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  • 1

    Regimento Interno do Tribunal Regional Federal da Quarta Regio

    (Institudo pela Resoluo n 112, de 20 de dezembro de 2010)

  • 2

    SUMRIO

    PARTE I DA COMPOSIO, ORGANIZAO E COMPETNCIA

    TTULO I DO TRIBUNAL

    Captulo I Da Composio e Organizao Artigos 1 a 8 ................... 07 Captulo II Da Competncia do Plenrio, da Corte Especial, das Sees e das Turmas Artigos 9 a 16 .......................... 08

    Seo I Das reas de Especializao Artigos 9 e 10...................... 08 Seo II Da Competncia do Plenrio Artigo 11 ............................... 09 Seo III Da Competncia da Corte Especial Judicial Artigo 12......... 10 Seo IV Da Competncia da Corte Especial Administrativa Artigo 13 ................................................................................ 11 Seo V Da Competncia das Sees Artigo 14............................... 12 Seo VI Da Competncia das Turmas Artigos 15 e 16..................... 13 Seo VII Disposies Comuns Artigos 17 e 18.................................. 14

    Captulo III Do Presidente, do Vice-Presidente e do Corregedor-Regional Artigos 19 a 25.................................. 15

    Seo I Disposies Gerais Artigos 19 a 22 .................................... 15 Seo II Das Atribuies do Presidente Artigo 23............................. 16 Seo III Das Atribuies do Vice-Presidente Artigo 24..................... 19 Seo IV Das Atribuies do Corregedor Regional da Justia Federal Artigo 25..................................................... 20

    Captulo IV Das Atribuies do Presidente de Seo Artigo 26.............. 22 Captulo V Das Atribuies do Presidente de Turma Artigo 27............. 23 Captulo VI Dos Desembargadores Federais- Artigos 28 a 40 ................. 23

    Seo I Disposies Gerais Artigos 28 a 36 .................................... 23 Seo II Do Relator Artigo 37............................................................ 26 Seo III Do Revisor Artigos 38 a 40 ................................................. 27

    Captulo VII Do Conselho de Administrao Artigos 41 a 44 .................. 28 Captulo VIII Das Comisses Artigos 45 a 51 .......................................... 30 Captulo IX Da Escola da Magistratura, da Coordenadoria e da Vice-

    Coordenadoria dos Juizados Especiais Federais, da Coordenadoria do Sistema de Conciliao e da Ouvidoria Judicial - Artigos 52 a 56........................................ 32

    Captulo X Das Licenas, Substituies e Convocaes Artigos 57 a 64....................................................................... 34 Captulo XI Da Segurana do Tribunal Artigos 65 a 67.......................... 36 Captulo XII Da Representao por Desobedincia ou Desacato - Artigo 68 .............................................................. 36

    TTULO II

    Das Funes Essenciais Justia

    Captulo I Do Ministrio Pblico Artigos 69 a 74.................................. 37 Captulo II Da Advocacia-Geral da Unio Artigo 75.............................. 38 Captulo III Da Advocacia e Da Defensoria Pblica Artigo 76................ 38

  • 3

    PARTE II DO PROCESSO

    TTULO I DISPOSIES GERAIS

    Captulo I Do Registro e Classificao dos Feitos Artigos 77 a 79....................................................................... 38 Captulo II Da Distribuio Artigos 80 a 89........................................... 40 Captulo III Dos Atos e Formalidades Artigos 90 a 127 ......................... 42

    Seo I Disposies Gerais Artigos 90 a 103 .................................. 42 Seo II Das Atas e da Impugnao por Erro Artigos 104 a 108................................................................... 45 Seo III Das Decises e Notas Taquigrficas Artigos 109 a 113...... 45 Seo IV Dos Prazos Artigos 114 a 121............................................. 47 Seo V Das Despesas Processuais Artigos 122 e 123.................... 48 Seo VI Da Assistncia Judiciria Artigos 124 a 126........................ 48 Seo VII Dos Dados Estatsticos Artigo 127 ...................................... 49

    Captulo IV Da Jurisprudncia Artigos 128 a 148 .................................. 49 Seo I Da Uniformizao de Jurisprudncia Artigos 128 a 131...... 49 Seo II Da Smula Artigos 132 a 137 ............................................. 50 Seo III Da Divulgao da Jurisprudncia do Tribunal Artigos 138 a 148................................................................... 52

    TTULO II DAS PROVAS

    Captulo I Disposio Geral Artigo 149................................................ 53 Captulo II Dos Documentos e Informaes Artigos 150 a 154 ............ 53 Captulo III Da Apresentao de Pessoas e Outras Diligncias Artigos 155 e 156................................................................... 54 Captulo IV Dos Depoimentos Artigo 157 .............................................. 54

    TTULO III DAS SESSES

    Captulo I Disposies Gerais Artigos 158 a 180 ................................ 55 Captulo II Das Sesses Solenes Artigos 181 a 183 ............................ 58 Captulo III Das Sesses do Plenrio Artigo 184................................... 59 Captulo IV Das Sesses da Corte Especial Artigos 185 a 188 ............. 59 Captulo V Das Sesses das Sees Artigos 189 a 192....................... 60 Captulo VI Das Sesses das Turmas Artigos 193 a 195 ...................... 60 Captulo VII Das Sesses Administrativas - Artigo 196.............................. 61

    TTULO IV DAS AUDINCIAS

    Artigos 197 e 198 .............................................................................................. 61

  • 4

    TTULO V DOS PROCESSOS SOBRE COMPETNCIA

    Captulo I Do Conflito de Competncia - Artigos 199 a 204 ................... 61 Captulo II Das Cartas Precatria e de Ordem Recebidas de outros Tribunais - Artigos 205 a 208 ................................. 62

    TTULO VI DA DECLARAO DE INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI OU DE

    ATO NORMATIVO DO PODER PBLICO

    Artigos 209 e 210 .............................................................................................. 62

    TTULO VII DAS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS

    Captulo I Do Habeas Corpus Artigos 211 a 221................................. 63 Captulo II Do Mandado de Segurana e do Habeas Data Artigos 222 a 227................................................................... 65

    TTULO VIII DAS AES ORIGINRIAS

    Captulo I Da Investigao e da Ao Penal Originria Artigos 228 a 244................................................................... 66 Captulo II Da Ao Rescisria Artigos 245 a 250................................ 69 Captulo III Da Reviso Criminal Artigos 251 a 254............................... 70

    TTULO IX DOS RECURSOS

    Captulo I Dos Recursos em Matria Cvel Artigos 255 a 270................................................................... 71

    Seo I Da Apelao em Mandado de Segurana e do Habeas Data - Artigos 255 e 256 ...................................... 71 Seo II Da Apelao Artigos 257 a 260........................................... 71 Seo III Do Reexame Necessrio Artigos 261 e 262........................ 71 Seo IV Da Correio Parcial Artigos 263 a 265 .............................. 71 Seo V Do Agravo de Instrumento contra Deciso de Primeira Instncia Artigos 266 a 270................................... 72

    Captulo II Dos Recursos em Matria Criminal Artigos 271 a 279................................................................... 74 Seo I Da Apelao Criminal Artigos 271 a 274............................. 74 Seo II Do Recurso em Sentido Estrito Artigos 275 e 276 .............. 74 Seo III Da Correio Parcial Artigo 277.......................................... 74 Seo IV Da Carta Testemunhvel Artigos 278 e 279........................ 75

    Captulo III Dos Recursos em Matria Trabalhista Artigos 280 e 281................................................................... 75 Captulo IV Dos Recursos de Decises Proferidas no Tribunal - Artigos 282 a 291................................................... 75

    Seo I Do Agravo Regimental Artigos 282 e 283 ........................... 75

  • 5

    Seo II Dos Embargos Infringentes-Artigos 284 a 286....................... 76 Seo III Dos Embargos de Declarao Artigos 287 a 289................ 76 Seo IV Dos Embargos Infringentes e de nulidade

    em Matria Penal Artigos 290 e 291 ................................... 77 Captulo V Dos Recursos para os Tribunais Superiores Artigos 292 a 313................................................................... 77

    Seo I Do Recurso Extraordinrio Artigos 292 e 293................................................................... 77 Seo II Do Recurso Especial - Artigos 294 a 296............................... 79 Seo III Do Recurso Ordinrio em Habeas Corpus Artigos 297 a 299................................................................... 79 Seo IV Do Recurso Ordinrio em Mandado de Segurana - Artigos 300 a 302............................................... 80 Seo V Do Agravo contra Deciso que Inadmite Recurso para os Tribunais Superiores - Artigos 303 a 306 .................. 80 Seo VI Disposies Comuns.- Artigos 307 a 313............................... 81

    TTULO X DOS PROCESSOS INCIDENTES

    Captulo I Da Suspenso de Segurana, de liminar e de sentena - Artigos 314 e 315 ......................................... 82 Captulo II Dos Impedimentos e da Suspeio Artigos 316 a 327................................................................... 83 Captulo III Da Habilitao Incidente Artigos 328 a 333......................... 84 Captulo IV Do Incidente de Falsidade Artigo 334 ................................. 85 Captulo V Das Medidas Cautelares Artigos 335 a 339 ........................ 85 Captulo VI Da Restaurao de Autos Perdidos Artigos 340 a 344................................................................... 86 Captulo VII Da Fiana Artigo 345 .......................................................... 86

    TTULO XI DA EXECUO

    Captulo I Disposies Gerais Artigos 346 a 350 ................................ 86 Captulo II Da Requisio de Pagamento Artigos 351 a 356................ 87

    TTULO XII DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

    Captulo I Da Eleio de Membros do Tribunal Regional Eleitoral Artigo 357................................................................. 88 Captulo II Do Concurso para Ingresso na Magistratura Artigos 358 a 366................................................................... 88 Captulo III Da reserva de Vagas para Pessoas com Deficincia Artigos 367 e 368................................................................... 91 Captulo IV Da Nomeao, Permuta e Remoo a Pedido de Juzes Titulares e Substitutos Artigos 369 a 371................. 92

    Seo I Da nomeao e Vitaliciamento - Artigos 369 e 370................ 92 Seo II Da Permuta e da Remoo a Pedido Artigo 371 .............................................................................. 93

    Captulo V Da Designao s Turmas Recursais e Turma

  • 6

    Nacional de Uniformizao Artigo 372 ................................ 94 Captulo VI Da Promoo de Juiz Federal Substituto a Juiz Federal e de Juiz Federal a Desembargador Artigos 373 a 383.......... 95 Captulo VII Do Regime Disciplinar dos Magistrados Federais - Artigos 384 a 421 ..................................................100

    Seo I Das Penalidades - Artigos 384 a 390 .....................................100 Seo II Do Procedimento Preliminar Artigos 391 a 394 ..................102 Seo III Da Sindicncia Artigos 395 a 401 ..........................................102 Seo IV Do Processo Administrativo Disciplinar Artigos 402 a 412...................................................................103 Seo V Do Processo Administrativo Disciplinar para Demisso de Juiz No-Vitalcio - Artigos 413 a 417...............................105 Seo VI Do Processo Administrativo Disciplinar para Exonerao de Juiz No-Vitalcio Artigos 418 a 421...............................106

    Captulo VIII Da Verificao de Invalidez Artigos 422 a 431 ...................................................................106

    PARTE III DOS SERVIOS ADMINISTRATIVOS E DE APOIO JUDICIRIO

    TTULO I DA DIRETORIA-GERAL DO TRIBUNAL

    Artigos 432 a 437 ..............................................................................................107

    TTULO II DO GABINETE DO PRESIDENTE

    Artigos 438 e 439 ..............................................................................................108

    TTULO III DOS GABINETES DO VICE-PRESIDENTE E DO

    CORREGEDOR REGIONAL

    Artigos 440 a 444 ..............................................................................................109

    TTULO IV DOS GABINETES DOS DESEMBARGADORES

    Artigos 445 a 447 ..............................................................................................109

    PARTE IV DISPOSIES FINAIS

    Artigos 448 a 455 ..............................................................................................110

  • 7

    Regimento Interno do Tribunal Regional Federal da Quarta Regio

    O Tribunal Regional Federal da 4 Regio, no uso de suas atribuies, resolve aprovar o seguinte Regimento Interno:

    PARTE I

    Da Composio, Organizao e Competncia

    TTULO I

    Do Tribunal

    CAPTULO I

    Da Composio e Organizao

    Art. 1. O Tribunal Regional Federal da 4 Regio tem sede em Porto Alegre e jurisdio no territrio dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paran.

    Pargrafo nico. O Tribunal poder funcionar descentralizadamente, nos termos do artigo 107, 3 da Constituio Federal.

    Art. 2. O Tribunal funciona em:

    I Plenrio;

    II Corte Especial;

    III Sees especializadas;

    IV Turmas especializadas.

    1. O Plenrio, constitudo da totalidade dos Desembargadores, dirigido pelo Presidente do Tribunal.

    2. A Corte Especial, constituda de quinze Desembargadores, observado o quinto constitucional, alm do Presidente do Tribunal, ser integrada:

    I por sete Desembargadores, escolhidos segundo a ordem decrescente de antiguidade no Tribunal;

    II por sete Desembargadores eleitos pelo Plenrio dentre seus membros;

    III pelos Desembargadores suplentes na quota de antiguidade e de eleio, nos afastamentos e impedimentos dos membros titulares.

    3. H no Tribunal quatro Sees, integradas pelos componentes das Turmas das respectivas reas de especializao. As Sees so presididas pelo Vice-Presidente do Tribunal.

  • 8

    4. As Sees compreendem oito Turmas, constitudas de trs Desembargadores cada uma. A Primeira e a Segunda Turmas compem a Primeira Seo; a Terceira e a Quarta Turmas, a Segunda Seo; a Quinta e a Sexta Turmas, a Terceira Seo; a Stima e a Oitava Turmas, a Quarta Seo. A presidncia das Turmas exercida pelos Desembargadores que as integram, por um perodo de dois anos, em sistema rotativo, observando-se a antiguidade na composio do prprio rgo, vedada a reconduo enquanto houver componente da Turma que no a tenha presidido.

    5. Na composio das Turmas, respeitar-se- a opo feita pelo Desembargador, atendendo-se ordem de antiguidade no Tribunal.

    Art. 3. O Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor-Regional so eleitos pelo Plenrio, dentre seus membros, com mandato por um binio. Ao conclurem seus mandatos, retornaro s Turmas nas vagas que se abrirem em razo da eleio, observada a antiguidade.

    Art. 4. O Desembargador empossado integrar a Turma onde se deu a vaga para a qual foi nomeado, ou ocupar vaga resultante da transferncia de Desembargador (art. 35).

    Art. 5. Funciona no Tribunal um Conselho de Administrao, composto pelo Presidente, Vice-Presidente, Corregedor, alm de dois Desembargadores efetivos e dois suplentes, eleitos pelo Plenrio, com mandato bienal.

    Art. 6. No Tribunal existe uma Escola da Magistratura, dirigida por um Diretor e dois Conselheiros eleitos pelo Plenrio, dentre seus membros, com mandatos de dois anos.

    Art. 7. Funcionam ainda no Tribunal a Coordenadoria dos Juizados Especiais, a Coordenadoria do Sistema de Conciliao e a Ouvidoria Judicial, cujos dirigentes so eleitos pelo Plenrio, dentre seus membros, por dois anos.

    Art. 8. A Escola da Magistratura, a Coordenadoria dos Juizados Especiais, a Coordenadoria do Sistema de Conciliao e a Ouvidoria Judicial, so rgos auxiliares do Tribunal regidos por normas estatutrias prprias, institudas pela Corte Especial Administrativa.

    CAPTULO II

    Da Competncia do Plenrio, da Corte Especial, das Sees e das Turmas

    SEO I

    Das reas de Especializao

    Art. 9. No Tribunal, foram estabelecidas quatro reas de especializao em razo da matria.

    Pargrafo nico. A competncia do Plenrio e da Corte Especial no est sujeita especializao.

    Art. 10. A competncia das Sees e das respectivas Turmas fixada em funo da natureza da relao jurdica litigiosa.

  • 9

    1. Primeira Seo cabe processar e julgar os feitos de natureza trabalhista e tributria, nesta compreendidos os que disserem respeito a obrigaes tributrias acessrias (CTN, art. 113, 2) e contribuies sociais, inclusive ao Fundo de Garantia por Tempo de Servio e ao Programa de Integrao Social.

    2. Segunda Seo cabe processar e julgar os feitos de natureza administrativa, civil e comercial, bem como os demais feitos no includos na competncia das Primeira, Terceira e Quarta Sees.

    3. Terceira Seo cabe processar e julgar os feitos relativos previdncia e assistncia social, mesmo quando versem sobre benefcio submetido a regime ou condies especiais ou, ainda, complementado.

    4. Quarta Seo cabe processar e julgar os feitos de natureza penal.

    5. Para fins de definio de competncia, dever ser levado em considerao, prioritariamente, o pedido. Havendo cumulao de pedidos, prevalecer o principal.

    SEO II

    Da Competncia do Plenrio

    Art. 11. Compete ao Plenrio:

    I eleger o Presidente, o Vice-Presidente, o Corregedor e o Vice-Corregedor Regional;

    II escolher os Desembargadores que integraro a Corte Especial, o Conselho de Administrao e seus suplentes, o Diretor da Escola da Magistratura e seus Conselheiros, o Coordenador e o Vice-Coordenador dos Juizados Especiais, o Coordenador do Sistema de Conciliao bem como o Ouvidor Judicial;

    III escolher um membro efetivo e um suplente para compor o Tribunal Regional Eleitoral de sua sede e dos Estados do Paran e Santa Catarina, os primeiros dentre os Desembargadores e os demais dentre os Juzes Federais da respectiva Seo Judiciria;

    IV dar posse aos membros do Tribunal, assim como prorrogar o prazo para posse e incio do exerccio;

    V declarar a vitaliciedade dos Juzes Federais Substitutos;

    VI referendar convocao de Juiz Federal para atuar no Tribunal;

    VII deliberar sobre a escolha de magistrados para compor as Turmas Recursais e a Turma Nacional de Uniformizao;

    VIII aplicar penalidades, decidir sobre procedimento de perda do cargo, demisso, afastamento, remoo compulsria, disponibilidade ou aposentadoria por interesse pblico de magistrados federais da 4 Regio;

    IX deliberar sobre emendas e resolver dvidas sobre a interpretao e execuo do Regimento Interno que lhe forem submetidas por qualquer um de seus Desembargadores;

  • 10

    X apurar o merecimento e a antiguidade e formar lista trplice, conforme o caso, de Juzes Federais, advogados e membros do Ministrio Pblico para compor o Tribunal;

    XI deliberar sobre pedido de promoo de Juiz Federal Substituto.

    XII autorizar remoo ou permuta de Desembargadores;

    XIII deliberar sobre a substituio de Desembargador em caso de vaga ou afastamento por prazo igual ou superior a trinta dias;

    XIV - escolher os Desembargadores que integraro a Comisso de Vitaliciamento;

    XV aprovar proposta ao Superior Tribunal de Justia para iniciativa legislativa de aumento do nmero de Desembargadores e de criao de novas Varas Federais;

    XVI processar e julgar:

    a) as aes rescisrias de seus julgados;

    b) os mandados de segurana contra ato do Plenrio;

    c) os incidentes de inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo suscitados nos processos de sua competncia.

    Pargrafo nico. As decises administrativas do Plenrio, de carter normativo, sero publicadas por Resoluo.

    SEO III

    Da Competncia da Corte Especial Judicial

    Art. 12. Compete Corte Especial Judicial processar e julgar:

    I as aes rescisrias de seus julgados;

    II as revises criminais das condenaes proferidas pela Seo nos feitos de sua competncia originria;

    III os mandados de segurana contra ato da Corte Especial ou de seus membros, do Presidente do Tribunal, do Vice-Presidente, do Corregedor, do Diretor da Escola da Magistratura, do Coordenador dos Juizados Especiais, do Coordenador do Sistema de Conciliao, do Ouvidor Judicial, do Conselho de Administrao e das Comisses Organizadoras e Examinadoras de Concurso para Juiz Federal Substituto;

    IV os incidentes de arguio de inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo suscitados nos processos submetidos a julgamento originrio ou recursal do Tribunal, hiptese em que o Relator (art. 210, 3), mesmo no sendo integrante da Corte Especial, dela participar no julgamento do incidente, excluindo-se o Desembargador mais moderno, respeitada a garantia do quinto constitucional;

  • 11

    V os incidentes de uniformizao de jurisprudncia, quando ocorrer divergncia na interpretao do direito entre as Sees ou quando a matria for comum a mais de uma Seo, aprovando a respectiva Smula;

    VI o recurso contra deciso do Presidente do Tribunal, nos casos de pedidos de suspenso de liminar ou dos efeitos de sentena no transitada em julgado;

    VII as questes incidentes em processos de competncia das Sees ou das Turmas que lhe tenham sido submetidas;

    VIII os conflitos de competncia entre os Relatores da prpria Corte Especial, das Sees ou das Turmas integrantes de Sees diversas bem como os conflitos de competncia entre Juzes de Primeiro Grau, inclusive aqueles envolvendo Juizado Especial e o Comum, vinculados a sees diversas;

    IX os incidentes de falsidade e as suspeies ou impedimentos levantados contra Desembargador ou rgo do Ministrio Pblico que atue perante a Corte Especial ou em qualquer Seo em processo de sua competncia;

    X o recurso previsto no art. 532 do CPC quando interposto em embargos infringentes nos feitos de sua competncia.

    Pargrafo nico. Compete ainda Corte Especial Judicial sumular a jurisprudncia uniforme comum s Sees e deliberar sobre a alterao e o cancelamento de suas Smulas.

    SEO IV

    Da Competncia da Corte Especial Administrativa

    Art. 13. Corte Especial Administrativa compete:

    I decidir os processos de verificao de invalidez dos membros do Tribunal, de Juzes Federais e de Juzes Federais Substitutos;

    II referendar a indicao dos integrantes das comisses permanentes e temporrias;

    III conceder aos Desembargadores e aos Juzes de Primeiro Grau os afastamentos para frequncia a cursos ou seminrios de aperfeioamento e estudos jurdicos cujo perodo seja superior a trinta dias;

    IV conceder aos Desembargadores licena cujo prazo seja superior a trinta dias, exceo da licena gestante e adotante;

    V deliberar sobre afastamento de Desembargador para prestao de servios exclusivamente Justia Eleitoral e para a presidncia de associao de classe;

    VI pronunciar-se sobre os pedidos de permuta de Juiz Federal ou de Juiz Federal Substituto;

  • 12

    VII dispor, editando normas gerais, sobre a lotao e a forma de provimento dos cargos efetivos e em comisso, bem como a designao de funes comissionadas, nas unidades componentes da estrutura do Tribunal, observados os limites estabelecidos em lei;

    VIII aprovar proposta oramentria do Tribunal e da Justia Federal de Primeiro Grau;

    IX aprovar a instalao de novas Varas Federais, Turmas Recursais e Juizados Especiais Federais, respeitada a competncia do Conselho da Justia Federal;

    X instituir normas regimentais para o funcionamento da Escola da Magistratura, Coordenadoria dos Juizados Especiais, Coordenadoria do Sistema de Conciliao e Ouvidoria Judicial;

    XI aprovar proposta de Planejamento Estratgico do Tribunal e da Justia Federal de Primeiro Grau;

    XII decidir recursos administrativos contra decises do Conselho de Administrao e do Corregedor, nos casos previstos neste Regimento;

    XIII decidir recursos administrativos sobre as penalidades disciplinares de que trata o art. 141, I, da Lei n 8.112/90, aplicadas pelo Presidente;

    XIV organizar as Diretorias e os servios auxiliares do Tribunal e dos Juzos que lhe forem vinculados;

    XV pronunciar-se sobre os pedidos de remoo de que trata o 5 do art. 371 deste Regimento.

    SEO V

    Da Competncia das Sees

    Art. 14. Compete s Sees processar e julgar:

    a) as aes rescisrias dos julgados de primeiro grau, bem como os da prpria Seo ou das respectivas Turmas;

    b) as revises criminais dos feitos julgados pelas Turmas e pelos Juzes de Primeiro Grau;

    c) as aes penais, o habeas corpus e o habeas data de competncia originria do Tribunal;

    d) o pedido de desaforamento de julgados de competncia do Tribunal do Jri;

    e) os mandados de segurana contra atos dos Desembargadores de Turma ou da prpria Seo, bem como desses rgos em Colegiado;

    f) as questes incidentes em processos da competncia das Turmas da respectiva rea de especializao;

  • 13

    g) as causas relativas a direitos humanos deslocadas para a Justia Federal de competncia originria do Tribunal.

    Pargrafo nico. Compete ainda s Sees:

    a) julgar os incidentes de uniformizao de jurisprudncia, quando ocorrer divergncia na interpretao do direito entre as Turmas que as integram;

    b) sumular a jurisprudncia uniforme das Turmas da respectiva rea de especializao e deliberar sobre a alterao e o cancelamento de Smulas.

    c) julgar os embargos infringentes em matria cvel, bem como os embargos infringentes e os de nulidade em matria penal, interpostos contra decises proferidas pelas Turmas que lhes esto afetas;

    d) julgar os conflitos de competncia entre Juzes de Primeiro Grau, inclusive aqueles envolvendo Juizado Especial e o Comum, nas matrias relativas competncia das Turmas, bem como os conflitos de competncia entre Desembargadores de diferentes Turmas da mesma Seo;

    e) julgar as suspeies e impedimentos arguidos contra Desembargadores das Turmas que lhes so afetas, bem como os arguidos contra o rgo do Ministrio Pblico Federal que perante elas atue;

    f) julgar o recurso previsto no art. 532 do Cdigo de Processo Civil.

    g) julgar o Agravo Interno de que trata o Art. 309 deste Regimento.

    SEO VI

    Da Competncia das Turmas

    Art. 15. Compete s Turmas:

    I processar e julgar, dentro de sua respectiva competncia e observada a especializao:

    a) os habeas corpus e mandados de segurana, quando a autoridade coatora for Juiz Federal, Juiz Federal Substituto, Juiz de Direito ou Pretor no exerccio da jurisdio federal;

    b) os habeas corpus em que a autoridade coatora for membro do Ministrio Pblico da Unio com atuao no primeiro grau de jurisdio;

    c) as excees de suspeio e impedimento contra Juiz Federal ou Juiz Federal Substituto e contra Juiz de Direito ou Pretor no exerccio da jurisdio federal.

    II julgar em grau de recurso:

    a) as causas decididas pelos Juzes Federais, Juzes Federais Substitutos e pelos Juzes de Direito ou Pretores no exerccio da jurisdio federal, salvo os processos em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, de outro, Municpio ou pessoa residente ou domiciliada no Pas (CF/88,

  • 14

    art. 105, II, c, e art. 109, II), bem como as relativas aos crimes polticos (CF/88, art. 102, II, b);

    b) as correies parciais de natureza jurisdicional e cartas testemunhveis contra ato de Juiz Federal, titular ou substituto;

    c) as causas relativas a direitos humanos deslocadas para a Justia Federal.

    Art. 16. As Turmas remetero os feitos de sua competncia Seo das quais so integrantes:

    I quando algum Desembargador propuser reviso da jurisprudncia assentada em Smula pela Seo;

    II quando convier pronunciamento da Seo, em razo da relevncia da questo jurdica, e para prevenir divergncia entre as Turmas da mesma Seo;

    III nos incidentes de uniformizao de jurisprudncia.

    Pargrafo nico. A remessa do feito Seo far-se- independentemente de acrdo.

    SEO VII

    Disposies Comuns

    Art. 17. Corte Especial, s Sees e s Turmas, nos processos das respectivas competncias, incumbe:

    I processar e julgar:

    a) agravo regimental, embargos de declarao, medidas cautelares, antecipatrias e demais arguies;

    b) os incidentes de execuo que lhes forem submetidos;

    c) a restaurao de autos desaparecidos;

    d) as arguies de falsidade, nas causas pendentes de sua deciso;

    II adotar as seguintes providncias:

    a) representar autoridade competente, quando, em autos ou documentos de que conhecer, houver indcio de crime de ao pblica;

    b) encaminhar Corregedoria, quando revelarem excepcional valor ou demrito de seus prolatores, cpia de sentena, de despacho ou de observaes referentes ao funcionamento das Varas.

    Art. 18. As Sees e as Turmas remetero os feitos de sua competncia Corte Especial quando:

    I acolherem arguio de inconstitucionalidade, desde que a matria no tenha sido decidida anteriormente pelo Tribunal ou pelo Supremo Tribunal Federal;

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    II algum Desembargador propuser reviso da jurisprudncia assentada em Smula pela Corte Especial;

    III suscitarem incidentes de uniformizao de jurisprudncia;

    IV convier pronunciamento da Corte Especial em razo da relevncia da questo jurdica ou da necessidade de prevenir divergncia entre as Sees.

    Pargrafo nico. A remessa do feito Corte Especial far-se- independentemente de acrdo, salvo nos casos dos itens I e III.

    CAPTULO III

    Do Presidente, do Vice-Presidente e do Corregedor

    SEO I

    Disposies Gerais

    Art. 19. O Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor tm mandato pelo perodo de dois anos, a contar da posse, vedada a reeleio.

    1. A eleio, por voto secreto, em sesso do Plenrio, ocorrer na primeira quinzena do ms de abril do ano em que findar o binio, devendo a posse dos eleitos ocorrer em 21 de junho do mesmo ano. Se a referida data no for dia normal de trabalho, a posse ser transferida para o primeiro dia til seguinte.

    2. A eleio ser realizada com a presena de, pelo menos, dois teros dos membros do Tribunal, excludos do clculo os legalmente afastados. No se verificando quorum, ser designada sesso extraordinria para a data mais prxima, convocados os Desembargadores ausentes. Desembargador licenciado ou em frias poder participar da eleio.

    3. Considera-se eleito, em primeiro escrutnio, o Desembargador que obtiver a maioria absoluta dos votos dos membros do Tribunal, consoante o disposto no pargrafo anterior. Em segundo escrutnio, participaro somente os dois Desembargadores mais votados no primeiro, concorrendo, entretanto, todos os nomes empatados na ltima posio a considerar. Se nenhum reunir a maioria absoluta de sufrgios, proclamar-se- eleito o mais votado, ou o mais antigo, no caso de empate.

    4. A eleio do Presidente preceder do Vice-Presidente, e a deste do Corregedor, quando se realizarem na mesma sesso.

    5. Aos cargos de Presidente, de Vice-Presidente e de Corregedor somente concorrero os Desembargadores mais antigos do Tribunal, no alcanados pelos impedimentos do art. 102 da Lei Complementar n 35 de 14.03.79.

    6. A Corregedoria considerada cargo de direo para os efeitos de restrio elegibilidade, conforme previsto na segunda parte do referido artigo 102 da Lei Orgnica da Magistratura.

  • 16

    7. O mesmo Desembargador no poder exercer cargo na administrao por mais de quatro anos, consecutivos ou no.

    8. O disposto no pargrafo anterior no se aplica ao Desembargador eleito para completar perodo de mandato inferior a um ano.

    Art. 20. Ocorrendo vacncia da Presidncia durante o primeiro semestre do mandato, assumir o exerccio do cargo, pelo tempo restante, o Vice-Presidente, que se tornar inelegvel para o perodo seguinte. Dando-se vacncia, a partir do segundo semestre do mandato, se o Vice-Presidente manifestar sua disposio de no assumir o cargo de Presidente, ser o perodo completado pelo Desembargador mais antigo, salvo inelegibilidade ou renncia, quando assumir o Desembargador seguinte na ordem de antiguidade.

    Art. 21. Se ocorrer vaga no cargo de Vice-Presidente ou Corregedor, far-se- eleio, na primeira sesso do Plenrio, completando o eleito o perodo de seu antecessor.

    Art. 22. Dando-se a vacncia de cargo no Conselho de Administrao, na Escola da Magistratura, na Coordenadoria dos Juizados Especiais, na Coordenadoria-Geral do Sistema de Conciliao, ou na Ouvidoria, o Plenrio ser convocado a realizar eleio, na forma dos artigos anteriores.

    SEO II

    Das Atribuies do Presidente

    Art. 23. So atribuies do Presidente:

    I representar o Tribunal perante os Poderes da Repblica, dos Estados, dos Municpios e demais autoridades;

    II velar pelas prerrogativas do Tribunal, cumprindo e fazendo cumprir o seu Regimento Interno;

    III dirigir os trabalhos do Tribunal, presidir as sesses ordinrias e convocar as extraordinrias do Plenrio, da Corte Especial e do Conselho de Administrao;

    IV designar dia para julgamento dos processos da competncia do Plenrio e da Corte Especial;

    V proferir, no Plenrio e na Corte Especial, voto de desempate;

    VI relatar, no Plenrio e na Corte Especial, agravo interposto de deciso sua, proferindo voto, que prevalecer em caso de empate;

    VII manter a ordem nas sesses, adotando, para isso, as providncias necessrias;

    VIII submeter questes de ordem ao Tribunal;

    IX executar e fazer executar ordens e decises do Tribunal, ressalvadas as atribuies dos presidentes das Sees, das Turmas e dos Relatores;

  • 17

    X presidir e supervisionar a distribuio dos feitos no Tribunal;

    XI decidir:

    a) os pedidos de recursos para o Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justia, resolvendo os incidentes que se suscitarem, podendo deleg-los ao Vice-Presidente;

    b) os pedidos de suspenso da execuo de medida liminar ou de sentena, sendo ele o Relator das reclamaes para preservar a sua competncia ou garantir a autoridade das suas decises nesses feitos;

    c) durante o recesso do Tribunal, os pedidos de liminar em mandado de segurana, podendo, ainda, determinar liberdade provisria ou sustao de ordem de priso e demais medidas que reclamem urgncia;

    d) sobre a expedio de ordens de pagamentos devidos pela Fazenda Pblica, nos termos do art. 100 e pargrafos da Constituio Federal, despachando os precatrios e ordenando, se for o caso, o sequestro de quantias necessrias satisfao dos dbitos;

    e) sobre o sequestro, no caso do art. 731 do CPC;

    f) as reclamaes, por erro na ata do Plenrio, da Corte Especial, do Conselho de Administrao e na publicao de acrdos;

    XII proferir os despachos de expediente;

    XIII dar posse aos Desembargadores durante o recesso do Tribunal e, em caso de urgncia, conceder-lhes transferncia de Seo;

    XIV dar posse aos Juzes Federais e Juzes Federais Substitutos, assim como prorrogar o prazo para posse e incio do exerccio;

    XV conceder licena aos Desembargadores ad referendum da Corte Especial;

    XVI assinar os atos de provimento, remoo, aposentadoria, disponibilidade e exonerao de Juiz Federal ou de Juiz Federal Substituto;

    XVII criar comisses temporrias compostas por magistrados, designando seus membros e os das comisses permanentes, com aprovao da Corte Especial;

    XVIII iniciar o processo de verificao de invalidez:

    a) de Desembargador, em cumprimento de deliberao ou deciso da Corte Especial, de ofcio, ou por provocao de qualquer membro do Tribunal;

    b) de Juiz Federal ou de Juiz Federal Substituto, mediante provocao do Corregedor ou do Conselho de Administrao;

    XIX nomear Curador ao paciente, na hiptese do item anterior, se se tratar de incapacidade mental, bem assim praticar os demais atos preparatrios do procedimento;

  • 18

    XX expedir as resolues e instrues normativas referentes deliberao do Plenrio, da Corte Especial ou do Conselho de Administrao, bem como as que digam respeito rotina dos trabalhos de distribuio;

    XXI expedir os atos indispensveis disciplina dos servios e segurana institucional do Tribunal;

    XXII adotar providncias necessrias elaborao da proposta oramentria do Tribunal e da Justia Federal de Primeiro Grau, alm de encaminhar pedidos de abertura de crditos adicionais e especiais;

    XXIII resolver dvidas suscitadas na classificao dos feitos e papis registrados no Tribunal, baixando as respectivas instrues;

    XXIV assinar os atos de provimento e vacncia dos cargos do Tribunal, dando posse aos servidores;

    XXV ressalvada a competncia do Conselho de Administrao, conceder licena aos servidores do Tribunal;

    XXVI assinar os atos relativos vida funcional dos servidores;

    XXVII aplicar penalidades disciplinares aos servidores do Tribunal, bem como as de demisso, de cassao de aposentadoria ou de disponibilidade aos servidores da Justia Federal de Primeiro Grau, nas hipteses do art. 141, inciso I, da Lei 8112/90.

    XXVIII delegar, nos termos da lei, competncia ao Diretor-Geral para a prtica de atos administrativos de gesto referentes aos servidores do Tribunal;

    XXIX velar pela regularidade e exatido das publicaes dos dados estatsticos sobre os trabalhos do Tribunal a cada ms;

    XXX apresentar ao Tribunal, no ms de maro, relatrio circunstanciado dos trabalhos efetuados no ano decorrido, bem como mapas dos julgados;

    XXXI prover os cargos efetivos do Tribunal e da Justia Federal de Primeiro Grau, dando posse aos servidores do Tribunal;

    XXXII prover os cargos em comisso do seu gabinete, assim como os demais do Tribunal e da Justia Federal de Primeiro Grau, observada, quando for o caso, a necessidade de indicao, conforme previsto neste Regimento;

    XXXIII conceder aos Desembargadores frias, bem como licena gestante, adotante e demais licenas que dependam de simples comprovao dos requisitos estabelecidos em lei, por perodo inferior ou igual a trinta dias;

    XXXIV autorizar afastamentos de Desembargadores para frequncia a cursos ou seminrios de aperfeioamento e estudos jurdicos cujo perodo seja igual ou inferior a trinta dias;

    XXXV designar Juzes para assumir a funo de Diretor e Vice-Diretor do Foro em cada uma das Sees e Subsees Judicirias com mandatos coincidentes com sua administrao, bem como deliberar sobre o afastamento do

  • 19

    exerccio da jurisdio, caso necessrio, durante o perodo de cumprimento do respectivo mandato;

    XXXVI convocar, ad referendum do Plenrio, por prazo determinado, Juiz Federal para atuar no Tribunal;

    XXXVII nomear os Juzes Federais promovidos dentre os Juzes Federais Substitutos, bem como encaminhar, na promoo dos Juzes Federais a Desembargador, os respectivos nomes ao Presidente da Repblica, para nomeao;

    XXXVIII aprovar a escala de frias dos Desembargadores, bem como dos Juzes Federais convocados, sendo que no caso destes ltimos, depois de o perodo pretendido receber a anuncia do Presidente da Turma integrada pelo magistrado;

    XXXIX conceder frias, licenas e afastamentos, no mbito da competncia da Presidncia, aos Juzes Federais requisitados por outros rgos e Diretores de Foro das Sees Judicirias;

    XL organizar a lista de antiguidade dos Juzes Federais e Juzes Federais Substitutos, com observncia dos critrios estabelecidos neste Regimento;

    XLI praticar todos os demais atos de gesto necessrios ao funcionamento dos servios administrativos no Tribunal;

    1. O Presidente poder indicar juiz para convocao em funo de auxlio s atribuies administrativas de seu Gabinete.

    2. Em caso de questo complexa, poder o Presidente submeter matria de sua competncia ao Conselho de Administrao.

    SEO III

    Das Atribuies do Vice-Presidente

    Art. 24. Ao Vice-Presidente incumbe substituir o Presidente nas frias, licenas, ausncias e impedimentos eventuais, bem como suced-lo, no caso de vaga, na forma do artigo 20.

    1. O Vice-Presidente, quando atua no Plenrio e na Corte Especial, exerce tambm as funes de Relator e Revisor.

    2. Ao Vice-Presidente cabe, ainda:

    I - por delegao do Presidente:

    a) decidir sobre a admissibilidade de recurso extraordinrio, recurso especial, recurso ordinrio de habeas corpus, recurso ordinrio em mandado de segurana e respectivos agravos, bem como resolver os incidentes suscitados;

    b) auxiliar na superviso e fiscalizao dos servios administrativos no Tribunal;

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    c) presidir a distribuio dos feitos;

    d) decidir medidas que reclamem urgncia durante o perodo de recesso;

    II presidir as Sees, bem como as Comisses Permanentes de Regimento Interno e de Jurisprudncia que funcionam no Tribunal;

    III dirigir seu gabinete, fazendo ao Presidente a indicao dos ocupantes dos respectivos cargos e funes;

    IV encaminhar ao Presidente, at o ltimo dia do ms de fevereiro, relatrio circunstanciado dos servios que lhe so afetos.

    3. A delegao das atribuies previstas no item I do pargrafo anterior far-se- mediante ato do Presidente e de comum acordo com o Vice-Presidente.

    4. O Vice-Presidente ser substitudo, em suas ausncias ou impedimentos eventuais, pelo Desembargador que lhe seguir em antiguidade (art. 114 da LC n 35, de 14 de maro de 1979).

    SEO IV

    Das Atribuies do Corregedor

    Art. 25. So atribuies do Corregedor:

    I fiscalizar e orientar, em carter geral e permanente, a atividade dos rgos judicirios e administrativos da Justia Federal de primeira instncia, adotando as providncias que se revelarem necessrias para aprimorar a prestao jurisdicional;

    II determinar a instaurao e presidir os procedimentos administrativos preliminares destinados apurao de faltas de Juzes, titulares ou substitutos;

    III realizar correio ordinria ou extraordinria nas Varas Federais, nos Juizados Especiais Federais e Turmas Recursais da Regio, bem como nos rgos de apoio judicirio e administrativo da Justia Federal de Primeiro Grau;

    IV aprovar a escala de frias dos Juzes Federais e dos Juzes Federais Substitutos, cuja substituio recproca na mesma Vara em que se encontrem em exerccio ser automtica em todos os casos de afastamentos legais, sem prejuzo da designao de substitutos quando no seja possvel a substituio automtica, observados os critrios de designao definidos por ato normativo prprio;

    V conceder aos Juzes Federais e Juzes Federais Substitutos frias, licenas gestante e adotante, licenas que dependam de simples comprovao, cujo perodo seja de at 30 dias;

    VI autorizar afastamentos de Juzes de Primeiro Grau para frequncia a cursos ou seminrios de aperfeioamento e estudos jurdicos cujo perodo seja igual ou inferior a trinta dias;

    VII autorizar os Juzes Federais e Juzes Federais Substitutos a se ausentarem das sedes de suas Subsees, nos dias de expediente forense, desde

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    que no estejam no gozo de frias ou licena, quando o perodo de afastamento for inferior ou igual a 30 (trinta) dias;

    VIII expedir provimentos, portarias, instrues, circulares e ordens de servio;

    IX relatar, no Conselho de Administrao, na Corte Especial ou no Plenrio, conforme a competncia atribuda por este Regimento, os processos de designaes para Turmas Recursais, remoo, permuta e promoo de Juzes Federais e Juzes Federais Substitutos;

    X propor ao Conselho de Administrao normas e parmetros para distribuio e redistribuio dos feitos em primeiro grau, bem como a jurisdio territorial das Subsees Judicirias a serem criadas ou alterao das existentes.

    1. O Vice-Corregedor substituir o Corregedor nas suas frias, licenas e impedimentos ocasionais, sem prejuzo de sua jurisdio, exceto quando o afastamento for superior a trinta dias.

    2. Os perodos em que o Vice-Corregedor substituir o Corregedor no sero considerados como de administrao para os efeitos do art. 102, 2 parte, da Lei Orgnica da Magistratura Nacional.

    3. As providncias de carter normativo que o Corregedor determinar ou as instrues que baixar sero expedidas mediante provimento ou despacho, do que dar conhecimento ao Conselho de Administrao.

    4. No desempenho das atribuies que lhe competem, incumbe ao Corregedor:

    a) conhecer das reclamaes e representaes relativas aos servios judicirios de primeiro grau, determinando ou promovendo as diligncias necessrias;

    b) impor as penalidades de advertncia e suspenso, at 30 (trinta) dias, aos servidores da Justia Federal de Primeira Instncia, sem prejuzo da competncia dos Juzes Federais e do Diretor do Foro;

    c) prestar informaes sobre o pronturio dos Juzes e servidores, para fins de promoo por merecimento ou aplicao de penalidades;

    d) apresentar ao Conselho de Administrao relatrio das correies e inspees;

    e) decidir os recursos de penalidades aplicadas por Juzes de Primeiro Grau;

    f) cancelar ou mandar retificar portarias, ordens de servio, instrues e outros atos baixados por Juzes de primeiro grau ou servidores quando contrariarem a lei ou forem inoportunos;

    g) coordenar o acompanhamento e avaliao dos Juzes para fins de vitaliciamento;

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    h) dispor sobre servios de planto nas Sees e Subsees Judicirias, alm das atribuies dos respectivos Juzes;

    i) dirigir seu Gabinete, fazendo ao Presidente a indicao dos ocupantes dos respectivos cargos e funes;

    j) conhecer de pedido de correio parcial de natureza administrativa.

    5. O Corregedor poder indicar juiz para convocao em funo de auxlio s atribuies administrativas afetas Corregedoria, por perodo coincidente ao seu mandato.

    6. O Corregedor, quando julgar necessrio para a realizao de inspees, sindicncias, correies ordinrias e extraordinrias, ou para realizao de inquritos destinados apurao de responsabilidades, poder designar um Juiz Federal para acompanh-lo, ou delegar-lhe competncia, devendo as concluses ser submetidas sua apreciao e deciso.

    7. Na hiptese do pargrafo anterior, a designao no poder implicar perda da jurisdio, salvo se autorizada pela Corte Especial. Vedada, em qualquer circunstncia, a perda parcial da jurisdio.

    8. O Corregedor encaminhar ao Chefe da Procuradoria Regional da Repblica os documentos necessrios apurao de responsabilidade criminal, sempre que, no exerccio de suas funes, verificar a existncia de infrao penal praticada por servidor da Justia Federal. Nos demais casos, comunicar o fato ao Presidente do Tribunal.

    9. O Corregedor, quando atua no Plenrio e na Corte Especial, tambm exerce as funes de Relator e Revisor.

    10. Das decises do Corregedor que importem restrio de direito, cabe recurso ao Conselho de Administrao.

    CAPTULO IV

    Das Atribuies do Presidente de Seo

    Art. 26. Compete ao Presidente de Seo:

    I presidir as sesses, onde ter apenas o voto de desempate;

    II manter a ordem nas sesses;

    III convocar sesses extraordinrias;

    IV mandar incluir em pauta os processos e assinar as atas das sesses;

    V assinar a correspondncia, os ofcios executrios e quaisquer comunicaes referentes aos processos julgados pela respectiva Seo.

    Pargrafo nico. O presidente, nos seus eventuais impedimentos e ausncias, ser substitudo pelo Desembargador mais antigo na Seo.

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    CAPTULO V

    Das Atribuies do Presidente de Turma

    Art. 27. Compete ao Presidente de Turma:

    I presidir as sesses de sua Turma, onde ter participao tambm na condio de Relator, Revisor ou Vogal;

    II manter a ordem nas sesses;

    III convocar as sesses extraordinrias;

    IV mandar incluir em pauta os processos da respectiva Turma e assinar as atas das sesses;

    V assinar a correspondncia, bem como os ofcios executrios e quaisquer comunicaes referentes aos processos julgados pela respectiva Turma;

    VI indicar ao Presidente o servidor do Tribunal, bacharel em Direito, a ser designado Diretor de Secretaria da Turma.

    Pargrafo nico. O Presidente de Turma, nos seus impedimentos e ausncias eventuais, ser substitudo pelo Desembargador que o siga na composio do rgo, em conformidade com o sistema rotativo.

    CAPTULO VI

    Dos Desembargadores Federais

    SEO I Disposies Gerais

    Art. 28. Os Desembargadores sero nomeados pelo Presidente da Repblica mediante promoo de Juzes Federais com mais de cinco anos de exerccio, segundo o critrio de antiguidade e merecimento, alternadamente, sendo um quinto dentre advogados com mais de 10 (dez) anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministrio Pblico Federal com mais de 10 (dez) anos de carreira, dotados de notvel saber jurdico e reputao ilibada;

    Art. 29. O Tribunal encaminhar ao Presidente da Repblica lista trplice, nos casos de preenchimento de vaga do quinto constitucional e de promoo por merecimento de Juzes Federais.

    1. Ocorrendo vaga destinada a Advogado ou a membro do Ministrio Pblico, o Presidente do Tribunal, nos cinco dias seguintes, solicitar ao rgo de representao da classe que providencie a lista sxtupla dos candidatos, observados os requisitos constitucionais.

    2. Tratando-se de vaga a ser preenchida por Juiz, o Presidente far publicar Edital, com prazo de dez dias, para manifestao dos magistrados interessados que preencham os requisitos constitucionais.

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    3. Recebida a lista sxtupla, ou esgotado o prazo indicado no pargrafo anterior, convocar o Presidente, de imediato, sesso do Tribunal para elaborao da lista trplice.

    4. Para composio da referida lista, o Tribunal reunir-se-, em sesso pblica, com o quorum mnimo de dois teros de seus membros.

    5. Somente constar de lista trplice o candidato que obtiver, em primeiro ou subsequente escrutnio, a maioria absoluta dos votos dos membros do Tribunal.

    6. Os candidatos figuraro na lista de acordo com a ordem decrescente dos sufrgios que obtiverem, respeitado, tambm, o nmero de ordem do escrutnio.

    7. A escolha dos nomes que comporo a lista trplice far-se- em simples votao na eleio do quinto constitucional e por votao nominal, aberta e fundamentada para promoo de Juzes Federais, realizando-se tantos escrutnios quantos forem necessrios.

    8. Para colocao dos nomes na lista, em caso de empate, far-se- o desempate pelo critrio do tempo de servio pblico no cargo em relao aos magistrados e membros do Ministrio Pblico. No que pertine aos advogados, deve prevalecer o tempo de inscrio na Ordem como advogado. Em qualquer hiptese, persistindo o empate, ter preferncia o mais idoso.

    Art. 30. Aberta a sesso, ser ela transformada em Conselho, para que o Tribunal aprecie aspectos gerais referentes escolha dos candidatos, histricos pessoais, vida pregressa e se satisfazem os requisitos constitucionais exigidos. Os membros do Tribunal recebero, quando possvel, com antecedncia de, no mnimo, setenta e duas horas da data da sesso, relao dos candidatos, instruda com cpia dos respectivos currculos.

    1. Tornada pblica a sesso, o Presidente designar a Comisso Escrutinadora, que ser integrada por trs membros do Tribunal.

    2. Existindo mais de uma vaga a ser preenchida por advogado ou membro do Ministrio Pblico, para cada lista sxtupla ser elaborada lista trplice, observando-se o que dispe o 4 deste artigo.

    3. Se houver duas ou mais vagas a serem providas dentre juzes, a primeira lista ser composta por trs nomes. A segunda e subsequentes devero ser integradas pelos nomes remanescentes da lista anterior acrescida de mais um nome.

    4. No primeiro escrutnio, cada Desembargador votar em trs nomes. Ter-se- como constituda a lista se, no primeiro escrutnio, trs ou mais nomes obtiverem maioria absoluta dos votos do Tribunal hiptese em que figuraro na lista os nomes dos trs mais votados. Caso contrrio, efetuar-se- segundo escrutnio, e, se necessrio, novos escrutnios.

    5. No ofcio a ser encaminhado ao Poder Executivo, contendo a lista trplice nica ou as diversas listas trplices, far-se- referncia ao nmero de votos obtidos pelos indicados e ordem do escrutnio em que se deu a escolha.

  • 25

    Art. 31. Os Desembargadores tomaro posse, no prazo de trinta (30) dias, em sesso plenria e solene do Tribunal, podendo faz-lo perante o Presidente em perodo de recesso ou em caso de urgncia.

    1. No ato da posse, o Desembargador prestar compromisso de bem desempenhar os deveres do cargo e de bem cumprir e fazer cumprir a Constituio e as leis do Pas.

    2. Do compromisso lavrar-se-, em livro especial, termo que ser assinado pelo Presidente, pelo empossado e pelo Diretor-Geral.

    3. Somente ser dada posse ao Desembargador que antes haja provado:

    a) ser brasileiro;

    b) contar mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos de idade;

    c) satisfazer aos demais requisitos inscritos em lei.

    4. O prazo para a posse poder ser prorrogado pelo Plenrio, na forma da lei.

    Art. 32. Os Desembargadores tm as prerrogativas, as garantias, os direitos e as incompatibilidades inerentes ao exerccio da Magistratura.

    1. Os Desembargadores recebero o tratamento de Excelncia e usaro toga nas sesses solenes, ordinrias ou extraordinrias; conservaro o ttulo e as honras correspondentes mesmo depois da aposentadoria.

    2. A Presidncia do Tribunal velar pela preservao dos direitos, interesses e prerrogativas dos Desembargadores aposentados.

    Art. 33. Levar-se- em considerao a antiguidade dos Desembargadores, para efeito de sua posio no Plenrio, na Corte Especial, nas Sees, nas Turmas, distribuio de servios, reviso de processos, substituio e qualquer outro efeito legal ou regimental.

    1. Em caso de posse na mesma data, a antiguidade ser aferida pela ordem de precedncia das vagas.

    2. Ocorrendo empate, o desempate ser realizado do seguinte modo:

    I - para os Juzes de carreira, ser considerada a lista de antiguidade de Juiz Federal;

    II - para os Juzes integrantes do quinto constitucional, ser considerado o tempo de servio no Ministrio Pblico Federal ou na advocacia;

    III em qualquer caso, persistindo o empate, ser considerada a idade.

    Art. 34. Havendo, dentre os Desembargadores do Tribunal, cnjuges, parentes consanguneos ou afins, em linha reta ou no terceiro grau da linha colateral, integraro Sees diferentes, e o primeiro que conhecer da causa impede

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    que o outro participe do julgamento quando a competncia for do Plenrio ou da Corte Especial.

    Art. 35. Os Desembargadores tm direito transferncia para outra Seo onde haja vaga ou mediante permuta. Havendo mais de um pedido, ter preferncia o do mais antigo.

    Pargrafo nico. Na mesma Seo vedada a transferncia para outra Turma, bem como a troca de acervo de processos.

    Art. 36. Os Desembargadores tm jurisdio no territrio dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paran.

    SEO II

    Do Relator

    Art. 37. So atribuies do Relator:

    I - ordenar e dirigir o processo;

    II determinar s autoridades judicirias de primeira instncia, sujeitas sua jurisdio, e s administrativas, providncias para o bom andamento e a instruo do processo, bem como a execuo de suas decises;

    III submeter ao Plenrio, Corte Especial, Seo, Turma, ou aos respectivos Presidentes, conforme a competncia, questes de ordem para melhor trmite dos processos;

    IV submeter ao Plenrio, Corte Especial, Seo ou Turma, nos processos da competncia destes, as medidas necessrias proteo de direito suscetvel de grave dano e de incerta reparao, ou aquelas destinadas a garantir a eficcia de ulterior deciso da causa, nos casos em que lhe caiba agir de ofcio;

    V determinar, em feito que requerer urgncia, as medidas do inciso anterior, ad referendum do Plenrio, da Corte Especial, da Seo ou da Turma;

    VI assinar carta de ordem, precatria ou rogatria;

    VII assinar ofcios executrios e quaisquer comunicaes referentes aos processos julgados;

    VIII requisitar autos originais, quando necessrio;

    IX homologar desistncias, ainda que o feito se ache em pauta ou em mesa para julgamento;

    X pedir dia para julgamento dos processos que lhe forem distribudos, ou pass-los ao Revisor, com o relatrio, se for o caso;

    XI dispensar a reviso nas hipteses legais;

    XII julgar prejudicado pedido ou recurso que haja perdido objeto;

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    XIII propor Seo ou Turma seja o processo submetido ao Plenrio ou Corte Especial, conforme o caso;

    XIV apresentar em mesa para julgamento os feitos que independem de pauta;

    XV redigir o acrdo, quando seu voto for o vencedor no julgamento;

    XVI decidir sobre os pedidos de assistncia judiciria gratuita;

    XVII determinar o arquivamento de inqurito, ou peas informativas, quando o requerer o Ministrio Pblico, ou submeter o requerimento deciso do rgo competente do Tribunal;

    XVIII determinar, nas aes rescisrias, o depsito de que trata o artigo 488, II, do Cdigo de Processo Civil.

    1. O Relator poder delegar atribuies a autoridades judicirias de instncia inferior, nos casos previstos em lei ou neste Regimento;

    2. Caber, ainda, ao Relator:

    I suspender o cumprimento da deciso recorrida, nas hipteses previstas no art. 558 e seu pargrafo nico do Cdigo de Processo Civil, at o pronunciamento definitivo do Colegiado;

    II negar seguimento a pedido ou recurso manifestamente intempestivo, inadmissvel, improcedente, prejudicado ou em confronto com Smula ou com jurisprudncia dominante do Tribunal, do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justia. Se a deciso estiver em manifesto confronto com Smula ou com a jurisprudncia dominante do STF/STJ, poder dar provimento ao recurso.

    III extinguir a execuo nos feitos de competncia originria;

    IV julgar a habilitao incidente, quando depender de deciso;

    V julgar os incidentes de impugnao ao valor da causa;

    VI negar seguimento a agravo de instrumento a que falte algum dos requisitos legais.

    3. Das decises referidas no pargrafo anterior, no havendo retratao, caber agravo, em cinco dias ao rgo competente, cumprindo ao Relator apresentar o processo em mesa para julgamento.

    4. Quando o agravo previsto no 1 do art. 557 do CPC, interposto no caso do inciso II do pargrafo 2 deste artigo, for manifestamente inadmissvel ou infundado, o Colegiado condenar o agravante a pagar ao agravado multa, nos termos do 2 do art. 557 do CPC.

    SEO III

    Do Revisor

    Art. 38. Sujeitam-se reviso os seguintes processos:

  • 28

    I ao rescisria;

    II reviso criminal;

    III apelao cvel, salvo se a ao for de rito sumrio;

    IV apelao criminal, exceto quando se tratar de processo em que a pena prevista seja de deteno ou multa;

    V embargos infringentes em matria cvel;

    VI embargos infringentes e de nulidade em matria penal;

    VII ao penal e habeas data de competncia originria do Tribunal.

    Pargrafo nico. Nos casos de apelao cvel, embargos infringentes e aes processadas pelo rito especial ou ordinrio, e ainda nos habeas data de competncia originria do Tribunal, o Relator poder, se presentes os pressupostos previstos no art. 37, XI, deste Regimento, dispensar a reviso.

    Art. 39. Ser Revisor o Desembargador que se seguir ao Relator, na ordem decrescente de antiguidade.

    Pargrafo nico. Em caso de substituio definitiva do Relator, ser tambm substitudo o Revisor, na conformidade do disposto neste artigo.

    Art. 40. Compete ao Revisor:

    I sugerir ao Relator medidas ordinatrias do processo, que tenham sido omitidas;

    II confirmar, completar ou retificar o relatrio;

    III pedir dia para julgamento;

    IV determinar a juntada de petio, enquanto os autos lhe estiverem conclusos, submetendo, conforme o caso, desde logo, a matria considerao do Relator.

    CAPTULO VII

    Do Conselho de Administrao

    Art. 41. Ao Conselho de Administrao incumbe:

    I exercer as atribuies administrativas no previstas na competncia do Plenrio, da Corte Especial, do Presidente, do Vice-Presidente, do Corregedor ou as que lhe tenham sido delegadas;

    II determinar, mediante provimento, as providncias necessrias ao regular funcionamento da Justia Federal de Primeiro e Segundo Graus, bem assim disciplina forense;

    III estabelecer normas para a distribuio dos feitos em primeiro grau;

  • 29

    IV conceder aos Juzes de Primeiro Grau licena cujo prazo seja superior a 30 dias, exceo da licena gestante e adotante;

    V conceder aos Juzes de Primeiro Grau afastamentos para prestao de servios exclusivamente Justia Eleitoral e para a presidncia de associao de classe;

    VI deliberar sobre os pedidos de remoo de Juzes Federais ou de Juzes Federais Substitutos, exceto na hiptese do 5 do art. 371, e de servidores da Justia Federal da 4 Regio;

    VII outorgar licenas aos servidores da Justia Federal, quando por prazo superior a noventa dias, ressalvadas a licena-sade e a licena-gestante;

    VIII deliberar sobre a convenincia da realizao de concurso para provimento de cargo de Juiz Federal Substituto;

    IX autorizar o provimento dos cargos efetivos do Tribunal e da Justia Federal de Primeiro Grau;

    X aprovar as indicaes para os cargos em comisso de Diretores do Tribunal, bem assim para o de Diretor de Controle Interno, e a indicao para os cargos em comisso das Secretarias do Tribunal, quando a escolha no recair em servidor de seu quadro ou da Justia Federal;

    XI aprovar as indicaes para o exerccio das funes comissionadas de Diretor de Ncleo e dos cargos em comisso da Justia Federal de Primeiro Grau;

    XII conceder, aos servidores da Justia Federal, os afastamentos previstos nos artigos 93 a 95 da Lei n 8112/90;

    XIII deliberar sobre recursos e demais matrias administrativas referentes a servidores do Tribunal e da Justia Federal de Primeiro Grau, que lhe sejam submetidas;

    XIV fixar a competncia administrativa dos Juzes titulares e substitutos;

    XV propor a criao de novas Varas, Turmas Recursais e novos Juizados Especiais Federais;

    XVI especializar Varas e atribuir competncia pela natureza do feito a determinados Juzes;

    XVII organizar e fazer realizar concursos para provimento dos cargos de Juiz Federal Substituto, dos cargos efetivos do Tribunal e das Sees Judicirias;

    XVIII elaborar seu Regimento Interno e submet-lo aprovao do Tribunal;

    XIX decidir os recursos contra atos do Corregedor-Regional.

    XX decidir, salvo se for caso de aplicao das penalidades disciplinares a que se refere o art. 141, I, da Lei 8112/90, os recursos das decises administrativas de competncia originria da Presidncia;

  • 30

    XXI editar, mediante proposta de qualquer um dos seus membros e pelo voto da maioria absoluta, enunciados a respeito de matrias cujo entendimento esteja pacificado em reiteradas decises;

    XXII deliberar sobre requerimento de trnsito de Juiz Federal promovido a Desembargador.

    Art. 42. O quorum de dois teros dos membros do Conselho de Administrao exigido para que suas decises tenham efeito.

    Pargrafo nico. As decises so tomadas por maioria dos votos dos presentes, prevalecendo, em caso de empate, o voto do Presidente.

    Art. 43. Dos atos e decises proferidas em matria de competncia originria do Conselho de Administrao caber pedido de reconsiderao ao prprio rgo e recurso Corte Especial.

    Art. 44. assegurado aos Presidentes da AJUFE e das Associaes locais de Juzes Federais, que indicaro os seus suplentes, o uso da palavra nas sesses do Conselho, sem direito a voto, quando estiver em julgamento assunto que lhes interesse.

    CAPTULO VIII

    Das Comisses

    Art. 45. As Comisses, Permanentes ou Temporrias, colaboram no desempenho dos encargos do Tribunal.

    1. So Comisses Permanentes:

    I a Comisso de Regimento Interno;

    II a Comisso de Jurisprudncia;

    III a Comisso de Vitaliciamento, cuja competncia ser fixada em resoluo pelo Tribunal.

    2. As Comisses Permanentes sero integradas por cinco Desembargadores efetivos e um suplente, respeitada, se possvel, a paridade de representao de cada uma das Sees do Tribunal.

    3. A presidncia das Comisses de Regimento Interno e da Jurisprudncia ser exercida pelo Vice-Presidente do Tribunal que as compor em seu nmero, integrando-as como membro nato.

    4. O Diretor da Escola da Magistratura membro nato da Comisso de Jurisprudncia, compondo-a em seu nmero.

    5. A Comisso de Vitaliciamento ser presidida pelo Corregedor e integrada por mais quatro desembargadores eleitos pelo Plenrio.

  • 31

    Art. 46. As Comisses Temporrias, que podem ser criadas pelo Plenrio, Corte Especial ou pelo Presidente do Tribunal e ter qualquer nmero de membros, extinguem-se quando satisfeito o fim a que se destinem.

    Art. 47. O Presidente designar os membros das Comisses, submetendo-os aprovao da Corte Especial.

    Art. 48. As Comisses Permanentes ou Temporrias podero:

    I sugerir ao Presidente do Tribunal normas de servio relativas matria de sua competncia;

    II tratar, por seu Presidente, com outras autoridades ou instituies, nos assuntos de sua competncia, por delegao do Presidente do Tribunal.

    Art. 49. Comisso de Regimento Interno cabe:

    I velar pela atualizao do Regimento, propondo emendas ao texto em vigor e emitindo parecer sobre aquelas de iniciativa de outra Comisso ou apresentadas por Desembargador;

    II opinar em processo administrativo, quando consultada pelo Presidente.

    Art. 50. Comisso de Jurisprudncia cabe:

    I velar pela expanso, atualizao e publicao da jurisprudncia predominante do Tribunal;

    II supervisionar os servios de sistematizao da jurisprudncia do Tribunal, sugerindo medidas que facilitem a pesquisa de julgados ou processos;

    III orientar iniciativas de coleta e divulgao dos trabalhos dos Desembargadores que j se afastaram definitivamente do Tribunal;

    IV propor ao Plenrio, Corte Especial ou Seo que seja compendiada em Smula a jurisprudncia do Tribunal, quando verificar que as Turmas no divergem na interpretao do direito;

    V sugerir medidas destinadas a abreviar a publicao dos acrdos.

    Art. 51. Comisso de Vitaliciamento cabe:

    I acompanhar a atuao do Juiz vitaliciando durante o perodo de estgio probatrio;

    II orientar a atuao do Juiz vitaliciando no que diz respeito conduta profissional e atuao junto s partes, procuradores, servidores, pblico em geral e outros magistrados;

    III avaliar a atuao do Juiz vitaliciando, mediante relatrios peridicos a serem encaminhados ao Corregedor-Regional.

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    CAPTULO IX

    Da Escola da Magistratura, Da Coordenadoria e da Vice-Coordenadoria dos Juizados Especiais Federais, Da Coordenadoria do Sistema de

    Conciliao e da Ouvidoria Judicial.

    Art. 52. Junto ao Tribunal, funciona a Escola da Magistratura, destinada a promover cursos de preparao e aperfeioamento de Magistrados, editar a Revista de Jurisprudncia da Corte e publicar peridicos que o Plenrio entender conveniente divulgar, bem como prestar apoio administrativo Comisso Examinadora quando da realizao de concurso pblico para provimento de cargo de Juiz Federal Substituto.

    Art. 53. Cabe ao Coordenador dos Juizados Especiais Federais:

    I - exercer a coordenao administrativa dos Juizados Especiais Federais, incluindo suas Turmas Recursais, propondo ao Tribunal as medidas necessrias para o seu adequado funcionamento;

    II cumprir e fazer cumprir os regulamentos acerca dos Juizados, editando normas complementares relativas padronizao dos procedimentos e outras que se fizerem necessrias;

    III convocar e presidir a Turma Regional de Uniformizao, nos termos do art. 14, 1, da Lei n 10.259, de 12 de julho de 2001, proferindo voto de desempate;

    IV encaminhar Presidncia do Tribunal, at o ms de fevereiro, relatrio das atividades dos Juizados no ano anterior, bem como as metas e planejamento estratgico para o ano seguinte;

    V propor a criao de Juizados Especiais Federais e de Turmas Recursais;

    VI - sugerir o funcionamento de Juizados em carter itinerante, de acordo com o art. 22, pargrafo nico, da Lei n 10.259, de 12 de julho de 2001;

    VII propor a realizao de correies em Varas de Juizados Especiais Federais e Turmas Recursais;

    VIII promover a permanente atualizao do banco de dados da Jurisprudncia dos Juizados da Regio, adotando as providncias necessrias ao desenvolvimento de programas tendentes completa informatizao dos processos a cargo dos Juizados;

    IX promover e coordenar encontros e grupos de estudos ou de trabalho, sobre os Juizados Especiais, com a colaborao da Escola da Magistratura e do Conselho da Justia Federal;

    X reportar Corregedoria-Geral eventuais faltas disciplinares, fornecendo-lhe as informaes necessrias para apurao dos fatos;

    XI propor Coordenadoria do Sistema de Conciliao SISTCON programas e mutires especiais no mbito dos Juizados e Turmas Recursais;

  • 33

    XII representar os Juizados Especiais Federais perante a Comisso Permanente dos Juizados Especiais Federais no Conselho da Justia Federal;

    Pargrafo nico. Ao Vice-Coordenador incumbe substituir o Coordenador nas suas ausncias e coadjuv-lo em todos os assuntos compreendidos nas suas atribuies legais e regimentais.

    Art. 54. Compete ao Coordenador do Sistema de Conciliao:

    a) designar os Coordenadores Regionais do SISTCON das Sees Judicirias;

    b) indicar Corregedoria-Regional os Juzes Federais para as atividades de conciliao.

    c) submeter ao Plenrio o planejamento anual das atividades de conciliao, com a definio de metas e aes, inclusive as relativas ao Dia Nacional de Conciliao;

    d) identificar, do acervo de processos distribudos aos Desembargadores, os tipos de processos passveis de conciliao, independente da matria, e submeter aprovao do Plenrio a utilizao do processo conciliatrio como meio de solucionar a lide;

    e) designar, mediante portaria, os integrantes da Comisso Permanente de Conciliao para o auxlio na triagem dos processos com probabilidade de conciliao, bem como para a realizao das demais atividades necessrias sua operacionalizao;

    f) promover a divulgao interna e externa das estatsticas e dos resultados das atividades de conciliao;

    g) efetuar a prestao anual, ou quando convocado, das atividades e esclarecimentos referentes s atividades de conciliao tanto Administrao do Tribunal quanto ao seu Plenrio.

    Art. 55. Ao Ouvidor Judicial incumbe

    I - exercer a direo administrativa da Ouvidoria Judicial, propondo ao Tribunal medidas necessrias ao adequado cumprimento de sua finalidade institucional;

    II - diligenciar pelo cumprimento dos regulamentos da Ouvidoria Judicial, editando normas complementares;

    III - prover o recebimento de consultas, informaes, sugestes, reclamaes, denncias, crticas e elogios que respeitam s atividades do Tribunal; o encaminhamento destas manifestaes aos rgos e unidades competentes para anlise e providncias, conforme o caso; bem como a informao do interessado acerca das medidas adotadas;

    IV encaminhar aos rgos disciplinares competentes, quando for o caso, denncias para que promovam a apurao de questes que envolvam insuficincias, abusos e incorrees na prestao de servios;

  • 34

    V - propor aos demais rgos a adoo de medidas administrativas para a melhoria e aperfeioamento das atividades em face das informaes, sugestes, reclamaes, denncias, crticas e elogios recebidos;

    VI - apresentar e dar publicidade aos dados estatsticos acerca das manifestaes recebidas e das providncias adotadas;

    VII - no mbito das finalidades da Ouvidoria, promover a interao com os rgos que compem a Justia Federal de 1 e 2 Graus da 4 Regio, assim como representar o Tribunal ante os demais rgos do Poder Judicirio;

    VIII - encaminhar Presidncia do Tribunal, at o ltimo dia do ms de fevereiro o relatrio de atividades da Ouvidoria referentes ao ano precedente.

    Art. 56. Para a recusa das funes administrativas privativas de Desembargador de que tratam os precedentes Captulos VII, VIII e o presente, ser observado o disposto na parte final do art. 102 da Lei Complementar n 35 de 14 de maro de 1979 (LOMAN).

    CAPTULO X

    Das Licenas, Substituies e Convocaes

    Art. 57. A licena requerida pelo Desembargador com a indicao dos motivos, do prazo e do dia do incio.

    1. O Desembargador licenciado pode reassumir o cargo, a qualquer tempo, entendendo-se que desistiu do restante do prazo.

    2. Se a licena for para tratamento da prpria sade, o Desembargador somente poder reassumir o cargo, antes do trmino do prazo, se no houver contra-indicao mdica.

    Art. 58. Nas ausncias ou impedimentos eventuais ou temporrios, a substituio no Tribunal dar-se- da seguinte maneira:

    I o Presidente do Tribunal, pelo Vice-Presidente, e este, pelos demais Desembargadores, na ordem decrescente de antiguidade;

    II o Presidente da Seo, pelo Desembargador mais antigo;

    III o Presidente da Turma, pelo Desembargador que o seguir na ordem de antiguidade na composio do Colegiado;

    IV os Presidentes das Comisses, pelo mais antigo dentre os seus membros;

    V qualquer dos membros das Comisses, pelo suplente.

    Art. 59. O Relator substitudo:

    I no caso de impedimento, ausncia ou obstculos eventuais, em se cogitando da adoo de medidas urgentes, pelo Revisor, se houver, ou pelo Desembargador imediato em antiguidade, no Plenrio, na Corte Especial, na Seo ou na Turma, conforme a competncia, o que no afeta a competncia do Relator

  • 35

    originrio para fins de preveno, para medidas de execuo, cautelares supervenientes ou outros feitos incidentes;

    II quando vencido, em sesso de julgamento, pelo Desembargador designado para redigir o acrdo, sendo que este ser, necessariamente, o Relator para eventuais recursos de embargos de declarao e juzo de admissibilidade em embargos infringentes;

    III em caso de ausncia por mais de trinta dias, nos feitos do Plenrio, mediante redistribuio;

    IV em caso de transferncia para outra Seo, ou quando empossado Presidente, Vice-Presidente ou Corregedor, salvo quanto aos processos com pedido de vista, ou aqueles encaminhados reviso, ou remetidos Secretaria com pedido de dia, pelo Desembargador que preencher sua vaga na Turma ou que tiver proferido o primeiro voto vencedor, condizente com o do Relator, para admitir recurso enquanto no preenchida sua vaga;

    V em caso de aposentadoria, exonerao ou morte, pelo Desembargador que tiver proferido o primeiro voto vencedor, condizente com o do Relator, para lavrar ou assinar os acrdos dos julgamentos, bem como para admitir recursos enquanto no preenchida sua vaga.

    Art. 60. O Revisor substitudo no Plenrio, em caso de vaga, impedimento ou licena por mais de trinta dias, pelo Desembargador que o seguir em antiguidade.

    Art. 61. Em caso de vacncia, os processos, sero redistribudos ao sucessor.

    Art. 62. Para as sesses da Corte Especial, nos casos de impedimento, ausncia ou eventuais obstculos de Desembargadores dela integrantes, sero convocados os suplentes, observadas as respectivas classes.

    1. Para completar quorum, em qualquer das Turmas, sero convocados Desembargadores Federais da mesma Seo; e para completar quorum, em qualquer das Sees, far-se- convocao: a) da 4 Seo, se a falta ocorrer na 1 Seo; b) da 1 Seo, se a falta ocorrer na 2 Seo; c) da 2 Seo, se a falta ocorrer na 3 Seo; e d) da 3 Seo, se a falta ocorrer na 4 Seo.

    2. Nos casos a que se refere o pargrafo anterior, os processos tero prioridade no julgamento, respeitadas as preferncias legais.

    3. A convocao ser feita pelo Presidente da Seo ou da Turma, com antecedncia de 48 horas, mediante comunicao escrita, e observar a ordem de antigidade, excludos os j convocados.

    Art. 63. Nas hipteses de vacncia do cargo, licena, frias, afastamentos de Desembargador ou acmulo de servio, poder ser convocado Juiz de Primeiro Grau, para atuao temporria, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Plenrio ou, ad referendum, pelo Presidente do Tribunal em caso de urgncia.

    1. A escolha do convocado dever ser feita dentre os Juzes integrantes da primeira quinta parte da lista de antiguidade, salvo se no houver quem aceite a substituio.

  • 36

    2. A convocao ser, em regra, com prejuzo da jurisdio ou qualquer outra atividade administrativa, tal como servio eleitoral, administrao do foro, Turma Recursal ou coordenao de juizados especiais.

    3. Ao Juiz convocado ser destinado o gabinete e a assessoria do desembargador substitudo.

    4. A convocao do Juiz no exceder um ano, podendo ser prorrogada uma vez, caso persista o carter excepcional que a ocasionou.

    5. Encerrado o perodo de convocao, os processos em poder do Juiz convocado sero conclusos ao Desembargador substitudo, ressalvados aqueles em que haja pedido de vista, os remetidos ao Revisor, ou includos em pauta de julgamento.

    6. O Juiz Federal convocado receber a diferena de subsdio correspondente ao cargo de Desembargador, mais dirias e transporte, se for o caso.

    7. A convocao em qualquer hiptese far-se- na forma estabelecida neste artigo, preferencialmente dentre Juzes Federais que preencham os requisitos para a promoo.

    Art. 64. O Juiz convocado participar dos julgamentos na Turma ou na Seo com idntica competncia do Desembargador substitudo.

    Pargrafo nico. vedada a atuao dos Juzes convocados nos processos de competncia do Plenrio Administrativo e da Corte Especial Administrativa.

    CAPTULO XI

    Da Segurana do Tribunal

    Art. 65. O Presidente, no exerccio da atribuio referente segurana do Tribunal, poder requisitar o auxlio de outras autoridades, quando necessrio.

    Art. 66. Ocorrendo infrao lei penal na sede ou dependncias do Tribunal, o Presidente instaurar inqurito, se envolver autoridade ou pessoa sujeita sua jurisdio, ou delegar esta atribuio a outro Desembargador.

    1. Nos demais casos, o Presidente poder proceder na forma deste artigo ou requisitar a instaurao de inqurito autoridade competente.

    2. O Desembargador incumbido do inqurito designar secretrio dentre os servidores do Tribunal.

    Art. 67. A segurana das sesses e das audincias compete ao seu Presidente.

    CAPTULO XII

    Da Representao por Desobedincia ou Desacato

  • 37

    Art. 68. Sempre que tiver conhecimento de desobedincia a ordem emanada do Tribunal ou de seus Desembargadores ou Juzes convocados no exerccio da funo, ou de desacato ao Tribunal, ou a seus membros, o Presidente comunicar o fato ao rgo competente do Ministrio Pblico, provendo-o dos elementos de que dispuser para a propositura da ao penal.

    Pargrafo nico. Decorrido o prazo de trinta dias, sem providncias, o Presidente dar cincia ao Tribunal, em sesso reservada, para as medidas cabveis que julgar necessrias.

    TTULO II

    Das Funes Essenciais Justia

    CAPTULO I

    Do Ministrio Pblico

    Art. 69. Perante cada rgo julgador do Tribunal funciona um agente do Ministrio Pblico Federal que, nas sesses, tomar assento direita do Presidente.

    Art. 70. O Ministrio Pblico manifestar-se- nas oportunidades previstas em lei e neste Regimento.

    Pargrafo nico. O Ministrio Pblico poder, a qualquer tempo, enquanto no proclamado o resultado do julgamento, manifestar-se quando entender existente interesse em causa que justifique a interveno podendo, para tanto, requerer a suspenso do julgamento para ter vista dos autos, o que ser deliberado pelo Colegiado.

    Art. 71. Nos processos em que atuar como titular da ao penal ou cvel, o Ministrio Pblico tem os mesmos poderes e nus que as partes, ressalvadas as disposies expressas em lei ou neste regimento.

    Art. 72. O Ministrio Pblico ter vista dos autos:

    I nas arguies de inconstitucionalidade;

    II nos incidentes de uniformizao de jurisprudncia;

    III nos mandados de segurana, habeas corpus e habeas data, originrios ou em grau de recurso;

    IV nas aes penais originrias e nas revises criminais;

    V nos conflitos de competncia e de atribuies;

    VI nas aes rescisrias;

    VII nos recursos que versem sobre matria de nacionalidade;

    VIII nas notcias-crime;

    IX nos inquritos dos quais possa resultar responsabilidade penal;

  • 38

    X nos recursos criminais;

    XI nos outros processos que a lei impuser a interveno do Ministrio Pblico;

    Pargrafo nico. Salvo na ao penal originria ou nos inquritos, o Relator, quando houver urgncia, ou j tiver a Corte Especial firmado jurisprudncia sobre a matria versada no processo, poder tomar o parecer do Ministrio Pblico oralmente.

    Art. 73. Na sesso de julgamento, o representante do Ministrio Pblico poder usar da palavra sempre que for facultada s partes sustentao oral, bem como para esclarecer matria de fato.

    1. Nos feitos cveis que oficiar como fiscal da lei, o agente do Ministrio Pblico manifestar-se- aps as partes.

    2. Nas aes penais onde houver recurso do Ministrio Pblico, falar em primeiro lugar o seu representante em segunda instncia.

    Art. 74. O Ministrio Pblico Federal poder pedir preferncia para julgamento de processo em pauta.

    CAPTULO II

    Da Advocacia-Geral da Unio

    Art. 75. O Advogado-Geral da Unio representa judicialmente a Unio perante o Tribunal, diretamente ou por meio de seus procuradores.

    CAPTULO III

    Da Advocacia e da Defensoria Pblica da Unio

    Art. 76. A postulao perante o Tribunal ato privativo de advogado e a Defensoria Pblica da Unio atua prestando assistncia jurdica integral e gratuita aos que comprovarem insuficincia de recursos.

    PARTE II

    Do Processo

    TTULO I

    Disposies Gerais

    CAPTULO I

    Do Registro e Classificao dos Feitos

    Art. 77. O Tribunal adotar o meio eletrnico na tramitao de processos judiciais e administrativos, comunicao de atos e transmisso de peas processuais registrando os eventos no ato da ocorrncia.

  • 39

    1. No meio fsico, as peties e os autos enviados ao Tribunal, entregues em sua sede, nas Sees ou Subsees Judicirias da Regio, sero registrados, por ordem de chegada, no respectivo protocolo integrado.

    2. O Presidente do Tribunal disciplinar o Sistema Processual Eletrnico e o Sistema de Protocolo de peties.

    Art. 78. Devero constar, no sistema eletrnico de autuao, os dados inseridos pelo primeiro grau, sem prejuzo da atualizao e reviso quando cabveis:

    I nomes das partes e dos seus procuradores;

    II nome do Relator e rgo Julgador;

    III preferncias legais ou administrativas;

    IV nmero do processo;

    V data da distribuio no 1 e 2 graus;

    VI classe de origem e atual;

    VII assuntos;

    VIII concesso de assistncia judiciria gratuita;

    IX existncia de ru preso;

    X incapacidade de parte;

    XI segredo de justia;

    XII quantidade de volumes apensados;

    XIII outras informaes processuais que possam auxiliar os gabinetes na triagem do processo.

    Pargrafo nico. Far-se- anotao na capa dos autos ou destaque nos processos eletrnicos quando ocorrerem as seguintes circunstncias:

    I agravo, em qualquer de suas formas;

    II ru preso;

    III segredo de justia;

    IV embargos de declarao;

    V embargos infringentes;

    VI recurso especial;

    VII recurso extraordinrio;

  • 40

    VIII recurso adesivo;

    IX impedimento ou suspeio dos Desembargadores;

    X penhora no rosto dos autos.

    Art. 79. Os feitos sero autuados segundo a Tabela de Classes aprovada pelo Conselho Nacional de Justia.

    CAPTULO II

    Da Distribuio

    Art. 80. A distribuio, de responsabilidade do Presidente ou de seu substituto legal, far-se- diariamente, por sistema informatizado, sendo os dados acessveis aos interessados, na forma estabelecida em Instruo Normativa.

    1. Os processos da competncia do Tribunal sero distribudos segundo a ordem em que foram apresentados.

    2. Sero adotadas as regras de numerao institudas pelo Conselho Nacional de Justia, podendo ser a que tomou o feito na instncia inferior.

    3. A listagem dos Processos Distribudos e/ou Redistribudos estar disponvel no site do Tribunal.

    Art. 81. A distribuio ser equitativa entre todos os gabinetes da mesma competncia, fazendo-se as devidas compensaes quando ocorrer hiptese de preveno, impedimento ou suspeio.

    Art. 82. A distribuio do mandado de segurana, habeas corpus, medida cautelar e recurso cvel ou criminal torna preventa a competncia do Relator e do rgo julgador para todos os recursos ou incidentes posteriores, tanto na ao quanto na execuo, referentes ao mesmo processo e aos feitos reunidos no primeiro grau.

    1. A distribuio realizada por equvoco no firma nem modifica preveno.

    2. Firma preveno, inclusive, a deciso que deixar de conhecer do feito, ou simplesmente declarar prejudicado o pedido.

    3. Ocorrendo a reunio de feitos no primeiro grau posteriormente distribuio de recursos a diferentes Relatores, a preveno para nova distribuio ser do Relator que recebeu o primeiro recurso, sendo-lhe dada cincia da existncia dos demais.

    4. Se o Relator deixar o Tribunal, transferir-se de Seo, for empossado Presidente, Vice-Presidente, ou Corregedor-Geral, a preveno ser do seu sucessor no respectivo rgo julgador, no sendo retomada pelo Relator em face de ulterior retorno ao mesmo colegiado, ressalvada a hiptese de reassumir seu antigo Gabinete.

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    5. Quando da sucesso de Relator, para fins de preveno, devem ser atribudos ao novo Relator todos os feitos julgados pelo Gabinete e os pendentes de julgamento.

    6. Os processos que se encontram sobrestados em face de repercusso geral ou multiplicidade de recursos perante o STF/STJ, quando devolvidos ao rgo julgador para novo exame, sero mantidos com o Relator originrio se ocupante do mesmo gabinete ou atribudos ao seu sucessor.

    7. Concluindo-se ser o julgamento da competncia da Seo ou da Corte Especial, de processo que tramitou na Turma ou Seo, ressalvadas as hipteses previstas neste Regimento Interno, no haver preveno de Relatoria, devendo o feito ser redistribudo livremente.

    8. O Juiz Federal convocado em funo de auxlio ao Tribunal, que concorre distribuio, est prevento em relao aos processos que lhe forem distribudos ou atribudos, to somente enquanto perdurar a respectiva convocao.

    9. Havendo convocao de Juiz Federal, em funo de auxlio ao Tribunal, que no concorre distribuio, a preveno ser do Relator titular.

    10. A preveno, se no for reconhecida de ofcio, poder ser arguida por qualquer das partes ou pelo Ministrio Pblico Federal at o incio do julgamento, aps o que se ter como modificada a competncia to somente para o feito julgado.

    11. Ocorrendo a extino do rgo julgador, os processos remanescentes sero redistribudos livremente aos rgos julgadores competentes para a matria.

    12. A referncia aos feitos reunidos no primeiro grau no abrange as execues de sentena interpostas por beneficiados em aes coletivas movidas por substituto processual.

    13. A ausncia de regra expressa sobre preveno