1.1 - aula 01 administração

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    CURSO EM PDF ADMINISTRAO PBLICA P/ TC. JUD. TRE-RJProf. Wagner Rabello Jr.

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    AULA 00

    ESTRUTURAO DA MQUINA ADMINISTRATIVA NO BRASIL DESDE1930: DIMENSES ESTRUTURAIS E CULTURAIS

    SUMRIO PGINA

    Apresentao 1

    1. INTRODUO 6

    2. ADMINISTRAO PBLICA BRASILEIRA: conceitos e

    evoluo estrutural e cultural

    7

    3. EVOLUO DA ADMINISTRAO PBLICA BRASILEIRAAPS A DCADA DE 1930

    12

    4. REFORMAS ADMINISTRATIVAS E A NOVA GESTOPBLICA

    23

    5. QUESTES COMENTADAS 26

    6. LISTA DAS QUESTES 46

    7. GABARITOS 55

    APRESENTAO

    Salve, salve, concurseiros,

    Antes de qualquer coisa, gostaria de fazer uma breve apresentao daminha pessoa.

    Meu nome Wagner Rabello Jr., vamos trabalhar a disciplinaADMINISTRAO PBLICA nesta turma preparatria para TCNICOJUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA do TRIBUNAL REGIONALELEITORAL DO RJ, com base no edital 2012.

    Sou Ps-graduado em Administrao Pblica pela Fundao Getlio Vargas(FGV), bacharel em Direito pela Universidade do Grande Rio(UNIGRANRIO) e bacharel em Biblioteconomia pela Universidade Federaldo Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Estou no servio pblico h 17 anose ministro aulas nas reas de Administrao e Arquivologia em cursos

    preparatrios presenciais no Rio de Janeiro e So Paulo, alm de vdeoaulas e cursos escritos (em PDF). J fui aprovado e classificado em

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    concursos para Oficial da Aeronutica, Analista do Departamento deProduo Mineral, Ministrio do Meio Ambiente e outros. Estou no TRE-RJh 4 (quatro) anos e atualmente ocupo a funo de Chefe de CartrioEleitoral.

    Tambm sou Membro Efetivo da Comisso Permanente de Avaliaode Documentos do TRE-RJ e em anos eleitorais trabalho comoCoordenador de Fiscalizao de Propaganda Eleitoral.

    "Minha estratgia sempre foi fazer minha prpria corrida. Somente vocpode determinar seu desafio pessoal. No deixe a competio, ou seuoponente, determinar qual deve ser seu desafio. (Joan Benoit Samuelson)

    A banca: CESPE

    Agora vamos dar os primeiros passos rumo prova e falar um pouquinhoda banca: CESPE. O ltimo concurso tambm foi realizado pelo CESPE e asquestes foram de mltipla escolha. Assim, embora, eventualmente, oCESPE faa provas de mltipla escolha, no concurso ser de questes dotipo Certo ou Errada em que cada erro o candidato perde 0,5 ponto. Dessemodo, a menos que voc esteja com extrema dificuldade e tenha certezade poucas respostas, o mais prudente responder apenas aquilo que voctem certeza, ou quase certeza.

    As provas do CESPE so provas inteligentes, que fogem mera decoreba,e onde encontramos muitos casos para anlise. Com isso, no bastadecorar conceitos, o CESPE quer e vai explorar o seu potencial de anlise eaplicao prtica dos conceitos. E essa constatao nos leva a outro pontodessa introduo: a metodologia do curso.

    Pois bem, nosso curso ser de teoria e exerccios com uma forte nfase naparte de exerccios. Faremos, claro, muitos exerccios do CESPE (a maioriados exerccios). No entanto, algumas questes de outras bancas so muito

    boas para nos ajudar na compreenso da matria. Por conta disso, nopodemos abrir mo desse valioso material. Estejam certos de que estamospreparando o melhor curso possvel, estamos preparando um curso que,junto ao seu esforo, vai te levar a ele... vai te levar ao sucesso.

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    A CARREIRA DOS SERVIDORES DA JUSTIA ELEITORAL

    Nossa carreira a mesma que a dos demais ramos da justia no mbito daunio e do Distrito Federal, ou seja, temos apenas uma lei que regula acarreira dos TREs, TRTs, TRFs, TJDFT, Justia Militar, Tribunais Superiorese Supremo Tribunal Federal. Trata-se da lei 11.416 de 11 de dezembro de2006.

    Art. 1o As Carreiras dos Servidores dos Quadros de Pessoal doPoder Judicirio da Unio passam a ser regidas por esta Lei.

    Art. 2o Os Quadros de Pessoal efetivo do Poder Judicirio socompostos pelas seguintes Carreiras, constitudas pelosrespectivos cargos de provimento efetivo:

    I - Analista Judicirio;II - Tcnico Judicirio;

    III - Auxiliar Judicirio.

    Remunerao

    Tramita no Congresso Nacional o projeto de lei (PL) 6613/2009 que tempor escopo o aumento da remunerao, que j boa, dos servidores dojudicirio. O PL se encontra em um estgio bem avanado e pode seraprovado ainda este ano e comear a valer a partir de janeiro de 2013.

    Vejamos os valores atuais e os valores futuros. Consideramos ovencimento bsico + a gratificao de atividade judiciria (GAJ)

    CARGO ATUAL PROPOSTA

    Analista Judicirio R$ 6.551,52 R$ 10.436,12

    Tcnico Judicirio R$ 4,053.00 R$ 7.194,22

    Auxiliar Judicirio R$ 1.988,19 R$ 3.582,06

    Alm dos valores acima, os servidores fazem jus a uma auxilioalimentao, em dinheiro, no valor de R$600,00. Nada mal, no ?!

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    METODOLOGIA DO CURSO

    Gabaritar uma disciplina em um concurso pblico da envergadura desse doTRE-RJ no algo trivial. No entanto, vamos preparar um curso que lhe dtodas as condies necessrias para isso. Assim, somando o curso em tela+ a sua dedicao, certamente voc obter xito e caminhar firme parase tornar servidor da Justia Eleitoral.

    Nosso curso, ou melhor, nosso treinamento para voc gabaritar a disciplinaser bastante prtico, de modo que, ao ler as pginas do curso voc sesinta como se estivesse em uma sala de aula.

    Para tanto, elaboramos a seguinte metodologia:

    1. Anlise terica do contedo programtico - incluindo a legislao

    pertinente, que aparece muito em provas.

    2. Questes comentadas de nvel mdio e superior

    4. Lista das questes - para que vocs possam resolver sozinhos

    5. E-mail e frum - para tirar dvidas

    6. CHATS, no facebook, em datas que sero posteriormentecolocadas atravs de aviso na seo de materiais.

    QUESTES COMENTADAS: Gostaria de falar um pouco mais sobre ametodologia de questes comentadas. Em meus cursos - tem dado muitoresultado - durante o estudo da parte terica, efetuamos a realizao dequestes de bancas diversas, notadamente as questes de nvel bem acimadas que voc enfrentar. A idia - no momento - no que voc saibafazer as provas do CESPE, vamos viver um dia de cada vez, a idia quevoc efetivamente aprenda Administrao Pblica para concursos.

    Voc j deve estar perguntando? Ento no teremos questes CESPE?!?!Claro que teremos dezenas - questes do CESPE. Porm, asmesmas sero oferecidas em aulas extras, sem qualquer nus, claro,dentro desse curso. Desse modo, vamos estudar a parte terica e, ao final,teremos as questes CESPE, quando ento vamos efetivamente detalhartudo o que a banca pede. Percebam pela programao abaixo que vocstero muito mais aulas do que vocs efetivamente adquiriram.

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    PROGRAMAO DAS AULAS

    Aula Demonstrativa (disponvel)Estruturao da mquina administrativa no Brasil desde 1930: dimensesestruturais e culturais.

    Aula 01 (23/06/2012)Administrao pblica: do modelo racional-legal ao paradigma ps-burocrtico.

    Aula 02 (30/06/2012)Empreendedorismo governamental e novas lideranas no setor pblico.Convergncias e diferenas entre a gesto pblica e a gesto privada.

    Aula 03 (14/07/2012)

    Excelncia nos servios pblicos. O paradigma do cliente na gestopblica.

    Aula 04 (21/07/2012)Gesto estratgica. Estrutura e estratgia organizacional. Culturaorganizacional.

    Aula 05 (25/07/2012)20 QUESTES CESPE, amplamente comentadas

    Aula 06 (05/08/2012)20 QUESTES CESPE, amplamente comentadas

    Aula 07 (15/08/2012)20 QUESTES CESPE, amplamente comentadas

    Aula 08 (20/08/2012)Simulado

    Aula 09 (21/08/2012)Gabarito comentado do Simulado.

    Prezados alunos: Diante de tantos textos e citaes que temos de fazer,eventualmente podemos reescrever e no citar uma ou outra fonte. Casoseja detectado algum trecho de texto sem a devida citao, favor meinformar para que eu retifique.

    Desde j agradeo!!!

    [email protected]

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    1. INTRODUO

    pela perspectiva weberiana que podemos ver que oEstado brasileiro tem como caracterstica histricapredominante sua dimenso neopatrimonial, que umaforma de dominao poltica gerada no processo detransio para a modernidade com o passivo de umaburocracia administrativa pesada e uma sociedade civil(classes sociais, grupos religiosos, tnicos, lingsticos,nobreza etc.) fraca e pouco autoritria. (SimonSchwartzman. Bases do autoritarismo brasileiro.)

    Salve, salve, concurseiros,

    Vamos iniciar nossa jornada pelo fantstico mundo da historiografia

    econmica, poltica, social e administrativa brasileira. O tema da aula dehoje remonta aos primrdios da administrao pblica brasileira. Noprecisamos ir poca das caravelas portuguesa em terras tupiniquins, noentanto, um apanhado dos ltimos 200 anos da administrao pblica noBrasil mais do que necessrio. Talvez voc esteja questionando o porqudessa limitao temporal de dois sculos. Explico:

    Motivo 1: as questes de provas no costumam ir alm disso, volta e meiaaparecem questes abordando a administrao pblica brasileira aps a

    independncia.Motivo 2: no ano de 2008 foi publicado um artigo em comemorao passagem dos 200 anos da transferncia da corte portuguesa para o Brasil.O ttulo do artigo : Brasil: 200 anos de Estado; 200 anos deadministrao pblica; 200 anos de reformas, cujo autor o Prof.Frederico Lustosa da Costa (Professor titular da Escola Brasileira deAdministrao Pblica e de Empresas (Ebape) da Fundao Getulio Vargas.O referido artigo tornou-se um clssico da literatura na rea deAdministrao Pblica no Brasil e tem sido presena constante em provas

    das mais diversas bancas.

    Motivo 3: As prprias bancas elaboram questes - mesmo pedindo aps adcada de 1930 - cobrando assuntos que so atuais, mas que seoriginaram nos ltimos 200 anos, que refora nossa tese de que no preciso ir alm disso. Vejamos, ento, de forma sinttica, como se deu odesenrolar da Administrao Pblica no Brasil:

    verdade que, at 1808, existia no Brasil e, sobretudo, na sededo governo geral (vice-reino) uma administrao colonial

    relativamente aparelhada. Mas a formao do Reino Unido dePortugal, Brasil e Algarves e a instalao de sua sede na antiga

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    colnia tornaram irreversvel a constituio de um novo Estadonacional. Todo um aparato burocrtico, transplantado de Lisboaou formado aqui, em paralelo antiga administraometropolitana, teve que ser montado para que a soberania se

    afirmasse, o Estado se constitusse e se projetasse sobre oterritrio, e o governo pudesse tomar decises, ditar polticas eagir.

    Parte-se do pressuposto de que no possvel entender asrecentes transformaes do Estado, da organizaogovernamental e da administrao pblica brasileira sem tentarreconstruir os processos de formao e diferenciao histricado aparato estatal que se constituiu no Brasil, desde que a

    empresa da colonizao aqui aportou, no alvorecer do sculoXVI, ou, pelo menos, desde que o prncipe regente dom Joo VItransferiu a sede da Coroa portuguesa para o Rio de Janeiro einstituiu o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. In: Brasil:200 anos de Estado; 200 anos de administrao pblica; 200anos de reformas, cujo autor o Prof. Frederico Lustosa daCosta.

    Tambm vale citar Fernando Abrcio:

    A administrao pblica genuinamente brasileira s pde nascer com aindependncia do pas. Porm, no possvel entender suas bases iniciaissem analisar os efeitos que o perodo colonial tinha deixado. Afinal, forammais de 300 anos de colonizao, alm de os primeiros governantes doBrasil independente terem forte relao com a metrpole portuguesa.

    Assim, apesar de buscarmos outras fontes de estudo, nossa aula ter comoparmetro cronolgico o referido artigo.

    Ante ao exposto, vamos iniciar nosso curso, cujo recorte recair sobre osltimos 200 anos de administrao pblica.

    2. ADMINISTRAO PBLICA BRASILEIRA: conceitos e evoluoestrutural e cultural

    A administrao pblica pode ser compreendida como sendo o conjunto deagncias e de servidores profissionais, mantidos com recursos pblicose encarregados da deciso e implementao das normas necessrias aobem-estar social e das aes necessrias gesto da coisa pblica.

    Nem sempre foi assim, desde que as caravelas aqui aportaram, por voltado ano de 1.500, comeamos a construir um quadro administrativo

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    bastante confuso e predominantemente voltado para as finalidades dosgovernantes.

    Tomar o desembarque da Coroa portuguesa no Rio de Janeiro, em1808, como marco para a construo do Estado nacional nosignifica dizer que nada existisse em termos de aparato

    institucional e administrativo. Havia na colnia uma ampla,complexa e ramificada administrao. Caio Prado Jnior

    (1979:299-300) adverte que, para compreend-la, preciso sedesfazer de noes contemporneas de Estado, esferas pblica eprivada, nveis de governo e poderes distintos. A administraocolonial, apesar da abrangncia das suas atribuies e daprofuso de cargos e instncias, do ponto de vista funcional,

    pouco se diferencia internamente. Tratava-se de um cipoal deordenamentos gerais, encargos, atribuies, circunscries,disposies particulares e misses extraordinrias que noobedeciam a princpios uniformes de diviso de trabalho, simetriae hierarquia. O caos legislativo fazia surgir num lugar funes queno existiam em outros; competncias a serem dadas a umservidor quando j pertenciam a terceiros; subordinaes diretasque subvertiam a hierarquia e minavam a autoridade. Grifei(Frederico Lustosa)

    Nessa esteira, vamos verificar a anlise do prof. Frederico Lustosa sobre aadministrao colonial portuguesa.

    Administrao Colonial Portuguesa

    Em princpio, a administrao colonial estava organizada em quatro nveis:

    1.As instituies metropolitanas;2.A administrao central;3.A administrao regional4.A administrao local.

    Essa estrutura tinha em seu topo o Conselho Ultramarino, subordinado aosecretrio de Estado dos Negcios da Marinha e Territrios Ultramarinosque se ocupava de todos os aspectos da vida das colnias, exceo dosassuntos eclesisticos, a cargo da Mesa de Conscincia e Ordens.

    Do ponto de vista da organizao territorial, o Brasil estava dividido em

    capitanias, que eram as maiores unidades administrativas da colnia. Oterritrio delas era dividido em comarcas que, por sua vez, era compostopor termos sediados nas cidades ou vilas. Os termos eram constitudos de

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    freguesias que correspondiam s parquias da circunscrio eclesistica.Por ltimo, as freguesias se dividiam em bairros, cuja jurisdio eraimprecisa (Caio Prado Junior, 1979:306).

    Ainda segundo o prof. Frederico Lustosa, a sntese histrica de Caio PradoJnior, retomada por Arno e Maria Jos Wehling (1999), aponta comoprincipais caractersticas da administrao colonial a centralizao, aausncia de diferenciao (de funes), o mimetismo, a profuso eminudncia das normas, o formalismo e a morosidade. Essas disfunesdecorrem, em grande medida, da transplantao para a colnia dasinstituies existentes na metrpole e do vazio de autoridade (e deobedincia) no imenso territrio, constituindo um organismo autoritrio,complexo, frgil e ineficaz.

    Isso no quer dizer que no tenha havido um processo de gradualracionalizao do governo colonial ao longo de trs sculos. A partir daadministrao pombalina, pouco a pouco, o empirismo paternalista doabsolutismo tradicional foi sendo substitudo pelo racionalismo tpico dodespotismo esclarecido. Essa mudana se expressava principalmente nosmtodos e processos de trabalho que davam lugar emergncia de umaburocracia.

    Aps a exposio dessas consideraes preliminares, vamos comear aanalisar o desenvolvimento da Administrao Pblica Brasileira aps achegada da coroa portuguesa ao Brasil.

    A construo do Estado nacional

    A construo do Estado Nacional e seu aparato burocrtico prximo doque hoje compreendemos como administrao pblica ocorreu de formatormentosa, posto que a transferncia da famlia real portuguesa para oBrasil foi praticamente definida quando as tropas francesas j estavam

    invadindo o reino de Portugal. Nesse sentido, Frederico Lustosa revela que:A transferncia da famlia real portuguesa para o Brasil deu-se de formaconfusa. At o ltimo instante, o prncipe regente hesitou em partir dianteda remota possibilidade de os franceses aceitarem mais um suborno. S sedecidiu quando as tropas de Junot j se encontravam em solo portugus,s portas de Lisboa. O alvoroo descrito por alguns dos relatos dosmomentos que antecederam a longa travessia no condiz com o minuciosoplanejamento que a indita mudana de uma corte para outro continentedeveria merecer (Wilcken, 2005:35-38).

    Em primeiro lugar, a prpria escolha das cinco, 10 ou 15 mil pessoas os nmeros so imprecisos que comporiam a lotao das naus, diz

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    alguma coisa sobre as instituies e espaos de poder que estavam sendotransplantados.

    Em segundo lugar, a seleo dos bens que era possvel carregar, almdos tesouros e objetos de indiscutvel valor, contemplava material, livros,papis, artefatos, instrumentos e smbolos necessrios administrao.

    Em terceiro lugar, a instituio de um simulacro de governo em soloeuropeu, que se deu na forma de uma regncia, logo destituda peloocupante.

    O regente chegou ao Rio de Janeiro com um governo formado pelosministrios do Reino ou dos Negcios do Reino, cujo titular atuava tambmcomo ministro assistente ao despacho do gabinete e como presidente doErrio Real; da Guerra e Estrangeiros (ou dos Negcios da Guerra e

    Estrangeiros) e da Marinha (ou dos Negcios da Marinha) e DomniosUltramarinos; ou seja, trs ministros para seis pastas. Trs dias depois desua chegada, substituiu os ministros.

    O fato que a transferncia da corte e mais tarde a elevao do Brasil aparte integrante do Reino Unido de Portugal constituram as bases doEstado nacional, com todo o aparato necessrio afirmao da soberania e

    ao funcionamento do autogoverno.

    A elevao condio de corte de um imprio transcontinental fezda nova administrao brasileira, agora devidamente aparelhada, aexpresso do poder de um Estado nacional que jamais poderiavoltar a constituir-se em mera subsidiria de uma metrpole dealm-mar.

    A Repblica Velha

    Aps o perodo imperial veio a proclamao da repblica e a perspectivasde grandes mudanas na gesto pblica brasileira, fato que efetivamente

    no ocorreu. A administrao pblica brasileira permanecia com traostipicamentes coloniais, como revela Frederico Lustosa:

    O formalismo das regras, o brao curto da autoridade e acorrupo generalizada ensejavam o autoritarismo daquelesque deviam se impor aos sditos entregues ao abandono,com os prprios meios que deles conseguissem extrair.

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    A proclamao da Repblica no alterou profundamente as estruturassocioeconmicas do Brasil imperial. A riqueza nacional continuouconcentrada na economia agrcola de exportao, baseada na monoculturae no latifndio. O que se acentuou foi a transferncia de seu centro

    dinmico para a cafeicultura e a conseqente mudana no plo dominanteda poltica brasileira das antigas elites cariocas e nordestinas para osgrandes cafeicultores paulistas.

    O governo provisrio adotou as reformas imediatas necessrias vignciado novo regime e convocou eleies para uma assemblia constituinte. ACarta de 1891, francamente inspirada na Constituio americana de 1787,consagrou a Repblica, instituiu o federalismo e inaugurou o regimepresidencialista. A separao de poderes ficou mais ntida. O Legislativo

    continuava bicameral, sendo agora formado pela Cmara dos Deputados epelo Senado, cujos membros passaram a ser eleitos para mandado dedurao certa.

    Ampliou-se a autonomia do Judicirio. Foi criado o Tribunal de Contas parafiscalizar a realizao da despesa pblica. As provncias, transformadas em

    estados, cujos presidentes (ou governadores) passaram a ser eleitos,ganharam grande autonomia e substantiva arrecadao prpria. Suasassemblias podiam legislar sobre grande nmero de matrias. Essesistema caracterizava o federalismo competitivo.

    Nesse perodo, no houve grandes alteraes na conformao do Estadonem na estrutura do governo. Desde a proclamao da Repblica, aprincipal mudana no Poder Executivo foi a criao dos ministrios daInstruo Pblica, de brevssima existncia; da Viao e Obras Pblicas; eda Agricultura, Indstria e Comrcio, cujos nomes sofreram pequenasmodificaes.

    Do ponto de vista da federao, houve uma ligeira reduo na capacidadelegislativa dos estados, que perderam o poder de legislar sobre

    determinadas matrias.A Repblica Velha durou cerca de 40 anos. Aos poucos, foi se tornandodisfuncional ao Brasil que se transformava, pela diversificao da

    economia, pelo primeiro ciclo de industrializao, pela urbanizao e pelaorganizao poltica das camadas urbanas. Novos conflitos de interessedentro dos setores dominantes, entre as classes sociais e entre as regiespunham em causa o pacto oligrquico, as eleies de bico de pena e apoltica do caf-com-leite.

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    3. EVOLUO DA ADMINISTRAO PBLICA NO BRASIL APS 1930

    Agora vamos analisar a administrao pblica brasileira a partir daparadigmtica dcada de 1930. Aps, vamos ter o primeiro contato com otema das reformas administrativas (embora seja assunto, tambm, daprxima aula, no h como compreendermos a histria da administraopblica brasileira sem tocarmos no assunto das reformas e vice-versa) e osmodelos tericos de administrao pblica decorrentes de tais reformas,inclusive a chamada Nova Gesto Pblica.

    Para fazer a anlise da evoluo da administrao pblica, dividiremos operodo de tempo (a partir de 1930), analisando cada fase separadamente,porm verificando eventuais relaes entre elas, pois desta forma que asbancas costumam cobrar em provas, ou seja, conceitos isolados e/ou

    entrelaados.Os perodos foram divididos da seguinte forma:

    1930/45 Burocratizao da Era Vargas

    1956/60 A administrao paralela de JK

    1967 A reforma militar (Dec. Lei 200)

    1988 A administrao pblica na nova Constituio

    1990 O governo Collor e o desmonte da mquina pblica

    1995/2002 O gerencialismo da Era FHC

    Nova Administrao Pblica (New Public Management)

    1930/45 BUROCRATIZAO DA ERA VARGAS

    Em decorrncia, principalmente, do sufocante Estado patrimonial (Opatrimonialismo consiste, em linhas gerais, na apropriao do pblico peloprivado. Logo, logo voc vai saber com mais detalhes o que o

    patrimonialismo), da falta de qualificao tcnica dos servidores, da criseeconmica mundial que explodiu em 1929 e da difuso da teoriakeynesiana que pregava a interveno do Estado na Economia , ogoverno autoritrio de Vargas resolve modernizar a mquina administrativabrasileira atravs dos paradigmas burocrticos difundidos por Max Weber(modelo racional-legal). O auge dessas mudanas ocorre em 1936 com acriao do Departamento Administrativo do Servio Pblico (DASP), quetinha como atribuio modernizar a mquina administrativa utilizandocomo instrumentos a afirmao dos princpios do mrito, a centralizao, a

    separao entre pblico e privado (em resposta ao patrimonialismo), ahierarquia, a impessoalidade, a rigidez e universalidade das regras e a

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    especializao e qualificao dos servidores. Assim, a partir da criao doDASP, comeou o processo de implantao da Administrao PblicaBurocrtica no Brasil, cujas caractersticas veremos mais adiante.

    Sobre este assunto, o professor Frederico Lustosa sustenta que:

    Mantendo a poltica de proteo s matrias-primas exportadas, o governolanou-se de maneira franca e direta no projeto desenvolvimentista,criando as bases necessrias da industrializao a infra-estrutura detransporte, a oferta de energia eltrica e a produo de ao, matria-primabsica para a indstria de bens durveis. Mais do que isso, assumiu papelestratgico na coordenao de decises econmicas. Para tanto, teve queaparelhar-se.

    As velhas estruturas do Estado oligrquico, corrodas pelos vcios dopatrimonialismo, j no se prestavam s novas formas de interveno nodomnio econmico, na vida social e no espao poltico remanescente.Urgia reformar o Estado, o governo e a administrao pblica.

    Assim, sob o impulso de superao do esquema clientelista e anrquico deadministrao oligrquica, o governo de Getlio Vargas iniciou uma sriede mudanas que tinham pelo menos duas vertentes principais (LimaJunior, 1998):

    - estabelecer mecanismos de controle da crise econmica, resultante dosefeitos da Grande Depresso, iniciada em 1929, e subsidiariamentepromover uma alavancagem industrial;

    - promover a racionalizao burocrtica do servio pblico, por meio dapadronizao, normatizao e implantao de mecanismos de controle,notadamente nas reas de pessoal, material e finanas.

    A partir de 1937, promoveu uma srie de transformaes no aparelho deEstado, tanto na morfologia, quanto na dinmica de funcionamento. Nesseperodo foram criados inmeros organismos especializados e empresasestatais. At 1939, haviam sido criadas 35 agncias estatais; entre 1940 e1945 surgiram 21 agncias, englobando empresas pblicas, sociedades deeconomia mista e fundaes (Lima Jnior, 1998:8). At 1930 existiam noBrasil 12 empresas pblicas; de 1930 a 1945, foram criadas 13 novasempresas, sendo 10 do setor produtivo, entre elas a Companhia Vale doRio Doce, hoje uma gigante da minerao, e a Companhia SiderrgicaNacional, ambas j privatizadas.

    Dando cumprimento a esse programa, em 1930 foi criada a comisso

    permanente de padronizao e, no ano seguinte, a comisso permanentede compras, ambas voltadas para a aquisio de material. Na rea de

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    pessoal, a Constituio de 1934 introduziu o princpio do mrito. Em 1935,foi criada a comisso mista de reforma econmico-financeira, que destacouuma subcomisso, que ficou conhecida como comisso Nabuco, para

    estudar a possibilidade de um reajustamento dos quadros do servio

    pblico civil (Wahrlich, 1975:10). Em decorrncia do seu trabalho, em1936 foi promulgada a Lei n. 284, de 28 de outubro, a chamada Lei doReajustamento, que estabeleceu nova classificao de cargos, fixou

    normas bsicas e criou o Conselho Federal do Servio Pblico Civil.

    De todas essas medidas, a mais emblemtica foi a criao doDepartamento Administrativo do Servio Pblico, o lderinconteste da reforma e, em grande parte, seu executor (Wahrlich,1974:29). O Dasp foi efetivamente organizado em 1938, com a misso de

    definir e executar a poltica para o pessoal civil, inclusive a admissomediante concurso pblico e a capacitao tcnica do funcionalismo,promover a racionalizao de mtodos no servio pblico e elaborar ooramento da Unio. O Dasp tinha sees nos estados, com o objetivo deadaptar as normas vindas do governo central s unidades federadas sobinterveno.

    Essa primeira experincia de reforma de largo alcance inspirava-se nomodelo weberiano de burocracia e tomava como principal referncia aorganizao do servio civil americano. Estava voltada para a

    administrao de pessoal, de material e do oramento, para a reviso dasestruturas administrativas e para a racionalizao dos mtodos detrabalho. A nfase maior era dada gesto de meios e s atividades deadministrao em geral, sem se preocupar com a racionalidade dasatividades substantivas.

    A reforma administrativa do Estado Novo foi, portanto, o primeiro esforosistemtico de superao do patrimonialismo. Foi uma ao deliberada eambiciosa no sentido da burocratizao do Estado brasileiro, que buscava

    introduzir no aparelho administrativo do pas a centralizao, aimpessoalidade, a hierarquia, o sistema de mrito, a separao entre opblico e o privado. Visava constituir uma administrao pblica maisracional eficiente, que pudesse assumir seu papel na conduo do processode desenvolvimento, cujo modelo de crescimento, baseado naindustrializao via substituio de importaes, supunha um forteintervencionismo estatal e controle sobre as relaes entre os grupossociais ascendentes a nova burguesia industrial e o operariado urbano(Marcelino, 1987).

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    1956/60 A ADMINISTRAO PARALELA DE JK

    Mesmo sendo um tema pouco recorrente em concursos pblicos,achamos por bem acrescent-lo, pois este um captulo notvel da histriada administrao pblica no Brasil. Em linhas gerais, a administraoparalela foi um artifcio utilizado pelo governo JK para atingir o seu Planode Metas (50 anos em 5) e seguir firme no seu projeto desenvolvimentista.Ela surgiu com a criao de estruturas alheias Administrao Direta para,dessa forma, fugir das amarras burocrticas.

    Assim, a chamada Administrao Paralela (Ilhas de Excelncia) foraminstituies criadas, via decreto presidencial, pelo governo JK, com oobjetivo de obter mais flexibilidade e agilidade que eram necessrias paraa implantao do seu plano de metas, tendo em vista que os organismos

    pblicos ento existentes estavam impregnados por uma culturaburocrtica que era rgida e lenta demais.

    Sobre esse perodo, Frederico Lustosa revela que:

    Depois de um tumultuado perodo de transio de mais de um ano, comgolpes, contragolpes, a eleio e a tentativa de impedimento da posse doeleito, assumiu o governo em 1956, Juscelino Kubitscheck de Oliveira. SeuPlano de Metas tinha 36 objetivos, com destaque para quatro setores-chave: energia, transporte, indstria pesada e alimentao. Propugnava a

    industrializao acelerada, apoiada na associao entre capitais nacionais eestrangeiros, com nfase na indstria de bens durveis, dando prioridade indstria automobilstica e ao transporte rodovirio. Seu lema era arealizao de 50 anos em cinco e a meta smbolo era a construo danova capital do pas, Braslia (Mendona, 1990:335). Era uma fase degrande euforia e de afirmao nacionalista.

    Do ponto de vista institucional, a dcada que vai de 1952 a 1962 foimarcada pela realizao de estudos e projetos que jamais seriam

    implementados. A criao da Cosb (Comisso de Simplificao Burocrtica)e da Cepa (Comisso de Estudos e Projetos Administrativos), em 1956,representa as primeiras tentativas de realizar as chamadas reformasglobais. A primeira tinha como objetivo principal promover estudos visando descentralizao dos servios, por meio da avaliao das atribuies decada rgo ou instituio e da delegao de competncias, com a fixao

    de sua esfera de responsabilidade e da prestao de contas dasautoridades. A Cepa teria a incumbncia de assessorar a presidncia daRepblica em tudo que se referisse aos projetos de reforma administrativa.

    Esse perodo se caracteriza por uma crescente ciso entre a administraodireta, entregue ao clientelismo e submetida, cada vez mais, aos ditames

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    de normas rgidas e controles, e a administrao descentralizada(autarquias, empresas, institutos e grupos especiais ad hoc), dotados demaior autonomia gerencial e que podiam recrutar seus quadros semconcursos, preferencialmente entre os formados em think thanks

    especializados, remunerando-os em termos compatveis com o mercado.Constituram-se assim ilhas de excelncia no setor pblico voltadas para aadministrao do desenvolvimento, enquanto se deteriorava o ncleocentral da administrao.

    De acordo com Lima Jnior (1998:10) a administrao do plano de metasfoi executada, em grande medida, fora dos rgos administrativosconvencionais. Considerando-se os setores essenciais do plano dedesenvolvimento (energia, transportes, alimentao, indstrias de base e

    educao) apenas 5,2% dos recursos previstos foram alocados naadministrao direta; o restante foi aplicado por autarquias, sociedades deeconomia mista, administraes estaduais e empresas privadas. Acoordenao poltica das aes se fazia atravs dos grupos executivosnomeados diretamente pelo presidente da Repblica.

    1967 A REFORMA MILITAR (DEC. LEI 200/67)

    De 1967 a 1979, a coordenao da reforma administrativa cabia Semor

    (Subsecretaria de Modernizao e Reforma Administrativa), que cuidavados aspectos estruturais, sistmicos e processuais, e ao Dasp, que atuavasomente no domnio dos recursos humanos. Nesta fase, a Semor sepreocupou em recorrer a freqentes exames da estrutura organizacional eanalisou projetos de iniciativa de outros departamentos, visando criao,fuso ou extino de rgos e programas que trouxessem maior eficcia gesto pblica. Foram realizados muitos estudos, trazendo contribuiesimportantes para a formulao do arcabouo terico e de metodologias queembasassem a modernizao administrativa. Quanto s Dasp, alm desuas atividades regulares, seu principal projeto foi a elaborao de umnovo plano de classificao de cargos, que se pautava numa classificao

    por categoria, em oposio ao anterior, aprovado em 1960, que se apoiavanum sistema de classificao por deveres e responsabilidades. Esse planono logrou xito em modificar a estrutura hierrquica de cargos na

    administrao pblica, o que significa dizer que o sistema de mrito

    continuou restrito aos postos iniciais da carreira.

    Assim, durante o perodo militar, a administrao pblica passa por novas

    transformaes. Trs aspectos podem ser ressaltados nessa poca:

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    A ampliao da funo econmica do Estado com a criao de vriasempresas estatais;

    A facilidade de implantao de polticas, em decorrncia da naturezaautoritria do regime;

    O aprofundamento da diviso da administrao pblica, maisespecificamente atravs do Decreto-Lei 200/67, que distinguiuclaramente a Administrao Direta (exercida por rgos diretamentesubordinados aos ministrios) da indireta (formada por autarquias,fundaes, empresas pblicas e sociedades de economia mista).

    A reforma do perodo militar que atingiu bons ndices demodernizao tambm teve como pontos importantes a padronizao enormatizao nas reas de pessoal, compras e execuo oramentria,

    estabelecendo ainda cinco princpios estruturais da administrao pblica:planejamento, coordenao, descentralizao, delegao de competnciase controle.

    Antes de verificarmos o processo de redemocratizao e a novaconstituinte da dcada de 80, devemos, luz de Frederico Lustosa,verificar dois programas de reforma elaborados entre 1979 e 1982, adesburocratizao e a desestatizao. De iniciativa do Poder Executivo,os dois programas foram concebidos de forma a atender objetivos

    complementares que seriam o aumento da eficincia e eficcia naadministrao pblica e o fortalecimento do sistema de livre empresa. Maisespecificamente, o programa de desburocratizao, institudo pelo Decreto-Lei n. 83.740, de 18 de julho de 1979, visa simplificao e

    racionalizao das normas organizacionais, de modo a tornar os rgospblicos mais dinmicos e mais geis (Wahrlich, 1984:53). Esperava-seque a supresso de etapas desnecessrias tornaria mais gil o sistemaadministrativo, trazendo benefcios para funcionrios e clientes.

    Diferentemente dos outros programas, o da desburocratizao privilegiava

    o usurio do servio pblico. Da o seu ineditismo, porque nenhum outroprograma antes era dotado de carter social e poltico. Mas, ele tambminclua entre seus objetivos o enxugamento da mquina estatal, j querecomendava a eliminao de rgos pouco teis ou cuidava para impedira proliferao de entidades com tarefas pouco definidas ou j

    desempenhadas em outras instituies da administrao direta e indireta.

    O programa de desestatizao visava ao fortalecimento do sistema livre deempresa e tinha os seguintes pressupostos:

    - organizao e explorao das atividades econmicas competempreferencialmente empresa privada, na forma estabelecida na

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    Constituio brasileira. O papel do Estado, no campo econmico, decarter suplementar, e visa sobretudo encorajar e apoiar o setor privado;

    - o governo brasileiro est firmemente empenhado em promover aprivatizao das empresas estatais nos casos em que o controle pblico setenha tornado desnecessrio ou injustificvel;

    - a privatizao das empresas estatais, porm, no dever alcanar nemenfraquecer as entidades que devam ser mantidas sob controle pblico,seja por motivos de segurana nacional, seja porque tais empresas criem,efetivamente condies favorveis ao desenvolvimento do prprio setorprivado nacional, ou ainda, quando contribuem para assegurar o controlenacional do processo de desenvolvimento (Wahrlich, 1984:54).

    1988 A ADMINISTRAO PBLICA NA NOVA CONSTITUIO

    A nova Constituio da Repblica Federativa do Brasil voltou a fortalecer aAdministrao Direta instituindo regras iguais s que deveriam serseguidas pela administrao pblica indireta, principalmente em relao obrigatoriedade de concursos pblicos para investidura na carreira (o quediminuiu a poltica clientelista) e aos procedimentos de compras pblicas.

    Para Lustosa, no campo da poltica de recursos humanos do setor pblico,o governo no conseguiu instituir um sistema de carreiras, apoiando oprogresso profissional na formao dos servidores, que justificasse aexistncia desses organismos. Deixou para seu sucessor o projeto de umregime nico para os servidores pblicos, determinado pela Constituio de1988 que, cedendo a presses de interesses corporativos, estabelecia maisde 100 direitos, uns dois ou trs deveres e alguns poucos dispositivossobre o processo disciplinar e as sanes cabveis em caso de falta grave(Lei n. 8.112, de 11 de dezembro de 1990, mais tarde, profundamentealterada pela Lei n. 9.527, de 10 de dezembro de 1997). Sancionado com

    vetos posteriormente derrubados pelo Congresso Nacional, esse emblemado privilgio em nada contribuiu para valorizar a funo pblica.

    Ainda segundo Lustosa, do ponto de vista da gesto pblica, a Carta de1988, no anseio de reduzir as disparidades entre a administrao central ea descentralizada, acabou por eliminar a flexibilidade com que contava a

    administrao indireta que, apesar de casos de ineficincia e abusos

    localizados em termos de remunerao, constitua o setor dinmico daadministrao pblica. Ela foi equiparada, para efeito de mecanismos decontrole e procedimentos, administrao direta.

    A aplicao de um regime jurdico nico (RJU) a todos os servidorespblicos abruptamente transformou milhares de empregados celetistas em

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    estatutrios, gerando um problema ainda no solucionado para a gesto daprevidncia dos servidores pblicos, pois assegurou aposentadorias comsalrio integral para todos aqueles que foram incorporadoscompulsoriamente ao novo regime sem que nunca tivessem contribudo

    para esse sistema.Alm disso, o RJU institucionalizou vantagens e benefcios que permitiramum crescimento vegetativo e fora de controle das despesas com pessoal,criando srios obstculos ao equilbrio das contas pblicas e aos esforosde modernizao administrativa em todos os nveis de governo.

    Apesar do propalado retrocesso em termos gerenciais, a Constituio de1988 no deixou de produzir avanos significativos, particularmente no que

    se refere democratizao da esfera pblica. Atendendo aos clamores de

    participao nas decises pblicas, foram institucionalizados mecanismosde democracia direta, favorecendo um maior controle social da gestoestatal, incentivou-se a descentralizao poltico-administrativa e resgatou-se a importncia da funo de planejamento.

    1990 O GOVERNO COLLOR E O DESMONTE DA MQUINA PBLICA

    Essa etapa da administrao pblica brasileira marcada pelo desmonte damquina administrativa pelo governo Collor sem nenhum planejamento

    ,sob o argumento de que os servidores pblicos eram verdadeirosmarajs.

    Pouco tempo depois da posse, o governo promoveu a extino de milharesde cargos de confiana, a reestruturao e a extino de vrios rgos, ademisso de outras dezenas de milhares de servidores sem estabilidade etantos outros foram colocados em disponibilidade. Segundo estimativas,foram retirados do servio pblico, num curto perodo e sem qualquerplanejamento, cerca de 100 mil servidores. Tais fatos resultaram numa

    avalanche de processos judiciais que perduram at hoje, tendo a maiorparte dos servidores conseguido retornar ao servio pblico.

    A rpida passagem de Collor pela presidncia provocou, naadministrao pblica, uma desagregao e um estrago culturale psicolgico impressionantes. A administrao pblica sentiuprofundamente os golpes desferidos pelo governo Collor, com osservidores descendo aos degraus mais baixos da auto-estima evalorizao social, depois de serem alvos preferenciais em umacampanha poltica altamente destrutiva e desagregadora.

    Torres (2004:170)

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    1995/2002 A NOVA GESTO PBLICA

    A reforma administrativa foi o cone do governo FHC em relao administrao pblica brasileira. Inserida no contexto da reforma do Estadoe capitaneada por Luis Carlos Bresser-Pereira frente do ento recm-criado Ministrio da Administrao Federal e da Reforma do Estado (MARE),a chamada reforma gerencial teve como instrumento bsico o Plano Diretorda Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE), que visava reestruturaodo aparelho do Estado para combater, principalmente, a culturaburocrtica.

    Abaixo, veremos um trecho do PDRAE no qual so elencados os seusobjetivos:

    Fonte:

    http://www.planejamento.gov.br/gestao/conteudo/publicacoes/plano_diretor/portugues/objetivos.htm

    6 - OBJ ETI VOS

    A definio dos objetivos e estratgias da reforma do aparelho do Estadoapresentada a seguir decorre do diagnstico e dos pressupostos tericosque presidiram a anlise anterior.

    Dada a crise do Estado e o irrealismo da proposta neoliberal do Estadomnimo, necessrio reconstruir o Estado, de forma que ele no apenasgaranta a propriedade e os contratos, mas tambm exera seu papelcomplementar ao mercado na coordenao da economia e na busca dareduo das desigualdades sociais.

    Reformar o Estado significa melhorar no apenas a organizao e o pessoaldo Estado, mas tambm suas finanas e todo o seu sistema institucional-legal, de forma a permitir que o mesmo tenha uma relao harmoniosa epositiva com a sociedade civil.

    A reforma do Estado permitir que seu ncleo estratgico tome decisesmais corretas e efetivas, e que seus servios tanto os exclusivos, quefuncionam diretamente sob seu comando, quanto os competitivos, queestaro apenas indiretamente subordinados na medida que se transformemem organizaes pblicas no-estatais operem muito maiseficientemente.

    Reformar o aparelho do Estado significa garantir a esse aparelho maiorgovernana, ou seja, maior capacidade de governar, maior condio deimplementar as leis e polticas pblicas. Significa tornar muito mais

    eficientes as atividades exclusivas de Estado, atravs da transformao dasautarquias em "agncias autnomas", e tornar tambm muito mais

    http://www.planejamento.gov.br/gestao/conteudo/publicacoes/plano_diretor/portugues/objetivos.htmhttp://www.planejamento.gov.br/gestao/conteudo/publicacoes/plano_diretor/portugues/objetivos.htmhttp://www.planejamento.gov.br/gestao/conteudo/publicacoes/plano_diretor/portugues/objetivos.htmhttp://www.planejamento.gov.br/gestao/conteudo/publicacoes/plano_diretor/portugues/objetivos.htmhttp://www.planejamento.gov.br/gestao/conteudo/publicacoes/plano_diretor/portugues/objetivos.htm
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    eficientes os servios sociais competitivos ao transform-los emorganizaes pblicas no-estatais de um tipo especial: as "organizaessociais".

    Na reforma do aparelho do Estado podemos distinguir alguns objetivosglobais e objetivos especficos para seus quatro setores.

    6.1 Objetivos Globais:

    Aumentar a governana do Estado, ou seja, sua capacidadeadministrativa de governar com efetividade e eficincia, voltando aao dos servios do Estado para o atendimento dos cidados.

    Limitar a ao do Estado quelas funes que lhe so prprias,reservando, em princpio, os servios no-exclusivos para a

    propriedade pblica no-estatal, e a produo de bens e serviospara o mercado para a iniciativa privada.

    Transferir da Unio para os estados e municpios as aes de carterlocal: s em casos de emergncia cabe a ao direta da Unio.

    Transferir parcialmente da Unio para os estados as aes de carterregional, de forma a permitir uma maior parceria entre os estados ea Unio.

    6.2 Objetivos para o Ncleo Estratgico:

    Aumentar a efetividade do ncleo estratgico, de forma que osobjetivos democraticamente acordados sejam adequada eefetivamente alcanados.

    Para isto, modernizar a administrao burocrtica, que no ncleoestratgico ainda se justifica pela sua segurana e efetividade,atravs de uma poltica de profissionalizao do servio pblico, ouseja, de uma poltica de carreiras, de concursos pblicos anuais, deprogramas de educao continuada permanentes, de uma efetiva

    administrao salarial, ao mesmo tempo que se introduz no sistemaburocrtico uma cultura gerencial baseada na avaliao dodesempenho.

    Dotar o ncleo estratgico de capacidade gerencial para definir esupervisionar os contratos de gesto com as agncias autnomas,responsveis pelas atividades exclusivas de Estado, e com asorganizaes sociais, responsveis pelos servios no-exclusivos doEstado realizados em parceria com a sociedade.

    6.3 Objetivos para as Atividades Exclusivas:

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    Transformar as autarquias e fundaes que possuem poder de Estadoem agncias autnomas, administradas segundo um contrato degesto; o dirigente escolhido pelo Ministro segundo critriosrigorosamente profissionais, mas no necessariamente de dentro do

    Estado, ter ampla liberdade para administrar os recursos humanos,materiais e financeiros colocados sua disposio, desde que atinjaos objetivos qualitativos e quantitativos (indicadores de desempenho)previamente acordados;

    Para isto, substituir a administrao pblica burocrtica, rgida,voltada para o controle a priori dos processos, pela administraopblica gerencial, baseada no controle a posteriori dos resultados ena competio administrada.

    Fortalecer prticas de adoo de mecanismos que privilegiem aparticipao popular tanto na formulao quanto na avaliao depolticas pblicas, viabilizando o controle social das mesmas.

    6.4 Objetivos para os Servios No-exclusivos:

    Transferir para o setor publico no-estatal estes servios, atravs deum programa de "publicizao", transformando as atuais fundaespblicas em organizaes sociais, ou seja, em entidades de direitoprivado, sem fins lucrativos, que tenham autorizao especfica do

    poder legislativo para celebrar contrato de gesto com o poderexecutivo e assim ter direito dotao oramentria.

    Lograr, assim, uma maior autonomia e uma conseqente maiorresponsabilidade para os dirigentes desses servios.

    Lograr adicionalmente um controle social direto desses servios porparte da sociedade atravs dos seus conselhos de administrao.Mais amplamente, fortalecer prticas de adoo de mecanismos queprivilegiem a participao da sociedade tanto na formulao quanto

    na avaliao do desempenho da organizao social, viabilizando ocontrole social.

    Lograr, finalmente, uma maior parceria entre o Estado, quecontinuar a financiar a instituio, a prpria organizao social, e asociedade a que serve e que dever tambm participarminoritariamente de seu financiamento via compra de servios edoaes.

    Aumentar, assim, a eficincia e a qualidade dos servios, atendendomelhor o cidado-cliente a um custo menor.

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    6.5 Objetivos para a Produo para o Mercado:

    Dar continuidade ao processo de privatizao atravs do Conselho deDesestatizao.

    Reorganizar e fortalecer os rgos de regulao dos monopliosnaturais que forem privatizados.

    Implantar contratos de gesto nas empresas que no puderem serprivatizadas.

    Ainda em relao s estruturas, como parte do projeto de diminuiodo Estado atravs das privatizaes, o destaque maior foi a criao dasAgncias Reguladoras, que foram incumbidas de regulamentar e fiscalizaros setores privatizados, inicialmente nas reas de petrleo, energia eltrica

    e telecomunicaes.Por fim, devemos destacar, pelo fato de eventualmente aparecer em prova,o movimento reinventando o governo difundido por Osborne e Gaeblernos EUA no incio da dcada de 90 e no Brasil durante a reformaadministrativa de 95. Importado principalmente da Inglaterra, EUA e NovaZelndia, o movimento introduziu no Brasil a cultura do management(gerencialismo), trazendo tcnicas do setor privado para o setor pblico e adifuso da chamada Nova Gesto Pblica, cujas caractersticas bsicas so:

    O foco no cliente

    A reengenharia

    Governo empreendedor

    Administrao da qualidade total

    Feitas essas consideraes iniciais, vamos partir para a anlise dasreformas administrativas e dos modelos tericos de administrao pblica.

    4. REFORMAS ADMINISTRATIVAS E A NOVA GESTO PBLICAO Brasil passou por trs grandes reformas administrativas (tambmchamadas de reforma da Administrao Pblica ou reforma do aparelho doEstado):

    1 na dcada de 1930 (reforma burocrtica) 2 na dcada de 1960 (reforma do perodo militar) 3 na dcada de 1990 (reforma gerencial)

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    Verificamos no captulo anterior algumas caractersticas das reformas e omomento em que ocorreram. Agora, vamos compreender o que reformaro aparelho do Estado.

    Entende-se por aparelho do Estado a administrao pblica emsentido amplo, ou seja, a estrutura organizacional do Estado, em seus trsPoderes (Executivo, Legislativo e Judicirio) e trs nveis (Unio, Estados-membros e Municpios). O aparelho do Estado constitudo pelo governo,isto , pela cpula dirigente nos trs Poderes, por um corpo defuncionrios, e pela fora militar.

    O Estado, por sua vez, mais abrangente que o aparelho, porquecompreende adicionalmente o sistema constitucional-legal, que regula apopulao nos limites de um territrio. O Estado a organizao

    burocrtica que tem o monoplio da violncia legal, o aparelho que tem opoder de legislar e tributar a populao de um determinado territrio.

    Esses conceitos permitem distinguir a reforma do Estado da reformado aparelho do Estado. A reforma do Estado um projeto amplo quediz respeito s vrias reas do governo e, ainda, ao conjunto da sociedadebrasileira, enquanto que a reforma do aparelho do Estado tem umescopo mais restrito: est orientada para tornar a administrao pblicamais eficiente e mais voltada para a cidadania. Este Plano Diretor focalizasua ateno na administrao pblica federal, mas muitas das suasdiretrizes e propostas podem tambm ser aplicadas no nvel estadual emunicipal.

    A reforma do Estado deve ser entendida dentro do contexto daredefinio do papel do Estado, que deixa de ser o responsvel direto pelodesenvolvimento econmico e social pela via da produo de bens eservios, para fortalecer-se na funo de promotor e regulador dessedesenvolvimento.

    O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (daqui em diante

    PDRAE) fez uma diviso terica do aparelho do Estado em quatro setores,a saber:

    NCLEO ESTRATGICO. Corresponde ao governo, em sentido lato. osetor que define as leis e as polticas pblicas, e cobra o seucumprimento. , portanto, o setor onde as decises estratgicas sotomadas. Corresponde aos Poderes Legislativo e Judicirio, ao MinistrioPblico e, no Poder Executivo, ao Presidente da Repblica, aos ministros eaos seus auxiliares e assessores diretos, responsveis pelo planejamento

    e formulao das polticas pblicas.

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    ATIVIDADES EXCLUSIVAS. o setor em que so prestados serviosque s o Estado pode realizar. So servios em que se exerce o poderextroverso do Estado - o poder de regulamentar, fiscalizar, fomentar.Como exemplos, temos: a cobrana e fiscalizao dos impostos, a polcia,a previdncia social bsica, o servio de desemprego, a fiscalizao documprimento de normas sanitrias, o servio de trnsito, a compra deservios de sade pelo Estado, o controle do meio ambiente, o subsdio educao bsica, o servio de emisso de passaportes etc.

    SERVIOS NO-EXCLUSIVOS. Corresponde ao setor onde o Estadoatua simultaneamente com outras organizaes pblicas no-estatais eprivadas. As instituies desse setor no possuem o poder de Estado.Este, entretanto, est presente porque os servios envolvem direitoshumanos fundamentais, como os da educao e da sade, ou porquepossuem "economias externas" relevantes, na medida em que produzemganhos que no podem ser apropriados por esses servios atravs domercado. As economias produzidas imediatamente se espalham para oresto da sociedade, no podendo ser transformadas em lucros. Soexemplos desse setor: as universidades, os hospitais, os centros depesquisa e os museus.

    PRODUO DE BENS E SERVIOS PARA O MERCADO. Corresponde

    rea de atuao das empresas. caracterizado pelas atividadeseconmicas voltadas para o lucro que ainda permanecem no aparelho doEstado como, por exemplo, as do setor de infra-estrutura. Esto noEstado seja porque faltou capital ao setor privado para realizar oinvestimento, seja porque so atividades naturalmente monopolistas, nasquais o controle via mercado no possvel, tornando-se necessria, nocaso de privatizao, a regulamentao rgida.

    Com isso, encerramos a parte terica dessa aula zero, e necessrio quevoc compreenda o processo de evoluo, assim como os principaismomentos da Administrao Pblica

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    5. QUESTES COMENTADAS

    1. (FGV/SENADO FEDERAL/CONSULTOR DE ORAMENTO/2008)

    Um estamento eminentemente aristocrtico, formado por uma

    nobreza em declnio, paulatinamente perdeu suas rendas originaise se tornou crescentemente burocrtico.

    O texto caracteriza o seguinte tipo de Estado e de administraopblica no Brasil:

    (A) estatal.

    (B) patrimonialista.

    (C) burocrtica.

    (D) ps-burocrtica.(E) gerencial.

    Comentrio:

    A Administrao Pblica Patrimonial um modelo no qual ocorre aapropriao do pblico pelo privado, os cargos so prebendas e aadministrao pblico serve, antes, para atender aos interesses dosgovernantes. Segundo Fernando Abrcio (que tambm chama aadministrao pblica patrimonial de burocracia imperial):

    Ela servia para a distribuio de empregos pblicos para garantir apoiopoltico e social. Trata-se do fenmeno da patronagem, to bem descritopor Graham (1997). Os beneficirios desse modelo eram cabos eleitoraiseficazes na conquista do voto no interior - inclusive familiares da eliteagrria decadente que no conseguiam melhores postos -, parcelas pobresno escravizadas e at minorias urbanas educadas que no obtinhamacesso a cargos burocrticos mais nobres (Carvalho, 2003:165). No mundoescravocrata, o Estado tinha como uma das tarefas oferecer empregosnuma economia pouco dinmica - o que no dizer de Joaquim. Nbucosignificava que o "servio pblico era a vocao de todos".

    Uma lei de 1831 instituiu, pela primeira vez no Brasil, o mecanismo doconcurso pblico, no caso para o ingresso de funcionrios no Ministrio daFazenda. Porm, como mostra Carvalho (2003:168), essa legislao foidiversas vezes modificada, um provvel indcio da dificuldade de cumpr-la.

    O fato que a burocracia imperial tinha essas duas caractersticas. Ela foiessencial para contruir a nao brasileira, evitando o fracionamento quemarcou o restante da Amrica Latina e mitigando o localismo oligrquico

    presente no pas. Mas o fez tambm reduzindo a esfera pblica aocomando patrimonial dos agentes estatais. Em outras palavras, havia uma

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    alta burocracia selecionada pelo mrito, mas que no era pblica etampouco controlada publicamente, nem no sentido liberal nem em termosdemocrticos. A alta burocracia respondia, basicamente, ao imperador, omesmo que concentrava em si todos os quatro poderes definidos pela

    Constituio de 1824.GABARITO: B

    2. (FGV/SENADO FEDERAL/CONSULTOR DE ORAMENTO/2008)

    Segundo a abordagem gerencial da administrao pblica, ossetores existentes em um Estado so:

    (A) o setor pblico e o setor privado.

    (B) o setor pblico, o setor privado e o comrcio internacional.

    (C) o ncleo estratgico, as atividades exclusivas do Estado, osservios no-exclusivos e a produo de bens e servios para omercado.

    (D) o ncleo estratgico, as atividades exclusivas do Estado e osservios no-exclusivos.

    (E) as atividades exclusivas do Estado, os servios no-exclusivos e

    a produo de bens e servios para o mercado.Comentrio:

    O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (daqui em diantePDRAE) fez uma diviso terica do aparelho do Estado em quatro setores,a saber:

    NCLEO ESTRATGICO. Corresponde ao governo, em sentido lato. osetor que define as leis e as polticas pblicas, e cobra o seucumprimento. , portanto, o setor onde as decises estratgicas sotomadas. Corresponde aos Poderes Legislativo e Judicirio, ao MinistrioPblico e, no Poder Executivo, ao Presidente da Repblica, aos ministros eaos seus auxiliares e assessores diretos, responsveis pelo planejamentoe formulao das polticas pblicas.

    ATIVIDADES EXCLUSIVAS. o setor em que so prestados serviosque s o Estado pode realizar. So servios em que se exerce o poderextroverso do Estado - o poder de regulamentar, fiscalizar, fomentar.Como exemplos, temos: a cobrana e fiscalizao dos impostos, a polcia,a previdncia social bsica, o servio de desemprego, a fiscalizao do

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    cumprimento de normas sanitrias, o servio de trnsito, a compra deservios de sade pelo Estado, o controle do meio ambiente, o subsdio educao bsica, o servio de emisso de passaportes etc.

    SERVIOS NO-EXCLUSIVOS. Corresponde ao setor onde o Estadoatua simultaneamente com outras organizaes pblicas no-estatais eprivadas. As instituies desse setor no possuem o poder de Estado.Este, entretanto, est presente porque os servios envolvem direitoshumanos fundamentais, como os da educao e da sade, ou porquepossuem "economias externas" relevantes, na medida em que produzemganhos que no podem ser apropriados por esses servios atravs domercado. As economias produzidas imediatamente se espalham para oresto da sociedade, no podendo ser transformadas em lucros. So

    exemplos desse setor: as universidades, os hospitais, os centros depesquisa e os museus.

    PRODUO DE BENS E SERVIOS PARA O MERCADO. Corresponde rea de atuao das empresas. caracterizado pelas atividadeseconmicas voltadas para o lucro que ainda permanecem no aparelho doEstado como, por exemplo, as do setor de infra-estrutura. Esto noEstado seja porque faltou capital ao setor privado para realizar oinvestimento, seja porque so atividades naturalmente monopolistas, nas

    quais o controle via mercado no possvel, tornando-se necessria, nocaso de privatizao, a regulamentao rgida.

    GABARITO: C

    3. (FGV/BADESC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2010)

    Com relao concepo neoliberal do Estado no corretoafirmar que:

    a) o Estado deve se manter isolado das presses do setor privado.

    b) o Estado deve reduzir o tamanho da administrao pblica.

    c) o Estado deve reduzir o tamanho do setor pblico.

    d) o Estado deve apoiar-se em decises discricionrias do que emregras

    e) o Estado deve delegar as decises a unidades independentes queno cedam s presses polticas.

    Comentrio:

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    O neoliberalismo, em linhas gerais, uma doutrina que prega a mnimainterveno do Estado naquilo que , ou deveria ser, competncia domercado. Assim, por exemplo, a reforma administrativa da dcada de 90 vista por muitos crticos como uma reforma de cunho neoliberal, tendo em

    vista que, dentre outros pontos, visava diminuir o tamanho do Estado.GABARITO: D

    4. (FGV/BADESC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2010)

    Com relao ao funcionamento da administrao pblica, analise asafirmativas a seguir.

    I. A administrao pblica, em sentido formal, o conjunto de

    rgos institudos para a consecuo dos objetivos do governo.II. A administrao pblica executa, tcnica e legalmente, os atosde governo.

    III. A administrao pblica executa, com responsabilidadeconstitucional e poltica, os projetos governamentais.

    Assinale:

    (A) se somente a afirmativa I estiver correta.

    (B) se somente a afirmativa II estiver correta.(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

    (D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

    (E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

    Comentrio:

    I. Correta. Tambm chamada de aparelho do Estado.

    II. Errada. A administrao pblica pratica atos de gesto.

    III. Errada. Responsabilidade administrativa.

    Gabarito: A

    5. (FGV/FIOCRUZ/ANALISTA DE GESTO EM SADE/2010)

    Com relao s caractersticas bsicas da Administrao PblicaGerencial, assinale a afirmativa incorreta.

    (A) orientada para o cidado e para a obteno dos resultados.

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    (B) Pressupe que os polticos e os funcionrios pblicos somerecedores de grau limitado de confiana.

    (C) Concentra-se no processo.

    (D) Serve-se, como estratgia, da descentralizao e do incentivo criatividade e inovao.

    (E) Utiliza o contrato de gesto como instrumento de controle dosgestores pblicos.

    Comentrio:

    c) Errada. Essa uma das caractersticas do modelo burocrtico. Conformeexposto na opo A, a administrao gerencial concentra-se nosresultados.

    Gabarito: C

    6. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2007)

    A administrao pblica societal busca um novo modelo dedesenvolvimento baseado, por exemplo, em uma viso deliberativae participativa da democracia. Emerge, ento, a importncia doformato e da dinmica institucionais que possibilitem a

    transformao das relaes entre Estado e sociedade. Assinale aalternativa que contm exemplos de novos arranjos institucionaissegundo o modelo societal.

    (A) as Agncias Reguladoras Independentes e os Fruns Temticos

    (B) o Oramento Participativo e o Governo Eletrnico

    (C) os Conselhos Gestores de Polticas Pblicas e as AuditoriasOperacionais

    (D) as Auditorias Operacionais e o Oramento Participativo

    (E) os Fruns Temticos e os Conselhos Gestores de PolticasPblicas

    Comentrio:

    A administrao pblica societal, tema central da obra Por uma novagesto pblica da professora Ana Paula Paes de Paula, caracterizadapela autora como uma forma de criar organizaes administrativasefetivas, permeveis participao popular e com autonomia para operarem favor do interesse pblico. Trata-se de estabelecer uma gesto pblicaque no centraliza o processo decisrio no aparelho do Estado e contemplaa complexidade das relaes polticas, pois procura se alimentar de

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    diferentes canais de participao, e modelar novos desenhos institucionaispara conectar as esferas municipal, estadual e federal.

    Com exceo da opo E, a questo prope alguns arranjos institucionaisque se afastam do conceito acima, vejamos:

    Na opo A, o erro ocorre em Agncias Reguladoras, visto que as agnciasso estruturas de dentro do prprio Estado, portanto, no partem dasociedade.

    O erro da letra B est em governo eletrnico, tendo em vista que, muitomais do que uma forma de participao social, trata-se de um mecanismode transparncia na administrao pblica.

    A opo C peca ao relacionar Auditoria Operacional, que nada mais do

    que uma tcnica de tomada de contas da gesto pblica efetivada pelosrgos de controle interno e/ou pelos tribunais de contas.

    No item D temos o mesmo erro: Auditoria Operacional. Contudo, nestaopo, relacionado outro arranjo que pode ser enquadrado no tema daquesto. Estamos falando do Oramento Participativo, que uma instnciarefletiva do desejo da populao quando da elaborao dos planosoramentrios que direcionaro os gastos e investimentos pblicos.

    A opo E, correta, relaciona os Fruns Temticos que so um espaopara discusso e confronto de idias, deixando que os participantestenham acesso a um mesmo conjunto de informaes e possam sesolidarizar em relao aos problemas e necessidades de seus pares.(Paula, Ana P. P., 2005); e os Conselhos Gestores de Polticas Pblicas queso considerados, pela j citada autora, como uma parte das reformas doEstado em termos culturais, institucionais e deliberativos. uma instnciaque tem um papel deliberativo notvel na agenda de polticas pblicas.

    Gabarito: E

    7. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2009)

    Com relao s formas de propriedades previstas pelo modelogerencial de administrao pblica, analise as afirmativas a seguir:I. O modelo gerencial prev a propriedade privada.

    II. O modelo gerencial prev a propriedade pblica estatal.

    III. O modelo gerencial prev a propriedade pblica no-estatal.

    Assinale:

    a) se somente a afirmativa I estiver correta.

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    b) se somente a afirmativa II estiver correta.

    c) se somente a afirmativa III estiver correta.

    d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

    e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

    Comentrio:

    Ver explicao da questo 2.

    Gabarito: E

    8. (FGV/DOCAS-BA/ADMINISTRADOR/2010)

    Com relao ao modelo organizacional burocrtico, analise asafirmativas a seguir:

    I. A preciso na definio de um cargo uma vantagem daburocracia em funo do conhecimento exato dos deveres daspessoas.

    II. A rapidez nas decises uma vantagem da burocracia, poistodos conhecem o que deve ser feito e por quem as ordens e papeistramitam por meio de canais preestabelecidos.

    III. A reduo do atrito entre as pessoas uma vantagem, pois ofuncionrio sabe o que exigido dele e quais os limites entre assuas responsabilidades e a dos outros.

    Assinale

    (A) se somente a afirmativa I estiver correta.

    (B) se somente a afirmativa II estiver correta.

    (C) se somente a afirmativa III estiver correta.

    (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

    Comentrio:

    I. Errada. Realmente h um preciso na definio do cargo, mas o fato que essas regras extremamente rgidas terminaram por tornar a burocracialenta demais (disfunes da burocracia).

    II. Errada. No h rapidez, ao contrrio, h lentido.

    III. Certa.

    Gabarito: C

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    9. (FGV/ALEAM/ANALISTA LEGISLATIVO/2011)

    A Burocracia uma forma de organizao humana que se baseia naracionalidade e que busca adequar os meios aos objetivos,remontando antiguidade. Como modelo de produo, entretanto,tem suas formulaes calcadas nas mudanas religiosas psrenascentistas. Para melhor compreender o modelo de podersubjacente ao modelo burocrtico, Max Weber estudou os tipos desociedade e os tipos de autoridade. A esse respeito, analise asafirmativas a seguir.

    I. Na sociedade tradicional percebeu que as caractersticasprincipais eram as famlias e os cls, com autoridade legalmenteconstituda.

    II. Na sociedade carismtica percebeu que os gruposrevolucionrios e os partidos polticos tomavam a autoridademstica e personalista como padro.

    III. Na sociedade burocrtica localizou as grandes empresas eestados modernos, com predomnio das normas impessoais paraexerccio do poder. Assinale:

    (A) se somente a afirmativa I estiver correta.

    (B) se somente a afirmativa II estiver correta.

    (C) se somente as afirmativas l e III estiverem corretas.

    (D) se somente as afirmativas ll e lll estiverem corretas.

    (E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

    Comentrio:

    I. Errada. A autoridade no legal, a autoridade tradio, ou seja,herdada pelo cunho familiar.

    Gabarito: D

    10. (FGV/FIOCRUZ/ANALISTA DES. INSTITUCIONAL/2010)

    Com relao s caractersticas bsicas da Administrao PblicaGerencial, assinale a afirmativa incorreta.

    (A) orientada para o cidado e para a obteno dos resultados.

    (B) Pressupe que os polticos e os funcionrios pblicos so

    merecedores de grau limitado de confiana.(C) Concentra-se no processo.

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    (D) Serve-se, como estratgia, da descentralizao e do incentivo criatividade e inovao.

    (E) Utiliza o contrato de gesto como instrumento de controle dosgestores pblicos.

    Comentrio:

    A opo C revela uma caracterstica da burocracia. A banca repetiu essaquesto.

    Gabarito: C

    11. (ESAF/MPOG/EPPGG/2009)

    Em nosso pas, o processo que permeia a formao do Estadonacional e da administrao pblica se revela pelas seguintesconstataes, exceto:

    a) a administrao colonial se caracterizou pela centralizao,formalismo e morosidade, decorrentes, em grande parte, do vaziode autoridade no imenso territrio.

    b) a partir da administrao pombalina, pouco a pouco, oempirismo paternalista do absolutismo tradicional foi sendo

    substitudo pelo racionalismo tpico do despotismo esclarecido.c) a transferncia da corte portuguesa, em 1808, e a consequenteelevao do Brasil a parte integrante do Reino Unido de Portugalconstituram as bases do Estado nacional, com todo o aparatonecessrio afirmao da soberania e ao funcionamento doautogoverno.

    d) a partir da Revoluo de 1930, o Brasil passou a empreender umcontinuado processo de modernizao das estruturas e processosdo aparelho do Estado.

    e) a Repblica Velha, ao promover grandes alteraes na estruturado governo, lanou a economia rumo industrializao e aadministrao pblica rumo burocracia weberiana

    Comentrio:

    Essa questo foi extrada do texto base da nossa aula, do professorFrederico Lustosa.

    Gabarito: E

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    12. (FCC/ISS-SP/Auditor Fiscal de Tributos Municipais/2007)

    O modelo de Administrao Burocrtica, que tem entre seusprincipais expoentes Max Weber, caracteriza-se

    (A) pela criao de uma estrutura prpria e estvel, imune alternncia dos governantes, submetida a rgidos controles deresultado e de qualidade, sendo comumente criticada pelo excessode formalismo e falta de flexibilidade.

    (B) pela consolidao do patrimonialismo, fazendo com que oAparelho do Estado atue como extenso do poder dos governantes,sendo comumente criticada pelo clientelismo, nepotismo e ausnciade controles efetivos.

    (C) pelo fortalecimento do Aparelho do Estado, que passa a atuarde forma paralela e imune ao poder dos governantes, sendocomumente criticada pelo inchao dos quadros de servidorespblicos e ausncia de eficincia na correspondente atuao.

    (D) pela nfase na idia de carreira, hierarquia funcional,impessoalidade e formalismo, sendo comumente criticada pelarigidez do controle dos processos, de forma auto-referenciada esem compromisso com os resultados para o cidado.

    (E) como reao Administrao Pblica patrimonialista, buscandoinstituir mecanismos de controle da atuao dos governantes, comnfase nos resultados, sendo comumente criticada pela ausncia decontroles eficazes dos processos.

    Comentrio:

    Essa questo diz respeito ao tema que , sem dvida, o maisrecorrente de administrao pblica em provas de concursos pblicos, detodas as bancas, tratam-se dos modelos tericos de administrao pblica:patrimonialista, burocrtica e gerencial. Vamos analis-las:

    At a dcada de 30

    Administrao Pblica Patrimonial Comalguns resqucios de profissionalizao(Burocracia Patrimonial, que no a mesmaburocracia da dcada de 30)

    Dcada de 30 at 90

    Administrao Pblica Burocrtica Levada a cabo pelo DASP. Trata-se do modeloidealizado pelo socilogo e economista alemo

    Max Weber (burocracia weberiana) comresqucios de patrimonialismo.

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    A partir da dcada de 90

    Administrao Pblica Gerencial Inspirada em princpios gerenciais e no uso deferramentas como reengenharia e qualidadetotal. Possui, deliberadamente, alguns pontosde burocracia. No consegui expurgar daadministrao pblica a praga dopatrimonialismo, que hoje visto em prticascomo o nepotismo.

    Vamos s questes:

    a) Errada. A burocracia weberiana no submetida a controle deresultado e de qualidade, esses controles so tpicos da administrao

    pblica gerencial. Na burocracia predomina o controle a priori, controle demeios, controle de processos.

    b) Errada. Erro: pela consolidao do patrimonialismo. Tanto asadministraes pblicas burocrtica quanto a gerencial tentaram, semmuito sucesso, acabar com a praga do patrimonialismo. Portanto, isso nopode ser uma caracterstica da burocracia.

    c) Errada. Erro: que passa a atuar de forma paralela e imune ao poderdos governantes

    d) Certa. A questo cita caractersticas e disfunes da burocracia. Segueum quadro para voc analisar esses dois pontos:

    Caractersticas da Burocracia Disfunes da Burocracia

    1. Carter legal das normas2. Carter formal dascomunicaes3. Diviso do trabalho4. Impessoalidade norelacionamento5. Hierarquizao da autoridade6. Rotinas e procedimentos7. Competncia tcnica e mrito8. Especializao daadministrao9. Profissionalizao

    1. Internalizao das normas2. Excesso de formalismo epapelrio3. Resistncia a mudanas4. Despersonalizao dorelacionamento5. Categorizao orelacionamento6. Superconformidade7. Exibio de sinais deautoridade8. Dificuldades com clientes

    Previsibilidade do funcionamentoImprevisibilidade dofuncionamento

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    Fonte: Idalberto Chiavenato

    e) Errada. Erro repetido. A questo tenta atribuir burocracia o controlede resultados.

    GABARITO: D

    13. (FCC/ISS-SP/Auditor Fiscal de Tributos Municipais/2007)

    A partir da segunda metade do sculo XX, comea a verificar-se aeroso do modelo de Administrao Pbica Burocrtica, seja emfuno da expanso das funes econmicas e sociais do Estado,seja em face do desenvolvimento tecnolgico e do fenmeno daglobalizao. Surge, ento, o modelo da Administrao Pblica

    Gerencial, cujas caractersticas so:(A) concentrao dos processos decisrios, aumento dos controlesde processos e nfase no cidado.

    (B) descentralizao dos processos decisrios, reduo dos nveishierrquicos, competio administrativa no interior das estruturasorganizacionais e nfase no cidado.

    (C) inverso do conceito clssico de hierarquia, com reduo dosnveis inferiores e aumento dos intermedirios, dando a estes mais

    poder decisrio, com nfase no controle dos processos internos.

    (D) acentuao da verticalizao das estruturas organizacionais,com aumento dos nveis hierrquicos superiores, onde se concentrao poder decisrio, nfase nos controles interno e externo daatuao dos escales inferiores.

    (E) descentralizao dos processos decisrios, horizontalizao dasestruturas organizacionais, substituio dos mecanismos decontrole de processos por mecanismos de controle de resultados,

    com foco no cidado.Comentrio:

    a) Errada. Ocorre a descentralizao do processo decisrio e reduo docontrole dos processos em prol dos controles de resultados. A nfase nocidado est correta.

    b) Certa. Todas so caractersticas do gerencialismo.

    c) Errada. No h inverso do conceito de hierarquia. No h controle de

    processos, h controle de resultados.

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    d) Errada. Ocorre reduo, e no aumento, dos nveis hierrquicos. Anfase no controle de resultados.

    e) Errada. Essa questo deu briga! O nico ponto que a banca poderia teralegado como errado seria horizontalizao das estruturasorganizacionais. Embora essa no seja diretamente uma caractersticada administrao pblica burocrtica, indiretamente podemos visualizaressa horizontalizao como uma consequncia da descentralizao doprocesso decisrio e da reduo dos nveis hierrquicos. Enfim, coisas deconcursos...

    GABARITO: B

    14. (FCC/ISS-SP/Auditor Fiscal de Tributos Municipais/2007)O Programa Nacional de Desburocratizao, implantado no inciodos anos 80, idealizado pelo Ministro Hlio Beltro, caracterizou-se

    (A) pela retomada dos conceitos contidos no Decreto-Lei no 200,de 1967, buscando, assim, a atuao administrativa centralizada,sem, no entanto, deixar de lado a dimenso poltica do governo.

    (B) pela diminuio do peso das instituies burocrticas noservio pblico, procurando retomar alguns procedimentos

    tradicionais da rotina administrativa, no necessariamentealinhados com a eficincia.

    (C) pela implementao por meio de uma slida base parlamentarde apoio, o que lhe forneceu condies inditas desustentabilidade.

    (D) por focalizar o usurio do servio pblico e divulgaramplamente seus princpios norteadores, concentrando-se naproduo de mudanas no comportamento e na atuao da

    burocracia pblica.(E) pela introduo, no setor pblico, de alguns estilos gerenciaisbaseados nos modelos e princpios administrativos do setorprivado, conseguindo, assim, a ampla adeso de empresas estataise dos principais grupos financeiros do Pas.

    Comentrio:

    As chamadas disfunes da burocracia comearam a ser percebidasdesde a dcada de 50, quando um socilogo chamado Robert Merton a

    estudou e aps elaborou o conceito de disfunes da burocracia. No Brasil,tivemos um primeiro momento rumo administrao pblica gerencial, j

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    na dcada de 60, com a publicao do Decreto-Lei 200/1967. Cuidado: eudisse que foi um primeiro momento rumo administrao pblica gerencial(isso cai muito em provas), sendo certo que o gerencialismo s foiimplantado no Brasil na dcada de 90.

    O Decreto-Lei 200/1967 considerado um passo rumo aogerencialismo porque trouxe para administrao pblica alguns princpios,que segundo o Professor Frederico Lustosa, da FGV, so:

    Seu estatuto bsico prescreve cinco princpios fundamentais:

    O planejamento (princpio dominante); A expanso das empresas estatais (sociedades de economia mista e

    empresas pblicas), bem como de rgos independentes (fundaes

    pblicas) e semi-independentes (autarquias); A necessidade de fortalecimento e expanso do sistema do mrito,

    sobre o qual se estabeleciam diversas regras;

    Diretrizes gerais para um novo plano de classificao de cargos; O reagrupamento de departamentos, divises e servios em 16

    ministrios: Justia, Interior, Relaes Exteriores, Agricultura,Indstria e Comrcio, Fazenda, Planejamento, Transportes, Minas eEnergia, Educao e Cultura, Trabalho, Previdncia e Assistncia

    Social, Sade, Comunicaes, Exrcito, Marinha e Aeronutica.Aps o referido decreto tivemos o lanamento do programa nacional dedesburocratizao, em 1979, cujo responsvel era o Ministrio daDesburocratizao (1979 e 1986), capitaneado pelo ento Ministro HlioBeltro.

    Segundo o professor Frederico Lustosa:

    Antes da descrio da reforma administrativa da Nova Repblica, merecemregistro dois programas de reforma elaborados entre 1979 e 1982, a

    desburocratizao e a desestatizao. De iniciativa do Poder Executivo, osdois programas foram concebidos de forma a atender objetivoscomplementares que seriam o aumento da eficincia e eficcia na

    administrao pblica e o fortalecimento do sistema de livre empresa. Maisespecificamente, o programa de desburocratizao, institudo pelo Decreto-Lei n. 83.740, de 18 de julho de 1979, visa simplificao e

    racionalizao das normas organizacionais, de modo a tornar os rgospblicos mais dinmicos e mais geis (Wahrlich, 1984:53). Esperava-seque a supresso de etapas desnecessrias tornaria mais gil o sistema

    administrativo, trazendo benefcios para funcionrios e clientes.

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    Diferentemente dos outros programas, o da desburocratizao privilegiavao usurio do servio pblico. Da o seu ineditismo, porque nenhum outroprograma antes era dotado de carter social e poltico. Mas, ele tambminclua entre seus objetivos o enxugamento da mquina estatal, j que

    recomendava a eliminao de rgos pouco teis ou cuidava para impedira proliferao de entidades com tarefas pouco definidas ou j

    desempenhadas em outras instituies da administrao direta e indireta.

    Recomendo uma visita ao site:http://www.desburocratizar.org.br/

    a) Errada. O programa no retomou a perspectiva do decreto-lei 200, poistinha um foco distinto, que era atuar diretamente na atividade fim. Comotranscrito no trecho do professor Frederico Lustosa: Diferentemente dosoutros programas, o da desburocratizao privilegiava o usurio do servio

    pblico. Da o seu ineditismo, porque nenhum outro programa antes eradotado de carter social e poltico.

    b) Errada. Buscava-se, justamente, a eficincia.

    c) Errada. Totalmente absurda.

    d) Certa. Ou seja, tinha foco nas atividades administrativas queimpactavam diretamente o cidado. Vale citar: Mais especificamente, oprograma de desburocratizao, institudo pelo Decreto-Lei n. 83.740, de18 de julho de 1979, visa simplificao e racionalizao das normas

    organizacionais, de modo a tornar os rgos pblicos mais dinmicos emais geis (Wahrlich, 1984:53). Esperava-se que a supresso de etapasdesnecessrias tornaria mais gil o sistema administrativo, trazendobenefcios para funcionrios e clientes.

    e) Errada. A introduo de princpios gerenciais s ocorreu na dcada de90.

    GABARITO: D

    15. (FCC/PGE-RJ/Tcnico Superior Administrativo/2009)

    A implantao do paradigma ps-burocrtico no Brasil orientou-separa o aumento da capacidade de governo, por meio da adoo dosprincpios da administrao gerencial. Em relao a essesprincpios:

    I. A principal forma de controle sobre as unidades executoras depolticas pblicas o controle social direto: atravs da participao

    em conselhos.

    http://www.desburocratizar.org.br/http://www.desburocratizar.org.br/http://www.desburocratizar.org.br/http://www.desburocratizar.org.br/
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    II. O ncleo estratgico das atividades tpicas de Estado deve serconvertido em cargos de nomeao poltica, passando a controlarde forma exclusiva a formulao e a gesto de polticas pblicas.

    III. As secretarias formuladoras de polticas e as unidadesexecutoras dessas polticas devem ser separadas e a relao entreelas operada por meio de contratos de gesto baseados nodesempenho de resultados.

    IV. O Estado deve orientar suas aes para o cidado-usurio deseus servios.

    V. Um dos princpios centrais do paradigma ps-burocrtico anfase no controle de resultados por meio dos contratos de gesto.

    (A) Esto corretas APENAS as afirmativas I e II.(B) Esto corretas APENAS as afirmativas I, II e V.

    (C) Esto corretas APENAS as afirmativas II, III e IV.

    (D) Esto corretas APENAS as afirmativas III e IV.

    (E) Esto corretas APENAS as afirmativas III, IV e V.

    Comentrio:

    Vamos analisar cada um dos itens:

    I. Errada. A principal forma de controle a de resultados, pelos rgos decontrole interno e externo.

    II. Errada. Ncleo Estratgico das atividades tpicas?!?!?! Parei aquimesmo. (o restante mais bizarro ainda)

    III. Certa. O contrato de gesto o instrumento atravs do qual umasecretaria ou um ministrio supervisor estabelece realizaes e metas aserem atingidas por um rgo ou entidade pblica.

    IV. Certa. Tranquila, essa.

    V. Certa. nfase no controle de resultados, e no do controle emprocessos. Fiquem alertas, aparece muito em provas.

    Administrao Pblica Burocrtica Controle de meios, processual.

    Administrao Pblica Gerencial Controle de resultados

    GAB