOFINA, JOFINA.Aos poderes d'estadp.

Qual a. razão por qúen'este infeliz termo do Mu-riábé nunca'Üouve uma correiçao?

Já estará dérrogado o\ decreto, n. 834 de .9. de ou-tubro de 1851? Mas nao conste. '

Senhor dr. Conedo, attenda bem, que a demasiada te-lerancia produz a licença. Ail de vários cartórios. d estomalfadado municipio... Ail mil fezes.:ail do escrivãodas lettras gordas do Patrocinio d'este termn, JoséRodrigues > dos Reis, se s. s. puser em execução o quapreceitua aquelle decreto!...Entâol...

O intolerante.

"Directoria Oorál da,truoção jE»ixTt>lica^

Pela ^directoria geral da ÍTJstrucçao publica

Ins-

mmm

Page 3: 433 DIÁRIO - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/376523/per376523_1868_00433.pdf · tiça aos 'nossos bravos do mar. Depois dos brilhantes feitos de Riachuelo, Cúévas e Mercedes, era

i>iaiíioi>b :mxlvajs.

se annuncia que se acha em concurso a cadei-ra de instrucção primaria elementar da fregueziade S.Brazde Suassuhy. As pessoas, pois, quea pretenderem devem provar perante esla direc-toria dentro do prazo de noventa dias a contarda data tia publicação deste, que possuem osreqnesitos exigidos nos seguintes artigos do re-gulamento n. 56, sendo os meios de prova osquenelles se achão especificados:

Art. 37. Para ser nomeado professor pubh-co de instrucção primaria ou secundaria ó in-dispensável provar:

§ I.». Maioridade legal.§ 2.* Moralidade. '§ 3.' Capacidade profissional.Art. 38. As provas destas condições serão

exhibidas ante o director geral da seguinte fôrma.§ I." A de maioridade legal por certidão

de -idade, sendo impossível obtel-a, por ju£tifi-cação de idade produzida ante a autoridade com-petente e por esta julgada por sentença.

§ 2." A de moralidade por folha corrida _ede data nunca excedente de 60 dias, e maispor attestações do vigário da fregaezia onde re-

• sida o impetrante e dos respectivos juiz de paze subdelegado de policia.

§ 3.° A de capacidade profissional por ex-ame oral e por escripto perante o director gerale dous examinadores nomeados pelo mesmo di-rector com approvação do presidente da pro-vincia. .

Todos os documentos que os pretendentes ti-verem de apresentar, deveráõ vir sellados.

Secretaria da directoria geral da instrucçãopublica no Ouro Preto 6 de fevereiro de 1868.

O secretario, Ovidio João Paulo de Andrade.

As. pessoas que pretenderem a dita arremata-ção,. poderáõ examinar na secretaria o plano,esboço, orçamento, e comparecer ás li horas damanhã do referido dia no paço municipal, ondeterá lugar a arrematação.

E para constar se expede o presente, que serápublicado pela imprensa.' Paço da Câmara Municipal do Ouro Preto 21de Fevereiro de 1868

O presidente.—.Raimundo Nonato da SilvaAthaide.—O secretario.—Antônio Tassdra dePddua.

TA CRUZ, encarrega-se de todos negócios re-lati vos a sua profissão, menos no foro crimi-nal.

,__)LLTJGA-SE uma eicellento casa para ne-gocio de fazendas seccas e molhados na rua doovidor desta cidade

Quem a pretender dirija-se a esta typographia,que melhor se informará.

Ouro Preto 20 de fevereiro de 1868.

Pela directoria geral da instrucção publicase annuncia que fica marcado o praso de no-venta dias, a contar de hoje, para a inscripçâoe processo de habilitação das senhoras que de-sejárem ser providas na cadeira de instrucçãoprimaria elementar do sexo feminino da cidadedo Muriâhé, e designado também o dia 3 dejunho d'este anno para o concurso da mesmacadeira, o quardeverá ter lugar, assim como areferida inscripçâo e processo, perante o inspec-tor do 22." circulo lillerario, dr. Custodio "José

da Costa Cruz, residente na cidade do Ubá.conforme o disposto no § 2." do art. 3.° da lein. 1:400, de 9 de dezembro do anno p. pas-sado

Para conhecimento das interessadas, que de-veráõ fazer sellar previamente todos os docu-mentosdo mencionado processo, transcrevem-se do regulamento n. 56 os arts. seguintes.

Art. 37 Para ser nomeado professor pubh-co de instrucção. primaria ou secundaria ó indis-pensavel .provar,

§riiji Maioridade legal.§ 2." Moralidade. -....¦¦; £,J ¦§ 3." Capacidade profissional. , ...Art. 38. As provas destas condições, serão

exhibidas anle o director geral, da seguinte for-ma: (*)'' • '

§ i." A de maioridade legal por certidãode idadev ou sendo impossível obte-la, porjustificação de idade produzida ante a autortda-de competente, e por esta julgada por sentença.

§2." A de moralidade por folha corrida,e de data-nunca excedente de sessenta dias, emais por attestações do vigário da freguezia on-de resida á impetrante, e dos respectivos juizda paz e sub-delegado.

Art.-42. As professoras devem exibir de-mais,' se forem casadas, certidão de seu casa-mento. se viuvas, a de óbito de seu mando;se viverem separadas deste* a de sentença quejulgou a separação, para ser avaliado o motivoque a originou. As. solteiras só poderáõ exer-cer o magistério publico sendo maiores de 25annos, salvo se viverem em companhia de seuspais, e destes exibirem as competentes provasde moralidade, e neste caso servirá a maion-dade, legal.

Directoria geral da instrucção publica no Ou-ro Preto 20 de fevereiro de 1868.—O secretario,Ovidio João Paulo de Andrade.

A câmara municipal, desta capital manda fa-zer publico, que no dia 9 de março p. futuroao. meio dia se hade arrematar um macho pi-nhão, novo, com esta marca C C. no quarto di-reito, apprehendido como bens do evento, eque foi avaliado na quantia de 65í?000 reis.

E para que chegue á noticia de todos, se ex-pede o presente, que será publicado pela ira-prensa. Paço da câmara municipal do OuroPreto 23 de fevereiro de 1868.

O presidente, Raimundo Nonato da SilvaAlhaide.—O secretario , Antônio Tassdra dePadua.

Directoria gerai de obraspublicas!

Pela directoria geral de obras publicas destaprovíncia se faz publico, em observância da or-dem da exm. presidência de 22 do corrente',que perante a câmara municipal da Villa. Bellado Turvo se ha de arrematar a construcçao daponte sobre o Rio Preto no porto do Zachariasorçada em 18:920-31:000 rs.

O praso para a dita - arrematação esta fixadodo !-• ao ultimo de março futuro.

Os pretendentes acharáõ não só n'aquella ca-mara, como nesta repartição, a planta, orça-mento e detalhes, para os examinar, e ao arre-matante se dará alem de todos os esclarecimen-tos que exigir, um modelo da superstructura dareferida ponte, feito em escala de 1:25, o quetorna fácil a inteira observância do plano.

E para que chegue ao conhecimento de todosse expede o presente, edital.

Secretaria da directoria geral das obras publi-cas da província do Minas, 24 de janeiro de1868.—O secretario, Antônio Luiz Maria Soa-res de Albergaria.

®$Ê@

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O antigo engenheiro d'esta província (sfl^,,,..—Bruna von Sperling,—lendo conclui- gWJjffS)do as medições, o demarcações de ter- jgsJsSte)' reno de que se ^ncarregou n'estes JWL.

1 últimos annos, no Mucury e na fazen- JgjMgda do Mello, por conta do governo ge- 5HjK

i ral, offérece os seus serviços aos srs. _§&§->, proprietários e fazendeiros, oncarregan- feffíifje)i do-se, mediante preços moderados, de @X?{s(3>i todos os trabalhos do sua profissão, co- Sfgijê!

mo sejao: medição, demarcação o divi- ^U/cgsao de fazendas com a respectiva avalia- gMjê)çao; planos para edifícios, pontes, ca- _J"-!!Lminhos vicinaes, encanamentos d'agua, Jgáxs^tudo com os respectivos detalhes e or- 0/rí

çamentos. . • =^.As pessoas quo quizerem confiar esses G/ft

trabalhos, deverão procural-o pessoal- —'mente ou por carta, em sua residênciano arraial do Ouro Branco do munici- (__*__i_?6)pio de Ouro Preto. (Píwb

'ter

IDUARDO Theodoro de Araújo, muiti agra-decé ás pessoas que se dignarão acompanhar aoultimo jazigo os restos mortaes de sua finadaesposa D. Francisca Cândida de Araújo Lima;e bem assim agradece a todas as pessoas que sedignarão assistir a missa do sétimo dia pelorepouso da mesma finada.

Piranga 19 de dezembro de 1867.

¦^^^IxíeAÍraíiJ?^) (sTeXsr&§&(sr&wó>

Thesouraria Provincial.Nao se tendo efectuado a construcçao da

ponte sobre o ribeirão das Águas Claras nacidade do Bom Fim, contractada em o 1." deabril do anno passado com o cidadão ManoelBernardes da Cunha Cassao, acha-se essa obrade novo em hasta publica, afim de ser arre-matada por quem offerecer condições maisvantajosas. O orçamento foi elevado á *.-»uu;>reis, e a praça terá lugar nesta repartição,onde sao convidadas á comparecer as pessoasque quizerem licitar, ás 11 horas do dia 16de março próximo futuro; _.

O que se annuncia para conhecimento detodos. . . ,. , „-

Secretaria da thesouraria provincial de Mi-nas, 13 de fevereiro de 1868.

J. Affonso de Figueiredo.

^

ANNUNCIOS.JlbsTANDO por alguns dias nesta cidade o re-oíogeiro João José Alberto Oliveira, dezeja con-certar alguns relógios, quein de seus serviçosprecizar dirija a rua do Rosário onde por em-quanto tem sua residência.

Ouro Preto, 2 de março de 1868.

NU Dl 8. JOSR.Casa de relógio.

Vestidos de fantasia bordados de ouro e pra-ta. tarlatanas de cores lisas e bordadas, fitas denobresa, flores, enfeites modernos, novo sor-timento de fazendas modernas de ultimo gostoe por preços muito baratos na casa de SaulSpiers.

mente falsa a de n.° 10092 mandada apresentarpela chefatura de policia, pelas razões seguintes,não só em relação a essa como as de sua chapaou serie.

O papel das falsas, com quanto soffrivel, comtudo mediante um pouco de altenção deixa co-nhecer sua inferioridade com o das verdadeira'ssendo nestas as letras d'agua menos claras doque d'aquellas.

A curva do—S—da palavra—serie—nas fal-sas é mais fina do que nas verdadeiras, e oponto sobre o—i—da mesma palavra, não existenas falsas, que os seus introdutores procurãosubstiluir á bico de penna, como se conclue danota a que se refere este exame.

O ponto entre o—N—e o algarismo da na-meraçâo da nota, nas verdadeiras é quadrilongoe nas falsas redondo; é este um _<los signaesmais salientes a conhecer-se a falsidade ao pri-meiro golpe de vista nas da serie de que setrata. O—o—ao alto da terceira linha do mes-mo N, nas falsas é muito menor do que nasverdadeiras.

No emblema, entre outros, existem quatropontos para conhcer-se a falsidade. As trez pedrassoltas por baixo do emblema do lado do talãonão existem nas falsas ;=o navio que se vêao alto e a um lado da figura sendo bem vi-sivel nas verdadeiras, pouco se distingue nasfalsas, e ainda nestas os que não tiverem umavista prespicaz, com o auxilio do microscópioverão que falta na popa do navio o algarismo—10,—e a flammula no mastro grande;—a saiado manto ou túnica com que se veste a figu-ra, nas verdadeiras nâo priva distinguir-se per-feitamente o delineado das pernas e o joelhoda que tem curvada, o que nas falsas não sepatentea com precisão;—a cruz do florete sobrecujo punho tem a figura uma das mãos emdescanço, sendo nas verdadeiras bem visível eperfeitamente acabada, nas falsas não existe.

O algarismo—10—que fica acima da cabeçada figura na tarja ou fita que corre ao longoda nota, e bem assim o mesmo algarismo e noigual tarja por baixo, ó cora tinta bastante par-ta nas verdadeiras e nas falsas é menos preta,pouco mais carregada qne a côr cinzenta.

As quatro finas linhas nas duas referidas tar-jas ou fitas são corridas com grande certesa,de modo que apresentão á vista, bem desta-cadas as tarjas; nas falsas, porem, essas linhasestão ou parecem mais ligadas, tanto asaimquenão se descobre ao primeiro golpe de vista,como nas verdadeiras, o claro do papel entreas as Unhas e as tarjas.

E porque fossem julgados sufficientes os pon-tos mencionados a conhecer-se as notas falsas,ainda que outros com o auxilio domicrosco-pio podessem ser apresentados, resolverão osexaminadores dar o trabalho por concluído, la-vrando-se o presente termo em que se assignãopara o entregarem em seguida ao illm. sr. ins-pector com as notas que servirão do baze aoexame.

O 2." escripturario, Antônio Bernardino Jor-ge Sobrinho—0 fiel do thesoureiro, Domingosde Oliveira Gomes.

mim*

Pela directoria geral da instrucção publica se

annuncia, em observância de ordem do exm.°

governo da província, datada de hontera, quecontendo a cidade de Tamanduá dous mil e tan-

tos habitantes livres, como consta do respectivo

arrolamenjo, foi creada uma aula de latim e

francez na mesma cidade, conforme o disposto

no art. 22 do regulamento n.° 56, e marcado o

prazo de noventa dias, a contar de hoje, para se

inscreverem e habilitarem perante esta repartição

os candidatos á referida cadeira, os quaes deve-

ráõ ter muito em vista o que se acha estatuídonos artigos 37, 38, e 43N do citado regulamento.

Secretaria da directoria geral da instrucção

pub.ica no Ouro Preto, 27 de dezembro de 1867.

O official maior, servindo de secretario.—Se-bastião Augusto Pinto de Souza.

SsílDUARDO JOSÉ' DE MOURA, tendo trans-ferido sua residência da cidade de Sabará parao arraial de Congonhas, participa aos seosfregueses, e amigos em particular, e em ge-ral a todos a quem possa servir, que continuacom sua pharmacia na sua nova residência,onde poderá ser procurado a qualquer hora dodia ou da noite. O annunctante. bem conhecidopelos trabalhos de sua profissão, que exerceha 40 e tantos annos, promette desenvolvercomo até o presente,'todo o zelo e bom desem-penho nas-saas manipulações, para o que seacha munido de grande quantidade de reme-dios de primeira qualidade, que também ven-de á varejo ou por atacado, por preços muitas-gimo módicos, a dinheiro avista.

iü ECOM COS

HOTEL DOESTABELECIDO EM A RUA DE S.

FRANCISCO DE ASSIS

Este estabelecimento acha-se á disposição de

todos os srs. viajantes que quizerem honrar com

suas presenças na certesa de que serão bem tra-

tados e encontrarão boa commodidade para ss.

ss. e seos animaes, tudo por preço rasoayel; e

bem aceita algumas pessoas-pensionistas que qui-serem, tudo por preços commodos.

Ouro Preto, 30 de janeiro de 1S68.— Pruden

cianno da Cunha Paz.

Câmara municipal do Ou-

ro Dffreto.

A câmara municipal desta copital manda, fa-zer publico que no dia 16-de Março próximo tu-turò sé nâo dò arrematlar os concertos da estra-da da Caza de Pedra, désdé a Ponte da Barraaté o alto, orçados pelo. engenheiro chefe' naquantia de rs. 800$ .00. ^__^

THesoiirar-la de fazenda.

Pela thesouraria de fazenda d'esta provínciase manda publicar o termo de exame feito nathesouraria de fazenda do Pará em uma notade 10Í75000, côr branca dal.* serie, que severificou ser falsa, para que chegue ao conhe-cimento de todos. .

Ouro Preto. Secretaria da thesouraria de fa-zend em 8 de janero de 1868.-Servindo deoflicial maior/Etiflerno Ribeiro dos Santos Mon-teiro.

_^.CARIAS FRANCISCO DE FREITAS primei-ro inventor de fugões pelo systema Americanonesta província) participa a seos amigos, e emparticular a seos numerosos freguezes, que aca-ba de receber um tão lindo quão variado sur-timento de objectos próprios para armarTse fugõ-es por aquelle systema, tendo também um com-pleto serviço de casinha para os ditos fugões,sendo o vasilhame todo esmoltado.

Encarrega-se como ageute dos srs. Madeira& companhia no Rio de Janeiro de mandar virfogões americanos de qualquer systema, demo-do que vindo por intermédio do annunciantechegão mais r-xa conta e de melhor qualidade doque mandando-se vir directamente.

O aununciante espera merecer do publico omesmo conceito que em sua empreza tem mere-cido, visto que já é bem conhecido o seo traba-lho.

Ouro Preto, 19 de fevereiro de 1868.

MOEDAS DE OURO.Compra-se com prêmio moedas Je ouro da 108 °

208000 rs. na rua de S.José desta cidade ns. 39

e 41.

(*) Este art. foi, modificado..pela lei acimacitada. -¦'-¦;¦¦ í. .-.-..; - - ^-¦ ****>-*

C1DÂ0E DÓ UBÁ-ESCRIPTORIO DÉ ADVOGA-

CIA.BACHAREL CUSTODIO JOSÉ' DA COS-

Termo de exame feito na tlie-souraria de famenda do Paraem uma notado ÍO&OOO rs.,côr branca da IV serie.

Aos 19 dias do mez de novembro de 1867,por ordem do illm. sr. inspector da thesourariade fazenda da província do Pará, reunirão-sena sala da secretaria da mesma thesouraria osempregados abaixo assignados, para o fim deemiltirem o seu pnrecer acerca da validade oufalsidade de uma nota .do thesouro do valor dedez mil réis, cor branca, 1.* serie, sob n.10092 e assignatura de Josó Corrêa de Sá Coei-ho a qual foi enviada para este effeito pelachefatura de policia. Para o resultado do examefoi presente aos examinadores uma outra notade igual serie e assignatura sob n. 44323 vm-da do cofre da thesouraria. . . ,.

Depois de procederem os examinadores dl-versas comparações entre as duas referidas notasacima mencionadas, reconhecerão ser eflecUva-

III ATTENÇÃO. ||feÍAYAi- r. flhairn ncRiori&do com sua offictna GmjJgí

eSlSs

3B

O abaixo assignado com sua oflicinade encadernação, tem a honta de offe-recer seus trabalhos, tanto de enca-dernações, como fazer cartões para avi-so de consórcio, e para visitas, marcarpapel de qualquer maneira; tendo paratudo isto um bom sortimento de papeisde diversas qualidades, e cartões domelhor gosto que se podo desejar; en-veloppes rendados, estampados, e detodas as qualidades e formatos. Temtambém grande quantidade de livros embranco desde o formato de 1.° ató o depapel imperial n." 1, todos pautados,enumera-se-os sendo assim exigidos.

Acha-se Igualmente diversas quali-dades de papeis, como o de ceda, cha-malote, o mata-borrüo &. &.. Tem tam-bem folhinhas de porta para'1868 a 130rs , e alguns livros próprios para lei-tura de meninos que principiao a ler,tudo isto por commodos preços.

Ouro Preto, G de novembro de 1S67.—José' de Carvalho Paes d'Andrade.

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Page 4: 433 DIÁRIO - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/376523/per376523_1868_00433.pdf · tiça aos 'nossos bravos do mar. Depois dos brilhantes feitos de Riachuelo, Cúévas e Mercedes, era

DIÁRIO I*EI "MJ1V-A.S.

feridasUNGUENTO HOLLOWIW.

ükerãrio das pernas ou do peito, chagas,antigas, etc.

Não ha ferida, chaga ou ulcera que não ceda ásnrupiicdeiks curalivns desló oxcelloiile unguento. Ain-5a nòl nciores casos a parle átTertada toma um aspe-cio =nudavcl desde o momeiílo em quo se começa oii--.o do dito i-emodio; a cavidade principia ontao a en-clior-se do carne sã, o progresso da inflamação 6delido, o o emprego do Unguento Hollnway nao tar-du em re-ullar uma cura completa permanente.

llemorroides. fistlUas e inffammação inlerna.

Eslas enfermidades desagradáveis o dobiliíadoraspodem ser infall.velmonle curadas, soas pessoasalTo-Clhdlís dollas nccudirem no emprego do unguento. |Uollownv, usando-d como mandam as instrucções qneacompanham a cada bote. Afim do destruir as par--liculas morbosas convirá unlar com o duo remédio,não só o parlo affeclada , como lambem a pelle emem redor. O doente não deixará de obler alliyio daàiáicáçaÒ, na parte affeclada (na oceasião- de deilarsé), dé uma caíaplasma composta dc paoe água.devendo observar-sò a mais siricla limpeza. Se asr>òs='óas quo lerem eslo período quizerem communi-éar o (íúo nelle so diz a seus amigos, lhes presta-râo um serviço inestimável, pois com estes remédiosa cura é infalível.

Rhr.umalismo, gotla nevralgia.Nenhum ramedio reduz as inflamniaçõos o me-

filia a doreí lão prümpTa' e complotamenio como ouiígculo cfrigerante o as pilulas puriíicadoras de Hol-

ltrwáv, o so aco.lo simulteneamenle a esles dous me-dicamentos, elles expulsam do sangue toda o impa-rezo, Bvitam as iullamações das glândulas o ieino-vem a conlraccno dos lendOes c dos músculos, pordesfavoráveis que sejam as circunstancias, persave-rando no uso deslos romedios não doixara muici

'do curar-so.' Dores de garganta, ôiplria, anginas, moles-

tia-: c mal da g .rganta.Ao apparecimento do qualquer destas enfermida-

dos o unguento devo unlar-so vigorosamente, o pelomenos tVesveze* no dia, pescoço o a parlo supe-rior do neilo da mesma maneira quo so e-lrega osal na cárnd, atiin do quo obalsamo peneiro ale asGlândulas. l>o<lo modo desappareceráõ muilo depros-sa iiiil.imac.5o ea òlcerádSo; o se o doento atiender'pi lamento ás inslruccôes que acompanham a cadaLuto de unguento, e a" cada caixa de pilulas, por gra-yo que seja a doença, não tardará som ver-so com-plenamente livro delia.

O uiigiipiiid o as pilulas Holloway dovem usar-sonas enfermidades seguintes.

Inflamações glândula-

seu genro Raimundo José Franco; uma claresade Carlos José Ferreira, da quantia de rs._*QU'.;uma dita de Venancio Josó Rodrigues, da quan-tia de quinhentos e tantos mil réis; uma dita de

José Izidoro Pires, de 130$0ü0, urna dita de\lbinoJosóda Rocha, da quantia de 703JOJO,além de muitas outras de que presentemente naose recorda. .

Previne por tanto ao publico. para quo- ne-

nhuma transação faça com semelhantes cjaresas,visto qüe são roubadas, prottestando desde já de

proced.TJuJicialmenie contra quem ofierece-iasem transação, ou que-com ellas se apresente,

qualquer quo seja a forma por que as possua.Fasenda de S. Bernardo, 7 de janeiro de

j 1868.— Joaquim Antônio de Souza llabello.

Prv-ü, RECISA-SE de uma fasenda feita com

tons pastos e tapumes ou ataques para criação

de irado e egoas livres de precipícios e de er-

va^dando-se preferencia a que tiver terra, de

nlànta e que nüo diste mais de 16 a 18 .legoasSo arrriaf do Abre Campo, e quanto mais pro-vfmo a elle melhor. Quem a tiver e qimr ven-

der ou berganiiar por terras novas, saudáveise boas Para todas as plantações, nas maltas do

Ibre Campo, entenda-se nesta cidade com o

abai-to assignado que presentemente se acha

aqu fozendo as obras da cadeia, este negocioserá decidido até fins de fevereiro próximo.

Ouro Preto, 23 de Janeiro de 1868.Manoel Alves Dutra.

cisco Antônio da Silva Paulista,.protestou pagar1

unicamente 30^5000 rs.', & os prêmios estipula

dos sobre esta quantifique estiverem vencidos

até a data do protesto; cuja quantia dé 3OO#OO0

rs. acha-se depositada por despacho do juiz, mu-

nicipal desta cidade, em mão, e poder do abaixo

assignado, para entregar ao referi ló Paulista,

ou à outro com ordem deste, e resgatar o ére-

d'*.ò.Como Siraplicianno não saiba onde esteja o

dito Paulista, e para que'pessoa alguma em. boa

fé não receba o referido credito em. transação

ou de qualquer maneira por maior quantia do

que a dos 30Jj?000 rs. e respectivos' prêmio

vencidos, faz-se apresente declaração.

Ponte Nova, 5 de Janeiro de 1868.Francisco de Paula Homem.

1¦ÍtJGIO em dias de junho de 1864 da fazendad'Apparicida, abaixo 3 legoas de &..Jose dealem Pai-aiba um escravo de nome MatíoelCesario, pertencente ao exm.' barão d Appari-cidã, com os-seguintes signàeS: crioulo donorte, idade 30 annos, pouco »árè ou me-nos, fulá, alto, gfôsso,pouca rjàrba-nc> rostotodo, porém.cònserva alguma niJ^qdeixo infe-rior, que éfinoj e agudo, maçans do ratobemsalientes, dentes limados, muitafellante, embn-asra-se, nariz pequeno e afilado4tem andar decSpoeira, e tem signa» de açoutes no-amoto,dâ-se ao serviço de arrieiro e.tocador datropa.Pode ter mudado o noiné. Intitula-se livre, eba noticia,

'qüe sé offereceu voluntário, e estacom praça em algum corpo do exercito, ouprovíncia. Quem o preüder, trouxer ao abaixoassignado n'esta cidade, entregar a seut se-nhor na sua fazenda d'Apparicida, prendel-oe recolher á alguma. cadêa desta província,(comrminicando lopro so.annunciante), será ge-nerosamente gratificado pelo amunciante,^

Ouro Preto, 5 de novembro de. 18b7.—tran-cisco Guilherme de Carvalho.

M^ ENDE-SE a mina Uesto d'El-Rei, maqui-

nas, e todos os bens de raiz respectivo;, nos

quaes existem casas de morada e outras casas,engenhos de socar pedra, maquinas de bombase outras maquinas, tudo de recente çonstrucçao;os bens do raiz tem uma extensão mais ou

menos de duas legoas de comprimento e duasterças de légua de largura.

Tudo pode ser vislo. dirigindo-se ao encarre-

gado da mina, que alli reside. As pessoas poisquo pretenderem, fazer propostas, devem faze-loantes ou até 28 de janeiro de 1868 ao abaixo

^ NO

",

OURO BRANCO.0 abaixo assignado estabelecido no arra-

iai do Ouro Branco com hospedaria, convi-

da a todos os senhores viajantes para o hon-

arem com suas prezençjasi. na Certeza de

qne, acharão bons commodos; excelentes co-

midas, capim pára seus ánimâès, e bòinpas-

to feixado, tudo por preços razoáveis.Antônio Mendes dos Reis. .

ÜNGUÈNTÒ Í)É hGlloWAY.

.Ws'ou até S8 do janeiro do .868 ao .Do.xo 'M^^j^^^^í

assignado, e por escrito, declarando no—o ^m^S^âSSAi que se assemelhaassignado, e por escrito declarando no.rn.esmo un»,^Wò|g

un^ento, que se assemelhao preço mais alto qutf-U-fi. oo W" tod"

ÍLSòbò sangue que na verdade forma parte

Aslliama.lluliões.Ciiimliras.Calilos.Cancros,Moléstias do peito

» de ligadon das articulação.

Erysjpcla.Erupções culaneas.liscorliulo.Kscropliúlos.1'istulas.Frialdado dasexlremi-

dados.Frieiras.Gotla.

• Heimirrlioidcs.Feridas antigas,llydropesia.

res.Dilas internas.

» oxterriãsLepra.Moléstia õas pernas.

» do peito» dos olhos.

Mordedura de mos-quilos,

» de insectosPústulas.Queimaduras.lUieumalismo.Sornas.Si nuraeões pullridas.Tremor' de norvos.Tinha,Tumores.Ulcerações dos ererotros

a propriedade o pertenças, em um sô loteAs propostas tem de ser enviadas pelo abaixo

assignado aos direclores em Londres, cuja deci-são será devidamente participada á quem maisdfir

Mina L'esto d'El-Rey Morro de S. Vicente,Guilherme Treloar.

O DR. JOSÉ JOAQUIM PESSANHàPOVOA

Advoga no crime, civil e ecclesiastico. In-

cumbe-se de obter e resgatar privilégios, de

appellaçoes e defesas no jury da corte ou em

qualquer termo das províncias.Com escriptòrio na corte.Rua 7 de Setembro n." 24.

tanto ao sangue que na verdade forma partedelle; e circulando com aquelle fluido Vital, ex-

pelle toda a matéria impura, sara e limpa todasas partes affectadas, e cura qualquer sorte de

chagas e ulceras. ..,,,. iEste bem cobhécido unguento é infallivel na

cura da escrofula,- cancros, tumores, pernas cha-

guentas, rigidez das articulações, rheumatismo,

gota, nevralgia, tico-doloroso, e paralysia,Ambas instrucções no lingua portuguesa

vão juntas a cada pote e caixa.Achão-se á venda, em caixas e potes, e na

loja do proprietário o Piiofessob HòílòWaT, n.244, Stràiid, Londres.

Esto unguento proparado sob a inspecção do pro-fessór Hollway, vende-so a 1 s, a 2 s. e 9 d., e a/, « cada bole, no estabelecimento central do diloprofessor em Londres, Strand 2Í4, o nas casas dosprincipaes droguislos o boticários de todos os paizesdo mundo, pelos preços ròlalivoá, estabelecidos porcada liai/.. _ „„.

Os bolos do unguento pequenos conteem uma on-ca, ns médios Ires, o os grandes seis. ."

Cada bote do unguento vai acompanhado do ms-triiccõcs impressas cm liespanho), quo explicam a ma-neirà de us.ir deslo remodio em cada uma das enrer-mídade, para que so addlicà. _

Por molivos de philanlropia se darão grátis osconselhos convenientes ás pessoas, quo so dirigiremnor meio do caria ao prefessor Holloway,a causa dc suas enfermidades particulares

ProònraçÕes geraes e es-peoia.es.

expondo

JSS&LUGA.-SE os baixos de uma excellente

casa, com muito bons commodos, e próprio para.negocio quom pretender dirija-se a esta typo-

granhia ondo s'indicará com quem deve tratar;

Escriptòrio de advo-cacia na Cidade de

Marianna."W

Bacharel Diogo Lüis de Almeida.Perei-

ra dó Vasconcellos tem aberto o seu escriptòrio

de advocacia em Marianna á rua da Olaria, on-

de pode ser procurado para todos os misteres

de sua profissão tanto neste foro, como nos

circutnvi.sinhos.

J TENENTE CORONEL Joaquim Antônio deSouza llabello; residente no districto da villa doPatrocínio, faz publico que no dia 5 do correntefoi por ordem do juiz do direito da comarca,bacharel J jaquim Tavares da Costa Miranda ar-

rombada o saqueada uma casa que. possue nadita vílla, sendo entre os objectos roubados di-versos créditos, sendo uma carta de ordem deFrancisco do Paula Lisboa, da quantia de um

conto e tanto, com recibo no mesmo firmado por

A-ppSllo ãós srs. Irmãosda Ordena do Carmo

do duro Frete.

Estando por concluir-se os jasigos da Or-

dem do Carmo desta cidade, o qúe é de ur-

gente necessidade por serem -insuficientes os

que existem para o enterramento dos irmáos,

dando-se por isso algumas vezes o inconveni-

ente de ser preciso anticipar a época em quedevêm rehovar-sa enterramentos em um mesmo

jasigo; deliberou a meza administrativa recor-

rer á todos os seus irmãos, pedindo-lhes ins-

tantemente, hajao de concorrer com quaesquer

quantias que lhes seja possível, quer por con-

ta dos seus. débitos, quer por anticipação de

annuaes.A meza reconhecendo que nao podia adiar

mais a conclusão de tao importante e urgente

obra, da qual depende até o resguardo dá par-te jâ feita, para que nao fiquem éxpdsítós àos

insultos dò lempo e dos animaes òs restos de

nossos irmãos fallecidos, nao hesitou em con-

tractaredar começo ás obras - referidas, con-

fiada em que os dignos irmãos da VeneravelOrdem 3.* de—Nossa Senhoba do Caemo—

nao duvidaráo presta-se, ainda com algum

sacrifieib, para um fim tao justo e de tanta

caridade.A mézà pédè-lhes ainda desculpa pòr ser-

vir-sé da imprensa para lnès dirigir este ap-

pêllo, visto a dif&çuldade de conhecer-se a re-sidencia- actual de todos os irmãos.

Óuro-preto, 8 de Dezembro de 1867.—íelo

prior, Joaquim José- de SimCAnnã:—Vice-pri-or, João Rodrigues Feu de Cárvallw.—Ü se-crètàrió, Cândido Theodoroã'Oliveira.—O thè-sòureiro, Francisco de Assis Ferreira;—O pro-curador, Eduardo Pereira Barbosa.

Nesta

-typogràpnia acha-se üm completo

sortimento de procurações tanto geraescomo especiaes pelos preços seguintes: geraes

a 38000 ao cento e especiaes a 2§000.

DEPURàllVOS)JoD-SfflVAtX.i|vPai«*

Pharmaceutico d» 1« èlasiii .««-,interno doshaspilaes, premiadocom d medalha de Sronze.

Desde muito terriíiò o publicoabandonou ó uso das preparaçõesintituladas aepnratlvas conhecidassob o nome do Arrobes. Xaropesde Salsaparrilha compostos, etc.Cuisi acçao, ã maior parle das yefzesé nulla, e n'algumscàsoS perigosa.03 CoSFBIIOSDIlíOÍATItOSTEMO ASPECTO

B O GOSIÓ iOB»DAVKt5 B «BITEll 80» UM

PEQBEKO V0ÍOICB SOBSTAtléllS HOIIO MT--

VAS QDB O SEO HODO DE PEEPAtlAÇAO TOESA

IHALTBBAT&IS.Ò Huccewso qa« CBÍe» «*»»¦

rcitoM õtoti-Ferrto emlFtaBi-«li sob o palròcinio das prlüclpaescelebridades médicas, os pòe acimade ludo quanto tem existido amehoje.

Gura rápida sem o socorrode nenhum, outro remédio in*Lernoi das escrophula«^jherpes, affecções isyphfrliticas , hyperlrdplriasdos tessidos celulares,hydropisiás é Btn geraltodas as moléstias ]Jriídu2rdaspela áltérâçáb do saúgtie; tal6 o rèsültóio qae queriamtjsconseguir è què temos sem-pre obtido.

Uma explicação aeMmpanh» e«dsvidro.

Desconfiar-se, dá* taldllcaçoesét fàülaço es.

Poro ai erutmchdaM dirii*Ir-fi aotSnret. BD18B0H BT a'%18, BlPrmuEnsine, Paris,

pílulas e ungüen-to de holloway.

PÍLULAS DE HdLLÒ-WAY.

Este remédio é universalmente conhecido co-mo o mais efficaz que se conhece no mundo. Nãoha senão üma causa universal de todas as dòen-

ças, isto ó, impureza do sangue, que é à fonteda vida. Esta impureza depressa se rectifica como uso das pilulas de Holloway, as quaes obrandocomo depuradores do estômago e intestinos, pormeio das suas propriedades balsámicas, purificãolosangue, dão tom e energia aos nervos e museu-òs, ò enrijão todo o systema.

Elias excedem qualquer outro remédio em re-

guiar a digestão. Operão da maneira a mais sa-dia e efféctiva sobre o figado, rins, regulão a? se-crèçõès, fórtiucàíò ò systérná nervoso, è enrijãotddd o corpo humano. Mesmo aquellas pessoasda mais delicadaoonstituiçao.podem, sem reéeio,'exprinientar os seus efleitos salutares e cprrobo-rãntes, regulando as dósés conforme as instrüc-

ç5es que se éncóntrão nos livrinhòs impressosem que cada caixa está enrolada.

PrEGISA.-SÈ de üm menino dò Í2 á 14 *n-

nos que saiba ler. e «screvér sóífrivèllnente,

para servir de caíxeirò; em. uina casa de ne-

gocio de fazendas. Quem pois estiver nestas

condições dirija-se a esta typographia, qüe se

lbe dirá com quem deva tratar..^;Ouro PretOi^ri de'feveréiro de 1868.

Ollioina tr*n?õS^alf>l^ea» a"l<-ij. F. de Paula Oastró.

Sihipliciánno Alves da Silva, tendo passado"ijm credido da quantia de 53ÜS000 rs. a Fran

•Le isno MónltèWTf >" PlmTtnaea. ¦-• âeleclriddadef boje empregada por loao-OJ.•iii,édicoáaramàdòs,pàra o •™^™»«L™?™. inolestias,; mesmo para as,qne nslslem as oulraJ .,;'"iAdSadepnidé-iqa

peta «W»WW.rèperioridade IníonlesUivel, e a ™*''af!™.doeB°t,,°,daí abalo-, ede poder ™l^^J&%-*S%

• A causa a mais 'requente das. mo estas íia•estagnaçáB do sangue òn dos otílros Uquldo. rt-•taes. Restablecendo se a circulação no orga-¦"nismò.cnracáo-sè "às moléstias. *.^Siando S sente hlgluma ÚU em cra.elqaet :.partedocorpoioi!o,einsünctivamenlc,seerrrega

o lusrar endolorido com a mafl> tsisto alIiTia. lsu> ,.earplicaoresuludo inwinleslavèn que deve pro-.dutlr oé èpparélbo «ectrico. *ot 1^-f»0*.pmeremamiunciaraoPubliçpqueoSnrBmsson»8è ei-nUerí réstdeHte, tamlévart dü Prince-

Euirêne. 18. em Parii, dotou a medicina de um.éppWhò-BWt-o-MaSoèirco, sèb a rotwa detoma éscoTa, com o qual os.doente» se «odenoacurar sem nehnmà outra medlcaca8..0s mediaa.íráe átem éxperimeriladà, allestaraa quet,3EBcova ítaioOT*-»-üipi**5JiMeeffi(»pa*a

curar: os *SÍieiiinati-ino«, aPmaTyiia, aotM,fraque*» dò» membroí , otU» tMatsmm «*-

•tebral. debriid-iae geral, *^g*2j£:-Estamd» certos que breve eada Énnllia. pptsulra

esta escova que prestara grandes «f**^.._.. ,Ape4&demultas*ves»o-^oautorili-*io^..estaMecer um deposito de m *W™%££ •.Rio de Janeiro, an cata do Sirlton» Rom».

r»a »o»a io Onxdior. »'.M. •

P-Testa typograpiiia inaprl-me-se com. proiiaplAciãó enitide-z qiialq.iier* oora & pôrpreços raízoã"v©Ia." >-'*-,

lf ENDEM-SE ou alugão-se dous lindos, e bem^cons-

truidos bilhares ê todas stias' pertenças;; quefl os

pretender, dirrja-só a está tipograpnisf, oiioe, sa 'jKa

dirá:com querardeva; tractar.;., Oiiro;Prelo;i6:de:ianeirodal868.' ..•

Impresso na -rsrPWSr»!*11113* .«*? *:r*¦¦•¦ F.^do .-Eíavilã <3í*í3tiiro-:i-tia,-tias»

Mercês do Ouro Preto nrSi