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DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO Ano VIII – nº 249 – Porto Alegre, segunda-feira, 14 de outubro de 2013 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO PUBLICAÇÕES JUDICIAIS SECRETARIA DO PLENÁRIO, CORTE ESPECIAL E SEÇÕES Secretaria do Plenário Judicial Expediente SPLE Nro 141/2013 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO Secretaria do Plenário Judicial AUTOS COM DESPACHO AÇÃO RESCISÓRIA Nº 2009.04.00.019523-9/RS RELATORA : Des. Federal MARIA DE FÁTIMA FREITAS LABARRÈRE AUTOR : JOAO CARLOS D'ANGELO BRINCO e outros DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 1 / 670

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DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIOAno VIII n 249 Porto Alegre, segunda-feira, 14 de outubro de 2013

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

PUBLICAES JUDICIAIS

SECRETARIA DO PLENRIO, CORTE ESPECIAL E SEES

Secretaria do Plenrio Judicial

Expediente SPLE Nro 141/2013

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

Secretaria do Plenrio Judicial

AUTOS COM DESPACHO

AO RESCISRIA N 2009.04.00.019523-9/RS

RELATORA :Des. Federal MARIA DE FTIMA FREITASLABARRRE

AUTOR : JOAO CARLOS D'ANGELO BRINCO e outros

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 1 / 670

: JOSE ERNANI FLORES DELLAZZANA: JOSE VICENTE PRADO PEREIRA: PERICLES MARIANO DE LIMA: POLA MIRA RYNKIEWICZ

ADVOGADO : Marco Tulio de Rose e outrosREU : UNIO FEDERALADVOGADO : Procuradoria-Regional da Unio

DESPACHO

Intimem-se as partes do trnsito em julgado do acrdo.Nada sendo requerido, arquivem-se os autos.

Porto Alegre, 30 de setembro de 2013.AO RESCISRIA N 0020770-16.2010.404.0000/PRRELATORA : Des. Federal LUCIANE AMARAL CORRA MNCHAUTOR : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)PROCURADOR : Procuradoria-Regional da Fazenda NacionalREU : AUTO VIACAO REDENTOR LTDA/

: AUTO VIACAO MARECHAL LTDA/: AUTO VIACAO SANTO ANTONIO LTDA/: CONSTRUTORA MOGNO LTDA/: COPAVA VEICULOS S/A: GPD INFORMATICA E ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA/: GPD RECURSOS HUMANOS E SERVIOS LTDA/: GULIN ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA/

:GULIN RODOLOCADORA DE VEICULOS E TRANSPORTESLTDA/

: GUVEL PARTICIPACOES S/AADVOGADO : Jose Machado de Oliveira e outros

: Flavio Zanetti de OliveiraREU : MARILIA INCORPORADORA E CONSTRUTORA LTDA/

: PRINCEPAR PARTICIPACOES E ADMINISTRACOES LTDA/ADVOGADO : Jose Machado de Oliveira

: Flavio Zanetti de OliveiraREU : SAN CLEMENTE AGROPECUARIA LTDA/REU : TRANSPORTE COLETIVO GLORIA LTDA/

: VENETIA IMOVEIS LTDA/: VIACAO CIDADE SORRISO LTDA/

ADVOGADO : Jose Machado de Oliveira: Flavio Zanetti de Oliveira

REU : VIACAO DO SUL LTDA/ADVOGADO : Jose Machado de Oliveira e outros

: Flavio Zanetti de Oliveira

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 2 / 670

DECISO

1. Intimem-se as partes para indicarem, justificadamente, as outras provas quepretendem produzir, no prazo comum de 5 dias.

2. No havendo pedido de produo de provas, intimem-se as partes paraapresentarem razes finais, no prazo de 10 dias (art. 493 do CPC).

3. Na sequncia, com ou sem razes finais, d-se vista ao Ministrio PblicoFederal.

4. Aps, retornem conclusos os autos

Porto Alegre, 27 de setembro de 2013.AO RESCISRIA N 0012592-10.2012.404.0000/PRRELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIKAUTOR : HSBC FINANCE (BRASIL) S/A - BANCO MLTIPLO e outros

:HSBC CORRETORA DE TITULOS E VALORES MOBILIARIOSS/A

: HSBC SEGUROS BRASIL S/A: HSBC CAPITALIZACAO (BRASIL) S/A: HSBC EMPRESA DE CAPITALIZACAO BRASIL S/A: HSBC CORRETORA DE SEGUROS (BRASIL) S/A: PARANA CIA/ DE SEGUROS

ADVOGADO : Jose Francisco Machado de Oliveira e outrosREU : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)ADVOGADO : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional

DESPACHO

Intime-se a parte autora para que se manifeste sobre a satisfao de seu crdito.

Porto Alegre, 02 de outubro de 2013.AO RESCISRIA N 0004989-46.2013.404.0000/PRRELATOR : Des. Federal LUS ALBERTO D AZEVEDO AURVALLEAUTOR : JANAILSON SIQUEIRA DE OLIVEIRA

: JACQUELINE SIQUEIRA DE OLIVEIRAADVOGADO : Luiz Roberto RomanoREU : UNIO FEDERALADVOGADO : Procuradoria-Regional da Unio

DESPACHO

Sobre a contestao, diga o autor no prazo legal.

Porto Alegre, 30 de setembro de 2013.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 3 / 670

AO RESCISRIA N 0005489-15.2013.404.0000/RS

RELATOR :Des. Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORESLENZ

AUTOR : ELBIO FONTOURA DE OLIVEIRAADVOGADO : Eduardo Ferreira Bandeira de Mello e outroREU : UNIO FEDERALADVOGADO : Procuradoria-Regional da Unio

DESPACHO

Vistos, etc.

Diga o autor, em 10 dias, da contestao de fls. 48/53.

Intimem-se. Publique-se.

Porto Alegre, 07 de outubro de 2013.AO RESCISRIA N 0006334-47.2013.404.0000/RS

RELATOR :Des. Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORESLENZ

AUTOR : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEFADVOGADO : Renato Moreira Dorneles e outrosREU : CARLOS LUIZ LUNARDI

: MARILEIDE COLOMBO LUNARDI

DESPACHO

Vistos, etc.

Examinarei o pedido de antecipao de tutela aps as contestaes.

Citem-se.

Intime-se a CAIXA para que efetue o depsito previsto no art. 488, II do CPC, noprazo de 10 dias, sob pena de indeferimento da petio inicial (art. 490, II).

Int. Dil. Legais.

Porto Alegre, 08 de outubro de 2013.EXECUO CONTRA A FAZENDA PBLICA N 0015752-14.2010.404.0000/RS

RELATORA :Des. Federal MARIA DE FTIMA FREITASLABARRRE

EXEQUENTE : JURACI VANDERLEI NUNES FLORENCEADVOGADO : Silvia Beatriz Schneider Wolf

: Sabrina Ramos MedeirosEXECUTADO : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)PROCURADOR : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 4 / 670

DESPACHO

Tendo em vista a informao anexada na fl. 644, intime-se o exeqente de queestar disponvel para saque, a partir de 15.10.2013, o valor dos honorrios advocatciosrequisitados atravs da RPV n 130105432.

Aps, nada mais sendo requerido, arquivem-se os autos.

Porto Alegre, 09 de outubro de 2013.

AUTOS COM VISTA

O(s) processo(s) abaixo relacionado(s) encontra(m)-se com VISTA PARTE Rpara RAZES FINAIS, na forma prevista no artigo 493 do C.P.C., c/c o artigo 249 do RITRF/4Regio:AO RESCISRIA N 0003467-81.2013.404.0000/RS

RELATOR :Des. Federal CNDIDO ALFREDO SILVA LEALJUNIOR

AUTOR : LUIZ CARLOS VIEIRA CARDOSO: SALETE LUIZA MORESCO

ADVOGADO : Ademir Jose Frohlich e outroREU : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF

DECISO

LUIZ CARLOS VIEIRA CARDOSO E OUTRA, com base no art. 485, incisos V eIX, do Cdigo de Processo Civil, ajuizaram a presente ao rescisria em face da CEF, buscandoa resciso do acrdo lavrado pela 3 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio na ACn. 2002.71.08.014685-6, cuja ementa tem o seguinte teor:

AO INDENIZATRIA. DANOS MORAIS. DANOS MATERIAIS. RECUSA DEFINANCIAMENTO. Como se depreende dos fatos narrados, o autor no esclareceusuficientemente a controvrsia, porquanto a recusa no se deu pela exigncia do seguro,uma vez que houve o contrato de seguro. De outro lado, tampouco houve recusa dofinanciamento, apenas no concedido no total pretendido. Em conseqncia, como bemapontou a deciso recorrida, no restou demonstrado que houve afronta s normas legais.(TRF4, APELAO CVEL N 2002.71.08.014685-6, 3 Turma, Juza VNIA HACK DEALMEIDA, D.J.U. 26/04/2006)

Explicam os autores que ajuizaram ao de indenizao por danos morais em razode a CEF ter praticado "venda casada" de seguro de vida e financiamento de carta de crdito doFGTS para aquisio de material de construo, alm de ter negado, imotivadamente, ofinanciamento pretendido, ocasionando-lhes prejuzos. Sustentam, em sntese, que a decisorescindenda violou disposio literal de lei, no caso, o art. 39 do Cdigo de Defesa doConsumidor, e foi citra petita, ofendendo tambm ao que dispem os artigos 128 e 460 do CPC.Dizem que houve erro de fato porque foi considerado inexistente um fato relevante ocorrido,

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 5 / 670

qual seja, o de que no houve liberao de emprstimo algum pela CEF, contrariamente aoafirmado no julgado. Informam que no recolheram o depsito prvio do art. 488, inciso II, doCPC, por litigarem ao abrigo da AJG, pedindo seja desconstituda a deciso rescindenda com onovo julgamento da causa em seu favor.

Decido.

1 - Sobre a assistncia judiciria gratuita, mantenho a assistncia judiciriagratuita para a parte autora, com base no que foi alegado e provado nos autos.

2 - Cite-se e intime-se a parte r, para que fique ciente e apresente a resposta quetiver no prazo de 30 dias.

3 - Aps, decorrido o prazo para resposta, intime-se a parte autora para que fiqueciente da resposta e dos documentos, e apresente sua rplica, juntando eventual provadocumental que entender necessria.

4 - A seguir, por ser a questo eminentemente de direito, concedo s partes oprazo sucessivo de 10 dias, a comear pela parte autora, para apresentao de razes finais,nos termos do artigo 493 do CPC.

5 - Decorrido o prazo concedido s partes, com ou sem apresentao de razesfinais, remetam-se ao Ministrio Pblico Federal para parecer.

Porto Alegre, 17 de julho de 2013.(vista parte r para razes finais).

AUTOS COM DESPACHO

CUMPRIMENTO DE SENTENA N 2008.04.00.007137-6/PRRELATOR : Des. Federal LUS ALBERTO D AZEVEDO AURVALLEEXEQUENTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEFADVOGADO : Gilberto Domingos de Brito e outros

EXECUTADO :ECORA S/A EMPRESA DE CONSTRUCAO E RECUPERACAO DEATIVOS

ADVOGADO : Lincoln Taylor Ferreira

DESPACHO

Levantados os valores pelo exequente, arquivem-se os autos, com baixa.

Porto Alegre, 03 de outubro de 2013.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 6 / 670

Secretaria do Plenrio Judicial

Expediente SPLE Nro 142/2013

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

Secretaria do Plenrio Judicial

AUTOS COM DESPACHO

AO RESCISRIA N 1998.04.01.081701-6/RS

RELATOR :Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLEPEREIRA

AUTOR : OSCAR ODILO FRIEDRICHADVOGADO : Vera Lucia de Souza Fontana e outroREU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

DESPACHOIntimem-se as partes, dando-lhes cincia do trnsito em julgado do acrdo das fls.

257/272.

Nada requerido, arquivem-se os autos.

Porto Alegre, 27 de setembro de 2013.IMPUGNAO AO VALOR DA CAUSA EM AR N 0012690-29.2011.404.0000/SCRELATOR : Des. Federal NFI CORDEIROIMPUGNANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSIMPUGNADO : ALCIDES RODRIGUES DOS SANTOSADVOGADO : Maria Salete Honorato e outro

DECISO

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 7 / 670

Trata-se de incidente de impugnao ao valor da causa promovido pelo INSS nosautos da ao rescisria n 0005911-58.2011.404.0000. Alega o INSS que, nas aes rescisrias,o montante no devido em razo do proveito econmico, mas sim em razo do valor dado causa na ao originria. Pede seja fixado o valor em R$ 10.000,00 (tal como a inicial da aoprevidenciria).

Intimado, o autor daquela ao, ora impugnado, restou silente.Manifestou-se o douto rgo ministerial pela procedncia da impugnao (fls.

13/13v). o simples relato. Decido.O valor da causa em ao rescisria deve corresponder ao benefcio patrimonial a

ser auferido pelo autor em caso de procedncia do pedido:PROCESSUAL CIVIL. VALOR DA CAUSA EM AO RESCISRIA. CORRESPONDNCIACOM O CONTEDO ECONMICO PERSEGUIDO POR MEIO DA DEMANDA.PRECEDETNES DESTA CORTE.1. O valor da causa deve manter correlao com o contedo econmico perseguido pelademanda.2. Se a pretenso da parte rescindir deciso judicial que fixou honorrios advocatcios, ovalor da causa deve ser a eles correlatos. Precedentes desta Corte. Agravo RegimentalImprovido.(AgRg no REsp 1210370/AL, Segunda Turma, Rel. Min. Humberto Martins, DJe de 14-10-2011)

PROCESSUAL CIVIL - AO RESCISRIA - VALOR DA CAUSA - VALOR ECONMICO DADEMANDA - PRECEDENTES.1. Na ao rescisria, o valor atribudo causa deve corresponder ao benefcio econmico aser auferido pelo autor em caso de procedncia do pedido.2. Precedentes: REsp 949.804/RS, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, DJe22.10.2008; AgRg no REsp 842.728/MG, Rel. Min. Humberto Martins, Segunda Turma, DJe17.3.2008; AgRg na AR 3.466/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, Primeira Seo, DJe15.6.2009; Resp 992.327/RN, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, Quinta Turma, Dje 3.11.2008;AgRg no REsp 830.668/SP, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, Terceira Turma, DJ26.11.2007, p. 228.Agravo regimental improvido.- AgRg nos EDcl no AgRg no REsp n 1151791/MS, Segunda Turma, Rel. Min. HumbertoMartins, DJE 06-04-2010.

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AORESCISRIA. VALOR DA CAUSA. DISCREPNCIA. CONTEDO ECONMICO. JUIZ.ALTERAO. POSSIBILIDADE.I - A jurisprudncia desta e. Corte est pacificada no sentido de que o valor da causa naao rescisria deve corresponder ao seu efetivo proveito econmico. Precedentes.II - Impugnado o valor da causa pelo ru, caber ao juiz determin-lo, nos termos do art.261, fine, do CPC.Agravo regimental desprovido. (STJ, 5 Turma, AgRg no Ag 1025554 / MS, Rel. Min. FELIXFISCHER, DJe 08/09/2008)

Sendo a pretenso rescisria no mesmo sentido postulado em prvia aoordinria, julgada improcedente, razovel seria a indicao de valor a ela prximo.

A ordinria teve pelo prprio autor indicado valor de R$ 10.000,00 (fl. 08 daquelesautos), e no R$ 7.000,00, como argumenta o INSS nesta impugnao. Assim, considerando tersido este valor estipulado em 03/07/01, hoje corresponderia a R$ 17.515,41 (conforme tabelapadro da Justia Federal - https://www2.jf.jus.br/phpdoc/sicom/tabelaCorMor.php).

Assim, mantido o mesmo interesse patrimonial da ao previdenciria prvia, semacrscimos justificados pelo autor da rescisria, deve ser o valor da causa na rescisria reduzido

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 8 / 670

https://www2.jf.jus.br/phpdoc/sicom/tabelaCorMor.php).

para R$ 17.515,41.Ante o exposto, voto por julgar procedente a exceo para reduzir o valor da causa

da rescisria a R$ 17.515,41, na data do ajuizamento desta rescisria.Traslade-se cpia para os autos principais da rescisria. Preclusa esta deciso,

desapense-se e arquive-se.Intimem-se.

Porto Alegre, 03 de outubro de 2013.AO RESCISRIA N 0003419-25.2013.404.0000/RSRELATOR : Des. Federal ROGERIO FAVRETOAUTOR : SRGIO NUNESADVOGADO : Imilia de Souza e outroREU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

DESPACHO

Defiro o pedido formulado fl. 208 dos autos, para desentranhamento dosdocumentos originais. Aps, arquivem-se.

Porto Alegre, 08 de outubro de 2013.AO RESCISRIA N 0003590-79.2013.404.0000/PRRELATOR : Des. Federal LUIZ CARLOS DE CASTRO LUGONAUTOR : FERNANDO DINIZADVOGADO : Ricardo Ossovski RichterREU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

DESPACHO

Certifique-se o trnsito em julgado, conforme determinado no termo de audinciade fls. 242. Aps, expea-se RPV exclusivamente para pagamento dos honorrios desucumbncia, esclarecendo-se ao R. Juzo a quo o valor executado nesta Corte.

Intimem-se.Porto Alegre, 19 de agosto de 2013.(OBS: fica intimado o procurador da parte favorecida de que a RPV foi expedida e

encaminhada Secretaria de Precatrios desta Corte).EXECUO CONTRA A FAZENDA PBLICA N 2009.04.00.046143-2/RSRELATOR : Des. Federal ROGERIO FAVRETOEXEQUENTE : ELSOM WITT VENTURINIADVOGADO : Marcelo de Avila Ethur e outros

: Lindamar Lemos de GodoyEXECUTADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

DECISO

Cientifique-se o beneficirio da requisio de pagamento (fl. 806) que os valores

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 9 / 670

j se encontram disponveis para saque, a ser implementado na forma do pargrafo nico doartigo 15 da Resoluo n 81, de 19 de outubro de 2010, desta Corte:

"Art. 15 As contas em que no houver necessidade de alvar para levantamento estarodisponveis para saque em 5 (cinco) dias teis aps o envio dos demonstrativos depagamento pelo SISCOM, a contar do primeiro dia til posterior a este envio.

Pargrafo nico. Para efetuar o saque, o beneficirio dever dirigir-se diretamente instituio bancria depositria e apresentar documento de identidade e CPF."

Intimadas ambas as partes desse despacho, cumpridas as providncias e nada maissendo requerido, determino a extino do feito, na forma do artigo 794, I, do CPC, com baixana distribuio e arquivamento.

Publique-se.

Porto Alegre, 08 de outubro de 2013.AO RESCISRIA N 0004054-06.2013.404.0000/SCRELATOR : Des. Federal ROGERIO FAVRETOAUTOR : ROLANDO LARGURAADVOGADO : Albert Alexander Marquardt e outrosREU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

DESPACHO

Intime-se o autor para que junte a memria de clculo de tempo de contribuioem seu nome, mencionada no acrdo rescindendo (fl. 47 destes autos), que faz meno fl. 81dos autos originrios, no prazo de 15 dias.

Porto Alegre, 08 de outubro de 2013.

ATO ORDINATRIO

EMBARGOS INFRINGENTES N 0017373-51.2012.404.9999/RSEMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSEMBARGADO : LEONIDA PEREIRAADVOGADO : Adriano Jose Ost

Nos termos do artigo 285, 3, do RI do TRF - 4 Regio, fica a parte embargadaintimada para apresentar, querendo, contrarrazes aos embargos infringentes, no prazo de 15(quinze) dias (artigo 508 do CPC).

Porto Alegre - RS, 09 de outubro de 2013.Claudia Tonetto Picarelli

Diretora Substituta de SecretariaAO RESCISRIA N 0004216-98.2013.404.0000/PR

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 10 / 670

RELATOR : Des. Federal ROGERIO FAVRETOAUTOR : RAQUEL AMARANTE DA SILVAADVOGADO : Marcelo Martins de SouzaREU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

DESPACHO

As razes que embasam o pedido rescisrio consistem em erro na anlise dasituao ftica por no considerar provas produzidas nos autos (inciso IX do art. 485 do CPC) ena obteno de documento novo (inciso VII do art. 485 do CPC).

Assim, no se faz necessria a produo de novas provas no mbito da presenterescisria, pois, na primeira hiptese, a jurisprudncia entende que tal fundamento impeapenas o confronto da argumentao construda na deciso rescindenda com as provasproduzidas naquela ao. De igual maneira, o fundamento de resciso com base emapresentao de documento novo, exige que tal documento, por si s, ou em conjunto com asprovas produzidas na ao originria, seja suficiente para o reconhecimento do direito.

Desse modo, no havendo provas a serem produzidas, ausente nulidade a sanar,sendo as partes legtimas e estando devidamente representadas, torna-se prescindvel ooferecimento de razes finais. Nesse sentido, alis, a devida interpretao do artigo 493 pelo e.STJ:

"PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAO.1. Na ao rescisria, como na demais demandas, inexistindo produo de prova no cursoda demanda, sendo o processo julgado de forma antecipada, no h necessidade de abrir-seprazo para que as partes apresentem razes finais ou memoriais, conforme decidiu a Seo.2 a 6. omissis " (EDAR 729/PB, 1 Seo, Rel. Ministra Eliana Calmon, DJU 12-11-2001)

D-se vista dos autos ao Ministrio Pblico Federal (art. 249 do RITRF/4).

Intimem-se.

Porto Alegre, 08 de outubro de 2013.EXECUO CONTRA A FAZENDA PBLICA N 2009.04.00.031190-2/SCRELATOR : Des. Federal LUIZ CARLOS DE CASTRO LUGONEXEQUENTE : DORACI SILVEIRAADVOGADO : Ivan BernardiEXECUTADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

DESPACHO

D-se cincia exeqente do depsito de fls. 164.Intime-se.

Porto Alegre, 09 de outubro de 2013.EXECUO CONTRA A FAZENDA PBLICA N 0030939-62.2010.404.0000/SC

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 11 / 670

RELATOR : Des. Federal CELSO KIPPEREXEQUENTE : LIA MAROWSKI BRAATZADVOGADO : Jean Carlo SchmidtEXECUTADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

DESPACHO

Intime-se o credor do pagamento efetuado.Aps, arquivem-se os autos.

Porto Alegre, 09 de outubro de 2013.

Secretaria do Plenrio Judicial

Expediente SPLE Nro 143/2013

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

Secretaria do Plenrio Judicial

AUTOS COM DESPACHO

AO PENAL N 2008.04.00.015786-6/SC

RELATOR :Des. Federal VICTOR LUIZ DOS SANTOSLAUS

AUTOR : MINISTRIO PBLICO FEDERALREU : DECIO GOMES GOESADVOGADO : Mauro Antonio Prezotto e outroREU : ROSANGELA DUARTE RODRIGUESADVOGADO : Defensoria Pblica da UnioREU : ANTONIO MARCOS MARANGONI

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 12 / 670

ADVOGADO : Leandro Guerrero Guimaraes e outros

DECISO

O Ministrio Pblico Federal denunciou os acusados, com fulcro no artigo 1, III,do Decreto-Lei 201/67, pelo suposto desvio, em 06-7-2004 e em 29-12-2004, de verbasrelativas ao salrio-educao, repassadas Prefeitura Municipal de Cricima-SC pelo Fundo deManuteno e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizao do Magistrio -FUNDEF (atualmente denominado, por fora da Lei 11.494/2007, Fundo de Manuteno eDesenvolvimento da Educao Bsica e de Valorizao dos Profissionais da Educao -FUNDEB).

Notificados para apresentar a resposta prevista no artigo 4, caput, da Lei8.038/1990, DCIO, ANTNIO e ROSNGELA juntaram manifestaes, respectivamente, sfls. 136-154, 158-165 e 169-173.

Em julgamento realizado em 18-3-2010, esta Quarta Seo, por maioria, decidiureceber a exordial, em relao a todos os acusados (fls. 183-196).

A seguir, o Parquet apresentou proposta de suspenso condicional do processo,nos termos do artigo 89 da Lei 9.099/95 (fls. 204-206).

Expedidas cartas de ordem para o oferecimento do sursis processual aos acusados(fl. 244), DCIO e ROSNGELA no aceitaram a oferta (fls. 294-295 e 310-311).

Sem que a proposta fosse apresentada a ANTNIO, retornaram os autos com anotcia de que DCIO no havia sido reeleito deputado estadual, o que fez cessar a competnciadesta Corte para o processamento e julgamento do feito, razo pela qual foi determinada suaremessa ao Juzo da Vara Federal Criminal de Cricima-SC, para prosseguimento.

Na primeira instncia, os denunciados foram citados para apresentao de defesapreliminar, nos termos do artigo 396-A do Cdigo Processual Penal (fl. 324), tendo carreado aosautos suas razes defensivas (fls. 382-398, 436-440 e 462-465).

Considerando que DCIO foi eleito Prefeito Municipal de Balnerio Rinco-SC, omagistrado a quo declinou da competncia em favor deste Tribunal (fls. 468-469).

Nesta Corte, o Ministrio Pblico Federal, aps ter vista dos autos, reiterou aproposta de suspenso condicional do processo ao ru ANTNIO (fls. 498-500).

o breve relatrio.

Decido.

Inicialmente, em consulta ao stio oficial da Prefeitura Municipal de BalnerioRinco-SC, verifico que, de fato, DCIO GOMES GOES exerce, atualmente, a chefia daadministrao daquele municpio, razo pela qual cabe a esta Corte o seu julgamento, conformeo artigo 29, X, da Constituio Federal de 1988.

No que tange ao prosseguimento do feito, observo que, na esteira do quantodecidido por esta Quarta Seo na questo de ordem formulada no Inqurito Policial 0013698-

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 13 / 670

41.2011.404.0000, Rel. Juiz Federal Leandro Paulsen, apreciada na sesso de julgamento de 15-8-2013, o rito especial da Lei 8.038/1990 no compatvel com a apresentao de defesapreliminar logo aps o recebimento da denncia, uma vez que esse direito exercido peloacusado anteriormente, nos termos do artigo 4, caput, daquele diploma legislativo.

Assim, recebida a exordial acusatria, passa-se diretamente colheita da provaoral e demais atos do processo, restando o interrogatrio diferido para o final da instruo (STF,AGR na AP 528, Tribunal Pleno, Rel. Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 07-6-2011).

Nesse contexto, considerando que os acusados j exerceram o direito de defesaprevisto no artigo 4, caput, da Lei 8.038/1990, anteriormente ao recebimento da denncia, nosero apreciadas as manifestaes de fls. 382-398, 436-440 e 462-465, excetuadas as alegaesque veiculam questes de ordem pblica.

Com efeito, observo que a defesa de DCIO sustenta a incompetncia da JustiaFederal para processar e julgar a denncia, bem assim a ilegitimidade ativa do MinistrioPblico Federal. Tendo em vista que se trata de matrias que podem e devem ser conhecidas deofcio, em qualquer tempo e grau de jurisdio, passo a examin-las.

O acusado afirma que os recursos financeiros do salrio-educao que, em tese,teriam sido desviados, so compostos por duas quotas distintas: a primeira pertence Unio, seurepasse aos estados e municpios d-se mediante convnio e sua fiscalizao exercida peloTribunal de Contas da Unio; a segunda, por sua vez, creditada diretamente em favor dosestados e municpios, e o controle de sua aplicao feito pelas respectivas cortes de contasestaduais ou municipais.

No exerccio financeiro de 2004 - prossegue o ru -, o Municpio de Cricima noteria recebido transferncia de valores da Unio, conforme informaes prestadas pelo FundoNacional de Desenvolvimento da Educao, mas apenas da quota que pertence administraomunicipal e que fiscalizada pelo Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina.

Assim sendo, considerando que a jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal e doSuperior Tribunal de Justia reconhece a competncia da Justia Federal somente quando afiscalizao da verba desviada atribuda a rgo da Unio, no caso concreto a competnciapara o julgamento do feito caberia Justia do Estado de Santa Catarina. Pelo mesmofundamento, o Ministrio Pblico Federal no teria legitimidade ativa, no caso.

Merece ser rechaada, entretanto, a alegao.

verdade que, conforme informaes prestadas pela Procuradoria do FundoNacional de Desenvolvimento da Educao Procuradoria Regional Federal da 1 Regio, pormeio do ofcio juntado s fls. 401-402, a conta bancria da Prefeitura de Cricima-SC da qualteriam sido desviados os valores do salrio-educao no era utilizada para o depsito deverbas repassadas pela Unio, mas somente de quantias relativas quota pertencente administrao municipal.

No desconheo, outrossim, que a competncia para o julgamento de delitosenvolvendo o desvio das verbas do salrio-educao no complementadas pela Unioconstituiu, por algum tempo, objeto de divergncia no Supremo Tribunal Federal e no SuperiorTribunal de Justia.

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Todavia, a questo est agora pacificada em ambas as Cortes, como demonstram osprecedentes abaixo colacionados:

"CONFLITO NEGATIVO DE ATRIBUIES. CARACTERIZAO. AUSNCIA DE DECISESDO PODER JUDICIRIO. COMPETNCIA DO STF. ART. 102, I, f, CF. FUNDEF.COMPOSIO. ATRIBUIO EM RAZO DA MATRIA. ART. 109, I E IV, CF. 1. Conflitonegativo de atribuies entre rgos de atuao do Ministrio Pblico Federal e doMinistrio Pblico Estadual a respeito dos fatos constantes de procedimento administrativo.2. O art. 102, I, f, da Constituio da Repblica recomenda que o presente conflito deatribuio entre os membros do Ministrio Pblico Federal e do Estado de So Paulosubsuma-se competncia do Supremo Tribunal Federal . 3. A sistemtica de formao doFUNDEF impe, para a definio de atribuies entre o Ministrio Pblico Federal e oMinistrio Pblico Estadual, adequada delimitao da natureza cvel ou criminal da matriaenvolvida 4. A competncia penal, uma vez presente o interesse da Unio, justifica acompetncia da Justia Federal (art. 109, IV, CF/88) no se restringindo ao aspectoeconmico, podendo justific-la questes de ordem moral. In casu, assume peculiarrelevncia o papel da Unio na manuteno e na fiscalizao dos recursos do FUNDEF,por isso o seu interesse moral (poltico-social) em assegurar sua adequada destinao, o queatrai a competncia da Justia Federal, em carter excepcional, para julgar os crimespraticados em detrimento dessas verbas e a atribuio do Ministrio Pblico Federal parainvestigar os fatos e propor eventual ao penal. 5. A competncia da Justia Federal naesfera cvel somente se verifica quando a Unio tiver legtimo interesse para atuar comoautora, r, assistente ou opoente, conforme disposto no art. 109, inciso I, da Constituio. Aprincpio, a Unio no teria legtimo interesse processual, pois, alm de no lhe pertenceremos recursos desviados (diante da ausncia de repasse de recursos federais a ttulo decomplementao), tampouco o ato de improbidade seria imputvel a agente pblico federal.6. Conflito de atribuies conhecido, com declarao de atribuio ao rgo de atuao doMinistrio Pblico Federal para averiguar eventual ocorrncia de ilcito penal e a atribuiodo Ministrio Pblico do Estado de So Paulo para apurar hiptese de improbidadeadministrativa, sem prejuzo de posterior deslocamento de competncia Justia Federal,caso haja interveno da Unio ou diante do reconhecimento ulterior de leso ao patrimnionacional nessa ltima hiptese." (grifei)(STF, ACO 1.109, Tribunal Pleno, Rel. para acrdo Ministro Luiz Fux, DJe 07-3-2012)

"CONFLITO DE COMPETNCIA. PENAL. PREFEITO CONDENADO PELO JUZOESTADUAL, EM FACE DO RECONHECIMENTO DE DESVIO DE VERBAS ORIUNDAS DOFUNDEF. JUZO ESTADUAL INCOMPETENTE (ART. 5, LIII, CF/88). PRESTAO DECONTAS PERANTE O TCU (ART. 71 DA CARTA MAGNA). INDISCUTVEL INTERESSE DAUNIO. INCIDNCIA DOS ARTIGOS 211, 1, PARTE FINAL E 212, CAPUT, DACONSTITUIO. INCIDNCIA DA SMULA 218/STJ. PRECEDENTES DO SUPREMOTRIBUNAL FEDERAL SOBRE O MESMO TEMA. RECONHECIMENTO DA COMPETNCIADA JUSTIA FEDERAL.1. O FUNDEF - Fundo de Manuteno e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e deValorizao do Magistrio, atende a uma poltica nacional de educao (artigo 211, 1,parte final).2. A teor do disposto no artigo 212, caput, da Carta Magna, 'A Unio aplicar, anualmente,nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municpios vinte e cinco porcento, no mnimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente detransferncias, na manuteno e desenvolvimento do ensino.'3. A malversao de verbas decorrentes do FUNDEF, no mbito penal, ainda que no hajacomplementao por parte da Unio, vincula a competncia do Ministrio Pblico Federalpara a propositura de ao penal, atraindo, nessa hiptese, a da Justia Federal, bem comoo controle a ser exercido pelo TCU, conforme dispe o artigo 71 da CR/88.4. Evidenciado o interesse da Unio frente sua misso constitucional na coordenao deaes relativas ao direito fundamental da educao, principalmente por tratar-se de

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fiscalizao concorrente entre entes federativos, a competncia da Justia Federal, sendonula a sentena condenatria proferida por Juzo Estadual, a teor do disposto no artigo 5,III, da Carta Republicana.5. Conflito de competncia conhecido, a fim de determinar o retorno dos autos ao TJSP, paraque anule a sentena estadual, remetendo-os a uma das Sees Judicirias integrantes doTRF 3 Regio, para que o Juzo singular Federal decida como entender de direito, sob penade supresso de instncia." (grifei)(STJ, CC 119.305, 3 Seo, Rel. Ministro Adilson Vieira Macabu [Desembargadorconvocado do TJ/RJ], DJe 23-02-2012)

Como visto, portanto, o desvio de verbas repassadas aos estados ou municpiospelo antigo FUNDEF, atual FUNDEB, ainda que se trate de valores que no correspondam quota de responsabilidade da Unio, enseja a atribuio do Ministrio Pblico Federal para apropositura da ao penal e, consequentemente, a competncia da Justia Federal para o seujulgamento.

No h falar, pois, em ilegitimidade do Ministrio Pblico Federal ouincompetncia da Justia Federal, no caso ora em apreo.

Expea-se carta de ordem ao Juzo Federal de Cricima-SC a fim de que, no prazode 60 (sessenta) dias, seja realizada audincia para oferecimento, ao denunciado ANTNIOMARCOS MARANGONI, da suspenso condicional do processo de que trata o artigo 89 da Lei9.099/95, nos termos da proposta formulada (fls. 204-207) e reiterada (fls. 498-500) peloParquet.

Aps, retornem os autos conclusos.

Intimem-se.

Porto Alegre - RS, 25 de setembro de 2013.TERMO CIRCUNSTANCIADO N 0004052-36.2013.404.0000/SCRELATOR : Juiz Federal LUIZ CARLOS CANALLIAUTORIDADEPOLICIAL

: MINISTRIO PBLICO FEDERAL

AUTOR DO FATO : HARTWIG PERSUHNAUTOR DO FATO : MUNICIPIO DE DOUTOR PEDRINHOADVOGADO : Luiz Claudio Kades

DESPACHO

Sobre a proposta de transao penal formulada pelo Ministrio Pblico Federal, fl. 143 e verso, digam os autores do fato, no prazo legal.

Intimem-se.

Porto Alegre, 03 de outubro de 2013.AO PENAL N 2009.04.00.005380-9/PR

RELATOR :Des. Federal VICTOR LUIZ DOS SANTOSLAUS

AUTOR : MINISTRIO PBLICO FEDERAL

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 16 / 670

REU : WALTER TENANADVOGADO : Jonatas Cesar DiasREU : SOLANGE PORTUGAL TENANADVOGADO : David Rodrigues Alfredo Jnior e outro

DESPACHO

Verifico que os acusados providenciaram a adequao dos respectivos ris detestemunhas aos termos do artigo 401 do Cdigo de Processo Penal, tendo o Ministrio PblicoFederal indicado os depoentes da acusao na denncia.

Expeam-se, pois, cartas de ordem ao Juzo Federal Criminal de (a) Londrina-PR,para a oitiva das testemunhas Cristina Yuka Yano Sonoda (fl. 04), Eugnio Luciano Pravato (fls.04, 51 e 201 do apenso), Sebastiana Pinto Ramos (fl. 51), Arlindo Carminati (fl. 52), MarcosVincius dos Santos Gabardo (fl. 52), Jos Marcos Batista de Azevedo (fl. 167), Rosngela AtiSoares (fl. 167), Maria Zenaide da Silva (fl. 167), Rejane Cristina de Sales Gonalves (fl. 167),Larcio Antnio Mecca (fl. 167), Arnalice Mitsui Santos Mecca (fl. 167), Dener LeandroRigonato (fl. 167) e Vera Lcia Sifolleli da Silva (fl. 167), (b) Maring-PR, para a colheita dodepoimento de Jos Carlos Coli (fl. 51), e (c) Curitiba-PR, para a oitiva de Antnio JosCarneiro (fl. 52), devendo as epistolares ser acompanhadas de cpia da denncia (fls. 02-04), dadeciso que a recebeu (fl. 05), das defesas preliminares (fls. 43-52 e 161-167) e do decisum defls. 294-296.

Expea-se, ainda, quanto s testemunhas Luciana Vit e Andr Luis CipressoBorges (fl. 51), carta precatria ao Egrgio Tribunal Regional Federal da 3 Regio, para amesma finalidade, e tambm acompanhada das peas supramencionadas.

Intimem-se.Porto Alegre - RS, 23 de agosto de 2013.

TERMO CIRCUNSTANCIADO N 0000752-03.2012.404.0000/RSRELATOR : Juiz Federal LEANDRO PAULSENAUTORIDADEPOLICIAL

: MINISTRIO PBLICO FEDERAL

AUTOR DO FATO : EDSON FRANCISCO BALTHAZAR SCHEFFER

DECISO

Trata-se de Termo Circunstanciado instaurado pelo Ministrio Pblico Federal afim de apurar a responsabilidade do Prefeito Municipal de Trs Cachoeiras/RS pela prtica dosdelitos tipificados no artigo 55 da Lei n 9.605/98 e artigo 2 da Lei n 8.176/91, em virtude deextrao de substncia mineral (saibro) em desconformidade com a Licena de Operao n2492/2005, emitida pela Fundao Estadual de Proteo Ambiental - FEPAM.

Realizadas diligncias, sobreveio pedido de arquivamento do TermoCircunstanciado, pela atipicidade, no tocante ao delito do artigo 2 da Lei n 8.176/91, e deextino da punibilidade em relao ao tipo penal do artigo 55 da Lei n 9.605/98, nos termosdos artigos 107, IV e 109, V do Cdigo Penal, pelas razes que seguem:

"(...)

Com efeito, tendo sido constatado na investigao, que a extrao de saibro foi realizadapara posterior utilizao em obras pblicas, tenho que tal circunstncia torna atpica aconduta descrita no artigo 2 da Lei n 8.176/91, pois houve descriminalizao da referidaconduta pela Lei n 9.827/99, que acrescentou um pargrafo nico no artigo 2 do Decreto-

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Lei n 227/67 - Cdigo de Minerao.

( )

Subsiste to somente a possibilidade da prtica do crime do artigo 55 da Lei n 9.605/98,pois com a mxima vnia de entendimento contrrio, no h falar em conflito aparente denormas penais entre os delitos descritos no artigo 55 da Lei n 9.605/98 e no artigo 2 da Lein 8.176/91, tendo em vista que tratam-se de tipos penais que tutelam objetos jurdicosdiversos, respectivamente o meio ambiente e a ordem econmica.

( )

Entretanto, observa-se que, como os fatos foram praticados no mximo at 04/03/2009 (fls.08/10) h de ser reconhecido que os fatos esto prescritos abstratamente, a teor do quedispe o art. 109, V do Cdigo Penal, considerando que o mximo da pena prevista no art.55 da Lei 9.605/98 de 1 (um) ano e que transcorreu prazo superior a 4 (anos) desde acessao dos fatos.

No havendo motivos para dissentir da manifestao ora transcrita, impe-seacolh-la por seus prprios fundamentos.

Isto posto, com base no artigo 37, inciso XVII, do Regimento Interno desta Corte,determino o arquivamento do Termo Circunstanciado no tocante ao delito tipificado no artigo 2da Lei n 8.176/91, e declaro extinta a punibilidade de EDSON FRANCISCO BALTHAZARSCHEFFER, em relao ao tipo penal do artigo 55 da Lei n 9.605/98, nos termos do artigo 107,IV e 109, V do Cdigo Penal.

Intime-se.

Porto Alegre, 24 de setembro de 2013.AO PENAL N 2009.04.00.005380-9/PR

RELATOR :Des. Federal VICTOR LUIZ DOS SANTOSLAUS

AUTOR : MINISTRIO PBLICO FEDERALREU : WALTER TENANADVOGADO : Jonatas Cesar DiasREU : SOLANGE PORTUGAL TENANADVOGADO : David Rodrigues Alfredo Jnior e outro

DESPACHO

Chamo o feito ordem.No despacho de fl. 409, determinei a expedio de cartas de ordem e precatria

para a oitiva das testemunhas de acusao e de defesa.Todavia, no obstante a exceo contida no artigo 400 do Cdigo de Processo

Penal, mas diante da pluralidade de testemunhas arroladas, residentes em cidades distintas, epara evitar eventual constrangimento na inverso da ordem de colheita dos depoimentos, tenhopor bem seja procedida a inquirio, neste primeiro momento, to somente das testemunhas deacusao Cristiana Yuka Yano Sonoda e Eugnio Luciano Pravato.

Em relao a Cristiana, observo que tambm ser expedida carta de ordem para sua

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oitiva na Ao Penal 2009.04.00.005381-0, que tramita conjuntamente com esta demanda, deforma que se recomenda a distribuio de ambas ao mesmo juzo.

Expea-se, pois, carta de ordem ao Juzo Federal de Londrina-PR, para a oitiva dastestemunhas de acusao Cristiana Yuka Yano Sonoda (fl. 04) e Eugnio Luciano Pravato (fls.04 destes autos e 201 do apenso), fixando-se o prazo de 60 (sessenta) dias para o seucumprimento. A epistolar deve ser acompanhada de cpia da denncia (fls. 02-04), da decisoque a recebeu (fl. 05), das defesas preliminares (fls. 43-52 e 161-167) e do decisum de fls. 294-296.

Cumprido o ato ou escoado o referido lapso, retornem os autos conclusos.

Intimem-se.

Porto Alegre - RS, 25 de setembro de 2013.AO PENAL N 2009.04.00.005381-0/PR

RELATOR :Des. Federal VICTOR LUIZ DOS SANTOSLAUS

AUTOR : MINISTRIO PBLICO FEDERALREU : WALTER TENANADVOGADO : Jonatas Cesar DiasREU : SOLANGE PORTUGAL TENANADVOGADO : David Rodrigues Alfredo Jnior e outro

DESPACHO

Chamo o feito ordem.No despacho de fl. 373, determinei a expedio de cartas de ordem e precatria

para a oitiva das testemunhas de acusao e de defesa.Todavia, no obstante a exceo contida no artigo 400 do Cdigo de Processo

Penal, mas diante da pluralidade de testemunhas arroladas, residentes em cidades distintas, epara evitar eventual constrangimento na inverso da ordem de colheita dos depoimentos, tenhopor bem seja procedida a inquirio, neste primeiro momento, to somente da testemunha deacusao Cristiana Yuka Yano Sonoda.

Observo que tambm ser expedida carta de ordem para a oitiva da referidadepoente na Ao Penal 2009.04.00.005380-9, que tramita conjuntamente com esta demanda, deforma que se recomenda a distribuio de ambas ao mesmo juzo.

Expea-se, pois, carta de ordem ao Juzo Federal de Londrina-PR, para a oitiva datestemunha de acusao Cristiana Yuka Yano Sonoda (fl. 05), fixando-se o prazo de 60(sessenta) dias para o seu cumprimento. A epistolar deve ser acompanhada da cpia dadenncia (fls. 02-05), da deciso que a recebeu (fl. 06), das defesas preliminares (fls. 40-49 e128-133) e do decisum de fls. 220-222.

Cumprido o ato ou escoado o referido lapso, retornem os autos conclusos.Intimem-se.Porto Alegre - RS, 25 de setembro de 2013.

AO PENAL N 2009.04.00.005381-0/PR

RELATOR :Des. Federal VICTOR LUIZ DOS SANTOSLAUS

AUTOR : MINISTRIO PBLICO FEDERALREU : WALTER TENAN

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 19 / 670

ADVOGADO : Jonatas Cesar DiasREU : SOLANGE PORTUGAL TENANADVOGADO : David Rodrigues Alfredo Jnior e outro

DESPACHO

A acusao requereu a oitiva de apenas uma testemunha (fl. 05), enquanto asdefesas dos rus indicaram, cada uma, nove depoentes (fls. 48-49 e 134), e por isso foramintimadas, em 19-3-2013, a adequar os respectivos ris, observado o limite estabelecido noartigo 401 do Cdigo Processual Penal (fls. 364-365).

Em vista do silncio dos acusados, a notificao foi renovada, em 03-5-2013 (fls.367-368), com a advertncia de que, permanecendo inertes as defesas, seria excluda a ltimatestemunha indicada em cada um dos ris.

A r Solange apresentou desistncia da oitiva da depoente Maria de FtimaCavalheiro Marcondes (fl. 371).

O acusado Walter, a seu turno, no se manifestou. Nos termos do despachoanteriormente proferido, qualifico o silncio da defesa como desistncia implcita da oitiva daltima testemunha listada fls. 48-49, Antnio Jos Carneiro.

Expeam-se, pois, cartas de ordem ao Juzo Federal Criminal de (a) Londrina-PR,para a oitiva das testemunhas Cristiana Yuka Yano Sonoda (fl. 05); Eugnio Luciano Pravato (fl.48), Sebastiana Pinto Ramos (fl. 48), Arlindo Carminati (fl. 49), Marcos Vincius dos SantosGabardo (fl. 49), Jos Marcos Batista de Azevedo (fl. 134), Rosngela Ati Soares (fl. 134),Maria Zenaide da Silva (fl. 134), Rejane Cristina de Sales Gonalves (fl. 134), Larcio AntnioMecca (fl. 134), Arnalice Mitsui Santos Mecca (fl. 134), Dener Leandro Rigonato (fl. 134) eVera Lcia Sifolleli da Silva (fl. 134), (b) Maring-PR, para a colheita do depoimento de JosCarlos Coli (fl. 48), e (c) Cascavel-PR, para a oitiva de Fabrcio da Rocha Alves Pereira (fl. 48),devendo as epistolares ser acompanhadas de cpia da denncia (fls. 02-05), da deciso que arecebeu (fl. 06), das defesas preliminares (fls. 40-49 e 128-133), bem como do decisum de fls.220-222).

Expea-se, ainda, quanto s testemunhas Luciana Vit e Andr Luis CipressoBorges (fl. 48), carta precatria ao Egrgio Tribunal Regional Federal da 3 Regio, para amesma finalidade, e tambm acompanhada das peas supramencionadas.

Intimem-se.

Porto Alegre - RS, 23 de agosto de 2013.

CORTE ESPECIAL

CORTE ESPECIAL

PAUTA DE JULGAMENTOS - ADITAMENTO

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 20 / 670

Determino a incluso dos processos abaixo relacionados na Pauta de JulgamentosORDINRIA do dia 24 de outubro de 2013, quinta-feira, s 13:30, podendo, entretanto, nessamesma Sesso ou Sesses subseqentes, ser julgados os processos adiados ou constantes dePautas j publicadas.

0000004 ARGUIO DE INCONSTITUCIONALIDADE 5020732-11.2013.404.0000 (ProcessoEletrnico - TRF)RELATOR(A) : Des. Federal LUCIANE AMARAL CORRA MNCHSUSCITANTE : 2a. TURMA DO TRF DA 4 REGIOMPF : MINISTRIO PBLICO FEDERALINTERESSADO : MAGALI AMALIA CARON ALVESADVOGADO : ISADORA COSTA MORAESINTERESSADO : UNIO - FAZENDA NACIONAL

Publique-se e Registre-se.Porto Alegre - RS, 11 de outubro de 2013.

Des. Federal TADAAQUI HIROSEPresidente da CORTE ESPECIAL

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PAUTA DE JULGAMENTOS - TERCEIRO ADITAMENTO

Determino a incluso dos processos abaixo relacionados na Pauta de JulgamentosORDINRIA do dia 17 de outubro de 2013, quinta-feira, s 13:30, podendo, entretanto, nessamesma Sesso ou Sesses subseqentes, ser julgados os processos adiados ou constantes dePautas j publicadas.

0000024 INQURITO POLICIAL 0005914-13.2011.404.0000 - 00000179020114047214/SCRELATOR(A) : Juiz Federal JOO PEDRO GEBRAN NETOAUTOR : MINISTRIO PBLICO FEDERALINDICIADO : ALDOMIR ROSKAMPADVOGADO : Odir Marin FilhoINDICIADO : ADILSON TABORDA SIQUEIRAADVOGADO : Michel GarciaADVOGADO : Orlando Marcelo VieiraINDICIADO : MARI STELA BERTHO DA SILVA INACIOADVOGADO : Mariangela Silveira SennaADVOGADO : Adriana Dornelles Paz KamienINDICIADO : CARLOS ALBERTO MEISTER

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 21 / 670

http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/acompanhamento/resultado_pesquisa.ph p?opcao=1&txtValor=5020732-11.2013.404.0000&selForma=NU&selOrigem=TRF&pg=0&dia=3 0&mes=03&ano=1989http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/acompanhamento/resultado_pesquisa.ph p?opcao=1&txtValor=0005914-13.2011.404.0000&selForma=NU&selOrigem=TRF&pg=0&dia=3 0&mes=03&ano=1989

ADVOGADO : Jean Carlo Medeiros de SouzaINDICIADO : PAULO CESAR DE FRANCISCOADVOGADO : Luiz Pedro SuccoADVOGADO : Rafael Sulczewski

Publique-se e Registre-se.Porto Alegre - RS, 11 de outubro de 2013.

Des. Federal LUIZ FERNANDO WOWK PENTEADOPresidente da 4 SEO

SECRETARIA DA 2 TURMA

Secretaria da Segunda Turma

Expediente Nro 074/2013

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

Secretaria da Segunda Turma

00001 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0002178-16.2013.404.0000/RSRELATOR : Des. Federal RMULO PIZZOLATTIAGRAVANTE : USAFLEX IND/ E COM/ S/AADVOGADO : Gustavo Bolzan e outrosAGRAVADO : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)PROCURADOR : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional

DECISO

Trata-se de embargos de declarao interpostos por Usaflex Indstria e ComrcioS.A. contra deciso que o pedido de efeito suspensivo formulado no seu agravo de instrumento.

Em suas razes, alega a embargante que a deciso foi omissa, pois deixou deanalisar documentos que demonstram a suspenso de todos os crditos exequendos, seja por

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meio de parcelamento, seja por meio da discusso em exceo de pr-executividade.

o relatrio.Tudo bem visto e examinado, passo a decidir.Ao contrrio do que alega o embargante, no h nenhuma omisso na deciso

embargada, a qual concluiu, fundamentadamente, que, em anlise liminar, no ficoudemonstrado que todos os crditos estavam em parcelamento.

Ao invs de demonstrar omisso da deciso na anlise de questes necessrias aojulgamento da causa, o embargante traz informaes novas, com o que pretende o rejulgamentodo pedido de efeito suspensivo. Porm, certo que os embargos de declarao somente socabveis para atacar omisso, contradio ou obscuridade (Cdigo de Processo Civil, art. 535),no sendo o meio prprio para que se obtenha o rejulgamento da causa, se adapte a deciso aoentendimento do embargante, nem para o acolhimento de pretenses que refletem meroinconformismo (STJ, Edcl no AgRg no Resp 1038124/ RJ, 2 Turma, Rel. Ministro MauroCampbell Marques, Dje 02-10-2009).

Considerando, pois, que no houve omisso propriamente dita na decisoembargada e que os embargos de declarao no so o recurso prprio para impugnar o julgado,impe-se julg-los improcedentes, sendo certo que no julgamento pela Turma haver outraocasio para a anlise do material probatrio.

Ante o exposto, nego provimento aos embargos de declarao.

Porto Alegre, 09 de outubro de 2013.00002 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0005058-78.2013.404.0000/RSRELATOR : Des. Federal RMULO PIZZOLATTIAGRAVANTE : POSTES MARIANI IND/ E COM/ LTDA/ADVOGADO : Irapuan Indio da Costa e outrosAGRAVADO : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)PROCURADOR : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interpostopor Postes Mariani Indstria e Comrcio Ltda. contra deciso da MM. Juza de Direito KeilaLisiane Kloeckner Catta-Preta, da 1 Vara Cvel da Comarca de Guaba - RS, que, nos autos daExecuo Fiscal n 052/1.11.0003434-4, deferiu o pedido de penhora de 10% sobre ofaturamento bruto mensal da executada (fls. 103).

Sustenta a parte agravante, em sntese, que conforme o princpio da menoronerosidade prevista no art. 620 do Cdigo de Processo Civil, a penhora um ato executrio depreparao expropriao que deve se dar da forma menos gravosa ao devedor. Alega que apenhora sobre o faturamento da empresa medida aceita pela jurisprudncia, quandocomprovada inexistncia ou cabal insuficincia de bens livres e aptos a assegurar oadimplemento do dbito, ou, ainda, quando existirem apenas bens de difcil alienao. Sustentaque tal medida extrema deve ser a ltima alternativa adotada em um processo de execuo, umavez que obsta a existncia da empresa, entendida como atividade econmica organizadaprofissionalmente para a produo, circulao e distribuio de bens, servios e riquezas.Alega, ainda, que a fixao do percentual correspondente penhora deve balizar-se pela

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razoabilidade, a fim de no inviabilizar a continuidade das atividades da empresa devedora emface do nus que lhe imposto. Sustenta, enfim, que h outra penhora sobre o faturamento jefetiva no percentual de 5% nos autos da execuo fiscal n 052/1.04.0018278-2. Requer areforma da deciso agravada, para que seja reduzido o percentual de penhora sobre ofaturamento.

o relatrio.

Tudo bem visto e examinado, passo a decidir.

A penhora sobre o faturamento da sociedade executada, com previso no art. 655,VII, do CPC, deve atender, cumulativamente, aos seguintes requisitos: a) no localizao debens passveis de penhora e suficientes garantia da execuo ou, se localizados, de difcilalienao; b) nomeao de administrador (art. 677 e seguintes do CPC); e c) nocomprometimento da atividade empresarial (STJ, AgRg no REsp 919833/RJ, Segunda Turma,julgado em 05/04/2011, DJe 15/04/2011; REsp 1137216/SP, Primeira Turma, julgado em13/10/2009, DJe 18/11/2009).

Na esteira da orientao do STJ, este Tribunal tem fixado a penhora em 5% sobre ofaturamento bruto mensal da empresa, entendendo que tal percentual apto a conciliar ointeresse do exequente na satisfao de seu crdito com o interesse social na manuteno daatividade produtiva (v.g. AG 0001733-32.2012.404.0000, Primeira Turma, D.E. 02/05/2012; AG5014202-59.2011.404.0000, Segunda Turma, D.E. 01/03/2012; AG 0015537-04.2011.404.0000,Segunda Turma, D.E. 08/02/2012).

No caso dos autos, considerando a comprovada existncia de outra penhora sobreo faturamento (determinada na Execuo Fiscal n 052/1.05.0000290-5, cf. fls. 70-71), entendoque a reduo do percentual para 2,5% do faturamento mensal razovel, pois resguarda ofuncionamento regular da empresa executada, uma vez que o percentual de penhora jdeterminada compromete 5% do faturamento mensal da sociedade executada. Nesse sentidovem se manifestando a jurisprudncia deste Tribunal, conforme se v dos seguintes arestos:

AGRAVO LEGAL. TRIBUTRIO. EXECUO FISCAL. PENHORA SOBRE OFATURAMENTO. NO LOCALIZAO DE OUTROS BENS. INSUCESSO NA UTILIZAODO BACENJUD. POSSIBILIDADE. EXISTNCIA DE OUTRA PENHORA. REDUO METADE.1 - A penhora sobre o faturamento est prevista no art. 655, VII, do CPC, e tem sidoentendida como medida constritiva excepcional, a depender da inexistncia de bens idneosa garantir a execuo.2 - Comprovada a no localizao de bens penhorveis, alm do insucesso na utilizao doBacenJud, mostra-se possvel a penhora do faturamento.3- Existindo duas penhoras sobre o faturamento, cada uma em 5%, e considerando anecessidade de que ambas as execues possam ser garantidas/satisfeitas, cabvel areduo do percentual da penhora sobre o faturamento determinada na execuo da origempara 2,5%.(TRF4, AGRAVO LEGAL N 0001733-32.2012.404.0000/PR, Primeira Turma, Unanimidade,D.E.03-05-2012)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUO FISCAL. PENHORA SOBRE O FATURAMENTOBRUTO MENSAL DA EXECUTADA. DESNECESSIDADE DE REPASSE MNIMO.A penhora sobre o faturamento da empresa medida aceita quando comprovada inexistnciaou cabal insuficincia de bens livres e desembaraados aptos a assegurar o adimplemento do

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dbito ou quando s existirem bens de difcil alienao. Tem-se entendido que o percentualcorrespondente penhora deve limitar-se a 5% sobre o faturamento bruto mensal. In casu,no entanto, como j existe penhora de 2,5% sobre o faturamento mensal da executada emoutro processo, deve a presente penhora se limitar a 2,5% sobre o mencionado faturamentobruto. Ainda, inexistindo manifestao expressa do juiz a quo acerca da fixao depercentual correspondente penhora sobre o faturamento lquido, incabvel analisar aquesto nesta seara sob pena de supresso de instncia. Por fim, quanto fixao de valormnimo de repasse, assiste razo ao recorrente, devendo ser mantida a penhora sobre opercentual do faturamento e afastada a necessidade de repasse mnimo.(TRF4, AGRAVO DE INSTRUMENTO N 5019257-54.2012.404.0000/SC, Segunda Turma,Unanimidade, Julgado em 15-01-2013)

Presente, portanto, a relevncia da fundamentao do recurso, alm de haver riscode leso grave e de difcil reparao recorrente, no caso de penhora de seu faturamento empercentual muito elevado, cabendo, assim, o efeito suspensivo, para que a penhora seja fixadaem 2,5% do faturamento bruto mensal da sociedade executada.

Ante o exposto, defiro o pedido de efeito suspensivo, o que fao com base no art.527, III, do Cdigo de Processo Civil.

Comunique-se ao juiz da execuo.

Intime-se a parte agravada para responder.

Porto Alegre, 08 de outubro de 2013.00003 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0006301-57.2013.404.0000/RSRELATOR : Des. Federal RMULO PIZZOLATTIAGRAVANTE : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)PROCURADOR : Procuradoria-Regional da Fazenda NacionalAGRAVADO : DREAM IND/ E COM/ LTDA/ADVOGADO : Andressa Ferrari

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interpostopela Unio (Fazenda Nacional) contra deciso da MM. Juza de Direito Geovanna Rosa, da 2Vara Cvel da Comarca de Esteio-RS, que, nos autos da Execuo Fiscal n 014/1.06.0003254-8,deferiu a liberao dos valores bloqueados via sistema Bacenjud, a pretexto de que a parteexecutada est cumprindo o parcelamento do dbito, alm de ter sido extinto o processo deexecuo (fls. 181).

Sustenta a parte agravante, em sntese, que foi bloqueado via sistema Bacenjud ototal de R$ 209.500,00 em 2008, e que embora o processo de execuo no qual foi ordenada apenhora tenha sido extinto, ainda esto ativos outros processos que tramitavam em apenso,sendo que as medidas executivas tomadas em um aproveitam a todos. Alega que a adeso aparcelamento no implica ao levantamento das garantias, de modo no cabe simplesmenteliberar os valores, at porque a executada devedora de mais de R$ 22 milhes.

o relatrio. Tudo bem visto e examinado, passo a decidir.

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Com a adeso da executada a programa de parcelamento em 2009, suspendeu-se aexigibilidade do crdito tributrio, nos termos do inciso VI do art. 151 do Cdigo TributrioNacional, com a consequente suspenso dos atos expropriatrios. Isso no acarreta, contudo, adesconstituio de penhora realizada antes do parcelamento (Bacenjud em 2008 - fls. 85), a qualdeve ser mantida como garantia da execuo at o cumprimento total da obrigao, mesmo quese trate penhora de ativos financeiros. Essa a jurisprudncia dominante do Superior Tribunalde Justia (STJ), do que so exemplos os seguintes julgados:

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTRIO. INEXISTNCIA DE VIOLAO AO ART. 535 DO CPC.EXECUO FISCAL. MANUTENO DA INDISPONIBILIDADE DE VALORES VIABACENJUD EFETIVADA ANTES DA ADESO DO CONTRIBUINTE A PARCELAMENTOTRIBUTRIO. POSSIBILIDADE. INTERPRETAO DO ART. 11, I, DA LEI 11.941/2009. (...)3 . Na espcie, o Tribunal de origem, apesar de reconhecer que o parcelamento tributriopossui o condo de suspender o curso da execuo, com a respectiva manuteno dasgarantias do crdito fiscal, concluiu pela impossibilidade da manuteno do bloqueio devalores do devedor por meio do Bacenjud, sob o fundamento de que "a onerosidade impostaao executado revela-se intensa, pois, de modo diverso da penhora sobre bens corpreos taiscomo imveis e veculos, em que o devedor fica como depositrio e continua com a posse doobjeto corpreo, os valores bloqueados tornam-se de imediato indisponveis, privando-se otitular, na prtica, de todos os direitos atinentes ao domnio" (e-STJ fl.. 177). 4. Ocorre que"o art. 11, I, da Lei 11.941/2009 no prev que a manuteno da garantia encontra-sevinculada a espcie de bem que representa a garantia prestada em Execuo Fiscal. Dito deoutro modo, seja qual for a modalidade de garantia, ela dever ficar atrelada ExecuoFiscal, dependendo do resultado a ser obtido no parcelamento: em caso de quitao integral,haver a posterior liberao; na hiptese de resciso por inadimplncia, a demanda retomao seu curso, aproveitando-se a garantia prestada para fins de satisfao da pretenso daparte credora" (REsp 1229028/PR, Segunda Turma, julgado em 11/10/2011, DJe18/10/2011, sublinhou-se)

AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. EXECUO FISCAL. ARTIGO 462 DOCDIGO DE PROCESSO CIVIL. ALEGAO DE FATO NOVO. ADESO A REGIME DEPARCELAMENTO. MANUTENO DA PENHORA J REALIZADA NOS AUTOS.JURISPRUDNCIA PACFICA DESTA CORTE. AGRAVO IMPROVIDO. 1. "Esta Corte tementendimento pacificado de que o parcelamento de crditos suspende a execuo, mas notem o condo de desconstituir a garantia dada em juzo. (...) 2. Agravo regimental improvido.(AgRg no REsp 1208264/MG, Primeira Turma, julgado em 21/10/2010, DJe 10/12/2010)

De resto, nada impede que, diante de eventual onerosidade excessiva, pleiteie aexecutada a substituio da penhora de dinheiro por outro bem suficiente. certo, porm, queno cabe a pura e simples liberao das garantias existentes.

Acresce que a extino do processo de execuo em que efetivada a penhora no suficiente para desconstitu-la porque o processo de execuo extinto pelo pagamento (n014/1.06.0003254-8) estava apensado a outras execues fiscais cujos crditos ainda estopendentes de pagamento (processos ns 014/1.07.0001622-6, cf. deciso de fls. 109, e processosns 10500039184, 10800056319, 10300011235, 11200023744, 10600000301, cf. consulta aostio eletrnico do Tribunal de Justia do Estado do Rio Grande do Sul). Ora, uma vezdeterminado o apensamento das execues, durante o perodo em que os feitos estiveramreunidos os atos praticados so vlidos e eficazes em relao a todos os feitos. A formalizaode tais atos em um nico processo, dito principal, atende especialmente ao princpio daeconomia processual, conforme jurisprudncia dominante deste Tribunal, confira-se:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUES FISCAIS. REUNIO DOS PROCESSOS. ATOSPROCESSUAIS PRATICADOS. DIREITO CERTIFICAO. IRRADIAO DOS EFEITOS.

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(...) 2. Se foi determinado o apensamento (reunio) das execues fiscais para prosseguiremconjuntamente, h a irradiao dos efeitos dos atos praticados na execuo principal nosprocessos em apenso, tendo em vista o princpio da economia processual. De conseguinte, luz do disposto no art. 5, XXXIII e XXXIV, "b", da Lei Maior, combinadamente com a regrainscrita no art. 141, V, do CPC, a exequente tem direito certificao dos atos processuaispraticados na execuo principal durante o apensamento, para fins de aproveitamento emrelao s demais. (TRF4, AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0011387-43.2012.404.0000, 2Turma, D.E. 05-12-2012).

AGRAVO LEGAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO A QUE SE NEGOU SEGUIMENTO.MANUTENO. REUNIO DE PROCESSOS. ARTIGO 28 DA LEF. PRINCPIO DAECONOMIA PROCESSUAL. 1. Diz o artigo 28 da LEF que "O juiz, a requerimento daspartes, poder, por convenincia da unidade da garantia da execuo, ordenar a reunio deprocessos contra o mesmo devedor" 2. Ao determinar o prosseguimento das execuesapensadas no feito executivo principal, todos os atos praticados nesta ao, irradiam-se nosprocessos em apenso. (TRF4, AG 0003269-78.2012.404.0000, Primeira Turma, D.E.06/06/2012)

Assim, a penhora efetivada nos autos da Execuo Fiscal n 014/1.06.0003254-8serve para a garantia da dvida exigida nas execues fiscais em apenso, de modo que aextino da primeira no implica ao desfazimento da penhora.

Devem permanecer, portanto, bloqueados os valores penhorados via sistemaBacenjud. Porm, o bloqueio deve limitar-se ao valor total da execuo (compreendidos todosos crditos das execues em apenso). Isso quer dizer que o que ultrapassar esse valor deve serliberado executada, sob pena de deferir-se arresto sem a observncia dos requisitos legais.

Presente a relevncia da fundamentao do recurso, impe-se deferir parcialmenteo pedido de efeito suspensivo, para que permaneam bloqueados os valores penhorados viasistema Bacenjud, no valor do crdito objeto das execues fiscais em apenso.

Ante o exposto, defiro em parte o pedido de efeito suspensivo, o que fao combase no inciso III do art. 527 do Cdigo de Processo Civil.

Comunique-se juza da causa.

Intime-se a parte agravada para responder.

Porto Alegre, 07 de outubro de 2013.00004 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0006177-74.2013.404.0000/PRRELATORA : Des. Federal LUCIANE AMARAL CORRA MNCHAGRAVANTE : SELVINO LAZARON e outro

: JOO CARLOS LAZARONADVOGADO : Pericles Landgraf Araujo de OliveiraAGRAVADO : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)PROCURADOR : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional

DECISO

Cuida-se de agravo de instrumento interposto da seguinte deciso:

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O executado foi citado em 14.05.2013 (mov.15.1).Nota-se que a petio de mov.14.1 no est acompanhada de procurao.Vez que conforme mov.27.1, no houve aceitao, por parte da Fazenda Pblica, quanto aobem nomeado penhora - e notando, ainda, que no foi juntado instrumento de mandatoconferido pelo executado ao subscritor da petio de mov.14.1 -, defiro o pedido demov.27.1.Inclua-se minuta de bloqueio de ativos financeiros junto ao BACENJUD, voltando para aprotocolizao.Intime-se o advogado do executado a juntar procurao no prazo de 10 (dez) dias.Intimem-se.

Alega a parte agravante, em suma, que o bem nomeado penhora trata-se deimvel rural ofertado em hipoteca no contrato originrio da CDA, razo pela qual este deveprevalecer, no havendo justificativa para a realizao da penhora "on line", uma vez que osrecursos a serem bloqueados so de carter alimentar, bem como que o bem nomeado penhorapossui valor superior ao dbito. Refere que a deciso combatida no observou o disposto no art.620, do CPC, bem como a LEF (art. 9), que prevem, expressamente, que a execuo processar-se- de modo menos gravoso para o devedor.

o relatrio. Decido.

O BACENJUD constitui modalidade de constrio de dinheiro em depsito eminstituio financeira e tem por fundamento genrico o disposto nos artigos 655, I, e 655-A doCdigo de Processo Civil, sendo sabido que sua utilizao no pressupe a realizao dequaisquer diligncias prvias, uma vez que tem direito o credor de que a penhora se dprioritariamente em dinheiro ou em depsito em instituio financeira, em detrimento de bem deoutra espcie.

Nesse sentido, alis, a jurisprudncia dominante do Superior Tribunal de Justia(STJ), do que so exemplo os seguintes julgados:

TRIBUTRIO. EXECUO FISCAL. NOMEAO. PENHORA. SUBSTITUIO.POSSIBILIDADE. PRERROGATIVA. RECUSA. FAZENDA PBLICA. PENHORA ON LINE.bacenjud. DEPSITOS BANCRIOS. PEDIDO DE CONSTRIO EFETIVADO APS A LEIN 11.382/06. ESGOTAMENTO. DILIGNCIAS PRVIAS. DESNECESSIDADE.1. (...)2. Aps o advento da Lei n 11.382/06, o juiz no pode exigir do credor o exaurimento dasdiligncias, na busca de outros bens, para a decretao da penhora on line (REsp1.112.943-MA, Corte Especial, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado sob a sistemtica do artigo543-C do CPC).3. Da mesma forma, a Primeira Seo deste Tribunal ratificou a necessidade deinterpretao sistemtica dos artigos 655-A do CPC e 185-A do CTN, de modo a autorizar apenhora eletrnica de depsitos e aplicaes financeiras, independentemente do exaurimentode diligncias extrajudiciais, por parte do exequente, aps o advento da Lei n 11.382/06.4. O indeferimento da penhora ocorreu aps o advento da Lei n 11.382/06, razo pela qualdeve incidir o novo regime normativo.5. Agravo regimental no provido.(STJ, AgRg nos EDcl no REsp 1242491/PR, SEGUNDA TURMA, julgado em 24/05/2011, DJe13/06/2011)

PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EXECUO. PENHORA DE ATIVOSFINANCEIROS. bacenjud. POSSIBILIDADE.1. Em se tratando da penhora prevista no art. 655-A do CPC, como bem decidiu esta Turma,ao julgar o AgRg no REsp 1.103.760/CE (Rel. Min. Herman Benjamin, DJe 19.5.2009), "a

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tese de violao do princpio da menor onerosidade no pode ser defendida de modogenrico ou simplesmente retrico, cabendo parte executada a comprovao, inequvoca,dos prejuzos a serem efetivamente suportados, bem como da possibilidade, semcomprometimento dos objetivos do processo de execuo, de satisfao da pretensocreditria por outros meios".2. O tema foi submetido a julgamento pelo rito no art. 543-C, do CPC, tanto pela CorteEspecial (REsp 1.112.943-MA, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJE 23.11.2010), quanto pelaPrimeira Seo desta Corte (REsp 1.184.765-PA, Rel. Min. Luiz Fux, julgado no dia24.11.2010), ocasies em que restou assentado entendimento no sentido de que a penhoraonline, antes da entrada em vigor da Lei n. 11.382/2006, configura medida excepcional cujaefetivao est condicionada comprovao de que o credor tenha realizado todas asdiligncias no sentido de localizar bens livres e desembaraados de titularidade do devedor.Contudo, aps o advento da referida lei, o juiz, ao decidir sobre a realizao da penhoraonline, no pode mais exigir do credor prova de exaurimento das vias extrajudiciais nabusca de bens a serem penhorados.3. Compulsando os autos, verifica-se que a deciso que apreciou o bloqueio de ativosfinanceiros foi lavrada quando j vigorava o art. 655-A do CPC, introduzido pela Lei n.11.382/006.4. Recurso especial conhecido e no provido.(STJ, REsp 1194000/SP, SEGUNDA TURMA, julgado em 15/03/2011, DJe 22/03/2011)

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PENHORA ON LINE. ARTS. 655 E655-A DO CPC. SISTEMA BACEN-JUD. VIGNCIA DA LEI N. 11.382, DE 6 DE DEZEMBRODE 2006. NOVA ORIENTAO JURISPRUDENCIAL. EFETIVIDADE DA EXECUO. 1.Aps a entrada em vigor da Lei n 11.382/2006, no mais se exige do credor a comprovaode esgotamento das vias extrajudiciais na busca de bens a serem penhorados. 2. Segundonova orientao jurisprudencial firmada no mbito desta Corte, a penhora "on line" deve sermantida sempre que necessria efetividade da execuo. 2. Agravo interno improvido.(STJ - AGA 1050772/RJ, 3 Turma, DJE 05/06/2009).

Por outro lado, certo que o devedor tem direito nomeao de bens em garantiada execuo, porm no est ele isento da observncia da ordem legal de preferncia (Lei n6.830, de 1980, art. 9, III), o que justifica o pedido de utilizao do Sistema Bacenjud antes demanifestao acerca de qualquer outro bem oferecido penhora que no seja dinheiro.

Cabe referir que a imediata liquidez do dinheiro decorre do fato de que bastasimples converso em renda para o adimplemento da dvida fiscal, ao passo que a arremataode bens mveis ou imveis depende de custoso e incerto procedimento de alienao judicial,capaz, inclusive, de resultar prejuzo prpria parte executada, caso sejam arrematados porvalor inferior ao de mercado.

Ainda, a diretriz de que a execuo deve ser feita pelo modo menos gravoso aoexecutado (CPC, art. 620) no justifica a aceitao em garantia do juzo de bem com menorliquidez, j que o processo executivo direciona-se, antes, satisfao plena do crdito doexeqente (art. 612 do CPC), de forma gil e rpida, prestigiando os princpios processuais daceleridade e da economia, conforme as inovaes trazidas pela Lei n 11.382/06.

No caso, a Fazenda recusou o bem ofertado (imvel rural com rea total deaproximadamente 23,14ha, situado no municpio de So Miguel do Iguau- PR, conformematrcula n. 9741, do CRI de So Miguel do Iguau-PR, avaliado pela parte executada em R$800.000,00, a pretexto de que no foi apresentada matrcula atualizada do imvel pelosexecutados. Assim, requereu fosse observada a ordem prevista pelo artigo 11 da Lei deExecues Fiscais (fls.57/61, 62/67 e 76 ).

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Logo, autorizada est a manuteno da penhora dos ativos financeiros em nome daparte executada, no obstante o oferecimento do bem imvel constrio.

Sem reparos a deciso agravada.

Ante o exposto, por manifesta improcedncia, nego seguimento ao agravo deinstrumento, nos termos do art. 557, caput, do CPC.

Intimem-se. Oportunamente, d-se baixa.

Porto Alegre, 07 de outubro de 2013.00005 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0006219-26.2013.404.0000/PRRELATORA : Des. Federal LUCIANE AMARAL CORRA MNCHAGRAVANTE : F E GORLA MAQUINAS AGRICOLAS MEADVOGADO : Antonio Pereira do Lago e outrosAGRAVADO : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)PROCURADOR : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional

DECISO

Inicialmente, saliento que o agravante dever efetuar o recolhimento do porte deretorno em at 3 (trs) dias aps o fim da greve dos bancrios, conforme Portaria n 1083/2013,sob pena de negativa de seguimento ao agravo de instrumento.

Trata-se de agravo de instrumento interposto em face de deciso que indeferiu aatribuio de efeito suspensivo aos embargos execuo, nos seguintes termos:

I - Coaduno da posio que reputa necessariamente aferveis os requisitos do artigo 739-A,do CPC, mesmo em execues fiscais.Veja-se:"TRIBUTRIO - EMBARGOS EXECUO FISCAL -CONCESSO DE EFEITOSUSPENSIVO DE OFCIO - IMPOSSIBILIDADE - VIOLAO DO ART. 739-A, 1, DOCDIGO DE PROCESSO CIVIL ACRESCIDO PELA LEI 11.382/06 - AGRAVO DEINSTRUMENTO - RECURSO PROVIDO. (a) Pela nova sistemtica de regra geral osembargos execuo no tem efeito suspensivo e o juiz no pode de ofcio atribu-lo, o quedepende de pedido expresso do embargante, somado ao risco de leso e garantia do juzo.(b) A Lei de Execues Fiscais no regulamenta a atribuio ou no do efeito suspensivo aosembargos execuo, desta forma, as regras do Cdigo de Processo Civil se aplicam deforma subsidiria Lei de Execuo Fiscal, conforme art. 1 da Lei 6.830/80." (TJPR - AI439.604-1 - Rel. Des. Lauro Laertes de Oliveira - Segunda Cmara - DJ 16.11.2007) (grifou-se)II - Nesse mesmo sentido o entendimento do Superior Tribunal de Justia:"PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS EXECUO FISCAL. EFEITO SUSPENSIVO. LEI11.382/2006. REFORMAS PROCESSUAIS. INCLUSO DO ART. 739-A NO CPC. REFLEXOSNA LEI 6.830/1980. "DILOGO DAS FONTES". 1. Aps a entrada em vigor da Lei11.382/2006, que incluiu no CPC o art. 739-A, os embargos do devedor podero serrecebidos com efeito suspensivo somente se houver requerimento do embargante e,cumulativamente, estiverem preenchidos os seguintes requisitos: a) relevncia daargumentao; b) grave dano de difcil ou incerta reparao; e c) garantia integral do juzo.2. A novel legislao mais uma etapa da denominada "reforma do CPC", conjunto demedidas que vm modernizando o ordenamento jurdico para tornar mais clere e eficaz oprocesso como tcnica de composio de lides. 3. Sob esse enfoque, a atribuio de efeitosuspensivo aos embargos do devedor deixou de ser decorrncia automtica de seu simples

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ajuizamento. Em homenagem aos princpios da boa-f e da lealdade processual, exige-se queo executado demonstre efetiva vontade de colaborar para a rpida e justa soluo do litgioe comprove que o seu direito bom. 4. Trata-se de nova concepo aplicada teoria geraldo processo de execuo, que, por essa ratio, reflete-se na legislao processual esparsa quedisciplina microssistemas de execuo, desde que as normas do CPC possam sersubsidiariamente utilizadas para o preenchimento de lacunas. Aplicao, no mbitoprocessual, da teoria do "dilogo das fontes". 5. A Lei de Execues Fiscais (Lei 6.830/1980)determina, em seu art. 1, a aplicao subsidiria das normas do CPC. No havendodisciplina especfica a respeito do efeito suspensivo nos embargos execuo fiscal, adoutrina e a jurisprudncia sempre aplicaram as regras do Cdigo de Processo Civil. 6. Ainterpretao sistemtica pressupe, alm da anlise da relao que os dispositivos da Lei6.830/1980 guardam entre si, a respectiva interao com os princpios e regras da teoriageral do processo de execuo. Nessas condies, as alteraes promovidas pela Lei11.382/2006, notadamente o art. 739-A, 1, do CPC, so plenamente aplicveis aosprocessos regidos pela Lei 6.830/1980. 7. No se trata de privilgio odioso a ser concedido Fazenda Pblica, mas sim de justificvel prerrogativa alicerada nos princpios que norteiamo Estado Social, dotando a Administrao de meios eficazes para a clere recuperao doscrditos pblicos. 8. Recurso Especial no provido." (REsp 1024128/PR, Rel. Min. HERMANBENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/05/2008, DJe 19/12/2008)III - Passo ento ao cotejo dos requisitos cumulativos exigveis: a) requerimento doEmbargante; b) garantia integral do dbito; c) relevncia da argumentao; d) grave danode difcil ou incerta reparao.IV - No caso, o(a) Embargante no deduziu nenhum fundamento que permitisse afeririminncia de dano grave de difcil ou incertareparao. Com efeito, para o cumprimento deste requisito no bastam meras assertivas arespeito da possibilidade deexpropriao de bens e prejuzo ao executado, - j que isso consequncia natural dequalquer processo de execuo - devendotais argumentos virem ampla e concretamente demonstrados.V - Dessa forma, ante a ausncia dos requisitos legais, recebo os Embargos sem suspensoda execuo.VI - Intime-se o credor, ora embargado, para que, querendo, oferea impugnao aospresentes embargos, no prazo de 30 (trinta) dias.VII - Aps, especifiquem as partes as provas que pretendem produzir, justificando-as, sobpena de indeferimento.VIII - Diligncias necessrias.Cianorte, 7 de Agosto de 2013.

Requer a agravante, em sntese, a atribuio de efeito suspensivo. Afirma que agarantia integral da execuo suficiente para a concesso do efeito requerido, forte na leiturada Lei 6.830/80. Subsidiariamente, assevera que demonstrada a verossimilhana das alegaes,pela inexigibilidade do dbito, tendo em vista a ocorrncia da prescrio, e o perigo na demora,diante da possibilidade de alienao do bem penhorado.

o relatrio. Decido.

Para a atribuio de efeito suspensivo aos embargos execuo, vinha entendendoser inaplicvel s execues fiscais o artigo 739-A, do CPC, na linha da deciso da 1 Seodesta Corte (AI n 5001964-71.2012.404.0000).

No entanto, tal deciso baseava-se no entendimento da 1 Turma do STJ, e,enquanto no uniformizada a jurisprudncia no mbito do Superior Tribunal de Justia (STJ),deixava-se de aplicar o art. 739-A do Cdigo de Processo Civil s execues fiscais e, emconsequncia, atribua-se o efeito suspensivo a todos os embargos, desde que integralmentegarantido o juzo.

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Ocorre que, em julgamento proferido em 22/05/2013, a 1 Seo do STJ, emjulgamento proferido sob o rito do art. 543-C do CPC, uniformizou o entendimento de que o art.739-A do CPC aplica-se s execues fiscais, devendo o efeito suspensivo aos embargos execuo ser concedido apenas quando preenchidos os requisitos dispostos no referidodispositivo:

PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTRIO. RECURSO REPRESENTATIVO DA CONTROVRSIA.ART. 543-C, DO CPC. APLICABILIDADE DO ART. 739-A, 1, DO CPC S EXECUESFISCAIS. NECESSIDADE DE GARANTIA DA EXECUO E ANLISE DO JUIZ A RESPEITODA RELEVNCIA DA ARGUMENTAO (FUMUS BONI JURIS) E DA OCORRNCIA DEGRAVE DANO DE DIFCIL OU INCERTA REPARAO (PERICULUM IN MORA) PARA ACONCESSO DE EFEITO SUSPENSIVO AOS EMBARGOS DO DEVEDOR OPOSTOS EMEXECUO FISCAL.1. A previso no ordenamento jurdico ptrio da regra geral de atribuio de efeitosuspensivo aos embargos do devedor somente ocorreu com o advento da Lei n. 8.953, de 13,de dezembro de 1994, que promoveu a reforma do Processo de Execuo do Cdigo deProcesso Civil de 1973 (Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - CPC/73), nele incluindo o1 do art. 739, e o inciso I do art. 791.2. Antes dessa reforma, e inclusive na vigncia do Decreto-lei n. 960, de 17 de dezembro de1938, que disciplinava a cobrana judicial da dvida ativa da Fazenda Pblica em todo oterritrio nacional, e do Cdigo de Processo Civil de 1939 (Decreto-lei n. 1.608/39),nenhuma lei previa expressamente a atribuio, em regra, de efeitos suspensivos aosembargos do devedor, somente admitindo-os excepcionalmente. Em razo disso, o efeitosuspensivo derivava de construo doutrinria que, posteriormente, quando suficientementeamadurecida, culminou no projeto que foi convertido na citada Lei n. 8.953/94, conforme oevidencia sua Exposio de Motivos - Mensagem n. 237, de 7 de maio de 1993, DOU de12.04.1994, Seo II, p. 1696.3. Sendo assim, resta evidente o equvoco da premissa de que a LEF e a Lei n. 8.212/91adotaram a postura suspensiva dos embargos do devedor antes mesmo de essa postura tersido adotada expressamente pelo prprio CPC/73, com o advento da Lei n. 8.953/94, fazendotbula rasa da histria legislativa.4. Desta feita, luz de uma interpretao histrica e dos princpios que nortearam as vriasreformas nos feitos executivos da Fazenda Pblica e no prprio Cdigo de Processo Civil de1973, mormente a eficcia material do feito executivo a primazia do crdito pblico sobre oprivado e a especialidade das execues fiscais, ilgico concluir que a Lei n. 6.830 de 22de setembro de 1980 - Lei de Execues Fiscais - LEF e o art. 53, 4 da Lei n. 8.212, de 24de julho de 1991, foram em algum momento ou so incompatveis com a ausncia de efeitosuspensivo aos embargos do devedor. Isto porque quanto ao regime dos embargos dodevedor invocavam - com derrogaes especficas sempre no sentido de dar maioresgarantias ao crdito pblico - a aplicao subsidiria do disposto no CPC/73 que tinharedao dbia a respeito, admitindo diversas interpretaes doutrinrias.(REsp 1272827/PE, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seo, julgado em22/05/2013, DJe 31/05/2013).Adotando o entendimento uniformizado do Superior Tribunal de Justia, essa 2

Turma entendeu, em julgamento recente, pela aplicao do artigo 739-A, do CPC s execuesfiscais:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS EXECUO FISCAL. EFEITO SUSPENSIVO.ART. 739-A DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. Preenchidos todos os requisitos do art.739-A do Cdigo de Processo Civil, impe-se atribuir efeito suspensivo aos embargos execuo fiscal. (TRF4, AGRAVO LEGAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO N 5010106-30.2013.404.0000, 2a. Turma, Des. Federal RMULO PIZZOLATTI, POR UNANIMIDADE,JUNTADO AOS AUTOS EM 25/06/2013)Assim, para a atribuio de efeito suspensivo aos embargos execuo

necessrios i) o requerimento do embargante; ii) a relevncia dos fundamentos; iii) acomprovao do perigo na demora e iv) a garantia integral da execuo.

Portanto, considerando que invivel, na atual sistemtica, a atribuio automtica

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e/ou ex officio do efeito suspensivo aos embargos execuo, no basta a garantia integral dadvida, sendo dever da embargante demonstrar a possibilidade de grave dano ou de difcil ouincerta reparao, o que no ocorreu no caso.

Imperioso ressaltar que a simples prossecuo da execuo no preenche o suporteftico atinente ao dano contido no art. 739-A do CPC, sendo necessria, para tanto, ademonstrao de risco concreto, ausente na hiptese em questo. Finalmente, cabe sinalar que olegislador, ao reformar o Cdigo de Processo Civil, buscou dar maior efetividade execuo,priorizando, neste caso, o interesse do credor e afastando a possibilidade de prosseguimentoapenas na hiptese de existir grave risco de dano irreparvel, de carter especfico. Dano queno se confunde com aquele inerente a toda execuo: a onerao do patrimnio do devedor etodos os seus reflexos.

Assim, descabida a concesso de efeito suspensivo aos embargos execuo, vistoque no preenchido um dos requisitos do artigo 739-A, do CPC.

Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento, nos termos do artigo557, caput, do CPC.

Intimem-se. Oportunamente, origem.

Porto Alegre, 07 de outubro de 2013.00006 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0005084-76.2013.404.0000/RSRELATORA : Des. Federal LUCIANE AMARAL CORRA MNCHAGRAVANTE : LINO DALMOLINADVOGADO : Otvio Augusto Dal Molin DomitAGRAVADO : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)PROCURADOR : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional

DECISO

Inicialmente, saliento que o agravante dever efetuar o recolhimento do porte deretorno em at 3 (trs) dias aps o fim da greve dos bancrios, conforme Portaria n 1083/2013,sob pena de negativa de seguimento ao agravo de instrumento.

Trata-se de agravo de instrumento de deciso proferida nos seguintes termos (fl.70):

Vistos.Tendo em vista que necessria a garantia integral da execuo, salvo se comprovada ainsuficincia financeira e patrimonial ao recebimento dos embargos do devedor, o que no o caso dos autos, uma vez que o executado possui patrimnio superior a R$ 250.000,00,conforme documentos s fls. 26/31, alm de possuir residncia em endereo diverso doimvel localizado em Porto Alegre. Nesse sentido:Ementa: TRIBUTRIO E PROCESSUAL CIVIL. EXECUO FISCAL E AO ANULATRIA.CONEXO RECONHECIDA. SUSPENSO DOS ATOS EXECUTIVOS. CONDIES. Deacordo com jurisprudncia do Egrgio Superior Tribunal de Justia, ao anulatria dodbito exeqendo no autoriza suspenso dos atos executivos, salvo mediante garantia dojuzo ou depsito do valor integral da dvida. HIPTESE DE NEGATIVA DE SEGUIMENTO.(Agravo de Instrumento N 70050722172, Vigsima Segunda Cmara Cvel, Tribunal deJustia do RS, Relator: Mara Larsen Chechi, Julgado em 06/09/2012)Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO TRIBUTRIO. EMBARGOS EXECUO

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FISCAL. RECEBIMENTO. DESCABIMENTO. PENHORA "ON LINE" NFIMA EM RELAOAO VALOR EXECUTADO. AUSNCIA DE REFORO E DE PROVA DE INSUFICINCIAPATRIMONIAL DA EMPRESA. Descabido o recebimento dos embargos execuo quandoefetivada penhora "on line" em valor nfimo frente ao montante executado sem antes seroportunizado o reforo da penhora, mormente quando no h prova da insuficinciapatrimonial da empresa devedora capaz de ensejar o excepcional recebimento dos embargossem a garantia integral do crdito executado. Precedentes do STJ e TJRGS. Agravo deinstrumento provido liminarmente. (Agravo de Instrumento N 70050728336, VigsimaSegunda Cmara Cvel, Tribunal de Justia do RS, Relator: Carlos Eduardo Zietlow Duro,Julgado em 28/08/2012)Desta forma, intime-se o executado para que proceda nas providncias indicadas no artigo9 da LEF, garantindo a execuo at a totalidade do dbito, ante a avaliao a menor dobem penhorado, no prazo de 15 dias, sob pena de rejeio dos embargos.Intimem-se.D. L.

A deciso foi assim complementada (fl. 158):

Vistos.O embargante possui evoluo patrimonial em 31.12.2011 de R$ 262.204,91, com dvidas enus reais na mesma data de R$ 8.262,69 (fls. 27/31), alm de receber mensalmenteaposentadoria no valor lquido de 10.923,90 (conforme documento juntado nos embargos execuo fiscal 096/1.12.0000939-0).Informa, ainda, na inicial o pagamento mensal da prestao de sua residncia na Rua Jari,619, apartamento 401, torre II, Bairro Passo da Areia, em Porto Alegre (matrcula s fls.62/65).Conforme recente deciso proferida nos autos 096/1.12.0000939-0, verifico que oembargante deixou de juntar alguns dos documentos neste feito, como a prestao mensal dasua residncia no valor de R$ 3.778,48, contudo no referido boleto daqueles autos constacomo pagamento da prestao 084 de 084, ou seja, efetivado o adimplemento do dbito em06.02.2013.A quitao antecipada da compra e venda perfectibilizada, faz decair a alienao fiduciriaalegada e demonstra a existncia de rendimentos extras lquidos, na medida em que acompra foi realizada, dentre outras condies, em 113 parcelas de R$ 2.378,69, conformeaverbao R.8 da matrcula 122358.Portanto, por ser de conhecimento do Juzo, tal argumento no mais ser considerado paraefeitos de insuficincia patrimonial.Outrossim, ao que tudo indica, o embargante possui outro apartamento, uma vez que oboleto mencionado possui como endereo do embargante Rua Itabora, 380, ap 806, emPorto Alegre. Portanto, vlida a presuno da propriedade deste imvel em seu nome.Tais documentos, comprovante do recebimento da aposentadoria e o boleto mencionadonessa deciso devero ser juntados aos autos, em observncia do princpio da lealdade eboa-f processual, no prazo de 15 dias.Desta forma, estando o patrimnio do autor devidamente integralizado, quitado e lquido,entendo que possui condies de depositar o crdito fiscal remanescente (deduzido o valorda avaliao do veculo penhorado), em observncia ao disposto no artigo 9, inciso I, daLEF, conforme j determinado fl. 48.Intime-se o embargante para depositar em Juzo o crdito fiscal remanescente, no prazoimprorrogvel de 15 dias, sob pena de rejeio liminar dos embargos, conforme artigo 16,1, da LEF. D. L.

Opostos embargos de declarao, os mesmos restaram rejeitados (fl. 187):

Vistos.Recebo ambos Embargos Declaratrios, eis que tempestivos (art. 536,CPC).Os embargos de declarao se constituem em remdio processual regulamentado pelo artigo

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535 do CPC, com hipteses de admissibilidade taxativamente explicitadas no texto legal,para cuja utilizao a lei exige a prolao de uma sentena ou um acrdo, a que se reputeum vcio concernente obscuridade, omisso ou contradio, ou, ainda, a ocorrncia de umpronunciamento incompleto ou inexistente por parte de um juiz ou tribunal.No o caso dos autos.Verifico que a deciso embargada enfrentou a questo de mrito suscitada pela parte autoracompondo a lide nos devidos ditames legais. Conforme acima disposto, a prpria lei taxa ashipteses em que so cabveis, inclusive remansosa a jurisprudncia no sentido de que incabvel a interposio de embargos declaratrios, mesmo que se atribusse efeitosinfringentes, a fim de provocar a reviso da deciso de mrito, pois os embargos dedeclarao no se revestem da condio de um novo recurso para revisar a correo dadeciso.Para tanto, colaciono a ementa e excerto do acrdo n. 71002594570 de relatoria Des.Leandro Raul Klippel, o que utilizo como razes de decidir pela ldima e profcuo sabedoriaempreendida:.g Conforme salienta Nelson Nery Jnior no julgamento dos embargos o juiz de ordinriono profere nova deciso: apenas aclara a anterior. Da no poder modificar o contedo dadeciso embargada... O carter infringente dos embargos de declarao, portanto, excepcional e incide normalmente quando se tratar de recurso com o objetivo de supriromisso ou de espancar contradio. (Teoria Geral dos Recursos. 6 ed. RT, pg. 437).EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAO. INEXISTNCIA DE OMISSO, OBSCURIDADE,CONTRADIO OU DVIDA. DESCABIMENTO DA PRETENSO DA PARTEEMBARGANTE REDISCUSSO DO MRITO. Embargos de declarao desacolhidos.(Embargos de Declarao N 71002594570, Primeira Turma Recursal Cvel, TurmasRecursais, Relator: Leandro Raul Klippel, Julgado em 10/06/2010)Assim, ausente os pressuposto de interposio dos embargos da parte autora, no merecemacolhida, uma vez que para a discusso da quaestio meritria do decisium deveria a parteinterpor o recurso pertinente.Dessa forma, desacolho os embargos declaratrios interpostos por Lino Dalmolin, nostermos da fundamentao retro.Intimem-seDil. Legais.

Requer o agravante, em sntese, o recebimento dos embargos execuo, visto quedemonstrada a insuficincia de seu patrimnio a garantir integralmente a dvida. Postula oreconhecimento da impenhorabilidade do imvel em seu nome, haja vista tratar-se de bem defamlia.

o relatrio. Decido.

O pargrafo 1 do artigo 16 da Lei n 6.830/80 impe, como condio deadmissibilidade dos embargos do devedor, a segurana do juzo pela penhora, sem exigir,contudo, que esta seja suficiente para o adimplemento do dbito. Na verdade, a lei condiciona ooferecimento dos embargos efetivao da penhora e no garantia integral do dbito.

Nesse sentido, os seguintes julgados do STJ:

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DO DEVEDOR. PENHORA INSUFICIENTE. NEGATIVADE VIGNCIA AOS ARTIGOS 737, I, DO CTN E 16, 1, DA LEI N 6.830/80 NOCONFIGURADA.1. A insuficincia da penhora no causa suficiente para determinar a extino dosembargos do devedor.2. Deve-se prestigiar o direito de defesa, pois durante o processo de embargos do devedor eexecuo ao valor dos bens penhorados podero ser acrescidos outros necessrios satisfao do crdito.

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3. Recurso especial conhecido, mas improvido(REsp 409.079/SC, Rel. Ministro Francisco Peanha Martins, Segunda Turma, julgado em09.08.2005, DJ 19.09.2005, p. 245)

EXECUO FISCAL. EMBARGOS EXECUO. GARANTIA DO JUZO. PENHORAINSUFICIENTE .1. Efetivada a penhora por oficial de justia e dela sendo intimado o devedor, atendidoestar o requisito de garantia para a oposio de embargos execuo. A eventualinsuficincia da penhora ser suprida por posterior reforo, que pode se dar "em qualquerfase do processo" (Lei 6.830/80, art. 15, II), sem prejuzo do regular processamento dosembargos . Precedentes: AgRg no AG 602004/RS, 1 Turma, Min. Denise Arruda, DJ de07/03/2005 e AgRg no AG 635829/PR, 2 Turma, Min. Castro Meira, DJ de 18/04/2005.2. (...)3. Recurso especial a se d provimento.(REsp 758266/MG, Primeira Turma, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, deciso unnime,publicada no DJ de 22.08.2005).

Verifica-se, pois, que a insuficincia da penhora no constitui motivo de norecebimento dos embargos.

Assim, a penhora sobre o veculo do executado (fl. 226) suficiente para autorizaro recebimento dos embargos execuo.

Deixo de analisar, todavia, a alegao de impenhorabilidade do bem imvel emnome do agravante, porquanto tal questo no fora objeto da deciso agravada. Ademais, acomprovao de insuficincia de patrimnio no necessria para o recebimento dos embargos execuo, inexistindo, portanto, prejuzo ao recorrente.

Ante o exposto, nos termos