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Page 1: CONCURSO TRF4

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CONCURSO TRF4

Page 2: CONCURSO TRF4

Empresa pública é a entidade dotada depersonalidade jurídica de direito privado,com criação autorizada por lei e compatrimônio próprio, cujo capital social éintegralmente detido pela União, pelosEstados, pelo Distrito Federal ou pelosMunicípios.

Sociedade de economia mista é aentidade dotada de personalidade jurídicade direito privado, com criação autorizadapor lei, sob a forma de sociedade anônima,cujas ações com direito a voto pertençamem sua maioria à União, aos Estados, aoDistrito Federal, aos Municípios ou aentidade da administração indireta.

DIREITO ADMINISTRATIVO Professor: Felipe Dalenogare

@prof.felipedalenogare

FUNÇÕES E ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Compete privativamente ao Presidente da República, dispor, mediante decreto,

sobre a organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar

aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos e extinção de funções

ou cargos públicos, quando vagos.

Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,

cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.

As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.

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A sociedade de economia mista será constituída sob a forma de sociedade

anônima e sujeita-se, subsidiariamente, ao regime previsto na lei das S/A.

A sociedade de economia mista poderá solucionar, mediante arbitragem, as

divergências entre acionistas e a sociedade, ou entre acionistas controladores e

acionistas minoritários, nos termos previstos em seu estatuto social.

Na Administração Federal, a Administração Direta se constitui dos serviços

integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.

Na Administração Federal, a Administração Indireta compreende as autarquias,

empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades

dotadas de personalidade jurídica própria.

As entidades compreendidas na Administração Indireta vinculam-se ao Ministério

em cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade.

São características comuns as entidades da Administração Indireta, ter sua

própria personalidade jurídica (patrimônio e sua receita própria, autonomia

administrativa e financeira); deve haver uma lei que cria ou autoriza sua criação, sendo

que sua extinção também decorre da lei; na sua criação há a previsão de uma finalidade

específica; não possui fins lucrativos (exceto as EP e SEM que explorarem atividade

econômica); sempre estão sujeitos ao controle finalístico da Entidade criadora, embora

à ela não esteja subordinada.

É possível o controle das sociedades de economia mista pelo TC nos termos do

Art.71, II, da CF, já que se trata de uma sociedade de instituída pelo Poder Público

As sociedades de economia mista só têm foro na Justiça Federal, quando a União

intervém como assistente ou opoente

Os dirigentes de Agências Reguladoras gozam de mandatos com prazo fixo e só saem do cargo mediante renúncia, condenação judicial ou após processo

administrativo (a lei de criação da Agência poderá prever outras condições para a perda

do mandato). Não se admite a exoneração ad nutum que, em regra, costuma ser

inerente aos CC.

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Autarquia é o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica,

patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública,

que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira

descentralizada.

Fundação Pública de Direito Privado é a entidade dotada de personalidade

jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização

legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos

ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido

pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União

e de outras fontes.

As fundações públicas de Direito Privado adquirem personalidade jurídica com a

inscrição da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas,

não se lhes aplicando as demais disposições do Código Civil concernentes às

fundações.

A lei de falências não se aplica à empresa pública e sociedade de economia mista.

PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO

A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios:

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A Administração Pública Federal obedecerá, dentre outros, aos princípios

da finalidade, da indisponibilidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade,

moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica e do interesse

público.

A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral

ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de

servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou

assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou,

ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em

qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas,

excetuando-se os cargos de ministro de Estado, secretários estaduais e

municipais, viola a Constituição Federal, configura violação aos princípios da

impessoalidade, da moralidade, eficiência e do interesse público, vide a Súmula

vinculante n. 13.

A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos

órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social,

dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem

promoção pessoal de autoridades, servidores públicos ou partidos políticos, pois

senão configuraria violação direta ao princípio da impessoalidade.

Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios

da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de

honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições.

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Requisitos de validade ou elementos do Ato Administrativo

• a) Competência: prerrogativa para a edição de um ato, esfera de atuação (é irrenunciável mas pode ser delegada, quando não se tratar de competência exclusiva, à edição de atos normativos e inerentes às decisões recursais);

• b) Forma: somente a prescrita em lei, maneira de exteriorização dos atos administrativos, em regra são escritos, mas pode ser manifestado das mais distintas formas;

• c) Motivo: razões fáticas e jurídicas que justificam a edição do ato;• d) Objeto: é ato em si mesmo considerado, é o que o ato decide, opina,

certifica;• e) Finalidade: única, visa sempre o interesse público.

Características ou atributos do ato administrativo

• a) Presunção de legitimidade (legalidade e veracidade): o ônus da prova cabe a quem alega a ilegalidade (presunção juris tantum).

• b) Auto-executoriedade: este atributo permite que a própria administração pública dê execução aos seus atos, sem necessitar de ordem ou decisão judicial. Não é absolta, uma vez que não está presente em todos os atos administrativos.

• c) Imperatividade: os atos administrativos, como regra, poderão ser impostos ao particular, ainda que contra sua vontade.

• d) Coercibilidade: está interligado à imperatividade, permitindo que a Administração se utilize dos meios coercitivos previstos em lei para que possa impor o interesse público.

• e) Tipicidade: o ato administrativo deve corresponder a figuras previamente definidas pela lei como aptas a produzir determinados efeitos.

ATOS ADMINISTRATIVOS

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Anulação Ilegalidade do ato. Efeitos Ex tunc.

Revogação Razões de conveniência e oportunidade (o ato é válido, porém, não mais conveniente). Efeitos Ex nunc.

Cassação Ocorre quando o administrado deixa de preencher condição necessária para a permanência da vantagem.

Caducidade Também denominado de decaimento, ocorre como consequência da sobrevinda norma legal proibindo situação que o ato autorizava.

Contraposição Ocorre em razão da expedição de um segundo ato, fundado em competência diversa, cujos efeitos são contrapostos ao do ato inicial, razão pela qual ocorre sua extinção.

LICITAÇÕES E CONTRATOS

A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional

da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a

promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada

em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da

impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade

administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento

objetivo e dos que lhes são correlatos.

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Concorrência• é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.

Tomada de preços• é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.

Convite• é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não,escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, emlocal apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados nacorrespondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte equatro) horas da apresentação das propostas.

Pregão• é a modalidade de licitação instituída pela Lei 10.520/02, que poderá utilizar recursos de tecnologia dainformação, entre quais interessados, para aquisição de bens e serviços comuns, sendo aqueles cujos padrõesde desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuaisno mercado.

Leilão• é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveispara a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação debens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor daavaliação.

Concurso• é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científicoou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critériosconstantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta ecinco) dias.

I - concorrência;

II - tomada de preços;

III - convite;

IV - concurso;

V - leilão.

VI – Pregão (Lei 10.520/02).

São modalidades de licitação:

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Para obras e serviços de engenharia:• a) na modalidade convite - até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil

reais);• b) na modalidade tomada de preços - até R$ 3.300.000,00 (três

milhões e trezentos mil reais); e• c) na modalidade concorrência - acima de R$ 3.300.000,00 (três

milhões e trezentos mil reais); e

Para compras e serviços comuns:• a) na modalidade convite - até R$ 176.000,00 (cento e setenta e

seis mil reais);• b) na modalidade tomada de preços - até R$ 1.430.000,00 (um

milhão, quatrocentos e trinta mil reais); e• c) na modalidade concorrência - acima de R$ 1.430.000,00 (um

milhão, quatrocentos e trinta mil reais).

Atente para os novos valores limites das modalidades:

Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar

a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência.

O regime jurídico dos contratos administrativos é marcado pela

presença de cláusulas exorbitantes que conferem à Administração, em relação

a eles, a prerrogativa de:

I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades

de interesse público, respeitados os direitos do contratado;

II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do

art. 79 desta Lei;

III - fiscalizar-lhes a execução;

IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;

V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens

móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na

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hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas

contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato

administrativo.

RDC:

1º É instituído o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), aplicável exclusivamente às licitações e contratos necessários à realização:

I - dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, constantes da Carteira

de Projetos Olímpicos a ser definida pela Autoridade Pública Olímpica (APO); e

II - da Copa das Confederações da Federação Internacional de Futebol

Associação - Fifa 2013 e da Copa do Mundo Fifa 2014, definidos pelo Grupo

Executivo - Gecopa 2014 do Comitê Gestor instituído para definir, aprovar e

supervisionar as ações previstas no Plano Estratégico das Ações do Governo

Brasileiro para a realização da Copa do Mundo Fifa 2014 - CGCOPA 2014,

restringindo-se, no caso de obras públicas, às constantes da matriz de

responsabilidades celebrada entre a União, Estados, Distrito Federal e

Municípios;

III - de obras de infraestrutura e de contratação de serviços para os

aeroportos das capitais dos Estados da Federação distantes até 350 km

(trezentos e cinquenta quilômetros) das cidades sedes dos mundiais referidos

nos incisos I e II.

IV - das ações integrantes do Programa de Aceleração do Crescimento

(PAC)

V - das obras e serviços de engenharia no âmbito do Sistema Único de

Saúde - SUS.

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VI - das obras e serviços de engenharia para construção, ampliação e

reforma e administração de estabelecimentos penais e de unidades de

atendimento socioeducativo;

VII - das ações no âmbito da segurança pública;

VIII - das obras e serviços de engenharia, relacionadas a melhorias na

mobilidade urbana ou ampliação de infraestrutura logística; e

IX - dos contratos de locação de bens móveis e imóveis, nos quais o locador

realiza prévia aquisição, construção ou reforma substancial, com ou sem

aparelhamento de bens, por si mesmo ou por terceiros, do bem especificado pela

administração

X - das ações em órgãos e entidades dedicados à ciência, à tecnologia e à

inovação.

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• Aquele exercido dentro de um mesmo Poder, automaticamente ou pormeio de órgãos integrantes de sua própria estrutura. É o controle que aprópria Administração realiza sobre suas atividades, por ser a forma maiscomum de controle, é simplesmente denominado controle administrativo.

Controle Interno

•Diz-se externo quando exercido por um poder sobre atos administrativospraticados por outro Poder. O controle Legislativo, ou parlamentar, é o exercidopelos órgãos legislativos ou por comissões parlamentares sobre determinadosatos do poder Executivo (CONTROLE POLÍTICO).

•A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial daUnião e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas,será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, auxiliado peloTribunal de Contas da União.

Controle Externo

•Aquele exercido pela própria sociedade, sobre a Administração Pública. Ex: 1) As contas do Município devem ficar, anualmente, 60 dias a disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. 2) Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público o de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico cultural; 3) Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legitima para, na forma da lei denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União. Fundamento Constitucional.

Controle Social

• É o controle realizado pelo Poder Judiciário, diante do princípio da inafastabilidade de apreciação jurisdicional. Este controle recai apenas sobre a legalidade (juridicidade) dos atos administrativos, não podendo o Judiciário analisar as razões de conveniência e oportunidade, isto é, substituir o administrador, pois estaria invadindo o mérito administrativo. Portanto todos os atos administrativos, inclusive os discricionários estão sujeitos ao controle de legalidade/jurisdicidade, com base na norma (regras e princípios).

Controle Judicial

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO